20.o Aniversário da AAAUA

Propaganda
10
6 DE JULHO DE 2010 TERÇA-FEIRA
WWW.DIARIOAVEIRO.PT
EMPREENDER - DA TEORIA À PRÁTICA
Aqueçam as impressoras!
O FANTASMA das dívidas europeias continua a ensombrar os
mercados. Apesar da situação globalmente não parecer tão grave,
em alguns epicentros a crise tem vindo a agravar-se, como é o caso
de Portugal.
IRRACIONALIDADE EXUBERANTE
CARLOS
MARTINS
Fixed Income
Trader
Depois da criação do mega-fundo de salvamento europeu e da
compra de dívida pública de vários países por parte do Banco
Central Europeu (ECB), há ainda muitas reticências por parte do mercado e dos investidores para
emprestar dinheiro aos países com mais défice e mais dívida, como é o caso de Portugal, Espanha e
Irlanda (a Grécia é já considerada um caso à parte, com o mercado a achar inevitável uma reestruturação da dívida, embora tal cenário possa não ser tão provável como o mercado acredita).
20.o Aniversário
da AAAUA
Networking Empresas e Empreendedores
e Clube de Empresários UA Alumni
na Gala do 20.o Aniversário da AAAUA
No caso de Portugal, várias são as consequências desta “desconfiança” do mercado. Logo à partida,
juros mais caros para o Estado Português, mas também para as instituições vistas pelo mercado como
risco semelhante ou ligado a Portugal, isto é, os bancos portugueses. Este último caso torna-se mais
grave tanto mais que os bancos portugueses sempre se basearam mais nos empréstimos do mercado
internacional do que em depósitos nacionais (é bem fácil de perceber esta preferência quando se atenta à diferença e evolução entre poupança e crédito entre os portugueses). Na prática, é, neste momento,
muito caro aos bancos portugueses pedirem crédito no mercado internacional (os spreads podem chegar aos 5,5% a 4 anos) o que torna, à partida, toda e qualquer actividade de cedência de crédito aos consumidores algo de extraordinariamente caro, ou na prática, proibitivo. Portanto, de uma crise de crédito do Estado, facilmente se passou também para um estrangulamento da base de crédito à economia,
em que os bancos também eles próprios se viram estrangulados nesta “greve” de empréstimos a
Portugal. A solução passa, como já aqui defendi inúmeras vezes, pela desalavancagem do Estado, isto
é, corte de despesas estruturais no Orçamento de Estado; o aumento de receitas (via impostos) não é
mais senão um adiar do problema. Quanto mais se demorar a encolher o esbanjamento de fundos
públicos por parte do Estado, pior se tornará o problema.
Como consequência do acima mencionado, os níveis de fundos a que os bancos portugueses acedem
no ECB disparou, tornam-se o banco central no “emprestador de último recurso”, e neste caso, único
também. Apesar de parecer dramático, a situação é talvez menos grave do que parece; primeiro, os bancos portugueses não são os únicos a fazê-lo; depois, a medida do ECB está em curso precisamente porque há a perfeita noção que o mercado inter-bancário está fechado para muitas instituições de crédito.
Aliás, nesta altura, é praticamente inevitável que o ECB tenha que fazer o mesmo que o UK e os EUA
fizeram, ou seja, “Quantitative Easing”, ou por outras palavras, comprar activos directamente, aumentando a massa monetária. Em duas palavras: imprimir dinheiro.
Não obstante, o nível total de dinheiro que o ECB disponibilizou para o sistema financeiro diminuiu nas últimas semanas, tudo porque chegou à maturidade a operação de cedência de liquidez com
maturidade de um ano, que na altura foi extremamente concorrida (cerca de 440 mil milhões de euros).
Os bancos europeus apenas renovaram cerca de metade desse montante, num sinal claro que, globalmente, o panorama é menos complicado do que parece visto deste canto da Europa.
Para aumentar a confiança do mercado, o ECB e outros bancos centrais europeus estão a levar a cabo
o chamado “stress test” aos bancos europeus, isto é, estão a tentar perceber como reagiriam as contas
dos bancos a cenários extremamente adversos. Aparentemente, a maior parte sobreviveria, embora os
resultados ainda não sejam conhecidos. Naturalmente, o anúncio de bancos que eventualmente tenham dificuldade em fazer face a tais cenários tem que vir acompanhado de um aumento de capital, sob
pena de fechar nesse mesmo dia.
No mercado de acções em Portugal, toda a atenção esteve naturalmente virada para a PT e a oferta de
Telefonica à Vivo. Com o aumento da oferta no último dia antes da Assembleia Geral e com o voto favorável mesmo do núcleo duro nacional, tudo parecia encaminhar-se para a venda, que significaria um encaixe financeiro equivalente a praticamente todo o valor bolsista da própria PT. Ao usar a Golden Share, o
Estado Português conseguiu provavelmente precipitar o fim da mesma. Por outro lado, não deixa de ser
curioso que o Estado queira ter voz activa numa empresa sem gastar capital (já nem para não falar da colocação de boys na Administração), isto é, impede que entrem no País o equivalente a cerca de 3% do PIB português e não oferece nada em troca. Para ser justo, o Estado ao recusar a oferta da Telefónica, deveria estar
pronto a pagar 7.150 milhões de Euros pela parte da Telefonica na Vivo. O que todos sabemos que não pode.
Não é a Europa que é ultraliberal demais, Portugal é que é um Estado falido.
Toda e qualquer informação ou análise contida neste artigo não constitui uma solicitação ou oferta do
seu autor para compra ou venda de quaisquer títulos ou activos financeiros, para realização de operações nos mercados de valores mobiliários, ou para a aplicação em quaisquer outros instrumentos e produtos financeiros. O autor não está a prestar recomendações quanto à sua rentabilidade, liquidez, adequação ou risco. As informações e demais conteúdos existentes neste artigo têm propósito exclusivamente informativo, não consistindo em recomendações financeiras, legais, fiscais, ou de qualquer outra natureza. O autor não se responsabiliza, nem recomenda, que seja feito uso dessas análises em aplicações
comerciais. Assim sendo, o autor rejeita qualquer responsabilidade em eventuais decisões tomadas com
base na opinião aqui expressa.
A Associação de Antigos Alunos
da Universidade de Aveiro (AA
AUA) assinalou ontem, dia 5 de Julho, o início das comemorações do
seu 20.o aniversário, que se estenderão aos dias 10 e 11 deste mês. Para assinalar esta data, foi preparado um programa comemorativo
que envolve actividades relacionadas com as mais diversas áreas,
desde o desporto à cultura, sendo
esperadas mais de três centenas de
participantes. O ponto central das
comemorações tem lugar dia 10 de
Julho, pelas 17.30 horas, no Mercado Manuel Firmino, com a realização da Gala e do Jantar comemorativo e de uma cerimónia de homenagem a algumas figuras ilustres.
Associação de Antigos Alunos
da Universidade de Aveiro
Fundada a 5 de Julho de 1990, a Associação de Antigos Alunos da
Universidade de Aveiro (AAAUA)
tem vindo a desenvolver actividades diversas em prol dos seus sócios, bem como da comunidade académica e dos antigos alunos da
Universidade de Aveiro (UA), funcionando como elo de ligação privilegiado entre os Antigos Alunos
e a UA.
Clube de Empresários
UA Alumni
O Clube de Empresários UA Alumni tem como objectivo congregar empreendedores e empresá-
rios de empresas criadas ou que
possuam antigos alunos da Universidade de Aveiro no seu pacto
social, dinamizando o networking
e maximizando as oportunidades
de interacção, proporcionando
contactos, partilha de informação,
transferência de tecnologia, conhecimento e inovação, sinergias
e parcerias, dinamização de iniciativasconjuntas,notoriedadeevisibilidade, potenciando oportunidades e geração de negócios.
Aproveitando a visibilidade associada a esta data, a AAAUA vai
ao encontro dos empreendedores
e vontade vencedora dos participantes, apresentando-lhes a primeira iniciativa do que o Clube de
Empresários UA Alumni tem para oferecer no âmbito da criação de
redes de contactos entre empreendedores e empresários, e possibilitar a perscrutação de novas relaçõescomerciaisedenegócios,através do Networking UA Alumni.
Networking Empresas
e Empreendedores UA Alumni
A sessão de networking terá início
às 17.30 horas, no próximo sábado,
10 de Julho, no Mercado Manuel
Firmino, e encontra-se aberta a
empreendedores e empresas com
indivíduos originários da Universidade de Aveiro, empresas e entidades parceiras da AAAUA, e outras interessadas em aproveitar o
potencial de comunicação e divul-
gação dos seus projectos. Durante
o evento, será concedido um período para intervenções e apresentações individuais, assim como contactos directos e espontâneos com
outros expositores e com o público
presente.
A actividade de networking e
uma boa rede de contactos criam
valor e afiguram-se fundamentais
para o sucesso de inúmeras iniciativas. Nesta medida, sendo a AA
AUA uma plataforma privilegiada
entre os Antigos Alunos e a UA, a
iniciativa de networking do Clube
de Empresários da UA torna-se
fundamental na comunidade académica da UA.
Cientes dessa importância
acrescida, de fazer a ponte entre
dois universos que se complementam, algumas das jovens empresas com potencial que se encontram instaladas na Incubadora de Empresas da Universidade
de Aveiro irão participar nesta iniciativa alinhando a sua estratégia
empresarial num envolvimento
recíproco, tendo em vista a criação
de sinergias.
As condições estão, portanto,
reunidas, para que Antigos Alunos da UA com actividade profissional e participação activa na comunidade, possam mostrar que
são uma mais-valia, e contribuam para a dinamização do empreendedorismo emergido do
seio da UA.
Página da responsabilidade da Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro |
Fernando Santos, Sandra Oliveira e Sara Pacheco | Email: [email protected] | http://www.ua.pt/incubadora/
Download