COLÉGIO NOSSA SENHORA DO MONTE CALVÁRIO GEOGRAFIA SEGMENTO: ENSINO MÉDIO – 1ª ETAPA ANO/SÉRIE: 1ª TÍTULO: CARTOGRAFIA PROFESSOR: GERSON DINIZ LIMA NOME: DATA: 19 / 02 / 2016 N° CARTOGRAFIA 1. LOCALIZAÇÃO E ORIENTAÇÃO Localizar-se e orientar-se no espaço geográfico foi uma das primeiras preocupações do ser humano e ainda hoje ocupa um papel importante na nossa organização social, econômica e militar. Inicialmente pela necessidade de obter alimentação e abrigo, posteriormente, outras necessidades foram surgindo, como: traçar rotas comerciais e de navegação, guerra, encontrar recursos no subsolo, definir o melhor local para a instalação de uma indústria, etc. Nesse sentido, a cartografia pode ser sinteticamente definida como o conjunto dos conhecimentos científicos, artísticos e técnicos voltados para a elaboração de mapas e plantas. Você já deparou com a quantidade de gráficos e mapas diferentes que nos deparamos diariamente, em panfletos, jornais, revistas, livros, filmes e televisão? Se hoje o homem conta com uma série de ferramentas modernas, softwares, satélite, GPS, fotografias aéreas e imagens diversas utilizadas na localização e na construção de mapas, em épocas antigas, e até mesmo, até poucas décadas atrás, o homem possui recursos limitados e utilizava elementos da natureza como ponto de referência e localização. Montanhas, rios, os movimentos do Sol e da Lua, as constelações, tudo isso já foi utilizado pelo homem como referência e ainda é para algumas pessoas, embora sua utilização esteja cada vez mais em desuso devido à dependência cada vez maior do homem pela tecnologia. 1.1. Rosa dos ventos A rosa-dos-ventos é uma figura nos quais estão presentes (Fig. 1): 1.1.1. Os pontos cardeais: Norte (N, North), sul (South), Oeste (O, ou West, em inglês) e Leste ou Este (L ou E); - O Norte também pode ser chamado de Setentrional (Setentrião) ou Boreal. - O Sul também pode ser chamado de Meridional (Meridião) ou Austral. - O Leste também pode ser chamado de Nascente ou Oriente (ou Oriental). - O Oeste também pode ser chamado de Poente ou Ocidente (ou Ocidental). 1.1.2. Os pontos colaterais: Noroeste (NO), nordeste (NE), sudoeste (SO) e sudeste (SE); 1.1.3. Os pontos subcolaterais, és-nordeste (ENE), nor-nordeste (NNE), su-sudeste (SSE), és-sudeste (ESE), oés-sudoeste (OSO), su-sudoeste (SSO), nor-noroeste (NNO), oés-noroeste (ONO); Esses são os pontos que facilitam a orientação na superfície terrestre. A noção a respeito desses pontos de orientação é fundamental para estabelecer os deslocamentos aéreos e marítimos, por exemplo, ou em locais onde não há estradas, como regiões desérticas e áreas florestais. É fundamental também para manusear e utilizar plantas e mapas, determinando-se, por exemplo, a localização de cidades, estados, regiões, países, continentes, oceanos, tomando-se por referência um local ou elemento: ao afirmamos que o estado de Tocantins está ao norte de Goiás, tomamos como referência este último estado. Normalmente, nos mapas, bem construídos, deve-se constar, obrigatoriamente, um símbolo de referência, normalmente, uma seta, com a letra N (maiúsculo) indicando a direção norte. 1 1.2. Orientação pelos astros A orientação pelos astros depende de uma série de condições que estão relacionadas, por exemplo, à situação do tempo atmosférico (é preciso que o céu esteja limpo), à localização do observador no planeta Terra - distância em relação à linha do Equador -, à época do ano, e sem a utilização complementar de equipamentos astronômicos, essa orientação não será totalmente precisa. Trata-se de uma orientação aproximada. A utilização dos astros (Sol, Lua e as constelações) como meio de orientação predominou até o século XIII. 1.2.1. Sol Foi com base no SOL que o ser humano determinou os PONTOS CARDEAIS. A orientação pelo Sol está baseada no seu movimento aparente - é a Terra que gira em torno do seu próprio eixo (movimento de rotação da Terra), e é por isso que afirmamos ser um movimento aparente. Esse astro aparece não exatamente na mesma posição, que varia no decorrer do ano, mas de um mesmo lado, que é o Leste (oriente), e põe-se no lado oposto, o Oeste (ocidente) (Figura 2). Determinando-se um lado, no nascer ou pôr do sol, pode-se, de modo aproximado, utilizar os pontos de orientação e, a partir daí, orientar-se. 1.2.2. LUA A orientação pela Lua é muito semelhante a do Sol. É comum afirmar-se que a orientação pela Lua somente pode ser à noite. Independente da fase da Lua e do horário, ela sempre surge no lado Leste e desaparece no lado Oeste. Os horários de nascer e ocaso da Lua variam principalmente de acordo com suas fases. Na Lua Cheia, por exemplo, em uma dada localidade, ela nasce por volta das 18h (...) e se põe próximo às 6h. No dia seguinte, o nascer e o ocaso ocorrerão cerca de 50 minutos mais tarde para 2 aquela mesma localidade. Dessa forma, a Lua pode ser vista também durante o dia, principalmente nas fases de Crescente e Minguante. Figura 03: Fases da Lua. 1.2.3. Cruzeiro do Sul e Estrela Polar A orientação por outras estrelas (o Sol é uma estrela) também é possível, mas é necessário, que se tenha uma noção básica de entendimento de carta celeste, inclusive para auxiliá-lo na observação. No caso do Brasil, inclusive para a porção do nosso território que se encontra no hemisfério Norte, é possível orientarse pelo Cruzeiro do Sul, uma constelação que é vista em quase todas as noites do ano. A partir de algumas relações baseadas nessa constelação, é possível determinar, aproximadamente, o ponto Sul. (Figura 04) No Hemisfério Norte, a orientação através das estrelas é feita através da Estrela Polar, localizada na constelação da Ursa Menor (Figura 05), sendo utilizado para a determinação aproximada do ponto Norte. Figura 04: Orientação pelo Cruzeiro do Sul Figura 05: Orientação pela Estrela Polar 1.3. Bussola 3 Certamente é um dos instrumentos mais antigos e conhecidos, usada há séculos para orientação no espaço geográfico. A bússola é um instrumento de navegação e orientação baseado em propriedades magnéticas dos materiais ferromagnéticos e do campo magnético terrestre. As bússolas são geralmente compostas por uma agulha magnetizada colocada num plano horizontal e suspensa pelo seu centro de gravidade de forma que possa girar livremente, e que orienta-se sempre em direção próxima à direção norte-sul geográfica de forma a ter a ponta destacada - geralmente em vermelho indicando o sentido que leva ao sul magnético da Terra, ou de forma equivalente, a um ponto próximo ao polo norte geográfico da Terra. No plano de fundo de uma bússola é posto a Rosa dos Ventos, de modo a facilitar a leitura das posições geográficas. 2. COORDENADAS GEOGRÁFICAS O que são e para que servem as coordenadas geográficas? De forma objetiva, coordenadas geográficas constituem um sistema ou conjunto de linhas imaginárias, a partir da latitude e da longitude, que servem para localizar qualquer lugar, qualquer ponto da superfície da Terra. Esse conjunto de pontos de referencia é determinado através dos paralelos e dos meridianos. Enquanto os paralelos determinam a latitude, os meridianos determinam a longitude. Cada meridiano e cada paralelo recebe uma designação em graus, segundo o ângulo que forma, respectivamente, com um meridiano inicial ou um paralelo inicial. 3.1. LATITUDE: O paralelo inicial é o Equador – 0º. Chama-se LATITUDE o ângulo formado entre um paralelo e o equador, ou seja, é à distância em graus de qualquer ponto da Terra em relação ao Equador. O paralelo inicial (Equador) divide o planeta em dois hemisférios (Norte e Sul). As latitudes variam de 0º a 90º do equador para cada hemisfério. À medida que se afasta do Equador a circunferência dos círculos de cada paralelo diminui de tamanho. Apenas quatro paralelos recebem denominação especial: Trópico de Câncer (localizado a 23º27’N), Trópico de Capricórnio (localizado a 23º27’S), Círculo Polar Ártico (66º33’ N) e Círculo Polar Antártico (66º33’ S). 3.2. LONGITUDE: Meridianos são linhas imaginárias que cortam perpendicularmente o Equador e demais paralelos, sendo traçados de polo a polo e têm a mesma extensão. Logo, os meridianos determinam a 4 longitude de um lugar e assim como há um paralelo inicial, houve a necessidade de determinar um meridiano inicial de referência. De forma aleatória, foi escolhido o meridiano que corta o observatório astronômico de Greenwich, próximo a Londres (Inglaterra) sendo dado em 0º. Os meridianos também dividem a Terra em dos hemisférios: Ocidental e Oriental. Considerando-se a Terra uma esfera perfeita temos a partir de Greenwich o hemisfério Ocidental (0º a 180º W) e o Hemisfério Oriental (0º a 180º E). De forma objetiva: longitude corresponde a distância em graus entre um ponto qualquer da Terra até o meridiano de Greenwich. Para localizar uma área com exatidão, indicam-se as medidas em graus, minutos e segundos. As coordenadas geográficas de Belo Horizonte, por exemplo, são 19º55’15” S e 43º56’16” W. Referências Bibliográficas: - BRANCO, Anselmo Lazaro; LUCCI, Elian Alabi; MENDONÇA, Cláudio. Geografia Geral e do Brasil – Ensino Médio – 3.ed. – São Paulo: Saraiva, 2005. - MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. Ed. Atual. São Paulo: Scipione, 2007. - Site consultado: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/orientacao-e-localizacao-pontoscardeais-e-outras-referencias.htm. Acessado em 05/02/2014. 5