Técnicas Avanácadas (Teoria)

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Sistema Tegumentar
Drenagem Linfática Manual
Técnicas Avançadas
Profª Debora
Sistema Tegumentar
• O tegumento comum constitui o manto
contínuo que envolve todo o organismo,
protegendo-o e adaptando-o ao meio
ambiente. Esse invólucro somente é
interrompido ao nível dos orifícios naturais
(narinas, olhos,boca, orelha, ânus, vagina,
pênis) onde se prolonga pela respectiva
mucosa.
Sistema Tegumentar
• Sob o ponto de vista anatômico o
tegumento comum é formado por dois
planos, o mais superficial denominado
cútis ou pele e o mais profundo tela
subcutânea.
Sistema Tegumentar
• Dependentes da cútis encontramos uma
série de estruturas chamadas anexos
cutâneos, que são os pêlos, as unhas, e
as glândulas (sebáceas, sudoríparas,
ceruminosas, vestibulares nasais,
axilares, circumanais e mamas).
Sistema Tegumentar
• Funções da pele:
• 1. Regulação da temperatura corporal,
pelo fluxo sanguíneo e pelo suor.
• 2. Proteção, barreira física, contra
infecções, desidratação e radiação UV.
• 3.Sensibilidade, através de terminações
nervosas receptores de tato, pressão,
calor e dor.
1
Sistema Tegumentar
• Funções da pele:
• 4.Excreção de água e sais minerais,
componentes da transpiração.
• 5.Imunidade, células epidérmicas são
importantes para a imunidade.
• 6.Síntese de vitamina D, em função à
exposição aos raios solares.
Sistema Tegumentar
• Forma uma rede compacta resistente a
microtraumatismos e evitando qualquer
passagem microbiana ou bacteriana.
Sistema Tegumentar
• Derme ou cório, do latim corium = couro,
significando a membrana espessa. Possui
muito colágeno e elastina que suporta a
epiderme resistindo a deformidades por
pressões ou trações.
Sistema Tegumentar
• A pele é dividida em 3 camadas:
Epiderme, Derme e hipoderme.
• Epiderme, delgada túnica superficial, é
mais espessa ao nível da palma da mão e
da planta do pé e mais delgada nas
pálpebras, prepúcio, pequenos lábios
vaginais e escroto.
Sistema Tegumentar
• A pele espessa é composta pelos
seguintes extratos: extrato Córneo
(superfície da pele), Extrato Lúcido,
Extrato Granuloso, Extrato Espinhoso, e
Extrato Germinativo. Já a pele fina não
possui o Extrato Lúcido.
Sistema Tegumentar
• A derme é dividida em: Vasos
Sanguíneos, Glândulas Sudoríparas,
Glândulas Sebáceas, Folículo Piloso,
Vasos Linfáticos e Melanócitos.
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Sistema Tegumentar
Sistema Tegumentar
• Hipoderme, possui estrutura dividida em
compartimentos e suas células possuem
grande capacidade de armazenamento de
gordura, tecido adiposo.
• A hipoderme dispõe de mios para
assegurar um papel de amortecedor dos
traumatismos, que completa aquele da
derme. A hipoderme também auxilia na
proteção contra o frio por sua espessura e
estrutura.
Sistema Linfático
Sistema Linfático
• Paralelo ao sistema sanguíneo, existe o
sistema linfático. Que auxilia o organismo
a drenar o líquido intersticial e remover
resíduos celulares, proteínas, de maior
tamanho que o sistema sanguíneo não
consegue coletar pela razão dos poros da
membrana capilar do sistema venoso
serem menos calibrosos.
• O sistema linfático é constituído por
capilares, pré-coletores, coletores, canal
ou ducto torácico esquerdo e canal ou
ducto linfático direito, linfonodos, válvulas
linfáticas e linfa, baço e timo.
Capilares linfáticos
Pré-coletores
• Iniciam no espaço intersticial. É uma rede
muito fina e corresponde a primeira
estrutura do sistema linfático. Possui
paredes muito permeáveis, o que permite
a entrada de macromoléculas de
proteínas e minerais que não seriam
absorvidos pelo sistema venoso.
• Intermediam capilares e coletores. Suas
paredes são formadas por tecido
endotelial, estando o seu endotélio interno
coberto de tecido conjuntivo e fibras
elásticas e musculares. Possuem válvulas
na membrana interna, por isso o fluxo da
infa é unidirecional.
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Coletores
Coletores
• Continuação dos pré-coletores, com maior
calibre, também possuem válvulas e
conduzem a linfa no sentido centrípeto. A
parede dos coletores é formada por fibras
musculares lisas.
• Chegando nos linfonodos a linfa é
transportada por ductos eferentes até dois
grandes coletores principais, o canal ou
ducto torácico esquerdo e canal ou ducto
linfático direito.
Canal Linfático Direito
Canal Torácico Esquerdo
• Termina no tronco das veias jugular
interna direita e subclávia direita, na altura
das clavículas. Recebe linfa do lado
direito: da cabeça, do pescoço, do tórax e
do membro superior direito.
• É bem maior que o ducto linfático direito.
Sua origem é marcada por uma dilatação
a cisterna do quilo ou de Pecquet onde
sua extremidade superior continua como
ducto torácico propriamente dito. Termina
no tronco das veias jugular interna
esquerda e subclávia esquerda.
Canal Torácico Esquerdo
Linfonodos
• Trata-se de um tronco coletor de todos os
vasos linfáticos do corpo, com excreção
do membro superior direito, e da metade
direita da cabeça, do pescoço e do tórax.
• A junção das veias jugulares esquerda e
direita terminam na veia braquiocefálica
esquerda que desemboca cava superior.
• Estão dispostos em trajetos nos vasos
linfáticos, normalmente em grupos ou em
séries.
• Os principais gânglios estão nas axilas,
região inguinal e no pescoço.
• Os vasos aferentes entram nos linfonodos
na sua superfície e os vasos eferentes
saem por reentrâncas pequenas,
denominadas Hilo.
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Linfonodos
• Em sua maioria possui cor acinzentada.
• Os linfonodos possuem a função de
produzir linfócitos e filtrar a linfa
(conglomerado de tecido linfóide, memória
imunológica). São depuradores capazes
de absorver, metabolizar e destruir alguns
elementos provenientes da circulação
linfática.
Linfonodos
• Têm como mediadores os linfócitos
macrófagos que evitam a formação de
linfadenites ( inflamação aguda dos
linfonodos) e linfangites ( inflamação
aguda dos canais linfáticos) decorrentes
de infecções por vírus e bactérias.
Linfa
• É o líquido proveniente do espaço
intersticial que ao penetrar nos vasos
linfáticos recebe o nome de linfa.
• A linfa é transportada dos capilares
linfáticos, para os canais pré-coletores,
coletores e coletores principais da onde
iram desembocar nas veias subclávia e
jugular onde se misturarão com o sangue
novamente.
Linfa
• Devolvendo desta maneira as proteínas
plasmáticas do líquido intersticial de volta
ao sangue.
Linfa
Linpha (latim água ou rio claro)
• Líquido viscoso e transparente que trajeta
através dos vasos linfáticos sendo
recolhido no espaço intesticial.
• Líquido Corporal Semelhante ao Plasma
Sanguíneo porém é Pobre em Hemáceas
• Linfa : Intersticial(Extra Celular) e
Circulante(propriamente dita).
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Linfa: líquido que circula pelos
vasos linfáticos
Baço
• Sua composição é semelhante à do
sangue, mas não possui hemácias,
apesar de conter glóbulos brancos dos
quais 99% são linfócitos.
• No sangue os linfócitos representam cerca
de 50% do total de glóbulos brancos.
• É claro e incolor, exceto nos vasos do
intestino nos quais é leitoso,
principalmente após a digestão.
• É um órgão linfático. Participando dos
processos de hematopoiese ( produção de
células sanguíneas, principalmente em
crianças) e hemocaterese (destruição de
células velhas, como hemácias com mais
de 120 dias). Tem importante função
imunológica de produção de anticorpos e
linfócitos, protegendo o organismo contra
infecções.
Timo
Sistema Linfático
• Mais desenvolvido no período pré-natal,
involui desde o nascimento até a
puberdade, responsável pela maturação
dos linfócitos T.
Funções do Sistema Linfático
• Devolução das proteínas a circulação
sanguínea;
• Reabsorção do líquido intersticial
• Sistema imunológico;
Circulação Linfática
• As válvulas encontradas dentro dos vasos
linfáticos têm orientação centrípeta, de
modo que a linfa só pode seguir neste
sentido.
• Os vasos linfáticos se contraem
periodicamente, a cada 6 a 10 segundos.
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Circulação Linfática
Intensidade do Fluxo da Linfa
• Quando um vaso é distendido por excesso
de linfa ele automaticamente contrai, essa
contração empurra a linfa para adiante da
válvula linfática seguinte. Além da
contração intrínseca dos vasos linfáticos,
o bombeamento da linfa também pode ser
provocado pelo movimento dos tecidos
que cercam o vaso linfático.
• Em função do tempo, o fluxo de linfa varia
dentro de extremos muito amplos de
intensidade mas, na pessoa média, o fluxo
total de linfa por todos os vasos, é da
ordem de 100ml por hora, ou cerca de 1 a
2 ml por minuto.
O Sistema Linfático
• Compreende os vasos linfáticos e o
tecido linfático ou linfóide.
• Histórico:Aselli 1627 primeira
descrição (mesentério de cão)
• Batholin 1653 o termo linfáticos
Equilíbrio do Meio Interno
Interstício
• Intracelular – Intersticial – Intravascular
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Histórico do Sistema Linfático e da
Drenagem Linfática
•
•
•
•
Descoberta por Willian Harvey em 1628
Vasos Sanguíneos
Artérias e Veias
Carregam :Sangue Arterial ( Rico em
O2)
• Carregam :Sangue Venoso ( Pobre em
O2)
Patologias do Sistema
Circulatório
• Flebites: presença de coágulos aderentes
à parede do vaso, provoca reação
inflamatória local. Este fato gera edema
duro no membro, dor local, transtorno
arteriais e venosos, varizes e varicoses.
Patologias do Sistema
Circulatório
• Varizes: define-se varizes
como dilatações anormais e
pemanentes das veias.
Podem gerar complicações
que são edemas no
membros inferiores,
tornozelos e panturrilhas, dor
local, sensação de pernas
cansadas, varicoses, e
flebites dos vasos
superficiais.
Patologias do Sistema
Circulatório
• Varicoses: são flebites das veias
superficiais, ou seja, coágulos que se
desprenderam das paredes dos vasos e
provocaram a formação de eczema
varicoso, que tem aspecto de “cordão
roxo” e que normalmente deixa o local
dolorido.
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Patologias do Sistema
Circulatório
Fibro Edema Gelóide:
• Fibro Edema Gelóide: localiza-se na
camada mais superficial do tecido
adiposo. Primeiramente ocorre uma
inflamação edematosa do tecido adiposo,
cuja consequência é um amento no seu
volume, caracterizando uma hipertrofia
tecidual.
• Segue-se a polimerização de substância
fundamental amorfa, que ao infiltrar na
tramas do tecido conjuntivo de
sustentação, provoca uma reação fibrótica
consecutiva.
Fibro Edema Gelóide:
Fibro Edema Gelóide:
• Esse conjunto gera uma compressão dos
vasos sanguíneos e linfáticos, dificultando
as trocas de oxigênio e nutrientes dos
capilares artérias para o tecido adiposo e
a eliminação de líquidos minerais, restos
metabólicos e proteínas do interstício para
os capilares linfáticos e venosos.
• Isto provoca também, em um estágio mais
avançado,a compressão de filetes
nervoso, o que explica a dor na região
afetada. Em resumo, na celulite aparecem
vários nódulos edematosos subcutâneos,
compostos de água, toxinas e gordura e
um tecido conjuntivo fibroso que se
espessou, se proliferou e perdeu sua
elasticidade, ocasionando a região um
aspecto granuloso, “tipo casca de laranja”.
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EDEMA
• Acúmulo anormal de líquido no espaço
intercelular.
• Pode se apresentar nas cavidades do
corpo ( articulação, pericárdio, pleura...).
• Resulta de um desequilíbrio das pressões
que atuam para mover o líquido
externamente ao capilar sanguíneo
Edema: Etiologia
• Obstrução venosa
• Obstrução linfática
• Aumento da permeabilidade capilar
arterial
• Hipoproteinemia
• Aumento da pressão capilar
Tipos de Edema
• Por Obstrução Venosa ( ? ) ObstruçãoTrombótica ou
Tumoral
• Por Obstrução Linfática (?) Neoplasias, Infecção /
Parasitose ? Alterações Congênitas
• Por Aumento da Permeabilidade Capilar
Arterial (Queimaduras, Inflamação, Alterações Hormonais)
• Por Hipoproteinemia (Diminui a pressão oncótica)
• Por Aumento da Pressão Capilar (obstrução
venosa)
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Edema : Com Cacifo
Linfedema
• A capacidade de drenagem diária do
Sistema Linfático é de até 30 litros por
dia.( condições extremas)
• Normalmente é drenado 2 a 3 litros por
dias (condições fisiológicas).
• O linfedema decorre porque os limites de
drenagem fisiológica do sistema são
extrapolados.
Linfedema : Classificação
• Primário: Precoce e Congênito
• Linfedemas secundários: vários
Linfedema: Primário
• Precoce: comum no sexo feminino no
início da puberdade, idiopático.
• Congênito: Divide-se em Simples e
Hereditário
Linfedema Congênito :
• Hereditário ou doença de Milroy:
Presente desde o nascimento, se
caracteriza por insuficiência valvular,
diminuição do numero de linfáticos,
linfangiectasia, predisposição a lesões
traumáticas cutâneas.
• Congênito Simples: Identico a doença de
Milroy, mas sem padrão hereditário.
Linfedemas Secundários
•
•
•
•
•
Por lesões teciduais locais
Por filariose
Recidivas de erisipela e celulite
Por êstase venosa.
Outros
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Linfedemas Secundários: Outros
• Metástases de tumores malignos
• Ressecção cirúrgica de gânglios e vasos
linfáticos
• Fibrose após radioterapia.
• Por lesões teciduais locais: Linfagite
Aguda por estreptococos beta hemolítico
e em casos mais graves linfadenite.
Classificação do linfedema de
acordo com Mowlem
Técnica de Drenagem Linfática
Manual
• Fase I:linfedema reversível com elevação
do membro e repouso no leito durante 24
a 48horas;
• Fase II: linfedema irreversível, mesmo em
repouso prolongado;
• Fase III: linfedema irreversível, com
fibrose acentuada no tecido subcutâneo e
aspecto elenfantiásico do membro
• 1ª Manobra de Captação: é realizada
diretamente sobre o seguimento
edemaciado, visando aumentar a
captação da linfa pelos linfocapilares.
• 2ª Manobra de Reabsorção: as manobras
se dão nos pré-coletores linfáticos, os
quais transportarão a linfa captada pelos
linfocapilares.
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Técnica de Drenagem Linfática
Manual
Efeitos da Drenagem Linfática
Manual
• 3ª Manobra de Evacuação: o processo de
evacuação ocorre nos linfonodos que
recebem a confluência dos coletores
linfáticos.
• Aumento da capacidade de admissão dos
capilares linfáticos;
• Aumento da quantidade de linfa
transportada;
• Aumento da quantidade de linfa filtrada
processada pelos gânglios linfáticos;
• Aumento da oxigenação e desintoxicação
da musculatura esquelética;
Efeitos da Drenagem Linfática
Manual
Indicações da Drenagem Linfática
Corporal
•
•
•
•
Aumento do peristaltismo intestinal;
Aumento da diurese;
Otimização das imunoreações celulares;
Diminuição das aderências e retrações
cicatriciais;
• Maior eficiência celular;
• Maior efiência da nutrição dos tecidos;
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Indicações da Drenagem Linfática
Corporal
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Celulite;
Pré e pós cirúrgia plástica;
Linfedema;
Cansaço nas pernas;
Dores musculares;
Relaxamento;
Pós-mesoterapia;
Hematomas;
Olheiras;
Rejuvenescimento;
Circulação de retorno comprometida;
Tecido edemaciado;
Varizes;
Varicoses;
Cicatrização;
Menopausa;
Cansaço nas pernas;
Sistema nervoso abalado;
Gestação;
Indicações da Drenagem Linfática
Facial
•
•
•
•
•
Tratamento de rejuvenescimento;
Acne;
Fragilidade Capilar;
Edemas palpebrais;
Pré e pós cirurgia plástica;
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Contra-indicações Parciais
•
•
•
•
•
Câncer diagnosticado e estabilizado;
Insuficiência cardíaca controlada;
Insuficiência renal crônica;
Hipertensão;
Reação inflamatória crônica;
Contra-indicações Totais
•
•
•
•
•
Insuficiência cardíaca não controlada;
Processos viróticos;
Febre;
Gestação de alto risco;
Hipertensao não controlada;
Contra-indicações Totais
•
•
•
•
•
•
Câncer;
Tromboflebite;
Trombose;
Septicemia;
Hipertiroidismo;
Reação inflamatória aguda;
Orientações Importantes para a
Aplicação da Técnica de
Drenagem Linfática
• O seguimento corpóreo em questão deve
estar em posição de drenagem (elevado)
• A pressão exercida deve seguir o sentido
fisiológico da drenagem
• A massagem deve iniciar-se pelas
manobras que facilitem a evacuação
objetivando descongestionar as vias
linfáticas
Orientações Importantes para a
Aplicação da Técnica de
Drenagem Linfática
• O conhecimento das vias de drenagem é
fundamental para o sucesso da terapia
• As manobras devem ser realizadas de
forma rítmica e intermitente com um
pressão de 45mmHg na presença de
linfedema
• Em lesões recentes, as manobras de
arraste devem ser dispensadas pelo risco
de promover cicatrização inadequada.
Massoterapia Aplicada à
Gestante e Pós-cirúrgico
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Câncer
Drenagem Linfática Manual
Aplicada a Pacientes
Mastectomizadas
• É tido como uma doença crônica
degenerativa, ou seja, é uma patologia
que apresenta uma evolução prolongada
e progressiva, podendo às vezes ser
interrompido em uma de suas fases. Nada
mais é do que a sobreposição celular,
sendo estas células anormais originadas
de células normais.
Câncer
Câncer
• É extremamente significativa a
capacidade de disseminação que estas
células possuem. A disseminação das
células neoplásicas de um tumor primário
para órgãos distantes e o
desenvolvimento de metástases é um
aspecto muito temido e devastador.
• A metástase é definida como um processo
de transferência da neoplasia de um
órgão para outro, ou de um órgão para
outra parte dele, ou para outro órgão não
diretamente conectado ao órgão em que
se localiza o tumor primário.
Câncer
Câncer
• O câncer é uma doença ligada
inteiramente a debilidades e mutilações
devido ao seu alto poder de propagação,
ocasionando danos significativos quanto
aos aspectos físicos, psicológicos e
estéticos.
• A probabilidade de se desenvolver o
câncer está intimamente ligada a fatores
importantes como sexo, a idade, bem
como fatores ambientais. Estatisticamente
apenas 5% são de origem hereditária,
sendo grande maioria causada por
inúmeros outros fatores.
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Câncer de Mama
Câncer de Mama
• A designação de câncer de mama referese ao carcinoma que se origina nas
estruturas glandulares e de ductos da
mama. O carcinoma mamário é a causa
número um de mortes por câncer entre as
mulheres. Ocupa o primeiro lugar entre os
cânceres em número de intervenções
cirúrgicas, na administração de
hormônios, em tratamentos por
radioterapia e quimioterapia.
• Ao crescer no interior da mama, o
carcinoma invade os linfáticos. A
propagação é feita para a cadeia axilar,
cadeia supraclavicular e cadeia mamária
interna. A mama é bem suprida com
pequenos vasos sanguíneos e linfáticos,
de forma a sua disseminação para fora do
sítio de origem na mama é comum,
podendo levar a um mau prognóstico.
Câncer de Mama
Câncer de Mama
• A disseminação por via linfática leva,
geralmente aos linfonodos axilares do
mesmo lado da mama afetada,
produzindo depósitos metásticos.
Câncer de Mama é mais comum
em:
• Mulheres com idade avançadas, com as
curvas de incidência subindo
abruptamente até os 50 anos, a seguir
mantendo-se planas por cinco anos e
depois subindo novamente, porém com
um ritmo muito mais lento;
• A disseminação através da corrente sanguínea
geralmente ocorre em um estado mais
avançado, podendo as células neoplásicas
implantar-se em diferentes locais do organismo,
sendo que as estruturas mais frequentemente
são sede de metástase são: os ossos, os
pulmões, a pleura, o fígado e o cérebro.outros
locais que podem ser comprometidos são os
ovários, globos oculares e estômago.
Câncer de Mama é mais comum
em:
• Mulheres com menopausa tardia;
• Mulheres obesas;
• Mulheres com história prévia de câncer
mamário, ovariano ou endometrial;]
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Câncer de Mama é mais comum
em:
Prevenção de Câncer de Mama
• Mulheres com história de câncer mamário
na família;
• Mulheres que utilizam anticoncepciopnais
orais, com elevado teor de progesterona;
• Várias ações podem favorecer a detecção
precoce do tumor mamário, gerando
maiores chances de sucesso no
tratamento.
• Auto-exame das mamas;
• Exame clínico mama;
• Mamografia;
Prevenção de Câncer de Mama
Prevenção de Câncer de Mama
• A incidência do câncer de mama no
homem é muito menor do que nas
mulheres( cerca de 1% dos acometidos
em mulheres), ocorrendo geralmente no
homem acima de 50 anos.
• As semelhanças com o câncer de mama
feminino são grandes, e no do homem as
influências hormonais provavelmente
estão relacionadas ao desenvolvimento da
doença. Os achados clínicos principais
são: presença de nódulo indolor, retração,
erosão ou ulceração mamilar e
ginecomastia que precede ou acompanha
o câncer no homem.
Prevenção de Câncer de Mama
• As abordagens terapêuticas são
semelhantes às do câncer de mama
feminino, com o mesmo nível de
implicações, portanto os procedimentos
são os mesmos, não havendo
necessidade de distingui-los.
Comprometimento no PósOperatório
• A intervenção fisioterapêutica deve ser
iniciada precocemente com o objetivo de
prevenir possíveis complicações advindas
da cirurgia.A dor nesse período pode levar
a graus variados de imobilidade, que
poderão intervir diretamente na dificuldade
de movimentação, além de contribuir para
a instalação de um linfedema.
17
Linfedema Pós-Mastectomia
• O sistema linfático tem por função
principal a manutenção da retirada das
proteínas plasmáticas extravasculares.
Linfedema Pós-Mastectomia
• O linfedema braquial pós-mastectomia
radical é uma síndrome de causas
múltiplas, cujo substrato básico é a
destruição do sistema e a dificuldade de
regeneração do mesmo.
Linfedema Pós-Mastectomia
Linfedema Pós-Mastectomia
• A probabilidade de ocorrência do
linfedema é maior quando se faz remoção
cirúrgica da cadeia axilar de nodos
linfáticos, que altera a circulação normal
da linfa, e provoca edema do membro
superior.
• O risco é ainda maior quando se associa
esse procedimento cirúrgico à radioterapia
na região axilar e fossa subclávia.
Linfedema Pós-Mastectomia
Linfedema Pós-Mastectomia
• A radioterapia pode levar à formação de
tecido cicatricial na axila e ocorrência de
esclerose dos vasos, à quimioterapia,
também pode danificar os vasos linfáticos.
A deterioração do sistema linfático pode
levar meses ou anos após a cirurgia.
• A utilização reduzida do braço para
atividades funcionais e a manutenção do
membro em posição pendente podem
também contribuir para o desenvolvimento
de linfedema pós-operatório.
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Edema no MS homolateral pode
acarretar:
Linfedema Pós-Mastectomia
• Uma vez instalado, o linfedema
considerado crônico pode ser controlado,
mas não curado.
• Aumento do volume do membro;
• Tensionamento da pele e risco de
rachaduras e infecções;
• Rigidez e diminuição de ADM dos dedos;
• Alterações sensitivas na mão;
• Diminuição da função do membro superior
envolvido;
Edema no MS homolateral pode
acarretar:
• Predisposição a infecções sistêmicas e locais;
• Desenvolvimento de patologias malignas
secundárias;
• Redução da auto-estima, problemas com a
imagem corporal e aceitabilidade social;
• Alterações das propriedades mecânicas da
pele, principalmente elasticidade e viscosidade,
que geram dificuldades funcionais.
Deve-se evitar no membro
envolvido:
• Cortar cutícula ou costurar sem dedal,
depilar a axila com gilete;
• Queimar-se, ferir-se ou arranhar-se;
• Usar relógio ou pulseira apertada;
• Expor-se demoradamente ao sol;
Deve-se evitar no membro
envolvido:
•
•
•
•
•
•
Realizar grandes esforços;
Carregar peso;
Praticar movimentos repetitivos;
Aferir pressão arterial;
Administrar injeções e ou vacinas;
Colher sangue para exames ou receber
soro;
Deve-se evitar no membro
envolvido:
• Manipular sibstâncias irritantes ou que
ressequem a pele, bem como utilizar
esponjas de aço;
• Manipular plantas com espinhos;
• Picadas de insetos;
19
A paciente deve incorporar
algumas rotinas
• Realizar exercícios apropriados;
• Cuidar para que esforços sejam leves;
• Elevar o membro acima do nível do
coração no repouso, e evitar deixar o
membro pendente durante muito tempo;
• Realizar automassagem no sentido da
drenagem linfática;
A paciente deve incorporar
algumas rotinas
• Realizar barbeador elétrico para a
remoção de pêlos axilares, ou cortá-los
com tesoura;
• Usar luvas de borracha para arrumar
copzinha, e luvas acolchoadas para
manusear o forno;
A paciente deve incorporar
algumas rotinas
• Usar dedal para costurar;
• Tomar banho de água morna;
• Manter soltas as mangas e os punhos das
roupas;
Abordagens Terapêuticas no PósOperatório
• As condutas terapêuticas para o
tratamento do câncer são diversas;
contudo as cirúrgicas prevalecem, e a
técnica escolhida depende da gravidade
do quadro, podendo ser conservadora,
radical ou ultra-radical.
Seqüelas do Pós-Cirúrgico
•
•
•
•
•
•
•
Aderências na parede torácica;
Fraqueza do membro superior envolvido;
Alterações posturais;
Restrições na mobilidade do ombro;
Hipoestesia do membro acometido;
Dor;
Linfedema;
Abordagens Terapêuticas no PósOperatório
• A radioterapia, a quimioterapia, e a
hormonioterapia poderão ser
procedimentos coadjuvantes da cirurgia,
ou utilizados apenas em casos isolados.
Neste contexto a terapêutica do câncer
pode ter então várias etapas:
20
Abordagens Terapêuticas no PósOperatório
• Clínica- é válida mesmo quando
associada ao tratamento cirúrgico, tem
características preventiva ou curativa,
objetivando uma maior sobrevida com
condições mais confortáveis e higiênicas;
Abordagens Terapêuticas no PósOperatório
• Quimioterapia- tratamento químico por
meio de drogas ou medicamentos, que
podem ser ministrados por via oral,
intramuscular ou endovenosa;
Abordagens Terapêuticas no PósOperatório
Abordagens Terapêuticas no PósOperatório
• Hormonioterapia- tratamento de base
hormonal indicado nos casos de
carcinoma operável, desde que seja
específica;
• Imunioterapia- tratamento à base de
drogas específicas, cujo objetivo principal
é a estimulação imunológica específica;
• Radioterapia- irradiação do tumor com
raios X de alta potência. Pode ser utilizado
de forma isolada, ou em conjunto com a
cirurgia ou a quimioterapia.
Abordagens Terapêuticas no PósOperatório
Abordagens Terapêuticas no PósOperatório
Técnicas cirúrgicas:
• Quadrantectomia- retirada de todo o
quadrante mamário onde está localizado o
tumor;
• Quimorectomia- retirada única e exclusiva
do tumor;
• Mastectomia radical: dissecção total da
mama e de determinadas porções dos
nodos linfáticos e musculares, variáveis
segundo o tipo da cirurgia;
- Método cirúrgico Patey & Dyson: conserva
o peitoral maior;
- Método cirúrgico de Madden: conserva
peitoral maior e menor.
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Sequelas do Pós-Cirúrgico
•
•
•
•
•
•
•
Aderências na parede torácica;
Fraqueza do membro superior envolvido;
Alterações posturais;
Restrições na mobilidade do ombro;
Hipoestasia do membro acometido;
Dor;
Linfedema;
Massagem Aplicada a Póscirúrgico de Mastectomia
• A massagem faz dilatar os canais
tissulares, favorece a formação de
neoanastomoses linfáticas, estimula o
trabalho dos capilares linfáticos além de
promover o relaxamento e/ou diminuição
da densidade do tecido conjuntivo
alterado.
Massagem Aplicada a Póscirúrgico de Mastectomia
• A massagem aplicada ao linfedema
consiste na drenagem linfática.
Teoria das “ Vertentes Linfáticas”
de Kubik
• Esta teoria baseia-se no fato de que se
uma área de drenagem linfática estiver
bloqueada, ocorrerá a interligação de àrea
linfática, que são redirecionadas para
outras regiões com linfonodos íntegros,
drenando assim a região obstruída.
Mamoplastia
Drenagem Linfática Manual
Aplicada a Pós-Cirúrgico de
Cirurgia Estética
• A mama normal é um cone glandular,
coberto por pele e tecido glandular
subcutâneo, onde vasos e nervos correm
da base para o ápice não muito
superficiais, formando uma verdadeira
malha.
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Mamoplastia
• A mamoplastia pode intervir em diversas
alterações estéticas como no volume,
forma, relação entre pele e glândula,
diâmetro e projeção do complexo áreolo
mamilar, ou em qualquer combinação.
Mamoplastia
• A literatura descreve inúmeras técnicas
cirúrgicas diferentes. Dentre as mais
comuns estão o T invertido, periareolar e
implantes de órteses ou prótese.
Abdominoplastia
• A abdominoplastia é indicada para os
indivíduos que apresentam gordura
localizada, flacidez decorrente de grande
emagrecimento ou gravidez múltipla.
Mamoplastia
• Na atualidade, as diversas técnicas
redutoras visam obter cicatrizes menores
na resseção de excessos cutâneos,
glandulares e adiposos, sendo que a
escolha de determinado tipo de
abordagem cirúrgica é estabelecida de
acordo com as alterações apresentadas.
Abdominoplastia
• São numerosas as técnicas de cirurgia
plástica que envolvem o abdome, sendo a
mais comum a incisão horizontal infraumbilical baixa ou supra-púbica com
transposição do umbigo.
Lipoaspiração
• A lipoaspiração faz parte de um capítulo
recente da cirurgia plástica, sendo que
desde o seu nascimento houve várias
alterações em seus fundamentos e
equipamentos utilizados.
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Lipoaspiração
• As cânulas também evoluíram à medida
que houve necessidade de diminuir a
incidência de uma terrível sequela deixada
pelos primeiros modelos, como sulcos e
depressões no tecido.
Massoterapia no Período PréCirúrgico
• A massoterapia pré-operatória tem por
objetivo: incrementar a circulação
sanguínea e linfática, melhorar a
penetração de produtos nutritivos e
hidratantes que irão preparar a pele para
a cirurgia , conscientizar a respiração e a
postura por meio de estímulos táteis, e
produzir relaxamento físico, aliviando
assim a ansiedade e tensão.
Lipoaspiração
• Estas sequelas eram provocadas pelo
excesso de retirada de gordura, fato
relativamente comum com o uso das
primeiras cânulas.
Massoterapia no Período PósOperatório
• Após 48 ou 72 horas pode-se iniciar-se a
massagem de drenagem linfática manual.
• A proposta da drenagem linfática no PO é
de executar as manobras de drenagem
direcionadas apenas para as vias
íntegras, até a reconstituição dos vasos,
fato este que ocorre dentro de 30 dias.
Princípios
• Ser suave para evitar possíveis lesões
teciduais;
• Evitar os movimentos de deslizamentos;
• Seguir o trajeto das vias que não foram
comprometidas pelo ato cirúrgico;
• Elevação do segmento a ser drenado;
• Ser realizada de modo que não promova
um maior tensionamento na incisão
cirúrgica, fixando-a com um das mãos.
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