AMEI escolar Ciências Naturais 8º ano – Resumo nº 1 - Métodos Utilizados para o Estudo da Estrutura Interna da Terra Para estudar a estrutura e dinâmica interna da Terra existem dois tipos de métodos de observação: os métodos directos e os métodos indirectos. Os métodos directos são: Observação da natureza e das paisagens geológicas; Explorações de jazigos minerais; Sondagens; Actividade vulcânica. Os métodos indirectos são: Velocidade de propagação das ondas sísmicas; Dados fornecidos pelos satélites. - Modelos Propostos Através do estudo dos dados obtidos, os cientistas elaboraram dois modelos da estrutura interna da Terra. Modelo baseado na composição química dos materiais do interior da Terra: Figura 1: Modelo baseado na composição dos materiais Conteúdos: 1- Métodos Utilizados para o Estudo de Estrutura Interna da Terra 2- Modelos Propostos 3- Rochas e Minerais 4- Caracterís ticas dos Minerais Crusta: É constituída pela crusta continental e pela crusta oceânica. A crusta continental é essencialmente de natureza granítica e tem cerca de 20 a 70 km de profundidade. A crusta oceânica é essencialmente de natureza basáltica e tem cerca de 5 a 10 km de profundidade, sendo mais fina. Manto: É a camada que se segue à crusta, estendendo-se até uma profundidade com cerca de 2900 km. Está dividido em manto superior e manto inferior. O manto superior é constituído por material sólido e líquido e tem cerca de 700 km de profundidade. O manto inferior é constituído por material rochoso e estende-se abaixo do manto superior. Núcleo: Ocupa o centro da Terra, a partir dos 2900 km de profundidade. Está dividido em núcleo externo e núcleo interno. O núcleo externo é líquido, essencialmente constituído por ferro e níquel e tem cerca de 5170 km de profundidade. O núcleo interno é sólido, essencialmente constituído por ferro e níquel e com cerca de 1200 km de raio. Modelo baseado na rigidez dos materiais do interior da Terra: Figura 2: Modelo baseado na rigidez dos materiais Litosfera: É uma camada rígida, constituída pela crusta e pela parte superior do manto inferior. Astenosfera: É uma camada parcialmente fluida do manto, situada abaixo da litosfera. Mesosfera: É uma camada rígida, constituída pela parte inferior do manto, situada abaixo da astenosfera, e pelo manto inferior. Endosfera: É uma camada constituída pelo núcleo externo e pelo núcleo interno. - Rochas e Minerais Atendendo às suas características e condições de formação, as rochas classificam-se em três tipos: Rochas magmáticas: resultam do arrefecimento e solidificação do magma. Exemplos: granito e basalto; Figura 4: Granito Figura 3: Basalto Rochas Sedimentares: resultam da acumulação de diversos materiais provenientes de rochas pré-existentes. Exemplos: arenitos e calcários; Figura 5: Calcário Figura 6: Arenito Rochas Metamórficas: resultam da acção da pressão e/ou temperatura sobre as rochas préexistentes (magmáticas, sedimentares e metamórficas). Exemplos: xistos e gnaisses. Figura 8: Xisto Figura 7: Gnaisses Uma rocha é um agregado natural e compacto constituído por um ou mais minerais associados. Um mineral é uma substância sólida, natural, inorgânicas, com estrutura cristalina e composição química fixa ou variável dentro de determinados limites. Figuras 9 e 10: Exemplos de um mineral: quartzo e hematite - Características dos Minerais Cor: Os minerais podem ser classificados quanto à cor em: Minerais alocromáticos: minerais que apresentam uma gama variável de cores; Minerais idiocromáticos: minerais que apresentam sempre a mesma. Figura 11, 12 e 13: Exemplo de um mineral: alocromático: Quartzo Traço ou Risca: Cor do mineral reduzido a pó. (Nota 1) Figura 14: Traço de hematite Brilho: Modo como uma fractura reflecte a luz. Quanto ao brilho, os minerais podem ter: Brilho Metálico: semelhante ao observado nos metais polidos, observa-se em minerais opacos; Figura 15: Exemplo de um mineral com brilho metálico: Calcopirite Brilho Não Metálico: observa-se em minerais transparentes ou translúcidos. Para descrever utilizam-se os seguintes termos: - Vítreo; - Sedoso; - Adamantino; - Nacarado; - Reanoso; - Aroso; - Gorduroso. Figura 16: Exemplo de um mineral com brilho não metálico adamentino: Diamante Nota 1: Para determinar o traço de um mineral é usual riscar a superfície rugosa de uma porcelana. Por vezes, a cor da risca de um mineral não coincide com a sua cor. Mas diferentes variedades do mesmo mineral exibem sempre traço com a mesma cor. Dureza: Resistência do mineral à abrasão (ao ser riscado). (Nota 2) Para determinamos a dureza de um mineral podemos recorrer à escala de Mohs. Esta escala é constituída por 10 minerais ordenados por ordem crescente de dureza. Contudo, alguns objectos do dia-a-dia também podem ser utilizados na determinação da dureza dos minerais. Figura 17: Escala de Mohs Figura 18: Escala de Mohs comparada a objectos do dia-a-dia Clivagem: Divisão do mineral segundo superfícies planas e brilhantes. Figura 20: Exemplo de um mineral com clivagem cúbica muito perfeita: Galena Nota 2: A dureza de um mineral avaliase quando é riscado por outro mineral ou por um objecto. Para determinar a dureza relativa entre dois minerais basta deslizar uma aresta viva de um sobre uma superfície do outro. O mais duro deixará um sulco no mineral menos duro. Fractura: Divisão do mineral segundo superfícies irregulares e não segundo planos como os de clivagem. Reacção com os ácidos: Há minerais que devido à sua composição química, reagem com os ácidos. Exemplo: A calcite é uma mineral constituído por carbonato de cálcio. Quando o carbonato de cálcio entra em contacto com o ácido Figura 21: Calcite há libertação de dióxido de carbono. Densidade: É a relação entre a massa e o volume do mineral. (Nota 3) Figura 22: Enxofre Nota 3: A densidade determina-se comparando o peso do mineral com o do mesmo volume de água, o que evidencia quantas vezes o mineral é mais pesado do que a água. Exemplo: O enxofre apresenta densidade 2. Isto significa que é duas vezes mais pesado do que igual volume de água.