EXPEDIENTE Diretoria José Roberto Zimmerman CRM 52.13458-0 Milton Galper Posener CRM 52.13695-2 Leonardo Ferreira Zimmerman CRM 52.77204-6 Rogério Nogueira de Melo CRM 52.56012-8 Silnice Quintela Administradora Produzido por Selles & Henning Comunicação Integrada Projeto Gráfico Patrícia Ouvinha Editoração Eletrônica Julio Leiria Índice ENTREVISTA Frio exige mais cuidados com a meningite COMPORTAMENTO Quando a estética arrisca a saúde Compartilhamento de objetos em salões de beleza pode disseminar doenças infecciosas e dermatológicas 06 SAÚDE Inspire e expire! Saiba mais sobre a Prova de Função Pulmonar Jornalista Responsável Mariana Barbosa 284241/RJ Estagiária de Jornalismo Aline Ferreira 04 07 ESPECIAL O poder das vacinas hipossensibilizantes 08 ALERGO AR SOCIAL Saúde em dia, criança feliz 10 Unidades Barra da Tijuca Av. Armando Lombardi, 1000 - salas 140 e 141 (Barra Life Medical Center) Tel: 2491-2860 CORPO HUMANO E SAÚDE HPV: como ocorre a infecção pelo papiloma vírus humano? Centro Rua Sete de Setembro, 92 - Grupo 905 Tel: 2224-1594 Tijuca Rua Desembargador Izidro, 22 - Lj. B Tel: 3515-0800 SAÚDE DA CRIANÇA Atchim! Chegou o inverno Madureira Estrada do Portela, 99 - Grupo 1101 Vacinas: sala 1122 - Tel: 3359-4384 Niterói Rua da Conceição, 188 - Sala 2308 Tel: 2622-1254 Administração: 3515-0800 Marcação de Consultas: 3515-0808 E-mail: [email protected] www.alergoar.com.br 11 13 ACONTECE NA ALERGO AR A Alergo ar se prepara para inaugurar sua quinta unidade 15 Revista Alergo ar - Nº 8 Ano 3 / 2012 EDITORIAL Tempo frio merece atenção e requer cuidados especiais N ormalmente associado à possibilidade de usar roupas mais elegantes e à ideia de casais apaixonados em programas românticos, o inverno também apresenta uma outra face: as doenças típicas do frio. Mesmo no Brasil, onde as temperaturas elevadas são frequentes na maior parte dos doze meses, no inverno, os termômetros podem atingir números negativos e o tempo fica mais seco. Como resultado, há um aumento de pacientes nos hospitais, com crises respiratórias e alérgicas e maior frequência do aparecimento de doenças como a meningite, que é tema da entrevista exclusiva do Dr. Marcelo Simão Ferreira, da Sociedade Brasileira de Infectologia. “Pais e mães Pais e mães devem tomar cuidado redobrado com as crianças devem tomar nesta época, pois são os pequenos os mais suscetíveis a males como cuidado redobrado com as crianças nesta época...” pneumonia, otite, sinusite e gripe. Confira na matéria da seção Saúde da Criança. Para prevenir o agravamento de crises alérgicas, as vacinas hipossensibilizantes, tema do Especial desta edição, são grandes aliadas. E não é apenas no inverno que devemos tomar cuidado com a saúde. Em qualquer época do ano, é preciso estar atento à higiene de salões de beleza e centros de estética para evitar contrair doenças, como o HPV, conforme a matéria “Quando a estética arrisca a saúde” explica. Enfim, o início do inverno chega com uma boa notícia! A Alergo ar está comemorando mais uma conquista: a inauguração, em agosto, da Unidade Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Com a mesma qualidade de profissionais, que é marca da clínica, a nova unidade oferece os serviços já tradicionais, mas com mais praticidade para os pacientes que moram na região, como você vai poder conferir na seção Acontece na Alergo ar. Bom inverno e boa leitura! 03 ENTREVISTA Frio exige mais cuidados com a meningite No inverno, as baixas temperaturas fazem com que as pessoas fiquem por mais tempo em ambientes fechados, favorecendo a ocorrência de casos de meningite. A fim de orientar os cuidados que devem ser tomados nessa época do ano para não contrair a doença, a Alergo Ar ouviu o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia-SBI, Dr. Marcelo Simão Ferreira. Em entrevista, Dr. Marcelo aborda os principais sintomas, as causas da meningite e as medidas de prevenção. 1) No inverno acontece a maior proliferação de doenças infectocontagiosas, como a meningite. Porque isso ocorre? Porque as pessoas ficam mais aglomeradas, há convivência mais íntima com as outras, e isso facilita a transmissão. Então, você tem mais casos da doença. Toda aglomeração aumenta a disseminação do meningococo. 2) O que é meningite e quais são seus sintomas? Meningite é uma inflamação das membranas que recobrem o cérebro, que são as meninges. A meningite dá febre, dor de ca- 04 beça, vômitos e rigidez de nuca, 3) Quais são os tipos de me- temos a meningocócica, e algu- um sinal muito importante que ningite? Todas são contagio- mas meningites virais, porque, alerta para a possibilidade da sas e transmissíveis? às vezes, é um vírus respiratório doença. Esses são os mais im- São vários agentes diferentes. que está causando meningite e portantes, mas também podem Temos a meningite por vírus, ele pode se disseminar de pes- ocorrer convulsões e outros sin- meningite por bactéria, por fun- soa para pessoa. Mas a contagio- tomas neurológicos. gos, por parasitas. Contagiosa, sa mesmo é a meningocócica. Revista Alergo ar - Nº 8 Ano 3 / 2012 4) Como é transmitida e qual a sua causa? A pessoa adquire a bactéria ou o vírus, ele entra na corrente sanguínea e do sangue vai para o sistema nervoso central. 5) Quais são os grupos mais propensos a adquirir a doença? Principalmente as crianças e os idosos. 6) De 1º de janeiro a 18 de maio de 2012, foram registrados 133 casos de meningite meningocócica, com 24 óbitos. A população deve ficar em estado de alerta, devido à quantidade de casos, ou não há motivos? Não, de forma alguma. São casos que ocorrem normalmente. Essa época tende a aumentar porque a bactéria está circulando na comunidade. 7) Como a população pode se prevenir? Quais as formas de tratamento? O melhor, hoje, para se prevenir é se vacinar. Você tem vacinas hoje para todos os tipos de meningite meningocócica e pneumocócica, que é uma outra bactéria, o pneumococo, que causa pneumonia e meningite. As crianças hoje com todos os principais devem ser vacinadas. Isso é mui- meningococos que existem, ou to importante, principalmente se seja, você se previne de todos os houver um aumento do número tipos de meningite com apenas de casos. Você tem uma vacina uma vacina. 05 COMPORTAMENTO Quando a estética arrisca a saúde Compartilhamento de objetos em salões de beleza pode disseminar doenças infecciosas e dermatológicas. M micoses, alergias, conjuntivites bacterianas ou virais, herpes, e até hepatites B e C: o que essas doenças têm a ver com uma simples ida ao salão de beleza? Aparentemente inofensivos,os salões de beleza representam um grande perigo para a saúde. Neles, o risco de se contrair doenças é enorme, e, em geral, a maioria das pessoas não se dá conta disso. Alguns dos riscos que somos expostos ao ir a um centro estético: Alicates, lixas e palitos: Escovas e pentes: Cera e pinças: As escovas e pentes usados nos cabelos das clientes podem transmitir doenças. O compartilhamento desse objeto, caso contaminado, pode levar a uma infecção fúngica (micose) conhecida como pitiríase versicolor, ou disseminar piolhos. Por isso, é fundamental que estes sejam lavados com água e sabão antes de serem utilizados. Na depilação, reutilizar as pinças e as ceras pode causar micoses, irritações ou alergias na pele. Utilize sempre cera nova; as sobras devem ir para o lixo. As pinças também devem ser lavadas e esterilizadas com álcool 70°. Os alicates, lixas e palitos podem transmitir micoses para as unhas e para a pele, além do grave risco de transmissão de hepatites B, C e até HIV. O ideal é que cada pessoa tenha seus próprios materiais, estes não devem ser compartilhados. Opte por lixas e palitos descartáveis ou de madeira, e jogue-os fora após o uso. O alicate, antes de ser usado, deve ser deixado de molho por alguns minutos em água fervente ou álcool 70º, a fim de esterilizá-lo. Tesouras, espátulas e lâminas: Os cuidados não se restrin- gem às mulheres. Na hora de se barbear, os homens devem ficar atentos. Os instrumentos utilizados, como lâminas, tesouras, barbeadores e giletes não devem ser compartilhados. Eles devem ser esterilizados, ou de preferência, descartáveis para evitar a contaminação, uma vez que deixam a pele exposta à sangue e fluidos que podem conter vírus e transmitir doenças. Produtos de maquiagem: Os produtos de maquiagem, como batom, rímel, sombras, lápis de olho, podem ser agentes transmissores de fungos e bactérias responsáveis por irritações que variam de sensação de ardor e coceira persistente a reações mais sérias, como infecções. Pelo batom também há o risco de transmissão do vírus da herpes, além de bactérias que podem causar desde mau hálito a doenças na gengiva e cáries. Assim, o correto é que se use apenas maquiagem própria e certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Portanto, quando for escolher o salão de beleza, fique atento para que você não caia nas armadilhas e perigos de um centro estético. Afinal, estética e saúde devem andar juntas. Fonte: Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais-ABHO 06 Revista Alergo ar - Nº 8 Ano 3 / 2012 SAÚDE Inspire e expire! Dermatite atópica Saiba mais sobre a Prova de Função Pulmonar P essoas com bronquite, asma, enfisema, tuberculose, fumantes e pacientes que irão submeter-se a longas cirurgias, muitas vezes são orientados a fazer a Prova de Função Pulmonar (PFP), exame também conhecido como espirometria, para que o médico possa avaliar a capacidade respiratória e recomendar o melhor tipo de tratamento. A Prova de Função Pulmonar é simples, indolor e necessita da colaboração do paciente. O exame consiste em repetições de inspiração e expiração, que variam de intensidade e que são registrados por um aparelho, o espirômetro. Deve ser realizado por um médico especialmente treinado. Exame é simples e pode ser feito por adultos e crianças Normalmente, antes da espirometria, o paciente responde a um questionário simples, com perguntas relativas à falta de ar, tabagismo e doenças pulmonares. No momento do exame, a pessoa deve estar sentada confortavelmente e os objetos que limitam os movimentos respiratórios, como roupas e cintos, devem ser afrouxados. O médico que realiza o exame solicita que o paciente puxe o ar pela boca profundamente e assopre com toda força, sem parar, como se fosse apagar uma vela de aniversário. Este procedimento é repetido até que seja possível preencher todos os critérios de qualidade da espirometria. Apesar de ser um exame simples, algumas medidas devem ser observadas antes da PFP. Por vezes, o paciente é orientado a interromper o uso de alguns medicamentos, como broncodilatadores, horas antes de fazer a espirometria. Não é necessário estar em jejum, mas é preciso evitar a ingestão de café ou chá nas últimas horas antes do exame, por conta do efeito broncodilatador destas substâncias, especialmente quando testes de broncoprovocação (exames que são feitos a partir da inalação de alguma substância, realizados para ajudar na identificação de hiper-reatividade brônquica, alteração presente, normalmente, em pacientes com asma) forem programados; o cigarro aumenta a resistência ao fluxo aéreo e, por isso, deve ser proibido por pelo menos duas horas antes do teste; álcool e refeições pesadas também devem ser evitados. Além disso, os pacientes são orientados a repousar de cinco a dez minutos, antes do teste, e esperar duas semanas após uma infecção respiratória e sete dias se sofrer de algum sangramento respiratório, para que o resultado não seja mascarado. Fontes: Jornal de Pneumologia e Fiocruz. 07 ESPECIAL O poder das vacinas “O objetivo as vacinas hipossensibilizantes é diminuir a resposta inflamatória (alérgica) do organismo, tornando as crises fracas, espaçadas e de fácil reversão.” 08 P oeira, fungos, insetos, pólen, pêlo de animais: em todo o mundo, milhões de pessoas são alérgicas a estas substâncias. A favor da qualidade de vida destes pacientes, há mais de 50 anos são utilizadas as vacinas hipossensibilizantes, a chamada imunoterapia. Neste tipo de tratamento, gradualmente é injetado no organismo do alérgico um número crescente de alérgenos, ou seja, de substâncias que provocam a alergia, que é uma reação exagerada do organismo a algum fator externo. O objetivo das vacinas hipossensibilizantes é diminuir a resposta inflamatória (alérgica) do organismo, tornando as crises fracas, espaçadas e de fácil reversão. As vacinas são produzidas em séries. Quanto maior for a série, menos diluído será o alérgeno. Em documento elaborado por especialistas, a Organização Mundial da Saúde (OMS), endossou o uso das vacinas em pessoas que apresentam reações graves a veneno de insetos e pacientes com Revista Alergo ar - Nº 8 Ano 3 / 2012 reações alérgicas de origem inalatória, como asma, bronquite, rinite e conjuntivite. A imunoterapia pode ser indicada para pessoas sensíveis aos ácaros da poeira doméstica, pólens, fungos e insetos como abelhas, vespas, marimbondos e formigas. Ainda não há indicação de imunoterapia para aqueles que têm alergia a alimentos e alergia por contato (quando a pele reage ao ter contato com agentes irritantes, como giz, alguns pro- dutos de limpeza, metais usados em bijuterias, cosméticos, tecidos sintéticos etc). O tempo de tratamento com imunoterapia pode variar entre três e cinco anos, de acordo com cada caso. Orais ou injetáveis As vacinas hipossensibilizantes podem ser nas formas injetável ou oral. No caso das aplicações feitas sob a pele (subcutânea), o paciente deve ir à clínica para receber cada injeção, de acordo com o frequência definida pelo médico. Já as vacinas orais, em gotas, são normalmente indicadas para crianças. As vantagens da vacina oral estão relacionadas, principalmente à praticidade: são mais fáceis de serem aceitas pelos pequenos e, para adultos, o próprio paciente poderá fazer o tratamento em casa. Estudos demonstram a eficácia da imunoterapia em pacientes alérgicos, que apresentam diminuição dos sintomas de alergia e, consequentemente, melhora na qualidade de vida. Ainda assim, as vacinas não devem atuar isoladamente. O ideal é que elas sejam parte de um tratamento que inclui, mui- tas vezes, mudanças de hábitos (como retirar tapetes e flores de casa, não fumar, trocar os lençóis uma vez por semana) para evitar a exposição constante aos agentes que causam a alergia e, em alguns casos, o uso de medicamentos para controlar as manifestações clínicas da doença. Apesar de muito seguras, as vacinas podem provocar reações, como vermelhidão no local onde foi aplicada a injeção ou urticária generalizada. Em alguns casos, há o agravamento transitório da manifestação clínica. Quando isso acontece, o médico deve ajustar a dose de alérgeno empregada. As vacinas para imunoterapia não estão disponíveis em farmácias. Elas devem ser indicadas por um médico, que, através de testes de alergia como os de puntura, intradérmico, ou a dosagem de anticorpos específicos no sangue, poderá realizar o diagnóstico e indicar a vacina correta, bem como a forma e a frequência da administração. A imunoterapia é contra-indicada em pacientes com doença coronariana, em pessoas que usem determinado grupo de anti-hipertensivo (betabloqueadores) ou que sofram de outras doenças do sistema imunológico, tais como imunodeficiências e doenças autoimunes. Fontes: ASBAI e Alergo ar 09 Alergo ar Social Saúde em dia, criança feliz F undada em 1991, no Rio de Janeiro, a Associação Saúde Criança trabalha para promover o bem estar de crianças e de suas famílias. O público atendido pela organização é formado por pessoas oriundas de unidades públicas de saúde. “Para o Saúde Criança, a doença não é apenas resultado de fatores biológicos. A saúde depende de fatores biopsicossociais, por isso precisamos cuidar de outros fatores que agravam a saúde do paciente: moradia, educação, cidadania (ela precisa de documentos para poder receber benefícios sociais), profissionalização (precisa aumentar a renda familiar) e assistência básica (roupas, alimentos, medicamentos, utensílios domésticos)”, explica Tatiana Milanez, coordenadora de Comunicação da Associação Saúde Criança. Desde o início de suas atividades, a Associação Saúde Criança já beneficiou cerca de 43 mil pessoas. A metodologia da associação, criada pela médica Vera Cordeiro e mais de 700 voluntários, empresas nacionais e internacionais, trabalha a saúde de forma integral, apoiando-se na convicção de que a doença também é muitas vezes causada pelas condições de vida dos pacientes. Pelo sucesso alcançado, a Associação Saúde Criança já atendeu mais de 43 mil famílias metodologia é utilizada também em Minas Gerais, no programa BH Cidadania-Família Cidadã BH sem Miséria, beneficiando milhares de pessoas. Por tudo isso, o programa recebeu diversos prêmios, como o da Fundação Ivy Inter-American, em 2000; o primeiro lugar como projeto social mais inovador do mundo, no Global Development Network Award, em 2003; e em 2006, recebeu o prêmio da Skoll Foundation e o UBS Visionaris, e em 2009, o Dubai International Award, além de ser eleita a melhor ONG da América Latina e 38ª do mundo, pela revista suíça The Global Journal. Recentemente, a instituição recebeu o prêmio ALAS BID, categoria Mais Inovador. E, logo depois, venceu mais um desafio Changemakers, da Ashoka, ganhando o prêmio Inovações para a saúde: soluções que cruzam fronteiras. A instituição aceita doações, participação de novos voluntários e qualquer outra forma de colaboração, como explica Tatiana: “É possível também organizar campanhas no local de trabalho para arrecadar recursos ou ainda organizar festas de aniversário, cujos presentes são doações para a organização. Mais informações no site: www. saudecrianca.org.br e clicar em Como Apoiar”. Revista Alergo ar - Nº 8 Ano 3 / 2012 CORPO HUMANO E SAÚDE HPV: como ocorre a infecção pelo papiloma vírus humano? A doença engloba mais de cem tipos de vírus que podem provocar a formação de verrugas na pele, e nas regiões oral (lábios, boca, cordas vocais, etc), anal, genital e da uretra, ou até mesmo tumores malignos, como câncer do colo do útero e do pênis. A maior incidência do HPV ocorre na faixa etária de 20 a 40 anos. A transmissão do vírus se dá predominantemente por via sexual, pelo contato direto com a pele contaminada, mesmo que esta não apresente lesões. Porém, há possibilidade de contaminação por auto-inoculação, ou seja, transmissão com um vírus existente no próprio corpo do indivíduo, inoculação através de objetos (toalhas, roupas íntimas, vasos sanitários ou banheiras) contaminados pelo HPV, ou ainda por transmissão vertical (da mãe para o feto), onde a criança é infectada durante a gestação. O período de incubação do papilomavírus humano oscila de 1 a 6 meses. Em algumas pessoas, as lesões aparecem apenas depois de alguns anos. O período de transmissão ocorre enquanto existirem lesões. Nos homens, o diagnóstico é mais simples, devido às ca- racterísticas anatômicas dos órgãos sexuais masculinos, que permitem que as lesões sejam mais facilmente reconhecíveis. Nas mulheres, as lesões podem se espalhar por toda a área genital e alcançar o colo do útero, assim, em geral, só são diagnosticáveis por exames como o de papanicolaou, a colposcopia e outros mais sofisticados, como hibridização in situ sobre filtro (técnica simples e rápida em que células esfoliadas são avaliadas a olho nu) e PCR-Reação de Polimerase em Cadeia (técnica onde são analisadas amostras de DNA ou RNA). “A forma mais eficaz para se prevenir o HPV é a vacina. Foram desenvolvidas duas vacinas para prevenção da infecção por HPV.” Tratamento O HPV pode ser tratado através de diversos métodos, com variados graus de eficácia e aceitabilidade, dependendo do caso do paciente. Em algumas situações podem ser utilizados também medicamentos. Os tratamentos podem ser divididos em químicos, quimioterápicos, imunoterápicos e cirúrgicos. Em geral, a maioria faz desaparecer o tecido doente. Os mais comuns são: - Criocirurgia: Técnica em que um instrumento congela e anula o tecido anormal. - Laser: Utilizado em alguns tipos de cirurgia para cortar ou destruir o tecido com as lesões. - CAF (Cirurgia de alta frequência): Feito com um instrumento elétrico, remove e cauteriza a lesão. - ATA (Ácido Tricloro Acético): Ácido aplicado pelo médico diretamente nas lesões. Vale lembrar que mesmo após o tratamento é aconselhável o acompanhamento com um médico. Prevenção A forma mais eficaz para se prevenir o HPV é a vacina. Foram desenvolvidas duas vacinas para prevenção da infecção por HPV. Estas previnem câncer relacionado a dois tipos de vírus HPV, o 16 e o 18, responsáveis por 70% casos de câncer de colo do útero. 11 Corpo Humano e Saúde As duas vacinas liberadas para uso são indicadas para pessoas do sexo feminino, com faixa etária de 9 a 26 anos de idade, inclusive as imunodeprimidas, como é o caso das HIV-positivas. Não é aconselhavél que as mulheres grávidas se vacinem. Atualmente, as vacinas também estão disponíveis para homens. Recomendações - Use sempre preservativo. É medida indispensável contra a infecção pelo HPV, além de prevenir contra doenças sexualmente transmissíveis; - Não realize parto normal caso seja portadora do HPV e possua lesões genitais em atividade; - Consulte regularmente o ginecologista e faça os exames prescritos a partir do início da vida sexual. Não se descuide. Diagnóstico e tratamento precoce sempre contam pontos a favor do paciente; - Vida sexual mais livre e multiplicidade de parceiros implicam eventuais riscos que exigem maiores cuidados preventivos; - Fique atento, pois o HPV pode ser transmitido também na prática de sexo oral; - Informe seu parceiro/a se o resultado de seu exame para HPV for positivo. Ambos precisam de tratamento. Fonte: Sociedade Brasileira de Infectologia - SBI e site do Dr. Dráuzio Varella. 12 Revista Alergo ar - Nº 8 Ano 3 / 2012 SAÚDE DA CRIANÇA Atchim! Chegou o inverno P ais e mães com filhos pequenos, já sabem: quando o inverno chega, é hora de agasalhar as crianças e redobrar a atenção com os pequenos para evitar que eles contraiam algumas das doenças típicas de inverno. Por conta do tempo seco e das baixas temperaturas observadas nesta estação, a tendência é que adultos e crianças permaneçam mais tempo em ambientes fechados, com circulação de ar reduzida, proporcionando o ambiente ideal para que vírus como os da gripe e do resfriado sejam transmitidos e crises alérgicas se manifestem. De uma forma geral, medidas simples, como lavar as mãos diversas vezes ao dia, evitar tocar o rosto com as mãos a toda hora, proteger a tosse e o espirro com lenços descartáveis e lavar casacos e cobertores guardados durante muito tempo antes de usá-los, ajudam a evitar doenças. 13 Saúde da Criança Vacina contra a gripe A melhor maneira de se proteger contra a gripe é a vacina. Nas crianças, ela deve ser administrada principalmente naquelas com idade entre seis meses e dez anos.Vale ressaltar que é fundamental que os adultos se vacinem para evitar que haja a proliferação da doença, inclusive para as crianças. O principal objetivo da vacinação é reduzir a mortalidade, as complicações e as internações provocadas por infecções do vírus da gripe. Como resultado da imunização, em 2011, houve redução de 64,1% nas mortes por agravamento da gripe H1N1 – foram 53 óbitos, contra 148 no ano anterior. Já o número de casos graves notificados diminuiu 44% - de 9.383 para 5.230, de acordo com informações do Ministério da Saúde. Cuidado com pneumonia, sinusite e meningite Causadas pela bactéria pneumococo, pneumonia, otite, sinusite, meningite e outras doenças estão entre as mais comuns durante o inverno. Para combater o aparecimento dessas enfer- midades, a vacina antipneumocócita é a mais recomendada. A bactéria é transmitida de pessoa para pessoa, principalmente em ambientes fechados, sendo esse um dos motivos para as crianças que frequentam creches terem maior risco de contraírem a doença pneumocócica. A pneumonia é a infecção pulmonar mais comum em bebês e apresenta sintomas como tosse, dor no peito, febre alta, calafrios e dificuldade para respirar. Já a otite, infecção na orelha provoca febre, irritação, perda de apetite e dor. Se não for tratada corretamente, pode levar à perda de audição e consequente atraso no desenvolvimento da linguagem. Responsável pela morte de 30% das crianças que a adquirem, a meningite pede atenção especial. Caracterizada como uma infecção das membranas que recobrem o encéfalo e a medula espinhal, provoca febre, irritabilidade e choro. Nos casos mais graves, são observados também vômito em jato, dor de cabeça e rigidez de nuca. A orientação é que, no primeiro semestre de vida, as crianças recebam três doses da vacina antipneumocócita, aos dois, quatro e seis meses de idade. O reforço deve ser feito, preferencialmente, entre 12 e 15 meses de idade, considerando o intervalo mínimo de seis meses após a terceira dose. Atenção com o rotavírus O rotavírus, que pode levar à morte, também é comumente observado no inverno. A forma clássica da doença, principalmente em crianças na faixa de seis meses a dois anos, é caracterizada por vômito, diarreia e febre alta. Em alguns casos, o quadro clínico envolve outros sintomas como náuseas, falta de vontade de se alimentar e dor abdominal, comprometimento respiratório caracterizado por tosse seca, obstrução nasal e dor de garganta. Para proteger seus filhos desta e de outras doenças, pais e mães devem ficar atentos ao calendário de vacinação. A vacina oral rotavírus humano é aplicada em duas ou três doses, de acordo com o fabricante, no período entre dois e seis meses de idade do bebê. FONTE: Ministério da Saúde, Associação Brasileira de Imunizações e Guia do Bebê UOL. 14 Revista Alergo ar - Nº 8 Ano 3 / 2012 A Alergo ar se prepara para inaugurar sua quinta filial A ACONTECE NA ALERGO AR Alergo ar lançará ainda este ano sua quinta filial. A previsão é que ela comece a funcionar já no final de agosto. A nova unidade será localizada na Barra da Tijuca, na Av. Armando Lombardi, 1000 - salas 140 e 141 (Barra Life Medical Center). respiratória, vacinas imunizantes e tratamento para alergias (imunoterapia). O atendimento ocorrerá de segunda a sexta de 8 às 19h e sábados de 9 às 13h. “A Barra da Tijuca é um bairro moderno, em franca expansão, e havia uma demanda grande por parte de nossos clientes para Nas unidades Centro e Tijuca o número de consultórios também foi ampliado. A filial de Madureira também duplicou sua capacidade, sendo já prevista sua nova expansão ainda para este ano. Em 2011 foi registrado um aumento de cerca de 24% nos atendimentos realizados pela Inicialmente, a unidade contará com dois consultórios com capacidade para atender 800 consultas mês. A expectativa é que em 2013, ocorra uma expansão da filial. Na clínica, serão disponibilizados serviços de consultas em alergologia e pneumologia, testes alérgicos, prova de função atender nesta região”, enfatiza o Diretor da Alergo ar, Dr. Milton Galper. clínica. Só no primeiro semestre deste ano, a Alergo ar atendeu mais da metade do total de pacientes que em todo o ano de 2010 e isso ampliou seu quadro clínico de 28 para 35 médicos e seu pessoal de apoio (técnicos em enfermagem, enfermeiros e profissionais de sua administração) na mesma proporção. Crescimento A Alergo ar não pára de crescer. De 2009 a 2012, a unidade de Niterói dobrou sua capacidade de atendimento, por meio de ampliação de sua infraestrutura. 15