HISTÓRIA DE MATO GROSSO DO SUL – 1ª PARTE:

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HISTÓRIA DE MATO GROSSO DO SUL – 1ª PARTE:
Prof. Luís Fernando Pinguim
Na região mato-grossense, os bandeirantes encontraram, desde
as primeiras explorações, os parecis e bororos; tribos que nos
primeiros contatos sofreram violentos ataquem dos bandeirantes, os
quais estavam ainda buscando sua sobrevivência econômica por meio
da captura e escravização de indígenas do interior do Brasil.
As principais Missões Jesuíticas eram: Guayrá, Tape e Itatim e
foram totalmente destruídas pelos bandeirantes.
Tribos e suas características:



Paiaguás – habilidosos canoeiros que dominavam os
rios;
Guaicurus – excelentes cavaleiros;
Caiapós – destacaram-se por sua resistência ao homem
branco.
Obs: Guaicurus – terror da região do Pantanal e Chaco Paraguaio de
1720 a 1780 fizeram acordos de paz com os portugueses e os
espanhóis. Hoje há 1.200 deles que se chamam Kadiwéus e moram no
Mato Grosso do Sul.
Das diversas nações indígenas que habitavam
mato-grossense, antes da chegada dos primeiros
europeus, destacaram-se os caiapós, os guaicurus e
divididos em várias tribos. Todas opuseram forte
penetração do homem branco em seus territórios.
a região sulcolonizadores
os paiaguás,
resistência à
Afirma-se que o primeiro europeu a pisar o chão sul-matogrossense foi o português Aleixo Garcia, que partiu do litoral sul do
Brasil para tentar alcançar as Minas do Peru, na primeira metade do
século XVI.
Já os descobridores de ouro nas proximidades do Rio Cuiabá
foram os bandeirantes paulistas, principalmente depois da Guerra dos
Emboabas (1708/1709), conflito que levou muitos deles a deixar a
região de Minas Gerais.
Foi Pascoal Moreira Cabral que chegou primeiro as minas de
Cuiabá. O calendário marcava o dia 8 de abril de 1719 quando foi
assinada a ata de fundação do arraial de Cuiabá (na localidade
denominada de Forquilha).
Pandiá Calógeras importante historiador brasileiro, afirmou que
entre 1719 e 1770, na região de Mato Grosso, foram retirados perto de
quatro mil arrobas de ouro ( aproximadamente sessenta toneladas).
Em 9 de maio de 1748, a Coroa portuguesa desmembrou a
região de Mato Grosso da Capitania de São Paulo. A nova
capitania teve como primeiro governador D. Antônio Rolim de
Moura.
1
Uma das dificuldades encontradas para iniciar o povoamento da
parte sul de Mato Grosso foi a proibição feita pelo governador D.
Rodrigo de Menezes do trânsito pela região da Vacaria, antiga rota
percorrida por bandeirantes, inclusive por Moreira Cabral, que incluía
os rios Pardo, Anhanduí, Aquidauana e Miranda. A proibição tinha por
objetivo dificultar o contrabando de ouro.
Atenção! Como a maioria das tribos mostrava-se resistente às
tentativas de dominação, fosse combatendo os bandeirantes ou
evitando o assédio dos jesuítas, as autoridades declararam a Guerra
Justa, ou seja, a guerra de extermínio.
Problemas e definição de fronteiras:
Lembremos que Portugal fundou na Margem esquerda do Rio
Prata próxima a Buenos Aires, a famigerada Colônia do Sacramento.
Essa atitude fazia parte dos planos portugueses de estender seus
domínios até o Rio Prata, região que pelo Tratado de Tordesilhas
pertencia à Espanha.
Importante! Em 1750, Portugal e Espanha assinaram o Tratado
de Madri, que estabelecia que Portugal ficasse com as terras ocupadas
a Oeste da Linha de Tordesilhas ( atuais Minas Gerais, Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul e Goiás) e a região dos Sete Povos das Missões.
Em troca, a Colônia do Sacramento seria entregue à Espanha. Esse
Tratado foi defendido pelo brasileiro Alexandre de Gusmão, que utilizou
a favor da Coroa portuguesa o princípio do uti possidetis, ou seja, o
direito natural de posse de quem ocupa uma área.
Em 1775, D. Luís de Albuquerque e Cáceres, fundou o Forte
Coimbra, considerando a estratégia portuguesa de ocupação das
terras sul-mato-grossenses.
Exercícios:
01. Some as alternativas corretas:
(01) As nações indígenas que habitavam a região sul-mato-grossense,
antes da chegada dos primeiros colonizadores europeus, destacaramse os caiapós, os guaicurus e os xavantes.
(02) As missões criadas pelos jesuítas espanhóis durante o período da
União Ibérica foram: Guayrá, Tape e Itatim.
(04) Os caiapós foram duramente perseguidos durante os séculos XVIII
e XIX, sendo massacrados ou escravizados, até que bastante
reduzidos em seus contingentes, foram se aculturando.
(08) Os guaicurus destacaram-se por sua habilidade guerreira e sua
cavalaria, pois esses indígenas eram exímios cavaleiros e percorriam
as amplas planícies de Mato Grosso.
(16) Os guaicurus eram adversários dos paiaguás.
(32) Os paiaguás se destacaram por sua resistência ao homem branco.
Soma:
02. Some as alternativas corretas:
(01) Antônio Pires de Campo, bandeirante experiente, considerado um
dos maiores caçadores de índios daqueles tempos, e, por isso mesmo,
limitaram-se a perseguir indígenas.
(02) Foi o próprio Antônio Pires de Campos que avisou Pascoal
Moreira Cabral sobre a localização dos índios coxiponés (às margens
do Rio Coxiponé), o que levou esse último a penetrar nesse território.
(04) Foi enviado a São Paulo um mensageiro para dar a notícia da
descoberta das minas ao Governador Conde de Assumar, pois tanto a
região do atual estado de Minas Gerais quanto de toda a grande
extensão de terras de Goiás e Mato Grosso estavam sob a jurisdição
da Capitania de São Paulo.
(08) Para chegar às minas de Cuiabá, era preciso viajar numa monção,
termo que designava as expedições fluviais, que partia do Rio Tietê,
passava pelo Rio Paraná e pelos afluentes, penetrava no território
mato-grossense e, depois, navegava pelos afluentes do Rio Paraguai,
entre os quais o próprio Rio Cuiabá.
(16) Os participantes de uma monção eram chamados de monçoneiros
e viajavam em canoões pesados e lentos, fáceis presas para os
indígenas.
2
(32) O tráfego fluvial para Cuiabá baseou-se nas “monções” e persistiu
até muito depois que se esgotaram as minas de ouro descobertas em
torno de 1718 por Antônio Pires de Campos.
Soma:
03. Some as alternativas corretas:
(01) A primeira fazenda instalada no território do atual Mato Grosso do
Sul foi a Fazenda Camapuã, localizada entre dois morros de
configurações bastante semelhantes. Foram seus fundadores os
irmãos Leme (João, Lorenço, Antão e Domingos), quatro fugitivos de
Itu, São Paulo que, em 1719, estavam a caminho, como tantos outros
aventureiros, das minas de Cuiabá.
(02) O capitão-general de Mato Grosso, João de Albuquerque de Melo
Pereira e Cáceres, fez questão de documentar o acordo entre os
portugueses e os indígenas guaicurus.
(04) Termo de paz e amizade celebrado com os guaicurus, em 01 de
agosto de 1791, a partir daí, não apenas os paiaguás, mas também os
espanhóis, sempre que se julgasse conveniente seriam atacados por
grupos de guaicurus.
(08) Uma das dificuldades encontradas para iniciar o povoamento da
parte sul de Mato Grosso foi a proibição feita pelo governador Dom
Aleixo Garcia do trânsito pela região da Vacaria.
(16) O tratado de Madri de 1750 foi defendido pelo brasileiro Alexandre
de Gusmão, que utilizou a favor da Coroa portuguesa o princípio do uti
possidetis.
(32) A Colônia de Iguatemi foi o primeiro núcleo populacional fundado
no Sul com o objetivo de assegurar a posse daquelas terras e diminuir
o ímpeto paraguaio de conquista.
Soma:
04. Some as alternativas corretas:
(01) Em 1777, foi assinado novo Tratado, o de Santo Idelfonso, que
restabelecia em parte o que constava do antigo Tratado de Madri que
fora revogado em 1761, pelo Tratado de Badajós.
(02) D. Luís de Albuquerque e Cáceres, que governou Mato Grosso
entre 1772 e 1789, mandou ocupar o Fecho dos Morros, localidade do
baixo Paraguai que teve como conseqüência em 1775 a fundação do
Forte Coimbra.
(04) A Vila de Albuquerque deu origem a atual cidade de Corumbá.
(08) O Governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro em 1797
mandou construir o forte-presídio de Miranda às margens do Rio
Miranda (antigo Mbotetei).
(16) Com Iguatemi (1767), ao Sul; com o Forte Coimbra (1775); com o
Presídio de Miranda (1797); com a destruição do forte São José,
estava firmemente caracterizada a superfície territorial do atual estado
de Mato Grosso do Sul.
(32) Conseguida a independência em 1811, o Paraguai passou a ser
governado por José Gaspar Rodrigues de Francia.
Soma:
05. Some as alternativas corretas:
(01) Os índios Guató eram conhecidos por viverem em palafitas e, por
isso, acabaram se diferenciando das outras tribos do estado. Eles
habitavam a Ilha Insua, localizada na região de Porto Índio, na divisa
entre Corumbá e o estado de Mato Grosso.
(02) Os índios Ofayé-Xavante viviam às margens do Rio Paraná e do
Rio Sucuriú, até as nascentes dos rios Vacaria, Ivinhema e Verde.
(04) Os índios terenas se caracterizavam como nação de agricultores e
excelentes ceramistas. Por volta do século XVIII, os índios terenas se
fixaram na bacia do Rio Miranda.
(08) Os Guaicurus pertencem à última tribo dos Mbayá-Guaicuru. Era
um povo seminômade que habitava a região da bacia do Rio Paraguai.
Os Kadiwéu encontram-se hoje quase totalmente concentrados na
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reserva doada por Dom Pedro II ao seu povo, devido à participação
dessa tribo ao lado dos militares brasileiros, na Guerra do Paraguai.
(16) Quando os portugueses chegaram ao Brasil, o povo GuaraniCaiuá era dono de um vasto território – cerca de 4 milhões de hectares
com matas, rios e áreas para a exploração da caça. Os domínios
dessa tribo se estendiam da região oriental do Paraguai até o sul do
antigo Mato Grosso.
(32) Entradas eram expedições particulares, em geral organizadas por
comerciantes ou fazendeiros, com objetivo de procurar ouro e pedras
preciosas ou de capturar índios para serem empregados na lavoura. Já
as bandeiras eram expedições organizadas pelo governo, formadas
por um pequeno número de homens armados, que saíam pelo interior
do Brasil em busca de minerais.
Soma:
Por fim, em 1825, chegou a Cuiabá o presidente da Província, o
Tenente-coronel José Saturnino da Costa Pereira, nomeado pelo
Imperador D. Pedro I.
A vida política na Colônia foi sempre muito agitada, conforme
vimos anteriormente, e um dos mais tristes exemplos da violência
política em Mato Grosso foi a rebelião que ficou conhecida como
Rusga.
No dia 30 de maio de 1834, com a conivência do Governador
Paupino Caldas, teve início uma chacina dos portugueses que viviam
em Cuiabá. Estes considerados inimigos dos brasileiros porque
exploravam e oprimiam a população no comércio que desenvolviam e,
ainda, representavam a idéia de dominação da Metrópole, odiada pela
população e responsabilizada por todos os infortúnios da capitania. Os
bicudos ou caramurus, como eram chamados os portugueses, eram
retirados de suas casas e executados.
Das provocações à Guerra do Paraguai:
HISTÓRIA DO MATO GROSSO DO SUL – 2ª PARTE:
Sob a conjuntura de Independência e o Império:
A situação da capitania de Mato Grosso era extremamente
precária. O problema da falta de recursos para pagar as tropas e dar
mais segurança ao seu território perdurava havia décadas, sem que os
governantes, até os mais bem-intencionados, conseguissem resolvê-lo.
A população, em sua maioria, sentia evoluir seu empobrecimento. Ao
norte, os principais centros administrativos rivalizavam entre si –
Cuiabá, a vila mais antiga, procurava atrair para si mais privilégios do
que a capital da capitania, Vila Bela.
A partir desse contexto de disputas entre Cuiabá e Vila Bela,
inicia-se a formação das Juntas Governativas que levará Cuiabá a
hegemonia política na região.
Em algumas ocasiões, entre 1819 e 1850, presidentes da
província de Mato Grosso ordenaram intervenções militares a
localidades paraguaias, porém seus exércitos foram repelidos pelos
paraguaios e esses governantes acabaram sendo exonerados do
cargo pelo governo imperial.
Em 1855, sob a presidência de Augusto Leverger, a sede do
governo e o comando militar foram fixados no Forte Coimbra, por
receio das intenções da República do Paraguai, nessa época
governada por Antônio Carlos Lopes.
O contexto econômico começa a mudar a partir de 1837, quando
entra em funcionamento a Companhia fluvial Paulista, que passou a
fazer transporte pelos rios Tietê e Paraná e onde mais tarde colocaria
pequenos barcos a vapor. Mesmo assim, as atividades econômicas
não eram suficientes para alavancar o progresso da região. Para a
grande maioria de sua população, a vida era extremamente difícil. Em
determinadas épocas, os preços dos gêneros de primeira necessidade
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sofriam uma alta repentina, como conseqüência dos obstáculos
naturais à circulação de pessoas e mercadorias.
Em 1850 é sancionada a Lei de Terras, ou seja, os terrenos
ocupados receberiam título de propriedade. Com isso, verifica-se que,
ao principiar a Guerra do Paraguai, em 1864, as terras do sul de Mato
Grosso já não constituíam vazios absolutos.
No ano de 1858, Antônio Carlos Lopes, então presidente do
Paraguai, assinou, juntamente com o visconde do Rio Branco, um
acordo de livre navegação pelos rios Paraná e Paraguai. A medida
trouxe grandes benefícios a Corumbá, que passou a ter um porto
bastante movimentado, exportando charque, couro e chifres e
importando manufaturados europeus.
A Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai teve início
quando Mato Grosso era governado pelo General Manoel Albino de
Carvalho. Este deveria ter sido substituído pelo Coronel Carneiro de
Campos, que viajava rumo à província a bordo do navio Marquês
de Olinda, cujo aprisionamento pelos paraguaios, em novembro
de 1864, foi considerado uma declaração de guerra.
O exército paraguaio, sob o comando do Coronel Vicente
Barrios, atacou, em 27 de dezembro de 1864, o Forte Coimbra, cuja
defesa estava a cargo do Tenente-Coronel Hermenegildo Porto
Carrero, que, apesar do “heroísmo” demonstrado por seu pequeno
contingente, teve que se render ao inimigo.
O alvo paralelo dos paraguaios foi a colônia Militar de Dourados,
atacada pelo Capitão Martin Urbieta, em 29 de dezembro de 1864. Os
paraguaios contavam com duzentos e cinquenta homens contra
apenas quinze soldados brasileiros, comandados pelo Tenente Antônio
João Ribeiro.
Por outro lado, Corumbá, cuja defesa deveria ser feita pelo
coronel Carlos Augusto de Oliveira, foi invadida pelas tropas do
Paraguai sem oferecer qualquer resistência. A exceção que deve ser
sempre lembrada foi a atitude corajosa do Tenente João Oliveira Melo,
que salvou a vida de quatrocentos habitantes locais, ajudando-os em
sua retirada para Cuiabá.
Centenas de soldados brasileiros morreram em Matos Grosso,
vitimados pela varíola e pela cólera, principalmente a partir de 1867,
quando ocorreu o episódio conhecido como Retirada da Laguna
(retirada forçada dos soldados brasileiros).
Terminada a guerra em março de 1870, após a morte de Solano
Lopes em Cerro Corá, na fronteira com Mato Grosso, iniciou-se a
tarefa de reconstrução da província de Mato Grosso.
O Brasil saiu da guerra com uma dívida externa extremamente
alta – cerca de seiscentos mil contos de réis.
Desde 1869, Corumbá voltara a ser porto de importação e
exportação, para abastecer as regiões do centro-oeste brasileiro.
Isentando-a de tributação alfandegária, o governo imperial permitiu que
essa cidade rapidamente se recuperasse.
Um dos auxiliares na demarcação dos limites entre Brasil e
Paraguai, no pós-guerra, Tomás Laranjeira deu atenção especial à
extensa vegetação nativa de erva-mate, que corria pela linha fronteiriça
entre as nascentes do Rio Apa e as Sete Quedas, iniciando, com mãode-obra de gaúchos e paraguaios, uma atividade que lhe rendeu um
grande lucro, resultando assim na criação da empresa Companhia
Mate Laranjeira, em sociedade com os irmãos Murtinho.
Em 1895, foi instalado o Porto Murtinho e, em função disso, a
atividade da erva-mate tornou-se o carro-chefe da economia regional,
sendo exportada em grande quantidade para a Argentina, onde era
beneficiada e revendida.
Nioaque ressurgiu, a partir de 1877, como distrito militar, com a
denominação de Levergeria (homenagem a Leverger, que após a
guerra recebeu o título de Barão de Melgaço), porém, para os
habitantes, o antigo nome prevalecia. Nesse tempo, o presidente da
província era o General Hermes da Fonseca (sobrinho de Deodoro da
Fonseca).
Exercícios:
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01. Sobre o contexto histórico no qual se deu a Guerra da Tríplice
Aliança com o Paraguai (1864-1870), é correto afirmar que
(01) o Império Brasileiro buscava destacar-se politicamente como força
hegemônica entre os países da Bacia do Prata.
(02) a República do Paraguai estava organizada sobre uma sociedade
composta por amplas massas camponesas indígenas e por uma elite
inserida em um Estado centralizador. Dotado de autonomia política e
amplo apoio popular, o governo paraguaio buscava reagir para manter
sua soberania diante das demais nações do Prata.
(04) a Argentina não tinha nenhum tipo de interesse sobre o Paraguai e
sua adesão ao conflito resultou apenas da invasão de seu território
pelo exército de Lopez.
(08) favorecido por uma economia voltada à exploração agropastoril, o
Uruguai passava internamente por um momento político tranqüilo, o
que explica a sua quase insignificante participação no conflito.
(16) como representante da expansão capitalista internacional, não se
pode dizer que a Inglaterra não tivesse nada a ver com o conflito.
Afirmar, contudo, que a guerra resultou exclusivamente da ação
imperialista inglesa é desconsiderar os interesses regionais e reduzir
as nações envolvidas a meros joguetes do capitalismo inglês.
03. Foi comandante das tropas do glorioso feito da Retomada de
Corumbá. Foi o primeiro Governador do Estado no período
republicano:
a) Joaquim Murtinho
b) Manoel Murtinho
c) Antonio Maria Coelho
d) Frederico Carneiro de Campos
e) Bento Gonçalves
04. (UEMS) Durante o tempo da historiografia existente sobre a guerra
do Paraguai afirma que a mesma se deu em função das ambições
imperialista de Solano Lopes, que nesse sentido pretendia anexar
áreas do Brasil. Hoje com novos estudos sobre o assunto sabemos
que as razões desta guerra foram mais complexas. Dentre estas
razões, podemos destacar:
a) problema de fronteira;
b) interesses ingleses;
c) domínio do Rio da Prata;
d) a invasão do Paraguai por parte das tropas do Marechal Rondon;
e) as afirmativas a,b e c estão corretas;
Soma:
02. (UEMS) Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que
corresponde a um episodio da guerra do Paraguai ocorrido em território
hoje Sul-mato-grossense:
a) o combate dos Dezoito do forte
b) a destruição do Forte Iguatemi
c) a retirada da Laguna
d) a retomada de Cuiabá.
e) o cerco de Paranaíba.
05. Sobre a Guerra com o Paraguai, é correto afirmar que:
(01) o Brasil, a Argentina e o Uruguai formaram a Tríplice Aliança para
combater o Paraguai.
(02) a fase da guerra conhecida como a Campanha da Cordilheira foi
comandada pelo Conde d’Eu, genro de D.Pedro II, em substituição ao
Duque de Caxias.
(04) a guerra teve início em fins de 1864, quando os paraguaios
aprisionaram o navio Marquês de Olinda, que transportava o
presidente da Província de Mato Grosso.
(08) foram as batalhas mais importantes da guerra: Riachuelo, Monte
Castelo e Lomas Valentinas.
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(16) a Guerra da Tríplice Aliança terminou quando Solano Lopez
renunciou ao governo paraguaio e deixou como regente seu filho
menor de idade.
(32) Visconde de Taunay imortalizou em livro um dos feitos mais
dramáticos da História da participação dos brasileiros na Guerra com o
Paraguai. O livro referido chama-se A Retirada da Laguna.
Soma:
06. (UFMS) Leslie Bethell, em seu texto sobre a Guerra do Paraguai,
afirma que Francisco Solano Lopes superestimou o poder econômico e
militar do Paraguai. Ele subestimou o potencial (sem considerar o
efetivamente existente) do poder militar brasileiro – e a disposição para
a luta do Brasil. Enganou-se ao imaginar que a Argentina ficaria neutra
numa guerra entre Paraguai e Brasil (BETHELL. A Guerra do Paraguai:
130 anos depois. RJ: Relume-Dumará,). A partir das afirmações de
Bethell, é correto afirmar que:
(01) o governo argentino de Francisco Solano Lopes superestimou o
poder econômico e militar paraguaio; por isso aliou-se ao Brasil e ao
Uruguai.
(02) a Argentina uniu-se ao Brasil para punir e enfraquecer o governo
paraguaio.
(04) a Argentina não ficou neutra na guerra contra o Paraguai; no
entanto, devido às constantes desavenças com o império brasileiro,
decidiu se aliar apenas com os ingleses e uruguaios.
(08) o governo paraguaio tinha plena consciência do poder militar
brasileiro; por isso, aliou-se aos argentinos e uruguaios para a luta
contra o Brasil.
(16) o governo paraguaio pensava que o Paraguai tinha forças
suficientes para lutar e vencer a guerra contra o Brasil, tanto que, em
1864, decidiu invadir o território mato-grossense.
Soma:
07. (UFMS) A guerra entre o Paraguai e a Tríplice Aliança (1864-1870)
tem sido considerada por muitos historiadores como um divisor de
águas na História de Mato Grosso do Sul, o antigo Sul de Mato Grosso,
tendo em vista que, com o final do conflito e a vitória dos aliados,
ocorreram profundas transformações no setor econômico da região. No
que diz respeito aos acontecimentos posteriores à guerra, é correto
afirmar que:
(01) a livre navegação pelo rio Paraguai favoreceu o desenvolvimento
do comércio fluvial entre o antigo Sul de Mato Grosso e outras
importantes regiões platinas.
(02) a imigração de grandes comerciantes e industriais judeus foi fator
decisivo para o desenvolvimento da região.
(04) Corumbá, cidade sul-mato-grossense situada à margem direita do
rio Paraguai, transformou-se em um dos mais importantes pólos
comerciais da região Centro-Oeste do país até a primeira metade do
século XX.
(08) couros, solas, carne-seca e ipecacuanha foram alguns dos
principais produtos exportados para outras áreas da Bacia do Prata.
(16) o governo imperial brasileiro passou a dar mais atenção à então
Província de Mato Grosso, uma região tida como longínqua, embora
geopoliticamente estratégica no contexto platino.
Soma:
08. Militar, Defensor do Forte Coimbra em dezembro de 1864, quando
aludido baluarte foi atacado pelas forças do exercito paraguaio sob
comando de Vicente Barrios.
a) Hermenegildo Porto Carreiro
b) Manoel Cavassa
c) Carlos Antonio Camisão
d) Ricardo Franco de Almeida Serra
e) Antonio João de Ribeiro
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09. Sobre a Guerra do Paraguai (1864/1870), responda.
I. O aprisionamento do navio Marquês de Olinda pelo governo
Paraguaio foi uma retaliação diante da intervenção brasileira nas
disputas políticas internas do governo uruguaio, tal fato, foi o estopim
para o inicio da Guerra.
II. Bartolomeu Mitre (Argentina) antes do inicio da Guerra buscava
apoio político do governo paraguaio para incorporar territórios no Rio
Grande do Sul.
III. D. Pedro II não mediu esforços para evitar o conflito chegando a
pedir a mediação da “Questão Platina”, ao então presidente americano
em exercício Abraham Lincoln.
IV. Independente das ações que antecedem o início da Guerra do
Paraguai, Solando Lopes já manifestava seu desejo em favor do
“Paraguai Maior”, fato este comprovado pela presença de militares
paraguaios em território brasileiro mapeado e identificando pontos de
fragilidade para uma possível invasão no sul de Mato Grosso, a
exemplo de Isidoro Resquim.
Assinale a alternativa correta:
a) I e II
b) II e III
c) I e III
d) II e IV
e) I e IV
atribuída a Antonio João Ribeiro, retrata a resistência e o heroísmo dos
combatentes brasileiros no episodio da “Epopéia de Dourados”.
(04) Antonio Maria Coelho foi um dos responsáveis pela retomada de
Corumbá em 1869.
(08) No curso da Guerra o comando das forças brasileiras foi alterado
pelo menos 2 vezes tendo como responsáveis, respectivamente
Osório, Caxias e Conde D’Eu.
(16) Dentre os inúmeros obstáculos enfrentados pelos dois lados da
Guerra Paraguai x Tríplice Aliança, temos o grande surto de cólera e
varíola (1866/67), em território paraguaio.
Soma:
Não Esqueça!
 Rusga – foi uma rebelião ocorrida em Cuiabá, em 1834,
que envolveu importantes figuras da elite local. Esse
conflito resultou na chacina de portugueses que moravam
naquela vila, principalmente comerciantes, que eram
considerados inimigos dos brasileiros.
 Após a Guerra do Paraguai, Tomás Laranjeira começou o
extrativismo de erva-mate no extremo sul de Mato Grosso,
vindo a fundar a companhia Mate Laranjeira.
 Ipecacuanha – erva rasteira e lenhosa.
DIVISIONISMO DE MATO GROSSO DO SUL:
10. Sobre a Guerra do Paraguai, responda:
(01) Um dos fatos mais expressivos da Guerra do Paraguai
(1864/1870) foi o episodio da Retirada da Laguna, onde uma coluna de
combates do exército brasileiro sagra-se vitoriosa diante da batalha de
Ñha-Depá, sob liderança de Hermenegildo Porto Carreiro.
(02) A Frase – “Morro, mas meu sangue e de meus companheiros
servirá de protesto solene contra a invasão do solo de minha pátria.” -
Os governos dos períodos denominados República Velha (18891930) e República Nova (1930-1945) foram bastante agitados em Mato
Grosso (inclusive na década de 1950). Diversos fatores contribuíam
para essa situação, entre os quais podemos citar:

a pobreza geral do território mato-grossense, que, mesmo
apresentando uma recuperação notória nos últimos anos do
8
século XIX, ainda tinha uma economia bastante atrasada,
baseada na pecuária e no extrativismo de erva-mate;
 a falta de infra-estrutura e a morosa ligação com os principais
centros econômicos e políticos do país, o eixo Rio-São Paulo –
nesse sentido, mais tarde, com os esforços de alguns
governadores, seriam construídas ferrovias e estradas de
acesso a Mato Grosso, além do árduo trabalho executado pela
missão chefiada por Cândido Rondon para instalar o telégrafo
na região;
 as disputas políticas, especialmente durante a República
Velha, entre os diversos grupos regionais, guiados pelos
chefes políticos, comumente denominados de “coronéis”
grandes latifundiários ávidos pelo poder.
 uma forte presença de oficiais militares ocupando cargos
públicos, como o de governador do estado, gerava com mais
facilidade a eclosão de movimentos armados.
O Movimento Divisionista caracterizou-se por aspectos
socioeconômicos, políticos e culturais, que visavam a emancipação
político-administrativa do Sul de Mato Grosso. A criação do Estado de
Mato Grosso do Sul é resultado de um longo movimento com essas
características, que permearam sua formação histórica recente.
A forma como se desenrola o processo do divisionismo assume,
em cada período histórico, uma conotação distinta que é uma das
peculiaridades que entremeiam a história de Mato Grosso do Sul.
O Movimento divisionista tem sua origem em 1889, quando
alguns políticos corumbaenses divulgaram um manifesto no qual
propunham a transferência da capital de Mato Grosso para Corumbá. A
atitude desses políticos não foi vitoriosa, mas mostrou que essa tímida
ação permitia marcar o início de uma longa história de luta.
A importância sócio-econômica e política do Sul de Mato Grosso
acentuam-se, na medida em que ocorre a sistematização da criação do
gado, a posse da terra e a formação de vilas e de cidades,
concomitante a esses fatores ocorre a instalação da Companhia MateLaranjeira e a ligação ferroviária entre o Sul de Mato Grosso e São
Paulo, fortalecendo também, econômica e politicamente alguns dos
grandes proprietários rurais da região. Tais acontecimentos marcaram
a origem do movimento divisionista. Este pode ser compreendido em
quatro grandes fases que acompanham a evolução histórica do Estado
no período republicano.
Primeira Fase (1889-1930):
Marcada pela formação das oligarquias sul mato-grossenses que
lutam pelo reconhecimento da posse da terra fazendo oposição aos
privilégios da Companhia Mate-Laranjeira. Nessas lutas políticas, nos
ervais e Campos de Vacaria, se manifesta a idéia divisionista. As
oligarquias sulinas uniram-se, nas primeiras décadas da República
Velha às de Cuiabá, adversárias da Companhia Mate-Laranjeira, pois
tinham interesses nos ervais. Através dessa aliança, as oligarquias sulmato-grossenses fizeram oposição armada ao governo estadual e à
referida companhia. Inicialmente, o movimento divisionista não tinha
um plano, um programa político definido e seus objetivos quase
sempre se confundiam com os interesses pessoais do coronel.
Em 1921, transfere-se de Corumbá para Campo Grande a sede
da Circunscrição Militar, hoje Comando Militar do Oeste. Na ocasião
Pandiá Calógeras, então Ministro da Guerra do governo de Epitácio
Pessoa, transformou Campo Grande em sentinela da paz e do
progresso, ou seja, tornou-a uma capital militar. Com a transferência e
com o aumento do contingente militar no Sul de Mato Grosso, as
oligarquias sulinas, decepcionadas com as antigas alianças, unem-se
aos militares que trazem consigo uma vivência política diferente,
grandemente marcada pelo movimento tenentista que influencia o
Movimento Divisionista, embora a presença dos mesmos objetivasse
manter a ordem e a disciplina no Sul de Mato Grosso, além de coibir
manifestações divisionistas. A este fato é somada a regularização das
viagens ferroviárias, que propiciam a chegada de novos migrantes e a
dinamização da economia sul-mato-grossense. Outro reflexo das
viagens ferroviárias é a vinculação do Sul de Mato Grosso com a
9
economia paulista e o consequente desenvolvimento das cidades
exportadoras de gado, particularmente Campo Grande, que se torna o
centro do eixo econômico no Estado. Tal crescimento possibilita a
formação de novas lideranças políticas ligadas ao comércio e a outras
atividades profissionais e um crescimento demográfico na região sulmato-grossense. Esse quadro de novos fatores de ordem sócioeconômica e política trazem significativas mudanças no movimento
divisionista, que extrapola os ervais e atinge as cidades exportadoras
de gado, especialmente Campo Grande. É o início da urbanização do
movimento.
Segunda Fase (1930-1945):
É o período em que o movimento começa a se organizar e
gradativamente as lutas armadas são substituídas por pressões
políticas junto ao Governo Federal.
As oligarquias sulinas que eram dissidentes no Estado passam a
apoiar a “Revolução de 1930” – liderada por Getúlio Vargas, e,
posteriormente a Revolução Constitucionalista de 1932, como intuito
de obter apoio para o movimento de divisão no Estado. No decorrer da
Revolução Constitucionalista, o General Bertoldo Klinger, comandante
militar do então Mato Grosso rompe com o Governo Federal e institui o
Estado de Maracajú, nomeando Vespasiano Martins para governador.
Campo Grande é elevado à categoria de capital político-administrativa
do novo Estado. Entretanto, após três meses, os constitucionalistas
são derrotados, o Estado de Maracajú é extinto e Campo Grande perde
o “status” de capital político-administrativa.
Dois anos depois, em 1934, o Congresso Nacional reunia-se
para elaborar uma nova Constituição. Jovens estudantes fundam a
Liga Sul-Mato-Grossense, que, inicialmente, objetivava angariar apoio
dos sul-mato-grossenses para o manifesto que seria encaminhado ao
presidente do Congresso Nacional Constituinte. A Liga coleta treze mil
assinaturas, com o propósito de sensibilizar o Governo Federal,
particularmente os constitucionalistas, para que eles aprovassem a
divisão do Estado de Mato Grosso, quando da elaboração da nova
Constituição. Após a sua promulgação, os divisionistas são derrotados
e Getúlio Vargas adota a política nacionalista “Marcha para o Oeste”,
que visava, entre outras coisas, a segurança das fronteiras. Assim, em
1934, Getúlio Vargas manda instalar novas unidades militares no sul
de Mato Grosso com o intuito de manter a ordem e o progresso na
região e também providenciar para que seja sufocado o movimento
divisionista.
Os sul-mato-grossenses são envolvidos pela política de Getúlio
Vargas; a Companhia Mate-Laranjeira adapta-se a ela e altera sua
estratégia em relação à unidade estadual, pois os ervais estavam
devastados e a política do Instituto Brasileiro do Mate, criado por
Vargas, não lhe possibilitava grandes lucros. Por isso, ela permite que
o governo estadual regularize as posses de terras dos moradores dos
ervais, em troca de indenizações sobre arrendamentos.
Em 1943, Getúlio Vargas, em nome da segurança das fronteiras,
cria o Território de Ponta Porá e o Território de Guaporé (hoje
Rondônia), que deixa Campo Grande, a principal cidade autônoma, de
fora da nova unidade. A criação desse território não atendeu aos
interesses divisionistas, não satisfez a política da Companhia de MateLaranjeira e também não agradou ao Governo do Estado de Mato
Grosso. Nesse período, o Sul de Mato Grosso é marcado por grande
prosperidade, mas não o suficiente para equilibrar as finanças no
Estado. Percebe-se ainda, a formação de novas oligarquias e a
Companhia de Mate-Laranjeira, aos poucos, retira-se dos ervais.
Terceira Fase (1945-1964):
Após a deposição de Getúlio Vargas, com a ascensão de Eurico
Gaspar Dutra (cuiabano), em 1946, os sul-mato-grossenses tentam a
transferência da capital de Cuiabá para Campo Grande. Ele adota uma
postura de redemocratização do País, que reforça a política de
integração nacional, incentivadora da manutenção da unidade
estadual. Em 1946, após a promulgação da Constituição, o Governo
10
Federal extingue o Território de Ponta Porá, reintegrando a região ao
Estado de Mato Grosso.
Novamente frustrados, devido à fraca representatividade política
em âmbito estadual e federal, os sul-mato-grossenses, mantêm-se fiéis
ao seu objetivo: transformar Campo Grande em uma capital, haja vista
a prosperidade da mesma em relação à Cuiabá.
brasileira. Do total da população do estado em 2000, 1.217.166
habitantes são mulheres e 1.287.187 habitantes são homens.
Possui uma densidade demográfica de 2,6 hab/km².
Mato Grosso possui 141 municípios (dados 2010).
Estado de Mato Grosso
Quarta Fase (1964-1977):
Com o golpe militar (1964), as oligarquias ligadas ao movimento
divisionista aproximam-se dos militares, tomando parte de algumas
comissões que estudavam (secretamente) as potencialidades
econômicas do Estado, bem como as dificuldades políticas que
impediam a divisão. Os militares, buscando um maior controle dos
problemas da sociedade, adotam a política do desenvolvimento com
segurança, que tornou possível a criação de programas que atenderam
a alguns Estados, entre eles Mato Grosso. Após vários estudos,
negociações e acordos políticos, o Presidente Ernesto da Silva Geisel
assina, em 11 de outubro de 1977, a Lei Complementar Nº 31/77,
criando o Estado de Mato Grosso do Sul. Nessa fase, a Companhia
Mate-Laranjeira mantinha apenas algumas fazendas de gado, visto que
o seu principal interesse econômico de outrora, a erva-mate, agora era
explorado por ervateiros autônomos.
Na divisão, Mato Grosso ficou com trinta e oito municípios e com
uma população estimada de 900.000 habitantes em 1977, distribuído
em 881.000 km². Mato Grosso do Sul passava a compreender
cinqüenta e cinco municípios, com uma população estimada (1977) de
1.400.000 habitantes, numa área de cerca de 350.000 km².
(WEINGÄRTNER, Alisolete).
A população do Mato Grosso é de 3 001 692 habitantes,
segundo a estimativa populacional de 2009, com dados
coletados pelo IBGE. Mato Grosso é o décimo-nono Estado
mais populoso do Brasil e concentra 1,47% da população
(Bandeira)
(Brasão)
Mato Grosso do Sul é uma das 27 unidades federativas do
Brasil. Está localizado ao sul da região Centro-Oeste. Tem como
limites os estados de Goiás a nordeste, Minas Gerais a leste,
Mato Grosso (norte), Paraná (sul) e São Paulo (sudeste), além
da Bolívia (oeste) e o Paraguai (oeste e sul). Possui uma área
de 358.124,962 km², sendo ligeiramente maior que a
11
Alemanha,Portugal e Japão. Sua população estimada em 2009 é
de 2.360.498 habitantes, conferindo ao estado a 21ª população.
Sua capital e maior cidade é Campo Grande, e outros
municípios de importantes são Dourados, Três Lagoas,
Corumbá, Ponta Porã, Aquidauana, Nova Andradina e Naviraí.
Total de municípios – 79.
Os Governos de MS:
A mais nova unidade da federação, criado em 11 de outubro de
1977, somente foi efetivamente instalada no dia 1º de janeiro de 1979,
com a posse do Dr. Harry Amorim Costa, engenheiro gaúcho e expresidente do Departamento Nacional de Obras e Saneamento
(DNOS), nomeado pelo Presidente da República para instalar e
governar o novo Estado de Mato Grosso do Sul.
Por ser um “estranho no ninho”, isto é, por ser natural de outro
Estado, os líderes políticos sul-mato-grossenses fizeram tamanha
pressão junto ao Governo Federal (João Batista de Oliveira Figueiredo)
que, resultou na exoneração do Dr. Harry Amorim Costa no dia 12 de
junho de 1979, ficando no poder por apenas cinco meses e doze dias.
Londres Machado, deputado estadual e, Presidente da
Assembléia Legislativa, assumiu o governo como substituto interino no
período de 12 de junho até 29 de junho, isto é, por dezenove dias.
Dr. Marcelo Miranda Soares, engenheiro, nomeado e
empossado como governador em 29 de junho de 1979, sofreu também,
muitas pressões políticas, acabando por ser exonerado em 30 de
outubro de 1980, governando o Estado por um ano e quatro meses.
Londres Machado mais uma vez, assume o governo
interinamente no período de 30 de outubro até 7 de novembro de 1980,
isto é, por nove dias.
Dr. Pedro Pedrossian, engenheiro civil, ex-governador do Estado
de Mato Grosso-uno, no período de 31 de janeiro de 1966 a 31 de
janeiro de 1971 e quando da criação do Estado de Mato Grosso do Sul
era Senador da República; sendo nomeado e empossado no governo
deste Estado 7 de novembro de 1980, conduzindo a sua administração
até 15 de março de 1983.
Dr. Wilson Barbosa Martins, advogado, ex-prefeito de Campo
Grande (31/01/59 a 7/08/62), ex-deputado federal, foi o primeiro
governador eleito pelo voto popular do Estado de Mato Grosso do Sul,
assumindo em 15 de março de 1983 e, licenciando-se em 15 de maio
de 1986 para candidatar-se a uma vaga no Senado Federal.
Dr. Ramez Tebet, promotor público, sendo o vice-governador do
Dr. Wilson, assume o governo em 15 de maio de 1986 e, conclui o
mandato em 15 de março de 1987.
Dr. Marcelo Miranda Soares, desta feita, eleito pelo voto popular
assume o governo em 15 de março de 1987, encerrando o seu
mandato em 15 de março 1991.
Dr. Pedro Pedrossian, pela segunda vez no governo sul-matogrossense, tomou posse em 15 de março de 1991 e, encerrou o seu
mandato em 1º de janeiro de 1995.
Dr. Wilson Barbosa Martins, também pela segunda vez, assumiu
o governo em 1º de janeiro de 1995 e, teve um período de governo
muito tumultuado por greves em todos os setores da administração
pública; foram implantadas em seu governo as privatizações de órgãos
estatais e também, o PDV – Plano de Demissão Voluntária do
funcionalismo estadual, para enxugamento da máquina administrativa.
Encerrou o seu mandato em 1 de janeiro de 1999.
José Orcírio Miranda dos Santos, acadêmico de Direito na
FUCMT e ex-deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores – PT,
por duas legislaturas consecutivas. Tendo assumido em 1 de janeiro de
1999. Foi reeleito em 2002 e assumiu o segundo mandato consecutivo
a partir de 1 de janeiro de 2003.
Em 2001, o Estado ganhou o certificado internacional de área
livre de febre aftosa com vacinação. O Governador José Orcírio
Miranda dos Santos, o Zeca do PT, conseguiu aprovar na Assembléia
Legislativa o Fundo de Desenvolvimento Rodoviário de Mato Grosso
do Sul (Fundersul), o qual é constituído com recursos obtidos com a
12
cobrança por cabeça de gado abatido. Essa verba deverá ser utilizada
para melhorias na rede rodoviária do Estado de Mato Grosso do Sul.
Em 2006 foi eleito André Puccinelli. Assumiu em 01 de janeiro de
2007. Reeleito em 2010. Segundo mandato (01/01/2011-31/12/2014).
O Estado de Mato Grosso do Sul, como todos os outros Estados,
possui seus símbolos oficiais: a bandeira, o brasão de armas e o hino
estadual.
A bandeira do estado de Mato Grosso do Sul foi desenhada por
Mauro Miguel Munhoz. De formato retangular, tem na parte superior
esquerda um triângulo de cor verde, separado por uma faixa branca,
em diagonal e, na parte inferior direita, um trapézio de cor azul com
uma estrela dourada de cinco pontas.
As cores na bandeira significam:




verde: riqueza das matas e
campos;
branco: paz e amizade;
azul: céu de esperança;
amarelo: riqueza produzida
pelo trabalho.
O brasão de armas do estado de Mato Grosso do Sul é
representado por um escudo contendo uma estrela e uma onçapintada.
Emoldurando o escudo, aparecem as estrelas que representam
os municípios do Estado. Em torno do escudo podemos observar
ramos de café e erva-mate, que simbolizam a cultura do Estado.
Na parte superior, representando o Sol,
aparecem dez raios. A fita azul, abaixo do
brasão contém a data da criação do Estado de
Mato Grosso do Sul: 11 de outubro de 1977.
O brasão de armas foi criado por José Luiz de Moura Leite. É
usado em repartições oficiais do estado, nos documentos expedidos
pelo governador, nas escolas e nos quartéis.
O hino de Mato Grosso do Sul foi escolhido por meio de
concurso. A letra é de Jorge Antônio Siufi e Otávio Gonçalves Gomes,
e a música é do maestro Radamés Gnatalli.
“Os celeiros de farturas,
Sob um céu de puro azul,
Reforçaram em Mato Grosso do Sul
Uma gente audaz.
Tuas matas e teus campos,
O esplendor do Pantanal,
E teus rios são tão ricos
Que não há igual.
A pujança e a grandeza
de fertilidades mil, ..... Estribilho
São o orgulho e a certeza
Do futuro do Brasil.
Moldurados pelas serras,
Campos grandes: Vacaria,
Rememoram desbravadores,
Heróis, tanta galhardia!
Vespasiano, Camisão
E o tenente Antonio João,
Guaicurus, Ricardo Franco,
Glória e tradição!
A pujança e a grandeza
De fertilidades mil, ..... Estribilho
São o orgulho e a certeza
Do futuro do Brasil.”
Não esqueça!
13


Após a Guerra do Paraguai (1864-1870), Tomás Laranjeira
começou o extrativismo de erva-mate no extremo Sul de Mato
Grosso, vindo a fundar a Companhia de Mate-Laranjeira. Na
verdade, em 25 de julho de 1883, o Banco Rio, Mato Grosso e
os “irmãos” Murtinho associaram-se a Tomás Laranjeira para
construírem a Companhia. O crescimento dessa atividade e a
necessidade de exportar o mate por vias fluviais levaram à
instalação de Porto Murtinho. A companhia extraía a erva-mate
no Brasil e a vendia para Francisco Mendes Gonçalves, em
Buenos Aires na Argentina.
Em 1905, o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon
cruzou o território do Sul de Mato Grosso para levar os cabos
telegráficos de São Paulo até a Amazônia.
Exercícios:
01. A estrada de ferro conhecida como Noroeste do Brasil, inaugurada
em 1914, foi construída com as seguintes finalidades:
a) estreitar as relações do Brasil com o Paraguai e substituir a
navegação fluvial na Bacia Platina.
b) estabelecer uma ligação direta com o antigo Mato Grosso e estreitar
as relações com a Bolívia.
c) estimular o povoamento do Leste do Antigo Mato Grosso e estimular
o comércio bovino com o Estado de Goiás.
d) promover a ligação entre São Paulo e o antigo Mato Grosso e
estabelecer o acesso exclusivo às áreas produtoras de erva-mate.
e) possibilitar o aumento da renda dos pecuaristas nacionais e
estrangeiros do Pantanal Mato-Grossense e estimular o
desenvolvimento da agricultura no Sul do antigo Mato Grosso.
02. A história oficial tem sido contada do ponto de vista dos
dominadores e não dos dominados. Essa perspectiva se inverte na
letra do compositor Geraldo Espíndola, que a partir do ponto de vista
do índio (visão do nativo) analisa os fatos na canção Quyquyho (LP
Prata da Casa, 1982).
QUYQUYHO
Quyquyho nasceu no centro entre montanhas e o mar
Quyquyho viu tudo lindo tudo índio por aqui
Indiamérica deu filhos foi Tupi foi Guarani
Quyquyho morreu feliz deixando a Terra para os dois
Guarani foi pro Sul, Tupi foi pro Norte e
Formaram suas tribos cada um no seu lugar
Vez em quando se encontravam pelos rios da América
E lutavam juntos contra o branco em busca de servidão
E sofreram tantas dores acuados no sertão
Guarani foi pro Sul
Tupi entrou no Amazonas
Quyquyho na lua cheia
Quer Tupi quer Guarani
Quyquyho na lua cheia
Quer Tupi quer Guarani.
Os aspectos apontados, a seguir, podem ser encontrados em
Quyquyho, exceto:
(01) menção à origem comum das tribos Tupi e Guarani.
(02) alusão ao deslocamento geográfico das duas tribos, provocado
pela discórdia.
(04) oposição índio feliz, nos primeiros tempos, versus
índio
sofredor, a partir da relação com o branco.
(08) noção de que a terra pertence aos indígenas, pois a eles foi
legada.
(16) sugestão de uma relação harmoniosa entre a terra e o índio,
ilustrada pela aglutinação dos termos índio e América.
(32) presença de um forte sentimento ufanista.
14
Soma:
(01)
O primeiro governador do Estado de Mato Grosso no início da
República foi o General Antônio Maria Coelho, que foi deposto em
1891 e não aceitou a deposição e começou uma revolta, com base em
efetivos militares a ele ligados e estabelecidos em Nioaque e Corumbá
que acabaram derrotados pelas tropas legalistas.
(02)
Uma nova onda de perseguições políticas, envolvendo a
questão do arrendamento de terras para a Mate Laranjeira, levou o
Presidente da república Venceslau Brás a intervir no estado,
designando o Dr. Camilo Soares de Moura como interventor federal em
1917.
(04) O fato de o General Caetano de Faria e Albuquerque haver se
apoiado nos inimigos da véspera (Partido Republicano) para combater
o seu próprio Partido (Partido Conservador) passou à história de Mato
Grosso com epíteto da “Caetanada”.
(08) A concessão para a exploração de uma estrada de ferro que
ligasse São Paulo, minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, tendo como
destino final a cidade de Cuiabá, foi dada, em 1890, à Companhia
noroeste do Brasil, do Banco União do Rio de Janeiro.
(16) Em 1892, Rondon foi nomeado chefe do Distrito Telegráfico de
Mato Grosso e estabeleceu relações pacíficas com os índios bororos.
Sua atitude para com os silvícolas já podia ser sintetizada no famoso
lema cunhado mais tarde: “Morrer, se preciso for ; matar, nunca”.
(32) Em 1910, foi criado o Serviço de Proteção aos Índios, pelo
governo Nilo Peçanha, só um homem estava plenamente capacitado
para exercer sua direção; o então Tenente-Coronel Cândido Mariano
da Silva Rondon.
(01) A origem do coronelismo está na estrutura fundiária, que em
algumas partes do Brasil, desde o início da colonização, fundamentouse no latifúndio. As oligarquias estaduais fortaleceram-se devido à
formação de complexas alianças, muitas vezes formalizadas pela
realização de casamentos, compadrios e trocas de favores entre os
“clãs” dominantes.
(02) O Estado de Maracaju foi criado com o apoio do General Bertoldo
Klinger e governado por Vespasiano Martins, quando o sul-matogrossense, contrário ao Governo Vargas e que defendia a idéia de se
separar do norte de Mato Grosso, aliou-se à Revolução
Constitucionalista de São Paulo.
(04) O governador que merece maior destaque do Mato Grosso por
sua atuação repleta de obras importantes para o desenvolvimento
econômico do futuro estado de Mato Grosso do Sul foi Pedro
Pedrossian, cujo mandato transcorreu entre 1966 e 1971. Esse
governador mandou construir a Cidade Universitária de Campo
Grande.
(08) O movimento corumbaense de 1959, sob o slogan “Dividir para
multiplicar”, manifestava outra vez o desejo de parte da população sulmato- grossense de ter sua autonomia política em relação ao norte.
Entre os participantes desse movimento estiveram Oliva Enciso,
Nélson Borges de Barros e Eurico Gaspar Dutra.
(16) Diante do relatório da Escola Superior de Guerra (ESG), em 04 de
maio de 1977, o Presidente Ernesto da Silva Geisel comunicou ao
Governador José Garcia Neto a decisão de dividir o estado.
(32) A lei de separação entrou em vigor em janeiro de 1979. Pelo
primeiro projeto de lei, o nome do novo estado seria Campo Grande,
mas quando foi sancionada a lei, o nome foi alterado para Mato Grosso
do Sul.
Soma:
Soma:
03. Some as alternativas corretas:
04. Some as alternativas corretas:
15
A Ferrovia Novoeste S. A., vencedora do leilão de
desestatização da Malha Oeste da RFFSA em 5 de março de 1996
iniciou suas atividades no dia 1 de julho do mesmo ano, constituída
pelas linhas de bitola métrica da antiga Estrada de Ferro Noroeste do
Brasil:
Em 15 de novembro de 1905 foi iniciada a construção da
Estrada de Ferro Noroeste do Brasil a partir de Bauru, SP, em direção
a Cuiabá, MT, com objetivo de interligar o Mato Grosso ao litoral,
atendendo a uma necessidade já observada desde 1851,
especialmente durante a Guerra do Paraguai.
Somente em 15 de dezembro de 1952 a Noroeste, como
ficou mais conhecida, chegou a Corumbá, na fronteira com a
Bolívia, seu novo destino desde os primeiros anos de construção,
passando a se constituir num elo de desenvolvimento da região e
de integração do sistema ferroviário brasileiro com a Bolívia,
prevendo também a futura ligação transcontinental entre os
portos de Santos e de Arica, no Chile.
Também foi construído o ramal de Ponta Porã e vários outros
pequenos ramais, estes na maioria desativados anos depois, e o
traçado retificado com a construção de variantes.
Trem especial de inspeção sobre uma das novas pontes de
concreto no trecho do Pantanal de Mato Grosso, na década de 1940
(acervo RFFSA).
Desde o início da década de 1950 estudos realizados pelo
governo federal e também a Comissão Mista Brasil - Estados Unidos
recomendavam a unificação das ferrovias administradas pela União em
uma empresa de economia mista. Finalmente foi sancionada pelo
presidente Juscelino Kubitschek a lei número 3.115 de 16 de março de
1957, criando a RFFSA - Rede Ferroviária Federal S. A., que entrou
em funcionamento no dia 30 de setembro do mesmo ano.
Com a criação da RFFSA foram reunidas 22 ferrovias, dentre
elas a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, com sede em Bauru, SP, e
com 1.764 km de extensão em bitola métrica.
Mesmo mantendo uma relativa autonomia das ferrovias afiliadas,
tanto assim que mantinham suas denominações originais, a RFFSA
deu início a uma série de melhorias, especialmente na área
administrativa e de padronização de equipamentos, unificando os
sistemas de engates e freios, além de adquirir grande quantidade de
material rodante e de tração. Os déficits diminuíram, aumentando o
transporte, embora não na velocidade que o país necessitava para
atender ao desenvolvimento.
Em 1969 a RFFSA agrupou suas ferrovias em sistemas
regionais, sendo a Noroeste renomeada 10ª Divisão Noroeste,
vinculada ao Sistema Regional Centro-Sul, com sede em São Paulo,
SP. Em 1976 ocorreu nova importante reorganização, sendo a 10ª
Divisão Noroeste renomeada SP 4.2 - Superintendência de Produção
Bauru, ainda integrada à SR4, com sede em São Paulo, mas
posteriormente desmembrada como SR10 - Superintendência Regional
Bauru, com a sede em Bauru.
Quando no início da década de 1990 o governo federal incluiu a
RFFSA no processo de desestatização, dividindo-a em malhas, a SR10
passou a constituir a Malha Oeste, sendo a primeira a ser leiloada, no
dia 5 de março de 1996. A vencedora do leilão foi a Ferrovia Novoeste
S. A., que iniciou sua operação em 1 de julho do mesmo ano.
Em junho de 1998 a Novoeste foi incorporada à Ferropasa –
Ferronorte Participações S. A. e em 4 de março de 2002 foi anunciada
a criação da nova empresa Brasil Ferrovias S. A., integrando três
ferrovias: Ferronorte, Ferroban e Novoeste.
A Brasil Ferrovias S. A. passou a operar dois corredores de
exportação, sendo um de bitola larga e outro de bitola métrica, este
com 2.200 km e constituído em sua maior parte pelas linhas da
Novoeste, iniciando-se em Corumbá e Ponta Porã, passando por
Campo Grande, MS, Bauru, SP, e Sorocaba, SP, e interligando-se ao
Corredor de Bitola Larga no município de Mairinque, SP, para acessar
o porto de Santos, a cidade de Campinas e o pólo petroquímico de
Paulínia, utilizando o 3º trilho.
16
Cronologia:
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1851: Início da discussão para construção de uma ferrovia
ligando Mato Grosso ao litoral;
1864: Guerra do Paraguai (1864 a 1870), evidenciando a falta
de transportes na região;
1971: Início dos estudos para construção de uma ferrovia entre
Curitiba, PR, e Miranda, MT (atual MS);
1904: Organização da Companhia Estrada de Ferro Noroeste
do Brasil em Bauru, SP;
1905: Início das obras em Bauru, no dia 15 de novembro;
1906: Inauguração do trecho Bauru - Lauro Müller, com 92 km,
no dia 29 de setembro;
1910: Chegada à estação Jupiá, MT (atual MS), com travessia
do rio Paraná por ferry boat;
1914: Chegada a Porto Esperança, às margens do rio
Paraguai, a 1.251 km de Bauru;
1915: Encampação pelo governo federal, passando a
denominar-se Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, no dia 5 de
janeiro;
1926: Inauguração da ponte Francisco Sá, com 1.024 m sobre
o rio Paraná, no dia 12 de outubro;
1937: Início dos estudos para construção do ramal de Ponta
Porã;
1947: Inauguração da ponte Barão do Rio Branco, atualmente
mais conhecida como ponte Presidente Dutra, com 2.009 m
sobre o rio Paraguai, no dia 21 de setembro;
1952: Inauguração da estação de Corumbá, no dia 15 de
dezembro;
1957: Conclusão do ramal de Campo Grande (Indubrasil) a
Ponta Porã;
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1957: Fundação da RFFSA - Rede Ferroviária Federal S. A.,
no dia 30 de setembro, sendo a ela incorporada a EFNOB,
então com 1.764 km;
1969: Agrupamento das ferrovias da RFFSA em sistemas
regionais, sendo a Noroeste renomeada 10ª Divisão Noroeste,
vinculada ao Sistema Regional Centro-Sul, com sede em São
Paulo, SP;
1976: Reorganização da RFFSA, sendo a Noroeste
renomeada SP 4.2 - Superintendência de Produção Bauru,
integrada à SR4, com sede em São Paulo, e posteriormente
desmembrada como SR10 - Superintendência Regional Bauru;
1979: Criação do Estado do Mato Grosso do Sul,
desmembrado do Mato Grosso, no dia 1 de janeiro;
1996: Leilão de desestatização da Malha Oeste pela RFFSA
no dia 5 de março;
1996: Início de operação da Ferrovia Novoeste S. A.,
vencedora do leilão, no dia 1 de julho;
1998: Incorporação à Ferropasa - Ferronorte Participações S.
A., em junho;
2002: Incorporação da Novoeste à Brasil Ferrovias S. A.,
juntamente com as ferrovias Ferronorte e Ferroban, em 4 de
março de 2002.
17
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