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Entendendo
A Técnica de
Detecção de
Cadeias Leves
Livres no Soro
Conteúdo
Introdução 5
Mieloma Múltiplo e Proteína Monoclonal 5
O que são Cadeias Leves Livres? 6
Como se detecta e se mede a Proteína
Monoclonal? 8
A Técnica de Detecção de Cadeias Leves Livres
no Soro: Normal versus Anormal 13
A relação Kappa/Lambda 14
Como a Detecção de Cadeias Leves Livres no
Soro pode ajudar no tratamento? 15
Níveis de Freelite™ e ferramentas para avaliar o
tratamento 20
Pacientes que mais se beneficiam da Detecção
de Cadeias Leves Livres no Soro 22
Onde o Teste Freelite está disponível no Brasil?32
.
Sobre a IMF LATIN AMERICA 24
Glossário 26
Introdução
Você está recebendo este livreto para aprender
mais sobre um teste de laboratório chamado
Técnicas de Detecção de Cadeias Leves Livres
no Soro. Estes testes também são conhecidos
globalmente como Freelite™.
Após ler este manual, você deverá ser capaz de
responder às seguintes perguntas:
n O que são cadeias leves livres?
n Qual a relação entre as cadeias leves livres e
o mieloma múltiplo?
n Como o teste Freelite™ pode ajudar no
diagnóstico e monitoramento da resposta
ao tratamento do mieloma múltiplo?
Este manual tem a intenção de fornecer a você
informações gerais. Não substitui a informação dada por seu médico ou enfermeira que
podem responder a perguntas relacionadas
ao seu tratamento específico. As definições de
todas as palavras em negrito encontram-se no
glossário no final desse livreto.
Mieloma Múltiplo e Proteína
Monoclonal
Mieloma é um câncer das células plasmáticas
(plasmócitos) na medula óssea. Mieloma é
sinônimo de mieloma múltiplo. A função dos
plasmócitos normais é produzir anticorpos, também conhecidos como imunoglobulinas, que tem
um papel muito importante na luta contra as
infecções. Existem vários tipos de plasmócitos no organismo e cada tipo de plasmótico
5
produz somente um tipo de imunoglobulina.
O resultado é a produção de uma ampla variedade de imunoglobulinas diferentes.
No mieloma múltiplo um plasmócito específico (um clone) é duplicado um grande número
de vezes, produzindo um tipo de imunoglobulina em excesso, denominada proteína monoclonal
ou proteína-M – também denominada proteína do mieloma, paraproteína, ou pico-M. A
identificação de uma proteína-M é importante
para o diagnóstico e a quantificação de seu
valor é uma ajuda para o monitoramento da
eficácia do tratamento.
O que são Cadeias Leves Livres?
Estruturalmente, as imunoglobulinas normais
(abrev. Ig) são compostas de unidades menores denominadas cadeias pesadas e cadeias
leves e juntas formam um grande complexo
(veja a figura 1). Existem cinco tipos de cadeias
pesadas e a cada tipo corresponde uma letra
específica. Estes cinco tipos são abreviados
como IgG, IgA, IgM, IgD, e IgE.
Existem dois tipos de cadeias leves e nos
referimos a elas como kappa (κ) e lambda (λ
ou L). Cada plasmócito produz apenas um tipo
de cadeia pesada e um tipo de cadeia leve. Ao
todo existem 10 subtipos de imunoglobulinas
normais (veja a tabela 1).
As cadeias pesadas e leves são produzidas
separadamente dentro do plasmócito e se
juntam para formar uma imunoglobulina completa (“intacta”). Quando as cadeias leves se
unem às cadeias pesadas, as cadeias leves são
denominadas cadeias leves unidas. Entretanto
quando as cadeias leves não se unem às cadeias pesadas, se denominam cadeias leves livres.
Por razões desconhecidas os plasmócitos produzem tipicamente mais cadeias leves do que
são necessárias para criar as imunoglubulinas
completas ou as Proteínas Monoclonais. O
excesso de cadeias leves passa ao sangue
periférico como cadeias leves livres (isto é, não
unidas às cadeias pesadas).
Assim, tanto em situações normais como em
indivíduos com mieloma e doenças relacionadas como a gamopatia monoclonal de significado indeterminado (GMSI) o excesso de
cadeias leves passam ao sangue periférico
6
7
leves livres no soro (Freelite™). Se
um tipo de cadeia leve (kappa or lambda) é
produzido em excesso, isto é compatível com
uma produção monoclonal.
ELETROFORESE DE PROTEÍNAS NO SORO E NA URINA
Os dois testes que têm sido utilizados amplamente para medir a proteína-M e para monitorar a resposta ao tratamento são as EPS e EPU.
A proteína-M é identificada como um “pico” na
EPS ou no traçado da EPU (veja a
como cadeias leves livres. A quantidade de
cadeias leves livres produzidas está relacionada com a atividade do mieloma ou proliferação
de plasmócitos.
figura 2). A EPS e EPU medem a quantidade de
proteína-M em uma amostra, mas não podem
identificar o tipo de proteína-M que está presente. Isto é, o teste não identifica o subtipo, se
é IgG kappa, IgA lambda, etc (tabela 1).
Como se detecta e se mede a
Proteína Monoclonal?
Proteínas monoclonais podem ser detectadas
e medidas no sangue e/ou na urina. Quando
se medem no sangue, todas as células sanguíneas são eliminadas, deixando somente
um líquido amarelo que se denomina soro. Se
há suspeita de mieloma múltiplo, seu médico
avaliará a presença de uma proteína monoclonal anormal (proteína-M).
Vários testes podem ser realizados para detector a proteína-M, como a eletroforese de proteínas no soro (EPS), eletroforese de proteínas
na urina (EPU), e/ou a detecção de cadeias
8
9
IMUNOFIXAÇÃO POR ELETROFORESE
Um segundo tipo de eletroforese, denominado imunofixação por eletroforese (IFE) é realizado para identificar o subtipo de proteína-M
que esta produzindo as células do mieloma.
O subtipo se identifica mediante bandas que
aparecem na IFE (ver figura 2), mas geralmente
não se pode medir a quantidade de proteína
presente na amostra. Em primeiro lugar, se
realiza uma EPS para ver
se há proteína-M e em qual quantidade. Se
a EPS mostra a proteína-M, a IFE será realizada para determinar o subtipo concreto de
proteína-M.
As técnicas de EPS, EPU e IFE tem vantagens e
inconvenientes. Entre os inconvenientes estão
a relativa baixa sensibilidade para detecção de
cadeias leves livres, cujo nível deve ser tipicamente algumas vezes superior ao nível normal
para poderem ser detectadas através da EPS,
EPU ou IFE.
Por exemplo, o nível normal de um tipo de
cadeia livre no sangue é de aproximadamente 10 miligramas por litro (abrev. mg/L).
Entretanto, o nível de cadeia leve livre no
sangue teria que ser 50 vezes maior do que o
normal para ser detectado através da EPS e ao
menos 15 vezes maior que o normal para ser
detectada por IFE
TÉCNICA DE DETECÇÃO DE CADEIAS LEVES / LIVRES
NO SORO
A técnica de detecção de cadeias leves livres
no soro é capaz de detectar cadeias leves livres
quando seus níveis no sangue são normais
(não elevados). É importante saber que estas
técnicas podem detectar níveis ligeiramente
aumentados de cadeias leves livres inclusive
quando estes níveis são indetectáveis por EPS
ou IFE. Isto quer dizer que o mieloma múltiplo
pode ser detectado mais precocemente do que
é possível através da EPS e IFE e é particularmente útil em situações em que o mieloma
produz somente pequenas quantidades de
cadeias leves.
A técnica de cadeias leves livres é melhor
realizada no soro do que na urina como conseqüência do efeito de filtragem dos rins.
Parte da função normal dos rins é prevenir a
perda de proteínas do corpo para a urina.
Como resultado, um nível alto de proteína-M
pode ser detectado no sangue antes que na
urina.
10
11
Assim, a técnica de cadeias leves livres pode
substituir a necessidade de se realizar estudos
na urina para o diagnóstico inicial do mieloma
múltiplo e doenças relacionadas; entretanto
os estudos da urina são importantes como
parte do monitoramento seriado. A técnica de
detecção de cadeias leves livres é mais sensível
no soro; a amostra de urina de 24hs é difícil de
coletar e transportar, a amostra é mais difícil de
armazenar do que o soro. Os estudos de urina,
entretanto, demonstram outros aspectos do
mieloma, como o dano renal.
Tal como outros testes que detectam a proteína-M, a técnica de cadeias leves livres tem vantagens e inconvenientes. Como já discutimos
previamente, uma vantagem é a maior sensibilidade em relação à EPS, EPU e IFE. Outra vantagem é que a técnica de cadeias leves livres nos
soro é automatizada, e portanto, requer menos
tempo para sua realização no laboratório do
que a EPS, EPU e IFE. Entretanto, embora a técnica de cadeias leves livres seja excelente para
a detecção de cadeias leves livres, ela não consegue detectar a imunoglobulina completa.
Alguns tipos de mieloma secretam somente a
imunoglobulina completa.
Portanto frequentemente é melhor realizar a
EPS e a IFE para detectar níveis elevados das
imunoglobulinas completas junto com a técnica de cadeias leves livres no soro para detecção
das cadeias leves livres. Em pacientes com
mieloma que produz somente cadeias leves
(mieloma de Bence Jones), há uma quantidade
aumentada de cadeias leves Kappa ou Lambda,
dependendo da cadeia leve produzida pelo
12
mieloma. Mas o excesso de cadeias leves pode
também ocorrer em maior ou menor extensão, em todos os tipos de mieloma, não só no
mieloma de Bence Jones ou de cadeias leves.
Por isso a medição das cadeias leves livres
pode ser usada para diagnosticar e monitorar
a grande maioria de pacientes com mieloma,
independente do subtipo de mieloma.
A Técnica de Cadeias Leves Livres:
Normal Versus Anormal:
Os níveis normais de cadeias leves livres são*:
• Kappa: 3.3–19.4 mg/L*
• Lambda: 5.71–26.3 mg/L*
• Relação kappa/lambda: 0.26–1.65
*Nota: As unidades aqui estão em mg/L; diferentes laboratórios podem usar diferentes unidades. É importante certificar se das unidades
utilizadas quando se comparam valores de
laboratórios.
As cadeias leves livres produzidas pelas células
de mieloma são exclusivamente kappa ou
lambda, dependendo do tipo de mieloma.
Assim, se as células de mieloma produzem
cadeias leves kappa, o nível de cadeias leves
livres kappa aumentará no sangue. Se, por
outro lado, as células de mieloma produzem
cadeias leves lambda, o nível de cadeias leves
livres lambda aumentará no sangue. Seu médico terá que interpretar os resultados das cadeias leves livres no soro juntamente com outras
informações clínicas para poder fazer a interpretação final dos resultados. Um especialista
em hematologia/oncologia é altamente quali13
ficado para tomar esta decisão.
A Relação Kappa/Lambda
n A relação kappa/lambda é tão importante
para o diagnóstico e monitoramento do
mieloma como os níveis de kappa e lambda.
n Quando o nível seja de kappa ou lambda
estiver muito elevado e a outra cadeia leve
estiver normal ou baixa, então a relação é
anormal e indica que o mieloma está ativo.
n Se os níveis de cadeias leves tanto kappa
quanto lambda estiverem aumentados, a
relação pode estar dentro de padrões normais, e isto geralmente indica que existe
uma doença diferente do mieloma, como
por exemplo, insuficiência renal. Quando
os rins não funcionam adequadamente,
ambos os tipos de cadeias leves são retidos
no sangue e não são eliminados pelos rins. O
resultado é um aumento dos níveis de ambos
kappa e lambda no sangue. Nesta situação, em
geral, os níveis aumentados anormais não são
eles mesmo um resultado direto de mieloma
ativo.
n Se os níveis de kappa e lambda estão ambos
dentro de padrões normais, algumas vezes
a relação pode ser anormal. Nesta situação
pode haver um nível baixo persistente de
mieloma ativo com excesso de produção de
cadeias leves anormais.
n Uma relação kappa/lambda normal após o
tratamento indica uma remissão particularmente boa, denominada remissão completa
estrita. A normalização da relação kappa/
lambda esta correlacionada com remissões
possivelmente mais longas, e estudos estão
sendo feitos para investigar mais sobre esta
relação.
Como a Técnica de Detecção de
Cadeias Leves Livres no Soro pode
ajudar no tratamento?
A técnica de detecção de cadeias leves livres
no soro pode ajudar de várias maneiras:
1. Avaliação de resposta precoce e recidiva precoce
Como as cadeias leves livres se degradam e/
ou são excretadas pelos rins com certa rapidez (em poucas horas), as mudanças em seus
níveis no sangue em resposta ao tratamento
ocorrem rapidamente. Assim, com uma boa
14
15
resposta ao tratamento, as células de mieloma
morrem, param de produzir cadeias leves
livres e os níveis de cadeias leves livres no
sangue diminuirão em poucas horas ou dias.
Nesta situação, a diminuição de cadeias leves
livres ocorre muito mais rapidamente que a
diminuição dos níveis de IgG ou IgA, porque
estes compostos são degradados muito mais
lentamente pelo organismo. A diminuição dos
níveis de cadeias leves livres pode, portanto,
ser um indicador muito sensível de resposta
precoce. Tipicamente, a resposta ao tratamento pode ser detectada pela detecção de cadeias leves livres no soro em questão de horas ou
dias, enquanto que pode levar de duas a três
semanas para se detectar resposta com a EPS
ou IFE.
No momento da recidiva, a sensibilidade da
técnica de detecção de cadeias leves livres
também é muito importante. Mesmo pequenas quantidades de mieloma que começam
16
a proliferar como parte de uma recidiva produzem quantidades mensuráveis de cadeias
leves livres na maioria dos casos. Os níveis de
cadeias leves livres no soro, sejam kappa ou
lambda, dependendo do tipo de mieloma,
frequentemente aumentam antes que possam ser detectados aumentos no IgG ou IgA e
outras imunoglobulinas através da EPS ou IFE.
Testes de imagem, como FDG-|PET ou TAC-PET
também são úteis para detecção de mínimas
quantidades da doença.
2. Monitorando pacientes com baixos níveis de proteína de mieloma (proteína-M)
O mieloma que produz baixos níveis de proteína-M se denomina não-secretor ou doença
oligosecretora. Aproximadamente 70% a 80%
dos pacientes com mieloma não-secretor apresentam quantidades anormais mensuráveis de
proteína-M utilizando-se a técnica de detecção
de cadeias leves livres no soro.
O teste Freelite™ tem sido incorporado aos
critérios de resposta para avaliar corretamente a eficácia do tratamento em pacientes com mieloma oligosecretor (veja a tabela
2).
17
3. Inclusão em Estudos Clínicos
Os estudos clínicos são a única via pela qual
novas drogas são disponibilizadas e mediante
as quais se descobrem curas em potencial.
Pessoas com mieloma podem participar em
estudos clínicos para ajudar a avaliar a segurança e eficácia de novos tratamentos.
Para que um paciente com mieloma se candidate a participar de um estudo clínico, deve
haver uma maneira de monitorar sua proteínaM no sangue ou na urina. Os pacientes com
mieloma oligosecretor (estritamente “nãosecretores”) eram habitualmente excluídos
da participação em estudos clínicos pois não
havia um método para monitorar seus níveis
de proteína-M. Com a capacidade de técnica
de detecção de cadeias leves livres no soro, o
nível de proteína-M pode ser monitorado no
sangue destes pacientes. Portanto os pacientes com doença oligosecretora podem agora
ser candidatos a participar em estudos clínicos.
5. C onfirmação de remissão completa estrita ao
tratamento
Um dos objetivos do tratamento do mieloma
é reduzir o nível de proteína-M na maior quantidade possível – e algumas vezes eliminá-lo
completamente. Se a relação das cadeias leves
livres chega a ser normal após o tratamento,
isto fornece um indicativo muito bom e sensível de que o tratamento foi altamente eficaz, e significa que o nível de paraproteína
de cadeias leves foi reduzido à maior quantidade possível. Se a relação de cadeias leves
livres se normaliza com o tratamento, isto se
denomina remissão completa estrita. Este tipo
de resposta é a melhor possível de acordo
com os Critérios de Resposta Internacional em
Mieloma Múltiplo. Por definição, uma remissão
completa estrita também inclui uma EPS normal, uma EPU normal, uma IFE normal e nenhuma evidência de células de mieloma na
medula óssea usando-se técnicas especiais.
4. Indicador de atividade da doença
Um estudo da Clínica Mayo demonstrou que
pacientes com gamopatia monoclonal de
significado indeterminado (GMSI) e um nível
anormal de cadeias leves livres tem mais risco
de progredir e desenvolver mieloma ativo. As
mudanças nos níveis de Freelite™ são úteis para
o rastreamento do estado da doença na maioria dos pacientes com mieloma, não somente
para aqueles com mieloma de cadeias leves
(Bence Jones) ou mieloma não-secretor.
18
19
Níveis de Freelite™ e Avaliação de
Resposta ao Tratamento
Em resumo, a técnica de detecção de cadeias
leves livres oferece várias vantagens para o
diagnóstico e monitoramento do tratamento:
Os níveis de cadeias leves livres no soro, medidos pelo teste Freelite, podem ser usados da
mesma maneira que se utiliza para medição
da proteína-M na avaliação da resposta ao
tratamento, mas também podem ser usados
com maior frequência nas semanas inicias do
tratamento.
n A inclusão de técnicas de detecção de cade-
Alguns pacientes com mieloma podem achar
útil acompanhar seus próprios níveis de cadeias leves livres no soro utilizando tabelas ou folhas de acompanhamento – exatamente como
fazem pacientes com diabetes para acompanhar seu nível de açúcar no sangue. Uma tabela
que pode ser útil para o acompanhamento dos
resultados da técnica de detecção de cadeias
leves livres no soro está localizada no final
deste manual.
ias leves livres no soro pode melhorar a
sensibilidade dos protocolos de seleção para
detecção e diagnóstico do mieloma.
n As técnicas de detecção de cadeias leves
livres no soro junto com outros testes
podem fornecer informações valiosas para
pessoas com GMSI.
n O uso das técnicas de detecção de cadeias
leves livres no soro para monitorar o tratamento detecta respostas mais precoces que
outros testes de laboratório como a EPS.
n O aumento de sensibilidade da detecção
de cadeias leves livres no soro em relação à IFE pode ser útil para a detecção
mais precoce de recidivas do mieloma.
Critérios específicos para a avaliação da
remissão completa estrita e remissão completa tem sido determinados pelo International
Myeloma Working Group e estão sumariza dos
na Tabela 3.
Table 3. Stringent Complete Response
and Complete Response
Stringent
Complete
Response
Complete Response as defined
below and Normalization of the
free light chain ratio with no
evidence of myeloma cells in
the bone marrow.
Complete
Response
Negative immunofixation in the
serum and urine, disappearance of any plasmacytoma, and
≤5% plasma cells in the bone
marrow
20
21
Os pacientes que mais se beneficiam
das Técnicas de Detecção de Cadeias
Leves Livres no Soro são:
n Pacientes com mieloma que tem resultados
n Pacientes com depósitos de cadeias leves
livres na forma de amiloidose AL podem ou
não ter mieloma ativo. O acompanhamento
dos níveis de cadeias leves livres é muito útil
para avaliar o estado da doença.
anormais de cadeias leves livres no soro ao
início do tratamento. O monitoramento com
a técnica de detecção de cadeias leves livres
no soro possibilita uma rápida avaliação da
eficácia do tratamento.
n Pacientes com mieloma somente de cade-
n Pacientes com níveis de cadeias leves muito
•
Facilidade de exame de sangue versus
coleta de urina de 24 horas.*
• Sensibilidade muito maior dos testes realizados no sangue: níveis levemente
baixos com outros testes como EPS, EPU e
IFE. Estes são pacientes que geralmente tem
um mieloma não-secretor (ou oligosecretor). Aproximadamente 80% dos pacientes
com mieloma não-secretor podem ter sua
doença monitorada utilizando-se as técnicas
de detecção de cadeias leves livres no soro.
ias leves livres (mieloma de Bence Jones).
As principais vantagens das técnicas de
detecção de cadeias leves livres no soro para
estes pacientes são:
aumentados podem ser detectados no
sangue, mas não detectados na urina.
* É importante destacar que o teste de urina
de 24hs ainda é recomendado e necessário,
tanto para se monitorar o nível de excreção
de cadeias leves bem como para avaliar a
existência de dano renal.
Onde o Teste Freelite está disponível
no Brasil?
Para receber a lista atualizada com os laboratórios que realizam o Teste Freelite na sua
região, por favor entre em contato com a IMF
através dos telefones 0800 771 0355 (ligação
gratuita de telefone fixo), 11 3726.5037 ou pelo
email [email protected].
22
23
Sobre a IMF
“O Uma pessoa pode fazer a diferença.
Duas podem fazer um milagre”
Brian D. Novis
Fundador da IMF
O mieloma é um câncer da medula óssea pouco
conhecido, complexo, que freqüentemente é
sub-diagnosticado, que ataca e destrói o osso.
O mieloma afeta aproximadamente 75.000
a 100.000 pessoas nos Estados Unidos, com
mais de 20.000 casos novos diagnosticados a
cada ano. Enquanto não existe cura conhecida
para o mieloma, médicos tem muitas formas
de ajudar os pacientes com mieloma a viver
mais e melhor.
A International Myeloma Foundation (IMF) foi
fundada em 1990 por Brian e Susie Novis logo
após o diagnóstico do mieloma de Brian aos
33 anos de idade. O sonho de Brian era que no
futuro os pacientes pudessem ter acesso fácil
à informação médica e suporte emocional na
sua batalha contra o mieloma. Quando ele fundou a IMF, três eram suas metas: tratamento,
educação e pesquisa. Ele buscou fornecer um
amplo espectro de serviços para pacientes,
suas famílias, amigos e profissionais da saúde.
Embora Brian tenha morrido 4 anos após seu
diagnóstico inicial, seu sonho não morreu.
Hoje a IMF possui mais de 185.000 membros
em todo o mundo. A IMF é a primeira organização dedicada unicamente ao mieloma, e ainda
hoje permanece a maior.
24
A IMF fornece programas e serviços para ajudar na pesquisa, diagnóstico, tratamento e gerenciamento do mieloma. Com a IMF ninguém
estará sozinho na luta contra o mieloma. Nós
damos apoio aos pacientes hoje, enquanto
trabalhamos em busca da cura
Sobre a IMF LATIN AMERICA
A IMF Latin America foi fundada no Brasil em
2004, por Christine Battistini, filha de uma paciente de mieloma. A IMF Latin America leva aos
países da América Latina os mesmos serviços
disponíveis nos Estados Unidos e Europa.
Como a IMF pode ajudá-lo?
A IMF dedica-se a melhorar a qualidade de vida
dos pacientes com mieloma enquanto trabalha em direção à prevenção e à cura
KIT INFORMATIVO SOBRE O MIELOMA
O Kit Informativo IMF fornece informações amplas sobre opções de tratamento e gerenciamento da doença. Disponível gratuitamente, o Kit
inclui o Manual do Paciente, Revisão Concisa da
Doença e Opções de Tratamento, informações
sobre eventos futuros e outras publicações e
serviços da IMF.
LIGAÇAO GRATUITA 0800 771 0355
Uma linha gratuita , o Hot-line dá resposta às
perguntas sobre o mieloma.
ACESSO À INTERNET
Através de nosso site, www.myeloma.org.br,
nosso compromisso é fornecer a você informações sempre atualizadas sobre o mieloma múltiplo incluindo pesquisas e avanços no tratamento,
25
bem como informações sobre a IMF, eventos e
nossos programas de educação, pesquisa, apoio
e direitos do paciente.
combater infecções e outras doenças.”
Imunoglobulina: Ver “Anticorpo”.
Medula óssea: Tecido mole e esponjoso que fica no cen-
SEMINÁRIOS PARA PACIENTES & FAMILIARES
tro dos ossos e produz leucócitos,eritrócitos e plaquetas.
Desde 1993 a IMF vem conduzindo Seminários
para Pacientes e Familiares em
Mieloma Múltiplo: Um câncer que nasce das células
cidades por todo o mundo. Estes encontros educacionais fortalecem pacientes e seus familiares
à medida que são informados sobre os últimos avanços no tratamento e gerenciamento do
mieloma, apresentados por um grupo multidisciplinar de especialistas.
Cobrindo uma grande variedade de tópicos que
refletem as mais avançadas modalidades de
tratamento e avanço em pesquisa, estes seminários oferecem uma oportunidade única para
contato pessoal com especialistas em mieloma
e a troca de experiências com outras pessoas que
enfrentam os mesmos problemas.
plasmáticas na medula óssea. As células plasmáticas
formam anticorpos anormais, que têm a possibilidade
de danificar os ossos, a medula óssea, ou outros órgãos.
Plasmacitoma: Conjunto de células plasmáticas encontradas em um único local e não difuso em toda a medula
óssea, tecidos moles ou osso.
Proteínas: As proteínas são um conjunto de aminoácidos, que são componentes básicos da célula.
Proteína monoclonal: O mieloma desenvolve-se a partir
de uma única célula plasmática maligna (monoclonal).
O tipo de proteína do mieloma produzido também é
monoclonal, ou seja, tem uma forma única e não muitas
(policlonal). O aspecto prático importante da proteína
monoclonal é que aparece como um pico pontiagudo
(pico M) na eletroforese sérica.
Glossário
Anticorpo: Proteína produzida por alguns glóbulos brancos (leucócitos) para combater a infecção e a doença na
forma de antígenos, como bactérias, vírus, toxinas ou
tumores. Cada anticorpo é capaz de se ligar a apenas um
antígeno específico.
Célula plasmática: Leucócitos especiais que produzem
anticorpos. São as células que apresentam malignidade
no mieloma. As células plasmáticas normais produzem
anticorpo para combater infecções. No mieloma, as
células plasmáticas malignas produzem grandes quantidades de anticorpos anormais que não têm a capacidade de combater infecções. Os anticorpos anormais
são as proteínas monoclonais ou proteínas M. As células
plasmáticas também produzem outras substâncias que
podem provocar danos a órgãos e tecidos (por exemplo,
anemia, dano renal e dano nervoso.
Glóbulos brancos: Células que ajudam o organismo a
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