Companhia Portuguesa de Pesca

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Texto de Susana Godinho Pereira
No âmbito de um trabalho para a cadeira de Arqueologia Industrial
da Universidade Nova de Lisboa
Companhia Portuguesa de Pesca
“A Companhia Portuguesa de Pesca foi fundada no ano de 1920 por quarto pequenos
armadores de pesca de arrasto, cada um proprietário de um navio. Esta Companhia
surgiu num contexto de expansão da indústria conserveira e piscatória.
Inicialmente, os navios dedicados unicamente à pesca por arrastão costeira
funcionavam a partir do cais de Santos, na margem norte, em Lisboa. devido ao pouco
espaço na margem direita do rio Tejo, por estarem já implantadas algumas das
importantes unidades fabris e devido à manutenção e aparelhagem dos navios, a
direcção decidiu que era necessário construírem infra-estruturas de apoio. O local
escolhido foi a margem esquerda, no Olho de Boi em Almada.
Numa primeira fase, foi celebrado um contrato de aluguer com a Administração Geral
do Porto de Lisboa para a zona ribeirinha na margem sul, que ia desde o início do
caminho para Almada até à Quinta da Arealva.
Nesta zona encontrava-se já uma muralha, que permitia a acostagem dos arrastões.
Esta foi alargada mais tarde com a construção de um cais, assente em pilares, que
avançou umas dezenas de metros em relação à estrutura existente, sendo assim
possível atingir área profunda e portanto mais favorável à manobra das embarcações.
A escolha deste local deve-se também ao facto de se encontrar aí um edifício
desactivado, que pertencera à Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonenses, passando
este edifício a ser a zona de mecânica da CPP e o pólo das restantes estruturas fabris
posteriormente construídas. Esta fábrica era uma das unidades industriais cujo
aparecimento na segunda metade do séc. XIX foi um dos marcos da industrialização na
margem sul.
A CPP adquiriu este edifício, assim como algumas quintas contíguas, que se estendiam
entre a orla ribeirinha e a arriba.
Alguns anos mais tarde a companhia expandiu-se ao longo da zona ribeirinha, para
Este, até ao cais da Fonte da Pipa tendo desenvolvido a sua actividade até à década de
oitenta.”
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