Edição em Português Sky’s Up Vol. 05 — Maio-Agosto 2016 Sky’s Up Vol. 05 — Maio-Agosto 2016 Publicado pela rede AstronomyOutreach Fundada em 2000, a AstronomyOutreach Network (ANN) foi criada para incentivar e celebrar os esforços de sensibilização do público por astrônomos de todos os níveis. Esta organização sem fins lucrativos, encarregou-se de desenvolver ligações entre os astrônomos individuais, clubes de astronomia e iniciativas astronomia e educação espaço maior. Conselho Administrativo: Diretor: Scott W. Roberts Equipe editorial: Editor Senior: David H. Levy Gerente de Projeto: Patricia Smith © AstronomyOutreach network É proibida a cópia de conteúdos de modo integral ou parcial, a menos que tenha sido obtida autorização prévia da rede AstronomyOutreach. A menos que um anúncio na publicação contenha um endosso específico da rede AstronomyOutreach, ele não foi testado, aprovado ou endossado pela rede AsronomyOutreach. rede AstronomyOutreach 621 Madison Street Springdale, AR 72762 Telefone: 949-637-9075 www.astronomyoutreach.net e-mail: [email protected] ooo A revista digital Sky’s Up se tornou possível devido a uma generosa contribuição da Explore Scientific. Pegar o vício da Astronomia dentro O Estrela em ascenção Estudante universitária lidera os esforços de divulgação da Astronomia em Kosovo — Página 8 Encontro eclipse 2017 trará um eclipse solar total para os observadores dos EUA — Página12 10 Questões Astronauta Story Musgrave responde a perguntas dos alunos sobre o trabalho no espaço — Página 16 Forçando os limites A exploração do espaço revela segredos do nosso sistema solar e os nossos pontos comuns cósmicos — Página 20 O que está acima no céu.......Pg. 4 SETI: A procura de ETs...........Pg. 5 No Horizonte.........................Pg. 6 Canto da Constelação............Pg. 7 A Zona STEM .......................Pg. 30 Na Estrada...........................Pg. 32 Conheça a Lua.....................Pg. 34 A Arte da Astronomia..........Pg. 42 Calendário Lunar.................Pg. 48 Calendários do Céu Sazonal..Pg. 49 na capa Nesta foto de arquivo da NASA obtida em dezembro de 1993, o Astronauta Histórico Musgrave está apoiado na extremidade do braço do sistema de manipulação remota, ele se prepara para ser levado ao topo do Telescópio Espacial Hubble para instalar tampas de proteção nos magnetômetros. O astronauta Jeffrey A. Hoffman dentro compartimento de carga do ônibus espacial Endeavour, auxiliava Musgrave com as tarefas finais de manutenção no telescópio, encerrando os cinco dias de passeios espaciais. CORTESIA DA NASA 2 Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza Sky’s Up propósito da minha coluna O Céu de periódica, sob o título de “O Céu de David Levy “ é David Levy adicionar um pouco de inspiração à ideia de que existe um céu lá fora, e, em qualquer noite clara, de que o céu acena para nós, está nos chamando. Vamos supor que tenha passado algum tempo desde que você esteve sob o céu, e que você não está familiarizado com quase todas as estrelas que estão lá em cima. por David Comece olhando para o norte*; se Levy você não sabe onde está o norte, tente olhar para cima e encontrar a Ursa Maior. Nesta época do ano você deve ter pouca dificuldade para detectar as sete estrelas solitárias que sempre circundam o pólo Norte celeste. Depois de encontrar a Ursa, mova os olhos para as duas estrelas no final da taça. Forme uma linha imaginária a partir dessas duas estrelas na direção do horizonte. Estenda essa linha cerca de cinco vezes a distância entre as duas estrelas. Em seguida, você deve encontrar uma estrela solitária. Parabéns! Você localizou a estrela do Norte - Polaris. Cada hora de cada noite, Polaris vai cumprimentá-lo nesta posição. Em seguida, tente olhar para Polaris usando um telescópio, mesmo que seja um telescópio simples. Porque Polaris é a estrela do Norte, ela deve permanecer no campo de visão por muitas horas. Se você olhar de perto, é possível que você veja uma tenue estrela ao lado da Polaris. Essa tenue estrela é a companheira da Polaris, e isso prova que a estrela do Norte é na verdade uma estrela dupla. Em menos de 15 minutos você localizou a estrela do Norte, determinou a direção do norte e descobriu que a Estrela do Norte é um sistema binário. Você não precisa de um céu escuro para fazer isso porque Polaris é facilmente visível da maioria das cidades. Ao fazer um exercício simples como este, você certamente não vai se tornar imediatamente um dos mais famosos astrônomos que já viveram. No entanto, vamos olhar para isso de outro modo. Quase todos os astrônomo que tornaram-se conhecidos, que conhecem ou conheciam o céu, tiveram que aprender isso em algum momento de sua educação. Esta simples lição é a principal base para apreciar o céu noturno. Se você pode fazer isso, então avance um pouco, então um pouco mais, em seguida, um pouco mais depois disso, e você vai ganhar a experiência que é necessária para desfrutar plenamente a magia do céu noturno. Se a Ursa estiver alta o suficiente, desenhe uma linha curva imaginária que una as três estrelas do punho da Ursa. Continue essa linha curva após a Ursa até chegar sobre, uma estrela laranja brilhante. Você acabou de encontrar Arcturus, estrela favorita do meu Pai. Agora, continue a linha na mesma direção até chegar à outra brilhante, desta vez azul, estrela. Você acabou de encontrar Spica. Antes de você continuar, há uma ressalva. À medida que você fica mais e mais envolvido com o céu, você pode realmente adqurir um vício, um resfriado, uma doença de algum tipo. Os sintomas são principalmente, que você quer gastar mais e mais tempo lá fora, aprender e desfrutar das constelações. Você pode realmente ver uma estrela cadente - na verdade, um meteoro - que você irá faze-lo ficar ainda mais doente. Você pode até querer participar de um clube de astronomia. Você pode logo perceber que pode não haver uma cura para isto, e que esse vício poderá oferecer-lhe uma vida mais feliz. Ou ... Você pode apenas querer apreciar o céu noturno. Não importa se você não conhece todas as constelações. Na verdade, muitas vezes é melhor se você não conhece, porque você tem o céu desconhecido a espalhar-se na sua frente. Além do que você pode inventar suas próprias constelações, cada uma correspondente a algo de sua própria vida. Tudo o que você decidir fazer, o céu da noite convida-o a fazê-lo. (*um guia para habitantes do Hemisfério Norte) Ao longo de décadas de observação, David Levy descobriu ou co-descobriu um total de 23 cometas. Seu recorde prolífico inclui a descoberta conjunta do Shoemaker-Levy 9, que rapidamente passou a colidir dramaticamente com Júpiter em 1994, e as descobertas individuais de dois cometas periódicos - P / 1991 L3 e P / 2006T1 - através de seu telescópio de quintal. Em 2010, Levy tornou-se a primeira pessoa a ter descoberto cometas de três maneiras - visualmente, fotograficamente e eletronicamente. Além de suas realizações de observação, Levy é autor, editor ou contribuiu para mais de 30 livros e tem escrito periodicamente artigos para publicações como Sky & Telescope e Parade Magazine. Sky’s Up Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza 3 Uma lenda da Amazônia... O lá!!! Amazônia. Bela região brasileira com famosas lendas. Os índios brasileiros vivem em harmonia com a Natureza. Diferentemente de nossa civilização, eles não a veem como algo a ser subordinada aos seus desígnios. Bens para consumo. Contrapondo-se a esses valores onde a estética substitui os valores humanitários e éticos, há a vida comunitária de nossos índios. Na mitologia indígena brasileira existem diversas lendas sobre o nascimento da vida e a formação do Universo. Cada tribo com as suas tradições. Uma das que sempre me emociona é uma lenda por Marcelo de Oliveira que geralmente se associa aos índios Caiapós. Souza Apresento-a a seguir em uma livre adaptação. Há muitos anos os índios Caiapós habitavam uma região localizada sobre a Terra. Viviam sobre nuvens bem distantes. Não havia Sol, Lua, rios ou florestas. Um certo dia surgiu um buraco nas nuvens. Desse local ouviam ruídos distintos dos que conheciam no seu cotidiano. Apesar do grande receio, foram aos poucos se aproximando do buraco. Por curiosidade um dos índios se abaixou para observar através do buraco. Viu um céu azul e ao fundo uma região verde. A nossa Amazônia. Relatou essa observação aos demais membros da tribo que foram conferir esse relato, também observando através do buraco. Foram realizadas diversas reuniões entre os sábios da tribo em busca de compreender o que observavam. Decidiram que seria necessário explorar essa nova região. Surgiram diversos voluntários. Com o passar do tempo o ímpeto dos voluntários foi diminuindo. Somente dois homens e duas mulheres, dois casais, mantiveram o ânimo inicial. Assim foi marcado o dia do início da exploração. Os corajosos exploradores despediram-se de suas famílias e dos seus amigos, já que não sabiam o que poderiam encontrar. Foi realizada uma grande cerimônia. Receberam todo o equipamento auxiliar, arco, flechas, mantimentos, ... Havia sido produzida uma grande escada de cordas. Lançaram a escada pelo buraco. Por ela desceram os dois valentes casais. Haviam assumido o compromisso de retornarem em um determinado período de tempo para trazer notícias. Ao chegarem ao solo. Ficaram maravilhados com o que viram. Belas e frondosas Um Passeio pelo Céu árvores. Pássaros. Um grande rio. Animais que não conheciam. Começaram a seguir uma anta. Depois seguiram uma borboleta. Caminharam ao longo do rio. Estavam impressionados com a beleza do lugar. O tempo foi passando e esqueceram de retornar para as nuvens onde viviam. Nas nuvens os sábios estavam começando a ficar preocupados. Haviam feito um plano de emergência, com medo de que a escada fosse usada por espíritos perversos. Vencido o prazo, cortariam a escada de corda. Os exploradores perderam a noção de tempo com tanta coisa nova que estavam descobrindo. O tempo se esgotou e nas nuvens a tribo resolveu cortar a escada. Apesar do protesto dos parentes e amigos dos bravos aventureiros, a escada foi cortada. A noite começou a chegar na Amazônia. Com o início do escurecimento do ambiente, os valentes exploradores lembraram do compromisso assumido. Correram em direção ao local onde estava a escada. Quando lá chegaram, a escada estava caída no solo. Não poderiam regressar às nuvens. Começaram a chorar. A noite chegou. Em um certo momento, um deles olhou para o Céu. Parou de chorar. Chamou a atenção dos demais, que também olharam para o Céu, e pararam de chorar. O que eles viram? Viram o Céu estrelado. Imaginaram cada uma das estrelas como uma representação das fogueiras que eram acesas nas nuvens que viviam. Assim cada vez que olhassem para o Céu estariam lembrando dos seus familiares e amigos que haviam ficado nas nuvens. Esses dois casais deram origem a vida na Terra. Os índios Caiapós veem sinais de seus ancestrais cada vez que olham para um belo céu estrelado. ooo Marcelo de Oliveira Souza, amante da Astronomia e da Astronáutica, é Doutor (DSc) em Cosmologia, professor e pesquisador da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro e Coordenador Geral do Clube de Astronomia Louis Cruls. Realiza projetos de pesquisa, ensino e popularização da Astronomia e da Astronáutica. É Diretor na América do Sul da Astronomy Outreach Networks. Coordena no Brasil, o Charlie Bates Solar Astronomy Project, os Astrônomos sem Fronteiras, o Programa UNAWE e o programa Missão X. É presidente do comitê de organização do Encontro Internacional de Astronomia e Astronáutica. O que há no Céu a chuva de meteoros pode produzir 15-20 meteoros por hora. 28-29 de julho - Delta Aquarídeos Pico da chuva de meteoros A lua crescente deve fornecer pouca interferência para o pico vagamente definido do Delta Aquarídeos em 2829 de julho. Com um ponto radiante na constelação do Aquário, a Delta Aquarídeos começa sua visualização anual no céu em meados de julho, aumenta sua intensidade no final de julho e termina na terceira semana de agosto. Durante o pico, 12 de agosto – Pico da Chuva de meteoros Perseidas Embora a lua gibosa cause alguma interferência, a sempre aguardada chuva de meteoros Perseidas ainda deve produzir alguns encantamentos reais durante o seu pico em torno de 12 de agosto. Causada pela passagem da Terra por entre os detritos deixados para trás pelo cometa Swift-Tuttle, as Perseidas são conhecidas pela produção de 80-100 meteoros por hora durante o 4 seu pico, e muitos destes exibir rastros persistentes e impressionantes. O melhor horário para observação será a madrugada após a lua se por. 27 de agosto – Conjunção entre Vênus e Júpiter Conjunção O emparelhamento planetário mais próximo de 2016 ocorrerá em 27 de agosto com a aproximação entre Vênus e Júpiter no céu noturno. A brilhante dupla aparecerá no céu ocidental comum afastamento de .06 graus logo após o por do sol. Sky’s Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza Up Ponderando o seu alienígena média S e alguém lhe pergunta o que extraterrestres parecem, você pode responder com confiança: Eles se parecem com as bactérias. Pelo menos, a esmagadora maioria deles parecem. Considere a história do passado da vida na Terra. Nós não sabemos exatamente quando a biologia começou neste planeta, mas foi antes de 3,6 bilhões de anos atrás. Por mais de 35 milhões de séculos, nosso planeta foi exclusivamente atapetado por minúsculos e agitados organismos que você precisaria de um microscópio para ver. Somente nos últimos Procurando meio bilhão de anos o tipo de vida que por ET preenche o Museu de História Natural local está presente no nosso mundo - trilobitas, tiranossauros e tigres são todos recémchegados, e o Homo sapiens pode ser o mais recente de todos. Em outras palavras, se um cientista Klingon examinou a Terra em um horário aleatório na história do nosso sistema solar, ele teria uma chance maior do que 80 por cento de encontrar apenas micróbios. E ainda é verdade que hoje - se você calcula por número ou por peso por Seth - bactérias dominam o censo biológico. Seu Shostak número estimado é de mil bilhões de bilhões de vezes mais do que o número de pessoas (apesar do fato de que há um monte de gente!) Elas pesam mais do que todos nós por um fator de cinco mil, mais ou menos. Seu alienígena médio é minúsculo e mudo. Estas contundentes estatísticas, juntamente com a observação de que as bactérias podem sobreviver em ambientes intoleráveis para os seres humanos, explicam o fato de que a maioria dos nossos esforços para encontrar vida fora da Terra tem como alvo a vida microbiana. Estes esforços incluem a busca por aliens unicelulares vivendo em grandes profundidades sob as areias de Marte, ou aprisionadas debaixo das crostas de gelo de Europa, Ganimedes, Calisto, Titã ou Encelado. É difícil contestar que a maioria dos extraterrestres será pequeno, inócuo e sem prática em uma conversa educada. Mas, claro, alienígenas inteligentes - que não seriam nem Sky’s Up ILUSTRAÇÃO DE L. ERIC SMITH III microscópicos nem propensos a viver no subsolo ou debaixo d’água - são os que estaríamos mais interessados em encontrar. Claro, espuma de lagoa pode dominar o universo, mas eles não dominam na TV ou no cinema. Eles não escrevem poesia interessante. Nós gostaríamos mais de encontrar seres inteligentes. Tendo em conta os ambientes mais restritos que poderiam sustentar a vida complexa, para não mencionar o tempo longo de evolução para produzi-lo, assumimos que, embora a biologia pode estar nas proximidades, os seres pensantes mais próximos estão mais longe - pelo menos a anos-luz de distância, e possivelmente centenas ou milhares de anos-luz. Detecção de tais criaturas pode parecer assustador, dadas essas distâncias. Mas há um fato atenuante que pode ajudar: extraterrestres que desenvolveram tecnologias produzirão evidências de sua presença que podem se destacar em relação ao ruído natural do Universo: sinais de rádio, gigantescos projetos de astroengenharia, ou gases industriais, mesmo em sua atmosfera. Estes são fenômenos artificiais, e são os tipos de pistas procurados por um pequeno grupo de investigadores que procuram os seres sencientes em outro lugar no cosmos. Esses pesquisadores ainda não conseguiram, mas as melhorias na tecnologia estão acelerando sua busca. Não é impossível que vamos aprender sobre vida inteligente em outros lugares dentro de poucas décadas. Inteligência pode ser rara, e pode ser medida. Mas, como uma orquídea entre amores-perfeitos, ambos parecem diferentes e valem a pena nossos esforços para encontrá-la. ooo Dr. Seth Shostak é o Astrônomo Sênior e Diretor do Centro para Pesquisa SETI do Instituto SETI. Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza 5 Canto da Constelação “Se oriente, rapaz Pela constelação do Cruzeiro do Sul Se oriente, rapaz Pela constatação de que a aranha Vive do que tece Vê se não se esquece Pela simples razão de que tudo merece Consideração” Virgem é um tesouro galáctico O — Gilberto Gil (trecho da música Oriente) A Cruz — nossa guia Por MARCELO DE OLIVEIRA SOUZA Colaborador Convidado Perdido na noite. Sem rumo. Para encontrar o seu caminho necessitava encontrar o ponto cardeal Sul. Sempre ouvia dizer que havia uma constelação que indicava a direção a seguir... Ahh!!! Lembrou... É a constelação do Cruzeiro do Sul. Localizou-a no céu. Seguiu a direção que a sua haste maior indicava. Havia encontrado o Sul. Alívio. Porém, a medida que caminhava e a noite avançava, foi percebendo que o Cruzeiro do Sul havia se movido e indicava outra direção para o Sul. Como poderia encontrar o seu destino? Estava em um local ermo, afastado de um grande centro urbano. Ouvia vozes. Estava salvo. Seguindo a direção de onde vinham as vozes, encontrou um pequeno grupo de pessoas em torno de um telescópio. Havia encontrado auxílio. Uma coincidência, eram astrônomos amadores observando o céu. Por curiosidade perguntou a um dos membros do grupo como poderia localizar o Sul a partir da constelação do Cruzeiro do Sul. O que será que havia feito de CORTESIA DE Any Gomes O Cruzeiro do Sul - CANON T5 - LENTE 8 MM PELENG - F/1.4 - ISO 1600 - 30s errado? Como os navegadores no passado vertical, usando a imaginação mais uma conseguiam se guiar por essa constelação? vez, até o horizonte. Assim encontramos Um dos astrônomos do grupo o informou em qualquer momento da noite, desde que que diferentemente de como geralmente o Cruzeiro do Sul esteja visível, a posição é ensinado nas escolas, e é imaginado exata do ponto cardeal Sul. Não temos no por muitas pessoas, o Cruzeiro do Sul Hemisfério Sul uma estrela brilhante que não aponta para o Sul. Somente em um indique o Pólo Sul Celeste, como a Estrela momento específico isso ocorre, quando Polar que indica o Pólo Norte Celeste, e a Cruz se encontra na posição vertical. conseqüentemente o ponto cardeal Norte Em outros momentos é possível se guiar para os moradores do Hemisfério Norte. pela constelação, mas é necessário utilizar Um truque prático é usar o dedo polegar um método prático que é muito simples. e o indicador para auxiliar a medição Pegamos o tamanho da haste maior visual do tamanho da haste maior do do Cruzeiro do Sul e o prolongamos Cruzeiro do Sul. Depois é só realizar o mentalmente quatro vezes e meia, a partir procedimento descrito anteriormente para da estrela Acrux (Estrela de Magalhães), localizar o Sul. Vemos o Cruzeiro do Sul na direção determinada pela haste. Nesse girar em torno do Pólo Sul Celeste durante ponto se localiza o pólo sul celeste, o a noite devido ao movimento de rotação prolongamento do Pólo Sul terrestre na da Terra. esfera celeste. A partir desse ponto, o Com essas explicações sentiu-se mais Pólo Sul Celeste, é só traçar uma linha seguro para seguir a sua caminhada. Sonda Juno da NASA chega a Júpiter em julho Depois de uma viagem de quase 5 anos, a sonda Juno da NASA vai chegar ao seu destino final, no dia 4 de julho, quando ela entrará emuma órbita polar em torno da maior planeta do Sistema solar - o gigante gasoso Júpiter. Juno, que começou sua longa jornada para Júpiter eno dia 5 de agosto de 2011, tem a tarefa de revelar os segredos do planeta envolto por nuvens fornecendo informações detalhadas sobre suas origens e evolução. Os pontos altos da missão incluem, o mapeamento dos campos magnéticos e gravitacionais de Júpiter para descobrir a estrutura interior do planeta; estudar 6 as regiões polares e as auroras; e uma observação profunda na atmosfera para medir fatores como composição e circulação. Depois de completar 33 órbitas em torno de Júpiter, Juno vai encerrar sua missão em 16 de outubro de 2017. Nesse momento, a nave espacial vai mergulhar na atmosfera de Júpiter e queimar-se em uma manobra projetada para proteger os satélites de Júpiter de serem contaminado por quaisquer micróbios clandestinos da Terra. Para mais informações sobre a missão Juno, clique aqui. O que fez Juno? • Em janeiro de 2016, Juno tornou-se o mais distante explorador movido a energia solar, nesse dia ele superou o recorde estabelecido em outubro de 2012 pela sonda Rosetta, da Agência Espacial Européia. • Em cada uma de suas 33 órbitas esperadas em torno de Júpiter, Juno chegará a até 5.000 quilômetros (3.100 milhas) do topo das nuvens do planeta. • A carga de Juno inclui três minifiguras Lego especiais que representam o deus romano Júpiter, sua esposa Juno (homônimo da nave espacial) e Galileu, que descobriu as quatro maiores luas de Júpiter. — Compilado por Patricia Smith, Fonte: NASA / JPL Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza — Fonte: JPL/NASA Sky’s Up ferecendo um banquete de galáxias intrigantes, a constelação de Virgem é um alvo ideal em Maio para astrônomos de ambos os hemisférios. Como a segunda maior constelação, Virgem abrange 1.294 graus quadrados do céu e é visível a partir de 80 ° Norte a 80 ° Sul. Antes de mergulhar em todas as ofertas galácticas de Virgem, um novo observador pode se orientar localizando a estrela destaque da constelação - Spica. Também conhecida como alfa Virginis, este sistema multi-estelar dominado por um gigante azul tem uma magnitude visual aparente de 1,04. Para localizar facilmente Spica, encontre o asterismo da Ursa Maior e siga o arco de seu punho que aponta para Arcturus, uma estrela gigante alaranjada na constelação de Boieiro. Uma vez que o olho encontra Arcturus, continue a seguir a mesma curva suave para a bela azul-branca Spica. Alguns dos outros mimos estelares de Virgem incluem Porrima, um sistema estelar binário que só pode ser percebido com telescópios de grande abertura; Auva, uma gigante vermelha com variações de brilho; Vindemiatrix, uma gigante amarela com uma magnitude visual aparente de 2,826; Heze, uma anã branca; e Zavijava, uma estrela pálida muitas vezes ocultada que fica alinhada com o plano da eclíptica e que ganhou um pouco de notoriedade quando foi usada por Einstein em 1922 para determinar a velocidade da luz no espaço. Virgem realmente começa a brilhar quando se trata de observação de alvos no céu profundo. Um dos tesouros do céu profundo mais dinâmicos da Virgem é a Galáxia do Sombrero (Messier 104), que está localizada a cerca de 11,5 ° oeste de Spica. Apresentando entre 1.200 a 2.000 aglomerados globulares, esta galáxia espiral não barrada tem um centro de abaulamento brilhante rodeado por uma faixa pronunciada de poeira escura. A enorme constelação também abriga o enorme aglomerado de Virgem, que está repleto de uma mistura versátil de bem mais do que mil galáxias. Entre os seus objetos estão, o Messier 49, Sky’s Up CORTESIA DE John O’Neill A Galáxia do Sombrero (Messier 104) é um dos mais impressionantes deleites do céu profundo da constelação de Virgem. O astrofotógrafo John O’Neill capturou esta imagem da M104 usando um Astro Tech 10 “RC Astrograph. O enorme aglomerado de Virgem está repleto de uma mistura versátil de galáxias. Mike Wiles obteve esta foto dessa região conturbada, com uma Edge HD 1100 e uma Canon EOS 60D. uma galáxia elíptica com uma magnitude visual de 9.4 o que faz com que seja o membro mais brilhante do aglomerado; o Messier 87, uma galáxia elíptica gigante com uma magnitude visual de 9,59, que se situa perto da fronteira da Virgem com a constelação da Cabeleira de Berenice; o Messier 58, uma galáxia espiral barrada; e as galáxias lenticulares Messier 84 e Messier 86. CORTESIA DE Mike Wiles O aglomerado inclui também os Gêmeos Siameses (NGC 4567 e NGC 4568), que são galáxias espirais colidindo; as Galáxias dos Olhos, que incluem a lenticular barrada NGC 4435 e a difícil de categorizar NGC 4438; as brilhantes galáxias espirais Messier 88 e Messier 90 e a desafiadora galáxia espiral barrada.Messier 91. — Compilado por Patricia Smith Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza 7 Estrela em Ascenção Embaixadora da Astronomia Como o Astronomy Outreach of Kosovo divulga a astronomia? Na AOK nós organizamos atividades em escolas e faculdades, e trabalhamos em público montando telescópios nas praças de diversas cidades. Em um ano, nós conseguimos organizar mais de 35 eventos e compartilhamos 1600 pares de óculos solares de graça em diferentes lugares, incluindo nossos países vizinhos, Albania e Macedônia. Nós também participamos duas vezes do NASA Space Apps Challenge (Desafio de Apps Especiais da NASA), com dois projetos diferentes. Nosso maior evento até agora foi o eclipse solar em 20 de Março de 2015, que foi visível a partir de Kosovo. Nós convidamos pessoas para se unir a nós em nosso evento público em Pristina, para observar o eclipse de forma segura usando nossos telescópios solares. Nós distribuímos centenas de óculos solares, e cerca de 1000 pessoas participaram do evento. Outros eventos extraordinários que participamos incluen o Star Party em Junho de 2015, o AstroFest em Agosto de 2015, o Star Party 2 em Março e uma observação de um eclipse lunar. Em Janeiro, nosso clube foi visitado pelo astrônomo alemão Daniel Bockshecker. Ele nos honrou ao participar do nosso primeiro aniversário. Estudante universitária lidera esforços na divulgação em Kosovo Quando era uma menina de 4 anos na devastada República de Kosovo, Pranvera Hyseni testemunhou o evento que definiria a ela mesma — O eclipse solar total de 11 de Agosto de 1999. Conforme a luz do Sol esmaecia, sua paixão pela astronomia despertava para a vida. “Eu me lembro muito bem de como meu avô me mostrou o eclipse, olhando o reflexo do Sol na água em um balde, usando óculos escuros”, disse ela. “Aquele evento realmente me fez pensar muito. Por que ele está escurecendo? O que está na frente do Sol? Por que isso acontece? Como os corpos celestes se movem? Eu comecei a demonstrar interesse nessa área imediatamente.” Agora, com 20 anos, Hyseni vive em Vushtrri, na República de Kosovo, e está em seu último semestre na Universidade de Pristina. Sendo a fundadora e diretora da Astronomy Outreach of Kosovo, organização sem fins lucrativos, ela é guiada pelo desejo de encorajar outros a encontrar suas próprias inspirações nos céus. “Nossa missão é espalhar a astronomia e a ciência para as pessoas — especialmente os jovens — proporcionando oportunidades para observar corpos celestes com diferentes tipos de telescópios, dando palestras e ensinando habilidades como saber ler mapas dos céus” Apesar de ter começado apenas em Janeiro de 2015, a organização fundada por Hyseni se tornou o maior programa sem fins lucrativos de divulgação da astronomia da República de Kosovo, e tem recebido elogios impressionantes. Um dos mais recentes veio da NASA’s Night Sky Network (rede dos céus noturnos da NASA) .“Nós não acreditamos que fomos reconhecidos pela NASA por fazer muita divulgação e por inspirar a juventude sobre as missões da NASA,” disse ela. “De verdade, isso nos fez ter mais esperanças no futuro” Na seção de Perguntas e Respostas de “Estrela em Ascenção”, Hyseni discute sobre como sua organização começou e sobre onde ela vê a sua organização chegar. 8 Que tipo de equipamentos a AOK tem? No centro, nosso equipamento ótico inclui um telescópio Newtoniano de 8 polegadas, abertura f/4, um refrator de 102mm, um refrator de 90/900mm, um telescópio solar H-alfa Lunt LS50, um Cassegraniano de sete polegadas e um Solarscope (tipo de projetor solar). Também temos câmeras planetárias, filtros solares, mapas do céu e mais. Todos estes equipamentos foram doados para nós por diferentes astrônomos e sociedades internacionais, e eu agradeçoos muito. Isso nos levou a um grande passo adiante. Em todos eventos de divulgação solar que fazemos, nós sempre distribuimos óculos solares de graça, que são fornecidos pelo Stephen Ramsden, diretor do Charlie Bates Solar Astronomy Project (Projeto de astronomia solar Charlie Bates). Ele nomeou a AOK como sua filial em Kosovo. CORTESIA DE Astronomy Outreach of Kosovo/Likimedia Photography Acima, Hyseni leciona um grupo de estudantes na Universidade de Pristina. À esquerda, Hyseni conduz um evento de divulgação da astronomia solar em Shtime, Kosovo, representando tanto a Astronomy Outreach of Kosovo quanto a filial do Charlie Bates Solar Astronomy Project em Kosovo. CORTESIA DE Astronomy Outreach of Kosovo/Likimedia Photography Pranvera Hyseni, de 20 anos, fundou a Astronomy Outreach of Kosovo (Organização de Divulgação/Popularização da Astronomia de Kosovo) em Janeiro de 2015. Como você teve a idéia de criar essa organização de divulgação que você fundou? Não há uma universidade que ofereça graduação em astronomia em Kosovo. Não há sequer uma quantidade suficiente de livros de astronomia na nossa língua nativa. Gradualmente, depois de aprender inglês, eu pude usar livros de astronomia em inglês e até pesquisar mais sobre Astronomia na internet. Por necessidade, eu sou autodidata em astronomia. Eu não tenho outros hobbies sem ser a astronomia. Eu coloco astronomia em todas as outras coisas que faço. Eu amo astronomia e nasci pra isso. Depois que ganhei meu primeiro telescópio — um refletor de 76mm de abertura e distância focal de 700mm — de presente do astrônomo Dragan Radmilovic, eu comecei a participar de vários eventos e feiras usando aquele pequeno telescópio. Em 10 de Janeiro de 2015 tive a idéia de fundar um clube de astronomia. Eu o nomeei de “Astronomy Outreach of Kosovo” e agora ele se tornou o maior programa daqui. Sky’s Traduzido por Guilherme Ferreira Franco Up CORTESIA DE Astronomy Outreach of Kosovo/Likimedia Photography Sky’s Up Traduzido por Guilherme Ferreira Franco 9 Estrela em Ascenção Dois condecorados com ‘Astro Oscars’ por esforços na divulgação A missão do AstronomyOutreach network (AOn) (rede de divulgação da astronomia) é encorajar os esforços na divulgação por astrônomos em todos níveis. A cada ano, a AOn celebra um grupo seleto daqueles que investiram substancial energia em apresentar as maravilhas do cosmos aos outros, presenteando-os com o Prêmio de Divulgação da organização, mais conhecido como “Astro Oscar”. Os dois condecorados na cerimônia deste ano, que ocorreu em Fevereiro, na Winter Star Party (Star Party de Inverno) em Florida Keys, foram: Dr. David Dunham Por décadas, Dr. David Dunham tem impulsionado observações amadoras e populares de ocultações lunares. Em 1983, ele fundou a International Occultation Timing Association (IOTA) (associação internacional de predição CORTESIA DE Ramiz Beqaj/Likimedia Photography/Astronomy Outreach of Kosovo de ocultações), que é uma organização Star trails (Rastros Estelares) sobre Kosovo de voluntários com a missão de encorajar observações de ocultações e eclipses e pregar a O que o futuro aguarda para a AOK? importância de estudar esses fenômenos. Além Nós vamos representar Kosovo no International SUNday conference de promover predições detalhadas sobre tais eventos, a IOTA oferece conselhos sobre os (Conferência Internacional do “Domingo”/”Dia do Sol”, trocadilho de sunday, melhores equipamentos e técnicas para visualizar domingo, com Sol, Sun), que vai acontecer em Home Hill, Queensland, as ocultações, conduz e publica pesquisas Austrália, em Junho. Ficarei lá por 40 dias para estudar mais sobre nosso Sol baseadas nos dados obtidos pelas observações e sobre astronomia, fazer divulgação e encontrar muitos astrônomos de destas ocorrências e guia astrônomos de todos todo mundo. É a primeira vez que Kosovo vai participar de uma conferência níveis para cumprirem o papel de “cidadãointernacional sobre astronomia. cientista.” Em Agosto, nós vamos ter alguns convidados especiais e astrônomos Shelley Bonus visitando Kosovo. Eles são Stephen Ramsden, Robert Black e Clay Lowe. Juntos, Uma artista de televisão e escritora premiada nós vamos visitar escolas e fazer novos projetos. que se tornou astrônoma, Shelly Bonus tem Nós também temos um domo (observatório) doado para nós por Raymond devotado seus anos na divulgação educacional da Convie do Reino Unido, mas nós infelizmente não podemos trazê-lo para astronomia. Além de fazer palestras públicas de destaque, ela é a diretora de sessão do telescópio Kosovo agora por causa dos custos do transporte. de 60 polegadas do Mt. Wilson Observatory Eu acredito que, um dia, o Astronomy Outreach of Kosovo vai se tornar um (observatório Mt. Wilson) à noite e ensina instituto científico, trabalhando duro para educar nossa juventude para sair astronomia e escrita no programa de extensão da desse planeta e ir para o espaço. Minha última messagem para as pessoas UCLA (Universidade da Califórnia, Los Angeles) é: Continuem olhando para o alto, vasculhando os céus, explorando e de dia. Ela também trabalhou como educadora descobrindo, porque você nunca sabe o que vai descobrir lá. e escritora para a equipe do IPAC na Caltech, fornecendo o conteúdo para o site de astronomia À direita, em infravermelho: CoolCosmos, e ela também Hyseni escreveu o “The Planetary Guide” (O Guia prepara um Planetário) em nome da Sociedade Planetária telescópio em (fundada por Carl Sagan), para o filme “Quantum um Star Party Quest: A Cassini Space Odyssey.” (Missão (evento típico Quântica: Uma Odisséia Espacial da Cassini.). de observação Bonus recebeu um prêmio de conquista de grupo do céu) da NASA pelo seu trabalho como especialista realizado pela em divulgação da astronomia e foi honrada Astronomy por ter o asteróide 10028 BONUS nomeado Outreach of em sua homenagem, pela União Astronomica Kosovo. Internacional, por seu trabalho como educadora da astronomia. Mais recentemente, ela adicionou o papel de interpretadora e conferencista do céu CORTESIA DE Astronomy Outreach of Kosovo/Likimedia Photography em cruzeiros no seu currículo. Sky’s 10 Traduzido por Guilherme Ferreira Franco Up ©2015 National Geographic Society ©2015 National Geographic Society Discover The Details LCD Microscope This digital microscope uses a high-resolution 3.5” screen as an eyepiece to provide colorful specimen views and has a 2 mega pixel camera that can take photos or videos for later analysis. 40x-640x Microscope Cellular worlds unite in this microscope outfitted with an adapter that allows user to secure their smartphone to the eyepiece in order to easily document and share their discoveries. *smartphone not included 40x-1024x Microscope This traditional compound scope adds a digital twist with the inclusion of a USB eyepiece that allows users to connect the scope directly to a computer for comfortable viewing, easy sharing and image capturing. *laptop not included What will you discover? exploreone.com – 866.252.3811 ©2015 Explore Scientific® All rights reserved. IMAGENS CEDIDAS POR Dr. Mike Reynonds 29 de Março de 2006, eclipse solar total 21 de Junho de 2001, eclipse solar total 11 de Julho de 2010, eclipse solar total Preparem-se para um encontro com um eclipse 2017 vai propiciar um eclipse solar total para observadores nos Estados Unidos Por DR. MIKE REYNOLDS Colaborador Convidado Em 21 de Agosto de 2017, os Estados Unidos irão experienciar seu primeiro eclipse solar total desde 26 de Fevereiro de 1979. Todo o continental Estados Unidos vai experienciar, ao menos parcialmente, o eclipse solar de modo expressivo. Para os sortudos o bastante para viverem o curto caminho da totalidade, ou para viajarem até este caminho, terão até 2 minutos e 40 segundos em baixo da sombra para observar. A sombra da lua aparece primeiro no norte do Pacífico, se movendo de oeste para leste. A totalidade primeiro atravessa a costa oeste dos Estados Unidos em Oregon, depois em Idaho, Montana, Wyoming, Nebraska, Kansas, Missouri, Illinois, Kentucky, Tennessee, Carolina do Norte, Georia e Carolina do Sul antes de ir para o mar. Há cidades perto da rota da totalidade em que há várias comunidades menores muito perto ou diretamente ligadas a linha central. Rodovias interestaduais e estradas estaduais devem dar acesso a linhas centrais com facilidade. Este eclipse atrairá muita atenção, tanto internacionalmente quanto dentro 12 CEDIDO POR Fred Espenak, MrEclipse.com Este gráfico mostra o caminho do eclipse solar total de 21 de Agosto de 2017 pelo continental Estados Unidos. dos Estados Unidos, de astrônomos amadores e profissionais, do público geral e da mídia. É melhor fazer planos para o eclipse previamente – já existem hotéis com todas as reservas agendadas. Coisas a serem planejadas de antemão incluem para onde você irá, como você está planejando observar o eclipse, circunstâncias locais do eclipse, contingências temporais, etc. UM ECLIPSE PRIMER A Terra se encontra em uma localização maravilhosa no Sistema Solar, ela tem uma lua. Estas dinâmicas permitem um possível eclipse lunar na lua cheia e um possível eclipse solar na lua nova. Eclipses nem sempre acontecem devido a planos orbitais do Sol-Terra e Terra-Lua. Um dos três eventos acontecem com um eclipse solar, dependendo principalmente da distância TerraLua. Se a Lua está no ou perto do seu apogeu (o ponto mais distante), ela aparecerá menor e um eclipse anular or um híbrido (anular ao longo de parte do Traduzido por Laura Gomes da Silva Neves Sky’s Up caminho e total no centro do caminho) acontecerá. Um eclipse parcial é observado pelos que estão fora do caminho da totalidade ou se a passagem da Lua em frente do Sol não é central. LOCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO… Os caçadores do eclipse de Agosto de 2017 terão um longo caminho na tentativa de observar o eclipse. Várias pessoas escolherão o ponto mais perto de suas casas. Excelentes rodovias e estradas permitirão um transporte bastante fácil. Há tanto grandes aeroportos quanto aeroportos menores que o caçador de eclipses pode escolher voar, e depois dirigir até a linha central do eclipse. Se for voar, lembre-se de considerar os equipamentos que você pode querer levar e de checar as restrições de bagagem da companhia aérea. Você vai querer chegar o mais perto da linha central possível para aproveitar o máximo de duração da totalidade a menos que você queira observar o eclipse de longe, indo ao longo do limite para o norte ou sul para ver Baily’s beads e o anel de diamante extendidos. Muitos indivíduos não informados pensarão que você pode estar perto do limite do norte ou do sul para ver a totalidade. Uma coisa que nós todos podemos fazer nas nossas comunidades, especialmente por aqueles que estão perto do caminho do eclipse, é informar as pessoas que elas precisam estar dentro do caminho da totalidade do eclipse para ver a totalidade. Caso contrário elas vão ver um intenso eclipse solar parcial e infelizmente perder a beleza da totalidade. Caçadores de eclipse com experiência – a menos que vá de barco ou planeje “voar” para o caminho do eclipse – escolha sua localização preferida baseada em um número grande de variáveis, como acesso a sites e condições atmosféricas. Eles também procuram por temperaturas alternativas e rotas que podem os levar para céus mais limpos. Mapas excelentes e recursos online são disponibilizados em: • Mapa dos Caçadores de Eclipse de Bill Kramer’s Sky’s Up CEDIDO POR Dr. Mike Reynolds Esta imagem do eclipse solar total de Julho de 2010 é diferente das outras porque ela mostra faixas de sombra através do anel de diamante e o céu. Essa foto foi tirada na Ilha de Páscoa utilizando um Explore Scientific de 80 mm apocromático e refrator e também uma câmera Canon EOS 5D Mark II. • Página do Eclipse da NASA • Mapa Animado da NASA • Tabela do Caminho do Eclipse da NASA • Google Map Interativo da NASA • Mapa Interativo de Xavier Jubier’s PERSPECTIVAS DO TEMPO Bem sucedidos caçadores de eclipse vão te dizer que um dos mais importantes aspectos de planejar uma expedição de eclipse são os cenários temporais. Muitos dados históricos, padrão, de tempo, confiáveis, de chuva a céu nublado, estão disponíveis. Você quer maximizar suas chances de observar o eclipse! Há muitos jeitos de pesquisar informações meteorológicas de um lugar específico e padrões temporais perto da data do eclipse. E a vantagem é que várias pessoas já fizeram muitas dessas pesquisas. Algumas das melhores previsões e resumos pré-eclipse desde 1979 vem sido produzidas por um meteorologista canadense chamado Jay Anderson (http://eclipsophile. com/), um ávido caçador de eclipses solares totais com vinte eclipses solares totais. Outros meteorologistas vão produzir excelentes previsões; baseados em imagens diárias de satélite e múltiplas estações terrestres dos E.U. O melhor conselho é estar atento às previsões antes do eclipse e ter locais alternativos planejados. OBSERVANDO O ECLIPSE Como você planeja observar o eclipse? Este é seu primeiro eclipse? Você vai estar num grupo de pessoas que vai querer que você detalhe o que está acontecendo? Você tem planos de fotografar ou fazer vídeos? Ou você vai estar fazendo algum tipo de divulgação do eclipse – o que é uma ótima maneira de levar astronomia às pessoas! Você tem muitas opções para observar a fase parcial do eclipse, de um telescópio com filtro solar até um telescópio ou binócolus que projeta a imagem em uma superfície. Não se esqueça da SEGURANÇA! A totalidade por ela mesma não machucará seus olhos. Já o sol, parcialmente em eclipse ou não, causará o dano. Compre filtros antecipadamente porque próximo ao eclipse a demanda será grande. Se atentar a segurança é primordial – desde um filtro próprio para telescópio a proteção para olhos nus. BINÓCULOS E TELESCÓPIOS Quase todo binóculo ou telescópio Traduzido por Laura Gomes da Silva Neves 13 que você tiver proporcionará uma visão satisfatória do eclipse total. Alguns observadores preferem binócolus porque os dão a facilidade de observar outro fenômeno do eclipse e depois facilmente retornar a totalidade. Outros gostam da visão telescópica. Não use uma ampliação muito alta se este é o seu primeiro eclipse; lembre-se que a coroa solar pode estender vários diâmetros solares. Uma estrututa que trava vai retirar um potencial fator de distração: continuar a centralizar o Sol durante o oclipse. Independentemente de qual equipamento você usar, esteja preparado para rapidamente colocar os filtros solares apropriados para o terceiro contato com o anel de diamante. você esteja planejando uma imagem de alta ampliação. Um vídeo também vai te propiciar uma maneira de ter imagens do eclipse. Imagens de pessoas com lapso de tempo – que também mostram mudanças na luz solar – podem ser fascinantes. Muitos fotógrafos de primeira viagem vão deixar suas câmeras no modo foco automático (se usarem a lente da câmera ao invés de um sistema câmera-telescópio) e exposição automática. A câmera vai “procurar” um foco mas terá dificuldade para encontrar. Isto não é uma coisa que você vai querer lidar durante a totalidade. Você deve préprogramar a câmera para foco manual e infinito; apenas certifique-se de que a configuração infinito da lente é realmente infinito. FAZENDO IMAGENS DO ECLIPSE Caçadores de eclipse experientes Se você decidir fotografar o eclipse, certificam-se de que tem baterias cheque bem o seu equipamento completamente carregadas e antecipadamente, desde o seu sistema confiáveis e muito espaço onde forem de foco até o de exposição. Foco é armazenar. Tenha baterias extras e um PMC um dos fatores mais críticos para local extra de armazenamento; você assegurar que você tire boas fotos. não quer tirar tantas fotos das fases Entenda o sistema do seu campo parciais que você descarregue sua de visão; você não quer perder as bateria ou não tenha mais espaço no características coronais a menos que P rcartão de memória. Muitos preferem ECisiON MOtiON CONtrOller 8 registrar as imagens na mais alta qualidade possível – normalmente “raw.” FIQUEM LIGADOS! Por fim, certifique-se de olhar para o eclipse! Procure por planetas e estrelas um pouco antes e durante a totalidade. Observe a sombra enquanto ela se aproxima de onde você está. Procure pelo efeito pôr-do-sol-nascer-do-sol: cores ao redor do horizonte. Olhe para Baily’s beads e o anel de diamante, o sinal do segundo contato – e da totalidade – chegaram. ooo Dr. Mike Reynolds viu seu primeiro eclipse solar total em 7 de Março de 1970. Ele liderou inúmeras expedições e observou 18 eclipses solares totais – em 18 tentativas; observando da terra, do mar e do ar. As observações e fotografias de Reynolds foram publicadas em muitos lugares, incluindo o livroPMC Observe Eclipse and Astronomy. Ele é o Coordenador de Eclipse da Associação de Observação Lunar e Planetária e Professor de Astronomia na Universidade Estadual da Florida. PrECisiON MOtiON CONtrOller 8 Evolutionary Design for GOTO Mount Technology • Time-tested Losmandy G-11 mount ensures precision performance PMC eiGHT • Guide the PMC-Eight™ with the included ExploreStars™ app, which can easily locate 70,000 objects, or use your own ASCOM compliant sky software • Operates with Windows® PC, Tablet, or Smartphone. Not included. PrECisiON MOtiON CONtrOller Powered by Wireless Connectivity • Powerful electronics include 8-processor micro-controller • Open source software encourages customization Losmandy ES Mount w/PMC-Eight™ – $3,399.99 ES-G11PMCEIGHT-00 • Ultra-quiet stepper drives provide for peaceful observing • Wireless capability adds versatility What will you discover? ©2016 Explore Scientific® All rights reserved. Purchase information and authorized dealer locater available at our website. 14 Traduzido por Laura Gomes da Silva Neves explorescientificusa.com Sky’s Up 1 10?s 2 3 4 Neste artigo, Sky’s Up dará aos estudantes a oportunidade de realizar 10 perguntas à astrônomos líderes, exploradores espaciais, cientistas e cosmólogos. ooo As perguntas neste capítulo foram enviadas por estudantes da 5ª série da Escola do Ensino Fundamental de Riverside em Jacksonville, Flórida. CORTESIA DA NASA Um verdadeiro explorador: Astronauta da NASA Story Musgrave 16 53 dias, 9 horas, 59 minutos — Este é o tempo que o Astronauta Story Musgrave da NASA gastou em órbita, mas não é suas aventuras em exploração começaram. “Sou uma criança da fazenda, criada na natureza, nos campos, florestas, rios e céus,” ele disse. “Eu era um explorador com 3 anos de idade, então 25 anos depois o programa espacial aconteceu.” Durante sua posse de 30 anos na NASA, esteve presente em 6 vôos espaciais. Ao longo do curso dessas missões, ele realizou a primeira caminhada espacial do ônibus espacial no primeiro vôo da Challenger, era um piloto em uma missão de astronomia, conduziu duas missões secretas do Departamento de Defesa, foi o “spacewalker” líder na missão de reparo do Telescópio Hubble e operou um satélite de chip eletrônico em Columbia. Seus destaques na NASA incluem servir como comunicador no Controle da Missão por 25 missões, trabalhar no desenvolvimento do programa Skylab e participar no design de todo equipamento de atividade extra veicular do Ônibus Espacial. Neste capítulo das 10 Perguntas da Sky’s Up’s, Musgrave fala a respeito de suas experiências na exploração do espaço. Traduzido por Guilherme Schwartz de Castro Becker Sky’s Up 5 Sky’s Up O que te inspirou a se tornar um astronauta? Exploração! Fronteira cientifica, fronteira intelectual e fronteira física. Coloque-se em um lugar em que você nãos está evoluído pra se estar... É importante entender. Você sabe, pessoas sempre perguntam se você sempre quis ser um astronauta. Não nos anos 1930. Não havia programa espacial. Eu estava na escola de pós-graduação quando lançaram o Sputnik. Qual formação é preciso para se tornar um astronauta? Você precisa apenas de um bacharelado. Se você estiver se tornando um astronauta cientista / especialista de missão, você não será muito competitivo, mas é o suficiente. É tudo o que eles requisitam. Quando se tornou um astronauta? 1967 – Meu 50º aniversário está se aproximando. Qual era a descrição do seu trabalho para a NASA? Eu tive uns 20 ou 30. Gerente de Projeto, designer, engenheiro, piloto. Eu voava de vez em quando. Dos meus 30 anos pela NASA, eu diria que dediquei 10 deles a negócios de vôos. E isto é, desenvolvendo missões, treinando para elas e voando nelas. Vinte anos dos 30 foram como gerente de projeto ou designer, você sabe engenharia, construindo o próximo programa. Eu me juntei antes da Apollo. Eu ajudei um pouco a Apollo. Eu fiz bastantes desenvolvimentos para Sky Lab – nossa primeira estação espacial. Eu trabalhei muito neste desenvolvimento e então temos Apollo-Soyuz, e então o Ônibus Espacial, e então a Estação Espacial, e por aí vai. Então eu tive que construir todos estes programas ao longo do caminho. Hubble – você sabe que eu era o mecânico líder para ir consertá-lo, mas eu gastei 18 anos naquela coisa. Então não são apenas negócios de vôo. Como é na espaçonave? Bem, uma espaçonave é um grande closet. É um grande avião. Não há tanto espaço quanto aparenta. Você tem o traje de escape — o traje de escape laranja, os de EVA e os trajes para caminhada espacial — e todos os experimentos científicos e tudo mais e colocado junto. Você mal pode se mover é uma nave bem cheia. Por outro lado, é muito parecido com um avião, com todos os controles e displays e os monitores. Há uma ótima janela. Gastamos um bom tempo na janela porque há ótimas coisas para se ver pela janela. Vida no espaço são três coisas. É a mágica de flutuar livremente – muitas coisas engraçadas acontecem porque você estava prestes a estar lá. Então, isto é uma parte. O que você vê através da janela é outra parte e a suavidade que você conduz a missão. Você tenta conduzir uma missão sem falhas. Não são apenas checklists. Não é apenas acionar chaves. Você e o Controle da Missão trabalham juntos para que o trabalho seja realizado. É a missão do Controle da Missão, não a sua. Não é a sua missão. Pertence ao Controle da Missão. É por isso que tem esse nome. Então você são eles e seus olhos lá em cima. O quanto antes você perceber como trabalhar com eles para realizar a tarefa, será melhor para você. Traduzido por Guilherme Schwartz de Castro Becker 17 7 8 Astronautas Story Musgrave, esquerda, e Don Peterson flutuando no compartimento de carga do ônibus espacial Challenger em órbita da Terra, durante sua caminhada espacial na missão STS-6 em 7 de Abril de 1983. 6 18 9 CORTESIA DA NASA Qual é a sensação de estar em um traje espacial? Você sempre pensa na ergonomia de como você vai fazer as coisas. É por isso que você está usando um traje. Você está no traje para realizar algo lá fora. As pessoas entendem que é. Eles entendem que existe muito entre você e o que você está tocando, o que você vai mover. Mas eles não entendem, não possui o seu corpo. Não possui uma articulação do ombro. A articulação do ombro é uma bola e um soquete, então você pode movimentar 360 graus em qualquer direção a qualquer hora. Isso não é verdade em um traje, pois ele não tem uma articulação do ombro. Você tem e não tem. A posição das juntas e dos movimentos das juntas — não possui o mesmo corpo, então você tem que se acostumar com um corpo diferente. Aqui estou comendo, alcanço o meu garfo, não tenho que pensar se minha mão vai pegar o garfo. Eu sei todas as forças que tenho que fazer e quais músculos usar. Não preciso pensar. Isso não é verdade em um traje espacial. Você vai errar por 30 centímetros. Não da pra fazer as coisas normalmente como são. Você não pode tocar o seu nariz. Você tem que estudar como você vai fazer aquilo, porque você vai errar. É também muito volumoso. As pessoas sabem sobre isso. Outra coisa é, claro, você está trabalhando em condições de queda livre. Tudo está se movendo ao redor. Você tem massa. Você pode não ter peso, você pode não ter força entre você e algum objeto, como a grande espaçonave ou o ônibus espacial em que você está ou algo assim, mas você tem massa. Minha massa é de 217 quilos. Isto sou eu e minha mochila. Minha mochila pesa 127 quilos sozinha. Se você adicionar tudo você tem 217 quilos. Então você quer se mover para algum lugar, você tem que levar 210 quilos, você tem que parar. Então você pode pensar sobre isso. Se você acha que vai se mover como um ágil esquilo apenas com seus dedos e pulsos. Você vai, mas há 217 quilos que você tem que carregar e parar. E também há a mesma inércia rotacional. Traduzido por Guilherme Schwartz de Castro Becker 10 O quanto pesado é um traje espacial? Depende. Na massa total, você inclui seu corpo também, pois ele também se move. Eu, particularmente, tenho aproximadamente 217 quilos. Novamente, sabemos do que estamos falando — é massa. Como você sobrevive a longos períodos no espaço? Bom, como sobreviver. Você deve olhar os obstáculos que podem te machucar. Você pode ir diretamente para radiação, ir diretamente para Marte. Nós não temos a resposta para radiação. Precisamos da resposta para a radiação. Você não tem a proteção da atmosfera da Terra. Ela captura partículas de alta energia e as neutraliza. Sou muito otimista a respeito de muitas coisas. Nunca desenvolvemos máquinas para reverter o que chamamos de Zero G. Nós possuímos máquinas de exercícios adaptadas de esteiras na Terra, de bicicletas na Terra, máquinas de remos na Terra. Mas essas máquinas nunca tiveram a intenção de reverter os efeitos sedentários da condição de queda livre. Nós precisamos criar máquinas do zero para este propósito. E estou otimista que podemos fazer isso. Estão sempre falando em perder a densidade dos ossos. Podemos fazer algo a respeito disso. Esticar o osso, vai se cuidar por conta própria. Há várias coisas que podemos contornar. Se iremos mais longe, temos que trabalhar no psicológico, também. Quando a Terra desaparecer, quando você perder a Terra completamente, e é apenas uma estrela brilhante — será uma vista impressionante quando a Terra desaparecer. Mas a radiação – radiação é o número 1 em termos de um problema difícil para se lidar agora. Quais tipos de comida você pode comer no espaço? Você come todo tipo de comida no espaço, são preservadas um pouco diferente. Ela vem em latas, vem em pó e você as reidrata. Às vezes é enlatada, e é apenas filé mignon, e cara, é a mesma coisa que steak aqui em baixo. É maravilhoso. E nós não temos freezer ou geladeiras desde 1973. Nós não investimos nisso. Skylab, nossa primeira estação espacial, tinha um freezer. Nós tínhamos comida congelada, e uma geladeira. Um grande problema no início foi que não podíamos lidar com comida em Zero G. Bom, você pode. Se estiver molhado, gruda. Se estiver molhado, gruda, mas gruda mesmo. Então uma gota de água no meu dedo não irá cair em Zero G. Não tem lugar para ir. Então gruda muito mesmo. Criamos problemas que nunca tivemos para nós mesmos. Então comida é o mesmo do que aqui em baixo. Biscoitos cozidos (são evitados no espaço) por causa das migalhas. Se a comida é seca, você pode manuseá-la. Se você vai comer biscoitos, eles precisam ser pequenos para que você possa colocar todo o biscoito na boca e fechá-la. Você não pode morder um biscoito grande por causa das migalhas que são geradas quando seus dentes estão mordendo, e as migalhas se desprendem e podem ir para qualquer lugar. Os ventiladores do ar-condicionado vão pegá-los, mas nesse meio tempo eles podem ir parar nos seus olhos. Qual é o mais longe que você já viajou da Terra? A missão Hubble é o mais alto que o ônibus espacial vai. Isso é 370 milhas estatuárias— 320 milhas náuticas. Este é o mais alto que o ônibus espacial vai – 370. É um bom lugar para se ter o Hubble. Quanto mais longe, melhor. Não poderemos consertar o telescópio Webb. Ele estará a milhões de milhas de distância. Educadores: Se você estiver interessado em ter sua classe participando neste artigo, por favor, envie suas informações de contato para [email protected]. Sky’s Up Sky’s Up Traduzido por Guilherme Schwartz de Castro Becker 19 Técnicos usam um guindaste para trazer a sonda Juno da NASA para uma plataforma de abastecimento onde a sonda será carregada com o propelente necessário para a sua missão a Júpiter. A imagem foi tirada na Instalação de Processamentos Perigosos da Astrotech em Titusville, Fla., no dia 27 de junho de 2011. “Nós nunca cessaremos a exploração E ao final de tudo que exploramos Chegaremos onde começamos E conheceremos o lugar pela primeira vez.” — T.S. Eliot Superando os limites A exploração espacial revela os segredos do nosso Sistema Solar Por STEVE EDBERG Contribuidor convidado A Agência Nacional de Aeronáutica e Administração Espacial dos Estados Unidos, a NASA, tem explorado o espaço por mais de 55 anos. Pioneer 4, seu Pioneer 4 primeiro esforço bem sucedido a se aventurar no Sistema Solar – à Lua e além – veio somente um ano após sua primeira missão bem sucedida a orbitar a Terra com a Explorer 1. A história da exploração além da órbita da Terra, através da NASA e do resto do mundo, está tão cheia de falhas quanto de sucessos – um verdadeiro empreendimento humano. A exploração robótica do Sistema Solar pela humanidade CORTESIA DA NASA pode ser caracterizada pelos estágios que ela segue. Observações remotas são feitas por observatórios robóticos em órbitas geocêntricas (ao redor 20 da Terra) ou heliocêntricas (ao redor do Sol). Frequentemente deixadas fora das discussões, essas sondas não têm somente provido informações distantes. Elas também nos permitiram monitorar os acontecimentos nos planetas e em suas atmosferas muito depois de sondas planetárias terem deixado de existir e muito antes da próxima (ou primeira) geração de visitantes robóticos chegar. Adicionalmente, elas estendem a nossa visão, e o nosso conhecimento, a regiões muito mais amplas do espectro, algumas inacessíveis na superfície da Terra. A pesquisa é iniciada com uma ou mais sondas de sobrevoo. Esses exploradores geralmente fazem uma passagem pelo objeto alvo antes de continuar viagem ou, ocasionalmente, colidir intencionalmente com ele. Satélites naturais (luas) orbitando este corpo também são estudadas às vezes, dentro das limitações do período curto em que a sonda passageira está próxima ao planeta. Pesquisas são feitas por orbitantes. A Traduzido por Ana Catarina Ávila Vitorino Sky’s Up CORTESIA DA NASA/KSC longa duração das missões orbitais é usada para mapear detalhadamente o corpo alvo, tanto geograficamente quanto topograficamente e composicionalmente. Observações em close-up de alguns satélites naturais em órbita também são frequentemente possíveis. Exploração em superfície geralmente começa com uma sonda que aterrissa e permanece imóvel. Mesmo depois que explorações com rovers estejam acontecendo, sondas imóveis com investigações mais estreitamente focadas têm sido usadas com resultados excelentes por suas câmeras, brocas e experimentos de composição. Robôs que aterrissam em planetas ou luas com uma atmosfera geralmente carregam instrumentos meteorológicos consigo. Detectores de radiação também são incluídos às vezes na bagagem. A exploração atmosférica de planetas e satélites segue uma linha parecida, embora obviamente adaptada para voo. Sondas balísticas podem ser enviadas de um veículo que esteja sobrevoando ou em órbita ou podem entrar diretamente na atmosfera. Mesmo durante o período quente da entrada, medições são feitas. Depois de reduzir a velocidade a um pouco mais que a velocidade do som na atmosfera, a sonda pode acionar um paraquedas para uma descida ainda mais lenta, durante a qual medições mais detalhadas podem ser feitas enquanto o pacote cai. Balões selados carregando pacotes de instrumentos também têm sido usados (Vênus) e designs para balões de ar quente, planadores e até mesmo aeronaves a motor estão ativamente Sky’s Up sendo consideradas para Marte e Titã (Saturno). Sondas atmosféricas para Vênus e Titã sobreviveram na superfície dos seus destinos por períodos curtos, provendo medições úteis. O retorno de amostras e finalmente exploração humana finalizam o processo de exploração. O retorno de amostras robóticas do vento solar, um cometa, a Lua e um asteroide foram completadas até 2016, com visitas adicionais e retornos em um futuro breve. Exploração humana da Lua com retorno de amostras começou em 1969 mas não houve viagens tripuladas até lá (ou mais distante) desde 1972. Isso deve mudar na próxima década. Uma quantidade considerável de missões estão atualmente expandindo o nosso conhecimento do Sistema Solar. Um número muito grande de satélites estão estudando a Terra, demais para serem listados aqui. Eles estão orbitando a Terra em uma variedade ampla de altitudes. Na extremidade mais baixa, os astronautas da Estação Espacial Internacional e instrumentos anexados conduzem estudos. Outros satélites orbitam em altitude geoestacionária. Alguns estão em órbita solar, circulando o ponto Lagrangiano Terra-Sol 1 aproximadamente 1.5 milhões de quilômetros da Terra em direção ao Sol. Algumas sondas ativas estudando o Sol: • Active Composition Explorer (ACE), • Interstellar Boundary Explorer (IBEX), • Interface Region Imaging Spectrograph (IRIS), • Reuven Ramaty High Energy Solar Spectroscope Imager Traduzido por Ana Catarina Ávila Vitorino 21 (RHESSI), • Solar and Heliospheric Observatory (SOHO), • Solar Dynamics Observatory (SDO), • Solar Terrestrial Relations Observatory (STEREOs: A and B), • Voyager 2 • Wind Estas sondas variam em distância desde logo acima da atmosfera da Terra até o Sol-Terra L1 e daí em diante até as partes mais distantes da heliosfera (o volume de espaço controlado pelo campo magnético do Sol e pelo vento solar). A maioria delas são observatórios mas algumas carregam instrumentos CORTESIA DA NASA/JPL-Caltech para medir diretamente o ambiente onde Nessa imagem o artista descreve a nave espacial da NASA Voyager 1 entrando no espaço interestelar. estão. É notável que a Voyager 1 tenha frio de lá. Cassini continuou seu tour orbital do sistema e está terminado seus estudos da heliosfera em 2012 quando marcada para terminar em setembro de 2017, mergulhando entrou em espaço interestelar. Ela está escapando do Sol através do sistema de anéis três vezes antes de adentrar a mas ainda é influenciada pela gravidade solar enquanto atmosfera de Saturno. navega pelo meio interestelar. Ela continuará obtendo Urano e Netuno não foram visitados desde que a Voyager 2 medições deste novo ambiente provavelmente até a década da NASA passou por eles em 1986 e 1989, respectivamente. de 2020 antes que a sua bateria fique fraca demais para as Mas o Sistema Solar externo não esteve sem monitoramento operações dos instrumentos. enquanto as Voyagers saíam da heliosfera. Em 2015, a New Atualmente, não há sondas operando em Mercúrio. Horizons da NASA fez um sobrevoo bem sucedido do Estudos de Vênus estão sendo feitos pela sonda japonesa sistema de Plutão enviando imagens surpreendentes de um Akatsuki em sua órbita. planeta-anão que está aparentemente muito mais ativo que Exploração por robôs na Lua tem sido retomada nos últimos 25 anos. O Lunar Reconnaisance Orbiter da NASA qualquer um imaginaria para um objeto tão longe do Sol. Se for fornecido financiamento adicional, New Horizons irá continua monitorando nosso vizinho mais próximo no para um sobrevoo de um objeto do Cinturão de Kuiper, um espaço mesmo depois que outras missões da NASA e de dos restos da origem do Sistema Solar, no dia 1 de janeiro de outros países cessaram suas atividades. 2019. O último dos planetas terrestres (rochosos) é Marte. Os observatórios da NASA também têm estado ocupados. Depois do Sol e da Terra, ele está recebendo mais atenção. Além de estudar os planetas do Sistema Solar, eles têm A NASA atualmente tem as sondas MAVEN, Mars investigado ativamente os exoplanetas: planetas que Reconnaisance Orbiter e Mars Odyssey monitorando-o. orbitam outras estrelas. O Telescópio Espacial Hubble Adicionalmente, dois rovers, o Mars Exploration Rover investigou sistemas exoplanetários encontrados por Opportunity e o Mars Science Laboratory Curiosity, observatórios na superfície terrestre e pela missão Kepler continuam sua exploração da superfície do planeta e os da NASA que está buscando exoplanetas e suas estatísticas estudos da sua atmosfera e seu ambiente radioativo. Mais distante, corpos rochosos são encontrados no cinturão populacionais na Via Láctea. O Telescópio Espacial Spitzer tem utilizado as descobertas do Hubble para medir de asteroides. A sonda Dawn da NASA terminou sua exploração orbital de Vesta e usou seus motores de íons para temperaturas, nebulosidade e condições atmosféricas de exoplanetas. Seus amigos e conhecidos, familiares, e até se mover ao planeta-anão Ceres onde terminará sua missão. Jupiter atualmente não possui companheiros robóticos. Isso mesmo você podem se perguntar por que observamos com telescópios e investimos dinheiro de impostos em mudará no dia 4 de julho de 2016 quando a sonda Juno da instrumentos e robôs para imagens ainda melhores. Nós NASA ligará seus motores para começar uma missão de 20 exploramos porque isso é uma parte de ser humano. meses. Explorar nos permite ver outros mundos, algo que nossos Saturno tem tido a companhia da missão Cassini/Huygens ancestrais fizeram centenas de milhares de anos atrás, da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA) desde enquanto eles se aventuravam além da área onde nasceram. 2004. A sonda Huygens explorou a atmosfera e a superfície Nossa curiosidade inata moveu certos indivíduos a superar de Titã em janeiro de 2005 antes de sucumbir ao extremo 22 Traduzido por Ana Catarina Ávila Vitorino Sky’s Up Possibilidades planetárias Por STEVE EDBERG Contribuidor convidado A busca por planetas orbitando estrelas similares ao Sol teve seus primeiros resultados em 1995. Desde então, usando uma variedade de técnicas, nós descobrimos um número crescente de exoplanetas variando em tamanho de Marte até várias vezes a massa de Júpiter. E esta descoberta também foi surpreendente: foi a primeira de uma classe de planetas conhecida como “Júpiteres quentes”. Esse planeta orbita sua estrela mais perto que Mercúrio orbita o Sol. Algumas vezes até as premissas mais óbvias podem estar erradas. Órbitas planetárias podem não ser circulares, uma dica que Marte estava nos dando mas que não foi considerada um indicador. Algumas vezes premissas mais sutis podem estar erradas. As órbitas dos planetas podem não estar no mesmo plano. (Figura 1) E como visto em Marte e no planeta-anão Plutão, estações dos planetas também podem ser profundamente diferentes. Todos estes exemplos expandem nossa perspectiva e nos empurram para tentar compreender a total amplitude de possibilidades oferecidas pela natureza. A visão geral de que planetas rochosos estão próximos da sua estrela (e verdadeira com os satélites Galileanos de Júpiter) com gigantes gasosos encontrados nas porções exteriores dos sistemas planetários tem apanhado bastante também. Júpiteres quentes e planetas não representados no Sistema Solar, “super-Terras”, são encontrados em outros sistemas. E a organização de massa-e-composição dos planetas em direção ao exterior dos seus sistemas pode existir em muitas variedades. Aqui no nosso Sistema Solar, de quatro planetas terrestres (rochosos), só dois têm satélites (luas). Suas luas são vastamente diferentes, também. A Lua da Terra possui mais de 1% da massa da Terra, mais de 25% do seu diâmetro e sua órbita está deslocada alguns graus do plano do equador terrestre. Fobos e Deimos de Marte são pequenos e orbitam no plano equatorial de Marte. Os gigantes gasosos no Sistema Solar externo as barreiras do conhecimento. Felizmente eles dividem suas descobertas, nos levando junto em suas explorações. Nós os lembramos em nossa história coletiva. Parte dessa exploração na astronomia vai além de novas imagens. Nós reconhecemos que a Natureza está nos dando a oportunidade de ver e aprender com experimentos que nós nunca pudemos executar. No nosso próprio Sistema Solar, a natureza nos oferece, entre os planetas e detritos que observamos, uma variedade de Sky’s Up Crédito de Ilustração: NASA, ESA, e A. Feild (STScI) Crédito de Ciência: NASA, ESA e B. McArthur (Universidade do Texas em Austin) Parecendo perpendiculares ao plano do Sistema Solar, é fácil de concluir que as órbitas dos planetas são quase círculos perfeitos. Quando foi descoberto que a estrela Upsilon Andromedae possui planetas, a determinação do seu movimento mostrou que um dos seus planetas tinha uma órbita acentuadamente elíptica. De um ângulo oblíquo o sistema de Upsilon Andromedae mostra que o plano orbital deste planeta é profundamente diferente do plano orbital dos outros planetas. têm conjuntos de “luas irregulares” que orbitam em órbitas aproximadamente circulares no plano equatorial do planeta e muitas “luas irregulares” que orbitam em órbitas elípticas com muitas direções e ângulos diferentes do plano equatorial do planeta. Por que o maior satélite de Netuno, Tritão, orbita na direção oposta à direção de rotação do planeta enquanto todas as outras luas regulares orbitam na mesma direção? Como o pequeno Plutão, em uma órbita elíptica distante do Sol, acabou com 5 satélites orbitando em ou próximo ao seu plano equatorial extremamente torto? O maior, Quíron, tem tamanho suficiente para que seja razoável chamar Plutão-Quíron um planeta anão duplo. Qual é a mensagem da Natureza oculta em todas estas pistas? • Atmosferas planetárias • Superfícies planetárias • Magnetosferas planetárias e • Interiores planetários Nós aprendemos a construir a tecnologia para investigar todos estes assuntos. Simplesmente ao observar outros planetas e outros sistemas planetários, nós ganhamos perspectiva. Ao compreender nossos vizinhos, nós compreendemos melhor a nossa casa. Traduzido por Ana Catarina Ávila Vitorino 23 Qualquer um que tenha olhado a Lua através de um telescópio ou visitado a Cratera de Meteoro no Arizona conhece a aparência de uma cratera de impacto. Sondas estudando outras superfícies duras no Sistema Solar geralmente acham crateras. À primeira vista, elas parecem iguais. Mas um exame um pouco mais detalhado mostra que há diferenças em formato e estrutura interna. A Natureza nos proveu amostras de crateras em gelo e superfícies rochosas e as diferenças nas aparências das crateras são testemunha dos materiais da superfície e subsuperfície e seu comportamento físico sob estresse e na temperatura em suas distâncias ao Sol. Estes são somente alguns exemplos do que observamos com os experimentos da Natureza. Nossa exploração dos planetas, exoplanetas e além vai continuar. Nossos robôs estendem nosso alcance e em breve humanos vão ver novas paisagens planetárias com seus próprios olhos. Nós temos sorte de poder dividir essa exploração e ponderar sobre ela. ooo Steve Edberg é um astrônomo no JPL e um astrônomo amador em casa e no seu observatório na Califórnia. Ele trabalhou na Galileu a Jupiter, Cassini a Saturno, e outros projetos da NASA. Ele trabalhou como Coordenador para Observações Amadoras para a Vigilância Internacional do Halley. Ele é um caçador de eclipses e organizador de expedições ávido e foi Diretor Executivo da Conferência do Telescópio Riverside, Inc. por 22 anos. Ele foi honrado pela União Astronômica Internacional com a nomeação formal do asteroide 1985QQ como (3672) Stevedberg. — Traduzido por Ana Catarina Ávila Vitorino 24 Semelhanças Cósmicas: DUNAS Erosão de um ou mais tipos em um planeta ou satélite gera areia. Com uma atmosfera, grossa ou fina, presente, a areia pode formar dunas. Dunas de areia nos informa sobre a velocidade e direção do vento em lugares como Vênus, Marte e Titã (satélite natural de Saturno). Acima à direita, imagens ópticas de campos de dunas na Terra mostram ter semelhanças com imagens de radar de campos de dunas em Titã, satélite de Saturno, no meio à direita, e imagens do radar de Vênus, abaixo à direita. Na extrema direita, imagens ópticas de Marte correspondem a outro tipo de campo de dunas encontrado na Terra. Observe as “ondas” perto da seção inferior direita. Direção do vento em campos de dunas é geralmente perpendicular às linhas quase paralela de picos de dunas e vales. VULCÕES — Por Steve Edberg Mars Earth Deltas Earth CORTESIA DA NASA/JSC Titan CORTESIA DA NASA Mars CORTESIA DA NASA/JPL Venus CORTESIA DA NASA/JPL CORTESIA DA Malin Space Science Systems/MGS/JPL/NASA CORTESIA DA NASA/JPL Rios fluindo que muitas vezes produzem deltas em suas extremidades. Na Terra e Marte os rios eram de água. Em Titã, o líquido é uma mistura de gases liquefeitos, metano e etano. O relevo parece semelhante. No alto à esquerda, Delta do Okavango na Terra, localizado em Botswana, é o maior CORTESIA DA NASA/JPL-Caltech/ASI delta interno do mundo. O rio não desagua no oceano. Marte apresenta vários deltas de rios antigos. Acima, o radar de abertura sintética da nave Cassini da NASA mostra dois deltas de rios na costa ocidental do Lago Ontário de Titã causados por gases liquefeitos fluindo sobre, e erodindo, a superfície de gelo de água. Venus Mars Earth Os vulcões são encontrados na Terra em uma variedade de formas, tais como os vulcões em escudo do Havaí, Mauna Loa e Mauna Kea, foto à direita. Embora estes sejam gigantes, eles são pequenos em comparação com o vulcão em escudo de Marte, o Monte Olimpo, retratado no centro. O primeiro Vulcanismo ativo, encontrado em outro lugar do Sistema Solar, foi encontrado e estudado pela sonda Voyager da NASA. Vulcanismo antigo e novos tipos de vulcões têm sido reconhecidos em Vênus e há algumas evidências de CORTESIA DA Steve Edberg que Vênus ainda pode vulcanicamente ativo. Acima à direita, um grande vulcão em Vênus (com sua altura Io exagerada nessa visão de radar) mostra fluxos de lava. Um pouco mais a direita, Vênus exibe outros novos tipos de vulcões, incluindo estas “panquecas” encontradas durante o mapeamento de radar. Abaixo à esquerda, a lua mais interna de Júpiter, Io, é agora conhecida por ser o lugar mais vulcanicamente ativo do sistema solar. Alguns de seus vulcões ativos podem ser monitorados CORTESIA DA NASA/JPL/University of Arizona com telescópios baseados na Terra. Os Vulcões ativos de Io estão constantemente mudando sua aparência. Este conjunto de três imagens da sonda Galileu da NASA mostram mudanças dramáticas na região Pillan Patera de Io. A primeira imagem foi tirada em abril de 1997, a segunda em setembro de 1997 e a terceira em Julho de 1999. Traduzido por Phâmela Lopes Explorações mostraram semelhanças em nosso Sistema Solar Sky’s Up Sky’s Up CORTESIA DA NASA/JPL Venus CORTESIA DA NASA Traduzido por Phâmela Lopes CORTESIA DA NASA 25 DESLIZAMENTOS Deslizamentos de terra são comuns na Terra e tem uma aparência carcterística. No entanto, uma variedade de deslizamentos de terra tem sido vistos em ambas as superfícies rochosas e geladas e em situações de pequeno e grande campo gravitacional em todo o Sistema Solar. Estas imagens mostram deslizamentos de terra na Lua, na lua Iapetus de Saturno, em Marte, no asteroide Vesta e na lua de Saturno Hipérion. Com o monitoramento contínuo, temos visto deslizamentos de terra em ação, como aquele em Marte, que foi capturado na terceira imagem na linha superior. A imagem abaixo mostra um deslizamento de terra incomum criado por uma cratera de impacto em Marte. A imagem mais distante de Hipérion, que tem uma forma incomum e uma rotação oscilante, mostra um colapso regional que preservou as características da superfície dentro da zona de colapso. Earth 26 Iapetus Moon CORTESIA DA NASA CORTESIA DA US Geological Survey Mars Vesta CORTESIA DA NASA CORTESIA DA NASA/JPL/Space Science Institute Mars Iapetus CORTESIA DA NASA CORTESIA DA NASA CORTESIA DA NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA Plumas de Erupção Plumas de Erupção são vistas em uma variedade de objetos no sistema solar, embora o processo específico que causa a pluma de erupção nem sempre seja compreendido. Alguns dos exemplos retratados aqui incluem: plumas de erupção entram no vácuo do espaço a partir “jatos” emitidos, pela lua de Saturno Encelado (água salgada) e pelo cometa Hartley 2 (gás de poeira) e pela lua de Júpiter Io(enxofre). Na Terra, gêiseres ejetam água em estado líquido em uma atmosfera densa. Plumas de Tritão tem colorido à superfície, aparentemente direcionadas pelo vento em uma atmosfera muito fina. Os mecanismos que levam às erupções não são bem compreendidos, exceto na Terra e em Io. Os resultados das buscas por plumas sobre a lua Europa de Júpiter são disputadas por cientistas planetários. Mars Earth CORTESIA DA NASA/JPL/Space Science Institute CORTESIA DA NASA/NOAA CORTESIA DA NASA/JPL-Caltech/UMD CORTESIA DA NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Southwest Research Institute Triton Enceladus CORTESIA DA NASA/JPL/USGS. CORTESIA DA NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute Traduzido por Phâmela Lopes Sky’s Up CORTESIA DA NASA/JPL/SSI/Gordan Ugarkovic CICLOS DE PRECIPITAÇÃO Jupiter’s Europa and Io Comet Hartley 2 CORTESIA DA US Geological Survey Hyperion Sky’s Up É natural querer saber de onde o líquido vem em outros planetas. No caso de Marte, a maior parte da água que veio durante a sua formação agora se foi, ou pelo menos está bem escondida. O ciclo de precipitação refere-se à transferência de um líquido entre as várias fontes e “sumidouros” em um planeta ou satélite. A Terra tem um ciclo de água, enquanto Titan tem um ciclo de metano. CORTESIA DA U.S. Geological Survey Traduzido por Phâmela Lopes 27 Auroras TEMPESTADES A presença de uma atmosfera permite muitas comparações. Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno exibem auroras. As maiorias das auroras são um resultado da interação do vento solar com o campo magnético de um planeta. A exceção é Marte porque não tem um campo. O campo magnético fornece um caminho para que as partículas do vento solar entrem na atmosfera do planeta perto dos seus polos magnéticos. A estrutura oval da aurora é comum. A colisão direta do vento solar no topo da atmosfera marciana leva ao brilho da aurora que é muito menos definida sobre Marte. Estas imagens mostram as auroras ovais da Terra, Júpiter e Saturno. Earth CORTESIA DA NASA / UC Berkeley Earth CORTESIA DA NASA Jupiter CORTESIA DA NASA/JPL Tempestades são vistas no Sistema Solar - em todos os planetas e satélites com uma substancial atmosfera. Superfície úmida e inundação causada por chuva são familiares na Terra e também vistas em Titã. Tempestades de convecção, algumas incluindo raios, são vistas na Terra, Júpiter, Saturno e Titã. Tempestades ciclônicas são observados na Terra, Marte, Júpiter, Saturno e Netuno. Ciclones espirais são encontrados no Sistema Solar. Mars Saturn CORTESIA DA ESA/Hubble Jupiter CORTESIA DA NASA/ESA, and John Clarke (Boston University) Circulação atmosférica George Hadley publicou em 1735 uma teoria que explica a circulação da atmosfera da Terra. Ele sugeriu que as células de convecção passando da zona equatorial da Terra aos pólos levam calor para latitudes mais altas. Agora chamadas de células de Hadley, esta circulação faria os pólos mais quente e arrefeceriam as latitudes temperadas à medida que o ar flui de volta para o equador. Descobriuse que ele simplificou o padrão de CORTESIA DA ESA, Venus Express, VIRTIS, INAF-IASF, Obs. de Paris-LESIA circulação da Terra (há dois grandes padrões de convecção e abundância de complicações em cada hemisfério), mas ele estava certo para Vênus. A circulação atmosférica podem ficar interessantes nos pólos geográficos planetários. Um vórtice polar na Terra desempenha um papel no buraco de ozônio da Antártida, que está agora CORTESIA DA NOAA Climate.gov a reparar-se graças ao término da produção e dispersão de clorofluorocarbonetos (CFC). Mas a nossa nave espacial nos vórtices polares muito interessantes no Sistema Solar. No sentido horário, a partir do superior esquerdo, os vórtices polares em Vênus, Titã, Saturno e Terra são fenômenos semelhantes, mas apresentam aparências muito diferentes. 28 Traduzido por Phâmela Lopes Neptune CORTESIA DA NASA/JPL Saturn CORTESIA DA NASA/JPL CORTESIA DA NASA Tempestades de poeira / Redemoinhos de poeira Titan CORTESIA DA NASA/JPL-Caltech/SSI Saturn CORTESIA DA NASA/JPL-Caltech/SSI Sky’s Up O Vento carrega poeira em planetas e satélites com atmosfera e superfícies duras. Enquanto Marte pode sofrer tempestades de poeira em todo o planeta (uma dessas estava em curso quando a nave da NASA Mariner 9 chegou ao planeta em 1971), tempestades de poeira menores são mais comuns e frequentes, e elas podem parecer estranhamente familiar. Vemos também efeitos locais que se combinam para tornar familiar redemoinhos de poeira em lugares não familiares. Uma tempestade de poeira em Marte (acima à direita) mostra um fluxo muito semelhante a poeira do Saara flutuando sobre o Oceano Atlântico (acima à esquera). Redemoinhos de poeira na Terra e em Marte podem se chegar alto na atmosfera e acompanhar o solo por longas distâncias. Ninguém sabe se Titã tem redemoinhos de poeira. Eles não podem ser facilmente vistos de cima através de sua nebulosa atmosfera. Sky’s Up Earth CORTESIA DA NASA/GSFC Earth CORTESIA DA NASA/JPL Traduzido por Phâmela Lopes Mars CORTESIA DA NASA/JPL/Malin Space Science Systems/MGS Mars CORTESIA DA NASA/JPL-Caltech/University of Arizona 29 A Zona STEM Por Dr. Daniel Barth Aprendizagem Lunar com um toque saboroso Faça um diagrama das fases da lua utilizando biscoitos Quando começamos a olhar para o céu, a Lua é provavelmente a primeira coisa que notamos. Ela nos fascina, tanto crianças quanto adultos, com as suas mudanças de fases, as marcas na sua superfície, e a maneira como ela parece mudar de tamanho à medida que se move do horizonte ao zênite. Se você for sortudo o suficiente para possuir seu próprio telescópio, a Lua deve ter sido, provavelmente, uma das primeiras coisas que você olhou, e ela ainda atrai o olhar cotemplativo de astrônomos profissionais e amadores por todo mundo a cada noite sem nuvens. Mas a Lua intriga tanto quanto fascina; uma vez que comçamos a perceber as mudanças de fases da Lua, não podemos deixar de perguntar: “Como ela faz isso?” Como um professor de astronomia, esta é uma das primeiras e mais persistentes questões que meus alunos me fazem. Livros e sites tentam explicar as fases da Lua com diagramas e desenhos, mas estes deixam quase todos os alunos (e pais) insatisfeitos. A melhor maneira que encontrei para compreender a forma como a Lua funciona é fazer um modelo dela. Divertida, fácil e barata - esta atividade é perfeita para pais e filhos ou professores e alunos, funciona tão bem na escola, em casa, e em reuniões de escoteiros como na sala de aula da escola pública. Eu até mesmo ensino esta atividade para jovens professores nas minhas aulas na universidade. Vamos começar com algo divertido - e delicioso. Você vai CORTESIA DA L. Eric Smith III precisar de sete biscoitos recheados de chocolate (eu gosto de É necessário apenas uma pequena pilha de biscoitos recheados Oreos!), e uma faca de plástico. Comece por “ desenroscar “ de chocolate, uma faca de plástico e uma mão firme para fazer um o primeiro biscoito - metade é um círculo escuro, esta será a diagrama da fase lunar. sua Lua Nova ; a outra metade é um círculo branco, esta será as em uma folha de papel ou uma placa na ordem mostrada a sua Lua Cheia. Desaperte seu próximo biscoito e use a faca de plástico para no diagrama à direita. Rotule as fases que você criou, começando com Nova, na cortar um formato crescente dentro do recheio do biscoito, posição das 12 horas, em seguida, movendo-se no sentido e cuidadosamente raspe a parte maior do recheio. A fina horário, etiquete Crescente, Quarto-Crescente, Gibosa, camada branca crescente do recheio, representa sua Lua Cheia, Gibosa, Quarto-Minguante e Minguante. Se você tem Crescente - *faça dois biscoitos com estas formas. um telefone celular, posicione sua câmera sobre ele, tire uma Para os próximos biscoitos, use a faca de plástico para foto de seu diagrama de modo que você possa se reportar a cortar o recheio exatamente ao meio, raspando a parte desnecessária do recheio e os removendo como antes. *Estes ele quando estiver fora observando a Lua. Você pode rotular a metade direita do seu diagrama representam os períodos crescente e minguante da Lua. crescente (noite), e a metade esquerda de seu diagrama Para os dois últimos biscoitos, use a faca de plástico para minguante (manhã). cortar a fase crescente, assim como você fez antes ; mas A lua crescente está no processo de aumentar a cada desta vez, raspe o crescente menor deixando a maior parte do noite, chegando até a fase de lua cheia - esta fase é recheio separada. Esta representa a Lua minguante Agora que você tem todos as suas “ Luas” prontas, coloque- melhor observada no início da noite, logo após o por do 30 Traduzido por Eponine Wagner Barros Borges Souza Sky’s Up sol, o momento ideal para usar o seu telescópio ou binóculo. A lua minguante está no processo diminuir a cada noite, chegando até a fase de lua nova, quando não há lua visível em todo céu. A lua minguante é melhor vista no início da manhã, pouco antes ou depois do nascer do sol, quando o céu ainda é um pouco escuro. Se você se levantar cedo para o trabalho ou escola, este é o momento ideal para tentar ter um vislumbre (visão rápida) da lua minguante. Agora que você tem seu diagrama das Fases da Lua, você pode utilizá-lo para prever o que vai acontecer a seguir com a Lua no seu céu noturno. Você pode manter seu diagrama em um prato Sky’s Up coberto com filme plástico, ou se você tiver tirado uma foto de seu diagrama você pode desfrutar de seus “Biscoitos da Lua” de imediato. Lembre-se de compartilhá-los com seus colegas ou irmãos - Mãe & Pai podem desfrutar de um, também. Depois de ter visto a Lua no céu noturno, qual fase mais se assemelha com o que você observou? Tente desenhar a fase você mesmo - uma maneira fácil de fazer isso é traçar um círculo, com um lápis, em torno de uma moeda ou frasco em um pedaço de papel, e em seguida escureça a parte do círculo que representa a porção escura do disco da Lua, como você o observou. Faça uma folha de observação lunar e registre a data e a hora da sua observação, após você concluir sua observação. Embora você possa querer ir para fora para observar a Lua todas as noites como eu costumo fazer, tenha em mente que cada fase dura 3-4 dias. Para a Lua ir da fase de Nova para Quarto Crescente ela leva cerca de uma semana, e todo o ciclo lunar leva quase um mês, um pouco mais de 29 dias. Nós chamamos este ciclo completo de fases lunares de uma lunação. Com o diagrama de fases de biscoitos, você vai entender melhor a lua, e se divertir assistindo a mudança das fases da Lua no céu noturno. Este diagrama nos ajuda a ver a progressão das fases da Lua ao longo do mês, mas faz surgir muitas perguntas e respostas. Da próxima vez, vamos usar materiais simples para construir um modelo do sistema TerraLua, e usá-lo para ver como as fases lunares realmente funcionam. ooo Dr. Daniel Barth deixou a carreira de pesquisador *científico para ensinar; Ele passou mais de 30 anos ensinando astronomia, física e química no ensino médio e no ensino superior. Um bem sucedido escritor de ficção científica, Barth é o autor de “Maurice na Lua”, “Condenada Colônia de Marte” e outras obras. Atualmente é Professor Adjunto de Educação STEM na Universidade de Arkansas em Fayetteville, e autor do programa de Astronomia para Educadores. Traduzido por Eponine Wagner Barros Borges Souza 31 Há muito para amar no céu noturno Por DAVID H. LEVY Editor Chefe do Sky’s Up Ontem à noite, enquanto eu lutava para ter um dos meus telescópios funcionando novamente, eu compreendi o quanto difícil a astronomia moderna pode ser para um astrônomo amador. Parei por alguns minutos, olhei para o céu, e tentei entender o que estava lá em cima. Eu olhei para o céu milhares de vezes, e o céu sempre respondeu magnificamente. Mas na noite passada foi um pouco diferente. Em vez de um conjunto conhecido de constelações brilhantes e tênues, e estrelas com as quais eu estava sempre familiarizado, o céu apresentou um panorama de tesouros celestes a partir dos quais eu podia escolher. Enquanto eu olhava pelo céu, parecia que aquele céu era todo novo para mim, e eu tinha que fazer a escolha nesse grande número de presentes. Esta é a magia do céu que está disponível para cada O que o céu noturno um de vocês. Eu espero que vocês nunca se cansem tem para oferecer da novidade, do frescor, do céu noturno. O que o céu a cada diferente noturno tem para oferecer a cada noite diferente é incrível, e após mais de 60 anos eu ainda noite é realmente realmente encontro coisas interessantes que eu não tinha visto incrível, e, depois antes. A posição dos planetas à medida que vagueiam do Sol é apenas um aspecto. de mais de 60 anos, emUmtorno par de semanas atrás, enquanto observava o céu eu ainda encontro da madrugada antes do amanhecer, eu testemunhei coisas interessantes nada menos que cinco planetas em uma linha a partir do sudeste. Perto do horizonte estava o tênue Mercúrio. que eu não tenha Nas proximidades, mas um pouco mais acima, estava visto antes. brilhante Vênus, e, mais adiante, Saturno reluzia perto da brilhante estrela Antares, a estrela mais brilhante de Escorpião. Antares é a palavra em latim para “rival de Marte”, e na verdade Marte não estava muito distante para a direção a oeste. Após Marte estava Júpiter, rei dos planetas e, finalmente, parcialmente escondido por uma árvore, se mostrava a Lua minguante. Assim que eu tirei uma fotografia deste panorama, eu configurei o Echo, meu primeiro telescópio que eu uso desde 1960. Com ele, eu inspecionei cada um desses maravilhosos planetas. Mercúrio exibia uma claro disco, e Vênus, próximo de sua fase cheia como Mercúrio, também exibia uma velha e agradável redonda visão. Em seguida, veio Saturno, cujos aneis A e B eram, obviamente, visíveis mesmo com o pequeno telescópio. Marte também estava com formato de disco. Finalmente Júpiter, meu planeta favorito, apresentou uma bela visão completa com as suas quatro brilhantes luas Io, Europa, Ganimedes e Calisto. E por último mas não menos importante, a Lua minguante reluziu brilhantemente no oeste. Adoro ver os planetas quando entram em conjunções como esta; com apenas um único olhar eu posso ver vários mundos. Eu tenho um planeta favorito que não seja a Terra? Certamente 32 CORTESIA DA NASA/ Equipe Telescópio Espacial Hubble Esta foto de Júpiter de julho de 1994 mostra oito locais de impacto de alguns dos fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9. Da esquerda para a direita estão o complexo E/F (pouco visível na borda do planeta), o H em forma de estrela, os locais de impacto para o muito pequeno N, Q1, o pequeno Q2 , e R, e na extremidade direita o complexo D / G, que mostra a névoa estendida na borda do planeta. eu tenho É Júpiter, e aqui está o porquê: 1) Com o meu primeiro telescópio Echo, de 60 anos de idade, Júpiter foi a primeira coisa que eu olhei na noite de 1º de setembro de 1960. Eu vi naquela noite o planeta com suas duas faixas escuras equatoriais, e eu vi suas quatro grandes luas como Galileu as viu. 2) Durante os anos 1960 a Grande Mancha Vermelha de Júpiter era muito mais visível do que é no presente, e eu lembro de ter feito vários , dos cinturões, das zonas brilhantes em entre os cinturões, e da mancha vermelha durante a minha primeira década inteira como um amante apaixonado do céu noturno. 3) Eu passei várias noites observando as luas e as suas sombras cruzarem a face do poderoso gigante. 4) Jupiter e eu compartilhamos algo profundamente pessoal. Em 23 de março de 1993, eu carreguei filmes para a câmera Schmidt de 18 polegadas de diâmetro no Monte Palomar, onde os Shoemakers e eu tiramos fotografias que incluíam o planeta Júpiter. Duas tardes depois, Carolyn descobriu o cometa Shoemaker-Levy 9 nestas fotografias; em julho de 1994, todos os fragmentos deste cometa colidiram com Júpiter. Os pontos de impacto remanescentes foram as marcas mais óbvias já testemunhadas em Júpiter desde que Galileu viu pela primeira vez o planeta em 1610. É difícil justificar uma amizade entre um ser humano e um planeta, mas Júpiter e eu compartilhamos algo que eu certamente nunca esquecerei. O que aconteceu em 1993 e 1994 era apenas uma parte reconhecidamente uma grande parte – da paixão de uma vida que tenho desfrutado com a Astronomia por mais de 60 anos. Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza Sky’s Up ©2015 Explore Scientific All rights reserved. Check out our Dealers page for a nearest location. www.explorescientificusa.com - 866.252.3811 *Mounts, View Finders, and Eyepieces sold separately. na estrada com David Levy Te l St es ar co tin g Small worlds. pe at s 49 $ 9 M icr St pe9s o c os t 9 a ing art $ 99 What will you discover? 866.252.3811 Other worlds. Our world. Binoculars Starting at $4999 Connect with Explore Scientific. Visit us at www.explorescientific.com/aa Encontre a Lua “A Lua é uma amiga maravilhosa e uma companheira para a Terra e seus moradores. Dificilmente um dia passa e alguém não me ouve dizer ‘Oh! Olhe a Lua.’ É como uma irmã mais nova para a Terra, e uma alma gêmea rochosa para todos que vivem aqui.” — Howard Eskildsen É uma presença frequente em todas as nossas vidas, mas poucas pessoas dedicam tempo para realmente conhecer a vizinha mais próxima da Terra. Nesse artigo recorrente, o bem sucedido astrônomo e astrofotógrafo Dr. Howard Eskildsen vai levar leitores em uma jornada quadrante por quadrante através da face luminosa da Lua Cheia. Através das suas imagens e palavras, Eskildsen vai explorar as legiões de formações rochosas que dão à Lua a sua distinta personalidade. Sua informação aprofundada vai dar contexto às características que ganham vida quando alguém vê o nosso satélite frequentemente romantizado através de um telescópio ou outro auxílio visual. Através das próximas páginas, os impactos de vulcões, meteoros e outras forças vão ser revelados com detalhe. Da sua contribuição para as nossas marés à inspiração artística que ela nos provém, a influência da Lua na Terra é profunda e merece um olhar mais cuidadoso. 34 Sky’s Up Sky’s Up Traduzido por Ana Catarina Ávila Vitorino 35 Quadrante 28: — Imagens e texto fornecidos por Howard Eskildsen Montanhas, crateras e planícies Contrastes interessantes aparecem nessa região da Lua. As Montanhas Cárpatos se espalham diagonalmente através da margem inferior da imagem e dão lugar a amplas planícies conhecidas como Mare Imbrium. Outras montanhas se localizam sobre as planícies perto da esquerda da imagem, como o Monte Vingradov e os picos sem nome abaixo do Monte. Adicionalmente, duas montanhas isoladas se localizam acima das planícies no canto direito da imagem: Monte La Hire, e o pico sem nome à direita do Lambert. Somente algumas crateras com mais de 20km de diâmetro marcam a região, e até mesmo as pequenas crateras são poucas e distantes entre si. A configuração das montanhas da Lua é quase sempre resultado da colisão de grandes objetos – como meteoros, asteroides e cometas – com a Lua durante as eras de sua existência, então todas as montanhas dessa imagem devem ser relacionadas a impactos geradores de crateras. Acima de tudo isso, o contorno serrado das Montanhas Cárpatos forma um arco, revelando que elas são o reminiscente do gigantesco contorno externo de uma cratera. Outras imagens da Lua revelam que esse contorno envolve todo o Mare Imbrium e o centro está a noroeste desta imagem. Mas essa não era uma cratera comum. Ela era tão grande que criou vários anéis concêntricos e é conhecida como uma bacia de impacto. O Monte Vingradov é provavelmente relacionado à formação desta bacia e o Monte La Hire e o monte sem nome a leste do Lambert podem ser porções expostas de um anel interno parcialmente enterrado. A colisão colossal que escavou a bacia também criou rachamentos profundos através do exterior lunar que proveram um caminho para material derretido fluir à superfície. Lava derretida subiu e se espalhou através do terreno e cobriu a maioria das cicatrizes do impacto. Montanhas, crateras e grandes porções dos anéis da bacia foram cobertos pela lava. Depois de endurecer, a lava ainda parecia um grande mar contra os remanescentes que conseguiram permanecer sobre a superfície. Os primeiros observadores imaginaram que áreas como esta eram realmente cobertas por água, portanto eles as nomearam “mares.” A lava, também conhecida como basalto do mar lunar, inundou não só as bacias de impacto mas também outras crateras localizadas além da bacia formada. O basalto também providenciou uma superfície lisa onde outras crateras se 36 formaram mais tarde. Lambert e Lambert R representam os dois extremos do cenário temporal. Irregularidades pouco visíveis ao redor do “R” no canto direito superior da imagem revelam a presença de uma cratera enterrada que um dia se assemelhava a Lambert, localizada logo acima na imagem. Entretanto, ela foi completamente coberta pela lava e somente ondulações descobertas indicam sua existência, portanto somente um lembrete oculto da sua existência ainda permanece. Outras crateras que quase sofreram o mesmo destino incluem Gay-Lussac, Tobias Mayer e Natasha. Note seus anéis localizados acima da lava que envolveu suas beiradas e inundou seus interiores. Três crateras médias – Euler, Pytheas e Lambert – chegaram depois que a lava começou a fluir. Na maioria do Mare Imbrium, pequenas crateras são muito mais numerosas que crateras grandes, e refletem a abundância relativa de meteoros pequenos em relação a meteoros grandes que se chocaram contra a Lua. Entretanto, nem todos os objetos de impacto chegaram diretamente do espaço. Crateras pequenas e irregulares perto de Draper, Pytheas e da etiqueta do “Mare Imbrium” são crateras de impacto secundárias de material expelido durante a formação de Copérnico, ao sul desta Traduzido por Ana Catarina Ávila Vitorino Sky’s Up imagem. As marcações brancas empoeiradas atravessando a imagem inteira vieram de Copérnico também. Apesar de esta área da Lua ter relativamente poucas crateras, Sky’s Up muito se passou durante as eras de sua existência, e muitas outras questões são elaboradas sobre o processo e tempo envolvidos. Para mais discussões, veja o Quadrante 29. Traduzido por Ana Catarina Ávila Vitorino 37 Quadrante 29: — Imagens e texto fornecidos por Howard Eskildsen Fluxos de lavas levantam questões As características predominantes nessa imagem são as planícies de lava amplas e lisas do Mare Imbrium, assim como as de Sinus Aestuum. Elas cobrem partes de cadeias de montanhas e crateras mais antigas e são o leito sobre o qual crateras posteriores se formaram. Obviamente, os traços parcialmente enterrados existiam antes dos fluxos de lava, enquanto as crateras recentes e as cicatrizes associadas a elas apareceram depois da lava basáltica endurecer. Sendo assim, escalas relativas de tempo podem ser facilmente discernidas a partir da imagem ainda que o tempo real envolvido não possa. Além disso, os traços parcialmente enterrados levantam questões como o que mais poderia estar sob os “mares” de basalto. Na parte inferior da imagem, tanto a montanha Carpathian quanto a Apennine mergulham em direção a uma fenda que estava inundada por lava basáltica, o que sugere que estejam conectadas abaixo das planícies e sejam parte do mesmo anel externo de Imbrium. Ademais, na parte superior direita da imagem, outras áreas montanhosas perto de Beer e Feuilee mergulham sob as planícies de basalto, sendo possível que se conectem, sob a superfície, a picos próximos a Euler. De fato, parece que essa área pode, em algum momento, ter sido um grande mar de lava, mas não há meios para sustentar essa afirmação a partir dessa imagem, por mais improvável que seja. A resposta finalmente veio algumas décadas atrás a partir da cratera Pytheas, quando ela foi fotografada pela Apollo 17. Fotos de suas paredes revelam que muitas camadas de basalto foram formuladas por seus 2.3 km de profundidade, e estima-se ter levado longuíssimos períodos para cada camada tomar lugar, solidificar e esfriar até que a próxima fosse formada. Outra imagem de satélite baseada na terra revelou uma composição de elementos diferente das de várias regiões de mares lunares, então havia vários fluxos de lava de muitas composições diferentes, os quais produziram a definitiva aparência plana da superfície. Amostras de Apollo da lua, estudos espectroscópicos e outras técnicas de datação também revelam que a bacia Imbrium foi escavada há aproximadamente 3.85 bilhões de anos, com o fluxo de lava mais intenso tendo ocorrido entre cerca de 3.7 e 3.3 bilhões de anos atrás. Um dos fluxos de lava mais recentes pode ter se dado há aproximadamente 2.5 bilhões de anos. Uau! A 38 vida estava apenas em seus estágios iniciais na Terra quando os fluxos finais esfriaram na lua. É aparente que muito poucas crateras grandes apareceram nos últimos 2-3 bilhões de anos na lua. Sobre as crateras Eratosthenes, Timocharis, Lambert e Euler, visíveis nesta imagem, calcula-se que tenham sido formadas entre 3.2 e 1.1 bilhões de anos atrás. Mesmo as crateras menores como Draper e Draper C caem na mesma faixa de tempo. Em todo esse quadrante, as únicas crateras consideráveis de estimadamente menos de 1.1 bilhão de anos são Pytheas e Copernicus, e Copernicus possivelmente tem 800 milhões de anos, baseado nos dados de Apollo 12. Uau, tanto tempo, tão pouca atividade! Duas outras crateras nessa imagem merecem discussão: Wallace e Pupin. A primeira é uma cratera gasta e parcialmente enterrada que certamente ultrapassa 3 bilhões de anos. Em ângulos bem pequenos do sol, pode aparecer como um círculo luminoso parcial cercado por escuridão, uma vista extremamente rara e delicada. Em forte contraste, é difícil acreditar que o pequeno fosso quase imperceptível na ponta do eixo entre Wallace e Timocharis tem um nome. A cratera de 2 km de largura conhecida por Pupin (o “u” é Traduzido por Lara Prazeres Sky’s Up pronunciado como “oo” e é responsável por fazer crianças rirem e pais corarem*) é bem difícil de ser observada a partir da terra e não foi oficialmente nomeada. Por pouco todos nós estaríamos eternamente alheios à sua existência. Esta cratera Sky’s Up também possui entre 3.2 e 1.3 bilhões de anos e servirá como uma boa comparação para uma cratera de tamanho similar (Linné), que é bem mais nova e será o tópico de discussões futuras. Traduzido por Lara Prazeres 39 Quadrante 47: — Imagens e texto fornecidos por Howard Eskildsen Crateras criam cena caótica A primeira coisa que surge na minha mente quando eu vejo esta parte da Lua é: Que confusão! Escombros rochosos se espalham por ambos os lados da imagem com uma estranha matriz de crateras misturados. Entre os escombros, planícies de lava escura seguem de cima para baixo da imagem central, todas marcadas por crateras e raios. As próprios crateras parecem caoticamente variadas em tamanho, forma e grau de desordem. Como pode haver qualquer sentido em tudo isso? Começando com as crateras, é evidente que algumas são bastante antigas, enquanto outras são recentes e novas. As jovens crateras mais visíveis são a Lalande, com 24 km de diâmetro, logo à direita do centro, e a Mösting, com 26 km de diâmetro, no canto superior direito. Elas são as maiores crateras jovens nessa imagem e mostram muito pouco desgaste. Suas bordas são bem definidas, e os raios irradiam através da lava e do escombro em todas as direções – sendo os raios da Lalande os mais brilhantes. Apenas algumas outras crateras menores têm raios de algum tipo, e em comparação com as duas maiores todas são muito pequenas. Mösting A, por exemplo, possui apenas 13 km de diâmetro, e o resto das crateras com raios são muito menores. Em contraste, as crateras maiores na imagem mostram vários graus de desgaste. Schröter e Sömmering, localizadas na imagem acima e à direita, têm bordas fragmentados e solos preenchidos como nas crateras Bonpland, Parry e Guericke no canto inferior esquerdo da imagem. Além disso, as bordas de Ptolomeu e Afonso estão gastas e marcadas por ranhuras conhecidas como escultura Imbrium. A cratera Flammarion foi quase obliterada. Outras crateras como Gambart, Tolansky e Davy foram formadas após o evento Imbrium e têm bordas intactas, mas foram praticamente preenchidas por mares de lavas de basalto que também parcialmente cobriram alguns dos escombros rochosos e “rodearam” as margens do entulho. Outra característica incomum, mas não única, é a cadeia Davy Crater, no canto inferior direito da imagem. Forças de maré lunar romperam o objeto que criou a 40 cadeia em uma série de fragmentos menores. Os fragmentos foram ligeiramente afastados e então se “metralharam” em direção a superfície em uma série de crateras. Assim, a história da área começa com uma superfície, agora enterrada, na qual os enormes impactos criaram as grandes crateras, como Ptolomeu, Flammarion, Bonpland e outras. Algum tempo depois, um impacto super-maciço ao norte desta imagem criou o Mare Imbrium e enviou montanhas de detritos ao longo do terreno. Enterrou ou criou marcas em tudo que estava em seu caminho deixando os campos de destroços de ambos os lados das imagens e criando as ranhuras profundas conhecidas como escultura Imbrium. O cataclismo levou apenas alguns minutos para causar sua devastação em toda a superfície da Lua. Fluxos de lava emergiram durante longos períodos de tempo através de fissuras criadas pelo enorme impacto e acabaram inundando as áreas baixas, preenchendo as crateras que existiam antes e depois do maciço evento Imbrium. Outros objetos então criaram crateras no basalto Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza solidificado, mas seus raios já foram apagados por intempéries espaciais ao longo de eras. Finalmente as crateras mais jovens apareceram de impactos posteriores, e os seus raios ainda estão salpicados como pichações por Sky’s Up Sky’s Up toda a paisagem. Como um insulto final, a cadeia Davy foi marcada através da paisagem lunar como um tiroteio, e a área agora parece bastante caótica, mas por algumas muito boas razões. Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza 41 A arte da astronomia A arte da astronomia Astrofotógrafo: John O’Neill Astrofotógrafo: John O’Neill Nebulosa Roseta A enorme Nebulosa Roseta é um objeto de destaque da constelação de Monoceros e é o local onde está localizado o aglomerado aberto NGC 2244. O’Neill capturou esta imagem com um Explore Scientific ED127-FCD100 Air-Spaced Triplet e uma câmera SBIG ST-10 através de filtros de banda estreita de Ha, Oiii e Sii. Os tempos de exposição foram cinco 600 segundos subs através de cada filtro. O processamento foi feito com CCD Stack e a imagem foi realçada com Photoshop. Galáxias Antena Opostas correntes de poeira, gás e rastros de estrelas deste emaranhado caótico entre duas galáxias espirais NGC 4038 e NGC 4039 - no na Constelação de Corvo. O emparelhamento é um dos mais próximos e mais jovens exemplos de galáxias em colisão, e sua tumultuada colisão resultará na formação de uma grande galáxia elíptica. O’Neill obteve esta hipnotizante imagem com uma Astro Tech 10 “ RC Astrograph. Os tempos de exposição foram cinco 600 segundos subs de LRGB. Nebulosa da Medula Nebulosa Íris IC 443, que também é conhecida como a Nebulosa da Medula (Jellyfish Nebula em inglês), é uma supernova remanescente que tem duas metades muito diferentes que exibem diferentes raios, estruturas e emissões. É também provavelmente o local onde está localizada uma estrela de neutrons, ou pulsar. O’Neill capturou esta imagem com um Explorer Scientific ED127-FCD100 Air-Spaced Triplet e uma câmera SBIG ST-10 através de filtros de banda estreita de Ha, Oiii e Sii. Os tempos de exposição foram cinco 600 segundos subs através de cada filtro. O processamento foi feito com CCD Stack e a imagem foi realçada com Photoshop. 42 Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza A Nebulosa Íris é uma bela nebulosa de reflexão que está florescendo na constelação de Cefeu e que está intimamente associado com o aglomerado aberto de estrelas NGC 7023. As “pétalas” da nebulosa abrangem cerca de seis anos-luz. A imagem foi obtida com uma Astro Tech 12” RC Astrograph. Os tempos de exposição foram cinco 600 segundos subs de LRGB. Sky’s Up Sky’s Up Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza 43 A arte da astronomia A arte da astronomia Astrofotógrafo: Jack B. Newton Astrofotógrafo: Mark Sibole Cometa Catalina O Cometa Catalina, também conhecido como C/2013 US10, brilha através o céu noturno nesta imagem que Newton capturou usando um 14” Hyperstar em f/2 e uma 40D Canon com um tempo de exposição de 10 minutos. Originalmente identificado erroneamente como um asteroide, este impressionante cometa da Nuvem de Oort foi descoberto em 31 de outubro de 2013, pelo Catalina Sky Survey. Após a sua passage pelo Sol, o cometa está provavelmente em uma trajetória que vai levá-lo para fora do nosso Sistema Solar. M27 — Nebulosa do Haltere A brilhante, com duplo lóbulo, Nebulosa do Haltere (Dumbell Nebula) brilha nesta imagem obtida por Sibole. Fácil de encontrar com binóculos e surpreendente em um telescópio, esta residente do Constelação de Raposa foi a primeira nebulosa planetária descoberta. Como um bônus adicional, a anã branca que está no coração da Nebulosa do Haltere é maior do que qualquer outra estrela de seu tipo. Para obter a imagem, Sibole usou um telescópio refrator apocromático Explorer Scientific 102 milímetros em piggyback em um 10” Meade LX200, uma câmera Starlight Xpress SXVF-H9 e uma True Tech com roda de filtros de 8 posições. NGC 2264 Nesta imagem, Newton apresenta uma dos objetos mais marcantes da Constelação do Unicórnio – o NGC 2264. Os diversos componentes deste tesouro celeste incluem o rico em estrelas enxame da Árvore de Natal, o brilhante sistema de estrelas S Monocerotis e a nebulosa do Cone, que está a 7 anos-luz de distância. A imagem foi obtida com um telescópio refrator apocromático Explorer Scientific 6” apocromático, uma câmera STF-8300C SBIG e um total de 245 minutos de tempo de exposição. NGC 3628 NGC 3628, que também é conhecida como a Galáxia do Hambúrger, é uma galáxia espiral não barrada. Ela também é o membro menos brilhante do grupo de galáxias Trio do Leão, que também é compost pelas galáxias espirais Messier 65 e Messier 66. Sibole capturou a imagem usando um um telescópio refrator apocromático Explorer Scientific 102 milímetros em piggyback em um 10” Meade LX200, uma câmera Starlight Xpress SXVF-H9 e uma True Tech com roda de filtros de 8 posições. 44 Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza Sky’s Up Sky’s Up Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza 45 A arte da astronomia A Whole New View Astrofotógrafo: Chuck Kimball “It’s the best eyepiece I’ve ever had. It showed me structure through my telescope that I have never seen before. I was just delighted!” - David H. Levy Eyepiece Specifications Field of view 92º 92º Effective Focal Length 12mm 17mm 20mm 22mm Eye Relief 19.60 27.46 Field Stop Dia.(mm) 8/6 8/6 Elements/Groups NGC 7000 e IC 5070 Esta imagem panorâmica por Kimball capta duas respeitáveis nebulosas de emissão na constelação do Cisne. Localizada perto da brilhante estrela Deneb, a Nebulosa da América do Norte (NGC 7000), à esquerda, e a Nebulosa do Pelicano (IC 5070) estão separadas por uma faixa escura. Os equipamentos utilizados para adquirir esta imagem incluem um Explore Scientific ED80 f/6 com um nivelador de campo ES, uma DSLR Canon XT / 350D modificada por Hap Griffin e uma base personalizada em uma montagem Meade LX200GPS modificada. Os tempos de exposição foram de 414 minutos para o IC 5070 mais de 132 minutos para a NGC 7000. Long Eye Relief, Hyper-Wide The 92° LE Series Waterproof eyepieces provide a hyper-wide apparent field of view with long eye relief for comfortable viewing that immerses you in vast expanses of the star-studded sky. NGC 6791 Kimball obteve esta foto do aglomerado aberto NGC 6791, na constelação de Lira usando um Explor Scientific Newtoniano de 208 milímetros com um corrector coma ES, uma DSLR Canon XSi / 450dH modificada por Hutech e uma base personalizada em uma montagem Meade LX200GPS modificada. A imagem final é uma pilha de 37 exposições de cinco minutos. Kimball disse: “Este aglomerado me lembra o Trumpler 5, mas parece ser mais velho, pelo menos parte dele é. É mais um excêntrico, com estrelas de três grupos etários diferentes: um grupo de anãs brancas com 4 bilhões, um outro grupo com 6 bilhões, e as estrelas “normais” com 8 bilhões de anos. A maioria dos aglomerados abertos contêm apenas estrelas da mesma idade.” 46 Optics and Coatings Each eyepiece features superior light transmission using highrefractive, edge-blackened optics with EMD multi-layer coatings on all optical surfaces. The New 92° LE Series Waterproof Eyepieces The Longest Eye Relief In Their Class 49999 $ Explore STAR Unlimited Lifetime Warranty All Explore Scientific eyepieces registered within 60 days of purchase are protected by our exclusive, fully transferrable unlimited lifetime warranty to guarantee your satisfaction. Each What will you discover? ©2016 Explore Scientific® All rights reserved. Purchase information and authorized dealer locator available at our website. Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza Sky’s Up explorescientificusa.com – 866.252.3811 calendário lunar a chave para o seu Céu criado por Howard Eskildsen criado por Wil Tirion 48 Dates based on Mountain Standard Time Sky’s Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza Up Sky’s Up January 1 January 15 February 1 February 15 March 1 March 15 April 1 April 15 May 1 May 15 June 1 June 15 July 1 July 15 August 1 August 15 September 1 September 15 October 1 October 15 November 1 November 15 December 1 December 15 5 p.m. 6 p.m. 7 p.m. 8 p.m. 9 p.m. 10 p.m. 11 p.m. Midnight 1 a.m. 2 a.m. 3 a.m. 4 a.m. 5 a.m. 6 a.m. 7 a.m. 6 7 8 9 10 11 M 1 2 3 4 5 6 7 8 DST Local Time Com um universo de opções para explorar, pode ser difícil de escolher quais impressionantes tesouros são visíveis em seu céu a cada mês. Para ajudar a orientar as suas explorações durante todo o ano, Sky’s Up está fornecendo a seguinte coleção de sazonais mapas estelares criados pelo famoso cartógrafo celeste Wil Tirion. Com base na Holanda, Tirion tem elaborado mapas de estrelas desde os anos 1970 e se tornou um uranográfico profissional logo após a publicação de seu altamente recomendado Sky Atlas 2000,0 em 1981. Para saber mais sobre Tirion e seu trabalho, clique aqui. D A B C A B C D A B C D A B C D A B C D A B C D A B C D B C D A B C D A Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza B C D A B C D A B C D A B C D A C D A B C D A B 49 a chave para o seu Céu a chave para o seu Céu criado por Wil Tirion criado por Wil Tirion NORTH NORTH Horizon 60°N °N Horizon 30 HERCULES DRACO M13 CORONA BOREALIS LYRA Horizon 50°N Vega CYGNUS 2 Horizon °N Horizon 40 0°N Horizon LACERTA 10°N URSA MINOR BOOTES CEPHEUS Polaris Deneb CANES VENATICI DRACO CASSIOPEIA COMA BERENICES CAMELOPARDALIS URSA MAJOR Double Cluster M31 LACERTA URSA MINOR CANES VENATICI CEPHEUS Polaris LEO MINOR PEGASUS GEMINI M44 CANCER Alphard M42 GEMINI Pleiades IPT IC Aldebaran Betelgeuse ERIDANUS PUPPIS ECL Hyades SEXTANS M41 Alphard TAURUS Procyon CANIS MINOR CETUS Mira ORION HYDRA M42 SCULPTOR COLUMBA ARIES M35 CANCER FORNAX ANTLIA PISCES Pollux M44 Adhara TRIANGULUM Castor Regulus LEPUS PYXIS PERSEUS Sirius CANIS MAJOR Algol Capella LYNX AURIGA CETUS MONOCEROS ANDROMEDA LEO Rigel CRATER HYDRA ECLIPTIC Mira ORION M31 LEO MINOR PISCES TAURUS Procyon CANIS MINOR SEXTANS ARIES Hyades Betelgeuse PEGASUS Double Cluster EAST EAST Regulus Pleiades M35 CAMELOPARDALIS TRIANGULUM WEST PERSEUS Castor Pollux CASSIOPEIA URSA MAJOR AURIGA LEO ANDROMEDA WEST Algol Capella LYNX COMA BERENICES MONOCEROS Rigel Sirius CAELUM ERIDANUS CANIS MAJOR HOROLOGIUM Canopus VELA 30°N Horizon RETICULUM CARINA A WINTER SKY For observers at 10° to 30° northern latitudes 50 Horizon 20°N A Achernar Horizon 60°N COLUMBA For observers at 40° to 60° northern latitudes N n 10° Horizo SOUTH Sky’s Up Sky’s Up FORNAX Horizon 50°N PUPPIS CAELUM WINTER SKY HYDRUS MENSA Adhara PYXIS Tarantula Nebula VOLANS LEPUS PHOENIX PICTOR LMC M41 ANTLIA DORADO HOROLOGIUM °N Horizon 40 SOUTH 51 a chave para o seu Céu a chave para o seu Céu criado por Wil Tirion criado por Wil Tirion NORTH NORTH Horizon 60°N Horizon 30°N PEGASUS ANDROMEDA CASSIOPEIA Double Cluster TRIANGULUM Horizon 50°N CEPHEUS Horizon 20°N M31 CYGNUS LACERTA Horizon 40°N Horizon 10 °N PERSEUS CASSIOPEIA SAGITTA Polaris Deneb CAMELOPARDALIS DRACO ARIES URSA MINOR Vega LYRA Algol CYGNUS Capella Double Cluster CEPHEUS AQUILA PERSEUS VULPECULA Hyades AURIGA LYRA M13 Pleiades Vega TAURUS LYNX Polaris DRACO CAMELOPARDALIS Aldebaran Capella URSA MINOR M35 URSA MAJOR HERCULES Castor AURIGA Pollux M35 CANES VENATICI CORONA BOREALIS LEO MINOR GEMINI M13 Betelgeuse M44 CANCER COMA BERENICES LEO ORION Procyon CANIS MINOR Regulus OPHIUCHUS EAST EAST SERPENS CAPUT HERCULES WEST Arcturus SER IP ECL SEXTANS BOOTES CANES VENATICI LEO MINOR M44 Procyon Sirius CRATER CORVUS GEMINI CORONA BOREALIS Arcturus Alphard Spica TIC Betelgeuse Pollux MONOCEROS VIRGO Castor URSA MAJOR OPHIUCHUS CANCER COMA BERENICES SERPENS CAPUT CANIS MINOR Regulus LEPUS Sirius M41 VIRGO Antares SCORPIUS PYXIS PUPPIS LIBRA LUPUS B Mimosa Jewel Box Hadar TRIANGULUM AUSTRALE HYDRA CRATER Acrux Southern Pleiades PYXIS ANTLIA CARINA °N on 20 Horiz B MUSCA VOLANS CHAMAELEON PUPPIS 60°N Horizon Eta Carinae Nebula SPRING SKY For observers at 10° to 30° northern latitudes CORVUS 30°N zon Hori CRUX Rigil Kent Spica SCORPIUS COLUMBA VELA Alphard SEXTANS CENTAURUS Omega Centauri CANIS MAJOR Adhara ANTLIA CIRCINUS MONOCEROS LEO CANIS MAJOR HYDRA LIBRA NORMA ORION LYNX WEST BOOTES 52 TAURUS SPRING SKY For observers at 40° to 60° northern latitudes N n 10° Horizo SOUTH Sky’s Up Sky’s Up n Horizo 50°N VELA 0°N on 4 z Hori CENTAURUS SOUTH 53 a chave para o seu Céu a chave para o seu Céu criado por Wil Tirion criado por Wil Tirion NORTH NORTH Horizon 30 °N Horiz on 60° N AURIGA Double Cluster GEMINI Castor Horizo n Horizon 2 0°N 50°N PERSEUS Pollux CAMELOPARDALIS Capella Horizon 10°N Algol ARIES URSA MAJOR CANCER Polaris PERSEUS LEO MINOR URSA MINOR CEPHEUS LYNX TRIANGULUM M31 CASSIOPEIA Horizon 40 °N ANDROMEDA Double Cluster CAMELOPARDALIS PISCES DRACO URSA MAJOR M31 LACERTA ANDROMEDA CANES VENATICI LEO MINOR Polaris CASSIOPEIA URSA MINOR Deneb LEO LEO CYGNUS AQUARIUS VIRGO CAPRICORNUS SAGITTARIUS GRUS Ho riz on 2 C SUMMER SKY For observers at 10° to 30° northern latitudes 54 Arcturus HERCULES Altair SERPENS CAPUT VIRGO SERPENS CAUDA Antares SCORPIUS Spica AQUILA HYDRA OPHIUCHUS M7 CAPRICORNUS SCUTUM 6 on riz Ho LUPUS N 0° HYDRA LIBRA 0°N TELESCOPIUM 0°N M22 Omega Centauri NORMA ARA M8 INDUS C Hadar TUCANA SCORPIUS MICROSCOPIUM CENTAURUS CIRCINUS TRIANGULUM AUSTRALE SUMMER SKY For observers at 40° to 60° northern latitudes APUS SOUTH Sky’s Up Sky’s Up 5 on riz Ho Antares SAGITTARIUS PAVO 0°N CORONA BOREALIS LIBRA Rigil Kent Ho riz on 1 LYRA N 0° 0° N Ho rizo n3 AQUARIUS CORONA AUSTRALIS MICROSCOPIUM VULPECULA EQUULEUS CORVUS M8 BOOTES SAGITTA Spica M22 Vega M13 DELPHINUS SCUTUM PISCIS AUSTRINUS P OPHIUCHUS AQUILA Fomalhaut E I CL CYGNUS PISCES C TI PT SERPENS CAUDA COMA BERENICES PEGASUS IC SERPENS CAPUT CANES VENATICI DRACO LI EQUULEUS Arcturus EAST EAST DELPHINUS Altair CEPHEUS Deneb HERCULES SAGITTA PISCES CORONA BOREALIS WEST LYRA VULPECULA LACERTA BOOTES EC M13 WEST COMA BERENICES Vega PEGASUS on riz Ho M7 4 LUPUS CORONA AUSTRALIS NORMA TELESCOPIUM ARA SOUTH 55 a chave para o seu Céu a chave para o seu Céu criado por Wil Tirion criado por Wil Tirion NORTH 0°N LEO MINOR Ho riz on 3 Hor izon 50°N 0°N CANES VENATICI LYNX CANCER Ho riz on 2 URSA MAJOR Hor izon 40°N 0°N URSA MINOR 0°N DRACO CAMELOPARDALIS Ho rizo n1 Polaris Ho rizo n6 NORTH URSA MAJOR BOOTES Pollux M13 Castor CORONA BOREALIS LYNX GEMINI Capella DRACO AURIGA Double Cluster HERCULES Deneb Algol LYRA CYGNUS LACERTA OPHIUCHUS VULPECULA Betelgeuse Double Cluster PERSEUS Vega CEPHEUS LYRA SAGITTA SERPENS CAUDA Altair PISCES DELPHINUS Algol EAST EAST PEGASUS TAURUS Aldebaran ORION M42 Pleiades Hyades OPHIUCHUS CASSIOPEIA CYGNUS Deneb LACERTA TRIANGULUM M31 VULPECULA ANDROMEDA EQUULEUS AQUILA TAURUS Mira SERPENS CAUDA SAGITTA ARIES Altair SCUTUM AQUARIUS ERIDANUS LEPUS CETUS PISCES ECLI CAPRICORNUS PTIC M22 CAELUM DORADO D AUTUMN SKY For observers at 10° to 30° northern latitudes INDUS TUCANA RETICULUM SAGITTARIUS AQUARIUS n2 rizo Ho CAPRICORNUS Hor izon 60°N 0°N Fomalhaut TELESCOPIUM 1 on riz Ho 47 Tuc SMC IC 0°N HOROLOGIUM Achernar PT CETUS CORONA AUSTRALIS n3 izo Hor GRUS PHOENIX LI ERIDANUS PISCIS AUSTRINUS MICROSCOPIUM EC Mira M8 SAGITTARIUS FORNAX AQUILA EQUULEUS Fomalhaut SCULPTOR SCUTUM DELPHINUS PEGASUS 56 WEST ARIES Rigel Capella M35 ANDROMEDA M31 Hyades ORION HERCULES AURIGA Pleiades Aldebaran Polaris CAMELOPARDALIS CASSIOPEIA TRIANGULUM M13 URSA MINOR Vega PERSEUS Betelgeuse GEMINI CEPHEUS WEST M35 FORNAX D N 0° PAVO AUTUMN SKY HYDRUS For observers at 40° to 60° northern latitudes OCTANS SOUTH Sky’s Up Sky’s Up Hor izon 50°N Ho riz on 4 SCULPTOR 0°N PISCIS AUSTRINUS MICROSCOPIUM GRUS PHOENIX SOUTH 57 imagem final “F oi dito que a astronomia é uma experiência de humildade e construção do caráter. Talvez não haja melhor demonstração da tolice das vaidades humanas do que esta imagem distante do nosso pequeno mundo. Para mim, isso reforça a nossa responsabilidade de tratarmos melhor uns aos outros, e preservar e valorizar o pálido ponto azul, o único lar que eu conheci.” — Carl Sagan, Pálido Ponto Azul: Uma Visão do Futuro da Humidade no Espaço CORTESIA DA NASA/JPL Esta imagem colorida da Terra, conhecida como “Pálido Ponto Azul”, é uma parte do primeiro “retrato” do sistema solar obtido pela Voyager 1. A sonda adquiriu um total de 60 quadros para um mosaico do sistema solar a partir de uma distância de mais de 4 bilhões de milhas da Terra e cerca de 32 graus acima da eclíptica. A Terra está localizada no centro de um dos raios de luz dispersos resultantes da obtenção da imagem tão perto do Sol. 58 Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza Sky’s Up