o contexto histórico do surgimento da sociologia

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O CONTEXTO HISTÓRICO DO
SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
CENÁRIO HISTÓRICO
• A Sociologia surge como consequência das
mudanças trazidas por duas grandes revoluções
do século XVIII.
– Revolução Francesa e Revolução Industrial
• As sociedades não se adaptaram às mudanças
trazidas pelas duas revoluções e enfrentaram
graves problemas sociais.
• A Sociologia foi chamada “ciência da crise” e
surgiu com o objetivo de organizar a sociedade.
A Revolução Francesa tem como marca a
defesa dos ideais de liberdade e igualdade
entre os homens.
A situação social era tão grave e o nível de insatisfação
popular tão grande que o povo foi às ruas com o
objetivo de tomar o poder e derrubar o rei Luis XVI. O
primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha, prisão
política símbolo da monarquia francesa.
A Revolução Industrial introduziu transformações
econômicas e inovações tecnológicas como a
energia e a máquina a vapor.
MUDANÇAS E PROBLEMAS
• As mudanças ocorridas em consequência das
duas revoluções fizeram surgir problemas de
toda a ordem:
– Substituição do artesão pela máquina
– Exploração da mão de obra de mulheres e
crianças
– Urbanização acelerada
– Fim das pequenas propriedades
– etc
OS PIONEIROS DA SOCIOLOGIA
O pensamento de
Augusto Comte (1798 –
1857) refletia os eventos
turbulentos do seu tempo.
Ele pretendia criar uma
ciência que recuperasse a
organização da sociedade.
O POSITIVISMO DE AUGUSTO COMTE
• Comte buscou uma ciência da sociedade que
pudesse explicar as leis do mundo social da
mesma forma que a ciência natural explicava o
funcionamento do mundo físico.
• Desvendar as leis que governam a sociedade
poderia nos ajudar a modelar nosso destino e
melhorar o bem-estar da humanidade.
• Ele acreditava que a Sociologia deveria aplicar os
mesmos métodos rigorosos ao estudo da
sociedade que a física e a química usam para
estudar o mundo físico.
COMTE E A LEI DOS TRÊS ESTÁGIOS
• Os esforços humanos para entender o mundo
passam por três estágios:
– Teológico – os pensamentos eram guiados por
ideias religiosas
– Metafísico – a sociedade passa a ser vista em
termos naturais e não sobrenaturais
– Positivo – aplicação de técnicas científicas no
mundo social (influências das descobertas de
Copérnico, Galileu e Newton).
ÉMILE DURKHEIM
Influenciado por Comte,
Durkheim acreditava que
devemos estudar a vida
em sociedade com a
mesma objetividade com
que os cientistas estudam
o mundo natural.
DURKHEIM E OS FATOS SOCIAIS
• Para Durkheim, a principal preocupação da
sociologia é o estudo dos fatos sociais.
• Para ele os fatos sociais são as maneiras de
agir, de sentir e de pensar:
– EXTERIORES AOS INDIVÍDUOS – independem da
vontade individual
– PODER COERCITIVO – poder de manipular e
convencer as pessoas
EXEMPLOS DE FATOS SOCIAIS
• AS LEIS
– existem antes do nascimento das
pessoas e devem ser cumpridas
• AS IMPOSIÇÕES SOCIAIS
– as regras estabelecidas, os padrões de
comportamento impostos etc.
DURKHEIM E OS FATOS SOCIAIS
“ESTUDE OS FATOS SOCIAIS COM COISAS.”
A VIDA SOCIAL PODE SER ANALISADA COM A
MESMA RIGOROSIDADE DAS CIÊNCIAS
NATURAIS.
SOLIDARIEDADE MECÂNICA E
ORGÂNICA
• SOLIDARIEDADE MECÂNICA
– Particular das culturas tradicionais onde não há
divisão do trabalho.
– A maioria das pessoas está envolvida em
atividades similares
• SOLIDARIEDADE ORGÂNICA
– Marcada pela divisão do trabalho, e por
conseqüência, pela especialização das tarefas,
interdependência das pessoas e reconhecimento
das importância da contribuição dos outros.
DURKHEIM E A ANOMIA SOCIAL
• Quando os processos de mudanças são
rápidos, podem provocar dificuldades sociais.
• Alguns indivíduos podem ter dificuldades de
adaptação às mudanças.
• Nesse caso, desenvolvem um sentimento de
desespero, falta de objetivos.
– Alguns indivíduos sentem que suas vidas
perderam o significado.
KARL MARX
• A maior parte do seu trabalho se concentrou
em temas econômicos.
• Defendia que a estrutura e o funcionamento
das sociedade são determinados pelo fator
econômico – DETERMINISMO ECONÔMICO.
• Suas ideias fazem oposição as ideias de
Comte e Durkheim.
O CAPITALISMO E A LUTA DE CLASSES
• Marx identifica dois elementos principais
dentro das empresas capitalistas:
– O CAPITAL – qualquer bem que possa ser usado
ou investido para produzir outros bens (dinheiro,
fábricas, terra etc)
– MÃO DE OBRA ASSALARIADA – o conjunto de
trabalhadores que sobrevive trocando força de
trabalho pelo salário.
O CAPITALISMO E A LUTA DE CLASSES
• A relação entre as classes é de conflito.
• Os trabalhadores têm pouco ou nenhum
controle sobre o seu trabalho.
• Os empregadores, objetivando lucro, se
apropriam do produto dos operários.
• A relação entre trabalhadores e investidores
é marcada pela exploração e submissão.
O MATERIALISMO HISTÓRICO E A
MUDANÇA SOCIAL
• As classes vivem uma relação de conflito.
• Os conflitos de classes são o “motor da história”.
• Segundo Marx: “Toda a história humana até
aqui é a história das lutas de classes.”
• Para Marx, as sociedades fazem a transição de
um modo de produção a outro de forma gradual
ou através de uma revolução como resultado
das contradições de suas economias.
O MATERIALISMO HISTÓRICO E A
MUDANÇA SOCIAL
• Marx afirmava que da mesma forma que os
capitalistas tinham se unido para derrubar o sistema
feudal, os capitalistas também seriam depostos e
uma nova ordem seria implantada.
• Ele acreditava numa revolução inevitável que poderia
derrubar o capitalismo e introduzir uma nova
sociedade na qual não haveria classes sociais.
• A sociedade não seria mais dividida entre uma
pequena classe que detém o capital e uma grande
massa explorada que pouco se beneficia com a
riqueza que seu trabalho cria.
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