Budismo costumes e tradições

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Visao da morte no Budismo
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Religião
Como são os rituais pós-morte das
grandes religiões?
por Sheyla Miranda | Edição 106
BUDISMO
Após sete dias da morte, familiares e amigos reúnem-se para celebrar a memória do
falecido, e esse encontro repete-se em intervalos de sete dias, até o 49º, completando
sete reuniões. No Brasil, o mais comum é realizar apenas a última reunião
FESTA AO AR LIVRE
O Obon é uma celebração praticada no Japão ou em colônias japonesas, que acontece
em 15 de julho ou em 15 de agosto todos os anos. Famílias enfeitam o templo ou áreas
ao ar livre com velas e lanternas coloridas, dançam ritmos tradicionais e rezam para
homenagear as pessoas queridas que já se foram
VÁRIOS ANIVERSÁRIOS
Também fazem parte da tradição os "ofícios memoriais", em que a família oferece uma
cerimônia para celebrar o falecido. Elas ocorrem nos seguintes aniversários de morte:
1º, 3º, 7º, 13º, 17º e 33º. Nessas ocasiões, os mais chegados leem textos sagrados e
relembram como era a relação com o morto
HINDUÍSMO
Após a cremação, a família é considerada impura e deve tomar um longo banho ao
voltar para casa. O período de reclusão dura de 7 a 40 dias. Todos ficam em casa,
comem só coisas leves, livram-se dos pertences do morto e fazem orações. Durante o
período, os familiares não frequentam templos nem o comércio
CRISTIANISMO
O luto católico pode durar 7, 30 ou 365 dias, dependendo da vontade dos familiares.
Antigamente, as mulheres vestiam preto por pelo menos um ano quando pai, marido ou
filhos morriam
ORAR SEM CESSAR
O clássico ritual fúnebre dos católicos é a missa de sétimo dia, celebrada para iluminar a
alma do falecido, já que acreditam em ressurreição. Para eles, 2/11 é uma data especial:
o Dia de Finados, em que os fiéis oram pelos mortos e os reverenciam. Protestantes
oram e se confortam sem rituais marcantes
ISLAMISMO
Em países árabes, três dias após a morte, parentes do falecido contratam vários qãri' ,
profissionais que declamam o Alcorão ao lado da sepultura. O ato iluminaria o corpo
em sua viagem até a eternidade. Ritual mais comum é o encontro de amigos e
familiares, depois de 40 dias do óbito, para lembrar o falecido
JUDAÍSMO
Após o enterro, alguns grupos da religião judaica não costumam ir direto para casa; os
enlutados mais próximos alteram a rota, param em algum lugar e pedem algo doce para
comer. O desvio do caminho é feito para "despistar o anjo da morte" e o açúcar ingerido
disfarça o amargor causado pelo óbito
LONGO RECOLHIMENTO
Ao voltar do cemitério, a família fica em casa, de luto, por sete dias. Três vezes ao dia,
fazem orações e recebem visitas. Tudo o que reflete, como espelhos e porta-retratos,
fica coberto , para que o morto não "veja" a própria imagem. Ao fim do período de luto,
a família caminha nas proximidades da casa
ÚLTIMA HOMENAGEM
O último ritual fúnebre dos judeus é a inauguração da lápide , que não é colocada no
enterro. O tempo de espera varia de país a país: em Israel, segue-se o tempo mínimo,
um mês; no Brasil, a lápide só é colocada 11 meses após a morte. Na cerimônia, o
túmulo é coberto com um pano preto e pequenas pedras
CONSULTORIA - Cecilia Ben David, coordenadora pedagógica do Centro de Cultura
Judaica; Swami Krishna Priya Ananda, mestre espiritual da Sociedade Internacional
Gita do Brasil; Cido Pereira, padre da Arquidiocese de São Paulo; Shake Juma, do
Centro de Estudos e Divulgação do Islã; Naguni Seishin, monge do Templo Budista
Koyasan Shingonshu Nambei Betsuin da América do Sul
Cerimônias
Cerimônia de Iniciação no Templo – Shosanshiki
Comumente, os pais levam os filhos recém-nascidos, (geralmente, entre três meses a um
ano de vida) para o templo para que tenham a oportunidade de encontrar o Darma desde
pequenos e celebrar juntos, diante do Buda Amida, a gratidão e a alegria do nascimento
desta vida. Assim, através desta Cerimônia de Iniciação, que pode ser privada ou em
grupo, os pais apresentam formalmente seus filhos ao Buda e à Sanga.
Há templos que realizam esta cerimônia em grupo no mesmo dia do Ofício de
Hanamatsuri (Ofício Comemorativo do Nascimento do Buda Shakyamuni), em abril, ou
na ocasião do Ofício de Gôtan-e (Ofício Comemorativo do Nascimento do Shinran
Shonin), em maio.
Cerimônia de Casamento Budista – Butsuzen Kekkonshiki
Realizada diante do altar do Buda Amida, a Cerimônia de casamento é a ocasião em
que os noivos agradecem à vida, ao encontro com o Darma – ensinamentos budistas – e
ao Buda pelo encontro com o parceiro ou parceira para a vida em comum. É uma
cerimônia simples e bela, com acompanhamento musical, conduzida pelo monge que
faz a leitura do sutra ou recita o hino budista. Há, em seguida, a formalização dos
votos, a troca de alianças e de nendyu e a oferenda de incenso por parte dos noivos, na
presença dos pais, familiares e amigos, com registro no livro de casamento. No final, o
monge dirige ao novo casal, palavras de felicitação.
Cerimônia de Tomada de Refúgio nos Três Tesouros do Budismo – Kikyôshiki ou
Kieshiki
O Kikyôshiki é uma cerimônia oficiada pelo Gomonshu, o Patriarca do Shin Budismo
da Terra Pura. Nela se realiza, simbolicamente, a tonsura (à época do Buda Shakyamuni,
os monges raspavam a cabeça, tornando-se assim discípulos do Buda) com três toques
de uma navalha de lâmina sem fio simbolizando a tomada de refúgio nos três tesouros
do Budismo: Buda, Darma e Sanga. Por esse motivo, esta cerimônia é chamada
popularmente de “Okamissori” (raspar a cabeleira). Nesta cerimônia, nos tornamos,
oficialmente, adeptos leigos desta Sanga e assumimos, ante a imagem do Buda Amida,
o compromisso de seguir os ensinamentos do Nembutsu, entregando-nos plenamente ao
Voto Original do Buda Amida que nos abraça e jamais nos abandona até o nosso
nascimento na Terra Pura onde nos tornamos Buda. Após a tonsura simbólica da cabeça,
recebemos um nome búdico (hômyô), confirmando o ingresso no Caminho do Buda.
Esta cerimônia é realizada somente pelo Patriarca, o monge da hierarquia máxima do
Shin Budismo, residente no Japão. No Brasil, o Superintendente da Comunidade Budista
Sul Americana Jodo Shinshu Honpa Hongwanji (Sôtyô) possui a autonomia de substituílo e realizar uma cerimônia similar, chamada de “Kieshiki”. O Kieshiki pode ser
realizado individualmente, ou em grupo, no templo matriz, em São Paulo, ou nos templos
do interior em ocasiões especiais.
Quando há a visita oficial do Patriarca nos países sul americanos, sobretudo no Brasil,
geralmente, as cerimônias de Kikyôshiki são realizadas nos templos visitados.
Ofícios Especiais de Celebração
São ofícios realizados em datas significativas para uma pessoa, família ou comunidade
como, por exemplo, na inauguração de um templo, um imóvel comercial ou residencial,
um oratório residencial, aniversários de nascimentos, bodas, ingresso na faculdade,
formatura, etc., em que temos a oportunidade de ouvir o Darma e, na recitação do
Nembutsu, nos alegramos e agradecemos ao Buda Amida pelo Voto Original de salvação
universal.
Ofício Fúnebre e Ofícios Memoriais
Rindyûgongyô e Makuragyô
O Rindyûgongyô é um ofício realizado junto à pessoa em seu leito de morte. Antes que
ela dê o último suspiro, os membros da família, junto com o monge, realizam a leitura
de sutra ou texto sagrado, para que até mesmo o último momento seja uma oportunidade
de ouvir o Darma e de agradecer à Compaixão do Voto Original do Buda Amida que
assegurou toda a sua vida e, agora, na sua morte, fará com que, infalivelmente, nasça na
Terra Pura. Para os familiares é o momento mais difícil da vida, o momento da despedida
de um ente querido, mas que deve ser feito com muito respeito e gratidão por tudo que
ele significou nesta vida e, após a sua morte, tornando-se Buda, passará a orientar todos
os que aqui ficam para o Caminho da Terra Pura. Portanto, na oportunidade deste ofício,
os familiares recebem dele o último ensinamento budista, isto é, a verdade sobre a
transitoriedade desta nossa vida terrena! Esta vida é única, não pode ser repetida nem
substituída por ninguém! Nesta reflexão, podemos nos conscientizar sobre a importância
de nos dedicar cada vez mais a ouvir o Darma e conduzir o dia-dia da nossa vida junto
ao Nembutsu.
Porém, com o passar do tempo, tornou-se cada vez menos freqüente presenciar o
momento final da vida de entes queridos. Assim, hoje em dia, é muito raro realizar o
Rindyûgongyô. E, em virtude disso, passou-se a realizar o Makuragyô ou Makurakyô
que significa, literalmente, “sutra de travesseiro”. Este ritual consiste na leitura do sutra
logo após o falecimento da pessoa, enquanto ela ainda se encontra sobre o travesseiro.
Porém, em verdade, até mesmo o Makuragyô está se tornando cada vez mais incomum
hoje em dia.
Ofício Fúnebre – Sôshiki ou Sôgui
O Ofício Fúnebre, Sôshiki, é realizado de corpo presente na residência do falecido, no
templo, ou em velório antes da cremação ou sepultamento. O ofício consiste em uma
série de rituais que se iniciam com a entronização de um envelope com o Nome do Buda
Amida e os dados da pessoa falecida, inclusive, o nome búdico (caso a pessoa não tenha
recebido em vida participando na Cerimônia de Tomada de Refúgio, Kikyôshiki, ela
receberá neste ofício fúnebre) que passa a ter importância maior para se referir ao ser
que agora se tornou Buda. No ofício, em geral, é cantado o Shoshinguê, enquanto os
familiares e os demais presentes oferecem incenso ante o altar do Buda Amida. Após as
condolências e o tributo, o monge transmite o Darma iniciando ou terminando com a
leitura das “Cartas do Mestre Rennyo”, em especial, do “Capítulo sobre as Cinzas
Brancas”. O ofício encerra-se com o cântico do hino “Mihotoke ni idakarete”. Depois, o
corpo é preparado e conduzido para o crematório ou cemitério. E, minutos antes de ser
sepultado ou cremado, faz-se um breve ritual com leitura de Gatha, antes da despedida
final.
Assim como nos ofícios Rindyûgongyô ou Makuragyô, este momento de extrema
tristeza, principalmente para os familiares que ficaram, é, por outro lado, também o
momento mais importante de nossa vida, pois, recebemos a chance de ouvir os
ensinamentos do Buda e encontrar o verdadeiro caminho pelo qual valorizamos nossa
vida através do ensinamento que o próprio falecido nos transmite: a verdade sobre a vida,
transitória e passageira, que só poderá ser de fato valorizada no encontro com o Darma.
Ofícios Memoriais – Hôdi
Os Hôdis são os Ofícios Memoriais que sucedem ao falecimento de uma pessoa. Nessa
ocasião, a família, parentes e amigos do falecido reúnem-se para relembrar
saudosamente a memória do ente querido, seja no templo ou na residência, tendo assim,
a oportunidade de ouvir o Darma ao cantar Sutras, ouvir a leitura do Gobunsho (as Cartas
de Rennyo Shonin) e a prédica do monge oficiante. Passado o instante da dor e tristeza
da perda, segue-se o momento de reflexão mais serena sobre a verdade a respeito da vida
e da morte, e de agradecer ao falecido por tudo que ele significou na vida de cada um.
E, que, agora, nascendo na Terra Pura e tornando-se Buda, nos proporciona o momento
do nosso encontro com o Darma através destes ofícios memoriais.
O primeiro desses ofícios é chamado de Ofício Memorial de Sétimo Dia, realizado
exatamente no sétimo dia de falecimento, isto é, incluindo o dia do falecimento. Na
tradição budista este ofício é repetido a cada sete dias até completar o ciclo de sete
semanas. Porém, hoje em dia, a maioria das famílias realiza somente o ofício de quarenta
e nove dias. Torna-se cada vez mais comum antecipar até mesmo o ofício do primeiro
dia do ciclo de sete que é realizado logo após o término do sepultamento do corpo, ou
seja, assim que termina o ofício fúnebre.
Dos ofícios memoriais sucessivos, há ainda o Ofício de Cem Dias de Falecimento.
Depois os ofícios passam a ser realizados no ciclo dos seguintes anos: primeiro, terceiro,
sétimo, décimo terceiro, décimo sétimo, vigésimo quinto, trigésimo terceiro e
quinquagésimo aniversários de falecimento. Nestes Ofícios dos anos especiais de
falecimento, deve-se atentar para a seguinte questão: o Ofício de Primeiro Ano é
realizado quando se completa um ano de falecimento da pessoa. Mas, já no seguinte ano,
é realizado o Ofício do Terceiro Ano, uma vez que a contagem é realizada incluindo o
próprio ano do falecimento da pessoa. Assim, depois de dois anos é realizado o Ofício
de Terceiro Ano, e após seis anos é realizado o Ofício de Sétimo Ano de falecimento e
assim por diante. Após o Ofício de Qüinquagésimo Ano de falecimento são realizados
especialmente a cada cinqüenta anos, isto é, Ofício de Cem Anos, Cento e Cinqüenta
Anos e assim por diante. É preciso lembrar sempre que o próprio ano do falecimento da
pessoa deve ser incluído nas contagens. Além dos ofícios memoriais citados, há, na
tradição budista, o Shôtsuki Meiniti Hôyô, um Ofício Memorial realizado anualmente
na data (mês e dia) de falecimento da pessoa. Há também o Meiniti Hôyô que é Ofício
Memorial Mensal, realizado no dia do falecimento da pessoa. E, finalmente, há o Tsuitô
Hôyô que pode ser realizado sem se preocupar com essas questões do mês ou dia de
falecimento da pessoa, a qualquer momento.
O que os japoneses escrevem nos envelopes em cerimônias – III
Publicado por Iochihiko Kaneoya às 8:52 em comportamento,cultura,japão
Em visita a enfermos, pessoas em dificuldade ou visita de cortesia a alguém em pleno esforço
御 見 舞- omimai – é donativo que se faz acompanhar de visita que se destina a encorajar, confortar, apoiar,
solidarizar ou contribuir. Donativo que se faz com a intenção de ajudar nas despesas do tratamento ou
recuperação do enfermo, reconstrução de algo destruído ou perdido ou no encorajamento e apoio a
pessoas abaladas por situação incomum. Por ex, atletas em concentração, políticos em campanha, alguém
em pleno esforço em atividade eventual, com algum problema pessoal ou atingido por alguma desgraça.
Nessas visitas pode-se levar também comida: frutas, doces, pratos preparados, com a intenção de que com
boa alimentação o visitado recupere logo as forças. Para simples visitas sem motivo específico, é essa a
alternativa utilizada. Alguns exemplos:
陣 中 見 舞 - jinchuu mimai – para alguém que está em plena concentração de esforços. Ex. político em
campanha, atleta em competição.
楽 屋 見 舞 – gakuyamimai – “gaku ya – bastidores” – oferecido para cantores e artistas antes da
apresentação.
火 災 見 舞 – kasaimimai – “kasai – incêndio” – para ajuda a vítima de incêndio.
水 害 見 舞 – suigaimimai – “suigai – danos provocados por inundação” – para ajuda a vítimas de inundação.
Em cerimônias fúnebres
A quantia a ser oferecida nessas ocasiões é proporcional à proximidade com o falecido. Doar quantias altas
é apenas para os mais próximos, unidos por laços de consanguinidade, profissional ou de amizade.
Donativos altos para os não próximos é estranho para os japoneses; é estar “fora do lugar”, isto é, “fora da
hierarquia em relação ao morto”. Alguns tradicionalistas supersticiosos evitam doar a quantia em notas em
números de 3, 4 e 9. Diz-se que o 3 tem a mesma inicial de mijime (miséria – 惨め ), o 4 a mesma pronúncia
de shi (morte – 死 ) e o 9 tem a mesma inicial de kurou (sofrimento –苦労 ). O escrito deve estar de
acordo com a crença religiosa do falecido e usa-se sempre o pincel japonês (fude –筆 ) e a tradicional tinta
preta (sumi-墨). A tonalidade da tinta deve ser clara, tendendo para o cinza, mostrando que foi dissolvida
pelas lágrimas; indica sobriedade, recato. Menos comum, mas pode ser preta, bem escura, indicando
cuidado no preparo; significa alta consideração à família enlutada ou ao morto. Até o primeiro ano não se
fazem os cumprimentos e os tradicionais enfeites de Ano Novo.
Para budistas:
Os budistas costumam fazer a primeira missa no 7º dia do falecimento e após, em todos os dias múltiplos
de sete até o sétimo (14º, 21º, 28º, 35º, 42º, 49º). Após, com exceção do 100º dia, todos os meses no dia
do falecimento até completar um ano. Depois, faz-se após 1, 3, 7, 13, 17, 23, 27, 33 e 50 anos. Para as
cerimônias os budistas contam os anos incluindo-se o ano do falecimento, assim, no segundo ano do
falecimento, celebra-se a missa de 3.º ano e assim por diante. A exceção é apenas para o primeiro ano
quando celebram a primeira missa ao completar o primeiro ano de falecimento. Os xintoístas o fazem no
10º, 20º, 30º, 40º e 50º dia. Depois no 100º dia e após 1, 3, 5, 10, 20, 30, 50 e 100 anos. Os envelopes
levam a inscrição:
koudenbukuro com o nó awajimusubi
御悔 ー
okuyami – “condolências” – é o primeiro oferecimento ao falecido, entregue durante o velório.
御 香 典 – gokouden – literalmente “aroma para cerimônia” ou “para o incenso”, é a ajuda para cobrir as
despesas da cerimônia – usa-se em enterros ou missas comemorativas.
御 香 料 – gokouryou – literalmente “fonte de aroma”. Tem o mesmo significado de gokouden.
御 仏 前 – gobutsuzen – literalmente “diante de Buda” – faz-se em cerimônias fúnebres após a missa de
49º dia, mas há seita budista que adota esta inscrição desde a morte.
香華料
御弔料
– koukaryou - “para flores e incenso” – tem o mesmo emprego de gokouden e gokouryou.
-otomurairyou – “condolências” – oferecimento que o grupo oferece ao seu representante
falecido.
Para xintoístas:
御 玉 串 料 – otamagushiryou – “para as despesas do tamagushi” (tamagushi = objeto sagrado no xintoísmo
feito com ramos de sakaki e o gohei (papéis brancos trançados).
御 榊 料 – osakakiryou – “para a despesa de sakaki” (sakaki = planta considerada sagrada pelo xintoísmo).
御
神
前 -goshinzen – “diante de deus” -
御 神 饌 料 – goshinsenryou – “para despesas de oferendas aos deuses”
御
膳
料 - (go) ozenryou – “para despesas de oferendas” – no xintoísmo costuma-se dispor num pequeno
altar gêneros alimentícios como oferendas.
Para cristãos:
御 花 料 – gokaryou – ohanaryou – “para compra de flores”
御 弔 慰 料 – gochouiryou – “ condolências”
御弔典 - gochouden – “ condolências”
忌慰料
-kiiryou - ” condolências”
Para qualquer religião ou sem religião:
御 霊 前 – goreizen – literalmente “diante do espírito” – faz-se em cerimônia fúnebre de xintoístas, cristãos
ou qualquer religião que crê na existência da alma humana mas não tem a tradição do oferecimento do
incenso ou flores. Embora pareça essa a tradição do oferecimento que serve para qualquer situação no
Japão (impensável o ser humano sem espírito na cultura japonesa), não se pode deixar de considerar o
uso das duas anteriores, mais adequadas, para os que não têm qualquer tradição religiosa ou crença.
É também utilizado no budismo nas cerimônias até o 49º dia. Após, usa-se gobutsuzen.
献 花 料 – kenkaryou – “dinheiro para compra de flores”
御 回 向 料 -goekouryou – “para despesas do culto ao falecido”
御 塔 婆 料 -gotoubaryou (otoubaryou) – “para despesa da inscrição na tabuleta” do nome do falecido.
御供物料 – gokumotsuryou (okumotsuryou)– “para oferendas”
Budismo costumes e tradições
:: Yakubarai - para afastar o sofrimento
Yaku significa "calamidade"e doshi anos
Costuma-se comparar alguns períodos da vida com os nós de um bambu. Aquele nó duro e
marcado é necessário para continuidade do bambu, assim como representa uma etapa da vida
do ser humano. Chamados de yakudoshi, a idade em que se concentram os males, segundo
yin/yang chinês, no homem é representado pela idade 25, 42, e 60 anos, e nas mulheres de 19
a 33 anos. É sobretudo a idade da maturidade e da transformação.
No budismo se realiza a cerimônia do yakubarai, para afastar o sofrimento. A cerimônia pode ser
individual ou coletiva (junto com outras cerimônias no Kannon Hõyo), é realizada pela primeira
vez no ano do aniversário anterior (24, 41 e 59 anos no caso dos homens e 18 e 32 no caso das
mulheres), de preferência nos primeiros meses do ano, e depois no ano seguinte, como
agradecimento pelo encerramento do período crítico.
Não há nenhuma regra estabelecida, mas é comum realizar a primeira cerimônia apenas com a
presença de familiares mais próximos, e a segunda com familiares e amigos, seguida de uma
festa.
Missas Memoriais
O culto aos antepassados é uma parte importante do budismo. Assim se realizam missas
periódicas em memória do falecido.
7º dia (shõnanoka) – Considera-se que a evolução do falecido conteça de 7 em 7 dias, ou seja,
ela deixa o mundo em que vivemos e segue em direção a um estágio superior. No 7º dia celebrase o cumprimento da primeira etapa de uma longa jornada.
49º dia (shijuku-nichi) – Após 7 semanas do falecimento, a pessoa já cumpriu todas as etapas
e está pronta para o renascimento.
100º dia (hyakkan-nichi) – Nem todas as famílias realizam essa missa. Celebra o fim do período
de concentração e treinamento.
1 ano (isshu-ki) – tradição incorporado pelo budismo na China, significa o fim de um período de
luto pelo falecimento.
As demais missas representam uma homenagem periódica ao falecido, celebrando sua evolução constante, firme “como a junta
de um bambu”. Notar que, excetuando os últimos números 25, 27, 33 e 50, todos os outros são primos, ou seja, só divisíveis por
si e por 1:
3º ano (sankai-ki)
7º ano (shichikai-ki)
13º ano (jusankai-ki)
17º ano (jushitikai-ki)
23º ano (nijusanaki-ki)
25º ano (nijugokai-ki)*
*cerimônia não obrigatória, simboliza uma homenagem pelo transcurso de metade de sua
caminhada.
27º ano (nijushitikai-ki)
33º ano (sanjusankai-ki)
50º ano (gojukai-ki) – Na tradição japonesa, a celebração de 50 anos de falecimento era feita
pelos vilarejos como um festival, por considerar que o falecido se transformará após o festival
num Deus protetor daquela localidade. Essa tradição foi incorporada ao budismo, por considerar
a chegada da pessoa à Nirvana, ou seja, a sua transformação em Buda.
Sempre na véspera
Pela tradição, as cerimônias são realizadas sempre na véspera da data, ou seja, a missa do 7º
dia será realizada no 6º dia, a missa de 49º dia será realizada no 6º dia, a missa do 49º dia será
no dia 48º dia, a de 1 ano será alguns dias antes de completar um ano, a de 3 anos será no 2º
ano, etc.
Isto porque costumam contar os dias ou ano do falecimento como 1, desprezando-se o zero.
Pelo mesmo motivo, os japoneses costumam contar a idade a partir do nascimento começando
do 1.
Homenagem
O budismo considera que as missas são uma homenagem ao falecido, e que nessas ocasiões
deve-se reunir os familiares e amigos, que muitas vezes não se encontrariam de outra forma.
Reunir pessoas que tinham laços com o falecido significa a continuidade do elo que sempre
existiu entre elas.
Envelopes com dinheiro
O desconhecimento dos costumes tradicionais em que a etiqueta se faz necessária provoca,
muitas vezes, situações embaraçosas entre os descendentes de japoneses e parentes não
descendentes. Colocando de maneira pratica, como se proceder quando um amigo ou conhecido
da família falece?
Não se trata apenas de ir às cerimônias fúnebres, seja no templo budista ou na residência da
pessoa falecida. É costume oferecer naquela ocasião um envelope com uma determinada soma
de dinheiro. Tornou-se essa pratica uma formalidade que, por outro lado, suscita dúvidas.
Pergunta-se, por exemplo, o valor que se coloca no envelope. Mais do que se preocupar com o
valor em si, pode-se colocar a questão de outra forma: o que eu posso dar num momento tão
difícil para a família enlutada?
Essa quantia deve ser colocada num envelope branco, dessas de carta, ou num envelope
apropriado para este fim – vendido nas lojas de produtos japoneses.
Normalmente escreve-se com pincel (fudê) à base de tinta preta (sumi). Mas isso não deve ser
considerado uma regra. A dificuldade no Brasil em achar alguém que maneje bem o pincel tornou
mais flexível esta tarefa. Pode-se usar uma caneta comum, como uma esferográfica, sem se
preocupar com a estética que um pincel pode proporcionar.
Este envelope pode ser entregue à pessoa mais próxima do falecido – a esposa, o marido ou o
filho mais velho. Antes da cerimônia fúnebre, quando se procede os pêsames, é o momento
indicado para, também, ofertar o envelope. Outra prática bastante comum, principalmente
quando a cerimônia está sendo realizada em casa, é oferecer o envelope diretamente ao
falecido. Em outras palavras, ao Buda inscrito na tabuleta conhecida por “Ihai”. Isso acontece no
momento em que as pessoas são convidadas pelo oficiante a oferecer incenso. O envelope pode
ser depositado ao lado da caixa em que contém o incenso em pó ou no recipiente no qual se
deposita as varetas de incenso.
Em alguns casos excepcionais, numa cerimônia com muitos convidados, no templo, uma mesa
serve como recepção. É o local em que se assina o nome num livro de freqüência. O envelope
deve ser entregue nesta ocasião.
Uma outra dúvida, bastante freqüente, é sobre em quais cerimônias oferecer o envelope. Podese referir à cerimônia de sete dias, quarenta e nove dias, de um ano e assim por diante. O mais
comum é oferecer nas duas primeiras. São as datas mais próximas ao falecimento, o que justifica
uma demonstração de apreço com o falecido e de compaixão com a família.
Kanreki – 60º aniversário
Para homem, o 60º aniversário é chamado de kanreki, o reconhecimento da “segunda infância”.
Os caracteres japoneses (kanji) da palavra kanreki literalmente significam “retorno” e
“calendário”.
O calendário tradicional, que é baseado no calendário chinês, que foi organizado em ciclos de
60 anos. O ciclo da vida volta ao ponto inicial em 60 anos, e o kanreki celebra o ponto em que a
vida do homem volta a sua infância.
Tradicionalmente, amigos e parentes são convidados para a festa de celebração no 60º
aniversário. É costume o aniversariante usar uma boina e roupas vermelhas. Estas roupas
geralmente são usadas por bebês e isto simboliza que o aniversariante voltou ao seu nascimento.
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