o Viagra e o Cialis – aumentam o fluxo de sangue no pênis, tornando-o mais sensível. As pessoas que estiverem tomando inibidores da transcriptase reversa não-análogos de nucleosídeos (NNRTIs), inibidores da protease, cetoconazol, itraconazol ou eritromicina devem ser cautelosas ao tomar Viagra e Cialis, lembrando que a dose de Viagra deve ser reduzida para 25mg e a de Cialis para 10mg. No entanto, recomenda-se que o Viagra não seja ingerido de forma alguma por pessoas que tomam ritonavir, devido aos riscos para a saúde. Da mesma forma, o poppers (uma espécie de lança-perfume) não deve ser usado juntamente com o Viagra ou o Cialis em hipótese alguma. Entre os tratamentos mais antigos para a impotência encontra-se a injeção de alprostadil, um hormônio produzido pela glândula da próstata que altera o fluxo de sangue no pênis. Essa injeção pode ser dada através de uma agulha fina usada para injetar o alprostadil no pênis. Esse processo é bem rápido e os efeitos podem durar horas, porém alguns homens o consideram desagradável. Os efeitos a longo prazo do uso da injeção de alprostadil são desconhecidos e, além disso, há um limite máximo de três injeções por semana, caso contrário a pessoa corre o risco de ter ereções persistentes e dolorosas, conhecidas como priapismo. O alprostadil também foi desenvolvido como uma espécie de mini-supositório para ser inserido na uretra com a ajuda de um aplicador. Há também uma série de implantes disponíveis, porém precisam ser substituídos com o decorrer do tempo. Um implante semi-sólido de silicone pode deixar o pênis mais firme, mas não rígido. Uma outra alternativa é criar, dentro do pênis, uma cavidade na qual uma haste de silicone é inserida para produzir ereções. Nas mulheres É possível que a produção irregular dos hormônios femininos, progesterona e estrogênio, provoque menopausa precoce em mulhe- res soropositivas. Sintomas físicos tais como secura vaginal ou cândida, dor ou tensão pré-menstrual aguda (TPM) podem também causar disfunção sexual nas mulheres. Uma terapia de reposição hormonal pode ser recomendada, porém esse processo deve ser monitorado cuidadosamente para evitar que ocorra a masculinização. Apoio psicológico Caso tenha dúvidas com relação a qualquer aspecto relacionado à disfunção sexual, você deve esclarecê-las com o seu médico na sua próxima consulta. É provável que ele recomende a consulta com um especialista, que pode ser um psicólogo ou psicoterapeuta do próprio serviço em que você faz acompanhamento. Se seus problemas de disfunção sexual forem de origem emocional, é possível que apenas o uso de medicamentos não seja suficiente. Nesse caso, o auxílio de um psicólogo pode proporcionar o apoio adicional que você necessita. Historicamente tem sido muito difícil determinar qual é a participação do sexo oral na transmissão do HIV, uma vez que poucas pessoas têm apenas esse tipo de prática sexual. Ao contrário, a maioria das pessoas pratica sexo vaginal e anal, que são as rotas mais conhecidas para a transmissão do HIV. Apesar da aparente ocorrência de casos de transmissão do HIV por via oral, os profissionais de saúde tendem a priorizar os esforços na prevenção para as situações de maio risco. Essa estratégia pode ter, inad- vertidamente, subestimado os riscos associados ao sexo oral e gerado confusão nas opções para reduzir os riscos. Por isso, é importante estar sempre atento às informações que vão surgindo sobre este tema e, sobretudo, também adotar práticas seguras de sexo oral. Qual o risco potencial? A probabilidade de uma pessoa HIV-positiva transmitir o vírus para uma pessoa HIV-negativa depende do tipo de contato entre elas. O HIV é mais facilmente transmitido através de sexo anal e vaginal sem proteção (sexo sem camisinha), objetos injetáveis compartilhados e de mãe para filho. O sexo oral tem demonstrado ser uma atividade menos arriscada do que as acima citadas, porém ainda envolve risco. É importante lembrar também que outras infecções sexualmente transmissíveis, tais como sífilis, herpes e gonorréia, são transmitidas facilmente através do sexo oral. Foram publicados nos últimos Cadernos Pela Vidda ● Ano XVI - nº 43 Sexo oral sempre requer cuidados ➜ 25 anos alguns estudos sobre os riscos de transmissão do HIV através do sexo oral. Um estudo americano revelou que de 122 homens homossexuais portadores de HIV, 8% afirmaram que o sexo oral era sua única atividade de risco. Entretanto, alguns desses homens admitiram mais tarde ter feito sexo anal sem proteção. Em um estudo realizado recentemente, com mais de cem casais, dentre os quais um dos parceiros era soropositivo, nenhum caso de transmissão do HIV foi encontrado num período de mais de dez anos. Outro estudo desenvolvido nos EUA, envolvendo homossexuais masculinos, afirmou que o risco é de fato zero, porém não excluiu a possibilidade. Já o Serviço do Laboratório de Saúde Pública do Reino Unido estima que entre 1% e 3% dos casos de transmissão de HIV resultam de sexo oral. que vestígios do HIV são quase sempre encontrados no sêmen. Alta carga viral no sangue pode também significar alta carga viral no sêmen. O oposto nem sempre é verdadeiro, mesmo que a carga viral esteja indetectável no sangue, pode não estar no sêmen. Por isso, não se pode afirmar que tomar medicamentos anti-HIV reduzirá o risco de o sêmen ser contagioso ou que protege parceiros sexuais. Os níveis de HIV nos fluidos vaginais variam. Eles podem ser mais altos durante o período menstrual, já que as células que contêm o vírus são expelidas pelo colo e, por isso, são mais facilmente encontradas nos fluidos vaginais juntamente com o sangue. Portanto, sexo oral tornase mais arriscado durante o período menstrual. Como reduzir os riscos? Cadernos Pela Vidda ● Ano XVI - nº 43 Quando é mais arriscado? 26 As chances de você infectar outra pessoa com o HIV, através do sexo oral, aumentam se você tiver uma infecção sexualmente transmissível não tratada. A possibilidade de ser infectada pelo vírus ao fazer sexo oral aumenta se a pessoa tiver cortes, feridas ou esfoladuras na boca ou gengivas, ou se tiver uma infecção na garganta ou na boca causando inflamação, incluindo as sexualmente transmissíveis. Os testes de carga viral sugerem Há várias maneiras de reduzir os riscos envolvidos no sexo oral. Naturalmente, cada pessoa terá o seu próprio nível de aceitação e, por isso, você deve escolher o seu. Mas uma forma interessante de esclarecer suas dúvidas é buscar orientação com o seu médico ou com outros profissionais de saúde do seu serviço de tratamento. As estratégias mencionadas a seguir também o protegerão contra infecções sexualmente transmissíveis: Fonte: NAM (Organização Não-governamental do Reino Unido - www.aidsmap.com) ◆ Continuar fazendo sexo oral por achar que os riscos são baixos o suficiente. ◆ Abster-se de sexo oral por não querer correr nenhum risco de transmissão pelo HIV. ◆ Reduzir o número de parceiros com os quais você faz sexo oral. ◆ Fazer sexo oral com proteção, usando camisinha nos homens e uma camisinha cortada no comprimento nas mulheres. ◆ Optar por ser apenas passivo (receber o sexo oral), já que parece ser mais seguro do que ser ativo. ◆ Optar por não ejacular na boca do seu parceiro como também não deixar que seu parceiro ejacule na sua. ◆ Optar por não praticar sexo oral em mulheres durante o período menstrual. ◆ Cuidar da sua boca: a probabilidade de transmissão do HIV através do sexo oral aumenta se a gengiva da pessoa estiver sangrando, se tiver aftas, cortes ou esfoladuras na boca; não escovar os dentes ou usar fio dental antes de fazer sexo oral. ◆ Fazer, regularmente, exames médicos que identifiquem infecções sexualmente transmissíveis, as quais podem aumentar a probabilidade de você transmitir HIV a um parceiro soronegativo e, deste modo, reduzir a probabilidade de contrair HIV se você for soronegativo.