Reflexão1- 026.pmd - Periódicos Científicos da PUC

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ESTUDOS DA RELIGIÃO NO BRASIL
O estado atual dos programas de
Teologia e Ciência(s) da(s) Religião(ões)
no Brasil – 2013-2014: aproximações
The current state of Brazilian Graduate
Studies in Theolog y and Science(s) of
Religion – 2013-2014: An approach
Flávio SENRA1,2
Resumo
Este artigo propõe uma reflexão sobre o perfil do egresso de programas de Teologia e Ciência(s) da(s) Religião(ões)
e apresenta os resultados parciais do seminário de acompanhamento da área de Filosofia/Teologia: Subcomissão
Teologia que, no contexto da avaliação quadrienal (2013-2016), constitui ocasião para os programas da
área/subcomissão conhecerem o estágio atual das atividades desenvolvidas e planejarem a segunda etapa do
quadriênio. O seminário de acompanhamento se caracterizou tanto por ser uma etapa de autoavaliação dos
programas, quanto por ser uma ocasião para avaliação geral.
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ve: Capes. Ciências da religião. Estudos da religião. Pós-Graduação. Religiografia. Teologia.
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Abstract
The aim of this article is to propose a reflection on the profile of graduates of Theology and Religious Studies
Graduate Programs and it presents the partial results of the seminar evaluation in the Philosophy/Theology area:
the four-year assessment of the Theology Subcommittee (2013-2016). The assessment is an event for the
programs/subcommittee to know the current status of activities and plan the next four years. The seminar
evaluation was characterized not only as a self-assessment of the programs, but also as an occasion for general
assessment of the area.
ds: Capes. Sciences of religion. Religious studies. Graduate studies. Religiography. Theology.
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1
2
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Departamento de Ciências da Religião, Programa de Pós-Graduação em
Ciências da Religião. Av. Dom José Gaspar, 500, Prédio 4, Sala 204 B, Coração Eucarístico, 30535-901, Belo Horizonte, MG,
Brasil. E-mail: <[email protected]>.
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Coordenação de área Filosofia/Teologia (2014-2017). Brasília,
DF, Brasil.
Reflexão, Campinas, 41(1):7-16, jan./jun., 2016
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F. SENRA
Introdução
O presente artigo reúne dois tipos de aproximações sobre o estado atual do campo
de estudos pós-graduados em Teologia e em Ciência(s) da(s) Religião(ões) no Brasil. Por um
lado, propõe um conjunto de caracterizações para a definição do perfil do egresso nos cursos
de Pós-Graduação stricto sensu em Teologia e em Ciência(s) da(s) Religião(ões)3. Por outro
lado, apresenta alguns dados sobre o estado atual da área, tomando como referência a primeira
metade do quadriênio de avaliação 2013-2016, conforme discutido no seminário de acompanhamento4, o qual contou com a participação de representantes dos Programas de Pós-Graduação (PPG) da área de Filosofia/Teologia: Subcomissão Teologia5. Ao modo de um relatório, parte do artigo desenvolve uma versão parcial e aproximada do estado atual dos Programas no período 2013-2014, considerados os dados registrados na Plataforma Sucupira
da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Dentre os indicadores, foram destacados os dados sobre distribuição regional dos Programas de Pós-Graduação em Ciência(s) da(s) Religião(ões) e em Teologia, as modalidades
de cursos (mestrado acadêmico, doutorado e mestrado profissional), o número de docentes
e de discentes, dentre outros. O cruzamento desses dados permitiu formar um panorama sobre os vinte Programas reconhecidos naquele momento no Brasil, num processo que, desde
1972, soma 44 anos de história.
Do ponto de vista do referencial metodológico que norteia o presente trabalho, este pretende
ser um exercício de religiografia, na medida em que constitui uma reflexão sobre o que o
campo de estudos da religião vem produzindo no Brasil, por meio dos cursos de Pós-Graduação
stricto sensu em Teologia e em Ciência(s) da(s) Religião(ões). Trata-se, dentre as possíveis
características do que venha a ser reconhecido como religiografia, da análise do que se produz
em Ciência(s) da(s) Religião(ões), seus métodos, interpretações, epistemologias, modos de
atuação e perfil de seus estudiosos, como proposto por Senra (2016) em artigo aceito para
publicação.
O artigo assumirá a redação inclusiva para se referir aos programas de Ciência(s) da(s) Religião(ões). Esta redação acompanha
uma tradição na área/subcomissão. No entanto, recorda-se aqui que a Assembleia da Associação Nacional de Pós-Graduação
e Pesquisa em Teologia e Ciências da Religião (Anptecre), ocorrida em 2012, tal como relatado em Senra (2015), optou pela
expressão “Ciências da Religião e Teologia” como denominação oficial para designar o conjunto da área de conhecimento no
país.
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O seminário de acompanhamento da área de Filosofia/Teologia: Subcomissão Teologia se organizou em três grandes blocos, a
saber: a) autoavaliação dos programas por meio de templates contendo os indicadores das planilhas consolidadas e aprovadas
pelo Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES); b) análise dos dados das planilhas consolidadas, por consultores
escolhidos pela coordenação de área e adjuntos; c) planejamento das atividades da área a partir dos resultados analisados e
demandas dos programas quanto ao processo de avaliação processual. Os trabalhos foram realizados entre os dias 3 a 5 de
agosto de 2015, em Brasília, na sede da Capes, com a participação do coordenador de área, Prof. Flávio Augusto Senra Ribeiro – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), do coordenador adjunto para mestrados profissionais,
Prof. Remí Klein – Faculdades EST – Escola Superior de Teologia, além dos consultores Prof. Wilhelm Wachholz – Faculdades
EST, Prof. Emerson José Sena da Silveira – Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Prof. Gilbraz Aragão – Universidade
Católica de Pernambuco (Unicap) O seminário contou ainda, como relatores de subgrupos de trabalhos, com o Prof. Cláudio
Ribeiro, da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), e o Prof. Mathias Grenzer, da Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo (PUC-SP).
5
Trata-se do nome oficial da área/subcomissão na Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A
área/subcomissão ainda é reconhecida pela Capes como uma única área, apesar de possuir código próprio (44), apesar de
compor o quadro das áreas de conhecimento da agência com suas duas subcomissões (Filosofia, com código 33, Teologia, na
qual se inscrevem os Programas de Ciências das Religiões), apesar de gozar de autonomia para possuir documentos próprios
para cada subcomissão, e apesar de seus periódicos serem classificados por sistema Qualis específico para cada subcomissão,
dentre outros claros indícios de que as subcomissões trabalham autonomamente no seu interior. O processo de reconhecimento
de autonomia das subcomissões, o que promoverá a assunção de duas novas áreas, vem sendo encaminhado pela Associação
Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Teologia e Ciências da Religião (Anptecre) junto à agência e chegou a ser reconhecido
como algo viável e próximo. No atual cenário, não se observam avanços no debate, e a Capes restringe-se a insistir que não
deseja ver aumentado o número de áreas de conhecimento. O fato é que as subcomissões que compõem a área de Filosofia/
Teologia no Brasil não construíram nenhum projeto coletivo, sequer um trabalho integrado.
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ESTUDOS DA RELIGIÃO NO BRASIL
O perfil de uma área
A área de Filosofia/Teologia: Subcomissão Teologia desenvolve investigações que se orientam
por abordagem de perfil multidisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar e abrange cursos
de mestrado acadêmico, doutorado e mestrado profissional em Teologia ou em Ciência(s)
da(s) Religião(ões)6.
Essa reflexão acompanha o campo de Estudos da Religião desde as suas origens e se faz
presente em várias de suas publicações, num largo histórico de debates sobre a epistemologia
da área/subcomissão. Esse processo se intensificou com a fundação da primeira Associação
Nacional de Pós-Graduação em Teologia e Ciências da Religião (Anpter), seguida da Associação
Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Teologia e Ciências da Religião (Anptcre).
Um ponto de partida desse debate pode ser conhecido na obra de Teixeira (2001), organizador do Seminário ocorrido na Universidade Federal de Juiz de Fora em 2000, que deu
lugar a uma das primeiras publicações que refletem sobre a epistemologia da área. Outras
publicações se seguiram ao longo desse processo. A comunidade tem reconhecido um conjunto
de publicações que discutem essa temática no Brasil e no exterior, o que pode ser destacado
nas obras de Greschat (2005), Usarski (2006; 2007), Camurça (2008), Cruz e De Mori (2011)
e Passos e Usarski (2013), dentre outros livros, artigos e anais de eventos7.
O primeiro passo para a discussão de um perfil de egresso para cursos de Pós-Graduação
stricto sensu em Teologia e Ciência(s) da(s) Religião(ões) no Brasil parte do reconhecimento
da árvore do conhecimento, discutida pela Assembleia da Anptcre e implementada pelo
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), conforme explicitado
em Senra (2015). Atualmente, em razão de um Grupo de Trabalho sobre esse tema, a nova
árvore de conhecimento das Ciências da Religião e Teologia poderá fazer parte do relatório
final da comissão formada pela Capes.
Acompanhando, pois, a atual árvore do conhecimento, para os cursos de Teologia, a
área/subcomissão reconhece como subáreas:
a) Teologia Fundamental-Sistemática;
b) História das Teologias e Religiões;
c) Teologia Prática;
d) Tradições e Escrituras Sagradas.
Por sua vez, para os cursos de Ciência(s) da(s) Religião(ões), a área/subcomissão reconhece
como subáreas:
a) Epistemologia das Ciências da Religião;
b) Ciências Empíricas da Religião;
c) Ciência da Religião Aplicada;
d) Ciências da Linguagem Religiosa.
Sobre o perfil profissional da teologia e o caráter interdisciplinar da área, veja-se o trabalho de Oliveira (1995) e uma colaboração
ao debate realizado pelo autor deste trabalho, disponível em Ferreira e Senra (2012).
7
Acrescente-se, por exemplo, as contribuições de Cruz e De Mori (2011) e de Aragão et al. (2014), publicações que reúnem os
trabalhos realizados nos primeiros Congressos da Anptecre e que discutiram a questão da epistemologia da área. O artigo não
pretende discutir os livros e artigos publicados na área sobre a temática. O que se pretende aqui é colocar em debate uma
proposta de perfil de egresso para os programas de Teologia e Ciência(s) da(s) Religião(ões), além de apresentar os resultados
parciais do Seminário de Acompanhamento da área/subcomissão.
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F. SENRA
A área/subcomissão reconhece ainda como disciplinas auxiliares8 aos estudos inter/multi/
transdisciplinares da(s) Ciência(s) da(s) Religião(ões):
a) Antropologia da(s) Religião(ões);
b) Fenomenologia da(s) Religião(ões);
c) Filosofia da(s) Religião(ões);
d) Geografia da(s) Religião(ões);
e) História da(s) Religião(ões);
f) Psicologia da(s) Religião(ões);
g) Sociologia da(s) Religião(ões);
h) Teologia da(s) Religião(ões).
A área se ocupa ainda da formação em Pós-Graduação qualificada e de alto nível, em
Teologia e em Ciência(s) da(s) Religião(ões), traçando o perfil do pós-graduado nas duas
subáreas, tal como se apresenta a seguir9.
a) Caracterização do pós-graduado em Teologia
O pós-graduado em Teologia pesquisa a inteligência da fé, os conteúdos, as doutrinas, as
tradições, os textos, as linguagens de tradições específicas, assim como as experiências que
o ser humano desenvolve com o que reconhece e professa como sagrado, através do recurso
a quaisquer outros saberes colaborativos, a partir da perspectiva interna e em diálogo com as
demais ciências, culturas, tradições e religiões, considerada a diversidade de abordagens
teórico-metodológicas de escolas e campos de estudos teológicos. A área/subcomissão
reconhece e propõe o debate plural no campo teológico, sendo possível a utilização do termo
“teologias” para se considerarem os discursos atinentes às distintas escolas e diferentes
tradições religiosas.
O perfil do egresso de cursos de Pós-Graduação em Teologia deve considerar a formação
de habilidades para que o concluinte seja capaz de aprofundar a interpretação de textos e
linguagens da experiência religiosa de uma tradição, desenvolver cientificamente uma investigação sobre a experiência de fé de um determinado grupo, assessorar e formar especialistas
e não especialistas em uma dada tradição espiritual, contribuir para a tradução dos conteúdos
morais e religiosos dessa tradição para sua cultura, seu tempo e para o espaço público, além
de ser capaz de desenvolver uma teologia da práxis. Seu trabalho orientar-se-á pela caracterização simbólica dos conteúdos religiosos de textos sagrados ou tradicionais, como
também pelo desvendamento de conteúdos racionais presentes em narrativas míticas.
O pós-graduado em Teologia deve estar preparado para atuar como pesquisador, como
docente e como analista dos saberes e habilidades acima descritos, bem como para atuar na
formação de docentes da educação básica e/ou de nível superior, além de ser capaz de atuar
8
9
Utilizou-se a expressão disciplinas auxiliares, como sugere Usarski (2007). A presente lista inclui disciplinas e métodos da
filosofia, da teologia das religiões e da fenomenologia, reconhecendo a forma como os cursos de Ciência(s) da(s) Religião(ões)
se organizam no país.
Foram consultados cerca de 20 pesquisadores, tais como Afonso Soares, Frank Usarski e João Décio (PUC-SP); Remí Klein,
Rudolf von Sinner e Wilhelm Wachholz (Faculdades EST); Gilbraz Aragão e Sylvana Brandão (Universidade Católica do Pernambuco – Unicap); Paulo Agostinho Nogueira Baptista (PUC-Minas); Érico João Hammes e Luiz Carlos Susin (PUC-RS); Geraldo
Luiz De Mori (Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – Faje); Sandra Duarte (Umesp); Dilaine Soares Sampaio (Universidade
Federal da Paraíba – UFPB) e Mary Rute Gomes Esperandio (PUC-PR).
Reflexão, Campinas, 41(1):7-16, jan./jun., 2016
ESTUDOS DA RELIGIÃO NO BRASIL
como profissional especializado, consultor, assessor e/ou mediador em questões relacionadas
à religião de que é especialista no espaço público.
b) Caracterização do pós-graduado em Ciência(s) da(s) Religião(ões)
O pós-graduado em Ciência(s) da(s) Religião(ões) pesquisa o fato religioso, a experiência
religiosa, os fenômenos, as experiências, os conteúdos, as expressões, os textos, as tradições,
as linguagens, as culturas religiosas e as tradições de sabedoria, considerados em perspectiva
externa, em diálogo com outros saberes acadêmico-científicos, com ênfase em investigações
de natureza qualitativa e quantitativa, podendo também ser de natureza teórica ou aplicada,
a partir de abordagens teórico-metodológicas próprias das escolas que constituem o campo
de estudos da(s) religião(ões), suas subáreas e disciplinas auxiliares.
O perfil do egresso de cursos de Pós-Graduação em Ciência(s) da(s) Religião(ões) deve
considerar a formação de habilidades para que o concluinte seja capaz de, enquanto pesquisador e/ou docente, analisar o fato religioso, os fenômenos religiosos e/ou as linguagens
religiosas, desenvolvendo aproximações históricas e comparativas, sistemáticas e hermenêuticas das práticas e experiências religiosas humanas e das suas instituições sociais.
O pós-graduado em Ciência(s) da(s) Religião(ões) deve estar preparado para atuar como
pesquisador, como docente e/ou como analista dos saberes e conhecimentos sobre/das
práticas religiosas de uma ou de várias tradições, atuar na formação de docentes da educação básica e/ou de nível superior, além de ser capaz de atuar como profissional especializado, consultor, assessor e/ou mediador em questões relacionadas à religião no espaço
público.
A presente proposição do perfil do egresso dos programas de Pós-Graduação em Teologia
e Ciência(s) da Religião é fruto do desdobramento da árvore do conhecimento aprovada pela
Anptecre. O que acaba de ser apresentado não é um trabalho acabado, mas uma contribuição
que se coloca para o debate da área.
Passa-se agora à segunda aproximação prevista para este artigo, com a apresentação do
estado atual da área/subcomissão.
Teologia e Ciências da Religião no Brasil
No biênio 2013-2014, a área/subcomissão estava formada por 20 programas, sendo 9 de
Teologia e 11 de Ciência(s) da(s) Religião(ões). Dentre estes, 3 programas eram de mestrado
profissional, sendo 2 em Teologia e 1 em Ciências das Religiões10.
Durante o seminário, constatou-se um equilíbrio entre o número de cursos de Ciência(s)
da(s) Religião(ões) e de Teologia. Os números variam entre 55 e 45%, respectivamente. Neste
sentido, pode-se afirmar que não são observadas assimetrias entre programas de Teologia e
Ciência(s) da(s) Religião(ões) na subcomissão. A variação – 45% de cursos relativos a Programas de Teologia, e 55% relativos a Programas de Ciência(s) da(s) Religião(ões) – demonstra essa afirmação.
10
Em 2016, já fora do período em análise, a área/subcomissão conta com 10 programas de Teologia e 11 de Ciência(s) da(s)
Religião(ões), totalizando 21 programas com a criação do mestrado acadêmico em Teologia da Unicap.
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Quanto aos mestrados profissionais, observa-se ainda uma baixa demanda por essa
modalidade na área/subcomissão, composta em 85% por programas da modalidade
acadêmica.
Levando-se em consideração a criação de programas por intervalos decenais11, é possível
destacar que o decênio de maior crescimento de cursos de Pós-Graduação em Teologia foi
1983-1993, com três novos cursos de mestrado e dois de doutorado. No primeiro decênio,
ou seja, entre 1972-1982, foram criados um curso de mestrado e um de doutorado. Entre
1994 e 2004 foram criados dois novos cursos de mestrado, sendo um deles profissional. Já
no período 2005-2014, foram criados um curso de mestrado, um de mestrado profissional e
um de doutorado em Teologia.
Por sua vez, entre programas de Ciência(s) da(s) Religião(ões), o decênio de maior crescimento foi 2005-2015, somando-se um total de oito novos cursos, sendo seis mestrados
acadêmicos, um mestrado profissional e um doutorado. Esse dado faz do atual decênio o
mais fecundo na criação de novos cursos da área de Filosofia/Teologia: Subcomissão Teologia,
com um total de onze novos cursos. O decênio anterior, 1994-2004, já inaugurava essa linha
ascendente mais forte na área/subcomissão, um crescimento levado a cabo com a criação
de dois novos cursos de mestrado e dois novos cursos de doutorado em Ciência(s) da(s) Religião(ões). No decênio antecedente, 1983-1993, tinham sidos criados um curso de mestrado
e um de doutorado, dando continuidade aos primeiros cursos de mestrado em Ciências da
Religião, surgidos no decênio 1972-1882.
Os dois principais períodos de crescimento da área/subcomissão foram os decênios
1983-1993, com sete novos cursos, e o decênio 2005-2014, com onze novos cursos. O primeiro
decênio foi impulsionado pelo surgimento de novos cursos de Pós-Graduação em Teologia, e
o segundo, pelo surgimento de novos cursos de Ciência(s) da(s) Religião(ões). Nas últimas
duas décadas, nota-se um crescimento bastante tímido de novos cursos de Teologia no país.
Mesmo assim, como mencionado acima, não chega a ser possível afirmar uma significativa
assimetria entre cursos de Pós-Graduação em Teologia e em Ciência(s) da(s) Religião(ões) no
país.
Como destacou Silveira (2015) durante o seminário de acompanhamento, os dados acima
revelam o ritmo de crescimento de programas na área de Filosofia/Teologia: Subcomissão
Teologia e Ciências da Religião. De fato, o aparecimento de programas/cursos de Ciência(s)
da(s) Religião(ões) nos últimos dez anos foi superior aos de Teologia. Contudo, quanto ao
aparecimento de programas/cursos de Teologia, observa-se um crescimento continuado, sem
picos, como ocorrido com os cursos de Ciência(s) da(s) Religião(ões). Apenas nos dois anos
considerados nesse trabalho foram abertos um novo mestrado profissional em Teologia – Faculdades Batista do Paraná (Fabapar), um novo curso de doutorado na Pontifícia Universidade
Católica do Paraná (PUC-PR) e dois novos programas de Ciências da Religião na PUC-Campinas
e na Universidade Federal do Sergipe (UFS), o equivalente a um crescimento de 20%.
O processo de crescimento dos cursos da área de Filosofia/Teologia: Subcomissão Teologia
e Ciências da Religião seguiu processos distintos quanto à criação de cursos de Teologia e de
Ciência(s) da(s) Religião(ões). Enquanto os cursos de Teologia mantiveram uma média de
dois cursos por década, os cursos de Ciência(s) da(s) Religião(ões) tiveram um crescimento
11
Durante o seminário de acompanhamento, o consultor Prof. Emerson José Sena da Silveira (UFJF), organizou e apresentou,
por intervalos decenais, o perfil do desenvolvimento da área/subcomissão, conforme explicitado a seguir.
Reflexão, Campinas, 41(1):7-16, jan./jun., 2016
ESTUDOS DA RELIGIÃO NO BRASIL
exponencial nas três últimas décadas. Os mestrados profissionais, por sua vez, surgiram nas
duas últimas décadas12.
Nos dois primeiros anos do quadriênio 2013-2016, a área de Filosofia/Teologia: Subcomissão Teologia contava na ocasião com seis cursos de mestrado acadêmico, dois mestrados
profissionais e 4 cursos de doutorado em Teologia. Em Ciência(s) da(s) Religião(ões) eram 11
cursos de mestrado acadêmico, 1 mestrado profissional e 4 cursos de doutorado. Em termos
percentuais, observou Silveira (2015), do total de 28 cursos, têm-se 14,28% de cursos em
Instituições de Ensino Superior (IES) públicas federais, 3,57% em IES públicas estaduais,
75,00% em IES privado-comunitárias e 7,14% em IES privado-particulares. Esse perfil
distingue-se de outras áreas do colégio de humanidades e da área de Filosofia/Teologia:
Subcomissão Filosofia, com maior concentração de cursos em IES públicas.
Do ponto de vista da distribuição regional, a área de Filosofia/Teologia: Subcomissão Teologia
está formada por um programa na região Norte, 3 na região Nordeste, 10 na região Sudeste,
5 na região Sul e um na região Centro-Oeste. Observa-se maior concentração de programas
nas regiões Sudeste e Sul, responsáveis por 75% da área de Filosofia/Teologia: Subcomissão
Teologia.
As regiões Norte e Nordeste são as que possuem mais Estados sem Programas de Pós-Graduação. Essa assimetria corresponde a 85,7% na região Norte, 55,0% na região Nordeste,
66,0% na região Centro-Oeste e 33,0% na região Sul. Já a região Sudeste possui cursos da
área em todos os Estados.
Na região Sudeste, há relativo equilíbrio entre Programas de Pós-Graduação em Teologia e
em Ciência(s) da(s) Religião(ões). Na Região Sul, não há Programa de Pós-Graduação em
Ciência(s) da(s) Religião(ões). Por outro lado, nas Regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste
não havia, até o final do primeiro biênio do atual período de avaliação (2013-2016), Programas
12
Segue a relação de cursos de Pós-Graduação stricto sensu da área de Filosofia/Teologia: Subcomissão Teologia, criados entre
1972 e 2014. Optou-se por utilizar o nome atual da respectiva Faculdade ou Universidade. Em 1972 foi criado o primeiro curso
de mestrado em Teologia, pela PUC-Rio. Em 1978 foi criado o primeiro curso de mestrado em Ciências da Religião, pela PUCSP. Em 1979 foi criado o primeiro doutorado em Teologia, na PUC-Rio. Surgiu naquele ano o segundo curso de mestrado em
Ciências da Religião, na Umesp. Em 1983, nas Faculdades EST, foi aprovado o segundo curso de mestrado em Teologia. O
terceiro curso de mestrado e o segundo doutorado em Teologia do Brasil foi criado em 1986, na Faje. O terceiro doutorado em
Teologia foi criado nas Faculdades EST em 1990, mesmo ano da criação do primeiro doutorado em Ciências da Religião na
Umesp. O terceiro mestrado em Ciência da Religião da área/subcomissão, e o primeiro em uma instituição pública de ensino
foi o da UFJF em 1993. O Departamento de Ciências da Religião da Universidade, no entanto, existe desde o final dos anos
sessenta, sendo, de fato, o mais antigo departamento de Ciências da Religião do país. Nesse mesmo ano de 1993 foi criado o
quarto mestrado em Teologia, na PUC-RS. A PUC-GO criou, em 1999, o quarto curso de mestrado em Ciências da Religião do
país. No ano 2000 foram criados, na PUC-SP, o quinto curso de mestrado em Teologia e, na UFJF, o segundo curso de
doutorado em Ciência da Religião. O primeiro mestrado profissional em Teologia surgiu nas Faculdades EST, em 2001, ano em
que também surgia o terceiro doutorado em Ciências da Religião na PUC-SP. No ano de 2002, a Universidade Presbiteriana
Mackenzie (UPM), em São Paulo, criou o quinto curso de mestrado em Ciências da Religião do país. O Estado de São Paulo é
a unidade da federação com o maior número de cursos na área/subcomissão, atualmente com um mestrado em Teologia, três
mestrados e dois doutorados em Ciências da Religião. O primeiro curso de mestrado em Ciências da Religião no Nordeste
brasileiro, o sexto no país, surgiu em 2005, na Unicap. Dois anos depois, em 2007, a PUC-GO abriu o seu curso de doutorado
em Ciências da Religião, o quarto doutorado em Ciências da Religião no país, e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
passou a oferecer o curso de mestrado em Ciências das Religiões, o sétimo curso brasileiro e o primeiro a definir em sua base
epistemológica a expressão plural Ciências das Religiões. Nesse último caso, trata-se da segunda instituição pública de ensino
superior a incorporar um curso na área/subcomissão. A PUC-Minas começou em 2008 a oferecer o oitavo curso de mestrado
em Ciências da Religião do país. Minas Gerais possui atualmente dois programas de Ciência(s) da Religião e um de Teologia.
O sexto curso de mestrado em Teologia foi inaugurado na PUC-PR, em 2009. Dois anos depois surgiu o primeiro curso de
mestrado da região norte, na Universidade do Estado do Pará (UEPA) e o primeiro mestrado profissional em Ciências das
Religiões, na Faculdade Unida de Vitória. O segundo mestrado profissional em Teologia foi criado em 2003 na Fabapar.
Encerrando esse ciclo de análise, em 2014 foi criado o quarto curso de doutorado de Teologia, pela PUC-PR, e o décimo e o
décimo-primeiro curso de mestrado em Ciências da Religião, respectivamente na PUC-Campinas e na UFS. Uma lista atualizada
pode ser consultada em Capes (2016).
Reflexão, Campinas, 41(1):7-16, jan./jun., 2016
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F. SENRA
de Pós-Graduação em Teologia. Os programas de mestrado profissional estão concentrados
nas regiões Sul e Sudeste. As demais regiões não possuem mestrado profissional em Teologia
nem em Ciência(s) da(s) Religião(ões).
Produção bibliográfica e técnica em Teologia
e e m C i ê n c i a(s) d a(s) R e l i g i ã o(õ e s)
Como destacaram Wachholz e Klein (2015) no seminário de acompanhamento, no período
compreendido entre 2013 e 2014, a área/subcomissão titulou 416 discentes, com 108 teses
de doutorado e 308 dissertações de mestrado acadêmico e trabalhos de conclusão de mestrado
profissional. O tempo médio de titulação dos mestrados acadêmicos na área foi de 24,6
meses; dos mestrados profissionais, 26,1 meses; e dos doutorados, 48,5 meses.
No período 2013-2014, os PPG da área Filosofia/Teologia: Subcomissão Teologia e Ciências
da Religião somavam 312 docentes, dentre os quais 256 eram docentes permanentes, 44
eram docentes colaboradores e 12 eram docentes visitantes. Foi possível identificar uma
variação na composição do corpo docente entre 10 e 23 membros, com média de 12,8
docentes por programa.
Quanto aos dados acerca da produção acadêmica, bibliográfica e técnica da área de
Filosofia/Teologia: Subcomissão Teologia e Ciências da Religião, foram identificados 7.118
produtos. Grande parte da produção está identificada na seção “Diversos”, com 3.746 itens.
Considerando a produção bibliográfica do período 2013-2014, destacam-se os livros (891),
seguidos pelos periódicos, com 264 itens nos estratos A1-B1, e 214 itens nos estratos
B2-B5. Em Anais foram publicados 400 itens, enquanto a criação técnica concentrou-se na
apresentação de trabalhos (1,093). Os PPG estiveram envolvidos na organização de 442 eventos. Ainda acerca da criação técnica, os relatórios indicaram 68 traduções, com média de 6,8
produtos no período, número abaixo do potencial da área/subcomissão, considerando os
recursos humanos disponíveis, o grande acesso ao mercado editorial em Teologia e Ciências
da Religião no país e a grande demanda por obras de referência na área, as quais ainda permanecem sem tradução para o português.
A média de publicação de artigos em periódicos dos estratos A1-B1 foi de 13,2 (mediana
8, desvio-padrão 9,76) por programa. Já a publicação de artigos em periódicos dos estratos
B2-B5 foi de 10,7 (mediana 8, desvio-padrão 10,17). Quanto a livros (autorais e capítulos), a
média de produtos no período foi de 44,5 (mediana 45,5; desvio-padrão 23,26). Quanto aos
anais, a publicação está na média de 20 produtos (mediana 14, desvio-padrão 17,9).
Quanto à distribuição da criação bibliográfica por programa, correspondente à publicação
em periódicos nos estratos A1-B1, observa-se que 45% dos programas encontram-se acima
da média de 13,2 artigos no período 2013-2014, enquanto 50% dos programas estão abaixo
dessa média.
Por sua vez, quanto à distribuição da produção bibliográfica veiculada em periódicos
B2-B5, a média para esse item foi de 10,7 produtos no período, observando-se que 55% dos
PPG encontram-se nessa média ou a superam, ao passo que 45% dos programas estão
abaixo da média. Em 33% desses casos, não se observa concentração da produção em livros
ou em estratos superiores, o que se pode observar nos demais programas abaixo da média
quanto à produção em periódicos (66%).
Reflexão, Campinas, 41(1):7-16, jan./jun., 2016
ESTUDOS DA RELIGIÃO NO BRASIL
Quanto à produção em livros na área de Filosofia/Teologia: Subcomissão Teologia e Ciências
da Religião, 50% dos PPG superam a média de 44,5 produtos, enquanto 10% encontram-se
na média e 40% abaixo dela.
Já quanto aos Anais, cuja média entre os programas é de 20 produtos no período, a área
Filosofia/Teologia: Subcomissão Teologia e Ciências da Religião conta com 35% dos PPG
situados na média ou acima dela, enquanto 10% dos programas a superam consideravelmente.
Por outro lado, 15% dos programas estão significativamente abaixo da média da área/subcomissão.
Quanto aos trabalhos técnicos, a apresentação de trabalhos apresenta uma média de 54,65
produtos. Observa-se que 55% dos PPG atingem ou superam essa média, enquanto 30%
estão bastante abaixo dela.
A atividade da área de Filosofia/Teologia: Subcomissão Teologia e Ciências da Religião
quanto à organização de eventos tem média de 22 eventos, marca essa atingida por 50% dos
programas. Além dos Congressos das principais associações, como a Anptecre a Soter e a
Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR), há congressos, simpósios e seminários
organizados pelos programas ou por outras associações da área.
Considerada a produção total, a média é de 355,9 produtos, tendo a área de Filosofia/
Teologia: Subcomissão Teologia e Ciências da Religião, produzido 7.118 itens.
Considerações Finais
O presente trabalho procurou destacar o perfil dos egressos de Programas de Pós-Graduação
em Teologia e em Ciências da Religião. A reflexão que aqui se propôs apresentar representa
uma iniciativa de colocar em pauta um debate em torno da especificidade da formação dos
pós-graduados em Teologia e em Ciência(s) da(s) Religião(ões). Além disso, o artigo trouxe
dados que devem ser considerados parciais, relativamente ao período quadrienal de avaliação
2013-2016. Os dados foram levantados no seminário de acompanhamento realizado pela
Capes a partir das informações disponibilizadas pelos Programas por meio da Plataforma
Sucupira.
A área de Filosofia/Teologia: Subcomissão Ciências da Religião e Teologia avança em seu
processo de consolidação. O caminho é ainda longo se comparado a outros países do continente
europeu e norte-americano. Com seus 44 anos, a área/subcomissão compartilha da igualmente
jovial Pós-Graduação brasileira, definida no Parecer nº 977/65, de 3/12/1965 (BRASIL, 1965),
cujo relator foi o Prof. Newton Sucupira (1920-2007).
Desde então, permanecem como desafios a qualidade de vida, a cidadania, a consolidação
do processo de internacionalização com qualidade, o avanço na compreensão da interdisciplinaridade, o compromisso com a educação básica e a diminuição das assimetrias regionais
no país.
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Recebido em 2/3/2016 e aprovado para publicação em 3/5/2016
Reflexão, Campinas, 41(1):7-16, jan./jun., 2016
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