Literatura_Mutamba

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LITERATURA DE MUTAMBA
Nome Científico: Guazuma ulmifolia Lam.
Sinônimos Científicos: Guazuma coriácea Rusby, Guazuma invira (willd.) G.Don,
Guazuma tomentosa Kunth, Guazuma polybotra Cav., Theobroma guazuma L.,
Guazuma ulmifolia var. tomentella K. Schum., Guazuma ulmifolia var. tomentosa
(Kunth) K. Schum., Guazuma utilis Poepp., Guazuma bubroma Tussac, Bubroma
guazuma (L.) Wild.
Nomes Populares: Araticum-bravo, embira, embireira, embiru, envireira, frutade-macaco, guamaca, guaxima-macho, guaxima-torcida, ibixuna, mutamba,
mutamba-verdadeira, mutambo, pau-de-bicho, pau-de-pomba, periquieira, pojó.
Família Botânica: Malvaceae (antiga Sterculiaceae)
Parte Utilizada: Cascas
Descrição:
Árvore de copa arredondada e densa, de 8-16m de altura, nativa em quase todo o
território brasileiro, principalmente na floresta semidecídua da bacia do Paraná.
Folhas simples com pubescência estrelada em ambas as faces, de 10-14cm de
comprimento. Flores amareladas, reunidas em inflorescências axilares. Os frutos
são cápsulas lenhosas globosas, deiscentes, de cor preta e com a superfície provida
de espículas rígidas.
Constituintes Químicos Principais: alcalóides pirrolizidínicos, ß-sitosterol,
triterpenos, cafeína, alcaloides, taninos, ariofileno, catequinas, farnesol, friedelina,
ácido caurenóico, precoceno I, procianidina B-2, procianidina B-5, procyanidin C-1,
sitosterol.
Naturell Indústria e Comércio Ltda.
Av. Dom Pedro I, número 957 Vila Conceição
CEP: 09991 000 - Diadema – SP
LITERATURA DE MUTAMBA
Indicação e Usos:
Fornece madeira de baixa qualidade para caixotaria e sua casca fibrosa é
empregada em cordoaria. Seu extrato mucilaginoso obtido por coximento de
pedaços de seu caule, é amplamente utilizado na fabricação artesanal de rapadura,
na região canavieira do Ceará, como agente de clarificação do caldo da cana
durante a fervura. Suas folhas e raízes são empregadas na medicina caseira em
todas as regiões onde esta planta é encontrada, com base na tradição popular, mas
sua eficácia e segurança não foram, ainda, comprovadas cientificamente. Em
Belize, o chá de suas folhas é empregado contra disenteria e diarreia, para o
tratamento de problemas relacionados com a próstata e como um estimulante
uterino para facilitar o parto. No México esta planta tem uma longa história de uso
indígena, sendo o chá da casca empregado para facilitar o parto, para aliviar as
dores gatrointestinais, para tratar asma, febre, diarreia e disenteria. Na medicina
tradicional do Peru o chá de sua casca e folhas é empregado no tratamento de
doenças renais e hepáticas e para disenteria. Na Guatemala é usada principalmente
para o tratamento de problemas gastrintestinais, o que já foi clinicamente provado
num estudo conduzido em 1990. No Brasil sua casca é considerada diaforética,
sendo usada para tosse e broquite, asma, pneumonia, febres e para problemas
hepáticos. Os frutos, embora não sejam oleaginosos, são usados no Nordeste do
Brasil para preparação de um óleo para cabelo, reputado excelente para impedir
sua queda, o “óleo-de-mutamba”, obtido por fervura dos frutos em óleo comestível
ao qual se junta, posteriormente, uma essência perfumada. Sua longa história de
uso eficaz na medicina tradicional estimulou a partir de 1968 a realização de
pesquisas visando a sua validação. Já nos primeiros estudos com animais,
constatou-se que extratos de sua casca possuíam atividades: cardiotônica,
hipotensora, relaxante muscular e estimulante uterino. Outros estudos in vitro têm
demonstrado que extratos de suas folhas e casca possuem atividades: bactericida e
antifúngica contra muitos germes patógenos. O amplo emprego desta planta nas
práticas caseiras da medicina popular e como fornecedora de mucilagem de modo
artesanal, é motivo suficiente para sua escolha como tema de estudos químicos,
farmacológicos, clínicos e técnicos, visando sua validação como medicamento eficaz
e seguro ou mesmo para seu aproveitamento industrial.
A casca é adstringente e serve para cortume; as folhas, também adstringentes, são
anti-disentericas e anti-leucorréica, úteis na blenorragias, hemorragias, tumores
artríticos e diarreias crônicas; a raiz é depurativa. As flores são muito procuradas
pelas abelhas e permitem a estas a fabricação de um mel branco-niveo reputado
medicinal e por isso de bastante aceitação.
Segundo Galina et al, o chá das cascas é utilizado no Brasil como sudorífero, sendo
também empregado em casos de febre, tosse, bronquite, asma, pneumonia e
problemas de fígado. Popularmente, a mutamba (cascas e folhas) é empregada em
diversos países da América do Sul e Central em casos de problemas
gastrintestinais, distúrbios renais, alopécia, tosse, febre e problemas de pele.
Diversos autores demonstraram algumas atividades de extratos de mutamba, entre
elas destacam- se: atividade anti-hiperglicemiante, antibacteriana e antifúngica,
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citotóxica e antisecretora. A DL50 não foi definida entretanto, confirmou-se que as
folhas da mutamba não possuem toxicidade.
Segundo Silva et al., a casca e a entrecasca de Guazuma ulmifolia (mutamba) é
rica em componentes com propriedades farmacológicas. Paralelamente esses
princípios isolados têm sido correlacionados com o tratamento de diversas doenças.
Assim o ß-sitosterol atua contra as lipoproteinemias; os triterpenos são usados
como anti-inflamatórios (pneumonia e bronquite); a cafeína atua como diurético e
estimulante do SNC e dos músculos cardíacos; os alcalóides são tidos como antimicrobianos, analgésicos, anti-espasmódicos e estimulantes do SNC, os taninos são
excelentes no combate aos processos de disenteria.
Estocagem e validade:
Deve ser estocado hermeticamente fechado, ao abrigo da luz solar direta e do
calor. Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.
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Poderá ocorrer formação de precipitado e/ou turbidez durante a estocagem,
sem alterar as propriedades.
Alterações da cor são esperadas por modificações dos compostos coloridos
das plantas.
Contraindicações: Use com cautela e sob supervisão do médico se você tem uma
doença cardíaca. Aumento do número de evacuações ou diarreia pastosa em
intestinos com tendência à diarreia.
Revisão de Interação: Nenhuma interação foi encontrada.
Referências Bibliográficas:
1. LORENZI, Harri; ABREU MATOS, F.J. Plantas Medicinais no Brasil
Nativas e Exóticas. Instituto Plantarum, 2ª Edição, Nova Odessa – SP Brasil, 2008.
2. MUTAMBA. Dicionário das plantas úteis do Brasil.
3. GALINA, K.J.; el al. Contribuição ao Estudo Farmacognóstico da mutamba
(Guazuma ulmifolia – Sterculiaceae). Acta Farmacêutico Bonaerense, v.24,
n.2, 2005.
4. SILVA, C.J.; et al.. Ausência de atividade mutagênica de Guazuma ulmifolia
Lamb. (Mutamba) em células somáticas de Drosophila melanogaster.
Revista Biológica Neotropícal, v.3. n.2, 2006.
5. MUTAMBA.
Disponível
em:
<http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/mutamba.html>
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