Dengue, Diagnóstico e Manejo Clínico Dengue

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DENGUE
Aspectos etiopatogênicos
Vírus Dengue
Família: Flaviviridae
Gênero: Flavivirus
Vírus RNA, polaridade positiva, 11kb
04 Sorotipos (Den 1- 4) - Diferentes genótipos
DEN1: 1-5
DEN2: 1-6
DEN3: 1-4
DEN4: 1-3
ENTRADA DO VÍRUS DENGUE NO BRASIL
2000
DEN3
1990
DEN2
1986
DEN1
Rio de Janeiro
Situação Epidemiológica - 2007
Sorotipos circulantes do vírus da dengue, Brasil, 2007*
RR
AP
AM
PA
MA
CE
RN
PB
PI
AC
PE
AL
AC
RO
TO
SE
BA
DEN 2
MT
GO
DF
DEN 2 e 3
DEN 1, 2 e 3
MG
ES
MS
SP
PR
RJ
DEN 3
DEN 1 e 3
Sem Informação / sem positividade
SC
RS
Fonte: LRN/LRR/LRE, Dados provisórios, sujeitos à alteração
Fonte: SVS/MS
Atenção Primária
Organização dos Serviços de Saúde
UBS e ESF
Ações de Vigilância Epidemiológica –
disparam outras ações
Atenção Secundária/Primária
Unidades Pronto Atendimento/UBS
Acolhimento
Classificação de Risco – Qualisus
Exame físico dirigido
Prova do Laço (PA em duas posições)
Realizar notificação e investigação do caso
Histórico da epidemiologia
Orientações aos Pacientes e Familiares
Hidratação
Orientar o paciente sobre o uso e importância do Cartão
de Acompanhamento do Paciente com Dengue.
Dengue
Abordagem Diagnóstica e
Tratamento
...qual é o
diagnóstico,
Dr.?
...é uma
simples virose!
QUE S T I ON A M E N T O
PODE SER DENGUE?
SÍNDROME
DENGUE
DO CHOQUE
SÍNDROME
SÍNDROME
SÍNDROME
FEBRIL
EXANTEMÁTICA
HEMORRÁGICA
•
MALÁRIA
•
RUBÉOLA
•
MENINGOCOCCEMIA
•
IVAS
•
SARAMPO
•
SEPTICEMIA
•
ROTAVIROSE
•
ESCARLATINA
•
S. HENOCH-SHONLEIN
•
INFLUENZA
•
MONONUCLEOSE
•
FEBRE AMARELA
•
HEPATITE VIRAL
•
EXANTEMA SÚBITO
•
MALÁRIA GRAVE
•
LEPTOSPIROSE
•
ENTEROVIROSES
•
LEPTOSPIROSE
•
MENINGITE
•
ALERGIAS
•
HANTAVIROSE
•
OROPOUCHE
•
MAYARO
Aedes aegypti
- DENGUE
Será nosso novo animal doméstico?
QUE S T I ON A M E N T O
HÁ REALMENTE SUSPEITA DE
DENGUE?
SITUAÇÃO ENDÊMICA X EPIDÊMICA
CASO SUSPEITO DE DENGUE (MS):
Febre com duração de até 7 dias + dois ou mais
sintomas:
mialgia
cefaléia
artralgia
dor ocular
prostração
hemorragias
exantema
lactente→ toda sintomatologia dolorosa → choro freqüente
DIFICULDADE DE AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS
E SINAIS NA CRIANÇA
FORMAS CLÍNICAS DE DENGUE
Assintomática
Oligossintomática
Dengue Clássica
Dengue Grave
• Febre Hemorrágica
• Dengue com Complicações
DENGUE
ASPECTOS CLÍNICOS
• Crianças pequenas e lactentes
– Maioria assintomática ou oligossintomática
– Sintomas inespecíficos (semelhante a outras
viroses):
• Febre alta, intermitente - evolução bifásica
• Recusa alimentar, mal estar
• Irritabilidade
• Choro freqüente, adinamia
DENGUE
ASPECTOS CLÍNICOS
• Crianças pequenas e lactentes
• Exantema
• Sintomas de vias aéreas
superiores raros
• Hiperemia discreta de orofaringe
• Dor abdominal / hepatomegalia
não dolorosa
DENGUE
ASPECTOS CLÍNICOS
• Crianças Maiores, Adolescentes e Adultos
– Doença + severa + aguda
• Febre, calafrios, adinamia, anorexia,
náuseas, vômitos, diarréia
• Cefaléia frontal e dor retro-orbitária
– envolvimento musculatura
extrínseca do olho
• Severa dor músculo-esquelética
• Hiperestesia de pele
QUADRO CLÍNICO – DENGUE
0 - 48 horas
ETAPA FEBRIL
Febre
Cefaléia
Dor retro-orbitária
Mialgias, artralgias
Exantema (50%)
Discreta dor abdominal
AO FINAL DO 2° DIA OU COMEÇO
DO 3º DIA:
Sangramentos:
Petéquias
Epistaxe
Gengivorragia
Vômitos sanguíneos
Sangramento por punção venosa
Hematúria
Prova do laço positiva
ETAPA CRÍTICA - DENGUE
Com a queda ou desaparecimento da febre
↓
Surgimento de sinais de alarme da dengue
SINAIS DE ALARME - DENGUE
• Dor abdominal intensa ou mantida
• Vômitos muitos freqüentes
• Queda repentina da temperatura,
até hipotermia (temperatura < 36ºC)
com ou sem forte tontura
• Irritabilidade ou sonolência
SINAIS DE ALARME - DENGUE
• Diminuição da urina
• Esforço ou dificuldade de respirar
• Sangramentos importantes: pelos vômitos,
pelas fezes
DENGUE
SINAIS DE CHOQUE
- Pressão arterial convergente (PA diferencial
< 20mmHg)
- Hipotensão arterial
- Extremidades frias / cianose
- Enchimento capilar lento ( > 2s )
- Pulsos rápidos e finos
HEMORRAGIA E EXANTEMA
DENGUE - FHD
QUE S T I ON A M E N T O
O PACIENTE TEM
SANGRAMENTO?
SANGRAMENTO NA DENGUE
ESPONTÂNEO – ATENTAR PARA SANGRAMENTO “SUTIL”
PROVA DO LAÇO
INDUZIDO
NEGATIVA
POSITIVA
GRUPO A
GRUPO B
AUSÊNCIA DE SINAIS DE ALARME
PROVA DO LAÇO
2,5
5,0
cm
Garrotear por 3 min
(crianças) e 5 min (adultos)
mantendo na média da PA
Positiva: 10 ou mais petéquias (crianças)
20 ou mais petéquias (adultos)
PROVA DO LAÇO POSITIVA
LESÃO PETEQUIAL - FHD
Menina de 6 anos hospitalizada
Febre com manifestacão hemorrágica
Foto cedida pela Dra. Iris Chacón (Venezuela)
QUE S T I ON A M E N T O
QUAIS EXAMES PODEM SER
SOLICITADOS NA DENGUE?
EXAMES LABORATORIAIS
INESPECÍFICOS
– HEMOGRAMA COMPLETO
– TRANSAMINASES
– PROTEINOGRAMA: ALBUMINA
– PESQUISA DE HEMATOZOÁRIOS
EXAMES LABORATORIAIS
INESPECÍFICOS
– URÉIA
– CREATININA
– GASOMETRIA ARTERIAL
– HEMOCULTURA
EXAMES DE IMAGEM - DENGUE
– RADIOGRAFIA DE TÓRAX
– ULTRA-SONOGRAFIA DE TÓRAX
– ULTRA-SONOGRAFIA DE ABDOME
MÉTODOS LABORATORIAIS PARA
DIAGNÓSTICO DA DENGUE
• Diagnóstico Sorológico
– ELISA (IgM & IgG)
• Diagnóstico por detecção de vírus
ou antígenos virais
– Isolamento do vírus
– Imuno - histoquímica
• Diagnóstico molecular
– RT - PCR
DIAGNÓSTICO SOROLÓGICO
ELISA IgM
• Momento da coleta: após o 7O dia
MÉTODO DIAGNÓSTICO
ISOLAMENTO VIRAL
• Momento da coleta: do 1o ao 5o dia
• Importância:
– Vigilância de sorotipos
QUE S T I ON A M E N T O
COMO CONDUZIR O PACIENTE
COM SUSPEITA DE DENGUE?
DENGUE
PACIENTE SEM SANGRAMENTO
Soro oral de forma precoce é muito importante!
DENGUE
COMO CONDUZIR O PACIENTE DO
GRUPO A?
SEM SANGRAMENTO E SEM SINAIS DE ALARME
- Hemograma completo: situações especiais
- Sorologia ELISA IgM
- PA em 2 posições
- Tratamento ambulatorial
- Oferta de líquidos de forma abundante – água,chás,
sucos, água de coco
- hidratação oral precoce – SRO ou soro caseiro (1/3 das
necessidades hídricas basais ou 5 a 10ml/kg/dose tomada),
de forma sistemática (4/4 horas)
DENGUE
COMO CONDUZIR O PACIENTE DO
GRUPO A?
SEM SANGRAMENTO E SEM SINAIS DE ALARME
- Analgésicos, antitérmicos
- Orientar sinais de boa hidratação
- Orientar sinais de alarme – caso surjam,
retorno imediato
- Agendar retorno → reavaliação clínica +
reestadiamento + coleta de exames
DENGUE
COMO CONDUZIR O GRUPO B?
COM SANGRAMENTO E SEM SINAIS DE ALARME
Ht
- hidratação oral supervisionada ou parenteral:
fase rápida (50ml/kg em 4h), podendo ser
repetida
- reavaliação clínica e refazer Ht
se melhora do Ht → SRO – forma sistemática
ou hidratação venosa de manutenção
se piorar o Ht → conduzir como Grupo C / D
- reestadiamento
DENGUE
COMO CONDUZIR O GRUPO B?
COM SANGRAMENTO E SEM SINAIS DE ALARME
- retorno para reavaliação em 24h e reestadiamento
- orientar sinais de boa hidratação, desidratação e
sinais de alarme
- retorno imediato para unidade de saúde de
referência → caso surjam sinais de alarme
- Sorologia ELISA IgG e IgM agendada
DENGUE
PACIENTE COM SANGRAMENTO
Hidratação oral ou venosa?
O importante é : hidratar sempre!!!!
QUE S T I ON A M E N T O
O PACIENTE TEM SINAIS DE
ALARME?
DENGUE
PACIENTE COM SINAIS DE ALARME
(COM OU SEM SANGRAMENTO)
GRUPO C
SEM
HIPOTENSÃO
ARTERIAL
“FASE SUTIL PRÉ-CHOQUE”
DENGUE
PRESSÃO ARTERIAL NA CRIANÇAS
•PERCENTIL 50 (P50) = IDADE EM ANOS X 2 + 90 →
PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA MÉDIA
•PERCENTIL 5 (P5) = IDADE EM ANOS X 2 + 70 →
VALOR DE P.A.S. ABAIXO DESTE PERCENTIL →
HIPOTENSÃO ARTERIAL
DENGUE
COMO CONDUZIR O GRUPO C?
COM SINAIS DE ALARME
- Hospitalização
- Fase rápida de hidratação: SF ou Ringer Lactato
20ml/kg/h + reavaliações → diurese e estado
de
hidratação
- Fase de manutenção de hidratação (Holliday Segar) +
reposição de perdas estimadas – fuga capilar ( SF ou
Ringer lactato 50ml/Kg em média ou metade das
necessidades basais)
- Solicitar: Hemograma Completo, eletrólitos, TGO,
TGP, albumina, raio x de tórax, US de abdômen,
gasometria
DENGUE
COMO CONDUZIR O GRUPO C?
- Ht de 4/4h, plaquetas de 12/12h
- Reavaliação clínica (diurese, DU , PA e
sinais de hidratação) e reestadiamento
- Sintomáticos
- Sorologia para dengue IgG/IgM e isolamento viral
DENGUE
PACIENTE COM SINAIS DE ALARME
A avaliação contínua e hidratação venosa em unidade
de saúde é fundamental!
QUESTIONAMENTO
O PACIENTE TEM SINAIS DE
CHOQUE?
DENGUE
PACIENTE COM SINAIS DE CHOQUE
(COM OU SEM SANGRAMENTO)
GRUPO D
SEM
HIPOTENSÃO
ARTERIAL
COM
HIPOTENSÃO
ARTERIAL
DESIDRATAÇÃO
CHOQUE COMPENSADO
CHOQUE
DESCOMPENSADO
DENGUE
COMO CONDUZIR O GRUPO D?
SÍNDROME DO CHOQUE DA DENGUE (SCD)
- Hospitalização/UTI/monitorização contínua
- Fase de expansão do choque: SF ou Ringer Lactato
20ml/kg por 20min + reavaliações
-Fase de manutenção de hidratação +
reposição de perdas estimadas
- Uso de plasma ou albumina: choque refratário
- Uso de plasma fresco: coagulopatia de consumo
DENGUE
COMO CONDUZIR O GRUPO D?
SÍNDROME DO CHOQUE DA DENGUE (SCD)
- Uso de concentrado de hemácias: hemorragias
importantes
- Uso de concentrado de plaquetas (controverso):
< 20.000/mm3 + sangramentos importantes ou
< 50.000/mm³ com suspeita de sangramento do SNC
- Sorologia para dengue IgG/IgM e isolamento viral
ACHADOS CLÍNICOS
DISTENSÃO ABDOMINAL
COM EDEMA DE PAREDE
ACHADOS CLÍNICOS
EDEMA GENERALIZADO
ACHADOS CLÍNICOS
EDEMA GENERALIZADO
ACHADOS CLÍNICOS
HEMORRAGIAS - PETÉQUIAS
ACHADOS CLÍNICOS
PETÉQUIAS DE PALATO
ACHADOS CLÍNICOS
EPISTAXE
ACHADOS CLÍNICOS
RASH PETEQUIAL
PACIENTE COM FHD
PACIENTE COM FHD
ACHADOS CLÍNICOS
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
DENGUE GRAVE
DENGUE TRATADA
DENGUE GRAVE
DENGUE GRAVE
DENGUE TRATADA
DENGUE GRAVE
DENGUE TRATADA
• Equimose;
• Sangramento de mucosas
(epistaxe e gengivorragia);
• Hemorragia espontânea pelos
locais de punção venosa;
• Plaquetas < 100 mil/mm3.
HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL BILATERAL
HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL INTENSA
Orientar a não remoção de crostas,
coágulos ou sujidades nasais.
DENGUE - TRATAMENTO
PODE-SE PRESCREVER:
- Antitérmicos:
Dipirona – 10 a 15mg/kg/dose (6/6h)
Paracetamol – 10 a 15mg/kg/dose (6/6h)
- Antieméticos:
Bromoprida – 0,5 a 1mg/kg/dia (8/8h) VO ou EV
Metoclopramida – 0,1 a 0,2mg/kg/dose VO ou EV
Dimenidrato – 1mg/kg/dose VO
-Antipruriginosos:
Hidroxizine – 2mg/kg/dia (6/6h)
Dexclorfeniramina – 0,15 a 0,35mg/kg/dia (6/6h)
DENGUE - TRATAMENTO
NÃO PRESCREVER:
- Heparina
- Gamaglobulina
- Corticóides
- Antiinflamatórios não esteróides, inclusive ibuprofeno
- Ácido Acetilsalicílico
DENGUE - TRATAMENTO
EVITAR:
- Medicações intramusculares
- Punção ou drenagem torácica: proscrito
- Punção abdominal
- Acessos venosos profundos
- Procedimentos invasivos
DENGUE
AGRAVAMENTOS
- Hemorragias importantes / coagulopatia de consumo
- Hiperidratação
- Choque hipovolêmico e/ou hemorrágico
- Insuficiência cardíaca
- Edema agudo de pulmão
- Acidose metabólica / distúrbios eletrolíticos
- Superinfecção / septicemia
DENGUE COM COMPLICAÇÕES
- Alterações neurológicas: encefalite, polineuropatia,
S. Guillain-Barré, S. Reye.
- Hepatite
- Plaquetopenia isolada inferior a 50.000/mm3
- Hemorragia digestiva isolada
- Leucopenia inferior a 1.000/mm3
- Miocardite
Dengue
NÃO ESQUECER:
• Fazer Prova do Laço
• Hidratar sempre
• Orientar sinais de alarme
• Notificar
Dengue
MANEJO CLÍNICO
4 PERGUNTAS BÁSICAS
• TEM DENGUE?
ESTADIAMENTO
• TEM HEMORRAGIA?
→
E
•TEM SINAIS DE ALARME?
CONDUTA
•TEM CHOQUE?
DENGUE + HIDRATAÇÃO ADEQUADA +
MONITORAMENTO → ÓBITO ZERO
Assistência de Enfermagem
Promoção, Prevenção
Assistir, Educar e Treinar
Sistematização da Assistência de
Enfermagem - SAE
Determina uma abordagem sistemática para a
prática de enfermagem.
Fases do Processo de Enfermagem
Histórico de Enfermagem (entrevista e exame físico)
Diagnóstico de Enfermagem
Planejamento (Prescrição)
Implementação (Execução das prescrições)
Evolução (Avaliação)
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
ENTREVISTA E EXAME FÍSICO
• É o momento de perguntar, questionar, coletar dados
• Não esquecer questões referentes a epidemiologia
• Na dengue muitas vezes existem protocolos que
dirigem as ações e intervenções MAS não esquecer
da assistência individualizada
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
ENTREVISTA E EXAME FÍSICO
• Fazer Acolhimento com Avaliação e Classificação
de Risco - GRUPO: A, B, C, D
• Iniciar hidratação via oral nos clientes que estão
na fila aguardando consulta médica;
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
ENTREVISTA E EXAME
FÍSICO
 Data do início dos primeiros
sintomas: situação, queixa, duração
 Histórico (relatado cliente, familiar...)
 Histórico epidemiológico: estação do ano, viagem
a áreas de endemia ou epidemia, casos de dengue
 Se o cliente apresentou febre mais de 02 semanas
após a viagem, reavaliar a dengue no diagnóstico
diferencial
 Verificação de sinais vitais
 (PA - duas posições), FC, FR, enchimento capilar);
 CURVA TÉRMICA
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
ENTREVISTA E EXAME FÍSICO
 Estado geral e nutricional
 Hidratação
 Perfusão
 Pesquisar sinais de alarme
 Realizar prova do laço na ausência de
manifestações hemorrágicas (Atenção)
na 1ª consulta e nos retornos.
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
ENTREVISTA E EXAME FÍSICO
 Uso de medicações: antiagregantes plaquetários,
anticoagulantes, antiinflamatórios e
imunossupressores.
 Antecedentes clínicos de dengue
 Descartar outras causas de dor abdominal:
apendicite, colecistite, cólica...
• História patológica pregressa: doenças crônicas
associadas
• História da doença atual: Cronologia dos sinais e
sintomas; caracterização da curva febril; pesquisa de
sinais de alarme.
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
ENTREVISTA E EXAME FÍSICO
Gestante;
Idoso (>65 Anos), crianca;
Portadores de: HAS, DM, asma, neoplasias,
imunodeficiências adquiridas (como HIV);
Portadores de outras doenças crônicas:
(hematológicas crônicas como anemia
falciforme, IRC, auto-imune, DPOC, doença
severa do sistema cardiovascular, doença
acidopéptica)
 Podem apresentar evolução desfavorável devendo ter
acompanhamento diferenciado. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
ENTREVISTA E EXAME FÍSICO
 Verificação da glicemia capilar
 Gravidez, puerpério, aborto recentes
 Exame físico sumário buscando sinais objetivos
 Êmese (freqüência, volume e características)
 Manifestações hemorrágicas
 Febre
 Dor abdominal (tipo e persistência)
 SSVV
 Diarréia ou fezes amolecidas
SINAIS DE ALARME:
1. Dor abdominal intensa e contínua
2. Hiperêmese persistentes
3. Hipotensão postural e/ou lipotímia
4. Hepatomegalia dolorosa
5. Hemorragias importantes (hematêmese, melena)
6. Sonolência, irritabilidade, letargia
7. Oligúria
•
Diminuição repentina da temperatura corpórea ou
hipotermia e extremidades frias e cianóticas;
Exame Físico: SISTEMÁTICA...
sentido céfalo-caudal
exame físico geral
exame físico dirigido: sinais e sintomas/reações
clínicas esperadas conforme a fisiopatologia da
doença e disfunção apresentada.
Temperatura: Febre
Evitar: oral e retal
Ideal: Axilar
•Contínua: não há grandes oscilações diárias;
•Ondulante: pode alternar períodos de febre ou não;
•Defervescência: febre que declina até atingir a
temperatura normal
•ATENÇÃO: retorno da febre - PERIGO
SSVV: Febre casos suspeitos/confirmados de
dengue
Assistência de Enfermagem:
• Curva térmica
• Hidratação oral (TRO, sucos, chá...)
• Repouso, controle de diurese
• Orientações de complicações, retornos para
sorologia e febre
• Crianças retornar na persistência da febre
• Medicação prescrita
• Monitorar exames laboratoriais
• Notificar, investigar
SINAIS VITAIS: Freqüência
cardíaca- FC
Locais: radial, temporal, carótida, apical
e femoral.
FC – ORIENTAR A TÉCNICA
Manter o cliente confortável, sentado
ou deitado
Verificar com dedo indicador e anular
Contar rigorosamente em um minuto
Verificar o Pulso Apical com
estetoscópio no hemitórax esquerdo
Realizar anotações de enfermagem
Respiratória- FR
Disponibilizar Valores de Referência
da FR rpm nas diferentes faixas
etárias
Locais de observação: costal superior (mulher;
costal inferior (no homem); abdominal ou
diafragmática (na criança)
• Observar a amplitude: superficial, profunda e
normal
• Alterações: taquipnéia, bradipnéia, dispnéia ...
• Rítmo: regular (ortopnéia) e irregular: (apnéia,
Cheyne-Stokes, Kusmauul, Biot, dispnéia)
• Ruídos: roncos ou estertores, sibilos, dor
SSVV: FR
Cliente sentado ou deitado
Contar rigorosamente em um minuto
Realizar anotações de enfermagem
SSVV: Pressão Arterial- PA:
sempre aferir em duas posições
(sentado/deitado e em pé).
• Fatores que interferem: força de contração do
miocárdio, elasticidade das paredes das artérias,
resistência vascular periférica, volemia, viscosidade
sanguínea
• Fisiológicos: idade, sexo, digestão, postura, drogas
• Patológicos: convulsões, PIC, hemorragia, choque,
doenças infecto-contagiosas e de base.
• Locais de verificação: artéria braquial,
pediosa e poplítea
SINAIS VITAIS: PA
• Não deixar o manguito fixado no local da
verificação
• Cuidado com aparelhos de verificação de PA
automática programada
• Avaliar a eficácia de esfigmomanômetro
automático
• Realizar anotações de enfermagem
SINAIS VITAIS: PA
• ATENÇÃO:
• Hipotensão arterial;
• Hipotensão postural;
• Estreitamento da pressão de pulso;
• São sinais de gravidade!
ESTADO MENTAL/NEUROLÓGICO:
Estado de alerta ou de consciência
Sonolência ou letargia ou torpor
Aplicar escala de Coma de Glasglow e mental
Avaliar quanto ao estado de orientação:
Desorientação em tempo e espaço, quanto ao lugar
e pessoas ao redor de si, auto-desorientação
• Quanto ao humor: apático, alegre, tenso, tranqüilo,
agitado, irritado, ansiosa, triste, deprimido.
• Pesquisar cefaléia, convulsão, delírio, insônia,
inquietação, irritabilidade, depressão, paresias.
•
•
•
•
•
Segmentos: PELE:
avaliar:Temperatura ( fria ou quente),
sinais de desidratação, hiperestesia ...
 Exantema maculo-papular ou pleomorfismo
com ou sem prurido precoce ou tardiamente,
 Pode expressar-se de diferentes formas
na mesma epidemia.
 De início erupção precoce que acompanha a fase de
viremia e febril, inicia-se geralmente pelo tronco
depois extremidades, pode ocorrer eritema fugaz,
predominante no rosto e na parte superior do corpo,
desaparece por volta de 48 horas
Segmentos:PELE:
•
Erupção secundária: coexiste com o reaparecimento
da febre, descrito como eritema difuso, de máculas
mais ou menos confluentes, delimitando ilhotas na
pele sã, ou como erupção morbiliforme,
maculopapulosas que pode acompanhar as petéquias.
-
- Petéquias, hematomas, sufusões, “rusch” cutâneo...
Segmentos:
• CABEÇA:
- pesquisar: cefaléia, dor na movimentação
- menores de 01 ano: avaliar fontanela deprimida
ou abaulada, perímetro cefálico
Segmentos:
- Olhos: dor retroorbitária, fotofobia, olhos
encovados,
edema
subcutâneo
palpebral,
hemorragia conjuntival, esclerótica avermelhada,
midríase, miose, nistagmo, escotomas, visão
central
Nariz: epistaxe, crostas, lesões, secreções
Segmentos:
- Boca: petéquias de palato, enantema, halitose,
palidez, hiperemia, presença de lesões;
- Características da língua: umidade, lesões,
mobilidade
-Presença de próteses dentárias.
-Gengivas: gengivorragia, coloração, edema, dor
SEGMENTOS:
• PESCOÇO:
• Pesquisar pulso carotídeo e ingurgitamento
vascular,
• Verificar restrições de movimentos
• Avaliar sinais meníngeos: rigidez de nuca
SEGMENTO: Abdominal
- Pesquisar sensibilidade à palpação e qual a
localização, intensidade da dor (tipo e
duração) irradiação,
-Verificar a consistência: flácido, globoso,
timpanismo, maciçez, livre, em tábua.
--Distensão abdominal
- Edema
SEGMENTOS:
GENITAL:
Metrorragia, menstruação, polimenorréia
edema, hiperemia,
URINÁRIO: hematúria, disúria ...
PERIANAL, RETO e ÂNUS:
Sangramentos, hemorróidas, hiperemia,
Eliminações: êmese, diarréia ou fezes amolecidas,
melena, enterorragia, hematúria.
Assistência de Enfermagem:
Febre
• Objetivos• Reduzir a temperatura
• Avaliar a evolução clínica
• Prevenir crise convulsiva em crianças menores de
05 anos
• Manter a hidratação
• Proporcionar conforto
Assistência de Enfermagem:
Dor
• Escala de dor
• SSVV
• Reduzir luminosidade e ruídos
• Repouso relativo
• Mudança de decúbito
• Medicação prescrita
• Protocolos- acesso venoso, ambiente
Assistência de Enfermagem: Dor
abdominal
ObjetivosAvaliar a evolução
clínica (evolução para
formas graves)
Proporcionar alívio a dor
Proporcionar conforto
ATENÇÃO:
dor
abdominal
contínua = sinal de alarme
persistente
e
Assistência de Enfermagem: Dor abdominal
• Medicacão prescrita
• Protocolos- acesso venoso, SVD, SNG
• Circunferência abdominal
• Mensurar edemas
Assistência de Enfermagem: Prurido
• Objetivos• Avaliar a evolução clínica
• Restabelecer e manter a integridade da pele
• Proporcionar conforto
Assistência de Enfermagem: Prurido
• Banho (água e sabonete neutro)
• Compressas umedecidas
• Cuidados com as unhas
• Medicação prescrita
• Cuidados com a pele
Consulta de Enfermagem
Preencher o Cartão do Usuário DENGUE;
Consulta de Enfermagem
Preencher o Cartão do Usuário DENGUE;
SVS/MS
Frente
SVS/MS
Verso
SVS/MS
IMPORTÂNCIA DO PAPEL DA
ENFERMAGEM PARA AS AÇÕES DE
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA
DENGUE
SVS/MS
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
● Vigilância Epidemiológica
● Vigilância Sanitária
● Vigilância Ambiental
SVS/MS
Papel da enfermagem nas ações de
vigilância epidemiológica da dengue
• Identificar o perfil epidemiológico da área
de atuação;
• Reconhecer os casos suspeitos de
dengue do seu território, coletar os dados e
informar as autoridades competentes;
• Realizar busca ativa dos casos ;
SVS/MS
Papel da enfermagem nas ações de
vigilância epidemiológica da dengue
• Realizar visitas domiciliares;
• Orientar doentes e familiares ;
• Promover ações de Informação, Educação
e Comunicação no seu território de
atuação;
SVS/MS
Papel da enfermagem nas ações de
vigilância epidemiológica da dengue
• Executar os protocolos estabelecidos pela
Vigilância Epidemiológica;
• Estimular os profissionais de saúde, os
serviços e a comunidade a realizar
as
notificações;
• Colaborar para o
registro,
avaliação e divulgação dos dados;
análise,
SVS/MS
Papel da enfermagem nas ações de
vigilância epidemiológica da dengue
• Capacitar os ACS e ACE em vigilância
epidemiológica da dengue em nível local;
•
Participar das ações
conjuntas entre
Estratégias Saúde da Família, Agentes
Comunitários
de
Saúde,
Programa
Municipal de Controle da Dengue e outros;
SVS/MS
Papel da enfermagem nas ações de
vigilância epidemiológica da dengue
• Preencher a ficha de investigação da
dengue e o cartão de acompanhamento;
• Agendar exames específicos conforme
protocolo estabelecido;
• Informar ao Serviço de Combate do Vetor a
ocorrência de casos;
SVS/MS
Papel da enfermagem nas ações de
vigilância epidemiológica da dengue
• Colaborar com a assistência ambulatorial e
hospitalar na elaboração de planos,
manuais, folders, estadiamento e outros;
• Fazer o acompanhamento dos casos de
dengue ;
• Participar e colaborar na análise dos
óbitos;
[email protected]
Fone:3901-1160
3901-1157
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