hiv perinatal: um olhar multidisciplinar

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HIV PERINATAL: UM OLHAR MULTIDISCIPLINAR
Julia Batista dos Santos1
Leticia Campos da Silva Vaz1
Marianna Dallastella1
Priscila Elias Ferreira1
Renata Miroski de Oliveira Pinto1
Leide da Conceição Sanches2
Maria Cecília3
Descritores: HIV perinatal, AIDS, Feminilização da AIDS.
RESUMO
Trata-se de uma pesquisa que envolve o tema HIV Perinatal sob uma perspectiva
multidisciplinar. A pesquisa realizada foi do tipo exploratório com base em livros e
artigos científicos. A análise desses artigos e livros tem por objetivo expor para a
sociedade algumas condições das mães e das crianças portadoras do vírus HIV e
mais informações sobre esta doença. Esta epidemia não se restringe a um único
segmento da população e sua disseminação não é bloqueada por barreiras
naturais ou fronteiras internacionais. A transmissão do HIV de uma mulher
infectada para o seu filho é o mecanismo epidemiológico mais importante de
aquisição do vírus entre crianças. Sabemos que a evolução das técnicas de
reprodução assistida tem contribuído para que casais infectados pelo vírus HIV
realizem o sonho de terem filhos saudáveis. A expansão da síndrome da
imunodeficiência humana entre as mulheres vem sendo observada em quase
todo o mundo, e estas representam 50% dos casos no mundo e 30% dos casos
da América Latina. Um dos principais fatores que contribuiu para a Feminilização
da AIDS foi o fator violência. Verificamos também que, à luz da legislação atual, a
mulher HIV-positiva não tem o direito de interromper a gravidez indesejada,
alegando possíveis riscos para a saúde ou de infecção do feto. A lei só permite o
aborto nos casos de estupro ou de comprovado risco de vida para a mãe. O
agente etiológico da AIDS (sigla em inglês para síndrome da imunodeficiência
humana – SIDA) é um retrovírus denominado Vírus da Imunodeficiência Humana
– o HIV. A AIDS é o estágio final da infecção pelo HIV. O vírus parece mover-se
em progressão, isto é, parece seguir em curso regular. A infecção pelo HIV e o
período de incubação variam de três a dez anos, e pode ser assintomático.
Depois desse período de incubação, no entanto, as pessoas infectadas
desenvolvem o complexo relacionado. A transmissão vertical do HIV pode ocorrer
durante três períodos distintos: pré-natal, intraparto e pós-natal. A grande maioria
dos bebês infectados a partir de mães portadoras do HIV contrai o vírus durante o
parto propriamente dito, quando então a criança entra em contato com grandes
quantidades de sangue materno, ou durante a amamentação. A via
1 – Acadêmicas do 2° período de Biomedicina das Faculdades Pequeno Príncipe. Contato: [email protected];
[email protected] .
2 – Professora de Sociologia das Faculdades Pequeno Príncipe. Contato: [email protected]
3 –Professora de Embriologia das Faculdades Pequeno Príncipe.
transplacentária é a mais frequente, mas talvez não seja a única na transmissão
materno-fetal. É possível o contágio no canal do parto ou durante a cesárea,
devido à microtransfusões de sangue materno ou à contaminação com secreções
cervicais ou vaginais. As gestantes portadoras dos vírus HIV são instruídas a não
amamentar seus filhos. A alimentação da criança é substituída pela fórmula
infantil durante os seis primeiros meses de vida e após esse período começa a
introdução de alimentos complementares. Devido à contaminação do vírus HIV no
leite materno a alimentação do recém-nascido é substituída por uma fórmula
infantil constituída pelo soro do leite bovino. A realização do aconselhamento pré
e pós teste para HIV em gestantes desempenha um importante papel na
prevenção e no diagnóstico da infecção pelo vírus. O aconselhamento objetiva
cuidar dos aspectos emocionais, tendo como foco a saúde sexual, a saúde
reprodutiva e a avaliação de vulnerabilidades, na perspectiva dos direitos
humanos. (Ministério da Saúde, 2010). O teste sorológico para o HIV deve ser
oferecido para todas as gestantes, juntamente com o aconselhamento pré e pósteste. A zidovudina (AZT) é o fármaco antirretroviral mais utilizado no tratamento
da AIDS, porém possui baixa biodisponibilidade, pois sofre intenso metabolismo
hepático. Para alcançar concentrações plasmáticas efetivas são requeridas doses
altas e frequentes, as quais podem chegar a níveis tóxicos. Temos constatado
que aquelas mães que receberam AZT durante a gestação e o parto, e os seus
recém-nascidos receberam a zidovudina durante as seis primeiras semanas de
vida diminuíram o risco de transmissão do HIV de 25% para 8%.
ABEYÉ, Renata, et al. Complicações perinatais em gestantes infectadas pelo
vírus da imunodeficiência humana. Rio de Janeiro, 2004.
BARBOSA MONTENEGRO, Carlos Antônio; DE REZENDE, Jorge. Obstetrícia
Fundamental - 11 ed. - Rio de Janeiro- Editora Guanabara, 2008.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Recomendações para Profilaxia da Transmissão
Vertical do HIV e Terapia Antirretroviral em Gestantes. Brasília: Ministério da
Saúde, 2010.
Tratado de Pediatria - Sociedade Brasileira de Pediatria - Barueri, SP: Manole,
2007.
Unifem, Rede feminista de Saúde, 2003. Igualdade de gênero e HIV/AIDS: uma
política
por
construir.
Rede
Saúde.
Disponível
em:
http://www.redesaude.org.br/Homepage/Cartilhas/Igualdade%20de%20G%EAner
o%20e%20HIV%20Aids%20uma%20pol%EDtica%20por%20construir.pdf
1 – Acadêmicas do 2° período de Biomedicina das Faculdades Pequeno Príncipe. Contato: [email protected];
[email protected] .
2 – Professora de Sociologia das Faculdades Pequeno Príncipe. Contato: [email protected]
3 –Professora de Embriologia das Faculdades Pequeno Príncipe.
1 – Acadêmicas do 2° período de Biomedicina das Faculdades Pequeno Príncipe. Contato: [email protected];
[email protected] .
2 – Professora de Sociologia das Faculdades Pequeno Príncipe. Contato: [email protected]
3 –Professora de Embriologia das Faculdades Pequeno Príncipe.
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