Remoção de Rótulo de Pacotes Ópticos Quaternários em Amplitude através de uma Porta Óptica de Três Estágios E. A. M. Fagotto, M. L. F. Abbade e F. A.Callegari Pontifícia Universidade Católica de Campinas – Rod. D. Pedro I, km 136 – Campinas – SP – CEP 13086-900 Resumo Neste trabalho investigamos a demultiplexação de pacotes ópticos quaternários em amplitude realizada mediante uma porta óptica de três estágios de fibra altamente-não-linear. Na literatura recente encontra-se uma proposta para demultiplexação totalmente óptica que utiliza um sistema de dois estágios, mas este não permite obter uma função de transferência para demultiplexar um sinal quaternário com taxas de extinção otimizadas para minimizar a taxa de erro de bit. Contudo, através de simulações, mostramos que isso se torna possível caso um estágio adicional seja acrescentado. Adicionalmente, nossos resultados podem ser utilizados para se conseguir outras funções de transferência para processamento óptico de sinais. Palavras-chaves porta óptica, pacote óptico, função de transferência. I. INTRODUÇÃO O desenvolvimento de dispositivos que utilizem processamento óptico de sinais desperta grande interesse por: a) permitir a eliminação de conversões óptico-eletrônicas (OE) e eletrônicas-ópticas (EO) que são, em princípio, desnecessárias em sistemas ópticos e b) aliviar as restrições de velocidade impostas pelos equipamentos eletrônicos (remoção do gargalo eletrônico). Devido a essas razões, várias pesquisas atuais têm por objetivo permitir que funções convencionalmente utilizadas no domínio eletrônico, como a conversão analógico-digital [1], a conversão entre diferentes formatos de modulação [2-4] e a utilização de portas ópticas (PO) [5,6], sejam implementadas no domínio óptico. Outro estudo de grande relevância atual, principalmente devido à crescente demanda por largura de banda na Internet, baseia-se na substituição dos pacotes eletrônicos convencionais por pacotes ópticos que possam ser roteados e transmitidos por redes ópticas sem conversões EO e OE e sem que seu conteúdo útil (payload) precise ser lido para a interpretação dos rótulos [7]. Existem várias maneiras de se gerar pacotes ópticos, entre as quais destacamos a rotulação serial (serial labeling), a rotulação por multiplexação de subportadora (sub-carrier multiplexing labeling) [7], a utilização de códigos ortogonais [8] e a multiplexação em amplitude de um rótulo binário a um payload, também binário, para gerar E. A. M. Fagotto, [email protected], M. L. F. Abbade, [email protected], F. A. Callegari, [email protected], Tel +55-19-3343-7302, Fax +55-19-3343-7177; Faculdade de Engenharia Elétrica, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, SP- Brasil. um pacote óptico quaternário em amplitude (POQA) [4]. Dependendo do tipo de rede considerada, pode ser interessante utilizar processamento óptico de sinais para remover os rótulos dos pacotes ópticos e recuperar o payload original [8]. Neste trabalho, nós apresentamos um método para gerar POs capazes de remover opticamente os rótulos de POQAs e, assim, recuperar os payloads binários originais. De fato, um estudo inicial dessa técnica já havia sido realizado em [9] para um POQA com distribuição de níveis bastante específica mas, no presente trabalho, nós mostramos que a utilização de 3 POs em série é capaz de remover rótulos de pacotes ópticos quaternários com uma distribuição de níveis arranjada para a minimizar a taxa de erro de bits (bit error rate- BER) do rótulo óptico. O método aqui apresentado não se restringe à remoção de rótulos de POQAs e pode ser utilizado para melhorar o desempenho de outras aplicações, como aperfeiçoar os regeneradores ópticos apresentados em [5,6]. No melhor de nosso conhecimento, essa é a primeira vez que tal método é descrito na literatura. O restante deste trabalho está organizado da seguinte maneira. Na Seção II realizamos uma breve revisão da literatura e discutimos como sinais quaternários em amplitude podem ser utilizados para representar pacotes ópticos. Também abordamos como os níveis de sinais quaternários devem ser distribuídos a fim de minimizar a BER destes sinais. Na Seção III explicamos como uma PO pode ser utilizada para remover o rótulo de um pacote quaternário e recuperar o payload binário original. As Seções IV e V abordam, respectivamente, o método que propomos para estender o intervalo de potências de atuação das POs e os resultados que obtivemos a partir deste método. Por fim, nossas conclusões são apresentadas na Seção VI. II. SINAL QUATERNÁRIO EM AMPLITUDE COMO PACOTE ÓPTICO A utilização de um sinal quaternário em amplitude como pacote óptico foi proposta em [4], com este sendo gerado através da multiplexação óptica de dois canais de transmissão em portadoras diferentes. Um dos canais continha a informação do rótulo e o outro a de dados do usuário, sendo ambos os canais acoplados a uma fibra altamente não-linear com dispersão deslocada (HNL-DSF). Os sinais das duas portadoras interagem conforme co- propagam, através do efeito da mistura de quatro ondas, dando origem a canais laterais com quatro diferentes níveis de potência que contém tanto a informação do rótulo como a de dados do usuário. Isto é, cada nível de potência estará indexado por um bit proveniente do rótulo e outro do canal de dados, ou seja, pelos dibits 00, 01, 10 e 11 conforme é ilustrado na Fig. 1. Apesar de tal método ser extremamente interessante, ele não permite gerar sinais quaternários com taxas de extinção arbitrárias devido a certas restrições impostas pela mistura de quatro ondas. Walklin et al. [10] mostraram que um sinal quaternário em amplitude possuirá taxa de erro de bit mínima quando seus níveis de potência (0, 1, 2 e 3), e portanto suas taxas de extinção, obedecerem as seguintes condições 0=0, 2/1= 4 e 3/1= 9. No presente trabalho, estaremos considerando um sinal quaternário gerado eletronicamente, de modo que possamos obter as taxas de extinção ótimas. Entretanto, a estratégia de indexação dos níveis de potência com os bits do rótulo e os de dados do usuário é a mesma de [4]. CW2, estes em freqüências fCW1 e fCW2, respectivamente, conforme ilustrado na Fig.3. Fig. 2. Demultiplexação de dados mediante uma porta óptica com Função de transferência “tipo-S” Como resultado, na saída da fibra do segundo estágio existirão, além do bombeio CW2 e da saída selecionada do primeiro estágio, f1+, canais laterais em f 2 2 f1 f CW 2 [9]. O filtro óptico na saída do segundo estágio permite-nos fazer a seleção do canal desejado, o que no caso do presente trabalho foi aquele na portadora f2+. Fig.1. Indexação dos níveis de potência do sinal quaternário com relação aos dibits 00, 10, 01 e 10. III. REMOÇÃO DO RÓTULO DE PACOTES ÓPTICOS QUATERNÁRIOS EM AMPLITUDE COM PORTAS ÓPTICAS Para a remoção do rótulo do POQA seguimos o método proposto em [9], que utiliza uma porta óptica com função de transferência do “tipo-S”, de acordo com o processo ilustrado na Fig.2. Tal função de transferência (FT) mapeia os níveis de potência de entrada referentes aos dibits 00 e 10 no nível de potência B, enquanto os níveis dos dibits 01 e 11 serão mapeados no nível A, recuperando desta forma a informação do canal de dados a partir do pacote quaternário. Um dispositivo totalmente óptico com FT tipo-S pode ser implementado conjugando-se dois estágios de fibra altamente não linear (HNL-DSF), através dos quais o pacote quaternário co-propaga com dois sinais de bombeio CW1 e Fig.3. (a) Estágio de Mistura de Quatro-Ondas (b) PO com dois estágios, que implementa a FT tipo-S. IV. PORTAS ÓPTICAS UTILIZANDO A FWM Uma maneira de se implementar uma PO consiste em utilizar o fenômeno de FWM em uma fibra, inserindo um sinal cw em fcw1, com potência Pcw1 e um sinal de dados em fd, com potência Pd, conforme com o ilustrado na Fig. 2a. Se os sinais cw e de dados tiverem o mesmo estado de polarização e se a depleção do sinal de dados puder ser desprezada, a potência do produto da FWM localizado em fP= 2fd- fcw1 será dada por [6]: 1 exp L Ps1 2 Pd2 Pcw1 exp L com η dada por [15]: 2 1 2 ' 2 2 (1) 4 exp L sin ' L / 2 2 1 exp L e 2 (2) 1 exp Lef (3) ' 2Pd Pcw1 , Lef 2c 2 2 (4) S 0 f d f cw f d f 0 f d4 sendo κ e κ’, respectivamente, os fatores de casamento de fase independente e dependente da potência e, com relação à fibra: é a atenuação, Lef= (1-e-L)/ é o comprimento efetivo, é o parâmetro não-linear, S0 é a inclinação da dispersão, f0= c/0 é a freqüência associada ao comprimento de onda de dispersão nula, 0, e c é a velocidade da luz no vácuo. A Eq. (3) é uma aproximação válida se os comprimentos de onda envolvidos estiverem a menos de 10 nm do comprimento de dispersão nula [11], como é o caso dos sinais considerados nesse trabalho. Analisando as equações (1-4), é possível notar que Ps tenderá a zero quando Pd tender a zero e que, devido à saturação da FWM, P s tenderá a uma constante quando P d for suficientemente alta e κ’L ≈ π. Embora esse comportamento seja similar ao da função S, na prática, a função de transferência (P s1 em função de Pd) gerada pela FWM não apresentará regiões planas como neste caso ideal. De fato, as características da FT ideal podem ser melhor aproximadas [10] ao se conectar em série dois estágios de POs, conforme já mencionado na Seção III e ilustrado na Fig. 2b. A potência de saída na FT do segundo estágio, pode ser obtida a partir de um conjunto de equações similares a (1-4) com Pd substituído por Ps1 e Pcw1 substituído por Pcw2. Também é importante notar que o ganho do amplificador do primeiro estágio, G12, deve ser ajustado para gerar um sinal com potência adequada para se enquadrar à FT do segundo estágio. Assim, a FT total dos dois estágios é uma função composta que pode ser expressa através de: PS 2 Pd PS 2 G1 PS1 Pd PAf PAi 9 4 (6) PAi PBf 4 (7). Obter essa FT a partir de (1-5) é uma tarefa bastante complicada. Além disso, embora sejam úteis para auxiliar na compreensão do problema, as equações (1-4) não consideram a depleção dos sinais cw que, no caso geral, pode ocorrer. A inclusão dos efeitos de depleção pode ser implementada a partir da formulação matemática apresentada em [12], mas esse procedimento torna a solução de (5) para atender o perfil da FT desejada ainda mais complexa. Sendo assim, uma saída para a obtenção desta solução é seguir algum tipo de abordagem numérica. Nossos resultados de simulações indicam que, considerando parâmetros típicos de HNL-DSFs e de potência para os dois estágios acoplados, pode-se obter uma FT plana no nível A apenas para um intervalo relativamente limitado de potências. Isso é ilustrado na Fig. 4, na qual podemos observar a evolução da FT em função do comprimento de fibra do primeiro estágio. Ao tentarmos ampliar o patamar superior da FT, a partir de certo ponto, começa a surgir um vale que vai se acentuando, tornando a PO inadequada para a remoção do rótulo. Resultados semelhantes, com a formação do mesmo vale, foram encontrados para variação de outros parâmetros do sistema, indicando a existência de um limite que nos impossibilitaria remover opticamente o rótulo do pacote porque, mesmo no melhor caso obtido (3900 m), temos PBf= 48 mW, PBi= 28 mW e PAf = 14 mW, que não satisfazem as condições (6) e (7). Entretanto, a formação sistemática dos vales nos levou a considerar a possibilidade de utilizarmos um terceiro estágio que compensasse aquele efeito e cuja potência de saída seria expressa por: PS 3 Pd PS 3 G2 PS 2 Pd (8) na qual G23 é o ganho de amplificação do segundo estágio. Assim, partindo das FTs para uma PO com dois estágios, com 3900 m de fibra no primeiro estágio (vide Fig. 4), (5). Nesta equação, para simplificar a notação, foram omitidas as dependências de Ps1 e Ps2 com η, , e L. V. OBTENÇÃO DAS FUNÇÕES DE TRANSFERÊNCIA PARA REMOVER O RÓTULO ÓPTICO No problema exposto na Seção III, precisamos mapear os dois níveis inferiores do sinal quaternário com distribuição ótima de níveis, 0:1:4:9, no nível de potência B, cuja potência máxima é PBf (Fig. 2). Os outros dois níveis de potência precisam ser mapeados para o nível A, que é delimitado pelas potências PAi e PAf. Assim, a FT da PO que queremos projetar precisa obedecer às relações: Fig.4. Evolução da FT de uma PO com dois estágios em função do comprimento de fibra do primeiro estágio. determinamos qual deveria ser a FT de compensação. Nas Figs. 5(a) e 5(b) são mostradas as FTs para o primeiro estágio da PO em função da potência de entrada do sinal e para o segundo estágio em função da potência de saída do primeiro estágio, respectivamente. A potência de saída deste último é da ordem centenas de centenas de miliwatts por conta do amplificador de acoplamento e a FT total correspondente da PO de dois estágios é aquela mostrada na Fig.4 para um comprimento de fibra de 3900 m. Nossos cálculos para a determinação da FT de compensação foram realizados de forma auto-consistente, variando os parâmetros do terceiro estágio (incluindo o ganho do amplificador de acoplamento) para que pudéssemos remover o rótulo de um sinal quaternário com níveis de potência 0=0 mW, 1= 8 mW, 2= 32 mW e 3= 72 mW que possui taxas ótimas de extinção (2= 41 e 3= 91). A FT de compensação assim obtida é apresentada na Fig. 5(c) e a FT total da PO na Fig. 5(d). Nesta última figura indicamos no patamar superior as posições dos níveis 2 e 3 através de linhas tracejadas. Na Tabela I estão os valores finais para os parâmetros do sistema após a convergência do cálculo, aos quais acrescentamos os ganhos dos amplificadores de acoplamento que são G12= 23.1 dB e G23= 24.0 dB. Fig.5. FTs para (a) o primeiro, (b) o segundo e o terceiro estágios da PO. Em (d) encontra-se a FT total da PO de três estágios. TABELA I – Parâmetros da PO com três estágios parâmetros 1o estágio 2o estágio 3o estágio L (m) 3900 4480 4480 S0 (ps/nm2/km) 0,03 0,03 0,03 10,6 8,3 8,5 ((W.km)-1) 1557 1557 1557 0 (nm) 0,2 0,2 0,2 (dB/km) fCW (THz) 192,48 192,86 192,86 PCW (mW) 1,5 6,0 3,6 V. RESULTADOS De modo a testar a PO de três estágios, consideramos um sinal quaternário com taxas de extinção ótimas, tendo 4096 bits de rótulo e 16384 bits de dados de usuário, modulado a 10 Gbauds sobre uma portadora de 192.85 THz. O diagrama de olho para o sinal quaternário de entrada, resultado da multiplexação de dois canais binários de acordo com a Seção II, é mostrado na Fig 6. Na Fig. 7(a) comparamos os primeiros cem bits do sinal binário original com aqueles dos sinais nas saídas dos três estágios da PO que são mostrados nas Figs. 7(b)-(d). Na saída do primeiro estágio, Fig. 7(b), a assinatura do sinal quaternário é claramente distinguível. Contudo, na Fig. 7(c), referente à saída do segundo estágio encontramos o sinal quase que totalmente demultiplexado, exceto por alguns picos que aparecem devido ao patamar da FT não ser largo o suficiente, conforme foi comentado na Seção IV. Acrescentado o terceiro estágio, finalmente obtemos um sinal binário, Fig. 7(d), o qual se comparado com o da Fig 7(a) leva a uma correlação de 100%, o que também se repete para os demais bits de dados, validando o dispositivo projetado. Fig.6. Diagrama de olho para o sinal quaternário de entrada, resultado da multiplexação de dois canais binários, um contendo a informação do rótulo e o outro de dados do usuário. utilização do método desenvolvido para o processamento óptico de sinais [14]. REFERÊNCIAS Fig.7. Em (a) encontram-se os cem primeiros bits do canal original de dados e em (b), (c) e (d) o mesmo intervalo de bits nas saídas do primeiro, segundo e terceiro estágios, respectivamente. . V. CONCLUSÃO Neste trabalho utilizamos uma PO com três estágios de fibra altamente não linear para remover o rótulo de um POQA com taxas de extinção otimizadas para máximo alcance de transmissão. Para projetar o dispositivo, desenvolvemos um método auto-consistente que nos permitiu obter uma FT de compensação para um sistema de PO com dois estágios [9]. Deve-se entender que o método empregado é bastante geral e não se restringe à presente aplicação, podendo ser estendido para outras finalidades de processamento de sinais ópticos, como regeneração óptica de sinais binários. As potências envolvidas para o funcionamento das POs que aqui apresentamos poderiam ser diminuídas, por exemplo, com a utilização de parâmetros característicos de fibras de óxido de bismuto que possuem, por exemplo, coeficientes não-lineares 100 vezes maiores (ou mais) que os adotados neste trabalho [13]. De fato, devemos considerar a utilização desse tipo de fibra na seqüência de nossa investigação. Além disso, também estaremos estudando a remoção do rótulo após a propagação do POQA através de enlaces de fibra padrão. A recente obtenção de mistura de quatro ondas em dispositivos de Fotônica de Silício abre perspectivas interessantes para [1] S. Oda, A. 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