Document

Propaganda
Termoquímica
Profa. Marcia Margarete Meier
1
História
• A sociedade é movida a energia e a invenção da máquina a vapor
contribuiu decisivamente na Revolução Industrial, que levou ao aumento
da produtividade e diminuição da influência sazonal sobre a
produtividade (épocas de seca e chuvas).
•
Profa. Marcia Margarete Meier
2
História
Trabalho:
movimento das pás.
H2O(g)
calor
Expansão da água
Líquido -> gás
Uma máquina à vapor não cria energia, utiliza o vapor para transformar a
energia calorífica liberada pela queima de combustível em movimento de
rotação e movimento alternado de vaivém, afim de realizar trabalho.
Profa. Marcia Margarete Meier
3
História
A termodinâmica surgiu
pela necessidade de
aumentar o rendimento
das máquinas a vapor.
Perda de calor !
Fig. 1 - Esquema de uma máquina térmica.
Profa. Marcia Margarete Meier
4
História
•Termodinânica: Estudo da energia e suas transformações.
• Termoquímica: Estudo das reações químicas e suas variações e
transformações de energia.
Ex: energia a partir de combustíveis fósseis
Ex: energia a partir de biomassa
Ex: energia advinda de reações químicas como nas bateriais
Ex: Degradação do alimento por nosso corpo para geração de energia.
•
Profa. Marcia Margarete Meier
5
A natureza da energia
Sistema e
vizinhanças
•
Sistema: é a parte do universo
na qual estamos interessados
em acompanhar a conversão
da energia.
•
Vizinhança: é o resto do
universo.
sistema
vizinhança
universo
Sistema
aberto
Profa. Marcia Margarete Meier
Sistema
fechado
Sistema
isolado
6
A natureza da energia
Sistema
aberto
Sistema
fechado
Sistema
isolado
Motores de automóveis
Bolsas de térmicas
Corpo humano
Garrafa térmica (aproximadamente)
Em termodinâmica, o universo é formado por um sistema e sua
vizinhança.
Profa. Marcia Margarete Meier
7
Transferência da Energia
A transferência de energia: trabalho e calor
• Força é uma tração ou uma compressão exercida em um objeto.
• A energia utilizada para mover um objeto numa distância (d)
contra uma força (F) é chamada de trabalho.
W=F.d
sistema
sistema
vizinhança
vizinhança
universo
universo
Profa. Marcia Margarete Meier
8
Transferência da Energia
sistema
sistema
vizinhança
vizinhança
universo
universo
Ao realizarmos trabalho,
nossa energia é transmitida
para a vizinhança.
Ao nos alimentarmos,
recebemos energia da
vizinhança.
Profa. Marcia Margarete Meier
9
Transferência da Energia
• Exemplos de trabalho:
1) bateria (reação química)realiza trabalho quando empurra uma
corrente elétrica em um circuito.
2) mistura de gases quentes de um motor de automóvel empurram
um pistão, realizando trabalho.
http://www.youtube.com/watch?v=Hhc6xM0wjKQ
Profa. Marcia Margarete Meier
10
Transferência da Energia
• Outra maneira de transferir energia entre sistema e
vizinhança é através do Calor (q) é a transferência de energia
entre dois objetos que estão a temperaturas diferentes.
• Calor é uma energia em trânsito que causa alteração da
energia interna dos corpos. Não se diz que um corpo tem
calor, ele tem energia.
Profa. Marcia Margarete Meier
11
1a Lei da Termodinâmica
sistema
W, q
vizinhança
universo
• O sistema e a vizinhança podem trocar calor e
trabalho alterando a energia interna do sistema e
da vizinhança.
• No entanto, a energia total do universo
permanece inalterada.
1a Lei da Termodinânica:
A energia não pode ser criada ou destruída. A energia é conservada.
∆E = q + w
Não existem máquinas de movimento perpétuo!
Ou seja, não é possível gerar trabalho sem usar combustível.
Profa. Marcia Margarete Meier
12
1a Lei da Termodinâmica
A 1ª Lei da termodinâmica nos diz que a energia não é criada nem destruída, portanto, a
energia do universo é constante.
Entretanto, a energia pode ser transferida de uma parte para outra do universo. Para
estudar termodinâmica é necessário isolar partes do universo (sistema) do restante do
universo (vizinhança).
Classificação
Conversão da energia
Máquinas automotivas
Química/Cinética (deslocamento)
Fornos
Química/Calor
Hidroelétricas
Potencial Gravitacional/Elétrica
Solar
Óptica/Elétrica
Nuclear
Potencial atômica/calor, cinética, ótica
Baterias
Química/Elétrica
Alimentos
Química/calor, cinética
Fotossíntese
Óptica/ Química
Profa. Marcia Margarete Meier
13
A natureza da energia
Unidades de energia
•
A unidade SI para energia é o joule, J.
•
Algumas vezes utilizamos a caloria em vez do joule:
1 cal = 4,184 J (exatos)
1 cal é a quantidade de calor necessária para elevar a
temperatura de 1g de água em 1oC.
Profa. Marcia Margarete Meier
14
A primeira lei da
termodinâmica
Energia interna
•
Energia interna: é a soma de toda a energia cinética e potencial de todos os
componentes de um sistema.
Em uma reação química por exemplo, a energia interna inclui os deslocamentos das
moléculas pelo espaço, suas rotações e vibrações internas, energia do núcleo de cada
átomo e dos elétrons, etc.
•
Não se pode medir a energia interna absoluta.
•
Em função disso, busca-se determinar a variação da energia interna
•
Profa. Marcia Margarete Meier
∆E = Ef - Ei
15
A primeira lei da
termodinâmica
Quando um sistema sofre qualquer
mudança física ou química, a
variação obtida em sua energia
interna, ∆E, é dada pelo calor
adicionado ou liberado pelo sistema,
q, mais o trabalho , w, realizado pelo
ou no sistema
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
16
Convenção de sinais
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
17
A primeira lei da
termodinâmica
Exercício:
Os gases hidrogênio e oxigênio, confinados em um cilindro fechado com um êmbolo móvel,
são queimados.
Enquanto a reação ocorre, o sistema perde 1.150 J de calor para a vizinhança.
A reação faz também com que o êmbolo suba à medida que os gases quentes se expandem.
O gás em expansão realiza 480 J de trabalho na vizinhança à medida que pressiona a
atmosfera. Qual é a mudança na energia interna do sistema?
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
18
A primeira lei da
termodinâmica
Funções de estado
•
Função de estado: depende somente dos estados inicial e final do sistema, e não de
como o atual sistema foi atingido
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
19
Funções de estado
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
20
Entalpia
•
•
•
•
As reações químicas podem absorver ou liberar calor.
No entanto, elas também podem provocar a realização de trabalho.
Por exemplo, quando um gás é produzido, ele pode ser utilizado para empurrar um
pistão, realizando, assim, trabalho.
Zn(s) + 2H+(aq) → Zn2+(aq) + H2(g)
O trabalho realizado pela reação acima é denominado trabalho de pressão-volume.
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
21
Entalpia
Processos endotérmicos e exotérmicos
•
Endotérmico: absorve calor da vizinhança.
•
Exotérmico: transfere calor para a vizinhança. (∆H <0, NEGATIVO)
•
Uma reação endotérmica mostra-se fria.
•
Uma reação exotérmica mostra-se quente.
http://pontociencia.org.br/experimentos-interna.php?experimento=681&TERMITA#top
2 Al (s) + Fe2O3 (s) → Al2O3 (s) + 2 Fe (s)
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
22
Entalpia
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
23
Entalpia
•
Entalpia, H: é o calor transferido entre o sistema e a vizinhança realizado sob pressão
constante.
•
Entalpia é uma função de estado.
•
Quando ∆H é positivo, o sistema ganha calor da vizinhança - ENDOTÉRMICO
•
Quando ∆H é negativo, o sistema libera calor para a vizinhança - EXOTÉRMICO
H = E + PV
∆E = qv
∆H = qp
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
24
Entalpia
Exercício: Calcule o trabalho realizado por 50g de ferro que reage com ácido clorídrico em:
(a) Um recipiente fechado de volume fixo;
(b) Em um becker a 25oC.
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
25
Entalpia
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
26
Entalpias de formação
A equação que representa a formação de uma substância na condição padrão é
obtida por meio de seus elementos constituintes (substâncias simples) na forma
mais estável a 298,15 K e 1 atm.
6C(gr) + 6H2(g) + 3O2(g)
H reagentes
C6H12O6(s)
H produtos
∆Hfo = -1.273 kJ/mol
∆Hfo = Hofprodutos-Hofreagentes
∆Hro = ΣHofprodutos-ΣHofreagentes
•
Se existe mais de um estado para uma substância sob condições padrão, o estado mais
estável é utilizado.
•
A entalpia padrão de formação da forma mais estável de um elemento
é zero.
Exemplo de estados mais estáveis:
Cl2 (g); Br2(l); O2 (g); N2 (g); H2(g); Fe(s)
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
27
Entalpias de formação
•
Se 1 mol de composto é formado a partir de seus elementos constituintes, a variação
de entalpia para a reação é denominada entalpia de formação, ∆Hof .
•
Condições padrão (estado padrão): 1 atm e 25 oC (298 K).
•
A entalpia padrão, ∆Ho, é a entalpia medida quando tudo está em seu estado padrão.
•
Entalpia padrão de formação: 1 mol de composto é formado a partir de substâncias em
seus estados padrão.
•
Pode-se determinar ∆Ho fusão, ∆Ho diss, ∆Ho reação, ∆Ho f,
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
28
Entalpias de formação
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
29
Entalpias de formação
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
30
Entalpias de formação
1) Escreva as equações de formação dos compostos abaixo partindo dos
respectivos elementos no seu estado mais estável:
a)
b)
c)
d)
H2O(l)
Fe2O3(s)
HBr(g)
NH4Cl(s)
2) Calcule a entalpia da reação química abaixo:
Fe2O3 + 3H2(g) → 2Fe(s) + 3H2O(l)
Dado ∆Hof Fe2O3 = -824,2 kJ/mol
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
31
Entalpias de reação
A variação da entalpia de uma reação química é dada por:
∆Hr = Hf(produtos) - Hf (reagentes)
A entalpia é uma propriedade extensiva (a ordem de grandeza do ∆H é diretamente
proporcional à quantidade):
CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(l)
∆Hr = -890 kJ
2CH4(g) + 4O2(g) → 2CO2(g) + 4H2O(l) ∆Hr = −1780 kJ
•
Quando invertemos uma reação, alteramos o sinal do ∆H:
CO2(g) + 2H2O(l) → CH4(g) + 2O2(g) ∆H r= +890 kJ
•
A variação na entalpia depende do estado:
H2O(g) → H2O(l) ∆H = -44 kJ
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
32
Lei de Hess
•
A lei de Hess: se uma reação é executada em uma série de etapas, o ∆H para a reação
será igual à soma das variações de entalpia para as etapas individuais.
•
Por exemplo:
CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(g) ∆H = -802 kJ
2H2O(g) → 2H2O(l)
CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(l)
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
∆H = -88 kJ
∆H = -890 kJ
33
Lei de Hess
3) Determine o calor de formação do NaCl(s) a partir das reações abaixo:
A)
Na(s) + H2O(l) → NaOH(s) + ½ H 2 (g)
½ H 2 (g) + ½ Cl 2 (g) → HCl(g)
HCl(g) + NaOH(s) → NaCl(s) + H2O(l)
∆H = -139,78 kJ/mol
∆H = - 92,31 kJ/mol
∆H = - 179,06kJ/mol
B)
½ H 2 (g) + ½ Cl 2 (g) → HCl(g)
Na(s) + HCl(g) → NaCl(s) + ½ H 2 (g)
∆H = - 92,31 kJ/mol
∆H = - 318,84kJ/mol
Observe que a entalpia da reação independe do caminho, portanto
entalpia é função de Estado!
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
34
Lei de Hess
4) Quais são os possíveis caminhos químicos para gerar CO2 e água a partir de
metano? Qual o valor de ∆H final?
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
35
Lei de Hess
Observe que:
∆H1 = ∆H2 + ∆H3
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
36
Lei de Hess
Exercício: A entalpia de combustão de C em CO2 é -393,5 kJ/mol de C, e a entalpia de
combustão de CO em CO2 é -283 kJ/mol de CO. Utilizando estes dados, calcule a
entalpia de combustão de C para CO:
(1) C(s) + O2(g)
(2) CO(g) + 1/2O2(g)
CO2(g)
CO2(g)
∆H= -393,5 kJ
∆H = -283,0 kJ
Quando a queima do carbono não é total, gera-se intermediários como o CO(g):
C(s) + ½O2(g)
CO(g)
∆H = ?????
H2O(g)
carvão
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
37
Lei de Hess
Composição geral de diferentes tipos de carvão
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
38
Entalpias de mudança de estado
físico
O calor necessário para mudar o estado físico de uma substância é conhecido
como:
• Entalpia de fusão ∆Hfus;
• Entalpia de vaporização ∆Hvap;
Para água:
• Entalpia de fusão ∆Hfus = 333 J/
g
• Entalpia de vaporização ∆Hvap = 2.256 J/g
Exercite: Qual será o calor necessário para fundir 0,5 Kg de gelo?
Qual será o calor necessário para vaporizar esta mesma quantidade de
água?
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
39
Calorimetria
∆H = qp
Como determinar o valor da entalpia???
• Quando calor flui para dentro ou para fora de um sistema (reação química), a
temperatura do sistema varia.
Temperatura!!
sistema
q
Maneira de detectar o fluxo do calor
vizinhança
Calorimetria
universo
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
Calorímetro (instrumento)
40
Calorimetria
Calorimetria a pressão constante
• As paredes não perdem ou ganham calor;
• O calor não escapa do calorímetro;
• O calor dispendido pela reação é obtido pela
solução, onde se mede a temperatura.
A variação de temperatura ocorrida em um objeto
quando ele absorve certa quantidade de energia é
determinada por sua capacidade calorífica
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
∆T
41
Calorimetria
A Capacidade calorífica (C) de um objeto é a
quantidade de calor necessária para aumentar sua
temperatura em 1 K (ou 1oC).
Capacidade calorífica específica de 1 g de substância
Capacidade calorífica molar de 1 mol de substância
Isopor / Ferro
Capacidade calorífica= quantidade de calor transferido
massa(g) . Variação da temperatura
Experimentalmente: São necessários 209J para aumentar a temperatura de 50 g de
água em 1K.
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
42
Calorimetria
Substância
Calor específico
(J/gK
H2O (l)
4,18
CH4(g)
2,20
CO2(g)
0,84
Al(s)
0,90
Fe(s)
0,45
H2O(s)
2,06
H2O(v)
1,92
O alto calor específico da água afeta o clima da Terra.
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
43
Calorimetria
1)Exercite:
Calcule a quantidade de calor envolvida ao aquecer 0,5 Kg de água nas seguintes
situações:
a) -50 oC a 0oC?
b) 0 oC a 100oC?
c) 100 oC a 200oC?
Dado: ∆H vap = 2.256 J/g
∆H fusão = 333 J/g
Cp,s = 2,06 J/g.K
Cp,l = 4,184 J/g.K
Cp,v = 1,92 J/g.K
Exercite:
Calcule a quantidade de calor envolvida ao aquecer 0,5 Kg de água que está à
-50 oC até 200oC?
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
44
Calorimetria
Capacidade calorífica= quantidade de calor transferido
massa(g) . Variação da temperatura
sistema
q
C= q
m.∆T
vizinhança
universo
q = C. m . ∆T
∆H = qp
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
45
Calorimetria
2) Exercício:
Quando um aluno mistura 50mL de 1,0 mol/L de HCl e 50 mL de 1,0 mol/L de NaOH
em um calorímetro de copo de isopor, a temperatura da solução resultante aumenta
21oC para 27,5 oC. Calcule a variação da entalpia para a reação de neutralização,
supondo que o calorímetro perde apenas uma quantidade desprezível de calor, que o
volume total da solução é 100mL, que sua densidade é 1,0 g/mL e que seu calor
específico é 4,18 J/g K.
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
46
3) Exercício:
Determine ∆Hor para a reação de combustão do etanol gasoso?
Sabe-se que:
∆Hof etanol(g) = -234,8 kJ/mol
∆Hof CO2(g) = -393,5 kJ/mol
∆Hof H2O(g) = -241,8 kJ/mol
4) Um botijão de gás de uso doméstico contém 13 Kg de butano. A)Qual a energia
liberada na combustão completa de um botijão de butano?
B) Quanta água consegue-se evaporar com um botijão de gás doméstico?
C) Se 13Kg de etanol for utilizada para gerar energia para vaporizar água, qual
combustível (etanol ou butano)conseguirá evaporar mais água?
Dado :
∆Hof butano(g) = -125,7 kJ/mol
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
47
Para entregar próxima aula:
Quanto calor deve ser absorvido para aquecer 25,0 g de metanol líquido, CH3OH, de
25,0 oC a seu ponto de ebulição (64,6 oC) e para evaporar então completamente o
metanol nessa temperatura? O calor específico do metanol líquido é 2,53 J/g.K e o
calor de vaporização do metanol é 2,00 x 103 J/g.
Faça um diagrama de temperatura vs. calor para o processo.
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
48
Calorimetria
Bomba calorimétrica
(calorimetria de volume constante)
Conhecendo Ccal, determina-se qr
qr = -Ccal x ∆T
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
49
Cp e Cv
1) Avalie ∆E para um mol de oxigênio, O2, indo de -20,0 oC até 37oC a volume
constante, nos seguintes casos:
a) Comporta-se como gás ideal com Cv = 20,78 J/mol.K
b) Comporta-se como gás real com Cv = 21,6 + 4,18x10-3 T – (1,67x105)/T2
2) Considere 1 mol de gás ideal a uma pressão inicial de 1,00 atm e temperatura
inicial de 273,15 K. Assuma que ele se expande adiabaticamente (sem troca
de calor) contra uma pressão externa de 0,435 atm, até que seu volume se
duplique. Calcule o trabalho a temperatura final e o ∆E do processo.
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
50
Processos espontâneos
• A termodinâmica está relacionada com a
pergunta: uma reação pode ocorrer?
2 Al (s) + Fe2O3 (s) → Al2O3 (s) + 2 Fe (s)
H2(g) + 1/2O2(g) → H2O (g)
• A primeira lei de termodinâmica: a energia é
conservada.
• Quando dois ovos caem no chão, eles se quebram
espontaneamente.
• A reação inversa não é espontânea.
• Podemos concluir que um processo espontâneo
tem um sentido.
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
51
Variação de Cp em função de T
Variação das capacidades caloríficas molares
com a temperatura
Gás
a
b (10-3K-1)
c(10-5K2)
Br2
37,32
0,50
-1,26
Cl2
37,03
0,67
-2,85
NH3
29,75
25,1
-1,55
O2
29,96
4,18
-1,67
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
52
Processos espontâneos
• Um processo que é espontâneo em um sentido não é espontâneo no sentido
contrário.
• O sentido de um processo espontâneo pode depender da temperatura: gelo se
transformando em água é espontâneo a T > 0°C, água se transformado em gelo
é espontâneo a T < 0°C.
53
Processos que não ocorrem
54
Processos que não ocorrem
55
Processos espontâneos
refrigerador
“Calor não flui espontaneamente de um
corpo frio para um corpo quente” Clausius
56
Processos espontâneos
A espontaneidade depende de
T
Quando a velocidade de fusão e de solidificação são iguais o
sistema está em equilíbrio
57
Entropia e a segunda lei
Da termodinâmica
Entropia
•
•
•
•
A entropia, S, é uma medida da desordem de um sistema.
As reações espontâneas seguem no sentido da diminuição de energia ou do aumento da
entropia.
No gelo, as moléculas são muito bem ordenadas por causa das ligações H.
Portanto, o gelo tem uma entropia baixa.
dq
dq
T = 0oC
58
Entropia e a segunda lei
Da termodinâmica
Entropia
•
•
À medida que o gelo derrete, quebram-se as forças intermoleculares (requer energia),
mas a ordem é interrompida (então a entropia aumenta).
A água é mais desorganizada do que o gelo, então o gelo derrete espontaneamente à
temperatura ambiente.
dq
dq
T = 0oC
59
Entropia e a segunda lei
Da termodinâmica
60
Entropia e a segunda lei
Da termodinâmica
Entropia
•
Quando um sólido iônico é colocado na água, duas coisas acontecem:
– a água se organiza em hidratos em torno dos íons (então a entropia diminui) e
– os íons no cristal se dissociam (os íons hidratados são menos ordenados do que o
cristal, então a entropia aumenta).
61
Entropia e a segunda lei
Da termodinâmica
Entropia
62
Entropia e a segunda lei
Da termodinâmica
Entropia
• Todo sistema isolado tende a máxima desordem possível, isto é, a
máxima Entropia compatível com seu estado termodinâmico, o
estado final de máxima desordem corresponde ao Equilíbrio
Termodinâmico "
•
•
•
Geralmente, quando um aumento na entropia em um processo está associado a uma
diminuição na entropia em outro sistema, predomina o aumento em entropia.
A entropia é uma função de estado.
Para um sistema, ∆S = Sfinal - Sinicial
63
Entropia e a segunda lei
Da termodinâmica
Segunda lei da termodinâmica
•
Se ∆S > 0, a desordem aumenta, se ∆S < 0 a ordem aumenta.
•
A segunda lei da termodinâmica explica a razão dos Processos espontâneos terem um
sentido.
Em qualquer processo espontâneo, a entropia do universo aumenta.
∆Suniv = ∆Ssis + ∆Sviz: a variação de entropia do universo é a soma da variação de entropia
do sistema e a variação de entropia da vizinhança.
A entropia não é conservada: ∆Suniv está aumentando.
•
•
•
64
Entropia e a segunda lei
Da termodinâmica
Segunda lei da termodinâmica
Exemplo: Determine de ∆S é positivo ou negativo para cada um dos seguintes processos:
a) H2O(l)
H2O(g)
b) Ag+(aq) + Cl-(aq)
AgCl(s)
c) 4Fe(s) + 3O2(g)
2Fe2O3(s)
Exotérmico, calor recebido pela vizinhança
Aumento de entropia na vizinhança
65
Entropia e a segunda lei
Da termodinâmica
Exemplo:
1) Quando a água entra em ebulição a 100oC a temperatura se mantém constante.
Qual é a entropia, ∆S vap, quando 1 mol de água for convertida em 1 mol de vapor a
1 atm de pressão. A quantidade de calor transferida para o sistema durante esse
processo, q rev é o calor de vaporização, ∆Hvap= 40,67 kJ/mol.
2) O elemento mercúrio, Hg, é um líquido prateado à temperatura ambiente. O
ponto de congelamento normal do mercúrio é -38,9 oC; a respectiva entalpia molar
de fusão é ∆Hfus = 2,29 kJ/mol. Qual é a variação de entropia do sistema quando
50,0 g de Hg(l) se congela no ponto de fusão normal?
66
Interpretação molecular da
entropia
•
Um gás é menos ordenado do que um líquido, que é menos ordenado do que um sólido.
•
Qualquer processo que aumenta o número de moléculas de gás leva a um aumento em
entropia.
•
Existem três modos atômicos de movimento:
– translação (o movimento de uma molécula de um ponto no espaço para outro);
– vibração (o encurtamento e o alongamento de ligações, incluindo a mudança nos
ângulos de ligação);
– rotação (o giro de uma molécula em torno de algum eixo).
67
Interpretação molecular da
entropia
68
Interpretação molecular da
entropia
•
•
•
Necessita-se de energia para fazer uma molécula sofrer translação, vibração ou rotação.
Quanto mais energia é estocada na translação, vibração e rotação, maiores são os graus
de liberdade (habilidade em ocupar diferentes posiçoes) e maior é a entropia.
Em um cristal perfeito a 0 K não há translação, rotação ou vibração de moléculas.
Conseqüentemente, esse é um estado de perfeita ordem.
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
69
Terceira Lei da Termodinâmica
• Terceira lei de termodinâmica:
A entropia de um cristal perfeito a 0 K é zero.
S = k ln W
Equação de Boltzmann
Onde k = constante de Boltzmann, 1,38 x10-23 J/K
W é o número de arranjos possíveis no sistema. No zero absoluto
existe somente um arranjo possivel, portanto ln1 = 0 e S=O
•
•
•
A entropia varia dramaticamente em uma mudança de fase.
Ao aquecermos uma substância a partir do zero absoluto, a
entropia deve aumentar.
Se existem duas formas de estado sólido diferentes para uma
substância, a entropia aumenta na mudança de fase do estado
sólido.
70
Exemplo:
Suponha 1 mol de molécula de CO a 0K.
As moléculas não se organizam em cristais perfeitos, pois os momentos de dipolo da
moléculas não são fortes o suficiente para provocar a organização.
Por ser uma molécula linear, ela pode ser orientada de duas maneiras.
23
Portanto, existe 2 6,022x10 microestados possíveis.
23
S = k ln 2 6,022x10 = 5,76 J/K
Experimentalmente S = 4,6 J/K, chamado de entropia residual advinda da desordem
das moléculas que sobrevive 0K. As moléculas não se organizam em cristais perfeitos,
pois os momentos de dipolo da moléculas não são fortes o suficiente para provocar a
organização.
71
Interpretação molecular da
entropia
•
•
A ebulição corresponde a uma maior
variação na entropia do que a fusão.
A entropia aumenta quando
– líquidos
ou
soluções
são
formados a partir de sólidos,
– gases são formados a partir de
sólidos ou líquidos,
– o número de moléculas de gás
aumenta,
– a temperatura aumenta.
72
Energia livre de Gibbs
•
•
•
•
Para uma reação espontânea, a entropia do universo deve aumentar.
As reações com valores de ∆H grandes e negativos são espontâneas.
Como balancear ∆S e ∆H para prever se uma reação é espontânea?
A energia livre de Gibbs, G, de um estado é:
•
Para um processo que ocorre a uma temperatura constante:
G = H − TS
∆G = ∆H − T∆S
73
Energia livre de Gibbs
•
•
Existem três condições importantes:
– Se ∆G < 0, então a reação direta é espontânea.
– Se ∆G = 0, então a reação está em equilíbrio e não ocorrerá nenhuma reação
liquída.
– Se ∆G > 0, então a reação direta não é espontânea. Se ∆G > 0, trabalho deve ser
fornecido dos arredores para guiar a reação.
Para uma reação, a energia livre dos reagentes diminui para um mínimo (equilíbrio) e
então aumenta para a energia livre dos produtos.
74
Energia livre de Gibbs
75
Energia livre de Gibbs
•
Considere a formação de amônia a partir de nitrogênio e hidrogênio:
N2(g) + 3H2(g)
2NH3(g)
•
•
Inicialmente, a amônia será produzida espontaneamente (Q < Keq).
Após um determinado tempo, a amônia reagirá espontaneamente para formar N2 e H2
(Q > Keq).
•
No equilíbrio, ∆G = 0 e Q = Keq.
76
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
77
Energia livre de Gibbs
Variações de energia livre padrão
•
•
•
•
Podemos arranjar em forma de tabelar as energias livres padrão de formação, ∆G°f
(entalpias padrão de formação).
Estados padrão são: sólido puro, líquido puro, 1 atm (gás), 1 mol/L de concentração
(solução) e ∆G° = 0 para os elementos.
O ∆G° para um processo é dado por
A quantidade de ∆G° para uma reação nos diz se uma mistura de substâncias reagirá
espontaneamente para produzir mais reagentes (∆G° > 0) ou produtos (∆G° < 0).
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
78
Energia livre e temperatura
•
•
Focaremos em ∆G = ∆H - T∆S:
– Se ∆H < 0 e ∆S > 0, então ∆G é sempre negativo - ESPONTÂNEO
– Se ∆H > 0 e ∆S < 0, então ∆G é sempre positivo. (Isto é, o inverso de 1.)- NÃO
ESPONTÂNEO
– Se ∆H < 0 e ∆S < 0, então ∆G é negativo em baixas termperaturas.
– Se ∆H > 0 e ∆S > 0, então ∆G é negativo em altas temperaturas.
Mesmo que uma reação tenha um ∆G negativo, ela pode ocorrer muito lentamente para
ser observada.
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
79
Energia livre e temperatura
T=T=
∆Stotal = ∆Ssis + ∆Sviz
Quando o equilíbrio é atingido entalpia sistema = entalpia vizinhança, ∆Stotal = 0
Portanto, no equilíbrio, ∆G = 0
Disciplina de Química Geral
Profa. Marcia Margarete Meier
80
Download