Joinville Jazz Festival

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REPORTAGEM
Joinville Festival
Jazz
Um espetáculo musical
para elevar a alma
Joinville Jazz Festival é um evento que cresce a cada ano e já se firma
como um dos mais importantes festivais de Jazz. Nesta quinta edição uma
das principais atrações foi Stanley Jordan
Elair Floriano
[email protected]
F
dade de música em espetáculos que marcaram quem esteve na
platéia da arena ou nos palcos alternativos.
De Bach a Led Zepelin
Na noite de gala (domingo) o evento foi aberto com o show
de Marcel Powell que hipnotizou a todos e comentou que é
muito difícil encontrar uma platéia tão educada que se mantém
Fotos: Cleber Gomes e Pena Filho / Divulgação
oi realizada entre os dias 23 e 25 de novembro, pelo Instituto
Joinville Jazz, a quinta edição do Joinville Jazz Festival, um
evento que fomenta a música instrumental no sul do país. Os
shows principais foram realizados no Centreventos Cau Hansen na
arena multiuso que permitiu oferecer cerca de 800 lugares por noite.
Artistas de Joinville, Florianópolis, Brusque, Curitiba, São
Paulo, Niterói, Rio de Janeiro e Belo Horizonte encheram a ci-
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REPORTAGEM
Stanley Jordan
em absoluto silêncio durante a apresentação. Marcel ainda afirmou que foi uma
grande honra estar no palco do Joinville
Jazz Festival, principalmente abrindo o
show do Stanley.
A grande atração internacional,
Stanley Jordan, emocionou até mesmo
quem ainda tinha alguma dúvida sobre a
beleza da música instrumental, o que significa que classificar Stanley Jordan
como um gênio da guitarra não é nenhum exagero. Na apresentação seus
dedos pareciam tocar suavemente as
cordas, numa técnica que o tornou famoso, mas o som era vibrante e de uma competência musical indiscutível, mesmo
quando tocou guitarra e piano elétrico ao
mesmo tempo. Stanley hipnotizou a platéia
com um repertório emocionante que foi de
Bach a Led Zeppelin. Segundo o seu empresário,
Stenio Mattos, que está
com ele há seis anos, durante esse tempo somente uma vez presenciou
Stanley tocar Starway to
heaven, do Led Zeppelin.
“Realmente foi uma demonstração do quanto estava feliz aqui”, concluiu.
Os artistas do
Festival
Além de Stanley e Marcel Powell (filho de Baden
Powell) desfilaram pelo palco do Centreventos artis-
Davi Sartori Trio
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tas que despontam no cenário nacional, como Roberto Sion, saxofonista,
flautista e clarinetista que esteve à
frente da Roberto Sion Big Band, com
17 músicos sendo a maioria jovem. A
Big Band de Sion trouxe piano, contrabaixo, bateria, guitarra, trombones, saxofones e trompetes tocados com a garra e entusiasmo típicos desta nova geração de instrumentistas.
Outra apresentação que impressionou foi do BDMG Instrumental. Desde
A grande atração
internacional,
Stanley Jordan,
emocionou até
mesmo quem ainda
tinha alguma dúvida
sobre a beleza da
música instrumental
2002, o projeto BDMG-Cultural premia
jovens músicos instrumentistas, com no
máximo 25 anos, que se destacam no ce-
BDMG Instrumental
nário nacional. André Rocha, Antônio
Loureiro, Gustavo Figueiredo e Rodrigo
Torino são alguns dos vencedores do prêmio e mostraram no 5º Joinville Jazz Festival o resultado do investimento do
BDMG. Também com apenas 25 anos, o
acordeonista de Brusque, Bruno Moritz,
tocou tudo o que aprendeu com o mestre
Sivuca, seu ídolo e professor. Moritz uniu
a beleza da música nordestina com a firmeza da música gaúcha e a técnica da
música erudita agradando aos ouvidos
mais exigentes. Bruno se apresentou
acompanhado pelo trio formado por Didi
Maçaneiro (percussão), Rafael Borges
(guitarra) e André Alberton (baixo). A
Itiberê Orquestra Família foi uma
convidada de peso e expressou a grande afinidade musical compartilhada
pelos 16 multiinstrumentistas e por Itiberê Zwarg,
líder do grupo. Também se
apresentou no palco principal o pianista, arranjador
e compositor Davi Sartori, um músico Curitibano que transita por
áreas e gêneros musicais diversificados. Ele
tocou em trio com o
baixista Jefferson Lescowich e o baterista e
percussionista Miguel
Assis. A apresentação da
“prata da casa” ficou a
cargo do grupo joinvilense Aqueletrio, formado
REPORTAGEM
Clubinho
do Jazz
Clubinho do Jazz
por Marisa Toledo, Cláudio Moraes, Ozias
Gonçalves e Carlinhos Ribeiro.
O aspecto educativo é o ponto chave do
Clubinho do Jazz, onde crianças de 9 a 12
anos têm seu primeiro
contato com a riqueza
da música instrumental
brasileira, uma grande
chance de contraponto diante da massificação das vertentes
comerciais de música.
De forma lúdica, meninos e meninas descobrem sua vocação
para os mais diferentes instrumentos, sob o
Palcos alternativos
O principal palco alternativo foi realizado no Mercado Municipal, que é
um tradicional ponto de encontro de
músicos da cidade, no sábado (24 de
novembro) com a apresentação do duo
Nó de Pinho, com Daniel Migliavacca
e João Egashira.
O palco alternativo, realizado no
Shopping Mueller, pegou os clientes de
surpresa com a apresentação do Flautim
Matuá que encheu o shopping de ritmos
do folclore brasileiro ao som dos berimbaus, bumbos e flautas e com as danças,
fantasias e cores que formaram uma bela
e alegre mistura.
Dedicadas ao
aprimoramento e troca
de conhecimentos com
músicos mais
experientes, as oficinas
musicais, pelo seu caráter
didático, são o ponto
central do evento
olhar atento do músico Luiz Bueno, diretor artístico do Instituto. Esta iniciativa cumpre uma das metas do Institu-
Joinville Jazz Festival
Patrocínio da Petrobras
Neste ano, o 5º Joinville Jazz Festival provou sua maturidade na organização ao ser
aprovado no 1º Edital Petrobras de Festivais
de Música coordenados pelo Instituto Moreira
Salles. Foram destinados R$ 2,5 milhões para
o apoio aos festivais de música que favoreçam
a circulação e a divulgação da produção de
todo o país numa iniciativa do Ministério da
Cultura e da Petrobras. O Joinville Jazz Festival foi um dos contemplados.
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Números do Evento
Com esta 5ª edição, o Joinville Jazz
Festival soma a realização de 40 shows
no palco principal, em Joinville, 25 oficinas e cinco clubinhos do Jazz, além
de 15 apresentações nos Palcos Alternativos e seis previews, em Florianópolis e São Francisco do Sul.
Já passaram pelo evento um total
de 290 músicos do Brasil e exterior,
entre shows e oficinas.
to Joinville Jazz, de despertar nas crianças a curiosidade sobre o jazz brasileiro, possibilitando-lhes várias formas
de expressão através da música.
Oficina gratuita
Oficina de Sopros e Arranjos
Dedicadas ao aprimoramento e troca
de conhecimentos com músicos mais experientes, as oficinas musicais, pelo seu caráter didático, são o ponto central do evento.
Nesta edição, o Joinville Jazz realizou uma
oficina com o título: “Oficina de Sopros e
Arranjos”. O diferencial foi a reunião de
oficineiros da especialidade sopro num
grande grupo. A participação foi gratuita.
Jam Sessions
Como em festivais de Jazz, as jam
sessions se transformaram num show à
parte atraindo pessoas que assistiram ao
show principal ou até quem perdeu a
apresentação da noite, mas está sedento
por música instrumental de qualidade.
A Jam é um encontro informal entre
os músicos locais e os convidados para o
evento, que normalmente se estende
madrugada adentro, motivando novas e
inusitadas formações, no mais puro conceito jazzístico: o da improvisação.
Som e luz
no palco principal
A empresa Mani Som e Luz foi a responsável pela sonorização e iluminação do
Joinville Jazz Festival e foi justamente neste
evento que a empresa estreou o seu novo sis-
REPORTAGEM
Foram escolhidos os
consoles digitais da
Yamaha (M7CL para PA e
a PM5D para o
monitor), devido à
praticidade necessária
para a troca das bandas,
cerca de três a cada noite
tema line array Eletro Voice XLD 281, contendo 12 caixas para cada lado (L/ R) e 24
subgraves EAW 1000. Os amplificadores
de potências para as XLD são Electro Voice
P 3000 (fabricados na Alemanha especialmente para o Brasil, em 220 V e 60 ciclos).
Para os subgraves, a Mani Som usou os am-
plificadores da linha PSL 7400 (Machine), o
processador é o Íris net softer, desenvolvido
pela Electro Voice, que comanda todo o sistema. “Assim, é possível ter a leitura de
tudo que acontece com o sistema, simplesmente através de um cabo de rede e um
note book. É a nova era do áudio,” comenta o proprietário Edílson Kammradt (Mani). Segundo ele, a empresa está em constante evolução tecnológica e investe no
treinamento de seus colaboradores, pois
não se pode apostar na sorte e nem aceitar
pequenas margens de erros. “O trabalho
em áudio deve ser preciso”, afirma.
Foram escolhidos os consoles digitais
da Yamaha (M7CL para PA e a PM5D
para o monitor), devido à praticidade necessária para a troca das bandas, cerca de
três a cada noite. Ainda para o 5° Joinville
Jazz foi disponibilizado um setup completo de microfones Shure, Sennheiser,
Line Array Eletro-Voice XLD281
AKG e super lux, bem como o sistema
de backline para contrabaixo AMPEG,
GK 800 e Harke Sistem 3500, com caixa
Transport, da Harke. Para guitarra, foram
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Vanderlei Correia
Diego Hernandes
disponibilizados 02 Jazz chorus, da Roland,
modelo 120, JCM 900, da Marshall, e um
Fender Twuin. As baterias foram duas da
Pearl, modelos Pro, cabeamento completo
da Ware-Conex.
Para a apresentação nos palcos alternativos, a Mani Som forneceu para o PA um
A equipe técnica da Mani Som contou com os seguintes profissionais: Carlos
Kazou Yamaguchi (engenheiro de áudio);
Darci Jose Demarco (supervisão técnica);
Vanderlei Correia (técnico de monitor);
Antonio Carlos Regatieri (técnico de
PA); roodis; Giovanni Carvalho, Joaquim,
Para as Jam Sessions, foi disponibilizado para o P.A.
um console digital Yamaha (01V96), um processador
EAW MI 8001, um equalizador Ciclotron 2313 GTX,
amplificadores Machine PSL 7400, com caixas mod.
KF 850 e Sub SB 850
console digital Yamaha (01V96), dois
processadores Lem italianos, dois equalizadores Ciclotron 2313 GTX, amplificadores Machine PSL 7400 para as caixas line
array (SPL) e Sub SB 850 (Leacs´).
Monitor: console digital Yamaha (01V96),
monitores SM 400 (Leac´s), potências
Attack, setups completos de microfones
Shure, AKG e super lux, bem como o sistema completo de backline.
Para as Jam Sessions, foi disponibilizado
para o P.A. um console digital Yamaha
(01V96), um processador EAW MI 8001,
um equalizador Ciclotron 2313 GTX, amplificadores Machine PSL 7400, com caixas
mod. KF 850 e Sub SB 850. Para o monitor
01, console digital Yamaha (01V96), monitores SM 400 (Torau), amplificadores
Machine PSL 7400, setups completos de
microfones Shure, AKG e super lux, bem
como o sistema completo de backline.
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Anisio César de Oliveira. Também contou
com a colaboração de Leonardo Troian,
técnico de PA, e Rafael como Roody (convidados pelo Instituto Joinville Jazz).
Durante o festival, a iluminação que
foi projetada e operada com a coordenação técnica do iluminador Diego Hernandes e com a ajuda dos técnicos
Adriano e Stwive, teve um toque especial
para criar uma atmosfera de Jazz. Foram
utilizados: uma mesa de controle Avolites
Pearl 2008, 12 moving Mac 250 cricton,
quatro moving Sargitter 575, 12 moving
SGM 575, seis moving wach 575 SGM, 60
canais de rack CI-Tronic digitais, 24
elipsoidais da ETC 26°, 60 refletores PC
1000 W, 96 refletores par 64 foco 01, 48 refletores par 64 foco 05, 32 refletores ACL 24 x
600, duas máquinas de fumaça Martin Pro,
dois ventiladores Star, Gel difusores e color
Rosco, além de cabeamento completo.
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