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CONHECENDO MATO GROSSO
Geovaní Rodrigues Pires Provenzano1
Valéria Cristina Oliveira Nunes2
Aline Pinheiro Alves Santos3
RESUMO
O presente estudo tem por finalidade fortalecer a prática pedagógica do ensino regional de geografia e inserir nos ensinos fundamental e médio diálogos com
a geografia mato-grossense. Através deste trabalho os discentes poderão identificar
e compreender os aspectos históricos, físicos, humanos, econômicos e culturais do
nosso Estado. Este material foi elaborado com a intenção de valorizar os estudos da
geografia regional, por isso contemplou a análise referente à importância do processo de formação territorial de Mato Grosso na constituição da configuração atual dos
limites físicos e humanos. Para a realização dos objetivos propostos, primeiramente
foi feita uma pesquisa exploratória que consistiu na realização de um levantamento
documental e bibliográfico, o que facilitou a classificação de informações feitas por
meio de material coletado em livros, artigos, jornais, revistas, internet e outras fontes
escritas e publicadas. Essa pesquisa proporcionou a coleta de dados e informações
sobre os diferentes aspectos e características do Estado de Mato Grosso. Com os
dados e informações obtidos, além da análise e interpretação, também foi possível a
elaboração deste artigo, podendo assim serem apresentadas as noções básicas dos
aspectos históricos e geográficos mato-grossenses.
Palavras-chave: Mato Grosso, Geografia Regional.
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Professora da rede estadual de ensino de MT ([email protected])
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Professora da rede estadual de ensino de MT ([email protected])
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Professora da rede estadual de ensino de MT ([email protected])
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A historiografia de Mato Grosso conta que entre os anos de 1673 e
1682 os bandeirantes Manuel de Campos Bicudo e Bartolomeu Bueno da
Silva se instalaram às margens do Rio Cuiabá, no atual bairro de São Gonçalo.
Anos depois, já por volta de 1717 e 1718, Antônio Pires de Campos e
Pascoal Moreira Cabral chegaram à margem do Rio Coxipó, para capturar os
índios Coxiponés (CAVALCANTE, 1999).
Já no ano de 1722, Miguel Sutil designou dois índios carijós para procurar
mel, ao retornarem trouxeram embrulhados em folhas pepitas de ouro, o qual tinha sido apanhado nas imediações da atual Igreja de Nossa Senhora do Rosário
e de São Benedito, esse local ficou denominado de Lavras do Sutil (FELIX, 2006).
O primeiro povoado de Mato Grosso, o Arraiá da Forquilha, se formou em torno da confluência do Rio Coxipó com o Ribeirão Mutuca, após a
descoberta dos primeiros veios auríferos, pelos integrantes da Bandeira de
Pascoal Moreira Cabral, em 1719 no Rio Coxipó.
Devido ao crescimento e desenvolvimento do Estado de Mato Grosso, no
ano de 1748 o atual Estado deixou de ser dependente da capitania de São Paulo e se tornou capitania, naquele momento a cidade de Vila Bela da Santíssima
Trindade foi elevada à categoria de sede administrativa da província.
Com o declínio do ciclo do ouro no final do século XIX, iniciou-se um
novo ciclo econômico, para incentivar o povoamento do Estado através da
extração da borracha, poaia e erva-mate.
Na década de 1930, no Governo de Getúlio Vargas, iniciou-se uma política de povoamento do Centro-Oeste, através da criação de colônias agrícolas, até a década de 1930 a população de MT era de 349.857 habitantes e
na década de 1940 subiu para 423.265 habitantes.
Nas décadas de 1950 e 60 acelerou-se o processo de ocupação das
fronteiras agrícolas, trazendo para MT vários imigrantes, com isso a população mato-grossense na década de 1960 foi para 910.262 habitantes.
No Governo Militar a partir de 1964 iniciou-se mais um processo de incentivo à ocupação do Centro-Oeste, através de diversos programas governamentais.
Em janeiro de 1979 foi instalado o Estado de Mato Grosso do Sul (criado pela Lei Complementar nº 31, de 11/10/1977), onde MT ficou com 33
municípios e MS ficou com 38.
Atualmente MT tem 141 municípios, está dividido em 22 microrregiões homogêneas e 5 mesorregiões homogêneas, que apresentam aspectos
físico-geográficos semelhantes (Seplan, 2008).
Mato Grosso é um Estado privilegiado, pois é contemplado com a presença de três importantes bacias hidrográficas brasileiras.
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Quadro 1 – Bacias hidrográficas de Mato Grosso
Bacia
Sub-bacia (principal)
Sub-bacia (secundária)
Rio Madeira
Rio Guaporé
Rio Aripuanã
Rio Tapajós
Rio Juruena – Arinos
Rio Teles Pires
Rio Xingu
Rio Xingu
Paraná
(Platina)
Alto Paraguai
Rio Alto Paraguai
Rio Cuiabá
Rio São Lourenço
Rio Correntes – Taquari
Tocantins
Rio Araguaia
Rio Araguaia
Rio das Mortes
Amazonas
(Amazônica)
Fonte: Miranda & Amorim, 2001.
A bacia Amazônica abrange uma área de 7 milhões de km², compreendendo terras de vários países da América do Sul (Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e Brasil). É a maior bacia fluvial do mundo. De sua área
total, cerca de 3,8 milhões de km² encontram-se no Brasil, abrangendo os estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Amapá.
Em Mato Grosso os rios pertencentes à bacia Amazônica percorrem a
superfície do Planalto e Chapada dos Parecis e Serras residuais do norte de MT.
A bacia hidrográfica do Rio Tocantins abrange uma área de 814.000
km², é a maior bacia exclusivamente brasileira, apresenta a segunda maior
usina hidrelétrica do país, a de Tucuruí, e forma-se nesta bacia a Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo, na divisa de Mato Grosso com Tocantins.
A bacia hidrográfica do Rio Prata é constituída pelas sub-bacias dos Rios Paraná, Paraguai e Uruguai, drenando áreas do Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
O relevo é o conjunto de formas variadas da superfície da terra, e são
resultados das forças endógenas (internas), dobramentos, ações vulcânicas,
terremotos, ou das forças exógenas (externas), desgastes, acúmulo (através
da água, o vento, ação dos seres vivos). As principais formas de relevo são:
montanhas; planícies; depressões e planaltos.
As formas de relevos se apresentam através de diferentes tamanhos,
formas e idades, estão fortemente relacionadas com as rochas que as sustentam, com o clima que as esculpe e com os solos que as recobre.
O relevo não pode ser visto como mais um aspecto da paisagem natural, pois as várias formas de relevo favorecem ou dificultam os usos que
as sociedades humanas fazem do relevo. Normalmente as populações preREVISTA SABERES EM REDE CEFAPRO DE CUIABÁ/MT
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ferem desenvolver suas atividades e suas construções em relevos planos ou
pouco inclinados.
Segundo Vasconcelos (2005), o relevo mato-grossense é divido em 17
unidades geomorfológicas, que são:
1. Planalto e Chapada dos Parecis: é uma importante estrutura de relevo presente em Mato Grosso, esta unidade se caracteriza como uma grande
superfície que se estende praticamente de oeste a leste do estado, é a mais
extensa unidade geomorfológica de Mato Grosso, formada em terrenos sedimentares, o relevo apresenta superfícies planas ou de colinas amplas de
topos planos, as altitudes variam em média de 300 m a 800 m, apresenta
duas feições distintas, o Planalto dos Parecis e a Chapada dos Parecis.
2. Planalto e Chapada dos Guimarães: esta unidade se insere no conjunto das Bacias Sedimentares do Paraná, onde predominam relevos com
topos planos e altitudes que variam entre 450 e 850 metros.
3. Planalto dos Alcantilados – Alto Araguaia: nesta unidade observa-se
o aparecimento de grandes desnivelamentos. Este relevo corresponde à
uma porção da Bacia Sedimentar do Paraná, os seus níveis altimétricos variam entre 500 – 750 metros.
4. Planaltos e Serras Residuais do Norte de Mato Grosso: ocupa, de
forma descontínua, o norte de MT, estas áreas possuem altimetrias que variam entre 300 e 500 m. Nessa região está localizada a Chapada do Cachimbo, a Serra dos Caiabis, Chapada dos Dardanelos, Serra do Apiacás, Serra da
Providência e a Serra do Tapirapé.
5. Planaltos e Serras Residuais do Guaporé: compreende os relevos
inclinados e serranos, destaca-se nesta área o Planalto do Jauru, Serra do
Ricardo Franco, Serra de São Vicente, Serra de Santa Bárbara.
6. Província Serrana em Serras Residuais do Alto Paraguai: compreende
um conjunto de serras de cristais, são formas de dobramentos em rochas sedimentares, chegando a 800 metros de altitude, o conjunto de serras recebe
o nome de Bodoquena e, ao norte, o conjunto é conhecido como Província
Serrana, cuja serra mais conhecida é a Serra das Arras.
7. Planalto do Arruda – Mutum: nesta unidade, pouco extensa e altimetricamente nivelada entre 350-400 m, predominam formas de relevo aguçadas pouco extensas.
8. Planalto de São Vicente: representa um segmento da Chapada dos Guimarães, foi individualizado devido a sua estrutura geológica e as formas de
relevo, formado por morros e topos aguçados, entre altitudes de 400 a 600 m.
9. Depressão do Norte de Mato Grosso: representa uma superfície rebaixada, com altimetrias que variam em torno de 250 metros, ocupa quase todo
norte do estado. Por caracterizar-se como uma unidade de amplas proporções
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e ser uma superfície baixa, apresenta-se com diversas segmentações, sendo ora
dividida por planaltos residuais, ora interpenetrando relevos residuais mais altos.
É a principal unidade da parte norte do estado, estendendo-se de leste a oeste,
onde se situam as cidades de Guarantã do Norte, Matupá, Peixoto de Azevedo,
Alta Floresta, Colíder, Paranaíta, Apiacás e Juruena.
10. Depressão do Guaporé: configura uma superfície rebaixada aplainando e rebaixando, com altitudes que variam de 200 a 300 metros, acompanha todo vale do Rio Guaporé, o relevo é de topografia plana, normalmente
inundado por sedimentos.
11. Depressão do Araguaia: caracteriza-se por superfícies planas com
altitudes de 200 a 300 metros, margeando o vale do Rio Araguaia.
12. Depressão do Alto Paraguai: compreende o entorno do Rio Alto
Paraguai, sua altitude varia de 120 a 300 metros. Esta unidade caracteriza-se
como uma ampla superfície aplanada e levemente dissecada (passou por
processo erosivo – está desgastada), constituída por areias, siltes e argilas.
13. Depressão Cuiabana: refere-se à área topograficamente rebaixada,
com altitudes entre 200 e 450 m. São encontradas nesta unidade as cidades
de Nova Brasilândia, Rosário d’Oeste, Acorizal, Jangada, Cuiabá, Várzea Grande, Ribeirão dos Cocais, Santo Antônio de Leverger e Poconé.
14. Depressão Interplanáltica de Paranatinga: a denominação desta
unidade decorre do fato de ser uma área rebaixada, posicionada entre as
cristas da Província Serrana e os Planaltos dos Parecis e dos Guimarães, corresponde, portanto, a uma depressão entre planaltos.
15. Planície e Pantanal do Rio Guaporé: trata-se de uma faixa bastante estreita de terras planas e muito baixas, que se alonga pelas fronteiras do território
boliviano, tendo seu eixo marcado pelas águas do Rio Guaporé. Essa unidade
corresponde às áreas inundáveis, suas altitudes variam de 180 a 220 metros.
16. Planície e Pantanal do Rio Paraguai Mato-Grossense: corresponde a
uma grande área. É considerada a mais típica planície brasileira, pois está em constante processo de sedimentação. Todo ano, durante o verão, as chuvas aumentam
o nível de águas dos rios, que transbordam. Como o declive do relevo é mínimo,
o fluxo maior das águas que descem para o Pantanal supera a capacidade de
escoamento do Rio Paraguai, eixo fluvial que atravessa a planície de norte a sul,
ocasionando, então, as grandes enchentes que transformam toda a planície numa
enorme área alagada (vem daí o nome “pantanal”). Passado o verão, com a estiagem do inverno, o rio retorna ao seu leito normal, e o Pantanal transforma-se
então numa enorme área plana, coberta de campos, como uma planície comum.
17. Planície do Rio Araguaia: é uma planície estreita, sujeita a períodos
de inundação, localiza-se à margem do Rio Araguaia. Em seu interior, o maior
destaque fica com a Ilha do Bananal que, com uma área de cerca de 20.000
km² , é a maior ilha fluvial do planeta.
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Em relação aos biomas Mato Grosso é constituído pelo Pantanal, pela
Floresta Amazônica e pelo Cerrado.
Para Silva et al. (1998) é considerado Pantanal toda a área contínua inserida na Bacia do Alto Paraguai, sujeita a períodos de inundações, essa bacia inicia
no Brasil (MT – região sul e MS – região noroeste) e atinge o Paraguai (norte) e
a Bolívia (leste), sendo que no Brasil esta bacia foi delimitada e quantificada em
361.666 km², dos quais 138.183 km² formam a planície pantaneira, ocupando,
portanto, 38,21% da área da bacia, destes, 48.865 km² (35,36%) estão em MT
e 89.318 km² (64,64%) no MS. O Pantanal é conhecido mundialmente como a
maior planície inundável da Terra. Em Mato Grosso fazem parte desse bioma
sete municípios: Barão de Melgaço; Cáceres; Itiquira; Lambari D’ Oeste; Nossa
Senhora do Livramento; Poconé e Santo Antonio de Leverger, e em Mato Grosso
do Sul fazem parte do Pantanal nove municípios: Aquidauana, Bodoquena, Corumbá, Coxim, Ladário, Miranda, Sonora, Porto Murtinho e Rio Verde.
Já no período de cheia o Pantanal apresenta planícies alagadas onde
formam grande lagos conhecidos como baías, o clima é tropical continental, sua principal característica é o inverno seco e o verão chuvoso, com as
chuvas entre outubro e abril e seca de maio a setembro, os recursos hídricos
são provenientes da Bacia do Rio Paraguai, que é tipicamente formado por
planície, bastante navegável, e seus maiores afluentes são: Lourenço, Cuiabá,
Miranda, Taquari, Coxim e Aquidauana, bem como os rios menores: Nabileque, Apa e Negro (TOCANTINS, 2002).
“O solo pantaneiro não é adequado à agricultura sendo considerado de baixa fertilidade em áreas úmidas composto por lateritas hidromórficos, no entanto
para o desenvolvimento de tal atividade é sujeito a correções” (NETO et al, 2006).
A Floresta Amazônica apresenta vegetação sempre verde devido ao
índice pluviométrico elevado, o período de estiagem curto, apenas dois meses, por isso as suas árvores não perdem as folhas, as raízes das árvores não
são profundas, pois encontram água com abundância próximo à superfície,
as matas são densas, o que dificulta a entrada de luz em seu interior.
O Cerrado é a segunda maior formação vegetal brasileira. Estendia-se
originalmente por uma área de 2 milhões de km², abrangendo dez estados do
Brasil Central. Hoje, restam apenas 20% desse total.Típico de regiões tropicais, o
Cerrado apresenta duas estações bem marcadas: inverno seco e verão chuvoso.
Com solo de savana tropical, deficiente em nutrientes e rico em ferro e alumínio,
abriga plantas de aparência seca, entre arbustos esparsos e gramíneas, e o cerradão, um tipo mais denso de vegetação, de formação florestal. A presença de
três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul na região favorece sua
biodiversidade (http:portalbrasil.net/cerrado.htm “O cerrado Brasileiro”).
O Cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu alteração
com a ocupação humana, a atividade garimpeira, por exemplo, intensa na re46
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gião, contaminou os rios de mercúrio e contribuiu para seu assoreamento. A
mineração favoreceu o desgaste e a erosão dos solos. Na economia, também
se destaca a agricultura mecanizada de soja, milho e algodão, que começa
a se expandir a partir da década de 80. Nos últimos 30 anos, a pecuária extensiva, as monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte do
Cerrado. Hoje, menos de 2% estão protegidos em parques ou reservas.
Os tipos de climas predominantes em Mato Grosso são: o Equatorial
e o Tropical. O clima equatorial é comum na região centro-norte de Mato
Grosso, com chuvas abundantes bem distribuídas o ano todo, já o clima que
predomina na região centro-sul do estado é o tropical, com duas estações
bem definidas, sendo o inverno seco e o verão chuvoso, as temperaturas são
elevadas, com média anual ultrapassando 26ºC.
No que diz respeito aos aspectos humanos o estado possui uma população de 2.854.642 habitantes, de acordo com dados da Secretaria de
Planejamento do Estado de Mato Grosso (Seplan, 2006), e conforme a estimativa realizada pelo IBGE em 2009 a população do estado é de 3.001.692
habitantes. A população do estado é majoritariamente urbana, com 83,28%
nas cidades e 16,72% no campo e enfrenta problemas como desemprego,
falta de habitação, poluição, entre outros.
Os municípios mais populosos são:
• Cuiabá – 542.861 hab.
• Cáceres – 90.391 hab.
• Várzea Grande – 254.736 hab.
• Tangará da Serra – 72.311 hab.
• Rondonópolis – 169.814 hab.
• Barra do Garças – 50.163 hab.
• Sinop – 103.868 hab.
• Alta Floresta – 47.281 hab.
Fonte: IBGE, 2006.
Os critérios para a análise do IDH são: educação, longevidade e o Produto Interno Bruto - renda per capita. De acordo com os dados de MT em
números (2008), os municípios mato-grossenses que apresentaram o maior
e o menor IDH foram:
Ranking dos
municípios com
maior IDH
IDH
Município
Ranking dos
municípios com
menor IDH
IDH
1º
0.824
Sorriso
1º
0.654
Porto Estrela
Município
2º
0.821
Cuiabá
2º
0.655
Nossa Senhora do
Livramento
3º
0.818
Lucas do
Rio Verde
3º
0.665
Santa Terezinha
4º
0.813
Cláudia
4º
0.672
Barão de Melgaço
0.810
Campos
de Júlio
5º
0.673
Campinópolis
5º
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Quanto aos aspectos econômicos atividades de maior destaque estão
voltadas para o setor primário, destacando-se: exportação: de soja e derivados
(83%), madeiras (5,6%), carnes (4,8%), algodão (3,3%). Entre 2003 e 2004 o estado teve o segundo maior crescimento econômico do país, atrás apenas do
Amazonas. A agricultura é a maior força impulsionadora de sua economia.
Os principais produtos agropecuários do estado são:
Mato Grosso Lidera o ranking nacional na produção de:
• Soja, algodão e carne bovina - 1º lugar.
• Arroz - 4º lugar.
• Cana-de-açúcar - 7º lugar.
Municípios que se destacam na produção de:
• Algodão
• Soja
1º Campo Verde
1º Sorriso
2º Sapezal
2º Nova Mutum
3º Primavera do Leste
3º Sapezal
• Arroz
• Gado Bovino
1º Sinop
1º Cáceres
2º Paranatinga
2º Juara
3º Querência
3º Vila Bela da Santíssima Trindade
Fonte: Mato Grosso em números, 2008, Seplan.
Para escoar sua produção o estado conta com a hidrovia Paraguai–Paraná, estende-se desde a cidade uruguaia de Nueva Palmira até a brasileira
de Cáceres, essa hidrovia tem 3.442 km de extensão.
A Hidrovia Madeira está em funcionamento desde 2007 e é uma alternativa
para escoar a produção agrícola do Estado de Rondônia e oeste de Mato Grosso.
Já a Hidrovia Mortes–Araguaia–Tocantins está apenas no projeto, cuja
pretensão é construir uma entre o trecho no Rio das Mortes, em Nova Xavantina, MT, até o Rio Araguaia, em Aruanã, GO. Existe um projeto de construção
da Hidrovia Tapajós–Teles Pires, que irá atender cerca de 1.573 km de extensão, ligando Santarém, no Pará, a Sinop, em Mato Grosso.
O estado conta também com a contribuição das ferrovias para escoar
a produção agrícola, até o momento está em funcionamento a Ferrovia Senador Vicente Vuolo, também conhecida como Ferronorte, que liga o porto
de Santos, SP, a Alto Araguaia, MT, e foi inaugurada em agosto de 2000. A
proposta inicial do projeto da Ferronorte é chegar até Rondonópolis e em
seguida até Cuiabá.
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Segundo a Secretaria de Infraestrutura de Mato Grosso, o estado possui uma malha viária de 32.979 km de rodovias, sendo 28.100 km estaduais e
4.878 km federais: BR-163, BR-364, BR-174 e BR-070.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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história. Cuiabá: Edição dos autores, 1999.
FELIX, Pedro Carlos Nogueira. História de Mato Grosso: dos primeiros tempos à atualidade. Cuiabá: Defanti Editora, 2008.
LOUREIRO, Roberto. Cultura Mato-grossense: festas de Santos e outras tradições. Cuiabá: Entrelinhas, 2006.
MATO GROSSO. Mato Grosso em números 2008. Cuiabá: Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral, 2008.
MIRANDA, Leodete.; AMORIM, Leonice. Mato Grosso, Atlas Geográfico.
Cuiabá: Entrelinhas, 2000.
NETO, Arnaldo Alves de Souza et al. Plano de Desenvolvimento do Estado
de Mato Grosso – MT 20. Versão preliminar do relatório do estudo retrospectivo ( MT + 20 ER) Cuiabá, 2006.
PIAIA, Ivane Inêz. Geografia de Mato Grosso. 3. ed. Cuiabá: EDUNIC, 1997.
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pantanal brasileiro e suas sub-regiões. Disponível em: http://webnotes.sct.
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SIQUEIRA, Elizabeth Madureira. História de Mato Grosso: Da ancestralidade
aos dias atuais. Cuiabá: Entrelinhas, 2002.
TOCANTINS, Nely. Áreas Protegidas e Turismo, estudo de caso: Parque
Nacional do Pantanal Mato-grossense/MT e seu entorno. Tese de Doutorado
em Ecologia e Recursos Naturais. São Carlos: UFSCAR, 2006.
VASCONCELOS, Tereza Neide Nunes. Geografia de Mato Grosso. Território. Sociedade. Ambiente. Cuiabá: Entrelinhas, 2005.
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