ENCONTRO DE BIOÉTICA DO PARANÁ – Bioética início da vida em foco. 1, 2009, Curitiba. Anais eletrônicos... Curitiba: Champagnat, 2009. Disponível em: http://www.pucpr.br/congressobioetica2009/ 12 MORTE, SINÔNIMO DE FRACASSO? Manoella Stringari Stinghen1 Mariane Salamoni2 Stephanie Rubianne3 Leide da Conceição Sanches4 RESUMO Este trabalho visa questionar a humanização versus o profissionalismo na área da saúde, ressaltando pontos importantes no debate desta questão. Inicialmente a morte era aceita com mais naturalidade, o processo da morte não era prolongado e o moribundo não era privado do acompanhamento constante de seus familiares. Com o advento da tecnologia, meios para prolongar a sobrevida do paciente foram desenvolvidos, sendo fundamentais para as mudanças ocorridas neste período que antecede a morte. As pessoas que necessitam de assistência hospitalar preocupam-se muito com a disponibilidade de tecnologia que o serviço pode oferecer. De acordo com a lei natural, pessoas jovens estariam menos sujeitas a passar pela situação da morte; na prática isto não acontece. Crianças de países subdesenvolvidos são propensas à morte precoce, devido às condições em que vivem. Na medicina atual quem decide pela vida ou pelo fim da mesma é o profissional médico que se utiliza de critérios préestabelecidos para tal ato. A ele cabe a difícil decisão. O maior problema está no desequilíbrio que estes profissionais apresentam: ou são extremamente profissionais e frios com os pacientes, ou extrapolam nos cuidados. Outra dificuldade enfrentada cultural e socialmente é que a maioria dos ocidentais encara a morte como fracasso. Isso é decorrente das instruções e pontos de vista, geralmente similares neste assunto. Sofrimento e perda são co-participantes de um fenômeno extraordinário chamado vida, sendo impossível alguém sair isento de passar por eles em algum momento. Conclusão: Tratar de morte é questionar algumas bases culturais determinadas e afirmadas durante muito tempo. O ato de morrer não é simplesmente perder a vida e sim apenas um estágio dela. Por estas ações é válido ressaltar a importância da combinação do profissionalismo com o humanismo dos comprometidos com a área da saúde. Palavras-chave: Morte. Cuidado. Cultura. Medo. 1 Acadêmica do Curso de Biomedicina das Faculdades Pequeno Príncipe. Acadêmica do Curso de Biomedicina das Faculdades Pequeno Príncipe. 3 Acadêmica do Curso de Biomedicina das Faculdades Pequeno Príncipe. 4 Mestranda em Sociologia pela UFPR, professora dos cursos de Biomedicina, Enfermagem e Farmácia das Faculdades Pequeno Príncipe. 2