Positivismo ou sociologia da “ordem” Comte e Durkheim Por que a palavra “positivismo”? Positivo: o que é palpável, baseado nos fatos; o que pode ser observado. “Para Comte, o termo “positivo” designa o real em oposição ao quimérico (sonhos), a certeza em oposição à indecisão, o preciso em oposição ao vago. Portanto, o estado positivo corresponde à maturidade do espírito humano, objetivo de toda educação daí em diante.” (ARANHA, Maria Lúcia. MARTINS, Maria Helena. Filosofando. São Paulo: Moderna,2009. p.187) Positivismo Positivismo: sustenta que a ciência deveria estar preocupada somente com entidades observáveis que são conhecidas diretamente pela experiência. Baseando-se em cuidadosas observações sensoriais, pode-se inferir as leis que explicam a relação entre os fenômenos observados. Ao entender a relação causal entre os eventos , os cientistas podem então prever como os acontecimentos futuros ocorrerão. Uma abordagem positivista da sociologia acredita na produção de conhecimento sobre a sociedade, baseada em evidências empíricas tiradas a partir da observação, da comparação e da experimentação. (GIDDENS, 2005, p.28) Conjunto de postulados para modificar, por meio dos novos métodos das ciências daquela época, a forma de pensamento e atitudes das pessoas. A ciência teria um objetivo político, isto é uma finalidade: finalidade ela deveria ser um instrumento para a análise da sociedade a fim de conhecê-la melhor. O lema era: “conhecer para prever, prever para prover”, ou seja, o conhecimento deveria existir para fazer previsões e também para dar a solução para os problema sociais. A sociologia poderia propor reforma das instituições. Dar soluções para os problemas. PERIGO!!!!! Quem iria prever? Para quem? Positivismo Primeiro a “Física social”: os fenômenos sociais poderiam ser compreendidos tal como se compreende os fenômenos físicos. A palavra “sociologia” surgiu depois. Uma preocupação dos positivistas: como organizar a nova sociedade? Dois princípios que explicariam o funcionamento da sociedade. ORDEM PROGRESSO O PROGRESSO subordinado à ORDEM Auguste Comte (1798-1857) Inventou a palavra “sociologia”. Antes utilizava o termo “física social” Ciência “positiva”: Ele acreditava que a sociologia deveria aplicar os mesmos métodos científicos rigorosos ao estudo da sociedade que a física ou a química usam no estudo do mundo físico. Preocupava-se com os problemas sociais que marcaram o seu tempo. Mas era uma preocupação elitista. Émile Durkheim (1858-1917) A sociedade é o foco da análise de Durkheim. Responsável pela inclusão da sociologia na universidade. Discordava das teorias socialistas. Preocupa-se com a questão da ordem social. O que manteria a sociedade unida (coesa) e a impediria de descer ao caos? Busca compreender as diferentes formas de solidariedades nas diferentes sociedades humanas, isto é, o que mantém a coesão social nessas sociedades. Solidariedade Mecânica (pequena Divisão do Trabalho) Solidariedade Orgânica (sociedades complexas – grande divisão do trabalho). Define a sociologia como ciência que estuda o fato social. O fato social Fato social: todo objeto da ciência social é coisa. Os fatos sociais devem ser tratados como coisa. Os sentimentos, deveres e costumes são criações externas à nossa vontade. São prontas, independentes da consciência individual. Características do fato social: anterioridade exterioridade coercitividade A divisão do trabalho Base de toda a Sociologia de Durkheim. Diferentemente de Marx, Durkheim considera a D.T. como fonte de civilização. Ela torna solidárias as funções divididas. Torna possível a sociedade complexa. “Se a divisão do trabalho não produz solidariedade, é porque se está num estado de anomia” Se na nossa sociedade ela degrada a condição humana, então necessário descobrir os desvios. A anomia Anomia: ausência de normas ou regras de organização. O sentido de desregramento é mais forte do que o de orientação às regras. A anomia pode ser verificada em épocas de transição social. A inadequação do indivíduo às regras do seu tempo, produz o indivíduo anômico. A CIÊNCIA VISTA POR MAX WEBER, MARX E DURKHEIM DURKHEIM e COMTE (positivistas): a ciência deveria ter uma finalidade (explicar para prover). Preocupam-se em manter a ordem social. WEBER: rejeita qualquer finalidade para a ciência. A função do cientista é compreender, não propor. Não cabe ao cientista solucionar problemas MARX: ciência como praxis. Servir para a mudança social (a revolução). “Até agora os filósofos se preocuparam em compreeder o mundo; cabe agora transformá-lo.” Não tinha a preocupação em fundar uma ciência da sociedade, como Comte. BIBLIOGRAFIA ARANHA, ARANHA, Maria Lúcia. MARTINS, Maria Helena. Filosofando. São Paulo: Moderna,2009. p.187) ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 1999. CHARLOT, Bernard. O "Filho do Homem": obrigado a aprender para ser (uma perspectiva antropológica). In.: CHARLOT, Bernard. Da Relação com o saber Da Relação com o saber. Elementos para uma teoria. In: CHARLOT, Bernard. Porto Alegre: ArtMed, 2000. DURKHEIM, Emile. As Regras do Método Sociológico. São Paulo: Editora Nacional, 1978. DURKHEIM, Èmile. Educação e Sociologia. São Paulo: Melhoramentos, 1978. DURKHEIM, Emile. Las formas elementales de la vida religiosa. Buenos Aires: Ediciones Schapire, 1968. GIDDENS, Anthony. Capitalismo e moderna teoria Social. Uma análise das obras de Marx, Durkheim e Max Weber. Lisboa: Editorial Presença, 1990. GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: ArtMed, 2005. LALLEMENT, Michel. História das idéias sociológicas. Das origens a Max Weber. Petrópolis: Vozes, 2005 (Vol.1). RODRIGUES, José Albertino (org.). Durkheim. São Paulo: Ática, 2000.