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Revista
ANO 6 # 20 GOIÂNIA | FEVEREIRO - ABRIL 2014
www.crer.org.br
Publicação da AGIR - Associação Goiana de Integralização e Reabilitação
Organização Social Gestora do CRER e HDS
Roberta
Miranda
“Sou madrinha do
CRER com muito
orgulho e honra”
REVISTA AGIR 1
2 REVISTA AGIR
CARTA AO LEITOR
Mudanças
Sérgio Daher
Superintendente
Executivo
Caro leitor, esta edição traz muitas mudanças! A publicação antes denominada CRER em
Revista passa agora a ser Revista AGIR. Nosso
compromisso com a informação e com a prestação de contas, quanto às ações e serviços, continua o mesmo, entretanto não mais poderíamos
ficar limitados ao CRER.
Desde dezembro passado, a AGIR - Associação Goiana de Integralização e Reabilitação
está responsável também pela gestão do Hospital
de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa
Marta (HDS). Como tem sido ao longo dos cinco
anos da publicação, este veículo é uma das ferramentas importantes de transparência que objetiva manter a sociedade informada sobre a AGIR
AGIR
Estrutura Administrativa
Associados Fundadores
Alcides Luís de Siqueira
Dom Antônio Ribeiro de Oliveira
Elias Bufaiçal (in memorian)
Lúcio Fiúza Gouthier
Maria Paula Curado
Milca Severino Pereira
Nabyh Salum
Paulo Afonso Ferreira
Associados Beneméritos
Cyro Miranda Gifford Júnior
Gláucia Maria Teodoro Reis
Helca de Sousa Nascimento
José Alves Filho
Marley Antônio da Rocha
Marcos Pereira Ávila
Paulo César da Veiga Jardim
Ruy Rocha de Macêdo
Valéria Jaime Peixoto Perillo
Valtercy de Melo
Embaixadores do CRER
Luiz Felipe Scolari
Valéria Jaime Peixoto Perillo
Diretoria
Dom Antônio Ribeiro de Oliveira
Diretor-Presidente
José Alves Filho
Vice-Diretor
e a tudo o que acontece no CRER, incluindo-se o
HDS, a partir de agora.
Nas seções seguintes vocês poderão compartilhar conosco o que acontece nos dois hospitais, conhecer as histórias de pacientes, de colaboradores, a ação de empresas parceiras, os serviços
oferecidos e muito mais.
A Revista AGIR é um importante canal de
comunicação e esperamos que você, caro leitor,
aprove as mudanças que a edição nº 20 traz. Esta
publicação é para você!
Sérgio Daher
Superintendente Executivo da AGIR
EXPEDIENTE
Ruy Rocha de Macêdo
Diretor-Tesoureiro
Fause Musse
Sup. de Relações Externas
Conselheiros
Alberto Borges de Souza
César Helou
Edward Madureira Brasil
José Evaristo dos Santos
Joaquim Caetano de Almeida Netto
Nabyh Salum
Sizenando da S. Campos Júnior
Diretor Técnico
João Alírio Teixeira da Silva Júnior
CRM/GO 6593
Conselho Fiscal - Titulares
Cyro Miranda Gifford Júnior
Marley Antônio da Rocha
Paulo César Brandão Veiga Jardim
Jornalistas SRE - (edição e textos)
Mayra Paiva - JPGO - 01802
Thaís Franco
Suplentes
Marcos Pereira Ávila
Valtercy de Melo
Crer em revista
Supervisão geral, edição
Anna Luiza Rucas
Gerente de Marketing - SRE
Hugo Miranda­- (designer gráfico)
(diagramação e arte de anúncios)
Colaboradores SRE
­­Marianne Carrijo (agente adm)
Márcia Nunes (adm - voluntariado)
Olívia Lacerda (secretária júnior)
Rodrigo Rocha (contato comercial)
Cecília Raquel (contato comercial)
Superintendentes
Sérgio Daher
Superintendente Executivo
João Alírio Teixeira da Silva Júnior
Sup. Técnico de Reabilitação
Colaborador CENE
Claudemiro Euzébio Dourado
Eduardo Castro (fotografias)
Sup. Administrativo e Financeiro
Divaina Alves Batista
Impressão: Cir Gráfica
Sup. Multiprofissional de Reabilitação
Revista AGIR é uma publicação dirigida da Associação Goiana de Integralização e Reabilitação, gestora do CRER e do HDS.
Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 - [email protected] Site: www.crer.org.br
Endereço CRER: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás
REVISTA AGIR 3
ÍNDICE
Entrevista
“O CRER atende a todos e faz
sempre alguém feliz”
Roberta Miranda
6
Espaço do
paciente
Rubem Texeira de Jesus e sua
visão poética sobre o CRER
20
10
Terceiro Setor
11
Parágrafo Único
11
Resumo
19
Artigo
22
Empresas
Mantenedoras
24
É Bom Saber
30
HDS em pauta
32
Agenda
33
Perfil do
Colaborador
34
Painel
Superação
A arte na vida de
Tadeu de Oliveira
26
AGIR em Foco
Serviço de geriatria no CRER
28
4 REVISTA AGIR
Canal Aberto
www. crer.org.br / [email protected]
Agradeço a gentileza e honrosa lembrança pelo exemplar da CRER em Revista,
Ano V, nº 19, e apresento a toda equipe de colaboradores os
melhores cumprimentos pela publicação,
a qual demonstra um trabalho sério,
excelência e diversidade na qualidade das matérias abordadas.
Conselheiro Honor Cruvinel de Oliveira,
Presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, via carta.
A estrutura odontológica foi aprovadíssima. Doutora Letícia, odontopediatra do CRER - Centro
de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, e sua auxiliar Márcia tiveram uma
atenção muito cuidadosa, ensinaram o Marcos Filho a ter prazer e divertimento na hora
da escovação. Com muita música, sol, espelho mágico, mamãe sentada na cadeira o
atendimento foi nota mil. Que junho chegue logo...
Fica aqui meus sinceros agradecimentos...
Simone Martins, mãe do paciente Marcos Filho,
sobre o Serviço de Odontologia do CRER. Via facebook.
No meu horário de almoço me deparei, no meu trabalho, com a Revista do Crer, e para meu espanto, a Empresa em que trabalho é uma das incentivadoras desse Projeto. Se antes conhecia
o CRER, por matérias, em redes sociais e impressas, hoje passo a olhar com outros olhos,
os bravos guerreiros que ali trabalham ou são atendidos. É uma satisfação pessoal,
saber que em nosso Estado existem pessoas e atitudes assim.
Paulo César Moraes Rocha, Tend Tudo / Flamboyant,
via e-mail.
facebook.com/crerhospital
twitter.com/CRER_GO
youtube.com/user/CrerHospital
REVISTA AGIR 5
ENTREVISTA
Roberta
Miranda
“Desde o dia que conheci o CRER, esse hospital bateu fundo na minha alma”
Í
cone do mundo sertanejo, Roberta Miranda iniciou sua carreira em 1986, com a intenção
de vender 5 mil discos. O sucesso, no entanto, foi grande, equivalente à surpresa: já no primeiro disco ela superou a marca de um milhão e meio de cópias. Hoje, com 25 anos de carreira,
Roberta comemora mais de 18 milhões de discos vendidos e a admiração dos fãs que a acompanham em vários países.
Em dezembro de 2013, a Rainha da Música Sertaneja aterrissou em Goiânia para conhecer
o CRER. Após a visita e encontro com vários pacientes, Roberta Miranda surpreendeu e anunciou que fazia questão de ser Madrinha do hospital. (leia mais na pág 14)
Ao retornar à instituição, duas semanas após a primeira visita, Roberta Miranda gravou
um vídeo institucional ao lado da paciente Sara, que também é cantora e compositora. No final
da gravação, ainda emocionada, Roberta falou à Revista AGIR sobre os 25 anos de sucesso e
também de suas ações como Madrinha do CRER.
6 REVISTA AGIR
1 - Você está completando 25 anos de carreira consolidada. Como foi transformar suas lutas e desafios em
grandes conquistas?
A vida é isso: muito trabalho. Eu não consigo entender sucesso sem muito trabalho. 90% é transpiração e
10% é inspiração. Mas, foi maravilhoso. A gente hoje
completa 25 anos de carreira com a fidelidade dos fãs,
não somente no Brasil, como também fora, em outros
países.
2 - São mais de 18 milhões de discos vendidos. Você
imaginava chegar a esta marca e conquistar tamanho
sucesso? Aos seus 25 anos de carreira, o que você mais
comemora?
Não, não imaginava (risos). Eu só queria vender 5 mil
cópias. No primeiro disco, já vendi acima de 1,5 milhão. Aos 25 anos de carreira, eu comemoro a vida,
comemoro os meus fãs, comemoro a força que tenho e
essa alegria toda. Comemoro a minha arte, é isso que
eu comemoro.
3 - Você é reconhecidamente a Rainha da Música Sertaneja. Como você ainda recebe esse já consagrado
título em sua carreira?
Eu fico até um pouco envergonhada. Mas quem me
consagrou foi o povo. O povo consagrou a Roberta Miranda. Então, eu só peço a Deus para que eu sempre
consiga fazer jus a este título de Rainha da Música Sertaneja.
4 - Você esteve recentemente em Angola, onde escolheu para celebrar seus 25 anos de carreira. Como é a
presença da música sertaneja em outros países e sua
relação com estes fãs mundo afora?
É linda! Não somente em Angola, como Europa, Estados Unidos, América Latina. Nós temos uma relação
muito grande, um trabalho muito lindo fora do País e
eu devo tudo o que sou ao meu Brasil.
5 - Qual sua relação com Goiás e com os goianos?
Eu adoro vocês (goianos). Adoro a cultura, a comida.
Acho o povo goiano maravilhoso. Agora, com a relação
ainda mais forte, honrada de ser madrinha do CRER,
que é um centro de reabilitação que atende a todos e
faz sempre alguém feliz.
6 - Em sua primeira visita ao CRER, você pareceu
muito emocionada com a realidade dos nossos pacientes e com o tratamento oferecido pelo hospital. O
que mais te emocionou?
Todos me emocionaram, mas a Sara foi uma pessoa
que me emocionou bastante. Ela fez com que eu acreditasse cada vez mais no que estou fazendo e quisesse
ser um ser melhor. Posso até dizer que são coisas de
outras vidas, porque com a Sara quando eu bati o olho,
que ela levantou e a gente se deu um abraço, eu percebi
nela a luta, o que ela traz consigo para vencer. E ela é
uma vencedora. Fiquei encantada com a Sara, por isso
assumi essa menina como minha afilhada. Ela é a cara
do CRER.
7 - O CRER recebeu com muita alegria sua iniciativa
em fazer parte da nossa história, sendo nossa madrinha. Ficamos honrados em ver seu comprometimento
com a nossa causa, pela qual também se dispôs a ajudar. O que nossos pacientes podem aguardar na nova
madrinha?
Fiquei feliz em poder participar de um trabalho como
o do CRER e, ao mesmo tempo, muito emocionada.
Estou cumprindo meu papel de madrinha. O que eu
puder fazer, eu farei. Vou lutar junto com os meus colegas artistas para tentar fazer aqui (Goiânia) um grande
show, já que muitos do mundo sertanejo são goianos.
Vamos nos unir para fazer o bem em prol das pessoas
que precisam. Agora depende deles, eu já dei meu OK!.
Quero aproveitar e dar os parabéns a esta instituição,
porque neste País atender, por dia, 1900 pessoas... Puxa
vida! É uma coisa maravilhosa! E todos emocionam a
gente, porque é tratada a criança, o bebê, o adulto, o
idoso.
Desde o dia que conheci, esse hospital bateu fundo na
minha alma. Hoje sou madrinha do CRER, com muito
orgulho e muita honra.
REVISTA AGIR 7
PERFIL
Maria Albuquerque Miranda, que ganhou fama com o nome artístico de Roberta
Miranda, nasceu em João Pessoa, na Paraíba, no dia 28 de setembro de 1956.
Sol da Minha Vida, Vida, Paixão, Caminhos, A Majestade, o Sabiá Ao Vivo, Histórias de
Amor, Tudo Isto É Fado, Pele de Amor, Senhora Raiz, Sorrir Faz a Vida Valer e Boleros são
alguns dos discos. Em 2013, lançou o DVD “Roberta Miranda 25 anos ao vivo em
estúdio”
Entre seus maiores sucessos da sua carreira estão Majestade O Sabiá, Pimenta Malagueta, Vá Com Deus e Sol da Minha Vida.
8 REVISTA AGIR
Sempre Cuidando
da Sua Saúde
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Setor Aeroporto
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Brasília - Goiânia - Palmas
REVISTA AGIR 9
TERCEIRO SETOR
DESAFIOS PARA A EMPREGABILIDADE
Por: Patrícia Souza Oliveira
F
alar de mercado de trabalho para a pessoa com deficiência,
antes de tudo, é suscitar questões
que ultrapassam medidas específicas ao cidadão com deficiência.
Precisamos compreender o
conceito de sociedade justa e igualitária, tal como expressa a Carta
Magna Brasileira.
Temos famílias que vivem
em situação de vulnerabilidade social e que possuem entes com deficiência, sendo a ausência dos recursos materiais um dos fatores que
mais agrava a deficiência. É preciso
MISSÃO: o FIMTPODER é
um colegiado de discussão,
deliberação e encaminhamento de reivindicações, providências e medidas, que tem
por missão promover a inclusão no mercado de trabalho
das pessoas com deficiência
e dos reabilitados pelo INSS.
VISÃO: Tornar o estado de
Goiás referência em inclusão das pessoas com deficiência e dos reabilitados pelo
INSS no mercado de trabalho.
10 REVISTA AGIR
compreender esses aspectos, para
que a discussão a respeito do tema
venha com maior abrangência.
A Política de Transferência de
Renda, executada no País, através
do Benefício de Prestação Continuada (BPC), bem constituída, pode
ser caminho para tornar possível
a superação do grau de impedimento em que vivem os cidadãos
com deficiência, desde que ocorra
a transversalidade entre as demais
políticas. Que as famílias tenham
em sua comunidade a disponibilidade dos Serviços Socioassistenciais, de forma estruturada. Que
o ensino seja ofertado com os preceitos da acessibilidade em todos
os níveis e esferas. Que os espaços
urbanos sejam planejados a partir
do conceito do desenho universal
no tocante à acessibilidade; capaz
de favorecer a mobilidade, tanto
por transporte público, quanto por
vias utilizadas por pedestre, onde
todos, independente de sua condição física ou sensorial, possam
transitar com maior autonomia.
Os programas dos governos
locais e nacionais de qualificação
profissional e de formação continuada devem proporcionar aos
potenciais candidatos o conhecimento, mediado por recursos de
acordo com a demanda, além de
prever no processo de estruturação
dos cursos profissionais preparados para atender à diversidade no
mesmo espaço físico ou virtual.
A construção de um ambiente que atenda a todos, capaz de
resguardar aqueles que requeiram
atenção especial, depende do espaço de diálogo com o conjunto - governos e representantes da sociedade civil, em busca do acesso aos
direitos assegurados na Legislação.
O envolvimento de todos permite a compreensão por parte do
empregador e, principalmente, a
importância do cumprimento da lei,
pois esta não pode ser compreendida
apenas pelo aspecto da punição.
Patrícia Souza Oliveira,
Assistente Social, Analista do Seguro Social-INSS,
Secretária Geral do FIMTPODER,
Presidente da Associação dos Deficientes
Visuais de Goiás - ADVEG
Saúde Bucal
Parágrafo Único
“
“
As diretrizes da AGIR
para a gestão do HDS
Santa Marta são:
manter os pacientes
que lá residem atualmente e proporcionar
condições adequadas
de moradia e cuidados
integrais em saúde,
com qualidade e humanização; melhorar
as condições de trabalho para os servidores;
oferecer atenção à
saúde dos pacientes
usuários da unidade
com qualidade e humanização e ampliar
os serviços ofertados,
sobretudo viabilizar a
ativação de leitos para
pacientes que necessitem de internação de
longa permanência.
Dra Mônica Ribeiro,
Médica, Diretora Técnica do HDS - Hospital de
Dermatologia Sanitária e
Reabilitação Santa Marta
(administrado pela AGIR).
Em parceria com o Grupo Saúde
e Vida, de São Paulo, o CRER realizou no dia 26 de novembro, palestra sobre “Qualidade de Vida
com ênfase em Saúde Bucal”, voltada aos pacientes, acompanhantes e colaboradores do hospital.
O palestrante, Airton Ferreira, apresentou informações modernas sobre
a prevenção das principais doenças
bucais que acometem a população
brasileira. Os assuntos abordados foram: Tabagismo e alcoolismo como causas do Câncer Bucal;
Mau Hálito: Higienização correta
e Prevenção e Marketing Pessoal:
O sorriso como cartão de visita.
Resumo
Método Hanen
O CRER reuniu, nos dias 22 e 23 de
novembro, alguns colaboradores
do CRER para participarem do curso interno de formação no método
Hanen, com a instrutora Natália
Spinelli . A missão do Hanen é fornecer o conhecimento e o treinamento necessários para ajudar todas as
crianças pré-escolares e escolares a
desenvolver a melhor linguagem
possível, habilidades sociais e de
alfabetização. O primeiro módulo foi considerado muito positivo
pelos participantes. Os seguintes
aconteceram neste ano, nos dias 31
de janeiro de 01 de fevereiro; e 21 e
22 de fevereiro, sendo o segundo e
terceiro módulos, respectivamente.
Fonte Site Grupo Saúde e Vida
4º Workshop de Treinamento do Sistema Operacional
Os colaboradores da área de Supervisão de Recepção e Telefonia participaram do 4º Workshop de Treinamento do Sistema Operacional usado no hospital e também de
palestras para aperfeiçoar
ainda mais a rotina de trabalho, de forma a garantir
cada vez mais a qualidade
e humanização no atendimento aos pacientes do
CRER. As atividades foram
realizadas em um sábado,
23 de novembro passado.
REVISTA AGIR 11
Resumo
Simpósio discute
prontuário eletrônico
do paciente
Comissão de Governança da
Informação em Saúde da UFG.
Durante o evento, Valney Rocha (foto abaixo) compôs a
mesa e coordenou a discussão da palestra com o tema: “O
Nos dias 28 e 29 de novembro,
prontuário eletrônico do papassado, o Assessor Executivo
ciente no século 21”, ministrado CRER, Valney Luiz da Roda pela professora da USP, Macha, e a Supervisora do Setor
ria Cristiane Barbosa Galvão.
de Prontuário do Paciente, JuO 2º Secretário do Conselho Feceli Camisão, participaram do
deral de Medicina, Gerson ZaSimpósio Goiano de Informação
falon Martins, e o Assessor Técem Saúde 2013, organizado pela
nico do Instituto Nacional de
Tecnologia da Informação, Ruy
César Ramos Filho, palestraram
sobre o tema: “Informação em
Saúde no mundo digital: quais
as implicações ético-legais”.
Novos desafios e conceitos de
e-Saúde, registro eletrônico e
prontuário eletrônico em Saúde
alinhados com a Política Nacional de Informação e Informática
em Saúde (PNIIS) também foram
discutidos durante o seminário.
Ruy César Ramos Filho, Juceli Camisão e Gerson Zafalon Martins
VI Simpósio Internacional
de Tratamento Avançado
de Feridas
Nos dias 29 e 30 de novembro, sexta e sábado,
o CRER transmitiu por videoconferência o VI
Simpósio Internacional de Tratamento Avançado de Feridas. Promovido pelo Instituto SírioLibanês de Ensino e Pesquisa (IEP-HSL)- SP, o
evento discutiu novas condutas no tratamento
avançado de feridas e apresentou um programa dedicado aos pacientes diabéticos.
O evento é destinado a profissionais médicos,
enfermeiros, estudantes dos respectivos cursos
e demais áreas interessadas.
12 REVISTA AGIR
Riso solto
Teatro Caju apresentou no dia 04 de dezembro, a
peça “O Fuxico” e arrancou gargalhadas da plateia.
Tarde alegre e animada para os pacientes, acompanhantes e colaboradores do CRER.
Reflexão sobre os direitos da pessoa com deficiência
No Dia Internacional da Pessoa com
Deficiência – 3 de dezembro, o CRER
promoveu uma manhã de conscientização sobre as questões relacionadas
à pessoa com deficiência. Na programação, palestra sobre os Direitos da
Pessoa com Deficiência e a Inclusão
no Mercado de Trabalho, apresentada pela especialista em Políticas
Públicas e analista de Seguro Social
(INSS) Patrícia Souza Oliveira. “O caminho da inclusão passa pela informação. Inclusão é o direito de todas
as pessoas, com ou sem deficiência.
Só através do conhecimento e da informação teremos uma sociedade inclusiva”, destacou Patrícia.
Com a presença de diversas entidades representativas, a Superintendente Multiprofissional de Reabilitação do CRER, Divaina Alves
Batista, membro do Comitê Nacional
de Assessoramento e Apoio às Ações
de Saúde no Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do
Ministério da Saúde, fez a abertura
oficial do evento.
O CRER é, desde maio de 2013, o
único hospital do Centro-Oeste habilitado pelo Ministério da Saúde a
atender pessoas com deficiência físi-
Palestrante Patrícia Souza Oliveira
ca, auditiva, visual e intelectual. Denominado Centro Especializado em
Reabilitação (CER) IV, a instituição é
uma de quatro unidades reconhecidas nesta modalidade, sendo as outras na Bahia, Minas Gerais e Paraíba.
O trabalho desenvolvido em 11 anos
de atividades fez do CRER um modelo de reabilitação em todo o País. Reconhecida pelo Ministério da Saúde
como referência, a instituição foi convidada a participar como membro do
Comitê Nacional de Assessoramento
e Apoio às Ações de Saúde (Programa Viver Sem Limites), que discute
a política da pessoa com deficiência.
Neste contexto, o CRER participa e
incentiva mobilizações pela luta dos
direitos da pessoa com deficiência.
Apresentações culturais
A equipe CRER Solta o Braço, formada por pacientes do hospital realizou
uma apresentação especial de Muay
Thai, e a paciente Sara Sampaio cantou uma música autoral que relata
sua história de superação.
Abrilhantando ainda mais a manhã,
o violeiro goiano Marcus Biancardini, um dos principais nomes da viola brasileira, apresentou clássicos da
música, de internacionais à caipira
tradicional, e canções do próprio repertório. O artista é conhecido em
todo o mundo pelo seu talento com
a viola, e já se apresentou em programas de TV, como o Programa do Jô e
Programa Amaury Jr.
Paciente Sara Sampaio em apresentação autoral
Apresentação de Muay Thai pela
equipe CRER Solta o Braço
Considerado um dos melhores violeiros do Brasil,
Marcus Biancardini impressiona público no CRER
por sua habilidade e talento com a viola
Divaina Alves Batista saúda participantes e entidades
representativas presentes no evento.
REVISTA AGIR 13
Resumo
Roberta Miranda, madrinha do CRER
No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, 03 de dezembro, a cantora e compositora Roberta Miranda esteve no CRER, a convite da primeira-dama Valéria Perillo, e conheceu um pouco do trabalho realizado.
“Estava bastante curiosa e pedi para que a Valéria me trouxesse para eu
ver de perto este importante trabalho social”, contou.
Durante a visita, Roberta foi saudada pelos pacientes e fãs que estavam
na unidade. Sem hesitar, e de forma muito carismática, a artista retribuiu
o carinho e atendeu a todos os pedidos de fotos. Ao conhecer o espaço
Agir + Saúde, onde funciona a academia, Roberta conversou com a paciente Sara Sampaio, que faz tratamento no Centro de Reabilitação há
11 anos. Assim como ela, a jovem Sara também é cantora e compositora.
Após o diálogo, Roberta não escondeu a emoção de ouvir a história de
superação da paciente.
Valéria Perillo, embaixadora do CRER, lembrou o Dia da Pessoa com
Deficiência e destacou a importância do hospital. “É um orgulho receber
a Roberta Miranda. Ela se torna, com certeza, a partir de hoje, depois de
conhecer a nossa realidade, uma grande amiga”.
O superintendente executivo do CRER, Sérgio Daher, agradeceu a visita
da artista e o empenho da primeira-dama em promover ações favoráveis
ao hospital. “Este trabalho de sermos abraçados pela sociedade, empresários e por artistas é muito importante para nossa instituição. Roberta
Miranda é mais uma pessoa de grande destaque no mundo artístico que
veio nos ajudar e é muito bem-vinda. Para nós, é uma grande satisfação
tê-la como nossa madrinha”, concluiu.
Valéria Perillo e Roberta Miranda foram recepcionadas por Sérgio Daher
14 REVISTA AGIR
Caravana do Oloares
Pela segunda vez, a Caravana do
Oloares Ferreira realizou um animado show com novos talentos da
música sertaneja goiana. A atração,
realizada em 06 de dezembro, foi
parte da programação de final de
ano do CRER, e contou com a presença de colaboradores, voluntários, pacientes e acompanhantes.
Odontologia
A equipe do serviço de odontologia do CRER participou, de 06 a 08
de dezembro, do 1º Congresso Internacional sobre Saúde da Pessoa
com Deficiência e Grupos Especiais
(CISPOD), realizado em Brasília.
O 1º CISPOD propõe a promoção da transdisciplinaridade entre os profissionais de saúde e o
aprimoramento técnico no atendimento de pessoas com deficiência.
Vilma Inutuka, Ricardo Gaioso, Cinthya Paranaíba
e Lucy Nunes, odontólogos do CRER.
Autoestima
Para valorizar a autoestima das mulheres, o CRER realizou nos dias 12 e 13 de
dezembro, palestra dedicada ao público
feminino. Com o tema: “Ser feliz está na
moda”, os consultores João Pedro Ribeiro e Viviane Vaz deram dicas de moda,
imagem pessoal e coaching, deixando
as colaboradoras e pacientes do CRER João Pedro Ribeiro cativou o público feminino com “Quando a autoestima está alta a sensação que
muita descontração e alegria
temos é de sermos mais capazes, independentes e
mais bonitas, confiantes e motivadas.
confiantes”, destacou Viviane Vaz
Consultoras
da
Mary
Kay
ofereceram às participantes limpeza de pele e orientações de automaquiagem com os produtos da linha. O evento foi realizado no auditório da Instituição e integrou a programação de final de ano.
Humanização
No dia 06 de dezembro, colaboradores do CRER e de diversas áreas de saúde do estado participaram do 5ª Encontro da Câmara Técnica de Mobilização para Humanização do Sistema Único de Saúde em Goiás.
O evento, realizado no auditório da Superintendência Multiprofissional de Reabilitação, no CRER, contou com
a presença das coordenadora e consultora da Política Nacional de Humanização (PNH) no Centro-Oeste, Beth Mori e Olga Matoso, da arquiteta da
PNH, Ana Paula Costa, e da psicóloga de humanização da superintendência de políticas de atenção integral à saúde - SPAIS, Maria Salette. Durante
o encontro, foram apresentadas as ações da PNH no Estado de Goiás, dentre outras discussões.
A Câmara Técnica de Humanização possibilita o fortalecimento das discussões da Política Nacional de Humanização, que contribui para a qualificação das ações de saúde.
Celebração de Natal
Pacientes, familiares, voluntários,
colaboradores e amigos do CRER
se reuniram no auditório Valéria
Perillo, na manhã de 11 de dezembro, em um Culto Ecumênico de
Natal, com representantes das religiões católica, espírita e evangélica.
O Pastor Rubens Cirqueira, da
Igreja Presbiteriana, foi o primeiro a deixar uma mensagem e relembrou uma passagem bíblica.
“Jesus abriu mão da sua glória,
para que ele pudesse se identificar
conosco. Ele morreu na Cruz para
que todos nós tivéssemos vida”.
O representante espírita, Eduardo Rezende Gonçalves, destacou
a necessidade de se promover o
amor, independente da crença religiosa. “O amor é um sentimento que deve vibrar dentro de nós
e nos animar a cada dia. Estamos
finalizando mais um ciclo de 365
dias, é tempo de reflexão sobre nossos atos, momento de pensar em
que precisamos mudar para praticar os ensinamentos de Jesus”.
Já o Pe. Alcides de Lima deixou a
seguinte reflexão: “Não é possível fazer um novo começo, mas é
possível fazer um novo fim. Deus
está em todos nós, onde vive o
amor Ele está. Deus só entra no
coração de quem tem amor”.
Integrantes do Coral Crer em Canto, que fez o acompanhamento musical da celebração, com o Superintendente do CRER, Sérgio Daher
REVISTA AGIR 15
Resumo
AGIR assume a
gestão do HDS
tologia Sanitária (HDS) a transferência de gestão da unidade para a AGIR - Associação Goiana de Integralização
e Reabilitação, a organização social gestora do CRER.
“Vamos fazer uma transição harmônica com objetivo de ampliar e melhorar o atendimento já exis-
O então secretário da Saúde, Antônio Faleiros (foto),
tente. Queremos que o mesmo padrão de serviços
anunciou, em 12 de dezembro, no Hospital de Derma-
do CRER seja oferecido no HDS”, afirmou Faleiros.
O Hospital de Dermatologia Sanitária (HDS), antes
Colônia Santa Marta – de moradia e tratamento de portadores de hanseníase, atende hoje 27 internos, sequelados da doença, que moram no local desde 1952. São
mais de sete mil procedimentos e 1500 pessoas atendidas por mês. O hospital conta com 19 médicos, 274
profissionais, com destaque para Central de Curativos
onde são tratados os pacientes com feridas profundas.
Com a mudança, o hospital será destinado a tratamento de doenças crônicas e de longa permanência.
Show de
solidariedade
Depois de conhecer a estrutura e os trabalhos prestados pelo CRER, Roberta
Miranda fez questão de contribuir com a
instituição (veja pág. 6). Nos dias 19 e 20
de dezembro, dois shows beneficentes,
com arrecadação revertida para o CRER
e a OVG, foram realizados no Palácio
da Música Belkiss Spenzièri, do Centro
Cultural Oscar Niemeyer.
Depois de uma visita ao CRER, no dia
03 de dezembro, passado, Roberta Miranda declarou o desejo em ajudar a instituição. Além dos shows, ela também
gravou um vídeo institucional.
16 REVISTA AGIR
Roberta Miranda e a paciente Sara Sampaio durante a gravação do vídeo institucional do CRER
Natal encantado
Por mais um ano, o Natal de 2013
dos pacientes do CRER foi repleto
de alegria e encantamento, graças
ao envolvimento de colaboradores
e voluntários. Ao longo dos me-
ses de novembro e dezembro, os
pacientes, alguns contando com a
ajuda de voluntários, registravam
o que queriam ganhar como presente. Os pedidos eram os mais
variados e incluíam cesta de alimentos, material escolar, brinquedos e muito mais. Após terem sido
escritas ao Papai Noel, as cartinhas
eram escolhidas e “adotadas” por
colaboradores e voluntários do
CRER, que passavam a ser responsáveis pela concretização dos pedidos.
No dia 18 de dezembro, contando
com a presença do bom velhinho,
o auditório Valéria Perillo ficou
lotado com os pequenos sonhadores que aguardavam o grande momento.
Todas as cartinhas foram atendidas e as crianças que não puderam
comparecer no dia da entrega foram contatadas para receberem
seus presentes posteriormente.
Parceria
A AGIR/CRER iniciou uma parceria com a empresa Danone, para implementar melhorias na qualidade da terapia nutricional enteral dos pacientes do CRER. O objetivo é também contribuir para a qualidade de vida dos pacientes internados na Instituição. Dentre as ações, estão a coleta e tabulação de dados, treinamento e reciclagem
de toda equipe inter e multidisciplinar que atua na terapia nutricional, além do contato com outras instituições
para troca de informações.
Programa de Educação Continuada
O Programa de Educação Continuada do ano de 2014 da equipe de enfermagem do CRER teve início no dia 27
de janeiro. Os encontros irão acontecer quinzenalmente no período diurno e semanalmente no período noturno
para contemplar os diferentes turnos de trabalho.
Os temas abordados durante as aulas são pertinentes à
assistência de enfermagem, relacionamento interpessoal,
postura profissional, entre outros. O Programa de Educação Continuada do CRER existe há dois anos, e é realizado pela Gerência de Enfermagem do Hospital. Através do
programa a equipe busca a excelência nos serviços prestados aos pacientes na assistência de enfermagem.
REVISTA AGIR 17
Resumo
Sexualidade
Revista AGIR
Teve início no dia 28 de
A CRER em Revista mudou, ela
janeiro, o curso de Se-
passa agora a ser Revista AGIR.
xualidade para pacien-
Durante mais de onze anos coube
tes com lesão medular,
à organização social AGIR - Asso-
ministrado pelas enfer-
ciação Goiana de Integralização
meiras do CRER Fer-
e Reabilitação, exclusivamente, a
nanda Miranda e Taísa
gestão do CRER. Por esse motivo
Duarte. Os encontros,
era possível uma publicação que
que são destinados aos
contemplasse somente as ações e
pacientes em regime de
serviços do Centro de Reabilita-
internação, são quinzenais e acontecem até o final deste ano. Cerca de 20
ção e Readaptação Dr. Henrique
pessoas participaram do primeiro dia do curso.
Santillo. No entanto, ao assumir,
Combate à dengue
ministração do Hospital de Der-
Colaboradores e usuários do CRER participaram, no dia 30 de janeiro, de
da AGIR julgou conveniente alte-
palestra sobre entomologia do mosquito transmissor da dengue. O biólogo do controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, Wellington
Tristão (foto), falou sobre a epidemiologia da dengue, o ciclo evolutivo do
vetor, desde o ovo até a fase adulta, e também orientou os presentes como
eliminar os criadouros do Mosquito da Dengue, conhecido como Aedes
Aegypti.
A ação, resultado de uma parceria entre o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) do CRER e a
Secretaria Municipal de Saúde
(SMS), integrou a “Campanha
CRER contra a Dengue”, que
aconteceu na última semana de
janeiro. Orientações internas
foram repassadas aos colaboradores e pacientes quanto aos
cuidados de manter os ambien-
desde dezembro passado, a admatologia Sanitária e Reabilitação
Santa Marta (HDS), a Alta Direção
rar o nome da revista.
Essa mudança não traz perdas à
linha editorial, ela acontece com
a intenção de garantir espaços
às duas instituições geridas pela
AGIR. Continuaremos a trazer temas de interesse, relativos à saúde,
responsabilidade social, avanços
científicos, direitos, serviços, personagens, eventos e muito mais.
As seções permanecem as mesmas, com exceção da Meio Ambiente, que passa a ser HDS em Pauta.
Errata
Na nota “Residência Médica”, Se-
tes livres de focos do mosquito
ção Resumo da Edição 19, o médico
transmissor da dengue.
(3 o à esq.) é Renato Daher
18 REVISTA AGIR
ARTIGO
O USO DA BANDAGEM TERAPÊUTICA NA DISFAGIA
OROFARINGEA EM PARALISIA CEREBRAL
Por: Seizer Mainardi Jorge
Mariana Artiaga
O
s transtornos motores causados pela paralisia cerebral podem acarretar alterações no
controle motor oral, influenciando
negativamente o desempenho das
funções de sucção, mastigação e deglutição.
O vedamento labial insuficiente, a baba constante, a hipersensibilidade e a presença de reflexos
primitivos orais ocasionam dificuldades no processo de alimentação.
A deglutição é o ato de engolir e envolve estruturas da cavidade oral, faringe, laringe e esôfago,
subordinadas a um controle neural
que permite a condução do alimento até o estômago. Ela é fundamental para hidratação e nutrição adequadas do indivíduo, permitindo a
integridade e manutenção da vida.
A disfagia é a dificuldade na
deglutição, ou seja, no ato de engolir alimentos ou saliva. Pode atingir
qualquer faixa etária, de recém-nascidos a idosos.
As disfagias orofaríngeas, em
que a alteração está presente em nível oral ou faríngeo, se manifestam,
do ponto de vista clínico, através de
sintomas como alterações na mastigação, dificuldades para iniciar a
deglutição, regurgitação nasal, tosse, diminuição do controle de saliva, engasgos durante a alimentação.
Como consequência da dificuldade
na alimentação, o paciente pode
apresentar desnutrição, desidratação, pneumonia aspirativa além de
dor e desconforto.
Estudos indicam que a disfagia está intimamente relacionada
com a gravidade do comprometimento motor causado pela paralisia cerebral. A reabilitação fonoaudiológica da disfagia, na paralisia
cerebral, consiste na adequação ou
melhora de todos os músculos do
sistema sensório motor oral, permitindo o funcionamento adequado
das funções de sucção, mastigação,
deglutição e respiração.
Bandagem
A princípio, a bandagem elástica era utilizada por atletas como
medida de segurança para repetir
um movimento após lesão ou algum tipo de desgaste e muitas vezes utilizada até de forma preventiva evitando reincidência da lesão.
Atualmente é cada vez mais
utilizada como método terapêutico adicional na reabilitação de pacientes em áreas diversas da saúde
como fonoaudiologia, fisioterapia,
terapia ocupacional e medicina.
Na pele existem receptores
(neurônios somatossensoriais periféricos) que se comunicam diretamente com o Sistema Nervoso Central. O objetivo da bandagem como
método terapêutico é proporcionar
estímulos sensoriais através da
pele, sendo estes contínuos e duradouros obtendo assim uma resposta motora mais eficiente.
Na terapia fonoaudiológica a
bandagem funciona como um importante recurso terapêutico, atu-
ando diretamente na musculatura
que se quer estimular, podendo até
reduzir o tempo de tratamento. A
bandagem proporciona um estímulo que gera uma resposta muscular
de contração ou relaxamento dependendo da necessidade de cada
paciente.
A bandagem elástica tem-se
mostrado um método terapêutico
eficaz, sendo um recurso complementar importante na terapia fonoaudiológica da disfagia orofaríngea
nas crianças com paralisia cerebral.
Deve ser aplicada por profissional
habilitado com conhecimento da
musculatura e dos objetivos a serem alcançados com cada paciente.
O setor de fonoaudiologia infantil do CRER vem obtendo resultados satisfatórios, proporcionados
com a aplicação da bandagem elástica terapêutica fornecida por esta
instituição.
Paciente Nicolas Lopes dos Santos
Seizer Mainardi Jorge,
Fonoaudióloga do CRER, e
Mariana Artiaga, Fonoaudióloga
aperfeiçoanda em 2013
REVISTA AGIR 19
ESPAÇO DO PACIENTE
CENTRO DE REABILITAÇÃO E
READAPTAÇÃO DR. HENRIQUE SANTILLO
Texto escrito pelo paciente Rubem Teixeira de Jesus
Ó
rgão
beneficente
que se dedica com abnegação ao
tratamento de pessoas carentes
de saúde há cerca de uma década
e, pelo que se pode observar, esta
instituição deverá dar prosseguimento a essa obra benemérita que
vem desenvolvendo um trabalho
digno de elogio, por todos que se
beneficiam dessa memorável realização inteligente, surgida no pri20 REVISTA AGIR
meiro governo de Marconi Perillo.
A qualidade e eficiência nos
atendimentos de praxe e emergenciais, destacam-se pela capacidade funcional de todos os
componentes: médicos, fisioterapeutas e demais auxiliares, incluindo os voluntários nas diversas tarefas que lhes são atribuídas.
O exemplo dessa Casa de
Saúde, certamente, grassará por
todos os recantos de nossa Pátria,
o sentimento humanitário, que poderá ser um papel carbono para
outros realizadores: “Fazer e Ver
para Crer”. (Crer) - - - suspiros de
esperanças para os que almejam
uma vida melhor, no que tange à
saúde, como fator primordial, a
felicidade de um povo tão sofrido.
Com denodo é que parabenizo a Equipe de Funcio-
nários, desde o mais alto posto, até o mais humilde cargo
em suas respectivas atribuições.
nhã, será sempre melhor que hoje.
Procurei ser lacônico, mas
Sem mais, conclamo a to-
não me contive. O assunto é tão
dirigentes,
importante, que nos faz discorrer
Residindo nesta urbe, a fim
funcionários em geral e pacien-
os fatos com a ênfase merecida.
de conviver mais próximo a um
tes, para que estejamos sempre
dos meus filhos, que vive aqui há
vinculados a um sentimento de
reconhecimento
mais de trinta (30) anos; ocorreu-
amor e fraternidade, para que se-
so já alcançado pelo “CRER”.
me, exatamente, em 2012 um en-
jamos dignos dos merecimentos
fraquecimento geral, em meu siste-
que as Leis Divinas, nos outorgam.
dos:
patrocinadores,
Destarte,
O
do
meu
pela
lego
ao
muito
o
meu
sucesobriga-
oportunidade...
ma neurológico. Levado a um dos
postos do SUS, fui atendido e ao
mesmo tempo, indicado para fazer uma consulta no “CRER”. Nessa ocasião, pude aquilatar o modo
amável e eficiente de um atendimento prioritário e pleno de muita
atenção; de modo que a minha locomoção era com o auxílio de uma
cadeira de rodas. Logo, fui agraciado com um desses veículos; hoje,
não mais preciso. Estou andando com o auxílio de uma bengala.
Enfim, sinto a aproximação
de uma cura total. Tenho sido bafejado pela sorte. Agradeço em
primeiro lugar a Deus, bem como,
ao tratamento que venho recebendo. É, verdadeiramente, uma graça do céu. O atendimento feito por
Rubem, 81, teve perda funcional progressiva. É paciente
esta Casa de Saúde visa a melho-
do CRER desde abril de 2012. Baiano de origem, Sr. Ru-
ra do ser humano como um todo.
Tenho feito amizade com
bem mudou-se ainda na juventude para o Rio de Janeiro,
grande parte dos fisioterapeutas
capital, onde viveu mais de 60 anos. Em março de 2011,
e, também, estou me interagindo
com alguns pacientes, no sentido
mudou-se, junto com sua esposa Carmem, para Goiâ-
de incentivá-los a não perderem
nia, em busca de tratamento no CRER. Fuzileiro Naval
a confiança nos médicos que fa-
aposentado, Sr. Rubem agora divide seu tempo entre as
zem tudo em prol da nossa cura.
Devemos ter muita fé e acima
aulas de inglês que ministra e suas poesias e crônicas.
de tudo, a certeza de que o amaREVISTA AGIR 21
EMPRESAS MANTENEDORAS
CREME MEL: A MAIOR INDÚSTRIA DE
SORVETES DO CENTRO-OESTE
A
Creme Mel Sorvetes atua no mercado de sorvetes
há 27 anos e ainda está em plena
expansão. Além da sociedade com
o Grupo Odilon Santos, a empresa
fechou uma parceria com a HIG
Capital, investidora americana, a
fim de expandir a empresa com
a construção de uma nova fábrica com uma maior capacidade.
O mix da Creme Mel é variado e atende todos os públicos e
gostos. Este é considerado um diferencial da empresa, sendo mais
de 40 sabores de sorvetes em caixas
de 10 litros; 23 sabores em potes 2
litros e 35 picolés. Além de estar
sempre inovando com novos produtos, como o lançamento especial
22 REVISTA AGIR
de Natal, Iogurte com
Frutas Vermelhas e Nozes que foi um sucesso.
Mesmo com o
crescimento acelerado
que tem passado nos
últimos anos, a Creme
Mel não deixou de se
preocupar com a responsabilidade
social.
Anualmente, promove
duas grandes doações:
a distribuição de sorvetes para os
romeiros na Festa de Trindade e
também a doação de Outubro, em
comemoração ao Dia das Crianças, em que são doados mais de
40.000 picolés para diversas instituições de caridade.
Além
disso, a empresa tem
contribuído com a
doação de milhares de sorvetes e
picolés para eventos do CRER como
Festa Junina, Dia
das Crianças, Semana Interna de
Prevenção de Acidentes de Trabalho
(Sipat), comemorações de aniversário da Instituição e
celebrações de final de ano. A parceria entre o CRER
e Creme Mel foi
selada em 2008.
História
Fundada em 1987 pelo
empresário Antônio Santos
na garagem de sua residência, a Creme Mel Sorvetes é
hoje a maior indústria de sorvetes do Centro-Oeste e está
entre as mais importantes
do seu segmento no Brasil.
Atualmente,
contamos
com mais de 860 colaboradores, 7 centro de distribuição
(São Paulo, Uberlândia, Cuiabá, Campo Grande, Belo Horizonte, Bahia e Distrito Federal)
e estamos presentes nos estados de Goiás, Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Bahia,
Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, Pará, Maranhão e Distrito
Federal, oferecendo aos consumidores produtos com qualidade e sabor diferenciados.
REVISTA AGIR 23
É BOM SABER
AGIR: CONHEÇA MAIS SOBRE A ORGANIZAÇÃO
SOCIAL QUE ADMINISTRA O CRER E O HDS
A
AGIR - Associação
Goiana de Integralização e Reabilitação – AGIR, personalidade
jurídica de direito privado, com
fins não econômicos, é qualificada como Organização Social
pelo decreto estadual nº 5591/02,
e reconhecida como entidade de
utilidade pública e de interesse
social por força do artigo 13 da
Lei Estadual 15.503/05, certificada como Entidade Beneficente
de Assistência Social (CEBAS)
pelo Ministério da Saúde.
A AGIR administra o CRER
desde sua fundação, em setembro de 2002, e reinveste no Hospital todos os recursos angariados através do contrato de
gestão com a Secretaria Estadual
de Saúde (SES), da contratualização com a Secretaria Municipal
de Saúde, dentre outras ações ou
ainda por meio de doações recebidas, possibilitando a manutenção, ampliação e implementação
dos serviços hospitalares prestados à sociedade.
Transparência
A AGIR é regida por um
estatuto, por normas internas
e pela legislação aplicável a ela
(Lei 15.503/05), possuindo como
órgãos de deliberação superior a
Assembleia Geral dos Associados, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal. Cabe ao
Conselho de Administração da
24 REVISTA AGIR
AGIR, entre outras atribuições,
fixar o âmbito de atuação da Associação; aprovar o programa
de investimentos e o orçamento
geral; aprovar o regimento interno, que dispõe sobre estrutura,
forma de gerenciamento, cargos
e suas competências; fiscalizar
o cumprimento das diretrizes e
metas e contratar e dispensar os
membros da Diretoria Executiva. Os Conselheiros atuam como
controle direto, por representação, do poder público e da sociedade civil, na direção da AGIR.
Os profissionais contratados pela AGIR são regidos pelo
regime da CLT. Os processos
seletivos são devidamente regulamentados. As aquisições de
bens e serviços obedecem ao regulamento de compras da AGIR,
em conformidade com o preceituado nas normas que orientam
o funcionamento das Organizações Sociais.
Todos os atos de gestão da
AGIR são processualizados, garantindo a moralidade, impessoalidade e transparência de suas
ações, submetidos regularmente
a auditorias interna e externa,
o que resulta na certificação do
seu sistema de gestão da qualidade conforme a norma ISO
9001:2008.
A AGIR demonstra transparência pública em suas práticas de gestão através das infor-
mações listadas e atualizadas no
site www.crer.org.br.
São instrumentos de controle e gestão: Auditoria Independente; COMACG - Comissão
de Monitoramento e Avaliação
dos Contratos de Gestão; Conselho Local de Saúde; CGE – Controladoria Geral do Estado de
Goiás; SES-GO - Secretaria Estadual de Saúde; AGR - Agência
Goiana de Reg. Controle e Fiscalização de Serviços Públicos;
TCE – Tribunal de Contas do
Estado; MP-GO - Ministério Público Estadual; TCU – Tribunal
de Contas da União; MS - Ministério da Saúde; CGU – Controladoria Geral da União; MPU
– Ministério Público da União;
entre outros.
Estrutura administrativa
A AGIR é composta por associados fundadores e beneméritos, conselheiros, conselho fiscal
(titulares e suplentes), diretores
e superintendentes, dentre esses
o Executivo, Sérgio Daher. Integram a diretoria: Dom Antônio
Ribeiro de Oliveira (diretor-presidente), José Alves Filho (vicediretor) e Ruy Rocha de Macêdo
(diretor-tesoureiro). (Para conferir todo o quadro administrativo,
veja o Expediente – página 3).
A AGIR na gestão do CRER: avanços e conquistas
- Iniciou o atendimento ao público em 25 de setembro de 2002;
- Recebeu do Governo de Goiás uma estrutura física com 8.823 m²; com as expansões conta atualmente com
29.995,69 m² de área construída;
- Em 2006 o CRER foi certificado com o NBR ISO 9001:2000 e em 2009 foi re-certificado com NBR ISO 9001:2008;
- A AGIR foi certificada como Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) pelo Ministério da Saúde em
junho de 2012
- Habilitação do CRER como Centro Especializado em Reabilitação (CER IV) – portaria nº 496, de 3 de maio de
2013, na Reabilitação das deficiências Física, Auditiva, Visual e Intelectual.
- Participação do CRER no Comitê Nacional de Assessoramento e Apoio às Ações de Saúde no Plano Nacional
dos Direitos da Pessoa com Deficiência
- Implantação do serviço de Odontologia em setembro de 2013
- Convênio assinado com o Ministério da Saúde para a realização do curso de Aperfeiçoamento em confecção e
manutenção de próteses, órteses e cadeira de rodas
- Abriga a Central de Transplantes do Estado de Goiás desde fevereiro de 2013
- Implantação do Conselho Local de Saúde em junho de 2013
- Implantação do Programa de Humanização do SUS
- Habilitação ao Serviço de Assistência Ventilatória não Invasiva - Portaria nº 577, de 20 de Junho de 2012
- Habilitação do Implante Coclear - Portaria nº 515 de 01 de Junho de 2012
- Habilitação em alta complexidade do Serviço de Traumato-Ortopedia – Portaria 1.195 de 24/10/2012
- Consolidação da implantação do prontuário eletrônico do paciente (PEP), regulamentado pela Resolução de nº
1821/2007, do Conselho Federal de Medicina.
- Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade pela NBR ISO 9001 na versão 2008
- Participação do CRER no Fórum Goiano de Inclusão no Mercado de Trabalho das Pessoas com Deficiência e dos
Reabilitados pelo INSS- FIMTPODER em 2013
- Credenciamento pelo Ministério da Educação (MEC) dos Programas de Residência Médica em Medicina Física,
Reabilitação/Fisiatria, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Medicina Intensiva e Anestesiologia.
A AGIR na
gestão do HDS
Pelo decreto Nº 7.807, do Governo de
Goiás, a gestão do Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa
Marta (HDS) foi transferida à AGIR,
que assumiu o gerenciamento, a operacionalização e a execução das ações
e serviços de saúde naquela unidade.
Dentre as primeiras ações da AGIR
frente ao HDS, destaca-se a reorganização do quadro de colaboradores do
hospital. Outra prioridade é melhorar
a estrutura física do HDS, já com a possibilidade, em estudo, da construção
de um Hospital Gerontológico para o
paciente idoso e de longa permanência. (Leia mais nas páginas 30 e 31).
Legislação
LEI Nº 9.637, DE 15 DE MAIO DE 1998.
Art. 1o O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do
meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos requisitos previstos nesta Lei.
LEI Nº 15.503, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2005.
Art. 1º A qualificação de pessoas jurídicas de direito privado
como organizações sociais do Estado de Goiás dar-se-á por meio de
ato do Poder Executivo.
DECRETO Nº 5.591, DE 10 DE MAIO DE 2002.
Art. 1º A Associação Goiana de Integralização e Readaptação - AGIR, sociedade civil sem fins econômicos, com sede e foro
nesta Capital, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
do Ministério da Fazenda sob o n. 05.029.600/0001-04, fica qualificada como Organização Social - OS, nos termos do art. 25 e seu
parágrafo único da Lei n. 13.456, de 16 de abril de 1999.
REVISTA AGIR 25
SUPERAÇÃO
É
“ME SUPEREI COM A ARTE”
uma tarde de quinta-feira do mês de janeiro. O sol a pino, típico de um verão, não é problema para Tadeu, que chega pedalando sua bicicleta.
Não fosse essa a surpresa – pedalar sob forte temperatura, eis o mais surpreendente: ele é amputado da perna direita, marca deixada pela hanseníase.
A história de José Tadeu Bezerra de Oliveira, 44,
é tão impressionante como a alegria que transmite em
sua face. Natural de Tocantins, Tadeu foi diagnosticado
com hanseníase na década de 80. Morava em Guaraí,
quando, aos 12 anos, foi levado para Goiânia e internado compulsoriamente na Colônia Santa Marta, hoje
Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS Santa Marta), administrado pela AGIR.
“Me disseram que eu iria apenas para uma
consulta. Fiquei empolgado, principalmente, por26 REVISTA AGIR
que meu sonho era conhecer cidade grande. Mas,
assim que cheguei, passei por uma triagem e fui informado que ficaria para tratamento. Percebi naquele momento que minha vida ia mudar”, lembra.
Tadeu passou então a morar na Colônia Santa Marta, longe da família, que deixara para trás. “Fiquei 10 anos
sem ver minha mãe. Minha família passou a ser os outros
residentes da Colônia”. Ele conta que, naquela época,
a comunidade hospitalar tinha, em média, 800 pessoas.
“Quando cheguei, foi um choque muito grande.
Porque vi muitas pessoas mutiladas. Eu já peguei uma
época que existia tratamento”, diz. “Eu cheguei com
uma úlcera no pé direito, que não cicatrizava. Tive o
diagnóstico tardio, o que complicou o quadro”, lamenta.
“Hoje é possível ficar 100% sem sequelas, uma
vez que a Hanseníase seja diagnosticada no tempo
certo”, explica a psicóloga e
coordenadora
psicossocial
Cledma Ludovico. No caso do
Tadeu, ele fez o uso de uma
muleta durante décadas, até
que, há cerca de cinco anos,
ele optou pela amputação.
“Levou um tempo, mas percebi que a amputação me traria
benefícios. Não foi uma perda, nem um trauma. Tirei uma
coisa que me fazia mal. A amputação foi um alívio”, relata
Tadeu, que atualmente diz
viver muito melhor do que na
época em que usava muleta.
Tadeu morou durante
décadas na Colônia. “A Santa
Marta foi a última colônia do
País a perder o modelo de hospital-colônia. Era uma cidade:
tinha prefeitura, delegacia,
clubes e escolas”, revela. E foi
na escola e nas atividades desenvolvidas ali que Tadeu descobriu sua maior força: a Arte.
“Nasci com essa coisa de Arte em mim. Acredito
que nasci desenhando. Desde pequeno, já gostava de
fazer alguns desenhos. Aos
15 anos, comecei a pintar
telas. Aquilo foi formando e crescendo dentro de mim e eu fui profissionalizando. Me superei com a Arte, onde encontrei
uma força maior que a minha doença”, declara.
O artista diz que gosta de pintar retratos e caricaturas impressionistas. Um dos quadros mais conhecidos, que ainda fica exposto na Casa Viva (HDS) retrata
a “onça”, veículo que era utilizado para internações
compulsórias dos pacientes do HDS. “Não foi o meu
caso, mas muitos pacientes chegaram aqui nestes carros e era perceptível o horror e sofrimento nos olhos
deles. Por isso, resolvi expressar em uma tela”, justifica.
Tadeu conta que já entregou retratos de sua autoria a grandes figuras públicas, como o ex-presidente
Lula. Atualmente, ele fica em grandes feiras conhecidas em praças públicas, em Goiânia, onde faz, na hora,
telas com retratos dos clientes. Ele também já programa ir para o Rio de Janeiro durante a Copa do Mundo
de 2014 para fazer quadros/retratos dos turistas que
acompanharão o maior torneio de futebol do mundo.
Outro talento revelado de Tadeu é a música.
“Violão também faz parte da minha vida. A música me
salvou, me deu suporte psicológico e emocional”. Ele,
que durante a entrevista dedilha algumas sintonias
no instrumento, usa a música e sua história de superação para motivar outros pacientes que ainda vivem
no interior do Hospital de Dermatologia Sanitária.
Luta
Além de conquistar sua própria superação, Tadeu
esteve à frente da luta dos pacientes que foram internados compulsoriamente em Goiás. Membro do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela
Hanseníase (Morhan), ele diz que esteve inúmeras vezes em Brasília em defesa dos direitos destes pacientes.
Em 1976, o Ministério da Saúde, editou a portaria 165
normatizando e proibindo as internações compulsórias.
Segundo Tadeu, cerca de 400 pacientes do Estado
já foram indenizados, inclusive ele, segundo a Lei nº
11.520, de 18 de setembro de 2007, que concede pensão especial, mensal, vitalícia e intransferível. “Com
a indenização conseguimos melhorar nossa qualidade de vida. Agora, minha luta – e fica aqui também o
meu pedido – é que acabem com a Hanseníase”, apela, fazendo também um alerta sobre a importância
do diagnóstico precoce para o tratamento da doença.
**Leia mais sobre o Hospital de Dermatologia
Sanitária
e
Reabilitação
Santa Marta (HDS Santa Marta) na página 32.
REVISTA AGIR 27
AGIR EM FOCO
Paciente do CRER, Euripiana Vieira Pinto, 73,
recebe a atenção dos médicos geriatras
Jackeline Borges e Cristhiano Braga
SERVIÇO DE GERIATRIA
A
Atendimento integral para idosos internados no CRER
o longo das últimas décadas, o perfil da população mundial tem sofrido algumas
alterações e uma das mais significativas delas está ligada ao seu
envelhecimento. No Brasil, segundo dados do IBGE de 2012, hoje,
7,4% da população brasileira são
de pessoas acima de 65 anos, com
a perspectiva de que este percentual salte para 26,7%, em 2060. Também conforme o Instituto, dentre a
população idosa, mais de 30 mil já
ultrapassaram os 100 anos de ida28 REVISTA AGIR
de, representando um novo desafio
para a saúde pública. A expectativa
de vida do brasileiro é de 75 anos.
Para a área de saúde, a mudança desse perfil populacional leva a
novos desafios e novas abordagens.
No CRER – Centro de Reabilitação e
Readaptação Dr. Henrique Santillo,
que atende pessoas com deficiência
física, auditiva, mental e intelectual, os serviços também sentiram
este impacto e foram ampliados
para responder à demanda crescente. Com a inauguração da UTI,
em julho de 2011, onde os leitos são
disponibilizados a toda rede SUS, a
equipe do CRER percebeu que um
grande percentual de idosos passou
a adentrar a Instituição. “Hoje cerca
de 70% dos leitos da UTI são ocupados por idosos”, esclarece a médica
geriatra Jackeline Gomes Borges.
Após transferência para os quartos,
não sendo mais necessária a terapia
intensiva, os pacientes continuam a
receber o tratamento adequado. “O
Serviço de Geriatria do CRER surgiu dessa nova demanda, e como já
havia uma equipe multiprofissional
e estrutura disponíveis o tratamento do idoso é feito de forma global,
envolvendo serviços médicos, psicológicos, nutricionais, terapêuticos e exames”, completa Jackeline.
Os principais acometimentos nos idosos internados no CRER
são acidente vascular encefálico,
traumatismo crânio­encefálico, fratura de fêmur, pneumonia e infecção urinária.Todo o atendimento
prestado é acompanhado e mediado pelo Serviço de Geriatria. “Em
qualquer prescrição, ou tratamento
indicado, o geriatra precisa estar integrado de modo a avaliar o que é
melhor para o paciente, considerando-se seu histórico de vida e possíveis comprometimentos”, declara
Cristhiano Augusto Oliveira Holanda Braga, médico do hospital.
“O geriatra às vezes chega a
ser comparado ao clínico geral, mas
nossa especialidade assemelhase mais à pediatria,
que presta à criança
um atendimento integral. O idoso precisa receber este tipo
de tratamento. Além
dos aspectos físicos,
inerentes à idade, a
diferença está que na
pediatria o médico
lida, além do paciente é claro, com pais
e avós, e já na geriatria são os filhos e
netos quem nos auxilia no processo terapêutico do idoso”,
compara Cristhiano.
Na
avaliação
dos profissionais do
CRER, o médico geriatra muitas vezes se
torna o referencial de
assistência em saúde para toda a famí-
lia. Por entender a saúde como um
todo e não de forma fragmentada,
ele passa a ver o próprio ambiente familiar como um meio que colabora ou não para o processo de
doença do paciente, atentando-se
também para a sobrecarga e stress
dos familiares do idoso. Para os
médicos Jackeline e Cristhiano as
dificuldades do serviço de geriatria são aquelas inerentes à própria complexidade dos pacientes,
já que em decorrência da idade
várias patologias se sobrepõem.
No CRER, a geriatria atua
somente nos setores de UTI e Internação, não havendo, ainda, o
serviço em âmbito ambulatorial. O
paciente idoso atendido pelo serviço de geriatria do hospital, após
receber alta da internação, é encaminhado para o serviço de reabilitação, fragmentado em ambulatório de diversas especialidades.
Perfil do paciente idoso
internado no CRER
Os pacientes idosos, idade acima
de 60 anos, internados no CRER
são aqueles que necessitam de
reabilitação, que são submetidos
a algum tipo de tratamento cirúrgico, principalmente ortopédico,
e aqueles que necessitam de UTI.
O número de idosos internados
aumentou
significativamente,
principalmente na UTI, onde a
média da ocupação dos leitos fica
em torno de 70%.
Os principais acometimentos
nos idosos internados no CRER
são acidente vascular encefálico,
traumatismo
crânio­encefálico,
fratura de fêmur, pneumonia e
infecção urinária.
Momento da alta - Helena Luzia recebe orientações importantes
para a continuidade, em casa, do tratamento da sua mãe
REVISTA AGIR 29
HDS EM PAUTA
AGIR ASSUME GESTÃO DO HDS
D
Hospital passará por reforma e memorial da
Colônia Santa Marta será preservado
esde dezembro de
2013, a AGIR – Associação Goiana
de Integralização e Reabilitação,
OS que administra o CRER desde a fundação, assumiu também a
gestão do Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa
Marta (HDS). A transferência foi
estabelecida a partir do decreto Nº
7.807, do Governo de Goiás, que
“reorganiza e sistematiza as unidades administrativas finalísticas
complementares descentralizadas
da Secretaria de Estado da Saúde”.
“Foram observados quais
eram os hospitais da rede própria,
já geridos por OS, que tivessem
o perfil mais próximo de outras
unidades hospitalares públicas.
O HDS estava mais próximo da
realidade do CRER, por isso foi
anexado ao mesmo”, explica Claudemiro Euzébio, superintendente administrativo da AGIR/ CRER
30 REVISTA AGIR
Pelo decreto, portanto, ficou a
gestão do HDS transferida à responsabilidade da AGIR, que assumiu o
gerenciamento, a operacionalização
e a execução das ações e serviços de
saúde naquela unidade. “Fundamentalmente, o estilo de gestão do
HDS será a mesma do CRER. A ideia
é que tenhamos esta estrutura do
HDS completamente interligada ao
CRER. Vamos implementar a mesma lógica assistencial e administrativa no HDS”, garante Claudemiro.
Gestão e Pessoal
Segundo o superintendente, após o diagnóstico inicial e o
levantamento das necessidades
emergenciais no HDS, foi definida
a primeira intervenção, que diz respeito à reorganização administrativa do ponto de vista de recursos
humanos. O pessoal que compõe o
quadro de colaboradores da unida-
de são funcionários públicos, totalizando, atualmente, 287 servidores.
“Há a garantia de que os colaboradores vão continuar trabalhando lá”, reafirma o superintendente,
que explica ainda que está sendo feita uma análise conjunta entre a SES
e a AGIR para verificação do atual
quadro. “Foi acordado com o Recursos Humanos da SES o levantamento quantitativo do pessoal, quais
são os cargos e cargas horárias, para
que possa ser estudada uma melhoria da distribuição. Os excedentes,
serão oportunamente e, de forma
fundamentada, disponibilizados à
Secretaria de Saúde. Assim como
será feito o pedido de reposição,
caso haja necessidade”, esclarece.
A nova diretora técnica da
unidade é Mônica Ribeiro Costa,
médica infectologista. A coordenação administrativa está sob responsabilidade do administrador
Darlan Dias Santana. A supervisão de Enfermagem e Psicossocial estão, respectivamente, com
a enfermeira Viviane de Queiroz
e a psicóloga Cledma Ludovico,
ambos colaboradores da AGIR.
Estrutura Física
A segunda intervenção da
AGIR frente à gestão do HDS é melhorar a estrutura física do hospital.
“Estamos fazendo um levantamento emergencial visando melhorar
as condições do almoxarifado e
farmácia, para que tenhamos uma
política de abastecimento mais
adequada. A condição de moradia
dos residentes é outra intervenção
urgente, assim como dos 22 leitos
do hospital”, afirma Claudemiro.
Ainda segundo ele, os estudos preliminares e arquitetônicos já
foram feitos e apresentados para a
secretaria (Estadual de Saúde). Mesmo com as reformas, o memorial da
Colônia Santa Marta será preservado. “O Estado tem a preocupação de
não descaracterizar a edificação”.
Outra ideia em discussão é a
construção de um Hospital Gerontológico na área da unidade. “A
Secretaria de Saúde também tem o
propósito de edificar num futuro
bem próximo o Hospital Gerontológico para o paciente idoso e de longa permanência. Essas discussões
já foram iniciadas. Queremos criar
uma condição mais digna de estadia
e de atendimento a estes pacientes”.
Atualmente, o HDS realiza, em média, 150 procedimentos por dia. A maior parte deles
aos 26 residentes que ainda vivem
no interior da unidade. “Esses
pacientes são, em maioria, amputados e precisam de atendimento e assistência multiprofissional”, explica a psicóloga Cledma.
O HDS
O Hospital de Dermatologia
Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS) é uma unidade de atendi-
mento ambulatorial e hospitalar de
Média Complexidade com objetivo
de prestar assistência gratuita aos
usuários do Sistema Único de Saúde- SUS, em: Dermatologia, Cardiologia, Ortopedia, Oftalmologia,
Infectologia, Clínica Médica, Endocrinologia, Geriatria e Psiquiatria,
regulados pelos Complexos Reguladores Estadual/Municipal, sendo
referência para a Região Metropolitana de Goiânia e todo o Estado
com funcionamento, em regime de
internação, de 24 horas 7 dias por
semana e em regime ambulatorial
de 2ª a 6ª feira das 7:00 às 18:00hs,
atendendo aos pacientes referenciados pelo Complexo Regulador
Estadual com oferta 100% SUS.
A unidade oferece também
atendimento de suporte, via regulação, aos ex-pacientes da extinta
Colônia Santa Marta que residem
no Residencial Santa Marta instalado em área circunvizinha e
destinado aos ex-internos do antigo leprosário com consultas ambulatoriais, terapias e curativos.
História
O HDS teve sua fundação em
1943, sendo denominado, na época,
Leprosário Colônia Santa Marta.
Em consequência da nova política
de atenção aos portadores de hanseníase, e de diretrizes nacionais de
desospitalização para estes pacientes, em 1983 foi transformado em
Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta
(HDS Santa Marta).
O trabalho começou com as Irmãs
Vicentinas, grupo de
religiosas vindas de
Minas Gerais, que
instalaram nove pavilhões
(masculino
e feminino) onde ficavam os doentes. A
história do tratamento dos hansenianos
na Colônia passou por uma fase
bem primitiva, afinal a internação era compulsória e os pacientes eram isolados da comunidade.
Na época em que foi fundado, havia dois veículos que eram
utilizados no local. Um deles, um
Ford, foi apelidado de “onça”, pois
era visto com horror pelos possíveis pacientes, que eram levados à
força mediante a suspeita do contágio. Também havia um carro de
boi que era usado para o transporte de lenha e de alimentos para a
cozinha. Os materiais de consumo
(inclusive instrumentais médicohospitalares) eram sempre abastecidos por doações da comunidade
e a rouparia dos doentes era feita
com as sacas de farinha e açúcar.
As irmãs e outros religiosos lutaram continuamente para reintegrar
os ex-internos junto às famílias e
à sociedade, que então eram estigmatizados como hansenianos.
Atualmente a Colônia abriga
26 residentes, alguns sequelados de
hanseníase, outros remanescentes
de hospitais psiquiátricos, unidades
desativadas também em função de
modificações na política nacional
de saúde mental. É importante ressaltar que nenhum deles estão regulados através de AIH (Autorização para Internação Hospitalar).
REVISTA AGIR 31
AGENDA
Parcerias
Dez 2013 / Fev 2014
Abril >>>
VI Congresso Internacional de Fisioterapia
Manual em Traumato-Ortopedia e
Dermato-Funcional
III Simpósio de Fisioterapia Esportiva
Data: 30 de abril a 03 de maio 2014
Local: Centro de Convenções de João Pessoa –
PB
Informações: www.fisioterapiamanual.com.br/evento-congresso
Maio >>>
Hospitalar 2014
21ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios.
Data: 20 a 23 de maio de 2014
Local: Pavilhões do Expo Center Norte São Paulo - SP
Informações: www.hospitalar.com.br
Novembro >>>
XXVI Congresso Brasileiro de Neurologia
Novas Fronteiras em Neurologia
Data: 09 a 12 de novembro de 2014
Local: Expo Unimed - Curitiba - PR
Informações: www.neuro2014.com.br
32 REVISTA AGIR
Baiano Folhagens
Belcar Veículos
Caravana do Oloares
Catral
Cevel
Crispim + Veiga Propaganda
D-Prime
Escola Internacional de Goiânia
Fraldas Kisses
Goiás dá Sorte
Grupo Affinity
Grupo Saúde e Vida
João Pedro Ribeiro – Coaching para Mulheres
Joule Engenharia
Marcus Biancardini
Mary Kay – Gracielly Silva
OVG – Organização das Voluntárias de Goiás
Piracanjuba
Quick Logística
Refrescos Bandeirantes
Regia Comércio de Informática
Roberta Miranda
Sallo Confecções
Secretaria Municipal de Saúde
Senha Engenharia
SET Produtora
Só Bandeiras
Sorvetes Creme e Mel
Teatro Caju
Tend Tudo
TERMOPOT
Unicom Shopping da Saúde
Via Nut Nutrição Clínica e Produtos Hospitalares
Viviane Vaz – Coaching e Consultoria de Imagem
PERFIL DO COLABORADOR
LENTES PARA O MUNDO
“A gente não tem que fazer o trivial na vida, a gente
tem que fazer a diferença”, Eduardo Castro,
fotógrafo do CRER e cineasta premiado
M
uitos dos que vivenciam a história do CRER, desde
os primeiros anos, provavelmente
conhecem o fotógrafo Eduardo Castro. Ao longo de exatos dez anos,
completados em março, o colaborador participa da rotina dos pacientes, registrando a evolução do tratamento, através de fotos e filmagens,
que servem como ferramentas de
avaliação importantes para os profissionais de reabilitação. Quase a
totalidade da trajetória do CRER foi
vista e registrada, sob algum ângulo, pelas lentes de Eduardo Castro.
Sobre algum fato marcante, o
fotógrafo afirma ter se impressionado com um paciente internado. “Ele
chegou em coma, não mexia nada,
só os olhos abertos, mas sem expressar nenhuma reação. Sempre que eu
entrava no quarto para fotografá-lo,
mesmo sem sinal de entendimento
por parte dele, eu cumprimentava,
avisava o que eu estava fazendo ali e
pedia sua permissão. Todas as vezes
eu fazia isso – ‘olha eu vou te fotografar!’”, descreve. Segundo Eduardo, certa vez foi chamado no ginásio
de fisioterapia para uma filmagem
daquele mesmo paciente, que ao ouvir sua voz teve uma reação inusitada. “Ele virou rapidamente como
se me reconhecesse das vezes em
que estive no quarto dele. Foi uma
grande lição de que todos devem
ser tratados com carinho”, conclui.
Cinema - Sempre ligado às artes e cultura, Eduardo lembra que
aos quatorze anos, seu primeiro emprego foi de vendedor de ‘balinhas’
no cinema de Araguaína, Tocantins.
“Como não tinha dinheiro para poder
assistir aos filmes, essa foi a minha
oportunidade”, justifica. Depois disso, com muita insistência com o dono
do cinema, aprendeu a trabalhar com
Eduardo Castro com
Rosângela de Souza
o projetor e passou a ocupar a vaga
de projecionista. Em 1989, depois de
conseguir comprar uma filmadora
VHS, teve a ideia de fazer um documentário sobre a juventude e os seus
questionamentos. “Araguaína: os jovens e suas perspectivas” é o primeiro
dos seus quatro filmes. Como gosta
de afirmar, a produção é bem amadora, assim como a segunda que retrata
o começo dos bailes funk nos anos 90.
Em 2005, com amadurecimento cinematográfico, Eduardo Castro surpreende com “A resistência do vinil”. O
filme, que retrata a paixão de colecionadores pelo formato LP (Long Play),
participou de vários festivais, sendo
premiado como melhor curta no Goiânia Mostra Curtas, melhor direção
no Festcine em Goiânia, vencedor do
DocTV Goyaz e melhor curta por indicação do júri popular do 13º Festival
de Cuiabá. Com a repercussão e a premiação que recebeu do DocTV Goyaz,
Eduardo deu um novo impulso à sua
carreira cinematográfica, produzindo,
em 2007, o longa-metragem “Guerrilha do Araguaia: As faces ocultas da
história” . Mesmo sendo feito para TV
– o filme foi exibido seis vezes pela
TV Cultura – o longa participou de
festivais de cinema, recebendo a premiação de melhor roteiro e melhor direção no FICA 2008 – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental.
Altos e baixos – Depois do seu
último filme, o fotógrafo do CRER
deu uma pausa na sua carreira cinematográfica, mas não descarta a possibilidade de retornar em breve. De lá
para cá sua vida tem se dividido entre
as atividades desempenhadas no hospital e o trabalho como freelancer em
fotografia. Particularmente sobre o
ano que passou, Eduardo afirma que
2013 foi muito intenso e de grande
aprendizado. “Tive um fim de rela-
cionamento, uma cirurgia no joelho
que me afastou do trabalho, logo depois minha casa foi assaltada, e assim
que retornei das férias, que tirei para
reorganizar minha situação, sofri um
acidente doméstico com botijão de
gás, queimando 65% do meu corpo”,
enumera de forma bem humorada.
“Levei tudo muito na paz”, completa.
Para ele uma das melhores coisas do
ano que passou foi conhecer Rosângela de Souza, acadêmica de farmácia.
“Antes eu tinha passado por uma experiência de alguém que me abandonou quando eu precisava, e ela com
apenas dois meses em que estávamos
juntos, ficou ao meu lado, cuidou de
mim, e cuida até hoje. Ela me segurou e disse ‘vamos embora!’”, fala
emocionado sobre sua companheira.
Filhos e música – Eduardo tem
quatro filhos, Hans Vilela, que está
prestes a concluir o curso de Engenharia Civil, pela UEG, Maria Angélica e Thaís, acadêmicas da UFG em
Direito e Design de Interior, e a caçula
Yasmim Sousa. Sobre as boas surpresas que 2013 lhe reservou, afirma que
uma diz respeito ao filho mais velho,
Hans. “Um dia ele chegou em casa e
avisou que estava fazendo parte de
uma banda”, conta. Muito elogiada pela crítica, a banda em questão
é Boogarins, que está em turnê pela
Europa e Estados Unidos. O pai, que
também é músico, é puro orgulho!
Sobre si mesmo, Eduardo diz
gostar de festas, reunir amigos, abraçar, beijar as pessoas que são mais íntimas e de ter afeto por elas. Para quem
o conhece é fácil perceber o valor que
dá às pessoas queridas, irmãs, filhos,
amigos. “A gente não tem que fazer
o trivial na vida, a gente tem que fazer a diferença. Quando você faz uma
pessoa se sentir bem, você também se
sente bem”, filosofa o colaborador.
REVISTA AGIR 33
PAINEL
A Revista AGIR dedica esta seção para prestigiar aqueles que contribuem
com o CRER na prestação de serviços de qualidade a toda a sociedade.
Parabéns aos colaboradores e voluntários que aniversariam nos meses de
novembro, dezembro e janeiro. Muita saúde, paz e felicidade!
ANIVERSARIANTES
Mês de Novembro
Adriana Guilarde
Alenice de Almeida
Alyne Aparecida Freitas
Ana Cláudia de Freitas
Ana Paula dos Santos
Andrezza Alves
Antonia dos Silva
Beatriz Ferreira
Betania das Neves
Bettina Marta Magni
Carmelia dos Santos
Carmem Lúcia Leitão
Cecilia Raquel Martins
Charles Carvalho
Claudenice Rocha
Claudia Melo
Cleidinaldo Ribeiro
Cristiane dos Santos
Dagoberto Barbosa
Danillo Nogueira
Darlan Santana
Diego da Silva
Edilania Beda Sales
Edna Faria
Elcione Vieira
Eliane Santos
Eliane de Oliveira
Elisa Carolina Andrade
Ellen Christina Camargo
Elza Barboza
Emmanuella Belém
Ester Gontijo
Eunice da Silva
Everton Túlio Bueno
Fabricia Nayara Limeira
Fabrícia Rodrigues da silva
Fayga Samara Câmara
Flávia Cristina Barbosa
Francielly Santos
Gezimiel Alves Brilhante
Hermerson Fernando da Silva
Hugo Miranda de Oliveira
Iale Batista da Silva
Isabel da Silva
Isley José de Souza
Ivan de Souza
Jean Marcel de Figueiredo
Joana Índia de Araújo
João Alírio da Silva Júnior
Jolive do Socorro
Karla Dolores Máximo
Kátia da Silva
Kelvy dos Santos
Larissa Miranda
Leandro da Silva
Leonice Carneiro
Lidiane Barboza
Lucineia de Fátima Carneiro
Ludmila Gomes dos Santos
Luiz André Rodrigues
Mara Lúcia Carneiro
Marcela Rassi Teixeira
Maria Francineide de Sousa
Maria Laura Machado
Marianna Ferreira
Marina de Sousa
Marinalva de Oliveira
Marly Francisco dos Santos
Meirivânia Araújo
Nahiany Franciely Gomes
Nara Rúbia Gomes
Nasaré de Fátima Maciel
Natália Graziani Silva
Noêmia Marciano
Orlon de Oliveira
34 REVISTA AGIR
Paula Francielle Takeda
Paula Martins Roldão
Paulo Victor Mendes
Renan Urzeda
Roberson dos Santos
Roberta Melo da Silva
Rodrigo Roberto Pires
Romilda Ferreira da Silva
Rosana Rosa Alkmim
Sabrina Machado
Santina Ribeiro Luz
Selma Almeida da Silva
Sheila Silva Daniel
Simone de Jesus Santos
Tatiane de Freitas Lemes
Thaina da Silva
Thaís Pereira
Thaisa Regina dos Santos
Tuany Francielly Santos
Twanny Tamara Pires
Valney Luiz da Rocha
Vivian Patrícia de Assunção
Wanderly Campos
Zeneider de Freitas
Mês de Dezembro
Adriana Teixeira
Almira Resende
Ana Flávia dos Santos
Antônio Humberto Dias
Aparecida Donizete Cardoso
Charliton Rodrigues
Cleiton Santos
Cleudimar Maria de Sousa
Cleudison dos Santos
Cristiane Souza
Cristiane Teixeira
Cristina de Oliveira
Daniel de Souza
Danielle Menezes
Danielle Porto
Daniely Barroso
Danillo de Faria
Danúbia Marques
Dayane Vieira
Duílio Tadeu de Souza
Dulcime Barros
Elaine Luzia Teixeira
Eliane Rodrigues
Elisângela de Souza
Elisângela Lima
Eliza Namba
Elma Regina do Carmo
Enesley Mariano
Felipe dos Santos
Fernanda Damasceno
Fernanda Fabíola Salamanca
Fernando Barbosa
Fernando de Morais
Francilene de Oliveira
Gislaine Dias
Hamilton Simão da Costa
Isabella dos Santos
Jackeline Borges
Jackeline da Silva
Karina Leão
Kariny dos Reis
Kátia Santos
Layana Mundim
Leonardo Watanabe
Leonides de Oliveira Filho
Lígia Rocha
Lílian Santos
Lorrane Jesus
Lucimeire da Costa
Luiz Alberto Franco
Luiz Carlos Gomes
Maeli Roberta Nunes
Magaly Martins
Maraiza Oliveira
Marcilene Dias
Marco Túlio Pedatella
Marcos Paulo Carvalho
Maria Helena da Silva
Mariana de Castro
Marise Lima
Marlene Teixeira
Marlos Gonçalves
Marly Calosso
Maurício Batista
Mônica Santana
Mônica Vidal Maciel
Monna Rosa
Neusa dos Santos
Nilton de Lima
Osmarilda Pereira Firmino
Patrícia Conceição Oliveira
Patrícia Luciana Gonçalves
Paulo Henrique Lourenço
Paulo Henrique Silva
Raphael de Souza
Raquel Costa
Raquel de Melo
Raquel Nunes
Reginalda Reis
Reginaldo Souza
Renata Machado
Rommel Barros
Salune Aparecida de Sousa
Silvioneto da Silva
Sônia Aparecida Dias
Sorreylla Vasconcelos
Stênio Rezende
Tammy Ricardo Costa
Tatiane Teixeira
Thaís Silveira Leão
Valéria da Silva
Vera Lúcia Montalvão
Vilma Pereira
Wagna Rocha
Wanessa Alves
Wanessa Barcelos
Zuleide Carneiro
Mês de Janeiro 2014
Adriane Gomide
Adriano de Oliveira
Aldo de Jesus
Alexandre de Castro
Alexandro Grota
Aline dos Santos
Altamira Cristina Frota
Andrea da Silva
Ângela Rodrigues
Apparicio Ferreira Neto
Aristela Fernanda Magalhães
Arlan Santos
Breynner Santos
Camila de Palma
Camilla Luiza Costa
Carlos Alberto Gomes
Carmem dos Santos
Cecília Rosa de Ávila
Célia Maria Pinto
Cláudia Rezende
Claudiney Purificação
Clédma de Almeida
Crisna Leonel
Daniella de Pádua Brom
Dayane Borges
Deborah Almeida
Diego de Medeiros
Divânio dos Santos
Eduardo Silva
Eliane dos Santos
Eliane Gomes
Elisabete Domingos de Santana
Elizângela Flavia de Sousa
Elmival Rosa
Elycesar Queiroz
Emmanuelle Andrade
Érico Ribeiro
Eunice Teles
Eurípedes Pereira
Evandra Martins
Fernanda da Costa
Fernando César Cordeiro
Fernando Vieira
Flávia Barros
Flávia Cínthia da Silva
Gabriela Henrique Lima
Gilvia Meira
Haroldo Alves
Heide Maria Lopes
Helena Lúcia de Sousa
Hércio Santos
Ilma Paranagua
Ivanir da Cruz
Jardel Costa
Jéssica Lorraine Duarte
João Francisco Martins
José Andrade
Junimar Luiz Sevilha
Karen Adriane Brito
Karlos Thiago dos Santos
Larissa Faria
Leonardo da Silva
Letícia de Paula Cauhi
Letícia Morais
Loise Ribeiro
Lorena de Mendonça
Lorena Peixoto
Luiz Eduardo da Silva
Mara Dalila Nunes
Márcia Soares
Marcilene Lima
Marcílio da Costa
Maria Luiza Teixeira
Marlene Gomes
Mayara Russo
Meg Arantes
Mires Najar
Miria Silva
Morgania Campos
Naira Cristina Guimarães
Natália Custódio
Nayhara Santos
Nazaré Serrano
Neusicler Marinho
Neuza Rocha
Nilda Dias
Patrícia Pereira
Patrícia Ribeiro
Paulo da Silva
Paulo Fernando Correa
Priscila da Silva
Raquete Lopes
Rejane Barros
Renato Stefani
Renner Cássio Bessa
Rodrigo Campos
Ronaldo Guimarães
Sandra Rosa Marques
Sarah de Albuquerque
Scarlett Batista
Stefano Queiroz
Sueli Inoue
Vagner Souza
Valdinea Peres
Valéria Aparecida da Silva
Valtene Cândido
Vânia Moura
Virgínia Célia Oliveira
Wilmar Soares
Voluntários
aniversariantes
Mês de Novembro
Flávia Fabiana
Maria Helena Braz
Ruth Maria Correia
Mês de Dezembro
Adercy Vasconcelos
Camila Brandão
Clélia Santos
Diego de Alcantara
Hadassa Alves
Irismar Gomes
Luciene Neves
Maria de Lourdes Cunha
Marina Rosa
Sônia Marilia de Avila
Mês de Janeiro 2014
Izael Carvalho
Lindomar Rodrigues
Rose Meire
Teresina Barcelos
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36 REVISTA AGIR
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