Optimização não linear

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OPTIMIZAÇÃO NÃO LINEAR
Opção IV - LESI
Optimização não linear com restrições de desigualdade
2004/2005
A. Ismael F. Vaz - Departamento de Produção e Sistemas
Optimização não linear - Opção IV - LESI
1
Formulação geral:
(1)
minn f (x)
x∈R
s.a
c(x) ≥ 0
em que f (x) e c(x) são funções não lineares em x.
f (x) : Rn → R
T
x = (x1, x2, . . . , xn)
c(x) : Rn → Rm
n é o número de variáveis do problema
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2
m é o número de restrições de desigualdade
T
c(x) = (c1(x), c2(x), . . . , cm(x))
Vamos supor que f (x) e c(x) são funções duas vezes diferenciáveis.
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Condições de optimalidade
Seja λ um vector de m elementos (vector dos multiplicadores de Lagrange)
T
λ = (λ1, λ2, . . . , λm)
A função Lagrangeana associada ao problema (1) é
L(x, λ) = f (x) − λT c(x)
= f (x) −
m
X
i=1
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λici(x)
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Restrições activas
Seja x̄ um ponto dado.
As restrições ci(x̄) ≥ 0, i ∈ A, dizem-se activas em x̄ se ci(x̄) = 0.
O conjunto A contém os índices das restrições activas.
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Condição de regularidade
Seja x∗ uma solução do problema.
Se os vectores ∇ci(x∗), i ∈ A (gradientes das restrições activas,
calculados na solução) forem linearmente independentes, então x∗ é ponto
regular.
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Condições necessárias e suficientes de 1a ordem
Seja x∗ uma solução do problema. Se x∗ é ponto regular, então existe um
λ∗ tal que
∇xL(x∗, λ∗) = ∇f (x∗) − ∇c(x∗)λ∗ = 0
c(x∗) ≥ 0
λ∗ ≥ 0
ponto estacionário da Lag.
admissibilidade
“positiveness”
e
(λ∗)T c(x∗) = 0
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complementaridade
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Interpretação das condições KT
A complementaridade ((λ∗)T c(x∗) = 0) diz-nos que as restrições não
activas têm multiplicadores iguais a zero (ci(x∗) > 0 ⇒ λ∗i = 0, i ∈
/ A).
Para as restrições activas os multiplicadores de Lagrange correspondentes
podem ou não ser zero. Se forem zero estamos na presença de um
problema degenerado. No caso de não existirem multiplicadores iguais a
zero para as restrições activas diz-se que a complementaridade é estrita.
c(x∗) ≥ 0
significa que o ponto verifica as restrições, ou seja, x∗ é ponto admissível.
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Interpretação das condições KT
∇xL(x∗, λ∗) = ∇f (x∗) − ∇c(x∗)λ∗ = 0
⇔ ∇f (x∗) = ∇c(x∗)λ∗
⇔ ∇f (x∗) =
m
X
λ∗i ∇ci(x∗)
i=1
significa que o gradiente de f (∇f ) é uma combinação linear dos
gradientes das restrições (das colunas de ∇c(x∗).
Nota: As restrições inactivas não influenciam, uma vez que λ∗i = 0, i ∈
/ A.
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Exemplo (Nash&Sofer)
min f (x) ≡ x1
x∈R2
s.a
(x1 + 1)2 + x22 ≥ 1
x21 + x22 ≤ 2
√
Considere x = (0, 0) , x = (−1, −1) e x = (0, 2)T .
1
T
2
T
3
Tem-se que
L(x, λ) = x1 − (λ1, λ2)
2
(x1 + 1) + x22 −
2 − x21 − x22
2
= x1 − λ1 (x1 + 1) +
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x22
−1 +
1
λ2 x21
+
x22
−2
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Condições KT
Logo
∇xL(x, λ) =
1 − 2λ1(x1 + 1) + 2λ2x1
−2λ1x2 + 2λ2x2
Para x1 = (0, 0)T apenas a primeira restrição está activa, logo λ2 = 0.
Resolvendo L(x1, λ) em ordem a λ1 vem
(
1 − 2λ1 = 0
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1
⇒ λ1 =
2
0=0
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Para x2 = (−1, −1)T ambas as restrições estão activas e resolvendo
L(x2, λ) em ordem aos multiplicadores de Lagrange obtemos
(
1 − 2λ2 = 0
1
⇒ λ1 = λ2 =
2
2λ1 − 2λ2 = 0
2
√
Para x = (0, 2)T apenas a segunda restrição está activa e resolvendo
L(x2, λ) = 0 em ordem a λ2 (λ1 = 0) obtemos
(
1 + 2λ2(0) = 0
√
2λ2 2 = 0
que é um sistema inconsistente e consequentemente x3 não satisfaz as
condições de optimalidade de primeira ordem.
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Condição necessária de 2a ordem - Mínimo
Seja x∗ uma solução do problema. Se x∗ é ponto regular então para todos
os vectores s ∈ Rn que verificam ∇C(x∗)T s = 0, em que C(x∗) é uma
matriz formada pelas restrições activas em x∗ (direcções tangentes às
curvas admissíveis), tem-se
sT ∇2xxL(x∗, λ∗)s ≥ 0.
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Condição suficiente de 2a ordem - Mínimo
Se (x∗, λ∗) é um par KT, isto é, verifica as condições KT
∇xL(x∗, λ∗) = 0
∇λL(x∗, λ∗) = 0
e se
sT ∇2xxL(x∗, λ∗)s > 0
para todo o s (s 6= 0) tal que
∇C+(x∗)T s = 0
então x∗ é minimizante local forte.
C+ é uma matriz formada pelas restrições activas não degeneradas
(multiplicadores diferentes de zero).
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1
O exemplo
em
x
2(λ2 − λ1)
0
=
0
2(λ2 − λ1)
Logo para x1 = (0, 0)T e λ1 = ( 12 , 0)T temos que
−1 0
2
1
∇xxL(x, λ) =
0 −1
∇2xxL(x, λ)
Como ∇C(x1) = (2, 0)T temos s = (0, s2)T e consequentemente
−1 0
0
(0, s2)
= −s22 ≤ 0 (s2 6= 0)
0 −1
s2
Logo x1 não é mínimo local. Não é máximo local porque λ1 ≥ 0.
1
definida negativa
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O exemplo em x2
2
0√
√
Como ∇C(x ) =
tem-se que
2 2 −2 2
@s 6= 0 : ∇C(x2)T s = 0 e a condição suficiente é verificada trivialmente.
2
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