Comissão Especial de Estudos de Informática em Saúde Consolidado: I Simpósio de Padrões em Informática em Saúde: Estado da Arte e Desafios 08 a 11 de julho de 2008 Introdução O I Simpósio de Padrões em Informática em Saúde: Estado da Arte e Desafios, ocorreu de 8 a 11 de julho de 2008, no Teatro Marcos Lindenberg da Universidade Federal de São Paulo, Rua Botucatu, 862, São Paulo, SP. Este evento da Associação Brasileira de Normas Técnicas, por meio da Comissão Especial de Estudos de Informática em Saúde e do Departamento de Informática em Saúde da UNIFESP, também comemorou os 20 anos do Departamento de Informática em Saúde da UNIFESP, com uma homenagem ao Prof. Dr. Daniel Sigulem, Professor Titular da UNIFESP, Coordenador do Programa de Pós-graduação em Informática em Saúde, Fundador do DIS, da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde e o Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde. O evento foi intenso com apresentações de processos e normas da ABNT, situações dos grupos de trabalho, experiências nacionais dos setores público e privado e experiências internacionais dos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá em normalização, e amplo debate sobre problemas, políticas e estratégias para padronização em Informática em Saúde. Mesmo com o feriado estadual de 9 de julho, a audiência se manteve na média de 200 pessoas por dia ao longo do evento que teve 7 tutoriais e 40 apresentações, em 6 conferências e 11 painéis, a maioria com tradução simultânea. Com destaque para o alto nível e conteúdo apresentados pelos convidados internacionais: Don Newsham, Canadá, Ed Hammond, EUA e Dewinder S. Bhachu, UK. Bem como os organismos de governo do Brasil: a FINEP, Agência Financiadora de Projetos, sinalizou a importância da comissão valorizando o seu trabalho estruturante no momento em que se desenvolvem no Brasil vários projetos e redes colaborativas em telesssaúde. Neste sentido, destaca-se ainda a Rede Universitária de Telemedicina – RNP/MCT, o Projeto Nacional de Telessaúde em apoio à Atenção Primária DEGES/SGTES/MS e a sinergia dessas iniciativas com demais projetos regionais. Objetivos • • • divulgar o trabalho realizado pela CEE de Informática em Saúde; divulgar o processo de discussão e decisão praticado pela Comissão, e, sobretudo, atrair profissionais e organizações para participarem dos processos de padronização. Público Participaram do evento profissionais da área de informática em saúde, gestores de serviços de saúde, analistas de sistemas, desenvolvedores de soluções para a área de informática em saúde, agências reguladoras, profissionais de saúde, alunos de cursos de especialização, mestrado e doutorado relacionados à área de tecnologia da informação e comunicação em saúde. Organização Participaram da comissão organizadora: • Beatriz de Faria Leão – Zilics Sistemas de Informação em Saúde, SP • Cleidson Cavalcante – UFSC, SC • Daiane Maciel, Sistema Paulista de Assistência – SPA e Unidas, SP • Eduardo Mugnai – Sistema Paulista de Assistência – SPA e Unidas, SP • Ivan Torres Pisa – DIS/UNIFESP, SP • Jussara Macedo P. Rötzsch – ANS, RJ • Karina N. Luro – ABNT, SP • Laila Pieroni – ABNT, SP • Lincoln A. Moura Jr – Zilics Sistemas de Informação em Saúde / Coordenador ABNT – CEEInformática em Saúde • Luis Gustavo Kiatake – E-VAL, SP • Paulo Roberto de Lima Lopes – DIS/UNIFESP, SP • Rigoleta Dutra Dias – ANS, RJ A organização do evento teve o apoio da seguintes instituições: • ANAHP, Associação Nacional dos Hospitais Privados • ANS, Agência Nacional de Saúde Suplementar • CFM, Conselho Federal de Medicina • DATASUS/MS, Departamento de Informática em Saúde do SUS • DEGES/SGTES/MS, Departamento de Gestão da Educação na Saúde do Ministério da Saúde • FBAH, Federação Brasileira de Administradores Hospitalares • FEHOESP – Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo • FENASEG, Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização • Instituto HL7 Brasil • ITI, Instituto Nacional de Tecnologia da Informação • SINDHOSP, Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde, Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas e demais Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de São Paulo • SBIS, Sociedade Brasileira de Informática em Saúde • SBPC/ML, Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial • UNIDAS, União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde • UNIMED Brasil E como patrocinadores institucionais: • CFM, Conselho Federal de Medicina • DATASUS, Ministério da Saúde • DEGES/SGTES, Ministério da Saúde • Departamento de Informática em Saúde / UNIFESP • UNIDAS, União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde • Orizon Conectividade sem Limites, SP (Patrocínio Empresarial Diamante) • DASA – Diagnósticos da América S.A., SP (Patrocínio Empresarial Ouro: Intersystems), SP • Microsoft, SP e Intel, SP (Patrocínio Empresarial Prata) Resumos dos Workshop, Tutoriais, Conferências e Painéis Workshop T#1 – Processo de Padronização ISO/ABNT/CEE-Informática em Saúde: Metodologia de Trabalho Instrutores: Álvaro Almeida, ABNT, SP; Eduardo Mugnai e Daiane Maciel, Sistema Paulista de Assistência – SPA/UNIDAS, SP Resumo: (Daiane) Tutorial T#2 – HL7 Instrutor: Marivan Santiago Abrahão, HL7 Brasil, SP e Ed Hammond, HL7, USA Resumo: Foram apresentados os conceitos básicos sobre o padrão HL7. Tutorial T#3 – DICOM Instrutor: Rafael Simon Maia, UFSC, SC Resumo: O instrutor apresentou os conceitos básicos sobre sistemas de imagens médicas e a importância do DICOM como padrão de interoperabilidade. Apresentou e discutiu a história e evolução das norma, e detalhou alguns capítulos que compõem a padronização. Discutiu ainda as dificuldades de implementação da norma, vantagens e desvantagens, além do futuro do padrão. Tutorial T#4 – Arquétipos para Representar a Informação em Saúde Instrutores: Rigoleta Dutra, ANS, RJ; Beatriz de Faria Leão, Zilics, SP; Sérgio Miranda Freire, UERJ, RJ Resumo: Foram apresentados aspectos conceituais da metodologia da Fundação OpenEHR (www.openehr.org), com ênfase no modelo "dual", classes do modelo de referência e modelagem em arquétipos. Houve debates quanto ao uso e aplicabilidade da metodologia openEHR na realidade brasileira. Resumo - Prioridades para o Brasil em Modelos da Informação em Saúde Tutorial T#5 – O Processo de Certificação de Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde SBIS/CFM Instrutores: Stanley da Costa Galvão, Marcelo Lúcio da Silva, Luis Gustavo Kiatake, SBIS, SP Resumo: Foram abordados o processo e o conteúdo do Certificação de Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde SBIS/CFM. Tutorial T#6 – Implementação de Arquétipos Instrutora: Fabiane Nardon, Zilics, SP Resumo: Este tutorial teve como foco a implementação do modelo OpenEHr. Os requisitos necessários para implementar a persistência das "compositions"que formam o regsitro eletrônico foram apresentados. As dificuldades e lições aprendidas e necessidades de revisÃo na arquitetura do modelo OpenEHr foram discutidas em especial a questão da vinculação com as terminologias. Foi apresentada uma implementaçào de referência mostrando a tecnologia de exibir de forma automática na interface web os componentes de qualquer "template". Houve muitas peguntas da audiência o que tornou o tutorial bastante didático. Tutorial T#7 – Privacidade e Sigilo da Informação de Saúde Instrutores: Roberto Luiz d’Ávila e Gerson Zafalon Martins, CFM, DF Sessão de Abertura Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone, ABNT, RJ Lincoln A. Moura Jr, ABNT/CEE-Informática em Saúde, SP Daniel Sigulem, UNIFESP, SP Aldo von Wangenheim, UFSC, SC Meide da Silva Anção, UNIFESP, SP Mônica Parente Ramos, UNIFESP, SP Resumo: O Dr. Lincoln fez uma breve apresentação sobre o Simpósio e o Dr. Aldo relatou um breve histórico sobre a comissão até o momento. O Dr. Lincoln também fez uma homengagem aos 20 anos do DIS e ao Prof. Dr. Daniel Sigulem pela contribuição a Informática em Saúde Nacional e o apoio aos trabalhos da comissão. Conferência C#1 – Projeto Nacional de Telemedicina na Atenção Básica Coordenador: Aldo von Wangenheim, UFSC, SC Palestrante: Ana Estela Haddad, DEGES/MS, DF Resumo: A Dra. Ana Estela apresentou e detalhou os esforços do Minsitério da Saúde no desenvolvimento do projeto piloto: Telessaúde Brasil, um projeto de telessaúde aplicado a atenção primária e reforçou a importância do trabalho da ABNT/CEE-Informática em Saúde para normalização tecnológica e dos processos para a conclusão do projeto e a ampliação das Tecnologias de Comunicação e Informação para o SUS. Conferência C#2 – Cenário Internacional da Padronização em Saúde Coordenador: Lincoln A. Moura Jr, Zilics, SP Palestrante: Don Newsham, COACH, Canadá Resumo: O Sr Don Newsham apresentou o estado da arte no processo de construção de padrões no ambiente da ISO. Ele cobriu ainda as atividades de harmonização de padrões do WG9, com HL7 e CEN. Em seguida cobriu as atividades de padronização e de definição e execução de uma política nacional de informação em saúde para o Canadá, atividade desenvolvida pela Health Infoway. Conferência C#3 – Modelos para Representar a Informação em Saúde: Estado da Arte e Atividades do WG1 do Comitê ISO/TC-215 Coordenadora: Beatriz de Faria Leão, Zilics, SP Palestrante: Don Newsham, ISO/TC-215 / COACH, Canadá Resumo: Esta atividade cobriu em detalhe as normas em discussão no WG1 do TC-215 da ISO, relativas a Modelos para Representar a Informação em Saúde. Painel P#1 – Normas de Modelos de Representação da Informação em Saúde do ABNT/CEE Informática em Saúde GT1 Coordenadora: Daiane Maciel, Sistema Paulista de Assistência – SPA/UNIDAS, SP ISO/TS 18308 – Requisitos para uma Arquitetura do Registro Eletrônico em Saúde – Sérgio Miranda Freire, UERJ, RJ ISO/TR 20514 – Registro Eletrônico de Saúde Definição, Escopo e Contexto – Rigoleta Dutra, ANS, RJ ISO/TR 17119 – Framework para o Estabelecimento de Perfis em Informática em Saúde – Eduardo Mugnai, Sistema Paulista de Assistência – SPA/UNIDAS, SP Painel P#2 – Prioridades para o Brasil em Modelos da Informação em Saúde Coordenadora: Rigoleta Dutra, ANS, RJ A Visão da ANVISA – Eugênio Rodrigo Zimmer Neves, ANVISA, DF Modelos de Informação para o Ministério da Saúde – Ernani Bento Bandarra, DATASUS/MS, DF Padrões em modelos de informação para a ANS – Jussara Macedo P. Rötzsch, ANS, RJ Resumo: A ANVISA apresentou o estado da arte de projetos de padronização de informação, com especial destaque para o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) . Em seguida o DATASUS (MS) apresentou as principais políticas de tecnologia de informação e comunicação do Ministério da Saúde. A última apresentação foi da ANS, com destaque para o projeto de padronização de informação entre operadoras de planos de saúde e presadores de serviço sobre os eventos de saúde prestados aos beneficiários (padrão TISS). Conferência Patrocinador “Ouro” – Utilizando Padrões para Incentivar a Inovação Palestrante: Rochael Ribeiro, InterSystems, SP Resumo: Esta palestra, conferida por representante de empresa, abordou diversos conceitos relativos a implantação de sistemas de saúde e, em especial, de um sistema distribuido de saúde pública na Holanda. Conferência C#4a – Padrões de Comunicação em Informática em Saúde e Atividades do WG2 do Comitê ISO/TC-215 (com tradução simultânea) Coordenador: Marivan Santiago Abrahão, HL7 Brasil, SP Palestrante: Ed Hammond, HL7, EUA Resumo: O Prof. Ed, apresentou qual a importância do padronização para Interoperabilidade e discutiu qual os tipos de Interoperabilidade, desde os níveis tecnológicos até os aspectos legais. Apresentou o trabalho de harmonização entre HL7 e ISO-TC215 e reforçou a importância do trabalho conjunto para o futuro. E apresentou um breve histórico e resultados dos trabalhos do WG2 da ISO-TC215. Conferência C#4b – O papel do IHE (Integrating the Healthcare Enterprise) Coordenador: Ramon Moreno, InCor, SP Palestrante: Dewinder S. Bhachu, PACSnet, NHS, UK Resumo: Prof. Bhachu, apresentou os conceitos de PACS, DICOM e os trabalhos do WG2 em relação a normatização para imagens médicas, e apresentou um breve histórico e conceitos do processo de integração IHE , utilizando perfis de normas aplicados a domínios de integração específicos, e exemplificou na área de imagens médicas. Painel P#3 – Normas de Comunicação, Dispositivos e Interoperabilidade da ABNT/CEE-Informática em Saúde GT2/7 Coordenador: Ricardo Gamarski, DATASUS/MS, DF Padrões para Interoperabilidade e Telemedicina – Paulo Lopes, UNIFESP, SP Padrões de Comunicação para Dispositivos – Cleidson Cavalcante, UFSC, SC Resumo: Os relatores Paulo e Cleidson apresentaram a organização e os trabalhos de adoção e acompanhamento de normas internacionais realizados pelo WG2, 5 e 7. Focaram a importância da participação da comunidade no momento atual para desenvolvimento de normas, em diversos níveis desde a comunicação, computação, equipamentos, sistemas e serviços/processos, que visem os projetos nacionais de telemedicina e a colaboração com outros países participantes da ISO/TC-215WG2 que estão elaborando normas específicas para telemedicina. Painel P#4 – Aplicações e Necessidades de Padrões de Comunicação no Cenário Nacional Coordenador: Paulo Lopes, UNIFESP, SP Implementação DICOM – Rafael Simon Maia, UFSC, SC Integração dos Resultados Laboratoriais ao Sistema de Informações da SMS-SP utilizando HL7 – Cláudio Giulliano Alves da Costa, Secretaria Municipal de Saúde, SP A experiência do InCor na utilização de padrões DICOM e HL7 – Ramon Moreno, InCor, SP A importância da Padronização no Projeto Rede Universitária de Telemedicina – RUTE, (MCT/RNP/FINEP) – Luiz Ary Messina, Ministério da Ciência e Tecnologia, ES Resumo: Os três especialistas apresentaram os resultados de aplicações de padrões em suas instituições, abordando vantagens e desvantagens, criticando as normas e apontando as necessidades futuras de aprimoramento ou desenvolvimento das normas. O Dr. Messina destacou o Projeto Rede Universitária de Telemedicina e seu papel no cenário nacional, junto com outras iniciativas e que necessitarão de normas para sua operacionalização. Conferência C#5 – Padrões para Representar a Informação em Saúde: estado da arte e atividades do WG3 do Comitê ISO/TC-215 Coordenador: Claudio Giulliano Alves da Costa, Secretaria Municipal de Saúde/SBIS, SP Palestrante: Jussara Macedo P. Rötzsch, ANS, RJ Resumo: O Dr Claúdio Giulliano apresentou o Sistema de Informação para a Gestão de Saúde, o SIGA Saúde, e o projeto de integração deste sistema com os laboratórios públicos e privados que prestam serviço ao município. Esta integração vem sendo feita usando padrões ncaionais e internacionais, como o TISS e o HL7. Painel P#6 – Normas do GT de Conceitos da ABNT/CEE-Informática em Saúde GT3 Coordenadora: Deborah Pimenta – Secretaria Municipal de Saúde, SP ISO/TS 17117 – Informática em Saúde - Terminologia Controlada Relacionada à Saúde - Estrutura e Indicadores de Alto Nível – Flávia C. Cordeiro Biesbroeck, ANS, RJ Logical Observation Identifiers Names and Codes - LOINC® - Luiz Gastão Rosenfeld, Diagnósticos da América, SP SNOMED International: The Systematized Nomenclature of Medicine – Patrícia Góes, ANS, RJ Resumo: Foi apresentado um resumo da norma ISO/TS 17117 (Informática em Saúde - Terminologia Controlada Relacionada à Saúde ) que trata de conceitos e metodologias de terminologia em saúde. A apresentação sobre o LOINC e SNOMED trouxeram, com grande êxito, os aspectos práticos sobre o uso de terminologias controlada. Painel P#7 – Prioridades para o Brasil em terminologias em saúde Coordenador: Adalberto Tardelli, Bireme, SP. A experiência da BIREME – Abel Packer, Bireme, SP Global Medical Device Nomenclature – GMDN – Paulino Araki, ANVISA, DF Terminologias em Enfermagem – Heimar de Fátima Marin – DENF/UNIFESP/SBIS, SP Resumo: O painel tratou experiências importantes quanto ao uso de terminologias em saúde através da BIREME, da ANVISA especificamente sobre o modelo da Global Medical Device Nomenclature – GMDN e, por fim, na área da Enfermagem. Conferência Patrocinador “Diamante” – Uma vez padronizado, o que o mercado ganha com isso? Palestrante: Antonio Carlos Endrigo, Orizon, SP Resumo: A apresentação da Orizon foi centrada na complexidade dos processos de autorização de procedimentos médicos e na dificuldade de aderir aos padrões nacionais. Uma vez que a adesão esteja completa a empresa entende ter dado um salto de qualidade e se tornar mais competitiva. Conferência C#6 – Padrões de Segurança em Informática em Saúde e atividades do WG4 do Comitê ISO/TC-215 Coordenador: Heitor Gottberg, CISCO, SP Palestrante: Luis Gustavo Kiatake, E-VAL, SP Resumo: Esta conferência foi apresentada pelo Sr. Luis Gustavo Kiatake, que contextualizou a necessidade do uso de padrões de segurança para viabilizar a migração dos processos em papel para o mundo eletrônico, demonstrando as principais fragilidades que precisam ser contornadas. No contexto do Working Group 4 do ISO/TC-215, apresentou o escopo, que inclui a segurança, privacidade, responsabilização e a inclusive a proteção da saúde do paciente e a visão geral e estado de todas as normas já finalizadas e em trabalho no grupo, destacando a ISO 27799, que trata da gestão da segurança da informação na saúde, a ISO TS 25237, que trata do uso de técnicas para anonimizar dados identificados em saúde e de criar pseudônimos, permitindo o uso das informações para pesquisas e geração de indicadores, a ISO 17090, que detalha o uso de Infra-estrutura de Chaves Públicas em saúde, e finalmente da força de trabalho criada no grupo internacional na última reunião em Goteborg – Suécia e liderada pelo Brasil para analisar a viabilidade da proposição de uma norma internacional sobre certificação de segurança de software em saúde. Painel P#8 – A Eliminação do Papel da Área da Saúde: Validade Jurídica e Privacidade Coordenador: Túlio Takemae, E-VAL, SP Como a ICP–Brasil Colabora com a Eliminação do Papel – Maurício Coelho, ITI, DF A Validade Jurídica da Assinatura Digital O Amparo da Resolução CFM 1821/07 na Eliminação do Papel – Luis Gustavo Kiatake, E-VAL, SP A Autoridade Certificadora do Ministério da Saúde: AC-Saúde – Sheila de Góes Monteiro, DATASUS/MS, RJ Resumo: O painel teve início com a apresentação do Sr. Luis Gustavo Kiatake, que falou sobre o amparo da resolução CFM 1821/07 na eliminação do papel, impulsionando a utilização de certificados digitais. Em seguida a Sra. Márcia Elizabeth Marinho teve a palavra, apresentando a questão sobre confidencialidade nos sistemas de informação do SUS, apontando a Segurança da Informação como fator fundamental para o processamento de informações do paciente. O painel foi finalizado pelo Sr. Pedro Paulo, do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação - ITI que explicou a história da ICPBrasil e seu contexto jurídico, com ênfase na validade jurídica da assinatura digital ICP-Brasil. Painel P#9 – Debate: Tendências e Prática do Uso de Certificação Digital na Saúde Coordenadora: Ana Criztina Pustiglione, E-VAL, SP O Nível de Garantia de Segurança 2 do Manual de Certificação de Software da SBIS/CFM – Luis Gustavo Kiatake, E-VAL, SP Uso de Certificados Digitais no TISS – Luiz Eduardo Vieira, ANS, RJ Debatedores: Antonio Carlos Onofre de Lira – ANAHP Alvaro Martins – SBPC/ML Luiz de Biase – ABRAMGE José Antonio Diniz – UNIDAS Mauro Back – UNIMED Brasil Resumo: O painel teve início com o Sr. Luiz Eduardo Vieira da ANS, que abordou a questão sobre o uso de certificados digitais no TISS, apontando o problema da falta de padronização da assinatura do beneficiário, inclusive dentro de uma mesma instituição, o que impacta diretamente na eliminação do papel. Em seguida o Sr. Luis Gustavo Kiatake teve a palavra, falando sobre o reforço que o Nível de Garantia de Segurança 2 do Manual de Certificação SBIS/CFM fornece à eliminação do papel, garantindo a confidencialidade das informações do paciente durante sua transmissão. Como ponto alto do painel, realizou-se o debate sobre as dificuldades de alinhamento resultantes das diferenças do Brasil, com a participação do Sr. Antonio Carlos Onofre de Lira, representando a Associação Nacional dos Hospitais Privados - ANAHP, do Sr. Danilo Valter Bernik, representando o Sindicato Patronal dos Hospitais do Estado de São Paulo e a Federação dos Hospitais do Estado de São Paulo - SINDHOSP e FEHOESP, e do Dr. Álvaro Martins, representando a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial - SBPC/ML, em nome dos prestadores de serviço, e do Sr. José Diniz, representando a União Nacional das Autogestões - UNIDAS, do Sr. Luiz Antonio Di Biase, representando a Associação Brasileira das Medicinas de Grupo – ABRAMGE, e do Sr. Mauro Back, representando a Unimed do Brasil, em nome das operadoras de assistência à saúde. O debate teve como característica a grande interatividade com os congressistas, uma vez que abordou um assunto polêmico e de interesse de toda a categoria de saúde. Evidenciou-se a dificuldade de implantação do padrão TISS e discutiu-se alternativas para a viabilidade do uso da certificação digital, com a proposta de estruturação de um grupo de trabalho sobre o tema. Como resultado positivo, observou-se uma efetiva aproximação dos usuários de padrões com aqueles que os desenvolvem. Painel P#10 – Aplicação dos Padrões nas Políticas de IS – Parte 1 Coordenador: Lincoln A. Moura Jr, Zilics, SP A Experiência dos Estados Unidos – Ed Hammond, HL7, EUA A Experiência do Canadá – Don Newsham, ISO/TC-215 / COACH, Canadá A Experiência do Reino Unido – Dewinder S. Bhachu, PACSnet, NHS, UK Resumo: Foram apresentadas as experiências dos 3 países na definição e condução de políticas de informação em saúde. A experiência canadense é a mais bem sucedida, por ser mais antiga e por se basear em processos mais claros. A experiência do Reino Unido é marcada por sérios problemas de gestão, em função da fragmentação do projeto e trouxe muitos exemplos de aspectos que devemos evitar no Brasil. A experiência norte-americana é muito pobre do ponto de vista de uma política nacional de saúde, já que aquele país não possui um sistema de saúde propriamente dito. Painel P#11 – Aplicação dos Padrões nas Políticas de IS – Parte 2 Coordenador: Lincoln A. Moura Jr, Zilics, SP Experiência da ANS – Jussara Macedo P. Rötzsch, DIDES / ANS, RJ Experiência da ANVISA – Eugênio Rodrigo Zimmer Neves, ANVISA, DF O Papel da FINEP na Política de Padrões para IS – Mauricio Broxado de França Teixeira, FINEP, RJ Resumo: Foram apresentadas as experiências da ANS e ANVISA, agências que há muito vem desenvolvendo esforços de padronização da informação em Saúde. O projeto TISS é claramente um marco, ainda que sua implantação ainda esteja em desenvolvimento. A ANVISA vem fazendo um importante esforço para a utilização da GMDN que é vista pelos participantes com um excelente padrão para o País. A apresentação da Finep foi muito importante por reafirmar o tema da padronização como uma das prioridades do MCT e daquela agência. Conclusões Foram apresentados os trabalhos e os processos de normalização da CEE de Informática em Saúde da ABNT , além da discussão sobre a tradução de normas ISO já existentes, com a apresentação sobre o acompanhamento, discussão e enriquecimento das normas em elaboração no cenário internacional. Foram fornecidas aos participantes do evento duas normas brasileiras traduzidas como resultado da atuação da CEE de Informática em Saúde. O evento foi organizado de forma a trazer a experiência internacional na elaboração de padrões, através do ponto de vista do Comitê ISO TC-215, bem como a experiência de três países na construção de políticas nacionais para a Informática em Saúde, lastreadas por padrões. Além disso, o evento trouxe uma ampla perspectiva do uso de padrões para a informação em saúde no Brasil, tanto na área pública quanto no setor privado. Participaram do evento em média 200 pessoas por dia, distribuídos pelos setores: consumidores, produtores e neutros. E as apresentações estão disponíveis no site da comissão, para acesso aos membros registrados: http://abnt.iso.org/livelink/livelink?func=ll&objId=4728629&objAction=browse&sort=name&viewType= 1 Links adicionais: http://www.abnt.org.br/m3.asp?cod_pagina=1302 http://www.telemedicina.ufsc.br/telessaude/abnt Telessaude.sc.gov.br