capítulo 1 - Mundo da Geomatica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO-UFES / DEPT. DE GEOGRAFIA / CLIMATOLOGIA
CAPÍTULO 1
OBSERVAÇÕES METEOROLÓGICAS
1.0. Aspectos gerais
a) Observação e/ou medição: a primeira etapa no processo
de compreensão de um fenômeno se trata da quantificação de
suas propriedades por intermédio da observação e ou medição.
b) Elementos meteorológicos ou climáticos: no estudo da
atmosfera, as propriedades dos fenômenos são conhecidos
como elementos meteorológicos ou climáticos.
c) Estado físico da atmosfera: os elementos meteorológicos
ou climáticos são utilizados pelos meteorologistas na descrição
do estado físico da atmosfera.
d) Dados meteorológicos:os valores assumidos e/ou medidos
dos elementos meteorológicos constituem-se nos dados
meteorológicos, os quais são amplamente utilizados em projetos
de engenharia ou pesquisa.
e) Característica do aparelho utilizado: as características do
aparelho utilizado em uma medição devem estar compatíveis
com a especificação desejada nas medidas.
2.0. Observações meteorológicas
Consiste em uma série de procedimentos executados
segundo determinadas normas para avaliação qualitativa
ou quantitativa de um ou vários elementos meteorológicos.
3.0. Comparação dos dados
Para que os dados, obtidos em diferentes locais,
possam ser comparados é necessária uma padronização
expressa, segundo normas que devem ser obedecidas
rigorosamente que são:




Procedimentos do observador;
Horário de observação;
Local de instalação e características das estações e
dos instrumentos;
Códigos e correções dos instrumentos.
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3.0. Diferença entre clima e tempo
O tempo é a condição instantânea dos
elementos meteorológicos para uma dada
localidade e o clima é a condição média
dos elementos meteorológicos para uma
dada região.
5.0. Estação meteorológica
É o local onde são realizadas as observações
meteorológicas. O conjunto de estações que operam
ligadas a um mesmo fim específico, constitui-se em uma
série de estações.
5.1. Classificação das estações meteorológicas
a) Estações sinóticas: são aquelas em que se realizam
observações em horários padronizados internacionalmente, para
fins de previsão do tempo;
b) Estações
climatológicas:
são utilizadas para fins
climatológicos, mas podem ser usadas para fins de previsão do
tempo;
c) Estações
agrometeorológicas:
informações que relacionam
atividades agrícolas;
visam
fornecer
elementos meteorológicos e
d) Estações meteorológicas aeronáuticas: visam fornecer
informações importantes para o tráfego de aeronaves;
e) Estações
especiais:
são
específicas como, por exemplo:
 Ozonométricas;
 Micrometeorológicas;
 Actinométricas;
 Estações de radar;
 Entre outras.
estações
com
qualidades
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6.0. Tipos de observação
As observações podem ser de dois tipos:
a) Sensorial: realizadas apenas por intermédio dos sentidos do
próprio observador com a finalidade de obter dados relativos a
ocorrência de fenômenos tais como:
 Nebulosidade;
 Tipo de nuvem;
 Fenômenos ópticos;
 Etc.
b) Instrumental: realizadas com o auxílio de instrumentos para
obtenção de dados mensuráveis.
Observação:
00:00 h 06:00 h 12:00 h 18:00 h (GMT, Horário de Greenwich)
21:00 h 03:00 h 09:00 h 15:00 h (Brasília)
00:00 h 12:00 h 18:00 h (Brasil)
7.0. Erros de medidas
Com base na comparação com um padrão cujas
medidas são aceitas como válidas, pode-se conhecer o
erro.
a) Exatidão: aumenta quando o valor da medida se aproxima do
valor considerado verdadeiro;
b) Precisão: refere-se a proximidade, entre si, das medidas
realizadas várias vezes (Figura 1).
Exatidão
Valor verdadeiro
Precisão
Figura 1. Exatidão e precisão de medidas.
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c) Repetibilidade: a dispersão das medidas deve ser pequena.
d) Sensibilidade: refere-se a menor variação da grandeza capaz
de provocar uma resposta no instrumento.
8.0. Fonte de erro
As fontes de erro podem ser de dois tipos:
a) Do instrumento: instalação, calibração/aferição e defeitos;
b) Do observador: operação do instrumento e leitura.
9.0. Classificação dos erros
Os erros podem ser de três tipos:

Erros grosseiros;

Erros sistemáticos;

Erros acidentais.
10.0. Expressão de uma medida
Em toda medida, deve ser indicada uma alternativa da
magnitude da incerteza nela contida. Essa estimativa é
considerada como sendo a metade da menor divisão da
escala do instrumento.
X
Em que:
X: medida;
 : metade da menor divisão da escala do instrumento.
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