História 30-12-1967 - Paróquia Nossa Senhora da Piedade

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Mitra da Diocese de Novo Hamburgo
Paróquia Nossa Senhora da Piedade
Bairro Hamburgo Velho
CAPELA NOSSA SENHORA DE LOURDES
30/12/1967 ╬ 30/12/2012
45 anos
Bairro Jardim Mauá
Novo Hamburgo – RS
Quando eu digo Ave-Maria,
Os Anjos sorriem,
O mundo se alegra,
Os Céus rejubilam,
O inferno treme,
E o diabo foge.
O Dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX, cercado de 53 cardeais, de
43 arcebispos, de 100 bispos e mais de 50.000 romeiros vindos de todas as partes do mundo,
no dia 8 de dezembro de 1854.
Passados apenas 3 anos dessa solene proclamação, em 11 de agosto de 1858, Nossa Senhora
dignou-se aparecer milagrosamente quinze dias seguidos, perto da pequena cidade de Lourdes,
na França, a uma pobre menina, de 13 anos de idade, chamada Bernadete.
No dia 25 de março, Bernadete suplicou que Nossa Senhora lhe revelasse seu nome. Após três
pedidos seguidos, Nossa Senhora lhe respondeu: "Eu sou a Imaculada Conceição".
Eis a chave de ouro que encerra a tradição ininterrupta dos Apóstolos.
HISTÓRIA
Do Livro Tombo II (1955-1975) da Paróquia Nossa Senhora da Piedade
Ano 1967
Reunião 11/3/67.
Local: Vila Fleck.
Número de pessoas: 22.
Assunto: Construção de uma Capela.
Relato: O Pároco afirmou que havia um terreno na Vila, pertencente ao Sr. Valburgo
Adriano Fleck; é o único dono do terreno. Ele fará doação à Mitra. Providência do Pároco – ir ao
Cartório para saber como proceder. É preciso consultar também o Sr. Ivo Lenz. Também há
possibilidade de conseguir maior espaço pela doação de terrenos de outras 4 pessoas. Três
delas já estão dispostas a entregar o terreno. Após a escrituração é preciso fazer a limpeza do
terreno e fazer cerca. Também o grupo achou, aliás, o Pároco sugeriu, que fosse eleita uma
primeira Comissão. Foi assim constituída:
1º Presidente: Remy Cardoso Machado
Vice-presidente: José Cassemiro Vieira
Secretário: Alfredo Teodoro Kauer
Tesoureiro: Ciro Jaime Martins
Após conseguir a escrituração o Pe. sugeriu que fosse celebrada uma Missa na Vila.
Quanto ao material da cerca o Sr. Remy achou que o conseguiria com relativa facilidade. O
grupo deseja que antes de ser construída a Capela, deverá ser levantado um pavilhão, que terá
finalidades múltiplas.
“Vila Fleck – Nova Capela. Já há algum tempo para cá, os moradores da Vila Fleck,
demonstraram o desejo de possuírem uma Capela no bairro, já que dista bastante da igreja
Matriz e não ter comunicação e acesso direto para Hamburgo Velho. Em março passado, em
reunião efetuada no referido bairro, foi escolhida e empossada uma Diretoria para iniciar o
trabalho. Como local da Capela foi escolhido um terreno de aproximadamente 3.200 m2, em si
destinado, pelos loteadores, a ser praça, mas nunca ocupado pela municipalidade. O único
herdeiro, ainda vivo, do dono do loteamento já falecido, é o Sr. Walburg Alfons Fleck e esposa
Waly Fleck. Estes fazem questão que o referido terreno fosse aproveitado para a construção de
uma Capela. Efetivamente, em setembro, foi iniciada a construção do prédio, com madeira
roliça, tábuas de pinho, forrado, com as tesouras à vista. Os recursos foram adiantados pela
Caixa da Comunidade depois dos entendimentos com a Diretoria e Conselho Paroquial. Em
dezembro concluía-se a obra, com um puxado nos fundos e lado esquerdo, para funcionamento
de copa e cozinha, por ocasião de festejos populares. No dia 30 de dezembro, sábado à tarde
às 17h, o Pároco benzia e inaugurava festivamente a nova Capela simples e simpática,
dedicada à Nossa Senhora de Lourdes, invocação da imagem, que em 1963, na Cruzada do
Rosário em família, fora destacada à Vila Fleck. O povo lotou completamente o recinto, ainda
sem bancos. O calor era intenso. O coro da paróquia acompanhou com seus cânticos, a 1ª
Missa celebrada em honra de Nossa Senhora de Lourdes. A caixa da comunidade adiantou a
importância de NCr$ 5.100,00 para cobertura das despesas. O prédio foi construído por
empreitada pelo Sr. Alfredo Dapper. Esperamos que Maria Santíssima seja o início de uma nova
vida religiosa para todos os moradores da Vila Fleck”.
Ano 1968
“Pavilhão social da Vila Fleck. A vida e o movimento da nova Capela da Vila Fleck, cresce
consolador e frutuosamente. Sentem a necessidade de construir um anexo para suas festas e
movimentos de caráter social. De per si, o prédio de madeira fora erguido para servir para as
duas finalidades: função religiosa e social. Mas o povo simples não compreende e não aceitou
que o mesmo local e recinto pudesse servir tanto para rezar, como para dançar. E houve os
escandalizados que propalaram que na Vila Fleck se ‘dançava na Capela com a Santa no
bolso’... Para terminar o assunto a diretoria da Capela e com ajuda da Caixa da Comunidade,
resolveu construir um pavilhão que servisse exclusivamente para fins sociais e ficasse a Capela
apenas para fins religiosos. Em 11 de maio do ano corrente, por ocasião de festejos populares, o
novo Pavilhão Social, também de madeira, foi efetivamente inaugurado, para alegria geral dos
moradores do Bairro. Custou aproximadamente NCr$ 2.800,00”.
NOSSA SENHORA DE LOURDES
DIA MUNDIAL DO DOENTE
11 de Fevereiro de 2012
ANTÍFONA DE ENTRADA: Salve, Santa Mãe, que destes à luz o Rei do céu e da terra.
ORAÇÃO COLETA: Vinde em auxílio da nossa fraqueza, Senhor de misericórdia, e concedei
que, celebrando a memória da Imaculada Mãe de Deus, sejamos purificados dos nossos
pecados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do
Espírito Santo.
LITURGIA DA PALAVRA
Primeira Leitura
Isaías 66, 10-14c
10Alegrai-vos com Jerusalém, exultai com ela, todos vós que a amais. Com ela enchei-vos de
júbilo, todos vós que participastes no seu luto. 11Assim podereis beber e saciar-vos com o leite
das suas consolações, podereis deliciar-vos no seio da sua magnificência. 12Porque assim fala o
Senhor: «Farei correr para Jerusalém a paz como um rio e a riqueza das nações como torrente
transbordante. Os seus meninos de peito serão levados ao colo e acariciados sobre os joelhos.
13Como a mãe que anima o seu filho, também Eu vos confortarei: em Jerusalém sereis
consolados. Quando o virdes, alegrar-se-á o vosso coração e, como a verdura, retomarão vigor
os vossos membros. 14cA mão do Senhor manifestar-se-á aos seus servos.
O texto, faz parte dum discurso dotado de rara beleza poética, no final do livro de Terceiro
Isaías. Jerusalém, é apresentada como uma mãe, que com seus peitos sacia de consolação e
deleite os seus filhos que regressam do exílio (vv. 10-11). Bela acomodação do texto à Virgem
Maria feita pela Liturgia de hoje.
12 «A paz como um rio» é uma figura da paz messiânica que Cristo trouxe à «nova Jerusalém»
que é «nossa Mãe», a Igreja (cf. Gal 4, 26-27), «o Israel de Deus» (Gal 6, 16). A Virgem Maria é
imagem, modelo e Mãe da Igreja.
Salmo Responsorial Jt 13, l8bcde.19 (R. 15, 9d ou Lc 1, 42)
Refrão: TU ÉS A HONRA DO NOSSO POVO.
Ou: BENDITA SOIS VÓS ENTRE AS MULHERES.
Bendita sejas, minha filha, pelo Deus Altíssimo,
mais do que todas as mulheres da terra
e bendito seja o Senhor nosso Deus,
criador do céu e da terra.
Ele enalteceu de tal forma o teu nome
que nunca mais deixarão os homens
de celebrar os teus louvores
e recordarão eternamente o poder de Deus.
Evangelho
São João 2, 1-11
Naquele tempo, 1realizou-se um casamento em Caná da Galileia e estava lá a Mãe de Jesus.
2Jesus e os seus discípulos foram também convidados para o casamento. 3A certa altura faltou o
vinho. Então a Mãe de Jesus disse-Lhe: «Não têm vinho». 4Jesus respondeu-Lhe: «Mulher, que
temos nós com isso? Ainda não chegou a minha hora». 5Sua Mãe disse aos serventes: «Fazei
tudo o que Ele vos disser». 6Havia ali seis talhas de pedra, destinadas à purificação dos judeus,
levando cada uma de duas a três medidas. 7Disse-lhes Jesus: «Enchei essas talhas de água».
Eles encheram-nas até acima. 8Depois disse-lhes: «Tirai agora e levai ao chefe de mesa». E
eles levaram. 9Quando o chefe de mesa provou a água transformada em vinho, – ele não sabia
de onde viera, pois só os serventes, que tinham tirado a água, sabiam – chamou o noivo 10e
disse-lhe: «Toda a gente serve primeiro o vinho bom e, depois de os convidados terem bebido
bem, serve o inferior. Mas tu guardaste o vinho bom até agora». 11Foi assim que, em Caná da
Galileia, Jesus deu início aos seus milagres. Manifestou a sua glória e os discípulos acreditaram
n’Ele.
Reflexão
– Em Lurdes, nas várias aparições, Nossa Senhora pede oração e penitência como meios de
santificação, radical conversão, estímulo espiritual e fonte de amor a Deus.
Nem sempre a Mãe do Céu dialogou com Bernardete; algumas vezes apenas sorria em frente
da bondosa e angélica menina. Como o céu se alegra e compraz em contemplar os bons filhos,
as almas que lhe são fiéis!
– Nas vestes, da Virgem descalça, dominam a cor branca, cor da luz e da claridade, símbolo das
alegrias eternas – da claridade do céu – da inocência e da pureza; são sempre acompanhadas
da iluminação da inteligência; a cor azul aparece ainda pois é a cor do céu e da água: simboliza
a fé.
Assim cantamos:
«Senhora de azul vestida,
da cor da graça e beleza:
se em teus braços tens a vida,
são teus olhos luz acesa.»
A alegria e beleza poéticas patentes em Isaías são ímã a conduzir-nos, a integrar-nos numa
geração de amor; Bernardete faz parte dela:
Amou a Mãe de Deus,
Amou a Igreja.
– A Senhora que é rica, não precisa, ensina-nos a agradar a Deus, pela penitência e outras
obras boas do agrado do céu: jejum e oração.
São tesouros celestiais que «a ferrugem não consome, nem a traça, nem os ladrões podem
desenterrar e roubar».
Desses tesouros depende a nossa salvação, pois o céu é o salário dos bons trabalhos
realizados na terra.
– Manifestar amor, alegria, compartilhar o júbilo ou tomar parte e compadecer-se dos enlutados,
tudo gira à volta das boas obras referidas na 1.ª Leitura. A mão do Senhor estará com os que
servem, diz-se aí.
– A Mãe do Céu confessou-se serva do Senhor e pede a conversão dos pecadores para que
sirvam o Pai do Céu. Servindo, alcançam graças atuais: os justos, o aumento da graça
santificante, da felicidade eterna e o perdão de penas temporais.
Maria confirma o dogma da Imaculada Conceição, propõe-se como modelo para não
desvirtuarmos a nossa vida; é caminho para acertarmos com o Caminho, a Verdade e a Vida.
– Ensina-nos a obedecer aos Mandamentos de Deus (...fazei o que Ele vos disser...),
– a encher a alma com melhorias de vida (...mudou a água em vinho...),
– sugere que é boa medianeira entre nós e deus, incita-nos a participar nos banquetes de Jesus,
– a preencher as talhas vazias do nosso coração com boas obras, crendo n’Ele.
O mundo parece dever mudar de nome: passar do mundo a imundo.
Tudo grita de aflição perante ondas de lepra social, de nações apodrecidas por vírus
cancerígenos que lhes minam assustadoramente o equilíbrio e a saúde.
É, MEU DEUS, A DOENÇA!
Motiva e avassala as pessoas, debilita-as e enfraquece-as até à tumba.
A Terra pasma com inutilização do supérfluo, a miséria estampada em milhões de esfomeados.
Duas doenças paralelas como linhas retas a desembocar em abismo: a física ou corporal e a
espiritual.
As borrachas da falta de valores, da educação moral deficiente em responsáveis, a ambição
econômica, a ganância da projeção da fama e glória, riscam, por serem vesgas e de restrito
horizonte, o bem estar; «O que há de grande na humanidade é a fraternidade na dor;
transformar a dor em alegria, é uma arma, um cântico e um cálice.»
São Francisco, cego e enfermo, em luta com todos por causa do seu ideal de fraternidade,
exultava de amor no «Cântico das Criaturas».
É a luz na dor.
Fala o Santo Padre
A Igreja recorda hoje a primeira aparição da Virgem Maria a Santa Bernardete, que aconteceu a
11 de Fevereiro de 1858 na Gruta de Massabielle, em Lourdes. Um acontecimento prodigioso
que fez daquela localidade, situada na vertente francesa dos Pireneus, um centro mundial de
peregrinações e de intensa espiritualidade mariana. Naquele lugar, há já quase 150 anos,
ressoa com vigor a chamada de Nossa Senhora à oração e à penitência, quase um eco
permanente do convite com que Jesus inaugurou a sua pregação na Galileia: «Completou-se o
tempo e o Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e acreditai no Evangelho» (Mc 1, 15).
Além disso, aquele Santuário tornou-se meta de numerosos peregrinos doentes, que, pondo-se
à escuta de Maria Santíssima, são encorajados a aceitar os seus sofrimentos e a oferecê-los
pela salvação do mundo, unindo-os aos de Cristo crucificado.
Precisamente devido ao vínculo existente entre Lourdes e o sofrimento humano, há quinze anos
o amado João Paulo II quis que, por ocasião da festa de Nossa Senhora de Lourdes, se
celebrasse também o Dia Mundial do Doente. […] Gostaria de fazer chegar o meu pensamento a
quantos trabalham no campo da saúde do mundo inteiro, bem consciente da importância que
tem o seu serviço às pessoas doentes na nossa sociedade. Desejo sobretudo manifestar a
minha proximidade espiritual e o meu afeto aos nossos irmãos e irmãs doentes, com uma
recordação especial para quantos são atingidos por males mais graves e dolorosos: dirige-se a
eles, de modo especial neste Dia, a nossa atenção. É necessário apoiar o desenvolvimento de
curas paliativas que ofereçam uma assistência integral e forneçam aos doentes incuráveis
aquele apoio humano e o acompanhamento espiritual de que têm grande necessidade. […]
Bento XVI, Vaticano, 11 de Fevereiro de 2007
Oração Universal
Irmãos, oremos a Deus Onipotente e imploremos a sua misericórdia, dizendo confiadamente:
Por intercessão de Maria ouvi-nos Senhor.
1. Pela Igreja e pelos seus pastores:
para que a mensagem de penitência
seja levada a todos os povos,
oremos irmãos.
2. Por todos os que regem os destinos das nações,
para que o seu trabalho seja ao serviço da justiça e da paz,
oremos irmãos.
3. Pelos que estão no fim de seus dias,
para que alcancem a paz nos braços de Deus Pai,
oremos irmãos.
4. Pelos que são vítimas da fraqueza humana e vivem em pecado,
para que se arrependam e recebam a graça da conversão,
oremos irmãos.
5. Pelos jovens da nossa comunidade
para que imitando a santidade de Maria, conservem puros os seus corações,
oremos irmãos.
Ouvi, Deus todo-poderoso, a oração da Vossa Igreja,
para que seguindo o exemplo da Virgem Maria, Vos sirva livre de todo o pecado.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo...
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