Ranulfo Ferreira Filho

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CLIMA E PLANEJAMENTO URBANO/RURAL
GEOGRAFIA, GEÓGRAFO, CLIMA E TEMPO
Ranulfo Ferreira Filho¹
Antônio Roberto S. Vidal¹
Cíntia Machado Figueira¹
Graciela Pereira dos Santos ¹
Maria Alcione Silva²
¹Universidade Federal de Goiás - UFG/IESA - Acadêmico
Centro Federal de Educação Tecnológica – Goiás² - Téc. Geoprocessamento
Goiânia - GO
[email protected], [email protected]
GEOGRAFIA, GEÓGRAFO, CLIMA E TEMPO
Ranulfo Ferreira Filho¹
Antônio Roberto S. Vidal¹
Cíntia Machado Figueira¹
Graciela Pereira dos Santos ¹
Maria Alcione Silva²
¹Universidade Federal de Goiás - UFG/IESA
Centro Federal de Educação Tecnológica – Goiás²
[email protected], [email protected]
Resumo
O homem em seu processo de desenvolvimento procura entender e dominar a natureza. Dentre os
profissionais da meteorologia que pesquisam, analisam e propõe soluções para as questões do
tempo e do clima encontra-se o geógrafo. O profissional da geografia climatológica coloca em prática
o conhecimento científico e tecnológico acumulado e gera novos conhecimentos através da pesquisa
científica. Este trabalho se justifica devido à necessidade da disseminação da existência de uma rede
mundial de meteorologia, Organização Meteorológica Mundial (OMM) e alguns dos seus importantes
aparelhos meteorológicos, bem como mapas e gráficos demonstrativos de resultados de medição.
Tal rede meteorológica coleta e controla os dados gerados em cento e setenta e oito países,
inclusive o Brasil. No Brasil são dez distritos meteorológicos com cerca de quatrocentas estações de
coleta de dados espalhadas pelos estados, submetidas ao INMET em Brasília. No Estado de Goiás
são vinte estações implantadas e no Estado do Tocantins são oito estações. O método utilizado para
realização deste trabalho foi pesquisa em literatura científica referente à climatologia, material de
divulgação das atividades do INMET e entrevista à meteorologista do 10º Distrito Meteorológico,
Goiás. Os tópicos do trabalho indicam vários aspectos de aplicação da Geografia e da meteorologia
nas atividades humanas tais como agricultura, comércio, indústria e turismo e outros, e também,
prevenir catástrofes naturais ou provocadas pela ação humana. A partir do conhecimento da
existência da rede mundial meteorológica e da existência de estações em cada Estado brasileiro, o
setor produtivo e a pesquisa científica podem recorrer às informações geradas neste sistema a fim
de subsidiar com dados suas atividades.
Palavras chave: Geografia – meteorologia -
INTRODUÇÃO
O processo de desenvolvimento das civilizações humanas está intimamente ligado aos fatores
ambientais e climáticos, tendo em vista que o homem buscou adaptar-se às condições adversas e a
desenvolver conhecimentos inerentes ao clima que possibilitam sua eficácia a princípio na agricultura
e posteriormente nos diversos ramos de atividades.
Os fenômenos meteorológicos, por sua importância, são controlados mundialmente através da
Organização Meteorológica Mundial (OMM).
O Brasil é o centro regional da OMM na América do Sul com sede em Brasília que organiza os dados
colhidos em todo o continente e os repassa a Washington, um dos centros mundiais da rede mundial
meteorológica. Integram essa rede mundial de meteorologia cento e setenta e oito países.
No Brasil existem dez distritos meteorológicos que são subordinados a sede do INMET em Brasília.
Cerca de quatrocentas estações de coleta de dados estão espalhadas por todos os estados brasileiros.
Desenvolvem inúmeras atividades meteorológicas em suporte à agricultura, transporte, defesa civil,
indústria, turismo, aviação e meio ambiente dentre outras.
O 10º distrito do INMET está localizado em Goiânia e é responsável pelo controle e coleta de dados
das estações localizadas nos estados de Goiás e Tocantins.
As estações meteorológicas estão localizadas nas seguintes cidades: ESTADO DE GOIÁS –
Aragarças, Catalão, Crixás, Faina, Goianira, Formosa, Goianésia, Goiânia, Cidade de Goiás, Ipameri,
Itumbiara, Jataí, Luziânia, Mineiros, Morrinhos, Niquelândia, Pirenópolis, Porangatu, Posse e Rio
Verde; ESTADO DO TOCANTINS – Araguaína, Gurupí, Palmas, Paranã, Pedro Afonso, Peixe, Porto
Nacional e Taguatinga.
OBJETIVOS
Esse trabalho tem como objetivos buscar informações através da pesquisa científica sobre a rede
meteorológica mundial, sua estruturação e funcionamento no Brasil e nos estados de Goiás e
Tocantins. Objetiva também, apresentar alguns aparelhos meteorológicos de medição dos elementos
do clima e do tempo que compõem as estações meteorológicas. Apresenta ainda, as principais
atividades da economia que mais necessitam de acessória climatológica.
MATERIAL E METODOLOGIA
Pesquisa em material teórico fornecido pelo INMET Goiânia – Produtos do INMET 10º DISME;
Manuais de divulgação dos produtos do INMET; Site sobre estações climatológicas e entrevista com a
meteorologista responsável por análise e divulgação dos produtos do INMET Goiânia; elaboração do
painel de apresentação do trabalho, inclusive texto explicativo referente a Geografia, Geógrafo Clima e
Tempo.
DISCUSSÃO
Praticamente o geógrafo utilizando-se da meteorologia, se faz presente em todas as fases da agricultura
nacional; desde o zoneamento nacional ou regional das culturas até a localização e disposição de
pequenas hortas com observância de minúcias de ventilação e insolação. Determina a época mais
apropriada para o plantio, assim como pode, em certas circunstâncias indicar o dia mais apropriado
para a colheita. Seu trabalho é indispensável no dimensionamento e eficiente na operação dos sistemas
de irrigação, necessária na estocagem dos produtos agrícolas e muito úteis na orientação do combate às
pragas e doenças que afetam plantas e animais.
A utilização da Geografia e meteorologia está diretamente ligada à eficácia de todo e qualquer projeto
de agricultura, devido à condição de análise dos resultados obtidos, que proporcionam avaliar o clima
de uma determinada região.
As condições meteorológicas representam fator essencial na administração dos recursos hídricos.
Podem ser divididos em três grupos: uso de rios e lagos para navegação, recreação, hidrelétricas,
preservação da flora e da fauna naturais e diluição de poluentes; uso consuntivo direto ou indireto
como no caso da irrigação, suprimento urbano e rural e uso diversificado na indústria; controle de
enchentes, drenagem urbana e para fins agrícolas, controle de erosão e sedimentação (assoreamento).
Tarefas do geógrafo: - localização dos distritos agroindustriais de modo a causar o mínimo de poluição
atmosférica nas cidades; - ter em conta a distribuição dos ventos e distribuição vertical da temperatura
nas primeiras centenas de metros acima do solo. Ainda podemos citar o traçado das ruas, a arquitetura,
o tipo de material utilizado na construção de residências em que deve ser considerado as condições
meteorológicas de cada local. Aplicam-se técnicas geográficas aos prédios destinados às fábricas. No
comércio utiliza-se dos artifícios meteorológicos para controle e previsão de fluxo de vendas de
produtos de refrigeração, vestuário, embalagem, condições de estocagem, conforme cada estação
climática.
O turismo é muito mais dependente das condições climáticas do que qualquer outra atividade. O turista
procura informações sobre tipo de vestuário a ser utilizado em determinada região, os dias que poderá
exercer atividades ao ar livre, as condições de locomoção, acesso aos pontos turísticos de maior
interesse etc. Daí a necessidade das agências de turismo estar informadas das condições
meteorológicas apropriadas.
Em ordem de vulnerabilidade às condições meteorológicas adversas temos o transporte aéreo,
marítimo e terrestre. A importância do geógrafo e do meteorologista nos transportes vai desde a
localização de construção de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias até a operação e manutenção
dessas redes diariamente.
A concessão de empréstimos agrícolas pelas instituições financeiras e seus respectivos seguros, está
condicionada a análise fornecidas pelo INMET no que se refere às condições climáticas de cada
região, visto que essas análises propiciam que os bancos identifiquem a viabilidade do empréstimo ao
agricultor.
As estações meteorológicas são de extrema importância, visto que, com os aparelhos nelas instalados é
possível obter dados confiáveis para análise do tempo e do clima. Alguns dos aparelhos
meteorológicos mais comuns: o Barógrafo fornece uma indicação bastante aproximada da pressão
atmosférica em qualquer momento; o Barômetro, em todo o barômetro de cuba, o nível de mercúrio
dentro desta, ora sobe ora desce, conforme a variação da pressão atmosférica; Abrigo Termométrico
(abrigo de termômetros, dois aparelhos registradores modelo de Richard, o Evaporímetro e outros
acessórios); o Eliógrafo, os raios solares são focalizados através de uma esfera de vidro sobre uma tira
de papelão colocada, consoante à época do ano, em um dos vãos da concha, de modo que o intenso
calor da imagem do sol queime progressivamente o papelão, indicando a quantidade de tempo que
houve o brilho do sol; o Anemômetro, aparelho utilizado para determinar a velocidade do vento; o
Higrógrafo, aparelho utilizado para medir a URA: umidade relativa do ar e o Catavento de Wild,
aparelho destinado a indicar a direção e velocidade do vento.
Os dados obtidos nas estações meteorológicas e através de imagens de satélite são lançados em mapas,
gráficos para serem analisados convenientemente. Assim, os diversos setores produtivos estão
amparados tecnologicamente para desenvolverem com boa margem de segurança suas atividades.
Alguns aparelhos meteorológicos:
Catavento de Wild - Fonte: www.ideotario.com/blog500_zzz_catavento06.jpg acesso
BARÔMETRO ANERÓIDE - Fonte: bloglog.globo.com/.../Image/barometro(1).gif acesso abril 2009
ANEMÔMETRO – Fonte: www.ferrari.pro.br/home/research/anemometro-g... acesso abril 2009
ELIÓGRAFO - Fonte: www.stsn.ch/foto/eliometro.jpg acesso abril 2009.
BARÓGRAFO - Fonte: www.ineter.gob.ni/.../IMAGENES/BAROGRAFO acesso abril 2009.
RESULTADOS
Os resultados obtidos foram: síntese de material textual, desenhos de aparelhos meteorológicos
diversos e suas respectivas funções, gráficos meteorológicos e climatológicos além de fotos relativas a
atividades econômicas as quais o Geógrafo e o Meteorologista contribuem para sua eficiência com
análise e divulgação do Clima e do Tempo. Desta forma o painel torna-se um instrumento importante
para os estudantes do Tempo e do Clima visto que apresenta uma noção geral da rede de Organização
Meteorológica Mundial (OMM) e suas atribuições.
CONSIDERAÇÕES FINAIS (CONCLUSÕES)
Os tópicos acima discutidos apenas ilustram alguns aspectos de aplicação da geografia e meteorologia
a alguns poucos setores da atividade do homem. Na realidade torna-se difícil encontrar aspectos da
vida pública ou privada que não sejam de uma forma ou de outra, afetados pelo clima e as condições
de tempo. O Geógrafo e o Meteorologista bem treinados e experientes podem ajudar a identificar e
analisar esses efeitos. Para tanto, há necessidade de cooperação com outros especialistas, cooperação
que até o presente momento tem sido restrito aos setores da agricultura, navegação aérea e marítima.
Desde já fica claro, porém, que a ciência geográfica é útil e, necessária na solução prática de
numerosos problemas com que se defronta o desenvolvimento econômico de qualquer nação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Boletim Agrometeorológico – Produto do INMET Meteorologia. 10ª DISME.
CACHILON, Jusileine, Climatologia e Meteorologia: que relação é essa? 2002.
CAMARGO, Ângelo Paes de, Primórdios da Agrometeorologia no Brasil. Campina-SP, CNPq.
Periódico Terra Livre, nº 20, Mudanças Climáticas: Repercussões Globais e Locais, jan/jun, 2003.
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