Presidente do Tribunal de Contas diz que "país não pode dividir

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Presidente do Tribunal de Contas diz que "país não pode dividir-se" ao
meio (C/ÁUDIO)
Lisboa, Portugal 13/10/2015 12:19 (LUSA)
Temas: Tribunal, Economia (geral), Governo (sistema), Autoridades locais, finanças
públicas
Lisboa, 13 out (Lusa) – O presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d’Oliveira Martins,
defendeu hoje a necessidade de articulação do rigor orçamental com a justiça social, alertando
que "o país não pode dividir-se entre duas metades que se digladiam”.
Falando à margem de uma conferência sobre poder local, Oliveira Martins defendeu a
necessidade de “pontes sérias” com vista à resolução dos problemas dos cidadãos.
Oliveira Martins recusou-se a comentar a situação política nacional.
O ex-ministro das Finanças e da Educação insistiu que “é indispensável”, perante “os desafios
exigentes com que Portugal está confrontado”, que o rigor financeiro e orçamental seja
articulado com a justiça social.
“São dois elementos absolutamente fundamentais que levam a que eu aqui tenha dito,
reafirmo, que o país não pode dividir-se entre duas metades que se digladiam. Tem de haver
pontes sérias, responsáveis, que garantam que os cidadãos veem resolvidos os seus problemas
e a defesa do interesse geral”, disse.
O presidente do Tribunal de Contas, que no final de outubro deixa o cargo, fez um balanço
positivo do desempenho dos municípios nos últimos anos.
Oliveira Martins falava durante a conferência "A política, os políticos e a gestão dos dinheiros
públicos", com a apresentação do anuário financeiro dos municípios, na Universidade Católica
de Lisboa.
“O meu balanço é extremamente positivo relativamente ao funcionamento do poder local”,
disse, salientando que ao longo dos últimos anos, o Anuário Financeiro dos Municípios
Portugueses, que tem registado as contas das câmaras municipais, “tem revelado progressos”.
A conferência "A política, os políticos e a gestão dos dinheiros públicos", que decorre na
Universidade Católica, em Lisboa, é promovida pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas
(OTOC), que mudou de designação para Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) e pela
rádio TSF.
O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2014, coordenado por João Carvalho,
presidente do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, traça “a radiografia da saúde
financeira” dos 308 municípios portugueses e das empresas municipais, com o apoio da OCC
e a colaboração do Tribunal de Contas (TdC).
RCS/LYFS // JPS
Lusa/Fim
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