Força no entreferro - udesc

Propaganda
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA
Experimento 4 –Projeto de transformador monofásico utilizando a curva de histerese
1. OBJETIVO
Dimensionar um pequeno transformador monofásico utilizando o método de projeto apresentado neste
roteiro.
Prototipar o transformador projetado e realizar os devidos ensaios para obtenção dos parâmetros
construtivos e validação das hipóteses de projeto.
2. PARTE TEÓRICA
a. Condutores, isolamento e disposição das bobinas
Os condutores utilizados nos transformadores podem ser de cobre ou alumínio, isolados com esmalte ou
algodão.
O esmalte é mais caro, porém possibilita melhor utilização do espaço disponível para a bobina. A escolha
da solução deve verificar qual a restrição do projeto. O material isolante deve possuir algumas características
básicas como: resistência ao calor e elasticidade. Usualmente utiliza-se uma temperatura de 80ºC como
funcionamento normal. A característica mecânica está relacionada com a necessidade de resistir o processo de
bobinagem sem perdas das propriedades isolantes.
Para pequenos transformadores são utilizados fios redondos para bitolas até 10 AWG, após isto se prefere
fios quadrados ou retangulares. Para facilitar o enrolamento com bitolas mais elevadas, utilizam-se dois ou mais
fios em paralelo.
O carretel sobre o qual as bobinas são enroladas precisa ser feitos de material isolante de forma a manter o
nível de isolação adequado entre as lâminas e o condutor. Uma camada de material isolante é colocada entre
uma camada e outra da bobina. Outra camada de material com espessura mais elevada é colocada entre os
enrolamentos primário e secundário. A espessura deve ser proporcional ao nível de tensão que a isolação deve
suportar.
Ao confeccionar o enrolamento das bobinas, recomenda-se enrolar primeiro a bobina de AT (alta tensão)
em função da bitola de fio mais fina, facilitando as curvas mais acentuadas no início da bobinagem. Além disto,
considerando que o preço por quilo do fio mais fino é mais elevado do que o fio mais grosso, tem-se que o
comprimento médio do enrolamento que está na parte interna é menor, consequentemente a quantidade de
material utilizada será menor.
b. Lâminas padronizadas
Os pequenos transformadores possuem o núcleo padronizado em formato de “E” e “I”, conforme figura
abaixo.
1/16
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA
Figura 1 – Exemplo de lâminas para transformador em formado “E” e “I”.
Nesta configuração de lâminas o fluxo magnético gerado pela bobina posicionada no núcleo central,
divide-se igualmente nas duas partes laterais. Como boa prática de projeto, para manter a área constante, as
colunas laterais (esquerda e direita), inferior e superior, possui a mesma largura, ou seja, metade da espessura
do núcleo central.
Todas as dimensões das lâminas “E” e “I” são em função da largura do núcleo central a. A montagem é
feita conforme Fig. XX. De forma alternada para garantir melhor resistência mecânica e menor relutância ao
fluxo magnético.
Figura 2 – Exemplo do empilhamento das lâminas e da relação entre o dimensional do circuito magnético.
A utilização de lâminas em formato “E” e “I” é interessante pelo aproveitamento da lâmina de aço
utilizada para confecção do transformador. A ideia é obter as partes em “I” a partir da janela onde irá ser
posicionado o carretel com as bobinas.
2/16
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA
As características importantes para o núcleo são: área da janela para inserção das bobinas e massa do
núcleo magnético. A seção da janela ( ) é dada por:
O volume em centímetros cúbicos do núcleo, considerando
empilhamento de
(90%) é dado por:
Considerando uma densidade do ferro de
, a massa de
de espessura para a lâmina e um fator de
cúbico de do núcleo é dado por:
Normalmente as lâminas para os transformadores são classificadas por número de 0 a 6. Na tabela abaixo
são indicados os valores do número de ordem, largura da coluna central, seção da janela e peso do núcleo em
função da profundidade.
Tabela 1 – Valores calculados para lâminas padronizadas.
c. Dados de projeto
Para um projeto de transformador têm-se os seguintes dados de entrada:
3/16
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA
d. Cálculo das correntes do primário e secundário
A corrente do secundário é obtida pela relação da potência de saída e a tensão de saída:
A estimativa da corrente do primário considera 10% de perdas no dispositivo. Desta forma, a potência de
entrada deve ser adicionada de 10% para o cálculo da corrente.
Com base na massa do núcleo disponível para fazer o projeto, calcule a potência ativa máxima e as
correntes do primário e do secundário.
e. Cálculo da seção dos condutores
Para calcular a seção dos condutores, é preciso fixar a densidade de corrente. A densidade de corrente
deve ser escolhida conforme a capacidade de refrigeração dos enrolamentos. O tamanho do transformador
influencia na densidade de corrente a ser utilizada. Em geral, os valores de densidade de corrente para
funcionamento ficam entre a
.
i) Seção do fio dos enrolamentos primário (S1c) e secundário.
Após o cálculo da seção do enrolamento, deve-se escolher o valor comercial mais próximo do valor
calculado, denominado por
(valor da seção real). A densidade de corrente deve ser calculada novamente
para verificar o valor real, denominado por
.
4/16
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA
f. Cálculo da seção geométrica do núcleo
A seção geométrica do núcleo é dada pelo produto da dimensão a pela profundidade do pacote laminado.
Esta seção não representa a seção que o fluxo enxerga, pois na compactação das lâminas existe um
material isolante que não faz parte do caminho do fluxo magnético. A seção magnética
considera
deduzindo-se 10% a área da seção geométrica, ou seja:
Sabe-se que num circuito elétrico enrolado sobre ferro, existe uma relação de dependência entre o número
de espiras e a seção do núcleo magnético. A escolha de uma seção muito grande de ferro, leva a utilização de
poucas espiras, e por consequência um mal aproveitamento de matéria prima. Um núcleo muito pequeno obriga
o uso de enrolamento com muitas espiras, o que pode levar a uma bobina maior do que a janela disponível para
posicionar o enrolamento. Caso o núcleo seja bem dimensionado, haverá total aproveitamento da janela do
transformador.
Para calcular a seção do núcleo, é necessário levar em consideração o tipo de lâmina e o número de
circuitos que o transformador possui. O tipo de lâmina influência no tamanho da janela e o número de circuitos
no caso ideal considera somente um circuito no primário e um circuito no secundário. A tabela abaixo mostra as
fórmulas considerando diferentes números de circuitos e tipos de lâminas.
Circuitos primários Circuitos secundários Lâminas padronizadas Lâminas compridas
1
1
2
1
2
2
Construtivamente é vantajoso que a forma do núcleo seja próxima da forma quadrada, por isso a largura
da coluna central do núcleo é obtida por:
g. Cálculo do número de espiras
Para o cálculo do número de espiras, utiliza a Lei de Faraday. Considerando um fluxo magnético senoidal
, a tensão induzida é dada por:
5/16
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA
O valor de pico da tensão induzida pode ser escrito em termos do valor eficaz (rms)
:
Isolando o número de espiras, tem-se:
Observação: Se o enrolamento primário possuir taps ou outras tensões, podemos determinar o seu número
de espiras aplicando a fórmula acima ou pela relação:
Alternativamente o número de espiras do secundário pode ser calculado utilizando a mesma expressão,
porém adicionado 10% ao valor calculado devido às quedas de tensão no circuito.
h. Possibilidade de execução
Uma vez calculado o número de espiras primárias e secundárias e a seção dos respectivos enrolamentos é
possível calcular a seção de cobre
.
A verificação é baseada na expressão:
Caso a relação seja menor do que 3, o núcleo deve ser recalculado para que tenha espaço disponível para a
bobina.
6/16
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA
i. Estimativa das massas
ii) Peso do ferro
O peso do núcleo é calculado pela fórmula:
Onde
representa a massa em
de
de comprimento do núcleo.
iii) Peso do cobre
O cálculo da massa total de cobre enrolado é feito calculando-se o comprimento da espira média, em
centímetros:
Considerando a seção de cobre
dada em
, a massa de cobre, em gramas, é obtida pela expressão:
3. Exemplo de projeto de transformador monofásico
As informações apresentadas na sequência podem ser utilizadas para auxiliar no projeto do pequeno
transformador monofásico.
j. Curva de histerese
A curva de histerese típica de materiais utilizados nos transformadores é mostrada na figura abaixo
7/16
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA
Figura 3 – Curva de histerese típica de material utilizado em transformadores.
A partir da curva de histerese, pode-se obter uma curva de magnetização (BH), considerando a média
entre os quadrantes 1 e 4, conforme figura abaixo.
8/16
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA
2
Curva de magnetização BH
1.5
Indução [T]
1
Inferior
0.5
Sup
0
-100
BH
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1000
-0.5
-1
Intensidade de campo H[A/m]
Figura 4 – Curva de magnetização obtida da curva de histerese.
k. Estimativa da potência dissipada no ferro por unidade de massa
Através da curva de histerese é possível obter a densidade de energia dissipada pelo ciclo de histerese
(perdas no ferro), isto se obtém a partir da área do ciclo de histerese a qual expressa a densidade de energia
dissipada, para se obter a energia torna-se necessário multiplicar pelo volume do material ferromagnético. Para
avaliar a potência dissipada, por ciclo se deve dividir a energia pelo período do ciclo, o que equivale a
multiplicar pela frequência, assim:
1
Área aproximada do ciclo de histerese = Densidade de energia: W’= BH [J/m3] = 260[J/m3]
2
1
Energia dissipada pela curva: W= BH x volume= 260 x 0.000142738=0.037[J]
2
Potencia dissipada por ciclo Pfe= W x f = 0.037 x 60 = 2.2W
A perda por unidade de massa = 2.2/1.14 = 1.92[W/kg]
Os valores usuais de perdas por unidade de massa são apresentados na tabela (Alfonso Martignoni, Máquinas
de Corrente Alternada).
Qualidade da lâmina
W/kg para f= 50Hz
δ=0.5mm, B=1T
9/16
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA
Lâminas sem silício
Lâminas com pouco
3.6
Si
3.0
1.7
Lâminas com alto Si
l. Estimativa da potência ativa transferida pelo núcleo
Através da curva BH e simulando a operação em condição acumulativa foi possível determinar a
energia acumulada sobre o volume de ferro, esta energia acumulada por ciclo permite o cálculo da potência
máxima do dispositivo, neste caso 50[W].
Como é conhecido o volume e a densidade do material é possível determinar a potência máxima associada
à unidade de volume ou de massa, neste caso para um volume de 0.000142738m3 (você utiliza o do seu trafo).
Exemplo:
Potência por volume = 50W/0.000142738m3 = 370Kw/m3
Peso do transformador = 7900 Kg/m3* 0.000142738m3 = 1.14Kg
Potência por Kg =50 W/1.14g = 46.5W/Kg
A densidade típica do ferro é de 7900Kg/m3, variando levemente segundo a liga formada.
m. Estimativa da corrente a vazio
iv) Corrente associada as perdas Ir
A perda no núcleo (ferro) é dada por
Supondo que toda a tensão
resistência .
Considerando
,
está aplica na resistência
é dado por:
10/16
, conforme figura, determina-se o valor da
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA
A corrente
pode então ser definida como:
v) Corrente de magnetização
A corrente de magnetização é estimada utilizando-se a lei de Ampere. Para aplicação da lei de Ampere,
faz-se necessário o percurso médio das linhas de fluxo lm=0.1686[m](do transformador exemplo, você utiliza o
seu), e o numero de espiras primário N1= 1100.
vi) Corrente de vazio
A corrente de vazio corresponde a soma fasorial das correntes originadas pelas perdas do ferro e a de
magnetização:
Em módulo
11/16
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA
Para simulação no FEMM, considerar a diferença de
entre as correntes do primário e do secundário
para evitar erros numéricos.
Trafo CEE 2
28 AWG
[primario:1100]
Air
28 AWG
[primario:-1100]
22 AWG
[secundario:120]
22 AWG
[secundario:-120]
Trafo CEE 2
Fluxo acumulativo
Fluxo Diferencial
n. Estimativa das potências aparentes utilizando o triângulo de potência
Da tabela se obteve a perda do ferro de Pfe = 2.2 W e da simulação perdas do cobre Pcu = 3.1W. Obtendo
um rendimento de:
Potência Total= Potência calculada no gráfico BH + Potência das perdas Pfe +P cu = 50 +2.2 +3.1= 55.3
 = [50)]/55.3 = 0.90
Potência ativa: P1= 55.3W (obtida a partir das características magnéticas curva BHe das perdas ativas)
Potência Reativa
Q1= VI m [VAR] = 220 x 39mA=8.580VAR
Potência aparente: S1= I1* V1 =
P12  Q12  55.312  8.5812  56VA
Fator de potência FP: FP=0.988, na hipótese de uma carga puramente resistiva.
Potência aparente do Secundário (S2).
A potência do secundário é inferior a potência do primário, devido às perdas internas no transformador,
no caso de pequenos transformadores as podemos considerar as perdas do cobre e do ferro iguais, (teorema da
12/16
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA
máxima transferência de potência) assim as perdas são Pt= 2.2 x 2= 4.4W , assim a potencia ativa disponível é
de P2=55.3- 4.4 =51 W, recalculando a potencia aparente:
Potência aparente do Secundário (S2).
S2=
51
 51.6[VA]
0.988
A relação entre as potencias devido as perdas corresponde a:
S
1  56  1.085  1.1
S 2 51.6
Isto é podemos estimar a potencia secundaria sendo o 90% da potencia obtida no primário
S2 =
S
1 [VA]
1,10
S1 → Potência do Primário (VA);
S1 = ____________________[VA]
S2 = ____________________[VA]
5 Corrente do Primário (I1).
S1= I1 V1 =
P12  Q12
S1 → Potência do primário (VA);
V1 → Tensão do primário (V).
S1 = _________________[VA]
V1 = _________________[V]
I1 = __________________[A]
13/16
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA
6 Corrente do Secundário (I2)
S2= I2 V2 =
P12  Q12
1.1
S2 → Potência do secundário (VA);
V2 → Tensão do secundário (V).
S2 = _________________[VA]
V2 = _________________[V]
I2 = __________________[A]
14/16
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA
4. Ensaio
Para o transformador monofásico projetado faça os ensaios necessários para validar o dispositivo
construído.
a) Ensaio de polaridade
b) Ensaio de curto circuito e circuito aberto
c) Ensaio de eficiência e regulação
d) Ensaio do laço de histerese
15/16
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE
ENERGIA
5. Questões
a) Meça a dimensão da lâmina disponibilizada para confecção do transformador. Apresente um desenho com
as cotas e verifique se o formato está padronizado conforme Tabela 1.
b) Com base nos dados de entrada para o projeto do transformador, apresente o passo-a-passo de cálculo das
correntes dos enrolamentos, bitola dos fios, número de espiras e tamanho do núcleo magnético.
c) Verifique se o transformador é possível de ser construído e apresente o memorial de cálculo com os valores
calculados e os valores ajustados conforme matéria prima disponível.
d) Calcule a massa do ferro e de cobre, e faça uma estimativa do custo do transformador, considerando um
preço do cobre de 20 R$/kg e um preço do aço de 2 R$/kg. Faça o comparativo da massa calculada com as
massas medidas do dispositivo prototipado.
e) Supondo que seja possível utilizar fio de alumínio, qual seriam as bitolas para os enrolamentos primário e
secundário para manter o mesmo nível de potência e rendimento do transformador? Verifique se o projeto
com a nova bitola de fio é factível. Comente sobre a viabilidade ou não do projeto com fio de alumínio.
f) Utilizando o circuito equivalente completo do transformador, e com os parâmetros que foram determinados
no ensaio de curto circuito e circuito aberto, supondo uma carga nominal, com fator de potência unitário, na
tensão de nominal pelo lado de AT, calcule:
a. As perdas de potência ativa e reativa no transformador
b. A potência aparente suprida ao transformador
c. O fator de potência com que opera o conjunto (transformador + carga)
d. O rendimento e a regulação do transformador para cada nível de carga.
g) Com os valores obtidos no ensaio
a. Determinar o rendimento e a regulação do transformador para cada nível de carga.
b. Determinar a curva de rendimento do transformador em função da potência de carga.
c. Determina a corrente suprida a carga em função da potência de carga
d. Calcular o rendimento e a regulação de forma analítica supondo as cargas utilizadas no ensaio
e. Comparar os valores medidos com o cálculo analítico.
6.
a)
b)
c)
AVALIAÇÃO
(4,0) Projeto do transformador
(4,0) Construção e ensaios
(2,0) Relatório
7. REREFERÊNCIA
MARTIGNONI, Alfonso. Transformadores.7 ed. 1969. Editora Globo S.A.
16/16
Download