Relatório de Inflação › I trimestre de 2012

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Relatório de Inflação › I trimestre de 2012
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Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 3
Índice
Sumário Executivo 04
Introdução 07
Análise da Variação dos Índices dos Preços 08
Variação do Índice de Preços no Consumidor 08
Inflação Trimestral 08
Inflação Acumulada e Homóloga do I trimestre de 2012 10
Cesta Básica 11
Variação do Índice de Preços Grossista – Março 11
IPG Acumulado 11
Sector Real 12
Produto Interno Bruto 12
Produto Interno Bruto por Sectores 12
Sector Fiscal 14
Sector Monetário 18
Crédito 18
Taxas de Juro 20
Agregados Monetários 22
Depósitos 23
Base Monetária 25
Multiplicador Monetário 26
Sector Externo 26
Economia Internacional 26
Commodities 30
Economia Nacional 31
Conta de Bens 31
Mercado Cambial Interno 33
Síntese da Actividade do Mercado Primário 33
Evolução da taxa de Câmbio 34
Anexos 36
4
Sumário executivo
A.No I trimestre de 2012 a taxa de inflação situou-se em 2,03%, isto é, 1,41 pontos
percentuais abaixo do verificado no trimestre precedente (3,44%). As classes que
mais variaram foram:
i. Classe 05. Mobiliário, Equipamento Doméstico e Manutenção (3,31%);
ii. Classe 02. Bebidas Alcoólicas e Tabaco (2,68%);
iii.Classe 12. Bens e Serviços Diversos (2,51);
B.No que se refere às contribuições, a Classe 01 – Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas foi a que mais contribuiu para a inflação do I trimestre de 2012, com cerca de
1,06 pontos percentuais;
C. Dentro da Classe 01, as subclasses que mais contribuíram no I trimestre foram:
i. A Subclasse 0117 – Legumes e Tubérculos (0,23 p.p.);
ii. A Subclasse 0111 – Pão e Cereais (0,22 p.p.);
iii.A Subclasse 0113 – Peixes e Mariscos (0,20 p.p.);
D.Os produtos que mais contribuíram para a inflação durante os três meses do I
trimestre foram o pão cassete, o carapau fresco e o óleo de soja, registando um
contributo acumulado de 0,12 pontos percentuais, 0,11 pontos percentuais e 0,09
pontos percentuais, respectivamente;
E.De uma forma geral, observa-se que as pressões inflacionistas foram menores no
I trimestre de 2012 relativamente ao trimestre anterior. A inflação acumulada até
Março de 2012 foi de cerca de 2,03%, contra 2,27% verificado no período homólogo, valores coincidentes com os da inflação trimestral.
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 5
F. RESUMO DA INFLAÇÃO - VALORES 2010 - 2012
Índice de Preços no Consumidor de Luanda
(Base: Dez. 2010= 100)
Variação percentual
Índices
Mensal
Acumulada
2010
2011
Homóloga
Mês
2010
2011
2012
2010
2011
2012
Janeiro
87,41
100,63
112,19
0,80
0,63
0,73
0,80 0,63
0,73
2012
13,83
2010
15,13
2011
11,48
Fevereiro
88,19
101,47
112,96
0,89
0,83
0,69
1,69 1,47
1,42
13,66
15,06
11,32
Março
89,12
102,27
113,64
1,05
0,78
0,60
2,76 2,27
2,03
13,80
14,76
11,12
Abril
90,03
103,21
1,03
0,92
3,82 3,21
13,73
14,63
Maio
90,98
104,22
1,06
0,98
4,91 4,22
13,85
14,54
Junho
91,91
105,31
1,02
1,05
5,98 5,31
13,74
14,58
Julho
92,96
106,09
1,14
0,75
7,19 6,09
13,70
14,13
Agosto
94,00
106,86
1,12
0,73
8,40 6,86
13,99
13,68
Setembro
96,21
107,67
2,35
0,76
10,94 7,67
15,73
11,91
Outubro
97,39
108,54
1,23
0,81
12,31 8,54
16,09
11,44
Novembro
98,38
109,48
1,01
0,86
13,44 9,48
15,89
11,28
Dezembro
100,00
111,38
1,65
1,73
15,31 11,38
15,31
11,38
2012
Fonte: INE
G.Em termos acumulados, as classes que mais variaram ao longo do I trimestre de
2012 foram: Classe 05 Mobiliário, Equipamento Doméstico e Manutenção (3,31%);
Classe 02 – Bebidas Alcoólicas e Tabaco (2,68%); Classe 12 – Bens e Serviços
Diversos (2,51%);
H.No período em análise, a variação do Índice de Preços Grossita – (IPG) foi de 2,19%,
isto é, 0,18 pontos percentuais acima do verificado no trimestre anterior, que foi de
2,01%. Importa, entretanto, referir que a variação do IPG no I trimestre derivou da
variação de 2,18% dos produtos nacionais e de 2,21% dos produtos importados.
I. Sector Real:
i. Estima-se para o ano de 2012 um crescimento de 8,9% do PIB em termos reais,
uma melhoria significativa quando comparado aos 3,4% registados em 2011;
ii. Na base desta estimativa está a expansão do sector não petrolífero em 9,1%,
explicado essencialmente pela previsão de crescimento do sector de energia de
8,3%;
iii. Relativamente ao sector petrolífero, para o ano 2012, estima-se um crescimento
de 8,5%.
J.Sector Fiscal:
i. As receitas totais executadas no I trimestre de 2012 representaram cerca
de 70% do previsto, situando-se abaixo da execução do I trimestre de 2011
(131%). Por sua vez, a execução das despesas totais representa 84% do previsto, tal como no mesmo período do ano anterior.
ii. Assim, o desempenho da execução orçamental, no I trimestre de 2012, permitiu um superavit do saldo corrente e défices dos saldos global e de compromisso e primário não petrolífero.
iii. O crédito líquido ao Governo Central registou uma diminuição de 8,46%, fruto
do aumento dos depósitos do Governo no BNA, motivado pelo volume de
receitas fiscais arrecadado no período em análise.
K. Sector Monetário:
i. No I trimestre de 2012, o crédito à economia aumentou cerca de 5,03%
face ao trimestre anterior. Em termos homólogos, o crescimento foi de 8,96%
e, em relação a 12 meses, cresceu 23,86%. O crédito à economia continuou a
ser dominado pelo sector privado, cujo stock representou 97,25% do total do
crédito;
ii. O crédito à economia em moeda
nacional registou um crescimento significativo de 8,68% no I trimestre de 2012, em substituição
do crédito em moeda estrangeira. A estabilidade cambial, a redução do coeficiente das reservas obrigatórias, embora ainda
penalizante comparativamente
às reservas em moeda externa,
e a regulamentação introduzida
pelo BNA no sistema bancário,
são factores que podem estar a
contribuir para o aumento do
crédito em moeda nacional;
iii. O rácio de transformação do total dos créditos sobre o total dos
depósitos, no final do I trimestre
de 2012, foi de 62,70%, contra
59,88% no IV trimestre de 2011.
A variação é explicada por um
aumento dos depósitos (0,30%)
inferior ao aumento do crédito
(5,03%), registado no mesmo
período;
iv. Tanto as taxas de juro do
mercado primário (dos TBC e
dos BT) como as do mercado
secundário, mais especificamente as taxas activas do crédito ao
sector empresarial, bem como
do crédito a particulares, de
um modo geral, reduziram no
período em análise;
v. De acordo com as contas
monetárias, o M3 registou uma
diminuição de 3,20%, durante
6
o I trimestre de 2012, explicado
pela contracção dos Outros
Instrumentos Financeiros em
42,34% e do M2 em 1,52%, cuja
variação foi influenciada pelo
M1, que contraiu 17,92%. O
decréscimo do M1, por sua vez,
foi influenciado pela contracção dos Depósitos à Ordem em
18,07%. Os Depósitos Totais,
por seu turno, contraíram-se em
0,57%, no I trimestre de 2012.
No mesmo período do ano de
2011, o M3 expandiu 6,66%;
o M2 cresceu 0,35% e o M1
decresceu 5,75%;
vi. O M2 em moeda nacional (MN)
e o M1 MN registaram uma diminuição no trimestre de 0,59%
e 15,84%, respectivamente; nos
últimos doze meses registou-se uma expansão de 39,88%
para o M2 em moeda nacional
e 20,08% para M1 em moeda
nacional;
vii. No I trimestre de 2012, os
depósitos totais do sistema
financeiro angolano registaram
uma diminuição de cerca de
0,57%, devido a uma redução
dos Depósitos a Ordem. Quanto
ao período homólogo, os depósitos totais cresceram cerca de
30,67%;
viii.Os depósitos em MN diminuíram em 12,33%, ao passo que
os depósitos em ME aumentaram em 1,61%, no trimestre
em análise. Relativamente ao
homólogo, os depósitos em MN
diminuíram 5,47%, ao passo que
os depósitos em ME aumentaram 24,69%;
ix. A Base Monetária Ampla, por
sua vez, registou uma diminuição trimestral de 10,32% e a
Base Monetária em moeda nacional BM (MN) uma diminuição
trimestral de 14,97%. Durante o
período homólogo, o crescimento da BM Ampla foi de 7,43%,
enquanto a Base Monetária em
moeda nacional cresceu 0,93%;
x. No I trimestre de 2012, o Multiplicador Monetário registou um aumento de
7,95%, comparativamente ao IV trimestre do ano transacto. Este aumento
terá sido influenciado pela diminuição da Reserva Monetária em 10,32%, no
período em análise, superior a aquela observada no agregado monetário M3
(3,20%). No I trimestre de 2012, o Multiplicador Monetário foi de 4,08, quando
no último trimestre de 2011 era de 3,78.
L.Sector Externo
Internacional
i. A economia mundial contínua frágil, sobretudo pela persistente crise de dívida
na zona Euro, pelos elevados preços do petróleo, pelas tensões geopolíticas e
devido aos drásticos cortes efectuados por alguns países nas despesas públicas. Em 2012, as previsões do crescimento mundial do FMI foram revistas duas
vezes, sendo que a última, apresentada em Abril, estima que o crescimento da
economia global em 2012 rondará os 3,5%. Os motores do crescimento mundial continuarão a ser os países emergentes e em desenvolvimento. Apesar do
reforço do fundo de resgate da zona Euro e das medidas de política monetária
adoptadas por diversos países terem reduzido a ameaça de uma forte desaceleração global, há o receio de alguns problemas ressurgirem caso essas medidas
não sejam reforçadas.
ii. No primeiro trimestre de 2012, o índice do preço médio das commodities
aumentou em cerca de 5,85% relativamente ao último trimestre de 2011. De
acordo com o FMI, a ênfase foi para o aumento dos preços dos alimentos e da
energia de 3,30% e 7,31%, respectivamente.
iii. No mercado cambial, observou-se que, no trimestre em análise, o Euro, o Real
e o Rand Sul-africano registaram uma apreciação face ao Dólar, enquanto a
moeda chinesa depreciou-se relativamente à moeda norte-americana.
Nacional
iv. O saldo da Conta de Bens angolana registou um aumento de 1,99% durante o I
trimestre de 2012, relativamente ao trimestre anterior, sendo este associado ao
aumento do preço das commodities energéticas. Todavia, comparando o valor
FOB de importação acumulado do I trimestre do ano de 2012 (USD 6.065,53
milhões) com o mesmo período de 2011 (USD 4.442,24 milhões), registou-se
um crescimento de USD 1.622,29 milhões. Relativamente ao primeiro trimestre de 2011, a Conta de Bens cresceu 11,38%, tendo as importações aumentado em 36,52% e as exportações em 18,43%;
v. No período em análise, as taxas de câmbio médias de referência e do mercado
secundário de notas registaram depreciações de 0,04% e 0,52%, respectivamente. Ao nível do mercado informal, verificou-se uma apreciação da taxa de
câmbio média de compra e venda de 1,26%.
vi. De Janeiro a Março de 2012, a venda de divisas foi de USD 4,01 biliões,
significando um aumento de 18,12% relativamente ao mesmo período do ano
anterior.
vii. As Reservas Internacionais Líquidas registaram um aumento de 2,62%, passando de USD 26.084,22 milhões para USD 26.767,11 milhões em Março de 2012.
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 7
Introdução
O presente relatório de inflação tem como objectivo avaliar a inter-relação entre as
variáveis reais, fiscais, monetárias e externas e o comportamento do índice geral de
preços, bem como criar um canal de divulgação de informação à disposição dos agentes económicos, instituições académicas e outros operadores da economia nacional.
O mesmo é também um meio de comunicação sobre a conjuntura das economias
nacional e internacional, com base nas quais as decisões de política monetária são
tomadas. Esta edição refere-se ao I trimestre de 2012.
As diversas secções do relatório estão ordenadas da seguinte forma: Análise da
Variação dos Índices de Preços, Sector Real, Sector Fiscal, Sector Monetário e Sector
Externo.
“O presente relatório de inflação
tem como objectivo avaliar
a inter-relação entre as variáveis
reais, fiscais, monetárias
e externas e o comportamento
do índice geral de preços...”
8
Análise da variação
dos índices dos preços
Variação do Índice de Preços no Consumidor
O nível geral de preços no consumidor, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), registou um aumento de 0,60% no mês de Março contra 0,69% no mês
anterior. A Classe 02 – Bebidas Alcoólicas e Tabaco foi a que teve a maior variação no
IPC, tendo registado um aumento de 1,27%.
Entre as classes que mais contribuíram para a inflação de Março, destaca-se, tal
como em períodos anteriores, a contribuição da Classe 01 – Alimentação e Bebidas
Não Alcoólicas, com 0,33 pontos percentuais, influenciada pelas contribuições das
Subclasses: 0117 – Legumes e Tubérculos (0,10 p.p), 0113 – Pães e Cereais
(0,07 p.p.) e 0111 – Pão e Cereais (0,05 p.p.).
Gráfico 1 - Inflação Mensal
2,50%
2,00%
1,50%
1,00%
0,69%
0,78%
0,50%
0,60%
2010
2011
Mar
Jan
Fev
Dez
Nov
Set
Out
Jul
Ago
Mai
Jun
Abr
Mar
Jan
Fev
Dez
Nov
Set
Out
Jul
Ago
Mai
Jun
Abr
Fev
Mar
0,00%
2012
Fonte: DEE-BNA / INE
Gráfico 2 - Inflação Trimestral
5,00%
4,50%
4,00%
3,50%
3,00%
2,50%
2,00%
1,50%
1,00%
0,50%
0,00%
3,44%
2,76%
2,27%
2,03%
I trim II trim III trim IV trim I trim II trim III trim IV trim I trim II trim III trim IV trim I trim
2011
2010
2009
2012
Fonte: DEE-BNA / INE
INFLAÇÃO TRIMESTRAL
O Índice de Preços no Consumidor
variou 2,03% no I trimestre de 2012,
contra 3,44% verificado no IV trimestre de 2011, variação esta ocorrida
pelo efeito sazonal da quadra natalícia.
As variações mensais do trimestre
foram de 0,73%, 0,69% e 0,60%, para
Janeiro, Fevereiro e Março, respectivamente.
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 9
Gráfico 3 - Sete classes que mais variaram
3,50%
3,00%
2,50%
2,00%
1,50%
1,00%
0,50%
0,00%
05.Mobiliário, Equip. Doméstico e Manutenção
12.Bens e Serviços Diversos
A variação trimestral dos preços no
consumidor esteve associada, principalmente, à Classe 05 – Mobiliário,
Equipamento Doméstico e Manutenção (3,31%), Classe 02 – Bebidas Alcoólicas e Tabaco (2,68%) e Classe 12
– Bens e Serviços Diversos (2,51%).
No entanto, no período em análise, as
subclasses que mais variaram foram: a
Subclasse 0432 – Serviços de Conservação e Reparação (10,11%), Subclasse 0431 – Materiais para Manutenção
e Reparação (8,19%) e Subclasse 0520
– Produtos Têxteis (6,91%).
No que respeita às contribuições,
no primeiro trimestre de 2012, as
mais significativas verificaram-se na
Classe 01 – Alimentação e Bebidas
Não Alcoólicas (1,06 p.p.), Classe 05
– Mobiliário, Equipamento Doméstico
e Manutenção (0,20 p.p.) e na Classe
03 – Vestuário e Calçado (0,16 p.p.)
De realçar que a contribuição da Classe 01 – Alimentação e Bebidas Não
Alcoólicas foi menor relativamente ao
trimestre anterior, em cerca de 0,92
pontos percentuais.
Dentro da Classe 01 – Alimentação e
Bebidas Não Alcoólicas, as Subclasses
que mais contribuíram foram: Subclasse 0117 – Legumes e Tubérculos, com
0,23 pontos percentuais, a 0111 – Pão
e Cereais, com 0,22 pontos percentuais, e 0113 – Peixes e Mariscos, com
0,20 pontos percentuais.
Na Classe 05 – Mobiliário, Equipamento Doméstico e Manutenção, as
Subclasses que mais se destacaram
foram: 0520 – Produtos Têxteis
(0,08 p.p.), 0511 – Móveis e Acessórios (0,04 p.p.) e 0562 – Serviço
Doméstico (0,04 p.p.). Finalmente,
na Classe 03 – Vestuário e Calçado, as
Subclasses que mais variaram foram a
0312 – Vestuário com 0,11 pontos percentuais, a subclasse 0321 – Calçados
e outros 0,06 pontos percentuais.
02.Bebidas Alcoólicas e Tabaco
03.Vestuário e Calçado
11.Hotéis, Cafés e Restaurantes
01.Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas
09.Lazer, Recreação e Cultura
Fonte: DEE-BNA / INE
Gráfico 4 - Sete subclasses que mais variaram
12,00%
10,00%
8,00%
6,00%
4,00%
2,00%
0,00%
0432 Serviços de Conservação e Reparação
0520 Produtos Têxteis
0431 Materiais para Manutenção e Repar.
0541 Louças e Utensílios de Cozinha
1213 Artigos e Produtos de Cuidado Pessoal
0611 Produtos Farmacêuticos
0733 Passagens de Avião
Fonte: DEE-BNA / INE
Em termos de produtos, os que mais contribuíram para a inflação durante os primeiros três meses de 2012 foram o pão cassete, o carapau fresco e o óleo de soja, registando um contributo acumulado trimestral de 0,12 pontos percentuais, 0,11 pontos
percentuais e 0,09 pontos percentuais, respectivamente.
Analisando a variação e a contribuição trimestral das classes desde o início de 2010,
verifica-se que a Classe 05 – Mobiliário, Equipamento Doméstico e Manutenção teve
maior variação no II trimestre de 2011 e no trimestre em análise, cerca de 3,32%
e 3,31% respectivamente. A Classe 02 – Bebidas Alcoólicas e Tabaco, por sua vez,
registou a sua maior variação no IV trimestre de 2011 (3,59%), tendo no trimestre
em análise registado uma variação dentro da média habitual.
Gráfico 5 - Comportamento das classes que mais variaram no I trim.
de 2012 e nos períodos homólogos
6,00%
5,00%
4,00%
3,00%
2,00%
1,00%
0,00%
I trim
2010
II trim
2010
III trim
2010
IV trim
2010
I trim
2011
II trim
2011
III trim
2011
IV trim
2011
05 Mobiliário, Equi. doméstico e Manutenção
02. Bebidas Alcoólicas e Tabaco
12. Bens e Serviços Diversos
03. Vestuário e Calçado
Fonte: DEE-BNA / INE
I trim
2012
10
Com relação à Classe 12 – Bens e Serviços Diversos, as variações mais altas foram registadas no II trimestre de 2010 e no IV trimestre de 2011, com cerca de 5,27% para
ambos os períodos, tendo registado uma melhoria no trimestre em análise (2,51%).
No que concerne às classes que mais contribuíram, no período de 2010 até a presente data, a Classe 01 – Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas tem, como sempre,
registado a maior contribuição para a inflação dos preços e um comportamento não
padronizado.
Gráfico 6 - Comportamento das classes que mais contribuíram
para a inflação no I trim. 2012 e nos períodos homólogos
5,00%
4,00%
3,00%
2,00%
1,00%
0,00%
I trim
2010
II trim
2010
I trim
2011
IV trim
2010
III trim
2010
01. Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas
II trim
2011
III trim
2011
12. Bens e Serviços Diversos
05. Mobiliário, Equipamento Doméstico e Manutenção
IV trim
2011
I trim
2012
Inflação Trimestral
03. Vestuário e Calçado
Fonte: DEE-BNA / INE
As subclasses listadas na tabela a seguir foram as que mais contribuíram para
a variação do IPC em termos trimestrais durante os anos de 2010 e 2011, bem como
no período em análise.
Tabela 1 - Principais subclasses na Classe Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas
2012
I trim
I trim
2011
II trim
III trim
I trim
2010
II trim
III trim
Legumes e tubérculos
0,24 p.p.
0,29 p.p.
0,45 p.p.
0,13 p.p.
Carnes e derivados
0,19 p.p.
0,23 p.p.
0,37 p.p.
0,17 p.p.
0,44 p.p.
0,44 p.p.
0,39 p.p.
0,69 p.p.
0,89 p.p.
0,39 p.p.
0,26 p.p.
0,32 p.p.
0,36 p.p.
Pão e cereais
0,23 p.p.
0,22 p.p.
0,27 p.p.
0,27 p.p.
0,09 p.p.
0,28 p.p.
0,40 p.p.
0,37 p.p.
0,49 p.p.
Peixes e mariscos
0,20 p.p.
0,18 p.p.
0,51 p.p.
0,26 p.p.
0,21 p.p.
0,38 p.p.
0,33 p.p.
0,46 p.p.
0,73 p.p.
Óleo e gorduras
0,13 p.p.
0,56 p.p.
0,04 p.p.
0,13 p.p.
0,53 p.p.
0,27 p.p.
0,06 p.p.
0,03 p.p.
0,03 p.p.
Açúcar e similares
0,02 p.p.
0,02 p.p.
0,05 p.p.
0,01 p.p.
0,03 p.p.
3,00 p.p.
0,22 p.p.
0,17 p.p.
0,02 p.p.
0,05 p.p.
Legumes e tubérculos
2,58%
3,21%
4,85%
1,43%
4,73%
3,28%
2,96%
5,14%
6,49%
Carnes e derivados
1,91%
2,30%
3,74%
1,67%
3,86%
2,89%
3,59%
4,04%
3,11%
Pão e cereais
2,38%
2,27%
2,76%
0,95%
2,87%
2,96%
2,77%
3,63%
3,83%
Peixes e mariscos
3,10%
2,96%
4,13%
3,38%
5,91%
2,79%
3,85%
5,98%
4,57%
Óleo e gorduras
3,83%
1,71%
4,84%
19,89%
8,61%
3,28%
1,42%
1,87%
0,88%
Açúcar e similares
1,88%
4,47%
0,75%
2,77%
2,92%
12,41%
8,98%
1,30%
2,67%
IV trim
IV trim
Contribuição
Variação
Fonte: DEE-BNA/INE
Inflação Acumulada e Homóloga de 2012
Em Março de 2012, a taxa de inflação era de 11,12%, superior à registada no período
homólogo de 2011, que se situava em 14,76%.
No primeiro trimestre de 2012, as classes que mais variaram foram a Classe 12
– Bens e Serviços Diversos (16,22%), a Classe 11 – Hotéis, Cafés e Restaurantes
(13,90%) e a Classe 01 – Alimentação e Bebidas Não Alcoólicas (13,79%).
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 11
Jan
Fev
Mar
I trim
Óleo Alimentar Soja pet 900 ml
1,54%
1,89%
0,49%
3,98%
Arroz Corrente Kg
0,92%
1,30%
0,00%
2,23%
Óleo de Palma 1 Lt
1,32%
0,05%
1,22%
2,60%
Feijão Castanho Kg
0,18%
0,28%
0,00%
0,46%
Carne seca 1 Kg
0,16%
0,11%
0,00%
0,28%
Farinha de Trigo granel Kg
0,18%
0,38%
0,51%
1,08%
Sabão barra rio azul 200 Grs
2,60%
2,47%
0,73%
5,90%
Leite em pó pct 2270 Grs
1,31%
1,54%
0,87%
3,76%
Massa alimentar esparguete selmi 400 Grs
0,97%
-0,96%
0,61%
0,61%
Fuba de Milho amarela/granel Kg
0,78%
0,52%
0,67%
1,99%
Fuba de Bombó granel Kg
0,80%
0,00%
1,07%
1,88%
-0,13%
0,00%
0,18%
0,04%
0,56%
0,00%
0,00%
0,56%
Açúcar granel Kg
Sal 1Kg
Fonte: INE
IPG Acumulado
O Índice de Preços Grossista acumulado de Janeiro a Março de 2012 foi de 2,20%,
tendo a variação acumulada dos produtos nacionais sido de 2,18% ao passo que os
produtos importados variaram 2,20%. Comparativamente ao primeiro trimestre de
2012, as variações foram menores, sendo 2,95% para o IPG global, 2,69% para o IPG
dos produtos nacionais e 3,02% para o IPG dos produtos importados.
Durante o I trimestre de 2012, os produtos nacionais registaram variações de 1,85%
na Secção Agrícola, Produção Animal, Caça e Silvicultura, 2,59 % na Secção Pesca e
2,40% na Secção Indústrias Transformadoras. Relativamente aos produtos importados, observaram-se variações de 1,36% na Secção Agrícola, Produtos Animais, Caça
e Silvicultura e de 2,24% nos Produtos Industriais.
A variação homóloga do IPG denota uma trajectória descendente, tendo-se situado
em 9,27%, no acumulado do ano, cerca de 3,74 pontos percentuais abaixo do valor
alcançado no ano anterior (13,01%). Assim, as taxas de inflação homólogas registaram reduções de 4,56 pontos percentuais nos produtos nacionais (14,22%), e de 3,52
pontos percentuais nos produtos importados (12,69%).
Gráfico 7 - Índice de Preços no Consumidor e Grossista
18,00%
16,00%
14,76%
14,00%
11,12%
12,00%
13,01%
10,00%
9,27%
8,00%
6,00%
4,00%
2,00%
2010
Fonte: DEE-BNA / INE
IPC
Mar
Jan
Fev
Dez
Nov
Set
2011
Out
Jul
Ago
Mai
Jun
Abr
Mar
Jan
Fev
Dez
Nov
Set
Out
Jul
Ago
Mai
Jun
Abr
0,00%
Fev
Variação do Índice
de Preços Grossista – Março
O Índice de Preços Grossista (IPG),
corresponde à variação dos preços dos
bens produzidos no país, assim como
os produtos importados e comercializados internamente, nos primeiros
níveis de transacção.
Os sectores económicos que compõem
o IPG são: Agro-pecuário (Secção A),
Pesca (Secção B) e Indústria Transformadora (Secção D).
De acordo com a nota de imprensa
de Março de 2012 do INE, o Índice de
Preços Grossista registou uma variação
mensal de 0,57%, que corresponde a
uma redução de 0,38 pontos percentuais quando comparada com o mês
de Fevereiro (0,95%) e de 0,32 pontos
percentuais em relação ao período
homólogo (0,89%).
Os produtos nacionais registaram uma
variação de preços de 0,45%, ao longo
do mês, e os importados uma variação
de 0,60%.
A Secção D – Indústria transformadora foi a que mais contribuiu para o
aumento do IPG a nível dos produtos
importados, enquanto a Secção B –
Pesca foi a que mais contribuiu a nível
dos produtos de produção nacional.
Tabela 2 - Produtos que compõem a Cesta Básica
Mar
Cesta Básica
A cesta básica angolana é constituída
pelos produtos listados na tabela 2,
onde se verifica que os produtos que
mais variaram no trimestre foram:
o Óleo de Palma (5,90%), Farinha
de Trigo a granel (3,98%) e o Óleo
alimentar (3,76%).
2012
IPG
12
Sector Real
Produto Interno Bruto
De acordo com os dados da quarta revisão do crescimento do PIB, fornecidos pelo
Ministério do Planeamento, estima-se para o ano de 2012 um crescimento de 8,9%
do PIB em termos reais, contrariamente à previsão inicial, que apontava para um
crescimento superior (12,8%). Ainda assim, esta estimativa situa-se 5,5 pontos percentuais acima do crescimento registado em 2011. Na base da estimativa de maior
crescimento em relação a 2011 está a expansão do sector não petrolífero em 9,1%,
um crescimento superior em 0,5 pontos percentuais em relação ao ano anterior, devido essencialmente ao maior crescimento estimado para o sector da energia (8,3%).
Relativamente ao sector petrolífero, estima-se um crescimento de 8,5%, contrariamente à contracção de 5,5% ocorrida no ano de 2011.
Produto Interno Bruto por Sectores
Indústria Petrolífera
A previsão inicial do Orçamento Geral do Estado para 2011 estimava uma produção
média de 1.900 mil barris por dia, sendo que, a ultima revisão apontava para uma
produção de 1.700 mil barris por dia. Efectivamente observou-se uma produção
média de 1.657 mil barris por dia.
Observando os níveis de produção petrolífera no Gráfico 8 verifica-se que, no IV
trimestre de 2011, a produção continuou com tendência volátil, contudo o preço
registou ligeiras reduções, tendo-se situado em torno dos USD 109 por barril.
Com efeito, no IV trimestre, a produção média foi de 52,9 milhões de barris/mês,
superior à média de produção do trimestre anterior (51,85 milhões de barris/mês).
140,00
100,00
80,00
60,00
40,00
20,00
Produção Petrolífera (Mil barris/mês)
Fonte: Ministério do Planeamento
Preço em USD
IV trim /11
III trim /11
I trim /11
I trim /11
IV trim /10
III trim /10
I trim /10
I trim /10
IV trim /09
III trim /09
I trim /09
I trim /09
IV trim /08
III trim /08
0,0
(em USD)
120,00
II trim /08
200
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
II trim /08
(Mil barris/mês)
Gráfico 8 - Produção do Petróleo e Preço do Barril ($/bbl) trimestral
De Janeiro a Dezembro de 2011,
assistiu-se a uma volatilidade da produção, tendo-se verificado no primeiro
semestre uma tendência de queda que
foi revertida a partir do mês de Julho
de 2011 e que se manteve ao longo
do terceiro trimestre do ano. Nos
meses de Outubro e Novembro voltou
a registar-se uma queda na produção,
seguida de um aumento em Dezembro. Em termos acumulados, a produção de petróleo no período de Janeiro
a Dezembro de 2011, comparada à de
igual período em 2010, sofreu uma
redução de 6,0%.
Pese embora a volatilidade das quantidades produzidas, no IV trimestre observou-se um crescimento das receitas
petrolíferas, que passaram de Kz
505.833,01 milhões em Setembro para
Kz 712.596,92 milhões em Dezembro,
um aumento de 17,27%, tendo este
sido impulsionado pelo bom desempenho dos preços do petróleo das ramas
angolanas. Em termos acumulados,
em 2011 as receitas petrolíferas totais
foram de Kz 2.220.611,93 milhões.
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 13
Gráfico 9 - Produção Diamantífera (mil quilates/mês)
1000,0
900,0
800,0
700,0
600,0
500,0
400,0
300,0
200,0
100,0
Gráfico 10 - Produção de Cimento (mil toneladas/mês)
IndÚstria Energética
Até ao mês de Outubro de 2011, a
distribuição de energia pela EDEL na
província de Luanda revelou instabilidade, conforme Gráfico 11.
Em 2011 registou-se um aumento de
13,42% com relação ao período homólogo, sendo Janeiro o mês em que se
observou maior distribuição de energia e Setembro o mês que registou a
menor distribuição.
Gráfico 11 - Distribuição de Energia em Luanda pela EDEL
(GWh/mês)
Dez/11
Nov/11
200,0
180,0
160,0
140,0
120,0
100,0
80,0
60,0
40,0
Set/11
Jul/11
Ago/11
Jun/11
Mai/11
Abr/11
Fev/11
Mar/11
Jan/11
Dez/10
Out/10
Nov/10
Set/10
Ago/10
Jul/10
Jun/10
Mai/10
Abr/10
Mar/10
Jan/10
Fev/10
0,0
Out/11
20,0
Out/11
Jul/11
Ago/11
Jun/11
Mai/11
Abr/11
Mar/11
Fev/11
Jan/11
Dez/10
Nov/10
Out/10
Set/10
Ago/10
Jul/10
Jun/10
Mai/10
Abr/10
Fev/10
Mar/10
Jan/10
500,00
450,00
400,00
350,00
300,00
250,00
200,00
150,00
100,00
50,00
0,00
Set/11
Fonte: Ministério do Planeamento
Fonte: Ministério do Planeamento
Para além da EDEL, ainda não estão
disponíveis os dados da distribuição de
electricidade que a ENE faz a determinados
clientes em Luanda.
Set/11
Fonte: Ministério do Planeamento e Departamento de Estatística do BNA
Indústria Cimenteira
O mês de Outubro de 2011, como se
verifica no Gráfico 10, foi o que registou um aumento mais significativo
na produção de cimento (foi mesmo
o período em que se produziu mais
quantidade de cimento desde Janeiro
de 2010).
Em 2011, a produção de cimento foi
igualmente volátil. Com efeito, a produção acumulada em termos absolutos
até ao mês de Outubro foi de 1.003,07
toneladas, contra 801,5 toneladas no
mesmo período do ano anterior, o que
representa um aumento de 25,14%.
1
Out/11
Jul/11
Ago/11
Mai/11
Jun/11
Abr/11
Mar/11
Jan/11
Fev/11
Dez/10
Nov/10
Set/10
Out/10
Jul/10
Ago/10
Mai/10
Jun/10
Abr/10
Mar/10
Jan/10
0,0
Fev/10
Indústria Diamantífera
No IV trimestre do ano de 2011
registou-se um aumento de 24,00% na
produção diamantífera relativamente ao
trimestre anterior, sendo o mês de Dezembro o que registou maior produção.
Comparando a produção acumulada
de diamantes dos dozes meses de 2011
com a de igual período em 2010, nota-se
que há uma ligeira redução, na ordem
dos 0,49%.
A tendência da produção diamantífera
(Gráfico 9) apresenta um movimento
volátil ao longo do ano de 2011, tal como
no ano passado. Por outro lado, o preço
do quilate ao nível dos mercados internacionais registou uma variação positiva
ao longo do exercício de 2011, o que
poderá ter contribuído para o aumento
das receitas provenientes deste sector
para a economia angolana.
14
Sector Fiscal
Em 2012, a política orçamental deverá prosseguir com o compromisso de maior rigor
e transparência na gestão das despesas públicas tendo em conta os níveis de endividamento público e de serviço da dívida sustentáveis.
Assim, para o alcance do compromisso acima referido, a política orçamental focar-se-á na melhoria do processo de fiscalização orçamental, consolidação da legislação
fiscal e revisão das taxas e outros encargos parafiscais.
Execução Fiscal
Receitas
Tabela 3 - Receitas realizadas no I trimestre de 2012 (milhões de Kwanzas)
I trim 11
Grau de
Exe PFT
I trim %
PFT
EXE
Receitas
Correntes
569 578,79
745 646,68
130,91
Tributária
569 578,79
745 646,68
130,91
1 109 837,49
Petrolíferas
419 653,79
535 752,15
127,67
904 514,49
Não
petrolíferas
149 925,00
209 894,53
140,00
691,00
0,00
0,00
570 269,79
745 646,68
130,75
Receitas de
Capital
Totais
Grau de
Exe PFT
I trim %
I trim 12
PFT
EXE
II trim 12/PFT
II trim 12
Abr-12
Mai-12
Jun-12
69,87
371 568,20
369 866,07
365 751,75
1 107 186,02
775 492,44
69,87
371 568,20
369 866,07
365 751,75
1 107 186,02
487 128,18
53,86
308 847,20
294 304,07
299 362,75
902 514,02
205 323,00
288 364,26
140,44
62 721,00
75 562,00
66 389,00
204 672,00
477,00
164,19
34,42
158,00
125,00
198,00
481,00
1 110 314,49 775 656,63
69,86
371 726,20
369 991,07
365 949,75
1 107 667,02
1 109 837,49 775 492,44
Fontes: PFT I trim e PC - 12; PFT- Programação Financeira Trimestral; PC-Plano de Caixa do Tesouro
Segundo o balanço de Execução Financeira do Tesouro do I trimestre de 2012, as
receitas totais atingiram Kz 775.656,63 milhões, representando cerca de 70% do
previsto, abaixo da execução registada no I trimestre de 2011 (130,75%). Contudo,
as receitas arrecadadas no período em análise representaram um aumento de 4%
em relação ao período homólogo de 2011. Este aumento deveu-se essencialmente ao
desempenho das receitas não petrolíferas (37%), cuja execução atingiu os 140%.
A execução das receitas petrolíferas, ficou apenas em 54% e representou uma diminuição de 9%, face ao período homólogo de 2011. Todavia, pode-se constatar que,
apesar da baixa execução das receitas petrolíferas, estas representaram 63% das
receitas totais, contra 37% das receitas não petrolíferas.
Gráfico 12 - Receitas Totais
(Prevista e realizada)
Gráfico 13 - Estrutura
da Receita Corrente
1.200.00,00
1.000.00,00
800.00,00
600.00,00
37% Não
Petrolíferas
400.00,00
200.00,00
0,00
I trim 2011
Receita Prevista
I trim 2012
63%
Petrolíferas
Receita Realizada
Fonte: MINFIN – Relatório de Execução Financeira
do Tesouro (I trimestre de 2012)
Fonte: MINFIN – Relatório de Execução
Financeira do Tesouro (I trimestre de 2012)
Conforme ilustra o gráfico 13, as
receitas petrolíferas continuam a ter o
maior peso das receitas correntes.
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 15
Despesas
No I trimestre de 2012, a execução das despesas totais situou-se ao mesmo nível do
trimestre homólogo de 2011, atingindo cerca de 84% do previsto. Porém, representou um aumento de cerca de 87%. Este aumento justifica-se pelo incremento das
despesas com o serviço da dívida (439%), das despesas correntes (58%) e despesas
de capital (43%), sendo que as referidas rubricas tiveram um grau de execução de
77%, 87% e 82% do previsto, respectivamente.
Tabela 4 - Despesas realizadas no I trimestre de 2012 (milhões de Kwanzas)
I trim 11
Grau
de Exe
PFT
I trim %
I trim 12
II trim 12
EXE
382 673,03
305 905,32
79,94
Despesas com
o pessoal
209 477,13
184 008,71
87,84
229 718,45
232 148,48
101,06
75 706,69
75 781,62
75 856,71
227 345,02
Despesas em
Bens e Serviços
120 807,44
80 201,70
66,39
185 388,96
132 200,36
71,31
69 698,49
69 011,25
66 956,81
205 666,55
Transferências
Correntes
30 486,60
28 065,19
92,06
50 799,58
31 392,50
61,80
14 713,23
14 999,40
14 741,31
44 453,94
21 901,86
13 629,72
62,23
89 194,46
89 099,80
99,89
31 953,19
31 959,89
32 019,48
95 932,56
152 098,53
133 282,46
87,63
82,33 160 594,02 163 568,46 158 323,81
482 486,29
113 077,75
118 849,32
105,10
191 183,73
147 858,96
77,34
117 511,25
123 498,06
113 564,29
354 573,60
3 317,32
4 350,88
131,16
2 440,41
2 401,21
98,39
917,57
984,02
1 136,35
3 037,94
14 064,39
4,01
0,03
10 785,45
7 663,32
71,05
3 088,64
3 312,32
3 825,07
10 226,03
21 639,07
10 078,25
46,57
26 577,33
32 254,35
121,36
39 076,56
35 774,06
39 798,10
114 648,72
40 195,27
40 973,15
101,94
77,20 139 711,53 105 598,37
86 624,16
331 934,06
Subsídios
Despesas
de Capital
Investimentos
públicos
Transferências
de Capital
Aplicações
em Activos
Financeiros
Outras
Despesas de
Capital
Serviço
da Dívida
Juros
EXE
II trim 12/PFT
PFT
Despesas
Correntes
PFT
Grau
de Exe
PFT
I trim %
555 101,45 484 841,14
230 986,91 190 177,84
286 343,11 221 054,94
Abr-12
Mai-12
Jun-12
87,34 192 071,60 191 752,16 189 574,31
573 398,07
8 627,16
7 453,44
86,40
15 474,14
18 706,46
120,89
6 288,06
3 716,89
9 811,97
19 816,92
Juro da
dívida interna
5 908,41
6 190,66
104,78
7 832,44
10 862,94
138,69
3 501,04
2 497,21
5 604,02
11 602,27
Juro da
dívida externa
2 718,75
1 262,78
46,45
7 641,70
7 843,52
102,64
2 787,02
1 219,68
4 207,95
8 214,65
31 568,11
33 519,71
106,18
270 868,97
202 348,48
74,70
133 423,47
101 881,48
76 812,19
312 117,14
16 162,07
21 431,98
132,61
222 596,13
183 043,80
82,23
117 123,67
90 248,00
40 389,27
247 760,94
15 406,04
12 087,74
78,46
48 272,83
19 304,68
39,99
16 299,80
11 633,48
36 422,92
64 356,20
574 966,82
480 160,93
83,51
83,56 492 377,15 460 918,99 434 522,28
1 387 818,42
186 905,77
439 741,36
554 736,04
290 651,30
179 496,60
178 113,91
176 177,44
-4 697,03
265 485,75
37 883,02
-120 417,29
-120 650,95
-90 927,92
-68 572,53
-415 723,66
-262 812,96
-851 157,33
-588 839,01
-423 210,09
Amortização
da Dívida
da dívida
interna
da dívida
externa
Total das
Despesas
Saldo Corrente
Saldo Global
Compromisso
Saldo Primário
não petrolífero
1 072
896 073,92
431,47
-381 515,10 -358 123,31
Fontes: PFT I Trim e PC - 12; PFT- Programação Financeira Trimestral; PC-Plano de Caixa do Tesouro
Nota: Entre o PC de Março-12 e a estimativa do BNA, notou-se uma diminuição nas despesas de
bens e serviços no PC Março-12 e um aumento das despesas de investimentos.
Em relação as receitas, observou-se uma diminuição no PC de Março 12 nos impostos petrolíferos,
face a estimativa do BNA.
A informação referente a execução de Março 12 é preliminar (Nota Informativa).
16
Gráfico 14 - Despesas Totais
(Prevista e realizada)
1.200.00,00
1.000.00,00
800.00,00
600.00,00
400.00,00
200.00,00
0,00
I trim 2011
Receita Prevista
I trim 2012
Receita Realizada
Fonte: MINFIN – Relatório de Execução Financeira
do Tesouro (I trimestre de 2012)
Relativamente à execução das despesas correntes no trimestre em análise, destacaram-se as despesas com o pessoal (101%), subsídios (99%) e bens e serviços (71%),
enquanto que nas despesas de capital, tiveram maior relevância as transferências de
capital (98%) e os investimentos públicos (77%).
Em relação à estrutura das despesas totais, observa-se que as despesas correntes
representam cerca de 54%, o serviço da dívida 25% e as despesas de capital 21%.
Gráfico 15 - Estrutura das
Despesas Totais
Gráfico 16 - Estrutura
das Despesas de Capital
Gráfico 17 - Estrutura das
Despesas Correntes
17%
25%
1%
54%
18%
4%
7%
48%
78%
21%
Despesas Correntes
Despesas de Capital
Serviço de Dívida
Fonte: MINFIN – Relatório de Execução Financeira
do Tesouro (I trimestre de 2012)
27%
Investimenos públicos
Transferências de Capital
Aplicações em Activos Financeiros
Outras Despesas de Capital
Fonte: MINFIN – Relatório de Execução Financeira
do Tesouro (I trimestre de 2012)
Na estrutura das despesas correntes evidenciaram-se as despesas com o pessoal
(48%), com bens e serviços (27%) e os subsídios (18%).
O desempenho das contas fiscais, no I trimestre de 2012, permitiu apurar um superavit do saldo corrente de Kz 290.651,30 milhões, contra Kz 439.741,36 milhões no
período homólogo de 2011, e défices nos saldos, global e de compromisso e primário
não petrolífero, na ordem de Kz 120.417,29 milhões e Kz 588.839,01 milhões, contra
Kz 265.485,75 milhões e Kz 262.812,96 milhões, respectivamente, no período homólogo de 2011.
Despesas com o pessoal
Despesas em Bens e Seviços
Transferências Correntes
Subsídios
Fonte: MINFIN – Relatório de Execução Financeira
do Tesouro (I trimestre de 2012)
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 17
Assim, pode deduzir-se que o superavit do saldo corrente observado foi suficiente
para financiar as necessidades correntes do tesouro no período em referência.
Gráfico 18 - Estrutura dos Saldos Fiscais
800.000,00
600.000,00
400.000,00
200.000,00
0,00
-200.000,00
-400.000,00
-600.000,00
-800.000,00
-1.000.000,00
I trim 2011
I trim 2012
I trim 2012
I trim 2011
PFT
EXE
Saldo Corrente
Saldo Global do Compromisso
Saldo Primário Não Petrolífero
Fonte: MINFIN – Relatório de Execução Financeira do Tesouro (I trimestre de 2012)
Para o II trimestre de 2012, perspectiva-se um aumento das receitas totais de cerca
de 43%, face ao executado do I trimestre, podendo as receitas petrolíferas crescer
cerca de 85% e as não petrolíferas decrescer 29%. As despesas totais poderão atingir
um acréscimo de 55%, com aumentos das despesas correntes (18%), de capital
(154%) e do serviço da dívida (50%), o que poderá traduzir-se num superavit do
saldo corrente e num défice do saldo de compromisso, bem como do saldo primário
não petrolífero.
Crédito Líquido ao Governo Central (CLGC)
Gráfico 19 - Crédito Líquido ao Governo Central de 2010 a 2012 (CLGC)
(milhões de Kz)
I trim 12
IV trim 11
III trim 11
II trim 11
I trim 11
IV trim 10
-3.000.000,00
-2.500.000,00
-2.000.000,00
-1.500.000,00
-1.000.000,00
-500.000,00
0,00
500.000,00
Depósitos
Crédito Líquido ao Governo Central
Activos
Fonte: DES / BNA
No final do I trimestre de 2012, o Crédito Líquido ao Governo Central (CLGC) registou uma expansão de 8,46%, o que representa uma contracção de 279,47% face ao
período homólogo e uma expansão de 161,74% quando comparado a 12 meses. No
período em análise, o CLGC contraiu 7,35%. Esta contracção deveu-se a um aumento
nos depósitos do Governo no Banco Central (2,20%) e a uma redução do crédito não
titulado (3,24%), contra uma expansão do crédito titulado (0,88%).
18
SECTOR MONETÁRIO
Crédito
No I trimestre de 2012, o Crédito à Economia aumentou cerca de 5,03% face ao
trimestre anterior, 8,96% comparado ao período homólogo e 23,86% face a 12 meses.
Este aumento foi influenciado pelo crescimento do Crédito ao Sector Privado de
6,68% (dos quais 11,62% em MN e 1,84% em ME), contra uma contracção do Crédito ao Sector Público Empresarial de 32,14% (dos quais 35,04% em MN e 23,47% em
ME). Este comportamento é condizente com a contracção do CLGC acima referenciada. Quando analisado na perspectiva do período homólogo, o crescimento do
crédito à economia foi de 8,96%, e de 23,86% em relação aos 12 meses.
Gráfico 20 - Evolução do Crédito à Economia/Moeda
5,000.000,00
4,500.000,00
4,000.000,00
3,500.000,00
3,000.000,00
2.000.000,00
1.500.000,00
1.000.000,00
500.000,00
0,00
IV trim /10
MN
I trim /11
ME
II trim /11
III trim /11
IV trim /11
I trim /12
Crédito à Economia
Obs: os dados estão expressos em Kz milhões
Gráfico 21 – Evolução do Crédito à Economia no PIB Não Petrolífero (%)
90,00
80,00
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
IV trim /10
MN
ME
I trim /11
II trim /11
Total
Obs: os dados estão expressos em Kz milhões
III trim /11
IV trim /11
I trim /12
De realçar que, no período em análise,
o crédito em moeda nacional cresceu
cerca de 8,68%, contra um aumento
de 9,28% no IV trimestre de 2011,
ao passo que o crédito em moeda
estrangeira cresceu 1,29%, depois de
uma redução de cerca de 0,06%, no
período anterior. O referido comportamento pode ser associado à relativa
estabilidade da moeda nacional, à
redução da inflação, apesar da sua
característica inercial, redução do coeficiente das reservas obrigatórias, bem
como à regulamentação introduzida
pelo BNA no ano de 2011 relativa a
restrições na concessão do crédito em
moeda estrangeira.
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 19
Gráfico 22 - Comportamento do Crédito à Economia por Sectores
1.828.695,23
1.730.965,02
1.000.000,00
1.957.729,93
IV trim/10
IV trim/10
1.500.000,00
2.062.189,88
2.000.000,00
2.199.941,26
2.500.000,00
1.582.979,20
O crédito ao Sector Privado, no I
trimestre de 2012, registou um stock
na ordem dos Kz 2.199.941,26 milhões
(97,25% do crédito total do SFA),
tendo este registado um crescimento
de cerca de 6,68%, contra 9,35% no
período homólogo.
500.000,00
93.325,00
95.467,82
109.562,07
104.364,07
91.742,78
62.254,95
0,00
IV trim/10
I trim/11
II trim/11
Crédito ao Sector Empresarial Público
III trim/11
IV trim/11
I trim/12
Crédito ao Sector Privado
Fonte: DES / BNA. Os dados estão expressos em Kz milhões
O crédito concedido aos sectores “Outros Valores não Classificados”, “Particulares” e “Construção”, foi o que
registou maior variação no período em
análise relativamente ao trimestre anterior, de 207,93%, 22,18% e 15,25%,
respectivamente. Em termos de 12
meses (desde o I trimestre de 2011
até o I trimestre de 2012), o crédito
aos sectores “Outras Activ. de Serv.
Colect., Sociais e Pessoais”, “Construção” e “Particulares” foi o que registou
maior variação, de 184,57%, 51,26% e
41,89%”, respectivamente.
Gráfico 23 - Comportamento do Crédito por Sector de Actividade
(Variação %)
350,00%
300,00%
250,00%
200,00%
150,00%
100,00%
50,00%
0,00%
-50,00%
Particulares
Comércio por Grosso
e a Retalho
Outras Actividades
de Serv. Colectivo,
Sociais e Pessoais
I trim 2012
Construção
Activ. Imob.
Alugueres e Serv.
prestados a Empresas
Outros Valores
Não Classificados
Indústrias
Transformadoras
Outros
Transportes,
Armazenagem
e Comunicação
I trim 2011
Fonte: DES / BNA
Tabela 5 - Comportamento do Crédito a Particulares
Milhões de Kwanzas
I trim 11
IV trim 11
I trim 12
Variação%
12
Acumulado Homólogo Meses
I trim
12
Particulares
311 853,62
362 148,82
442 485,86
22,18
11,25
41,89
19,56
Outras Actv. de Serv. Colect., Sociais e Pessoais
130 661,50
349 850,12
371 829,08
6,28
-10,92
184,57
16,44
Comércio por Grosso e a Retalho
323 059,35
365 668,54
369 203,37
0,97
-0,85
14,28
16,32
Activ. Imob., Alugueres e Serv. Prest. às
Empresas
213 087,71
319 698,93
251 419,34
-21,36
20,74
17,99
11,11
Construção
130 690,13
171 519,18
197 680,13
15,25
0,19
51,26
8,74
Indústrias Transformadoras
149 095,61
178 343,75
182 492,94
2,33
7,75
22,40
8,07
Outros Valores Não Classificados
124 929,56
51 391,07
158 246,00
207,93
104,59
26,97
7,00
74 395,73
83 467,33
797 840,23
-4,41
16,45
7,24
3,55
368 659,63
280 464,01
271 844,91
401 207,84
209 055,27
362 148,82
-23,10
5,03
4,36
8,96
Transportes, Armazenagem e Comunicações
Outros Valores Não Classificados
Total
Fonte: DES / BNA
-43,29
9,24
23,86 100,00
20
Gráfico 24 - Comportamento por Sector de Actividade (Peso)
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
Particulares
Comércio
Construção
Outros Valores
por Grosso
Não Classificados
e a Retalho
Outras Actividades
Activ. Imob.
Indústrias
Transportes,
de Serv. Colectivo,
Alugueres e Serv.
Transformadoras
Armazenagem
Sociais e Pessoais
prestados a Empresas
e Comunicação
I trim 2012
IV trim 2011
Outros
I trim 2011
Fonte: DES / BNA
Gráfico 25 - Evolução da Transformação dos Depósitos
em Crédito à Economia
Kz mil milhões
(%)
4.000.000,00
67,00
65,53
3.500.000,00
65,73
66,00
65,00
3.000.000,00
2.500.000,00
64,00
63,84
62,98
62,70
63,00
62,00
2.000.000,00
61,00
1.500.000,00
60,00
59,88
59,00
1.000.000,00
58,00
500.000,00
57,00
56,00
0,00
IV trim/10
Crédito à Economia
I trim/11
II trim/11
III trim/11
IV trim/11
I trim/12
Rácio de Transformação (CE/DT)
Depósitos
Gráfico 26 - Comportamento das taxas de juro
do Mercado Primário (%)
16,00
14,00
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
IV trim/10
TBC 28d
I trim/11
TBC 63d
II trim/11
BT 182d
III trim/11
BT 364d
Fonte: DMA / BNA
Obs: As taxas de juros das maturidades de 182 e 364 dias referem-se aos BT's
IV trim/11
I trim/12
BT 364d
O rácio de transformação do total dos
créditos sobre o total dos depósitos,
no final do I trimestre de 2012, foi de
62,70%, contra os 59,88% do último
trimestre de 2011. O crescimento do
Crédito à Economia (5,03%) suplantou o dos depósitos (0,30%).
Taxas de Juro
No I trimestre de 2012, registou-se
uma redução das taxas de juro dos
títulos públicos em todas as suas
maturidades. Os TBC de 63 dias registaram uma taxa de 6,77%, menos 0,41
pontos percentuais face ao trimestre
anterior e menos 1,37 pontos percentuais em relação ao período homólogo;
enquanto os BT de 91, 182 e 364 dias
registaram taxas de 3,91%, 4,01% e
4,56%, respectivamente.
No período em análise, manteve-se
a taxa de redesconto, reduziu-se o
coeficiente da reserva obrigatória,
manteve-se a tendência decrescente
das taxas de juro dos títulos públicos, mas entretanto, as taxas de juro
activas aumentaram, excepto para as
maturidades de 180 dias e de 181 a
até um ano para o crédito ao sector
empresarial e na maturidades até 180
dias para o crédito a particulares.
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 21
Gráfico 27 - Taxas de Juro do Sector Empresarial
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
Até 180 dias MN
De 181 dias a 1 ano MN
I trim/12
IV trim/11
III trim/11
II trim/11
I trim/11
IV trim/10
III trim/10
II trim/10
I trim/10
IV trim/09
III trim/09
II trim/09
I trim/09
0,00
Mais de 1 ano MN
Fonte: DES / BNA
No Gráfico 27, as taxas de juro activas nas maturidades de 180 dias, 181 dias até
1 ano e acima de 1 ano, situaram-se em 18,66%, 15,64% e 18,13%, contra 18,09%,
15,98% e 17,70%, respectivamente. Estas taxas correspondem a um aumento de
0,57 pontos percentuais para a maturidade até 180 dias MN e 0,43 pontos percentuais para a maturidade de mais de 1 ano MN e uma redução de 0,34 pontos percentuais na maturidade de 181 dias até 1 ano, em relação ao IV trimestre de 2011.
Em relação ao período homólogo registou-se um aumento na generalidade das maturidades (0,25 p. p. para a maturidade até 180 dias MN, 3,02 p. p. 181 dias a 1 ano MN
e 2,33 p. p. para a maturidade mais de 1 ano), ao passo que, quando comparadas a
12 meses, observou-se uma redução em todas as maturidades (0,55 p. p. , 5,60 p. p.
e 7,94 p. p., respectivamente).
Gráfico 28 - Taxas de Juro a Particulares
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
Até 180 dias MN
De 181 dias a 1 ano MN
Mais de 1 ano MN
Fonte: DES / BNA
Por sua vez, as taxas de juro do crédito a particulares até 180, de 181 até 1 ano
e mais de 1 ano, situaram-se em 19,07%, 16,33% e 15,50%, respectivamente,
no I trimestre de 2012.
I trim/12
IV trim/11
III trim/11
II trim/11
I trim/11
IV trim/10
III trim/10
II trim/10
I trim/10
IV trim/09
III trim/09
II trim/09
I trim/09
0,00
22
Agregados Monetários
Meios de Pagamento
De acordo com as contas monetárias, o M3 registou uma diminuição de 3,20%,
durante o I trimestre de 2012, explicada pela contracção dos Outros Instrumentos
Financeiros em 42,34% e do M2 em 1,52%. A contracção do M2 foi influenciada pela
contracção do M1 em 17,92%.
O decréscimo do M1, por sua vez, foi influenciado pela contracção dos Depósitos à
Ordem em 18,07%. Os Depósitos Totais contraíram 0,57% no I trimestre de 2012. No
mesmo período de 2011, o M3 e M2 expandiram 6,66% e 0,35%, respectivamente,
enquanto o M1 contraiu 5,75%.
Gráfico 29 - Análise dos Fluxos do M3 e dos Instrumentos Financeiros
250.000,00
200.000,00
150.000,00
100.000,00
50.000,00
0,00
-50.000,00
Variação Mensal do M3
Instrumentos Financeiros
BTs / Ots
Mar/12
Fev/12
Jan/12
Dez/11
Nov/11
Out/11
Set/11
Ago/11
Jul/11
Jun/11
Mai/11
Abr/11
Mar/11
Fev/11
-150.000,00
Jan/11
-100.000,00
TBC
Fonte: DES / BNA
O M3 em moeda nacional, M3 (MN), registou, no I trimestre de 2012, uma diminuição de 4,87% face ao trimestre anterior, quando no período homólogo (I trimestre
de 2011) esta foi de 1,14%. Nos últimos doze meses, este agregado registou um
crescimento acumulado de 29,00%.
Esta diminuição trimestral do M3 em moeda nacional é explicada não só pela
contracção dos Depósitos à Ordem em MN, de 15,68%, contra 5,90%, no período
homólogo de 2011, mas também pelos Outros Instrumentos Financeiros, mais especificamente a sua componente de Empréstimos e Acordos de Recompra em MN, que
diminuí 72,68% no I trimestre de 2012, após uma expansão de 56,47% no período
homólogo de 2011.
Tabela 6 - Comportamento dos Agregados Monetários em MN (%)
I trim 11
II trim 11
III trim 11
IV trim 11
M3 (MN)
-1,14%
13,56%
3,94%
14,87%
-4,87%
M2 (MN)
-4,76%
11,23%
10,54%
14,44%
-0,59%
M1 (MN)
-9,78%
13,72%
8,28%
15,87%
-15,84%
Fonte: DES / BNA
I trim 12
Com efeito, os Outros Instrumentos
Financeiros, no trimestre em análise,
tiveram uma diminuição de 42,34%,
tendo o seu stock passado de Kz
149.941,26 milhões no final de Dezembro de 2011 para Kz 86.453,98 milhões
em Março de 2012.
Por sua vez, o crescimento do M3,
em moeda nacional, nos últimos doze
meses é explicado pela expansão dos
Depósitos à Ordem em MN (16,84%) e
a Prazo em MN (77,01%).
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 23
2.000.000,00
1.800.000,00
1.600.000,00
1.400.000,00
1.200.000,00
1.000.000,00
800.000,00
600.000,00
400.000,00
200.000,00
z/
10
Ja
n/
11
Fe
v/
11
M
ar
/1
1
Ab
r/1
1
M
ai
/1
1
Ju
n/
11
Ju
l/1
1
Ag
o/
11
Se
t/1
1
Ou
t/1
1
No
v/
11
De
z/
11
Ja
n/
12
Fe
v/
12
M
ar
/1
2
0,00
M3 (MN)
M2 (MN)
M1 (MN)
Fonte: DES / BNA
Gráfico 31 - Análise dos Depósitos Totais (MN e ME) em 2011 e 2012
3.500.000,00
3.000.000,00
2.500.000,00
2.000.000,00
1.500.000,00
1.000.000,00
500.000,00
Fev/12
Mar/12
Jan/12
Dez/11
Nov/11
Out/11
Set/11
Ago/11
Jul/11
Jun/11
Mai/11
Abr/11
Mar/11
Fev/11
Jan/11
0,00
Dez/10
Depósitos
Os Depósitos Totais do sistema
financeiro registaram uma diminuição
de 0,57% no trimestre em análise e
um crescimento de 2,22% em igual
período de 2011. Em relação aos últimos doze meses, os Depósitos Totais
cresceram 30,67%.
No período em análise, a redução dos
depósitos é reflexo do decréscimo dos
Depósitos a Ordem, apesar do aumento dos depósitos a Prazo.
Gráfico 30 - Agregados Monetários
(Milhões de Kz)
De
O M2 (MN) observou um decréscimo de 0,59% no I trimestre de 2012,
inferior à contracção de 4,76% no I
trimestre de 2011. Em relação aos
últimos doze meses, este agregado
registou um crescimento de 39,88%.
O decréscimo trimestral do M2 foi fortemente influenciado pela contracção
trimestral do M1 de 15,84%, contra
9,78% em período homólogo de 2011.
O crescimento dos últimos doze meses
do M2 foi, influenciado pela expansão
do M1 (20,08%) e sobretudo pelos
Depósitos a Prazo que expandiram
29,21%.
Finalmente, o M1 em moeda nacional
registou uma diminuição trimestral
de 15,84% e, nos últimos doze meses,
uma expansão de 20,08%.
Depósitos Totais (MN+ME)
Fonte: DES / BNA
Gráfico 32 - Análise dos Depósitos em MN e ME em 2011 e 2012
2.000.000,00
53,44%
53,60%
55,18%
55,15%
55,83%
55,42%
54,13%
55,05%
54,41%
53,41%
53,25%
52,34%
53,54%
52,36%
51,91%
1.800.000,00
46,56% 46,40% 44,82% 44,85% 44,17% 44,58% 45,87% 44,95% 45,59% 46,59% 46,75% 47,66% 47,09% 47,46% 47,64% 48,09%
1.600.000,00
1.400.000,00
60,00%
50,00%
40,00%
1.200.000,00
30,00%
1.000.000,00
800.000,00
20,00%
600.000,00
400.000,00
10,00%
200.000,00
0,00%
0,00
Dez/10 Jan/11 Fev/11 Mar/11 Abr/11 Mai/11 Jun/11 Jul/11 Ago/11 Set/11 Out/11 Nov/11 Dez/11 Jan/12 Fev/12 Mar/12
Depósitos em MN
Fonte: DES / BNA
Depósitos em ME
% Depósitos MN
% Depósitos ME
24
Depósitos Totais em Moeda Nacional (MN)
Os Depósitos Totais em MN registaram uma expansão de 1,56% face ao trimestre
anterior e uma contracção de 1,51% no I trimestre de 2011. Nos últimos doze meses,
observou-se um crescimento de 40,11%.
Depósitos Totais em Moeda Estrangeira (ME)
Os Depósitos Totais em ME registaram uma contracção de 2,47% no trimestre em
análise, quando no I trimestre de 2011 expandiram em 5,48%. Em relação aos últimos doze meses, registou-se um crescimento de 22,99%.
Gráfico 33 - Análise dos Depósitos por moedas
Varição Trimestral
3.50.000,00
3.00.000,00
2.50.000,00
-0,63%
15,63%
5,48%
-1,51%
6,39%
10,84%
7,38%
10,56%
10,35%
12,58%
-2,47%
1,56%
2.00.000,00
1.50.000,00
1.00.000,00
500.000,00
0,00
Dez/10 Jan/11 Fev/11 Mar/11 Abr/11 Mai/11 Jun/11 Jul/11 Ago/11 Set/11 Out/11 Nov/11 Dez/11 Jan/12 Fev/12 Mar/12
Depósitos Total MN
Depósitos Total ME
Fonte: DES / BNA
Depósitos à Ordem
Os Depósitos à Ordem MN tiveram um decréscimo trimestral de 15,68%, seguindo
a mesma tendência dos Depósitos à Ordem em Moeda Estrangeira, que diminuiram
cerca de 20,38% no trimestre. Relativamente ao mesmo período de 2011, essas variações foram de menos 5,90% e menos 1,16%, respectivamente.
No cômputo geral, os Depósitos à Ordem (MN+ME) tiveram um decréscimo de cerca
de 18,07% no I trimestre de 2012 e uma diminuição de cerca de 3,43%, no I trimestre
de 2011. Em termos dos últimos doze meses, observou-se um aumento de 7,79%.
Depósitos a Prazo
Os Depósitos a Prazo, por seu turno,
registaram um crescimento de cerca
de 24,49% no trimestre em análise,
que compara com cerca de 11,55% no
I trimestre de 2011. Nos últimos doze
meses, observou-se uma expansão de
cerca de 63,36%.
A componente dos Depósitos a Prazo
em MN registou uma expansão de
29,21% face ao trimestre anterior,
enquanto que em igual período de
2011 verificou-se um crescimento de
6,34%. A componente dos Depósitos a
Prazo em ME, no I trimestre de 2012,
registou um crescimento de 22,30% e,
no I trimestre de 2011, uma expansão
de 13,55%.
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 25
Gráfico 34 - Análise dos Depósitos à ordem e a prazo
Varição Trimestral
3.50.000,00
3.00.000,00
2.50.000,00
16,29%
1,09%
11,55%
-3,43%
24,49%
-18,07%
3,98%
17,26%
9,57%
8,27%
15,17%
3,63%
2.00.000,00
1.50.000,00
1.00.000,00
500.000,00
0,00
Dez/10 Jan/11 Fev/11 Mar/11 Abr/11 Mai/11 Jun/11 Jul/11 Ago/11 Set/11 Out/11 Nov/11 Dez/11 Jan/12 Fev/12 Mar/12
Depósitos à ordem (MN+ME)
Depósitos a prazo (MN+ME)
Fonte: DES / BNA
De realçar que, no trimestre em análise, verificou-se uma inversão da tendência
quanto ao peso dos Depósitos a Prazo sobre os Depósitos Totais, relativamente aos
Depósitos à Ordem, que passou a ser 51,47%, contra 48,53%, traduzindo-se num
maior fluxo de poupança.
Tab. 7 - Comportamento da Base Monetária (Milhões de Kz)
I trim 11
II trim 11
III trim 11
IV trim 11
BM Ampla
0,37%
-3,13%
0,30%
23,30%
-10,32%
BM (MN)
-5,50%
-8,50%
-0,12%
29,87%
-14,97%
Depósitos MN
-3,16%
-11,48%
-4,11%
27,02%
-12,33%
Depósitos ME
20,20%
11,11%
1,23%
9,10%
I trim 12
1,61%
Fonte: DES / BNA
Gráfico 35 - Comportamento da Base Monetária em 2011 e 2012
(milhões de Kz)
1.000.000,00
800.000,00
600.000,00
400.000,00
200.000,00
Base Monetária Ampla
Base Monetária MN
Depósitos MN
Mar/12
Fev/12
Jan/12
Dez/11
Nov/11
Out/11
Set/11
Ago/11
Jul/11
Jun/11
Mai/11
Abr/11
Mar/11
Fev/11
Jan/11
0,00
Dez/10
Base Monetária
Como ilustra a tabela, a Base Monetária Ampla registou uma contracção
de 10,32%, no I trimestre, a Base
Monetária em moeda nacional, BM
(MN), uma diminuição de 14,97%. As
reservas bancárias em moeda nacional
registaram uma diminuição de 12,33%
e em moeda externa cresceram 1,61%.
A Conta Única do Tesouro (CUT)
não foi um factor determinante na
contracção da BM em moeda nacional,
uma vez que registou um movimento
expansionista de Kz 18.564 milhões.
No trimestre em análise, as operações
monetárias do BNA foram contraccionistas em Kz 150.122 milhões,
devendo-se principalmente às
emissões significativas de Títulos do
Banco Central nos meses de Janeiro
e Fevereiro e à absorção de liquidez
superior aos retornos ocorridos ao
longo do trimestre.
Depósitos ME
Fonte: DES / BNA
Tabela 8 - Factores Condicionantes da Base Monetária em MN
Jan-12
Milhões de Kwanzas
Feb-12
Mar-12 I trim 12
CUT
-54 194
-1 346
Operações Monetárias
-44 093
-462
Operações Cambiais
Rec/Pag.BNA
Outras Contas
Base Monetária MN
Total
74 105
18 564
18 564
-47 756
-58 272
-150 122
-150 122
58 068
-29 543
28 063
28 063
2 342
-2 386
1 826
1 782
1 782
-1 495
596 393
1 920
604 970
-2 659
590 471
-2 233
-2 233
Fonte: Mapa de Factores Condicionantes da Base Monetária e Balanço do BNA
26
Tabela 9 - Fluxos Monetários ocorridos
ao longo do ano de 2012 (Milhões de Kz)
Milhões de Kwanzas
Feb-12
Mar-12 I trim 12
Jan-12
Total
Mercado Primário
-38 351
-9 999
9 363
-38 987
-38 987
Mercado Aberto
-11 795
7 107
-3 289
-7 978
-7 978
5 502
-13 001
-64 346
-71 845
-71 845
Operações de Redesconto
551
-31 864
1
-31 312
-31 312
Efeito Contraccionista
-44 093
-47 756
-58 272
-150 122
-150 122
Facilidade Permanente
de Liquidez
Fonte: Mapa de Factores Condicionantes da Base Monetária e Balanço do BNA
O stock da Base Monetária em moeda nacional, BM (MN), passou de Kz 694.415,89
milhões no IV trimestre de 2011 para Kz 590.417,07 milhões no I trimestre de 2012.
Multiplicador Monetário
No primeiro trimestre de 2012, o multiplicador monetário aumentou de 3,78 para
4,08. Este aumento terá sido reflexo de uma contracção da Reserva Monetária
(10,32%) superior à verificada no M3 (3,20%).
Gráfico 35 - Comportamento do Multiplicador Monetário (milhões de Kz)
5,00
4.000.000,00
4,50
3.500.000,00
4,00
3.000.000,00
3,50
2.500.000,00
3,00
2,50
2.000.000,00
2,00
1.500.000,00
1,50
1.000.000,00
1,00
M3
RM
Mar/12
Fev/12
Jan/12
Dez/11
Nov/11
Out/11
Set/11
Ago/11
Jul/11
Jun/11
Mai/11
Abr/11
Mar/11
Jan/11
Fev/11
Dez/10
Nov/10
Set/10
Out/10
Ago/10
Jul/10
Mai/10
Jun/10
Abr/10
0,00
Mar/10
0,00
Jan/10
0,50
Fev/10
500.000,00
Multiplicador monetário
Fonte: DES / BNA
SECTOR EXTERNO
Economia Internacional
Actividade económica
No I trimestre de 2012, as perspectivas apresentadas pelo FMI e pela agência de
rating Fitch apontam para um crescimento moderado da economia global. Segundo
ambas instituições, o crescimento continuará a ser impulsionado pelas economias
dos países emergentes.
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 27
De acordo com a Fitch, os riscos de desaceleração da economia mundial têm vindo a
diminuir nos últimos meses, o que levou à revisão das suas perspectivas de crescimento elevando-as para 1,10% em 2012 e 1,80% em 2013. Relativamente à Zona
Euro, persiste o ambiente de crise, com a possibilidade de risco de contágio entre os
membros do bloco, não obstante as medidas que têm sido tomadas para mitigar os
efeitos da crise. Nos Estados Unidos, observaram-se sinais positivos de recuperação
devido ao optimismo no mercado de trabalho e ao aumento da confiança das famílias
e dos empresários na economia.
Em 2012, prevê-se que a Zona Euro registe uma contracção do PIB de 0,20% e que a
economia americana cresça 2,20%. Quanto aos BRIC, espera-se que o seu crescimento económico permaneça robusto, situando-se em 6,30%, apesar do abrandamento
das economias do Brasil, China e Índia.
Por seu turno, o FMI reviu as perspectivas de crescimento da economia global
elevando-as para 3,50% em 2012 e 4,10% em 2013, devido ao optimismo em torno
das economias americana e japonesa. Porém, são feitas advertências sobre a possibilidade de ressurgirem problemas caso o fundo de resgate da Zona Euro não seja
reforçado e sejam adoptadas medidas de política monetária que não potenciem o
crescimento económico.
Na última revisão do FMI, é estimada uma menor contracção da Zona Euro (menos
0,20% relativamente às perspectivas de Janeiro de 2012) e um crescimento superior
para o Japão e para os Estados Unidos.
Tabela 10 - PIB das principais economias (Taxa de crescimento real)
Projecções
2008
PIB Mundial
2009
2010
3,70
3,80
2,70
Zona Euro
1,40
1,20
Portugal
1,30
1,40
Japão
1,40
Rússia
2011
Realizado
2012
Jan
Abr
2013
Jan
Abr
2008
2009
2010
2011
4,00
3,30
3,50
3,90
4,10
2,80
-0,70 5,20
3,90
1,00
1,60
-0,50
-0,30
0,80
0,90
0,60
-4,10 1,90
1,40
0,30
-2,20
-1,80
-3,30
…
0,30
0,00
-2,70 1,30
-1,50
1,50
1,90
-0,50
1,70
2,00
1,60
0,10
-1,20
-5,20 4,40
-0,70
6,80
6,30
4,00
4,30
3,30
4,00
3,50
3,90
5,60
-7,90 4,00
4,10
China
9,30
9,50
10,00
9,50
8,20
8,20
8,80
7,90
9,60
8,70 10,40
9,20
Índia
7,90
8,00
8,80
7,80
7,00
6,90
7,30
8,80
7,30
5,70 9,90
7,20
4,80
3,70
5,50
3,80
3,00
3,00
4,00
4,10
5,10
-0,20 7,50
2,70
0,50
0,60
3,10
1,50
1,80
2,10
2,20
2,40
0,40
2,40 3,00
1,70
SADC
6,30
-0,90
3,40
5,90
5,50
6,36
5,50
….
3,90
2,70 5,30
4,90
África do Sul
3,80
3,90
2,60
3,40
2,50
2,70
3,40
3,40
3,70
-1,80 2,90
3,10
Europa
Ásia
América
Brasil
Argentina
Estados Unidos da América
África
Fonte: FMI e Banco de Portugal, Recent devolopments SADC, Regional Outlook Abril 08, Out 09, 10,11, Abril 12
Nos BRIC, foram revistas apenas as previsões da Rússia, da África do Sul e da Índia,
prevendo-se para os dois primeiros países um crescimento superior à previsão de
Janeiro de 2012 e para o último um crescimento inferior. Para o Brasil e a China
mantêm-se as previsões iniciais.
28
A nível do comércio mundial, as principais economias, com excepção da Zona Euro,
registaram um crescimento tanto das importações como das exportações. Nos dois
primeiros meses do ano, as importações e exportações cresceram na China, nos
Estados Unidos e no Brasil, enquanto na Zona Euro ocorreu uma contracção nas
importações e não foi registada qualquer variação nas exportações.
Tabela 11 - Comportamento das Importações e Exportações
Taxa de variação homóloga
2011
I trim
II trim III trim IV trim
2008
2009
2010
Estados Unidos da América
7,38
-26,01
22,64
18,81
16,67
13,67
Zona Euro
9,60
-22,69
7,62
14,95
24,04
18,60
Brasil
44,01
-26,71
43,23
18,41
16,26
15,40
China
18,34
-11,26
39,04
32,92
23,09
24,88
África do Sul
14,68
-27,14
27,24
36,73
33,52
26,43
38,40
106,50
76,90
5,10 9,80
9,76
54,91
9,27
Jan
2012
Fev
Mar
Importações (CIF)
Argentina
11,70 9,80
9,80
…
-0,30
…
6,80
…
39,60
5,30
…
…
-0,90
…
12,01 20,84
112,74
-11,91
1,19 -2,20
13,36 4,50
-15,20
21,47 …
Tailândia
Malasia
Importações (FOB)
Angola
Exportações (FOB)
Estados Unidos da América
11,88
-18,78
20,90
18,27
17,78
17,50
10,61 7,30
12,60
…
9,74
-22,44
8,31
14,47
24,70
17,66
1,50 0,00
0,00
…
Brasil
23,21
-22,71
31,98
30,60
34,26
33,78
15,89 6,10
7,70
8,40
China
17,32
-15,88
31,33
26,42
22,05
20,56
13,40 -0,50
18,40
8,90
África do Sul
21,28
-26,02
30,68
31,22
27,37
20,17
0,37 4,30
0,90
…
29.6
20.0
56.9
-18.5 …
…
…
23,66
28,02
40,26
37,26 15,22
38,35
5,67
Zona Euro
Argentina
Angola
Fonte: Estatísticas do Fundo Monetário internacional; http://imfstatext.imf.org/OECDStat_Metadata; Relatório de Outlook do FMI de Setembro de 2011; http://www.
bportugal.pt/pt-PT/Estatisticas/PublicacoesEstatisticas/BolEstatistico/Paginas/BoletimEstatistico.aspx
Inflação
Contrariamente ao trimestre anterior,
no I trimestre de 2012, as taxas de
inflação das principais economias
registaram uma tendência descendente, particularmente nos meses de
Fevereiro e Março.
Nos Estados Unidos da América, a
inflação passou de 2,96% no final do
IV trimestre de 2011 para 2,70% no
final do I trimestre de 2012.
Na Zona do Euro, a inflação passou de
2,70% no final do IV trimestre 2011
para 2,67% no I trimestre de 2012.
Portugal e Bélgica seguiram a tendência do bloco, tendo as suas taxas de
inflação desacelerado em 0,47 pontos
percentuais e 0,10 pontos percentuais
respectivamente, no I trimestre de
2012.
Gráfico 37 - Comportamento da Taxa de Inflação homóloga
nas economias avançadas
5,00
4,00
3,00
2,00
1,00
0,00
-1,00
-2,00
2006
Portugal
2007
2008
Zona Euro
2009
2010
2011
EUA
Fonte: Boletim Estatístico do Banco de Portugal e Estatísticas do FMI
Jan/12
Japão
Fev/12
Mar/12
Bélgica
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 29
16,00
14,00
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
-2,00
2006
2007
2008
Brasil
2009
2010
China
2011
Jan/12
África do Sul
Fev/12
Mar/12
Rússia
Índia
Fonte: Estatísticas do FMI, Bloomberg
Gráfico 39 - Comportamento da Taxa de Câmbio EUR/USD
1,55
1,50
1,45
1,40
1,35
1,30
1,25
1,20
31/Mar/12
29/Fev/12
31/Jan/12
31/Dez/11
30/Nov/11
31/Out/11
30/Set/11
31/Ago/11
31/Jul/11
30/Jun/11
31/Mai/11
310Abr/11
31/Mar/11
28/Fev/11
31/Jan/11
1,15
Fonte: Bloomberg
Gráfico 40 - Comportamento da Taxa de Câmbio USD/CNY
6,7
6,6
6,5
6,4
6,3
6,2
6,1
6,0
5,8
31/Mar/12
29/Fev/12
31/Jan/12
31/Dez/11
30/Nov/11
31/Out/11
30/Set/11
31/Ago/11
31/Jul/11
30/Jun/11
31/Mai/11
310Abr/11
31/Mar/11
28/Fev/11
5,8
31/Jan/11
Fonte: Bloomberg
Gráfico 41 - Comportamento da Taxa de Câmbio USD face ao Rand
8,85
8,35
7,85
7,35
6,85
Fonte: Bloomberg
31/Mar/12
29/Fev/12
31/Jan/12
31/Dez/11
30/Nov/11
31/Out/11
30/Set/11
31/Ago/11
31/Jul/11
30/Jun/11
31/Mai/11
310Abr/11
31/Mar/11
6,35
28/Fev/11
Mercado Cambial
No I trimestre de 2012, ocorreram
apreciações de 5,15% na moeda sul-africana, 2,15% na moeda brasileira e
0,06% na moeda chinesa face ao dólar
americano.
O Gráfico 39 mostra o comportamento
do euro face ao dólar, onde se observa
uma volatilidade da moeda americana, embora com maior tendência de
depreciação, durante os três primeiros
meses do ano de 2012. Após ter encerrado dois meses com apreciações,
no mês de Março, a moeda europeia
registou uma depreciação de 0,10%,
devido à animação proporcionada
pelos dados do mercado de trabalho
norte-americano.
A apreciação acumulada em 2012 do
euro face ao dólar foi de 2,95%, devido, sobretudo, à melhoria de expectativas relativamente à saída da crise,
proporcionada pela restruturação da
dívida grega.
A moeda chinesa, que durante os
últimos trimestres vinha observando
apreciações face ao dólar americano,
iniciou o ano com depreciações. Em
Fevereiro apreciou 0,33%, voltando a
depreciar no mês de Março em 0,07%.
Os desenvolvimentos na China foram
determinados pelo fraco crescimento
das exportações nos primeiros meses
de 2012.
A depreciação acumulada em 2012 do
renmimbi face ao dólar foi de 0,06%.
Gráfico 38 - Comportamento da Taxa de Inflação nos BRIC
31/Jan/11
Os BRIC tiveram comportamento
semelhante. A inflação no Brasil, na
África do Sul e na China desacelerou,
tendo passado de 6,50%, 6,10% e
4,10% no final do IV trimestre de 2011
para 5,24%, 6,00% e 3,60%, respectivamente, no I trimestre do corrente
ano. Importa referir que, de acordo
com a Bloomberg, na generalidade das
economias acima citadas, as taxas de
inflação situaram-se acima dos objectivos previstos pelos Bancos Centrais,
excepto para a África do Sul.
30
Commodities
De acordo com FMI, no I trimestre, o
índice geral das commodities registou
um crescimento de 5,85% relativamente ao trimestre anterior. Na base
deste comportamento, estiveram
os aumentos dos índices de preços
das commodities não petrolíferas (2,92%), energéticas (7,31%),
matérias-primas agrícolas (0,15%)
e metais (5,12%). De referir que a
evolução dos preços dos produtos
energéticos esteve associada essencialmente às questões geopolíticas em
torno do Irão.
Nos índices das commodities não
petrolíferas, foram observadas as
seguintes variações: nos Alimentos
(3,30%), nas Bebidas (-5,09%) e nos
insumos industriais (3,47%).
O Gráfico 44 apresenta a variação dos
índices de preços de algumas commodities da Classe dos Alimentos, em
que se verifica que os cinco produtos
seleccionados mostraram alguma
volatilidade ao longo do período em
análise, tendo o I trimestre culminado numa expansão dos preços do
milho (1,12%), açúcar (5,59%), soja
(17,06%), trigo (1,23%), enquanto o
preço do arroz registou uma baixa de
0,67%.
De referir que apenas o arroz, a soja
e o milho seguiram a mesma tendência verificada no I trimestre de 2011,
todavia as variações da soja foram
muito mais expressivas. Durante o I
trimestre de 2011 foram observadas
quedas nos preços do trigo, açúcar
e arroz de 3,99%, 1,23% e 0,07%
respectivamente, ao passo que o milho
e a soja tiveram aumentos de 11,25%
e 6,61%, respectivamente.
Gráfico 42 - Comportamento da Taxa de Câmbio USD/BRL
1,90
1,85
1,80
1,75
1,70
1,65
1,60
1,55
31/Mar/12
29/Fev/12
31/Jan/12
31/Dez/11
30/Nov/11
31/Out/11
30/Set/11
31/Ago/11
31/Jul/11
30/Jun/11
31/Mai/11
310Abr/11
31/Mar/11
28/Fev/11
1,50
31/Jan/11
Relativamente ao rand Sul-Africano,
em 2012 mantém-se a volatilidade da
taxa de câmbio, tendo-se registado no
mês de Março uma depreciação face
ao dólar americano de 2,94%, contra
uma apreciação de 8,09% em Fevereiro. Em 2012, a apreciação acumulada
do rand face dólar foi de 5,15%.
A moeda brasileira iniciou o ano com
uma forte apreciação, porém, no final
de Março depreciou-se em 6,37%,
contrariamente ao mês de Fevereiro,
em que ocorreu uma apreciação de
4,57%. Em termos acumulados, em
2012 foi registada uma apreciação face
ao dólar americano de 2,15%.
Fonte: Bloomberg
Gráfico 43 - Comportamento do Índice de Preços das Commodities
(2005=100)
250
200
150
100
50
0
2005 2009 I trim10 II trim10 III trim10 IV trim10 I trim11 II trim11 III trim11 IV trim11 I trim12
Alimentos
Bebidas
Energia
Fonte: FMI
Gráfico 44 - Comportamento do Índice de Preços de alguns alimentos
(2010=100)
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Mar/11 Abr/11 Mai/11 Jun/11
Milho
Fonte: Bloomberg
Jul/11
Trigo
Ago/11 Set/11 Out/11 Nov/11 Dez/11 Jan/12 Fev/12 Mar/12
Açúcar
Soja
Arroz
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 31
11.412
10.016
12.818
12.463
12.712
II trim./11
III trim./11
IV trim./11
I trim./12
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
I trim./11
Gráfico 45 - Comportamento
da Conta de Bens
(milhões de USD)
Fonte: DES / DEC-BNA
Tabela 12 - Comportamento das Importações
e Exportações (valor FOB)
USD (milhões)
2011
Jan
2012
Economia Nacional
Conta de Bens
Durante o trimestre em análise, o
saldo da Conta de Bens teve um
crescimento modesto de 1,99%
comparativamente ao IV trimestre de
2011, sendo este resultante de um
aumento das importações superior ao
das exportações.
No I trimestre de 2012, a Conta de
Bens registou valores superiores aos
do I e IV trimestres de 2011, tendo-se
situado em USD 12.712,90 milhões,
o que corresponde a um aumento de
USD 248,18 milhões relativamente ao
trimestre anterior, e de USD 1.299,11
milhões relativamente ao I trimestre
de 2011.
A Tabela 12 mostra que, em 2012, as
importações registaram um aumento
superior ao do mesmo período do ano
anterior, passando de USD 4.442,24
milhões no I trimestre de 2011 para
USD 6.064,53 milhões no I trimestre
de 2012, o que representa um aumento de 36,52%, devido ao aumento
ocorrido no mês de Fevereiro.
Portugal e China foram os principais
parceiros de Angola, tendo o valor
FOB das importações destes países
no IV trimestre representado cerca
39,79% e 8,30%, respectivamente.
Fev
Mar
I trim
∆ trim
IV-11/
2010-11
I-12
Exportações
5 014,03 4 721,97 6 119,03 15 855,03
24,84%
24,92%
Importações
1 444,58 1 346,33 1 651,33
4 442,24
0,14%
10,41%
Saldo Conta de Bens
3 569,46 3 375,64 4 467,70 11 412,79
38,09%
31,65%
2011-12
Exportações
5 777,24 6 532,93 6 466,26 18 776,43
7,71%
18,43%
Importações
1 745,56 2 864,30 1 454,67
6 064,53
22,05%
36,52%
Conta de Bens
4 031,68 3 668,63 5 011,59 12 711,90
1,99%
11,38%
Fonte: DES / REE BNA
Tabela 13 - Importação por Produtos (valor FOB)
Milhões de USD
Peso
Jan-12
Fev-12
Mar-12
I trim (total)
Jan-12
Fev-12
Mar-12
I trim (total)
301,08
1 363,97
281,36
1 946,41
17,25%
47,62%
19,34%
39,79%
75,40
153,00
66,74
228,40
4,32%
5,34%
4,59%
4,67%
China
174,57
231,47
128,22
406,04
10,00%
8,08%
8,81%
8,30%
Belgica
162,33
135,94
73,67
298,27
9,30%
4,75%
5,06%
6,10%
África do Sul
91,36
78,69
51,98
170,05
5,23%
2,75%
3,57%
3,48%
Brasil
56,89
97,74
89,69
154,63
3,26%
3,41%
6,17%
3,16%
Emiratos Árabes Unidos
42,00
58,64
45,49
100,64
2,41%
2,05%
3,13%
2,06%
1 586,76
48,23%
26,00%
49,33%
4 891,21 100,00% 100,00% 100,00%
32,44%
100,00%
Países
Portugal
Estados Unidos da América
Outros
Total
841,93
744,83
717,53
1 745,56 2 864,29 1 454,67
Fonte: DES / REE BNA
Analisando o valor FOB dos principais produtos importados por categoria económica
(vide tabela 14), constata-se que os maiores aumentos ocorreram em quatro grupos
nomeadamente: Embarcações e estruturas flutuantes; Combustíveis e produtos de
destilação; Ferro fundido, Ferro e Aço e Obras de ferro.
32
Tabela 14 - Principais Produtos Importados por Categoria Económica (Pauta)
Milhões de USD
I
trim 11
II
trim 11
III
trim 11
Variação
relativamente
ao trimestre
anterior
I
I
I
I
trim 11 trim 12 trim 11 trim 12
Peso
IV
trim 11
I
trim 12
Produtos
Carnes e miudezas, comestíveis
127,75
125,24
147,79
195,92
88,48
2,88%
1,46%
-2,0%
-54,8%
Combustíveis minerais/óleos minerais/
produtos da sua destilaçäo/cereais
minerais
867,90
863,35
905,21
746,56
949,17
19,54%
15,65%
-0,5%
27,1%
Plástico e suas obras
109,42
85,13
39,34
113,66
108,55
2,46%
1,79%
-22,2%
-4,5%
49,71
45,11
54,63
73,40
50,62
1,12%
0,83%
-9,2%
-31,0%
Papel e cartão, obras de pasta de
celulose, papel ou cartäo
Ferro fundido, ferro e aço
88,18
89,73
134,66
153,88
163,58
1,98%
2,70%
1,8%
6,3%
Obras de ferro fundido, ferrro ou aço
277,46
232,71
220,34
257,54
269,90
6,25%
4,45%
-16,1%
4,8%
Reactores nucleares/caldeiras/
máquinas/aparelhos e instrumentos
mecânicos/partes
683,18
606,62
565,40
586,11
606,50
15,38%
10,00%
-11,2%
3,5%
Veículos automóveis/tractores/ciclos/
outros terrestres/partes/acessórios
260,05
290,33
375,98
428,68
449,42
5,85%
7,41%
11,6%
4,8%
Aeronaves e outros aparelhos aéreos/
espaciais, suas partes
134,04
195,13
194,59
56,16
53,72
3,02%
0,89%
45,6%
-4,4%
Embarcaçöes e estruturas flutuantes
89,65
2052,61
10,19
4,83
1400,93
2,02%
Intrumentos/aparelhos optica/
fotografia/cinematografia/médicoscirúrgicos
89,03
82,91
70,88
77,84
66,98
2,00%
1,10%
-6,9%
-13,9%
376,30
323,11
367,03
472,68
331,04
8,47%
5,46%
-14,1%
-30,0%
1289,57
1240,68
1460,04
1801,57
1525,65
4 442,24 6 232,67 4 546,09 4 968,84 6 064,53
29,03%
100%
25,16%
100%
-3,8%
-15,3%
Máquinas/aparelhos/materiais
eléctricos/partes; aparelhos gravaçäo/
repro som/ima
Outros
Total
23,10% 2189,6% 28891,4%
Fonte: DES / REC BNA
Relativamente aos produtos alimentares, durante o IV trimestre de 2011, registou-se
um aumento das importações do Óleo de soja e sal relativamente ao IV trimestre do
ano anterior.
Tabela 15 - Importação de alguns produtos alimentares
Produtos
2011
III trimestre
2010
Var (ton)
Var (%)
2011
IV trimestre
2010
Var (ton)
Var (%)
Arroz
97 013,53
64 529,48
32 484,05
50,3%
90 414,96
107 697,20
-17 282,24
-16,0%
Sumo de Fruta
15 799,79
10 510,57
5 289,22
50,3%
27 213,01
41 056,22
-13 843,21
-33,7%
Farinha de trigo
46 454,79
49 331,95
-2 877,16
-5,8%
80 086,52
83 460,56
-3 374,04
-4,0%
Produtos de padaria
12 056,51
9 599,07
2 457,44
25,6%
15 887,55
56 020,85
-40 133,30
-71,6%
Legumes
27 925,55
15 034,17
12 891,38
85,7%
47 037,44
17 349,24
29 688,20
171,1%
Sal
12 287,91
3 933,71
8 354,20
212,4%
24 796,00
11 354,43
13 441,57
118,4%
Massas
19 877,92
248 199,82
-228 321,90
-92,0%
30 568,32
23 909,91
6 658,41
27,8%
Fonte: relatórios do II e IV trimestres do Conselho Nacional de Carregadores
A nível das exportações, observou-se um aumento de 7,71% quando comparadas ao
trimestre anterior, e um aumento de 18,43% em relação ao I trimestre de 2011. O
petróleo continuou a ser o produto com maior peso sobre as exportações.
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 33
Tabela 16 - Exportação por produtos (valor FOB)
Produtos
2011
2012
Peso
Variação (%)
I trim 11 II trim 11 I trim 11 I trim 12 II trim 11 I trim 12
Petróleo Bruto
15 283,65
18 296,58
96,40%
97,44%
1,46%
8,30%
79,49
73,24
0,50%
0,39%
48,71%
-29,51%
Refinados
161,47
155,64
1,02%
0,83%
1,95%
-17,32%
Diamantes
223,65
250,96
1,41%
1,34%
73,19%
6,80%
0,07
0,00
0,00%
0,00%
488,86%
…
106,70
15 855,03
0,00
18 776,42
0,67%
100%
0,00%
100%
-32,56%
24,84%
…
18,43%
Gás associado
Café
Outros
Total
Fonte: DES / REE BNA
Mercado Cambial Interno
Síntese da Actividade do Mercado Primário
No I trimestre de 2012, o montante total de divisas vendidas no mercado primário foi
de USD 4,01 biliões, numa média de USD 105,49 milhões por sessão, valor superior
ao vendido no último trimestre do ano anterior (USD 3,77 biliões). No período homólogo de 2011, a venda de divisas foi de USD 3,39 biliões, uma média de USD 87,02
milhões por sessão.
Gráfico 46 - Evolução da Actividade Cambial – 2011 e 2012
Vendas
250.000.000,00
98,000
96,000
200.000.000,00
94,000
150.000.000,00
92,000
90,000
100.000.000,00
88,000
50.000.000,00
86,000
0,00
Taxa Máxima Oferecida
Taxa Mínima Oferecida
Cut-Off
Vendas
28-03-2012
14-03-2012
29-02-2012
15-02-2012
01-02-2012
18-01-2012
04-01-2012
23-12-2011
14-12-2011
30-11-2011
18-11-2011
04-11-2011
21-10-2011
07-10-2011
23-09-2011
09-09-2011
26-08-2011
12-08-2011
29-07-2011
18-07-2011
08-07-2011
24-06-2011
13-06-2011
30-05-2011
18-05-2011
06-05-2011
20-04-2011
06-04-2011
25-03-2011
14-03-2011
28-02-2011
14-02-2011
31-01-2011
17-01-2011
03-01-2011
84,000
Leilão especial para casas de câmbio
O comportamento da procura pode ser analisado pela oscilação na taxa de câmbio
máxima oferecida. Como mostra o Gráfico 46, a correcção observada da taxa de
câmbio máxima oferecida pelos bancos comerciais, que passou de 95,52 Kz/USD no
final de Dezembro de 2011 para 95,56 Kz/USD no final de Março de 2012, reflecte um
aumento da procura por cambiais no I trimestre de 2012, consubstanciada na perda
de valor da moeda nacional.
34
Evolução da Taxa de Câmbio
No período em análise, assistiu-se a uma depreciação da taxa de câmbio média de
referência, passando de 95,28 Kz/USD em Dezembro de 2011, para 95,32 Kz/USD
em Março 2012, o que corresponde a uma depreciação de 0,038%. Relativamente ao
mês anterior, a depreciação em Março foi de 0,01%. A nível do mercado secundário,
durante o I trimestre foi igualmente registada uma depreciação na taxa de câmbio
das notas (0,52%) e apreciação da taxa praticada pelas casas de câmbio (0,68%), na
taxa de câmbio do mercado informal (1,26%).
Consequentemente, após o aumento no final do IV trimestre de 2011, o diferencial
entre as taxas de câmbio do mercado secundário de notas e informal baixaram
de 5,85% em Dezembro de 2011 para 3,97% em Março de 2012. Nos últimos doze
meses, a taxa de câmbio de referência e a taxa do mercado secundário de notas registaram depreciações de 2,20% e 1,96%, respectivamente, enquanto a do mercado
informal apreciou-se em 0,25%.
Tabela 17 - Tabela de Câmbios Resumo dos mercados Primário, Secundário, Informal e Casas de Câmbio
Mar/11
Jun/11
Sep/11
Dec/11
Jan/12
Feb/12
Mar/12
Variações
Acum.
12
Mensal
Anual
Meses
Mercado Primário
(Taxa de Referência)
Compra
93,04
93,07
94,46
95,04
95,06
95,07
95,08
0,01%
0,04%
2,20%
Venda
93,50
93,54
94,93
95,52
95,53
95,54
95,56
0,01%
0,04%
2,20%
Média
Bancos (Notas)
93,27
93,30
94,70
95,28
95,29
95,30
95,32
0,01%
0,04%
2,20%
Compra
93,83
94,49
95,28
95,12
96,57
95,06
95,92
0,90%
0,84%
2,23%
Venda
96,95
96,34
97,78
98,39
98,44
98,37
98,60
0,24%
0,22%
1,71%
Média
Mercado Informal (Notas)
95,39
95,42
96,53
96,75
97,50
96,71
97,26
0,57%
0,52%
1,96%
99,83
99,83
99,83
101,17
100,00
100,00
100,00
0,00%
-1,15%
0,17%
Venda
Compra
102,92
102,00
102,00
103,67
102,50
102,25
102,25
0,00%
-1,37%
-0,65%
Média
Casas de Câmbio
101,38
100,92
100,92
102,42
101,25
101,13
101,13
0,00%
-1,26%
-0,25%
Compra
94,44
95,31
96,00
98,75
98,06
97,81
97,89
0,08%
-0,87%
3,65%
Venda
98,15
99,19
101,56
102,00
101,75
101,63
101,50
-0,12%
-0,49%
3,41%
Média
96,30
97,25
98,78
100,38
99,91
99,72
99,69
-0,02%
-0,68%
3,53%
Fonte: Fonte: BNA / DMA / DSI / DES
* Informação obtida a partir do SSIF. Anterior ao mês de Março, as taxas do mercado secundário foram calculadas com base no método manual..
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 35
No Gráfico 47, pode-se vislumbrar que, tal como o ano anterior, durante o primeiro
trimestre, a taxa de câmbio manteve-se relativamente estável, com pequenas depreciações, e a pressão nos preços continuou a sua tendência de desaceleração.
Gráfico 47 - Variação Histórica
da Taxa de Câmbio vs. Taxa de Inflação
120,00
100,00
13,18
80,26
15,31%
95,28
95,29
95,30
95,32
11,38%
11,48%
11,32%
11,12%
2011
Jan/12
Fev/12
Mar/12
11,78%
80,00
60,00
13,99%
89,40
12,20%
75,02
92,64
75,17
40,00
20,00
0,00
2006
2007
2008
2009
Taxa de Câmbio
2010
18,00%
16,00%
14,00%
12,00%
10,00%
8,00%
6,00%
4,00%
2,00%
0,00%
Inflação Homóloga
Fonte: DES / BEC
O desempenho positivo dos preços do petróleo repercutiu-se nas Reservas Internacionais. No final do trimestre, as Reservas Internacionais Líquidas situavam-se
em USD 26.767,11 milhões, o que corresponde a um aumento de 0,74% em relação
ao mês anterior e de 2,62% em relação a Dezembro de 2011. Comparativamente ao
primeiro trimestre de 2011, verificou-se um crescimento de cerca de 49,63% (USD
8.877,71 milhões).
Gráfico 48 - Reservas Internacionais Líquidas (RIL)
(milhões USD)
19.393,44 17.216,40
20.066,45 17.889,40
28.393,10
29.231,92
28.877,65
29.211,49
-2.177,04
-2.177,04
-2.308,88
-2.308,74
-2.308,47
-2.444,37
Jan/11
Fev/11
Mar/11
Dez/11
Jan/12
Fev/12
Mar/12
26.767,11
19.456,68 17.277,90
-2.178,79
30.000,00
20.000,00
10.000,00
0,00
-10.000,00
26.569,18
19.393,35 17.326,62
-2.012,73
Dez/10
40.000,00
26.923,19
50.000,00
26.084,22
60.000,00
Obrigações de Curto Prazo
Fonte: BNA / DES
Reservas Brutas
Reservas Internacionais Líquidas (RIL)
36
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 37
Anexos
38
Anexos
ANEXO 1
Ano Base 2001
2007
Classes de Despesas
2008
2009
2010
Fev
Mar
Fev
Mar
Fev
Mar
Fev
Mar
Índice Preços no Consumidor
177,18
178,59
198,13
199,56
224,83
226,92
255,54
258,23
Taxa de Inflação Mensal
0,86%
0,80%
0,86%
0,72%
1,03%
0,93%
0,89%
1,05%
Taxa de Inflação Acumulada
1,69%
2,50%
1,72%
2,46%
1,99%
2,94%
1,69%
2,76%
12,36%
12,37%
11,82%
11,73%
13,48%
13,71%
13,66%
13,80%
Índice Preços no Consumidor
189,34
190,31
219,92
222,32
261,39
263,75
307,46
310,65
Taxa de Inflação Mensal
1,05%
0,51%
1,83%
1,09%
1,00%
0,90%
1,30%
1,04%
Taxa de Inflação Acumulada
1,82%
2,34%
3,28%
4,41%
2,21%
3,14%
2,16%
3,23%
Índice Preços no Consumidor
138,61
140,23
142,14
142,78
154,56
155,23
169,79
170,59
Taxa de Inflação Mensal
1,62%
1,17%
0,51%
0,45%
0,15%
0,43%
0,54%
0,47%
Taxa de Inflação Acumulada
1,91%
3,10%
0,60%
1,06%
1,79%
2,23%
1,85%
2,33%
Índice Preços no Consumidor
236,29
238,80
268,54
270,63
298,47
298,79
323,45
325,80
Taxa de Inflação Mensal
1,66%
1,06%
2,33%
0,78%
0,55%
0,11%
0,25%
0,72%
Taxa de Inflação Acumulada
4,51%
5,62%
2,27%
3,07%
0,99%
1,10%
0,86%
1,59%
Índice Preços no Consumidor
161,54
162,66
162,94
161,11
167,27
169,72
178,45
179,01
Taxa de Inflação Mensal
0,72%
0,70%
-2,59%
-1,13%
-0,09%
1,46%
0,21%
0,31%
Taxa de Inflação Acumulada
1,56%
2,26%
-1,44%
-2,55%
0,20%
1,66%
1,16%
1,47%
Índice Preços no Consumidor
144,46
145,25
155,45
156,25
164,80
165,01
172,82
173,05
Taxa de Inflação Mensal
0,27%
0,55%
0,34%
0,52%
0,16%
0,13%
0,26%
0,13%
Taxa de Inflação Acumulada
0,83%
1,38%
0,48%
1,00%
1,00%
1,13%
0,75%
0,88%
Índice Preços no Consumidor
123,60
124,20
132,24
132,50
138,19
138,99
143,73
144,05
Taxa de Inflação Mensal
0,38%
0,48%
0,99%
0,20%
0,00%
0,58%
0,22%
0,22%
Taxa de Inflação Acumulada
1,47%
1,96%
1,35%
1,55%
0,41%
0,99%
0,68%
0,90%
Índice Preços no Consumidor
225,66
232,34
261,88
266,38
294,48
302,08
341,17
352,20
Taxa de Inflação Mensal
0,00%
2,96%
0,00%
1,72%
4,45%
2,58%
0,00%
3,23%
-0,41%
2,54%
0,03%
1,74%
4,45%
7,14%
0,05%
3,28%
GERAL
Taxa de inflação dos últimos 12 meses
ALIMENTAÇÃO E BEB. NÃO ALC
BEBIDAS ALCOÓLICAS E TABACO
VESTUÁRIO E CALÇADO
HAB. ÁGUA, ELECT. E COMBUST.
MOB.. EQUIP. DOMESTICOS E MAN
SAÚDE
TRANSPORTES
Taxa de Inflação Acumulada
COMUNICAÇÕES
Índice Preços no Consumidor
98,69
98,69
98,69
98,69
98,69
98,69
98,69
98,69
Taxa de Inflação Mensal
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
Taxa de Inflação Acumulada
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
Índice Preços no Consumidor
201,80
205,79
207,18
207,56
213,66
215,52
221,55
222,36
Taxa de inflação Mensal
1,88%
1,98%
-2,13%
0,18%
0,03%
0,87%
1,03%
0,36%
Índice Preços no Consumidor
132,73
132,73
132,73
132,73
132,73
132,73
137,16
137,16
Taxa de Inflação Mensal
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
1,45%
0,00%
Taxa de Inflação Acumulada
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
1,45%
1,45%
Índice Preços no Consumidor
145,90
145,97
159,90
160,49
185,12
186,60
220,84
222,16
Taxa de Inflação Mensal
0,07%
0,05%
0,22%
0,37%
1,74%
0,80%
1,53%
0,60%
Taxa de Inflação Acumulada
0,32%
0,37%
0,43%
0,80%
5,30%
6,14%
4,30%
4,93%
Índice Preços no Consumidor
130,91
130,91
140,43
140,60
151,23
151,43
158,70
161,69
Taxa de Inflação Mensal
0,01%
0,00%
0,39%
0,13%
0,46%
0,13%
0,24%
1,88%
Taxa de Inflação Acumulada
0,66%
0,66%
0,64%
0,77%
1,02%
1,15%
0,57%
2,46%
Taxa de Inflação Acumulada
7,29%
7,29%
6,01%
7,29%
4,95%
5,41%
13,58%
14,17%
LAZER, RECREAÇÃO E CULTURA
EDUCAÇÃO
HOTÉIS,CAFÉS E RESTAURANTES
BENS E SERVIÇOS DIVERSOS
Relatório de Inflação · I trimestre de 2012 · 39
Ano Base 2010
2011
2012
Jan
Fev
Mar
Jun
Dez
Jan
Fev
Mar
100,63
101,47
102,27
105,31
111,38
112,19
112,96
113,64
0,63%
0,83%
0,78%
1,05%
1,73%
0,73%
0,69%
0,60%
0,63%
1,47%
2,27%
5,31%
11,38%
0,73%
1,42%
2,03%
15,13%
15,06%
14,76%
14,58%
11,38%
11,48%
11,32%
11,12%
100,75
101,77
102,55
106,24
114,01
115,04
115,85
116,70
0,75%
1,01%
0,77%
0,78%
2,44%
0,91%
0,70%
0,73%
0,75%
1,77%
2,55%
6,24%
14,01%
0,91%
1,61%
2,36%
100,76
101,17
101,64
104,03
110,70
111,44
112,25
113,67
0,76%
0,40%
0,46%
0,53%
1,52%
0,66%
0,73%
1,27%
0,76%
1,17%
1,63%
4,02%
10,70%
0,66%
1,39%
2,68%
100,92
101,39
101,92
105,63
113,03
114,01
115,06
115,81
0,92%
0,46%
0,53%
1,13%
2,11%
0,86%
0,92%
0,66%
0,92%
1,39%
1,92%
5,63%
13,03%
0,86%
1,79%
2,46%
100,08
100,73
101,87
103,08
105,44
105,68
106,24
106,55
0,08%
0,65%
1,13%
0,16%
0,59%
0,23%
0,53%
0,29%
0,08%
0,73%
1,87%
3,08%
5,44%
0,23%
0,76%
1,05%
100,50
101,11
101,64
105,01
111,65
112,58
114,06
115,34
0,50%
0,61%
0,52%
1,95%
1,29%
0,84%
1,31%
1,12%
0,50%
1,11%
1,64%
5,01%
11,65%
0,84%
2,16%
3,31%
100,11
100,65
101,07
104,62
111,28
111,92
112,71
113,40
0,11%
0,54%
0,41%
2,17%
1,24%
0,58%
0,71%
0,61%
0,11%
0,65%
1,07%
4,62%
11,28%
0,58%
1,29%
1,91%
100,01
101,48
103,01
104,78
106,57
107,18
107,39
107,58
0,01%
1,47%
1,51%
0,90%
0,82%
0,57%
0,20%
0,18%
0,01%
1,48%
3,01%
4,78%
6,57%
0,57%
0,77%
0,95%
100,00
100,00
100,00
100,18
100,28
100,28
100,28
100,28
0,00%
0,00%
0,00%
0,04%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,18%
0,28%
0,00%
0,00%
0,00%
100,96
101,63
101,84
102,80
107,02
108,11
109,11
109,11
0,96%
0,66%
0,21%
0,49%
1,10%
1,02%
0,93%
0,00%
100,93
101,89
101,89
105,86
106,86
107,23
107,53
107,53
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3,84%
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0,93%
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1,88%
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0,63%
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0,74%
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