Itinerário pedagógico A NANOTECNOLOGIA Ciências NaturAIS FÍSICO-QUÍMICA GEOGRAFIA HISTÓRIA 09_Nanotecnologia.indd 1 • O que é nanotecnologia? • Aplicações da nanotecnologia • Portugal e Espanha na vanguarda da nanotecnologia • Objeto de estudo da nanotecnologia • Aplicações da nanotecnologia • Tipos de indústria • A utopia de Feynman • A nanotecnologia na Europa 27/03/14 11:53 Apresentação Em 2014, a editora Santillana comemora o seu 25.º Aniversário em Portugal. Consideramos que é uma data com um significado especial, que queremos partilhar com o professor como forma de agradecimento por nos acompanhar neste percurso. Com esse propósito, criámos recursos educativos inovadores e úteis para professores e alunos, pois esta é a nossa área de especialidade. Selecionámos, assim, uma série de temas que podem ser explorados nas salas de aula e que se propõem alcançar os seguintes objetivos: • valorizar o património cultural de Portugal a partir da exploração de temas que tenham uma importância destacada no desenvolvimento económico e social das regiões do nosso país; • escolher setores que tenham sofrido profundas alterações nos últimos 25 anos e que, no momento presente, enfrentam o desafio que é crescer com ambição e sucesso num novo contexto económico e social; • trabalhar numa perspetiva multidisciplinar como forma de enriquecer os recursos didáticos e permitir um trabalho de parceria com as escolas; • propor sugestões de atividades que possam ser facilmente realizadas nas salas de aula e que possam servir de base para visitas de estudo ou para trabalhos de investigação; • estreitar a relação entre os conteúdos didáticos e o quotidiano dos alunos. Esperamos que a exploração destes temas seja útil para o seu trabalho nas escolas e contamos consigo para continuar a melhorar a qualidade da formação dos nossos alunos. A equipa Santillana 1989-2014 09_Nanotecnologia.indd 2 27/03/14 11:53 A NANOTECNOLOGIA A nanotecnologia é o estudo da manipulação da matéria, numa escala atómica e molecular. Geralmente, lida com estruturas com dimensões entre 1 e 100 nanómetros, em pelo menos uma dimensão, e inclui o desenvolvimento de materiais ou componentes. Está associada a diversas áreas de pesquisa e produção na escala nano (escala atómica), como a medicina, a eletrónica, a ciência da computação, a física, a química, a biologia e a engenharia dos materiais. O princípio básico da nanotecnologia é a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos. O Património E O SEU POTENCIAL PEDAGÓGICO p. 4 Ciências Naturais p. 6 Físico-Química p. 8 Geografia p. 10 História p. 12 Caso de sucesso p. 14 3 09_Nanotecnologia.indd 3 27/03/14 11:53 O Património E O SEU POTENCIAL PEDAGÓGICO José Amado Mendes Professor catedrático da Universidade de Coimbra (ap.º) e da Universidade Autónoma de Lisboa. Tem-se dedicado à investigação e ao ensino de questões relacionadas com o património, a museologia, a arqueologia industrial e a história das empresas, entre outras. O património cultural — doravante designado apenas por património — está na ordem do dia, sobretudo desde meados do século xx. Até à década de 1930, a noção de património circunscrevia-se quase só ao conjunto de bens materiais, transmitidos pelos familiares aos seus descendentes e herdados por estes. Aliás, o próprio vocábulo «património» (do latim «patrimonium») remete para «pater» (pai) e também para a herança de bens familiares, cujo significado se encontra patente na raiz do termo inglês «heritage». Todavia, de modo especial a partir da II Guerra Mundial, a noção de património passou a aplicar-se cada vez mais frequentemente aos elementos de ordem cultural, de tal modo que, quando nos referimos àquele, mesmo sem o adjetivar, regra geral o que temos em mente é precisamente o património cultural. Entre outras definições, podemos adotar a seguinte: «a noção moderna de património, que põe uma ênfase especial no critério científico de seleção dos bens patrimoniais, abarca todos os objetos portadores de informação e que tenham sido produzidos em qualquer momento histórico» (Tugores e Planas, 2006: 23)1. Alguns dos fatores mais significativos pelos quais o património tem vindo a impor-se, tanto do ponto de vista da ciência como da docência, devem-se, por um lado, à sua interdisciplinaridade — o que tem levado, inclusive, à criação das chamadas «ciências do património» (Mohen,1999) — e, por outro, ao seu cariz de aplicabilidade a diversos domínios, como veremos em seguida. 1.Valores e potencialidades do património Dada a já referida abrangência do conceito de património, em vez de património podemos falar de patrimónios, pois aquele diversifica-se por diversas modalidades, embora sob a mesma designação genérica. Assim, reportando-me apenas a alguns exemplos, podemos identificar os seguintes tipos de património: mundial, europeu, nacional, regional e local; material e imaterial, artístico, estético e arqueológico; científico e tecnológico; industrial e agrícola; gastronómico, folclórico e musical; natural e paisagístico, etc. Ainda que com incidências diferentes, consoante o género de património, são múltiplos os valores e as potencialidades que lhe podemos atribuir. Todavia, deverá ter-se presente que o património não tem propriamente um valor intrínseco, já que aquele é-lhe atribuído pelas pessoas de determinada época e em contexto específico. Referem-se a este aspeto expressões como as seguintes: a) «nada é património, mas qualquer coisa se pode tornar património»; b) as discussões cerca do património não são relativas ao passado, mas sim sobre o presente e o futuro, designadamente quanto ao que fazemos dele (Howard, 2003: 7 e 19). Xavier Greffe, por exemplo, alude aos seguintes valores do património: estético, artístico, histórico, cognitivo e económico (Greffe, 1990: 32-38); a estes, permito-me acrescentar os valores social e pedagógico. Quanto aos valores estético e artístico, eles estão presentes nos monumentos tradicionais — castelos, catedrais e igrejas, palácios e casas vernáculas, obras de arte pictóricas e escultóricas, objetos de ornamento e de vestuário, entre outros —, podendo ser estudados através da história, da história da arte, da etnologia e da sociologia. No que concerne ao valor histórico e cognitivo, os objetos são vistos como fontes de informação ou como documentos/ /monumentos (usando a expressão de Jacques Le Goff). Relativamente ao valor económico, o património é perspetivado como um recurso que pode igualmente transformar-se num «produto», o qual é de capital importância, por exemplo, no âmbito do turismo cultural. Face ao papel que o turismo desempenha na economia e na sociedade contemporâneas, já se lhe chamou o «passaporte para o desenvolvimento» (Kadt, 1984). O valor social do património patenteia-se na sua fruição pela própria sociedade, através da sua utilização ou reutilização para proveito das comunidades em que o mesmo se insere. A propósito, já foi devidamente enfatizado: «A partir da década de 1980, o património cultural começa a ser percebido não só na sua dimensão histórica e cultural, mas também como uma fonte de riqueza e de desenvolvimento económico» (Hernández Hernández, 2002: 8). Ao invés do que outrora se verificava, segundo esta perspetiva, o património deve ser considerado uma mais-valia ou um ativo, em prol do desenvolvimento, e não apenas um encargo para os responsáveis pela sua preservação. 2.O património no centro da educação formal O património e a educação patrimonial, não obstante a sua enorme importância, ainda não ocupam o papel primordial que lhes deveria ser atribuído na escola e no processo de ensino-aprendizagem. Acerca do assunto e a propósito da pedagogia do património, já foi formulada a seguinte questão: «Os nossos contemporâneos felizmente têm aceitado estas verdades fundamentais [quanto à função educativa] nos domínios técnico e científico. Mas que dizer de uma educação para o ambiente e o património? Estará ela suficientemente presente nos nossos espíritos e nas nossas escolas?» (Hague [The] Forum, 2004: 8). Do ponto de vista da educação formal — em geral cometida à escola —, o património constitui um complemento fundamental do processo educativo, podendo funcionar como uma espécie 1 Não obstante a relevância que o património tem vindo a assumir nas últimas décadas — ao ponto de já se falar de uma certa «patrimonialização» —, os dicionários de língua portuguesa só recentemente passaram a considerar e referida vertente do património, como por exemplo na seguinte definição: «conjunto de bens materiais e imateriais transmitidos pelos antepassados e que constituem uma herança colectiva» («património», in Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, vol. II, Lisboa, Ed. Verbo, 2001, p. 2784). Nas citações a partir de língua estrangeira, a tradução é da minha responsabilidade. 4 09_Nanotecnologia.indd 4 27/03/14 11:53 de laboratório. Segundo Ballart, podemos «aproximar-nos» do passado através de três vias: a) pela memória, explorada através da história oral e da psicologia; b) pelos livros e documentação arquivística, como fazem os historiadores; c) pelos objetos e vestígios materiais, foco de atenção por parte de arqueólogos e antropólogos (Ballart, 1997: 93). Os objetos e vestígios materiais contemplam, por exemplo: estátuas, livros, fábricas, fotografias, paisagens, canais, casas, igrejas, mobiliário, tecnologia, utensílios e ferramentas artesanais, meios de transporte, centrais elétricas, de gás e de elevação e tratamento de água. A sua diversidade é quase omnipresente e pelo menos alguns dos seus elementos fazem do dito património um meio pedagógico da maior relevância, o que é facilitado pela sua acessibilidade, tanto a professores como a alunos, no respetivo contexto. As visitas de estudo, organizadas no âmbito da escola, ou mesmo fora do ambiente escolar, por alunos — individualmente ou em família —, devem fazer parte das estratégias de ensino-aprendizagem, bem como de projetos de investigação a desenvolver. Assim, segundo já foi destacado por um autor, «é possível dar um uso didático ao património. Neste caso, o seu uso e significado estão unidos a um determinado processo de ensino e aprendizagem, à sua utilidade como recurso didático em contextos formais ou informais de ensino» (Viñao, 2011: 49). Como são múltiplas as atividades a concretizar no que concerne ao património — deteção e inventariação, salvaguarda e preservação, reutilização e dinamização —, existem numerosos tipos de ações que poderão ser incrementadas, com bons resultados em termos de aproveitamento escolar, de âmbito pluridisciplinar. Mesmo que os aspetos relacionados com o património não se encontrem expressamente referenciados nos conteúdos programáticos, há sempre a possibilidade de usar a chamada «porta de serviço» 2. Trata-se, pois, de utilizar o património para ilustrar, fundamentar ou concretizar rubricas dos programas, direta ou indiretamente, relacionadas com o mesmo. São diversas as temáticas em que a educação patrimonial e a história — bem como outras disciplinas — se podem encontrar e de que podem beneficiar mutuamente, tais como: artesanato, industrialização e urbanização; rotas comerciais e meios de transporte e comunicações; expansão marítima e encontro de civilizações; arquitetura civil, militar e religiosa; antigo regime, modernidade e pós-modernidade; cultura de massas e cultura de elites; operariado e respetivo ambiente3. Obviamente que, nestes como noutros casos relacionados com o património, as questões referentes à identidade e à memória também se encontram presentes. Reportando-se aos laços que unem a história e a memória, esclarece A. Viñao: «paradoxalmente, o crescente interesse pela memória e pelo património produz-se num momento caracterizado pela desmemória, a destruição do comum ou comunitário e as profundas transformações nos meios e suportes de transmissão intergeracional do saber e do conhecimento que em cada momento se considera valioso. No centro de tudo se acha a educação institucional, essa atividade ou tarefa que as sociedades têm configurado ao longo de vários séculos para levar a cabo, de modo sistemático e formalizado, a dita transmissão» (Viñao, 2011: 35). Em termos de metodologia, a educação patrimonial é baseada em: métodos ativos; ensino baseado em projetos; práticas cooperativas; autogestão e disciplina; interdisciplinaridade e interculturalismo; parcerias entre professores, líderes culturais artesãos, encarregados de educação e patrocinadores (Cultural heritage…, 1998: 115). O estudo do património pode desempenhar também uma função primordial na formação para a cidadania, a compreensão do outro, a tolerância e a paz. Como cada povo constrói, desenvolve e salvaguarda o seu próprio património, o aprofundar do seu conhecimento constitui uma boa forma de entendimento e de aproximação entre pessoas provenientes de meios culturais e civilizacionais diversificados (Hague [The] Forum, 2004: 26), o que é da maior importância na era da globalização e no «mundo plano»4 em que nos inserimos. 3.O património na educação não formal e ao longo da vida Relativamente à educação não formal — também apelidada de informal por alguns autores —, é hoje relativamente consensual que se trata de uma das principais características das políticas educativas do século xxi. Com efeito, diferentemente do que se registava num passado ainda não muito distante, o processo de ensino-aprendizagem não se restringe meramente ao período escolar do indivíduo, mas deve acompanhá-lo ao longo da vida. Neste contexto, instituições como museus, centros de interpretação, bibliotecas, arquivos e outros centros de documentação e informação — locais que, por definição e vocação, albergam, estudam, tratam e divulgam os vários géneros de património — são convocados para o domínio da educação, tornando-se assim parceiros e complementos das próprias escolas. Em termos de valorização e sensibilização, a educação patrimonial leva a que o indivíduo, culto, civicamente ativo e crítico, não só conheça o património mas também adquira competências para ser um seu empenhado defensor e protetor. Assim, o património está intimamente relacionado com a educação em todas as idades5. Como escreveu F. Tilden, considerado o pai da interpretação no campo do património: «através da interpretação, a compreensão; através da compreensão, a apreciação; e através da apreciação, a proteção»6. 2 Esta estratégia foi utilizada em Inglaterra nas décadas de 1960 e 1970, quando se começou a prestar a devida atenção ao potencial pedagógico do património e da arqueologia industriais. 3 Alguns exemplos da ação educativa junto das comunidade podem passar por: a) técnicas relacionadas com o trabalho da comunidade; b) salvaguarda do património cultural local; c) visitas de estudo, atentas aos valores visuais do ambiente, artesanais e artísticos (Telmo, 1986: 6). 4 Friedman, 2005. 5 Howard, 2003: 18. 6 NOTA: Referências bibliográficas na contracapa desta brochura. Apud Murta e Celina (Orgs.), 2002: 14-15. 5 09_Nanotecnologia.indd 5 27/03/14 11:53 Ciências naturais O que é nanotecnologia? Doc. 1 Tal como é referido no famoso documentário Nano: a Próxima Dimensão, esta disciplina emergente representa uma nova dimensão para cientistas, indústrias e empreendedores. Todos procuram na nanotecnologia novas aplicações e soluções para alguns dos grandes dilemas da Humanidade: tratamentos oncológicos eficazes, energias renováveis eficientes, computadores poderosos, transportes seguros e acessíveis, etc. A nanociência e a nanotecnologia são a ciência e a tecnologia dos objetos à escala molecular […]. Essa ciência e essa tecnologia têm, de facto, bastante de química e de engenharia química. Mas também têm de física, de biologia, de biofísica, de bioquímica e de medicina… Entram pela vida dentro, entrando também pela nossa própria vida. Relacionam-se igualmente com outras tecnologias mais convencionais, como as engenharias eletrotécnica, informática, mecânica, de materiais e biomédica. A nanotecnologia é isso mesmo: um compêndio de propriedades e de tecnologias extraídos da nanoescala, com múltiplas e fascinantes aplicações no quotidiano. SABER Muito se fala hoje de «nano» por todo o lado... Mas, para o caso remoto de haver alguém que ainda não saiba o significado, o prefixo «nano» vem do grego «nânos», que significa «anão, muito pequeno». A 11.ª Conferência Internacional de Pesos e Medidas deliberou, em 1960, chamar «nano» ao milésimo do milionésimo. Assim, o nanómetro é um milésimo do micrómetro (antigamente chamado «mícron»), que, por sua vez, é um milésimo do milímetro, o qual é o milésimo do metro. Se o milímetro é o diâmetro de uma formiguinha, que se vê a olho nu, o micrómetro é a dimensão de uma célula viva, que se vê com um microscópio normal, e o nanómetro é a dimensão de uma molécula orgânica, que só se consegue ver com um microscópio especial (que, por isso, bem se poderia chamar «nanoscópio»). Carlos Fiolhais, «Nanotecnologia: o futuro vem aí!» (adaptado). O nanómetro (nm) é um submúltiplo do mícron (1 nm 5 0,001 µm). Fulereno Sequoia Nanotubo Anticorpos Cavalo Partículass constituintes es da matériaa Célula animal Vírus Formiga Olho nu Rato Bactérias Microscópio ótico Microscópio cópio eletrónico 0,1 nm 1 nm 10 nm 100 nm Nanopartículas 1 µm 10 µm 100 µm 1 mm 1 cm 0,1 m 1m 10 m 100 m Carlos Fiolhais, «Nanotecnologia: o futuro vem aí!» (adaptado). 6 09_Nanotecnologia.indd 6 27/03/14 11:53 A NANOTECNOLOGIA Aplicações da nanotecnologia A um passo de nova terapia para o cancro Não será num futuro muito longínquo. Imagine que seria possível remover um tumor maligno sem cirurgia e sem o calvário da quimioterapia, só com recurso a fios de luz. A solução está a ser estudada em Braga. Nanomotores viajam dentro de células vivas Uma equipa de químicos e engenheiros da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, conseguiu pela primeira vez fazer minúsculos motores circularem no interior de células humanas vivas. Pigmento utilizado na Antiguidade pode ter aplicações na nanotecnologia Um pigmento azul brilhante que era utilizado por diversos povos há 5 mil anos está a dar aos cientistas atuais pistas sobre como desenvolver novos nanomateriais com potenciais utilizações em dispositivos médicos de imagiologia, telecomandos, tintas de segurança e outras tecnologias. As virtudes da nanoimpressão As nanotecnologias prometem solucionar numerosos problemas recorrendo a materiais, componentes e sistemas mais pequenos, mais leves, mais rápidos e eficazes. O projeto europeu NaPanil está a desenvolver a litografia de nanoimpressão que pode ser usada para fabricar ecrãs de computador e de telemóvel. Embalagens do futuro vão ser mais seguras e comestíveis A inovação, que chega ao mercado a médio prazo, aplica a nanotecnologia às embalagens e está a ser desenvolvida no âmbito do projeto internacional Nanopacksafer, explica José Teixeira, coordenador nacional e investigador do Instituto para a Biotecnologia e Bioengenharia/Centro de Engenharia Biológica (IBB/CEB) da Universidade do Minho. Portugal e Espanha na vanguarda da nanotecnologia Cinco anos depois de a ideia de criar um instituto de investigação e desenvolvimento conjunto ter sido aprovada pelos governos de Portugal e Espanha, e quatro anos depois de terem sido aprovadas as temáticas científicas do novo laboratório em áreas específicas de nanotecnologia, fazia-se ciência nas instalações do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), entretanto projetadas, construídas e equipadas de raiz. A forma inovadora e célere como esta organização internacional foi criada e está a ser desenvolvida é um exemplo de um novo modo de criação rápida de organizações internacionais de investigação em áreas estratégicas do conhecimento que pode ser útil para iniciativas noutras áreas da ciência e noutros países. SugestÃo de exploração 1. Consultar o projeto NANOYOU (Nano for Youth), da European Commission’s Seventh Framework Programme, em http://nanoyou.eu/en/nanoyou-project.html, conhecer os seus objetivos e explorar as suas propostas de participação. 7 09_Nanotecnologia.indd 7 27/03/14 11:53 Físico-Química Objeto de estudo da nanotecnologia A nanotecnologia é o estudo da manipulação da matéria numa escala atómica e molecular. Geralmente, lida com estruturas cujas dimensões variam entre 1 e 100 nanómetros e inclui o desenvolvimento de materiais ou componentes, estando associada a diversas áreas, como a medicina, a eletrónica, a ciência da computação, a física, a química, a biologia e a engenharia dos materiais. Nanoestruturas obtidas por síntese química. O princípio básico da nanotecnologia é a construção de estruturas e novos materiais a partir dos átomos («os tijolos básicos da Natureza»). O objetivo principal não é chegar a um controlo preciso e individual dos átomos, mas elaborar estruturas estáveis com eles. É uma área promissora, com resultados surpreendentes, por exemplo, na produção de semicondutores, nanocompósitos, biomateriais, chips, entre outros. A nanotecnologia procura inovar invenções, aprimorando-as e proporcionando uma melhor vida ao ser humano. Um dos instrumentos utilizados para a exploração de materiais nessa escala é o microscópio eletrónico de varredura. A nanotecnologia desenvolveu-se graças aos contributos de várias áreas de investigação. Existem algumas abordagens distintas à nanotecnologia: • construção de dispositivos por desgaste de materiais macroscópicos; • construção de dispositivos que se formam espontaneamente a partir de componentes moleculares; • construção de materiais átomo a átomo. 8 09_Nanotecnologia.indd 8 27/03/14 11:53 A NANOTECNOLOGIA Aplicações da nanotecnologia Alguns produtos e serviços disponíveis no mercado que resultam de aplicações da nanotecnologia são: • ecrã digital flexível; • tecidos resistentes a manchas; • tecidos que não se amachucam; • raquetas e bolas de ténis; • filtros de proteção solar; • material para proteção de raios ultravioletas; • tratamento tópico de herpes e fungos; • nanocola, capaz de unir qualquer material a outro; • pó antibacteriano; • diversas aplicações na medicina, como cateteres, válvulas cardíacas ou implantes ortopédicos; • produtos para limpar materiais tóxicos; • produtos cosméticos; • sistemas de filtração do ar e da água; • microprocessadores e equipamentos eletrónicos em geral. lisa d ore s A di tivo s Tintas éticos Cosm res teto Pro olares s Ca ta ica fís NA ICI ED M AD N is s QUÍ MI CA ys Displa Baterias s Sólido BIOLOGIA «Drugs delivery» Células FÍSICA Sistemas naturais NANO Semicondutores Quân t as Sistem gicos ló o n u im IN FO E ENG NH s Ce ntas Ferram e Sim ula d ore s ica ific res ado GAM ESS au Pe tom ças oti va s râm Pur Computa ção quântica od e M Ma mag teriais nétic os ais s ento pam Equi ilitares m LPR O Compost o de carbo s no eri ica trón Ele Chips de s dore computa MO AR at l ÁTI CA Nanotubos ica M os RM copia Micros N SIA US GA Hü cke l s mo o Át IA Célu combu las stíve s nte ca fi i br Lu ero Molé ca uími Bio Pol ím tes Bioq lan culas p Im me Novo dica s me nto s A Bridgestone criou o Quick Response Liquid Powder Display (QR-LPD), um ecrã digital flexível. Aplicações da nanotecnologia. Sugestões de exploração 1. Realizar uma pesquisa sobre novos produtos que resultem de aplicações da nanotecnologia. 2.Fazer uma visita de estudo ao Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia. 9 09_Nanotecnologia.indd 9 27/03/14 12:56 GEOGRAFIA Tipos de indústria A indústria é a atividade que transforma as matérias-primas em produtos acabados ou semiacabados, os quais, sofrendo uma nova transformação, dão origem a um produto final. Na atualidade, a atividade industrial caracteriza-se por: • u sar maquinaria progressivamente mais sofisticada, que requer um número de mão de obra cada vez menor; • uma maior especialização dos trabalhadores; • uma maior diversificação e personalização dos produtos. Quadro 1 — Tipos de indústria Quanto ao destino da produção Quanto ao peso da matéria-prima Quanto à tecnologia Indústria de bens de consumo Destina-se, exclusivamente, a satisfazer as necessidades de consumo do mercado (indústria têxtil ou alimentar). Indústria de bens de equipamento Produz bens que servem para criar novos produtos (indústria metalomecânica — produção de maquinaria). Indústria de bens intermédios Destina a sua produção a bens que voltam a entrar no processo produtivo (indústria siderúrgica do aço). Indústria pesada ou de base Fabrica produtos básicos para as outras atividades industriais (indústria metalúrgica ou petroquímica). Indústria ligeira Fabrica produtos essencialmente de consumo. Indústria tradicional Fabrica produtos com pouca incorporação tecnológica, quase sempre envolvendo unidades familiares que utilizam recursos locais (algumas indústrias alimentares, por exemplo). Indústria de ponta Utiliza tecnologia de vanguarda (indústria farmacêutica ou eletrónica). Doc. 1 A nanotecnologia e a indústria em Portugal Chama-se Nanocor e venceu a mais recente edição do Concurso Nacional de Inovação. Este projeto, criado pela Universidade do Minho, é mais uma prova de como os Portugueses estão a evoluir no território da nanotecnologia. Esta empresa minhota desenvolveu uma tecnologia inovadora e ambientalmente sustentável para tingir tecidos, usando nanopartículas coloridas, à base de sílica. O processo permite poupar cerca de 70 % de água, comparativamente com a forma tradicional de tingir tecidos. Além da área têxtil, estão a ser feitas investigações em áreas como a medicina e a biomedicina, em que a nanotecnologia pode ser uma vantagem, na medida em que, através de nanossensores, se poderão detetar agentes patogénicos mais rapidamente. Outras áreas de investigação em que a nanotecnologia tem sido utilizada são as áreas alimentar, automóvel, farmacêutica, entre outras. No total, estarão entre 50 e 100 pessoas a investigar nas universidades do norte de Portugal, entre professoras e alunos de doutoramento. O grande objetivo é criar um polo de competitividade em nanotecnologia, de modo a agregar cada vez mais projetos de investigação nesta área, bem como a fomentar a criação de empresas que possam explorar comercialmente as tecnologias que vão sendo desenvolvidas. Já há patentes registadas e pretende-se potenciar novos projetos entre as empresas já existentes na região e os polos de investigação. Para tal, estão a fazer o mapeamento estratégico das competências em nanotecnologia da região, de modo a dar a conhecer às empresas o conhecimento que lhes poderá ser útil. Entre as áreas de maior potencial encontram-se o setor têxtil, a metalomecânica, a indústria de polímeros, a indústria de moldes, entre outras, que poderão beneficiar das potencialidades que as intervenções à escala nanométrica possibilitam. Revista Actualidade, 01/04/2012 (adaptado). 10 09_Nanotecnologia.indd 10 27/03/14 11:53 A NANOTECNOLOGIA Quadro 2 — As três fases da evolução da indústria Fonte de energia Principais indústrias Inovações na produção Potência industrial inicial Nome Período Localização 1.ª fase Revolução Mecânica Do fim do século xviii ao fim do século xix Próximo de minas (sobretudo de carvão) ou das matérias-primas Carvão Siderurgia e têxtil Maquinofatura (máquina a vapor) Inglaterra (Reino Unido) 2.ª fase Revolução Energética Do fim do século xix à Segunda Guerra Mundial Próximo do mercado de consumo (grandes cidades) Petróleo Automóvel e eletrodomésticos Cadeia de montagem e trabalho em série Estados Unidos da América 3.ª fase Revolução Eletrónica ou Neotécnica Do fim da Segunda Guerra Mundial à atualidade Próximo da mão de obra barata (países emergentes) ou qualificada (centros de investigação) Petróleo, gás natural e energia nuclear Eletrónica, informática e bioquímica Informatização e robótica Japão Doc. 2 Biologia Molecular e Genética 5000 Química A nanotecnologia e a próxima revolução industrial Biologia e Bioquímica 4000 3000 Botânica e Zoologia Neurociência e Comportamento 2000 1000 Medicina Clínica Ciências Agrícolas 0 Matemática Ciências dos Materiais Engenharia Ecologia/ /Meio Ambiente Física Áreas de investigação em nanotecnologia na região norte de Portugal. Fonte: Nanovalor. A nanotecnologia tem sido um dos maiores ímpetos para o desenvolvimento tecnológico no século xxi e é vista como o recurso para a próxima revolução industrial. Preveem-se benefícios socioeconómicos amplos, prometendo vir a responder a desafios globais, como as necessidades energéticas, a saúde, a água e as alterações climáticas. Embora a aposta na promoção da nanotecnologia tenha vindo a aumentar globalmente, as atividades de I&D estão principalmente focalizadas nos Estados Unidos da América, seguidos pelo Japão e por alguns dos maiores países da União Europeia (Alemanha, França e Reino Unido), embora tendo em conta os dados per capita, países como a Irlanda, Israel, Taiwan, Austrália e Bélgica pareçam destacar-se. Raquel Antunes, Pontos de vista, 12/11/2013 (adaptado). Sugestões de exploração 1. Investigar a importância do setor da nanotecnologia para a cidade de Braga e para toda a região do noroeste da Península Ibérica. 2.Pesquisar os setores económicos de importância regional que poderão potenciar os estudos realizados no âmbito da nanotecnologia. 09_Nanotecnologia.indd 11 11 27/03/14 11:53 história A utopia de Feynman Deve-se ao físico norte-americano Richard P. Feynman (1918-1988) o conceito de nanotecnologia como hoje é entendido pela comunidade científica: «a possibilidade de trabalhar ao nível molecular, átomo por átomo, de modo a criar grandes estruturas com uma organização molecular fundamentalmente nova». Feynman apresentou esta ideia em dezembro de 1959 numa comunicação intitulada «There’s Plenty of Room at the Bottom». Já nesta comunicação, Feynman antevia a possibilidade de miniaturização crescente dos computadores, a manipulação atómica da matéria ou a utilização de nanotecnologia na medicina (usa a imagem do «cirurgião» a ser engolido para inspecionar as válvulas do coração do paciente). Anos mais tarde, o engenheiro norte-americano Kim Eric Drexler (n. 1955), influenciado pelo conceito de Feynman e explorando a possibilidade de uma «engenharia molecular», usou o termo «nanotecnologia». Este termo já fora usado, desde 1974, pelo japonês Norio Taniguchi (1912-1999), que se interessava pelo desenvolvimento de tecnologias de ultraprecisão (ao nível molecular e atómico) no processamento de materiais. A 21 de janeiro de 2000, o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, fez um discurso no California Institute of Technology (CIT), apoiando a nanotecnologia e anunciando um programa do governo federal de apoio à investigação nessa área, a National Nanotechnology Initiative (NNI). A 3 de dezembro de 2003, o presidente George W. Bush promulgou uma lei, o 21st Century Nanotechnology Research and Development Act, que passou a enquadrar a investigação em nanotecnologia nos Estados Unidos e o seu financiamento pelo governo federal. Em 2007, a NNI publicou um Plano Estratégico para operacionalizar as ações previstas na lei. Até ao ano fiscal de 2009, os Estados Unidos já tinham gastado nesta área, em fundos públicos, 2,5 mil milhões de dólares. A nanotecnologia na Europa Também na União Europeia a nanotecnologia mereceu a atenção dos poderes públicos. Em 2004, a Comissão Europeia publicou o documento «Para Uma Estratégia Europeia sobre Nanotecnologias», em que propunha uma estratégia integrada a nível europeu. Em 2005, foi lançado o plano Nanociências e Nanotecnologias: Plano de Ação para a Europa, 2005-2009, a que se seguiram vários relatórios sobre as iniciativas e os financiamentos desde então lançados. 12 09_Nanotecnologia.indd 12 27/03/14 11:53 A NANOTECNOLOGIA Richard Feynman recebe o prémio Nobel da Física das mãos do rei Gustavo VI da Suécia (1965). Visão futurista: um nanomecanismo age sobre um glóbulo vermelho. Fonte: The Nanotechnology Times. Kim Eric Drexler apresentando o seu último livro, Radical Abundance, na televisão norte-americana. O Marcus Nanotechnology Building, integrado no Georgia Institute of Technology (EUA). Sugestões de exploração 1. Identificar as personalidades que, nos Estados Unidos e no Japão, conceberam as possibilidades da nanotecnologia. 2.Pesquisar as iniciativas públicas desenvolvidas nos Estados Unidos, na União Europeia e noutras áreas geográficas de incentivo ao desenvolvimento da nanotecnologia. 3.Pesquisar as principais instituições universitárias do Mundo devotadas à investigação na área da nanotecnologia. 13 09_Nanotecnologia.indd 13 27/03/14 11:53 CASO DE SUCESSO INL Origem do INL O INL — International Iberian Nanotechnology Laboratory (Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia) — é a primeira e, até agora, a única organização de pesquisa internacional na Europa na área da nanociência e da nanotecnologia. Resulta de uma decisão conjunta dos governos de Portugal e de Espanha, tomada a 19 de novembro de 2005, em que os dois governos deixaram claro o seu compromisso, numa forte cooperação entre ciência e tecnologia. O INL foi instalado em Braga e conta com cerca de 200 investigadores recrutados em todo o Mundo, visando a excelência internacional. O laboratório foi concebido para: • assegurar a excelência da pesquisa em todas as áreas de atividade; • desenvolver parcerias com a indústria e promover a transferência de conhecimento em valores económicos e em criação de emprego; • formar investigadores e contribuir para o desenvolvimento de uma força de trabalho qualificada para a indústria da nanotecnologia; • avaliar, prevenir e mitigar os riscos da nanotecnologia. Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia. 14 09_Nanotecnologia.indd 14 27/03/14 11:53 A NANOTECNOLOGIA Áreas de investigação Pretendendo dar um contributo vital na área científica europeia, o INL proporciona um ambiente de investigação high-tech para grandes desafios, em áreas como: • a nanomedicina; • a monitorização ambiental; • o controlo da qualidade alimentar; • as nanomáquinas; • a nanomanipulação; • a nanoeletrónica. Nanomedicina A finalidade em nanomedicina é proceder ao estudo, projeto e fabrico de estruturas e dispositivos em nanoescala para o diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças e distúrbios genéticos. Tecnologias avançadas de saúde serão os principais motores do desenvolvimento tecnológico no futuro. Monitorização ambiental Aplicações agrícolas da nanotecnologia estão a ser também objeto de estudo. Estão a ser desenvolvidos nanomateriais que oferecem a oportunidade de administrar, de forma mais eficiente e com segurança, pesticidas, herbicidas e fertilizantes. Controlo da qualidade alimentar Na indústria de alimentos, a nanotecnologia está a ser usada para criar melhores embalagens e alimentos mais saudáveis. Por exemplo, os investigadores estão a trabalhar na criação de embalagens de alimentos que incluem materiais minúsculos que permitem alertar os consumidores de que um produto já não é seguro para comer. Nanotecnologias inovadoras. Nanomáquinas As nanomáquinas são sistemas que podem resultar de uma combinação de funções mecânicas, sensoriais, eletrónicas, computacionais e comunicativas. O INL pretende tornar-se líder neste campo de investigação. Nanomanipulação Esta área de atividade abrange estruturas NEMS micro e nanofabricadas, destinadas a uma única ou pouca manipulação molecular, e a deteção de interação biomolecular. Nanoeletrónica A finalidade em nanoeletrónica é o desenvolvimento de tecnologias e dispositivos na área, sobretudo dispositivos eletrónicos (semicondutores, magnéticos ou fotónicos) que incorporem novos materiais e estruturas não convencionais. 09_Nanotecnologia.indd 15 15 27/03/14 11:53 A televisão O vinho alentejano O rio Tejo A agricultura biológica A indústria do papel A indústria têxtil O azeite O vinho verde O sal O queijo SERRA DA ESTRELA A nanotecnologia O rio Douro A indústria O turismo www.santillana.pt A universidade Bibliografia «O PATRIMÓNIO E O SEU POTENCIAL PEDAGÓGICO» Alarcão, Jorge de, Introdução ao estudo da História e do Património locais, Coimbra, Institutos de Arqueologia e História da Arte da Faculdade de Letras de Coimbra, 1982. Álvarez Areces, Miguel Ángel (coord.), Didáctica e Interpretación del Patrimonio Industrial, Gijón (Asturias), Ed. CICEES, 2002. Ballart, Josep, El patrimonio histórico e arqueológico: valor y uso, Barcelona, Ed. Ariel, 1997. 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