produção de antozoários ornamentais

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ASPECTOS TÉCNICOS E BIOLÓGICOS
ENVOLVIDOS NA
PRODUÇÃO DE ANTOZOÁRIOS ORNAMENTAIS
Francesco Perissinotti Magnani
[email protected]
Universidade Federal do Paraná
Setor de Ciências Agrárias –Curso de Zootecnia
Supervisor Dr. Antonio Ostrensky Neto (UFPR)
Orientador: Dr. Fernando Nuno Simões (UNAM)
Tunicados
Moluscos
Aquarismo
Marinho
no
Mundo
Corais
Algas
Plantas
Medusas
Equinodermos
o 200 espécies
o Mais de 2 milhões de aficionados
(LANGO REYNOSO et al., 2012)
o Crescimento acelerado
Peixes
(GREEN; SHIRLEY, 1999; LIVENGOOD; CHAPMAN, 2007)
Crustáceos
o U$ 200-330 milhões ao ano
Poliquetas
Poríferos
(CHAPMAN et al., 1997; LARKIN; DEGNER, 2001)
Origem dos Corais
Extrativismo
(BARTLEY, 2005; LIVENGOOD; CHAPMAN, 2007)

Recifes tropicais
(GREEN; SHIRLEY, 1999; WABNITZ et al., 2003)

Degradação:
Poluição (temperatura, pH, nutrientes, toxinas); Exploração
comercial (mineração, turismo, ornamentais)
Estoque Pesqueiro
Alternativa: Aquicultura
o Independente dos estoques pesqueiros
o Quantidade, qualidade e padrão
o Mais sustentável
Objetivo Geral
Apresentar a estrutura e a rotina operacional
da unidade comercial de produção de corais
ornamentais Kantoyna e os fundamentos
técnicos sobre os quais essa produção está
embasada.
Objetivos Específicos
ooIdentificar
mudança,
sugerir
Planejar e necessidades
estruturar
umde
experimento
para
Apresentar
e discutir diferentes
adaptações
emorfofisiológicas
implantar
melhorias
local onde
foi
avaliar
a influência
dosnoespectros
luminosos
e comportamentais
realizado
o na
estágio;
sobre as taxas
de crescimento
de corais.
envolvidas
alimentação
dos antozoários;
Revisão Bibliográfica
Alimentação em Antozoários
Francesco Perissinotti Magnani
[email protected]
Universidade Federal do Paraná
Setor de Ciências Agrárias – Departamento de Zootecnia – Curso de Zootecnia
Tipos de alimentação dos corais
Heterotrofia
Utilizada por
todos os corais
Autotrofia
Coral
Zooxantelas
Fotossíntese:
(até >95% da
ooAbriga
as algas carbono
na gastroderme
(JOKIEL, 2011)
produção)
(AMBARIYANTO, 2011; MUSCATINE et al., 1984)
ooFacilita
a
obtenção
de
luz;
Nutrientes: glucose, glicerol, aminoácidos
(SECKBACH, 2011; VENN; LORAM; DOUGLAS, 2008)
Metabolismonutrientes,
basal e crescimento
doN e P
ooHeterotrofia:
em especial
hospedeiro
(WIJGERDE et al., 2011)
(AMBARIYANTO, 2011; MUSCATINE et al., 1984)
Séssil
Dependência de Fatores Ambientais
Adaptações
Morfofisiológicas e comportamentais
↑Absorção
↑ Utilização
Energia Solar
(ENRÍQUEZ et al., 2005; RODRÍGUEZ-ROMÁN et al., 2006)
Autotrofia
Fotoadaptação
Fotoadaptação:
Função do Esqueleto
Esqueleto
Tecido
Radiação Solar
Fotoadaptação:
A comunidade de simbiontes
o 8 diferentes clados de zooxantelas
• Adaptados a diferentes ambientes luminosos
o Corais podem realizar simbiose com
diferentes clados

Plasticidade = 
Resiliência
Fotoadaptação:
Coloração
devida às
Zooxantelas
o Pigmentos : Tons de Marrom
• Absorção de luz:
Clorofilas e Carotenóides
• Transferência de luz:
Carotenóides
• Fotoproteção:
Xantofilas e Carotenóides
(JEFFREY; HAXO, 1968; ENRÍQUEZ; MÉNDEZ; IGLESIAS-PRIETO, 2005)
Fotoadaptação:
Coloração
devida ao
Coral
o Provida por proteínas:
• Semelhantes a verde
fluorescente
• Não fluorescentes, (variadas
entre o azul, verde, amarelo, rosa,
laranja e vermelho)
(OSWALD et al., 2007; SALIH et al., 2006)
o Varia de acordo com:
• Espécie e variedade;
• Fatores ambientais: luz (profundidade,
turbidez, sombreamento, etc..)
Profundidade
Profundidade
Zooxantelas
Pigmentos
(coral)
Pigmentos
(coral)
Zooxantelas
Redistribuição
da luz para
Reflexão, absorção
e as
zooxantelas
retransmissão
da Luz
(SALIH et al., 2000, 2006)
Heterotrofia
Matéria orgânica dissolvida e
particulada, bactérias, protozoários,
plâncton, nécton, benton
Captura
Fornece principalmente:
C, P, N
Digestão
Utilização
Crescimento, mantença,
reprodução, cicatrização e
autotrofia
(WIJGERDE et al., 2011; BORNEMAN, 2008; ANTHONY; FABRICIUS, 2000; FERRIER-PAGES et al., 2003)
Heterotrofia
Estruturas utilizadas na
Captura de Alimento
Estruturas de Captura de Alimento
Cnidócitos
Nematocistos
PRESA
Função Urticante
(HIEBERT; BINGHAM, 2012)
Espirocistos
PRESA
Função adesiva
(HIEBERT; BINGHAM, 2012; MARISCAL;
BIGGER; MCLEAN, 1976).
Estruturas de Captura de Alimento
Revestimento do epitélio
ou formação de teias
Adesão ao alimento
Transporte Ciliar
(GOLDBERG, 2002; SEBENS; JOHNSON, 1991)
http://teacheratsea.wordpress.com/tag/hard-coral/
Cílios e Mucocistos
Secreção apócrina de
muco
Estruturas de Captura de Alimento
Disco Oral
Exposição
Envelopamento
(ELLIOTT; COOK, 1989)
Estruturas de Captura de Alimento
Tentáculos
o Estruturas ocas localizadas no disco oral
(FRICKE, 1973)
o Função: coletar o alimento e levá-lo até a
boca
(FRICKE, 1973)
o Grande diversidade morfológica ligada à
predação:
• Tamanho, forma e conteúdo de cnidócitos.
oComportamento de expansão de
pólipos e tentáculos:
• Predação
• Proteção
• Fotossíntese
• Taxa metabólica
Estruturas de Captura de Alimento
Epiderme
o Absorção ativa e incorporação material orgânico
e inorgânico dissolvido na água
(SCHLICHTER, 1982; SOROKIN, 1973)
• Diretamente relacionada à área da epiderme
disponível e também ao fluxo da água
(SCHLICHTER, 1982)
• Teoricamente:
 Disponibilidade de nutrientes
 Absorção
 Necessidade de predação
(PALARDY; GROTTOLI; MATTHEWS, 2005)
Heterotrofia
Digestão
o Duração:
2-3 horas em corais duros
6-12 horas em octocorais
(BORNEMAN, 2008)
Ocorre em 3 etapas
Digestão
externa
Digestão
Interna
Digestão
intracelular
Cavidade
Disco OralGástrica
Local: Intracelular
Envolvimento
por
Extrusão dosPinocitose
filamentos
Mecanismo: Fagocitose/
filamentos
mesentéricos+
liberação
mesentéricos
(cnidócitos, cilios
e de
enzimas
pela gastroderme
células glandulares)
(NICOL, 1959; GOLDBERG, 2002; WIJGERDE et al., 2011)
Considerações
Finais
o Corais escleractíneos são mais estudados
(fotossíntese) pela sua importância ecológica como
construtores de recifes e pelo branqueamento
o Outros corais possuem posição secundária no
cenário acadêmico
o Poucas informações, mesmo para corais
escleractíneos, frente a variedade de mecanismos
utilizados na alimentação.
R eR leal taót róiroi o ddee EEssttáággi ioo
Unidade de produção de corais
KANTOYNA
Kantoyna
Local de estágio:
Conkal, Yucatán - México
Período de estágio:
22/02/2012 a 20/07/2012
Histórico da Empresa
2010
2010
2011
Proposta de
negócio
Inicio do
projeto
Início das
Atividades
Produtivas
o Mão de obra
2012
Mudança
administrativa
• Caseiro
• Técnico sem
formação
• Engenheiro de
Aquicultura
Setores operacionais
Setor de organismos-alimento
oProdução de alimento para corais e larvas
Contribuições
de peixes e camarões
3- Controle
• Rotíferos: Quantificação por amostragem
Artêmias
Rotíferos
• Cistos de Artêmias:
Quantificação
por
peso
Registro
1-Contaminação
2-Produção
de
Microalgas
Água
Visores
Cruzada
microalgas
clorada
Setor de Quarentena
o
Infraestrutura
Recepção
de novos animais
• Lava-pés
• Climatização
• Iluminação
•
•
HQIs
Solatube
•
9 Aquários (360 L) cada
• 2 Estantes
Sistema de Filtragem
Água
Água
Efluente
Retorno
circulante
captada
das
de
água
dos bomba
filtros
pela
baterias
baterias
Sugestão
Retirada de macro-organismos
Aclimatação
Banho em sol. de iodo
Permanência (15-30 dias)
Controle Biológico
Tratamento de parasitas específicos
Transferência
Infraestrutura
Setor de Produção de
Corais, Peixes e Camarões
Capacidade total de 12 mil litros
4 Estantes de Aquários (12x144 L 3x360 L)
Matrizes de camarões
Larvicultura
Contribuições: Luz
• • Redução
da luz artificial
Excesso em
para50%
os corais
• • Aproveitamento
da luz solar
↑$
↓15%
gastos
Contribuições: Reposicionamento de corais
o Reposicionamento dos corais
• Grau de agressividade
• Raio de alcance
Rotina de Alimentação
Contribuições
o Corais
• Interrupção do uso de
Microalgas
• Manhã: Alimentação
•Microalgas
Alimentação com náuplios de
artêmia (semanal)
•
Alimentação
com
patê
• Tarde: Rotíferos enriquecidos
( intervalo de 7-15 dias)
Rotina de Fragmentação
Matriz
Corte
Banho de
Lugol
15 minutos
1,32 ml.L-1
Fixação
Cianoacrilato
Cianoacrilato
+Linha+Agulh
a
Contribuições: Rotina Fragmentação
-Fragmentação
o Introdução de Técnicas
Fungia
Discossoma
Galaxea
sp. esp.
Ricordea
sp.
sp.
Parâmetros da água
Contribuições
Testes
oMedição
dos Principais
parâmetros
oEquipamentos
inadequados
ou
• Salinidade
• Amônia
inexistentes
• Temperatura
• Nitrito
• pH
• Fosfato
• Alcalinidade
• Cálcio
oFrequência
Incorreta
oNíveis ideais
oNíveis
ideais?
oOrçamento de novos testes
• Nitrato
o Cálcio
oEsqueleto dos corais
oNíveis ↓ de cálcio (280 mg.L-1)
oReposições com sol. saturada de cal
oNíveis após adições (320 e 340 mg/L)
Contribuições: Controle de algas
o Controle
Biológico
Excesso de
N e P no sistema
•• Sequestro
de
N
e
P
↑ Crescimento de algas
• Macroalgas
filamentosas
• Predação
Ermitões
• •↓Crescimento
de corais
Controle Produtivo
Contribuição
oSistema de controle zootécnico
1) N⁰ de corais /espécie/categoria;
• Lotes
por
espécie
2) Tempo para o tamanho comercial;
3) Mortalidade (pós-fragmentação e crescimento)
• Planilha
controlepara
de dados
4) Coraisde
disponíveis
venda
Projeto
Desenvolvimento de
uma alternativa à
iluminação artificial
para corais
Justificativa
tm
Solatube
Filtro de Espectro
Luminoso
Patenteado pela UNAM
ª
1
Etapa do projeto
Comparar o Crescimento de corais sob
Sem Filtro
ª
2
Etapa do projeto
Comparar o Crescimento de corais nos
diferentes espectros oferecidos pela
melhor fonte luminosa
ª
3
Etapa do projeto
Comparar o Crescimento da
melhor fonte luminosa vs
Solatube com filtro
Situação Atual
o Estruturada e iniciada a 1ª etapa
durante o estágio;
o Meta para o término dessa
etapa: Fevereiro/2013
Considerações Finais
Produção
de
organismos
aquáticos
oo Grande
diversidade
de organismos
a
Falta
de
conhecimento
sobre
ornamentais
 atividade
emergente

alta
complexidade
em
comparação
biologia e produção  meios
carência de profissionais especializados
com
outras
produções
científico
e amador
(aquarismo)
Obrigado
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