Revista ANO 6 # 20 GOIÂNIA | FEVEREIRO - ABRIL 2014 www.crer.org.br Publicação da AGIR - Associação Goiana de Integralização e Reabilitação Organização Social Gestora do CRER e HDS Roberta Miranda “Sou madrinha do CRER com muito orgulho e honra” REVISTA AGIR 1 2 REVISTA AGIR CARTA AO LEITOR Mudanças Sérgio Daher Superintendente Executivo Caro leitor, esta edição traz muitas mudanças! A publicação antes denominada CRER em Revista passa agora a ser Revista AGIR. Nosso compromisso com a informação e com a prestação de contas, quanto às ações e serviços, continua o mesmo, entretanto não mais poderíamos ficar limitados ao CRER. Desde dezembro passado, a AGIR - Associação Goiana de Integralização e Reabilitação está responsável também pela gestão do Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS). Como tem sido ao longo dos cinco anos da publicação, este veículo é uma das ferramentas importantes de transparência que objetiva manter a sociedade informada sobre a AGIR AGIR Estrutura Administrativa Associados Fundadores Alcides Luís de Siqueira Dom Antônio Ribeiro de Oliveira Elias Bufaiçal (in memorian) Lúcio Fiúza Gouthier Maria Paula Curado Milca Severino Pereira Nabyh Salum Paulo Afonso Ferreira Associados Beneméritos Cyro Miranda Gifford Júnior Gláucia Maria Teodoro Reis Helca de Sousa Nascimento José Alves Filho Marley Antônio da Rocha Marcos Pereira Ávila Paulo César da Veiga Jardim Ruy Rocha de Macêdo Valéria Jaime Peixoto Perillo Valtercy de Melo Embaixadores do CRER Luiz Felipe Scolari Valéria Jaime Peixoto Perillo Diretoria Dom Antônio Ribeiro de Oliveira Diretor-Presidente José Alves Filho Vice-Diretor e a tudo o que acontece no CRER, incluindo-se o HDS, a partir de agora. Nas seções seguintes vocês poderão compartilhar conosco o que acontece nos dois hospitais, conhecer as histórias de pacientes, de colaboradores, a ação de empresas parceiras, os serviços oferecidos e muito mais. A Revista AGIR é um importante canal de comunicação e esperamos que você, caro leitor, aprove as mudanças que a edição nº 20 traz. Esta publicação é para você! Sérgio Daher Superintendente Executivo da AGIR EXPEDIENTE Ruy Rocha de Macêdo Diretor-Tesoureiro Fause Musse Sup. de Relações Externas Conselheiros Alberto Borges de Souza César Helou Edward Madureira Brasil José Evaristo dos Santos Joaquim Caetano de Almeida Netto Nabyh Salum Sizenando da S. Campos Júnior Diretor Técnico João Alírio Teixeira da Silva Júnior CRM/GO 6593 Conselho Fiscal - Titulares Cyro Miranda Gifford Júnior Marley Antônio da Rocha Paulo César Brandão Veiga Jardim Jornalistas SRE - (edição e textos) Mayra Paiva - JPGO - 01802 Thaís Franco Suplentes Marcos Pereira Ávila Valtercy de Melo Crer em revista Supervisão geral, edição Anna Luiza Rucas Gerente de Marketing - SRE Hugo Miranda­- (designer gráfico) (diagramação e arte de anúncios) Colaboradores SRE ­­Marianne Carrijo (agente adm) Márcia Nunes (adm - voluntariado) Olívia Lacerda (secretária júnior) Rodrigo Rocha (contato comercial) Cecília Raquel (contato comercial) Superintendentes Sérgio Daher Superintendente Executivo João Alírio Teixeira da Silva Júnior Sup. Técnico de Reabilitação Colaborador CENE Claudemiro Euzébio Dourado Eduardo Castro (fotografias) Sup. Administrativo e Financeiro Divaina Alves Batista Impressão: Cir Gráfica Sup. Multiprofissional de Reabilitação Revista AGIR é uma publicação dirigida da Associação Goiana de Integralização e Reabilitação, gestora do CRER e do HDS. Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 - [email protected] Site: www.crer.org.br Endereço CRER: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás REVISTA AGIR 3 ÍNDICE Entrevista “O CRER atende a todos e faz sempre alguém feliz” Roberta Miranda 6 Espaço do paciente Rubem Texeira de Jesus e sua visão poética sobre o CRER 20 10 Terceiro Setor 11 Parágrafo Único 11 Resumo 19 Artigo 22 Empresas Mantenedoras 24 É Bom Saber 30 HDS em pauta 32 Agenda 33 Perfil do Colaborador 34 Painel Superação A arte na vida de Tadeu de Oliveira 26 AGIR em Foco Serviço de geriatria no CRER 28 4 REVISTA AGIR Canal Aberto www. crer.org.br / [email protected] Agradeço a gentileza e honrosa lembrança pelo exemplar da CRER em Revista, Ano V, nº 19, e apresento a toda equipe de colaboradores os melhores cumprimentos pela publicação, a qual demonstra um trabalho sério, excelência e diversidade na qualidade das matérias abordadas. Conselheiro Honor Cruvinel de Oliveira, Presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, via carta. A estrutura odontológica foi aprovadíssima. Doutora Letícia, odontopediatra do CRER - Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, e sua auxiliar Márcia tiveram uma atenção muito cuidadosa, ensinaram o Marcos Filho a ter prazer e divertimento na hora da escovação. Com muita música, sol, espelho mágico, mamãe sentada na cadeira o atendimento foi nota mil. Que junho chegue logo... Fica aqui meus sinceros agradecimentos... Simone Martins, mãe do paciente Marcos Filho, sobre o Serviço de Odontologia do CRER. Via facebook. No meu horário de almoço me deparei, no meu trabalho, com a Revista do Crer, e para meu espanto, a Empresa em que trabalho é uma das incentivadoras desse Projeto. Se antes conhecia o CRER, por matérias, em redes sociais e impressas, hoje passo a olhar com outros olhos, os bravos guerreiros que ali trabalham ou são atendidos. É uma satisfação pessoal, saber que em nosso Estado existem pessoas e atitudes assim. Paulo César Moraes Rocha, Tend Tudo / Flamboyant, via e-mail. facebook.com/crerhospital twitter.com/CRER_GO youtube.com/user/CrerHospital REVISTA AGIR 5 ENTREVISTA Roberta Miranda “Desde o dia que conheci o CRER, esse hospital bateu fundo na minha alma” Í cone do mundo sertanejo, Roberta Miranda iniciou sua carreira em 1986, com a intenção de vender 5 mil discos. O sucesso, no entanto, foi grande, equivalente à surpresa: já no primeiro disco ela superou a marca de um milhão e meio de cópias. Hoje, com 25 anos de carreira, Roberta comemora mais de 18 milhões de discos vendidos e a admiração dos fãs que a acompanham em vários países. Em dezembro de 2013, a Rainha da Música Sertaneja aterrissou em Goiânia para conhecer o CRER. Após a visita e encontro com vários pacientes, Roberta Miranda surpreendeu e anunciou que fazia questão de ser Madrinha do hospital. (leia mais na pág 14) Ao retornar à instituição, duas semanas após a primeira visita, Roberta Miranda gravou um vídeo institucional ao lado da paciente Sara, que também é cantora e compositora. No final da gravação, ainda emocionada, Roberta falou à Revista AGIR sobre os 25 anos de sucesso e também de suas ações como Madrinha do CRER. 6 REVISTA AGIR 1 - Você está completando 25 anos de carreira consolidada. Como foi transformar suas lutas e desafios em grandes conquistas? A vida é isso: muito trabalho. Eu não consigo entender sucesso sem muito trabalho. 90% é transpiração e 10% é inspiração. Mas, foi maravilhoso. A gente hoje completa 25 anos de carreira com a fidelidade dos fãs, não somente no Brasil, como também fora, em outros países. 2 - São mais de 18 milhões de discos vendidos. Você imaginava chegar a esta marca e conquistar tamanho sucesso? Aos seus 25 anos de carreira, o que você mais comemora? Não, não imaginava (risos). Eu só queria vender 5 mil cópias. No primeiro disco, já vendi acima de 1,5 milhão. Aos 25 anos de carreira, eu comemoro a vida, comemoro os meus fãs, comemoro a força que tenho e essa alegria toda. Comemoro a minha arte, é isso que eu comemoro. 3 - Você é reconhecidamente a Rainha da Música Sertaneja. Como você ainda recebe esse já consagrado título em sua carreira? Eu fico até um pouco envergonhada. Mas quem me consagrou foi o povo. O povo consagrou a Roberta Miranda. Então, eu só peço a Deus para que eu sempre consiga fazer jus a este título de Rainha da Música Sertaneja. 4 - Você esteve recentemente em Angola, onde escolheu para celebrar seus 25 anos de carreira. Como é a presença da música sertaneja em outros países e sua relação com estes fãs mundo afora? É linda! Não somente em Angola, como Europa, Estados Unidos, América Latina. Nós temos uma relação muito grande, um trabalho muito lindo fora do País e eu devo tudo o que sou ao meu Brasil. 5 - Qual sua relação com Goiás e com os goianos? Eu adoro vocês (goianos). Adoro a cultura, a comida. Acho o povo goiano maravilhoso. Agora, com a relação ainda mais forte, honrada de ser madrinha do CRER, que é um centro de reabilitação que atende a todos e faz sempre alguém feliz. 6 - Em sua primeira visita ao CRER, você pareceu muito emocionada com a realidade dos nossos pacientes e com o tratamento oferecido pelo hospital. O que mais te emocionou? Todos me emocionaram, mas a Sara foi uma pessoa que me emocionou bastante. Ela fez com que eu acreditasse cada vez mais no que estou fazendo e quisesse ser um ser melhor. Posso até dizer que são coisas de outras vidas, porque com a Sara quando eu bati o olho, que ela levantou e a gente se deu um abraço, eu percebi nela a luta, o que ela traz consigo para vencer. E ela é uma vencedora. Fiquei encantada com a Sara, por isso assumi essa menina como minha afilhada. Ela é a cara do CRER. 7 - O CRER recebeu com muita alegria sua iniciativa em fazer parte da nossa história, sendo nossa madrinha. Ficamos honrados em ver seu comprometimento com a nossa causa, pela qual também se dispôs a ajudar. O que nossos pacientes podem aguardar na nova madrinha? Fiquei feliz em poder participar de um trabalho como o do CRER e, ao mesmo tempo, muito emocionada. Estou cumprindo meu papel de madrinha. O que eu puder fazer, eu farei. Vou lutar junto com os meus colegas artistas para tentar fazer aqui (Goiânia) um grande show, já que muitos do mundo sertanejo são goianos. Vamos nos unir para fazer o bem em prol das pessoas que precisam. Agora depende deles, eu já dei meu OK!. Quero aproveitar e dar os parabéns a esta instituição, porque neste País atender, por dia, 1900 pessoas... Puxa vida! É uma coisa maravilhosa! E todos emocionam a gente, porque é tratada a criança, o bebê, o adulto, o idoso. Desde o dia que conheci, esse hospital bateu fundo na minha alma. Hoje sou madrinha do CRER, com muito orgulho e muita honra. REVISTA AGIR 7 PERFIL Maria Albuquerque Miranda, que ganhou fama com o nome artístico de Roberta Miranda, nasceu em João Pessoa, na Paraíba, no dia 28 de setembro de 1956. Sol da Minha Vida, Vida, Paixão, Caminhos, A Majestade, o Sabiá Ao Vivo, Histórias de Amor, Tudo Isto É Fado, Pele de Amor, Senhora Raiz, Sorrir Faz a Vida Valer e Boleros são alguns dos discos. Em 2013, lançou o DVD “Roberta Miranda 25 anos ao vivo em estúdio” Entre seus maiores sucessos da sua carreira estão Majestade O Sabiá, Pimenta Malagueta, Vá Com Deus e Sol da Minha Vida. 8 REVISTA AGIR Sempre Cuidando da Sua Saúde Setor Marista Setor Aeroporto Setor Universitário 3920 5000 3257 7700 3269 3000 www.grupounicom.com.br Brasília - Goiânia - Palmas REVISTA AGIR 9 TERCEIRO SETOR DESAFIOS PARA A EMPREGABILIDADE Por: Patrícia Souza Oliveira F alar de mercado de trabalho para a pessoa com deficiência, antes de tudo, é suscitar questões que ultrapassam medidas específicas ao cidadão com deficiência. Precisamos compreender o conceito de sociedade justa e igualitária, tal como expressa a Carta Magna Brasileira. Temos famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social e que possuem entes com deficiência, sendo a ausência dos recursos materiais um dos fatores que mais agrava a deficiência. É preciso MISSÃO: o FIMTPODER é um colegiado de discussão, deliberação e encaminhamento de reivindicações, providências e medidas, que tem por missão promover a inclusão no mercado de trabalho das pessoas com deficiência e dos reabilitados pelo INSS. VISÃO: Tornar o estado de Goiás referência em inclusão das pessoas com deficiência e dos reabilitados pelo INSS no mercado de trabalho. 10 REVISTA AGIR compreender esses aspectos, para que a discussão a respeito do tema venha com maior abrangência. A Política de Transferência de Renda, executada no País, através do Benefício de Prestação Continuada (BPC), bem constituída, pode ser caminho para tornar possível a superação do grau de impedimento em que vivem os cidadãos com deficiência, desde que ocorra a transversalidade entre as demais políticas. Que as famílias tenham em sua comunidade a disponibilidade dos Serviços Socioassistenciais, de forma estruturada. Que o ensino seja ofertado com os preceitos da acessibilidade em todos os níveis e esferas. Que os espaços urbanos sejam planejados a partir do conceito do desenho universal no tocante à acessibilidade; capaz de favorecer a mobilidade, tanto por transporte público, quanto por vias utilizadas por pedestre, onde todos, independente de sua condição física ou sensorial, possam transitar com maior autonomia. Os programas dos governos locais e nacionais de qualificação profissional e de formação continuada devem proporcionar aos potenciais candidatos o conhecimento, mediado por recursos de acordo com a demanda, além de prever no processo de estruturação dos cursos profissionais preparados para atender à diversidade no mesmo espaço físico ou virtual. A construção de um ambiente que atenda a todos, capaz de resguardar aqueles que requeiram atenção especial, depende do espaço de diálogo com o conjunto - governos e representantes da sociedade civil, em busca do acesso aos direitos assegurados na Legislação. O envolvimento de todos permite a compreensão por parte do empregador e, principalmente, a importância do cumprimento da lei, pois esta não pode ser compreendida apenas pelo aspecto da punição. Patrícia Souza Oliveira, Assistente Social, Analista do Seguro Social-INSS, Secretária Geral do FIMTPODER, Presidente da Associação dos Deficientes Visuais de Goiás - ADVEG Saúde Bucal Parágrafo Único “ “ As diretrizes da AGIR para a gestão do HDS Santa Marta são: manter os pacientes que lá residem atualmente e proporcionar condições adequadas de moradia e cuidados integrais em saúde, com qualidade e humanização; melhorar as condições de trabalho para os servidores; oferecer atenção à saúde dos pacientes usuários da unidade com qualidade e humanização e ampliar os serviços ofertados, sobretudo viabilizar a ativação de leitos para pacientes que necessitem de internação de longa permanência. Dra Mônica Ribeiro, Médica, Diretora Técnica do HDS - Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (administrado pela AGIR). Em parceria com o Grupo Saúde e Vida, de São Paulo, o CRER realizou no dia 26 de novembro, palestra sobre “Qualidade de Vida com ênfase em Saúde Bucal”, voltada aos pacientes, acompanhantes e colaboradores do hospital. O palestrante, Airton Ferreira, apresentou informações modernas sobre a prevenção das principais doenças bucais que acometem a população brasileira. Os assuntos abordados foram: Tabagismo e alcoolismo como causas do Câncer Bucal; Mau Hálito: Higienização correta e Prevenção e Marketing Pessoal: O sorriso como cartão de visita. Resumo Método Hanen O CRER reuniu, nos dias 22 e 23 de novembro, alguns colaboradores do CRER para participarem do curso interno de formação no método Hanen, com a instrutora Natália Spinelli . A missão do Hanen é fornecer o conhecimento e o treinamento necessários para ajudar todas as crianças pré-escolares e escolares a desenvolver a melhor linguagem possível, habilidades sociais e de alfabetização. O primeiro módulo foi considerado muito positivo pelos participantes. Os seguintes aconteceram neste ano, nos dias 31 de janeiro de 01 de fevereiro; e 21 e 22 de fevereiro, sendo o segundo e terceiro módulos, respectivamente. Fonte Site Grupo Saúde e Vida 4º Workshop de Treinamento do Sistema Operacional Os colaboradores da área de Supervisão de Recepção e Telefonia participaram do 4º Workshop de Treinamento do Sistema Operacional usado no hospital e também de palestras para aperfeiçoar ainda mais a rotina de trabalho, de forma a garantir cada vez mais a qualidade e humanização no atendimento aos pacientes do CRER. As atividades foram realizadas em um sábado, 23 de novembro passado. REVISTA AGIR 11 Resumo Simpósio discute prontuário eletrônico do paciente Comissão de Governança da Informação em Saúde da UFG. Durante o evento, Valney Rocha (foto abaixo) compôs a mesa e coordenou a discussão da palestra com o tema: “O Nos dias 28 e 29 de novembro, prontuário eletrônico do papassado, o Assessor Executivo ciente no século 21”, ministrado CRER, Valney Luiz da Roda pela professora da USP, Macha, e a Supervisora do Setor ria Cristiane Barbosa Galvão. de Prontuário do Paciente, JuO 2º Secretário do Conselho Feceli Camisão, participaram do deral de Medicina, Gerson ZaSimpósio Goiano de Informação falon Martins, e o Assessor Técem Saúde 2013, organizado pela nico do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, Ruy César Ramos Filho, palestraram sobre o tema: “Informação em Saúde no mundo digital: quais as implicações ético-legais”. Novos desafios e conceitos de e-Saúde, registro eletrônico e prontuário eletrônico em Saúde alinhados com a Política Nacional de Informação e Informática em Saúde (PNIIS) também foram discutidos durante o seminário. Ruy César Ramos Filho, Juceli Camisão e Gerson Zafalon Martins VI Simpósio Internacional de Tratamento Avançado de Feridas Nos dias 29 e 30 de novembro, sexta e sábado, o CRER transmitiu por videoconferência o VI Simpósio Internacional de Tratamento Avançado de Feridas. Promovido pelo Instituto SírioLibanês de Ensino e Pesquisa (IEP-HSL)- SP, o evento discutiu novas condutas no tratamento avançado de feridas e apresentou um programa dedicado aos pacientes diabéticos. O evento é destinado a profissionais médicos, enfermeiros, estudantes dos respectivos cursos e demais áreas interessadas. 12 REVISTA AGIR Riso solto Teatro Caju apresentou no dia 04 de dezembro, a peça “O Fuxico” e arrancou gargalhadas da plateia. Tarde alegre e animada para os pacientes, acompanhantes e colaboradores do CRER. Reflexão sobre os direitos da pessoa com deficiência No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência – 3 de dezembro, o CRER promoveu uma manhã de conscientização sobre as questões relacionadas à pessoa com deficiência. Na programação, palestra sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e a Inclusão no Mercado de Trabalho, apresentada pela especialista em Políticas Públicas e analista de Seguro Social (INSS) Patrícia Souza Oliveira. “O caminho da inclusão passa pela informação. Inclusão é o direito de todas as pessoas, com ou sem deficiência. Só através do conhecimento e da informação teremos uma sociedade inclusiva”, destacou Patrícia. Com a presença de diversas entidades representativas, a Superintendente Multiprofissional de Reabilitação do CRER, Divaina Alves Batista, membro do Comitê Nacional de Assessoramento e Apoio às Ações de Saúde no Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, fez a abertura oficial do evento. O CRER é, desde maio de 2013, o único hospital do Centro-Oeste habilitado pelo Ministério da Saúde a atender pessoas com deficiência físi- Palestrante Patrícia Souza Oliveira ca, auditiva, visual e intelectual. Denominado Centro Especializado em Reabilitação (CER) IV, a instituição é uma de quatro unidades reconhecidas nesta modalidade, sendo as outras na Bahia, Minas Gerais e Paraíba. O trabalho desenvolvido em 11 anos de atividades fez do CRER um modelo de reabilitação em todo o País. Reconhecida pelo Ministério da Saúde como referência, a instituição foi convidada a participar como membro do Comitê Nacional de Assessoramento e Apoio às Ações de Saúde (Programa Viver Sem Limites), que discute a política da pessoa com deficiência. Neste contexto, o CRER participa e incentiva mobilizações pela luta dos direitos da pessoa com deficiência. Apresentações culturais A equipe CRER Solta o Braço, formada por pacientes do hospital realizou uma apresentação especial de Muay Thai, e a paciente Sara Sampaio cantou uma música autoral que relata sua história de superação. Abrilhantando ainda mais a manhã, o violeiro goiano Marcus Biancardini, um dos principais nomes da viola brasileira, apresentou clássicos da música, de internacionais à caipira tradicional, e canções do próprio repertório. O artista é conhecido em todo o mundo pelo seu talento com a viola, e já se apresentou em programas de TV, como o Programa do Jô e Programa Amaury Jr. Paciente Sara Sampaio em apresentação autoral Apresentação de Muay Thai pela equipe CRER Solta o Braço Considerado um dos melhores violeiros do Brasil, Marcus Biancardini impressiona público no CRER por sua habilidade e talento com a viola Divaina Alves Batista saúda participantes e entidades representativas presentes no evento. REVISTA AGIR 13 Resumo Roberta Miranda, madrinha do CRER No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, 03 de dezembro, a cantora e compositora Roberta Miranda esteve no CRER, a convite da primeira-dama Valéria Perillo, e conheceu um pouco do trabalho realizado. “Estava bastante curiosa e pedi para que a Valéria me trouxesse para eu ver de perto este importante trabalho social”, contou. Durante a visita, Roberta foi saudada pelos pacientes e fãs que estavam na unidade. Sem hesitar, e de forma muito carismática, a artista retribuiu o carinho e atendeu a todos os pedidos de fotos. Ao conhecer o espaço Agir + Saúde, onde funciona a academia, Roberta conversou com a paciente Sara Sampaio, que faz tratamento no Centro de Reabilitação há 11 anos. Assim como ela, a jovem Sara também é cantora e compositora. Após o diálogo, Roberta não escondeu a emoção de ouvir a história de superação da paciente. Valéria Perillo, embaixadora do CRER, lembrou o Dia da Pessoa com Deficiência e destacou a importância do hospital. “É um orgulho receber a Roberta Miranda. Ela se torna, com certeza, a partir de hoje, depois de conhecer a nossa realidade, uma grande amiga”. O superintendente executivo do CRER, Sérgio Daher, agradeceu a visita da artista e o empenho da primeira-dama em promover ações favoráveis ao hospital. “Este trabalho de sermos abraçados pela sociedade, empresários e por artistas é muito importante para nossa instituição. Roberta Miranda é mais uma pessoa de grande destaque no mundo artístico que veio nos ajudar e é muito bem-vinda. Para nós, é uma grande satisfação tê-la como nossa madrinha”, concluiu. Valéria Perillo e Roberta Miranda foram recepcionadas por Sérgio Daher 14 REVISTA AGIR Caravana do Oloares Pela segunda vez, a Caravana do Oloares Ferreira realizou um animado show com novos talentos da música sertaneja goiana. A atração, realizada em 06 de dezembro, foi parte da programação de final de ano do CRER, e contou com a presença de colaboradores, voluntários, pacientes e acompanhantes. Odontologia A equipe do serviço de odontologia do CRER participou, de 06 a 08 de dezembro, do 1º Congresso Internacional sobre Saúde da Pessoa com Deficiência e Grupos Especiais (CISPOD), realizado em Brasília. O 1º CISPOD propõe a promoção da transdisciplinaridade entre os profissionais de saúde e o aprimoramento técnico no atendimento de pessoas com deficiência. Vilma Inutuka, Ricardo Gaioso, Cinthya Paranaíba e Lucy Nunes, odontólogos do CRER. Autoestima Para valorizar a autoestima das mulheres, o CRER realizou nos dias 12 e 13 de dezembro, palestra dedicada ao público feminino. Com o tema: “Ser feliz está na moda”, os consultores João Pedro Ribeiro e Viviane Vaz deram dicas de moda, imagem pessoal e coaching, deixando as colaboradoras e pacientes do CRER João Pedro Ribeiro cativou o público feminino com “Quando a autoestima está alta a sensação que muita descontração e alegria temos é de sermos mais capazes, independentes e mais bonitas, confiantes e motivadas. confiantes”, destacou Viviane Vaz Consultoras da Mary Kay ofereceram às participantes limpeza de pele e orientações de automaquiagem com os produtos da linha. O evento foi realizado no auditório da Instituição e integrou a programação de final de ano. Humanização No dia 06 de dezembro, colaboradores do CRER e de diversas áreas de saúde do estado participaram do 5ª Encontro da Câmara Técnica de Mobilização para Humanização do Sistema Único de Saúde em Goiás. O evento, realizado no auditório da Superintendência Multiprofissional de Reabilitação, no CRER, contou com a presença das coordenadora e consultora da Política Nacional de Humanização (PNH) no Centro-Oeste, Beth Mori e Olga Matoso, da arquiteta da PNH, Ana Paula Costa, e da psicóloga de humanização da superintendência de políticas de atenção integral à saúde - SPAIS, Maria Salette. Durante o encontro, foram apresentadas as ações da PNH no Estado de Goiás, dentre outras discussões. A Câmara Técnica de Humanização possibilita o fortalecimento das discussões da Política Nacional de Humanização, que contribui para a qualificação das ações de saúde. Celebração de Natal Pacientes, familiares, voluntários, colaboradores e amigos do CRER se reuniram no auditório Valéria Perillo, na manhã de 11 de dezembro, em um Culto Ecumênico de Natal, com representantes das religiões católica, espírita e evangélica. O Pastor Rubens Cirqueira, da Igreja Presbiteriana, foi o primeiro a deixar uma mensagem e relembrou uma passagem bíblica. “Jesus abriu mão da sua glória, para que ele pudesse se identificar conosco. Ele morreu na Cruz para que todos nós tivéssemos vida”. O representante espírita, Eduardo Rezende Gonçalves, destacou a necessidade de se promover o amor, independente da crença religiosa. “O amor é um sentimento que deve vibrar dentro de nós e nos animar a cada dia. Estamos finalizando mais um ciclo de 365 dias, é tempo de reflexão sobre nossos atos, momento de pensar em que precisamos mudar para praticar os ensinamentos de Jesus”. Já o Pe. Alcides de Lima deixou a seguinte reflexão: “Não é possível fazer um novo começo, mas é possível fazer um novo fim. Deus está em todos nós, onde vive o amor Ele está. Deus só entra no coração de quem tem amor”. Integrantes do Coral Crer em Canto, que fez o acompanhamento musical da celebração, com o Superintendente do CRER, Sérgio Daher REVISTA AGIR 15 Resumo AGIR assume a gestão do HDS tologia Sanitária (HDS) a transferência de gestão da unidade para a AGIR - Associação Goiana de Integralização e Reabilitação, a organização social gestora do CRER. “Vamos fazer uma transição harmônica com objetivo de ampliar e melhorar o atendimento já exis- O então secretário da Saúde, Antônio Faleiros (foto), tente. Queremos que o mesmo padrão de serviços anunciou, em 12 de dezembro, no Hospital de Derma- do CRER seja oferecido no HDS”, afirmou Faleiros. O Hospital de Dermatologia Sanitária (HDS), antes Colônia Santa Marta – de moradia e tratamento de portadores de hanseníase, atende hoje 27 internos, sequelados da doença, que moram no local desde 1952. São mais de sete mil procedimentos e 1500 pessoas atendidas por mês. O hospital conta com 19 médicos, 274 profissionais, com destaque para Central de Curativos onde são tratados os pacientes com feridas profundas. Com a mudança, o hospital será destinado a tratamento de doenças crônicas e de longa permanência. Show de solidariedade Depois de conhecer a estrutura e os trabalhos prestados pelo CRER, Roberta Miranda fez questão de contribuir com a instituição (veja pág. 6). Nos dias 19 e 20 de dezembro, dois shows beneficentes, com arrecadação revertida para o CRER e a OVG, foram realizados no Palácio da Música Belkiss Spenzièri, do Centro Cultural Oscar Niemeyer. Depois de uma visita ao CRER, no dia 03 de dezembro, passado, Roberta Miranda declarou o desejo em ajudar a instituição. Além dos shows, ela também gravou um vídeo institucional. 16 REVISTA AGIR Roberta Miranda e a paciente Sara Sampaio durante a gravação do vídeo institucional do CRER Natal encantado Por mais um ano, o Natal de 2013 dos pacientes do CRER foi repleto de alegria e encantamento, graças ao envolvimento de colaboradores e voluntários. Ao longo dos me- ses de novembro e dezembro, os pacientes, alguns contando com a ajuda de voluntários, registravam o que queriam ganhar como presente. Os pedidos eram os mais variados e incluíam cesta de alimentos, material escolar, brinquedos e muito mais. Após terem sido escritas ao Papai Noel, as cartinhas eram escolhidas e “adotadas” por colaboradores e voluntários do CRER, que passavam a ser responsáveis pela concretização dos pedidos. No dia 18 de dezembro, contando com a presença do bom velhinho, o auditório Valéria Perillo ficou lotado com os pequenos sonhadores que aguardavam o grande momento. Todas as cartinhas foram atendidas e as crianças que não puderam comparecer no dia da entrega foram contatadas para receberem seus presentes posteriormente. Parceria A AGIR/CRER iniciou uma parceria com a empresa Danone, para implementar melhorias na qualidade da terapia nutricional enteral dos pacientes do CRER. O objetivo é também contribuir para a qualidade de vida dos pacientes internados na Instituição. Dentre as ações, estão a coleta e tabulação de dados, treinamento e reciclagem de toda equipe inter e multidisciplinar que atua na terapia nutricional, além do contato com outras instituições para troca de informações. Programa de Educação Continuada O Programa de Educação Continuada do ano de 2014 da equipe de enfermagem do CRER teve início no dia 27 de janeiro. Os encontros irão acontecer quinzenalmente no período diurno e semanalmente no período noturno para contemplar os diferentes turnos de trabalho. Os temas abordados durante as aulas são pertinentes à assistência de enfermagem, relacionamento interpessoal, postura profissional, entre outros. O Programa de Educação Continuada do CRER existe há dois anos, e é realizado pela Gerência de Enfermagem do Hospital. Através do programa a equipe busca a excelência nos serviços prestados aos pacientes na assistência de enfermagem. REVISTA AGIR 17 Resumo Sexualidade Revista AGIR Teve início no dia 28 de A CRER em Revista mudou, ela janeiro, o curso de Se- passa agora a ser Revista AGIR. xualidade para pacien- Durante mais de onze anos coube tes com lesão medular, à organização social AGIR - Asso- ministrado pelas enfer- ciação Goiana de Integralização meiras do CRER Fer- e Reabilitação, exclusivamente, a nanda Miranda e Taísa gestão do CRER. Por esse motivo Duarte. Os encontros, era possível uma publicação que que são destinados aos contemplasse somente as ações e pacientes em regime de serviços do Centro de Reabilita- internação, são quinzenais e acontecem até o final deste ano. Cerca de 20 ção e Readaptação Dr. Henrique pessoas participaram do primeiro dia do curso. Santillo. No entanto, ao assumir, Combate à dengue ministração do Hospital de Der- Colaboradores e usuários do CRER participaram, no dia 30 de janeiro, de da AGIR julgou conveniente alte- palestra sobre entomologia do mosquito transmissor da dengue. O biólogo do controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde, Wellington Tristão (foto), falou sobre a epidemiologia da dengue, o ciclo evolutivo do vetor, desde o ovo até a fase adulta, e também orientou os presentes como eliminar os criadouros do Mosquito da Dengue, conhecido como Aedes Aegypti. A ação, resultado de uma parceria entre o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) do CRER e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), integrou a “Campanha CRER contra a Dengue”, que aconteceu na última semana de janeiro. Orientações internas foram repassadas aos colaboradores e pacientes quanto aos cuidados de manter os ambien- desde dezembro passado, a admatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS), a Alta Direção rar o nome da revista. Essa mudança não traz perdas à linha editorial, ela acontece com a intenção de garantir espaços às duas instituições geridas pela AGIR. Continuaremos a trazer temas de interesse, relativos à saúde, responsabilidade social, avanços científicos, direitos, serviços, personagens, eventos e muito mais. As seções permanecem as mesmas, com exceção da Meio Ambiente, que passa a ser HDS em Pauta. Errata Na nota “Residência Médica”, Se- tes livres de focos do mosquito ção Resumo da Edição 19, o médico transmissor da dengue. (3 o à esq.) é Renato Daher 18 REVISTA AGIR ARTIGO O USO DA BANDAGEM TERAPÊUTICA NA DISFAGIA OROFARINGEA EM PARALISIA CEREBRAL Por: Seizer Mainardi Jorge Mariana Artiaga O s transtornos motores causados pela paralisia cerebral podem acarretar alterações no controle motor oral, influenciando negativamente o desempenho das funções de sucção, mastigação e deglutição. O vedamento labial insuficiente, a baba constante, a hipersensibilidade e a presença de reflexos primitivos orais ocasionam dificuldades no processo de alimentação. A deglutição é o ato de engolir e envolve estruturas da cavidade oral, faringe, laringe e esôfago, subordinadas a um controle neural que permite a condução do alimento até o estômago. Ela é fundamental para hidratação e nutrição adequadas do indivíduo, permitindo a integridade e manutenção da vida. A disfagia é a dificuldade na deglutição, ou seja, no ato de engolir alimentos ou saliva. Pode atingir qualquer faixa etária, de recém-nascidos a idosos. As disfagias orofaríngeas, em que a alteração está presente em nível oral ou faríngeo, se manifestam, do ponto de vista clínico, através de sintomas como alterações na mastigação, dificuldades para iniciar a deglutição, regurgitação nasal, tosse, diminuição do controle de saliva, engasgos durante a alimentação. Como consequência da dificuldade na alimentação, o paciente pode apresentar desnutrição, desidratação, pneumonia aspirativa além de dor e desconforto. Estudos indicam que a disfagia está intimamente relacionada com a gravidade do comprometimento motor causado pela paralisia cerebral. A reabilitação fonoaudiológica da disfagia, na paralisia cerebral, consiste na adequação ou melhora de todos os músculos do sistema sensório motor oral, permitindo o funcionamento adequado das funções de sucção, mastigação, deglutição e respiração. Bandagem A princípio, a bandagem elástica era utilizada por atletas como medida de segurança para repetir um movimento após lesão ou algum tipo de desgaste e muitas vezes utilizada até de forma preventiva evitando reincidência da lesão. Atualmente é cada vez mais utilizada como método terapêutico adicional na reabilitação de pacientes em áreas diversas da saúde como fonoaudiologia, fisioterapia, terapia ocupacional e medicina. Na pele existem receptores (neurônios somatossensoriais periféricos) que se comunicam diretamente com o Sistema Nervoso Central. O objetivo da bandagem como método terapêutico é proporcionar estímulos sensoriais através da pele, sendo estes contínuos e duradouros obtendo assim uma resposta motora mais eficiente. Na terapia fonoaudiológica a bandagem funciona como um importante recurso terapêutico, atu- ando diretamente na musculatura que se quer estimular, podendo até reduzir o tempo de tratamento. A bandagem proporciona um estímulo que gera uma resposta muscular de contração ou relaxamento dependendo da necessidade de cada paciente. A bandagem elástica tem-se mostrado um método terapêutico eficaz, sendo um recurso complementar importante na terapia fonoaudiológica da disfagia orofaríngea nas crianças com paralisia cerebral. Deve ser aplicada por profissional habilitado com conhecimento da musculatura e dos objetivos a serem alcançados com cada paciente. O setor de fonoaudiologia infantil do CRER vem obtendo resultados satisfatórios, proporcionados com a aplicação da bandagem elástica terapêutica fornecida por esta instituição. Paciente Nicolas Lopes dos Santos Seizer Mainardi Jorge, Fonoaudióloga do CRER, e Mariana Artiaga, Fonoaudióloga aperfeiçoanda em 2013 REVISTA AGIR 19 ESPAÇO DO PACIENTE CENTRO DE REABILITAÇÃO E READAPTAÇÃO DR. HENRIQUE SANTILLO Texto escrito pelo paciente Rubem Teixeira de Jesus Ó rgão beneficente que se dedica com abnegação ao tratamento de pessoas carentes de saúde há cerca de uma década e, pelo que se pode observar, esta instituição deverá dar prosseguimento a essa obra benemérita que vem desenvolvendo um trabalho digno de elogio, por todos que se beneficiam dessa memorável realização inteligente, surgida no pri20 REVISTA AGIR meiro governo de Marconi Perillo. A qualidade e eficiência nos atendimentos de praxe e emergenciais, destacam-se pela capacidade funcional de todos os componentes: médicos, fisioterapeutas e demais auxiliares, incluindo os voluntários nas diversas tarefas que lhes são atribuídas. O exemplo dessa Casa de Saúde, certamente, grassará por todos os recantos de nossa Pátria, o sentimento humanitário, que poderá ser um papel carbono para outros realizadores: “Fazer e Ver para Crer”. (Crer) - - - suspiros de esperanças para os que almejam uma vida melhor, no que tange à saúde, como fator primordial, a felicidade de um povo tão sofrido. Com denodo é que parabenizo a Equipe de Funcio- nários, desde o mais alto posto, até o mais humilde cargo em suas respectivas atribuições. nhã, será sempre melhor que hoje. Procurei ser lacônico, mas Sem mais, conclamo a to- não me contive. O assunto é tão dirigentes, importante, que nos faz discorrer Residindo nesta urbe, a fim funcionários em geral e pacien- os fatos com a ênfase merecida. de conviver mais próximo a um tes, para que estejamos sempre dos meus filhos, que vive aqui há vinculados a um sentimento de reconhecimento mais de trinta (30) anos; ocorreu- amor e fraternidade, para que se- so já alcançado pelo “CRER”. me, exatamente, em 2012 um en- jamos dignos dos merecimentos fraquecimento geral, em meu siste- que as Leis Divinas, nos outorgam. dos: patrocinadores, Destarte, O do meu pela lego ao muito o meu sucesobriga- oportunidade... ma neurológico. Levado a um dos postos do SUS, fui atendido e ao mesmo tempo, indicado para fazer uma consulta no “CRER”. Nessa ocasião, pude aquilatar o modo amável e eficiente de um atendimento prioritário e pleno de muita atenção; de modo que a minha locomoção era com o auxílio de uma cadeira de rodas. Logo, fui agraciado com um desses veículos; hoje, não mais preciso. Estou andando com o auxílio de uma bengala. Enfim, sinto a aproximação de uma cura total. Tenho sido bafejado pela sorte. Agradeço em primeiro lugar a Deus, bem como, ao tratamento que venho recebendo. É, verdadeiramente, uma graça do céu. O atendimento feito por Rubem, 81, teve perda funcional progressiva. É paciente esta Casa de Saúde visa a melho- do CRER desde abril de 2012. Baiano de origem, Sr. Ru- ra do ser humano como um todo. Tenho feito amizade com bem mudou-se ainda na juventude para o Rio de Janeiro, grande parte dos fisioterapeutas capital, onde viveu mais de 60 anos. Em março de 2011, e, também, estou me interagindo com alguns pacientes, no sentido mudou-se, junto com sua esposa Carmem, para Goiâ- de incentivá-los a não perderem nia, em busca de tratamento no CRER. Fuzileiro Naval a confiança nos médicos que fa- aposentado, Sr. Rubem agora divide seu tempo entre as zem tudo em prol da nossa cura. Devemos ter muita fé e acima aulas de inglês que ministra e suas poesias e crônicas. de tudo, a certeza de que o amaREVISTA AGIR 21 EMPRESAS MANTENEDORAS CREME MEL: A MAIOR INDÚSTRIA DE SORVETES DO CENTRO-OESTE A Creme Mel Sorvetes atua no mercado de sorvetes há 27 anos e ainda está em plena expansão. Além da sociedade com o Grupo Odilon Santos, a empresa fechou uma parceria com a HIG Capital, investidora americana, a fim de expandir a empresa com a construção de uma nova fábrica com uma maior capacidade. O mix da Creme Mel é variado e atende todos os públicos e gostos. Este é considerado um diferencial da empresa, sendo mais de 40 sabores de sorvetes em caixas de 10 litros; 23 sabores em potes 2 litros e 35 picolés. Além de estar sempre inovando com novos produtos, como o lançamento especial 22 REVISTA AGIR de Natal, Iogurte com Frutas Vermelhas e Nozes que foi um sucesso. Mesmo com o crescimento acelerado que tem passado nos últimos anos, a Creme Mel não deixou de se preocupar com a responsabilidade social. Anualmente, promove duas grandes doações: a distribuição de sorvetes para os romeiros na Festa de Trindade e também a doação de Outubro, em comemoração ao Dia das Crianças, em que são doados mais de 40.000 picolés para diversas instituições de caridade. Além disso, a empresa tem contribuído com a doação de milhares de sorvetes e picolés para eventos do CRER como Festa Junina, Dia das Crianças, Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat), comemorações de aniversário da Instituição e celebrações de final de ano. A parceria entre o CRER e Creme Mel foi selada em 2008. História Fundada em 1987 pelo empresário Antônio Santos na garagem de sua residência, a Creme Mel Sorvetes é hoje a maior indústria de sorvetes do Centro-Oeste e está entre as mais importantes do seu segmento no Brasil. Atualmente, contamos com mais de 860 colaboradores, 7 centro de distribuição (São Paulo, Uberlândia, Cuiabá, Campo Grande, Belo Horizonte, Bahia e Distrito Federal) e estamos presentes nos estados de Goiás, Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Maranhão e Distrito Federal, oferecendo aos consumidores produtos com qualidade e sabor diferenciados. REVISTA AGIR 23 É BOM SABER AGIR: CONHEÇA MAIS SOBRE A ORGANIZAÇÃO SOCIAL QUE ADMINISTRA O CRER E O HDS A AGIR - Associação Goiana de Integralização e Reabilitação – AGIR, personalidade jurídica de direito privado, com fins não econômicos, é qualificada como Organização Social pelo decreto estadual nº 5591/02, e reconhecida como entidade de utilidade pública e de interesse social por força do artigo 13 da Lei Estadual 15.503/05, certificada como Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) pelo Ministério da Saúde. A AGIR administra o CRER desde sua fundação, em setembro de 2002, e reinveste no Hospital todos os recursos angariados através do contrato de gestão com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), da contratualização com a Secretaria Municipal de Saúde, dentre outras ações ou ainda por meio de doações recebidas, possibilitando a manutenção, ampliação e implementação dos serviços hospitalares prestados à sociedade. Transparência A AGIR é regida por um estatuto, por normas internas e pela legislação aplicável a ela (Lei 15.503/05), possuindo como órgãos de deliberação superior a Assembleia Geral dos Associados, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal. Cabe ao Conselho de Administração da 24 REVISTA AGIR AGIR, entre outras atribuições, fixar o âmbito de atuação da Associação; aprovar o programa de investimentos e o orçamento geral; aprovar o regimento interno, que dispõe sobre estrutura, forma de gerenciamento, cargos e suas competências; fiscalizar o cumprimento das diretrizes e metas e contratar e dispensar os membros da Diretoria Executiva. Os Conselheiros atuam como controle direto, por representação, do poder público e da sociedade civil, na direção da AGIR. Os profissionais contratados pela AGIR são regidos pelo regime da CLT. Os processos seletivos são devidamente regulamentados. As aquisições de bens e serviços obedecem ao regulamento de compras da AGIR, em conformidade com o preceituado nas normas que orientam o funcionamento das Organizações Sociais. Todos os atos de gestão da AGIR são processualizados, garantindo a moralidade, impessoalidade e transparência de suas ações, submetidos regularmente a auditorias interna e externa, o que resulta na certificação do seu sistema de gestão da qualidade conforme a norma ISO 9001:2008. A AGIR demonstra transparência pública em suas práticas de gestão através das infor- mações listadas e atualizadas no site www.crer.org.br. São instrumentos de controle e gestão: Auditoria Independente; COMACG - Comissão de Monitoramento e Avaliação dos Contratos de Gestão; Conselho Local de Saúde; CGE – Controladoria Geral do Estado de Goiás; SES-GO - Secretaria Estadual de Saúde; AGR - Agência Goiana de Reg. Controle e Fiscalização de Serviços Públicos; TCE – Tribunal de Contas do Estado; MP-GO - Ministério Público Estadual; TCU – Tribunal de Contas da União; MS - Ministério da Saúde; CGU – Controladoria Geral da União; MPU – Ministério Público da União; entre outros. Estrutura administrativa A AGIR é composta por associados fundadores e beneméritos, conselheiros, conselho fiscal (titulares e suplentes), diretores e superintendentes, dentre esses o Executivo, Sérgio Daher. Integram a diretoria: Dom Antônio Ribeiro de Oliveira (diretor-presidente), José Alves Filho (vicediretor) e Ruy Rocha de Macêdo (diretor-tesoureiro). (Para conferir todo o quadro administrativo, veja o Expediente – página 3). A AGIR na gestão do CRER: avanços e conquistas - Iniciou o atendimento ao público em 25 de setembro de 2002; - Recebeu do Governo de Goiás uma estrutura física com 8.823 m²; com as expansões conta atualmente com 29.995,69 m² de área construída; - Em 2006 o CRER foi certificado com o NBR ISO 9001:2000 e em 2009 foi re-certificado com NBR ISO 9001:2008; - A AGIR foi certificada como Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) pelo Ministério da Saúde em junho de 2012 - Habilitação do CRER como Centro Especializado em Reabilitação (CER IV) – portaria nº 496, de 3 de maio de 2013, na Reabilitação das deficiências Física, Auditiva, Visual e Intelectual. - Participação do CRER no Comitê Nacional de Assessoramento e Apoio às Ações de Saúde no Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Implantação do serviço de Odontologia em setembro de 2013 - Convênio assinado com o Ministério da Saúde para a realização do curso de Aperfeiçoamento em confecção e manutenção de próteses, órteses e cadeira de rodas - Abriga a Central de Transplantes do Estado de Goiás desde fevereiro de 2013 - Implantação do Conselho Local de Saúde em junho de 2013 - Implantação do Programa de Humanização do SUS - Habilitação ao Serviço de Assistência Ventilatória não Invasiva - Portaria nº 577, de 20 de Junho de 2012 - Habilitação do Implante Coclear - Portaria nº 515 de 01 de Junho de 2012 - Habilitação em alta complexidade do Serviço de Traumato-Ortopedia – Portaria 1.195 de 24/10/2012 - Consolidação da implantação do prontuário eletrônico do paciente (PEP), regulamentado pela Resolução de nº 1821/2007, do Conselho Federal de Medicina. - Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade pela NBR ISO 9001 na versão 2008 - Participação do CRER no Fórum Goiano de Inclusão no Mercado de Trabalho das Pessoas com Deficiência e dos Reabilitados pelo INSS- FIMTPODER em 2013 - Credenciamento pelo Ministério da Educação (MEC) dos Programas de Residência Médica em Medicina Física, Reabilitação/Fisiatria, Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Medicina Intensiva e Anestesiologia. A AGIR na gestão do HDS Pelo decreto Nº 7.807, do Governo de Goiás, a gestão do Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS) foi transferida à AGIR, que assumiu o gerenciamento, a operacionalização e a execução das ações e serviços de saúde naquela unidade. Dentre as primeiras ações da AGIR frente ao HDS, destaca-se a reorganização do quadro de colaboradores do hospital. Outra prioridade é melhorar a estrutura física do HDS, já com a possibilidade, em estudo, da construção de um Hospital Gerontológico para o paciente idoso e de longa permanência. (Leia mais nas páginas 30 e 31). Legislação LEI Nº 9.637, DE 15 DE MAIO DE 1998. Art. 1o O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos requisitos previstos nesta Lei. LEI Nº 15.503, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2005. Art. 1º A qualificação de pessoas jurídicas de direito privado como organizações sociais do Estado de Goiás dar-se-á por meio de ato do Poder Executivo. DECRETO Nº 5.591, DE 10 DE MAIO DE 2002. Art. 1º A Associação Goiana de Integralização e Readaptação - AGIR, sociedade civil sem fins econômicos, com sede e foro nesta Capital, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda sob o n. 05.029.600/0001-04, fica qualificada como Organização Social - OS, nos termos do art. 25 e seu parágrafo único da Lei n. 13.456, de 16 de abril de 1999. REVISTA AGIR 25 SUPERAÇÃO É “ME SUPEREI COM A ARTE” uma tarde de quinta-feira do mês de janeiro. O sol a pino, típico de um verão, não é problema para Tadeu, que chega pedalando sua bicicleta. Não fosse essa a surpresa – pedalar sob forte temperatura, eis o mais surpreendente: ele é amputado da perna direita, marca deixada pela hanseníase. A história de José Tadeu Bezerra de Oliveira, 44, é tão impressionante como a alegria que transmite em sua face. Natural de Tocantins, Tadeu foi diagnosticado com hanseníase na década de 80. Morava em Guaraí, quando, aos 12 anos, foi levado para Goiânia e internado compulsoriamente na Colônia Santa Marta, hoje Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS Santa Marta), administrado pela AGIR. “Me disseram que eu iria apenas para uma consulta. Fiquei empolgado, principalmente, por26 REVISTA AGIR que meu sonho era conhecer cidade grande. Mas, assim que cheguei, passei por uma triagem e fui informado que ficaria para tratamento. Percebi naquele momento que minha vida ia mudar”, lembra. Tadeu passou então a morar na Colônia Santa Marta, longe da família, que deixara para trás. “Fiquei 10 anos sem ver minha mãe. Minha família passou a ser os outros residentes da Colônia”. Ele conta que, naquela época, a comunidade hospitalar tinha, em média, 800 pessoas. “Quando cheguei, foi um choque muito grande. Porque vi muitas pessoas mutiladas. Eu já peguei uma época que existia tratamento”, diz. “Eu cheguei com uma úlcera no pé direito, que não cicatrizava. Tive o diagnóstico tardio, o que complicou o quadro”, lamenta. “Hoje é possível ficar 100% sem sequelas, uma vez que a Hanseníase seja diagnosticada no tempo certo”, explica a psicóloga e coordenadora psicossocial Cledma Ludovico. No caso do Tadeu, ele fez o uso de uma muleta durante décadas, até que, há cerca de cinco anos, ele optou pela amputação. “Levou um tempo, mas percebi que a amputação me traria benefícios. Não foi uma perda, nem um trauma. Tirei uma coisa que me fazia mal. A amputação foi um alívio”, relata Tadeu, que atualmente diz viver muito melhor do que na época em que usava muleta. Tadeu morou durante décadas na Colônia. “A Santa Marta foi a última colônia do País a perder o modelo de hospital-colônia. Era uma cidade: tinha prefeitura, delegacia, clubes e escolas”, revela. E foi na escola e nas atividades desenvolvidas ali que Tadeu descobriu sua maior força: a Arte. “Nasci com essa coisa de Arte em mim. Acredito que nasci desenhando. Desde pequeno, já gostava de fazer alguns desenhos. Aos 15 anos, comecei a pintar telas. Aquilo foi formando e crescendo dentro de mim e eu fui profissionalizando. Me superei com a Arte, onde encontrei uma força maior que a minha doença”, declara. O artista diz que gosta de pintar retratos e caricaturas impressionistas. Um dos quadros mais conhecidos, que ainda fica exposto na Casa Viva (HDS) retrata a “onça”, veículo que era utilizado para internações compulsórias dos pacientes do HDS. “Não foi o meu caso, mas muitos pacientes chegaram aqui nestes carros e era perceptível o horror e sofrimento nos olhos deles. Por isso, resolvi expressar em uma tela”, justifica. Tadeu conta que já entregou retratos de sua autoria a grandes figuras públicas, como o ex-presidente Lula. Atualmente, ele fica em grandes feiras conhecidas em praças públicas, em Goiânia, onde faz, na hora, telas com retratos dos clientes. Ele também já programa ir para o Rio de Janeiro durante a Copa do Mundo de 2014 para fazer quadros/retratos dos turistas que acompanharão o maior torneio de futebol do mundo. Outro talento revelado de Tadeu é a música. “Violão também faz parte da minha vida. A música me salvou, me deu suporte psicológico e emocional”. Ele, que durante a entrevista dedilha algumas sintonias no instrumento, usa a música e sua história de superação para motivar outros pacientes que ainda vivem no interior do Hospital de Dermatologia Sanitária. Luta Além de conquistar sua própria superação, Tadeu esteve à frente da luta dos pacientes que foram internados compulsoriamente em Goiás. Membro do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), ele diz que esteve inúmeras vezes em Brasília em defesa dos direitos destes pacientes. Em 1976, o Ministério da Saúde, editou a portaria 165 normatizando e proibindo as internações compulsórias. Segundo Tadeu, cerca de 400 pacientes do Estado já foram indenizados, inclusive ele, segundo a Lei nº 11.520, de 18 de setembro de 2007, que concede pensão especial, mensal, vitalícia e intransferível. “Com a indenização conseguimos melhorar nossa qualidade de vida. Agora, minha luta – e fica aqui também o meu pedido – é que acabem com a Hanseníase”, apela, fazendo também um alerta sobre a importância do diagnóstico precoce para o tratamento da doença. **Leia mais sobre o Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS Santa Marta) na página 32. REVISTA AGIR 27 AGIR EM FOCO Paciente do CRER, Euripiana Vieira Pinto, 73, recebe a atenção dos médicos geriatras Jackeline Borges e Cristhiano Braga SERVIÇO DE GERIATRIA A Atendimento integral para idosos internados no CRER o longo das últimas décadas, o perfil da população mundial tem sofrido algumas alterações e uma das mais significativas delas está ligada ao seu envelhecimento. No Brasil, segundo dados do IBGE de 2012, hoje, 7,4% da população brasileira são de pessoas acima de 65 anos, com a perspectiva de que este percentual salte para 26,7%, em 2060. Também conforme o Instituto, dentre a população idosa, mais de 30 mil já ultrapassaram os 100 anos de ida28 REVISTA AGIR de, representando um novo desafio para a saúde pública. A expectativa de vida do brasileiro é de 75 anos. Para a área de saúde, a mudança desse perfil populacional leva a novos desafios e novas abordagens. No CRER – Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, que atende pessoas com deficiência física, auditiva, mental e intelectual, os serviços também sentiram este impacto e foram ampliados para responder à demanda crescente. Com a inauguração da UTI, em julho de 2011, onde os leitos são disponibilizados a toda rede SUS, a equipe do CRER percebeu que um grande percentual de idosos passou a adentrar a Instituição. “Hoje cerca de 70% dos leitos da UTI são ocupados por idosos”, esclarece a médica geriatra Jackeline Gomes Borges. Após transferência para os quartos, não sendo mais necessária a terapia intensiva, os pacientes continuam a receber o tratamento adequado. “O Serviço de Geriatria do CRER surgiu dessa nova demanda, e como já havia uma equipe multiprofissional e estrutura disponíveis o tratamento do idoso é feito de forma global, envolvendo serviços médicos, psicológicos, nutricionais, terapêuticos e exames”, completa Jackeline. Os principais acometimentos nos idosos internados no CRER são acidente vascular encefálico, traumatismo crânio­encefálico, fratura de fêmur, pneumonia e infecção urinária.Todo o atendimento prestado é acompanhado e mediado pelo Serviço de Geriatria. “Em qualquer prescrição, ou tratamento indicado, o geriatra precisa estar integrado de modo a avaliar o que é melhor para o paciente, considerando-se seu histórico de vida e possíveis comprometimentos”, declara Cristhiano Augusto Oliveira Holanda Braga, médico do hospital. “O geriatra às vezes chega a ser comparado ao clínico geral, mas nossa especialidade assemelhase mais à pediatria, que presta à criança um atendimento integral. O idoso precisa receber este tipo de tratamento. Além dos aspectos físicos, inerentes à idade, a diferença está que na pediatria o médico lida, além do paciente é claro, com pais e avós, e já na geriatria são os filhos e netos quem nos auxilia no processo terapêutico do idoso”, compara Cristhiano. Na avaliação dos profissionais do CRER, o médico geriatra muitas vezes se torna o referencial de assistência em saúde para toda a famí- lia. Por entender a saúde como um todo e não de forma fragmentada, ele passa a ver o próprio ambiente familiar como um meio que colabora ou não para o processo de doença do paciente, atentando-se também para a sobrecarga e stress dos familiares do idoso. Para os médicos Jackeline e Cristhiano as dificuldades do serviço de geriatria são aquelas inerentes à própria complexidade dos pacientes, já que em decorrência da idade várias patologias se sobrepõem. No CRER, a geriatria atua somente nos setores de UTI e Internação, não havendo, ainda, o serviço em âmbito ambulatorial. O paciente idoso atendido pelo serviço de geriatria do hospital, após receber alta da internação, é encaminhado para o serviço de reabilitação, fragmentado em ambulatório de diversas especialidades. Perfil do paciente idoso internado no CRER Os pacientes idosos, idade acima de 60 anos, internados no CRER são aqueles que necessitam de reabilitação, que são submetidos a algum tipo de tratamento cirúrgico, principalmente ortopédico, e aqueles que necessitam de UTI. O número de idosos internados aumentou significativamente, principalmente na UTI, onde a média da ocupação dos leitos fica em torno de 70%. Os principais acometimentos nos idosos internados no CRER são acidente vascular encefálico, traumatismo crânio­encefálico, fratura de fêmur, pneumonia e infecção urinária. Momento da alta - Helena Luzia recebe orientações importantes para a continuidade, em casa, do tratamento da sua mãe REVISTA AGIR 29 HDS EM PAUTA AGIR ASSUME GESTÃO DO HDS D Hospital passará por reforma e memorial da Colônia Santa Marta será preservado esde dezembro de 2013, a AGIR – Associação Goiana de Integralização e Reabilitação, OS que administra o CRER desde a fundação, assumiu também a gestão do Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS). A transferência foi estabelecida a partir do decreto Nº 7.807, do Governo de Goiás, que “reorganiza e sistematiza as unidades administrativas finalísticas complementares descentralizadas da Secretaria de Estado da Saúde”. “Foram observados quais eram os hospitais da rede própria, já geridos por OS, que tivessem o perfil mais próximo de outras unidades hospitalares públicas. O HDS estava mais próximo da realidade do CRER, por isso foi anexado ao mesmo”, explica Claudemiro Euzébio, superintendente administrativo da AGIR/ CRER 30 REVISTA AGIR Pelo decreto, portanto, ficou a gestão do HDS transferida à responsabilidade da AGIR, que assumiu o gerenciamento, a operacionalização e a execução das ações e serviços de saúde naquela unidade. “Fundamentalmente, o estilo de gestão do HDS será a mesma do CRER. A ideia é que tenhamos esta estrutura do HDS completamente interligada ao CRER. Vamos implementar a mesma lógica assistencial e administrativa no HDS”, garante Claudemiro. Gestão e Pessoal Segundo o superintendente, após o diagnóstico inicial e o levantamento das necessidades emergenciais no HDS, foi definida a primeira intervenção, que diz respeito à reorganização administrativa do ponto de vista de recursos humanos. O pessoal que compõe o quadro de colaboradores da unida- de são funcionários públicos, totalizando, atualmente, 287 servidores. “Há a garantia de que os colaboradores vão continuar trabalhando lá”, reafirma o superintendente, que explica ainda que está sendo feita uma análise conjunta entre a SES e a AGIR para verificação do atual quadro. “Foi acordado com o Recursos Humanos da SES o levantamento quantitativo do pessoal, quais são os cargos e cargas horárias, para que possa ser estudada uma melhoria da distribuição. Os excedentes, serão oportunamente e, de forma fundamentada, disponibilizados à Secretaria de Saúde. Assim como será feito o pedido de reposição, caso haja necessidade”, esclarece. A nova diretora técnica da unidade é Mônica Ribeiro Costa, médica infectologista. A coordenação administrativa está sob responsabilidade do administrador Darlan Dias Santana. A supervisão de Enfermagem e Psicossocial estão, respectivamente, com a enfermeira Viviane de Queiroz e a psicóloga Cledma Ludovico, ambos colaboradores da AGIR. Estrutura Física A segunda intervenção da AGIR frente à gestão do HDS é melhorar a estrutura física do hospital. “Estamos fazendo um levantamento emergencial visando melhorar as condições do almoxarifado e farmácia, para que tenhamos uma política de abastecimento mais adequada. A condição de moradia dos residentes é outra intervenção urgente, assim como dos 22 leitos do hospital”, afirma Claudemiro. Ainda segundo ele, os estudos preliminares e arquitetônicos já foram feitos e apresentados para a secretaria (Estadual de Saúde). Mesmo com as reformas, o memorial da Colônia Santa Marta será preservado. “O Estado tem a preocupação de não descaracterizar a edificação”. Outra ideia em discussão é a construção de um Hospital Gerontológico na área da unidade. “A Secretaria de Saúde também tem o propósito de edificar num futuro bem próximo o Hospital Gerontológico para o paciente idoso e de longa permanência. Essas discussões já foram iniciadas. Queremos criar uma condição mais digna de estadia e de atendimento a estes pacientes”. Atualmente, o HDS realiza, em média, 150 procedimentos por dia. A maior parte deles aos 26 residentes que ainda vivem no interior da unidade. “Esses pacientes são, em maioria, amputados e precisam de atendimento e assistência multiprofissional”, explica a psicóloga Cledma. O HDS O Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS) é uma unidade de atendi- mento ambulatorial e hospitalar de Média Complexidade com objetivo de prestar assistência gratuita aos usuários do Sistema Único de Saúde- SUS, em: Dermatologia, Cardiologia, Ortopedia, Oftalmologia, Infectologia, Clínica Médica, Endocrinologia, Geriatria e Psiquiatria, regulados pelos Complexos Reguladores Estadual/Municipal, sendo referência para a Região Metropolitana de Goiânia e todo o Estado com funcionamento, em regime de internação, de 24 horas 7 dias por semana e em regime ambulatorial de 2ª a 6ª feira das 7:00 às 18:00hs, atendendo aos pacientes referenciados pelo Complexo Regulador Estadual com oferta 100% SUS. A unidade oferece também atendimento de suporte, via regulação, aos ex-pacientes da extinta Colônia Santa Marta que residem no Residencial Santa Marta instalado em área circunvizinha e destinado aos ex-internos do antigo leprosário com consultas ambulatoriais, terapias e curativos. História O HDS teve sua fundação em 1943, sendo denominado, na época, Leprosário Colônia Santa Marta. Em consequência da nova política de atenção aos portadores de hanseníase, e de diretrizes nacionais de desospitalização para estes pacientes, em 1983 foi transformado em Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS Santa Marta). O trabalho começou com as Irmãs Vicentinas, grupo de religiosas vindas de Minas Gerais, que instalaram nove pavilhões (masculino e feminino) onde ficavam os doentes. A história do tratamento dos hansenianos na Colônia passou por uma fase bem primitiva, afinal a internação era compulsória e os pacientes eram isolados da comunidade. Na época em que foi fundado, havia dois veículos que eram utilizados no local. Um deles, um Ford, foi apelidado de “onça”, pois era visto com horror pelos possíveis pacientes, que eram levados à força mediante a suspeita do contágio. Também havia um carro de boi que era usado para o transporte de lenha e de alimentos para a cozinha. Os materiais de consumo (inclusive instrumentais médicohospitalares) eram sempre abastecidos por doações da comunidade e a rouparia dos doentes era feita com as sacas de farinha e açúcar. As irmãs e outros religiosos lutaram continuamente para reintegrar os ex-internos junto às famílias e à sociedade, que então eram estigmatizados como hansenianos. Atualmente a Colônia abriga 26 residentes, alguns sequelados de hanseníase, outros remanescentes de hospitais psiquiátricos, unidades desativadas também em função de modificações na política nacional de saúde mental. É importante ressaltar que nenhum deles estão regulados através de AIH (Autorização para Internação Hospitalar). REVISTA AGIR 31 AGENDA Parcerias Dez 2013 / Fev 2014 Abril >>> VI Congresso Internacional de Fisioterapia Manual em Traumato-Ortopedia e Dermato-Funcional III Simpósio de Fisioterapia Esportiva Data: 30 de abril a 03 de maio 2014 Local: Centro de Convenções de João Pessoa – PB Informações: www.fisioterapiamanual.com.br/evento-congresso Maio >>> Hospitalar 2014 21ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios. Data: 20 a 23 de maio de 2014 Local: Pavilhões do Expo Center Norte São Paulo - SP Informações: www.hospitalar.com.br Novembro >>> XXVI Congresso Brasileiro de Neurologia Novas Fronteiras em Neurologia Data: 09 a 12 de novembro de 2014 Local: Expo Unimed - Curitiba - PR Informações: www.neuro2014.com.br 32 REVISTA AGIR Baiano Folhagens Belcar Veículos Caravana do Oloares Catral Cevel Crispim + Veiga Propaganda D-Prime Escola Internacional de Goiânia Fraldas Kisses Goiás dá Sorte Grupo Affinity Grupo Saúde e Vida João Pedro Ribeiro – Coaching para Mulheres Joule Engenharia Marcus Biancardini Mary Kay – Gracielly Silva OVG – Organização das Voluntárias de Goiás Piracanjuba Quick Logística Refrescos Bandeirantes Regia Comércio de Informática Roberta Miranda Sallo Confecções Secretaria Municipal de Saúde Senha Engenharia SET Produtora Só Bandeiras Sorvetes Creme e Mel Teatro Caju Tend Tudo TERMOPOT Unicom Shopping da Saúde Via Nut Nutrição Clínica e Produtos Hospitalares Viviane Vaz – Coaching e Consultoria de Imagem PERFIL DO COLABORADOR LENTES PARA O MUNDO “A gente não tem que fazer o trivial na vida, a gente tem que fazer a diferença”, Eduardo Castro, fotógrafo do CRER e cineasta premiado M uitos dos que vivenciam a história do CRER, desde os primeiros anos, provavelmente conhecem o fotógrafo Eduardo Castro. Ao longo de exatos dez anos, completados em março, o colaborador participa da rotina dos pacientes, registrando a evolução do tratamento, através de fotos e filmagens, que servem como ferramentas de avaliação importantes para os profissionais de reabilitação. Quase a totalidade da trajetória do CRER foi vista e registrada, sob algum ângulo, pelas lentes de Eduardo Castro. Sobre algum fato marcante, o fotógrafo afirma ter se impressionado com um paciente internado. “Ele chegou em coma, não mexia nada, só os olhos abertos, mas sem expressar nenhuma reação. Sempre que eu entrava no quarto para fotografá-lo, mesmo sem sinal de entendimento por parte dele, eu cumprimentava, avisava o que eu estava fazendo ali e pedia sua permissão. Todas as vezes eu fazia isso – ‘olha eu vou te fotografar!’”, descreve. Segundo Eduardo, certa vez foi chamado no ginásio de fisioterapia para uma filmagem daquele mesmo paciente, que ao ouvir sua voz teve uma reação inusitada. “Ele virou rapidamente como se me reconhecesse das vezes em que estive no quarto dele. Foi uma grande lição de que todos devem ser tratados com carinho”, conclui. Cinema - Sempre ligado às artes e cultura, Eduardo lembra que aos quatorze anos, seu primeiro emprego foi de vendedor de ‘balinhas’ no cinema de Araguaína, Tocantins. “Como não tinha dinheiro para poder assistir aos filmes, essa foi a minha oportunidade”, justifica. Depois disso, com muita insistência com o dono do cinema, aprendeu a trabalhar com Eduardo Castro com Rosângela de Souza o projetor e passou a ocupar a vaga de projecionista. Em 1989, depois de conseguir comprar uma filmadora VHS, teve a ideia de fazer um documentário sobre a juventude e os seus questionamentos. “Araguaína: os jovens e suas perspectivas” é o primeiro dos seus quatro filmes. Como gosta de afirmar, a produção é bem amadora, assim como a segunda que retrata o começo dos bailes funk nos anos 90. Em 2005, com amadurecimento cinematográfico, Eduardo Castro surpreende com “A resistência do vinil”. O filme, que retrata a paixão de colecionadores pelo formato LP (Long Play), participou de vários festivais, sendo premiado como melhor curta no Goiânia Mostra Curtas, melhor direção no Festcine em Goiânia, vencedor do DocTV Goyaz e melhor curta por indicação do júri popular do 13º Festival de Cuiabá. Com a repercussão e a premiação que recebeu do DocTV Goyaz, Eduardo deu um novo impulso à sua carreira cinematográfica, produzindo, em 2007, o longa-metragem “Guerrilha do Araguaia: As faces ocultas da história” . Mesmo sendo feito para TV – o filme foi exibido seis vezes pela TV Cultura – o longa participou de festivais de cinema, recebendo a premiação de melhor roteiro e melhor direção no FICA 2008 – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental. Altos e baixos – Depois do seu último filme, o fotógrafo do CRER deu uma pausa na sua carreira cinematográfica, mas não descarta a possibilidade de retornar em breve. De lá para cá sua vida tem se dividido entre as atividades desempenhadas no hospital e o trabalho como freelancer em fotografia. Particularmente sobre o ano que passou, Eduardo afirma que 2013 foi muito intenso e de grande aprendizado. “Tive um fim de rela- cionamento, uma cirurgia no joelho que me afastou do trabalho, logo depois minha casa foi assaltada, e assim que retornei das férias, que tirei para reorganizar minha situação, sofri um acidente doméstico com botijão de gás, queimando 65% do meu corpo”, enumera de forma bem humorada. “Levei tudo muito na paz”, completa. Para ele uma das melhores coisas do ano que passou foi conhecer Rosângela de Souza, acadêmica de farmácia. “Antes eu tinha passado por uma experiência de alguém que me abandonou quando eu precisava, e ela com apenas dois meses em que estávamos juntos, ficou ao meu lado, cuidou de mim, e cuida até hoje. Ela me segurou e disse ‘vamos embora!’”, fala emocionado sobre sua companheira. Filhos e música – Eduardo tem quatro filhos, Hans Vilela, que está prestes a concluir o curso de Engenharia Civil, pela UEG, Maria Angélica e Thaís, acadêmicas da UFG em Direito e Design de Interior, e a caçula Yasmim Sousa. Sobre as boas surpresas que 2013 lhe reservou, afirma que uma diz respeito ao filho mais velho, Hans. “Um dia ele chegou em casa e avisou que estava fazendo parte de uma banda”, conta. Muito elogiada pela crítica, a banda em questão é Boogarins, que está em turnê pela Europa e Estados Unidos. O pai, que também é músico, é puro orgulho! Sobre si mesmo, Eduardo diz gostar de festas, reunir amigos, abraçar, beijar as pessoas que são mais íntimas e de ter afeto por elas. Para quem o conhece é fácil perceber o valor que dá às pessoas queridas, irmãs, filhos, amigos. “A gente não tem que fazer o trivial na vida, a gente tem que fazer a diferença. Quando você faz uma pessoa se sentir bem, você também se sente bem”, filosofa o colaborador. REVISTA AGIR 33 PAINEL A Revista AGIR dedica esta seção para prestigiar aqueles que contribuem com o CRER na prestação de serviços de qualidade a toda a sociedade. Parabéns aos colaboradores e voluntários que aniversariam nos meses de novembro, dezembro e janeiro. Muita saúde, paz e felicidade! ANIVERSARIANTES Mês de Novembro Adriana Guilarde Alenice de Almeida Alyne Aparecida Freitas Ana Cláudia de Freitas Ana Paula dos Santos Andrezza Alves Antonia dos Silva Beatriz Ferreira Betania das Neves Bettina Marta Magni Carmelia dos Santos Carmem Lúcia Leitão Cecilia Raquel Martins Charles Carvalho Claudenice Rocha Claudia Melo Cleidinaldo Ribeiro Cristiane dos Santos Dagoberto Barbosa Danillo Nogueira Darlan Santana Diego da Silva Edilania Beda Sales Edna Faria Elcione Vieira Eliane Santos Eliane de Oliveira Elisa Carolina Andrade Ellen Christina Camargo Elza Barboza Emmanuella Belém Ester Gontijo Eunice da Silva Everton Túlio Bueno Fabricia Nayara Limeira Fabrícia Rodrigues da silva Fayga Samara Câmara Flávia Cristina Barbosa Francielly Santos Gezimiel Alves Brilhante Hermerson Fernando da Silva Hugo Miranda de Oliveira Iale Batista da Silva Isabel da Silva Isley José de Souza Ivan de Souza Jean Marcel de Figueiredo Joana Índia de Araújo João Alírio da Silva Júnior Jolive do Socorro Karla Dolores Máximo Kátia da Silva Kelvy dos Santos Larissa Miranda Leandro da Silva Leonice Carneiro Lidiane Barboza Lucineia de Fátima Carneiro Ludmila Gomes dos Santos Luiz André Rodrigues Mara Lúcia Carneiro Marcela Rassi Teixeira Maria Francineide de Sousa Maria Laura Machado Marianna Ferreira Marina de Sousa Marinalva de Oliveira Marly Francisco dos Santos Meirivânia Araújo Nahiany Franciely Gomes Nara Rúbia Gomes Nasaré de Fátima Maciel Natália Graziani Silva Noêmia Marciano Orlon de Oliveira 34 REVISTA AGIR Paula Francielle Takeda Paula Martins Roldão Paulo Victor Mendes Renan Urzeda Roberson dos Santos Roberta Melo da Silva Rodrigo Roberto Pires Romilda Ferreira da Silva Rosana Rosa Alkmim Sabrina Machado Santina Ribeiro Luz Selma Almeida da Silva Sheila Silva Daniel Simone de Jesus Santos Tatiane de Freitas Lemes Thaina da Silva Thaís Pereira Thaisa Regina dos Santos Tuany Francielly Santos Twanny Tamara Pires Valney Luiz da Rocha Vivian Patrícia de Assunção Wanderly Campos Zeneider de Freitas Mês de Dezembro Adriana Teixeira Almira Resende Ana Flávia dos Santos Antônio Humberto Dias Aparecida Donizete Cardoso Charliton Rodrigues Cleiton Santos Cleudimar Maria de Sousa Cleudison dos Santos Cristiane Souza Cristiane Teixeira Cristina de Oliveira Daniel de Souza Danielle Menezes Danielle Porto Daniely Barroso Danillo de Faria Danúbia Marques Dayane Vieira Duílio Tadeu de Souza Dulcime Barros Elaine Luzia Teixeira Eliane Rodrigues Elisângela de Souza Elisângela Lima Eliza Namba Elma Regina do Carmo Enesley Mariano Felipe dos Santos Fernanda Damasceno Fernanda Fabíola Salamanca Fernando Barbosa Fernando de Morais Francilene de Oliveira Gislaine Dias Hamilton Simão da Costa Isabella dos Santos Jackeline Borges Jackeline da Silva Karina Leão Kariny dos Reis Kátia Santos Layana Mundim Leonardo Watanabe Leonides de Oliveira Filho Lígia Rocha Lílian Santos Lorrane Jesus Lucimeire da Costa Luiz Alberto Franco Luiz Carlos Gomes Maeli Roberta Nunes Magaly Martins Maraiza Oliveira Marcilene Dias Marco Túlio Pedatella Marcos Paulo Carvalho Maria Helena da Silva Mariana de Castro Marise Lima Marlene Teixeira Marlos Gonçalves Marly Calosso Maurício Batista Mônica Santana Mônica Vidal Maciel Monna Rosa Neusa dos Santos Nilton de Lima Osmarilda Pereira Firmino Patrícia Conceição Oliveira Patrícia Luciana Gonçalves Paulo Henrique Lourenço Paulo Henrique Silva Raphael de Souza Raquel Costa Raquel de Melo Raquel Nunes Reginalda Reis Reginaldo Souza Renata Machado Rommel Barros Salune Aparecida de Sousa Silvioneto da Silva Sônia Aparecida Dias Sorreylla Vasconcelos Stênio Rezende Tammy Ricardo Costa Tatiane Teixeira Thaís Silveira Leão Valéria da Silva Vera Lúcia Montalvão Vilma Pereira Wagna Rocha Wanessa Alves Wanessa Barcelos Zuleide Carneiro Mês de Janeiro 2014 Adriane Gomide Adriano de Oliveira Aldo de Jesus Alexandre de Castro Alexandro Grota Aline dos Santos Altamira Cristina Frota Andrea da Silva Ângela Rodrigues Apparicio Ferreira Neto Aristela Fernanda Magalhães Arlan Santos Breynner Santos Camila de Palma Camilla Luiza Costa Carlos Alberto Gomes Carmem dos Santos Cecília Rosa de Ávila Célia Maria Pinto Cláudia Rezende Claudiney Purificação Clédma de Almeida Crisna Leonel Daniella de Pádua Brom Dayane Borges Deborah Almeida Diego de Medeiros Divânio dos Santos Eduardo Silva Eliane dos Santos Eliane Gomes Elisabete Domingos de Santana Elizângela Flavia de Sousa Elmival Rosa Elycesar Queiroz Emmanuelle Andrade Érico Ribeiro Eunice Teles Eurípedes Pereira Evandra Martins Fernanda da Costa Fernando César Cordeiro Fernando Vieira Flávia Barros Flávia Cínthia da Silva Gabriela Henrique Lima Gilvia Meira Haroldo Alves Heide Maria Lopes Helena Lúcia de Sousa Hércio Santos Ilma Paranagua Ivanir da Cruz Jardel Costa Jéssica Lorraine Duarte João Francisco Martins José Andrade Junimar Luiz Sevilha Karen Adriane Brito Karlos Thiago dos Santos Larissa Faria Leonardo da Silva Letícia de Paula Cauhi Letícia Morais Loise Ribeiro Lorena de Mendonça Lorena Peixoto Luiz Eduardo da Silva Mara Dalila Nunes Márcia Soares Marcilene Lima Marcílio da Costa Maria Luiza Teixeira Marlene Gomes Mayara Russo Meg Arantes Mires Najar Miria Silva Morgania Campos Naira Cristina Guimarães Natália Custódio Nayhara Santos Nazaré Serrano Neusicler Marinho Neuza Rocha Nilda Dias Patrícia Pereira Patrícia Ribeiro Paulo da Silva Paulo Fernando Correa Priscila da Silva Raquete Lopes Rejane Barros Renato Stefani Renner Cássio Bessa Rodrigo Campos Ronaldo Guimarães Sandra Rosa Marques Sarah de Albuquerque Scarlett Batista Stefano Queiroz Sueli Inoue Vagner Souza Valdinea Peres Valéria Aparecida da Silva Valtene Cândido Vânia Moura Virgínia Célia Oliveira Wilmar Soares Voluntários aniversariantes Mês de Novembro Flávia Fabiana Maria Helena Braz Ruth Maria Correia Mês de Dezembro Adercy Vasconcelos Camila Brandão Clélia Santos Diego de Alcantara Hadassa Alves Irismar Gomes Luciene Neves Maria de Lourdes Cunha Marina Rosa Sônia Marilia de Avila Mês de Janeiro 2014 Izael Carvalho Lindomar Rodrigues Rose Meire Teresina Barcelos REVISTA AGIR 35 36 REVISTA AGIR