Uma abordagem de gerência de aprendizagem

Uma abordagem de gerência de aprendizagem e construção do
conhecimento por meio de planilhas eletrônicas
An approach to learning management and knowledge construction
through spreadsheets
Anderson Alves de LIMA1
Ewerton Lopes S. de OLIVEIRA2
Francisco de Assis SIQUEIRA JUNIOR3
Ozonias de Oliveira B. JUNIOR 4
Universidade Federal da Paraíba/UFPB
Resumo
Este trabalho se propõe a descrever uma abordagem de uso dos recursos das planilhas
eletrônicas no contexto de gerência e construção do conhecimento por meio do que se
convencionou chamar de informática educativa. A questão fundamental exposta nessa obra é
reforçar a percepção de que o uso de planilha eletrônica pode ser um recurso multidisciplinar
poderoso, auxiliando tanto na construção do conhecimento como na gerência da aprendizagem.
Os exemplos apresentados concentram-se: no estudo de funções matemática simples; no estudo
híbrido de conceitos de programação simples e conjugação de verbos, entre outros.
Palavras-chave: Informática educativa. Planilhas eletrônicas. Gerência da aprendizagem.
Abstract
This paper aims to describe an approach to resource use of spreadsheets in the context of
management and construction of knowledge by means of the so-called educational computing.
The fundamental question in this work is exposed reinforcing the perception that the use of
spreadsheet can be a powerful multidisciplinary resource, assisting both in the construction of
knowledge as in the management of learning. The examples presented focus: the study of simple
mathematical functions, the study of hybrid programming concepts and simple verb
conjugation, among others.
Keywords: Computers in education. Spreadsheets. Management of learning.
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1. Introdução
Nos tempos atuais, tratando-se de educação na escola, sugere-se um conjunto de
estratégias ou recursos didáticos que tendem a tornar o ensino mais atraente e facilitar a tarefa
do professor [Tajra, 2008]. A inserção da informática na educação pode facilitar o ensino e
aprendizado do aluno colaborando de forma positiva para o desenvolvimento intelectual do
mesmo. Através da inclusão digital na rede pública de ensino surge no panorama educacional
uma nova perspectiva que envolve a reavaliação do ensinar e aprender [Freitas e Teles, 2004].
A informática está muito presente no cotidiano das pessoas, e aqueles que não se
familiarizarem com essas novas tecnologias correm o risco de serem chamados de “analfabetos
tecnológicos”. Desta forma é que se começou a observar que as escolas necessitam seguir o
ritmo de progresso dos demais segmentos da sociedade. Como o professor é o mediador do
conhecimento e agente do processo de preparação dos alunos para a vida precisa estar pronto
para integrar à sua prática pedagógica com os elementos que fazem parte da concretização desse
progresso, entre eles, o computador.
Desta forma, é importante frisar a importância da informática no ensino de Matemática e
Língua Portuguesa, sobretudo, quanto à utilização de softwares, em específico a planilha
eletrônica, que pode auxiliar no desenvolvimento do raciocínio lógico e da criatividade dos
alunos, auxiliando assim na qualidade do ensino.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais já indicam para a importância do ensino da
Matemática em conjunto as novas tecnologias de informação e comunicação, principalmente,
com o uso dos computadores como instrumento para levar o aluno a testar suas hipóteses e
construir seu conhecimento por meio da interação com a máquina. Nesse sentido, observamos
Tarja (2001, p. 19), quando se refere ao uso dos softwares de simulação e de programação, “são
excelentes recursos computacionais que permitem o aprimoramento das habilidades lógicas,
matemática e de resolução de problemas”. Mas, o que se constata nas escolas é uma
metodologia que tente ao uso do giz e a lousa, não dando a oportunidade dos alunos interagirem
e aprenderem com seus erros, o que pode ser facilitado com o uso do computador e de softwares
como material de apoio ao ensino.
Nesse sentido Pretto (2002), mostra que as novas tecnologias devem ser incorporadas à
sala de aula pelo fato de fazerem parte do dia-a-dia das pessoas, ratifica ainda que há
professores que não tem domínio da informática, e assim, estão divididos em dois grupos, os
que estão mais familiarizados com os micros, mas não sabem utilizá-lo em sala de aula e os que
não têm conhecimento nenhum sobre a máquina e que muitas vezes acabam criando medo da
mesma.
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Portanto, sabemos que transformar em realidade o ensino tecnológico é uma tarefa árdua
que exige do profissional de educação, pesquisa, conhecimento e, acima de tudo, abertura para
as mudanças, como nos mostra Tarja:
A incorporação das novas tecnologias de comunicação e informação nos ambientes
educacionais provoca um processo de mudança continuo não permitindo mais uma parada, visto
que as mudanças ocorrem cada vez mais rapidamente e em curtíssimo espaço de tempo.
(TARJA, 2001, p. 125)
Verificamos então, que ao professor é atribuída a missão de acompanhar essas mudanças,
ampliando seus métodos educacionais, possibilitando, dessa forma, maior interação entre
docentes e discentes.
Diante dessas questões nota-se que diversos recursos são oferecidos pela inovação
tecnológica para o enriquecimento do ensino, dentre eles, pode-se destacar a utilização de
softwares educacionais que podem ser adequados com facilidade à proposta de ensino de cada
disciplina ministrada.
No entanto, faz-se necessário selecionar atentamente os softwares; uma vez que, alguns
desses produtos comercializados no mercado utilizam-se desse “rótulo”, mas pouco contribuem
para a real formação do indivíduo, cabendo ao profissional de educação conhecer e selecionar o
software adequado ao seu objetivo.
2.
Planilhas Eletrônicas na educação
O uso das planilhas pode disponibilizar atividades que envolvem um maior número de
dados e informações, o que confere mais importância e significação política aos trabalhos
escolares. As tarefas executadas na escola podem deixar de serem "falsas", problemas
inventados que são simplificados para que sejam exequíveis. As atividades escolares tornam-se
desta forma análises de aspectos reais da vida dos alunos, mesmo sendo muita informação, uma
vez que, agora, com as planilhas, ficou mais simples tratá-las.
As planilhas são aplicadas para descrição de “coisas” mais precisamente da área
financeira, ou apenas para registro de dados que usualmente são pouco voláteis. Sabemos que o
modelo de conhecimento nela atribuído permite muitas outras formas, as quais, pela sua origem,
deixam de ser conhecidas. O que torna marcante a linguagem para descrição de células, é a
possibilidade de se descrever métodos e critérios. Grande parte do que aprendemos está
relacionado com a noção de domínio de regras de como fazer as coisas. Em outras palavras,
buscando um dado universo de conhecimento, praticando com seus componentes, objetos
acabamos por “encontrar”, ou mesmo reencontrar regras de uso. É ai que entra a habilidade da
planilha eletrônica para representar este conhecimento.
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Como exemplo da utilização de planilhas eletrônicas na gerencia de aprendizagem
podemos citar que um professor pode junto com sua turma construir uma planilha relacionada
aos gastos da manutenção da escola, observando vários tipos de analogias entre variáveis para
imaginar em como melhorar estes custos; ou, quando um professor de português decide utilizar
a planilha eletrônica para conjugar verbos regulares; ou de forma usualmente conhecida por
alguns professores, que utilizam a planilha eletrônica para criar tabelas de notas dos alunos,
facilitando tanto seu trabalho, quanto a visualização dos alunos. Esses são alguns exemplos de
projetos e de atividades que se tornam muito mais fáceis, a partir do uso dos aplicativos para
tratamento da informação.
Observem que os exemplos citados podem envolver o estudo em várias disciplinas. Na
matemática, o uso destes aplicativos é de grande assistência no estudo das funções. A partir da
facilidade para estabelecer relações entre suas linhas e colunas, os alunos podem chegar à
modelagem de funções que expliquem o comportamento dos dados e das relações entre as
variáveis. Dessa forma, as planilhas beneficiam a realização de atividades de construção de
modelos matemáticos, e ainda são de grande ajuda para a promoção da competência algébrica.
Apesar disso, devemos pensar um pouco sobre os excessos no uso desta ferramenta.
Observemos uma comparação a respeito do seu uso com o das calculadoras na escola. É muito
comum ouvirmos que precisamos ter cuidado ao usar a calculadora, senão os alunos acabarão
não desenvolvendo a capacidade de fazer contas. Assim, podemos usar o mesmo argumento em
relação às planilhas, e dizer que se abusarmos do seu uso os alunos poderão perder suas
habilidades de operar algebricamente.
Contudo, se as crianças já adquiriram esta proficiência, não tem mais sentido limitá-las de
usar uma calculadora para calcularem grandes números na resolução de problemas complexos,
afinal a calculadora permite abordarmos problemas mais complexos, já que ficamos livres das
dificuldades do cálculo. Podemos mesmo abordar uma nova categoria de problemas, aquela que
exige estratégias mais exploratórias e intuitivas.
Desse modo, este aplicativo possui uma enorme potencialidade didática interessante,
especialmente quando realizamos atividades criativas, visto que em sala de aula nos deparamos
com atividades diversas. A utilização da planilha pelo professor, e ainda, pelo aluno, evidencia a
possibilidade de interação entre esses dois sujeitos e, assim auxiliando no tratamento de um
número variado de informações, de forma fácil e rápida.
A utilização da planilha eletrônica também pode auxiliar os professores em outras
disciplinas, como a utilização desse recurso na disciplina de Língua Portuguesa para trabalhar
conteúdos referentes à conjugação de verbos. Portanto esse recurso tecnológico educacional tem
como objetivo estimular a construção do conhecimento do aluno.
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3. Construção do conhecimento por meio de planilhas
É imprescindível que o professor perceba e saiba a importância dos recursos
computacionais para o bom desempenho e eficácia do trabalho escolar. Portanto, a utilização de
planilhas eletrônicas na construção do conhecimento serve para explorar novas possibilidades
pedagógicas e contribuir para uma melhoria do trabalho docente em sala de aula, valorizando o
aluno como sujeito do processo educativo.
As planilhas eletrônicas podem ser utilizadas em diferentes disciplinas como um recurso
educacional facilitador do ensino-aprendizado, na disciplina de matemática as planilhas podem
ser trabalhadas no estudo de funções matemáticas simples, no estudo de matemática financeira,
no estudo de operações com conjuntos matemáticos, entre outros e na disciplina de língua
portuguesa pode-se trabalhar na utilização para a conjugação de verbos regulares.
3.1. Um exemplo para a matemática
A atividade proposta no uso da planilha eletrônica para a disciplina de matemática, busca
a partir de uma situação problema, trabalhar o estudo de funções matemáticas simples. A
situação que representa o problema é apresentada pela expressa da seguinte função do primeiro
grau y = 5x. Portanto se o problema indicar que a variável x corresponderia a uma medida AP
(um segmento de reta), a representação da função nesse caso ficaria da seguinte forma y = 5*AP
(trocando o valor da variável x pela medida do segmento AP). Logo, seria necessário a
utilização da planilha no momento em que fosse atribuído diferentes valores para o segmento
AP, os resultados dos valores seriam processados e apresentados todos de uma única vez (com a
utilização da planilha para realizar os cálculos). Os valores utilizados na tabela abaixo para
representar a utilização da planilha no cálculo da função dada são: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.
Tabela 1. Tabela com os resultados do cálculo da função.
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Fonte: do autor.
Para executar o cálculo da função expressa na planilha acima são utilizados os seguintes
procedimentos:
a) na célula A1 na planilha coloca-se a variável x que é equivalente a medida AP, nas
células seguidas pela sequencia A2, A3, A4, A5, A6, A7 e A8, colocamos os valores atribuídos
a medida AP.
b) na célula B1 na planilha coloca-se a função do primeiro grau y = 5*AP, que se refere à
situação problema.
c) na célula B2 coloca-se a fórmula =5*A2, que calcula o resultado da função colocada na
célula B1 (processando a multiplicação pelo valor colocado na célula A2), e assim
sucessivamente.
d) para dar continuidade na realização dos cálculos em outra célula deve-se arrastar e
soltar a alça de preenchimento que copia o conteúdo de uma célula para outras células na
mesma linha e coluna.
A Tabela 2 mostra a primeira fórmula digitada na célula B2, seguida dos dados para os
valores de x e a função do primeiro grau apresentado no problema.
Tabela 2. Digitação de dados na planilha para calcular a função.
Fonte: do autor.
Com a utilização da planilha eletrônica para calcular funções do primeiro grau, os
resultados são calculados de forma rápida e exata, porém é necessário que o aluno já tenha um
conhecimento prévio de como é feito esse cálculo manualmente, essa utilização pode ser
estendida para o cálculo de funções do segundo grau, conjuntos matemáticos, matemática
financeira, entre outros conteúdos.
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3.2. Um exemplo para a conjugação de verbos
Nos conteúdos abordados pela língua portuguesa, podemos utilizar a planilha eletrônica
para descrever o conhecimento sobre a conjugação de verbos regulares. Em primeiro momento,
vejamos um exemplo de como descrever a conjugação de verbos regulares da 1ª conjugação
(terminados em “ar”) no presente do indicativo.
Suponhamos que nas células nomeadas pela sequencia A2, A3, A4, A5, A6, A7, estejam
os pronomes pessoais: eu, tu, ele, nós, vós, eles, e que nas células nomeadas pela sequencia B2,
B3, B4, B5, B6, B7, estejam as suas correspondentes desinências: o, as, a, amos, ais, am.
A célula de nome verbo contém o verbo que se deseja conjugar e nas células de nomes
radical e terminação estão expressões que descrevem o radical e a terminação do verbo,
respectivamente.
A conjugação do verbo em cada pessoa do presente do indicativo está descrita por
expressões contidas nas células de nome E2, E3, E4, E5, E6 e E7.
Na Tabela abaixo reproduzimos o espaço da planilha eletrônica onde estão situadas as
células do problema citadas anteriormente, lembrando que o nome da célula que contém o verbo
“falar” é verbo, seguidas das células de nomes radical e terminação.
Tabela 3. Planilha eletrônica com a conjugação do verbo falar.
Fonte: do autor.
Utilizando a planilha eletrônica Excel para descrever a representação da conjugação
acima são necessárias as seguintes fórmulas:
a) para a terminação do verbo: DIREITA (verbo; 2).
b) para o radical do verbo: ESQUERDA (verbo; NÚM.CARACT (verbo) - 2).
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c) para a primeira pessoa (célula E2): CONCATENAR (A2; “”; radical; B2).
d) para as demais pessoas: é equivalente à expressão do item anterior, substituindo A2 e
B2 por A3 e B3, e assim sucessivamente.
Com a utilização da planilha eletrônica Excel para abordar o assunto de Língua
Portuguesa referente a conjugação de verbos, podemos conjugar outros verbos de mesma
conjugação (1ª conjugação), de forma automática no presente do indicativo. A conjugação do
verbo feita no presente do indicativo pode se expandir para outros tempos verbais, com a
condição de preencher a planilha Excel com todas as desinências dos novos tempos verbais e
descrever as suas respectivas expressões de conjugação para cada um deles.
4. Trabalhos relacionados
O artigo denominado “O uso da planilha Eletrônica como instrumento de apoio a
construção do conhecimento” [MENEZES, 1997] tem por objetivo apresentar uma ferramenta
da Micro-informática que auxilia no contexto de informática educativa. A ideia principal é
mostrar que a planilha eletrônica pode ser utilizada como uma ferramenta de apoio ao processo
de construção de conhecimento explorando o recurso de uma programação simples, o aprendiz
pode descrever conceitos e refletir sobre eles, a partir da resposta fornecida pelo programa.
O Segundo trabalho que apresenta como experiência a utilização da planilha eletrônica no
ensino de conteúdos de distintas disciplinas é denominado “Uma experiência no trabalho com
representação tabular de funções em planilhas eletrônicas em um curso técnico em informática”
[Vargas 2010], esse trabalho relata o desenvolvimento de uma aula experimental no laboratório
de informática com 14 estudantes do 1º ano do curso Técnico em Informática. Nessa aula, foi
colocado um problema contextualizado sobre funções e foram analisadas as estratégias
utilizadas pelos estudantes frente a ele, usando uma planilha eletrônica. Foram privilegiadas as
interações dos estudantes com as mídias oral, escrita e informática, além de privilegiar também
a representação tabular de funções.
O Terceiro trabalho denominado “Uma abordagem do ensino de pesquisa operacional
baseada no uso de recursos computacionais” [Villarroel 2002] apresenta a Pesquisa Operacional
e sua utilização em uma grande parte da disciplina de administração para cursos de engenharia
da Computação e ciência da computação, e seu ensino torna-se muito dificultoso inclusive,
sendo difícil para os professores para atingir todos os itens de uma maneira satisfatória. O
principal objetivo deste artigo é avaliar algumas experiências para dar apoio ao ensino da
Pesquisa Operacional na Universidade do Sul Catarinense - Unisul, com base na utilização de
recursos computacionais, tais como planilhas Eletrônicas, linguagens de programação, pacotes
específicos e pesquisas na internet.
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O Quarto trabalho é um projeto é denominado “O uso dos recursos das novas tecnologias,
planilha de cálculo e o geogebra para o ensino de função no ensino médio” [Bazzo 2009] relata
a experiência com softwares gratuitos nas representações de funções, realizada com os alunos
do curso integrado Técnico em Informática do campus Rio Pomba do Instituto Federal do
Sudeste de Minas Gerais. Foram abordadas atividades com questões contextualizadas em
problemas pseudo-reais com o objetivo de ensinar funções.
O trabalho atual diferencia-se das iniciativas acima apresentadas devido à utilização da
planilha eletrônica como um recurso que busca a construção do conhecimento e a gerência de
aprendizagem, diante dos objetivos buscados são apresentadas algumas maneiras de como o
professor pode abordar a planilha eletrônica como um recurso educacional capaz de
potencializar o ensino-aprendizado do seu aluno, despertando a construção do conhecimento de
forma coletiva ou individual. Além disso, o trabalho apresenta como exemplo a utilização da
planilha eletrônica na disciplina de Língua Portuguesa, abordando a conjugação de verbos
regulares da 1ª conjugação. Esse exemplo demonstra o passo a passo de como o educador pode
utilizar os recursos computacionais como um meio de construir o conhecimento entre os sujeitos
que estão presentes no ambiente escolar.
5.
Considerações Finais
A pesquisa que dá origem a este trabalho, se caracteriza em andamento. Ao finalizar esse
trabalho, ressalta-se que a proposta de usar o computador na sala de aula é vista como uma
ferramenta auxiliadora para o aluno, possibilitando ao mesmo diferentes maneiras de interação e
formas de adquirir novos conhecimentos. . “A Informática deve habilitar e dar oportunidade ao
aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem, enfim ser um
complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do indivíduo”
(MARÇAL, 1996, p.3).
Assim, na perspectiva de trabalhos futuros, almeja-se verificar a utilização prática das
considerações estabelecidas nesse trabalho de modo a evidenciar ainda mais, conforme
discussões na literatura sobre a temática, que os recursos computacionais, além de promover a
inclusão dos alunos ao mundo da tecnologia, são importantes para o ensino e aprendizagem.
Ainda nessas perspectivas, almeja-se verificar, quantitativamente, que a resolução de atividades
com o uso de tais recursos eletrônicos contribui de forma significativa para o desenvolvimento
da autonomia dos professores referente ao uso de softwares educacionais na aprendizagem de
conteúdos de distintas disciplinas.
Neste trabalho chamamos a atenção para o uso de um software específico, porém de
propósito geral, que faz parte do universo da microinformática, a “Planilha eletrônica”. Por
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utilizar uma linguagem simples, seu uso é de larga difusão. Sendo assim, na medida em que o
aprendiz tenha maturidade para descrições formais, podemos usá-lo nas mais variadas situações.
Com a utilização desse recurso na sala de aula as possibilidades de ensino são amplas,
podemos usá-lo em qualquer situação em que precisemos descrever e analisar determinados
critérios. Discutimos aqui, a cerca de situações adequadas à construção de conhecimento,
através da utilização da planilha eletrônica nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa.
Essa utilização não está restrita apenas as duas disciplinas citadas, ela abrange possibilidades
para outras disciplinas.
6. Referências
MENEZES, C. S., Valli, M. C. P (1997) “Uso de Planilha Eletrônica Como
Instrumento de Apoio à Construção do Conhecimento”, São José dos Campos, São
Paulo, In: Simpósio Brasileiro de Informática na Educação Anais do VIII SEMISH,
p.255 – 269.
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TAJRA, S. F (2008) “Informática na Educação: novas ferramentas pedagógicas para o
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<http://www.hipernet.ufsc.br/foruns/aprender/docs/monogr.htm> Acesso em Abril de
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TARJA, S. F. (2001) “Informática na Educação: Novas ferramentas pedagógicas para
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Dezembro.
VARGAS, D. E. C.; Silva, G. A (2010) “Uma Experiência no Trabalho com
Representação Tabular de Funções em Planilhas Eletrônicas em um Curso Técnico Em
Informática”, Salvador – BA, In: Anais do X Encontro Nacional de Educação
Matemática.
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VILLARROEL DÁVALOS, R. D. (2002) “Uma abordagem do ensino de Pesquisa
Operacional, baseada no uso de recursos computacionais”, Curitiba - PR In: In:
Conferência Internacional de Educação em Engenharia e Tecnologia.
BAZZO, B. (2009) “O uso dos recursos das novas tecnologias, planilha de cálculo e o
geogebra para o ensino de função no ensino médio”, CURITIBA – Paraná, In: IX
CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - EDUCERE.
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