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Edição em Português
Sky’s
Up
Vol. 05 — Maio-Agosto 2016
Sky’s
Up
Vol. 05 — Maio-Agosto 2016
Publicado pela rede AstronomyOutreach
Fundada em 2000, a AstronomyOutreach
Network (ANN) foi criada para incentivar
e celebrar os esforços de sensibilização
do público por astrônomos de todos os
níveis. Esta organização sem fins lucrativos,
encarregou-se de desenvolver ligações
entre os astrônomos individuais, clubes
de astronomia e iniciativas astronomia e
educação espaço maior.
Conselho Administrativo:
Diretor: Scott W. Roberts
Equipe editorial:
Editor Senior: David H. Levy
Gerente de Projeto: Patricia Smith
© AstronomyOutreach network
É proibida a cópia de conteúdos de
modo integral ou parcial, a menos
que tenha sido obtida autorização
prévia da rede AstronomyOutreach. A
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ooo
A revista digital Sky’s Up se tornou
possível devido a uma generosa
contribuição da Explore Scientific.
Pegar o vício da Astronomia
dentro
O
Estrela em ascenção
Estudante universitária lidera
os esforços de divulgação da
Astronomia em Kosovo
— Página 8
Encontro eclipse
2017 trará um eclipse solar total
para os observadores dos EUA
— Página12
10 Questões
Astronauta Story Musgrave
responde a perguntas dos
alunos sobre o trabalho no
espaço
— Página 16
Forçando os limites
A exploração do espaço
revela segredos do nosso
sistema solar e os nossos
pontos comuns cósmicos
— Página 20
O que está acima no céu.......Pg. 4
SETI: A procura de ETs...........Pg. 5
No Horizonte.........................Pg. 6
Canto da Constelação............Pg. 7
A Zona STEM .......................Pg. 30
Na Estrada...........................Pg. 32
Conheça a Lua.....................Pg. 34
A Arte da Astronomia..........Pg. 42
Calendário Lunar.................Pg. 48
Calendários do Céu Sazonal..Pg. 49
na capa
Nesta foto de arquivo da NASA obtida em dezembro de 1993, o Astronauta Histórico
Musgrave está apoiado na extremidade do braço do sistema de manipulação remota, ele
se prepara para ser levado ao topo do Telescópio Espacial Hubble para instalar tampas
de proteção nos magnetômetros. O astronauta Jeffrey A. Hoffman dentro compartimento
de carga do ônibus espacial Endeavour, auxiliava Musgrave com as tarefas finais de
manutenção no telescópio, encerrando os cinco dias de passeios espaciais.
CORTESIA DA NASA
2
Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
Sky’s
Up
propósito da minha coluna
O Céu de
periódica, sob o título de
“O Céu de David Levy “ é
David Levy
adicionar um pouco de inspiração à
ideia de que existe um céu lá fora, e,
em qualquer noite clara, de que o céu
acena para nós, está nos chamando.
Vamos supor que tenha passado
algum tempo desde que você
esteve sob o céu, e que você não
está familiarizado com quase todas
as estrelas que estão lá em cima.
por David
Comece olhando para o norte*; se
Levy
você não sabe onde está o norte,
tente olhar para cima e encontrar a
Ursa Maior. Nesta época do ano você deve ter pouca
dificuldade para detectar as sete estrelas solitárias
que sempre circundam o pólo Norte celeste. Depois
de encontrar a Ursa, mova os olhos para as duas
estrelas no final da taça. Forme uma linha imaginária
a partir dessas duas estrelas na direção do horizonte.
Estenda essa linha cerca de cinco vezes a distância
entre as duas estrelas. Em seguida, você deve
encontrar uma estrela solitária.
Parabéns! Você localizou a estrela do Norte - Polaris.
Cada hora de cada noite, Polaris vai cumprimentá-lo
nesta posição. Em seguida, tente olhar para Polaris
usando um telescópio, mesmo que seja um telescópio
simples. Porque Polaris é a estrela do Norte, ela
deve permanecer no campo de visão por muitas
horas. Se você olhar de perto, é possível que você
veja uma tenue estrela ao lado da Polaris. Essa tenue
estrela é a companheira da Polaris, e isso prova que
a estrela do Norte é na verdade uma estrela dupla.
Em menos de 15 minutos você localizou a estrela
do Norte, determinou a direção do norte e descobriu
que a Estrela do Norte é um sistema binário. Você
não precisa de um céu escuro para fazer isso porque
Polaris é facilmente visível da maioria das cidades.
Ao fazer um exercício simples como este, você
certamente não vai se tornar imediatamente um dos
mais famosos astrônomos que já viveram. No entanto,
vamos olhar para isso de outro modo. Quase todos os
astrônomo que tornaram-se conhecidos, que conhecem
ou conheciam o céu, tiveram que aprender isso em
algum momento de sua educação. Esta simples lição é
a principal base para apreciar o céu noturno.
Se você pode fazer isso, então avance um pouco,
então um pouco mais, em seguida, um pouco mais
depois disso, e você vai ganhar a experiência que é
necessária para desfrutar plenamente a magia do céu
noturno.
Se a Ursa estiver alta o suficiente, desenhe uma linha
curva imaginária que una as três estrelas do punho da
Ursa. Continue essa linha curva após a Ursa até chegar
sobre, uma estrela laranja brilhante. Você acabou de
encontrar Arcturus, estrela favorita do meu Pai. Agora,
continue a linha na mesma direção até chegar à outra
brilhante, desta vez azul, estrela. Você acabou de
encontrar Spica.
Antes de você continuar, há uma ressalva. À
medida que você fica mais e mais envolvido com
o céu, você pode realmente adqurir um vício, um
resfriado, uma doença de algum tipo. Os sintomas
são principalmente, que você quer gastar mais e mais
tempo lá fora, aprender e desfrutar das constelações.
Você pode realmente ver uma estrela cadente - na
verdade, um meteoro - que você irá faze-lo ficar ainda
mais doente. Você pode até querer participar de um
clube de astronomia. Você pode logo perceber que
pode não haver uma cura para isto, e que esse vício
poderá oferecer-lhe uma vida mais feliz.
Ou ... Você pode apenas querer apreciar o céu
noturno. Não importa se você não conhece todas as
constelações. Na verdade, muitas vezes é melhor
se você não conhece, porque você tem o céu
desconhecido a espalhar-se na sua frente. Além do que
você pode inventar suas próprias constelações, cada
uma correspondente a algo de sua própria vida.
Tudo o que você decidir fazer, o céu da noite
convida-o a fazê-lo.
(*um guia para habitantes do Hemisfério Norte)
Ao longo de décadas de observação, David Levy descobriu ou co-descobriu um total de 23 cometas. Seu recorde prolífico
inclui a descoberta conjunta do Shoemaker-Levy 9, que rapidamente passou a colidir dramaticamente com Júpiter em 1994,
e as descobertas individuais de dois cometas periódicos - P / 1991 L3 e P / 2006T1 - através de seu telescópio de quintal.
Em 2010, Levy tornou-se a primeira pessoa a ter descoberto cometas de três maneiras - visualmente, fotograficamente e
eletronicamente. Além de suas realizações de observação, Levy é autor, editor ou contribuiu para mais de 30 livros e tem
escrito periodicamente artigos para publicações como Sky & Telescope e Parade Magazine.
Sky’s
Up
Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
3
Uma lenda da Amazônia...
O
lá!!! Amazônia. Bela região brasileira
com famosas lendas. Os índios
brasileiros vivem em harmonia com a
Natureza. Diferentemente de nossa civilização,
eles não a veem como algo a ser subordinada
aos seus desígnios. Bens para consumo.
Contrapondo-se a esses valores onde a estética
substitui os valores humanitários e éticos,
há a vida comunitária de nossos índios. Na
mitologia indígena brasileira existem diversas
lendas sobre o nascimento da vida e a formação
do Universo. Cada tribo com as suas tradições.
Uma das que sempre me emociona é uma lenda por Marcelo
de Oliveira
que geralmente se associa aos índios Caiapós.
Souza
Apresento-a a seguir em uma livre adaptação.
Há muitos anos os índios Caiapós habitavam
uma região localizada sobre a Terra. Viviam
sobre nuvens bem distantes. Não havia Sol, Lua, rios ou florestas.
Um certo dia surgiu um buraco nas nuvens. Desse local ouviam
ruídos distintos dos que conheciam no seu cotidiano. Apesar do
grande receio, foram aos poucos se aproximando do buraco. Por
curiosidade um dos índios se abaixou para observar através do
buraco. Viu um céu azul e ao fundo uma região verde. A nossa
Amazônia. Relatou essa observação aos demais membros da
tribo que foram conferir esse relato, também observando através
do buraco. Foram realizadas diversas reuniões entre os sábios da
tribo em busca de compreender o que observavam. Decidiram
que seria necessário explorar essa nova região. Surgiram diversos
voluntários. Com o passar do tempo o ímpeto dos voluntários foi
diminuindo. Somente dois homens e duas mulheres, dois casais,
mantiveram o ânimo inicial. Assim foi marcado o dia do início
da exploração. Os corajosos exploradores despediram-se de suas
famílias e dos seus amigos, já que não sabiam o que poderiam
encontrar. Foi realizada uma grande cerimônia. Receberam todo o
equipamento auxiliar, arco, flechas, mantimentos, ...
Havia sido produzida uma grande escada de cordas. Lançaram
a escada pelo buraco. Por ela desceram os dois valentes casais.
Haviam assumido o compromisso de retornarem em um
determinado período de tempo para trazer notícias. Ao chegarem
ao solo. Ficaram maravilhados com o que viram. Belas e frondosas
Um Passeio
pelo Céu
árvores. Pássaros. Um grande rio. Animais que não conheciam.
Começaram a seguir uma anta. Depois seguiram uma borboleta.
Caminharam ao longo do rio. Estavam impressionados com a
beleza do lugar. O tempo foi passando e esqueceram de retornar
para as nuvens onde viviam. Nas nuvens os sábios estavam
começando a ficar preocupados. Haviam feito um plano de
emergência, com medo de que a escada fosse usada por espíritos
perversos. Vencido o prazo, cortariam a escada de corda.
Os exploradores perderam a noção de tempo com tanta coisa nova
que estavam descobrindo. O tempo se esgotou e nas nuvens a tribo
resolveu cortar a escada. Apesar do protesto dos parentes e amigos
dos bravos aventureiros, a escada foi cortada.
A noite começou a chegar na Amazônia. Com o início
do escurecimento do ambiente, os valentes exploradores
lembraram do compromisso assumido. Correram em direção
ao local onde estava a escada. Quando lá chegaram, a escada
estava caída no solo. Não poderiam regressar às nuvens.
Começaram a chorar. A noite chegou. Em um certo momento,
um deles olhou para o Céu. Parou de chorar. Chamou a atenção
dos demais, que também olharam para o Céu, e pararam de
chorar. O que eles viram? Viram o Céu estrelado. Imaginaram
cada uma das estrelas como uma representação das fogueiras
que eram acesas nas nuvens que viviam. Assim cada vez que
olhassem para o Céu estariam lembrando dos seus familiares e
amigos que haviam ficado nas nuvens. Esses dois casais deram
origem a vida na Terra.
Os índios Caiapós veem sinais de seus ancestrais cada vez que
olham para um belo céu estrelado.
ooo
Marcelo de Oliveira Souza, amante da Astronomia e da
Astronáutica, é Doutor (DSc) em Cosmologia, professor e
pesquisador da Universidade Estadual do Norte Fluminense
Darcy Ribeiro e Coordenador Geral do Clube de Astronomia Louis
Cruls. Realiza projetos de pesquisa, ensino e popularização da
Astronomia e da Astronáutica. É Diretor na América do Sul da
Astronomy Outreach Networks. Coordena no Brasil, o Charlie
Bates Solar Astronomy Project, os Astrônomos sem Fronteiras,
o Programa UNAWE e o programa Missão X. É presidente do
comitê de organização do Encontro Internacional de Astronomia e
Astronáutica.
O que há no Céu
a chuva de meteoros pode produzir 15-20
meteoros por hora.
28-29 de julho - Delta Aquarídeos
Pico da chuva de meteoros
A lua crescente deve fornecer pouca
interferência para o pico vagamente
definido do Delta Aquarídeos em 2829 de julho. Com um ponto radiante
na constelação do Aquário, a Delta
Aquarídeos começa sua visualização anual
no céu em meados de julho, aumenta sua
intensidade no final de julho e termina na
terceira semana de agosto. Durante o pico,
12 de agosto – Pico da Chuva de
meteoros Perseidas
Embora a lua gibosa cause alguma
interferência, a sempre aguardada chuva
de meteoros Perseidas ainda deve produzir
alguns encantamentos reais durante o seu
pico em torno de 12 de agosto. Causada
pela passagem da Terra por entre os detritos
deixados para trás pelo cometa Swift-Tuttle,
as Perseidas são conhecidas pela produção
de 80-100 meteoros por hora durante o
4
seu pico, e muitos destes exibir rastros
persistentes e impressionantes. O melhor
horário para observação será a madrugada
após a lua se por.
27 de agosto – Conjunção entre
Vênus e Júpiter Conjunção
O emparelhamento planetário mais
próximo de 2016 ocorrerá em 27 de
agosto com a aproximação entre Vênus
e Júpiter no céu noturno. A brilhante
dupla aparecerá no céu ocidental comum
afastamento de .06 graus logo após o por
do sol.
Sky’s
Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
Up
Ponderando o seu alienígena média
S
e alguém lhe
pergunta o que
extraterrestres
parecem, você pode
responder com
confiança: Eles se
parecem com as
bactérias.
Pelo menos, a
esmagadora maioria
deles parecem.
Considere a história
do passado da vida
na Terra. Nós não
sabemos exatamente
quando a biologia
começou neste
planeta, mas foi antes
de 3,6 bilhões de
anos atrás. Por mais
de 35 milhões de
séculos, nosso planeta
foi exclusivamente
atapetado por
minúsculos e agitados
organismos que você
precisaria de um
microscópio para ver. Somente nos últimos
Procurando
meio bilhão de anos o tipo de vida que
por ET
preenche o Museu de História Natural local
está presente no nosso mundo - trilobitas,
tiranossauros e tigres são todos recémchegados, e o Homo sapiens pode ser o mais
recente de todos.
Em outras palavras, se um cientista Klingon
examinou a Terra em um horário aleatório na
história do nosso sistema solar, ele teria uma
chance maior do que 80 por cento de encontrar
apenas micróbios. E ainda é verdade que
hoje - se você calcula por número ou por peso
por Seth
- bactérias dominam o censo biológico. Seu
Shostak
número estimado é de mil bilhões de bilhões de
vezes mais do que o número de pessoas (apesar
do fato de que há um monte de gente!) Elas
pesam mais do que todos nós por um fator de cinco mil, mais ou
menos. Seu alienígena médio é minúsculo e mudo.
Estas contundentes estatísticas, juntamente com a observação
de que as bactérias podem sobreviver em ambientes intoleráveis
para os seres humanos, explicam o fato de que a maioria dos
nossos esforços para encontrar vida fora da Terra tem como alvo
a vida microbiana. Estes esforços incluem a busca por aliens
unicelulares vivendo em grandes profundidades sob as areias de
Marte, ou aprisionadas debaixo das crostas de gelo de Europa,
Ganimedes, Calisto, Titã ou Encelado.
É difícil contestar que a maioria dos extraterrestres será
pequeno, inócuo e sem prática em uma conversa educada.
Mas, claro, alienígenas inteligentes - que não seriam nem
Sky’s
Up
ILUSTRAÇÃO DE L. ERIC SMITH III
microscópicos nem propensos a viver no subsolo ou debaixo
d’água - são os que estaríamos mais interessados em encontrar.
Claro, espuma de lagoa pode dominar o universo, mas eles
não dominam na TV ou no cinema. Eles não escrevem
poesia interessante. Nós gostaríamos mais de encontrar seres
inteligentes.
Tendo em conta os ambientes mais restritos que poderiam
sustentar a vida complexa, para não mencionar o tempo longo
de evolução para produzi-lo, assumimos que, embora a biologia
pode estar nas proximidades, os seres pensantes mais próximos
estão mais longe - pelo menos a anos-luz de distância, e
possivelmente centenas ou milhares de anos-luz.
Detecção de tais criaturas pode parecer assustador, dadas
essas distâncias. Mas há um fato atenuante que pode ajudar:
extraterrestres que desenvolveram tecnologias produzirão
evidências de sua presença que podem se destacar em relação
ao ruído natural do Universo: sinais de rádio, gigantescos
projetos de astroengenharia, ou gases industriais, mesmo em
sua atmosfera. Estes são fenômenos artificiais, e são os tipos
de pistas procurados por um pequeno grupo de investigadores
que procuram os seres sencientes em outro lugar no cosmos.
Esses pesquisadores ainda não conseguiram, mas as melhorias
na tecnologia estão acelerando sua busca. Não é impossível que
vamos aprender sobre vida inteligente em outros lugares dentro
de poucas décadas.
Inteligência pode ser rara, e pode ser medida. Mas, como uma
orquídea entre amores-perfeitos, ambos parecem diferentes e
valem a pena nossos esforços para encontrá-la.
ooo
Dr. Seth Shostak é o Astrônomo Sênior e Diretor do Centro para
Pesquisa SETI do Instituto SETI.
Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
5
Canto da Constelação
“Se oriente, rapaz
Pela constelação do Cruzeiro do Sul
Se oriente, rapaz
Pela constatação de que a aranha
Vive do que tece
Vê se não se esquece
Pela simples razão de que tudo merece
Consideração”
Virgem é um tesouro galáctico
O
— Gilberto Gil
(trecho da música Oriente)
A Cruz —
nossa guia
Por MARCELO DE OLIVEIRA SOUZA
Colaborador Convidado
Perdido na noite. Sem rumo. Para
encontrar o seu caminho necessitava
encontrar o ponto cardeal Sul. Sempre
ouvia dizer que havia uma constelação
que indicava a direção a seguir... Ahh!!!
Lembrou... É a constelação do Cruzeiro do
Sul. Localizou-a no céu. Seguiu a direção
que a sua haste maior indicava. Havia
encontrado o Sul. Alívio. Porém, a medida
que caminhava e a noite avançava, foi
percebendo que o Cruzeiro do Sul havia
se movido e indicava outra direção para o
Sul. Como poderia encontrar o seu destino?
Estava em um local ermo, afastado de um
grande centro urbano. Ouvia vozes. Estava
salvo. Seguindo a direção de onde vinham
as vozes, encontrou um pequeno grupo de
pessoas em torno de um telescópio. Havia
encontrado auxílio. Uma coincidência,
eram astrônomos amadores observando o
céu. Por curiosidade perguntou a um dos
membros do grupo como poderia localizar
o Sul a partir da constelação do Cruzeiro
do Sul. O que será que havia feito de
CORTESIA DE Any Gomes
O Cruzeiro do Sul - CANON T5 - LENTE 8 MM PELENG - F/1.4 - ISO 1600 - 30s
errado? Como os navegadores no passado
vertical, usando a imaginação mais uma
conseguiam se guiar por essa constelação?
vez, até o horizonte. Assim encontramos
Um dos astrônomos do grupo o informou em qualquer momento da noite, desde que
que diferentemente de como geralmente
o Cruzeiro do Sul esteja visível, a posição
é ensinado nas escolas, e é imaginado
exata do ponto cardeal Sul. Não temos no
por muitas pessoas, o Cruzeiro do Sul
Hemisfério Sul uma estrela brilhante que
não aponta para o Sul. Somente em um
indique o Pólo Sul Celeste, como a Estrela
momento específico isso ocorre, quando
Polar que indica o Pólo Norte Celeste, e
a Cruz se encontra na posição vertical.
conseqüentemente o ponto cardeal Norte
Em outros momentos é possível se guiar
para os moradores do Hemisfério Norte.
pela constelação, mas é necessário utilizar
Um truque prático é usar o dedo polegar
um método prático que é muito simples.
e o indicador para auxiliar a medição
Pegamos o tamanho da haste maior
visual do tamanho da haste maior do
do Cruzeiro do Sul e o prolongamos
Cruzeiro do Sul. Depois é só realizar o
mentalmente quatro vezes e meia, a partir
procedimento descrito anteriormente para
da estrela Acrux (Estrela de Magalhães),
localizar o Sul. Vemos o Cruzeiro do Sul
na direção determinada pela haste. Nesse
girar em torno do Pólo Sul Celeste durante
ponto se localiza o pólo sul celeste, o
a noite devido ao movimento de rotação
prolongamento do Pólo Sul terrestre na
da Terra.
esfera celeste. A partir desse ponto, o
Com essas explicações sentiu-se mais
Pólo Sul Celeste, é só traçar uma linha
seguro para seguir a sua caminhada.
Sonda Juno da NASA chega a Júpiter em julho
Depois de uma viagem de quase 5 anos,
a sonda Juno da NASA vai chegar ao seu
destino final, no dia 4 de julho, quando ela
entrará emuma órbita polar em torno da
maior planeta do Sistema solar - o gigante
gasoso Júpiter.
Juno, que começou sua longa jornada para
Júpiter eno dia 5 de agosto de 2011, tem
a tarefa de revelar os segredos do planeta
envolto por nuvens fornecendo informações
detalhadas sobre suas origens e evolução.
Os pontos altos da missão incluem, o
mapeamento dos campos magnéticos e
gravitacionais de Júpiter para descobrir
a estrutura interior do planeta; estudar
6
as regiões polares e as auroras; e uma
observação profunda na atmosfera
para medir fatores como composição e
circulação.
Depois de completar 33 órbitas em torno
de Júpiter, Juno vai encerrar sua missão em
16 de outubro de 2017. Nesse momento, a
nave espacial vai mergulhar na atmosfera
de Júpiter e queimar-se em uma manobra
projetada para proteger os satélites
de Júpiter de serem contaminado por
quaisquer micróbios clandestinos da Terra.
Para mais informações sobre a missão
Juno, clique aqui.
O que fez Juno?
• Em janeiro de 2016, Juno tornou-se o mais distante
explorador movido a energia solar, nesse dia ele
superou o recorde estabelecido em outubro de 2012
pela sonda Rosetta, da Agência Espacial Européia.
• Em cada uma de suas 33 órbitas esperadas em torno
de Júpiter, Juno chegará a até 5.000 quilômetros (3.100
milhas) do topo das nuvens do planeta.
• A carga de Juno inclui três minifiguras Lego especiais
que representam o deus romano Júpiter, sua esposa
Juno (homônimo da nave espacial) e Galileu, que
descobriu as quatro maiores luas de Júpiter.
— Compilado por Patricia Smith, Fonte: NASA / JPL
Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
— Fonte: JPL/NASA
Sky’s
Up
ferecendo um banquete de galáxias
intrigantes, a constelação de Virgem
é um alvo ideal em Maio para
astrônomos de ambos os hemisférios. Como
a segunda maior constelação, Virgem abrange
1.294 graus quadrados do céu e é visível a
partir de 80 ° Norte a 80 ° Sul.
Antes de mergulhar em todas as ofertas
galácticas de Virgem, um novo observador
pode se orientar localizando a estrela destaque
da constelação - Spica. Também conhecida
como alfa Virginis, este sistema multi-estelar
dominado por um gigante azul tem uma
magnitude visual aparente de 1,04.
Para localizar facilmente Spica, encontre o
asterismo da Ursa Maior e siga o arco de seu
punho que aponta para Arcturus, uma estrela
gigante alaranjada na constelação de Boieiro.
Uma vez que o olho encontra Arcturus,
continue a seguir a mesma curva suave para a
bela azul-branca Spica.
Alguns dos outros mimos estelares de Virgem
incluem Porrima, um sistema estelar binário
que só pode ser percebido com telescópios de
grande abertura; Auva, uma gigante vermelha
com variações de brilho; Vindemiatrix, uma
gigante amarela com uma magnitude visual
aparente de 2,826; Heze, uma anã branca;
e Zavijava, uma estrela pálida muitas vezes
ocultada que fica alinhada com o plano
da eclíptica e que ganhou um pouco de
notoriedade quando foi usada por Einstein em
1922 para determinar a velocidade da luz no
espaço.
Virgem realmente começa a brilhar quando se
trata de observação de alvos no céu profundo.
Um dos tesouros do céu profundo mais
dinâmicos da Virgem é a Galáxia do Sombrero
(Messier 104), que está localizada a cerca
de 11,5 ° oeste de Spica. Apresentando entre
1.200 a 2.000 aglomerados globulares, esta
galáxia espiral não barrada tem um centro de
abaulamento brilhante rodeado por uma faixa
pronunciada de poeira escura.
A enorme constelação também abriga o
enorme aglomerado de Virgem, que está
repleto de uma mistura versátil de bem mais do
que mil galáxias.
Entre os seus objetos estão, o Messier 49,
Sky’s
Up
CORTESIA DE John O’Neill
A Galáxia do Sombrero (Messier 104) é um dos mais impressionantes deleites do céu
profundo da constelação de Virgem. O astrofotógrafo John O’Neill capturou esta imagem
da M104 usando um Astro Tech 10 “RC Astrograph.
O enorme
aglomerado
de Virgem
está repleto
de uma
mistura
versátil de
galáxias.
Mike Wiles
obteve esta
foto dessa
região
conturbada,
com uma
Edge HD
1100 e uma
Canon EOS
60D.
uma galáxia elíptica com uma magnitude
visual de 9.4 o que faz com que seja o membro
mais brilhante do aglomerado; o Messier
87, uma galáxia elíptica gigante com uma
magnitude visual de 9,59, que se situa perto
da fronteira da Virgem com a constelação
da Cabeleira de Berenice; o Messier 58,
uma galáxia espiral barrada; e as galáxias
lenticulares Messier 84 e Messier 86.
CORTESIA DE Mike Wiles
O aglomerado inclui também os Gêmeos
Siameses (NGC 4567 e NGC 4568), que são
galáxias espirais colidindo; as Galáxias dos
Olhos, que incluem a lenticular barrada NGC
4435 e a difícil de categorizar NGC 4438;
as brilhantes galáxias espirais Messier 88 e
Messier 90 e a desafiadora galáxia espiral
barrada.Messier 91.
— Compilado por Patricia Smith
Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
7
Estrela em Ascenção
Embaixadora
da Astronomia
Como o Astronomy Outreach of
Kosovo divulga a astronomia?
Na AOK nós organizamos atividades em escolas e
faculdades, e trabalhamos em público montando
telescópios nas praças de diversas cidades. Em um
ano, nós conseguimos organizar mais de 35 eventos
e compartilhamos 1600 pares de óculos solares
de graça em diferentes lugares, incluindo nossos
países vizinhos, Albania e Macedônia. Nós também
participamos duas vezes do NASA Space Apps
Challenge (Desafio de Apps Especiais da NASA),
com dois projetos diferentes.
Nosso maior evento até agora foi o eclipse solar
em 20 de Março de 2015, que foi visível a partir
de Kosovo. Nós convidamos pessoas para se unir
a nós em nosso evento público em Pristina, para
observar o eclipse de forma segura usando nossos
telescópios solares. Nós distribuímos centenas
de óculos solares, e cerca de 1000 pessoas
participaram do evento.
Outros eventos extraordinários que participamos
incluen o Star Party em Junho de 2015, o AstroFest
em Agosto de 2015, o Star Party 2 em Março e uma
observação de um eclipse lunar.
Em Janeiro, nosso clube foi visitado pelo
astrônomo alemão Daniel Bockshecker. Ele nos
honrou ao participar do nosso primeiro aniversário.
Estudante universitária lidera
esforços na divulgação em Kosovo
Quando era uma menina de 4 anos na devastada
República de Kosovo, Pranvera Hyseni testemunhou
o evento que definiria a ela mesma — O eclipse solar
total de 11 de Agosto de 1999.
Conforme a luz do Sol esmaecia, sua paixão pela
astronomia despertava para a vida.
“Eu me lembro muito bem de como meu avô me
mostrou o eclipse, olhando o reflexo do Sol na água
em um balde, usando óculos escuros”,
disse ela. “Aquele evento realmente
me fez pensar muito. Por que ele
está escurecendo? O que está
na frente do Sol? Por que isso
acontece? Como os corpos
celestes se movem? Eu comecei
a demonstrar interesse nessa
área imediatamente.”
Agora, com 20 anos, Hyseni vive
em Vushtrri, na República de Kosovo, e está em seu
último semestre na Universidade de Pristina.
Sendo a fundadora e diretora da Astronomy Outreach
of Kosovo, organização sem fins lucrativos, ela é
guiada pelo desejo de encorajar outros a encontrar suas
próprias inspirações nos céus.
“Nossa missão é espalhar a astronomia e a ciência
para as pessoas — especialmente os jovens —
proporcionando oportunidades para observar corpos
celestes com diferentes tipos de telescópios, dando
palestras e ensinando habilidades como saber ler
mapas dos céus”
Apesar de ter começado apenas em Janeiro de
2015, a organização fundada por Hyseni se tornou o
maior programa sem fins lucrativos de divulgação da
astronomia da República de Kosovo, e tem recebido
elogios impressionantes. Um dos mais recentes
veio da NASA’s Night Sky Network (rede dos céus
noturnos da NASA) .“Nós não acreditamos que fomos
reconhecidos pela NASA por fazer muita divulgação e
por inspirar a juventude sobre as missões da NASA,”
disse ela. “De verdade, isso nos fez ter mais esperanças
no futuro”
Na seção de Perguntas e Respostas de “Estrela
em Ascenção”, Hyseni discute sobre como sua
organização começou e sobre onde ela vê a sua
organização chegar.
8
Que tipo de equipamentos a AOK tem?
No centro, nosso equipamento ótico inclui um telescópio
Newtoniano de 8 polegadas, abertura f/4, um refrator de
102mm, um refrator de 90/900mm, um telescópio solar
H-alfa Lunt LS50, um Cassegraniano de sete polegadas e um
Solarscope (tipo de projetor solar). Também temos câmeras
planetárias, filtros solares, mapas do céu e mais. Todos
estes equipamentos foram doados para nós por diferentes
astrônomos e sociedades internacionais, e eu agradeçoos muito. Isso nos levou a um grande passo adiante. Em
todos eventos de divulgação solar que fazemos, nós sempre
distribuimos óculos solares de graça, que são fornecidos pelo
Stephen Ramsden, diretor do Charlie Bates Solar Astronomy
Project (Projeto de astronomia solar Charlie Bates). Ele nomeou a
AOK como sua filial em Kosovo.
CORTESIA DE Astronomy Outreach of Kosovo/Likimedia Photography
Acima, Hyseni
leciona um
grupo de
estudantes na
Universidade
de Pristina.
À esquerda,
Hyseni conduz
um evento de
divulgação da
astronomia
solar em
Shtime, Kosovo,
representando
tanto a
Astronomy
Outreach
of Kosovo
quanto a filial
do Charlie
Bates Solar
Astronomy
Project em
Kosovo.
CORTESIA DE Astronomy Outreach of Kosovo/Likimedia Photography
Pranvera Hyseni, de 20 anos, fundou a Astronomy Outreach of Kosovo (Organização
de Divulgação/Popularização da Astronomia de Kosovo) em Janeiro de 2015.
Como você teve a idéia de criar essa
organização de divulgação que você fundou?
Não há uma universidade que ofereça graduação em astronomia
em Kosovo. Não há sequer uma quantidade suficiente de livros
de astronomia na nossa língua nativa. Gradualmente, depois de
aprender inglês, eu pude usar livros de astronomia em inglês e até
pesquisar mais sobre Astronomia na internet. Por necessidade, eu
sou autodidata em astronomia. Eu não tenho outros hobbies sem ser
a astronomia. Eu coloco astronomia em todas as outras coisas que
faço. Eu amo astronomia e nasci pra isso.
Depois que ganhei meu primeiro telescópio — um refletor de
76mm de abertura e distância focal de 700mm — de presente do
astrônomo Dragan Radmilovic, eu comecei a participar de vários
eventos e feiras usando aquele pequeno telescópio.
Em 10 de Janeiro de 2015 tive a idéia de fundar um clube de
astronomia. Eu o nomeei de “Astronomy Outreach of Kosovo” e
agora ele se tornou o maior programa daqui.
Sky’s
Traduzido por Guilherme Ferreira Franco
Up
CORTESIA DE Astronomy Outreach of Kosovo/Likimedia Photography
Sky’s
Up
Traduzido por Guilherme Ferreira Franco
9
Estrela em Ascenção
Dois condecorados
com ‘Astro Oscars’ por
esforços na divulgação
A missão do AstronomyOutreach network
(AOn) (rede de divulgação da astronomia)
é encorajar os esforços na divulgação por
astrônomos em todos níveis.
A cada ano, a AOn celebra um grupo seleto
daqueles que investiram substancial energia em
apresentar as maravilhas do cosmos aos outros,
presenteando-os com o Prêmio de Divulgação
da organização, mais conhecido como “Astro
Oscar”.
Os dois condecorados na cerimônia deste ano,
que ocorreu em Fevereiro, na Winter Star Party
(Star Party de Inverno) em Florida Keys, foram:
Dr. David Dunham
Por décadas, Dr. David Dunham tem
impulsionado observações amadoras e populares
de ocultações lunares. Em 1983, ele fundou a
International Occultation Timing Association
(IOTA) (associação internacional de predição
CORTESIA DE Ramiz Beqaj/Likimedia Photography/Astronomy Outreach of Kosovo
de ocultações), que é uma organização
Star trails (Rastros Estelares) sobre Kosovo
de voluntários com a missão de encorajar
observações de ocultações e eclipses e pregar a
O que o futuro aguarda para a AOK?
importância de estudar esses fenômenos. Além
Nós vamos representar Kosovo no International SUNday conference
de promover predições detalhadas sobre tais
eventos, a IOTA oferece conselhos sobre os
(Conferência Internacional do “Domingo”/”Dia do Sol”, trocadilho de sunday,
melhores equipamentos e técnicas para visualizar
domingo, com Sol, Sun), que vai acontecer em Home Hill, Queensland,
as ocultações, conduz e publica pesquisas
Austrália, em Junho. Ficarei lá por 40 dias para estudar mais sobre nosso Sol
baseadas nos dados obtidos pelas observações
e sobre astronomia, fazer divulgação e encontrar muitos astrônomos de
destas ocorrências e guia astrônomos de todos
todo mundo. É a primeira vez que Kosovo vai participar de uma conferência
níveis para cumprirem o papel de “cidadãointernacional sobre astronomia.
cientista.”
Em Agosto, nós vamos ter alguns convidados especiais e astrônomos
Shelley Bonus
visitando Kosovo. Eles são Stephen Ramsden, Robert Black e Clay Lowe. Juntos,
Uma artista de televisão e escritora premiada
nós vamos visitar escolas e fazer novos projetos.
que se tornou astrônoma, Shelly Bonus tem
Nós também temos um domo (observatório) doado para nós por Raymond
devotado seus anos na divulgação educacional da
Convie do Reino Unido, mas nós infelizmente não podemos trazê-lo para
astronomia. Além de fazer palestras públicas de
destaque, ela é a diretora de sessão do telescópio
Kosovo agora por causa dos custos do transporte.
de 60 polegadas do Mt. Wilson Observatory
Eu acredito que, um dia, o Astronomy Outreach of Kosovo vai se tornar um
(observatório Mt. Wilson) à noite e ensina
instituto científico, trabalhando duro para educar nossa juventude para sair
astronomia e escrita no programa de extensão da
desse planeta e ir para o espaço. Minha última messagem para as pessoas
UCLA (Universidade da Califórnia, Los Angeles)
é: Continuem olhando para o alto, vasculhando os céus, explorando e
de dia. Ela também trabalhou como educadora
descobrindo, porque você nunca sabe o que vai descobrir lá.
e escritora para a equipe do IPAC na Caltech,
fornecendo o conteúdo para o site de astronomia
À direita,
em infravermelho: CoolCosmos, e ela também
Hyseni
escreveu o “The Planetary Guide” (O Guia
prepara um
Planetário) em nome da Sociedade Planetária
telescópio em
(fundada por Carl Sagan), para o filme “Quantum
um Star Party
Quest: A Cassini Space Odyssey.” (Missão
(evento típico
Quântica: Uma Odisséia Espacial da Cassini.).
de observação
Bonus recebeu um prêmio de conquista de grupo
do céu)
da NASA pelo seu trabalho como especialista
realizado pela
em divulgação da astronomia e foi honrada
Astronomy
por ter o asteróide 10028 BONUS nomeado
Outreach of
em sua homenagem, pela União Astronomica
Kosovo.
Internacional, por seu trabalho como educadora
da astronomia. Mais recentemente, ela adicionou
o papel de interpretadora e conferencista do céu
CORTESIA DE Astronomy Outreach of Kosovo/Likimedia Photography
em cruzeiros no seu currículo.
Sky’s
10
Traduzido por Guilherme Ferreira Franco
Up
©2015 National Geographic Society
©2015 National Geographic Society
Discover The Details
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uses a high-resolution
3.5” screen as an eyepiece
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©2015 Explore Scientific® All rights reserved.
IMAGENS CEDIDAS POR Dr. Mike Reynonds
29 de Março de 2006, eclipse solar total
21 de Junho de 2001, eclipse solar total
11 de Julho de 2010, eclipse solar total
Preparem-se para um encontro com um eclipse
2017 vai propiciar
um eclipse solar total
para observadores
nos Estados Unidos
Por DR. MIKE REYNOLDS
Colaborador Convidado
Em 21 de Agosto de 2017, os Estados
Unidos irão experienciar seu primeiro
eclipse solar total desde 26 de Fevereiro
de 1979. Todo o continental Estados
Unidos vai experienciar, ao menos
parcialmente, o eclipse solar de modo
expressivo. Para os sortudos o bastante
para viverem o curto caminho da
totalidade, ou para viajarem até este
caminho, terão até 2 minutos e 40
segundos em baixo da sombra para
observar.
A sombra da lua aparece primeiro
no norte do Pacífico, se movendo de
oeste para leste. A totalidade primeiro
atravessa a costa oeste dos Estados
Unidos em Oregon, depois em Idaho,
Montana, Wyoming, Nebraska,
Kansas, Missouri, Illinois, Kentucky,
Tennessee, Carolina do Norte, Georia e
Carolina do Sul antes de ir para o mar.
Há cidades perto da rota da totalidade
em que há várias comunidades menores
muito perto ou diretamente ligadas a
linha central. Rodovias interestaduais e
estradas estaduais devem dar acesso a
linhas centrais com facilidade.
Este eclipse atrairá muita atenção,
tanto internacionalmente quanto dentro
12
CEDIDO POR Fred Espenak, MrEclipse.com
Este gráfico mostra o caminho do eclipse solar total de 21 de Agosto de 2017 pelo
continental Estados Unidos.
dos Estados Unidos, de astrônomos
amadores e profissionais, do público
geral e da mídia.
É melhor fazer planos para o eclipse
previamente – já existem hotéis com
todas as reservas agendadas. Coisas a
serem planejadas de antemão incluem
para onde você irá, como você
está planejando observar o eclipse,
circunstâncias locais do eclipse,
contingências temporais, etc.
UM ECLIPSE PRIMER
A Terra se encontra em uma
localização maravilhosa no Sistema
Solar, ela tem uma lua. Estas dinâmicas
permitem um possível eclipse lunar na
lua cheia e um possível eclipse solar
na lua nova. Eclipses nem sempre
acontecem devido a planos orbitais do
Sol-Terra e Terra-Lua.
Um dos três eventos acontecem
com um eclipse solar, dependendo
principalmente da distância TerraLua. Se a Lua está no ou perto do seu
apogeu (o ponto mais distante), ela
aparecerá menor e um eclipse anular or
um híbrido (anular ao longo de parte do
Traduzido por Laura Gomes da Silva Neves
Sky’s
Up
caminho e total no centro do caminho)
acontecerá. Um eclipse parcial é
observado pelos que estão fora do
caminho da totalidade ou se a passagem
da Lua em frente do Sol não é central.
LOCALIZAÇÃO, LOCALIZAÇÃO,
LOCALIZAÇÃO…
Os caçadores do eclipse de Agosto
de 2017 terão um longo caminho na
tentativa de observar o eclipse. Várias
pessoas escolherão o ponto mais perto
de suas casas. Excelentes rodovias
e estradas permitirão um transporte
bastante fácil. Há tanto grandes
aeroportos quanto aeroportos menores
que o caçador de eclipses pode escolher
voar, e depois dirigir até a linha central
do eclipse. Se for voar, lembre-se
de considerar os equipamentos que
você pode querer levar e de checar as
restrições de bagagem da companhia
aérea.
Você vai querer chegar o mais perto
da linha central possível para aproveitar
o máximo de duração da totalidade
a menos que você queira observar o
eclipse de longe, indo ao longo do
limite para o norte ou sul para ver
Baily’s beads e o anel de diamante
extendidos. Muitos indivíduos não
informados pensarão que você pode
estar perto do limite do norte ou do sul
para ver a totalidade. Uma coisa que
nós todos podemos fazer nas nossas
comunidades, especialmente por
aqueles que estão perto do caminho
do eclipse, é informar as pessoas que
elas precisam estar dentro do caminho
da totalidade do eclipse para ver a
totalidade. Caso contrário elas vão
ver um intenso eclipse solar parcial
e infelizmente perder a beleza da
totalidade.
Caçadores de eclipse com experiência
– a menos que vá de barco ou planeje
“voar” para o caminho do eclipse
– escolha sua localização preferida
baseada em um número grande de
variáveis, como acesso a sites e
condições atmosféricas. Eles também
procuram por temperaturas alternativas
e rotas que podem os levar para céus
mais limpos. Mapas excelentes e
recursos online são disponibilizados em:
• Mapa dos Caçadores de Eclipse de
Bill Kramer’s
Sky’s
Up
CEDIDO POR Dr. Mike Reynolds
Esta imagem do eclipse solar total de Julho de 2010 é diferente das outras porque ela mostra faixas
de sombra através do anel de diamante e o céu. Essa foto foi tirada na Ilha de Páscoa utilizando um
Explore Scientific de 80 mm apocromático e refrator e também uma câmera Canon EOS 5D Mark II.
• Página do Eclipse da NASA
• Mapa Animado da NASA
• Tabela do Caminho do Eclipse da
NASA
• Google Map Interativo da NASA
• Mapa Interativo de Xavier Jubier’s
PERSPECTIVAS DO TEMPO
Bem sucedidos caçadores de
eclipse vão te dizer que um dos mais
importantes aspectos de planejar uma
expedição de eclipse são os cenários
temporais. Muitos dados históricos,
padrão, de tempo, confiáveis, de chuva
a céu nublado, estão disponíveis.
Você quer maximizar suas chances de
observar o eclipse! Há muitos jeitos de
pesquisar informações meteorológicas
de um lugar específico e padrões
temporais perto da data do eclipse.
E a vantagem é que várias pessoas já
fizeram muitas dessas pesquisas.
Algumas das melhores previsões
e resumos pré-eclipse desde 1979
vem sido produzidas por um
meteorologista canadense chamado
Jay Anderson (http://eclipsophile.
com/), um ávido caçador de eclipses
solares totais com vinte eclipses
solares totais.
Outros meteorologistas vão produzir
excelentes previsões; baseados
em imagens diárias de satélite e
múltiplas estações terrestres dos E.U.
O melhor conselho é estar atento às
previsões antes do eclipse e ter locais
alternativos planejados.
OBSERVANDO O ECLIPSE
Como você planeja observar o
eclipse? Este é seu primeiro eclipse?
Você vai estar num grupo de pessoas
que vai querer que você detalhe o que
está acontecendo? Você tem planos de
fotografar ou fazer vídeos? Ou você vai
estar fazendo algum tipo de divulgação
do eclipse – o que é uma ótima maneira
de levar astronomia às pessoas!
Você tem muitas opções para
observar a fase parcial do eclipse, de
um telescópio com filtro solar até um
telescópio ou binócolus que projeta a
imagem em uma superfície.
Não se esqueça da SEGURANÇA!
A totalidade por ela mesma não
machucará seus olhos. Já o sol,
parcialmente em eclipse ou não,
causará o dano. Compre filtros
antecipadamente porque próximo ao
eclipse a demanda será grande.
Se atentar a segurança é primordial –
desde um filtro próprio para telescópio
a proteção para olhos nus.
BINÓCULOS E TELESCÓPIOS
Quase todo binóculo ou telescópio
Traduzido por Laura Gomes da Silva Neves
13
que você tiver proporcionará uma
visão satisfatória do eclipse total.
Alguns observadores preferem
binócolus porque os dão a facilidade
de observar outro fenômeno do
eclipse e depois facilmente retornar
a totalidade. Outros gostam da visão
telescópica. Não use uma ampliação
muito alta se este é o seu primeiro
eclipse; lembre-se que a coroa solar
pode estender vários diâmetros
solares. Uma estrututa que trava vai
retirar um potencial fator de distração:
continuar a centralizar o Sol durante
o oclipse. Independentemente de
qual equipamento você usar, esteja
preparado para rapidamente colocar
os filtros solares apropriados para
o terceiro contato com o anel de
diamante.
você esteja planejando uma imagem
de alta ampliação. Um vídeo também
vai te propiciar uma maneira de
ter imagens do eclipse. Imagens de
pessoas com lapso de tempo – que
também mostram mudanças na luz
solar – podem ser fascinantes.
Muitos fotógrafos de primeira
viagem vão deixar suas câmeras
no modo foco automático (se
usarem a lente da câmera ao invés
de um sistema câmera-telescópio)
e exposição automática. A câmera
vai “procurar” um foco mas terá
dificuldade para encontrar. Isto não é
uma coisa que você vai querer lidar
durante a totalidade. Você deve préprogramar a câmera para foco manual
e infinito; apenas certifique-se de
que a configuração infinito da lente é
realmente infinito.
FAZENDO IMAGENS DO ECLIPSE
Caçadores de eclipse experientes
Se você decidir fotografar o eclipse,
certificam-se de que tem baterias
cheque bem o seu equipamento
completamente carregadas e
antecipadamente, desde o seu sistema
confiáveis e muito espaço onde forem
de foco até o de exposição. Foco é
armazenar. Tenha
baterias extras e um
PMC
um dos fatores mais críticos para
local extra de armazenamento; você
assegurar que você tire boas fotos.
não quer tirar tantas fotos das fases
Entenda o sistema do seu campo
parciais que você descarregue sua
de visão; você não quer perder as
bateria ou não tenha mais espaço no
características coronais a menos que P rcartão
de memória. Muitos preferem
ECisiON MOtiON CONtrOller
8
registrar as imagens na mais alta
qualidade possível – normalmente
“raw.”
FIQUEM LIGADOS!
Por fim, certifique-se de olhar para o
eclipse! Procure por planetas e estrelas
um pouco antes e durante a totalidade.
Observe a sombra enquanto ela se
aproxima de onde você está. Procure
pelo efeito pôr-do-sol-nascer-do-sol:
cores ao redor do horizonte. Olhe para
Baily’s beads e o anel de diamante,
o sinal do segundo contato – e da
totalidade – chegaram.
ooo
Dr. Mike Reynolds viu seu primeiro
eclipse solar total em 7 de Março de
1970. Ele liderou inúmeras expedições
e observou 18 eclipses solares totais
– em 18 tentativas; observando da
terra, do mar e do ar. As observações
e fotografias de Reynolds foram
publicadas em muitos lugares,
incluindo o livroPMC
Observe Eclipse and
Astronomy. Ele é o Coordenador de
Eclipse da Associação de Observação
Lunar e Planetária e Professor de
Astronomia na Universidade Estadual
da
Florida.
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14
Traduzido por Laura Gomes da Silva Neves
explorescientificusa.com
Sky’s
Up
1
10?s
2
3
4
Neste artigo, Sky’s Up dará aos
estudantes a oportunidade
de realizar 10 perguntas
à astrônomos líderes,
exploradores espaciais,
cientistas e cosmólogos.
ooo
As perguntas neste capítulo
foram enviadas por estudantes
da 5ª série da Escola do Ensino
Fundamental de Riverside em
Jacksonville, Flórida.
CORTESIA DA NASA
Um verdadeiro
explorador:
Astronauta da NASA
Story Musgrave
16
53 dias, 9 horas, 59 minutos — Este é o tempo que o
Astronauta Story Musgrave da NASA gastou em órbita, mas não é
suas aventuras em exploração começaram.
“Sou uma criança da fazenda, criada na natureza, nos campos,
florestas, rios e céus,” ele disse. “Eu era um explorador com 3 anos
de idade, então 25 anos depois o programa espacial aconteceu.”
Durante sua posse de 30 anos na NASA, esteve presente em 6
vôos espaciais. Ao longo do curso dessas missões, ele realizou
a primeira caminhada espacial do ônibus espacial no primeiro
vôo da Challenger, era um piloto em uma missão de astronomia,
conduziu duas missões secretas do Departamento de Defesa, foi
o “spacewalker” líder na missão de reparo do Telescópio Hubble e
operou um satélite de chip eletrônico em Columbia.
Seus destaques na NASA incluem servir como comunicador no
Controle da Missão por 25 missões, trabalhar no desenvolvimento
do programa Skylab e participar no design de todo equipamento de
atividade extra veicular do Ônibus Espacial.
Neste capítulo das 10 Perguntas da Sky’s Up’s, Musgrave fala a
respeito de suas experiências na exploração do espaço.
Traduzido por Guilherme Schwartz de Castro Becker
Sky’s
Up
5
Sky’s
Up
O que te inspirou a se tornar um astronauta?
Exploração! Fronteira cientifica, fronteira intelectual e fronteira física. Coloque-se em um
lugar em que você nãos está evoluído pra se estar... É importante entender. Você sabe,
pessoas sempre perguntam se você sempre quis ser um astronauta. Não nos anos 1930.
Não havia programa espacial. Eu estava na escola de pós-graduação quando lançaram o
Sputnik.
Qual formação é preciso para se tornar um astronauta?
Você precisa apenas de um bacharelado. Se você estiver se tornando um astronauta
cientista / especialista de missão, você não será muito competitivo, mas é o suficiente. É
tudo o que eles requisitam.
Quando se tornou um astronauta?
1967 – Meu 50º aniversário está se aproximando.
Qual era a descrição do seu trabalho para a NASA?
Eu tive uns 20 ou 30. Gerente de Projeto, designer, engenheiro, piloto. Eu voava de vez em
quando. Dos meus 30 anos pela NASA, eu diria que dediquei 10 deles a negócios de vôos. E
isto é, desenvolvendo missões, treinando para elas e voando nelas. Vinte anos dos 30 foram
como gerente de projeto ou designer, você sabe engenharia, construindo o próximo programa.
Eu me juntei antes da Apollo. Eu ajudei um pouco a Apollo. Eu fiz bastantes desenvolvimentos
para Sky Lab – nossa primeira estação espacial. Eu trabalhei muito neste desenvolvimento e
então temos Apollo-Soyuz, e então o Ônibus Espacial, e então a Estação Espacial, e por aí vai.
Então eu tive que construir todos estes programas ao longo do caminho. Hubble – você sabe
que eu era o mecânico líder para ir consertá-lo, mas eu gastei 18 anos naquela coisa. Então
não são apenas negócios de vôo.
Como é na espaçonave?
Bem, uma espaçonave é um grande closet. É um grande avião. Não há tanto espaço quanto
aparenta. Você tem o traje de escape — o traje de escape laranja, os de EVA e os trajes para
caminhada espacial — e todos os experimentos científicos e tudo mais e colocado junto.
Você mal pode se mover é uma nave bem cheia. Por outro lado, é muito parecido com um
avião, com todos os controles e displays e os monitores. Há uma ótima janela. Gastamos um
bom tempo na janela porque há ótimas coisas para se ver pela janela. Vida no espaço são
três coisas. É a mágica de flutuar livremente – muitas coisas engraçadas acontecem porque
você estava prestes a estar lá. Então, isto é uma parte. O que você vê através da janela é
outra parte e a suavidade que você conduz a missão. Você tenta conduzir uma missão sem
falhas. Não são apenas checklists. Não é apenas acionar chaves. Você e o Controle da Missão
trabalham juntos para que o trabalho seja realizado. É a missão do Controle da Missão, não
a sua. Não é a sua missão. Pertence ao Controle da Missão. É por isso que tem esse nome.
Então você são eles e seus olhos lá em cima. O quanto antes você perceber como trabalhar
com eles para realizar a tarefa, será melhor para você.
Traduzido por Guilherme Schwartz de Castro Becker
17
7
8
Astronautas
Story Musgrave,
esquerda, e
Don Peterson
flutuando no
compartimento
de carga do
ônibus espacial
Challenger
em órbita da
Terra, durante
sua caminhada
espacial na
missão STS-6
em 7 de Abril de
1983.
6
18
9
CORTESIA DA NASA
Qual é a sensação de estar em um traje espacial?
Você sempre pensa na ergonomia de como você vai fazer as coisas. É por isso que você está
usando um traje. Você está no traje para realizar algo lá fora. As pessoas entendem que é.
Eles entendem que existe muito entre você e o que você está tocando, o que você vai mover.
Mas eles não entendem, não possui o seu corpo. Não possui uma articulação do ombro. A
articulação do ombro é uma bola e um soquete, então você pode movimentar 360 graus em
qualquer direção a qualquer hora. Isso não é verdade em um traje, pois ele não tem uma
articulação do ombro. Você tem e não tem. A posição das juntas e dos movimentos das juntas
— não possui o mesmo corpo, então você tem que se acostumar com um corpo diferente.
Aqui estou comendo, alcanço o meu garfo, não tenho que pensar se minha mão vai pegar o
garfo. Eu sei todas as forças que tenho que fazer e quais músculos usar. Não preciso pensar.
Isso não é verdade em um traje espacial. Você vai errar por 30 centímetros. Não da pra fazer
as coisas normalmente como são. Você não pode tocar o seu nariz. Você tem que estudar
como você vai fazer aquilo, porque você vai errar. É também muito volumoso. As pessoas
sabem sobre isso. Outra coisa é, claro, você está trabalhando em condições de queda livre.
Tudo está se movendo ao redor. Você tem massa. Você pode não ter peso, você pode não ter
força entre você e algum objeto, como a grande espaçonave ou o ônibus espacial em que você
está ou algo assim, mas você tem massa. Minha massa é de 217 quilos. Isto sou eu e minha
mochila. Minha mochila pesa 127 quilos sozinha. Se você adicionar tudo você tem 217 quilos.
Então você quer se mover para algum lugar, você tem que levar 210 quilos, você tem que
parar. Então você pode pensar sobre isso. Se você acha que vai se mover como um ágil esquilo
apenas com seus dedos e pulsos. Você vai, mas há 217 quilos que você tem que carregar e
parar. E também há a mesma inércia rotacional.
Traduzido por Guilherme Schwartz de Castro Becker
10
O quanto pesado é um traje espacial?
Depende. Na massa total, você inclui seu corpo também, pois ele também se move.
Eu, particularmente, tenho aproximadamente 217 quilos. Novamente, sabemos do que
estamos falando — é massa.
Como você sobrevive a longos períodos no espaço?
Bom, como sobreviver. Você deve olhar os obstáculos que podem te machucar. Você pode
ir diretamente para radiação, ir diretamente para Marte. Nós não temos a resposta para
radiação. Precisamos da resposta para a radiação. Você não tem a proteção da atmosfera
da Terra. Ela captura partículas de alta energia e as neutraliza. Sou muito otimista a
respeito de muitas coisas. Nunca desenvolvemos máquinas para reverter o que chamamos
de Zero G. Nós possuímos máquinas de exercícios adaptadas de esteiras na Terra, de
bicicletas na Terra, máquinas de remos na Terra. Mas essas máquinas nunca tiveram a
intenção de reverter os efeitos sedentários da condição de queda livre. Nós precisamos
criar máquinas do zero para este propósito. E estou otimista que podemos fazer isso. Estão
sempre falando em perder a densidade dos ossos. Podemos fazer algo a respeito disso.
Esticar o osso, vai se cuidar por conta própria. Há várias coisas que podemos contornar.
Se iremos mais longe, temos que trabalhar no psicológico, também. Quando a Terra
desaparecer, quando você perder a Terra completamente, e é apenas uma estrela brilhante
— será uma vista impressionante quando a Terra desaparecer. Mas a radiação – radiação é
o número 1 em termos de um problema difícil para se lidar agora.
Quais tipos de comida você pode comer no espaço?
Você come todo tipo de comida no espaço, são preservadas um pouco diferente. Ela vem
em latas, vem em pó e você as reidrata. Às vezes é enlatada, e é apenas filé mignon, e
cara, é a mesma coisa que steak aqui em baixo. É maravilhoso. E nós não temos freezer ou
geladeiras desde 1973. Nós não investimos nisso. Skylab, nossa primeira estação espacial,
tinha um freezer. Nós tínhamos comida congelada, e uma geladeira. Um grande problema
no início foi que não podíamos lidar com comida em Zero G. Bom, você pode. Se estiver
molhado, gruda. Se estiver molhado, gruda, mas gruda mesmo. Então uma gota de água no
meu dedo não irá cair em Zero G. Não tem lugar para ir. Então gruda muito mesmo. Criamos
problemas que nunca tivemos para nós mesmos. Então comida é o mesmo do que aqui em
baixo. Biscoitos cozidos (são evitados no espaço) por causa das migalhas. Se a comida é seca,
você pode manuseá-la. Se você vai comer biscoitos, eles precisam ser pequenos para que
você possa colocar todo o biscoito na boca e fechá-la. Você não pode morder um biscoito
grande por causa das migalhas que são geradas quando seus dentes estão mordendo, e as
migalhas se desprendem e podem ir para qualquer lugar. Os ventiladores do ar-condicionado
vão pegá-los, mas nesse meio tempo eles podem ir parar nos seus olhos.
Qual é o mais longe que você já viajou da Terra?
A missão Hubble é o mais alto que o ônibus espacial vai. Isso é 370 milhas estatuárias—
320 milhas náuticas. Este é o mais alto que o ônibus espacial vai – 370. É um bom lugar
para se ter o Hubble. Quanto mais longe, melhor. Não poderemos consertar o telescópio
Webb. Ele estará a milhões de milhas de distância.
Educadores: Se você estiver interessado em ter sua classe participando neste artigo, por favor,
envie suas informações de contato para [email protected].
Sky’s
Up
Sky’s
Up
Traduzido por Guilherme Schwartz de Castro Becker
19
Técnicos usam
um guindaste
para trazer a
sonda Juno da
NASA para uma
plataforma de
abastecimento
onde a sonda
será carregada
com o propelente
necessário para
a sua missão a
Júpiter. A imagem
foi tirada na
Instalação de
Processamentos
Perigosos da
Astrotech em
Titusville, Fla., no
dia 27 de junho
de 2011.
“Nós nunca cessaremos a exploração
E ao final de tudo que exploramos
Chegaremos onde começamos
E conheceremos o lugar pela primeira vez.”
— T.S. Eliot
Superando
os limites
A exploração espacial revela os
segredos do nosso Sistema Solar
Por STEVE EDBERG
Contribuidor convidado
A Agência Nacional de Aeronáutica e
Administração Espacial dos Estados Unidos,
a NASA, tem explorado o espaço por
mais de 55 anos. Pioneer 4, seu
Pioneer 4
primeiro esforço bem sucedido a
se aventurar no Sistema Solar – à
Lua e além – veio somente um
ano após sua primeira missão
bem sucedida a orbitar a Terra
com a Explorer 1. A história da
exploração além da órbita da
Terra, através da NASA e do
resto do mundo, está tão cheia
de falhas quanto de sucessos –
um verdadeiro empreendimento
humano.
A exploração robótica do
Sistema
Solar pela humanidade
CORTESIA DA NASA
pode ser caracterizada pelos
estágios que ela segue. Observações
remotas são feitas por observatórios
robóticos em órbitas geocêntricas (ao redor
20
da Terra) ou heliocêntricas (ao redor do
Sol). Frequentemente deixadas fora das
discussões, essas sondas não têm somente
provido informações distantes. Elas também
nos permitiram monitorar os acontecimentos
nos planetas e em suas atmosferas muito
depois de sondas planetárias terem deixado
de existir e muito antes da próxima (ou
primeira) geração de visitantes robóticos
chegar. Adicionalmente, elas estendem a
nossa visão, e o nosso conhecimento, a
regiões muito mais amplas do espectro,
algumas inacessíveis na superfície da Terra.
A pesquisa é iniciada com uma ou mais
sondas de sobrevoo. Esses exploradores
geralmente fazem uma passagem pelo
objeto alvo antes de continuar viagem ou,
ocasionalmente, colidir intencionalmente
com ele. Satélites naturais (luas) orbitando
este corpo também são estudadas às vezes,
dentro das limitações do período curto em
que a sonda passageira está próxima ao
planeta.
Pesquisas são feitas por orbitantes. A
Traduzido por Ana Catarina Ávila Vitorino
Sky’s
Up
CORTESIA DA NASA/KSC
longa duração das missões orbitais é usada para mapear
detalhadamente o corpo alvo, tanto geograficamente quanto
topograficamente e composicionalmente. Observações em
close-up de alguns satélites naturais em órbita também são
frequentemente possíveis.
Exploração em superfície geralmente começa com uma
sonda que aterrissa e permanece imóvel. Mesmo depois
que explorações com rovers estejam acontecendo, sondas
imóveis com investigações mais estreitamente focadas
têm sido usadas com resultados excelentes por suas
câmeras, brocas e experimentos de composição. Robôs
que aterrissam em planetas ou luas com uma atmosfera
geralmente carregam instrumentos meteorológicos consigo.
Detectores de radiação também são incluídos às vezes na
bagagem.
A exploração atmosférica de planetas e satélites segue
uma linha parecida, embora obviamente adaptada para
voo. Sondas balísticas podem ser enviadas de um veículo
que esteja sobrevoando ou em órbita ou podem entrar
diretamente na atmosfera. Mesmo durante o período
quente da entrada, medições são feitas. Depois de reduzir
a velocidade a um pouco mais que a velocidade do som na
atmosfera, a sonda pode acionar um paraquedas para uma
descida ainda mais lenta, durante a qual medições mais
detalhadas podem ser feitas enquanto o pacote cai. Balões
selados carregando pacotes de instrumentos também têm
sido usados (Vênus) e designs para balões de ar quente,
planadores e até mesmo aeronaves a motor estão ativamente
Sky’s
Up
sendo consideradas para Marte e Titã (Saturno). Sondas
atmosféricas para Vênus e Titã sobreviveram na superfície
dos seus destinos por períodos curtos, provendo medições
úteis.
O retorno de amostras e finalmente exploração humana
finalizam o processo de exploração. O retorno de amostras
robóticas do vento solar, um cometa, a Lua e um asteroide
foram completadas até 2016, com visitas adicionais e
retornos em um futuro breve. Exploração humana da Lua
com retorno de amostras começou em 1969 mas não houve
viagens tripuladas até lá (ou mais distante) desde 1972. Isso
deve mudar na próxima década.
Uma quantidade considerável de missões estão atualmente
expandindo o nosso conhecimento do Sistema Solar. Um
número muito grande de satélites estão estudando a Terra,
demais para serem listados aqui. Eles estão orbitando a
Terra em uma variedade ampla de altitudes. Na extremidade
mais baixa, os astronautas da Estação Espacial Internacional
e instrumentos anexados conduzem estudos. Outros
satélites orbitam em altitude geoestacionária. Alguns estão
em órbita solar, circulando o ponto Lagrangiano Terra-Sol 1
aproximadamente 1.5 milhões de quilômetros da Terra em
direção ao Sol.
Algumas sondas ativas estudando o Sol:
• Active Composition Explorer (ACE),
• Interstellar Boundary Explorer (IBEX),
• Interface Region Imaging Spectrograph (IRIS),
• Reuven Ramaty High Energy Solar Spectroscope Imager
Traduzido por Ana Catarina Ávila Vitorino
21
(RHESSI),
• Solar and Heliospheric Observatory
(SOHO),
• Solar Dynamics Observatory (SDO),
• Solar Terrestrial Relations
Observatory (STEREOs: A and B),
• Voyager 2
• Wind
Estas sondas variam em distância
desde logo acima da atmosfera da Terra
até o Sol-Terra L1 e daí em diante até
as partes mais distantes da heliosfera
(o volume de espaço controlado pelo
campo magnético do Sol e pelo vento
solar). A maioria delas são observatórios
mas algumas carregam instrumentos
CORTESIA DA NASA/JPL-Caltech
para medir diretamente o ambiente onde
Nessa
imagem
o
artista
descreve
a
nave
espacial
da
NASA
Voyager
1
entrando
no espaço interestelar.
estão.
É notável que a Voyager 1 tenha
frio de lá. Cassini continuou seu tour orbital do sistema e está
terminado seus estudos da heliosfera em 2012 quando
marcada para terminar em setembro de 2017, mergulhando
entrou em espaço interestelar. Ela está escapando do Sol
através do sistema de anéis três vezes antes de adentrar a
mas ainda é influenciada pela gravidade solar enquanto
atmosfera de Saturno.
navega pelo meio interestelar. Ela continuará obtendo
Urano e Netuno não foram visitados desde que a Voyager 2
medições deste novo ambiente provavelmente até a década
da NASA passou por eles em 1986 e 1989, respectivamente.
de 2020 antes que a sua bateria fique fraca demais para as
Mas o Sistema Solar externo não esteve sem monitoramento
operações dos instrumentos.
enquanto as Voyagers saíam da heliosfera. Em 2015, a New
Atualmente, não há sondas operando em Mercúrio.
Horizons da NASA fez um sobrevoo bem sucedido do
Estudos de Vênus estão sendo feitos pela sonda japonesa
sistema de Plutão enviando imagens surpreendentes de um
Akatsuki em sua órbita.
planeta-anão que está aparentemente muito mais ativo que
Exploração por robôs na Lua tem sido retomada nos
últimos 25 anos. O Lunar Reconnaisance Orbiter da NASA qualquer um imaginaria para um objeto tão longe do Sol.
Se for fornecido financiamento adicional, New Horizons irá
continua monitorando nosso vizinho mais próximo no
para um sobrevoo de um objeto do Cinturão de Kuiper, um
espaço mesmo depois que outras missões da NASA e de
dos restos da origem do Sistema Solar, no dia 1 de janeiro de
outros países cessaram suas atividades.
2019.
O último dos planetas terrestres (rochosos) é Marte.
Os observatórios da NASA também têm estado ocupados.
Depois do Sol e da Terra, ele está recebendo mais atenção.
Além de estudar os planetas do Sistema Solar, eles têm
A NASA atualmente tem as sondas MAVEN, Mars
investigado ativamente os exoplanetas: planetas que
Reconnaisance Orbiter e Mars Odyssey monitorando-o.
orbitam outras estrelas. O Telescópio Espacial Hubble
Adicionalmente, dois rovers, o Mars Exploration Rover
investigou sistemas exoplanetários encontrados por
Opportunity e o Mars Science Laboratory Curiosity,
observatórios na superfície terrestre e pela missão Kepler
continuam sua exploração da superfície do planeta e os
da NASA que está buscando exoplanetas e suas estatísticas
estudos da sua atmosfera e seu ambiente radioativo.
Mais distante, corpos rochosos são encontrados no cinturão populacionais na Via Láctea. O Telescópio Espacial
Spitzer tem utilizado as descobertas do Hubble para medir
de asteroides. A sonda Dawn da NASA terminou sua
exploração orbital de Vesta e usou seus motores de íons para temperaturas, nebulosidade e condições atmosféricas de
exoplanetas. Seus amigos e conhecidos, familiares, e até
se mover ao planeta-anão Ceres onde terminará sua missão.
Jupiter atualmente não possui companheiros robóticos. Isso mesmo você podem se perguntar por que observamos
com telescópios e investimos dinheiro de impostos em
mudará no dia 4 de julho de 2016 quando a sonda Juno da
instrumentos e robôs para imagens ainda melhores. Nós
NASA ligará seus motores para começar uma missão de 20
exploramos porque isso é uma parte de ser humano.
meses.
Explorar nos permite ver outros mundos, algo que nossos
Saturno tem tido a companhia da missão Cassini/Huygens
ancestrais fizeram centenas de milhares de anos atrás,
da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA) desde
enquanto eles se aventuravam além da área onde nasceram.
2004. A sonda Huygens explorou a atmosfera e a superfície
Nossa curiosidade inata moveu certos indivíduos a superar
de Titã em janeiro de 2005 antes de sucumbir ao extremo
22
Traduzido por Ana Catarina Ávila Vitorino
Sky’s
Up
Possibilidades
planetárias
Por STEVE EDBERG
Contribuidor convidado
A busca por planetas orbitando estrelas similares ao Sol
teve seus primeiros resultados em 1995. Desde então,
usando uma variedade de técnicas, nós descobrimos um
número crescente de exoplanetas variando em tamanho de
Marte até várias vezes a massa de Júpiter. E esta descoberta
também foi surpreendente: foi a primeira de uma classe de
planetas conhecida como “Júpiteres quentes”. Esse planeta
orbita sua estrela mais perto que Mercúrio orbita o Sol.
Algumas vezes até as premissas mais óbvias podem estar
erradas. Órbitas planetárias podem não ser circulares,
uma dica que Marte estava nos dando mas que não foi
considerada um indicador. Algumas vezes premissas
mais sutis podem estar erradas. As órbitas dos planetas
podem não estar no mesmo plano. (Figura 1) E como
visto em Marte e no planeta-anão Plutão, estações dos
planetas também podem ser profundamente diferentes.
Todos estes exemplos expandem nossa perspectiva e nos
empurram para tentar compreender a total amplitude de
possibilidades oferecidas pela natureza.
A visão geral de que planetas rochosos estão próximos
da sua estrela (e verdadeira com os satélites Galileanos de
Júpiter) com gigantes gasosos encontrados nas porções
exteriores dos sistemas planetários tem apanhado bastante
também. Júpiteres quentes e planetas não representados
no Sistema Solar, “super-Terras”, são encontrados em
outros sistemas. E a organização de massa-e-composição
dos planetas em direção ao exterior dos seus sistemas pode
existir em muitas variedades.
Aqui no nosso Sistema Solar, de quatro planetas
terrestres (rochosos), só dois têm satélites (luas). Suas
luas são vastamente diferentes, também. A Lua da Terra
possui mais de 1% da massa da Terra, mais de 25% do
seu diâmetro e sua órbita está deslocada alguns graus
do plano do equador terrestre. Fobos e Deimos de
Marte são pequenos e orbitam no plano equatorial de
Marte. Os gigantes gasosos no Sistema Solar externo
as barreiras do conhecimento. Felizmente eles dividem suas
descobertas, nos levando junto em suas explorações. Nós os
lembramos em nossa história coletiva.
Parte dessa exploração na astronomia vai além de novas
imagens. Nós reconhecemos que a Natureza está nos dando
a oportunidade de ver e aprender com experimentos que
nós nunca pudemos executar. No nosso próprio Sistema
Solar, a natureza nos oferece, entre os planetas e detritos que
observamos, uma variedade de
Sky’s
Up
Crédito de Ilustração: NASA, ESA, e A. Feild (STScI)
Crédito de Ciência: NASA, ESA e B. McArthur (Universidade do Texas em Austin)
Parecendo perpendiculares ao plano do Sistema Solar, é fácil de
concluir que as órbitas dos planetas são quase círculos perfeitos.
Quando foi descoberto que a estrela Upsilon Andromedae possui
planetas, a determinação do seu movimento mostrou que um dos
seus planetas tinha uma órbita acentuadamente elíptica. De um
ângulo oblíquo o sistema de Upsilon Andromedae mostra que o plano
orbital deste planeta é profundamente diferente do plano orbital dos
outros planetas.
têm conjuntos de “luas irregulares” que orbitam em
órbitas aproximadamente circulares no plano equatorial
do planeta e muitas “luas irregulares” que orbitam em
órbitas elípticas com muitas direções e ângulos diferentes
do plano equatorial do planeta. Por que o maior satélite
de Netuno, Tritão, orbita na direção oposta à direção de
rotação do planeta enquanto todas as outras luas regulares
orbitam na mesma direção? Como o pequeno Plutão,
em uma órbita elíptica distante do Sol, acabou com 5
satélites orbitando em ou próximo ao seu plano equatorial
extremamente torto? O maior, Quíron, tem tamanho
suficiente para que seja razoável chamar Plutão-Quíron
um planeta anão duplo.
Qual é a mensagem da Natureza oculta em todas estas
pistas?
• Atmosferas planetárias
• Superfícies planetárias
• Magnetosferas planetárias e
• Interiores planetários
Nós aprendemos a construir a tecnologia para investigar
todos estes assuntos. Simplesmente ao observar outros
planetas e outros sistemas planetários, nós ganhamos
perspectiva. Ao compreender nossos vizinhos, nós
compreendemos melhor a nossa casa.
Traduzido por Ana Catarina Ávila Vitorino
23
Qualquer um que tenha olhado a
Lua através de um telescópio ou
visitado a Cratera de Meteoro no
Arizona conhece a aparência de
uma cratera de impacto. Sondas
estudando outras superfícies duras
no Sistema Solar geralmente acham
crateras. À primeira vista, elas
parecem iguais. Mas um exame um
pouco mais detalhado mostra que há
diferenças em formato e estrutura
interna. A Natureza nos proveu
amostras de crateras em gelo e
superfícies rochosas e as diferenças
nas aparências das crateras são
testemunha dos materiais da
superfície e subsuperfície e seu
comportamento físico sob estresse
e na temperatura em suas distâncias
ao Sol.
Estes são somente alguns
exemplos do que observamos com
os experimentos da Natureza.
Nossa exploração dos planetas,
exoplanetas e além vai continuar.
Nossos robôs estendem nosso
alcance e em breve humanos vão
ver novas paisagens planetárias
com seus próprios olhos. Nós
temos sorte de poder dividir essa
exploração e ponderar sobre ela.
ooo
Steve Edberg é um astrônomo
no JPL e um astrônomo amador
em casa e no seu observatório
na Califórnia. Ele trabalhou na
Galileu a Jupiter, Cassini a Saturno,
e outros projetos da NASA. Ele
trabalhou como Coordenador para
Observações Amadoras para a
Vigilância Internacional do Halley.
Ele é um caçador de eclipses
e organizador de expedições
ávido e foi Diretor Executivo
da Conferência do Telescópio
Riverside, Inc. por 22 anos. Ele foi
honrado pela União Astronômica
Internacional com a nomeação
formal do asteroide 1985QQ como
(3672) Stevedberg.
— Traduzido por
Ana Catarina Ávila Vitorino
24
Semelhanças Cósmicas:
DUNAS
Erosão de um ou mais tipos em
um planeta ou satélite gera areia.
Com uma atmosfera, grossa ou
fina, presente, a areia pode formar
dunas. Dunas de areia nos informa
sobre a velocidade e direção do
vento em lugares como Vênus,
Marte e Titã (satélite natural de
Saturno). Acima à direita, imagens
ópticas de campos de dunas na
Terra mostram ter semelhanças com
imagens de radar de campos de
dunas em Titã, satélite de Saturno,
no meio à direita, e imagens do
radar de Vênus, abaixo à direita. Na
extrema direita, imagens ópticas de
Marte correspondem a outro tipo
de campo de dunas encontrado na
Terra. Observe as “ondas” perto
da seção inferior direita. Direção
do vento em campos de dunas é
geralmente perpendicular às linhas
quase paralela de picos de dunas e
vales.
VULCÕES
— Por Steve Edberg
Mars
Earth
Deltas
Earth
CORTESIA DA NASA/JSC
Titan
CORTESIA DA NASA
Mars
CORTESIA DA NASA/JPL
Venus
CORTESIA DA NASA/JPL
CORTESIA DA Malin Space Science Systems/MGS/JPL/NASA
CORTESIA DA NASA/JPL
Rios fluindo que muitas
vezes produzem deltas
em suas extremidades.
Na Terra e Marte os
rios eram de água.
Em Titã, o líquido é
uma mistura de gases
liquefeitos, metano
e etano. O relevo
parece semelhante.
No alto à esquerda,
Delta do Okavango na
Terra, localizado em
Botswana, é o maior
CORTESIA DA NASA/JPL-Caltech/ASI
delta interno do mundo.
O rio não desagua no oceano. Marte apresenta
vários deltas de rios antigos. Acima, o radar de
abertura sintética da nave Cassini da NASA mostra
dois deltas de rios na costa ocidental do Lago Ontário
de Titã causados por gases liquefeitos fluindo sobre, e
erodindo, a superfície de gelo de água.
Venus
Mars
Earth
Os vulcões são encontrados na Terra em uma variedade
de formas, tais como os vulcões em escudo do Havaí,
Mauna Loa e Mauna Kea, foto à direita. Embora estes
sejam gigantes, eles são pequenos em comparação
com o vulcão em escudo de Marte, o Monte Olimpo,
retratado no centro. O primeiro Vulcanismo ativo,
encontrado em outro lugar do Sistema Solar, foi
encontrado e estudado pela sonda Voyager da NASA.
Vulcanismo antigo e novos tipos de vulcões têm sido
reconhecidos em Vênus e há algumas evidências de
CORTESIA DA Steve Edberg
que Vênus ainda pode vulcanicamente ativo. Acima à
direita, um grande vulcão em Vênus (com sua altura
Io
exagerada nessa visão de radar) mostra fluxos de lava.
Um pouco mais a direita, Vênus exibe outros novos tipos
de vulcões, incluindo estas “panquecas” encontradas
durante o mapeamento de radar. Abaixo à esquerda,
a lua mais interna de Júpiter, Io, é agora conhecida por
ser o lugar mais vulcanicamente ativo do sistema solar.
Alguns de seus vulcões ativos podem ser monitorados
CORTESIA DA NASA/JPL/University of Arizona
com telescópios baseados na Terra. Os Vulcões ativos
de Io estão constantemente mudando sua aparência. Este conjunto de três imagens da sonda Galileu da NASA mostram
mudanças dramáticas na região Pillan Patera de Io. A primeira imagem foi tirada em abril de 1997, a segunda em
setembro de 1997 e a terceira em Julho de 1999.
Traduzido por Phâmela Lopes
Explorações mostraram
semelhanças em nosso
Sistema Solar
Sky’s
Up
Sky’s
Up
CORTESIA DA NASA/JPL
Venus
CORTESIA DA NASA
Traduzido por Phâmela Lopes
CORTESIA DA NASA
25
DESLIZAMENTOS
Deslizamentos de terra são comuns na
Terra e tem uma aparência carcterística.
No entanto, uma variedade de
deslizamentos de terra tem sido vistos
em ambas as superfícies rochosas e
geladas e em situações de pequeno e
grande campo gravitacional em todo o
Sistema Solar.
Estas imagens mostram deslizamentos
de terra na Lua, na lua Iapetus de
Saturno, em Marte, no asteroide Vesta
e na lua de Saturno Hipérion.
Com o monitoramento contínuo,
temos visto deslizamentos de terra
em ação, como aquele em Marte, que
foi capturado na terceira imagem na
linha superior. A imagem abaixo mostra
um deslizamento de terra incomum
criado por uma cratera de impacto
em Marte. A imagem mais distante de
Hipérion, que tem uma forma incomum
e uma rotação oscilante, mostra um
colapso regional que preservou as
características da superfície dentro da
zona de colapso.
Earth
26
Iapetus
Moon
CORTESIA DA NASA
CORTESIA DA US Geological Survey
Mars
Vesta
CORTESIA DA NASA
CORTESIA DA NASA/JPL/Space Science Institute
Mars
Iapetus
CORTESIA DA NASA
CORTESIA DA NASA
CORTESIA DA NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA
Plumas de
Erupção
Plumas de Erupção são vistas em
uma variedade de objetos no sistema
solar, embora o processo específico
que causa a pluma de erupção nem
sempre seja compreendido. Alguns
dos exemplos retratados aqui incluem:
plumas de erupção entram no vácuo
do espaço a partir “jatos” emitidos,
pela lua de Saturno Encelado (água
salgada) e pelo cometa Hartley 2
(gás de poeira) e pela lua de Júpiter
Io(enxofre). Na Terra, gêiseres ejetam
água em estado líquido em uma
atmosfera densa. Plumas de Tritão tem
colorido à superfície, aparentemente
direcionadas pelo vento em uma
atmosfera muito fina. Os mecanismos
que levam às erupções não são bem
compreendidos, exceto na Terra
e em Io. Os resultados das buscas
por plumas sobre a lua Europa de
Júpiter são disputadas por cientistas
planetários.
Mars
Earth
CORTESIA DA NASA/JPL/Space Science Institute
CORTESIA DA NASA/NOAA
CORTESIA DA NASA/JPL-Caltech/UMD
CORTESIA DA NASA/Johns Hopkins University Applied Physics
Laboratory/Southwest Research Institute
Triton
Enceladus
CORTESIA DA NASA/JPL/USGS.
CORTESIA DA NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute
Traduzido por Phâmela Lopes
Sky’s
Up
CORTESIA DA NASA/JPL/SSI/Gordan Ugarkovic
CICLOS DE
PRECIPITAÇÃO
Jupiter’s
Europa
and Io
Comet Hartley 2
CORTESIA DA US Geological Survey
Hyperion
Sky’s
Up
É natural querer saber de
onde o líquido vem em outros
planetas. No caso de Marte,
a maior parte da água que
veio durante a sua formação
agora se foi, ou pelo menos
está bem escondida. O ciclo de
precipitação
refere-se à
transferência
de um líquido
entre as
várias fontes e
“sumidouros”
em um
planeta ou
satélite. A
Terra tem um
ciclo de água,
enquanto
Titan tem
um ciclo de
metano.
CORTESIA DA U.S.
Geological Survey
Traduzido por Phâmela Lopes
27
Auroras
TEMPESTADES
A presença de uma atmosfera
permite muitas comparações. Terra,
Marte, Júpiter, Saturno, Urano e
Netuno exibem auroras. As maiorias
das auroras são um resultado da
interação do vento solar com o
campo magnético de um planeta. A
exceção é Marte porque não tem um
campo. O campo magnético fornece
um caminho para que as partículas
do vento solar entrem na atmosfera
do planeta perto dos seus polos
magnéticos. A estrutura oval da aurora
é comum. A colisão direta do vento
solar no topo da atmosfera marciana
leva ao brilho da aurora que é muito
menos definida sobre Marte. Estas
imagens mostram as auroras ovais da
Terra, Júpiter e Saturno.
Earth
CORTESIA DA NASA / UC Berkeley
Earth
CORTESIA DA NASA
Jupiter
CORTESIA DA NASA/JPL
Tempestades são vistas no Sistema
Solar - em todos os planetas e
satélites com uma substancial
atmosfera. Superfície úmida e
inundação causada por chuva
são familiares na Terra e também
vistas em Titã. Tempestades de
convecção, algumas incluindo
raios, são vistas na Terra, Júpiter,
Saturno e Titã. Tempestades
ciclônicas são observados na Terra,
Marte, Júpiter, Saturno e Netuno.
Ciclones espirais são encontrados
no Sistema Solar.
Mars
Saturn
CORTESIA DA ESA/Hubble
Jupiter
CORTESIA DA NASA/ESA, and John Clarke (Boston University)
Circulação atmosférica
George Hadley publicou em 1735
uma teoria que explica a circulação da
atmosfera da Terra. Ele sugeriu que
as células de convecção passando da
zona equatorial da Terra aos pólos
levam calor para latitudes mais altas.
Agora chamadas de células de Hadley,
esta circulação faria os pólos mais
quente e arrefeceriam as latitudes
temperadas à medida que o ar flui
de volta para o equador. Descobriuse que ele simplificou o padrão de
CORTESIA DA ESA, Venus Express, VIRTIS, INAF-IASF, Obs. de Paris-LESIA
circulação da Terra (há
dois grandes padrões de
convecção e abundância
de complicações em
cada hemisfério), mas ele
estava certo para Vênus.
A circulação atmosférica
podem ficar interessantes
nos pólos geográficos
planetários. Um
vórtice polar na Terra
desempenha um papel
no buraco de ozônio da
Antártida, que está agora
CORTESIA DA NOAA Climate.gov
a reparar-se graças ao
término da produção e dispersão de clorofluorocarbonetos (CFC). Mas a nossa
nave espacial nos vórtices polares muito interessantes no Sistema Solar. No sentido
horário, a partir do superior esquerdo, os vórtices polares em Vênus, Titã, Saturno e
Terra são fenômenos semelhantes, mas apresentam aparências muito diferentes.
28
Traduzido por Phâmela Lopes
Neptune
CORTESIA DA NASA/JPL
Saturn
CORTESIA DA NASA/JPL
CORTESIA DA NASA
Tempestades de poeira /
Redemoinhos de poeira
Titan
CORTESIA DA NASA/JPL-Caltech/SSI
Saturn
CORTESIA DA NASA/JPL-Caltech/SSI
Sky’s
Up
O Vento carrega poeira em planetas e
satélites com atmosfera e superfícies
duras. Enquanto Marte pode sofrer
tempestades de poeira em todo o planeta
(uma dessas estava em curso quando
a nave da NASA Mariner 9 chegou ao
planeta em 1971), tempestades de poeira
menores são mais comuns e frequentes,
e elas podem parecer estranhamente
familiar. Vemos também efeitos locais
que se combinam para tornar familiar
redemoinhos de poeira em lugares não
familiares. Uma tempestade de poeira
em Marte (acima à direita) mostra um
fluxo muito semelhante a poeira do Saara
flutuando sobre o Oceano Atlântico (acima
à esquera). Redemoinhos de poeira na
Terra e em Marte podem se chegar alto na
atmosfera e acompanhar o solo por longas
distâncias. Ninguém sabe se Titã tem
redemoinhos de poeira. Eles não podem
ser facilmente vistos de cima através de
sua nebulosa atmosfera.
Sky’s
Up
Earth
CORTESIA DA NASA/GSFC
Earth
CORTESIA DA NASA/JPL
Traduzido por Phâmela Lopes
Mars
CORTESIA DA NASA/JPL/Malin Space Science Systems/MGS
Mars
CORTESIA DA NASA/JPL-Caltech/University of Arizona
29
A Zona STEM
Por Dr. Daniel Barth
Aprendizagem Lunar com um toque saboroso
Faça um diagrama das fases
da lua utilizando biscoitos
Quando começamos a olhar para o céu, a Lua é
provavelmente a primeira coisa que notamos. Ela nos
fascina, tanto crianças quanto adultos, com as suas mudanças
de fases, as marcas na sua superfície, e a maneira como
ela parece mudar de tamanho à medida que se move
do horizonte ao zênite. Se você for sortudo o suficiente
para possuir seu próprio telescópio, a Lua deve ter sido,
provavelmente, uma das primeiras coisas que você olhou,
e ela ainda atrai o olhar cotemplativo de astrônomos
profissionais e amadores por todo mundo a cada noite sem
nuvens.
Mas a Lua intriga tanto quanto fascina; uma vez que
comçamos a perceber as mudanças de fases da Lua, não
podemos deixar de perguntar: “Como ela faz isso?” Como
um professor de astronomia, esta é uma das primeiras e mais
persistentes questões que meus alunos me fazem. Livros
e sites tentam explicar as fases da Lua com diagramas
e desenhos, mas estes deixam quase todos os alunos (e
pais) insatisfeitos. A melhor maneira que encontrei para
compreender a forma como a Lua funciona é fazer um
modelo dela.
Divertida, fácil e barata - esta atividade é perfeita para pais
e filhos ou professores e alunos, funciona tão bem na escola,
em casa, e em reuniões de escoteiros como na sala de aula
da escola pública. Eu até mesmo ensino esta atividade para
jovens professores nas minhas aulas na universidade.
Vamos começar com algo divertido - e delicioso. Você vai
CORTESIA DA L. Eric Smith III
precisar de sete biscoitos recheados de chocolate (eu gosto de É necessário apenas uma pequena pilha de biscoitos recheados
Oreos!), e uma faca de plástico. Comece por “ desenroscar “ de chocolate, uma faca de plástico e uma mão firme para fazer um
o primeiro biscoito - metade é um círculo escuro, esta será a diagrama da fase lunar.
sua Lua Nova ; a outra metade é um círculo branco, esta será
as em uma folha de papel ou uma placa na ordem mostrada
a sua Lua Cheia.
Desaperte seu próximo biscoito e use a faca de plástico para no diagrama à direita.
Rotule as fases que você criou, começando com Nova, na
cortar um formato crescente dentro do recheio do biscoito,
posição das 12 horas, em seguida, movendo-se no sentido
e cuidadosamente raspe a parte maior do recheio. A fina
horário, etiquete Crescente, Quarto-Crescente, Gibosa,
camada branca crescente do recheio, representa sua Lua
Cheia, Gibosa, Quarto-Minguante e Minguante. Se você tem
Crescente - *faça dois biscoitos com estas formas.
um telefone celular, posicione sua câmera sobre ele, tire uma
Para os próximos biscoitos, use a faca de plástico para
foto de seu diagrama de modo que você possa se reportar a
cortar o recheio exatamente ao meio, raspando a parte
desnecessária do recheio e os removendo como antes. *Estes ele quando estiver fora observando a Lua.
Você pode rotular a metade direita do seu diagrama
representam os períodos crescente e minguante da Lua.
crescente (noite), e a metade esquerda de seu diagrama
Para os dois últimos biscoitos, use a faca de plástico para
minguante (manhã).
cortar a fase crescente, assim como você fez antes ; mas
A lua crescente está no processo de aumentar a cada
desta vez, raspe o crescente menor deixando a maior parte do
noite, chegando até a fase de lua cheia - esta fase é
recheio separada. Esta representa a Lua minguante
Agora que você tem todos as suas “ Luas” prontas, coloque- melhor observada no início da noite, logo após o por do
30
Traduzido por Eponine Wagner Barros Borges Souza
Sky’s
Up
sol, o momento ideal para usar o
seu telescópio ou binóculo. A lua
minguante está no processo diminuir a
cada noite, chegando até a fase de lua
nova, quando não há lua visível em
todo céu. A lua minguante é melhor
vista no início da manhã, pouco antes
ou depois do nascer do sol, quando o
céu ainda é um pouco escuro. Se você
se levantar cedo para o trabalho ou
escola, este é o momento ideal para
tentar ter um vislumbre (visão rápida)
da lua minguante.
Agora que você tem seu diagrama
das Fases da Lua, você pode utilizá-lo
para prever o que vai acontecer a seguir
com a Lua no seu céu noturno. Você
pode manter seu diagrama em um prato
Sky’s
Up
coberto com filme plástico, ou se você
tiver tirado uma foto de seu diagrama você pode desfrutar de seus “Biscoitos
da Lua” de imediato. Lembre-se de
compartilhá-los com seus colegas ou
irmãos - Mãe & Pai podem desfrutar de
um, também.
Depois de ter visto a Lua no céu
noturno, qual fase mais se assemelha
com o que você observou? Tente
desenhar a fase você mesmo - uma
maneira fácil de fazer isso é traçar um
círculo, com um lápis, em torno de
uma moeda ou frasco em um pedaço
de papel, e em seguida escureça a parte
do círculo que representa a porção
escura do disco da Lua, como você o
observou. Faça uma folha de observação
lunar e registre a
data e a hora da sua
observação, após
você concluir sua
observação.
Embora você possa
querer ir para fora
para observar a Lua
todas as noites como
eu costumo fazer,
tenha em mente que
cada fase dura 3-4
dias. Para a Lua ir
da fase de Nova para
Quarto Crescente
ela leva cerca de
uma semana, e todo
o ciclo lunar leva
quase um mês, um
pouco mais de 29
dias. Nós chamamos
este ciclo completo
de fases lunares de
uma lunação. Com
o diagrama de fases
de biscoitos, você
vai entender melhor
a lua, e se divertir
assistindo a mudança
das fases da Lua no
céu noturno.
Este diagrama
nos ajuda a ver a
progressão das fases
da Lua ao longo do
mês, mas faz surgir
muitas perguntas
e respostas. Da
próxima vez, vamos
usar materiais
simples para
construir um modelo do sistema TerraLua, e usá-lo para ver como as fases
lunares realmente funcionam.
ooo
Dr. Daniel Barth deixou a carreira
de pesquisador *científico para
ensinar; Ele passou mais de 30 anos
ensinando astronomia, física e química
no ensino médio e no ensino superior.
Um bem sucedido escritor de ficção
científica, Barth é o autor de “Maurice
na Lua”, “Condenada Colônia de
Marte” e outras obras. Atualmente é
Professor Adjunto de Educação STEM
na Universidade de Arkansas em
Fayetteville, e autor do programa de
Astronomia para Educadores.
Traduzido por Eponine Wagner Barros Borges Souza
31
Há muito para amar no céu noturno
Por DAVID H. LEVY
Editor Chefe do Sky’s Up
Ontem à noite, enquanto eu lutava para ter um dos meus
telescópios funcionando novamente, eu compreendi o quanto
difícil a astronomia moderna pode ser para um astrônomo
amador. Parei por alguns minutos, olhei para o céu, e tentei
entender o que estava lá em cima. Eu olhei para o céu milhares
de vezes, e o céu sempre respondeu magnificamente. Mas na
noite passada foi um pouco diferente. Em vez de um conjunto
conhecido de constelações brilhantes e tênues, e estrelas com
as quais eu estava sempre familiarizado, o céu apresentou
um panorama de tesouros celestes a partir dos quais eu podia
escolher. Enquanto eu olhava pelo céu, parecia que aquele céu
era todo novo para mim, e eu tinha que fazer a escolha nesse
grande número de presentes.
Esta é a magia do céu que está disponível para cada
O que o céu noturno
um de vocês. Eu espero que vocês nunca se cansem
tem para oferecer da novidade, do frescor, do céu noturno. O que o céu
a cada diferente noturno tem para oferecer a cada noite diferente é
incrível, e após mais de 60 anos eu ainda
noite é realmente realmente
encontro coisas interessantes que eu não tinha visto
incrível, e, depois antes. A posição dos planetas à medida que vagueiam
do Sol é apenas um aspecto.
de mais de 60 anos, emUmtorno
par de semanas atrás, enquanto observava o céu
eu ainda encontro da madrugada antes do amanhecer, eu testemunhei
coisas interessantes nada menos que cinco planetas em uma linha a partir
do sudeste. Perto do horizonte estava o tênue Mercúrio.
que eu não tenha Nas proximidades, mas um pouco mais acima, estava
visto antes. brilhante Vênus, e, mais adiante, Saturno reluzia perto
da brilhante estrela Antares, a estrela mais brilhante de
Escorpião. Antares é a palavra em latim para “rival de Marte”,
e na verdade Marte não estava muito distante para a direção a
oeste. Após Marte estava Júpiter, rei dos planetas e, finalmente,
parcialmente escondido por uma árvore, se mostrava a Lua
minguante.
Assim que eu tirei uma fotografia deste panorama, eu
configurei o Echo, meu primeiro telescópio que eu uso desde
1960. Com ele, eu inspecionei cada um desses maravilhosos
planetas. Mercúrio exibia uma claro disco, e Vênus, próximo
de sua fase cheia como Mercúrio, também exibia uma velha
e agradável redonda visão. Em seguida, veio Saturno, cujos
aneis A e B eram, obviamente, visíveis mesmo com o pequeno
telescópio. Marte também estava com formato de disco.
Finalmente Júpiter, meu planeta favorito, apresentou uma bela
visão completa com as suas quatro brilhantes luas Io, Europa,
Ganimedes e Calisto. E por último mas não menos importante,
a Lua minguante reluziu brilhantemente no oeste. Adoro ver os
planetas quando entram em conjunções como esta; com apenas
um único olhar eu posso ver vários mundos.
Eu tenho um planeta favorito que não seja a Terra? Certamente
32
CORTESIA DA NASA/ Equipe Telescópio Espacial Hubble
Esta foto de Júpiter de julho de 1994 mostra oito locais de impacto
de alguns dos fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9. Da esquerda
para a direita estão o complexo E/F (pouco visível na borda do
planeta), o H em forma de estrela, os locais de impacto para o muito
pequeno N, Q1, o pequeno Q2 , e R, e na extremidade direita o
complexo D / G, que mostra a névoa estendida na borda do planeta.
eu tenho É Júpiter, e aqui está o porquê:
1) Com o meu primeiro telescópio Echo, de 60 anos de idade,
Júpiter foi a primeira coisa que eu olhei na noite de 1º de
setembro de 1960. Eu vi naquela noite o planeta com suas duas
faixas escuras equatoriais, e eu vi suas quatro grandes luas como
Galileu as viu.
2) Durante os anos 1960 a Grande Mancha Vermelha de Júpiter
era muito mais visível do que é no presente, e eu lembro de
ter feito vários , dos cinturões, das zonas brilhantes em entre
os cinturões, e da mancha vermelha durante a minha primeira
década inteira como um amante apaixonado do céu noturno.
3) Eu passei várias noites observando as luas e as suas sombras
cruzarem a face do poderoso gigante.
4) Jupiter e eu compartilhamos algo profundamente pessoal.
Em 23 de março de 1993, eu carreguei filmes para a câmera
Schmidt de 18 polegadas de diâmetro no Monte Palomar,
onde os Shoemakers e eu tiramos fotografias que incluíam o
planeta Júpiter. Duas tardes depois, Carolyn descobriu o cometa
Shoemaker-Levy 9 nestas fotografias; em julho de 1994, todos
os fragmentos deste cometa colidiram com Júpiter. Os pontos
de impacto remanescentes foram as marcas mais óbvias já
testemunhadas em Júpiter desde que Galileu viu pela primeira
vez o planeta em 1610. É difícil justificar uma amizade entre um
ser humano e um planeta, mas Júpiter e eu compartilhamos algo
que eu certamente nunca esquecerei.
O que aconteceu em 1993 e 1994 era apenas uma parte reconhecidamente uma grande parte – da paixão de uma vida
que tenho desfrutado com a Astronomia por mais de 60 anos.
Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
Sky’s
Up
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Encontre
a Lua
“A Lua é uma amiga maravilhosa e uma companheira
para a Terra e seus moradores. Dificilmente um dia
passa e alguém não me ouve dizer ‘Oh! Olhe a Lua.’ É
como uma irmã mais nova para a Terra, e uma alma
gêmea rochosa para todos que vivem aqui.”
— Howard Eskildsen
É uma presença frequente em todas as nossas vidas, mas poucas pessoas dedicam
tempo para realmente conhecer a vizinha mais próxima da Terra.
Nesse artigo recorrente, o bem sucedido astrônomo e astrofotógrafo Dr. Howard
Eskildsen vai levar leitores em uma jornada quadrante por quadrante através da
face luminosa da Lua Cheia.
Através das suas imagens e palavras, Eskildsen vai explorar as legiões de
formações rochosas que dão à Lua a sua distinta personalidade. Sua informação
aprofundada vai dar contexto às características que ganham vida quando alguém
vê o nosso satélite frequentemente romantizado através de um telescópio ou outro
auxílio visual. Através das próximas páginas, os impactos de vulcões, meteoros e
outras forças vão ser revelados com detalhe.
Da sua contribuição para as nossas marés à inspiração artística que ela nos
provém, a influência da Lua na Terra é profunda e merece um olhar mais
cuidadoso.
34
Sky’s
Up
Sky’s
Up
Traduzido por Ana Catarina Ávila Vitorino
35
Quadrante 28:
— Imagens e texto fornecidos por Howard Eskildsen
Montanhas, crateras e planícies
Contrastes interessantes aparecem nessa região
da Lua. As Montanhas Cárpatos se espalham
diagonalmente através da margem inferior da
imagem e dão lugar a amplas planícies conhecidas
como Mare Imbrium. Outras montanhas se
localizam sobre as planícies perto da esquerda da
imagem, como o Monte Vingradov e os picos sem
nome abaixo do Monte. Adicionalmente, duas
montanhas isoladas se localizam acima das planícies
no canto direito da imagem: Monte La Hire, e o pico
sem nome à direita do Lambert. Somente algumas
crateras com mais de 20km de diâmetro marcam a
região, e até mesmo as pequenas crateras são poucas
e distantes entre si.
A configuração das montanhas da Lua é quase
sempre resultado da colisão de grandes objetos –
como meteoros, asteroides e cometas – com a Lua
durante as eras de sua existência, então todas as
montanhas dessa imagem devem ser relacionadas a
impactos geradores de crateras. Acima de tudo isso,
o contorno serrado das Montanhas Cárpatos forma
um arco, revelando que elas são o reminiscente do
gigantesco contorno externo de uma cratera. Outras
imagens da Lua revelam que esse contorno envolve todo o Mare
Imbrium e o centro está a noroeste desta imagem. Mas essa não
era uma cratera comum. Ela era tão grande que criou vários
anéis concêntricos e é conhecida como uma bacia de impacto.
O Monte Vingradov é provavelmente relacionado à formação
desta bacia e o Monte La Hire e o monte sem nome a leste
do Lambert podem ser porções expostas de um anel interno
parcialmente enterrado.
A colisão colossal que escavou a bacia também criou
rachamentos profundos através do exterior lunar que proveram
um caminho para material derretido fluir à superfície. Lava
derretida subiu e se espalhou através do terreno e cobriu a
maioria das cicatrizes do impacto. Montanhas, crateras e
grandes porções dos anéis da bacia foram cobertos pela lava.
Depois de endurecer, a lava ainda parecia um grande mar
contra os remanescentes que conseguiram permanecer sobre a
superfície. Os primeiros observadores imaginaram que áreas
como esta eram realmente cobertas por água, portanto eles as
nomearam “mares.”
A lava, também conhecida como basalto do mar lunar,
inundou não só as bacias de impacto mas também outras
crateras localizadas além da bacia formada. O basalto também
providenciou uma superfície lisa onde outras crateras se
36
formaram mais tarde. Lambert e Lambert R representam
os dois extremos do cenário temporal. Irregularidades
pouco visíveis ao redor do “R” no canto direito superior
da imagem revelam a presença de uma cratera enterrada
que um dia se assemelhava a Lambert, localizada logo
acima na imagem. Entretanto, ela foi completamente
coberta pela lava e somente ondulações descobertas
indicam sua existência, portanto somente um lembrete
oculto da sua existência ainda permanece. Outras
crateras que quase sofreram o mesmo destino incluem
Gay-Lussac, Tobias Mayer e Natasha. Note seus anéis
localizados acima da lava que envolveu suas beiradas
e inundou seus interiores. Três crateras médias – Euler,
Pytheas e Lambert – chegaram depois que a lava
começou a fluir.
Na maioria do Mare Imbrium, pequenas crateras
são muito mais numerosas que crateras grandes, e
refletem a abundância relativa de meteoros pequenos
em relação a meteoros grandes que se chocaram contra
a Lua. Entretanto, nem todos os objetos de impacto
chegaram diretamente do espaço. Crateras pequenas
e irregulares perto de Draper, Pytheas e da etiqueta
do “Mare Imbrium” são crateras de impacto secundárias de
material expelido durante a formação de Copérnico, ao sul desta
Traduzido por Ana Catarina Ávila Vitorino
Sky’s
Up
imagem. As marcações brancas empoeiradas atravessando a
imagem inteira vieram de Copérnico também.
Apesar de esta área da Lua ter relativamente poucas crateras,
Sky’s
Up
muito se passou durante as eras de sua existência, e muitas
outras questões são elaboradas sobre o processo e tempo
envolvidos. Para mais discussões, veja o Quadrante 29.
Traduzido por Ana Catarina Ávila Vitorino
37
Quadrante 29:
— Imagens e texto fornecidos por Howard Eskildsen
Fluxos de lavas levantam questões
As características predominantes nessa imagem
são as planícies de lava amplas e lisas do Mare
Imbrium, assim como as de Sinus Aestuum.
Elas cobrem partes de cadeias de montanhas e
crateras mais antigas e são o leito sobre o qual
crateras posteriores se formaram. Obviamente,
os traços parcialmente enterrados existiam antes
dos fluxos de lava, enquanto as crateras recentes
e as cicatrizes associadas a elas apareceram
depois da lava basáltica endurecer. Sendo assim,
escalas relativas de tempo podem ser facilmente
discernidas a partir da imagem ainda que o tempo
real envolvido não possa. Além disso, os traços
parcialmente enterrados levantam questões como
o que mais poderia estar sob os “mares” de
basalto.
Na parte inferior da imagem, tanto a montanha
Carpathian quanto a Apennine mergulham em
direção a uma fenda que estava inundada por lava
basáltica, o que sugere que estejam conectadas
abaixo das planícies e sejam parte do mesmo anel
externo de Imbrium. Ademais, na parte superior
direita da imagem, outras áreas montanhosas
perto de Beer e Feuilee mergulham sob as planícies de
basalto, sendo possível que se conectem, sob a superfície, a
picos próximos a Euler. De fato, parece que essa área pode,
em algum momento, ter sido um grande mar de lava, mas
não há meios para sustentar essa afirmação a partir dessa
imagem, por mais improvável que seja.
A resposta finalmente veio algumas décadas atrás a partir
da cratera Pytheas, quando ela foi fotografada pela Apollo
17. Fotos de suas paredes revelam que muitas camadas de
basalto foram formuladas por seus 2.3 km de profundidade, e
estima-se ter levado longuíssimos períodos para cada camada
tomar lugar, solidificar e esfriar até que a próxima fosse
formada. Outra imagem de satélite baseada na terra revelou
uma composição de elementos diferente das de várias
regiões de mares lunares, então havia vários fluxos de lava
de muitas composições diferentes, os quais produziram a
definitiva aparência plana da superfície. Amostras de Apollo
da lua, estudos espectroscópicos e outras técnicas de datação
também revelam que a bacia Imbrium foi escavada há
aproximadamente 3.85 bilhões de anos, com o fluxo de lava
mais intenso tendo ocorrido entre cerca de 3.7 e 3.3 bilhões
de anos atrás. Um dos fluxos de lava mais recentes pode ter
se dado há aproximadamente 2.5 bilhões de anos. Uau! A
38
vida estava apenas em seus estágios iniciais na Terra
quando os fluxos finais esfriaram na lua.
É aparente que muito poucas crateras grandes
apareceram nos últimos 2-3 bilhões de anos na
lua. Sobre as crateras Eratosthenes, Timocharis,
Lambert e Euler, visíveis nesta imagem, calcula-se
que tenham sido formadas entre 3.2 e 1.1 bilhões de
anos atrás. Mesmo as crateras menores como Draper
e Draper C caem na mesma faixa de tempo. Em
todo esse quadrante, as únicas crateras consideráveis
de estimadamente menos de 1.1 bilhão de anos são
Pytheas e Copernicus, e Copernicus possivelmente
tem 800 milhões de anos, baseado nos dados de
Apollo 12. Uau, tanto tempo, tão pouca atividade!
Duas outras crateras nessa imagem merecem
discussão: Wallace e Pupin. A primeira é uma cratera
gasta e parcialmente enterrada que certamente
ultrapassa 3 bilhões de anos. Em ângulos bem
pequenos do sol, pode aparecer como um círculo
luminoso parcial cercado por escuridão, uma vista
extremamente rara e delicada. Em forte contraste, é
difícil acreditar que o pequeno fosso quase imperceptível
na ponta do eixo entre Wallace e Timocharis tem um nome.
A cratera de 2 km de largura conhecida por Pupin (o “u” é
Traduzido por Lara Prazeres
Sky’s
Up
pronunciado como “oo” e é responsável por fazer crianças
rirem e pais corarem*) é bem difícil de ser observada a partir
da terra e não foi oficialmente nomeada. Por pouco todos nós
estaríamos eternamente alheios à sua existência. Esta cratera
Sky’s
Up
também possui entre 3.2 e 1.3 bilhões de anos e servirá como
uma boa comparação para uma cratera de tamanho similar
(Linné), que é bem mais nova e será o tópico de discussões
futuras.
Traduzido por Lara Prazeres
39
Quadrante 47:
— Imagens e texto fornecidos por Howard Eskildsen
Crateras criam cena caótica
A primeira coisa que surge na minha mente
quando eu vejo esta parte da Lua é: Que
confusão! Escombros rochosos se espalham
por ambos os lados da imagem com uma
estranha matriz de crateras misturados. Entre
os escombros, planícies de lava escura seguem
de cima para baixo da imagem central, todas
marcadas por crateras e raios. As próprios
crateras parecem caoticamente variadas em
tamanho, forma e grau de desordem. Como
pode haver qualquer sentido em tudo isso?
Começando com as crateras, é evidente que
algumas são bastante antigas, enquanto outras
são recentes e novas. As jovens crateras mais
visíveis são a Lalande, com 24 km de diâmetro,
logo à direita do centro, e a Mösting, com 26
km de diâmetro, no canto superior direito. Elas
são as maiores crateras jovens nessa imagem
e mostram muito pouco desgaste. Suas bordas
são bem definidas, e os raios irradiam através
da lava e do escombro em todas as direções –
sendo os raios da Lalande os mais brilhantes.
Apenas algumas outras crateras menores têm raios de
algum tipo, e em comparação com as duas maiores todas
são muito pequenas. Mösting A, por exemplo, possui
apenas 13 km de diâmetro, e o resto das crateras com raios
são muito menores.
Em contraste, as crateras maiores na imagem mostram
vários graus de desgaste. Schröter e Sömmering,
localizadas na imagem acima e à direita, têm bordas
fragmentados e solos preenchidos como nas crateras
Bonpland, Parry e Guericke no canto inferior esquerdo
da imagem. Além disso, as bordas de Ptolomeu e Afonso
estão gastas e marcadas por ranhuras conhecidas como
escultura Imbrium. A cratera Flammarion foi quase
obliterada. Outras crateras como Gambart, Tolansky e
Davy foram formadas após o evento Imbrium e têm bordas
intactas, mas foram praticamente preenchidas por mares
de lavas de basalto que também parcialmente cobriram
alguns dos escombros rochosos e “rodearam” as margens
do entulho.
Outra característica incomum, mas não única, é a
cadeia Davy Crater, no canto inferior direito da imagem.
Forças de maré lunar romperam o objeto que criou a
40
cadeia em uma série de fragmentos menores. Os
fragmentos foram ligeiramente afastados e então
se “metralharam” em direção a superfície em uma
série de crateras.
Assim, a história da área começa com uma
superfície, agora enterrada, na qual os enormes
impactos criaram as grandes crateras, como
Ptolomeu, Flammarion, Bonpland e outras.
Algum tempo depois, um impacto super-maciço
ao norte desta imagem criou o Mare Imbrium e
enviou montanhas de detritos ao longo do terreno.
Enterrou ou criou marcas em tudo que estava em
seu caminho deixando os campos de destroços de
ambos os lados das imagens e criando as ranhuras
profundas conhecidas como escultura Imbrium. O
cataclismo levou apenas alguns minutos para causar
sua devastação em toda a superfície da Lua.
Fluxos de lava emergiram durante longos períodos
de tempo através de fissuras criadas pelo enorme
impacto e acabaram inundando as áreas baixas,
preenchendo as crateras que existiam antes e depois do
maciço evento Imbrium.
Outros objetos então criaram crateras no basalto
Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
solidificado, mas seus raios já foram apagados por
intempéries espaciais ao longo de eras. Finalmente as
crateras mais jovens apareceram de impactos posteriores,
e os seus raios ainda estão salpicados como pichações por
Sky’s
Up
Sky’s
Up
toda a paisagem. Como um insulto final, a cadeia Davy foi
marcada através da paisagem lunar como um tiroteio, e a
área agora parece bastante caótica, mas por algumas muito
boas razões.
Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
41
A arte da astronomia
A arte da astronomia
Astrofotógrafo: John O’Neill
Astrofotógrafo: John O’Neill
Nebulosa Roseta
A enorme Nebulosa Roseta é um objeto de
destaque da constelação de Monoceros e é o
local onde está localizado o aglomerado aberto
NGC 2244. O’Neill capturou esta imagem
com um Explore Scientific ED127-FCD100
Air-Spaced Triplet e uma câmera SBIG ST-10
através de filtros de banda estreita de Ha, Oiii
e Sii. Os tempos de exposição foram cinco
600 segundos subs através de cada filtro. O
processamento foi feito com CCD Stack e a
imagem foi realçada com Photoshop.
Galáxias Antena
Opostas correntes de poeira, gás e rastros de estrelas
deste emaranhado caótico entre duas galáxias espirais NGC 4038 e NGC 4039 - no na Constelação de Corvo. O
emparelhamento é um dos mais próximos e mais jovens
exemplos de galáxias em colisão, e sua tumultuada
colisão resultará na formação de uma grande galáxia
elíptica. O’Neill obteve esta hipnotizante imagem com
uma Astro Tech 10 “ RC Astrograph. Os tempos de
exposição foram cinco 600 segundos subs de LRGB.
Nebulosa da Medula
Nebulosa Íris
IC 443, que também é conhecida como a Nebulosa da Medula
(Jellyfish Nebula em inglês), é uma supernova remanescente que
tem duas metades muito diferentes que exibem diferentes raios,
estruturas e emissões. É também provavelmente o local onde está
localizada uma estrela de neutrons, ou pulsar. O’Neill capturou
esta imagem com um Explorer Scientific ED127-FCD100 Air-Spaced
Triplet e uma câmera SBIG ST-10 através de filtros de banda
estreita de Ha, Oiii e Sii. Os tempos de exposição foram cinco 600
segundos subs através de cada filtro. O processamento foi feito
com CCD Stack e a imagem foi realçada com Photoshop.
42
Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
A Nebulosa Íris é uma bela nebulosa de
reflexão que está florescendo na constelação
de Cefeu e que está intimamente associado
com o aglomerado aberto de estrelas NGC
7023. As “pétalas” da nebulosa abrangem
cerca de seis anos-luz. A imagem foi obtida
com uma Astro Tech 12” RC Astrograph.
Os tempos de exposição foram cinco 600
segundos subs de LRGB.
Sky’s
Up
Sky’s
Up
Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
43
A arte da astronomia
A arte da astronomia
Astrofotógrafo: Jack B. Newton
Astrofotógrafo: Mark Sibole
Cometa Catalina
O Cometa Catalina, também conhecido como C/2013
US10, brilha através o céu noturno nesta imagem que
Newton capturou usando um 14” Hyperstar em f/2 e
uma 40D Canon com um tempo de exposição de 10
minutos. Originalmente identificado erroneamente
como um asteroide, este impressionante cometa da
Nuvem de Oort foi descoberto em 31 de outubro de
2013, pelo Catalina Sky Survey. Após a sua passage pelo
Sol, o cometa está provavelmente em uma trajetória
que vai levá-lo para fora do nosso Sistema Solar.
M27 — Nebulosa do Haltere
A brilhante, com duplo lóbulo, Nebulosa do Haltere (Dumbell
Nebula) brilha nesta imagem obtida por Sibole. Fácil de encontrar
com binóculos e surpreendente em um telescópio, esta residente
do Constelação de Raposa foi a primeira nebulosa planetária
descoberta. Como um bônus adicional, a anã branca que está no
coração da Nebulosa do Haltere é maior do que qualquer outra
estrela de seu tipo. Para obter a imagem, Sibole usou um telescópio
refrator apocromático Explorer Scientific 102 milímetros em
piggyback em um 10” Meade LX200, uma câmera Starlight Xpress
SXVF-H9 e uma True Tech com roda de filtros de 8 posições.
NGC 2264
Nesta imagem, Newton apresenta uma
dos objetos mais marcantes da Constelação
do Unicórnio – o NGC 2264. Os diversos
componentes deste tesouro celeste incluem o
rico em estrelas enxame da Árvore de Natal, o
brilhante sistema de estrelas S Monocerotis e
a nebulosa do Cone, que está a 7 anos-luz de
distância. A imagem foi obtida com um telescópio
refrator apocromático Explorer Scientific 6”
apocromático, uma câmera STF-8300C SBIG e um
total de 245 minutos de tempo de exposição.
NGC 3628
NGC 3628, que também é conhecida como a Galáxia do
Hambúrger, é uma galáxia espiral não barrada. Ela também é o
membro menos brilhante do grupo de galáxias Trio do Leão, que
também é compost pelas galáxias espirais Messier 65 e Messier
66. Sibole capturou a imagem usando um um telescópio refrator
apocromático Explorer Scientific 102 milímetros em piggyback em
um 10” Meade LX200, uma câmera Starlight Xpress SXVF-H9 e uma
True Tech com roda de filtros de 8 posições.
44
Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
Sky’s
Up
Sky’s
Up
Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
45
A arte da astronomia
A Whole New View
Astrofotógrafo: Chuck Kimball
“It’s the best eyepiece I’ve ever had.
It showed me structure through my
telescope that I have never seen
before. I was just delighted!”
- David H. Levy
Eyepiece Specifications
Field of view
92º
92º
Effective Focal Length 12mm 17mm
20mm 22mm
Eye Relief
19.60 27.46
Field Stop Dia.(mm)
8/6
8/6
Elements/Groups
NGC 7000
e IC 5070
Esta imagem panorâmica por Kimball capta duas respeitáveis nebulosas de emissão na constelação do Cisne. Localizada perto
da brilhante estrela Deneb, a Nebulosa da América do Norte (NGC 7000), à esquerda, e a Nebulosa do Pelicano (IC 5070) estão
separadas por uma faixa escura. Os equipamentos utilizados para adquirir esta imagem incluem um Explore Scientific ED80 f/6 com
um nivelador de campo ES, uma DSLR Canon XT / 350D modificada por Hap Griffin e uma base personalizada em uma montagem
Meade LX200GPS modificada. Os tempos de exposição foram de 414 minutos para o IC 5070 mais de 132 minutos para a NGC 7000.
Long Eye Relief, Hyper-Wide
The 92° LE Series Waterproof eyepieces
provide a hyper-wide apparent field of
view with long eye relief for comfortable
viewing that immerses you in vast
expanses of the star-studded sky.
NGC 6791
Kimball obteve esta foto
do aglomerado aberto NGC
6791, na constelação de Lira
usando um Explor Scientific
Newtoniano de 208
milímetros com um corrector
coma ES, uma DSLR Canon
XSi / 450dH modificada
por Hutech e uma base
personalizada em uma
montagem Meade LX200GPS
modificada. A imagem final é
uma pilha de 37 exposições
de cinco minutos. Kimball
disse: “Este aglomerado me
lembra o Trumpler 5, mas
parece ser mais velho, pelo
menos parte dele é. É mais
um excêntrico, com estrelas
de três grupos etários
diferentes: um grupo de anãs
brancas com 4 bilhões, um
outro grupo com 6 bilhões,
e as estrelas “normais” com
8 bilhões de anos. A maioria
dos aglomerados abertos
contêm apenas estrelas da
mesma idade.”
46
Optics and Coatings
Each eyepiece features superior
light transmission using highrefractive, edge-blackened optics
with EMD multi-layer coatings on
all optical surfaces.
The New 92° LE Series
Waterproof Eyepieces
The Longest Eye Relief In Their Class
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Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
Sky’s
Up
explorescientificusa.com – 866.252.3811
calendário lunar
a chave para o seu Céu
criado por Howard Eskildsen
criado por Wil Tirion
48
Dates based on Mountain Standard Time
Sky’s
Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
Up
Sky’s
Up
January
1
January
15
February
1
February
15
March
1
March
15
April
1
April
15
May
1
May
15
June
1
June
15
July
1
July
15
August
1
August
15
September
1
September
15
October
1
October
15
November
1
November
15
December
1
December
15
5 p.m.
6 p.m.
7 p.m.
8 p.m.
9 p.m.
10 p.m.
11 p.m.
Midnight
1 a.m.
2 a.m.
3 a.m.
4 a.m.
5 a.m.
6 a.m.
7 a.m.
6
7
8
9
10
11
M
1
2
3
4
5
6
7
8
DST Local Time
Com um universo de opções para explorar, pode ser difícil de escolher quais impressionantes tesouros são visíveis em seu céu a cada
mês. Para ajudar a orientar as suas explorações durante todo o ano, Sky’s Up está fornecendo a seguinte coleção de sazonais mapas
estelares criados pelo famoso cartógrafo celeste Wil Tirion. Com base na Holanda, Tirion tem elaborado mapas de estrelas desde
os anos 1970 e se tornou um uranográfico profissional logo após a publicação de seu altamente recomendado Sky Atlas 2000,0 em
1981. Para saber mais sobre Tirion e seu trabalho, clique aqui.
D
A
B
C
A
B
C
D
A
B
C
D
A
B
C
D
A
B
C
D
A
B
C
D
A
B
C
D
B
C
D
A
B
C
D
A
Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
B
C
D
A
B
C
D
A
B
C
D
A
B
C
D
A
C
D
A
B
C
D
A
B
49
a chave para o seu Céu
a chave para o seu Céu
criado por Wil Tirion
criado por Wil Tirion
NORTH
NORTH
Horizon 60°N
°N
Horizon 30
HERCULES
DRACO
M13
CORONA BOREALIS
LYRA
Horizon 50°N
Vega
CYGNUS
2
Horizon
°N
Horizon 40
0°N
Horizon
LACERTA
10°N
URSA MINOR
BOOTES
CEPHEUS
Polaris
Deneb
CANES
VENATICI
DRACO
CASSIOPEIA
COMA BERENICES
CAMELOPARDALIS
URSA MAJOR
Double Cluster
M31
LACERTA
URSA MINOR
CANES VENATICI
CEPHEUS
Polaris
LEO MINOR
PEGASUS
GEMINI
M44
CANCER
Alphard
M42
GEMINI
Pleiades
IPT
IC
Aldebaran
Betelgeuse
ERIDANUS
PUPPIS
ECL
Hyades
SEXTANS
M41
Alphard
TAURUS
Procyon
CANIS MINOR
CETUS
Mira
ORION
HYDRA
M42
SCULPTOR
COLUMBA
ARIES
M35
CANCER
FORNAX
ANTLIA
PISCES
Pollux
M44
Adhara
TRIANGULUM
Castor
Regulus
LEPUS
PYXIS
PERSEUS
Sirius
CANIS MAJOR
Algol
Capella
LYNX
AURIGA
CETUS
MONOCEROS
ANDROMEDA
LEO
Rigel
CRATER
HYDRA
ECLIPTIC
Mira
ORION
M31
LEO MINOR
PISCES
TAURUS
Procyon
CANIS MINOR
SEXTANS
ARIES
Hyades
Betelgeuse
PEGASUS
Double Cluster
EAST
EAST
Regulus
Pleiades
M35
CAMELOPARDALIS
TRIANGULUM
WEST
PERSEUS
Castor
Pollux
CASSIOPEIA
URSA MAJOR
AURIGA
LEO
ANDROMEDA
WEST
Algol
Capella
LYNX
COMA BERENICES
MONOCEROS
Rigel
Sirius
CAELUM
ERIDANUS
CANIS MAJOR
HOROLOGIUM
Canopus
VELA
30°N
Horizon
RETICULUM
CARINA
A
WINTER SKY
For observers at
10° to 30° northern latitudes
50
Horizon
20°N
A
Achernar
Horizon 60°N
COLUMBA
For observers at
40° to 60° northern latitudes
N
n 10°
Horizo
SOUTH
Sky’s
Up
Sky’s
Up
FORNAX
Horizon 50°N
PUPPIS
CAELUM
WINTER SKY
HYDRUS
MENSA
Adhara
PYXIS
Tarantula Nebula
VOLANS
LEPUS
PHOENIX
PICTOR
LMC
M41
ANTLIA
DORADO
HOROLOGIUM
°N
Horizon 40
SOUTH
51
a chave para o seu Céu
a chave para o seu Céu
criado por Wil Tirion
criado por Wil Tirion
NORTH
NORTH
Horizon 60°N
Horizon 30°N
PEGASUS
ANDROMEDA
CASSIOPEIA
Double Cluster
TRIANGULUM
Horizon 50°N
CEPHEUS
Horizon 20°N
M31
CYGNUS
LACERTA
Horizon 40°N
Horizon 10
°N
PERSEUS
CASSIOPEIA
SAGITTA
Polaris
Deneb
CAMELOPARDALIS
DRACO
ARIES
URSA MINOR
Vega
LYRA
Algol
CYGNUS
Capella
Double
Cluster
CEPHEUS
AQUILA
PERSEUS
VULPECULA
Hyades
AURIGA
LYRA
M13
Pleiades
Vega
TAURUS
LYNX
Polaris
DRACO
CAMELOPARDALIS
Aldebaran
Capella
URSA MINOR
M35
URSA MAJOR
HERCULES
Castor
AURIGA
Pollux
M35
CANES VENATICI
CORONA BOREALIS
LEO MINOR
GEMINI
M13
Betelgeuse
M44
CANCER
COMA BERENICES
LEO
ORION
Procyon
CANIS MINOR
Regulus
OPHIUCHUS
EAST
EAST
SERPENS CAPUT
HERCULES
WEST
Arcturus
SER
IP
ECL
SEXTANS
BOOTES
CANES VENATICI
LEO MINOR
M44
Procyon
Sirius
CRATER
CORVUS
GEMINI
CORONA
BOREALIS
Arcturus
Alphard
Spica
TIC
Betelgeuse
Pollux
MONOCEROS
VIRGO
Castor
URSA MAJOR
OPHIUCHUS
CANCER
COMA BERENICES
SERPENS CAPUT
CANIS MINOR
Regulus
LEPUS
Sirius
M41
VIRGO
Antares
SCORPIUS
PYXIS
PUPPIS
LIBRA
LUPUS
B
Mimosa
Jewel Box
Hadar
TRIANGULUM AUSTRALE
HYDRA
CRATER
Acrux
Southern
Pleiades
PYXIS
ANTLIA
CARINA
°N
on 20
Horiz
B
MUSCA
VOLANS
CHAMAELEON
PUPPIS
60°N
Horizon
Eta Carinae
Nebula
SPRING SKY
For observers at
10° to 30° northern latitudes
CORVUS
30°N
zon
Hori
CRUX
Rigil Kent
Spica
SCORPIUS
COLUMBA
VELA
Alphard
SEXTANS
CENTAURUS
Omega Centauri
CANIS MAJOR
Adhara
ANTLIA
CIRCINUS
MONOCEROS
LEO
CANIS MAJOR
HYDRA
LIBRA
NORMA
ORION
LYNX
WEST
BOOTES
52
TAURUS
SPRING SKY
For observers at
40° to 60° northern latitudes
N
n 10°
Horizo
SOUTH
Sky’s
Up
Sky’s
Up
n
Horizo
50°N
VELA
0°N
on 4
z
Hori
CENTAURUS
SOUTH
53
a chave para o seu Céu
a chave para o seu Céu
criado por Wil Tirion
criado por Wil Tirion
NORTH
NORTH
Horizon 30
°N
Horiz
on 60°
N
AURIGA
Double
Cluster
GEMINI
Castor
Horizo
n
Horizon 2
0°N
50°N
PERSEUS
Pollux
CAMELOPARDALIS
Capella
Horizon 10°N
Algol
ARIES
URSA MAJOR
CANCER
Polaris
PERSEUS
LEO
MINOR
URSA MINOR
CEPHEUS
LYNX
TRIANGULUM
M31
CASSIOPEIA
Horizon 40
°N
ANDROMEDA
Double Cluster
CAMELOPARDALIS
PISCES
DRACO
URSA MAJOR
M31
LACERTA
ANDROMEDA
CANES VENATICI
LEO MINOR
Polaris
CASSIOPEIA
URSA MINOR
Deneb
LEO
LEO
CYGNUS
AQUARIUS
VIRGO
CAPRICORNUS
SAGITTARIUS
GRUS
Ho
riz
on
2
C
SUMMER SKY
For observers at
10° to 30° northern latitudes
54
Arcturus
HERCULES
Altair
SERPENS
CAPUT
VIRGO
SERPENS
CAUDA
Antares
SCORPIUS
Spica
AQUILA
HYDRA
OPHIUCHUS
M7
CAPRICORNUS
SCUTUM
6
on
riz
Ho
LUPUS
N
0°
HYDRA
LIBRA
0°N
TELESCOPIUM
0°N
M22
Omega
Centauri
NORMA
ARA
M8
INDUS
C
Hadar
TUCANA
SCORPIUS
MICROSCOPIUM
CENTAURUS
CIRCINUS
TRIANGULUM AUSTRALE
SUMMER SKY
For observers at
40° to 60° northern latitudes
APUS
SOUTH
Sky’s
Up
Sky’s
Up
5
on
riz
Ho
Antares
SAGITTARIUS
PAVO
0°N
CORONA BOREALIS
LIBRA
Rigil Kent
Ho
riz
on
1
LYRA
N
0°
0°
N
Ho
rizo
n3
AQUARIUS
CORONA
AUSTRALIS
MICROSCOPIUM
VULPECULA
EQUULEUS
CORVUS
M8
BOOTES
SAGITTA
Spica
M22
Vega
M13
DELPHINUS
SCUTUM
PISCIS
AUSTRINUS
P
OPHIUCHUS
AQUILA
Fomalhaut
E
I
CL
CYGNUS
PISCES
C
TI
PT
SERPENS
CAUDA
COMA BERENICES
PEGASUS
IC
SERPENS
CAPUT
CANES VENATICI
DRACO
LI
EQUULEUS
Arcturus
EAST
EAST
DELPHINUS Altair
CEPHEUS
Deneb
HERCULES
SAGITTA
PISCES
CORONA
BOREALIS
WEST
LYRA
VULPECULA
LACERTA
BOOTES
EC
M13
WEST
COMA BERENICES
Vega
PEGASUS
on
riz
Ho
M7
4
LUPUS
CORONA
AUSTRALIS
NORMA
TELESCOPIUM
ARA
SOUTH
55
a chave para o seu Céu
a chave para o seu Céu
criado por Wil Tirion
criado por Wil Tirion
NORTH
0°N
LEO MINOR
Ho
riz
on
3
Hor
izon
50°N
0°N
CANES VENATICI
LYNX
CANCER
Ho
riz
on
2
URSA MAJOR
Hor
izon
40°N
0°N
URSA MINOR
0°N
DRACO
CAMELOPARDALIS
Ho
rizo
n1
Polaris
Ho
rizo
n6
NORTH
URSA MAJOR
BOOTES
Pollux
M13
Castor
CORONA
BOREALIS
LYNX
GEMINI
Capella
DRACO
AURIGA
Double
Cluster
HERCULES
Deneb
Algol
LYRA
CYGNUS
LACERTA
OPHIUCHUS
VULPECULA
Betelgeuse
Double
Cluster
PERSEUS
Vega
CEPHEUS
LYRA
SAGITTA
SERPENS
CAUDA
Altair
PISCES
DELPHINUS
Algol
EAST
EAST
PEGASUS
TAURUS
Aldebaran
ORION
M42
Pleiades
Hyades
OPHIUCHUS
CASSIOPEIA
CYGNUS
Deneb
LACERTA
TRIANGULUM
M31
VULPECULA
ANDROMEDA
EQUULEUS
AQUILA
TAURUS
Mira
SERPENS CAUDA
SAGITTA
ARIES
Altair
SCUTUM
AQUARIUS
ERIDANUS
LEPUS
CETUS
PISCES
ECLI
CAPRICORNUS
PTIC
M22
CAELUM
DORADO
D
AUTUMN SKY
For observers at
10° to 30° northern latitudes
INDUS
TUCANA
RETICULUM
SAGITTARIUS
AQUARIUS
n2
rizo
Ho
CAPRICORNUS
Hor
izon
60°N
0°N
Fomalhaut
TELESCOPIUM
1
on
riz
Ho
47 Tuc
SMC
IC
0°N
HOROLOGIUM
Achernar
PT
CETUS
CORONA
AUSTRALIS
n3
izo
Hor
GRUS
PHOENIX
LI
ERIDANUS
PISCIS
AUSTRINUS
MICROSCOPIUM
EC
Mira
M8
SAGITTARIUS
FORNAX
AQUILA
EQUULEUS
Fomalhaut
SCULPTOR
SCUTUM
DELPHINUS
PEGASUS
56
WEST
ARIES
Rigel
Capella
M35
ANDROMEDA
M31
Hyades
ORION
HERCULES
AURIGA
Pleiades
Aldebaran
Polaris
CAMELOPARDALIS
CASSIOPEIA
TRIANGULUM
M13
URSA MINOR
Vega
PERSEUS
Betelgeuse
GEMINI
CEPHEUS
WEST
M35
FORNAX
D
N
0°
PAVO
AUTUMN SKY
HYDRUS
For observers at
40° to 60° northern latitudes
OCTANS
SOUTH
Sky’s
Up
Sky’s
Up
Hor
izon
50°N
Ho
riz
on
4
SCULPTOR
0°N
PISCIS AUSTRINUS
MICROSCOPIUM
GRUS
PHOENIX
SOUTH
57
imagem final
“F
oi dito que a astronomia é uma experiência de humildade e construção do caráter. Talvez não
haja melhor demonstração da tolice das vaidades humanas do que esta imagem distante do nosso
pequeno mundo. Para mim, isso reforça a nossa responsabilidade de tratarmos melhor uns aos
outros, e preservar e valorizar o pálido ponto azul, o único lar que eu conheci.”
— Carl Sagan, Pálido Ponto Azul: Uma Visão do Futuro da Humidade no Espaço
CORTESIA DA NASA/JPL
Esta imagem colorida da Terra, conhecida como “Pálido Ponto Azul”, é uma parte do primeiro “retrato” do sistema solar
obtido pela Voyager 1. A sonda adquiriu um total de 60 quadros para um mosaico do sistema solar a partir de uma
distância de mais de 4 bilhões de milhas da Terra e cerca de 32 graus acima da eclíptica. A Terra está localizada no centro
de um dos raios de luz dispersos resultantes da obtenção da imagem tão perto do Sol.
58
Traduzido por Marcelo de Oliveira Souza
Sky’s
Up
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