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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI
FACULDADES IDEAU
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES HERBICIDAS PARA CONTROLE
DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO TRIGO
AGOSTINI, Denian1
[email protected]
BURTULI, Renato1
[email protected]
PIGATTO, Darlon1
[email protected]
TOMELERO, Rafaela1
[email protected]
ZIN, Jefferson1
[email protected]
CAMILLO,Maristela Fiess²
[email protected]
KARPINSKI, Luisete Andreis²
[email protected]
SEXTO, Paloma Alves Da Silva²
[email protected]
OLIVEIRA, Franciele De²
[email protected]
TREVISAN, Katia²
[email protected]
WEIPPERT, Rosângela Márcia2
[email protected]
¹ Discentes do Curso (Agronomia), Nível 8 2016/2- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.
² Docentes do Curso (Agronomia), Nível 8 2016/2 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.
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RESUMO O trigo (Triticum aestivum L) é uma planta de ciclo anual, a presença de plantas daninhas
em sua cultura pode reduzir a produtividade, fazendo com que o agricultor utilize praticas de manejo que elevam
seu custo de produção, a presença de plantas daninhas dentro de uma lavoura desde as fazes iniciais pode
acarretar em perdas totais, algumas espécies interferem alelopaticamente causando prejuízos ao seu
desenvolvimento, produtividade e crescimento, agindo contra a planta cultivada. Uma alternativa para o controle
de plantas daninhas é o uso de herbicidas de diferentes mecanismos de ação evitando a resistência das plantas
daninhas ao principio ativo, dentre estes mecanismos de ação podemos citar, ALS, mimetizadores de auxina e
ACCase, o controle de plantas daninhas é muito relativo ao tipo de planta que sera controlado, seu estadio de
desenvolvimento da planta daninha influência para a aplicação do herbicida sendo de grande importância para
obter um melhor resultado, eliminando a competição entre plantas e obtendo um melhor resultado na lavoura,
para a implantação das daninhas realizado no experimento dividiu-se em duas semeaduras, uma de azevem e
outra com resíduos contendo varias espécies de ervas daninhas. Dentre elas, Lolium multiflorum (azevém),
Conyza spp. (buva), Echium plantagineum (flor-roxa), Raphanus raphanistrum e R. sativus (nabo), Polygonum
convolvulus (cipó-de-veado), visando diminuir a interferência das plantas daninhas para a cultura do trigo, o
presente trabalho teve por objetivo avaliar a eficiência de diferentes grupos químicos e princípios ativos para o
controle das principais daninhas infestantes em nossa região.
Palavras-chave: interferência; plantas daninhas; produção.
ABSTRACT Wheat (Triticum aestivum L) is an annual cycle plant, the presence of weeds in a crop can reduce
productivity, causing the farmer to use management practices that increase their cost of production, the presence
of weeds in a crop from the early doing can result in total losses, some species interfere alelopaticamente causing
damage to their development, productivity and growth, acting against the cultivated plant. An alternative to weed
control is the use of herbicides different mechanisms avoiding the resistance of weeds to the active ingredient,
among these mechanisms of action we mention, als, mimic auxin and ACCase, control weeds and much for the
type of plant that will be controlled, its weed development stage influences for the application of herbicide is of
great importance for a better result, eliminating competition between plants and getting better results in the field,
for the implementation of weed performed the experiment was divided into two sowings a ryegrass and the other
with waste containing various species of weeds among them Lolium multiflorum (ryegrass), Conyza spp.
(Horseweed), Echium plantagineum (flower-purple), Raphanus raphanistrum and R. sativus (radish), Polygonum
convolvulus (liana-de-veined), to reduce weed interference for the wheat crop, this work was to evaluate the
effectiveness of different chemical groups and active ingredients for the control of main infesting weeds in our
region
Key words; interference; weeds; production.
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1 Introdução
O trigo (Triticum aestivum L.) é uma planta de ciclo anual, cultivada durante o inverno
e primavera. Seu grão é bastante comercializado e consumido na forma de pão, massa
alimentícia, bolo e biscoito, usado também como ração animal, quando não atinge a qualidade
exigida para consumo humano (EMBRAPA, 2006). Com a elevação da população mundial
eleva-se a demanda por grãos de trigo. Mas vários são os fatores bióticos e abióticos que
interferem na produção, as plantas daninhas competindo com a cultura tem sido a principal
causa biótica gerando perdas de produtividade (DÉLYE et al., 2013).
No controle cultural de plantas daninhas, sem aumentar os custos de produção devem
ser usadas características ecológicas, escolher cultivares mais adaptadas ao clima e solo, fazer
a semeadura de forma correta, aplicar a adubação na quantantidade recomendada e realizar o
sistema de rotação de cultura (EMBRAPA., 1999).
O período crítico de competição, onde a redução de produtividade é mais acentuada,
acontece nos estádios iniciais de desenvolvimento da cultura, este período se estende de 45 a
50 dias após a emergência das plantas. A cultura deve permanecer livre de competição no
primeiro terço de seu desenvolvimento. Cultivares com ciclos de 140 dias seu período crítico
terminaria 47 dias após a emergência, mas este período poderá variar de acordo com
condições de ambiente, os prejuízos causados neste estádio são irreversíveis, devendo a
cultura estar livre da interferência de plantas daninhas ( BLANCO et al., 1973).
A presença de plantas daninhas na lavoura pode reduzir a produtividade, fazendo com
que o agricultor utilize práticas de manejo que elevam seu custo de produção, a presença de
plantas daninhas dentro de uma lavoura desde as fases iniciais pode ate acarretar em perdas
totais (RAJCAN & SWANTON., 2001).
Algumas
espécies
interferem alelopaticamente causando
prejuízos
ao
seu
desenvolvimento, produtividade e crescimento, agindo contra a planta cultivada.
Substâncias aleloquímicas podem ser produzidas, em diferentes partes da planta, como parte
aérea e exudatos radiculares, sementes em processo germinativo e nos resíduos de certas
plantas durante a decomposição da palha. Podem atuar como hospedeiras alternativas de
pragas, plantas parasitas e nematoides, onde inviabilizam os programas de controle com
rotação de culturas não susceptíveis (FISCHER & MILES, 1973; NORRIS et al., 2001a).
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Uma alternativa para o controle de plantas daninhas é o uso de herbicidas de diferentes
mecanismos de ação evitando a resistência das plantas daninhas ao principio ativo, dentre
estes mecanismos de ação podemos citar, ALS (acetatolactato sintase), mimetizadores de
auxina e ACCase.
Os inibidores de ALS possuem boa seletividade para culturas de grande importância
econômica, baixa toxicidade para mamíferos e tem sido utilizado intensivamente em função
de alta eficiência que possui em doses muito baixas. Neste grupo tem surgido caso de
resistência em maior número nos últimos anos que em qualquer outro grupo. A combinação
da facilidade e do uso generalizado com que as plantas daninhas desenvolvem grande
resistência, resultou na seleção de grande número de espécies resistentes em diversos países
aos inibidores de ALS (OLIVEIRA Jr., 2013).
Este mecanismo de ação constitui um dos mais importantes herbicidas que são
atualmente
comercializados. Estão compreendidas
neste
mecanismo
de
ação das
sulfonilureias, triazolopirimidinas, sulfonilaminocarbonitriazolinonas, pirimidinil(tio)
benzoatos, e imidazolinonas. A produção de aminoácidos de cadeia ramificada e a morte das
plantas, resultante de eventos ocorridos em função da inibição de ALS, embora sua sequência
exata de como acontece seja ignorada (OLIVEIRA Jr., 2013).
Os mimetizadores de auxinas induzem mudanças bioquímicas e metabólicas em
plantas dicotiledôneas podendo levá-las à morte. Aspectos metabólicos, plasticidade
encontrada na parede celular e o metabolismo de ácidos nucléicos são afetados interferindo na
ação da enzima RNA-polimerase, e por consequência na síntese de proteínas e ácidos
nucléicos. Induzem uma intensa proliferação celular nos tecidos, impedindo o movimento
dos fotoassimilados para o sistema radicular (OLIVEIRA Jr., 2013).
Inibidores da ACCase, são também denominados herbicidas inibidores da síntese de
ácidos graxos, tem ação sobre plantas perenes e também anuais sendo considerados herbicidas
sistêmicos, embora a tolerância varie entre espécies, sua penetração na planta ocorre via foliar
sendo sua ação no solo praticamente nula, tanto plantas daninhas quando culturas
dicotiledôneas são normalmente tolerantes (OLIVEIRA JR 2013).
Visando diminuir a interferência das plantas daninhas para a cultura do trigo,
objetivou-se avaliar a eficiência de diferentes grupos químicos e princípios ativos para o
controle das principais plantas daninhas.
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2 Metodologia
A área utilizada para implantação dos experimentos foi o campus III da Faculdade
IDEAU, em Getúlio Vargas- RS. Com característica de solo, Latossolo vermelho distrófico
típico e clima temperado, sua temperatura varia de -2ºC a 35ºC, latitude 27º 53` 25``S e
longitude 52º 13` 39``W, altitude de 627 metros em relação ao nível do mar, possuindo uma
área total de 286.567 km² seu bioma e classificado como Mata Atlântica, a precipitação
pluviométrica possui uma media em torno de 1800 a 2000 milimetros anuais,situado na
região Sul do Brasil , na região norte do Estado do Rio Grande do Sul,no período de julho a
novembro de 2016.
Dividiu-se a área em 45 parcelas de 10,5m2, 20 parcelas para a semeadura de azevém,
20 parcelas para a semeadura dos resíduos e cinco para a testemunha cujo não foi semeado
nenhuma planta daninha. Nas parcelas onde foi semeado azevém identificou-se com estacas e
bandeiras verdes, já onde foi semeado os resíduos identificou-se com estacas e bandeira
vermelhas, e para a tesmemunha bandeiras brancas. Para avalição de eficiência no controle de
daninhas selecionamos herbicidas de três diferentes mecânismos de ação, ALS, ACCase e
mimetizadores de auxina, sendo estes com princípios ativos, metsulfuron metílico,
iodosulfuron metílico e clodinafope propargil e 2,4-D respectivamente, dividiu-se em 4
tratamentos com 5 repetições nas parcelas com azevém e para as parcelas com resíduos
(Tabela 1).
Tabela 1- Princípios ativos utilizados e suas respectivas doses no controle de azevém e
resíduos na cultura do trigo.
Tratamentos
Princípios Ativos
Doses Utilizadas
Tratamento1
Metsulfuron metílico
5 gr ha-1
Tratamento2
Iodosulfuron metílico
100 gr ha-1
Tratamento3
Clodinafope propargil
200 ml ha-1
Tratamento4
2,4-D
800 ml ha-1
Tratamento 5
Testemunha
-
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Na primeira semana de julho de 2016, realizou-se a semeadura do trigo, com a
cultivar ORS 1401 na proporção de 150 kg ha-1 de semente, sendo 250 sementes m², utilizouse 350 kg ha-1 de adubação de base com a fórmula NPK 12-30-18, a adubação de N
(nitrogênio) foi realizada na última semana de agosto utilizou-se 150 Kg ha-1 distribuído a
lanço.
Na segunda semana de setembro iniciou-se a implantação das plantas daninhas para
posterior manejo com os herbicídas indicados para a análise de eficiência. Para a implantação
das plantas daninhas dividiu-se em duas semeaduras uma de azevém e outra com resíduos
contendo várias espécies de plantas daninhas dentre elas: Lolium multiflorum Lam.(azevém),
Conyza
spp. (buva),
Echium
plantagineum (flor-roxa),
Raphanus
raphanistrum
L. (nabo), Polygonum convolvulus L.(cipó-de-veado) (Figura 1).
Figura 1- Divisão e demarcação das parcelas do experimento de controle de plantas
daninhas, em pós emergência, Getúlio Vargas/RS. Foto: Burtuli, R, Setembro, 2016.
Na segunda quinzena de setembro realizou-se aplicação de fungicida para o controle
de ferrugem e manchas foliares na cultura, sendo os fungicidas utilizados, propiconazole,
azoxistrobina, ciproconazol. Após a segunda semana de outubro foram feitas as avaliações
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dos herbicídas aplicados, todas visualmente tendo como referência a testemunha na qual não
foi aplicado nenhum herbicída.
Os dados foram submetidos ao teste F (ANOVA) e quando significativa as médias
foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro.
3 Resultados e análise
Houve variação significativa no controle de plantas daninhas entre os diferentes
mecanismos de ação (Tabela 2). O iodosulfuron metílico e o clodinafope propargil,
destacaram-se no controle do azevém ambos com 89% de controle sobre a planta daninha, nos
testes realizado com resíduos o 2,4-D destacou-se com 88% de controle sendo que este
princípio ativo tem maior ação sobre plantas monocotiledôneas.
Tabela 2 – Eficiência no controle de plantas daninhas com aplicação de diferentes herbicidas
em pós emergência, Getuúlio Vargas/RS.
Tratamantos
Porcentagem de Controle
Azevém (%)
Residuos (%)
Metsulfuron metilico
83 b*
86 bc
Iodosulfuron metílico
89 b
76 d
Clodinafope propargil
89 b
77 cd
2,4-D
18 c
88 b
100 a
100 a
Testemunha
Coeficiente de Variação (%)
6.60
5.85
*As médias seguidas de letras distintas, comparadas nas colunas, diferem entre si pelo teste
de Tukey (p≤ 0,05).
A utilização de diferentes herbicidas no controle das plantas daninhas apresentou
resultados variados, mostrandos seus efeitos logo na primeira semana de aplicação,
comparado com a testemunha que não recebeu nenhum tratamento.
No Tratamento 1 onde utilizou-se metsulfuron metílico para o controle azevém,
obteve-se uma média de 83% de efetividade no controle das plantas invasoras, quando
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aplicado nas parcelas em qual continha resíduos, (com buva, corda de viola dentre outras
plantas daninhas) obtivemos uma media de 86% onde apresentou maior desempenho, pois
este princípio ativo tem ação maior em plantas monocotiledôneas.
Embora a resistência aos inibidores de ALS vem aumentando rapidamente, sendo
confirmada pelo grande número de espécies registradas como resistentes, vem se destacando
entre elas o azevém, que é a principal planta daninha competidora na cultura do trigo,
identificado como resistente ao herbicída iodosulfuron nas regiões produtoras da região sul do
Brasil (HEAP, 2014).
No Tratamento 2 no qual utilizou-se iodosulfuron metílico, para o controle de azevém,
obteve-se uma média de 89% de controle de plantas invasoras, quando aplicado na parcela
onde continha resíduo o controle foi de 76% onde obteve-se menor desempenho, o
iodosulfuron metílico pertence ao mecanismo de ação ALS sua ação sobre o azevem foi
bastante eficaz, pois seu estádio de desenvolvimento inicial favoreceu a ação do produto.
Resultados semelhantes foram encontrados por Vargas & Roman (2005) onde o iodosulfuron
metílico utilizado para o controle de azevém apresentou 95% de controle, e para a planta
daninha de folha redonda, o nabo se destacou com 90 % de eficiência.
No Tratamento 3 no qual utilizou-se clodinafope propargil, para o controle de azevém,
obteve-se uma média de 89% de controle de plantas invasoras, quando aplicado na parcela
onde continha resíduo o controle foi de 77%, o clodinafope propargil, obteve menor controle.
Segundo Vargas & Roman (2005) o clodinafope propargil obteve resultado
semelhante para o controle do azevém, mas para o controle do nabo, planta daninha de folha
larga ele não apresentou efeito.
No Tratamento 4 no qual utilizou-se 2-4-D, para o controle de azevém, obteve-se uma
média de 18% de controle de plantas invasoras, quando aplicado na parcela onde continha
resíduo o controle foi de 88% o 2-4-D, obtendo maior controle.
Nos testes realizados com 2,4-D no azevém não se obteve resultado esperado, pois sua
indicação técnica não abrange as gramíneas, por ser um mimetizador de auxinas, possui
dificuldade de ser translocado pelos feixes do esclerênquima. Não possuindo controle efetivo
sobre gramineas, obtendo maior controle em plantas de folha larga. Vargas & Roman (2005),
obtiveram resultados semelhantes com o 2,4-D aplicado em pós-emergêcia para o controle de
azevém onde não observaram controle da espécie daninha gramínea. Já para o controle de
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nabo com 2,4-D os mesmos autores obtiveram um controle total o que evidencia a eficiência
deste herbicida no controle de plantas daninhas com folhas largas.
O herbicida com princípio ativo iodosulfuron metílico, aplicado sobre as parcelas com
azevém, mostrou-se com boa eficácia, seu mecanismo de ação o ALS inibe a formação da
enzima acetolactato sintase, que é a enzima chave na rota da biossíntese dos aminoácidos,
leucina, isoleucina e valina, portanto este princípio ativo destacou-se no controle das parcelas
com azevém também devido ao estádio inicial da planta daninha que facilita sua eficiência.
A mutação que causa resistência aos inibidores da enzima ALS depende da espécie
envolvida e seu ponto de mutação podendo causar maior efeito no crescimento da planta e
competitividade (TARDIF et al., 2006) ou não representar nem um efeito (YU et al., 2010; LI
et al., 2013).
Os testes com o princípio ativo clodinafope propargil também diferenciaram-se sobre
os demais nas parcelas com azevém, seu mecanismo de ação o ACCase tem ação sobre
gramíneas agindo diretamente em seus pontos de crescimento sessando seu desenvolvimento
algumas horas após a aplicação (OLIVEIRA Jr., 2013).
Quando aplicados estes herbicídas são absorvidos de forma rápida pelas folhas das
gramíneas, sendo que chuvas que ocorram cerca de duas horas após a aplicação não afetam na
eficiência do produto (CULPEPPER et al., 1999). A absorção dos herbicídas do mecânismo
de ação ACCase se relaciona de forma positiva com a umidade do ar acima de 50% sendo
translocados pelo apo-simplasto até os pontos meristemáticos (VIDAL, 1997). Para que
ocorra o funcionamento efetivo dos herbicídas, as plantas precisam estar com seus pontos de
crescimento ativos, ou seja, plantas realizando fotossíntese (BURTON et al., 1987; DEVINE
et al., 1993). Os herbicídas deste mecanismo de ação apresentam rápida biodegradação no
solo, com baixos danos ambientais (VIDAL, 1997).
Nos testes realizados para o controle dos resíduos, no trigo o 2,4-D se sobressaiu dos
demais, seu controle foi mais eficaz, por ser mais suscetível em folhas largas, absorvendo com
maior facilidade tanto pelas raízes como pelas folhas sendo translocado pelo xilema e floema,
obtendo maior controle que os testes aplicados com iodosulfuron metílico e clodinafope
propargil, esses que obteve-se maior resultado no azevém por ser uma graminia de folha
estreita.
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Os herbicídas com o mecanismo de ação ALS e ACCase mostraram-se com maior
controle nos testes realizados com azevém, nos testes realizados com resíduos o herbicída
mimetixador de auxina obteve um maior controle.
4 Conclusão
Conclui-se que o iodosulfuron metílico e o clodinafope propargil, se destacaram no
controle do azevém, os teste feito com 2,4-D em resíduos também se obteve maior resultado,
sendo que, o uso de herbicídas no controle de plantas daninhas é muito relativo ao tipo de
planta que se deseja controlar, o estádio de desenvolvimento da planta daninha influência para
a aplicação do herbicída, sendo de grande importância para obter um melhor resultado, assim
eliminando a competição entre plantas, e obtendo uma lavoura com maior rentabilidade.
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