DENGUE Aspectos etiopatogênicos Vírus Dengue Família: Flaviviridae Gênero: Flavivirus Vírus RNA, polaridade positiva, 11kb 04 Sorotipos (Den 1- 4) - Diferentes genótipos DEN1: 1-5 DEN2: 1-6 DEN3: 1-4 DEN4: 1-3 ENTRADA DO VÍRUS DENGUE NO BRASIL 2000 DEN3 1990 DEN2 1986 DEN1 Rio de Janeiro Situação Epidemiológica - 2007 Sorotipos circulantes do vírus da dengue, Brasil, 2007* RR AP AM PA MA CE RN PB PI AC PE AL AC RO TO SE BA DEN 2 MT GO DF DEN 2 e 3 DEN 1, 2 e 3 MG ES MS SP PR RJ DEN 3 DEN 1 e 3 Sem Informação / sem positividade SC RS Fonte: LRN/LRR/LRE, Dados provisórios, sujeitos à alteração Fonte: SVS/MS Atenção Primária Organização dos Serviços de Saúde UBS e ESF Ações de Vigilância Epidemiológica – disparam outras ações Atenção Secundária/Primária Unidades Pronto Atendimento/UBS Acolhimento Classificação de Risco – Qualisus Exame físico dirigido Prova do Laço (PA em duas posições) Realizar notificação e investigação do caso Histórico da epidemiologia Orientações aos Pacientes e Familiares Hidratação Orientar o paciente sobre o uso e importância do Cartão de Acompanhamento do Paciente com Dengue. Dengue Abordagem Diagnóstica e Tratamento ...qual é o diagnóstico, Dr.? ...é uma simples virose! QUE S T I ON A M E N T O PODE SER DENGUE? SÍNDROME DENGUE DO CHOQUE SÍNDROME SÍNDROME SÍNDROME FEBRIL EXANTEMÁTICA HEMORRÁGICA • MALÁRIA • RUBÉOLA • MENINGOCOCCEMIA • IVAS • SARAMPO • SEPTICEMIA • ROTAVIROSE • ESCARLATINA • S. HENOCH-SHONLEIN • INFLUENZA • MONONUCLEOSE • FEBRE AMARELA • HEPATITE VIRAL • EXANTEMA SÚBITO • MALÁRIA GRAVE • LEPTOSPIROSE • ENTEROVIROSES • LEPTOSPIROSE • MENINGITE • ALERGIAS • HANTAVIROSE • OROPOUCHE • MAYARO Aedes aegypti - DENGUE Será nosso novo animal doméstico? QUE S T I ON A M E N T O HÁ REALMENTE SUSPEITA DE DENGUE? SITUAÇÃO ENDÊMICA X EPIDÊMICA CASO SUSPEITO DE DENGUE (MS): Febre com duração de até 7 dias + dois ou mais sintomas: mialgia cefaléia artralgia dor ocular prostração hemorragias exantema lactente→ toda sintomatologia dolorosa → choro freqüente DIFICULDADE DE AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS E SINAIS NA CRIANÇA FORMAS CLÍNICAS DE DENGUE Assintomática Oligossintomática Dengue Clássica Dengue Grave • Febre Hemorrágica • Dengue com Complicações DENGUE ASPECTOS CLÍNICOS • Crianças pequenas e lactentes – Maioria assintomática ou oligossintomática – Sintomas inespecíficos (semelhante a outras viroses): • Febre alta, intermitente - evolução bifásica • Recusa alimentar, mal estar • Irritabilidade • Choro freqüente, adinamia DENGUE ASPECTOS CLÍNICOS • Crianças pequenas e lactentes • Exantema • Sintomas de vias aéreas superiores raros • Hiperemia discreta de orofaringe • Dor abdominal / hepatomegalia não dolorosa DENGUE ASPECTOS CLÍNICOS • Crianças Maiores, Adolescentes e Adultos – Doença + severa + aguda • Febre, calafrios, adinamia, anorexia, náuseas, vômitos, diarréia • Cefaléia frontal e dor retro-orbitária – envolvimento musculatura extrínseca do olho • Severa dor músculo-esquelética • Hiperestesia de pele QUADRO CLÍNICO – DENGUE 0 - 48 horas ETAPA FEBRIL Febre Cefaléia Dor retro-orbitária Mialgias, artralgias Exantema (50%) Discreta dor abdominal AO FINAL DO 2° DIA OU COMEÇO DO 3º DIA: Sangramentos: Petéquias Epistaxe Gengivorragia Vômitos sanguíneos Sangramento por punção venosa Hematúria Prova do laço positiva ETAPA CRÍTICA - DENGUE Com a queda ou desaparecimento da febre ↓ Surgimento de sinais de alarme da dengue SINAIS DE ALARME - DENGUE • Dor abdominal intensa ou mantida • Vômitos muitos freqüentes • Queda repentina da temperatura, até hipotermia (temperatura < 36ºC) com ou sem forte tontura • Irritabilidade ou sonolência SINAIS DE ALARME - DENGUE • Diminuição da urina • Esforço ou dificuldade de respirar • Sangramentos importantes: pelos vômitos, pelas fezes DENGUE SINAIS DE CHOQUE - Pressão arterial convergente (PA diferencial < 20mmHg) - Hipotensão arterial - Extremidades frias / cianose - Enchimento capilar lento ( > 2s ) - Pulsos rápidos e finos HEMORRAGIA E EXANTEMA DENGUE - FHD QUE S T I ON A M E N T O O PACIENTE TEM SANGRAMENTO? SANGRAMENTO NA DENGUE ESPONTÂNEO – ATENTAR PARA SANGRAMENTO “SUTIL” PROVA DO LAÇO INDUZIDO NEGATIVA POSITIVA GRUPO A GRUPO B AUSÊNCIA DE SINAIS DE ALARME PROVA DO LAÇO 2,5 5,0 cm Garrotear por 3 min (crianças) e 5 min (adultos) mantendo na média da PA Positiva: 10 ou mais petéquias (crianças) 20 ou mais petéquias (adultos) PROVA DO LAÇO POSITIVA LESÃO PETEQUIAL - FHD Menina de 6 anos hospitalizada Febre com manifestacão hemorrágica Foto cedida pela Dra. Iris Chacón (Venezuela) QUE S T I ON A M E N T O QUAIS EXAMES PODEM SER SOLICITADOS NA DENGUE? EXAMES LABORATORIAIS INESPECÍFICOS – HEMOGRAMA COMPLETO – TRANSAMINASES – PROTEINOGRAMA: ALBUMINA – PESQUISA DE HEMATOZOÁRIOS EXAMES LABORATORIAIS INESPECÍFICOS – URÉIA – CREATININA – GASOMETRIA ARTERIAL – HEMOCULTURA EXAMES DE IMAGEM - DENGUE – RADIOGRAFIA DE TÓRAX – ULTRA-SONOGRAFIA DE TÓRAX – ULTRA-SONOGRAFIA DE ABDOME MÉTODOS LABORATORIAIS PARA DIAGNÓSTICO DA DENGUE • Diagnóstico Sorológico – ELISA (IgM & IgG) • Diagnóstico por detecção de vírus ou antígenos virais – Isolamento do vírus – Imuno - histoquímica • Diagnóstico molecular – RT - PCR DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO ELISA IgM • Momento da coleta: após o 7O dia MÉTODO DIAGNÓSTICO ISOLAMENTO VIRAL • Momento da coleta: do 1o ao 5o dia • Importância: – Vigilância de sorotipos QUE S T I ON A M E N T O COMO CONDUZIR O PACIENTE COM SUSPEITA DE DENGUE? DENGUE PACIENTE SEM SANGRAMENTO Soro oral de forma precoce é muito importante! DENGUE COMO CONDUZIR O PACIENTE DO GRUPO A? SEM SANGRAMENTO E SEM SINAIS DE ALARME - Hemograma completo: situações especiais - Sorologia ELISA IgM - PA em 2 posições - Tratamento ambulatorial - Oferta de líquidos de forma abundante – água,chás, sucos, água de coco - hidratação oral precoce – SRO ou soro caseiro (1/3 das necessidades hídricas basais ou 5 a 10ml/kg/dose tomada), de forma sistemática (4/4 horas) DENGUE COMO CONDUZIR O PACIENTE DO GRUPO A? SEM SANGRAMENTO E SEM SINAIS DE ALARME - Analgésicos, antitérmicos - Orientar sinais de boa hidratação - Orientar sinais de alarme – caso surjam, retorno imediato - Agendar retorno → reavaliação clínica + reestadiamento + coleta de exames DENGUE COMO CONDUZIR O GRUPO B? COM SANGRAMENTO E SEM SINAIS DE ALARME Ht - hidratação oral supervisionada ou parenteral: fase rápida (50ml/kg em 4h), podendo ser repetida - reavaliação clínica e refazer Ht se melhora do Ht → SRO – forma sistemática ou hidratação venosa de manutenção se piorar o Ht → conduzir como Grupo C / D - reestadiamento DENGUE COMO CONDUZIR O GRUPO B? COM SANGRAMENTO E SEM SINAIS DE ALARME - retorno para reavaliação em 24h e reestadiamento - orientar sinais de boa hidratação, desidratação e sinais de alarme - retorno imediato para unidade de saúde de referência → caso surjam sinais de alarme - Sorologia ELISA IgG e IgM agendada DENGUE PACIENTE COM SANGRAMENTO Hidratação oral ou venosa? O importante é : hidratar sempre!!!! QUE S T I ON A M E N T O O PACIENTE TEM SINAIS DE ALARME? DENGUE PACIENTE COM SINAIS DE ALARME (COM OU SEM SANGRAMENTO) GRUPO C SEM HIPOTENSÃO ARTERIAL “FASE SUTIL PRÉ-CHOQUE” DENGUE PRESSÃO ARTERIAL NA CRIANÇAS •PERCENTIL 50 (P50) = IDADE EM ANOS X 2 + 90 → PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA MÉDIA •PERCENTIL 5 (P5) = IDADE EM ANOS X 2 + 70 → VALOR DE P.A.S. ABAIXO DESTE PERCENTIL → HIPOTENSÃO ARTERIAL DENGUE COMO CONDUZIR O GRUPO C? COM SINAIS DE ALARME - Hospitalização - Fase rápida de hidratação: SF ou Ringer Lactato 20ml/kg/h + reavaliações → diurese e estado de hidratação - Fase de manutenção de hidratação (Holliday Segar) + reposição de perdas estimadas – fuga capilar ( SF ou Ringer lactato 50ml/Kg em média ou metade das necessidades basais) - Solicitar: Hemograma Completo, eletrólitos, TGO, TGP, albumina, raio x de tórax, US de abdômen, gasometria DENGUE COMO CONDUZIR O GRUPO C? - Ht de 4/4h, plaquetas de 12/12h - Reavaliação clínica (diurese, DU , PA e sinais de hidratação) e reestadiamento - Sintomáticos - Sorologia para dengue IgG/IgM e isolamento viral DENGUE PACIENTE COM SINAIS DE ALARME A avaliação contínua e hidratação venosa em unidade de saúde é fundamental! QUESTIONAMENTO O PACIENTE TEM SINAIS DE CHOQUE? DENGUE PACIENTE COM SINAIS DE CHOQUE (COM OU SEM SANGRAMENTO) GRUPO D SEM HIPOTENSÃO ARTERIAL COM HIPOTENSÃO ARTERIAL DESIDRATAÇÃO CHOQUE COMPENSADO CHOQUE DESCOMPENSADO DENGUE COMO CONDUZIR O GRUPO D? SÍNDROME DO CHOQUE DA DENGUE (SCD) - Hospitalização/UTI/monitorização contínua - Fase de expansão do choque: SF ou Ringer Lactato 20ml/kg por 20min + reavaliações -Fase de manutenção de hidratação + reposição de perdas estimadas - Uso de plasma ou albumina: choque refratário - Uso de plasma fresco: coagulopatia de consumo DENGUE COMO CONDUZIR O GRUPO D? SÍNDROME DO CHOQUE DA DENGUE (SCD) - Uso de concentrado de hemácias: hemorragias importantes - Uso de concentrado de plaquetas (controverso): < 20.000/mm3 + sangramentos importantes ou < 50.000/mm³ com suspeita de sangramento do SNC - Sorologia para dengue IgG/IgM e isolamento viral ACHADOS CLÍNICOS DISTENSÃO ABDOMINAL COM EDEMA DE PAREDE ACHADOS CLÍNICOS EDEMA GENERALIZADO ACHADOS CLÍNICOS EDEMA GENERALIZADO ACHADOS CLÍNICOS HEMORRAGIAS - PETÉQUIAS ACHADOS CLÍNICOS PETÉQUIAS DE PALATO ACHADOS CLÍNICOS EPISTAXE ACHADOS CLÍNICOS RASH PETEQUIAL PACIENTE COM FHD PACIENTE COM FHD ACHADOS CLÍNICOS HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA DENGUE GRAVE DENGUE TRATADA DENGUE GRAVE DENGUE GRAVE DENGUE TRATADA DENGUE GRAVE DENGUE TRATADA • Equimose; • Sangramento de mucosas (epistaxe e gengivorragia); • Hemorragia espontânea pelos locais de punção venosa; • Plaquetas < 100 mil/mm3. HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL BILATERAL HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL INTENSA Orientar a não remoção de crostas, coágulos ou sujidades nasais. DENGUE - TRATAMENTO PODE-SE PRESCREVER: - Antitérmicos: Dipirona – 10 a 15mg/kg/dose (6/6h) Paracetamol – 10 a 15mg/kg/dose (6/6h) - Antieméticos: Bromoprida – 0,5 a 1mg/kg/dia (8/8h) VO ou EV Metoclopramida – 0,1 a 0,2mg/kg/dose VO ou EV Dimenidrato – 1mg/kg/dose VO -Antipruriginosos: Hidroxizine – 2mg/kg/dia (6/6h) Dexclorfeniramina – 0,15 a 0,35mg/kg/dia (6/6h) DENGUE - TRATAMENTO NÃO PRESCREVER: - Heparina - Gamaglobulina - Corticóides - Antiinflamatórios não esteróides, inclusive ibuprofeno - Ácido Acetilsalicílico DENGUE - TRATAMENTO EVITAR: - Medicações intramusculares - Punção ou drenagem torácica: proscrito - Punção abdominal - Acessos venosos profundos - Procedimentos invasivos DENGUE AGRAVAMENTOS - Hemorragias importantes / coagulopatia de consumo - Hiperidratação - Choque hipovolêmico e/ou hemorrágico - Insuficiência cardíaca - Edema agudo de pulmão - Acidose metabólica / distúrbios eletrolíticos - Superinfecção / septicemia DENGUE COM COMPLICAÇÕES - Alterações neurológicas: encefalite, polineuropatia, S. Guillain-Barré, S. Reye. - Hepatite - Plaquetopenia isolada inferior a 50.000/mm3 - Hemorragia digestiva isolada - Leucopenia inferior a 1.000/mm3 - Miocardite Dengue NÃO ESQUECER: • Fazer Prova do Laço • Hidratar sempre • Orientar sinais de alarme • Notificar Dengue MANEJO CLÍNICO 4 PERGUNTAS BÁSICAS • TEM DENGUE? ESTADIAMENTO • TEM HEMORRAGIA? → E •TEM SINAIS DE ALARME? CONDUTA •TEM CHOQUE? DENGUE + HIDRATAÇÃO ADEQUADA + MONITORAMENTO → ÓBITO ZERO Assistência de Enfermagem Promoção, Prevenção Assistir, Educar e Treinar Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE Determina uma abordagem sistemática para a prática de enfermagem. Fases do Processo de Enfermagem Histórico de Enfermagem (entrevista e exame físico) Diagnóstico de Enfermagem Planejamento (Prescrição) Implementação (Execução das prescrições) Evolução (Avaliação) HISTÓRICO DE ENFERMAGEM ENTREVISTA E EXAME FÍSICO • É o momento de perguntar, questionar, coletar dados • Não esquecer questões referentes a epidemiologia • Na dengue muitas vezes existem protocolos que dirigem as ações e intervenções MAS não esquecer da assistência individualizada HISTÓRICO DE ENFERMAGEM ENTREVISTA E EXAME FÍSICO • Fazer Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco - GRUPO: A, B, C, D • Iniciar hidratação via oral nos clientes que estão na fila aguardando consulta médica; HISTÓRICO DE ENFERMAGEM ENTREVISTA E EXAME FÍSICO Data do início dos primeiros sintomas: situação, queixa, duração Histórico (relatado cliente, familiar...) Histórico epidemiológico: estação do ano, viagem a áreas de endemia ou epidemia, casos de dengue Se o cliente apresentou febre mais de 02 semanas após a viagem, reavaliar a dengue no diagnóstico diferencial Verificação de sinais vitais (PA - duas posições), FC, FR, enchimento capilar); CURVA TÉRMICA HISTÓRICO DE ENFERMAGEM ENTREVISTA E EXAME FÍSICO Estado geral e nutricional Hidratação Perfusão Pesquisar sinais de alarme Realizar prova do laço na ausência de manifestações hemorrágicas (Atenção) na 1ª consulta e nos retornos. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM ENTREVISTA E EXAME FÍSICO Uso de medicações: antiagregantes plaquetários, anticoagulantes, antiinflamatórios e imunossupressores. Antecedentes clínicos de dengue Descartar outras causas de dor abdominal: apendicite, colecistite, cólica... • História patológica pregressa: doenças crônicas associadas • História da doença atual: Cronologia dos sinais e sintomas; caracterização da curva febril; pesquisa de sinais de alarme. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM ENTREVISTA E EXAME FÍSICO Gestante; Idoso (>65 Anos), crianca; Portadores de: HAS, DM, asma, neoplasias, imunodeficiências adquiridas (como HIV); Portadores de outras doenças crônicas: (hematológicas crônicas como anemia falciforme, IRC, auto-imune, DPOC, doença severa do sistema cardiovascular, doença acidopéptica) Podem apresentar evolução desfavorável devendo ter acompanhamento diferenciado. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM ENTREVISTA E EXAME FÍSICO Verificação da glicemia capilar Gravidez, puerpério, aborto recentes Exame físico sumário buscando sinais objetivos Êmese (freqüência, volume e características) Manifestações hemorrágicas Febre Dor abdominal (tipo e persistência) SSVV Diarréia ou fezes amolecidas SINAIS DE ALARME: 1. Dor abdominal intensa e contínua 2. Hiperêmese persistentes 3. Hipotensão postural e/ou lipotímia 4. Hepatomegalia dolorosa 5. Hemorragias importantes (hematêmese, melena) 6. Sonolência, irritabilidade, letargia 7. Oligúria • Diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia e extremidades frias e cianóticas; Exame Físico: SISTEMÁTICA... sentido céfalo-caudal exame físico geral exame físico dirigido: sinais e sintomas/reações clínicas esperadas conforme a fisiopatologia da doença e disfunção apresentada. Temperatura: Febre Evitar: oral e retal Ideal: Axilar •Contínua: não há grandes oscilações diárias; •Ondulante: pode alternar períodos de febre ou não; •Defervescência: febre que declina até atingir a temperatura normal •ATENÇÃO: retorno da febre - PERIGO SSVV: Febre casos suspeitos/confirmados de dengue Assistência de Enfermagem: • Curva térmica • Hidratação oral (TRO, sucos, chá...) • Repouso, controle de diurese • Orientações de complicações, retornos para sorologia e febre • Crianças retornar na persistência da febre • Medicação prescrita • Monitorar exames laboratoriais • Notificar, investigar SINAIS VITAIS: Freqüência cardíaca- FC Locais: radial, temporal, carótida, apical e femoral. FC – ORIENTAR A TÉCNICA Manter o cliente confortável, sentado ou deitado Verificar com dedo indicador e anular Contar rigorosamente em um minuto Verificar o Pulso Apical com estetoscópio no hemitórax esquerdo Realizar anotações de enfermagem Respiratória- FR Disponibilizar Valores de Referência da FR rpm nas diferentes faixas etárias Locais de observação: costal superior (mulher; costal inferior (no homem); abdominal ou diafragmática (na criança) • Observar a amplitude: superficial, profunda e normal • Alterações: taquipnéia, bradipnéia, dispnéia ... • Rítmo: regular (ortopnéia) e irregular: (apnéia, Cheyne-Stokes, Kusmauul, Biot, dispnéia) • Ruídos: roncos ou estertores, sibilos, dor SSVV: FR Cliente sentado ou deitado Contar rigorosamente em um minuto Realizar anotações de enfermagem SSVV: Pressão Arterial- PA: sempre aferir em duas posições (sentado/deitado e em pé). • Fatores que interferem: força de contração do miocárdio, elasticidade das paredes das artérias, resistência vascular periférica, volemia, viscosidade sanguínea • Fisiológicos: idade, sexo, digestão, postura, drogas • Patológicos: convulsões, PIC, hemorragia, choque, doenças infecto-contagiosas e de base. • Locais de verificação: artéria braquial, pediosa e poplítea SINAIS VITAIS: PA • Não deixar o manguito fixado no local da verificação • Cuidado com aparelhos de verificação de PA automática programada • Avaliar a eficácia de esfigmomanômetro automático • Realizar anotações de enfermagem SINAIS VITAIS: PA • ATENÇÃO: • Hipotensão arterial; • Hipotensão postural; • Estreitamento da pressão de pulso; • São sinais de gravidade! ESTADO MENTAL/NEUROLÓGICO: Estado de alerta ou de consciência Sonolência ou letargia ou torpor Aplicar escala de Coma de Glasglow e mental Avaliar quanto ao estado de orientação: Desorientação em tempo e espaço, quanto ao lugar e pessoas ao redor de si, auto-desorientação • Quanto ao humor: apático, alegre, tenso, tranqüilo, agitado, irritado, ansiosa, triste, deprimido. • Pesquisar cefaléia, convulsão, delírio, insônia, inquietação, irritabilidade, depressão, paresias. • • • • • Segmentos: PELE: avaliar:Temperatura ( fria ou quente), sinais de desidratação, hiperestesia ... Exantema maculo-papular ou pleomorfismo com ou sem prurido precoce ou tardiamente, Pode expressar-se de diferentes formas na mesma epidemia. De início erupção precoce que acompanha a fase de viremia e febril, inicia-se geralmente pelo tronco depois extremidades, pode ocorrer eritema fugaz, predominante no rosto e na parte superior do corpo, desaparece por volta de 48 horas Segmentos:PELE: • Erupção secundária: coexiste com o reaparecimento da febre, descrito como eritema difuso, de máculas mais ou menos confluentes, delimitando ilhotas na pele sã, ou como erupção morbiliforme, maculopapulosas que pode acompanhar as petéquias. - - Petéquias, hematomas, sufusões, “rusch” cutâneo... Segmentos: • CABEÇA: - pesquisar: cefaléia, dor na movimentação - menores de 01 ano: avaliar fontanela deprimida ou abaulada, perímetro cefálico Segmentos: - Olhos: dor retroorbitária, fotofobia, olhos encovados, edema subcutâneo palpebral, hemorragia conjuntival, esclerótica avermelhada, midríase, miose, nistagmo, escotomas, visão central Nariz: epistaxe, crostas, lesões, secreções Segmentos: - Boca: petéquias de palato, enantema, halitose, palidez, hiperemia, presença de lesões; - Características da língua: umidade, lesões, mobilidade -Presença de próteses dentárias. -Gengivas: gengivorragia, coloração, edema, dor SEGMENTOS: • PESCOÇO: • Pesquisar pulso carotídeo e ingurgitamento vascular, • Verificar restrições de movimentos • Avaliar sinais meníngeos: rigidez de nuca SEGMENTO: Abdominal - Pesquisar sensibilidade à palpação e qual a localização, intensidade da dor (tipo e duração) irradiação, -Verificar a consistência: flácido, globoso, timpanismo, maciçez, livre, em tábua. --Distensão abdominal - Edema SEGMENTOS: GENITAL: Metrorragia, menstruação, polimenorréia edema, hiperemia, URINÁRIO: hematúria, disúria ... PERIANAL, RETO e ÂNUS: Sangramentos, hemorróidas, hiperemia, Eliminações: êmese, diarréia ou fezes amolecidas, melena, enterorragia, hematúria. Assistência de Enfermagem: Febre • Objetivos• Reduzir a temperatura • Avaliar a evolução clínica • Prevenir crise convulsiva em crianças menores de 05 anos • Manter a hidratação • Proporcionar conforto Assistência de Enfermagem: Dor • Escala de dor • SSVV • Reduzir luminosidade e ruídos • Repouso relativo • Mudança de decúbito • Medicação prescrita • Protocolos- acesso venoso, ambiente Assistência de Enfermagem: Dor abdominal ObjetivosAvaliar a evolução clínica (evolução para formas graves) Proporcionar alívio a dor Proporcionar conforto ATENÇÃO: dor abdominal contínua = sinal de alarme persistente e Assistência de Enfermagem: Dor abdominal • Medicacão prescrita • Protocolos- acesso venoso, SVD, SNG • Circunferência abdominal • Mensurar edemas Assistência de Enfermagem: Prurido • Objetivos• Avaliar a evolução clínica • Restabelecer e manter a integridade da pele • Proporcionar conforto Assistência de Enfermagem: Prurido • Banho (água e sabonete neutro) • Compressas umedecidas • Cuidados com as unhas • Medicação prescrita • Cuidados com a pele Consulta de Enfermagem Preencher o Cartão do Usuário DENGUE; Consulta de Enfermagem Preencher o Cartão do Usuário DENGUE; SVS/MS Frente SVS/MS Verso SVS/MS IMPORTÂNCIA DO PAPEL DA ENFERMAGEM PARA AS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA DENGUE SVS/MS VIGILÂNCIA EM SAÚDE ● Vigilância Epidemiológica ● Vigilância Sanitária ● Vigilância Ambiental SVS/MS Papel da enfermagem nas ações de vigilância epidemiológica da dengue • Identificar o perfil epidemiológico da área de atuação; • Reconhecer os casos suspeitos de dengue do seu território, coletar os dados e informar as autoridades competentes; • Realizar busca ativa dos casos ; SVS/MS Papel da enfermagem nas ações de vigilância epidemiológica da dengue • Realizar visitas domiciliares; • Orientar doentes e familiares ; • Promover ações de Informação, Educação e Comunicação no seu território de atuação; SVS/MS Papel da enfermagem nas ações de vigilância epidemiológica da dengue • Executar os protocolos estabelecidos pela Vigilância Epidemiológica; • Estimular os profissionais de saúde, os serviços e a comunidade a realizar as notificações; • Colaborar para o registro, avaliação e divulgação dos dados; análise, SVS/MS Papel da enfermagem nas ações de vigilância epidemiológica da dengue • Capacitar os ACS e ACE em vigilância epidemiológica da dengue em nível local; • Participar das ações conjuntas entre Estratégias Saúde da Família, Agentes Comunitários de Saúde, Programa Municipal de Controle da Dengue e outros; SVS/MS Papel da enfermagem nas ações de vigilância epidemiológica da dengue • Preencher a ficha de investigação da dengue e o cartão de acompanhamento; • Agendar exames específicos conforme protocolo estabelecido; • Informar ao Serviço de Combate do Vetor a ocorrência de casos; SVS/MS Papel da enfermagem nas ações de vigilância epidemiológica da dengue • Colaborar com a assistência ambulatorial e hospitalar na elaboração de planos, manuais, folders, estadiamento e outros; • Fazer o acompanhamento dos casos de dengue ; • Participar e colaborar na análise dos óbitos; [email protected] Fone:3901-1160 3901-1157