Nº 01 - Ano 2012 - III Congresso Nordestino Médico

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III CONGRESSO NORDESTINO MÉDICO-ACADÊMICO
XIX CONGRESSO MÉDICO-ACADÊMICO DO PIAUÍ
26 a 30 de Setembro de 2012
Blue Tree Towers Rio Poty – Teresina – Piauí
III Congresso Nordestino Médico-Acadêmico / XIX COMAPI 2012 | www.comapi.org
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Apresentação
Prezados congressistas,
Estamos enfim diante deste evento tão esperado, um ano de trabalho árduo e
dedicação na expectativa de oferecer um instrumento de integração e participação no
conhecimento e na prática médica a todos. Neste XIX COMAPI, contamos com a presença de
grandes personalidades da Medicina brasileira, que gentilmente aceitaram o convite para
atuarem nesse momento de enriquecimento intelectual e cultural de nosso Estado.
Agradecemos a presença de todos e desejamos um bom congresso!
A Comissão Organizadora.
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Mensagem do Presidente
Caro(a) congressista,
a
O XIX Congresso Médico-Acadêmico do Piauí – COMAPI, na sua 3 edição como
Congresso Nordestino Médico-Acadêmico, convida você a participar de um grande evento, no
período de 26 a 30 de setembro de 2012, em Teresina-Piauí.
O caminho de sucesso trilhado pelo COMAPI ao longo dos anos consolida-o como o
espaço oficial para a vivência acadêmica e integração entre docentes, discentes e profissionais
de forma democrática, dinâmica e produtiva. Totalmente organizado por alunos, estimula os
profissionais já formados à atualização do conhecimento e renovação do entusiasmo e
permite a cada aluno congressista opinar, atuar, assistir e apresentar seus anseios, suas
dúvidas, suas produções científicas, de forma a aprender construtivamente e vivenciar o seu
papel na comunidade científica e médico-acadêmica.
Além do compromisso de complementar a formação acadêmica e profissional de
seus participantes, o evento tem por objetivo promover a interação entre os estudantes,
contando com a participação de alunos de Medicina de todas as faculdades do Estado do Piauí
e de diversas faculdades do Brasil. Os temas abordados na Programação Científica de 2012
serão Trauma, Geriatria, Cirurgia Plástica, Cardiologia, Hematologia, Oftalmologia e Educação
Médica, com palestra de abertura sobre HIV e arte ministrada pelo Professor Doutor Ricardo
Tapajós da FMUSP. O espaço destinado aos trabalhos científicos dos alunos será, como de
praxe, nobre e excepcional com o intuito de fazer cada apresentação contribuir para a
formação pessoal e em pesquisa dos congressistas envolvidos e presentes na plateia.
Os temas, palestrantes, membros da comissão organizadora e da comissão científica
foram cuidadosamente escolhidos e a temática elaborada nos permitirá amplas possibilidades
de integração, trocas de conhecimentos, divulgação de experiências de alto nível e
conhecimento de tendências e atualizações. O evento ainda permitirá a você vivenciar o calor
de Teresina na sua principal essência: o acolhimento humano, afeto e empolgação que
caracterizam nossa gente e nossa Medicina.
Esperamos você!
Lia Cruz Vaz da Costa Damásio
Presidente da Comissão Científica – Colégio Médico-Acadêmico do Piauí
XIX Congresso Médico-Acadêmico do Piauí/III Congresso Nordestino Médico-Acadêmico
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Mensagem do Presidente
Prezados(as) Congressistas,
É com enorme honra que lhes apresento o XIX Congresso Médico-Acadêmico do
Piauí – COMAPI, que em 2012 também alcança sua III Edição como Congresso Nordestino
Médico-Acadêmico, sediado na capital piauiense, Teresina. Ao longo de todo este ano, a
comissão organizadora preparou com zelo um evento que reúne os principais interesses do
acadêmico de Medicina. Com apoio de grandes mestres, articulamos uma programação que
trará o que há de mais atual na Medicina nas seguintes áreas: Trauma, Geriatria e Cuidados
Paliativos, Cirurgia Plástica, Cardiologia, Hematologia, Oftalmologia e Educação Médica. Com a
colaboração inestimável da Comissão Científica, buscamos proporcionar uma estrutura
agradável e eficiente para apresentação da produção científica regional.
O COMAPI, reconhecido como um dos maiores congressos acadêmicos do Nordeste,
está ultrapassando fronteiras e tornando-se também uma referência nacional por
proporcionar, durante seus cinco dias de duração, um conjunto primoroso de conferências,
exposições de trabalhos científicos e confraternização entre acadêmicos e profissionais da
saúde. Por essa razão, convido você a participar deste grande evento que sem dúvidas se
abrilhantará ainda mais com sua presença.
"O conhecimento é a única riqueza que, quando dividida, automaticamente se
multiplica". A referida ideia é atribuída a diversos pensadores; independentemente de quem
tenha sido o primeiro a enunciá-la, o COMAPI trilha tal linha de pensamento. Essa é a pedra
fundamental que rege a realização deste congresso: a disseminação do saber, do
conhecimento e da ciência.
Que todos vivam nestes dias o que se espera de um evento, em essência e
excelência, médico e acadêmico!
Sejam todos bem-vindos (as) ao XIX COMAPI e III Congresso Nordestino MédicoAcadêmico!
Muito Obrigado.
Jadson Lener Oliveira dos Santos
Presidente da Comissão Organizadora – Colégio Médico-Acadêmico do Piauí
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Comissão Organizadora
Jadson Lener Oliveira dos Santos
Presidente
Alice Nayane Rosa Morais
Vice-Presidente
João de Deus Araújo Neto
Coordenação de Finanças e Patrimônio
Amanda Mota da Silva
Andressa Avelino Ferreira
Andrielly Pereira de Sousa Santos
Gilnyanne da Silva Medeiros
Ingrid Carvalho Correia
Marcos Antonio Custódio Neto da Silva
Mateus Martins Cortez Vilar
Naiana Melo de Aragão Ximenes
Nayla Samia da Silva Pacheco
Sahâmia Martins Ribeiro
Vanessa Rocha de Moura Moreira
Vinícius Silva Couto
Membros-Diretores
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Comissão Científica
Presidente:
Lia Cruz Vaz da Costa Damásio
Vice-Presidente:
Benedita Andrade Leal de Abreu
Membros:
Adriano Carvalho Tupinambá Rodrigues
Alberto Pereira Madeiro
Alesse Ribeiro dos Santos
Alexandre Castelo Branco Vaz Parente
Ana Lúcia França da Costa
Ana Maria Pearce Arêa Leão Pinheiro
André Gonçalves da Silva
Anenísia Coelho de Andrade
Antônio de Deus Filho
Benedita Andrade Leal de Abreu
Benedito Borges da Silva
Bernardo Cunha Araújo Filho
Brunna Eulálio Alves
Caetano Cortez Rufino Filho
Carlos Eduardo Batista de Lima
Catarina Fernandes Pires
Cíntia Maria de Melo Mendes
Edinaldo Gonçalves Miranda
Ediwyrton de Freitas Morais Barros
Eurípedes Soares Filho
Fábio Augusto Ribeiro Brito
Fábio Martins Soares
Fabrício Martins Valois
Gerardo Vasconcelos Mesquita
Ginivaldo Victor Ribeiro de Nascimento
Glenda Maria Santos Moreira Cronemberger
Mangueira
Ione Maria Ribeiro Soares Lopes
João Luiz Vieira Ribeiro
Joelma Moreira de Norões Ramos
José Araújo Brito
José Arimatéa dos Santos Júnior
José Miguel Luz Parente
Jussara Maria Valentim Cavalcante Nunes
Karla Cristina Malta Costa
Lauro Lourival Lopes Filho
Lia Cruz Vaz da Costa Damásio
Lianna Martha Soares Mendes
Lígia Cristina Viana Neves
Lina Gomes dos Santos
Lúcio André Noleto Magalhães
Luiza Ivete Vieira Batista
Marcelo Barbosa Ribeiro
Marcus Sabry Azar Batista
Maria das Graças Motta e Bona
Maria do Desterro Soares Brandão
Nascimento
Maria do Socorro Teixeira Moreira Almeida
Maria Nanci Pimentel de Lima Duarte
Marta Alves Rosal
Maurício Batista Paes Landim
Namir Clementino Santos
Nilo Francisco Costa Filho
Paulo Humberto Moreira Nunes
Pedro Augusto Pedreira Martins
Raimundo Nonato Campos Sousa
Raimundo Nonato Martins Fonseca
Raissa Maria Sampaio Neves Fernandes
Sabas Carlos Vieira
Silvana Coelho Nogueira
Viriato Campelo
Vítor Cortizo da Fonseca
Wilson de Oliveira Sousa Junior
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Agradecimentos
Ao Magnífico Reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Prof. Luiz de Sousa Santos Júnior
Ao Magnífico Reitor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
Prof. Carlos Alberto Pereira da Silva
Ao Diretor da Faculdade Integral Diferencial (FACID)
Prof. Paulo Raimundo Machado Vale
À Diretora da Faculdade de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí (NOVAFAPI)
Profa. Cristina Maria Miranda de Sousa
Ao Diretor do Centro de Ciências da Saúde – CCS/UFPI
Prof. Antônio dos Santos Rocha Filho
Ao Diretor da Faculdade de Ciências Médicas – FACIME/UESPI
Prof. José Adail Fonseca de Castro
Coordenadora do Curso de Medicina da Universidade Federal do Piauí
Profa. Lina Gomes dos Santos
Ao Coordenador do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Piauí
Prof. Mario Raulino Filho
À Coordenadora do Curso de Medicina da FACID
Profa. Lígia Cristina Viana Neves
Ao Coordenador do Curso de Medicina da NOVAFAPI
Prof. João de Deus Valadares Neto
À Presidente da Comissão Científica
Profa. Lia Cruz Vaz da Costa Damásio
À Vice-Presidente da Comissão Científica
Profa. Benedita Andrade Leal de Abreu
Aos Membros da Comissão Científica
Aos Palestrantes
Aos Patrocinadores
Aos Congressistas
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Palestrantes
Alexandre Antonio Marques Rosa (PA)
Alexandre Andrade Souza (PI)
Bruno Campelo Leal (SE)
Charlys Barbosa Nogueira (CE)
Daniel França Mendes de Carvalho (PI)
Denyberg de Oliveira Santiago (PI)
Ediwyrton de Freitas Morais Barros (PI)
Elisiário Cardoso da Silva Júnior (PI)
Fabrício Sleman Soubhia (SP)
Fernando Cronemberg Miranda (PI)
Gerardo Vasconcelos Mesquita (PI)
Gildene Alves da Costa (PI)
Glenda Maria Santos Moreira Cronemberger Mangueira (PI)
João Francisco de Sousa (PI)
José Nazareno Pearce de Oliveira Brito (PI)
José Tupinambá Sousa Vasconcelos (PI)
Lara Sepúlveda de Andrade (PI)
Laudimiro Cesar de C. Morais (PI)
Lia Cruz Vaz da Costa Damásio (PI)
Luis Ivando Pires Ferreira Filho (PI)
Marco Aurélio Pellon (RJ)
Maria Aline Ferreira de Cerqueira (PI)
Marta Alves Rosal (PI)
Melissa Palis Santana (PI)
Paula Guedes Granja (SP)
Paulo Sérgio Tajra Cortellazzi (PI)
Ricardo Tapajós Martins Coelho Pereira (SP)
Silvana Coelho Nogueira (PI)
Villene Carvalho de Araújo Filho (AL)
Walter Moisés Tobias Braga (SP)
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Informações Gerais
INSCRIÇÕES
A inscrição no evento é obrigatória para todos os participantes. Mediante a
apresentação do comprovante de inscrição, o participante receberá o material e a
programação do III Congresso Nordestino Médico-Acadêmico / XIX COMAPI na secretaria do
evento.
CRACHÁS
Por motivo de controle e segurança, será obrigatório o uso do crachá em todas as
atividades do congresso e nas dependências do Auditório Poty do Blue Tree Towers Rio Poty. A
perda ou o extravio deverão ser imediatamente comunicados à Comissão Organizadora.
FUMANTES
O Ministério da Saúde adverte: FUMAR é prejudicial à saúde. Recomendamos e
pedimos a gentileza de não fumar dentro dos auditórios nos quais se realizarão o III Congresso
Nordestino Médico-Acadêmico / XIX COMAPI.
CELULARES/BIPs
Em respeito aos palestrantes e demais congressistas, solicitamos que todos os
aparelhos estejam desligados dentro do auditório. Caso seja necessário usá-los, ative-os nos
modos vibracall ou silencioso.
PROJEÇÃO DE SLIDES
Os expositores deverão procurar a secretaria para entrega do material de projeção
(palestras e temas livres orais) com antecedência mínima de 01 (uma) hora da respectiva
atividade científica. Os materiais deverão ser necessariamente em CD (não serão aceitos
materiais em pen-drive, cartão de memória ou em outras mídias flash).
TEMAS LIVRES ORAIS
O apresentador deverá chegar com, no mínimo, 01 (uma) hora de antecedência para
sua apresentação, assinar a lista de frequência e entregar o material, sendo a tolerância
máxima de 15 (quinze) minutos, ou seja, 45 (quarenta e cinco) minutos antes da apresentação.
Atente para os horários individuais de apresentação que se encontram mais adiante neste
informativo.
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PÔSTERES
Os pôsteres serão expostos em retângulos de 120 cm de altura por 90 cm de largura.
Os pôsteres deverão ser montados no dia da apresentação às 08:00h da manhã, no início das
atividades do Congresso, onde serão verificados pela Comissão Organizadora e retirados às
19:30h, com o fim das atividades do dia. Cada pôster será apresentado no turno da manhã, da
tarde ou da noite, conforme divulgado previamente pela organização (A montagem e
desmontagem dos pôsteres são de responsabilidade dos apresentadores do trabalho, sob a
orientação dos organizadores do COMAPI. A comissão organizadora não se responsabiliza por
danos, extravios, desaparecimento ou qualquer outro imprevisto que venha a ocorrer com os
pôsteres ou outros materiais). O apresentador do pôster deverá comparecer com 1 (uma) hora
de antecedência e assinar lista de frequência. A ausência do apresentador no horário do
julgamento acarretará desclassificação automática do trabalho.
PREMIAÇÃO
Os trabalhos classificados em 1º, 2º e 3º lugares nas categorias tema livre oral e
pôster serão divulgados no encerramento do Congresso e receberão certificado de
classificação e prermiação correspondentes.
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Programação
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Programação Social
26 de Setembro de 2012 – Quarta-feira
20h00
21h30
Solenidade de Abertura
Conferência: HIV e Arte
Ricardo Tapajós Martins Coelho Pereira (SP)
Coquetel de Abertura
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Programação Científica
Módulo de Trauma
Coordenação: Gerardo Vasconcelos Mesquita
27 de Setembro de
2012
Quinta-feira
Manhã
8h00
Sessão de Temas Livres Orais
9h00
Controle de Danos
Laudimiro Cesar de C. Morais (PI)
9h20
Situação do Trauma no Brasil e no Piauí
Daniel França Mendes de Carvalho (PI)
09h50
Trauma em populações especiais – Idosos, crianças e gestantes
Gerardo Vasconcelos Mesquita (PI)
10h20
Intervalo
10h40
Traumatismo Crânio-encefálico e Trauma Raquimedular
José Nazareno Pearce de Oliveira Brito (PI)
11h20
Stress pós-traumático no trauma
Ediwyrton de Freitas Morais Barros (PI)
Módulo de Geriatria e Cuidados Paliativos
Coordenação: Caetano Cortez Rufino Filho
14h00
Sessão de Temas Livres Orais
15h00
Cuidados Paliativos: quando indicar e como conduzir
Glenda Maria Santos Moreira Cronemberger Mangueira (PI)
15h30
Demências: o que há de novo?
Charlys Barbosa Nogueira (CE)
16h00
Discussão e Perguntas
16h10
Intervalo
16h30
Avaliação Geriátrica Ampla (AGA)
Lara Sepúlveda de Andrade (PI)
27 de Setembro de
2012
Quinta-feira
Tarde
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17h00
Uso racional de medicamentos em idosos
Silvana Coelho Nogueira (PI)
17h30
Discussão e Perguntas
Módulo de Cirurgia Plástica
Coordenação: Fernando Cronemberg Miranda
8h00
Sessão de Temas Livres Orais
9h00
A formação do Cirurgião Plástico
Fernando Cronemberg Miranda (PI)
9h30
Conferência: Aspectos atuais em queimaduras
Coordenadora: Ana Lúcia Nascimento Araújo (PI)
Marco Aurélio Pellon (RJ)
10h00
Intervalo
10h20
10h20
Mesa Redonda: Queimaduras
Presidente: Fernando Cronemberg Miranda (PI)
Moderador: José Pascoal Duarte Pinheiro Correia (PI)
Atendimento inicial ao queimado
Marco Aurélio Pellon (RJ)
Atendimento ao grande queimado
Denyberg de Oliveira Santiago (PI)
Atendimento Ambulatorial
Alexandre Andrade Souza (PI)
10h40
11h00
11h20
28 de Setembro de
2012
Sexta-feira
Manhã
Discussão e Perguntas
Módulo de Cardiologia
Coordenação: Elisiário Cardoso da Silva Júnior
14h00
Sessão de Temas Livres Orais
15h00
Novas drogas cardiovasculares: o que mudou?
Elisiário Cardoso da Silva Júnior (PI)
28 de Setembro de
2012
Sexta-feira
Tarde
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15h30
Novos avanços nas técnicas percutâneas no tratamento da doença arterial
coronariana
João Francisco de Sousa (PI)
16h10
Intervalo
17h00
Cirurgia cardíaca: passado, presente e perspectivas
Paulo Sérgio Tajra Cortellazzi (PI)
18h00
Discussão e Perguntas
Módulo de Hematologia
Coordenação: Maria Aline Ferreira de Cerqueira
29 de Setembro de
2012
Sábado
Manhã
8h00
Sessão de Temas Livres Orais
9h00
Mesa Redonda: Distúrbios da Hemostasia
Presidente: Maria Aline Ferreira de Cerqueira (PI)
Uso clínico dos anticoagulantes: indicações e monitoramento
Luis Ivando Pires Ferreira Filho (PI)
Vantagens e desafios do tratamento profilático em hemofilia
Melissa Palis Santana (PI)
9h00
9h25
9h50
Discussão e Perguntas
10h00
Intervalo
10h20
Mesa Redonda: Hemoglobinopatias
Presidente: Gildene Alves da Costa (PI)
O manejo da doença falciforme em pacientes pediátricos
Paula Guedes Granja (SP)
O manejo da doença falciforme em pacientes adultos
Walter Moisés Tobias Braga (SP)
10h20
10h45
11h10
Discussão e Perguntas
11h20
11h20
Conferência: Terapia Tranfusional
Coordenadora: Melissa Palis Santana (PI)
Uso racional de hemocomponentes e reações transfusionais agudas: como
reconhecer e como conduzir
Maria Aline Ferreira de Cerqueira (PI)
12h00
Discussão e Perguntas
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Módulo de Oftalmologia
Coordenação: Vitor Cortizo da Fonseca
29 de Setembro de
2012
Sábado
Tarde
14h00
Sessão de Temas Livres Orais
15h00
Introdução à Oftalmologia
Fabrício Sleman Soubhia (SP)
15h30
Propedêutica oftalmológica
Bruno Campelo Leal (SE)
16h00
Intervalo
16h20
Doenças reumatológicas com repercussões oftalmológicas
Villene Carvalho de Araújo Filho (AL)
17h00
Doenças endocrinológicas com repercussões oftalmológicas
Alexandre Antonio Marques Rosa (PA)
Módulo de Educação Médica
8h00
Sessão de Temas Livres Orais
9h00
Estágios Extracurriculares
Lia Cruz Vaz da Costa Damásio (PI)
9h40
A gestão do tempo do estudante de Medicina
José Tupinambá Sousa Vasconcelos (PI)
10h20
Intervalo
10h40
Residência Médica no Piauí: desafios e perspectivas
Marta Alves Rosal (PI)
11h20
Encerramento e Premiação de trabalhos
30 de Setembro de
2012
Domingo
Manhã
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Temas Livres
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TL01
ANÁLISE DA CONCENTRAÇÃO DE IGE NA ALERGIA RESPIRATÓRIA
POR FUNGOS DO AR
Autores: Marcos Antônio Custódio Neto da Silva; Geusa Felipa de Barros Bezerra; Camila Rego Muniz; Eric
de Medeiros Costa; Rebeca Costa Castelo Branco; Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Apresentador(a): Marcos Antônio Custódio Neto da Silva
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A exposição a certos fungos pode causar doença humana com efeitos adversos para a
saúde, podendo gerar resposta imune prejudicial, como alergias, micoses ou ainda apresentar efeitos
tóxicos irritantes devido aos metabólitos fúngicos. O crescente interesse por microrganismos alergênicos e
a procura de novos indicadores ambientais vem despertando interesse no estudo de fungos anemófilos no
Brasil. A asma alérgica é uma doença respiratória potenciada pela exposição a agentes ambientais que
provocam a inflamação e obstrução bronquiolar transitória e que produz os sintomas característicos de
tosse e dispnéia. OBJETIVOS: Objetivou-se investigar a possível correlação entre asma e/ou rinite alérgica
e a concentração sérica de IgE total e IgE específica contra fungos. MÉTODOS: Fizeram parte deste estudo
100 crianças com diagnóstico clínico de asma e/ou rinite alérgica, com idade entre 4 e 14 anos,
acompanhadas no Ambulatório de Alergia da Unidade Materno Infantil da Hospital Universitário da
Universidade Federal do Maranhão. Esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em
Pesquisa do HUUFMA, sob parecer consubstanciado de Nº. 406/06.Após adesão dos pais ou responsáveis
ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, foram coletados 10 mL de sangue total, por punção
intravenosa, sendo 67 (66,3 %) do sexo masculino e 33 (33,7 %) do sexo feminino. A concentração de IgE
total e IgE específica para Aspergillus spp. e Penicillium spp. foi determinada no soro por ensaio
imunoenzimático- ELISA. RESULTADOS: A concentração de IgE total foi elevada em 97% das crianças;
74,5% apresentaram também elevação na concentração de IgE anti-Aspergillus e 86,7 % de IgE antiPenicillium. Foi constatada a correlação positiva (p<0.05) entre a idade e a concentração de IgE total Não
houve significância estatística quando foram correlacionados níveis de IgE total, sexo e área de residência
das crianças estudadas (p=0,88). Não foi detectada correlação entre a área de residência e a concentração
de anticorpos IgE totais ou anticorpos específicos para Aspergillus e Penicilium. CONCLUSÃO: Os
anticorpos IgE total e IgE anti-Aspergillus e anti-Penicillium não foram relevantes na correlação com
menores portadores de alergia e/ou sinusites desta pesquisa. Há necessidade de mais estudos para o
entendimento da alergia respiratória por fungos do ar em São Luis, Maranhão.
TL02
LEUCINA INTENSIFICA A GANHO DE ADIPOSIDADE E
FUNCIONALIDADE DE ADIPOCITOS SUBCUTÂNEOS VIA PPARy
A
Autores: Francisco Leonardo Torres-Leal; Fábio Bessa Lima.
Instituição(ões): Laboratório de Fisiologia do tecido adiposo, Instituto de Ciências Biomédicas,
Universidade de São Paulo (USP); Departamento de Biofísica e Fisiologia, Universidade Federal do Piauí
(UFPI).
Apresentador(a): Francisco Leonardo Torres-Leal
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A prevalência da obesidade vem se acentuando a cada ano, e, por conseguinte, gerado
inúmeros gastos públicos e alta taxa de mortalidade. Na tentativa de reverter esse quadro, intervenções
dietoterápicas como o uso da suplementação com leucina (LEU) tem ganhado destaque ao longo dos anos
como estratégia eficaz e segura no combate ao excesso de adiposidade. Porém, na literatura nenhum
trabalho buscou avaliar os efeitos da LEU em um modelo de obesidade. OBJETIVOS: Investigar os efeitos
do consumo de leucina sobre a adiposidade e a funcionalidade do tecido adiposo branco (TAB) em ratos
alimentados com dietas controle ou hiperlipídicas (HL). MÉTODOS: Ratos machos Wistar foram
alimentados com dieta HL (para indução da obesidade e resistência à insulina, [HL, n=10]) e controle (CON,
n=10) por 10 semanas. Após este período, foram distribuídos em 4 grupos (diferentes tratamentos) por
mais 6 semanas: i) CON, n=5; ii) CON+LEU, n=5; iii) HF, n=5 e iv) HF+LEU, n=5. Após a 6ª semana de
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tratamento os animais foram eutanasiados e as gorduras subcutânea (SC) e peri-epididimal (PE) foram
retiradas, pesadas e os adipócitos foram isolados para determinação da capacidade destas células em
incorporar: D-[U-14C]-Glicose em lipídios e ácido graxo de triacilglicerol e D-[U-14C]-Palmitato e [3H]Oleico em lipídios. Além disso, avaliamos a expressão gênica do receptor gama ativado por proliferadores
de peroxissomas alfa (PPARγ). Os dados foram analisados por ANOVA fatorial (22). Todos os
procedimentos realizados com os animais foram aprovados pela a Comissão de Ética no Uso de Animais.
RESULTADOS: Podemos observar que a LEU exerceu efeitos distintos, dependente da condição metabólica
em vários parâmetros relacionacidos como a adiposidade. Estas respostas foram pronunciadas no grupo
HL+LEU, principalmente pela maior massa adiposa em diferentes coxins adiposos SC (P=0,04) e PE
(P=0,001), maior hipertrofia de adipócitos SC (P=0,01), incremento na síntese de novo de ácidos graxos em
adipócitos SC (basal, P=0,02 e máximo, P=0,01), bem como, aumento na incorporação de ácidos graxos
(palmitico, P=0,03 e oleico, P=0,04) em adipócitos SC. Além disso, observamos efeitos da LEU sobre a
expressão gênica de PPARγ (P=0,0007) no tecido adiposo SC. CONCLUSÃO: Assim, foi demonstrado que a
LEU quando utilzada em modelo de obesidade e resistência à insulina intensifica o ganho de adiposidade e
as respostas metabólicas do tecido adiposo via PPARγ e a gordura SC é uma das mais afetadas.
TL03
AVALIAÇÃO MACROSCÓPICA DA ATIVIDADE ANTIULCEROGÊNICA
DO EXTRATO AQUOSO DA AROEIRA (MYRACRODRUON
URUNDEUVA) EM RATTUS NORVEGICUS
Autores: Ricardo Régis Leal Moura; Larissa Teixeira Pinheiro; Vinícius Silva Couto; Ariele Ribeiro Lopes
Dantas; Germano Pinho de Morais; Raimundo José Cunha Araújo Júnior.
Instituição(ões): Faculdade de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí (NOVAFAPI)
Apresentador(a): Ricardo Régis Leal Moura
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A popular aroeira-do-sertão é uma árvore nativa da América do Sul, sendo relatados,
efeitos gastroprotetores dos extratos alcoólicos e aquosos. A úlcera gástrica constitui uma desordem do
trato gastrointestinal que afeta milhões de pessoas. OBJETIVOS: Avaliar o efeito antiulcerogênico do
extrato aquoso da aroeira, através da análise macroscópica do índice de ulceração dos
estômagos. MÉTODOS: 30 ratos albinos, machos, em jejum de 24 horas, divididos em três grupos (n = 10):
grupo controle negativo, tratado com 1mL de solução fisiológica (SF), grupo controle positivo (tratado com
pantoprazol, 20mg/kg) e grupo teste (tratado com extrato aquoso de aroeira, 200mg/Kg), ambos por via
oral. O tratamento com as substâncias antiulcerogênicas foi feito 30 minutos antes e 60 minutos após
indução das úlceras com indometacina (Indocid), na dose de 40mg/kg. Após duas horas do tratamento
com os antiulcerogênicos, os animais foram sacrificados, avaliando-se o índice de ulceração gástrico. Os
dados individuais foram agrupados de acordo com cada tratamento, utilizando-se como medida de
tendência central, a análise de variância seguida do teste t (student) para comparação entre as médias e
pós-teste de Turkey. O nível de significância estabelecido foi em p < 0,05. O projeto foi submetido
previamente ao Comitê de Ética em Pesquisas da NOVAFAPI, sendo desenvolvido após sua aprovação pelo
referido Comitê (parecer 0002/2012). RESULTADOS: De acordo com análise de variância, o índice médio
de ulceração foi diferente estatisticamente entre os grupos do estudo, ( P<0,00). Segundo o teste de
Turkey foi detectado diferença entre o grupo controle (SF) e o pantoprazol (P<0,00), entre o grupo
controle (SF) e a aroeira ( P<0,00). Não houve diferença entre o índice médio de ulceração encontrado no
grupo pantoprazol com relação ao grupo aroeira( P>0,05). CONCLUSÃO: O extrato aquoso de aroeira foi
bastante eficaz na proteção da mucosa gástrica, com resultados semelhantes ao pantoprazol.
TL04
USO DA N-ACETILCISTEÍNA COMO INIBIDOR DA LESÃO TECIDUAL
NA ISQUEMIA E REPERFUSÃO MESENTÉRICA. ESTUDO
EXPERIMENTAL EM RATOS.
Autores: Lorena Chaib Rodrigues; Brisa Fideles Gândara; Fabiana Feijão Nogueira; Bianca Costa Martins de
Sousa; Maria do Carmo de Carvalho e Martins.
Instituição(ões): Faculdade de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí (NOVAFAPI)
III Congresso Nordestino Médico-Acadêmico / XIX COMAPI 2012 | www.comapi.org
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Apresentador(a): Lorena Chaib Rodrigues
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A isquemia responde atualmente por grande parte das situações de risco vivenciada por
cirurgiões. Em geral, a interrupção do suprimento de oxigênio e nutrientes para uma determinada área
gera danos celulares, contudo o grau da lesão está associado tanto com a intensidade e o tempo de
isquemia como das características do tecido. A restauração do fluxo sanguíneo é essencial para minimizar
os danos teciduais, contudo já se sabe que a reperfusão em si agrava essas lesões causadas pela isquemia.
A lesão observada pela isquemia e reperfusão mesentérica esta correlacionada com a descamação
epitelial, formação de úlceras e hemorragia. OBJETIVOS: O objetivo do trabalho foi avaliar a influência da
N-acetilcisteína na prevenção de lesões por isquemia e reperfusão em ratos. MÉTODOS: Ratos
Wistar machos (N=15) foram distribuídos em três grupos I (Controle); II (N-acetilcisteína (NAC) préisquemia); III (N-acetilcisteína (NAC) pré-isquemia e reperfusão); Foi realizada a isquemia utilizando clamp
vascular na artéria mesentérica superior e reperfusão. Ao final dos experimentos os animais foram
sacrificados e realizada a análise histológica de segmento do íleo através de metodologia convencional
(Parafina-Hematoxilina-Eosina) A análise foi realizada de acordo com o grau de lesão segundo CHIU,
McARDLE, BROWN, SCOTT e GURD. Para a análise estatística foi aplicado o teste exato de Fisher
considerando p 0,05 como nível de rejeição. Os procedimentos seguiram os princípios éticos da
experimentação animal editado pelo Colégio Brasileiro de Experimentação Animal – COEBA, e normas para
prática didático-científica de vivissecção animal. O projeto de pesquisa foi submetido à apreciação e
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da faculdade Novafapi. RESULTADOS: Observou-se
predomínio de ausência de alterações histológicas nos grupos que receberam N-acetilcisteína, bem como,
lesões e alterações histológicas nos vilos no grupo controle. CONCLUSÃO: A utilização de N-acetilcisteína
exerce um efeito protetor uma vez que altera o padrão fisiológico e diminui o grau de lesão tecidual.
TL05
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE NEOPLASIA MALIGNA
DO COLO DO ÚTERO EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO PERÍODO
DE 2008 A 2011
Autores: Humberto Lopes Tabatinga Neto; Matheus Filipe Oliveira Azevedo; Mariana Soares Cardoso;
Micaelly Nunes da Silva Madureira; Maria Evangelina de Oliveira; Cristiane Fortes Napoleão do Rego.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Humberto Lopes Tabatinga Neto
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O câncer do colo uterino (CCU) é o segundo mais frequente na população feminina,
superado apenas pelo câncer de mama, e a quarta causa de morte por câncer em mulheres no Brasil. Essa
neoplasia não manifesta sintomas em seus estágios iniciais, mas pode ser facilmente detectada pelo
exame Papanicolaou. A maioria das mulheres precocemente diagnosticadas, se tratadas adequadamente,
apresentam quase 100% de chance de cura. Segundo a Organização Mundial de Saúde, foram
considerados em estadio avançado os casos com doenças no estadio III e IV. O CCU praticamente inexiste
nas mulheres que não iniciaram atividade sexual. Contudo, a possibilidade da doença aumenta com o
início precoce da atividade sexual, número de parceiros, exposição a doenças sexualmente transmissíveis,
baixo poder aquisitivo e grande número de gestações. OBJETIVOS: Analisar o perfil dos pacientes com
câncer do colo do útero assistidos em hospital de Teresina. Quantificar os casos quanto à idade, cor,
estado civil, procedência, número de gestações das pacientes, bem como estadio clínico, tipo e grau
histológicos do câncer. MÉTODOS:Trata-se de um estudo transversal exploratório-descritivo,
retrospectivo, com abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada em um hospital de referência em
Teresina-PI, entre junho e agosto de 2012. Foram selecionados aleatoriamente 148 prontuários de
pacientes do sexo feminino diagnosticadas com CCU assistidas no período de 2008 a 2011. O projeto foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do hospital. Os dados foram analisados estatisticamente
através de gráficos e tabelas. RESULTADOS: Dos 148 prontuários analisados, foram observadas com maior
frequência pacientes com idade entre 55 e 62 anos (22,97%), morenas (45,94%), casadas (64,86%),
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procedentes do Piauí (70,27%). Quanto ao número de gestações, 22,97% tiveram de 0 a 3 gestações;
25,68% de 4 a 7 gestações; 14,19% de 8 a 11 gestações; 7,43% de 12 a 15 gestações; 1,35% de 16 a 20
gestações e 28,38% não informado. Dos tipos histológicos de câncer de colo de útero, o predominante foi
o carcinoma epidermoide (75%). O grau histológico mais frequente é o pouco diferenciado (G3 – 42,57%) e
o estadio predominante é o avançado (III – 33,78%). CONCLUSÃO: O grande número de casos
diagnosticados em estadio avançado reflete a necessidade de medidas de incentivo à prevenção, a fim de
diagnosticar precocemente a doença, de obter um tratamento mais eficaz e de melhorar as chances de
cura.
TL06
LIPOENXERTIA AUTÓLOGA E REABILITAÇÃO ORAL EM PACIENTE
PORTADORA
DE
ATROFIA
HEMIFACIAL
PROGRESSIVA
(SÍNDROME DE PARRY- ROMBERG): RELATO DE CASO
Autores: Eldo de Brito Ferreira Chaves; Dilson Marreiros Nunes Filho; Camila Cunha de Abreu; Fernanda Sá
Leal de Moura; Athana de Oliveira Cavalcante; Francisco Ferreira Chaves.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Eldo de Brito Ferreira Chaves
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A síndrome de Parry- Romberg, também denominada atrofia hemifacial progressiva, é uma
entidade clínica rara caracterizada por atrofia hemifacial unilateral que afeta pele, músculo, subcutâneo e,
raramente, estruturas osteocartilaginosas, tendo a prevalência de 1:700.000 indivíduos afetados.
Apresenta etiologia desconhecida, sugerindo-se como forte fator patogênico a autoimunidade,
anormalidade do nervo trigêmeo, trauma cervicofacial ou infecções. DISCUSSÃO DE CASO: Paciente MJJN,
32 anos, sexo feminino, natural de Altos-PI relata que nasceu de parto eutócico apresentando ligeira
assimetria de face que piorou progressivamente com o tempo. Foi atendida em uma clínica particular
especializada em cirurgia plástica em Teresina com a queixa de “problema no rosto” que foi afundando
com o tempo. Ao exame neurológico constataram-se hipoestesia de hemiface e córnea esquerda. Uma
tomografia computadorizada de face mostrou assimetria das partes moles com redução da espessura do
tecido celular subcutâneo na região geniana esquerda e atrofia do músculo masseter esquerdo.
Ressonância magnética revelou discreto enoftalmo esquerdo e ectasia com tortuosidade de bainha do
nervo óptico. O quadro de hemiatrofia facial unilateral (esquerda) afetando partes moles e poupando
massa óssea sugeriu o diagnóstico de síndrome de Parry -Romberg. A paciente foi submetida então a
tratamento estético de lipoenxertia autóloga apresentando resultado satisfatório e posteriormente foi
submetida ainda a tratamento ortodôntico, estando no momento indicada para reabilitação oral
(colocação de três implantes dentários). CONSIDERAÇÕES FINAIS: A lipoenxertia autóloga foi bastante
eficiente e de acordo com a paciente o resultado foi muito satisfatório. Além disso, pode-se concluir que a
cirurgia dermatológica pode reduzir sérios danos à anatomia dos pacientes acometidos pela síndrome de
Parry-Romberg.
TL07
ESTUDO DOS SINTOMAS DE TRANSTORNO DE DEFICIT DE
ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE EM ACADÊMICOS DE MEDICINA
Autores: Paloma Estéfanne Barbosa dos Santos; Felipe Viana Pereira Lobo; Laís Gonçalves Brasil; Denise
Maria Meneses Cury; Samuel Robson Moreira Rego; Mirian Perpetua Palha Dias Parente.
Instituição(ões): Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
Apresentador(a): Paloma Estéfanne Barbosa dos Santos
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio
comportamental dividido em três sintomas principais: predomínio de desatenção, predomínio de
hiperatividade-impulsividade e misto. Estudos mostram que a prevalência do TDAH gira ao redor de 3-7%
da população. Em homens, a incidência é maior, aproximadamente 9 homens para 1 caso de mulheres em
estudos clínicos e 2:1 em estudos populacionais. Estima-se que 60-70 % das pessoas que tiveram TDAH na
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infância mantêm o transtorno na vida adulta, mas a grande maioria dos trabalhos existentes é referente a
populações de crianças. OBJETIVOS: O TDAH repercute na vida da criança e do adolescente e se estende à
vida adulta levando a prejuízos em múltiplas áreas como no desempenho acadêmico, no trabalho ou no
casamento, estando associado a uma série de comorbidades. O objetivo deste trabalho é rastrear os
sintomas do TDAH em uma população de acadêmicos de Medicina, mostrando a incidência dos sintomas
sugestivos dessa patologia. MÉTODOS: O estudo realizado foi do tipo transversal e teve aprovação do
Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Piauí. Foram incluídos nesta pesquisa
estudantes de Medicina de uma Universidade pública de Teresina-PI. Foi utilizado um questionário com a
escala “Adult Self- Report Scale” (ASRS) modificada com perguntas sobre características do TDAH como
hiperfoco e distúrbios de sono. RESULTADOS: Dos 160 acadêmicos participantes, 10,6% apresentaram
sintomas sugestivos de TDAH. O sexo masculino apresentou um número superior em relação ao sexo
feminino na proporção de 1,8:1. Nos homens, 13,7% dos estudantes apresentaram resultado positivo para
sintomas de TDAH (subtipo desatento= 63,7%, subtipo hiperativo/impulsivo= 27,3%, subtipo misto= 9%).
Nas mulheres, o valor foi de 7,5% (subtipo desatento= 66,6%, subtipos hiperativas/impulsivas e subtipo
misto= 16,7%). Dos estudantes com resultado positivo, 47% apresentaram o hiper-foco contra 30% da
população com resultado negativo. Em relação aos distúrbios de sono, a população com resultado positivo
apresentou uma porcentagem três vezes maior, sendo 64,7% contra 21,7%. CONCLUSÃO: Os sintomas do
TDAH estão presentes nos estudantes de Medicina em proporções semelhantes (10,6%) ao que acontece
na população geral (3-7%). Percebe-se que a presença do transtorno não impede que essas pessoas
consigam realizar seus objetivos e tenham sucesso na vida profissional, social e afetiva.
TL08
INFLUÊNCIA DE VARIAÇÕES NA FREQUÊNCIA CARDÍACA E DE
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS PARA A POSITIVIDADE NO TESTE DA
MESA INCLINADA
Autores: Carlos Eduardo Batista De Lima; Nanashara Amorim Martins Santos; Daniel Gonçalves de Souza
Lopes; Newton Nunes de Lima Filho; Maurício Batista Paes Landim; José Itamar de Abreu Costa.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI); Hospital ITACOR
Apresentador(a): Nanashara Amorim Martins Santos
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: o teste da mesa inclinada (TMI) é utilizado para avaliação de disautonomias. Fatores
preditores para positividade no TMI ainda não estão bem estabelecidos. OBJETIVO: avaliar a influência de
variações na frequência cardíaca (FC) nas fases iniciais do exame e de características clínicas para
resultado positivo no TMI. MÉTODOS: entre janeiro de 2011 e março de 2012 foram selecionados
consecutivamente pacientes submetidos ao TMI com inclinação de 70 graus em protocolos estabelecidos:
passivo, sensibilizado com dinitrato de isossorbida (1,25 mg) e/ou massagem do seio carotídeo, conforme
critério clínico, sendo definido exame positivo para reprodução de sintomas clínicos na presença de
respostas mista, vasodepressora, cardioinibitória, síndrome postural ortostática taquicardizante e
hipotensão postural. As variáveis analisadas foram idade, sexo, sintomas, variações da FC no primeiro
minuto em relação ao repouso (Delta1min) e no intervalo até o décimo minuto (Delta10min) após
inclinação. Análise estatística: testes qui-quadrado, análise uni e multivariada e curva ROC. Significância
estatística para valor de p <0,05. RESULTADOS: foram analisados 198 pacientes, com idade média de 35,3
± 17 anos, sendo 55% do sexo masculino e 26 exames positivos com tempo de positividade de 20,2 ± 8
minutos. O sintoma pré-síncope foi referido em 46,9% dos pacientes e síncope em 33,3%. O exame foi
sensibilizado em 17,6% dos casos. Na análise univariada, houve maior positividade no sexo masculino em
comparação ao sexo feminino (22 x 4 exames, p=0,01), em indivíduos mais jovens (36,3 x 28,6 anos;
p=0,042) e Delta10min (9,9 x 16,9 minutos; p<0,001). Não houve diferença para história de síncope
(p=0,697) e no Delta1min (10,3 x 12,2 minutos; p=0,206). Na análise multivariada, o Delta10min foi
preditor independente de positividade do TMI com odds ratio (OR) de 1,10 (IC95%; 1,04-1,16; p=0,001),
havendo redução de risco de positividade em 80% para o sexo feminino (OR=0,20; IC95%; 0,06-0,61;
p=0,005). Para as curvas ROC elaboradas, as áreas sob as curvas foram 0,577 e 0,747 para Delta1min e
Delta10min,
respectivamente,
sendo
considerado
desempenho
satisfatório
quando
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>0,7. CONCLUSÕES: variações da FC no Delta10min foram preditoras de resposta positiva no TMI com
desempenho satisfatório demonstrado pela curva ROC. Pacientes do sexo feminino apresentam menor
taxa de positividade e o sintoma síncope não prediz resposta positiva no TMI.
TL09
ALTERNÂNCIA ELÉTRICA DO QRS EM PACIENTE
PNEUMOTÓRAX ESPONTÂNEO: RELATO DE CASO
COM
Autores: Ítalo Holanda do Vale; Gerson dos Santos; Orlando Irapuan Morais; Newton Nunes de Lima Filho;
Maurício Batista Paes Landim; Carlos Eduardo Batista de Lima.
Instituição(ões): Não informada
Apresentador(a): Ítalo Holanda do Vale
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A alternância elétrica do QRS é uma alteração eletrocardiográfica classicamente descrita
em casos de tamponamento pericárdico decorrente do fenômeno que reflete as oscilações do coração
dentro de volumoso derrame, determinando mudanças e desvios do eixo elétrico do QRS a cada ciclo. O
caso em questão refere-se a paciente do sexo masculino admitido com quadro de dor torácica associada à
dispneia intensa e alternância elétrica do QRS no eletrocardiograma (ECG) inicial. RELATO DE CASO:
Paciente JDLS, masculino, 42 anos, foi admitido com dispneia intensa e dor torácica progressiva,
encaminhado de outro serviço com diagnóstico de insuficiência cardíaca (IC) descompensada. Na história
pregressa relatou dispneia progressiva há três anos, que se intensificava até em repouso, e tosse produtiva
com períodos de exacerbação e melhora. Perda ponderal de 06 kg nos últimos 03 meses. Há 18 anos
exercia a atividade de escavação de poços cacimbões. Ao exame clínico encontrava-se consciente e foi
observado grande esforço respiratório, turgência jugular e abafamento de bulhas cardíacas com abolição
do murmúrio vesicular no hemitórax esquerdo e edema de membros inferiores. A dor torácica foi referida
como sensação de pontada. O ECG evidenciou alternância elétrica do QRS. Nesse momento o diagnóstico
de tamponamento pericárdico foi considerado, sendo submetido ao ecocardiograma. Foi sugerido
diagnóstico de pneumopatia ocupacional, sem evidêcia de derrame pericárdico. A função contrátil do
ventrículo esquerdo estava normal com leve disfunção do ventrículo direito, insuficiência tricúspide leve e
sinais de hipertensão pulmonar. A radiografia de tórax evidenciou opacidades difusas no pulmão direito,
motivando início de antibioticoterapia. Foi realizada uma tomografia de tórax para investigação da
patologia pulmonar sendo evidenciado pneumotórax esquerdo importante com hipertransparência e
retração hilar do pulmão esquerdo, sendo submetido imediatamente à toracocentese de alívio. Houve
normalização das alterações do ECG. Após estabilização do quadro clínico, o paciente recebeu alta no 12º
dia de internação para acompanhamento ambulatorial. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar de manifestação
rara, a presença de alternância do QRS pode sugerir a presença de pneumotórax esquerdo, auxiliando de
maneira essencial o diagnóstico e a intervenção terapêutica precoce, aumentando a chance de sucesso no
manejo desses pacientes.
TL10
ESTUDO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM FEBRE
REUMÁTICA ACOMPANHADOS EM HOSPITAL DE ENSINO NO
NORDESTE DO BRASIL
Autores: Auricélio Ribeiro; Rayli Lauro Jennyfer Brandão Sales; Edson Santos Ferreira Filho; Felipe Melo
Nogueira; Fabrízio Freitas Nunes; Catarina Fernandes Pires.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Edson Santos Ferreira Filho
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A febre reumática e a cardiopatia reumática crônica são complicações não supurativas da
faringoamigdalite causada pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A e decorrem de resposta imune
tardia a esta infecção em populações geneticamente predispostas, com elevado custo social e
econômico. OBJETIVO: Conhecer as características epidemiológicas e clínicas das crianças portadoras de
Febre Reumática, acompanhadas no Hospital Infantil Lucídio Portella, em Teresina-PI. MÉTODOS: Trabalho
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descritivo, retrospectivo, realizado a partir da coleta de dados dos prontuários médicos de 61 pacientes
internados no Hospital Infantil Lucídio Portella, de janeiro de 2005 a dezembro de 2009, com diagnóstico
de Febre Reumática. Foram analisadas as variáveis: gênero, faixa etária, cor, procedência, critérios de
Jones maiores e menores modificados, comprometimento orovalvular, profilaxia primária e
secundária. RESULTADOS: Observou-se que 50,8% dos casos eram do sexo feminino. Predominou a faixa
etária entre 9 e 11 anos (37,7%). Quanto à cor, 77% das crianças eram pardas. Em relação à procedência,
47,5% eram oriundas do interior do Piauí e 18% da capital. No tocante aos critérios diagnósticos de Jones
modificados: predominou a artrite (88,5%), seguida por cardite (78,6%) e coreia (13,1%), sendo
infrequentes os nódulos subcutâneos (1,65%) e o eritema marginato (1,65%). Das valvulopatias, a
insuficiência mitral ocorreu em 83,3% e a insuficiência aórtica, em 66,6% dos casos. Ainda se constatou
que 24,6% dos pacientes não realizaram profilaxia primária, sendo 60% destes procedentes de outros
estados (MA, PA, TO). A penicilina G benzatina foi considerada droga de escolha na prevenção primária
47,5% dos pacientes; o interior contribui com 72,4% deste total. Já a adesão à profilaxia secundária com
penicilina G benzatina foi bastante expressiva (98,4%). CONCLUSÃO: A faixa etária mais acometida de
Febre Reumática foi de 5 a 8 anos de idade. A artrite foi a manifestação clínica mais comum.
Encontraram-se elevadas frequências da cardite reumática com valvulopatias, destacando-se a
insuficiência mitral e insuficiência aórtica. Número considerável de pacientes não fez a profilaxia primária,
sendo a maioria proveniente de outros estados.
TL11
PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS DE
AMOSTRAS DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA ISOLADAS DE
INFECÇÕES HOSPITALARES; EM TERESINA-PI
Autores: Antonio José Silva Meneses Filho; Carla Adriana Rodrigues de Sousa Brito; George Lucas de
Macedo Rocha Reis; Avilnete Belém de Sousa Mesquita; Emília Teresa Canuto Baia; Josie Haydée Lima
Ferreira.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Antonio José Silva Meneses Filho
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Pseudomonas aeruginosa é um bacilo gram-negativo e um dos principais microorganismos
causadores de infecções nosocomiais. A resistência dessas cepas deve-se, principalmente, à produção de
enzimas β-lactamases, dentre as quais se destacam as β-lactamases de espectro ampliado (ESBL), com
ação hidrolítica às cefalosporinas de 3ª e 4ª geração e ao aztreonam. OBJETIVOS: Caracterizar e avaliar a
resistência de P. aeruginosa em dois hospitais de Teresina-PI, elucidando o perfil de multirresistência e a
produção de ESBL. MÉTODOS: Estudo de caráter transversal utilizando-se de 40 cepas de P.
aeruginosa isoladas de infecções hospitalares em Teresina-PI e submetidas a testes bioquímicos para
confirmação da espécie. A suscetibilidade a antimicrobianos foi avaliada através do teste de difusão em
ágar, segundo recomendações do Commitee for Clinical Laboratory Standards (CLSI), e a detecção de ESBL
foi feita pela técnica de aproximação de disco. RESULTADOS: De 40 amostras, apenas uma não se
enquadrou no perfil de P. aeruginosa pela análise de provas bioquímicas. As demais, já confirmadas,
revelaram 38,5% (n=15) de bactérias produtoras de ESBL, embora este seja apenas um dos determinantes
de resistência, uma vez que 100% das cepas expressaram um perfil multirresistente. A ceftazidima
apresentou-se como a cefalosporina de maior espectro, com 30,8% (n=12) das cepas sensíveis ante 23,1%
(n=09) de sensibilidade ao cefepime. Embora os carbapenens sejam as drogas de escolha em caso de
resistência às cefalosporinas de 3ª e 4ª geração, viu-se que 59% (n=23) das amostras foram resistentes ao
imipenem e 64,1% (n=25) ao meropenem. Observou-se também 53,8% (n=21) de cepas resistentes ao
aztreonam e 74,4% (n=29) a ciprofloxacina e levofloxacina; 51,3% das amostras (n=20) foram resistentes à
amicacina e 76,9% (n=30) à gentamicina. Polimixina B e piperacilina-tazobactam foram os antimicrobianos
mais ativos, exibindo, respectivamente, 2,6% (n=01) e 12,8% (n=05) das cepas resistentes.
CONCLUSÃO: Verificou-se um perfil de multirresistência nas cepas isoladas em ambiente hospitalar;
algumas produzindo ESBL como fator de resistência. Diante da ineficácia dos principais agentes antiPseudomonas, drogas potentes e com sérios efeitos colaterais tornam-se os agentes terapêuticos mais
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usados, alertando para o uso racional de antimicrobianos e para o controle da disseminação de espécies
multirresistentes.
TL12
AVALIAÇÃO DOS FATORES PROGNÓSTICOS E SOBREVIDA DE
PACIENTES COM OSTEOSSARCOMA ATENDIDOS EM HOSPITAL
FILANTRÓPICO DE TERESINA-PI
Autores: Fernanda Râmyza de Sousa Jadão; Lailton de Sousa Lima; João Ribeiro Memória Júnior; Fernanda
Belém Silva; Marcelo Barbosa Ribeiro.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Apresentador(a): Fernanda Râmyza de Sousa Jadão
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O osteossarcoma é o tumor ósseo com matriz óssea maligno primário mais frequente,
representando 0,2% das neoplasias malignas humanas. Sua principal característica é a produção de matriz
osteóide pelas células neoplásicas. Acomete principalmente crianças e adolescentes nas duas primeiras
décadas de vida e tem predileção anatômica pelas metáfises dos ossos longos. O fêmur distal e a tíbia
proximal são os locais mais frequentemente afetados pelo osteossarcoma, seguidos pelo úmero proximal.
OBJETIVO: Avaliar os fatores prognósticos, significância dos critérios de Huvos e a sobrevida de pacientes
com osteossarcoma atendidos em um Hospital Filantrópico de Teresina-PI. MÉTODOS: Foram analisados
32 prontuários de pacientes diagnosticados com osteossarcoma no período de janeiro de 2005 a
dezembro de 2010. As análises estatísticas foram realizadas no programa estatístico SPSS (versão 9.0). As
probabilidades de sobrevida acumuladas foram calculadas a partir da técnica de Kaplan-Meier.
RESULTADOS: A faixa etária foi entre 6 e 73 anos, sendo 56,2% homens e 43,7% mulheres. A cor
prevalente foi a negra, com 62,5% dos casos. Com relação ao subtipo histológico, a maioria era do tipo
osteoblástico (71,8%). O local anatômico do tumor prevalente foi a região do joelho (fêmur distal e tíbia
proximal). Quanto ao tamanho do tumor, 43,8% tinham tumores maiores que 15 cm. O grau de necrose
Huvos concentrou-se basicamente entre os tipos I e II, com 53,1% e 25% respectivamente. A sobrevida
global (SG) em dois e quatro anos foi de 45,5% e 39% respectivamente; e a sobrevida livre de eventos (SLE)
em dois e quatro anos foi de 39,8% e 19,9% respectivamente. O tratamento cirúrgico (p=0,0002)
influenciou significativamente a SG. E, tratamento cirúrgico (0,0037), metástase ao diagnóstico (p=0,0016)
e tamanho do tumor (p=0,05) tiveram influência sobre a SLE. CONCLUSÃO: Foram considerados fatores de
pior prognóstico, a presença de metástase ao diagnóstico e tumores maiores que 15 cm. Os critérios de
Huvos não atingiram significância estatística para o prognóstico dos pacientes.
TL13
QUALIDADE DA ÁGUA DE CENTROS DE SAÚDE PÚBLICOS DA
CIDADE DE TERESINA-PI: PRESENÇA E PERFIL DE RESISTÊNCIA
ANTIMICROBIANA DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA
Autores: Antonio José Silva Meneses Filho; Jaiclenes de Freitas; Ágata Laisa Laremberg Alves Neves;
George Lucas de Macedo Rocha Reis; Avilnete Belém de Sousa Mesquita; Josie Haydée Lima Ferreira.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Antonio José Silva Meneses Filho
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A contaminação de água potável é uma das maiores causas de doenças em países em
desenvolvimento, prevalecendo a ação de coliformes, bactérias mesófilas e agentes potencialmente
patogênicos, como Pseudomonas aeruginosa, cujo contágio por via oral é fator agravante em
imunodeprimidos. OBJETIVOS: Analisar a qualidade da água e caracterizar a susceptibilidade
antimicrobiana de cepas P. aeruginosa isoladas da água de bebedouros de centros de saúde públicos de
Teresina-PI. MÉTODOS: Estudo de caráter transversal envolvendo 47 amostras de água coletadas em
diferentes bebedouros de centros de saúde públicos de Teresina-PI. As amostras foram analisadas quanto
à presença e quantificação de bactérias mesófilas, coliformes totais e termotolerantes, Escherichia coli e P.
aeruginosa. As cepas de P. aeruginosa isoladas foram caracterizadas bioquimicamente e testadas quanto
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ao perfil de resistência aos antimicrobianos. RESULTADOS: De 47 bebedouros analisados, 29,8% (n=14)
apresentaram água com uma contagem de bactérias heterotróficas superior ao recomendado pelo
Ministério da Saúde para água potável (Portaria nº 518/2004). Além disso, 04 amostras foram positivas
quanto à presença de coliformes totais (entre 5,1 e >23 NMP/100 mL), dentre as quais 03 revelaram
coliformes termotolerantes e destes 02 foram confirmadas como E. coli. Foram isoladas 25 amostras de P.
aeruginosa nos bebedouros analisados. Cefotaxima e ceftriaxona não manifestaram ação antiPseudomonas. Oito amostras (32%) de P. aeruginosa apresentaram resistência ao ertapenem e cinco
(20%) ao aztreonam. Entretanto, todas as cepas foram susceptíveis à ação dos demais carbapenens,
cefalosporinas de 3ª e 4ª geração, penicilinas, aminoglicosídeos, fluoroquinolonas e polimixina B.
CONCLUSÃO: Os resultados obtidos demonstram a alta prevalência de linhagens de P.
aeruginosa isoladas em amostras de água utilizadas para consumo humano (53,2%), e que 11 delas (44%)
apresentaram resistência ao ertapenem e/ou aztreonam, drogas que usualmente expressam alguma
atividade contra este patógeno. Observou-se ainda que mais da metade (51,1%) das amostras isoladas de
bebedouros foram consideradas inaceitáveis pelo ponto de vista microbiológico por não atenderem aos
parâmetros estabelecidos pela legislação em vigor.
TL14
ORIENTAÇÃO GENÉTICA PARA DOADORES DO CENTRO DE
HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DO PIAUÍ - HEMOPI
DIAGNOSTICADOS COMO PORTADORES DO TRAÇO
Autores: Guilherme de Carvalho Paulo Marcos; Iran Batista Brito; Giovanna de Carvalho Paulo Marcos; Ana
Larisse Gondim Barbosa; Maria do Carmo Araújo; Aurilene Soares de Souza.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Guilherme de Carvalho Paulo Marcos
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí realiza o exame de eletroforese de
hemoglobina (Hb) como triagem desde março/2011. A doença falciforme é a doença hereditária mais
comum no Brasil, oriunda da produção de Hb S, associada ou não com outros tipos de Hb alterada.
Geralmente ocorre em descendentes dos Portadores do Traço, heterozigotos com um gene para a Hb A, e
outro para Hb alterada – geralmente S, mas também C, D e E. Assim, apresentam genótipo HbAS – mais
comum, denominado Traço Falciforme (TF) -, HbAC, HbAD, e outros. A orientação genética, de caráter
assistencial e preventivo, deve ser assegurada ao portador do traço e seus familiares. OBJETIVOS: Realizar
orientação genética em doadores portadores do traço identificados por exame de triagem, além de traçar
seu perfil. MÉTODO: Listou-se os doadores portadores do traço através da triagem, no período de março a
dezembro/2011, total de 1117 pacientes. Acessou-se o cadastro dos doadores através do HEMOVIDA,
banco de dados do hemocentro, e se traçou o perfil com base em três parâmetros: sexo, tipo de traço e
procedência. Enviou-se cartas para os doadores diagnosticados nos três primeiros meses do período, total
de 434. Os pacientes que compareceram nos meses de março a maio, 102, foram submetidos à orientação
genética, feita com base no Manual de Informação e Orientação Genética em Herança Falciforme do
Ministério da Saúde/2011, sendo oferecida a pesquisa em familiares. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê
de Ética e pesquisa do HEMOPI, com número de registro na CEPSHEMOPI: 04. RESULTADOS: Dos 1117
doadores diagnosticados através do exame de eletroforese de Hb, 60% eram do sexo masculino e 40%,
feminino. Foram diagnosticados como TF 83.8% e 16.2% com traço C. Dos 102 pacientes orientados, 61
foram do sexo masculino e 41 do sexo feminino, com predominância de faixa etária de 18 a 27 anos – num
total de 53 doadores, sendo 38 mulheres (92%) em idade fértil. 66 pacientes eram solteiros (64.7%), e 33
casados (32.4%), notabilizando o público-alvo. 73.5% dos pacientes afirmaram nunca ter ouvido falar no
traço, enquanto 89.2% desconheciam a presença de casos na família. CONCLUSÃO: Depreendeu-se que a
orientação genética em pacientes portadores do traço, além de possibilitar a pesquisa em familiares,
constitui uma importante ferramenta no esclarecimento dos pacientes quanto ao seu diagnóstico e
possibilita a tomada de decisões conscientes a respeito da procriação.
TL15
ANÁLISE
DOS
PRINCIPAIS
TIPOS
DE
HEPATITES
VIRAIS
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OCORRIDAS NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS ENTRE OS ANOS DE 2007
E 2011
Autores: Gabriela Melo Pereira; Luís Felipe Castro Pinheiro; Nayanny Pereira de Sá Lima; Mauricio
Rodrigues Lima Neto.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Apresentador(a): Gabriela Melo Pereira
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: As hepatites virais são doenças causadas por diferentes agentes etiológicos, de distribuição
universal, que têm em comum o hepatotropismo. Possuem semelhanças do ponto de vista clínicolaboratorial, mas apresentam importantes diferenças epidemiológicas e quanto à sua evolução. A grande
importância das hepatites não se limita ao enorme número de pessoas infectadas; estende-se também às
complicações das formas agudas e crônicas. Os vírus causadores das hepatites determinam uma ampla
variedade de apresentações clínicas, de portador assintomático ou hepatite aguda ou crônica, até cirrose e
carcinoma hepatocelular. Para fins de vigilância epidemiológica, as hepatites podem ser agrupadas de
acordo com a maneira preferencial de transmissão em fecal-oral e parenteral. OBJETIVO: Analisar os casos
de hepatites virais, com enfoque nas hepatites A, B e C, ocorridas no município de São Luís, entre os anos
de 2007 e 2011. METÓDOS: É um estudo transversal, descritivo, observacional, retrospectivo e
quantitativo com base em dados secundários, contabilizados e disponibilizados pelo SINAN relativos aos
casos de hepatites virais, com enfoque aos tipos A, B e C, no município de São Luís, entre os anos de 2007
e 2011. Foram consideradas as variáveis: fonte mecânica de infecção, formas clínicas e classificação
etiológica. RESULTADOS: Entre o ano de 2007 e 2011, foram notificados 1662 casos de hepatites virais.
Sendo 20,6% representados pela hepatite A, 36,1% pela hepatite B e 40,1% pela hepatite C e 3,2% sem
definição etiológica. Analisando as fontes mecânicas de infecção, as principais formas foram: 43,73% dos
casos de hepatite A adquirida através de alimento e água contaminada; 15,66% de hepatite B, adquiridos
por via sexual; 8,84% de hepatite C, adquiridos por transfusão sanguínea. Quando foi analisada a forma
clínica, 97,9%dos casos de hepatite A ocorrem de forma aguda; 76,1% dos casos de hepatite B e 93,1% de
hepatite C evoluíram para a forma crônica/portador. CONCLUSÃO: Pela análise dos resultados foi
constatada a predominância de casos que evoluíram cronicamente, 76,1% de hepatite do tipo B e 93,1%
do tipo C, fato esse que perpetua a transmissibilidade dos vírus causadores das hepatites. Os 43,73% de
transmissão da hepatite A através de alimento e água contaminada, está em consonância com a principal
forma de transmissão da doença. A hepatite C foi a que teve maior número de casos, 40,1%.
TL16
EFEITO VASORRELAXANTE INDUZIDO PELA FRAÇÃO ACETATO
ETILA (MC-ACOET) DAS FLORES DE MIMOSA CAESALPINIIFOLIA
BENTH
Autores: Lucas Henrique Porfírio Moura; Renan Teixeira Campelo; Edson Santos Ferreira Filho; Rita de
Cássia Meneses Oliveira; Daniel Dias Rufino Arcanjo; Aldeídia Pereira De Oliveira.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Lucas Henrique Porfírio Moura
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A espécie Mimosa caesalpiniifolia Benth (Mimosaceae) é uma planta arbórea encontrada
na caatinga nordestina brasileira conhecida popularmente como “unha de gato”. As flores dessa espécie
são indicadas pela medicina popular na forma de infusões para o tratamento de feridas, bronquites e
hipertensão. Estudos anteriores demonstram o efeito vasorrelaxante do extrato etanólico das flores dessa
espécie. OBJETIVOS: Avaliar o efeito vasorrelaxante da fração acetato de etila (Mc-AcOEt) do extrato
etanólico das flores de M. caesalpiniifolia. MÉTODOS:Nos experimentos, foram utilizados ratos Wistar
(275 ± 25 g). Após eutanásia, foram obtidos anéis de artéria mesentérica superior (1-4 mm), livres de
gordura e tecido conjuntivo, com (E+) ou sem endotélio (E-) funcional, mantidos em Tyrode a 37ºC,
aerados com carbogênio, suspensos por linhas de algodão sob tensão constante de 0,75 gf e fixados a
transdutores de força para o registro da tensão isométrica (Comitê de Ética em Experimentação AnimalIII Congresso Nordestino Médico-Acadêmico / XIX COMAPI 2012 | www.comapi.org
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UFPI, nº 015/2012). Após estabilização (1 h), os anéis foram contraídos com fenilefrina agonista
adrenérgico (10 μM) ou solução despolarizante KCl 80 mM. Na fase tônica das contrações, adicionou-se
cumulativamente Mc-AcOEt (0,1-750 μg/mL). Os resultados foram expressos como Média ± EPM. Os
valores de pD2 (logaritmo negativo da CE50) foram obtidos por regressão não-linear e comparados pelo
Teste t de Student não pareado. Foram consideradas estatisticamente significantes as diferenças para as
quais p<0,05 (Graphpad Prism® 5.03). RESULTADOS: Os resultados obtidos mostraram que Mc-AcOEt foi
capaz de induzir um potente efeito vasorrelaxante dependente de concentração e independente do
endotélio vascular em contrações induzida por fenilefrina (E+: pD2 = 1,90 ± 0,04; E-: pD2 = 2,02 ± 0,04, n= 6).
Em anéis sem endotélio pré-contraídos por despolarização com KCl 80 mM, Mc-AcOEt (0,1-750 μg/mL)
promoveu vasodilatação dependente de concentração, no entanto, com menor potência que o agente
contrátil anterior (E-: pD2 = 2,62 ± 0,05**, n=5, **p<0,001 vs Fenilefrina E-). CONCLUSÃO: Conclui-se que
Mc-AcOEt relaxa anéis de artéria mesentérica superior isolada de rato de maneira inespecífica e
independente do endotélio vascular, visto que induz vasorrelaxamento de anéis pré-contraídos com
agente farmacomecânico (fenilefrina) e agente eletromecânico (KCl 80 mM).
TL17
ANÁLISE DA ADEQUAÇÃO DA COBERTURA DOS CENTROS E
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (CAPS) NO ESTADO DO PIAUÍ
Autores: Francisco de Brito Melo Júnior; Márcio Rânger Leal Ferreira; Juliane Roberta Dias Torres; Talyson
Tasso Andrade de Carvalho; Francisco de Assis Barbosa Dos Santos Rocha.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Márcio Rânger Leal Ferreira
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: No Estado do Piauí, existem hoje 46 CAPS distribuídos entre as 11 regionais de saúde e 5
coordenadorias ligadas a estas, seguindo o modelo do Plano Diretor de Regionalização do Estado. A
décima edição do Saúde Mental em Dados, um levantamento do Ministério da Saúde (MS) sobre a
situação da Atenção Psicossocial no país, apontou o Piauí como o sexto Estado com melhor cobertura de
CAPS. OBJETIVOS: Avaliar a cobertura do Estado quanto às necessidades populacionais em relação aos
serviços prestados pelas diferentes unidades de CAPS existentes no Piauí, com base no número de
dispositivos atualmente funcionantes e no número de habitantes residentes em cada região
coberta. MÉTODOS: Calcularam-se os indicadores para cada regionais de saúde e gerou-se índice de
cobertura (IC) resultante da razão entre o indicador observado e o esperado de acordo com a população
(pop.) da região. Foram usados os dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e
dados populacionais do ano de 2010 disponibilizados pelo MS por meio do site do Departamento de
Informática do SUS (DATASUS). O número de CAPS esperado então foi calculado pela fórmula (número de
CAPS)/100.000 habitantes, e IC foi calculado pela razão do número de CAPS observado pelo número de
CAPS esperado para a pop. Além disso foi feita a análise da adequação da pop. municipal com a
quantidade e o tipo dos CAPS estipulados pelo MS. RESULTADOS: Foi aferido que a regional de saúde da
Chapada das Mangabeiras (CM) tem cobertura do CAPS abaixo do adequado (IC = 0,53). Além disso a
maioria das regionais de saúde (8 de 11) estão com a cobertura sobreofertada, adequadas são apenas
duas regionais: Vale do Sambito e Vale do Guaribas. Por fim, segundo os dados do DATASUS a cidade de
Picos tem apenas um CAPS e esse é de álcool e Drogas, faltando a presença de um CAPS II (pop. 73.414
habitantes), além da inexistência de CAPS na cidade de Corrente (pop. 25.407 habitantes). CONCLUSÃO:
Mesmo tendo sexta melhor cobertura do CAPS no Piauí existem falhas graves como as que ocorrem na
regional CM e nos municípios de Picos e Corrente. Faz-se necessário um olhar crítico mais detalhado sobre
a situação e estabelecimento de medidas para a adequação da oferta de CAPS no estado quanto à
quantidade e aos tipos estipulados e/ou necessários à pop. atendida por cada um deles.
TL18
EFEITO DO RALOXIFENO ASSOCIADO AO EXERCÍCIO FÍSICO
RESISTIDO NOS NÍVEIS SÉRICOS DE CÁLCIO E NA MASSA ÓSSEA
EM RATAS OVARIECTOMIZADAS
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Autores: Rayra Gomes Ribeiro; Amanda Tauana Oliveira e Silva; Cibele Carina Souza Silva; Marta Maria
Alves Pereira; Monah Ilka Feitosa Ferreira; Marcos Antônio Pereira dos Santos.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): : Rayra Gomes Ribeiro
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O risco de desenvolver osteoporose é elevado pelo hipoestrogenismo, pois ele é capaz de
reduzir a massa óssea e a força muscular. O raloxifeno é um modulador seletivo do receptor de estrógeno
com ação agonista no osso, pode aumentar a massa óssea, prevenir osteoporose em mulheres na pósmenopausa e reduzir a incidência de fraturas em 50% das mulheres com osteoporose. OBJETIVOS: Avaliar
os efeitos do exercío físico e do raloxifeno sobre o peso do fêmur e da tíbia e nível sérico do cálcio em
ratas ovariectomizadas. MÉTODOS: Ratas Wistar fêmeas (200-300g) foram divididas nos grupos
(n=6/grupo): Ovariectomia(OVX) (G1); OVX + treinamento físico de força(TR) (G2); OVX+raloxifeno(RLX)
(G3); e OVX+RLX+TR (G4); controle (G5). Iniciou-se o treinamento, 30 dias após OVX, que consistiu em três
séries de 10 saltos na água, com sobrecarga de 50% do peso corporal (G2 e G4) em dias alternados
durante 30 dias. Administrou-se raloxifeno 3,5mg/kg v.o. em propilenoglicol aos grupos G3 e G4, e veículo
nos demais diariamente por 30 dias. Coletaram-se amostras de sangue para determinação dos níveis
séricos de cálcio e realizou-se pesagem dos ossos citados. Os dados foram analisados com ANOVA oneway, considerados significativos quando p<0,05. Este projeto foi aprovado pelo comitê de ética de acordo
com o protocolo 0118/11. RESULTADOS: Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas
entre
os
grupos
no
peso
relativo
do
fêmur
(G1:0,300±0,0311;G2:0,334±0,038;G3:0,301±0,016;G4:0,281±0,022;G5:0,324±0,018) e nem no peso
relativo da tíbia (G1:0,215±0,017;G2:0,236±0,022;G3:0,211±0,013;G4:0,272±0,026;G5:0,244±0,019). Os
níveis séricos de cálcio foram significativamente menores no grupo G1 em relação aos demais:
(G1:1,050±0,053;G2:1,219±0,010;
G3:1,244±0,03;G4:1,225±0,014;G5:1,217±0,032). CONCLUSÃO: O
raloxifeno, isolado ou associado ao exercíco não ocasionou grandes alterações na massa óssea da tíbia e
do fêmur. O exercício físico mostrou-se mais eficaz no aumento dessa massa. A ovariectomia ocasionou
redução nos níveis séricos de cálcio devido à deficiência estrogênica.
TL19
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE LEISHMANIOSE
TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICÍPIO DE CAXIAS NO
PERÍODO DE 2007 A JUNHO DE 2012
Autores: Ruann Melo De Carvalho; Apoliane Costa Sodré; Irene S. Silva.
Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)
Apresentador(a): Ruann Melo De Carvalho
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A leishmaniose tegumentar americana é uma doença inflamatória crônica da pele e das
membranas mucosa, transmitida pela picada das fêmeas de flebotomíneos infectadas com protozoários
do gênero Leishmania. A maioria dos pacientes só apresenta acometimento cutâneo, cuja manifestação
clinica mais frequente é a ulcera leishmaniótica, com bordas elevadas e fundo granuloso, geralmente
indolor. As lesões mucosas são mais frequentes no nariz, boca e garganta. O diagnóstico é clínicoepidemiológico associado ao teste de Montenegro positivado e/ou demonstração do parasito no exame
parasitológico direto. O tratamento consiste em repouso e uma boa alimentação, sendo a droga de
primeira escolha o antimoniato de N-metil glucamina. OBJETIVOS: Analisar a epidemiologia da LTA na
cidade de Caxias – MA do ano de 2007 a junho de 2012. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo,
retrospectivo, com análise quantitativa de dados, referente aos anos de 2007 a junho de 2012 dos casos
notificados de LTA. A pesquisa foi realizada na Vigilância Epidemiológica do município de Caxias – MA. A
análise dos resultados obtidos no levantamento epidemiológico foi processada por intermédio de cálculos
matemáticos simples. RESULTADOS: Foram analisados os dados de 116 pacientes com LTA entre o período
de 2007 a junho de 2012. A maioria dos casos foi proveniente da zona urbana, representando 55% do
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total. O gênero masculino teve prevalência de 72% dos casos, sendo a raça parda prevalente com 70% dos
casos. A faixa etária foi de 20-49 anos, representando 52% dos casos. A classificação clínica da LTA teve
prevalência de 97% dos casos na forma cutânea. Majoritariamente, a confirmação foi clinico laboratorial,
representando 91% dos casos. A maioria evoluiu para cura no ano de 2007 a 2008, com 92,5%, no ano de
2009 a 2010, com 100% e no ano de 2011 a junho de 2012, com 64,7%. O exame parasitológico foi
realizado em 69% dos casos, sendo 60% positivo. CONCLUSÃO: A prevalência de LTA foi observada na faixa
etária de 20-49 anos, sendo, predominantemente, cutânea. Verificou-se que a maioria dos casos evoluiu
para cura e teve confirmação clinico laboratorial. Houve positivação do exame parasitológico direto, na
maioria dos casos. A zona urbana foi prevalente na origem dos casos, o gênero masculino e a raça parda
foram mais afetados pela doença.
TL20
AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA APÓS ADMINISTRAÇÃO AGUDA DE
UMA MANTEIGA INDUSTRIALIZADA OBTIDA A PARTIR DAS
SEMENTES DO BACURI (PLATONIA INSIGNIS MART.)
Autores: Rayra Gomes Ribeiro; Ana Karina Marques Fortes Lustosa; Antônio Expedito Simeão Souza;
Renan Teixeira Campelo; Antônia Maria das Graças Lopes Citó, Daniel Dias Rufino Arcanjo.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Rayra Gomes Ribeiro
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A Relação Nacional de Plantas Medicinais do Sistema Único de Saúde (RENISUS) objetiva
subsidiar o desenvolvimento de ações referentes ao Programa Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos. Porém, há uma grande variedade de plantas medicinais que apresentam efeitos tóxicos em
contraste com seus efeitos terapêuticos, no entendimento popular de que “tudo que é natural não é
prejudicial à saúde”. O “bacuri” (Platonia insignis Mart.,Clusiaceae), fruto da cadeia produtiva da
Amazônia e do Nordeste brasileiro, é amplamente utilizado popularmente para tratar dermatoses,
diarreias e inflamações. OBJETIVOS: Devido à ausência de estudos toxicológicos acerca da espécie, o
presente trabalho realizou uma avaliação da toxicidade aguda de uma manteiga industrializada obtida das
sementes do bacuri (Pi-MS). MÉTODOS: Ratas Wistar (n=5/grupo) foram tratadas com Pi-MS 2,0 g/kg (v.o.)
ou veículo. Em seguida, sinais clínicos e comportamentais foram avaliados durante as primeiras 4 h e
diariamente por 14 dias. No 14.º dia, amostras de sangue foram coletadas para análise de parâmetros
bioquímicos. Após eutanásia, os órgãos internos foram avaliados quanto ao peso relativo, textura,
consistência e cor, além da presença de lesões gástricas. O estresse oxidativo foi analisado através da
determinação dos níveis de catalase (CAT) e glutationa reduzida (GSH) em homogenato de tecido
hepático. Os protocolos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da UFPI (n.º
076/10). Os dados foram analisados pelo Teste t de Student e considerados significativos quando p<0,05.
RESULTADOS: Não foram observadas mortes nem alterações nos parâmetros clínicos e comportamentais,
nos órgãos internos e na mucosa gástrica. Avaliou-se o ganho ou perda de peso dos animais e pode-se
verificar gradativo aumento de ganho de peso no 14.º dia em relação ao 7.º dia e este em relação ao 1.º
dia, sem diferença significativa entre os grupos. As análises dos parâmetros bioquímicos não apresentaram
diferenças entre os grupos analisados. Entretanto, observou-se aumento nos níveis hepáticos de GSH no
grupo tratado com Pi-MS. CONCLUSÃO: O tratamento agudo com Pi-MS não apresentou sinais de
toxicidade sistêmica e promoveu aumento nos níveis hepáticos de GSH, indicando possível atividade
antioxidante e hepatoprotetora. Esse estudo fornece perspectivas para a avaliação e desenvolvimento de
novos medicamentos fitoterápicos mais eficazes e seguros.
TL21
AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO CIRÚRGICO DO ANEURISMA DE
AORTA ABDOMINAL INFRARRENAL NO HOSPITAL GETÚLIO
VARGAS EM TERESINA NO PERÍODO DE 2005 A 2010
Autores: João Ribeiro Memoria Júnior; Fernanda Belém Silva; Davi Magalhães Leite Novaes; Josana de
Moraes Coelho; Rodrigo Santos de Norões Ramos; Wilson de Oliveira Sousa Júnior.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
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Apresentador(a): Davi Magalhães Leite Novaes
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O aneurisma da aorta abdominal infrarrenal (AAA infrarrenal) representa 90% dos casos de
AAA. Existem duas modalidades de tratamento cirúrgico, o aberto e o endovascular. OBJETIVOS: Avaliar o
tratamento cirúrgico do AAA infrarrenal e as características clínicas e epidemiológicas dos pacientes
tratados no Hospital Getúlio Vargas (HGV) em Teresina-PI no período de 2005 a 2010. MÉTODOS: Trata-se
de um estudo retrospectivo de corte transversal em que foram analisados os prontuários médicos de
pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de AAA infrarrenal entre janeiro de 2005 e dezembro de
2010 no HGV em Teresina-PI. Foram coletados dados referentes a diâmetro do aneurisma, modalidade do
tratamento, tipo de enxerto, complicações pós-operatórias, taxa de mortalidade, tempo de internação,
além de idade, sexo e fatores de risco. Os dados foram tabulados e expressos em número absoluto e
porcentagem utilizando o Programa Excel for Windows (2010). O projeto já está encaminhado ao Comitê
de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí para apreciação e aprovação. RESULTADOS: Dos 13
pacientes avaliados, 12 (92,3%) eram do sexo masculino e 1 (7,7%), do sexo feminino, com média de idade
de 68,4 anos. Os fatores de risco mais prevalentes foram hipertensão arterial sistêmica com 10 (76,9%)
pacientes, seguido por tabagismo, com 9 (69,3%). O diâmetro médio do aneurisma foi de 6,81 cm e os 13
(100%) pacientes foram submetidos ao tratamento cirúrgico aberto. Onze pacientes (84,6%) foram
submetidos a enxerto aorto-biilíaco e 2 (15,4%), a enxerto aorto-bifemoral. Oito (61,5%) pacientes
evoluíram com complicações pós-operatórias, destacando-se insuficiência renal aguda, insuficiência
respiratória aguda, deiscência de ferida operatória com 3 (23,1%) pacientes cada e 5 (38,5%) foram a
óbito. Destes, 4 (30,7%) tinham AAA roto e 1 (7,7%), AAA não-roto. A taxa de mortalidade foi de 100% nos
pacientes com AAA roto. O tempo médio de internação foi de 16,5 dias. CONCLUSÃO: A grande maioria
dos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico de AAA infrarrenal são idosos, do sexo masculino,
hipertensos e tabagistas. O HGV não oferece tratamento por técnica endovascular para esses pacientes,
exclusivamente a técnica convencional. A taxa de mortalidade nos casos de AAA infrarrenal rotos é
extremamente elevada, ressaltando a importância do diagnóstico precoce e tratamento eletivo.
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Pôsteres
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P01
HERPES-ZÓSTER DE LOCALIZAÇÃO ATÍPICA: RELATO DE CASO
Autores: Edson Santos Ferreira Filho; Nayana Miranda de Freitas Falcão; Marco Philipe Teles Reis Ponte;
Marina Neiva Ribeiro Targa; Vítor Assunção da Ponte Lopes; Catarina Fernandes Pires.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí; Hospital Infantil Lucídio Portella
Apresentador(a): Marco Philipe Teles Reis Ponte
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A infecção por herpes-zóster, popularmente conhecida como “cobreiro”, é bem
documentada em pacientes adultos com doenças reumatológicas, sobretudo, quando em uso de
corticosteróides e metotrexato. As lesões habitualmente aparecem ao longo de um a três dermátomos e
são unilaterais, afetando tronco, região cervical e face. Apresenta-se aqui um caso de herpes zoster em
membro inferior esquerdo, relevante pela localização atípica, em criança com dermatomiosite juvenil.
RELATO DE CASO: Paciente, sexo feminino, 5 anos, natural de Teresina - PI, portadora de dermatomiosite
juvenil com calcinoses desde os 3 anos de idade, em uso de prednisona, omeprazol, metotrexato,
alendronato e diltiazem, foi admitida referindo tosse produtiva e bolhas dolorosas em membro inferior
esquerdo, sem febre. Mãe informa ser portadora de retrovirose, mas a filha apresentava sorologia
negativa para HIV. Ao exame físico, apresentava-se toxemiada, hipocorada, irritada, afebril. À ausculta
pulmonar, roncos grosseiros difusos bilateralmente e estertores finos em base de hemitoráx direito. Ao
exame de extremidades, apresentava lesões vésico-bolhosas de base eritematosa, dolorosas e infectadas
compatíveis com herpes-zóster no dorso de pé esquerdo. Foi hospitalizada, quando se suspendeu o
metotrexato e iniciou aciclovir endovenoso por 13 dias, além de antibioticoterapia de amplo espectro
(cefepime + oxacilina, 14 dias). No 5º dia de aciclovir, apresentou importante melhora da dor e do aspecto
das lesões, que se encontravam menos úmidas e em vias de cicatrização. Ao longo da internação, a criança
evoluiu com melhora progressiva do estado geral e da lesão no pé, com plena cicatrização no momento da
alta hospitalar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Infecções pelo vírus varicela-zóster tem sido raramente descritas
em populações de pacientes com dermatomiosite juvenil. Neste caso, os principais fatores de risco
associados incluem a desordem autoimune e a terapêutica imunossupressora. Embora não haja consenso
que o uso em longo prazo do metotrexato seja fator de risco para herpes zoster, a corticoterapia exerce
um papel de destaque. Assim, esse caso encontra sua relevância não somente na distribuição diferenciada,
como contribui para o estudo de fatores de risco para infecções oportunistas no grupo de pacientes com
miosites.
P02
DOENÇA MICOBACTERIANA NÃO-TUBERCULOSA: RELATO DE
CASO
Autores: André Fonseca Nunes; Monalisa Cavalcante de Carvalho; Saara Barros Nascimento; Ary Clênio de
Oliveira Lima; Romário Yanes de Carvalho Lima; Tatiana Santos Malheiros Nunes.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Saara Barros Nascimento
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: As doenças micobacterianas não-tuberculosas (DMNT) foram inicialmente descritas na
década de 50, embora se tornassem mais importantes epidemiologicamente quando associadas a casos de
imunossupressão, em especial com o advento da AIDS, na década de 80. Neste relato, os autores
descrevem um caso de mulher com 53 anos com antecedentes de uso de imunossupressor, que adquiriu
doença pulmonar por micobactéria não-tuberculosa. RELATO DE CASO: LAMR, 53 anos, sexo feminino,
casada, dona de casa, residente em Parnaíba-PI. Em seguimento ambulatorial relatou tosse pouco
produtiva há 1 mês, com secreção clara, associada a perda de peso, não quantificada, atribuída às
medicações usadas no controle de suas doenças de base. Iniciou tratamento para tuberculose em sua
cidade há 2 meses, a partir de baciloscopia positiva e radiografia de tórax com imagens cavitárias em 1/3
médio e 1/3 inferior do pulmão D, uma delas com nível. Relatava também ser portadora de artrite
reumatóide há 20 anos, com o uso de metotrexato 15 mg e prednisolona 5mg, e diabetes mellitus tipo II
há 1 ano e meio, com o uso de hipoglicemiantes orais. História familiar de parente de 1º grau, com quem
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não mantinha contato próximo, tratada para tuberculose pulmonar há 30 anos. Ao exame físico
apresentava-se emagrecida, afebril, eupnéica e normotensa. Ausculta pulmonar com murmúrios
vesiculares preservados, e sem ruídos adventícios. Ausculta cardíaca com RCR2T BNF SS. A conduta inicial
incluiu: pesquisa de bacilo álcool-ácido resistente, que se mostrou positiva em +++; tomografia
computadorizada, que indicou cavitação de parede fina, com contorno interno regular e discretas
espiculações externas em segmento posterior LSD de 3,9 x 2,6 cm e em segmento anterior LSD de 1,9 cm;
broncoscopia, que foi normal e com lavado broncoalveolar com cultura micológica negativa, cultura
bacteriana com isolamento de Staphylococcus epidermidis e cultura de micobactéria com achado de
Mycobacterium abscessus bolletti. CONSIDERAÇÕES FINAIS: No presente caso, o diagnóstico da DMNT foi
estabelecido pela história clínica, ressaltando o estado de imunossupressão decorrente do uso de
medicamentos para sua doença reumatológica de base, acrescido dos achados imaginológicos de
cavitações pulmonares, que somados à persistência da baciloscopia positiva durante terapia convencional
à tuberculose pulmonar, direcionaram a hipótese diagnóstica, confirmada através da cultura
micobacteriana.
P03
LESÃO DE CÉLULAS GRANULARES CONGÊNITA-RELATO DE CASO
Autores: Dionline Borges Paulo; Bruna Rodrigues Barbosa; Jerúsia Oliveira Ibiapina; Ana Maria Gonçalves
Rebelo; Teresinha Castello Branco Carvalho; Lina Gomes dos Santos.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI); Hospital São Marcos (HSM)
Apresentador(a): Dionline Borges Paulo
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A lesão de células granulares congênita (LCGC) foi descrita por Neumann em 1871, que a
denominou de epúlide congênita. Apesar de rara, é de fácil diagnóstico devido à manifestação típica no
rebordo alveolar de recém-nascidos. Apresenta-se como uma massa submucosa de tamanho variado,
geralmente única, com predominância no gênero feminino (10:1). Sua ocorrência é esporádica e não
mostra tendência familiar. A LCGC ocorre mais frequentemente na região maxilar (relação
maxila/mandíbula: 3:1), principalmente na sua porção anterior. Geralmente se apresenta como lesão
única, no entanto, casos múltiplos foram relatados. Além disso, apresenta comportamento benigno e não
há relatos de recidiva ou transformação maligna. O tratamento preconizado é a excisão cirúrgica
principalmente quando há comprometimento da amamentação, deglutição e/ou respiração. RELATO DE
CASO: EVNC, recém-nascida do gênero feminino, natural e procedente de Alagoinha do Piauí, mãe relata
que desde o nascimento criança apresentou duas lesões nodulares sobrelevadas na região gengival.
Procurou o serviço médico que indicou a ressecção cirúrgica. O estudo histopatológico mostrou
proliferação de células dispostas em ninhos pouco coesos, exibindo núcleos pequenos, regulares e
monomórficos, abundante citoplasma granular e eosinofílico, permeadas por vasos sanguíneos de paredes
delgadas. As células foram positivas para vimentina, calretinina e CD68 e negativas para proteína S100 e
pan-citoceratinas, confirmando tratar-se de LESÃO DE CÉLULAS GRANULARES. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A
lesão de células granulares congênita é histologicamente similar ao tumor de células granulares, e o que as
diferencia é a presença de fina camada vascular entre as células granulares, ausência de hiperplasia
pseudoepiteliomatosa e de expressão da proteína S100. A histogênese desta lesão ainda é desconhecida
até o presente e alguns estudos favorecem tratar-se de lesão de natureza reacional. Por ser de ocorrência
rara, os pediatras e cirurgiões devem estar atentos para o diagnóstico de certeza desta doença incomum.
P04
AVALIAÇÃO DO EFEITO DO JATOBÁ-DO-CERRADO SOBRE PERFIL
LIPÍDICO DE RATTUS NORVEGICUS
Autores: Salatiel Martins Vieira; André Fonseca Nunes; Máriton de Araújo Sousa Borges; Pedro Thiago da
Silva Tavares Ferreira; Paulo Humberto Moreira Nunes; Maria do Carmo de Carvalho e Martins.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Salatiel Martins Vieira
Contato: [email protected]
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INTRODUÇÃO: Hymenaea stigonocarpa Mart. ex Hayne (Fabaceae) é uma planta do cerrado brasileiro,
conhecida como jatobá-do-cerrado (JC), utilizada popularmente na culinária, no tratamento de cistite,
queimadura e tosse. Estudos prévios demonstraram atividade redutora de níveis lipídicos desta planta em
ratos diabéticos, não havendo na literatura, porém, dados sobre sua atividade em ratos normais.
OBJETIVOS: Avaliar o efeito do tratamento com a polpa de JC sobre perfil lipídico de ratos não diabéticos.
MÉTODOS: Utilizaram-se ratos Wistar com 22 dias, distribuídos em 2 grupos, tratados por via oral
diariamente com solução fisiológica (5 ml/kg) ou com polpa do JC (500 mg/kg), durante cinco semanas,
com ração e água ad libitum, sob temperatura 25±2° C e ciclo claro/escuro de 12 horas. Após isto, os
animais foram submetidos a jejum de 8 horas e eutanasiados para obtenção de amostras de sangue para
dosagem dos níveis de triglicerídeos (TG), colesterol total (CT) e HDL-colesterol, realizada pelo Laboratório
Bioanálise – Teresina/PI. Os valores do LDL-colesterol foram obtidos por meio da equação de Friedewald.
Os valores de VLDL-colesterol foram obtidos a partir dos valores de triglicerídeos. Os dados foram
expressos como média ± erro padrão da média dos valores de lipidemia sanguínea e foi utilizado para
comparações o teste t de Student com pós-teste de Tukey, adotando p<0,05. O projeto tem aprovação do
Comitê de Ética da UFPI (07/2010). RESULTADOS: Foi observado que o tratamento com JC reduziu
significativamente os níveis de TG e VLDL, mas não alterou os níveis de CT, LDL e HDL, respectivamente
(35,13 ± 2,761*; 7,025 ± 0,552*; 89,75 ± 3,057; 29,48 ± 2,122; 53,25 ± 1,386 mg/dL, n=8) em relação ao
controle (57,75 ± 7,377; 11,55 ± 1,475; 92,50 ± 4,637; 26,08 ± 2,480; 54,88 ± 2,955 mg/dL, n=8) (*p=0,01).
CONCLUSÃO: Assim, foi possível avaliar que o tratamento com a polpa de JC sobre perfil lipídico de ratos
não diabéticos mostrou efeito hipolipemiante, em relação aos níveis de TG e VLDL, complementando os
dados disponíveis na literatura com ratos diabéticos.
P05
EFEITO DO TREINAMENTO FÍSICO DE FORÇA, DO USO DE
ESTERÓIDE
ANABOLIZANTE
ANDROGÊNICO
E
DA
SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR NA FUNÇÃO RENAL DE RATAS
ADULTAS OVARIECTOMIZADAS
Autores: Osyanne Timóteo de Sousa; Salatiel Martins Vieira; Janilva Fernandes Amorim; Leoberth Silva
Araújo; Paulo Humberto Moreira Nunes; Maria do Carmo de Carvalho e Martins.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Osyanne Timóteo de Sousa
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A diminuição estrogênica leva à redução da massa muscular. O exercício físico, os
esteróides anabólicos androgênicos e a suplementação alimentar atenuam esse parâmetro. Todavia, há a
carência de estudos que relacionem seus usos a um possível comprometimento renal. OBJETIVOS: Avaliar
os efeitos da administração hormonal, suplementação alimentar e exercício físico de força sobre a função
renal em ratas ovariectomizadas. MÉTODOS: Ratos fêmeas (200 a 250g) foram divididos em grupos com 8
animais cada, sendo: G1: Ovariectomia (OVX) + Creatina (CT) + Enantato de testosterona (ET) + Exercício
(EXC); G2:OVX+CT+EXC; G3: OVX+CT+ET; G4: OVX+EXC e G5: OVX. O treinamento de força foi iniciado 40
dias após ovariectomia e consistiu em três séries de 10 saltos na água, com sobrecarga de 50% do peso
corporal nos grupos G1, G2 e G4. Em G1, G2 e G3 administrou-se creatina a 5 g/100g de massa
corporal/dia, por um período de cinco dias (etapa de sobrecarga), seguida por uma dose de manutenção
de 1 g/100g de massa corporal/dia. Em G1 e G3 foi administrado 1 mL/kg sc de hormônio (ET) e os demais
receberam veículo. Todos os procedimentos foram realizados em dias alternados por um período de 40
dias. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da Universidade Federal do
Piauí (0116/11). RESULTADOS: O peso médio dos rins (g) foi significativamente maior (p<0,001) nos grupos
G1, G2 e G3 em relação a G4 e G5 (G1: 0,99±0,02; G2: 0,90±0,04; G3: 0,88±0,04; G4: 0,69±0,04; G5:
0,64±0,02). G1 apresentou níveis de creatinina (mg/dL) significativamente maiores (p<0,001) em relação a
G2, G3, G4 e G5 (G1: 0,78±0,04; G2: 0,68±0,04; G3: 0,49±0,038; G4: 0,41±0,02; G5: 0,47±0,03). Os níveis
de ácido úrico foram significativamente maiores (p<0,05) em G1 e G3 quando comparados com G2, G4 e
G5 (G1: 5,35±0,88; G2: 2,47±0,59; G3: 7,27±0,56; G4: 1,36±0,37; G5: 2,77±0,84). Não foram encontradas
diferenças estatisticamente significativas nos níveis de uréia entre os grupos (G1: 31,43±1,32; G2:
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33,33±3,94; G3: 35,62±1,86; G4: 35,12±1,45; G5: 38,37±0,59). CONCLUSÃO: O uso da creatina associado
a esteróide anabólico androgênico, com ou sem exercício físico de força, levou a alterações significativas
em alguns parâmetros da função renal, como nos níveis de creatinina, ácido úrico e peso médio dos rins.
São necessários mais estudos a fim de analisar as possíveis causas das alterações encontradas na função
renal.
P06
EFEITO DE FRAÇÕES DE PARTIÇÃO DO EXTRATO ETANÓLICO DA
CASCA DE TERMINALIA FAGIFOLIA SOBRE O CONTEÚDO DE MUCO
DO ESTÔMAGO DE RATOS SUBMETIDOS À INDUÇÃO DE ÚLCERAS
GÁSTRICAS POR INDOMETACINA
Autores: Dionline Borges Paulo; Monalisa Cavalcante de Carvalho; Amanda Nogueira de Castro e Silva;
Danielle Andrade Meireles; Bruna de Oliveira Martins; Maria do Carmo de Carvalho e Martins.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Dionline Borges Paulo
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O extrato etanólico (EETF) da casca de Terminalia fagifolia Mart. et Zucc (Combretaceae),
conhecida como chapadeiro e usada popularmente para o tratamento de afecções do estômago e do
intestino, apresenta atividade antiulcerogênica em modelos animais. As frações de partição aquosa (FAq)
e hidroalcoólica (FHA) foram obtidas através de um processo de fracionamento químico do EETF e
também apresentaram atividade antiulcerogênica. OBJETIVO: Investigar o efeito das frações de partição
do EETF sobre o conteúdo de muco do estômago de ratos submetidos à indução de úlceras gástricas por
indometacina. MÉTODOS: Grupos de Rattus norvergicus (n=7) machos (221 ± 2,6 g) mantidos em jejum de
24 h, foram tratados por via oral com água (5 mL/kg, Controle), FAq (250 mg/kg), FHA (250 mg/kg),
carbenoxolona (Carb, 250 mg/kg, Padrão) e água (5 mL/kg) no grupo que não recebeu indução com
indometacina (Normal). Após 30 min dos tratamentos, as lesões gástricas foram induzidas, exceto no
grupo normal, por administração subcutânea de indometacina (30 mg/kg). Os animais foram mantidos em
suas gaiolas e, 4 h após a injeção de indometacina, foram sacrificados com tiopental sódico (100 mg/kg).
Todos os animais tiveram seus estômagos retirados e abertos pela curvatura menor, lavados e mantidos
em solução salina. A quantificação do muco da parede gástrica foi feita pelo método do Azul de Alcian, a
partir de um fragmento do corpo do estômago de cada animal. Os resultados (Média ± EPM) foram
comparados por ANOVA e pós-teste de Dunnett. O nível de significância foi estabelecido em 5% (p<0,05).
Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da UFPI (Protocolo Nº 029/09).
RESULTADOS: A indometacina reduziu significativamente (p<0,05) o nível de muco na mucosa gástrica
(controle: 404,9 ± 36,18), quando comparado ao grupo normal (529,8 ± 11,01). Os grupos tratados com as
frações FAq e FHA apresentaram um efeito paradoxal reduzindo significativamente (p<0,001) o teor de
muco da mucosa gástrica, quando comparados aos grupos normal e controle (FAq: 280,9 ± 27,62; FHA:
233,0 ± 25,30). A carbenoxolona foi capaz de restaurar (p<0,01) o nível de muco reduzido pela
indometacina (Carb: 570,7 ± 50,75). CONCLUSÃO: As frações de partição de T. fagifolia provocam uma
redução do teor de muco da parede gástrica dos animais tratados com indometacina, indicando que a
atividade antiulcerogênica dessas frações não envolve a estimulação da secreção de muco.
P07
CASUÍSTICA E TERAPÊUTICA DA ANEMIA FALCIFORME NO
HOSPITAL INFANTIL LUCÍDIO PORTELA
Autores: Giovanna de Carvalho Paulo Marcos; Iran Batista de Brito, Guilherme de Carvalho Paulo Marcos;
Ana Larisse Gondim Barbosa; Maria do Carmo Araújo; Aurilene Soares de Souza.
Instituição(ões): UFPI; UESPI; NOVAFAPI
Apresentador(a): Iran Batista de Brito
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O Hospital Infantil Lucídio Portela (HILP) é o centro de referência em Pediatria do estado do
Piauí com atendimento em diversas áreas, inclusive doenças hematológicas. Dentre elas, a Anemia
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Falciforme, a doença hereditária mais comum no Brasil, oriunda da produção de hemoglobina S, associada
ou não com outros tipos de hemoglobinas alteradas. A mutação genética responsável pela deformidade da
hemoglobina está diretamente relacionada aos sintomas da doença: síndrome mão-pé, dores
intensas, sequestro esplênico, icterícia, priapismo, dentre outros. A doença não possui cura e o
tratamento é paliativo, tendo como principais condutas: administração de ácido fólico, hidroxiuréia (HU),
transfusão sanguínea e analgesia, sobretudo durante as crises. OBJETIVOS: Avaliar o diagnóstico, sexo,
naturalidade e o tipo de tratamento implementado em crianças portadoras de Anemia Falciforme
atendidas no HILP. MÉTODOS: Selecionou-se prontuários de pacientes diagnosticados com anemia
falciforme atendidos no HILP entre os anos de 2009 e 2011, montou-se um banco de dados e, a partir
deste, foram coletados e analisados os dados referentes aos pacientes. RESULTADOS: Dentre os 67
pacientes do estudo, notou-se que 38 (56.7%) eram do sexo masculino, e 29 (43.3%) do sexo feminino.
Quanto ao ano do diagnóstico, observou-se que 15 (22.4%) foram efetivados em 2009, 34 (50.7%) em
2010 e 18 (26.9%) em 2011. Quanto à naturalidade, no âmbito estadual, 52 (73.1%) eram do Piauí; 12
(17.9%) do Maranhão; 2 da Paraíba e 1 do Pará. No âmbito municipal, 18 (26.9%) é natural de Teresina.
Como medida terapêutica, o ácido fólico foi prescrito a 36 (53.7%) pacientes, sozinho ou associado; a HU e
o sulfato ferroso, em 3 (4.5%) pacientes, cada. 25 crianças não receberam tratamento. CONCLUSÃO:
Depreendeu-se, a partir do que foi observado, que o diagnóstico de anemia falciforme no HILP ocorreu,
sobretudo, em crianças do sexo masculino. A maior casuística foi observada no ano de 2010, em pacientes
do Piauí, especialmente no município de Teresina. Quanto à terapêutica, a mais utilizada foi o ácido fólico;
observou-se, ainda, utilização do sulfato ferroso, mesmo não tendo qualquer relação com esse tipo de
anemia, sendo, inclusive, prejudicial.
P08
AVALIAÇÃO DO EFEITO DO TREINAMENTO RESISTIDO ASSOCIADO
AO
TRATAMENTO
COM
RALOXIFENO
EM
RATAS
OVARIECTOMIZADAS SOBRE A GLICEMIA E O PERFIL LIPÍDICO
Autores: Amanda Tauana Oliveira e Silva; Cibele Carina Souza Silva; Marta Maria Alves Pereira; Monah Ilka
Feitosa Ferreira; Rayra Gomes Ribeiro; Marcos Antônio Pereira dos Santos
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Amanda Tauana Oliveira e Silva
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O raloxifeno age como um modulador seletivo do receptor estrogênico e tem atividade
seletiva agonista ou antagonista sobre os tecidos que respondem ao estrógeno e leva a reduções do
colesterol total e do LDL-colesterol, sem efeitos nas taxas de triglicerídeos e HDL-colesterol total.
OBJETIVOS: Avaliar os efeitos do exercício físico e do uso do raloxifeno sobre a glicemia e o perfil lipídico
em ratas ovariectomizadas. MÉTODOS: Ratas fêmeas Wistar (200-300g) foram divididas nos grupos
(n=6/grupo): Ovariectomizadas (OVX) (G1); OVX + treinamento físico de força (G2); OVX+raloxifeno (G3); e
OVX+raloxifeno+ treinamento físico de força (G4). O treinamento foi iniciado 30 dias após OVX e consistiu
em três séries de 10 saltos na água, com sobrecarga de 50% do peso corporal (G2 e G4). Raloxifeno
3,5mg/kg v.o. em propilenoglicol foi administrado aos grupos G3 e G4, e veículo nos demais grupos. A
administração de raloxifeno foi realizada diariamente e o treinamento físico foi realizado em dias
alternados durante 30 dias. Coletaram-se amostras de sangue para análise da glicemia e perfil lipídico
(HDL, colesterol total e triglicerídeos). Os dados foram analisados com ANOVA one-way, considerados
significativos quando p<0,05. Este projeto foi aprovado pelo comitê de ética de acordo com o protocolo
0118/11. RESULTADOS: Não foram observadas diferenças significativas na glicemia (mg/dl) (G1:
224,750±31,874; G2: 156,500±3,831; G3: 180,000±21,981; G4: 162,500±16,887) e colesterol total (mg/dl)
(G1: 93,375±6,091; G2: 100,635±5,843; G3: 100,250±100,902; G4: 85,375±4,873). Também não foram
observadas diferenças entre os grupos nos níveis de HDL (mg/dl) (G1: 38,088±3,862; G2: 52,250±2,975;
G3: 51,000±3,354; G4: 42,375±2,259) e de triglicerídeos (mg/dl) (G1: 45,000±4,408; G2: 47,125±4,418; G3:
45,750±4,386; G4: 50,500±10,439). CONCLUSÃO: O exercício físico e a administração de raloxifeno não se
mostram eficientes para a diminuição da glicemia, do HDL, do colesterol total e dos triglicerídeos, não
ocorrendo alterações nos valores. O exercício físico mostrou-se eficiente somente em relação ao grupo
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ovariectomizado em reduzir os níveis de triglicerídeos e de glicose, não apresentando alterações
consideráveis nos outros valores.
P09
CISTO DE DUPLICAÇÃO ENTÉRICA: RELATO DE CASO
Autores: Felipe Melo Nogueira; Ivo Lima Viana; Adolfo Batista de Sousa Moreira; Lianna Martha Soares
Mendes; Edinaldo Gonçalves de Miranda; Eduardo Guimarães Melo
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Felipe Melo Nogueira
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Cistos de duplicação entérica são raras anormalidades congênitas que podem se originar
em qualquer ponto do trato digestório, desde a língua até o ânus, sendo, entretanto, mais comum no
intestino delgado, especialmente no íleo. Em geral seu diagnóstico é feito durante a infância, quando
costuma abrir quadros sintomáticos e seu tratamento, em geral, envolve uma abordagem cirúrgica, sendo
o diagnóstico confirmado por estudo anatomopatológico. RELATO DE CASO: Paciente, masculino, 6 meses,
natural e procedente de São João do Arraial, Piauí, foi levado a serviço de urgência pela mãe, que referia
quadro de vômitos pós-prandiais e diarreia liquida, com sangue e muco, há três dias. Mãe refere também
que, há cinco meses da internação, paciente apresentava episódios alternados de diarreia e constipação.
Nega anorexia ou outras queixas. Ao exame apresentava-se com estado geral comprometido, irritado,
desidratado, com abdome globoso, distendido e hipertimpânico, sem outras alterações. Foi realizado
exame ultrassonográfico abdominal que evidenciou coleção cística intra-cavitária, com finos ecos
homogêneos em seu interior, com parede ecogênica, com halo hipo-ecóico em hipocôndrio esquerdo,
medindo 5,8x5,4x4,2cm, sugerindo cisto de duplicação entérica. O paciente foi encaminhado para serviço
de referência em cirurgia pediátrica, onde foi realizada laparotomia com ressecção de segmento entérico
de 6cm contendo o cisto previamente descrito. O estudo histopatológico do fragmento retirado
evidenciou segmento de intestino delgado com cisto apenso que exibia paredes compostas pelos mesmos
elementos da parede intestinal, e encontrava-se preenchido por material necro-hemorrágico. Paciente
evoluiu sem complicações em pós operatório e mantem-se assintomático desde então. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Por ser uma entidade rara, os cistos de duplicação entérico permanecem um diagnóstico ainda
desafiador. Porém, uma intervenção rápida e efetiva é normalmente necessária para salvar a vida do
paciente.
P10
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS
TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE UNIÃO-PI
NOTIFICADOS
DE
Autores: Ricardo Felipe Silva Soares; Marina Eulálio Rocha; Hudyson Oliveira Rocha; Elizabete Freitas da
Silva; Raimunda da Silva Macêdo; Tatiana Maria Melo Guimarães dos Santos.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial (FACID); Faculdade Santo Agostinho (FSA)
Apresentador(a): Ricardo Felipe Silva Soares
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: De acordo com o Ministério da Saúde, a tuberculose é um problema de saúde prioritário
no Brasil, que juntamente com outros 21 países abrigam 80% dos casos da doença no mundo. Nesse
cenário, a vigilância epidemiológica constitui-se em importante instrumento para o planejamento, a
organização e a operacionalização dos serviços de saúde, como também para a normatização de
atividades técnicas correlatas com o intuito de erradicar tal doença no Brasil. OBJETIVOS: Traçar o perfil
sócio- demográfico e epidemiológico dos casos notificados de tuberculose do município de União –PI
notificados no período de 2005 a 2009. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo,
descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvido junto à Secretaria Municipal de Saúde de União- PI.
Os números finais foram coletados no banco de dados do SINAN (Sistema de Informações de Agravos de
Notificação), que contém as informações reunidas pela Secretaria Municipal de Saúde por meio de
formulários de investigação da tuberculose. Utilizou-se o programa Statistical Package for the Social
Sciences para a análise estatística descritiva. A aplicação do teste Qui-quadrado de Pearson com nível de
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significância (p<0,05) foi utilizada para verificar as possíveis associações entre as variáveis. RESULTADOS:
No período considerado, 58 casos de tuberculose foram notificados, dos quais 72,4% eram de pacientes
do sexo masculino, 39,7% tinham faixa etária entre 20 a 59 anos, 37,9% possuiam baixa escolaridade e
50% eram procedentes da zona rural. A maior incidência de casos notificados ocorreu no ano de 2005
(24,1%) seguidos dos anos de 2007 (22,4%) e 2008 (22,4%). Quanto à forma clínica, 84,5% dos casos eram
pulmonar. 67,2% dos pacientes não realizaram o teste Anti- HIV. Após diagnosticada a doença, 74,1% dos
pacientes realizaram tratamento diretamente observado. Quanto ao desfecho do tratamento, 86,2% do
total evoluíram para a cura, 3 foram a óbito (5,2%) e em 1 caso (1,7%) houve abandono do tratamento no
município. CONCLUSÕES: Em conjunto, os resultados demonstram que a tuberculose é prevalente
sobretudo em pacientes jovens em plena fase produtiva, o que traz repercussões sócio econômicas para o
paciente, família e sociedade. A baixa escolaridade observada foi fator para aumento da vulnerabilidade à
tuberculose e responsável pela maior incidência da enfermidade e pela menor aderência ao tratamento.
P11
PREVALÊNCIA DE ANOMALIAS CONGÊNITAS EM SÃO LUÍS-MA NO
PERÍODO DE 2000 A 2010
Autores: Luís Felipe Castro Pinheiro; Gabriela Melo Pereira; Mauricio Rodrigues Lima Neto; Nayanny
Pereira de Sá Lima.
Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão(UEMA); Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Apresentador(a): Luís Felipe Castro Pinheiro
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: As anomalias congênitas são defeitos estruturais, presentes ao nascimento, de causa
genética e/ou ambiental. A incidência entre os nascidos vivos é de 2 a 3% podendo resultar em
incapacidade física ou mental. As manifestações clínicas podem variar de quadros leves até muito graves,
com alto risco de vida para as crianças acometidas. Além da mortalidade, as malformações congênitas são
responsáveis por um alto índice de morbidade. A causa da maioria das malformações ainda é
desconhecida, porém, as anomalias cromossômicas, os teratógenos e a herança multifatorial são agentes
etiológicos melhor identificados. OBJETIVO: Estabelecer a prevalência das anomalias congênitas numa
amostra de nascimentos no município de São Luís, entre 2000 e 2010; Analisar a relação de fatores como
idade materna e o sexo do RN (recém-nascido) com a presença de anomalia congênita. METÓDOS: É um
estudo transversal, descritivo, observacional, retrospectivo e quantitativo com base em dados
secundários, contabilizados e disponibilizados pelo DATASUS relativos às mães atendidas no município de
São Luís, no período entre 2000 e 2010. Foram consideradas as variáveis independentes como o sexo do
recém-nascido e idade materna para estudo de fatores associados à anomalia congênita. Para análise de
dados foram utilizados o programa TabWin 3.5 e BioEstat 5.0. RESULTADOS: Entre 2000 a 2010, houve
240.712 nascidos vivos em São Luís, sendo observadas anomalias congênitas em 1157 (0,48%) deles. As
alterações mais prevalentes foram as do sistema osteomuscular (46,93%), sistema nervoso (20,39%) e
sistema digestório (6,31%). Não foi detectada associação significativa entre anomalias e sexo do recémnascido ou idade materna na amostra (p>0,05). CONCLUSÃO: Identificou-se, por meio da análise dos
dados do DATASUS, 1157(0,48%) casos de recém-nascidos com anomalias congênitas, valor este inferior
ao relatado na literatura. Observou-se através do teste Qui-Quadrado a não associação entre o sexo do RN
(p=0,0734) e progressão da idade materna (p=0,0899) com a presença de anomalias congênitas na
amostra.
P12
QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES COM DOENÇAS REUMÁTICAS
INTERNADOS EM HOSPITAL TERCIÁRIO DE TERESINA – PI
Autores: Thayana Louize Vicentini Zoccoli; Edson Santos Ferreira Filho; Dassis Cajubá da Costa Britto Filho;
Maria do Socorro Teixeira Moreira Almeida.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI); Hospital Getúlio Vargas (HGV)
Apresentador(a): Thayana Louize Vicentini Zoccoli
Contato: [email protected]
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INTRODUÇÃO: A qualidade de vida tem sido reconhecida como importante indicador do estado de saúde
para pacientes portadores de doenças crônicas, como as reumáticas. Escalas de qualidade de vida
relacionadas à saúde medem alterações nos, aspectos funcionais, psicológicos e sociais, bem como
refletem a percepção pelo paciente de seu estado de saúde. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida dos
pacientes com doenças reumáticas internados no Hospital Getúlio Vargas, em Teresina – PI. MÉTODOS:
Estudo epidemiológico, descritivo e transversal, cuja amostra foi selecionada por conveniência, incluindo
22 pacientes com doenças reumáticas internados no Hospital Getúlio Vargas, em Teresina – PI, durante o
período de maio a julho de 2012, que aceitaram participar do estudo mediante assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram coletados através de um questionário sobre aspectos
sociodemográficos, comorbidades e medicamentos em uso. A versão traduzida e validada para a língua
portuguesa do questionário genérico multidimensional Medical Outcomes Study 36 – Item Short-Form
Health Survey (SF-36) foi utilizada como instrumento de avaliação da qualidade de vida. O SF-36 é
composto por 36 itens, englobados em oito componentes: capacidade funcional, aspectos físicos, dor,
estado geral da saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. Cada um
apresenta um escore final de 0-100, onde 0 corresponde ao pior estado geral de saúde e 100, ao melhor.
As variáveis foram analisadas no programa SPSS versão 17. RESULTADOS: 90,9% dos pacientes eram do
sexo feminino, com média de idade de 40,6 anos (±14,5). Esclerose sistêmica (50%) e lupus eritematoso
sistêmico (40,9%) foram as doenças mais prevalentes, sendo 6,6 (±6,7) anos a média do tempo de
diagnóstico. Quanto aos componentes do SF-36, a média obtida foi de 49,24 (±30,34) para capacidade
funcional, 36,36 (±31,55) para aspectos físicos, 43,45 (±24,87) para dor, 52,04 (±15,66) para estado geral
da saúde, 91,13 (±18,38) para vitalidade, 44,31 (±27,47) para aspectos sociais, 57,59 (±45,06) para
aspectos emocionais e 64,54 (±20,55) para saúde mental. CONCLUSÃO: Pacientes reumatológicos
apresentam importante redução da qualidade de vida, sobretudo, por aspectos físicos, dor, aspectos
sociais e capacidade funcional. A melhoria da qualidade de vida deve ser um dos objetivos principais no
manejo das doenças reumáticas através de abordagem biopsicossocial e multiprofissional.
P13
PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS PACIENTES ONCOLÓGICOS
DIAGNOSTICADOS NO SERVIÇO DE ONCOLOGIA DE CAXIAS-MA
Autores: Ricardo dos Santos Quirino Vieira Junior; Joana Maria da Conceição de Oliveira; Lisiane Maria
Silva Queiroz; Lenice Lima Araujo; Francisca Jordânia do Carmo Silva; Glauto Tuquarre Melo do
Nascimento.
Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)
Apresentador(a): Ricardo dos Santos Quirino Vieira Junior
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O crescimento na incidência e nos gastos ao controle do câncer confirma-o como um
problema de saúde pública. Assim, conhecer o perfil socioeconômico dos pacientes em tratamento
oncológico possibilita estratégias intervencionistas de melhoria dos recursos e controle da doença.
OBJETIVOS: Construir o perfil socioeconômico dos pacientes diagnosticados com câncer no serviço de
oncologia de Caxias-MA. METODOLOGIA: Estudo transversal e quantitativo dos dados de 150 pacientes do
Serviço de Oncologia de Caxias-MA no período de março a maio de 2012. RESULTADOS: Dos 150
pacientes, maioria do sexo feminino (69%), constatou-se que 26% apresentam entre 51-60 anos e outros
26%, entre 61-70 anos; pacientes entre 71-80 e 41-50 compõem 15%, cada, do total. Quanto à origem dos
pacientes, 33% provem da cidade de Caxias, 55%, de outras localidades e 9% da zona rural. A maioria dos
pacientes se dizem analfabetos (47%), 21% possuem Ensino Médio completo, 13% sabem ler e escrever,
12% afirmam só possuir Ensino Fundamental, 3% Ensino Médio incompleto e um percentual mínimo de
3% possuem Ensino Superior. Mais da metade dos pacientes oncológicos (58%) recebem de um a dois
salários mínimos, 24% dos entrevistados tem renda inferior a um salário, 10% dos pacientes não possuem
renda fixa e apenas 8% dos pacientes que procuram o setor de oncologia sobrevivem com mais de dois
salários mínimos. Já sobre os gastos com o tratamento, 56% relatam gastar entre 1.100 a 6.000 reais
mensais; 18%, de cem a mil reais; somente 15% usam o tratamento fora de domicílio (TFD) e não gastam
nada; 7% e 4% relatam gastar, respectivamente, de 6.100 a 10.000 reais e acima de 10.000 reais. Dentre
os pacientes oncológicos, 31% vão ao centro de tratamento oncológico de bicicleta ou a pé; 37% fazem
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uso de ônibus; 12% vão ao serviço de moto-taxi; 7% fazem uso de moto própria e outros 7% de van; e
apenas 6% usufruem do transporte cedido pela secretaria de saúde. Considerando a realização o
tratamento cirúrgico, boa parte (44%) não realizou. Quanto à utilização do TFD, a maior parte (53%) não
utiliza, 30% fazem uso e 17% não responderam. CONCLUSÃO: Constata-se que a maioria é paciente em
situação de vulnerabilidade social que não possuem condições de bancar o próprio tratamento e ainda
assim não usufruem do serviço de apoio, como o TFD e o transporte cedido a esses pacientes, logo seu
elevado impacto econômico justifica revisão das estratégias de apoio ao paciente oncológico.
P14
AVALIAÇÃO DO EFEITO DO JATOBÁ-DO-CERRADO SOBRE O
CRESCIMENTO EM RATTUS NORVEGICUS
Autores: Pedro Thiago da Silva Tavares Ferreira; André Fonseca Nunes; Ary Clênio de Oliveira Lima; Camila
Maria Arruda Vilanova; Paulo Humberto Moreira Nunes; Maria do Carmo de Carvalho e Martins.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Pedro Thiago da Silva Tavares Ferreira
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A espécie Hymenaea courbaril pertence à família Fabaceae (Caesalpinoideae). No Brasil
ocorre principalmente nos cerrados do estado do Piauí, onde é conhecida como Jatobá-do-cerrado(JC). Os
frutos contêm uma polpa comestível e muito nutritiva, consumida tanto pelo homem como pelos animais
silvestres. Possui propriedades medicinais e é indicada no tratamento de asma, blenorragia, bronquite,
cólica, coqueluche, entre outros. Estudos prévios demonstraram grande teor de fibras nas sementes de
jatobá e baixo teor de carboidratos e proteínas. OBJETIVOS: O presente estudo tem como objetivo avaliar
o crescimento de ratos Wistar submetidos a suplementação alimentar com jatobá-do-cerrado baseado em
seu peso, volume de água e quantidade de ração consumidas. MÉTODOS: Utilizaram-se ratos Wistar com
22 dias, distribuídos em 2 grupos, tratados por via oral diariamente com solução fisiológica 5ml/kg(Grupo
C ou controle) ou com polpa do JC 500mg/kg (Grupo J ou jatobá), durante cinco semanas, com ração e
água ad libitum, sob temperatura de 25±2° e ciclo claro-escuro de 12 horas. De 3 em 3 dias era feita a
mensuração do peso dos animais, volume de água e peso de ração consumidas. Os dados foram expressos
como média ± erro padrão da média dos valores de massa das cobaias e de ração consumidas e de volume
de água consumidas e foi utilizado para comparações o teste t de Student com pós-teste de Tukey,
adotando p<0,05. O projeto tem aprova;cão do Comitê de Ética da UFPI (07/2010) RESULTADOS: foi
observado que o tratamento com JC aumentou significativamente a massa final dos animais, a quantidade
de ração e volume de água consumidos, respectivamente (171,6 ± 12,44g; 36,96 ± 3g; 64,5 ± 5,44mL, n=8)
em relação ao controle (135,9±10,69g; 23,51±2,85g; 49,25±4,4mL, n=8) (p=0,04). CONCLUSÃO: Assim, foi
possível avaliar que a suplementação com a polpa de JC surtiu efeitos estimulantes sobre o crescimento de
ratos, aumentando peso final das cobaias em relação ao controle, bem como da quantidade de ração e
água consumidas.
P15
INVESTIGAÇÃO
DAS
ATIVIDADES
ANTIDIARRÉICA
E
ESPASMOLÍTICA DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DAS FLORES DE
MIMOSA CAESALPIINIFOLIA BENTH. (MIMOSACEAE)
Autores: Ana Flávia Seraine Custódio Viana; Dilson Marreiros Nunes Filho; Marco Philipe Teles Reis Ponte;
Rita de Cássia Meneses Oliveira.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Dilson Marreiros Nunes Filho
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A diarréia é uma importante causadora de morbimortalidade no mundo. A Mimosa
caesalpiinifolia Benth. (Mimosaceae) é usada popularmente como expectorante, no tratamento de
doenças estomacais, da inflamação e hipertenção. OBJETIVOS: Avaliar a atividade antidiarréica e
espasmolítica do extrato hidroalcoólico das flores de Mimosa caesalpiinifolia Benth.(Mc-EtOH H2O) em
roedores. MÉTODOS: Os protocolos foram aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação com
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Animais/Universidade Federal do Piauí, nº 008/12. No modelo de diarréia induzida por óleo de rícino
foram utilizados camundongos Swiss machos e fêmeas (25-35 g), divididos em grupos, n=7, e tratados por
via oral (10 mL/kg) com salina, loperamida (3 mg/kg), Mc-EtOH H2O das flores (50,100 e 200 mg/kg). Uma
hora após o tratamento, receberam óleo de rícino (10 mL/animal, vo.), sendo em seguida e, durante três
horas, quantificadas as fezes sólidas ou líquidas. No modelo de músculo liso isolado foram usadas cobaias
(Cavia porcelus) de ambos o sexos (350 – 500 g) depois de um jejum de 24h, foram eutanasiadas, o íleo foi
retirado (15 cm) cortado em fragmentos de 1cm e mantidos a 37°C, em cubas para órgão isolado de 6 mL
com solução nutritiva de Krebs modificado, aerada com mistura carbogênica ( 95% O2 e 5% CO2). Após 30
minutos de estabilização, duas contrações isométricas sub-máximas similares para 40 mM de KCl, foram
induzidas, na fase tônica sustentada da segunda resposta, o extrato era adicionado de maneira cumulativa
(0,1 – 750 mg/mL). O possível efeito relaxante do extrato (Mc-EtOH H2O) foi avaliado. RESULTADOS: O McEtOH H2O das flores na diarréia induzida por óleo de rícino não foi capaz de reduzir o número de episódios
totais sólidos e líquidos, no tempo total de 3 horas. O Mc-EtOH H2O das flores (0,1 - 750 mg/mL) pouco
relaxou o íleo pré-contraído (n=3) com KCl 40 Mm, 19,84 % . Os resultados foram expressos como média ±
e.p.m., empregando-se ANOVA “one-way”, pós-teste de tukey’s, * p<0,05 (GraphPad Prisma 5.0).
CONCLUSÃO: O extrato (Mc-EtOH H2O) das flores não apresentou efeito antidiarréico e nem espasmolítico
significativo, logo mais pesquisas serão necessárias para confirmar essa ação do extrato.
P16
GASTROSTOMIA
CONTINENTE
COM
SEGMENTO
RETUBULIZADO: UMA NOVA TÉCNICA CIRÚRGICA
ILEAL
Autores: Marcos Danilo Vieira Dourado; Thiago Pereira Diniz; Adolfo Batista de Sousa Moreira; Sérgio
Augusto Pinheiro de Vasconcelos Filho; João Emílio Lemos Pinheiro Filho; Edinaldo Gonçalves de Miranda
Instituição(ões): Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
Apresentador(a): João Emílio Lemos Pinheiro Filho
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO:Crianças com incapacidade para deglutir,principalmente aquelas portadoras de doenças
neurológicas severas, necessitam de gastrostomia definitiva. Existem inúmeras técnicas cirúrgicas
descritas: gastrostomia endoscópica, gastrostostomia continente com tubo gástrico ou gastrostomia com
sonda permanente. Entretanto, cada uma delas tem complicações que limitam muito a sua
aplicabilidade.OBJETIVO: Descrever uma nova técnica cirúrgica para cateterismo intermitente e que
consiste na detubulização e reconfiguração de um segmento intestinal de 2- 3 cm implantado no
estomago e exteriorizado no umbigo, permitindo o cateterismo intermitente, sem extravasamento de
suco gástrico e mantendo o ângulo de His, mecanismo antirefluxo importante.MÉTODOS: Pacientes: 20;
Idade média : 4,4 anos(2-10 anos);8 sexo masculino e 12 feminino; Período de seguimento: 7,8 anos ( 2-10
anos); Doença de base: 20 paralisia cerebral, desses 13 tinham doença refluxo gastro-esofagico.Tecnica
cirúrgica: localização do estômago e sua grande curvatura; exposição do intestino delgado e realização de
enterectomia de um segmento de 3 cm a 30 cm do angulo de treitz; detubulização de segmento intestinal
isolado com abertura na borda mesentérica e reconfiguração do mesmo; implante de uma extremidade no
corpo gastrico e realização de mecanismo antirefluxo; implante da extremidade oposta no umbigo. Pósoperatorio:Foram realizadas 7 gastrostomias isoladas e em 13 associadas a fundoplicatura. Houve 4
complicações (20% ) , 03 refluxos tratados com mecanismo antirefluxo e diminuição do calibre e 1
estenose tratada com dilatações. DISCUSSÃO:Diversas técnicas, cirúrgicas ou endoscópicas, têm sido
desenvolvidas na tentativa de diminuir as morbi-mortalidades no tratamento de crianças que necessitam
da realização de gastrostomia. Atualmente, o método mais aceito para nutrição enteral é a gastrostomia
endoscópica percutânea.Quase todas as crianças com doenças neurológicas e indicação para uma
gastrostomia continente se encontram em estado nutricional e com comprometimento pulmonar
considerável e, qualquer técnica cirúrgica que aumente o tempo de cirurgia irá elevar o risco perioperatório. CONSIDERAÇÕES FINAIS:Esta nova técnica tem baixa morbidade, complicações em torno
20%,tem a melhor relação custo benefício e melhor manuseio pelos familiares, diminui significativamente
as internações hospitalares, sendo portanto uma excelente alternativa às já existentes em nosso meio.
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P17
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E FUNÇÃO HEPÁTICA DE RATAS COM
HIPOESTROGENISMO SUBMETIDAS A TREINAMENTO FÍSICO DE
FORÇA E SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR
Autores: Leoberth Silva Araújo; Janilva Fernandes Amorim; Salatiel Martins Vieira; Osyanne Timóteo de
Sousa; Paulo Humberto Moreira Nunes; Maria do Carmo de Carvalho e Martins.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Leoberth Silva Araújo
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O hipoestrogenismo está relacionado com diminuição da massa muscular. A
suplementação alimentar e o exercício físico de força são utilizados para atenuar esse parâmetro, mas é
necessário o esclarecimento dos possíveis efeitos sobre a função hepática. OBJETIVOS: Avaliar o efeito do
exercício físico e da suplementação alimentar sobre parâmetros da função hepática e da atividade
antioxidante em ratas ovariectomizadas. MÉTODOS: Ratos fêmeas (200 a 250g) foram divididos em 3
grupos (n=8): G1: Ovariectomia (OVX)+Exercício de força (EF)+Creatina (C); G2: OVX+EF; G3: OVX. O
treinamento de força foi iniciado 40 dias após a ovariectomia e consistiu em três séries de 10 saltos na
água, com sobrecarga de 50% do peso corporal nos grupos G1 e G2. Em G1 administrou-se creatina 5
g/100g de massa corporal/dia por um período de cinco dias (etapa de sobrecarga), seguido por dose de
manutenção de 1 g/100g de massa corporal/dia. Todos os procedimentos foram realizados em dias
alternados por um período de 40 dias. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação
Animal da Universidade Federal do Piauí (0116/11). RESULTADOS: Os níveis de transaminase glutâmico
oxalacética (TGO) em G1 apresentaram-se significativamente maiores(p<0,001) em relação aos grupos G2
e G3 (G1: 114,33±4,85; G2: 46,12±4,98; G3: 52,87±1,39). Os grupos G1 e G2 tiveram níveis
significativamente menores(p<0,05) de transaminase glutâmico pirúvica (TGP) em relação a G3 (G1:
48,66±2,36; G2: 49,87±2,57; G3: 60,00±2,51). Os níveis de fosfatase alcalina do G1 foram
significativamente menores(p<0,05) quando comparados a G2 e G3 (G1: 150,70±14,01; G2: 229,42±19,27;
G3: 221,37±31,25). Os níveis de albumina em G1 e G2 foram significativamente maiores(p<0,01) em
relação a G3 (G1: 2,91±0,04; G2: 3,21±0,07; G3: 3,25±0,05). Não foram encontradas diferenças
estatisticamente significativas entre os grupos em: níveis de proteína total (G1: 5,95±0,15; G2: 5,87±0,18;
G3: 6,18±0,07), atividade da catalase hepática (G1: 5,66±0,36; G2: 37,34±8,00; G3: 72,97±51,46) e teor de
glutationa (G1: 15,94±1,27; G2: 21,38±2,48; G3: 44,41±20,70). CONCLUSÃO: O uso de suplementação
alimentar combinada ao exercício físico de força provocou alteração isolada nos valores de TGO e a
suplementação alimentar combinada ou não ao exercício físico de força não alterou outros parâmetros da
função hepática, sugerindo uma ausência de hepatotoxicidade.
P18
LEISHMANIOSE VISCERAL ASSOCIADA À SÍNDROME DE
IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA: RELATO DE CASO COM
DERMATITE HISTIOCÍTICA PERIVASCULAR SUPERFICIAL COM
PRESENÇA DE LEISHMANIA SP.
Autores: Caroline Torres Sampaio; Rejane Emília Barros Mendes; Pedro Oliveira dos Santos Júnior; Raquell
Castelo Branco Cavalcante Cavalcante.
Instituição(ões): Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
Apresentador(a): Rejane Emília Barros Mendes
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A leishmaniose visceral é uma doença causada por parasitos do complexo Leishmania
donovani na África, Ásia, Europa e nas Américas (NEVES, 2005). Caracteriza-se por ser uma doença crônica,
grave, de alta letalidade se não tratada. Apesar de existirem drogas eficazes, a doença é, segundo a
Organização Mundial de Saúde, responsável pela morte de milhares de pessoas em todo o mundo (59.000
no ano de 2001) (NEVES, 2005). RELATO DE CASO: B.R., 38 anos, residente em Timon - MA, mototaxista,
relata que em dezembro de 2011 iniciou um quadro de astenia, anorexia, dor abdominal e intensa perda
de peso (21kg em 3 meses). Relata que concomitantemente surgiu um quadro de febre alta, vespertina
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com lesões purulentas que evoluíram para manchas de halo hipercrômico e centro hipocrômico em
tronco, cabeça e membros superiores, e que em fevereiro os sintomas passaram a deixá-lo inapto para o
trabalho, quando então procurou serviço de saúde em Timon. Com a piora do quadro, foi encaminhado ao
Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (IDTNP), sendo internado para investigação da intensa perda
de peso, astenia e hepatomegalia. Durante a internação, evoluiu com aumento da hepatoesplenomegalia,
epistaxe, edema, febre e tosse seca. Diante desse quadro foi investigado insistentemente Leishmaniose
visceral associada a SIDA. Solicitou-se teste rápido para Leishmania sp. e aspirado de medula óssea. Os
resultados foram negativos, juntamente com a revisão de lâmina do aspirado de medula. Instituiu-se
tratamento empírico com anfotericina B lipossomal por 9 dias devido a clínica e exame físico bem
sugestivos de Leishmaniose visceral. Solicitou-se biópsia de lesões de pele. Paciente evoluiu com melhora
do estado geral, porém exames laboratoriais e exame físico não apresentaram melhora. Foi solicitado
parecer da hematologia. A biópsia indicou dermatite histiocítica perivascular superficial com presença de
Leishmania sp. Parecer da hematologia constatou presença de leishmanias na 3ª lâmina. Paciente recebeu
alta hospitalar, e continuou sendo acompanhado no Hospital Dia do IDTNP para fazer profilaxia de
Leishmaniose visceral uma vez por semana com anfotericina B complexo lipídico. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
O caso relatado mostrou que até o método diagnóstico mais utilizado, aspirado de medula óssea, pode
gerar falso-negativo. E que biópsias de lesões de pele, evidenciaram que as Leishmania sp. tiveram um
tropismo para a pele.
P19
SOBREVIDA DO CÂNCER DE MAMA EM MULHERES MARANHENSES
Autores: Dulcelena Ferreira Silva; Camila Rêgo Muniz; Rebeca Costa Castelo Branco; Marcos Antonio
Custódio Neto da Silva; Eric de Medeiros Costa; Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.
Instituição(ões): Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Apresentador(a): Camila Rêgo Muniz
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A mortalidade mundial por câncer, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS),
compreende sete milhões de mortes e nesta perspectiva, o câncer de mama ocupa a quinta posição
dentre as neoplasias, sendo os primeiro entre as mulheres brasileiras. O câncer de mama apresenta um
crescimento contínuo na última década, provavelmente como resultado de mudanças sócio-demográficas
e da acessibilidade aos serviços de saúde. OBJETIVOS: Objetivou-se descrever os dados epidemiológicos
das mulheres, que evoluíram para óbito por câncer de mama, analisar os exames clínicos e
histopatológicos e identificar os fatores de risco. MÉTODOS: Realizou-se um estudo epidemiológico
descritivo da mortalidade por câncer de mama, em mulheres no estado do Maranhão. Os dados utilizados
neste trabalho foram obtidos por levantamento de prontuários de mulheres assistidas pelo Instituto
Maranhense de Oncologia Aldenora Bello (IMOAB) em São Luís - MA. A amostra foi de 103 mulheres no
período de 1998 a 2004. Foram analisados dados sócio-demográficos e anamnese. Esta pesquisa foi
submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HUUFMA, sob parecer 33104-217/2006.
RESULTADOS: Quanto à faixa etária, a mais prevalente foi de 40 a 49 anos Entre as profissões, a do lar
(27,1%) foi a mais frequente. A maioria das pacientes possuíam 4 a 11 anos de escolaridade. Quanto à
procedência, verificou-se que as pacientes eram predominantemente (68,9%) oriundas da capital, São
Luís. Quanto à distribuição por mesorregião, detectou-se predomínio da mesorregião Norte Maranhense
(89,4%). Em relação ao estado civil, detectou-se que 45,6% eram mulheres solteiras. Demonstrou-se que
na grande maioria dos casos que o acometimento foi unilateral. O estadiamento clínico, no momento da
admissão, era o III (51,5%). O carcinoma ductal infiltrante (82,5%) foi o tipo histológico mais comum. O
tratamento mais empregado envolve a associação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia de forma
sequenciada (40,8%). O sítio mais frequente de metástases foi o pulmão (18,4%). CONCLUSÃO: Diante do
exposto o câncer de mama é um problema de saúde pública em São Luís-Ma. O diagnóstico foi feito
tardiamente, o que indica a necessidade de aprimoramento do atendimento a essas mulheres, a fim de
melhorar o prognóstico e a sobrevida.
P20
PERIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PORTADORES DE CÂNCER DE PELE
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DIAGNÓSTICADOS NO SERVIÇO ONCOLÓGICO DE CAXIAS –
MARANHÃO, NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2008 A JULHO DE 2012
Autores: Lisiane Maria Silva Queiroz; Julia Perticarrari Osorio Pitombeira; Ricardo dos Santos Quirino Vieira
Junior; Hosana Veras Fontes; Lenice Lima Araujo; Glauto Tuquarre Melo do Nascimento
Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)
Apresentador(a): Lisiane Maria Silva Queiroz
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: As neoplasias malignas de pele atingem grande parte da população, sendo a forma mais
frequente de câncer em todo o mundo. Dividem-se em subtipos e os mais importantes são Carcinoma
Espinocelular (CEC), Carcinoma Basocelular (CBC) e Melanoma (ME). A radiação ultravioleta é de longe o
principal fator de risco ao desenvolvimento do câncer, sobretudo em regiões tropicais e ocupações
relacionadas à agricultura, como é o caso da macrorregião de Caxias-MA. OBJETIVOS: Verificar a
prevalência epidemiológica do câncer de pele dos casos diagnosticados no Serviço Oncológico de CaxiasMA, no período de NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2008 A JULHO DE 2012. METODOLOGIA: Foram avaliados
os casos diagnosticados no serviço, no qual foram incluídos na pesquisa os casos de CEC, CBC e ME e
distribuiu-se de acordo com a idade e com o sexo. RESULTADOS: Foram avaliados 153 fichas de casos de
lesões malignas, dos quais 98 (64,4%) eram do sexo feminino. Quanto à distribuição dos tipos de lesões, a
maioria, contabilizando 131 casos (85,6%), era diagnóstico de CBC; seguido de 11 casos (7,2%) de CEC e os
mesmos 11 casos (7,2%) de ME. A faixa etária mais prevalente foi a de 70-90 anos, com 53 casos (34,6%),
seguido de 47 casos (30,7%) em pacientes com idade entre 50-69 anos; 19 casos (12,4%) em pacientes
maiores de 90 anos; 14 casos (9,1%) em 31-49 anos; e 02 casos (1,3%) em menores de 30 anos. Em oito
fichas (5,8%) não havia dados referente à idade. CONCLUSÃO: De fato, as células basais possuem um
maior número de replicação celular, sujeitas, portanto, a alterações em genes reguladores do
desenvolvimento, o que explica a maior ocorrência de CBC. Em relação à faixa etária de ocorrência, a
média da idade para as neoplasias malignas de pele ainda permanece elevada, podendo ser explicado pelo
efeito acumulativo das radiações ultravioletas, sobretudo nas regiões tropicais. Como o sexo feminino
ainda é o principal alvo das campanhas em prol da saúde, estas se tornam mais atentas e preocupadas
com o próprio corpo se comparadas aos homens, assim procuram o serviço médico mais precocemente.
P21
PRINCIPAIS CAUSAS E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO ÓBITO
FETAL ENTRE 2000 E 2010 EM SÃO LUÍS-MA
Autores: Gabriela Melo Pereira; Luís Felipe Castro Pinheiro; Nayanny Pereira de Sá Lima; Marcos Ronad
Mota Cavalcante
Instituição(ões): Universidade Estadual do Maranhão (UEMA); Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Apresentador(a): Gabriela Melo Pereira
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Apesar de todo o avanço tecnológico existente atualmente na medicina, a morte fetal não
é entidade rara. O óbito fetal (OF) pode ser conceituado como a morte de um produto da concepção
ocorrida antes da expulsão ou de sua extração completa do corpo materno, independentemente da
duração da gestação. O óbito é indicado pelo fato de o feto, depois da separação, não respirar nem
apresentar nenhum outro sinal de vida, como batimentos do coração, pulsações do cordão umbilical ou
movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária. O estudo da etiologia do OF é fundamental
para contornar as causas evitáveis, tratar as curáveis e entender melhor as inevitáveis além de orientar o
casal afetado quanto aos seus riscos da repetição do evento em uma próxima gestação. O OF é classificado
em precoce, intermediário e tardio segundo a idade gestacional. OBJETIVO: Este estudo se propõe a
analisar e descrever as principais causas de OF no município de São Luís; Realizou-se estudo comparativo
para avaliar a relação do OF com as variáveis: tipo parto, gemelaridade e duração da gestação. METÓDOS:
É um estudo transversal, descritivo, observacional, retrospectivo e quantitativo com base em dados
secundários, contabilizados e disponibilizados pelo DATASUS relativos aos OF segundo categoria do CID-10
no município de São Luís, entre 2000 e 2010. Foram consideradas as variáveis independentes:tipo de
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parto, gemelaridade e duração da gestação.Para análise de dados foram utilizados o programa TabWin 3.5
e BioEstat 5.0. RESULTADOS: De 2000 a 2010, houve em São Luís 4201 OF observadas como principais
causas: concepto afetado por complicações da placenta, do cordão umbilical e das membranas (28,58%);
Hipóxia intrauterina (24,16%) e concepto afetado por afecções maternas, não obrigatoriamente
relacionado com a gravidez atual (13,18%). Foi detectada associação significativa univariada entre OF e as
variáveis: tipo de parto, gemelaridade e duração da gestação (p< 0,001) na amostra. CONCLUSÃO: As
principais causas de OF no município de São Luís (2000-2010) foi concepto afetado por complicações da
placenta, do cordão umbilical e das membranas; Hipóxia intrauterina e concepto afetado por afecções
maternas, não obrigatoriamente relacionado com a gravidez atual. Observa-se ainda, que através de uma
análise univariada, houve associação significativa entre OF e as variáveis estudadas.
P22
ELAIOCONIOSE: RELATO DE CASO
Autores: Felipe Melo Nogueira; Luan Barbosa Furtado; Régio José Santiago Girão.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Luan Barbosa Furtado
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A elaioconiose, também conhecida por dermatite folicular ou acne dos óleos pesados é
uma dermatose, descrita pela primeira vez por Purdon em 1867, fortemente associada a fatores
ocupacionais, em especial o manuseio de óleos pesados derivados do petróleo. Apesar de pouco
esclarecida, estudos recentes apontam que sua etiopatogenia é relacionada à obstrução dos óstios
foliculares pelo óleo levando a uma formação secundária de comedões e acne. Clinicamente, essa
entidade apresenta-se por grandes lesões comedoniformes nos óstios foliculares, pápulas e pústulas, que
podem apresentar dor ou prurido. Em geral, o diagnóstico é feito clinicamente, sendo a biopsia reservada
apenas para caso em que há dúvida diagnóstica, porém quando feita costuma apresentar hiperceratose
infundibular com obstrução do óstio e discreto infiltrado inflamatório. O tratamento costuma ser longo e
tem por base o uso de ceratolíticos e esfoliação, sendo necessária a interrupção do contato com óleos
pesados. RELATO DE CASO: Paciente, masculino, 37 anos, negro, casado, mecânico, natural e procedente
de Timon, Maranhão, procurou ambulatório de dermatologia com queixa de pontos negros no dorso das
mãos com evolução de três anos. Negava dor ou prurido local. Apesar de ser mecânico de longa data,
apenas há três anos iniciou manuseio de graxas e óleos lubrificantes, nega uso de luvas ou qualquer outro
equipamento de proteção individual. Ao exame dermatológico apresentava pápulas foliculares com
pontos comedoniformes centrais enegrecidos entremeadas por áreas acantóticas e pequenas lesões
cicatriciais nos dorsos das mãos e face extensora das falanges, poupando palmas. Não foram observadas
pústulas. Sendo possível fechar um diagnóstico clínico de elaioconiose. Inicialmente foi prescrito ácido
retinóico a 0,05% e esfoliação diária com bucha vegetal. Na impossibilidade de afastamento do trabalho
foi recomendado proteção local com uso de luvas de látex durante o trabalho, evoluindo com melhora
significativa após esse tratamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar de prevalente até os idos de 1970, a
difusão do uso de equipamentos de proteção individual transformou a elaioconiose em uma entidade rara
nos dias de hoje, sendo ainda mais raros estudos sobre ela na literatura. Nossas pesquisas mostram
apenas um trabalho publicado sobre essa doença nos últimos 15 anos.
P23
ENDOMETRIOSE DE FERIDA OPERATÓRIA
Autores: Graziella dos Santos Bezerra Marques; Jefferson Torres Nunes; Lucas Henrique Porfirio Moura;
Ângela Maria Leal Barros Bezerra; José de Arimatéia Santos Júnior.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Ângela Maria Leal Barros Bezerra
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Endometriose é definida como presença de implantes de tecido endometrial fora da
cavidade uterina em todos os locais anatomicamente próximos do útero, como por exemplo trompas,
ovários e peritônio local (endometriose pélvica); mais raramente, é referida a implantes endometrióticos
encontrados em locais remotos, como sistema nervoso central, tórax, trato urinário, trato gastrintestinal,
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extremidades e tecido celular cutâneo (endometriose extrapélvica). Implantes endometrióticos
extrapélvicos podem ocorrer em tecido celular subcutâneo de cicatrizes cirúrgicas ou adjacências, sendo
mais comuns após procedimentos realizados durante a gestação. Os relatos da literatura indicam que a
endometriose de cicatriz é raro com uma estimativa de 3,5%. A teoria mais aceita para sua etipatogenia é
a direta implantação do tecido endometrial nas cicatrizes cirúrgicas. Durante a realização de um
procedimento cirúrgico, o tecido endometrial é diretamente inoculado na ferida cirúrgica, permanecendo
essas células endometriais viáveis, proliferando sob estímulo hormonal adequado (teoria do transporte
celular) ou induzindo o tecido à sua volta a sofrer metaplasia e desenvolver a endometriose de cicatriz
(teoria de metaplasia celômica). Alternativamente, o tecido endometrial poderia alcançar a cicatriz
cirúrgica por via linfática ou via vascular. RELATO DO CASO: KAS, 29 anos, com uma história obstétrica de
dois partos cesarianos, apresentou-se em consultório de ginecologia queixando-se de um “caroço” em
cicatriz cirúrgica há 3 anos. Relata que a lesão torna-se dolorosa e aumenta de tamanho durante o período
menstrual. Ao exame físico foi identificada a presença de uma nodulação bem delimitado abaixo da
cicatriz cirúrgica. O ultrassom abdominal total evidenciou presença de nódulo hipoecóico fusiforme de
contorno levemente lobulado, medindo 4,1x3,5x2,6cm localizado em parede anterior do abdome inferior
à direita( ao nível da interface entre o subcutâneo profundo e a musculatura). Foi realizada ressecção da
peça e levado o fragmento para o histopatológico constando endometriose em parede abdominal com
margens cirurgicamente comprometidas. A paciente recebeu alta após dois dias da cirurgia e segue em
controle ambulatorial sob amenorreia por 6 meses. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Através do relato foi possível
registrar um caso clinico raro. Acredita-se que pelas história obstétrica de duas cesarianas prévias, a
etiopatogenia pode está relacionada à teoria do transporte celular.
P24
PARTICIPAÇÃO
DA
ENZIMA
NO-SINTASE
NO
EFEITO
VASORRELAXANTE DA FRAÇÃO AQUOSA DO EXTRATO ETANÓLICO
DE TERMINALIA FAGIFOLIA MART. & ZUCC. EM ARTÉRIA AORTA
ISOLADA DE RATO
Autores: André Fonseca Nunes; Dilson Marreiros Nunes Filho; Náiguel Castelo Branco Silva; Paulo
Humberto Moreira Nunes; Aldeídia Pereira de Oliveira; Rita de Cássia Meneses Oliveira.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): André Fonseca Nunes
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Terminalia fagifolia Mart. & Zucc. (Combretaceae) é uma planta do cerrado brasileiro,
conhecida como “capitão-do-mato” e “mirindiba”, usada popularmente no tratamento de afta, tumores e
distúrbios gastrintestinais. Estudos anteriores com sua fração aquosa mostraram efeito relaxante
dependente de endotélio em artéria aorta isolada de rato. OBJETIVOS: Investigar a participação da enzima
NO-sintase no efeito vasorrelaxante dependente de endotélio induzido pela fração aquosa (FAQ) do
extrato etanólico da casca do caule de T. fagifolia em artéria aorta isolada de rato. MÉTODOS: Anéis de
artéria aorta torácica (2-3 mm) de ratos Wistar machos (250-300 g), livres de tecido conectivo e adiposo
foram incubados a 37◦C em solução de Krebs Normal (pH 7,4) aerados com carbogênio (95% O2, 5% CO2),
suspensos por linhas de algodão e fixados a transdutores de força acoplados a um sistema de aquisição
(AQCAD/AVS Projetos), para registro das tensões isométricas. Após estabilização (1,0 gf, 1h), verificou-se a
integridade do endotélio vascular, pela adição de acetilcolina (1 µM) sobre contração com fenilefrina (FEN,
1 μM), considerando sua ausência (E-) em relaxamento inferior a 10% e sua presença (E+) quando deste
superior a 50%. Em um segundo momento, incubou-se o N-nitro-L-arginina-metil-ester (L-NAME, 10 μM)
em anéis E+, após 30 minutos induziu-se outra contração com FEN e na fase tônica desta adicionou-se
cumulativamente FAQ (0,1–750 μg/mL). Protocolos aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação
com Animais/UFPI (040/2011). Os resultados foram expressos como média ± E.P.M. de CE50 (Concentração
que promove 50% da resposta máxima). Para comparações entre médias, foi usado o teste t de Student
não-pareado. RESULTADOS: O efeito vasodilatador induzido pela FAQ em anéis pré-bloqueados com LNAME foi atenuado significativamente (p<0,05) em relação ao grupo E+ sem bloqueio, que também se
mostrou superior à resposta no grupo E- (E+ L-NAME: CE50= 173,56 ± 14,36 μg/mL, n=5; E+: CE50= 131,65 ±
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38,03 μg/mL, n=7; E-: CE50= 235,62 ± 27,03 μg/mL, n=5). CONCLUSÃO: Os resultados obtidos indicam que
há participação da enzima NO-sintase no efeito vasorrelaxante dependente de endotélio induzido pela
FAQ do extrato etanólico de T. fagifolia em artéria aorta isolada de rato. Estudos adicionais são
necessários para avaliar o envolvimento de outros mecanismos endoteliais neste efeito.
P25
EFEITO DO TRATAMENTO COM ÓLEO DE BURITI (MAURITIA
FLEXUOSA L.) SOBRE PERFIL GLICÊMICO DE RATTUS NORVEGICUS
Autores: Salatiel Martins Vieira; André Fonseca Nunes; Ary Clenio de Oliveira Lima; Máriton de Araújo
Sousa Borges; Paulo Humberto Moreira Nunes; Maria do Carmo de Carvalho e Martins.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Salatiel Martins Vieira
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O Buriti (Mauritia flexuosa L.) é uma planta de origem amazônica que se distribui por toda
a região de cerrado inclusive pelo território piauiense, utilizado popularmente para confecção de doces e
óleos, a partir de seu fruto, e a cobertura de telhados e as fibras usadas no artesanato, a partir de suas
folhas. Estudos prévios associam a baixa resistência à insulina e baixos níveis glicêmicos a uma dieta rica
em carboidratos complexos, fibras e ácidos graxos insaturados, ricamente encontrados, por exemplo, no
fruto do buriti. OBJETIVOS: Avaliar o efeito do tratamento com o óleo do buriti (OB) sobre perfil glicêmico
de ratos não diabéticos. MÉTODOS: Utilizaram-se ratos Wistar com 22 dias, distribuídos em 2 grupos,
tratados por via oral diariamente com solução fisiológica (5 ml/kg) ou com o OB (500 mg/kg), durante
cinco semanas, com ração e água ad libitum, sob temperatura 25±2° C e ciclo claro/escuro de 12 horas.
Após isto, os animais foram submetidos a jejum de 8 horas e obtiveram-se amostras de sangue para
dosagem da glicemia, realizada pelo Laboratório Bioanálise – Teresina/PI. Os dados foram expressos como
média ± erro padrão da média dos valores de glicemia sanguínea e foi utilizado para comparações o teste t
de Student com pós-teste de Tukey, adotando p<0,05. O projeto tem aprovação do Comitê de Ética da
UFPI (57/2011). RESULTADOS: Foi observado que o tratamento com o OB reduziu significativamente os
níveis glicêmicos (126,4 ± 4,68 mg/dL*, n=7) em relação ao controle (149,4 ± 4,577 mg/dL, n=7)
(*p=0,004). CONCLUSÃO: Assim, foi possível avaliar que o tratamento com o óleo do buriti (OB) sobre
perfil glicêmico de ratos não diabéticos mostrou efeito hipoglicemiante, sendo necessários estudos
posteriores para continuar a investigação do mecanismo de ação subjacente a esse efeito.
P26
AVALIAÇÃO DO EFEITO DO ÓLEO DE BURITI SOBRE PERFIL
LIPÍDICO DE RATTUS NORVEGICUS
Autores: Ary Clenio de Oliveira Lima; Máriton Araújo Sousa Borges; Pedro Thiago da Silva Tavares Ferreira;
Camila Maria Arruda Vilanova; Paulo Humberto Moreira Nunes; Maria do Carmo de Carvalho e Martins.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Camila Maria Arruda Vilanova
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Mauritia flexuosa L. é uma planta de origem amazônica, conhecido como buriti, e distribuise amplamente por todo território do estado do Piauí. O fruto do buriti é uma fonte de alimento para as
populações de baixa renda, pois possui adequados valores nutricionais, destacando-se os carotenóides e o
ácido ascórbico. O óleo da polpa de buriti (OB) é rico em ácidos graxos monoinsaturados (oléico), que
apresenta atividade anti-radical livre, também é rico em vitaminas, principalmente provitamina A. Além
disso, estudos prévios demonstraram atividade hipolipemiante do OB em ratos com hipercolesterolemia,
não havendo na literatura dados acerca de sua atividade em ratos não hipercolesterolêmicos. OBJETIVOS:
Desta forma, o presente trabalho objetivou avaliar o efeito do tratamento com o OB sobre perfil lipídico
de Rattus norvegicus não dislipidêmico. MÉTODOS: Utilizaram-se ratos Wistar com 22 dias, distribuídos
em 2 grupos, tratados por via oral diariamente com solução fisiológica (5 ml/kg) ou com OB (500 mg/kg),
durante cinco semanas, com ração e água ad libitum. Após isto, os animais foram submetidos a jejum de 8
horas e obtiveram-se amostras de sangue para dosagem dos níveis de triglicerídeos (TG), colesterol total
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(CT), colesterol-HDL (HDL), realizada pelo Laboratório Bioanálise – Teresina/PI. Os valores do colesterolLDL (LDL) foram obtidos por meio da equação de Friedewald. Os valores de colesterol-VLDL (VLDL) foram
obtidos a partir dos valores de triglicerídeos. Os dados foram expressos como média ± erro padrão da
média dos valores de lipidemia sanguínea e foi utilizado para comparações o teste t de Student com pósteste de Tukey, adotando p<0,05. O projeto tem aprovação do Comitê de Ética da UFPI (57/2011).
RESULTADOS: Foi observado que o tratamento com OB reduziu significativamente os níveis de TG
(p=0,019) e VLDL (p=0,019), mas não alterou os níveis de CT, LDL e HDL, respectivamente (37,25 ± 2,234;
100,5 ± 5,349; 60,13 ± 3,061; 32,93 ± 2,478; 7,450 ± 0,4468 mg/dL, n=8) em relação ao controle (57,75 ±
7,377; 92,50 ± 4,637; 54,88 ± 2,955; 26,08 ± 2,480; 11,55 ± 1,475 mg/dL, n=8). CONCLUSÃO: Os valores de
TG e do VLDL foram reduzidos, assim a avaliação do tratamento com OB demonstrou efeito
hipolipemiante em ratos não dislipidêmicos, complementando os dados disponíveis na literatura com
ratos dislipidêmicos.
P27
SÍNDROME DE BURNOUT EM ESTUDANTES DE MEDICINA
Autores: Elioenai Albuquerque Rodrigues; Juciê Roniery Costa Vasconcelos Silva; Edya Pazzyanne Alves;
Edwin Sales Castedo; Welison Gutherrez Silva e Sousa; Larissa Madeira Nunes Cortizo.
Instituição(ões): Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
Apresentador(a): Elioenai Albuquerque Rodrigues
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A Síndrome De Burnout (SB) É Considerada Um Problema Social E Surge Como Uma
Resposta Aos Estressores Interpessoais Ocorridos Na Situação De Trabalho. A SB Também Se Mostra
Relevante E Diferenciada Em Estudantes Da Área Da Saúde. Um Ambiente Competitivo, Falta De Tempo
Para O Lazer E Outras Necessidades Pessoais, Como Também Preocupações Quanto Ao Futuro Profissional
São Agravantes Para O Processo Sindrômico. OBJETIVOS: O Trabalho Teve Como Objetivo Verificar A
Frequência Da SB Em Estudantes Dos 4 Primeiros Anos De Medicina Da Universidade Estadual Do Piauí
Com O Intuito De Contribuir Com Dados Que Visem À Prevenção Da SB Em Estudantes De Medicina E
Proporcionando Melhores Condições De Desempenho Acadêmico. MÉTODOS: O Estudo Epidemiológico
Transversal Foi Desenvolvido Com 132 Estudantes Durante O Segundo Semestre De 2012,
Randomicamente Selecionados. Utilizou-Se Como Instrumento De Estudo Um Questionário Pré-Validado,
Dividido Em 2 Seções, Uma Para Avaliação Sócio-Demográfica-Acadêmica-Psicossocial E Outra Para
Avaliação Da SB, Através Da Escala De Burnout De Maslach Para Estudantes (EBME). Foram Realizados Os
Procedimentos Éticos Conforme Resolução 196 Do Conselho Nacional De Saúde No Que Diz Respeito À
Pesquisa Com Seres Humanos. O Banco De Dados Foi Elaborado E Analisado No Pacote Epi Info 7.0 E
Microsoft Excel 2010. Primeiramente Foram Realizadas Análises Descritivas, E Posteriormente Análise
Inferencial, Utilizando Teste Estatístico ANOVA. RESULTADOS: Dos 132 Voluntários, A Maior Parte
Pertencia Ao Gênero Masculino (54%), Era Solteira (98%), Não Possuía Filhos (97%), Possuía Em Média 22
Anos (Desvio Padrão 3,6) E Declarou-Se Pertencer À Classe Média (73%). Ainda, A Maior Parte Dos Alunos
Declarou Estar Moderadamente Satisfeita Com O Curso (53%) E Que Em Nenhum Momento Pensou Em
Desistir Do Curso (80%). Os Dados Da EBME Mostraram Grau De Exaustão Moderada (3,09 ± 1,58), Baixo
Grau De Descrença No Ensino (1,32 ± 1,14) E Grau Elevado De Competência/Preparação Profissional
Futura (4,08 ± 1,36) Na Amostra. Ao Agruparem-Se Os Dados Da Escala Por Ano Acadêmico, O Estudo
Mostrou Que A Exaustão Atinge Grau “Frequente” A Partir Do Segundo Ano De Estudo. CONCLUSÃO: O
Trabalho Sugere Que Os Alunos Da Amostra Têm Grau De Exaustão Importante, Frequente E Que Se Inicia
Cedo, Podendo Juntamente Com A Descrença Ser Um Fator Importante Para Complicações Futuras, Visto
Que A Formação Da Carreira Médica É Longa E Extenuante.
P28
AVALIAÇÃO DO EFEITO DO JATOBÁ-DO-CERRADO SOBRE FUNÇÃO
RENAL E HEPÁTICA DE RATTUS NORVEGICUS
Autores: Máriton de Araújo Sousa Borges; Ary Clenio de Oliveira Lima; Pedro Thiago da Silva Tavares
Ferreira; André Fonseca Nunes; Paulo Humberto Moreira Nunes; Maria do Carmo de Carvalho e Martins.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Piauí (UFPI)
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Apresentador(a): Máriton De Araújo Sousa Borges
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O jatobá (Hymenaea courbaril), também conhecido de jataí, jitaí, farinheira e imbiúva, é
uma espécie encontrada comumente no cerrado dos estados de Piauí, Paraná e Minas Gerais. É uma
árvore de grande porte que pode atingir vinte metros de altura. Na medicina popular, diferentes partes da
espécie são usadas como laxante, contra diarréia, tosse, bronquite, queimaduras. Estudos prévios indicam
que o óleo essencial do jatobá, rico em terpenos, apresenta ação anti-séptica, depurativa e
antiinflamatória. Além disso, há estudos que mostraram propriedades hipoglicêmicas e hipolipemiantes no
concentrado de jatobá. OBJETIVO: Avaliar alterações na função hepática e possíveis danos hepáticos com
a suplementação alimentar com jatobá durante a fase de crescimento dos ratos. MÉTODOS: Ratos Wistar
(Rattus norvegicus) com idade de 22 dias foram distribuídos em 2 grupos de 10 animais(5 machos e 5
fêmeas). No grupo teste, foi administrado concentrado da polpa de jatobá V.O. com 500 mg/kg.dia
durante 5 semanas. No grupo controle, foi administrado V.O. apenas água destilada. Os animais foram
mantidos em sala climatizada com temperatura ambiente de 25±2° C e fotoperíodo de 12 horas de claro e
12 horas de escuro, em gaiolas metabólicas individuais com ração padrão para ratos (ração Labina-Purina)
e água ad libitum. Após esse período, os animais foram submetidos a jejum de 8 horas e foi colhido sangue
para as dosagens de creatinina (Cr), ureia (Ur), fosfatase alcalina (PAL), aspartato transaminase (AST),
alanina transaminase (ALT), Bilirrubinas totais (BBt), bilirrubina direta (BBd) e bilirrubina indireta (BBi). Os
dados foram expressos como média ± erro padrão da média dos valores. A comparação entre os grupos foi
realizada através de ANOVA e teste de Tukey, nível de significância p<0,05. O projeto tem aprovação do
Comitê de Ética da UFPI (07-2010). RESULTADOS: Os níveis de Cr, Ur, PAL, AST, ALT, BBt, BBd e BBi,
respectivamente, no grupo tratado com jatobá foram 0,32±0,01mg/dL; 29,50±1,3mg/dL; 218,4±16,6U/L;
103,3±11,4U/L; 61,2±9,8U/L; 0,59±0,1mg/dL; 0,55±0,1mg/dL; 0,04±0,02mg/dL e, no controle,
0,36±0,02mg/dL; 29,63±1,19mg/dL; 237,5±31,5U/L; 87,5±6,9U/L; 46,8±2,3U/L; 0,59±0,2mg/dL;
0,55±0,2mg/dL; 0,04±0,02mg/dL. CONCLUSÃO: Assim, foi observado que apenas ALT, dentre os
marcadores avaliados, demonstrou diferença estatisticamente significante em relação ao grupo controle
(p<0,05) após suplementação alimentar com jatobá.
P29
ESTUDO CLINICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM CORÉIA
REUMÁTICA ACOMPANHADOS EM HOSPITAL DE ENSINO NO
NORDESTE DO BRASIL
Autores: Carlos Henrique Rabelo Arnaud; Rayli Lauro Jennyfer Brandão Sales; Edson Santos Ferreira Filho;
Lúcio Fernandes Pires; Nayana Miranda de Freitas Falcão; Catarina Fernandes Pires.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI); Hospital Infantil Lucídio Portella
Apresentador(a): Rayli Lauro Jennyfer Brandão Sales
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A Febre Reumática é uma doença ainda muito prevalente em países em desenvolvimento
como o Brasil, tornando-se um problema de saúde pública com grande impacto econômico e social. A
Coréia de Sydenham é uma manifestação da Febre Reumática que pode se apresentar isolada ou em crises
agudas acompanhadas de outras manifestações clínicas que são critérios da doença. É um critério maior
para diagnóstico de Febre Reumática de acordo com os Critérios de Jones modificados, sendo o único que
isoladamente pode diagnosticar a Febre Reumática. OBJETIVOS: determinar o perfil clinico-epidemiológico
de pacientes com diagnóstico de Coréia Reumática acompanhados no Hospital Infantil Lucídio Portella
(HILP) no período de 2005 a 2011, verificar quais as manifestações clínicas associadas mais frequentes e
conhecer o tempo decorrido entre o diagnóstico de Febre Reumática e a manifestação de Coréia.
METODOLOGIA: Trabalho descritivo, retrospectivo, realizado a partir da coleta de dados dos prontuários
médicos de oito pacientes acompanhados no HILP no período de 2005 a 2011, com diagnóstico de Coréia
Reumática. Foram analisadas as variáveis: idade, sexo, etnia, procedência, tempo de doença, tempo entre
doença Reumática e a Coréia e apresentação clínica da Doença Reumática. RESULTADOS/DISCUSSÃO:
Foram encontrados oito casos de Coréia Reumática como apresentação clínica da Doença Reumática.
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Destes, 7 (87,5%) do sexo feminino e 1 (12,5%) masculino. A média de idade dos pacientes quando da
descoberta do diagnóstico foi de 8 anos. Todos (100%) eram não-caucasóides. Destes, 12,5% eram
provenientes da capital do Piauí, 12,5% do Maranhão e 75% do interior do Piauí. O tempo médio decorrido
entre o surgimento de Coréia Reumática e o diagnóstico de Doença Reumática foi de 1 ano e 8 meses.
Quanto as apresentações clínicas, Coréia mais poliartrite (50%) foi a mais frequente, seguida por Córeia
isolada (25%), Coréia mais cardite (12,5%) e Coréia mais poliartrite mais cardite (12,5%). CONCLUSÃO: O
estudo mostrou que a Coréia Reumática predominou no sexo feminino e em não-caucasoides, com idade
maior que 5 anos no momento do diagnóstico. A maioria era proveniente do interior do Piauí. A Coréia
Reumática se manifestou em menos de 6 meses do diagnóstico de Febre Reumática na maioria dos
pacientes. A apresentação clínica mais frequentemente encontrada foi Coréia associada à Artrite.
P30
PIELONEFRITE XANTOGRANULOMATOSA EM CRIANÇAS – RELATO
DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
Autores: Thiago Pereira Diniz; João Emílio Lemos Pinheiro Filho; Luma Mendes Brito; Sérgio Augusto
Pinheiro de Vasconcelos Filho; Fábio Benigno dos Santos; Edinaldo Gonçalves de Miranda.
Instituição(ões): Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
Apresentador(a): Sérgio Augusto Pinheiro De Vasconcelos Filho
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A pielonefrite xantogranulomatosa é uma variante morfológica da pielonefrite,
caracterizada por lesão inflamatória crônica, com destruição do parênquima renal, que é substituído por
tecido granulomatoso contendo macrófagos monomucleares carregados de lipídios. Rara em crianças,
acomete principalmente o rim esquerdo sem preferência por sexo, pode simular abscesso, tumor, rim
policistico. RELATO DE CASO: MMSS, 11 anos, sexo feminino, branca. Paciente admitida com quadro de
febre e dor abdominal há aproximadamente um mês, associada a perda de peso. No exame físico o
abdome encontrava-se doloroso a palpação profunda em loja renal esquerda, sem mais alterações.
Realizou-se TC na qual se constatou massa renal esquerda, focal, no pólo superior, com limites imprecisos,
observou-se calcificações grosseiras no interior da massa renal. foi submetido que revelou pielonefrite
xantogranulomatosa. PNXG é tipicamente subaguda ou crônica caracterizada pela destruição do
parênquima renal e invasão dos tecidos adjacentes. Pode-se determinar um acometimento focal,
segmentar ou difuso do rim. Na forma focal não há comunicação do sistema coletor com a área lesionada.
Os sintomas podem variar de um simples quadro febril, até infecção urinária de repetição, passando por
uma anemia hipocrômica e hipertensão arterial. O diagnóstico definitivo de PNXG é feito através do
exame histológico, sendo o tecido obtido por biopsia percutânea ou pela retirada da peça. Através da
biopsia percutânea, pode-se não obter material suficiente para o diagnóstico diferencial em PNXG e
carcinoma renal. O tratamento de escolha é nefrectomia radical, no entanto na PNXG focal pode-se
estabelecer tratamento exclusivamente com antibióticos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que todo
paciente com tumor renal deve ser investigado quanto a possibilidade de PNXG. A TC é o método
diagnóstico mais eficaz, evitando nefrectomias totais com menos morbidades.
P31
HEMANGIOENDOTELIOMA HEPáTICO INFANTIL TIPO I: RELATO DE
CASO
Autores: Thiago Pereira Diniz; Lais de Andrade Veras; João Emílio Lemos Pinheiro Filho; Sérgio Augusto
Pinheiro de Vasconcelos Filho; Ivo Lima Viana; Edinaldo Gonçalves de Miranda.
Instituição(ões): Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
Apresentador(a): João Emílio Lemos Pinheiro Filho
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O hemangioendotelioma hepático (HE) é um tumor benigno de origem vascular, que
representa aproximadamente 10 % dos tumores hepáticos, e se manifesta comumente em menores de 6
meses, com uma incidência de aproximadamente 86% nessa faixa etária, apenas 5% são pós o primeiro
ano de vida e corresponde a 12% de todos os tumores sólidos na população pediátrica. A proporção
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homem: mulher desta entidade é de 1:2. Não existe predileção racial. O HE infantil se apresenta como
uma massa solitária em 55% dos casos e múltipla em 45%. Esses tumores acometem o logo esquerdo e o
lobo direito em proporções iguais ou ainda ambos os lobos. Histologicamente, descreveram dois tipos de
HE: o tipo I com proliferação ordenada de pequenos canais vasculares e áreas cavernosas e tipo II com
estrutura mais irregular, atividade mitótica elevada e tendencia para fibrose. RELATO DO CASO: Lactente
masculino de 21 dias de vida, com peso de 4 Kg, estado geral hidratado, eupnéico, anictérico, acianótico e
afebril, normocorado, sem linfonodos palpáveis, com musculatura atrófica, apresentando desde o
nascimento dificuldades para defecar. Apresentava abdome semi-globoso, não depressível, distendido,
com circulação colateral; extremidades sem alterações. O paciente foi tratado com hepatectomia à
esquerda com ligadura vascular e dos canaliculos biliares, hemostasia com eletrocautério da superfície
hepática seguido de reconstrução hepática. Ao anatomopatológico, formação tumoral com 440 g de pes,
de dimensões 11,5 * 40,5 * 6,0 cm, de consistência elástic, superfície ondulada, brilhante e cinza
amarelada, apresentando superfície de corte quase completamente ocupada por neoplasia bem
delimitada e com extensas áreas de necrose e de hemorragia, sendo a neoplasia totalmente ressecada.
Pela idade do paciente trata-se de neoplasia congênita. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Embora seja de baixa
prevalência, deve-se ter familiaridade com o aspecto tomográficodas massas hepáticas e com alguns
aspectos clínicos-laboratoriais, de relevância no diagnóstico e na conduta destes pacientes.
P32
CARCINOMA INSULAR DE TIREOIDE COM PAAF NEGATIVA EM
PACIENTE PREVIAMENTE SUBMETIDA A TIREOIDECTOMIA
PARCIAL: RELATO DE UM CASO
Autores: Patrícia Barros Barbosa; Lívio Rodrigues Leal; Edson Santos Ferreira Filho; Kátia Maria Marabuco
de Sousa.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI); Hospital Getúlio Vargas
Apresentador(a): Lívio Rodrigues Leal
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O carcinoma insular de tireoide é um tumor raro (5% a 10% dos carcinomas de tireoide),
com metástases, prognóstico ruim e geralmente letal, frequente em zonas de deficiência de iodo. É o
representante principal dos carcinomas pouco diferenciados de tireoide, intermediários morfologicamente
e biologicamente entre os bem diferenciados e os indiferenciados. O diagnóstico é feito por biópsia, na
suspeita de malignidade em ultrassom ou em citologia realizada por Punção Aspirativa por agulha fina
(PAAF). Este exame pode delinear nódulos benignos de malignos, reduzindo procedimentos cirúrgicos
desnecessários. Possui valor preditivo negativo de 98,2%, mas tem suas limitações, especialmente em
grandes nódulos. Assim, seu papel é controverso. Alguns alegam que ela seria um método com altas taxas
de falso-negativos, outros defendem sua precisão. RELATO DE CASO: MLSN, 65 anos, feminina,
proveniente de Teresina. Há 4 anos, 4 meses após uma tireoidectomia parcial esquerda por bócio nodular
negativo para malignidade de 20 anos de progressão, desenvolveu nova massa cervical à direita, móvel e
sem linfonodomegalia associada. O ultrassom mostrou nódulo sólido hipodenso em lobo direito da
tireoide, medindo 4.5x2.3cm, contornos nítidos e delimitados, condução sônica posterior com reforço.
Indicou-se ressecção cirúrgica na época. A paciente retornou 4 anos depois com a massa medindo 10 cm,
endurecida, pétrea, fixa e dolorosa à palpação. Trazia resultado de PAAF (feita 4 meses antes do retorno)
que evidenciou apenas células epteliais típicas e monomórficas de tecido tireoidiano, em meio a raros
histiócitos, linfócitos e hemácias em fundo protéico amorfo, negativa para malignidade. Foi feita a
dissecção radical do pescoço e ressecção de lesão pardo-acastanhada de 7.0x4.7x4.2cm lobulada. O
histopatológico revelou carcinoma pouco diferenciado, de padrão insular, com evidências de invasão
vascular, linfática e invasão de cápsula e extensão extracapsular, sem necrose ou calcificações. Margens
cirúrgicas comprometidas. No pós-operatório, a paciente evoluiu com cefaleia, anorexia, palpitações e dor
torácica crônica. Solicitaram-se exames laboratoriais e pesquisa de corpo inteiro. Foi encaminhada para
radioterapia cervical. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O caso mostra a dificuldade na condução de nódulos
tireoidianos. Lesões malignas podem surgir mesmo num passado de benignidade. A raridade deste tumor
dificulta o manejo e a definição do melhor tratamento, por isso demanda estudos.
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P33
PERFIL DE INTOXICAÇÕES COM SANEANTES DOMISSANITÁRIOS
REGISTRADAS PELO CENTRO DE INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS DO
PIAUÍ (CITOX-PI), NO PERÍODO DE 2007 A 2011
Autores: Emanuela Silva Reis; Denise Joyna Ribeiro de Alencar; Juliana Tamires Soares Borges; Naahas
Nelson Queirós; Wadson Pinheiro de Carvalho; Cíntia Maria de Melo Mendes.
Instituição(ões): Faculdade de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí (NOVAFAPI)
Apresentador(a): Emanuela Silva Reis
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: No Brasil, a ingestão de saneantes domissanitários é a principal causa de intoxicações não
intencionais é de extrema importância que se disponha de informações confiáveis sobre a incidência
dessas intoxicações no país, visando facilitar a tomada de decisões que possam delinear estratégias de
ação para as vigilâncias epidemiológica e sanitária. No Brasil, os dados primários sobre intoxicações e
envenenamentos são gerados nos Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIAT), unidades
organizacionais de diferentes perfis e estruturas, dispersas geograficamente pelo país. No Piauí, essa
geração de dados ocorre no Centro de Informações Toxicológicas do Piauí (CITOX-PI). OBJETIVO: Averiguar
o número de intoxicações, intencionais ou não intencionais, com saneantes domissanitários registradas no
CITOX-PI, no período de 2007 a 2011, caracterizando a população vulnerável. MÉTODOS: Realizou-se a
coleta de dados referentes ao perfil de intoxicações com saneantes domissanitários registradas entre os
anos de 2007 e 2011, no CITOX-PI. Concomitante à coleta de dados, realizou-se um estudo bibliográfico
na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME), no período de fevereiro a junho de 2012. As
palavras-chave utilizadas foram “intoxicação”, “domissanitários” e “saneantes”. RESULTADOS: Foram
registrados, no CITOX-PI, 134 episódios de intoxicações por domissanitários, entre indivíduos de 1 até 87
anos de idade, 15,66% intencionais e 84,34% não intencionais. As intoxicações no sexo masculino
corresponderam a cerca de 57% dos casos, sendo a substância mais envolvida a água sanitária (38,80 %),
acompanhada pela soda cáustica (22,38 %). Cerca de 84% dos eventos, foram acidentes individuais,
seguidos de tentativas de suicídio com aproximadamente 16% das ocorrências, entre pessoas que tinham
de 10 até 19 anos. Os resultados encontrados concordam com a literatura científica consultada.
CONCLUSÃO: Para as intoxicações não intencionais, a população mais vulnerável é sexo masculino, de 1 a
9 anos. Já para as intoxicações intencionais, a população mais vulnerável é do sexo masculino com idade
entre 10 e 19 anos. Considerando a ocorrência de subnotificações e o número de casos não intencionais,
observa-se que programas de educação e prevenção são necessários para conscientizar a população sobre
os riscos de intoxicação domiciliar.
P34
AVALIAÇÃO DO ASPECTO NUTRICIONAL E ECONÔMICO DAS
NUTRIÇÕES PARENTERAIS MANIPULADAS EM UM HOSPITAL
MUNICIPAL DE TERESINA
Autores: Ytallo Samuel Oliveira Barros; Jamilly Dyenne Melão Fernandes; Jean César Leite Barros; Demison
Lásaro Silva Araújo; Leoberth Silva Araújo; Sabrina Maria Portela Carneiro.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Jean César Leite Barros
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A Nutrição Parenteral (NP) é uma solução ou emulsão, que fornece alguns ou todos os
nutrientes do metabolismo basal e do crescimento, visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos
ou sistemas. Pode ser classificada: quanto a via de administração em periférica e em central; quanto à
composição em sistema glicídico ou lipídico. OBJETIVO: Analisar o perfil das NP’s produzidas pelo serviço
de farmácia de um hospital municipal de Teresina, incluindo os custos da manipulação das NP. MÉTODOS:
Estudo transversal que avaliou 313 prescrições de NP no período de 01/04/2012 a 31/05/2012. As NP’s
foram classificadas de acordo com as fórmulas prescritas em Total ou Parcial; com o paciente, adulto ou
pediátrico, com a presença ou não de lipídeo na nutrição, as clínicas em que os pacientes se encontravam,
com a presença ou não de glicerofosfato associado ou não a gluconato de cálcio e as perdas. Avaliou-se
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também o custo da manipulação das bolsas. RESULTADOS: O número de nutrições produzidas no período
analisado foi 313 bolsas. Desse total, 87,86% (N=275) eram de Nutrições Parenterais Totais (NPT) e 12,14%
(N=38) eram Nutrições Parenterais Parciais (NPP). Identificou-se que a maior parcela atendida pelo setor
era adulta 52,40% (N= 164), sendo 36,58% (N=60) da clínica médica, 60,61% (N=83) da cirúrgica, 10,37%
(N=17) das UTI’s e 2,4% (N=4) de outras clínicas e 47,60% (N=149) crianças, onde 14,77% (N=22) da
pediatria e 85,23% (N=127) da UTI pediátrica. Quanto à adição ou não de lipídeo, 95,20% (N=298) das
bolsas continham lipídeos e 4,80% (N=15) não, apresentando o lipídeo prescrito separadamente da NP. A
porcentagem de bolsas perdidas nesse período foi de 1,6% (N=5). Das 313 prescrições, 23,97% (N=75)
apresentavam glicerofosfato (GF), dentre as quais em 88% (N=66) o GF estava associado ao gluconato de
cálcio e em apenas 12% (N=9) não havia a associação. Por uma análise baseando-se nos constituintes mais
onerosos, no caso, aminoácidos (AA), lipídeos, glicose e GF, chega-se a uma média de R$82,00 para Bolsas
com AA + Glicose, R$147,00 para Bolsa com AA + Glicose + GF, R$166,50 para Bolsa com AA + Glicose +
Lipídeo e R$235,00 para Bolsa com AA + Glicose + Lipídeo + GF. CONCLUSÃO: O papel atuante do
farmacêutico aliado ao corpo médico no serviço de NP é de extrema relevância e importância, visto que a
análise das prescrições permite: a otimização do serviço, o conhecimento do perfil das NP’s produzidas, a
redução dos custos, evitam possíveis interações e perdas e oferta benefícios aos pacientes.
P35
CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS NA INFÂNCIA
Autores: Ruggeri Bezerra Guimarães; Deydson Rennan Alves Soares; Diógenes Araújo Portela; Iara Patrícia
Moura Rocha; Marina da Paz Higino; Lina Gomes dos Santos.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Deydson Rennan Alves Soares
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O carcinoma de células renais é a neoplasia epitelial maligna primária do rim mais
frequente. Geralmente, acomete indivíduos entre 50 e 70 anos de idade, sendo raro antes dos 20 anos e
duas vezes mais comum em homens. No Brasil, sua incidência varia de 7 a 10 casos por 100.000
habitantes/ano nas áreas mais industrializadas, com taxas menores em regiões menos desenvolvidas. A
incidência dessa neoplasia tem aumentado significativamente em decorrência do aumento da longevidade
da população e maior exposição a agentes carcinogênicos. Apresentamos aqui um caso raro de carcinoma
de células renais em paciente jovem. RELATO DE CASO: Paciente de 11 anos, sexo masculino, procurou o
serviço médico com queixas de dor em flanco esquerdo e hematúria. À ultrassonografia, evidenciou-se
uma lesão expansiva tumoral em rim esquerdo. O espécime cirúrgico de nefrectomia radical esquerda
mostrou tumoração bem delimitada de coloração pardo-amarelada com focos de necrose, localizada no
terço médio do rim, medindo 7,5 x 5,5 cm. O estudo histológico evidenciou neoplasia epitelial maligna
constituída por proliferação de células epiteliais neoplásicas dispostas em arranjos papilíferos com invasão
da cápsula e do seio renal, consistente com o diagnóstico de carcinoma de células renais. Tomografia de
tórax no seguimento identificou dois micronódulos torácicos (um subpleural e outro calcificado associado
ao linfonodo hilar correspondente). O paciente evoluiu sem intercorrências após a nefrectomia, não
havendo processos expansivos no leito renal correspondente. Após 4 meses, os micronódulos torácicos
não se alteraram significativamente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este caso é inusitado e por se tratar de
neoplasia incomum na faixa etária pediátrica, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado serão
responsáveis por elevada sobrevida nestes pacientes.
P36
ROUQUIDÃO CRÔNICA POR PARACOCCIDIOIDOMICOSE: RELATO DE
CASO
Autores: Ricardo Régis Leal Moura; Vinícius Silva Couto; Larissa Teixeira Pinheiro; Ariele Ribeiro Lopes
Dantas; Rebeca Lima de Miranda; Rosania Maria de Araújo Oliveira.
Instituição(ões): Faculdade de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí (NOVAFAPI)
Apresentador(a): Ricardo Régis Leal Moura
Contato: [email protected]
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INTRODUÇÃO: A Paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica, autóctone do continente
americano, causada pelo Paracoccidioides brasiliensis, um fungo dimórfico. É considerada a infecção
fúngica mais importante da América Latina, ocorrendo em regiões tropicais e subtropicais. A infecção
envolve primariamente os pulmões pela inalação do fungo e pode disseminar-se para vários órgãos e
sistemas originando lesões secundárias. A doença manifesta-se mais freqüentemente a partir dos 30 anos
de idade sob as formas aguda e crônica unifocal ou multifocal. É mais freqüente em homens expostos ao
habitat do fungo pelo trabalho agrícola. RELATO DE CASO: paciente sexo masculino, 49 anos, tratorista,
proveniente do Pará, relata que há 8 meses iniciou um quadro de afonia, com progressiva rouquidão da
voz, refere ainda que trabalha como tratorista em uma área rural com bastante poeira. Ausculta
pulmonar normal e sem alterações na orofaringe. A realização de um Raio-X de tórax mostrou lesão
cavitada de paredes espessadas localizada no lobo superior do pulmão esquerdo. O histopatológico da
laringe mostrou três fragmentos irregulares de tecido, elásticos, granulosos e branco-amarelos. A Biopsia
de laringe revelou uma laringite crônica granulomatosa por fungos (Paracoccidioidomicose). A
videolarisgoscopia mostrou lesões granulomatosas envolvendo a falsa prega vocal direita e comissura
posterior. Pregas vocais hiperemiada, edemaciadas e espessadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: No presente
caso, a profissão, procedência e o fato da cronicidade do quadro são aspectos relevantes na suspeita
clínica desta micose. Neste caso, o acometimento sistêmico apresentou-se de forma lenta, manifestandose na laringe, causando afonia. No Brasil, deve-se considerar a PCM, principalmente, nos homens expostos
ocupacionais ou não às atividades rurais; ou oriundos de zonas endêmicas. A abordagem deve ser
individualizada e multidisciplinar, já que a clínica é diversa e representa um desafio tanto no diagnóstico,
assim como no tratamento de casos disseminados e de lesões sequelares.
P37
GRAVIDEZ ASSOCIADA COM CISTOADENOMA MUCINOSO
Autores: Graziella dos Santos Bezerra Marques; Jefferson Torres Nunes; Ângela Maria Leal Barros Bezerra;
José de Arimatéia Santos Júnior.
Instituição(ões): Universidade Federal do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Ângela Maria Leal Barros Bezerra
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: As neoplasias de origem epitelial do ovário podem ser classificadas, segundo características
histológicas, em três grupos: tumores benignos, malignos e de baixo potencial de malignidade. O tipo
histológico mais frequente dos tumores de baixo potencial de malignidade é o seroso. O tipo mucinoso é
uma entidade rara, sua apresentação clínica difere das demais neoplasias do ovário, pois frequentemente
se apresentam como tumores de crescimento rápido, atingem grandes volumes e podem evoluir para o
desenvolvimento de pseudomixoma peritoneal. O presente trabalho tem o objetivo de descrever um caso
inusitado de uma neoplasia ovariana associada com uma gravidez bem sucedida. RELATO DE CASO:
M.C.C.O.V,18 anos, branca, do lar. Apresentou-se na emergência da maternidade Dona Evangelina Rosa,
relatando cólicas em regiões pélvica e lombar associada com perda de líquido. Possuía idade gestacional
de 36 sem 5 d e sua primeira gestação. Ao exame: colo dilatado 2cm, pérvio. Ultrassonografia evidenciou
volumosa coleção cística multisseptada em cavidade pélvica – abdominal com gravidez em curso de 37
semanas. Ultrassonografia abdominal total revelou volumoso nódulo cístico pélvico – abdominal
apresentando múltiplas septações em seu interior. A Ressonância nuclear magnética concluindo se tratar
de volumosa lesão cística, lobulada, ocupando a cavidade abdominal, à direita da linha média. A referida
lesão apresentava componentes sólidos ovalados no seu interior, aderidos às septações, medindo 3,2 x 3,0
cm. Por apresentar- se com dores em região lombar e pélvica intensas e diante dos exames, a gestação foi
interrompida por um parto cesariano. A análise anátomo – patológica revelou cistoadenoma mucinoso
com extensa área de necrose e hemorragia secundária a torção do pedículo vascular. A paciente e o recém
– nascido tiveram evolução satisfatória. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O conhecimento da associação destas
neoplasias com gravidez tem interesse tanto científico como terapêutico tanto pela raridade da neoplasia
ou por dificuldade diagnóstica quanto pela dificuldade do manejo obstétrico da paciente acometida por
essa patologia.
P38
RABDOMIOSSARCOMA DE PRÓSTATA EM ADOLESCENTE: RELATO
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DE UM CASO
Autores: Herion Alves da Silva Machado; Ieline Mourão Morais; Cintia Moura Carvalho; Giuliano Amorim
Aita.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial (FACID)
Apresentador(a): Cintia Moura Carvalho
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O rabdomiossarcoma prostático é um tumor maligno oriundo de células mesenquimais
com diferenciação sarcomérica. OBJETIVO: Relatar um caso de Rabdomiossarcoma de próstata em
adolescente. DELINEAMENTO E MÉTODOS: Trata-se de um estudo de relato de caso. Foi aplicado o Termo
de Consentimento Livre Esclarecido, e após autorização do paciente, dados foram coletados através da
análise do prontuário. RELATO DE CASO: Paciente J.W.S.G,18 anos, evoluía com insuficiência renal aguda
em diálise, hipertenso, anúrico, com volumosa massa abdominal há cerca de 1 mês. Realizado Tomografia
de tórax, onde foi evidenciado ausência de nódulos e discreto derrame pleural à esquerda. Na Ressonância
magnética foi evidenciado próstata aumentada com lesão infiltrativa na região de base da próstata, com
sinais de infiltração de bexiga e vesículas seminais, linfonodomegalia múltiplas em pelve e esparsas em
região parietal, perivesical e obturatórios, dilatação ureteral bilateral, múltiplas lesões ósseas com
hipersinal em T2,limites imprecisos esparsos pelos ósseos ilíacos, junto à articulação sacro-ilíaca, nos
acetábulos e ísquio direito. Foi realizado Tomografia de abdome que mostrou volumosa coleção líquida
envolvendo o rim esquerdo, provavelmente relacionada a hematoma, deslocando anteriormente o rim
esquerdo e o pâncreas, observando-se coleções menores com características semelhantes em relação com
o pólo inferior do rim direito. O exame histopatológico confirmou a presença de hematoma. Realizada
Cintilografia óssea, mostrando áreas de concentração anormal em ilíaco esquerdo e articulação coxo
femoral esquerda. No Ultrassom de rins e vias urinárias, observou próstata tópica, com dimensões e
volume aumentados, textura difusamente heterogênea e contorno lobulado. Realizada nefrostomia à
esquerda, mantendo a diálise e dando início a quimioterapia com vincristina a 50% pelo quadro de
insuficiência renal. Após cinco seções de quimioterapia, apresentou dor em articulação de joelho bilateral
e dores no corpo, onde interrogou uma possível toxicidade da droga. Evoluiu com infecção urinária, piora
da função renal, aumento da pressão arterial, e progressão da doença devido atraso da quimioterapia,
sendo substituída por um novo esquema. CONCLUSÃO: O rabdomiossarcoma prostático apresenta- se de
forma muito mais agressiva e com prognóstico muito mais sombrio no adulto, quando comparado com
sua apresentação infantil.
P39
USO DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO E CIRURGIA: COMPLICAÇÕES E
QUANDO SUSPENDER
Autores: Vinícius Silva Couto; Ricardo Régis Leal Moura; Larissa Teixeira Pinheiro; Maria Rosa Rego de
Oliveira; Rebeca Lima de Miranda; Cintia Maria de Melo Mendes.
Instituição(ões): Faculdade de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí (NOVAFAPI)
Apresentador(a): Vinícius Silva Couto
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O ácido acetilsalicílico (AAS) age por inibição plaquetária, potencializando o risco de
sangramento durante seu uso. O (AAS) é o agente antiplaquetário mais prescrito no mundo. É o fármaco
de eleição para o alívio de processos dolorosos, inflamatórios agudos e crônicos e como antipiréticos.
Também é utilizado na prevenção, primária e secundária, de doenças cardiovasculares como: angina
pectoris, infarto do miocárdio, trombose venosa e embolia pulmonar. OBJETIVOS: Avaliar e agrupar
conhecimentos da literatura a cerca do uso do AAS em cirurgias, sobre as possíveis complicações do uso e
quando suspendê-lo. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos que foram
publicados nos últimos 10 (dez) anos, obtidos em bases de dados de conteúdo científico, tendo como
fonte a base de dados do SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line), LILACS (Literatura Latino-Americana
e do Caribe em Ciências da Saúde) e DATASUS (base de dados do Sistema Único de Saúde do Ministério da
Saúde do Brasil). RESULTADOS: Os pacientes em uso de AAS devem ser avaliados individualmente e a
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antiga recomendação de suspender a medicação de 7 a 10 dias antes de todo procedimento cirúrgico deve
ser reavaliada, em vista dos comprovados efeitos prejudiciais. Entre os potenciais malefícios da
manutenção do ácido acetilsalicílico no perioperatório, destaca-se a elevação do risco hemorrágico,
enquanto a interrupção do uso está associada a graves complicações trombóticas. CONCLUSÃO: As
recomendações atuais estabelecem que a suspensão rotineira do AAS 7 a 10 dias antes de procedimentos
cirúrgicos em pacientes em prevenção secundária deve ser reservada apenas para os casos em que os
riscos de sangramento sobrepõem os potenciais benefícios da manutenção do fármaco.
P40
BCG-íTE EM PACIENTE DE 4 MESES
Autores: Antônio Expedito Simeão Souza; Camila Cunha de Abreu; Aristóteles da Costa Moraes; Lourrana
de Maria da Luz Alves Cronemberger; Thiago Amorim Neves Reis; Juliana Raulino de Almeida Machado.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Aristóteles da Costa Moraes
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A vacina BCG é administrada para prevenir principalmente a tuberculose miliar e menigite
tuberculosa em crianças. É considerada segura quando respeitadas suas contra-indicações, porém pode
levar ao surgimento de graves complicações em crianças com imunodeficiência primária. Este trabalho
constitui um relato de caso baseado na descrição e análise dos dados clínicos de um paciente com BCG-íte
admitido em hospital público de Teresina- PI, em março de 2012. RELATO DE CASO: Masculino, 4 meses,
natural e residindo em Teresina – Piauí. Peso ao nascimento maior que 2,0 kg, sem alterações clínicas. Deu
entrada para atendimento médico em 19 de março de 2012 apresentando convulsão e ínguas. A mãe
relata que o paciente foi vacinado com BCG ao nascimento, apresentando, um mês depois, linfadenopatia
axilar à direita, que posteriormente supurou. Uma semana antes da admissão, em uso de isoniazida para a
linfadenopatia, surgiu adenopatia iguinal bilateral e 3 dias atrás, convulsão. A mãe do paciente nega
contato com portadores de tuberculose. À avaliação inicial constatou-se: paciente com regular estado
geral, hipocorado (3+/4+), ictérico (1+/4+), hidratado, afebril. Levantou–se a hipótese de tuberculose
extra-pulmonar pós-BCG e convulsão pela isoniazida. Exames admissionais: hemograma completo
evidenciando discreta hipocromia e microcitose, AST elevada (59U/ml), ALT, uréia, creatinina, glicemia
sem alterações. Foi realizado teste anti-HIV na mãe, o qual mostrou resultado negativo. No 2º dia de
internação hospitalar (DIH) instituiu–se isoniazida 100mg 1x/dia e foi solicitado Rx de tórax em PA e perfil,
o qual não demonstrou alterações. No 3º DIH foi requerido contagem de CD4 e CD8, os quais estavam em
níveis normais, pesquisa de BAAR com resultado positivo para o gênero Mycobacterium e cultura de
secreção da lesão supurativa da axila direita. No 6º DIH a supuração na região axilar intensificou-se. No 9º
DIH deu–se inicio ao esquema de rifampicina, isoniazida e pirazinamida e foi realizada notificação do caso.
No 10º DIH notou-se o crescimento de um linfonodo supraclavicular. No 14º DIH a isoniazida foi
substituída pela amicacina após novo episódio convulsivo. Recebeu alta hospitalar após melhora do
quadro. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Este caso torna–se importante, já que há poucos casos relatados na
literatura mundial e dificuldade de um diagóstico precoce e de um tratamento efetivo. Tais fatores são
necessários para evitar manifestações pulmonares e extra-pulmonares consequentes à disseminação do
bacilo vacinal (BCG-íte) em crianças portadoras de imunodeficiência.
P41
CAPACIDADE FUNCIONAL DOS PACIENTES COM DOENÇAS
REUMÁTICAS INTERNADOS NO HOSPITAL GETÚLIO VARGAS,
TERESINA – PI
Autores: Thayana Louize Vicentini Zoccoli; Edson Santos Ferreira Filho; Dassis Cajubá da Costa Britto Filho;
Maria do Socorro Teixeira Moreira Almeida.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Piauí; Hospital Getúlio Vargas
Apresentador(a): Thayana Louize Vicentini Zoccoli
Contato: [email protected]
III Congresso Nordestino Médico-Acadêmico / XIX COMAPI 2012 | www.comapi.org
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INTRODUÇÃO: Como a morte pode ser o desfecho clínico mais relevante em doenças coronarianas ou em
câncer, a incapacidade funcional pode ser o desfecho mais importante em doenças reumáticas,
acarretando um considerável impacto em termos físicos, psicológicos e sociais para os pacientes.
OBJETIVO: Avaliar a capacidade funcional dos pacientes com doenças reumáticas internados no Hospital
Getúlio Vargas, em Teresina – PI. MÉTODOS: Estudo epidemiológico, descritivo e transversal, cuja amostra
foi selecionada por conveniência, incluindo 24 pacientes com doenças reumáticas internados no Hospital
Getúlio Vargas, em Teresina – PI, durante o período de maio a julho de 2012, que aceitaram participar do
estudo mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados foram coletados
através de um questionário sobre aspectos sociodemográficos, comorbidades e medicamentos em uso. A
versão traduzida e validada para a língua portuguesa do questionário Health Assessment Questionnaire
(HAQ) foi utilizada como instrumento de avaliação da capacidade funcional. Esse questionário inclui itens
que avaliam movimentos dos membros superiores, inferiores e ambos simultaneamente, através de 20
perguntas que determinam a capacidade para várias atividades, sendo que o índice final varia de 0 a 3. As
variáveis foram analisadas no programa SPSS versão 17. RESULTADOS: 91,7% dos pacientes eram do sexo
feminino, com média de idade de 41,6 (±15,6) anos. Esclerose sistêmica (54,2%) e lupus eritematoso
sistêmico (37,5%) foram as doenças mais prevalentes, sendo 6,3 (±6,5) anos a média do tempo de
diagnóstico. 45,8% dos pacientes eram casados, 62,5% residiam no Piauí. 50% dos pacientes apresentavam
pelo menos uma comorbidade, sendo a hipertensão arterial a mais prevalente (25%). 79,8% dos pacientes
utilizavam pelo menos cinco medicamentos de forma contínua, sendo a prednisona utilizada por 79,1%
deles. A média do número de internações nos últimos 12 meses foi de 3,8 (±2,5). A capacidade funcional
avaliada através do HAQ resultou em uma média de 1,24 (±0,98), com 54,2% dos pacientes classificados
como portadores de dificuldade leve, 16,7% como incapacidade moderada e 29,2% como incapacidade
grave. CONCLUSÃO: Através de avaliação pelo HAQ, grande parte dos pacientes apresentou incapacidade
moderada ou grave. Destaca-se, portanto, a importância do diagnóstico precoce e do tratamento
adequado, visando minimizar o impacto das doenças reumáticas sobre a capacidade funcional.
P42
MECANISMO DE AÇÃO DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA EM
CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CIRÚRGICAS.
Autores: Ricardo Felipe Silva Soares; Francisco Lucas Rufino Santos Passos; Marina Eulalio Rocha; Luciane
De Souza.
Instituição(ões): Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (Famed-Ufal); Faculdade
Integral Diferencial (Facid)
Apresentador(a): Ricardo Felipe Silva Soares
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O LASER (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation) constitui em uma
radiação eletromagnética não ionizante que difere da luz incandescente e fluorescente pelo fato de ser
monocromática, coerente e colimada. A laserterapia de baixa intensidade (LBT) vem sendo estudada como
alternativa para melhora da cicatrização de feridas cirúrgicas, no entanto o seu modo de atuação ainda
encontra-se pouco explicado. OBJETIVOS: Elencar os mecanismos biomoduladores do laser de baixa
potência em cicatrização de feridas cirúrgicas descritos na literatura mundial na última década. MÉTODOS:
Revisão bibliográfica em estudos publicados no período de 2002 a 2012 nas bases de dados MEDLINE,
banco de teses da USP, LILACS e Scielo. Critérios de inclusão: LBT usando fluência < 35 J/cm² e
comprimento de onda maior que 500 nm. Experimentos com modelos animais patológicos ou uso de
terapia consorciada ao laser não foram considerados para minimizar a influência de outras variáveis além
da laserterapia nos processos cicatriciais. RESULTADOS: Após triagem final, 14 artigos foram considerados
revelantes. Desses, 92,8% relataram melhora na cicatrização tecidual no grupo irradiado em relação ao
não irradiado (controle). Maior proliferação fibroblástica e melhor deposição colágena são os efeitos mais
citados da LBT, tendo sido observados em 64,3% dos experimentos. O uso do laser contribuiu pra
diminuição da fase inflamatória em 57,1% dos casos e acelerou a reepitelização em 21,4% deles. Em 14,3%
dos relatos, a LBT é relacionada a diferenciação de fibroblastos em miofibroblastos auxiliando o processo
de contração da ferida. Melhora na neovascularização foi citada em 28,6% dos estudos. CONCLUSÕES: Em
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conjunto, os resultados apontam a laserterapia de baixa potência (LBT) como eficaz na melhora do
processo de cicatrização de feridas cirúrgicas com bordas suturadas. Constitui, portanto, em uma potencial
alternativa não invasiva podendo atuar como coadjuvante em tratamentos pós operatórios convencionais
ou até mesmo como monoterapia.
P43
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE
CAXIAS-MA NO ANO DE 2011
Autores: Debora Fontes Santos; Purcina Santos Magalhães; Ricardo dos Santos Quirino Vieira Júnior;
Raquel Rosa Candebat Vallejo.
Instituição(ões): Universidade Estadual Do Maranhão (UEMA)
Apresentador(a): Debora Fontes Santos
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae e transmitida pelas vias aéreas
superiores. Em 2009, na cidade de Caxias-MA, foram notificados 125 casos novos, quantidade ainda
expressiva. OBJETIVOS: Analisar as características demográficas, sociais e clínicas da doença em Caxias-MA
com ênfase em 9 fatores escolhidos para serem expostos: incidência, sexo, faixa etária, ocupação,
baciloscopia, classe operacional, forma clínica, grau de incapacidade, lesões cutâneas e nervos afetados.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo com dados coletados na Vigilância
Epidemiológica de Caxias-MA, sobre casos de hanseníase notificados no ano de 2011. RESULTADOS: Em
2011, a incidência da hanseníase em Caxias-MA foi de 76,67 casos por 100.000 habitantes, representando
119 casos novos. Quanto à distribuição por gênero, houve predomínio masculino com 66 casos (55,46%),
enquanto o feminino possuiu 53(44,53%). A frequencia dos casos quanto à idade revelou predomínio na
faixa etária de 20-64 anos (72,27%) seguido de 20-80 anos/ acima (16,81%) e 5-19 anos (10,92%). Em
relação à ocupação, verificou-se significativa incidência em trabalhadores agropecuários com 32 casos
(26,89%) seguidos de donas de casa e aposentados com 24(20,16%) e 14(11,76%) casos, respectivamente.
Em se tratando das características clínicas, dentre os 86 casos que realizaram a baciloscopia, houve
resultado positivo em apenas 38 (44,18%) e negativo em 48(55,81%). Segundo a classe operacional,
encontrou-se 78 casos (65,54%) na forma multibacilar e 41(34,45%) paucibacilar. Em relação à forma
clínica, houve predomínio da forma dimorfa com 44 casos (36,97%) seguido das formas indeterminada
27(22,68%), virchowiana 26(21,84%), tuberculóide 16(13,44%) e 6 casos(5,04%) ignorados/não
classificados. Dentre 111 pacientes avaliados, 30 (27,02%) apresentaram incapacidade em grau I e 9
(8,10%) grau II. Acerca das lesões cutâneas, 34 pacientes (28,57%) apresentaram lesão única, 39 (32,77%)
entre 2 a 5 lesões e 40 (33,61%) com mais de 5. Quanto à análise da quantidade de nervos afetados,
77(64,70%) não apresentaram lesões, 37(31,09%) apresentaram 1 a 3 nervos afetados, 4(3,36% ) entre 4 a
6 nervos e 1 (0,84% ) de 7 a 9. CONCLUSÃO: Os dados colhidos atentam para a necessidade de maior
atenção ao programa de controle da Hanseníase em Caxias-MA. Além disso, o estudo constatou um
grande número de lesões cutâneo-neurológicas que apontam para a importância do diagnostico precoce.
P44
ASPECTOS
EPIDEMIOLÓGICOS
DOS
CASOS
ONCOLÓGICOS
DIAGNOSTICADOS NO SERVIÇO DE ONCOLOGIA DE CAXIAS-MA NO
PERÍODO DE JANEIRO DE 2008 A JULHO DE 2012.
Autores: Ricardo dos Santos Quirino Vieira Junior; Lenice Lima Araujo; Julia Perticarrari Osorio Pitombeira;
Hosana Veras Fontes; Lisiane Maria Silva Queiroz; Glauto Tuquarre Melo do Nascimento.
Instituição(ões): Universidade Estadual Do Maranhão (UEMA)
Apresentador(a): Ricardo Dos Santos Quirino Vieira Junior
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Sendo a segunda maior causa de óbitos, o câncer se apresenta hoje como uma questão de
saúde pública no país. O registro dos casos justifica a importância da atenção dispensada à doença no
meio social, assim como a necessidade de se conhecer a população afetada para se aprimorar as políticas
públicas do país. OBJETIVOS: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes e dos casos de neoplasia
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diagnosticados no serviço de oncologia de Caxias-MA. METODOLOGIA: Estudo transversal, quantitativo e
retrospectivo dos pacientes registrados no sistema de informação oncológico do município de Caxias-MA,
de janeiro de 2008 a julho de 2012, tendo como variáveis os tipos neoplásicos mais incidentes, sexo e faixa
etária dos pacientes diagnosticados. RESULTADOS: Foram registrados nesse período 1767 casos novos de
câncer. Dentre esse total, o mais incidente foi o câncer do colo de útero com 359 registros (20,3%),
seguido do câncer de mama, que apresentou 231 casos novos (13,0%), e de próstata, com 165 casos
(9,5%); seguiram-se a estes os cânceres de pele (7,6% dos casos) de pulmão (4,6% dos casos). Segundo a
faixa etária, obteve-se 38 casos (2,2%) com idade inferior a 10 anos; 14 casos (0,8%) com idade entre 1014 anos; 93 casos (5,3%) com idade entre 15-29 anos; 400 casos (22,6%) entre 30-40 anos; a maioria
pertencente à faixa etária de 50-69 anos, com 751 casos (42,5%); 321 casos (18,2%) entre 70-79 anos; 117
casos (6,6%), 80-89 anos; e 33 casos (1,9%) de pacientes acima de 90 anos. Dos 1767 pacientes
diagnosticados com câncer, 1111 (62,9%) eram do sexo feminino e 656 (37,1%), do sexo feminino.
CONCLUSÃO: Apesar de incessantes campanhas para prevenção do câncer, o câncer de colo de útero,
perfeitamente evitável e curável, ainda apresenta alta incidência no meio social, o que corrobora a
necessidade do aprimoramento das políticas de combate ao câncer. Os dados evidenciam a despreparo na
confirmação diagnóstica dos demais cânceres, evidenciados pela subnotificação destes.
P45
SíNDROME DE PATAU: RELATO DE CASO
Autores: Edson Santos Ferreira Filho; Lucas Henrique Porfírio Moura; Igor Reis Coelho; Anália Fernandes
Pires; Lucas Daniel Pereira Lopes; Catarina Fernandes Pires.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Piauí; Hospital Infantil Lucídio Portella
Apresentador(a): Lucas Henrique Porfírio Moura
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: As malformações congênitas associadas à trissomia do cromossomo 13 foram descritas em
1960 por Klaus Pätau et al. Resultam de trissomia livre, translocação Robertsoniana ou mosaicismo. Suas
manifestações fenotípicas correspondem à Síndrome de Patau. Entidade grave, a maioria das crianças
evolui a óbito com menos de seis meses de idade. A incidência varia de 1:5000 a 1:25000 nascimentos.
RELATO DE CASO: Paciente feminina, 7 meses, primeira filha de pais não consanguíneos. Mãe engravidou
aos 27 anos, pré-natal incompleto; no 6º mês de gestação, apresentou ameaça de parto prematuro.
Paciente nasceu de cesareana na 39ª semana gestacional, indicado por pré-eclâmpsia, pesando 4095 g.
Apresentou crise convulsiva e taquidispnéia na 1ª hora de vida. No 2º dia de vida, parada
cardiorrespiratória, sendo reanimada e entubada. Ao exame físico admissional, estado geral
comprometido, respiração superficial, pouco reativa, acrocianótica, ictérica. Fácies sindrômico, fronte
olímpica, microcefalia, implantação baixa de orelhas, retrognatia, pescoço curto. Polidactilia em ambas as
mãos, sindactilia em pé direito. Murmúrio vesicular diminuído, estertores crepitantes em hemitórax
direito. Triagem neonatal básica normal. Sorologias para infecções congênitas negativas; apenas rubéola
IgG positiva. O ecodopplercardiograma evidenciou CIA (6 mm), com fluxo esquerda-direita, PCA (2,5 mm)
e dilatação de cavidades direitas por hiperfluxo pulmonar. Cariótipo em banda G: 46,XX + 13,der
(13;13)(q10;q10); trissomia do braço longo do cromossomo 13, consequente a “translocação
Robertsoniana”. TC de crânio mostrou área de encefalomalácia / gliose na região perirrolândica direita,
ectasia do sistema ventricular supra e infratentorial (hidrocefalia comunicante), disgenesia do corpo caloso
e sinais de redução do diâmetro ântero-posterior de sela turca e de bulboftalmo com proptose bilateral. À
USG abdominal, rins com dimensões aumentadas, parênquima difusamente hiperecogênico e
hidronefrose grau I à direita. Traqueostomizada, em uso de nutrição parenteral e antibioticoterapia
venosa. Após estabilização, foi gastrostomizada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A síndrome de Patau é a menos
comum das trissomias autossômicas maiores devido a sua alta mortalidade intrauterina e se associa à
idade materna avançada. Nesse caso, a mãe era jovem e a paciente ultrapassou a sobrevida média,
aumentando a relevância do caso.
P46
NEUROTOXOPLASMOSE EM PACIENTES COM SÍNDROME DA
IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (SIDA) NO MARANHÃO: CRITÉRIOS
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DIAGNÓSTICOS
Autores: Marcos Antonio Custódio Neto da Silva; Geusa Felipa de Barros Bezerra; Rebeca Costa Castelo
Branco; Camila Rêgo Muniz; Eric de Medeiros Costa; Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Maranhão (UFMA)
Apresentador(a): Marcos Antonio Custódio Neto da Silva
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O Toxoplasma gondii é um protozoário de distribuição geográfica mundial, com alta
prevalência sorológica. A toxoplasmose vem apresentando quadro grave de evolução em indivíduos com o
sistema imune severamente comprometido, como os infectados com o vírus da imunodeficiência
adquirida (HIV). A encefalite por toxoplasma é a lesão cerebral mais comum em pacientes com a Síndrome
da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). O diagnóstico é de grande importância, pois o tratamento da
neurotoxoplasmose é altamente efetivo se for iniciado a tempo. O diagnóstico é baseado na sorologia, na
clínica, nos aspectos radiológicos e na resposta à terapia antitoxoplasma. OBJETIVOS: Objetivou-se
identificar a frequência das alterações imagenológicas cerebrais em pacientes com diagnóstico de
neurotoxoplasmose e SIDA. MÉTODOS: Foi realizado um estudo observacional e descritivo com base na
revisão de prontuários de pacientes HIV positivos atendidos no Hospital Presidente Vargas em São Luís MA, no período de janeiro de 1998 até julho de 2005. Para análise dos aspectos radiológicos foram
utilizadas Tomografia Computadorizada de Crânio - TC e Ressonância Magnética - RM. Os dados foram
informatizados no programa Epi Info 3.2 versão 2004. RESULTADOS: A amostra foi de 308 pacientes,
sendo que destes 277 (89,9%) apresentavam anticorpos (IgG) para a toxoplasmose. Verificou-se que 36
pacientes (11,68%) apresentavam lesões e alterações no SNC, características da neurotoxoplasmose. A
faixa etária mais frequente foi de 25 a 35 anos (47,2%). Com o auxílio dos exames de TC e RM pode-se
localizar as calcificações cerebrais, sendo que 50% dos pacientes apresentavam mais de uma lesão. O local
de maior incidência foi no lobo parietal, que estava presente em 47,2% dos pacientes, seguido das lesões
no núcleo basal e tálamo. As principais manifestações clínicas da neurotoxoplasmose nos pacientes foram
a cefaleia (77,7%), seguida de alterações motoras (36,1%) e febre (33,3%). CONCLUSÕES: A encefalite por
Toxoplasma é uma doença com profilaxia e tratamento simples em pacientes com diagnóstico prévio de
infecção pelo HIV. Essa doença deve ser manuseada clinicamente com cuidado, especialmente naqueles
países com maior prevalência de toxoplasmose, onde a SIDA está associada a problemas econômicos e de
Saúde Pública, assim como o Brasil, especialmente o Estado do Maranhão.
P47
HISTÓRIA FAMILIAR DO CÂNCER DE MAMA EM MULHERES
MARANHENSES
Autores: Maria Hilda Araújo Ribeiro; Eric de Medeiros Costa; Marcos Antonio Custódio Neto da Silva;
Camila Rêgo Muniz; Rebeca Costa Castelo Branco; Maria do Desterro Soares Brandão Nascimento.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Maranhão (UFMA)
Apresentador(a): Rebeca Costa Castelo Branco
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O câncer familiar é um importante problema de saúde pública e agrega diversos tipos de
câncer em sua síndrome, levando a um risco moderado de neoplasias em indivíduos com predisposição
familiar. OBJETIVOS: Objetivou-se analisar os antecedentes familiares de mulheres falecidas por câncer de
mama no Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Bello - IMOAB e demonstrar a predisposição
genética familiar para o desenvolvimento de neoplasias através de heredograma. O trabalho
fundamentou-se em dados sócio-demográficos das pacientes que evoluíram para óbito, cujas gerações
familiares foram analisadas e relacionadas ao diagnóstico histopatológico. MÉTODOS: O estudo baseou-se
na análise descritiva, observacional e retrospectiva de 150 óbitos por câncer de mama em pacientes
submetidas ao tratamento do IMOAB, entre 2000 e 2007, dos quais se obtiveram 54 prontuários. Aplicouse questionário entre os membros de cada família, identificando grau de parentesco em duas gerações.
Utilizou-se de regressão linear simples aos dados para análise estatística. Este trabalho foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão sob o
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parecer 362/07. RESULTADOS: A idade das mulheres no diagnóstico variou entre 22 e 60 anos, com média
de 39, 6 anos. Observou-se que 55,8% dos diagnósticos ocorreram entre 30 e 39 anos de idade. A idade
média ao óbito foi 41,98 anos. O tipo histológico mais diagnosticado (87,1%) foi o carcinoma ductal
infiltrante. A sobrevida global variou de 1 a 240 meses, com média de 30,2 meses, tendo sido a sobrevida
em 5 anos a mais frequente (85,1%). Houve metástase em 47 mulheres, principalmente em ossos e
pulmões. Na análise familiar, 18 das 54 famílias analisadas relataram casos de câncer. Relataram-se 31
casos de câncer nos familiares de primeiro e segundo grau, com ocorrência mais comum no pulmão e
ovário. 50% dos casos de câncer familiar ocorreram entre 30 e 39 anos. CONCLUSÃO: O estudo acerca dos
pacientes que vieram a óbito em função do câncer de mama no IMOAB demonstrou a existência de
predisposição hereditária para neoplasias, ao se considerarem as variáveis clínicas e sócio-demográficas
individuais analisadas. Estar ciente dessa associação é fundamental para que se aprimorem, junto ao
paciente, medidas relacionadas ao aconselhamento genético e à vigilância do eventual desenvolvimento
de neoplasias.
P48
PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV)
PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
EM
ADOLESCENTES:
UM
Autores: Elionôra de Jesus Carneiro Jansen de Mello; Rebeca Costa Castelo Branco; Marcos Antonio
Custódio Neto da Silva; Camila Rêgo Muniz; Eric de Medeiros Costa; Maria do Desterro Soares Brandão
Nascimento.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Maranhão (UFMA)
Apresentador(a): Rebeca Costa Castelo Branco
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O câncer do colo do útero é reconhecido como problema de saúde pública. Cerca de
500.000 novos casos são diagnosticados anualmente no mundo. O HPV, isoladamente, não é capaz de
causar o desenvolvimento do câncer. A infecção por HPV acomete jovens no início da atividade sexual e
pode se comportar como fenômeno transitório, havendo necessidade de educação sexual. OBJETIVOS:
Objetivou-se avaliar os fatores sócio-demográficos, comportamento sexual e reprodutivo em
adolescentes, correlacionar a Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) com os diagnósticos por
citopatologia, colposcopia e histopatologia e identificar a frequência dos genótipos de HPV de alto e baixo
risco oncogênico. MÉTODOS: Obteve-se uma amostra de 39 adolescentes, de um contingente de 350
adolescentes na faixa etária de 15 a 19 anos, no período de julho de 2008 a junho de 2009. Utilizou-se um
questionário com itens relacionados aos dados sócio-demográficos, informações comportamentais e
antecedentes sexuais das adolescentes. Realizaram-se anamnese, exame ginecológico, detecção do HPV
por meio de citopatologia cérvico-vaginal, genotipagem por PCR - Nested. Realizou-se a colposcopia,
seguida de colpobiópsia para os casos que houve indicação. Esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo
Comitê de Ética em Pesquisa do HUUFMA, sob parecer Nº. 33104-1323/07. RESULTADOS: Observou-se
que 13 adolescentes (33,3%) encontravam-se na idade de 17 anos. Houve predomínio da cor branca
(53,8%). A sexarca ocorreu abaixo dos 16 anos. Quanto ao número de parceiros, 51,3% das adolescentes
revelou ter apenas um parceiro. Os achados microbiológicos evidenciaram a associação mais frequente
com Lactobacillus sp. (43,6%), seguido de Gardnerella (35,9%). No que diz respeito à citopatologia, 94,9%
apresentaram resultado inflamatório e somente uma (2,6%) revelou lesão de baixo grau. A genotipagem
por PCR-Nested para HPV envolveu os tipos de alto risco com predominância de 66 e raramente foram
detectados os vírus 16 e 18. CONCLUSÕES: A infecção por Papilomavirus na cérvice uterina em
adolescentes constitui um problema de saúde pública. Evidencia-se a conotação contemporânea da saúde
sexual das adolescentes, requerendo posterior acompanhamento e observações prospectivas para
redução da mobimortalidade do câncer do colo do útero, que precede com infecções pelo Papilomavirus.
P49
MALÁRIA CEREBRAL
Autores: Ricardo Lira Araujo; Pedro Henrique Piauilino Benvindo Ferreira; Dandara Coelho Cavalcante;
Raissa da Rocha Lopes; Rennan Pontes Xavier; Elna Joelane Lopes da Silva do Amaral.
III Congresso Nordestino Médico-Acadêmico / XIX COMAPI 2012 | www.comapi.org
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Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial (FACID)
Apresentador(a): Ricardo Lira Araujo
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A malária é a principal e mais grave doença infeciosa no mundo, acometendo mais de 500
milhões de pessoas, das quais 1 a 3 milhões evoluem para o óbito. Os países subsaarianos respondem por
cerca de 90% dos casos, enquanto no Brasil registram-se 1,4 milhões, fundamentalmente na região
Amazônica. A forma predominante de transmissão da doença em humanos é através da picada do
mosquito do gênero Anopheles infectado pelas espécies de Plasmodium: P. vivax, P. malariae, P. ovale ou
P. falciparum. Destes, o P. falciparum é o principal causador de malária cerebral (MC), na qual ocorre entre
0,01 a 16% dos casos. RELATO DE CASO: O paciente AFC, 28 anos, pardo, natural de Piripiri- PI, no dia
04/01/2010 deu entrada na UTI de um hospital em Teresina com rebaixamento do nível de consciência,
febre, cefaleia, calafrios e vômitos de início há 5 dias da internação. Evoluiu com quadro convulsivo severo
e padrão respiratório ruim, sendo realizado intubação. Sabe-se que o paciente recebeu tratamento para
malária há 3 meses da internação, em Angola-África, porém não se obteve detalhes a respeito deste.
Devido a suspeita de novo caso de malária foi solicitado exame da gota espessa. No dia seguinte,
administrou-se Artesunato e Mefloquina e o paciente apresentou quadro de insuficiência respiratória
aguda e febre persistente. No dia 06, ocorreu remissão do quadro febril, sendo este retomado no dia
seguinte com o paciente cursando com irritabilidade, dispneia e secreção purulenta pelo tubo orotraqueal.
Mais tarde evoluiu para estado comatoso. No dia 08, através do exame da gota espessa constatou-se a
presença de P. falciparum. O paciente apresentou um pico febril e foi diagnosticada pneumonia associado
à síndrome da angústia respiratória do adulto. Evolui com melhora no estado neurológico, vigil e orientado
até o dia 11, quando recebeu alta para a enfermaria. No dia 15 de Janeiro regressou a sua cidade natal e
desde então permanece assintomático. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Devido ao desconhecimento do
tratamento realizado na África, não foi possível confirmar se o paciente recebeu um tratamento incorreto
ou foi curado e adquiriu novamente a doença em Piripiri-PI, já que o intenso fluxo populacional predispõe
à presença de casos raros em regiões não endêmicas. A relevância do seguinte trabalho reside na
dificuldade de diagnosticar a doença em áreas não endêmicas por conta de sua raridade, possibilitando o
acometimento cerebral.
P50
TUMOR DESMÓIDE DE PAREDE ABDOMINAL: RELATO DE CASO
Autores: João Ribeiro Memória Júnior; Sahâmia Martins Ribeiro; Fernanda Belém Silva; Emília Karine
Barros Nogueira Carneiro; Lina Gomes dos Santos; Sabas Carlos Vieira.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): João Ribeiro Memória Júnior
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: O tumor desmóide, também conhecido como fibromatose agressiva, corresponde a 0,03%
de todas as neoplasias e menos de 3% de todos os tumores de tecidos moles. Embora os achados
histológicos sejam bem característicos, atualmente, todo conhecimento a seu respeito se baseia apenas
em alguns relatos isolados e em pequenas séries de casos. Apresentamos um caso de um tumor desmóide
abdominal em uma mulher jovem. RELATO DE CASO: Mulher de 23 anos referiu que em março de 2011,
após parto vaginal, o aparecimento de uma massa abdominal palpável dolorosa na fossa ilíaca esquerda.
Em março de 2012, a paciente relata que procurou serviço médico sendo requisitada uma ultrassonografia
(US) transvaginal, a qual constatou a presença de uma massa volumosa em região anexial medindo 13 x 10
x 8,4 cm. A US abdominal total revelou claramente uma imagem nodular sólida heterogênea 14,8 x 9,3 x
9,5 cm (89 cm³) com discreta vascularização ao Doppler na projeção anexial esquerda. Realizou-se uma
tomografia computadorizada de pelve indicando um processo expansivo sólido, de limites bem
demarcados e contornos lobulados, visualizado na parede abdominal anterior à esquerda do músculo reto
abdominal. Exames laboratoriais não demonstraram nenhuma alteração. Os marcadores séricos tumorais
apresentaram-se normais: β-HCG (<1,2 mUI/mL), CA-125 (20,9 UI/mL), α-fetoproteína (0,841 ng/mL). A
paciente submeteu-se a ressecção completa do tumor incluindo ressecção da musculatura da parede
abdominal. A reconstrução da parede abdominal foi feita com uma tela de polipropileno. O exame
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histológico do espécime cirúrgico demonstrou tratar-se de fibromatose do tipo desmóide. O pósoperatório transcorreu sem intercorrências e a paciente encontra-se sem evidência de recidiva.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: O tumor desmóide ocorre geralmente na faixa etária de 25-40 anos,
acometendo principalmente mulheres em idade fértil. O sítio mais comum é a parede abdominal anterior,
apresentando-se como uma massa palpável. Apesar da histologia benigna, os tumores desmóides são
localmente invasivos, com alta taxa de recorrência mesmo após ressecção cirúrgica. Histologicamente, os
tumores desmóides são caracterizados células fusiformes alongadas, de aparência uniforme em meio a
estroma colágeno. Macroscopicamente, são tumores levemente circunscritos, infiltram o tecido vizinho e
não apresentam uma cápsula verdadeira.
P51
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM ANEMIA
FALCIFORME INTERNADOS EM HOSPITAL PEDIÁTRICO DE ENSINO
EM TERESINA/PI NO PERÍODO DE 2007 A 2010
Autores: Bruno Leonardo Mourão Fernandes; Henrique César Saraiva de Arêa Leão Costa Filho; Edson
Santos Ferreira Filho; Vítor Assunção da Ponte Lopes; Catarina Fernandes Pires; Gildene Alves da Costa.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Piauí; Hospital Infantil Lucídio Portella
Apresentador(a): Henrique César Saraiva de Arêa Leão Costa Filho
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A doença falciforme é a doença hematológica hereditária mais comum no mundo. É
caracterizada pela presença de uma mutação do gene da hemoglobina (Hb), pela troca do ácido glutâmico
pela valina na posição 6 da cadeia beta da hemoglobina. Segundo estimativas da Organização Mundial da
Saúde, a cada ano nascem, no Brasil, cerca de 2.500 crianças portadoras de doença falciforme. OBJETIVO:
Analisar as internações devido às complicações da doença, com enfoque nos aspectos epidemiológicos e
clínicos. Conhecer as características clínico-epidemiológicas dos pacientes portadores de Anemia
Falciforme internados no Hospital Infantil Lucídio Portella. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo
descritivo, no qual dados foram coletados dos prontuários médicos de 96 pacientes com Anemia
Falciforme, internados no Hospital Infantil Lucídio Portella – Teresina/PI, de Janeiro de 2007 a Dezembro
de 2010, analisando as variáveis: sexo, procedência, idade do diagnóstico, histórico familiar, cartão de
vacina, profilaxia com Penicilina em pacientes diagnosticados com menos de 5 anos de idade, principal
causa de internações, uso de antibióticos nas internações, acidente vascular encefálico, internações em
UTI, uso de Hidroxiuréia e óbito. RESULTADOS: 60,4% dos pacientes eram do sexo masculino. 51%
procedentes do interior do Piauí. Apenas 18,7% foram diagnosticados com mais de 5 anos de idade. 70,8%
não tinham histórico familiar. 91,7% estavam com o cartão de vacinação atualizado. Dentre os
diagnosticados abaixo de 5 anos de idade, 75,6% realizaram profilaxia com Penicilina. Nas principais causas
de internações hospitalares, a principal foi decorrente de crise hemolítica (129), seguida de crise álgica
(105). Houve uso de antibióticos em 46,3% das internações, sendo a Penicilina Cristalina a mais prescrita.
Somente 9,4% pacientes sofreram acidente vascular encefálico. 8,3% dos pacientes fizeram uso de
hidroxiureia. O número de pacientes que necessitaram de UTI representa 4,2% de total e nenhum foi a
óbito. CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes era do sexo masculino e procedente do interior do Piauí,
tendo sido diagnosticados antes dos cinco anos de idade e realizado profilaxia com Penicilina. A maioria
das internações hospitalares se deveu a crises hemolíticas e álgicas. Pequena parcela dos pacientes teria
sofrido AVE ou necessitado de hidroxiureia ou terapia intensiva.
P52
SILICONE INDUSTRIAL LÍQUIDO INJETADO NA MAMA: RELATO DE
CASO
Autores: Laiane da Cruz Lopes; Juliane Roberta Dias Torres; Aristóteles Costa Moraes; Wesley Nelson de
Sousa; Sabas Carlos Vieira.
Instituição(ões): Universidade Federal Do Piauí (UFPI)
Apresentador(a): Wesley Nelson de Sousa
Contato: [email protected]
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INTRODUÇÃO: Embora proibido, o uso injetável de silicone líquido industrial é utilizado clandestinamente
com finalidade estética para preenchimento corporal, principalmente nas mamas. Esse uso é
potencialmente perigoso, uma vez que pode provocar complicações locais agudas como infecção e
necrose, ou tardias, como fibrose, distorção da arquitetura do tecido mamário, formação de siliconomas e
calcificação. Além disso, a avaliação das doenças mamárias por exames de imagem torna-se difícil, devido
às distorções anatômicas presentes nesses casos. Relatamos um caso de lesão mamária após injeção de
silicone líquido industrial. RELATO DE CASO: Paciente feminino, 52 anos de idade, G03P03, laqueada. Fez
injeção de silicone líquido em 2009, em ambas as mamas, com esteticista e não sabe precisar o volume.
Um ano após, referiu aparecimento de nódulo em mama direita. Ao exame físico apresentava mamas com
áreas de fibrose, área palpável em quadrante superior direito de aspecto benigno. Nega antecedentes
familiares. Há mais de dez anos realizou cirurgia em mama para retirada de nódulo benigno. À
Mamografia, apresentou formações nodulares difusas em ambas as mamas compatíveis com siliconoma.
Ultrassonografia mamária prejudicada pelo material injetado. Foi indicado mastectomia bilateral com
preservação do complexo papilo-areolar e reconstrução com implantes de silicone. No entanto paciente
não aceitou o tratamento proposto. Três anos após a injeção do silicone relata leve desconforto nas
mamas quando em decúbito ventral. Nega outras queixas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O uso injetável de
silicone deve ser totalmente contra-indicado para que se evitem complicações. Nos casos que apresentam
com formação de siliconomas não existe conduta definida. A presença de tais lesões prejudica a avaliação
por imagem, o que pode levar à confusão diagnóstica quanto a outras doenças mamárias, inclusive
neoplasias. No caso em questão, foi indicado cirurgia pela extensão dos siliconomas e pelo risco de
disseminação do silicone para axila piorando ainda mais o prognóstico da paciente.
P53
FETO MORTO EM ÚTERO COM MIOMA GIGANTE
Autores: Nayana de Oliveira Costa; Jefferson Torres Nunes; Jardel Moura Pereira; Yoneide Maria de
Carvalho Ursulino.
Instituição(ões): Faculdade Integral Diferencial (FACID)
Apresentador(a): Nayana de Oliveira Costa
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: Estudo estimam que aproximadamente 20% à 40% das mulheres terão miomas uterinos ao
longo da sua vida reprodutiva. A associação entre miomas uterinos, gravidez e infertilidade mantém-se um
tema controverso. Segundo a literatura, a verdadeira incidência de miomas durante a gravidez varia entre
0,3 a 3,9%. Os miomas têm sido considerados como uma causa comum de subfertilidade e abortos de
repetição, assim como associados a várias complicações durante a gravidez como parto prematuro ou ate
mesmo óbito fetal. Por outro lado sabe-se também que a gravidez pode influenciar o
comportamento/evolução dos miomas, podendo estes aumentar de tamanho, degenerar ou sofrer um
processo de torção. Os miomas subserosos não afectam a fertilidade ou a taxa de abortos espontâneos; os
miomas submucosos diminuem as taxas de fertilidade e a sua remoção melhora as taxas de concepção;
existem evidências de que os miomas intramurais podem prejudicar a concepção e ameaçar a viabilidade
de uma gravidez. No entanto, estes dados requerem mais estudos e, desta forma, fica a dúvida a respeito
do benefício do tratamento destes tumores somente para finalidade reprodutiva. RELATO DO CASO:
Paciente VLPF, 41 anos em sua sétima gravidez, apresentou-se no setor de urgência de uma maternidade
de referencia do Piaui relatando perda de liquido aminiotico e sangramento transvaginal de moderada
intensidade há 24 horas. Sua idade gestacional segundo o dia da ultima menstruação era de 38 semanas e
3 dias. Ao exame não possuía batimentos cardíacos fetais perceptíveis ao sonar doppler e o colo uterino
estava fechado com eliminação de liquido meconial. Realizado o exame ultrassonográfico foi evidenciado
um feto morto pélvico com idade gestacional estimada de 28 semanas e extenso mioma uterino não
mensurado. Foi realizada cesariana. Durante a cirurgia foi impossível o acesso à cavidade uterina bem
como visualização ou remoção do concepto em decorrência disso foi realizada histerectomia total. A
paciente permaneceu internada por mais 48 horas sem alterações e segue em acompanhamento
ambulatorial. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Através do caso clinico analisado foi registrar um óbito fetal
associado com um mioma gigante que resultou numa complicação obstétrica inusitada intra-operatória.
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P54
O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES SUBMETIDOS À
HERNIORRAFIA INGUINAL NO HOSPITAL GETÚLIO VARGAS NO
PERÍODO DE JANEIRO À DEZEMBRO DE 2011
Autores: Thiago Pereira Diniz; João Emílio Lemos Pinheiro Filho; Adoniran Moura; Gilnyanne da Silva
Medeiros; Luma Mendes Brito; Raimundo José Cunha Araújo Junior.
Instituição(ões): Universidade Estadual Do Piauí (UESPI)
Apresentador(a): Thiago Pereira Diniz
Contato: [email protected]
INTRODUÇÃO: A hérnia da parede abdominal é uma entidade clínica de elevada prevalência, tanto na
população adulta como infantil, estimada entre 3% a 8%, sendo cinco a seis vezes mais comum no sexo
masculino, após a quarta década de vida e em pacientes obesos. Cerca de 75% de todas as hérnias
ocorrem na região inguinal. Não se pode dizer que haja um consenso a respeito da melhor técnica a ser
utilizada nos diferentes defeitos herniários que acometem a região inguinal. OBJETIVO: O presente estudo
tem por objetivo avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à herniorrafias inguinais no
serviço de cirurgia geral do Hospital Getúlio Vargas no período de janeiro a dezembro de 2011.
MÉTODOS: O estudo segue o delineamento retrospectivo, transversal, unicêntrico. Serão levantadas as
seguintes informações epidemiológicas: idade, sexo, profissão, lateralidade, presença ou ausência de tela
na correção cirúrgica, índice de recidiva e naturalidade. Os pacientes que possuem prontuários
incompletos foram excluídos do trabalho. Todo o trabalho foi realizado sob parecer favorável da diretoria
do Ambulatório do Hospital Getúlio Vargas. RESULTADOS: No ano de 2011 foram realizadas 96
herniorrafias inguinais no Hospital Getúlio Vargas, das quais apenas 73 prontuários foram localizados. A
partir destes prontuários levantados, têm-se os seguintes resultados: A idade média dos pacientes foi de
54,13 anos e moda de 57 anos; quanto à lateralidade, 49,31% foram do lado direito, 41,09 do lado
esquerdo e apenas 9,58 % em ambos os lados; quanto ao sexo 86,3 % dos pacientes são do sexo
masculino; 49,31 % das hérnias inguinais ocorreram em pacientes que praticam atividades de grande
esforço; 93,16 % das herniorrafias inguinais foram corrigidas com uso de tela, 75, 34 % dos pacientes são
oriundos da capital piauiense e apenas 11 % das cirurgias estavam sendo realizadas em hérnias
recidivadas. CONCLUSÃO: Através desse estudo à cerca do perfil epidemiológico das hérnias inguinais
tratadas no ano de 2011 no serviço de cirurgia geral do Hospital Getúlio Vargas, pode-se observar que tal
doença acometeu basicamente os pacientes com mais de 60 anos e do sexo masculino; é predominante
do lado direito e está intimamente relacionada com atividade laboral de grande esforço físico.
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Créditos
EDIÇÃO E ARTE FINAL:
Alice Nayane Rosa Morais
Ingrid Carvalho Correia
Jadson Lener Oliveira dos Santos
João de Deus Araújo Neto
Sahâmia Martins Ribeiro
IMPRESSÃO:
Universidade Federal do Piauí
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