www.arquivosonline.com.br Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 105, Nº 5, Supl. 2, Novembro 2015 Resumo das Comunicações XXIV Congresso Pernambucano de Cardiologia 8th International Congress of Cardiovascular Diseases (ICCD) Recife - Pernambuco www.arquivosonline.com.br REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948 Diretora Científica Maria da Consolação Vieira Moreira Cardiologia Intervencionista Pedro A. Lemos Epidemiologia/Estatística Editor-Chefe Luiz Felipe P. Moreira Cardiologia Pediátrica/Congênitas Hipertensão Arterial Editores Associados Antonio Augusto Lopes Arritmias/Marcapasso Mauricio Scanavacca Cardiologia Clínica José Augusto Barreto-Filho Métodos Diagnósticos Não-Invasivos Cardiologia Cirúrgica Paulo Roberto B. Evora Pesquisa Básica ou Experimental Carlos E. Rochitte Leonardo A. M. Zornoff Lucia Campos Pellanda Paulo Cesar B. V. Jardim Ergometria, Exercício e Reabilitação Cardíaca Ricardo Stein Primeiro Editor (1948-1953) † Jairo Ramos Conselho Editorial Brasil Aguinaldo Figueiredo de Freitas Junior (GO) Alfredo José Mansur (SP) Aloir Queiroz de Araújo Sobrinho (ES) Amanda G. M. R. Sousa (SP) Ana Clara Tude Rodrigues (SP) André Labrunie (PR) Andrei Sposito (SP) Angelo A. V. de Paola (SP) Antonio Augusto Barbosa Lopes (SP) Antonio Carlos C. Carvalho (SP) Antônio Carlos Palandri Chagas (SP) Antonio Carlos Pereira Barretto (SP) Antonio Cláudio L. Nóbrega (RJ) Antonio de Padua Mansur (SP) Ari Timerman (SP) Armênio Costa Guimarães (BA) Ayrton Pires Brandão (RJ) Beatriz Matsubara (SP) Brivaldo Markman Filho (PE) Bruno Caramelli (SP) Carisi A. Polanczyk (RS) Carlos Eduardo Rochitte (SP) Carlos Eduardo Suaide Silva (SP) Carlos Vicente Serrano Júnior (SP) Celso Amodeo (SP) Charles Mady (SP) Claudio Gil Soares de Araujo (RJ) Cláudio Tinoco Mesquita (RJ) Cleonice Carvalho C. Mota (MG) Clerio Francisco de Azevedo Filho (RJ) Dalton Bertolim Précoma (PR) Dário C. Sobral Filho (PE) Décio Mion Junior (SP) Denilson Campos de Albuquerque (RJ) Djair Brindeiro Filho (PE) Domingo M. Braile (SP) Edmar Atik (SP) Emilio Hideyuki Moriguchi (RS) Enio Buffolo (SP) Eulógio E. Martinez Filho (SP) Evandro Tinoco Mesquita (RJ) Expedito E. Ribeiro da Silva (SP) Fábio Vilas-Boas (BA) Fernando Bacal (SP) Flávio D. Fuchs (RS) Francisco Antonio Helfenstein Fonseca (SP) Gilson Soares Feitosa (BA) Glaucia Maria M. de Oliveira (RJ) Hans Fernando R. Dohmann (RJ) Humberto Villacorta Junior (RJ) Ínes Lessa (BA) Iran Castro (RS) Jarbas Jakson Dinkhuysen (SP) João Pimenta (SP) Jorge Ilha Guimarães (RS) José Antonio Franchini Ramires (SP) José Augusto Soares Barreto Filho (SE) José Carlos Nicolau (SP) José Lázaro de Andrade (SP) José Péricles Esteves (BA) Leonardo A. M. Zornoff (SP) Leopoldo Soares Piegas (SP) Lucia Campos Pellanda (RS) Luís Eduardo Rohde (RS) Luís Cláudio Lemos Correia (BA) Luiz A. Machado César (SP) Luiz Alberto Piva e Mattos (SP) Marcia Melo Barbosa (MG) Maria da Consolação Moreira (MG) Mario S. S. de Azeredo Coutinho (SC) Maurício I. Scanavacca (SP) Max Grinberg (SP) Michel Batlouni (SP) Murilo Foppa (RS) Nadine O. Clausell (RS) Orlando Campos Filho (SP) Otávio Rizzi Coelho (SP) Otoni Moreira Gomes (MG) Paulo Andrade Lotufo (SP) Paulo Cesar B. V. Jardim (GO) Paulo J. F. Tucci (SP) Paulo R. A. Caramori (RS) Paulo Roberto B. Évora (SP) Paulo Roberto S. Brofman (PR) Pedro A. Lemos (SP) Protásio Lemos da Luz (SP) Reinaldo B. Bestetti (SP) Renato A. K. Kalil (RS) Ricardo Stein (RS) Salvador Rassi (GO) Sandra da Silva Mattos (PE) Sandra Fuchs (RS) Sergio Timerman (SP) Silvio Henrique Barberato (PR) Tales de Carvalho (SC) Vera D. Aiello (SP) Walter José Gomes (SP) Weimar K. S. B. de Souza (GO) William Azem Chalela (SP) Wilson Mathias Junior (SP) Exterior Adelino F. Leite-Moreira (Portugal) Alan Maisel (Estados Unidos) Aldo P. Maggioni (Itália) Cândida Fonseca (Portugal) Fausto Pinto (Portugal) Hugo Grancelli (Argentina) James de Lemos (Estados Unidos) João A. Lima (Estados Unidos) John G. F. Cleland (Inglaterra) Maria Pilar Tornos (Espanha) Pedro Brugada (Bélgica) Peter A. McCullough (Estados Unidos) Peter Libby (Estados Unidos) Piero Anversa (Itália) Sociedade Brasileira de Cardiologia Presidente Angelo Amato V. de Paola Diretora de Pesquisa Fernanda Marciano Consolim Colombo Vice-Presidente Sergio Tavares Montenegro Editor-Chefe dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia Luiz Felipe P. Moreira Presidente-Eleito Marcus Vinícius Bolívar Malachias Diretor Financeiro Jacob Atié Assessoria Especial da Presidência Fábio Sândoli de Brito SBC/DF - Wagner Pires de Oliveira Junior SBC/ES - Marcio Augusto Silva SBC/GO - Thiago de Souza Veiga Jardim SBC/MA - Nilton Santana de Oliveira SBC/MG - Odilon Gariglio Alvarenga de Freitas Coordenadorias Adjuntas SBC/MS - Mércule Pedro Paulista Cavalcante Diretora Científica Maria da Consolação Vieira Moreira Editoria do Jornal SBC Nabil Ghorayeb e Fernando Antonio Lucchese SBC/MT - Julio César De Oliveira Diretor Administrativo Emilio Cesar Zilli Coordenadoria de Educação Continuada Estêvão Lanna Figueiredo Diretor de Qualidade Assistencial Pedro Ferreira de Albuquerque Coordenadoria de Normatizações e Diretrizes Luiz Carlos Bodanese Diretor de Comunicação Maurício Batista Nunes Diretor de Tecnologia da Informação José Carlos Moura Jorge Diretor de Relações Governamentais Luiz César Nazário Scala Diretor de Relações com Estaduais e Regionais Abrahão Afiune Neto Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular – SBC/Funcor Carlos Costa Magalhães Diretor de Departamentos Especializados - Jorge Eduardo Assef Coordenadoria de Integração Governamental Edna Maria Marques de Oliveira SBC/NNE - Jose Itamar Abreu Costa SBC/PA - Luiz Alberto Rolla Maneschy SBC/PB - Helman Campos Martins SBC/PE - Catarina Vasconcelos Cavalcanti SBC/PI - João Francisco de Sousa SBC/PR - Osni Moreira Filho Coordenadoria de Integração Regional José Luis Aziz SBC/RJ - Olga Ferreira de Souza Presidentes das Soc. 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Resumo das Comunicações XXIV CONGRESSO PERNAMBUCANO DE CARDIOLOGIA 8TH INTERNATIONAL CONGRESS OF CARDIOVASCULAR DISEASES (ICCD) RECIFE - PERNAMBUCO TEMAS LIVRES - 13/08/2015 e 14/08/2015 APRESENTAÇÃO ORAL 41073 41108 FATORES DE RISCOS NA MORTALIDADE HOSPITALAR EM MULHERES INTERNADAS COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSADA Nomogramas das saturações de oxigênio de 44647 neonatos triados para cardiopatias congênitas num estado do nordeste brasileiro. CAROLINA A MEDEIROS, SILVIA M MARTINS, CAMILA SARTESCHI, MARIA CELITA DE ALMEIDA, PAULA C OLIVEIRA, THIAGO G FREIRE, JOSE SERGIO NASCIMENTO SILVA, CARLOS EDUARDO LUCENA MONTENEGRO, SERGIO JOSE OLIVEIRA DE AZEVEDO E SILVA, SERGIO TAVARES MONTENEGRO E PAULO SERGIO RODRIGUES DE OLIVEIRA CAROLINA PAIM GOMES DE FREITAS, FELIPE ALVES MOURATO, RENATA GRIGORIO SILVA GOMES, CICERA ROCHA DOS SANTOS E SANDRA DA SILVA MATTOS GRUPO DE IC REALCOR/PROCARDIO-REAL HOSPITAL PORTUGUÊS, RECIFE, PE, BRASIL. Fundamento: A insuficiência cardíaca (IC) afeta 5 milhões de americanos, 50% são mulheres.Estudos internacionais mostram que há diferenças entre gêneros no perfil clínico e fatores de risco associados à mortalidade hospitalar. Objetivo: Avaliar os fatores de risco associados com a mortalidade hospitalar nas mulheres internadas com insuficiência cardíaca descompensada (ICD). Métodos: Foram registradas 177 pacientes mulheres internadas com ICD entre 04/2007 à 04/2015 em hospital da rede suplementar do Recife/ PE.Teste Qui-Quadrado ou Exato de Fisher para a análise univariada.Na análise multivariada foi ajustado o modelo de Regressão logística considerando todas as variáveis que apresentaram p-<0,10 na univariada. Resultados: A amostra apresentou idade média 75,4 anos (DP=12,9),predominância de etiologia isquêmica(49%) e CFIII (54%) Comorbidades presentes:HAS 90%, DM 48,5%, D.Renal 26,5%, D.Valvar 15%,IC sistólica (FE<45% ) 47%.Quanto a terapia houve uso de BBloq em 69% e IECA/BRA 73%.A mediana do t.internação foi de 10 dias e óbito hospitalar18,6%.As variáveis idade, etiologia, CF,causa de descompensação por infecção, D.Renal moderada ou grave (DRMG), D.Valvar(ant.pessoal), neoplasia, anemia,exames laboratoriais alterados na admissão(AD): sódio (<130mmol/ L),ureia (≥92mg/dL )e creatinina (>2mg/dl),uso de BBloq e IECA/BRA int, apresentaram diferença estatisticamente significante com óbito hospitalar na análise univariada e foram testadas no modelo multivariado.Os fatores de risco independente para a mortalidade hospitalar estão descritos na tabela. Conclusão: Vários fatores foram identificados como fatores de risco para a morte, entre eles presença de D.valvar, D. renal,CF IV e especialmente a idade avançada foram evidenciados como fatores de risco independentes para a mortalidade hospitalar.Entretanto o uso de Inibidor ECA/BRA mostrou-se como fator de proteção, mulheres que não usaram apresentaram chance 4 vezes maior de morte. Variáveis Idade≥65 CF IV Causa descompensação por Infecção DRMG D.Valvar IECA/BRA OR 7,8 2,8 I.C 95% OR 1,2-20,8 1,1-7,8 2,7 5,2 6,1 0,2 1,0-7,2 1,9-14,1 1,8-20,4 0,1 -0,7 p 0,031 0,044 0,047 0,001 0.004 0,008 41116 Círculo do Coração de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. Introdução: a oximetria de pulso arterial (OPA) tem sido descrita como um método de triagem para cardiopatias congênitas críticas (CCC). Porém, diferentes metodologias de triagem utilizando OPA já foram descritas. Tal variação na metodologia pode ser a principal responsável pela diferença de sensibilidade (50% a 100%) e número de falsos-positivos (0.01% a 5.6%) da triagem de CCC por OPA. Nesse contexto, a descrição dos valores normais da SatO2 obtidas por OPA em crianças triadas para CCC pode ser de grande auxílio. Alguns estudos já demonstraram que a maioria dos neonatos saudáveis evoluem com SatO2≥95% em ambos os sítios de coleta. Porém há divergências de qual dos dois apresenta maior valor. Além disso, elas podem variar de acordo com o ambiente de coleta e dos oxímetros utilizados. Até o momento, nenhum nomograma de SatO2 para triagem de CCC em regiões em desenvolvimento foi relatado. Objetivo: descrever e analisar os principais resultados dos nomogramas para saturação de oxigênio em neonatos triados para cardiopatias congênitas críticas num estado do nordeste brasileiro. Metodologia: neonatos assintomáticos com idade gestacional a partir de 34 semanas foram triados para cardiopatias congênitas pelo exame físico e oximetria de pulso arterial em 20 centros de um estado do nordeste brasileiro. Os resultados das saturações pré e pós-ductais foram comparadas entre diversos grupos com a utilização de testes não paramétricos. Resultados: um total de 44647 neonatos foram analisados. A média da saturação pré-ductal foi de 97,37% e a pós-ductal foi de 97,44%. Houve diferença estatística (p<0,001) entre as duas saturações em praticamente todos os grupos. A média da diferença entre as saturações foi de 0,062, com a grande maioria dos neonatos apresentando diferença ≤ 4%. Neonatos pré-termo tiveram saturações menores do que os nascidos a termo (p<0,001). Não houve diferenças entre nos valores das saturações entre os sexos. Conclusão: foram descritos os nomogramas das saturações de oxigênio pré e pósductal, assim como a diferença entre ambas, em 44647 neonatos. Tais nomogramas podem ser úteis na elaboração de metodologias de triagem para cardiopatias congênitas críticas no nosso meio. 41128 Ácido ascórbico previne a elevação de renina em ratos espontaneamente hipertensos Análise da produção do peptídeo natriurético atrial em ratos hipertensos (modelo L-Name) GABRIELA CASTRO GUIMARAES, RODRIGO DAUDT TENORIO, BARBARA LETICIA FIGUEIREDO FONSECA, KARINE COSTA MENEZES, DEBORA NICACIO FALCAO, KALINY DA SILVA GALVAO, MANUELA ANDRADE DE ALENCAR PEREIRA, JORGE JOSE DE CARVALHO E MILTON VIEIRA COSTA CAMILA S FERRAZ, BRUNA X BRITO, CAROLINE F LOPES, LEIDIANE S CONCEICAO, GUILHERME C I D GOMES, GABRIELA ALVES TEXEIRA, MILTON VIEIRA COSTA, JORGE JOSE DE CARVALHO E EDUARDO CALHEIROS INFORZATO DIAS GOMES CESMAC, Maceió, AL, BRASIL. Fundação Educacional Jayme de Altavila - FEJAL - CESMAC, Maceió, AL, BRASIL. Introdução: A hipertensão é um importante fator de risco para falência cardíaca e doenças coronarianas. Alguns mecanismos diretamente envolvidos nessa doença são a mudança no sistema renina-angiotensina (SRA) e o estresse oxidativo. Dessa forma, a alta expressão de renina, junto à elevada pressão sanguínea pode indicar que o SRA contribui para o quadro hipertensivo. Este estudo objetiva avaliar se o sistema reninaangiotensina contribui na indução da hipertensão neste modelo e se o tratamento com antioxidante é capaz de alterar os níveis de renina e de pressão arterial. Assim, foi realizada uma análise dos mecanismos que regulam a pressão sanguínea, de forma a averiguar a utilização do antioxidante na sua redução. Métodos: Foram utilizados ratos Wistar-Kyoto (WKY) e ratos espontaneamente hipertensos (SHR), machos, com três meses de idade. Os animais foram divididos em quatro grupos, com dez animais cada: grupos sem tratamento (WKY e SHR), que receberam placebo e grupos SHR e WKY tratados, que receberam Vitamina C (Ácido Ascórbico, 200 mg/kg Sigma-Aldrich Chemical) por sonda orogástrica. Durante o experimento, a pressão arterial foi aferida semanalmente por pletismografia da artéria da cauda. Os resultados da pressão sanguínea, da hipertrofia ventricular esquerda, e do SRA foram comparados entre tais grupos através de pletismografia, reação em cadeia polimerase (PCR) em tempo real e pela análise de Western Blot. Resultados: Os animais do grupo SHR apresentaram pressão arterial elevada, hipertrofia ventricular esquerda e aumento na produção de renina. O tratamento com vitamina C foi eficiente para reduzir a expressão de renina e, consequentemente, a hipertrofia ventricular esquerda e a hipertensão. Conclusões: Em ratos espontaneamente hipertensos, o estresse oxidativo precede a hipertensão, pois as espécies reativas de oxigênio provocaram aumento da secreção de renina e os altos níveis desta enzima podem justificar a hipertensão e a hipertrofia cardíaca. Os resultados também mostraram que o tratamento com antioxidante (vitamina C) reduziu o estresse oxidativo, normalizando a pressão arterial. Introdução: Peptídeo natriurético atrial (ANP) é uma hormônio protéico (polipeptídeo) produzido, armazenado e liberado pelas células musculares das câmaras superiores (átrios) do coração (miócitos atriais) em resposta ao estiramento atrial induzido por hipervolemia ou aumento da pressão arterial. A principal função do ANP é reduzir sódio e água do organismo, e como consequência diminuir a pressão arterial sanguínea. A produção de ANP foi vinculada inicialmente a distensão atrial, ou associada aos níveis elevados de Angiotensina II. A ligação entre o estiramento do cardiomiócito e o aumento da secreção de ANP ainda é pouco clara. Por isso é importante a avaliação do comportamento do ANP no quadro de hipertensão, visto que sua função é fundamentalmente reduzir a pressão arterial. O trabalho teve como intuito avaliar a expressão do ANP em ratos hipertensos e identificar as alterações (ultra)estruturais no cardiomiócito desses animais pelas técnicas de Microscopia Confocal a Laser 3D, Microscopia Eletrônica de Transmissão e Western Blot (WT). Métodos: Foram utilizados 20 ratos machos da linhagem Wistar com 3 meses de idade, separados aleatoriamente em dois grupos (n=10, cada), sendo um controle e um experimental, que recebeu L-NAME, 40 mg/Kg/dia, substância utilizada com o objetivo de induzir hipertensão arterial sistêmica dose-dependente. Na eutanásia, foi extraído o coração, fixado e processado para as técnicas de microscopia de luz, microscopia eletrônica de transmissão e western blot a fim de analisar a expressão de ANP. Os dados foram testados quanto à normalidade da distribuição e homocedasticidade das variâncias e analisados por one-way ANOVA com pós-teste de Tukey. Resultados: No grupo hipertenso, a pressão arterial aumentou 40% ao fim da quinta semana do experimento. Na microscopia de luz a presença de ANP ficou bem caracteriza na aurícula atrial direita. No microscopia eletrônica de transmissão notou-se uma nítida concentração de grânulos de ANP nos cardiomiócitos da aurícula direita nos animais hipertensos. No Western blot foi verificado um aumento da expressão de ANP nos animais do grupo hipertenso. Conclusão: Os resultados dos testes utilizados no experimento verificaram uma maior expressão de ANP no grupo hipertenso quando comparado ao controle, o que sugere que o ANP estabelece um mecanismo compensatório nesse modelo de hipertensão. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 1 Resumos Temas Livres 41136 Relação das modificações no Perfil lipídico/lipoprotéico e do Risco Cardiovascular Aterosclerótico com a obesidade abdominal em Indivíduos Hipertensos no Estado de Pernambuco. RENATO FELIX AMORIM BEZERRA Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, PE, BRASIL. Introdução: a adiposidade localizada principalmente na região abdominal contribui para o aumento das concentrações circulantes dos lipídios e lipoproteínas gerando um maior risco de doença cardiovascular aterosclerótica, hipertensão arterial e dislipidemias. Fundamentos: pesquisar a relação entre obesidade abdominal e dislipidemias em indivíduos hipertensos no Estado de Pernambuco. Metodologia: estudo transversal, no qual foram escolhidos randomicamente 486 indivíduos hipertensos do Estado de Pernambuco, com idade superior a 18 anos e de ambos os sexos, sob assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido e aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa. Hipertensão foi avaliada segundo o VIII Comitê Nacional sobre Hipertensão e obesidade abdominal foi investigada por meio do Índice de Cintura/ Quadril (ICQ), conforme a Organização Mundial de Saúde, surgindo dois grupos – um de hipertensos com e outro sem obesidade abdominal. Amostras sanguíneas em jejum foram obtidas e houve a quantificação bioquímica dos níveis séricos de Colesterol Total (CT), HDL-colesterol e de Triglicerídeos, por métodos enzimáticos, e de VLDLcolesterol e LDL-colesterol, através da equação de Friedewald. Foram construídos índices lipídicos de risco cardiovascular aterosclerótico (RCVA), CT/HDL-colesterol e LDL-colesterol/HDL-colesterol. Teste t desemparelhado de Student (p<0,05) foi utilizado para análise dos dados. Resultados: Obesidade abdominal esteve presente em 79,6% dos hipertensos, os quais apresentaram significativamente maiores valores de CT, LDL-colesterol, VLDL-colesterol, Triglicerídeos, bem como dos índices lipídicos de RCVA, quando comparados a hipertensos sem obesidade. Os valores de pressão arterial sistólica (PAS) bem como da diastólica (PAD) também foram maiores nos hipertensos com obesidade abdominal comparados com os valores dos hipertensos não obesos (PAS = 151,2 ± 1,1mmHg vs 140,5 ± 2mmHg; e PAD = 98,2 ± 0,6 vs 94,2 ± 1mmHg). Não foi encontrada diferença significativa entre os níveis de HDL-colesterol dos grupos. Conclusão: cerca de 80% desses indivíduos apresentaram obesidade abdominal, evidenciando uma epidemia em hipertensos no Estado de Pernambuco. A adiposidade abdominal influenciou significativamente alterações no perfil lipídico/ lipoprotéico dos hipertensos, incluindo altos Índices lipídicos de RCVA. Mostrando a importância de se desenvolver ações de saúde pública destinadas à prevenção e controle das alterações causadas pela obesidade abdominal. 41153 A detecção da resistência à insulina através da razão triglicerídios/HDLcolesterol ≥ 3 , em indivíduos que reportaram algum tipo de cardiovasculopatia RENATO FELIX AMORIM BEZERRA, BIANKA SANTANA DOS SANTOS, MATHEUS SOARES DE ARAUJO, RAYSSA BATISTA DA SILVA, ROSANA SILVA BATISTA, BARBARA ALVES DE MOURA, CAROLINE BEZERRA TRAJANO DOS SANTOS E HEULLYS FERNANDO DA SILVA Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, PE, BRASIL. RESUMO Pesquisa Original Introdução: Estudos recentes sugerem que a razão Triglicerídios (TG)/HDL-colesterol (HDL-c) ≥ 3 pode ser utilizada como indicador de resistência à insulina (RI) , além de ser indicativo de risco para doenças cardiovasculares (DCV). Isto se fundamenta no fato de que estes são os principais lipídios relacionados com RI. No entanto, estudos têm apresentado resultados inconsistentes sobre o uso desta razão para diagnosticar RI. Objetivo: Investigar o efeito da razão TG/HDL-c sobre a detecção de RI em indivíduos que reportaram algum tipo de DCV. Metodologia: 437 indivíduos, de Pernambuco, participaram da pesquisa, após aprovação por Comitê de Ética. Mediante jejum de 12h, amostras sanguíneas foram cedidas para a determinação bioquímica dos níveis séricos de TG e de HDL-c, através de metodologia enzimática, para a obtenção da razão TG/HDL-c. RI foi acessada pelo modelo matemático de homeostasia (HOMA RI). Para tanto, foram mensurados os níveis plasmáticos de Glicose (glicose oxidase) e de Insulina (MEIA –imunoensaio enzimático por micropartículas). Testes do c2, Correlação de Pearson, Razão de Verossimilhança e Razão da Taxa de Prevalência foram efetuados para a análise dos dados (p<0,05). Resultados: Houve uma correlação positiva e significativa entre os valores de TG/HDL-c e HOMA RI (r = 0.186; p<0.0001). RI foi encontrada em 54 indivíduos, quando HOMA RI foi utilizado, dos quais 39 também apresentaram TG/HDL-c ³ 3; enquanto que 149 indivíduos foram considerados falso-positivos em um total de 383 sem RI (p < 0.0001). A razão de verossimilhança de TG/HDL-c ³ 3 foi considerada baixa tanto para confirmar como para excluir RI (LR(+) = 1,85; LR(-) = 0,46). A razão da taxa de prevalência (TG/HDL-c ³ 3 / TG/HDL-c < 3) foi 3,5 vezes maior no grupo com RI. Conclusão: Esses resultados demonstram ainda um efeito mínimo da razão TG/HDL-c como método de diagnóstico de RI, corroborando com o encontrado em outras populações. Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FACEPE. 41261 Impact of telemedicine in the screening for congenital heart disease in Northeast Brazil. Relação entre hábito de fumar cigarro e aumento dos índices lipídicos próaterotrombóticos em mulheres no início da fase adulta jovem (20 a 24 anos) JULIANA SOUSA SOARES DE ARAÚJO, CLAUDIO TEIXEIRA REGIS, RENATA GRIGORIO SILVA GOMES, FELIPE ALVES MOURATO E SANDRA DA SILVA MATTOS PALOMA LOPES MELO, BIANKA SANTANA DOS SANTOS, CAIQUE SILVEIRA MARTINS DA FONSECA, VICTOR PEREIRA DE OLIVEIRA ROCHA, TIAGO FERREIRA DA SILVA ARAÚJO, JULLIANA MARIA DOS SANTOS, GABRIEL CAVALCANTI SANTOS CARNEIRO, LIVIA MELO DE OLIVEIRA, FELIPE ALMEIDA GONCALVES E KELLY RAYANE PAIVA CARVALHO Círculo do Coração de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. Introduction: Congenital heart disease (CHD) is an important cause of morbidity and mortality amongst newborns and it is considered a public health issue. Paraíba is a state located in the Northeast of Brazil. Its population nears 4 million inhabitants and it presents high rates of genetically mediated diseases, many of cardiac origin. However, a previous work documented a lower incidence of CHD in Paraíba when compared to the World’s reported one. However, the same study highlighted the importance of establishing a more effective screening process to detect children with CHD in the region. In 2012, a screnning program for CHD was established in the state of Paraíba as part of a pediatric cardiology Network of services. With this approach, a better analysis of the real incidence of congenital heart diseases in the state of Paraíba, over the last three years, was possible. So, the objective of this paper is to describe the incidence of congenital heart disease before and after the establishment a telemedicine screening program,in a State from Northeast Brazil. Methods: This is a descriptive study, retrospective and comparative based on the institutional data from a reference center in perinatology in a period of 15 years. Institutional data were collected from a 15-year period (2001-2014). Data were divided into two periods: prior to (2001-2011), and after (2012-2014) the establishment of a telemedicine screening program. Results from the presence or absence and type of heart disease, gender, gestational age at birth, hometown, birth weight as well as physical examination, pulse oximetry and echocardiography were compared. Results: After the implementation of the screening process, almost all kinds of heart disease showed a significant increase in their incidence (p<0.05). With this, the incidence of major heart diseases approached those specified in developed regions. Conclusion: the implementation of a screening process model for congenital heart diseases based on pulse oximetry, cardiovascular physical examination, screening echocardiography and the support of specialists via telemedicine can change the context of patients with congenital heart diseases in poor regions. 2 41138 Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, PE, BRASIL. Introdução: O hábito de fumar cigarro é um dos principais fatores de risco cardiovascular, porém sua prevalência continua alta, especialmente, em mulheres jovens, que podem vir a ter alterações em seu metabolismo lipídico condizentes com uma maior chance de ter doença arterial coronariana, na época da menopausa. Porém, pouco se tem investigado sobre os danos causados pelo cigarro ainda na fase inicial da vida adulta. Assim, o presente estudo objetivou investigar a influência do hábito de fumar cigarro sobre índices lipídicos pró-aterotrombóticos em 800 mulheres de Recife-PE, de 20 a 24 anos de idade, sem relatos prévios de diagnóstico de doenças metabólicas, em comparação com 800 mulheres, de mesma faixa etária, que nunca fumaram. Métodos: Amostras sanguíneas foram colhidas após jejum de 12 h, por punção venosa, após aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa, para investigação dos seguintes índices lipídicos pró-aterotrombóticos: Razão Triglicerídios/HDLcolesterol, Colesterol Total/HDL-colesterol, também denominada de Índice de Castelli I, Razão LDL-colesterol/HDL-colesterol, denominada de Índice de Castelli II, e Razão Apolipoproteína B/ Apolipoproteína A-I. Para tanto, níveis séricos de Colesterol Total, Triglicerídios e HDL-colesterol foram determinados por metodologias enzimáticas; de LDL-colesterol, através da equação de Friedewald; e das Apolipoproteínas B e A-I, por imunoturbidimetria. Testes t de Student desemparelhado e de Regressão Logística foram analisados (p<0,05). Glicemia, valores pressóricos e antropométricos, sedentarismo e etilismo também foram avaliados por serem possíveis variáveis de confusão. Resultados: Os valores da razão Triglicerídio/HDL-colesterol, Colesterol Total/HDL-colesterol, LDL-colesterol/HDL-colesterol e Apolipoproteína B/A-I foram significativamente maiores nas jovens mulheres fumantes, em comparação às que nunca fumaram. Verificou-se que a prevalência de pelo menos um desses índices próaterotrombóticos estarem acima dos valores considerados normais esteve aumentada em 4,5 vezes nessas jovens mulheres. Conclusões: Este estudo demonstra que o hábito de fumar cigarro já se encontra relacionado com aumento dos índices lipídicos pró-aterotrombóticos, mesmo em mulheres jovens, com apenas 20 a 24 anos, mostrando que o tabagismo necessita ser combatido desde as idades mais precoces. Resumos Temas Livres 41264 41265 Investigação do fenótipo cintura hipertrigliceridêmica, hiperuricemia e risco de morte por evento cardiovascular em dez anos em homens não diabéticos do nordeste do Brasil Valores de troponina em pacientes com Insuficiência Cardíaca Descompensada ou Síndrome Coronariana Aguda sem Supradesnível do Segmento ST: existe um ponto de corte discriminatório? ABDIAS PEREIRA DINIZ NETO, TIAGO FERREIRA DA SILVA ARAÚJO, MATHEUS RIBEIRO BARROS CORREIA, RAYSSA BATISTA DA SILVA, HEULLYS FERNANDO DA SILVA, JEFFERSON BEZERRA GOMES, JOSE IGOR DA SILVA BATISTA, MATHEUS SOARES DE ARAUJO, BETH AGUIDA SILVA PIRES E BIANKA SANTANA DOS SANTOS JOSE SERGIO NASCIMENTO SILVA, SILVIA M MARTINS, CAMILA SARTESCHI, CAROLINA A MEDEIROS, MARIA CELITA DE ALMEIDA, THIAGO GABRIEL FREIRE, SERGIO JOSE OLIVEIRA DE AZEVEDO E SILVA, ROBERTA DE MATOS CARVALHO ARAJO, ANDRE R LAFAYETTE, SERGIO TAVARES MONTENEGRO E PAULO SERGIO RODRIGUES DE OLIVEIRA Universidade Federal de Pernambuco - CAA, Caruaru, PE, BRASIL - Universidade Federal de Pernambuco - CCS, Recife, PE, BRASIL. Grupo de IC REALCOR/PROCARDIO - Real Hospital Português, Recife, PE, BRASIL. Introdução: Excesso de gordura abdominal e hipertrigliceridemia constituem o fenótipo Cintura Hipertrigliceridêmica (CHTG), que pode ocasionar alterações metabólicas consideradas fatores de risco cardiovascular. Uma dessas é a hiperuricemia, mas pouco se tem reportado sobre os efeitos deste fenótipo. Assim, este estudo é um trabalho inédito que objetivou investigar a relação entre CHTG e hiperuricemia e analisar a influência de hiperuricemia sobre o risco de morte por evento cardiovascular em 10 anos, estimado pelo Escore de Risco de Framingham (ERF), em 3.620 homens, não diabéticos, do Nordeste do Brasil. Também se propôs a identificar pontos de corte específicos, nesta população, para valores de circunferência da cintura e de triglicerídios relacionados à presença da hiperuricemia. Métodos: Níveis séricos de ácido úrico e de triglicerídios foram determinados enzimaticamente. O fenótipo CHTG foi definido quando circunferência da cintura ≥ 90cm e triglicerídios ≥ 2.0mmol/L e também conforme pontos de corte específicos determinados através de Curvas ROC (Receiver Operating Characteristics). Testes de regressão logística com Razões de Chance e de Correlação foram realizados (p<0,05). Perfil lipídico, glicemia, insulinemia, idade, níveis pressóricos e tabagismo foram acessados, para a composição do ERF e/ou para serem ajustados quando variáveis de confusão. Resultados: Foi encontrada uma prevalência de 11% para hiperuricemia e 22% para CHTG. As curvas ROC mostraram que os melhores valores de circunferência da cintura e de triglicerídios foram, respectivamente, de 91cm e de 1,73mmol/L, para identificar hiperuricemia, a qual demonstrou uma razão de chance de 3,5 vezes para um alto ERF. CHTG apresentou uma razão de chance de 4,3 vezes para hiperuricemia, quando usados os pontos de corte não específicos, e de 7,3 vezes, quando aplicados os do estudo. Níveis de ácido úrico de voluntários com ERF>20% correlacionaram-se positivamente com os valores de triglicerídios e de circunferência da cintura.. Conclusões: Portanto, estas desordens metabólicas apresentam uma importante relação fisiopatológica com hiperuricemia em homens não diabéticos do Nordeste do Brasil, que, por sua vez, elevou em 3,5 vezes a chance de um elevado risco de morte por evento cardiovascular em dez anos, estimado pelo ERF, nesta população. Palavras-Chave: Fenótipo Cintura Hipertrigliceridêmica, Hiperuricemia, Risco de Morte Cardiovascular. Apoio Financeiro: CNPq, CAPES e FACEPE. FUNDAMENTO: O aumento da troponina compõe o diagnóstico de IAM e o seu papel na Insuficiência Cardíaca Descompensada (ICD), como marcador de pior prognóstico, está bem estabelecido. Entretanto, com a maior disponibilidade da Troponina (Tn), alterações dos valores com quadros atípicos confundem na prática clínica. OBJETIVO: Avaliar os valores de Tn em pacientes com ICD em comparação com pacientes admitidos com Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do segmento ST (IAMSST). MÉTODO: Estudo transversal com avaliação da Tn à admissão em 570 pacientes internados entre 04/2007 a 04/2015, em hospital da rede suplementar do Recife/PE, sendo 320 (56%) IAMSST e 250 (44%) ICD. Para encontrar ponto de corte da Tn da admissão para a discriminação entre IAMSST e ICD foi utilizada a metodologia de Curva ROC (Receiver Operating Characteristic Curve). RESULTADOS: A amostra apresentou idade média de 69 anos (variando 17 a 97), composta em sua maioria por homens (61%), hipertensos (83%) e diabéticos (54%). No grupo com IAMSST a mediana de Tn foi de 2,4 enquanto que no grupo com ICD foi 0,2. A mortalidade intra-hospitalar geral foi de 7,4%. A Tn conseguiu discriminar bem os pacientes com IAMSST em relação aos indivíduos com ICD, o ponto de corte que maximizou a curva foi 1,21 (Valores de Tn ≥ 1,21 indicam que o paciente é IAMSST), com sensibilidade de 0,994 e especificidade de 0,884 (vide gráfico abaixo). CONCLUSÃO: A curva ROC foi capaz de discriminar entre IAMSST e ICD. Além disso, mesmo sem haver obstrução coronariana significativa e IAMSST, a ICD pode promover isquemia miocárdica por hipofluxo coronariano. Portanto, mais do que o valor de troponina, a apresentação e história clínicas devem ser a maior diretriz para a condução do paciente. 41290 41295 Estudo preliminar de polimorfismos no gene do neuropeptídeo Y na síndrome coronariana aguda FABIA C S SOARES, VIVIANE D C V CARVALHO, LILÍAN C A SILVA, ROBERTO P WERKHAUSER, SERGIO T MONTENEGRO, MARIA C ALMEIDA, EDUARDO H G RODRIGUES, CLARICE N L MORAES E SÍLVIA M L MONTENEGRO Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães- Fundação Oswaldo Cruz, Recife, PE, BRASIL - Real Hospital de Beneficiência de Pernambuco - RHP, Recife, PE, BRASIL. Introdução: Estudos indicam que os sistemas nervoso e imunológico estão envolvidos em uma via bidirecional e uma dessas comunicações ocorre entre neuropeptídeos e citocinas. Além disso, o Neuropeptídeo Y (NPY) é encontrado nas terminações do nervo simpático cardíaco promovendo crescimento celular, tais como, angiogênese e arteriogênese. Dessa maneira, o NPY pode influenciar a função cardíaca, exercendo papel importante na manutenção da homeostase e, qualquer alteração na sua sinalização tem sido associada a disfunções cardiovasculares.Estudos recentes vêm demonstrando que polimorfismos de um único nucleotídeo (SNP) em certas regiões gênicas de NPYestãoassociados às doenças cardíacas, de acordo com a população estudada.Diante disso, o objetivo desse estudo éavaliar a associação entre polimorfismos genéticos e a síndrome coronariana aguda (SCA).Metodologia: O estudo está sendo realizado com 200 pacientes internados com SCA no Real Hospital Português (RHP), situado em Recife–PE, no período de 2014 até 2018. O grupo controle está sendo formado por pacientes internados no RHP sem SCA (n = 200).A determinação das frequências dos SNPs(Leu7Pro/rs16139, Ala28Ala/ rs5572 e Ser50Ser/rs9785023/rs5573) no gene NPY foi realizada através da Reação em Cadeia da Polimerase, com posteriorsequenciamento de DNA. Os resultados preliminares foram analisados estatisticamente através do teste do G de Williams, utilizando o programa BioEstat 5.0 e considerando significativo para valor de p< 0,05. Resultados:Os resultados parciais demonstram quenão houve associação entre os polimorfismos Leu7Pro e Ala28Alae a SCA. Para Ser50Ser,a maioria dos pacientes possui o genótipo heterozigoto AG (45,2%), seguido do homozigoto mutante AA (41,9%) e por fim os homozigotos selvagens GG (12,9%).Já nos indivíduos controles, a maioria apresenta o genótipo GG (52,9%), seguido pelo AG (41,2%) e por último o AA (5,9%). Com o valor de p=0,007, mostrou-se que há uma associação entre o Ser50Ser e a SCA.Conclusões:Nesses resultados preliminares observa-se que existe diferença significativa entre o grupo de pacientes e o de controles (p< 0,05), em relação ao polimorfismo Ser50Ser, sugerindo que este polimorfismo parece influenciar o desenvolvimento da SCA. Será realizado um aumento do tamanho amostral para confirmação dos dados. Associação de exames laboratoriais com desfechos de morte e complicações hospitalares em pacientes internados com Insuficiência Cardíaca Descompensada em um hospital terciário de Recife-PE THIAGO GABRIEL FREIRE, SILVIA MARINHO MARTINS, CAMILA SARTESCHI, CAROLINA DE ARAUJO MEDEIROS, MARIA CELITA DE ALMEIDA, JOSE SERGIO NASCIMENTO SILVA, PAULA CORREIA OLIVEIRA, CARLOS EDUARDO LUCENA MONTENEGRO, ANDRE REBELO LAFAYETTE, SERGIO TAVARES MONTENEGRO E PAULO SERGIO RODRIGUES DE OLIVEIRA Grupo de IC REALCOR/PROCARDIO - Real Hospital Português, Recife, PE, BRASIL. FUNDAMENTO: Pacientes com Insuficiência Cardíaca Descompensada (ICD) possuem elevada mortalidade hospitalar. A identificação de fatores prognósticos propicia melhor entendimento dos aspectos fisiopatológicos da doença e condução terapêutica mais adequada. Resultados de exames laboratoriais são ferramentas úteis como preditores de mortalidade hospitalar nesses pacientes. OBJETIVO: Associar desfechos de óbito e complicações hospitalares com exames laboratoriais admissionais de pacientes internados por ICD em um hospital terciário de RecifePe. MÉTODO: Foram registrados 360 pacientes internados com ICD entre 04/2007 a 12/2012 em hospital da rede suplementar do Recife/PE. Para a comparação dos exames laboratoriais da admissão em relação a mortalidade hospitalar e a complicações (necessidade de Diálise, Arritmia Ventricular, Infecção, TEP, Choque Cardiogênico) no internamento foi aplicado o teste t-Student para as variáveis com distribuição normal (HB e Ht) e o teste não paramétrico de Mann-Whitney (Sódio, Ureia, Creatinina, Potássio, VCM, HCM, CHCM, Linfoc, Glicemia, BNP, Troponina e CKMB). RESULTADOS: A idade média foi de 73 anos (DP=13), predominância do sexo masculino (59%), HAS (86%), DM (49%), etiologia isquêmica (56%) e FEVE<45% (60%). A mortalidade intra-hospitalar foi de 11%, e esteve associada com níveis menores de Hb/Ht (p=0,001) e alteração de Ureia (p<0,001) e Creatinina (p=0,28). A incidência de complicações foi de 35%, e esteve associada a alterações de Troponina (p<0,001), Uréia (p=0,005) e Creatinina (p=0,022) e níveis baixos de Hb/Ht (p<0,001) e de Sódio(p=0,014). CONCLUSÃO: Os exames de Hb/Ht, Ureia e Creatinina colhidos na admissão foram relacionados à maior taxa de morte e complicações em pacientes internados com ICD. A Troponina e a natremia não foram associados com a mortalidade, apesar de mostrarem correlação com complicações. O conhecimento do valor prognóstico desses exames pode ser capaz de estratificar grupos de risco, atuando como mais uma ferramenta de fácil e baixo custo, podendo orientar, assim, a condução mais apropriada a partir da gravidade entre pacientes com ICD. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 3 Resumos Temas Livres 41302 4 41485 Implante de stent no canal arterial como paliaçao inicial em cardiopatias canaldependentes: Resultado inicial e seguimento Ecocardiografia de estresse físico em pacientes com valvopatias mitral e aórtica JULIANA RODRIGUES NEVES, FABRICIO LEITE PEREIRA, CLEUSA CAVALCANTI LAPA SANTOS, JESSICA AZEVEDO MELO MARINHO, WYNDIRA MARHALLE SIMIAO NUNES VENANCIO, TEREZA ARREAS DE ALENCAR PINHEIRO, ADRIANA M. SOUSA QUARESMA, MARIA CRISTINA VENTURA RIBEIRO, FABIANA GOMES ARAGÃO, CATARINA VASCONCELOS CAVALCANTI E RAUL ARRIETA CARLOS ANTONIO DA MOTA SILVEIRA, JOSE MARIA DEL CASTILLO, EUGENIO SOARES DE ALBUQUERQUE, DIANA PATRÍCIA LAMPREA SEPÚLVEDA, MARCIA MACHADO DE MELO MORENO, CATARINA VASCONCELOS CAVALCANTI, MICHAEL VITOR DA SILVA, RENATO DE AMORIM GUEDES, CLODOVAL DE BARROS PEREIRA JÚNIOR E MARDSON ARAUJO MEDEIROS IMIP - Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueir, REcife, PE, BRASIL PROCAPE, Recife, PE, BRASIL. Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Prof Luiz Tavares, Recife, PE, BRASIL. IMIP - Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueir, REcife, PE, BRASIL - PROCAPE, Recife, PE, BRASIL. Em cardiopatias de canal-dependentes o implante de stent é alternativa à paliação cirúrgica, devido a sua menor morbidade e risco de complicações. Este estudo se propõe a analisar a segurança do implante de stents no canal arterial, suas complicações em curto e médio prazo. MÉTODO Análise retrospectiva de prontuários, registros do laboratório de hemodinâmica em 79 casos de implante de stent no canal arterial (CA) como paliação inicial realizados por única equipe de intervenção em cardiopatias congênitas no período de abril de 2007 a maio de 2015. O seguimento se deu até a abordagem cirúrgica definitiva ou paliativa. RESULTADOS A média de idade foi 94,9 dias (DP 198,2) e a mediana de 19,5 dias no momento do procedimento. A média de peso de 3,5 kg (DP 1,73). 20% dos pacientes apresentam alguma outra doença associada, sendo prematuridade a mais frequente (7,1%) e 74,6% encontravam-se em suporte de UTI. Os diagnósticos identificados foram: transposição das grandes artérias (6,6%), atresia pulmonar ou estenose pulmonar crítica (35,5%), atresia pulmonar com CIV ou Fallot extremo (34,2%), coração univentricular (23,7%). O sucesso foi obtido em 92% dos procedimentos. Houve incremento na média do diâmetro do CA de 1,92mm para 3,68mm - (p<0,01) e da saturação de O2 de 62% para 83%. 51% dos pacientes apresentavam hipoplasia de artérias pulmonares. Complicações relacionadas ao stent ocorreram em 23,3% e foram elas: oclusão aguda (5,5%), migração do stent (5,5%) e obstrução de uma das artérias pulmonares (11%). A doença mais relacionadas a complicações foi atresia pulmonar com CIV e houve maior incidência de complicações com artérias pulmonares hipoplásicas (75%), sem significância estatística (p=0,06). A mortalidade relacionada ao procedimento foi de 2,6% e ocorreu por obstrução aguda do stent/CA em todos os casos. A mortalidade entre os procedimentos foi de 23,6%, ocorreram com seguimento médio de meses e foram possivelmente relacionadas ao stent em 7,8%. No seguimento (xx meses a xx anos) 14% dos pacientes foram submetidos a redilatação do stent e 34,3% foram submetidos a reparos cirúrgicos: Cirurgia de Glenn (4,3%), shunt sistêmico-pulmonar (14,3%) e reparo biventricular (8,6%). A média e mediana do intervalo livre de reintervenção foi de 11, 9 e 7,7 meses, respectivamente. CONCLUSÃO O implante de stent no canal arterial é alternativa à paliação cirúrgica inicial na maioria dos pacientes, porém atenção deve ser dada ao grau de hipoplasia de artérias pulmonares.. Introdução: A ecocardiografia de esforço em pacientes com valvopatias permite avaliar a desproporção entre sintomas e repercussão hemodinâmica e estratificar o risco dos pacientes para decisão de tratamento clínico, cirúrgico ou intervencionista, assim como para analisar a reserva contrátil do miocárdio. Objetivo: Avaliar a resposta dos dados ecocardiográficos ao exercício físico em pacientes portadores de valvopatia mitral e aórtica. Material e métodos: Foram estudados com ecocardiografia de esforço físico (esteira ergométrica) 30 pacientes portadores de valvopatia, 19 mitral (10 estenoses predominantes e 9 insuficiências predominantes) e 11 aórtica (4 estenoses predominantes e 7 insuficiências predominantes), 53% do sexo feminino, média etária 46±10 anos. Com ecocardiografia convencional foram determinadas as dimensões do VE, AE e AO, fluxo mitral, Doppler tecidual, relação E/E’, fração de ejeção e pressão pulmonar. Os exames foram realizados antes e imediatamente após esforço físico em esteira ergométrica, protocolo de Bruce, sendo critérios de interrupção: cansaço físico, estertores pulmonares, agravamento dos sintomas ou frequência cardíaca máxima. Resultados: Pacientes com valvopatia mitral apresentaram SC menor que com valvopatia aórtica (1,63±0,18 m² e 1,92±0,22 m²). A pressão pulmonar foi maior na valvopatia mitral em repouso (43,4±7,9 mmHg vs 29,0±6,2 mmHg) e após o esforço (64,1±22,7 mmHg vs 35,0±16,3 mmHg). O gradiente mitral médio em repouso foi 12,2±3,1 mmHg e após esforço 17,5±3,3 mmHg e a área valvar 1,13±0,2 cm² em repouso e 1,21±0,9 cm² após esforço. O gradiente aórtico médio em repouso foi 34±12 mmHg e após esforço 45±16 mmHg e a área variou de 1,01±0,8 cm² para 1,03±0,9 cm². A função ventricular melhorou em 17 pacientes com valvopatia mitral (89%) e em 8 pacientes com valvopatia aórtica (73%) sendo considerada boa reserva contrátil. Conclusão: A utilização do esforço físico em pacientes com valvopatia mitral e aórtica permite determinar a reserva contrátil, dado de importância na decisão terapêutica, assim como detectar HP ao esforço, muitas vezes maior causa dos sintomas. A variação de áreas e gradientes valvares é também importante na estratificação destes pacientes. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 TEMAS LIVRES - 13/08/2015 APRESENTAÇÃO PÔSTERES 40941 Eficácia do acompanhamento do programa hiperdia no controle pressórico VITORIA HADASSA GOMES BARBOSA GONCALVES, JULIANA DE MELO BORGES, JANAINA VIEIRA DA SILVA CHAGAS, KAROLAYNE VIEIRA DE SOUZA, EDSON DIAZ BARBOSA NETO, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, . THIAGO JOSÉ ALBUQUERQUE SANDES, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO, EDUARDO TAVARES GOMES E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças (FENSG), Recife, PE, BRASIL. Introdução: Para a ampliação do espaço de educação, orientação e acompanhamento dos pacientes hipertensos na Estratégia de Saúde da Família, o HIPERDIA foi criado por meio Portaria nº 371/GM, em 4 de março de 2002, mediante um Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, o qual estabeleceu metas e diretrizes para ampliar ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e controle dessas doenças, mediante a reorganização do trabalho de atenção à saúde. Objetivo: comparar os níveis pressóricos de pacientes hipertensos em acompanhamento pelo Programa HIPERDIA da Estratégia de Saúde da Família do munícipio de Recife-PE, em relação a uma amostra da população local sem acompanhamento. Método: Estudo transversal, descritivo, de abordagem quantitativa, realizado com um grupo de 135 pacientes hipertensos do Programa HIPERDIA e 196 pacientes sem obrigatoriedade do vínculo com uma unidade de saúde ou diagnóstico prévio de hipertensão arterial como grupo controle. O presente projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa sob CAAE: 01650112.8.0000.5192. Resultados: Os pacientes em acompanhamento apresentaram-se como controlados (73,3%) e com médias de pressão arterial diastólica e sistólica menores que o grupo controle (p<0,001; p=0,011), com média de peso e IMC significativamente mais baixos (p=0,014; p<0,001). Os níveis pressóricos do grupo controle mostram-se também significativamente maiores, podendo considerar-se o grupo não-controlado, com média na faixa do primeiro estágio da hipertensão (PAS=143,06±22,8mmHg, p<0,001; PAD=84,07±15,55mmHg, p=0,011). Conclusão: Os resultados ressaltam a importância do programa e a necessidade de estratégias para melhorar o diagnóstico na população em geral. 41030 Resumos Temas Livres 41029 PERCEPÇÃO DOS CUIDADORES SOB OS DIAGNÓSTICOS, COMPROMETIMENTOS E RESPONSABILIDADES DAS CRIANÇAS COM CARDIOPATIA CONGÊNITA NO PRÉ-OPERATÓRIO SARA LARISSA DE MELO ARAÚJO, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, . THIAGO JOSÉ ALBUQUERQUE SANDES, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO, EDUARDO TAVARES GOMES, MONIQUE OLIVEIRA DO NASCIMENTO, RAISA JOANA MARIA DA SILVA, TAMYRES MILLENA FERREIRA, ROSSANA LEITÃO VIANA E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: A cardiopatia congênita é um termo genérico utilizado para descrever anormalidades do coração e dos grandes vasos presentes ao nascimento. As cardiopatias congênitas compreende um importante problema de saúde pública nos Estados Unidos e em outros países industrializados, como o Brasil, sendo que as cirurgias para a correção dos defeitos cardíacos congênitos marcam um dos triunfos médicos de impacto significativo nos últimos 50 anos. OBJETIVO: Descrever a percepção dos cuidadores sob os diagnósticos, comprometimentos e reponsabilidades das crianças com cardiopatia congênita no pré-operatório de cirurgia cardíaca. METODOLOGIA: Estudo do tipo grupo intervencionista, realizada em um hospital de referência de Pernambuco, no período de junho a setembro de 2014. Participaram do estudo 32 cuidadores/responsáveis de crianças com cardiopatia congênita. RESULTADOS: Identificou-se que metade dos participantes sabia informar o nome do diagnóstico da criança cardiopata e 78% informavam corretamente o motivo da internação. Além disso, 87,5% dos cuidadores tinham consciência do problema de saúde e da responsabilidade do cuidado da criança, 56,3% sentiam-se sozinhos e sobrecarregados das responsabilidades do cuidado, 56,3% tinham percepção do comprometimento do crescimento e desenvolvimento da criança e apenas 37,5% apresentavam dificuldade para cuidar da criança. CONCLUSÃO: É necessário fornecer informações relacionadas às cardiopatias sofridas pelas crianças, bem como às ações de saúde incluídas antes, durante e posteriormente a cirurgia cardíaca, de modo que se tornasse possível o esclarecimento das principais dúvidas, visando à estratégia de promoção da saúde desses cuidadores. 41033 Anticoagulação oral: impacto no conhecimento terapêutico Avaliação da ansiedade perante a cirurgia cardíaca MICHELLANE DE MIRANDA PONTES, ANDREY V QUEIROGA, ANDREZA D C A PORTO, CAMILA T AMORIM, THAISA R FIGUEIREDO, VITORIA H G B GONCALVES, EDUARDO T GOMES, MONIQUE O D NASCIMENTO E SIMONE M M S BEZERRA ANDREZA DO CARMO ALBUQUERQUE PORTO, KARYNE KIRLEY NEGROMONTE GONCALVES, JADIANE INGRID DA SILVA, JULIANA DE MELO BORGES, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO, EDUARDO TAVARES GOMES, SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA, JANAINA VIEIRA DA SILVA CHAGAS E KAROLAYNE VIEIRA DE SOUZA Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças - FENSG, Recife, PE, BRASIL. Introdução: A efetividade da terapia de anticoagulação oral está condicionada a fatores como controle do tempo de protrombina, expresso pela Razão Normatizada Internacional (RNI), adesão terapêutica e conhecimento sobre o tratamento. Objetivo: avaliar o impacto das intervenções educativas no conhecimento dos pacientes sobre a terapia com anticoagulantes orais. Métodos: estudo transversal, com 139 indivíduos acompanhados no ambulatório de anticoagulação oral do Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco. Os sujeitos receberam orientações contínuas sobre a medicação e os fatores que afetam o sucesso do tratamento. Os dados foram coletados entre agosto de 2014 e fevereiro de 2015, por instrumento específico de 10 questões. Foram atribuídas pontuações às respostas, posteriormente classificadas como conhecimento insuficiente, conhecimento regular e conhecimento adequado, segundo ponto de corte. A pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa, parecer nº 704.220/2014. Resultados: a média de tempo de acompanhamento dos pacientes entrevistados no ambulatório, em meses, foi de 5,42±4,39. Identificou-se que apenas 64 atingiram a faixa terapêutica, com base nas duas últimas consultas. 39,5% apresentaram complicações hemorrágicas ou tromboembólicas. Quanto ao conhecimento sobre a terapia, 61% demonstrou conhecimento regular e 55% obteve conhecimento satisfatório. Conclusão: a predominância do conhecimento regular e satisfatório evidencia a relevância das intervenções educativas para uma melhor compreensão e percepção dos pacientes sobre seu tratamento anticoagulante. Contudo, este resultado não foi suficiente para que 53% não apresentassem RNI inadequada, bem como para reduzir os eventos hemorrágicos e trombóticos. Sendo assim, ressalta-se a necessidade de adotar estratégias que melhorem a adesão terapêutica, resultando em melhores desfechos clínicos. Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. Introdução: A cirurgia, apesar das constantes inovações tecnológicas e o aumento da qualidade das intervenções, constitui um momento difícil para o ser humano. Como desafio para os pacientes, o procedimento cirúrgico traz limitações pré e pós cirúrgicas, como mudanças em seus hábitos de vida, além da vulnerabilidade do transoperatório, o que pode gerar níveis consideráveis de ansiedade. Objetivouse caracterizar a ansiedade dos pacientes no pré-operatório de cirurgia cardíaca. Métodos: Foi realizado um estudo de corte transversal no qual 106 pacientes, entre um e cinco dias da data da cirurgia, foram entrevistados utilizando-se um questionário sócio-demográfico próprio e o Inventário de Ansiedade de Beck. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição (CAEE 12600113.4.0000.5192/2013) Resultados: A escala apresentou confiabilidade na aplicação para a amostra (α=0,715). Os pacientes avaliados se apresentaram em 59,4% (63) na ansiedade mínima e 19,8% (21) na faixa considerada grave, tendo a amostra uma média no nível de ansiedade leve (15,8±19,79). As mulheres tiveram escores (22,13±23,41) significativamente (p=0,003) maiores que os homens (10,76±14,71); assim como os pacientes que já haviam sido submetidos a cirurgia cardíaca prévia (24,4±28,05 X 13,14±15,74). Não houve diferença significativa entre idosos e pacientes adultos mais jovens, nem no tocante as variações de peso, presença de< a class=”bepfwhtmsh” href=”#” title=”Click to Continue > by app”> diabetes ou etilismo. Conclusão: Reforçase a importância do enfermeiro reconhecer a ansiedade pré-operatória e intervir através de estratégias de educação em saúde e visita de enfermagem. Descritores: Anticoagulantes; Educação em Saúde; Conhecimento Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 5 Resumos Temas Livres 41042 Avaliação cardiovascular: oficinas terapêuticas e educativas oferecidas a um grupo de idosos como critério para a promoção da saúde ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PORTADORA DE CARDIOPATIA CHAGÁSICA CRÔNICA (CCC) EM AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO ROSSANA LEITÃO VIANA, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, . THIAGO JOSÉ ALBUQUERQUE SANDES, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO, EDUARDO TAVARES GOMES, EDSON DIAZ BARBOSA NETO, RHAYSSA RAFAELA RIBEIRO BRAGA PEREIRA LO, SARA LARISSA DE MELO ARAÚJO, PATRICIA PONCIANO BOMFIM E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA CLAUDIA BARBOSA RODRIGUES GUERRA, E GABRIELLE PESSÔA DA SILVA PROCAPE, RECIFE, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: A promoção da saúde constitui uma preocupação e uma busca que permeiam em todo o tecido social com igual intensidade. Nesse aspecto, promoção da saúde é uma estratégia para conquista da cidadania, ao fomentar ações de compromisso com o bem estar das pessoas, na defesa da equidade e da qualidade de vida da população.OBJETIVO: Avaliar os riscos de cardiovasculares através de oficinas terapêuticas e educativas oferecida a um grupo de idosos, visando à promoção da saúde.METODOLOGIA: Compreendeu-se por uma prática social articulada pelo grupo de pesquisa “Fundamentos das Práticas do Cuidar em Enfermagem Cardiológica - FPCEnC”, realizado em comemoração à semana de controle e combate à hipertensão arterial, realizada em abril de 2015.RESULTADOS: Compareceram ao evento 16 idosos, dos quais 75% eram do sexo feminino ecom média de idade de 67,8 anos. Com relação aos antecedentes pessoais: 12,5% tinha diabetes mellitus; 31,25% hipertensão arterial sistêmico; 6,25% eram tabagistas, 12,5% eram etilistas e 68,75%eram sedentários. Em relação pressão arterial sistólica/diastólica, percebeu-se: 121,44/77,38mmHg (maior: 161/100mmHg e menor: 95/58mmHg). Com relação à avaliação da cintura-quadril, a média entre os participante foi de 0,95cm (maior:1,54cm e menor:0,83cm) e o índice de massa corpórea média: 25,2 (maior: 31,5 e menor:18,3). CONCLUSÃO: As ações desenvolvidas nas oficinas contribuíram para avaliar a vulnerabilidade e os riscos cardiovasculares sofridas pelos idosos, alertando-nos as necessidades de implementação de uma política de saúde mais efetiva e que garantam o acompanhamento integral da saúde do idoso. Introdução: A CCC é essencialmente uma miocardiopatia dilatada em que a inflamação crônica, provoca destruição tissular progressiva e fibrose extensa no coração. Vários mecanismos devem contribuir para a patogenia das lesões cardíacas e instalação dos diversos distúrbios fisiopatológicos. O dano cardíaco resulta da inflamação, necrose e fibrose que o Trypanossoma cruzi provoca, direta ou indiretamente, no tecido especializado de condução, no miocárdio contrátil e no sistema nervoso intramural. O frequente comprometimento do nó sinusal, do nó atrioventricular e do feixe de His pode dar origem a disfunção sinusal e a bloqueios variados atrioventriculares e intraventriculares. Devido essas alterações supracitadas, a CCC evolui com Insuficiência Cardíaca, arritmias e tromboembolismo. A assistência de enfermagem ao portador de CCC é bastante relevante no cenário ambulatorial, em que o acolhimento humanizado, as orientações quanto à medicação, aos hábitos de vida saudáveis, controle de exames, e as consultas individuais de enfermagem, favorecem um maior suporte emocional e a estabilização do quadro clínico. Relato de Caso: M.J.O., 41 anos, procedente de Alagoas, portadora de doença de chagas na forma arrítmica e dilatada, descoberta em 2014, após quadro de descompensação cardíaca, apresentando dispnéia aos médios e grandes esforços e arritmia cardíaca. Refere que morou em casa de taipa até os 12 anos, a mãe faleceu com doença de chagas aos 53 anos. Relata também banho de rio freqüente na infância. Durante acompanhamento cardiológico foi constatada sorologia reagente para Chagas (Elisa e Imunofluorescência Indireta), ritmo cardíaco sinusal, FC=60 bpm, Rx de tórax mostrando aumento de área cardíaca, ECO apontando FE=30% e trombo em ventrículo esquerdo. Exames laboratoriais demonstrando plaquetopenia por seqüestração, USG de abdome com baço aumentado + fibrose (portadora de esquistossomose). Conclusão: A CCC é uma doença negligenciada e que acarreta vários danos ao cliente. O déficit de profissionais de enfermagem com conhecimento sobre a temática e engajados com o atendimento ambulatorial é um obstáculo para a melhoria da assistência e para o acolhimento do portador de Chagas. Bibliografia: Andrade J.P., Marin-Neto J.A., Paola A.A.V., Vilas-Boas F., Oliveira G.M.M., Bacal F. et al . I Diretriz Latino-Americana para o Diagnóstico e Tratamento da Cardiopatia Chagásica. Arq. Bras. Cardiol. [Internet]. 2011 41080 41082 Faculdade Nossa Senhora das Graças, Recife, PE, BRASIL - Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. Atuação do Terapeuta Ocupacional no cuidado às crianças com cardiopatias congênitas no ambiente hospitalar: um relato de caso BRUNO CANUTO DE MEDEIROS, JANAÍNA ALVES DE LIMA, GEIZILANDY CHARLENE DA SILVA MENDES E CASIANA TERTULIANO CHALEGRE PROCAPE/UPE, RECIFE, PE, BRASIL. A doença cardíaca congênita (CC) consiste em uma anormalidade estrutural macroscópica do coração ou dos grandes vasos intratorácicos, sendo considerada uma das malformações mais frequente. As crianças que sobrevivem estão expostas aos seus riscos inerentes, como: déficit no desenvolvimento físico, ponderal, cognitivo e neurológico, havendo ainda maior incidência de dificuldades acadêmicas, problemas comportamentais e etc. Somados a tais evidências clínicas, as hospitalizações recorrentes podem afetar a autoestima e a autoimagem desse grupo de crianças e adolescentes. Diante deste cenário, a Terapia ocupacional (TO) facilita a mudança ou crescimento nos fatores da criança como: funções e estrutura do corpo; e habilidades motoras, processual e de interação social, todos necessário para um desenvolvimento e participação bem-sucedida, visando à habilitação, reabilitação e promoção da saúde. Descrição do caso: A TO vem realizando um trabalho, em uma enfermaria pediátrica de um hospital especializado em cardiologia de Recife, com pacientes desde poucos dias de vida até adolescentes. Dentre suas ações no serviço, estão: estimulação precoce, facilitando o desenvolvimento neuropsicomotor; estimulação cognitiva e abordagem nas alterações comportamentais. Nos atendimentos grupais são trabalhadas aspectos emocionais como auto-estima, imagem corporal, integração das crianças, cuidadoras através de atividades lúdicas, além de facilitar a adaptação ao processo de hospitalização. Na avaliação são observadas: estruturas e funções do corpo para se promover, quando percebido encurtamentos ou posturas viciosas, alongamentos nos membros, chegando a confeccionar órteses de baixo custo para evitar deformidades e adaptações em utensílios para maior autonomia na realização das atividades de vida diária; aspectos sensoriais, para identificar transtornos no processamento sensorial. Além de orientações, junto aos cuidadores, sobre posturas que favorecem o desenvolvimento motor e importância do brincar para aquisição de habilidades motoras, cognitivas e sociais. Conclusão: A atuação do TO mostra-se de fundamental importância no desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com CC no ambiente hospitalar. É de grande relevância maior conhecimento pelos profissionais da saúde, pacientes e familiares sobre o trabalho que o TO vem realizando que favorece melhoras nas condições sensório-motoras, emocionais, comportamentais, sociais e na aquisição de habilidades novas e/ou remanescente na população atendida. 6 41075 Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 PERCEPÇÃO DE PACIENTES E ACOMPANHANTES SOBRE AS SALAS DE ESPERA DE UM HOSPITAL DE CARDIOLOGIA: SUBSÍDIOS PARA O PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE TERAPIA OCUPACIONAL E EDUCAÇÃO EM SAÚDE GEIZILANDY CHARLENE DA SILVA MENDES, CASIANA TERTULIANO CHALEGRE, BRUNO CANUTO DE MEDEIROS, MILENA KELRY GONÇALVES DA SILVA, NAYRA MARIA DE ALMEIDA E BRIGIDA PELINCA DE OLIVEIRA PROCAPE/UPE, Recife, PE, BRASIL. Introdução: O desenvolvimento de ações de educação e promoção de saúde é uma prática firmada desde 1986, quando ocorreu a 8º Conferência Nacional em saúde, criando um novo conceito, relacionando-a a condições mais objetivas como educação, acesso aos serviços, dentre outros aspectos. Diante da mudança no conceito de saúde os serviços de saúde devem apresentar novas formas de acolhimento que humanizem a assistência e melhorem a qualidade dos serviços de saúde prestados à população. Assim, este projeto buscou identificar a percepção dos pacientes e acompanhantes sobre as salas de espera de um hospital de referência em cardiologia. Método: Foi um estudo descritivo de abordagem qualitativa, que compreendeu a coleta de dados através de entrevista semiestruturada com 58 pacientes e acompanhantes, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, sob o CAAE: 37520814.1.0000.5192. Os dados foram analisados com a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo de Lefèvre. Resultado: 87% referiu que não houve dificuldade de acesso aos setores, grande parte dos entrevistados (95%) sentiu-se à vontade nas salas de espera, assim como 89% consideram ser ambientes confortáveis e acolhedores e 80% do público-alvo sentiu-se contemplado e bem acolhido quando solicitaram informações da recepção. Os entrevistados de uma forma geral demonstraram satisfação, com poucas sugestões de melhoria do espaço, como televisão e lanche. A partir desse conhecimento, foram promovidas ações de Terapia Ocupacional e educação em saúde e desenvolvidas dinâmicas de grupo com momentos de relaxamento, reflexão e estímulo à interação social para os pacientes e acompanhantes nas salas de espera. A maioria (92%) gostaria que houvesse mais momentos de atividades de Terapia Ocupacional e educação em saúde, o que demonstra a importância de continuidade dessas ações nas salas de espera do hospital. Conclusão: As atividades nas salas de espera mostram-se como um importante recurso da Terapia Ocupacional para as ações pretendidas, visto que este tipo de tecnologia vem sendo cada vez mais utilizado nos serviços de saúde como uma intervenção terapêutica importante e eficaz. Resumos Temas Livres 41087 41088 Relato de caso de uma criança diagnósticada com cardiopatia congênita de transposição das grandes artérias e a atuação da Terapia Ocupacional. Perfil sócio-demográfico e clínico dos pacientes acompanhados em ambulatório de anticoagulação oral BRUNO CANUTO DE MEDEIROS, JANAÍNA ALVES DE LIMA, GEIZILANDY CHARLENE DA SILVA MENDES E CASIANA TERTULIANO CHALEGRE ROSSANA LEITÃO VIANA, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, . THIAGO JOSÉ ALBUQUERQUE SANDES, MONIQUE OLIVEIRA DO NASCIMENTO, PAULO CESAR DA COSTA GALVAO, MICHELLANE DE MIRANDA PONTES, KAROLAYNE VIEIRA DE SOUZA, TARCISIA DOMINGOS DE ARAUJO SOUSA, EDSON DIAZ BARBOSA NETO E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA PROCAPE/UPE, RECIFE, PE, BRASIL - PE Transposição das Grandes Artérias (TGA) é uma cardiopatia congênita na qual a aorta origina-se anteriormente do ventrículo direito, enquanto a artéria pulmonar nasce posteriormente do ventrículo esquerdo. Isso faz com que as grandes artérias percam o cruzamento normal, passando a ficar em posição paralela. Outros defeitos estão comumente associados, sendo mais frequente a Comunicação InterVentricular (CIV), Comunicação InterAtrial (CIA), Persistência do Canal Arterial (PCA), dentre outras. A alteração funcional fundamental é que o sangue venoso sistêmico é bombeado pelo ventrículo direito para a circulação sistêmica através da aorta, enquanto o sangue venoso pulmonar é ejetado pelo ventrículo esquerdo na circulação pulmonar. Relato de caso: K.V.S, sexo feminino, 2 meses. Nasceu de parto normal, termo, com Apgar de 9 /10, estado geral regular. Foi encaminhada a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal no 1º dia de vida. Ao 3º dia de nascimento fez um Ecocardiograma no qual evidenciou TGA, CIV e PCA. Foi submetida à cirurgia cardíaca de Jatene e desenvolveu um quilotórax no pós-operatório. Após estabilização do quadro clínico é encaminhada a enfermaria pediátrica, onde foi avaliada pelos profissionais de Terapia Ocupacional (TO) que constataram atraso no desenvolvimento neuropsicomotor através da escala de David-Werner. Apresentou padrão vicioso em ambas as mãos, com hiperflexão metacarpofalangeana e adução do polegar; encurtamento muscular moderado e hipersensibilidade tátil. Foi realizada uma intervenção de estimulação precoce favorecendo desenvolvimento neuropsicomotor. Quanto ao padrão vicioso das mãos, foram realizados alongamentos e pensou-se na confecção de órtese de posicionamento. Também observado que a criança chorava ao menor toque em suas mãos, o que levou os profissionais da TO a investigarem um possível transtorno no processamento sensorial tátil. Desta forma, foi feito um trabalho de dessensibilização com graduação de texturas e orientação à família a continuar com esse trabalho, principalmente na hora do banho; e a importância do brincar, ressaltando o tipo de brinquedo adequado para a faixa etária com suas devidas estimulações visual, auditiva, tátil e motora. Conclusão: Mesmo com poucos atendimentos, já foi possível perceber uma evolução do ponto de vista motor; diminuição do padrão de hiperflexão metacarpofalangeana; maior movimentação dos membros superiores correspondendo ao esperado para sua faixa etária, interação com brinquedos e diminuição da sensibilidade tátil. 41093 Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL - Faculdade Nossa Senhora das Graças, Recife, PE, BRASIL. Introdução: o uso de anticoagulantes orais (ACOs) tem aumentado significativamente à medida que as doenças cardiovasculares, de importante prevalência mundial, promovem alterações no sistema de coagulação sanguínea.1-2 A terapia com ACOs requer acompanhamento ambulatorial rigoroso para o controle do tempo de coagulação plasmática, representado pela Razão Normatizada Internacional (INR). Objetivo: traçar o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes em uso de Varfarina acompanhados em ambulatório específico. Método: estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado no ProntoSocorro Cardiológico de Pernambuco, no período agosto de 2014 a janeiro de 2015. Foram entrevistados 139 pacientes, escolhidos aleatoriamente. Os dados são apresentados em média e desvio padrão e frequências absolutas e relativas. A pesquisa foi apreciada e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Complexo Hospitalar da Universidade de Pernambuco, sob o parecer número 704.220. Resultados: A média de idade foi de 55,14±14,75 anos, sendo a maioria mulheres (63,5%). A região metropolitana foi mais frequente com 72% de representação. A hipertensão arterial sistêmica apresentou-se como principal condição referida (83%). Dentre as cardiopatias mais apresentadas que indicavam o uso de anticoagulantes orais, estava a fiblilação atrial, presente em 72 indivíduos, e as valvopatias com uso de próteses valvares em 58 pacientes. Quanto ao tempo de terapia, 55,5% dos pacientes têm até 1 ano de tratamento e 44,5% usam a medicação há 1 ano ou mais. A média do tempo de acompanhamento no ambulatório em meses foi de 5,42±4,39. As complicações mais mencionadas, após o início do tratamento com ACOs, foram as hemorrágicas, com 27% de frequência. Os episódios tromboembólicos foram relatados por 12,5% dos entrevistados. Com relação aos resultados do INR de cada paciente nas duas últimas consultas, identificou-se que apenas 64 atingiram a faixa terapêutica. Conclusão: Os resultados se aproximam aos encontrados em outras publicações nacionais.3-4 O estudo demonstrou alta prevalência de indivíduos com o INR fora da faixa terapêutica. Embora a maioria dos participantes da pesquisa não tenham tido qualquer complicação, aproximadamente 40% são acometidos por hemorragias ou tromboembolias. Estes resultados trazem subsídios para um maior planejamento da assistência de enfermagem aos usuários de ACOs com ênfase em ações de educação em saúde, a fim de reduzir as complicações associadas ao tratamento. 41095 Diagnósticos e intervenções de enfermagem a um paciente com endocardite infecciosa com disfunção de bioprotese mitral DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PRIORITÁRIOS AOS PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSADA ADRIELY VICTOR DE SIQUEIRA, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, BRUNA KARINE TEIXEIRA FERREIRA DA SILVA E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA PAULO CESAR DA COSTA GALVAO, NYAGRA RIBEIRO DE ARAÚJO, MARRYJANE DE SOUSA ANCONETANI, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, . THIAGO JOSÉ ALBUQUERQUE SANDES, EDUARDO TAVARES GOMES, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO, BRENDA MARIA DE AGUIAR, THAIS LORENA LOPES DE SANTANA E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças (FENSG), Recife, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: Entende-se por endocardite o processo inflamatório do endocárdio, sobretudo aquele localizado nas valvas cardíacas.Existem vários fatores causadores de endocardite, o mais frequente e letal é causado por agentes infecciosos. DESCRIÇÃO: Relatar um caso de endocardite infecciosa com disfunção de bioprótese mitral destacando os diagnósticos e as intervenções de enfermagem pela classificação internacional para as práticas de Enfermagem. O estudo de caso foi realizado na unidade de valvulopatia de um hospital de referência em cardiologia de Pernambuco, no período de março a abril de 2015. O paciente do sexo masculino, admitido na emergência com queixa de dispneia em repouso, edema em membros inferiores e déficit de força motora à esquerda. Nos exames evidenciou endocardite infecciosa com disfunção de bioprótese mitral e abscesso cerebral. Na avaliação clínica, identificou-se taquidispneia, sopro sistólico em foco mitral (3+/6+) irradiando para axilar/dorso, creptos em base pulmonar e saturação de 92% em ar ambiente. Os principais diagnósticos de enfermagem: padrão respiratório ineficaz; mobilidade física prejudicada e volume de líquido excessivo. As intervenções de enfermagem: oxigenoterapia com auxílio da Mascara de Venture a 50%, posicionar o paciente de forma a maximizar o desconforto respiratório, realizar mobilização progressiva nos limites impostos pela condição do cliente, monitorar, manter a extremidade edemaciada elevada acima do nível do coração sempre que possível, e monitoração neurológica. CONCLUSÃO: A assistência de enfermagem com base numa conduta planejada proporcionou o alcance da maioria dos resultados esperados, permitindo melhora na capacidade respiratória, redução do edema e melhor satisfação do usuário. UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL - FACULDADE DE ENFERMAGEM NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS, RECIFE, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome crônica e progressiva que está associada a readmissões hospitalares, baixa qualidade de vida, risco de mortalidade precoce e altos custos para o sistema de saúde. É uma doença de caráter sistêmico, definida como disfunção cardíaca que ocasiona inadequado suprimento sanguíneo para atender necessidades metabólicas tissulares, na presença de retorno venoso normal, ou fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento. OBJETIVO: Identificar, através do perfil sintomático do paciente, os diagnósticos de enfermagem prioritários para pacientes com insuficiência cardíaca descompensada. METODOLOGIA: Pesquisa descritiva, exploratória com abordagem quantitativa. A amostra do estudo foi composta por 62 pacientes admitidos por IC descompensada, internados na emergência e que apresentasse classe funcional de II a IV, conforme classificação de New York Heart Association (NYHA), de qualquer etiologia e com qualquer percentual fração de ejeção. A amostragem foi por conveniência sendo incluídos os pacientes que atenderem os critérios de inclusão/exclusão. RESULTADOS: Os principais diagnósticos foram: Débito Cardíaco Diminuído (55 / 87,3%), volume excessivo de líquidos (18 / 28,6%), padrão respiratório ineficaz (24 / 38,1%), ventilação espontânea prejudicada (9 / 14,3%), intolerância a atividade (50 / 79,4%), mobilidade física prejudicada (30 / 47,6%), Ansiedade (2 /3,2%) e Integridade da pele prejudicada (14 / 22,2%). CONCLUSÃO: A aplicabilidade do processo de enfermagem aos pacientes com IC permite identificar, planejar e implementar o cuidado de modo a mais facilmente identificarmos as situações que podem levar a sua descompensação. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 7 Resumos Temas Livres 41097 TERAPIA OCUPACIONAL NA ATENÇÃO CARDIOVASCULAR GEIZILANDY CHARLENE DA SILVA MENDES, BRUNO CANUTO DE MEDEIROS, CASIANA TERTULIANO CHALEGRE E ADRIANA DO NASCIMENTO COELHO PEREIRA PROCAPE/UPE, Recife, PE, BRASIL. Introdução: A Terapia Ocupacional é um campo de intervenção em saúde, que trabalha com tecnologias orientadas para emancipação e autonomia de pessoas que apresentam temporariamente ou definitivamente limitações funcionais e dificuldades na inserção e participação da vida social. No contexto hospitalar o Terapeuta Ocupacional realiza procedimentos junto ao paciente e ao cuidador, a fim de prevenir deformidades, disfunções e agravos físicos e/ou psicossociais, promovendo o desempenho ocupacional e qualidade de vida durante a hospitalização. Descrição do caso: Trata-se de um relato de experiência da atenção terapêutica ocupacional ao paciente cardiopata, vivenciada pelos residentes terapeutas ocupacionais da Residência Multiprofissional Integrada em Atenção à Clínica Especializada (Cardiovascular). Este programa é realizado em um hospital de referência em cirurgias cardíacas e é desenvolvido com profissionais das áreas de Fisioterapia, Enfermagem e Terapia Ocupacional. Dentre as principais ações realizadas pela Terapia Ocupacional está a Intervenção individual e em grupo, tendo como objetivos o favorecimento de potencialidades, contato social, prevenção de incapacidades ou recuperação da capacidade funcional, além da diminuição dos efeitos deletérios da hospitalização. O processo da Terapia Ocupacional é realizado através de avaliação e intervenção sendo esta elaborada de acordo com as características clinico-funcionais de cada paciente e também pela escolha da abordagem do profissional. A seleção dos recursos terapêuticos é dada de acordo com o foco de atuação, necessidade e contexto sociocultural do paciente, nos quais são utilizadas: atividades educativas, técnicas de relaxamento, treinamento de AVD e técnicas de conservação de energia, atividades livres e expressivas, indicação de adaptação e adequação ambiental, análise e organização da rotina ocupacional. Conclusão: Para as ações da Terapia Ocupacional neste contexto é preconizado o modelo de funcionalidade proposto pela Organização Mundial de Saúde, no qual considera a condição de saúde não dirigida apenas às estruturas e funções corporais, mas em igual nível de importância encontram-se os aspectos de atividade e participação social. A inserção do terapeuta ocupacional na atenção cardiovascular contribui para maior autonomia dos pacientes com mudanças e estimulação de funções favoráveis ao desempenho ocupacional, além de contribuir para o bem-estar e diminuição da ansiedade e depressão. 41106 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSADA: PRINCIPAIS FATORES DE PRECIPITAÇÃO E ETIOLOGIA PAULO CESAR DA COSTA GALVAO, NYAGRA RIBEIRO DE ARAÚJO, ANDREZA DO CARMO ALBUQUERQUE PORTO, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, . THIAGO JOSÉ ALBUQUERQUE SANDES, EDUARDO TAVARES GOMES, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO, DEBORA DE ALMEIDA PEREIRA, MARRYJANE DE SOUSA ANCONETANI E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL - FACULDADE DE ENFERMAGEM NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS, RECIFE, PE, BRASIL. INTRODUÇÂO: A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome crônica e progressiva que está associada a readmissões hospitalares, baixa qualidade de vida, risco de mortalidade precoce e altos custos para o sistema de saúde. Cerca de 2% da população mundial tem IC e sua incidência vem aumentando nas últimas três décadas. Essa síndrome afeta de 1,5 a em indivíduos com mais de 65 anos. OBJETIVO: identificar, os principais fatores de precipitação e etiologia dos pacientes com IC descompensada. METODOLOGIA: Pesquisa do tipo quantitativa, exploratória e descritiva. A amostra do estudo foi composta por 62 pacientes admitidos por IC descompensada, na emergência do PROCAPE (Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco) com classe funcional de II a IV , conforme classificação de New York Heart Association (NYHA). RESULTADOS: Segundo os fatores que precipitaram no ultimo episódio de descompensação da insuficiência cardíaca foram encontrados: infecção(4/6,5%), interrupção de medicação (17/27,4%), ingestão hídrica ou salina excessiva (11/17,7%), insuficiência renal (1/1,8%), hipertensão arterial (11/17,7%), arritmias (15/24,4%), álcool (7/11,3%), drogas(antiflamatório, BCCA, tiazolidinedionas) (3/4,8%). Segundo a etiologia: isquêmica (1/1,6%), hipertensão arterial (6/9,7%), doença de chagas (17/27.4%), cardiomiopatia (22/35,5%), drogas (1/1,6%), infiltrativa (1/1,6%), Outras causas (8/12,9%).CONCLUSÃO: A identificação dos fatores de precipitação e etiologia da insuficiência cardíaca permite estabelecer uma relação causal que possibilita visualizar quais melhores maneiras de implementação do cuidado.. 41111 Assistência de enfermagem a criança com Atresia Pulmonar e Comunicação Interatrial O conhecimento da equipe de enfermagem sobre eletrocardiograma: um relato de experiência GABRIELLE PESSÔA DA SILVA, GLAYCE RENATA FERREIRA DE CARVALHO, CHRISTEFANY REGIA BRAZ COSTA E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA DENIZE FERREIRA RIBEIRO, RAFAELLA VIANA TEIXEIRA, RENATA VILARINDO SEABRA, KELLY CRISTINA TORRES LEMES, IZA CRISTIANE COSTA PAIVA, MILCA VALMERICA CASTRO DE OLIVEIRA, NATHÁLIA TORRES COSTA SOUZA, MARCELA PAULINO MOREIRA DA SILVA E LETICIA MOURA MULATINHO PROCAPE, Recife, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: A atresia pulmonar (AP) é uma cardiopatia congênita cianogênica, em que há ausência de conexão entre o ventrículo direito e as artérias pulmonares. Sua prevalência é de 0,042 em 1000 nascidos vivos. Ocorre mais frequentemente no sexo masculino. A comunicação interatrial (CIA) tipo ostium secundum é uma das lesões mais frequentes, corresponde de 10-12% de todas as cardiopatias congênitas. RELATO DE CASO: E.B.V.S., feminino, 09 meses, com história de cianose central aos pequenos esforços desde o nascimento, sendo diagnosticada com Atresia Pulmonar (AP) sem Comunicação interventricular (CIV), Comunicação interatrial óstio secundum ampla (CIAOS) e Persistência de Canal Arterial (PCA) após ECO transtorácico. Aos 02 meses implantou Stent em canal arterial, aos 4 meses realizou valvotomia pulmonar (cirurgia de Brock). Evoluiu com Endocardite Infecciosa por fungo + presença de trombo e vegetação no Stent. Apresentou crise convulsiva de repetição, quando realizou Tomografia Axial Computadorizada (TAC), que demonstrou Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), em 40% do Hemisfério esquerdo com posterior área de transformação hemorrágica. Ao exame apresentava-se em EGG, estável, hidratada, corada, cianótica (3+/4+), anictérica, afebril (T=36.2ºC). RCR em 2T, BNF B2 única, SS em BEEA, FC=124bpm, PA=66X30mm Hg, pulsos cheios, perfusão em 3s. Em VNI por pronga nasal, MV + em AHT com roncos de transmissão bilaterais, FR=50 rpm, Sat.O2= 57%. Abdome globoso, depressível, fígado a 3cm do RCD. Hipotônica e pouco reativa. Evoluiu para o óbito em 13/05/2015 por sepse fúngica. A assistência de enfermagem consistiu de monitorização contínua e rigorosa dos parâmetros clínicos e hemodinâmicos como: balanço hídrico, controle hemodinâmico, manutenção de via aérea pérvia prevenção de crises de hipóxia e crises convulsivas, administração de medicamentos, e informações do estado de saúde da criança aos familiares. CONCLUSÃO: A Atresia Pulmonar tem grande potencial debilitante trazendo relevantes repercussões no desenvolvimento físico reduzindo a sobrevida e modificando a dinâmica familiar. As intervenções de enfermagem, clínicas e educativas, auxiliam na redução desse impacto e proporcionam um maior entendimento da doença por parte dos familiares, que são os principais cuidadores das crianças. 8 41098 Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 Hospital Agamenon Magalhães, Recife, PE, BRASIL. Introdução: As patologias cardiovasculares representam um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. O infarto agudo do miocárdio é considerado a principal causa de mortalidade no Brasil. O exame eletrocardiográfico é útil na complementação clínica para diagnóstico de inúmeras patologias cardíacas, devendo ser bem realizado para minimizar falhas no diagnóstico e melhorar o tratamento e prognóstico clínico dos cardiopatas. Métodos: Trata-se de um relato de experiência sobre uma abordagem educativa a cerca da eletrocardiografia básica realizada sob forma de minicurso para profissionais da equipe de enfermagem de um hospital de referência em cardiologia em Pernambuco. Foram aplicados pré e pós testes contendo 11 perguntas para avaliação do conhecimento dos participantes. 33 indivíduos participaram do minicurso e destes 29 responderam o pré e pós testes. Resultados: Observou-se elevado percentual de discordância errante a cerca das questões abordadas sobre eletrocardiografia cujos maiores percentuais de erros foram 89,65%, 79,31% e 72,41% respectivamente, em 3 questões distintas no pré teste. Após a ministração do minicurso ao se avaliar o conhecimento dos participantes houve significativa diminuição de erros a cerca da temática abordada. Conclusão: O estudo mostra a importância da educação continuada nos serviços de saúde, revelando a importância desse tipo de ação tendo em vista uma melhoria da qualidade de assistência em saúde. Resumos Temas Livres 41113 41114 Perfil sociodemgráfica dos cuidadores de crianças com cardiopatia congênita atendidas em uma unidade de referência norte-nordeste em cardiologia Assistência de enfermagem a um recém-nascido com anomalia de Ebstein: um relato de caso CAMILA TORRES AMORIM, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, . THIAGO JOSÉ ALBUQUERQUE SANDES, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO, EDUARDO TAVARES GOMES, MICHELLANE DE MIRANDA PONTES, PATRICIA PONCIANO BOMFIM, ADRIELY VICTOR DE SIQUEIRA, TARCISIA DOMINGOS DE ARAUJO SOUSA E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA MARIANA VAZ CARVALHO DE QUEIROZ, DANIELLE CRISTINA PIMENTEL CABRAL, GABRIELA FREIRE DE ALMEIDA VITORINO E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças , Recife, PE, BRASIL. Introdução: A síndrome de Ebstein trata-se de uma anomalia congênita rara que apresenta uma prevalência de 0,5 a 1%, sendo igual em ambos os sexos. Caracterizase por implantação baixa da válvula tricúspide, levando a “atrialização” do ventrículo direito. Objetivo: Relatar o caso de um recém-nascido com Síndrome de Ebstein, admitido na UTI pediátrica de um hospital universitário e descrever os principais cuidados de enfermagem. Métodos: Trata-se de um relato de caso, realizado durante a prática da Residência Multiprofissional em Saúde na Atenção Cardiovascular de um Hospital Universitário de referência em Cardiologia de Recife-PE, no período de maio de 2015. Descrição do Caso: J.L.G.O, 20 dias de vida, masculino, P: 3.900Kg, Ápgar 9/9, com história de cianose de extremidades e sopro cardíaco auscultado após o nascimento, realizado ecocardiograma que diagnosticou doença de Ebstein, ainda na maternidade, recebeu expansão com S.F à 0,9% e foi iniciado prostaglandina após o ecocardiograma com melhora da cianose. Posteriormente foi encaminhado à UTI pediátrica de referência, para estabilização e monitorização hemodinâmica. Menor evoluiu em EGG, reativo, choroso, corado, hidratado, boa perfusão periférica, hemodinamicamente estável, T: 36,8 ºC, pulsos periféricos simétricos e pulsos centrais cheios. AR: MV+ em AHT, RA-. AC: precórdio calmo, RCR em 2T, s/ frêmito, sopro sistólico + em BEEA. Em 06/05/2015 foi submetido a procedimento cirúrgico de Shuntsistêmico pulmonar TBC-TP. No 5º DPO, menor evoluiu com EGG, edemaciado, hidratado, afebril, AVC para antibioticoterapia, SNG, ventilação mecânica invasiva, TOT, diurese por sonda vesical de alívio. Dentre os diagnósticos de enfermagem, destacaram-se nutrição alterada para menos do que as necessidades corporais, integridade da pele prejudicada, padrão respiratório ineficaz, risco de desequilíbrio de volumes de líquidos e risco de infecção. Os principais cuidados de enfermagem foram: solicitação de acompanhamento nutricional e cuidado com a SNG, cuidado com a integridade da pele, elevação da cabeceira e manter posição confortável, realização do balanço hídrico, realização de curativos utilizando as técnicas assépticas e higienização das mãos antes e após o manejo com o paciente. Conclusão: Os casos discretos e os operados com sucesso são compatíveis com a vida próxima ao normal. Relatar casos como esse é de grande relevância para a comunidade científica, já que se trata de uma doença rara e de risco considerável. INTRODUÇÃO: Na prática profissional, o foco de atenção, na maioria das vezes, é o indivíduo doente, cabendo ao cuidador uma localização mais à margem dos acontecimentos. Os cuidadores desempenham um papel tão fundamental na minimizar do sofrimento quanto no auxílio do bem-estar dos pacientes. O cuidador é um indivíduo “rotulado”, para ajudar neste processo de cuidar. Espera-se que cuide “naturalmente”, mas ele é uma pessoa que está necessitando de auxílio e apoio. OBJETIVO: Caracterizar o perfil sóciodemográfico dos cuidadores de crianças com cardiopatia congênita atendidas em uma unidade de referência norte-nordeste de cardiologia. METODOLOGIA: Estudo do tipo grupo intervencionista, realizada em um hospital de referência de Pernambuco, no período de junho a setembro de 2014. Participaram do estudo 32 cuidadores/responsáveis de crianças com cardiopatia congênita. RESULTADOS: Percebeu-se uma predominância do cuidador do sexo feminino (90,6%), afrodescendente (53,1%), com renda familiar de 1,84 salários mínimos, com predominância de ensino fundamental (46,9%). Além disso, observouse que 46,9% dos cuidadores/responsáveis desenvolviam atividades do lar. A situação familiar mostrou-se ser uma realidade de grande ausência de companheiros no lar (46,9%). Dos cônjuges, 41,18% participavam do cuidado no hospital e 58,85% eram colaborativos perante a situação da cuidadora nas atividades do lar. CONCLUSÃO: Os dados mostram uma predominância de cuidadores do sexo feminino e de baixo nível sociodemográfico, reforçando a necessidade do estabelecimento de estratégias educativas que proporcionem melhores condições ao acesso a informação sob os cuidados em saúde da criança com cardiopatia congênita.. 41117 Procape, Recife, PE, BRASIL. 41124 Assistência de enfermagem ao paciente com bloqueio atrioventricular total(BAVT):relato de caso Uso de suplemento alimentar sem orientação profissional por frequentadores de academia DANIELLE CRISTINA PIMENTEL CABRAL, MARIANA VAZ CARVALHO DE QUEIROZ, CHRISTEFANY REGIA BRAZ COSTA E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA ALAN GUIMARÃES FONSECA, ANA ALICE TOLEDO DE ARAÚJO, BRUCE KEPLER FRUTUOSO MAIA, IVSON CLÉRISTON DA SILVA DIONÍSIO, JESSYCA CAVALCANTI CARVALHO, SANDRA VALERIA TOLEDO DE ARAÚJO, BISMARC OIKO DE CASTRO E SANDRO GONÇALVES DE LIMA Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL - Pronto Socorro Cardiólogico de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. Introdução: Os bloqueios de condução caracterizam-se por qualquer obstrução ou retardo do fluxo de eletricidade ao longo das vias de condução elétrica. Objetivo: Relatar caso de paciente com BAVT, bem como os diagnósticos e intervenções de enfermagem. Metodologia: Trata-se de um relato de caso de um paciente admitido em julho de 2014 na emergência de um hospital de referência em cardiologia de PE. Os dados foram coletados através de anamnese, exame físico e prontuário. Para a elaboração dos diagnósticos de enfermagem e planos de cuidados de enfermagem utilizou-se a taxonomia North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) e a Nursing Interventions Classification (NIC), respectivamente. Descrição do caso:C. F. L., 52 anos, sexo masculino, procedente de Barreiros- PE, admitido com queixa de dor epigástrica, vômitos e síncope. Relatou fadiga constante, lipotimia e história de tabagismo e etilismo. Paciente portador de Miocardiopatia chagásica. Chegou com FC: 33 bpm e PA: 90x50mmHg. Foi realizado ECG com evidencia de BAVT. Ao exame: AP: MVU(+) s.r.a. em AHT; AC: RCR em 2T com bulhas hipofonéticas, sem sopros. MMSS e MMII sem edemas. Paciente encaminhado ao serviço de hemodinâmica para implante de MP provisório. Os diagnósticos e planos de cuidados relatados no trabalho foram direcionados ao uso do MP provisório. Dentre os diagnósticos de enfermagem estão: Risco de débito diminuído, Risco de perfusão tissular ineficaz, Integridade da pele prejudicada e Risco de infecção. Entre os cuidados: ajustar parâmetros e manter o sistema de alarmes ativados no gerador do MP externo; monitorar FC, ritmo e a amplitude da curva de ECG continuamente, e comunicar as alterações detectadas; observar e comunicar presença de sinais e sintomas de débito cardíaco diminuído e perfusão tissular alterada; trocar curativo diariamente; comunicar presença de sinais flogísticos ou sangramento, manter repouso relativo com cabeceira elevada a 30º, se não houver instabilidade hemodinâmica; orientar o paciente e à família os objetivos terapêuticos do MP, as restrições de atividade, entre outros. O paciente respondeu bem a terapêutica proposta, realizou posteriormente o implante de MP definitivo e continuou com acompanhamento ambulatorial. Conclusão: O relato permitiu aprofundar os conhecimentos sobre a patologia, bem como elaborar diagnósticos de enfermagem e planos de cuidados de enfermagem, reafirmando a importância do Processo de Enfermagem em todas as etapas do processo hospitalar. Centro Universitário Maurício de Nassau, Recife, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: O padrão corporal almejado de forma imediatista pelos usuários de academia predispõe o desenvolvimento de hábitos danosos, entre os quais o uso indiscriminado e sem orientação de suplementos alimentares. O impacto dessa prática não tem sido suficientemente estudado em pesquisas nacionais. OBJETIVO: Determinar a prevalência do uso de suplementos alimentares sem orientação de profissional habilitado, entre os frequentadores de uma academia da Cidade do Recife-PE. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal, realizado com uma amostra aleatória de 200 alunos matriculados em uma academia da região metropolitana do Recife-PE, durante o mês de março de 2015. Para a coleta de dados foi elaborado, um questionário com perguntas relativas aos dados sócio demográficos e consumo de suplementos alimentares. A variável dependente foi o uso de suplemento alimentar. As variáveis independentes foram sexo, idade, grau de escolaridade, frequência de utilização de suplementos e orientação por profissional habilitado. Os indivíduos foram informados quanto aos objetivos da pesquisa e expressaram sua participação como voluntários. RESULTADOS: Entre os entrevistados 41,5% eram do sexo feminino. A população tinha idade média entre 20 e 30 anos e 33% possuíam nível superior completo de escolaridade. Quanto ao uso de suplementação, 45,5% dos entrevistados fazia uso destes, 70% eram do sexo masculino, dos quais 43,8% não recebiam orientação profissional. A orientação era feita em 63% dos homens por nutricionista, em 29,6% por educador físico e em 7,4% por médico. Com relação ao sexo feminino, 55,5% das mulheres tiveram orientação de um profissional habilitado, em 86,7% dos casos de nutricionista e em 13,3% de educador físico. 33,3% das mulheres fizeram uso sem orientação profissional. A maioria (61,5%) dos entrevistados usava suplementação alimentar de 4 a 5 dias por semana. Conclusão: A prevalência de suplementação alimentar entre frequentadores de academia na população estudada foi elevada. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 9 Resumos Temas Livres 41126 41127 Estudantes de medicina e fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica: eles também se previnem? Mortalidade por insuficiência cardíaca e doença isquêmica do coração: tendência em Pernambuco, no Nordeste e no Brasil de 2004 a 2012 LAURO VINÍCIUS MACHADO DA SILVA, AMANDA SUELLEN BARBOSA DE OLIVEIRA SOUZA, VANIELLY THADYA DE ARAÚJO SIQUEIRA, ANDREZA LIMA PEREIRA, MARIANA NOGUEIRA BORGES DE MELO, VERÔNICA VANESSA DO NASCIMENTO, VALCINEIDE PEREIRA MORAIS, BISMARC OIKO DE CASTRO E SANDRO GONÇALVES DE LIMA ANA C C OLIVEIRA, LEONCIO B SIDRIM, ARYANNE C D N SILVA E ALINE A ARRUDA Centro Universitário Maurício de Nassau, Recife, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial é um problema de saúde pública mundial. Caracterizada pelo aumento e manutenção dos níveis pressóricos elevados, está relacionada com alterações funcionais, estruturais e metabólicas do organismo, aumentando principalmente o risco de eventos cardiovasculares. Os estudantes de medicina, como futuros formadores de opinião, são peça-chave no processo de conscientização da população a respeito da importância de combater os fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica e suas complicações. No entanto, estudos mostram que isso não se reflete na saúde dos próprios acadêmicos. OBJETIVO: Determinar a prevalência de fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica entre os acadêmicos do curso médico de uma universidade da cidade do Recife-PE. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de corte transversal. A coleta de dados foi realizada através de questionários estruturados, durante o mês de fevereiro de 2015. A população estudada foi constituída por 266 acadêmicos do curso médico cuja idade média esteve entre 20 e 30 anos. O programa utilizado para o armazenamento dos dados e para os cálculos foi o Microsoft Excel. Foram calculados os percentis, medidas de tendência central, variabilidade e posição dos dados numéricos. RESULTADO: A população foi formada por 53% de acadêmicos do sexo masculino; 64% brancos, 30% pardos e 4,9% negros; 83,5% tinham entre 20 e 30 anos; 95% eram solteiros; 95% não tinham filhos; 2,2% eram fumantes; 55% etilistas. Os dados coletados ainda mostraram que 39% não praticavam atividade física; 42% consideravam seu trabalho ou estudo estressantes; 22% tinha dificuldade para dormir; e 3,7% tinham diabetes. CONCLUSÃO: Dentre os fatores de risco identificados entre os acadêmicos do curso médico, chama atenção a elevada prevalência de uso de álcool, o sedentarismo e o stress. UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, GARANHUNS, PE, BRASIL. Introdução: Doenças do Aparelho Circulatório (DAC) são as principais causas de morte no Brasil (BR). As Doenças Isquêmicas do Coração (DIC) e a Insuficiência Cardíaca (IC) respondem por 39,1% das mortes por DAC. As estatísticas de mortalidade constituem a forma mais usada para conhecer o estado de saúde da população e para o planejamento das ações necessárias à promoção de saúde. Objetivo: Analisar a tendência da mortalidade por IC e DIC, por sexo e faixa etária no estado de Pernambuco (PE), comparativamente ao Nordeste (NE) e ao BR no período de 2004 a 2012.Método: Foi realizado um estudo ecológico de séries temporais no período de 2004 a 2012, para PE, NE e o BR. Os dados de mortalidade foram obtidos através do Sistema de Informação de Mortalidade SIM / DATASUS / Ministério da Saúde e os dados populacionais para o cálculo da taxa de mortalidade foram obtidos através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram extraídos dos registros na declaração de óbito com o código I50 para IC e causa básica de morte com o código 068 de DIC definidas da CID-10. As faixas etárias analisadas foram: menor que 1 ano, 1 a 4 anos, 5 a 9 anos, 10 a 14 anos, 20 a 29 anos, 30 a 39 anos, 40 a 49 anos, 50 a 59 anos e 60 a 69 anos, 70 a 79 anos, 80 anos e mais, e o sexo masculino e o sexo feminino.Resultados: Quanto à DIC, as taxas de mortalidade no BR apresentaram declínio (variação proporcional de -10,91%), enquanto que NE e PE estão em ascensão (NE 16,54%, PE 8,11%) este último, acima da média do NE e inferior ao BR. Quanto à IC, PE, NE e o BR apresentam declínio da taxa, com variação proporcional negativa de 24,83%, 11,39% e 10,66%, respectivamente. Por IC em PE e no BR houve prevalência do sexo feminino (razões de 1,02 e 1,06, respectivamente), enquanto que no NE do sexo masculino (razão de 1,05), já por DIC, o NE e o BR tem prevalência de homens (razões 1,13 e 1,36, respectivamente) e PE tem prevalência de mulheres (razão 1,03). Por IC e DIC entre todas as faixas etárias houve predominância da mortalidade aos 80 anos e mais.Conclusão: A mortalidade por IC está decrescendo no BR, e PE e o NE acompanham este declínio. A evolução temporal da mortalidade por DIC apresentou semelhança com a da IC, apenas com relação ao BR, pois o NE e PE apresentam taxas em ascensão. Há predomínio de mortalidade por IC e DIC após os 80 anos de idade nas três áreas geográficas e em PE, por IC e DIC, morrem mais mulheres.. 41131 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSAS PORTADORAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL MAYARA INACIO DE OLIVEIRA, PHELIPE GOMES DE BARROS, REBEKA MARIA DE OLIVEIRA BELO, GABRIELA FREIRE DE ALMEIDA VITORINO, MARIA MARIANA BARROS MELO DA SILVEIRA, CHRISTEFANY REGIA BRAZ COSTA, MARIANA VAZ CARVALHO DE QUEIROZ, HIRLA VANESSA SOARES DE ARAJO, JERSSYCCA PAULA DOS SANTOS NASCIMENTO, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA PROCAPE, RECIFE, PE, BRASIL. Introdução: As doenças crônico-degenerativas constituem principal causa de morte nos indivíduos idosos, além de representarem elevado custo econômico e social. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida (QV) em idosas hipertensas na Estratégia de Saúde da Família (ESF) utilizando o instrumento genérico WHOQOL-bref. Metodologia: Estudo transversal, descritivo e quantitativo. A amostra foi composta por 60 idosas cadastradas na ESF. Os critérios de inclusão foram ser idosa portadora de hipertensão arterial e está devidamente cadastrada no Programa HIPERDIA. A coleta de dados foi realizada mediante entrevista em domicílio utilizando o WHOQOL-bref. Este estudo está de acordo com a resolução do CNS 466/12. Resultados: Demonstrou-se que 35% da amostra apresentou a faixa etária de 60 a 64 anos, 35% eram casadas/união estável e 71,6% tiveram entre 0 a 9 anos de estudo, 56,7% apresentaram sobrepeso ou obesidade. 83,4% apresentaram o tempo de conhecimento do diagnóstico maior de 6 anos, podendo sugerir uma QV prejudicada. No Domínio Físico, 26,27% das idosas estudadas apresentaram QV prejudicada em relação ao item de dor e desconforto, e 42,8% referiram que a dependência de medicamentos anti-hipertensivos bem como o tratamento em longo prazo repercute na qualidade de vida. No Domínio Psicológico, 21,19% das entrevistadas apresentaram sentimentos negativos em relação a sua vida, e o Domínio Relação Sociais analisado não apresentou alteração na QV. No Domínio Meio Ambiente e Domínio Geral foi observado a falta de cuidados de saúde em 47,88% e recreação e lazer em 44,92%. Conclusão: A hipertensão arterial interfere diretamente na qualidade de vida da população idosa, sendo necessária uma abordagem mais ampla do problema em questão, de modo a garantir um controle mais efetivo da doença e uma maior adesão ao tratamento, visando melhoria nos aspectos biopsicossociais avaliados pela pesquisa. Descritores: Qualidade de vida; saúde; hipertensão. 10 Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 41134 Assistência de enfermagem ao paciente com Cor Triatriatum PHELIPE GOMES DE BARROS, MARIA MARIANA BARROS MELO DA SILVEIRA, CHRISTEFANY REGIA BRAZ COSTA E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA PROCAPE, Recife, PE, BRASIL. A Cor Triatriatum é uma malformação congênita rara, onde o átrio esquerdo fica subdividido por uma membrana fina, resultando em três câmaras atriais. A comunicação entre as câmaras atriais separadas poderá ser grande, pequena ou ausente. O objetivo do trabalho é relatar o caso de uma paciente admitida com o diagnóstico de Cor Triatriatum e traçar os cuidados de enfermagem. Trata-se de um relato de caso de uma paciente admitida em Abril de 2015 na emergência de um hospital de referência em cardiologia de Pernambuco. Os dados foram coletados através de anamnese, exame físico e prontuário. B.L.S., 52 anos, sexo feminino, procedente de Recife- PE, baixa escolaridade, admitida com queixa de dispneia progressiva, dispneia paroxística noturna, edema de MMII, com hipótese diagnóstica de IC de perfil B. Diabética, hipertensa, com história pregressa de complicações durante o parto há 08 anos, no qual foi diagnosticado uma anormalidade estrutural cardíaca. Relata dispneia aos moderados esforços há 12 anos. Deu entrada em outro serviço o qual foi diagnosticado uma anormalidade estrutural cardíaca sem possibilidade de intervenção cirúrgica, sendo mantido acompanhamento ambulatorial. Mostrou-se pouco comunicativa, fazendo uso irregular das medicações, com pioria de quadro (episódios de dor torácica em pontada e palpitações). No período de internamento realizou diversos exames diagnósticos, o qual foi diagnosticado Cor Triatriatum, Fibrilação Atrial e Insuficiência Mitral moderada. Foi elaborado um planejamento de enfermagem para essa paciente, e tinha como prioridade: melhorar o padrão respiratório, atentar para monitorização hemodinâmica, cuidado com medicações utilizadas, efetivar a adesão ao regime terapêutico, promoção do envolvimento familiar, suporte emocional, entre outros. Os principais diagnósticos de enfermagem diante do caso relatado foram: Troca de Gases prejudicada, Débito Cardíaco Diminuído, Controle Ineficaz do Regime Terapêutico, Baixa Autoestima Situacional e Enfrentamento Familiar Ineficaz. O relato permitiu aprofundar os conhecimentos sobre a patologia, bem como elaborar diagnósticos de enfermagem e planos de cuidados de enfermagem, reafirmando a importância do Processo de Enfermagem em todas as etapas do processo saúde-doença, contribuindo para a recuperação do paciente numa perspectiva de assistência individualizada, com práticas assistenciais cada vez mais fundamentadas cientificamente. Resumos Temas Livres 41135 41137 Modificação na taxa de secreção de peptídeo natriurético atrial pode minimizar a hipertensão em ratos espontaneamente hipertensos Diagnósticos de Enfermagem a uma criança com Tetralogia de Fallot: estudo de caso. MILTON VIEIRA COSTA, MARINA VALDEZ DOS SANTOS, NATÁLIA WANDERLEY DE AMORIM, LARA FARIAS, RENATA LINS CHIANCA, CARLA ROBERTA VIEIRA DA SILVA, BEATRIZ TRINDADE DA ROCHA, POLLYANNA CARLA CAMELO DE ARAÚJO COTRIM CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC, MACEIÓ, AL, BRASIL. THAMIRES TAVARES DA SILVA, SUELEN OLIVIA DA SILVA, HIRLA VANESSA SOARES DE ARAJO E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA Instituição Instituição Instituição Instituição Instituição Instituição Instituição Instituição Instituição Instituição Introdução: A Hipertensão essencial (HE) é um fator de risco importante para a morbidade e mortalidade, através de acidente vascular encefálico, insuficiência cardíaca, doença coronariana e insuficiência renal. O peptídeo natriurético atrial (ANP) é um hormônio protéico secretado pelas células musculares do átrio direito, em resposta à elevação da pressão arterial, hipervolemia ou estresse oxidativo (Eox). Promove uma redução no volume de sangue e do débito cardíaco, e, por conseguinte, a diminuição da pressão arterial. Metodologia: Foram usados ratos espontaneamente hipertensos (SHR) e Wistar Kyoto (WKY), machos, com 3 meses de idade, divididos em quatro grupos com dez animais cada: Grupos não tratados (WKY e SHR), que receberam placebo, e os grupos tratados (Wistar-Kyoto + vitamina C e SHR + vitamina C), que receberam 200 mg / kg / dia de ácido arcósbico por sonda orogástrica durante cinco semanas. A pressão sanguinea, hipertrofia ventricular esquerda, ANP, e estresse oxidativo foram comparados entre os grupos por pletismografia, estereologia, microscopia confocal de varredura a laser, microscopia eletrônica de transmissão, western blot e RT-PCR. Resultados: No início do experimento, não existia diferença no valor da pressão arterial entre os animais Wistar-Kyoto, ou entre os animais hipertensos, SHR. Mas ao final do experimento, os animais hipertensos tratados com vitamina C reduziram a pressão arterial, ficando no mesmo nível dos animais controle. O tratamento com vitamina C também reduziu a hipertrofia cardíaca e o estresse estresse oxidativo. Os animais hipertensos apresentaram aumento de imunomarcação para o anticorpo específico de ANP, maior expressão proteica e aumento na expressão do gene que codifica o ácido ribonucleico mensageiro responsável pela produção do ANP. O tratamento com antioxidante reduziu o estresse oxidativo e também normalizou esses parâmetros. Conclusão: Este estresse oxidativo pode estar envolvido no mecanismo de sinalização para o aumento da expressão de ANP nos miócitos atriais. Neste modelo de hipertensão, o ANP atua de forma homeostática, abrandando a elevação da pressão arterial. 41143 Assistência de Enfermagem ao paciente com Atresia Tricúspide. THAMIRES TAVARES DA SILVA, SUELEN OLIVIA DA SILVA, MARIA MARIANA BARROS MELO DA SILVEIRA E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL - PROCAPE/Pronto de Socorro Cardiológico-PE, Recife, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: A Atresia Tricúspide é uma doença rara que representa cerca de 1% a 3% das cardiopatias congênitas cianóticas. É caracterizada por agenesia da valva tricúspide, com ausência de comunicação entre o Átrio direito e o Ventrículo direito. RELATO DE CASO: O estudo foi realizado em um hospital de referência em cardiologia em Recife-PE, em 2015. Paciente: A.R.S.L, 01 ano, sexo masculino, natural de Santa Maria de Boa Vista- PE foi diagnosticado com Atresia Tricúspide + Comunicação Interatrial ampla + Comunicação Interventricular moderada + Persistência do Canal Arterial ampla e dificuldade para estabelecer conexão Ventriculo-Atrio. Em 09/02/2015 foi hospitalizado com cianose de extremidades e historia de dispneia durante a amamentação há 1 mês e meio. Na admissão foi constatado baixo peso e anemia ferropriva. Ao exame físico: EGR, ativo, afebril (36,3ºC), hidratado, hipocorado (2+/4+), cianótico (1+/4+), taquidispneico. AR: MV+ bilaterais sem RA, FR: 44 rpm. ACV: BCNF; RCR em 2T, com sopro sistólico de (3+/6+) BEE. FC: 118bpm. AGI: abdome normotenso, RHA +, Fígado palpável a 3cm RCD, evacuações presentes, diurese espontânea amarelo citrino. ASLM: Membros sem edemas. Foi indicado ao procedimento cirúrgico no dia 18/03/2015, porém não foi realizado, pois fez Toracotomia e durante tentativa de fechamento do canal arterial dessaturou, apresentou reação alérgica ao concentrado de hemácias ficando 17 dias na UTI, recebeu alta para enfermaria. Os principais diagnósticos de enfermagem identificados foram: Débito cardíaco diminuído relacionado à alteração de fluxo sanguínea, evidenciado por alterações no ECG, fadiga e mudança de cor de pele; Padrão respiratório ineficaz relacionado à perfusão pulmonar diminuída, evidenciado por dispneia e queda na saturação de O2; Integridade da pele prejudicada relacionada à realização de procedimentos invasivos, evidenciada por rompimento da superfície da pele; Processos familiares interrompidos relacionados a alterações do estado de saúde de um membro da família, evidenciado por mudanças em padrões de rotina diária e na disponibilidade da resposta afetiva. CONCLUSÃO: Paciente recebeu alta no dia 15/05/2015, segue sobre os cuidados da genitora e em acompanhamento do cardiopediatra e do endocrinopediatra na região onde mora. O Levantamento dos diagnósticos de enfermagem subsidiará a continuidade da Sistematização da Assistência de Enfermagem na forma holística e adequada. Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL - PROCAPE/Pronto de Socorro Cardiológico-PE, Recife, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: A Tetralogia de Fallot é uma das cardiopatias congênitas mais comuns, atinge em torno de 3,5 a 6% das crianças nascidas com cardiopatias. Caracterizada por desvio anterossuperior do septo infundibular, que produz estenose Pulmonar infundibilar, resultando na formação de CIV, dextraposição e cavalgamento da aorta, obstrução do fluxo sanguíneo do ventrículo direito e hipertrofia do mesmo. Assim, a elaboração dos Diagnósticos de Enfermagem (DE) consiste em etapa de grande importância, pois subsidiam a tomada de decisão do enfermeiro durante sua assistência. RELATO DE CASO: O estudo foi realizado em um hospital de referência em cardiologia em Recife-PE, em 2015. S.C.M, 04 anos, sexo feminino, natural de Jacaré dos Homens-AL foi diagnosticada com Tetralogia de Fallot em 2012, sendo internada e submetida a procedimento cirúrgico paliativo (Blalock-Taussing). No dia 06/04/15 foi admitida com quadro de cianose e dispneia com episódios recorrentes há 06 meses segundo informações colhidas. Ao exame físico: EGR, ativa, reativa, interativa, afebril (36,3C), hidratada, hipocorada (1+/4+), cianótica (1+/4+), anictérica. AR: MV+ em AHT sem RA, FR: 24 rpm. ACV: RCR em 2T, com sopro sistólico de ejeção em BEE e dorso. FC: 126 bpm. AGI: abdome depressível, indolor a palpação, dieta VO com pouca aceitação, evacuações presentes. AGU: diurese espontânea de coloração de amarelo citrino. ASLM: Membros sem edemas. No dia 14/05/15 foi submetida à Correção total de Tetralogia de Fallot (ampliação via de saída de ventrículo direito + dilatação de veia pulmonar + correção de CIV) segue em acompanhamento na UTI pediátrica. Foram identificados como DE: Débito cardíaco diminuído relacionado a pós-carga alterada, caracterizado por alterações no ECG, fadiga, dispneia, mudança de cor de pele, resistência vascular pulmonar aumentada, fração de ejeção diminuída e agitação Integridade da pele prejudicada relacionado a processos invasivos caracterizado por rompimento da superfície da pele; Processos familiares interrompidos relacionados a alterações do estado de saúde de um membro da família, caracterizado por mudanças em padrões de rotina diária e na disponibilidade da resposta afetiva. CONCLUSÃO: Como parte integrante do processo de enfermagem, o levantamento dos diagnósticos de enfermagem subsidiará a continuidade da Sistematização da Assistência de Enfermagem, de forma holística, individual e adequada. 41144 Diagnóstico fetal de aneurisma de ventrículo esquerdo com boa evolução extrauterina –relato de caso. ANA HELBANE DE SOUSA JACOME DOS SANTOS, RAIMUNDO FRANCISCO DE AMORIM JÚNIOR, SHEILA MARIA VIEIRA HAZIN E SANDRA DA SILVA MATTOS Círculo do Coração de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. Introdução: Aneurisma ventricular esquerdo (AVE) é definido como defeito focal na parede muscular do ventrículo devido a anormalidade intrínseca na embriogênese. É uma entidade rara, com incidência indeterminada no mundo. A maioria dos pacientes com AVE é pouco sintomática, mas alguns podem evoluir com apresentação clínica grave. Usualmente, o tratamento clínico ou acompanhamento é considerado nos casos sem sintomatologia, enquanto casos mais graves devem ser submetidos a cirurgia cardíaca corretiva. Com o avanço da ecocardiografia fetal nos últimos anos, o diagnóstico intrauterino de AVE vem aumentando. O presente relato de caso descreve o diagnóstico de AVE por ecocardiograma fetal numa gestante sem fator de risco com necessidade de correção cirúrgica posterior. Relato de caso: Gestante com 33 semanas, GII PI A0, sem fatores de risco para malformações cardíacas fetais procura centro de referência em cardiologia materno fetal para realização de ecocardiograma fetal de rotina que evidenciou aneurisma de ponta de ventrículo. Foi discutido com médico assistente a necessidade de o parto ser realizado em centro de cardiologia neonatal. O paciente nasceu a termo, com leve desconforto respiratório. Ecocardiograma neonatal foi realizado no mesmo dia, evidenciando: ventrículo esquerdo aumentado com presença de aneurisma e ponto ecogênico, forame oval e canal arterial patente com shunt E-D e função biventricular preservada. Ecocardiograma realizado uma semana após o nascimento evidenciou o AVE com 2,4x2,0 cm com presença de extrassístoles constantes. Cirurgia corretiva foi realizada nove dias após o nascimento, sem intercorrências. Ecocardiograma pós-operatório evidenciou bom resultado cirúrgico, com função biventricular preservada e ritmo normal. Atualmente encontra-se com dois anos de idade e sem evidência clínica e ecocardiográfica de sequela cardíaca. Conclusão: O AVE é uma condição rara, cujo conduta clínica varia entre diferentes pacientes. A ecocardiografia fetal de rotina pode auxiliar no diagnóstico e manejo de tais pacientes. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 11 Resumos Temas Livres 41147 Hipoplasia do ventrículo direito com seguimento clínico conservador: relato de um caso. CAMILLA CANGUSSÚ FERREIRA, ANA HELBANE DE SOUSA JACOME DOS SANTOS, ANDRÉA DANTAS SENA E SANDRA DA SILVA MATTOS Círculo do Coração de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. Introdução: A hipoplasia isolada de ventrículo direito (HVD) é uma doença congênita rara que é caracterizada pela ausência da porção trabeculada do ventrículo direito sem associação com outras anormalidades cardíacas (exceto foramen oval patente e comunicação interatrial). Diversos casos já foram descritos na literatura, sendo a presença de cianose e insuficiência cardíaca na infância uma constante. Por outro lado, poucos casos foram relatados com diagnóstico pré-natal e que o tratamento conservador proporcionou numa boa evolução. O presente artigo faz parte deste último caso. Relato de caso: Mulher de 35 anos, GII PI A0, com primeiro filho sem anormalidades cardíacas, é encaminhada a um serviço de referência de cardiologia pediátrica devido a não visualização completa da imagem de 4 câmaras cardíacas ao ultrassom obstétrico na 28 semana de gestação. O primeiro ecocardiograma fetal evidenciou hipoplasia do ventrículo direito e da valva tricúspide. As artérias pulmonares eram confluentes e pequenas. Havia imagem sugestiva de comunicação interventricular com shunt esquerda-direta, suspeitando-se de uma cardiopatia congênita ducto-dependente. Após o nascimento, a paciente evoluiu clinicamente bem, optando-se pelo manejo conservador. O ventrículo direito desenvolveu-se e, atualmente, a paciente é acompanhada pela cardiopediatria. Atualmente, a mesma possui 3 anos de idade. Conclusão: A HVD é uma entidade rara e usualmente apresenta evolução para cianose e insuficiência cardíaca. Porém, pode apresentar outro espectro clínico, com paciente evoluindo clinicamente bem com manejo conservador. Ainda não há protocolos específicos que definam quando cada manejo é mais apropriado. 41149 Pentalogia de Cantrell incompleta com dupla via de saída de ventrículo direito, comunicação interatrial, interventricular e divertículo de ventrículo esquerdo. Relato de um caso. RAIMUNDO FRANCISCO DE AMORIM JÚNIOR, FERNANDA CRUZ DE LIRA ALBUQUERQUE, SHEILA MARIA VIEIRA HAZIN E SANDRA DA SILVA MATTOS Círculo do Coração de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. Introdução: A pentalogia de cantrell (PC) é uma doença rara e caracteriza-se pela associação de defeitos em 5 localizações: parede abdominal, terço inferior do esterno, diafragma, pericárdio e coração. A sua incidência é estimada em 5,5 para cada 1.000 nascidos vivos. As malformações cardíacas são variadas, sendo mais comum a comunicação interventricular (presente em 72% dos casos). O diagnóstico é clínico e radiológico, através da detecção dos defeitos que compõem a PC. É frequente a utilização de angiotomografia na literatura para definição das anomalias intra e extracardíacas. Relatamos um caso de paciente com PC incompleta, por não apresentar defeito da parede abdominal, tendo como cardiopatias: dupla via de saída de ventrículo direito, comunicação interatrial, comunicação interventricular e divertículo de ventrículo esquerdo Relato de caso: Paciente com 2 meses de idade, nascida no interior do estado da Paraíba-Brasil. Pré-natal sem intercorrências, tendo realizado ultrassonografia morfológica normal. Foi evidenciada, ao nascimento, uma massa pulsátil em abdome, logo acima da cicatriz umbilical. Ultrassonografia de abdome demonstrou defeito em diafragma e ecocardiograma demostrou ectopia cordis, CIA e CIV. Angiotomografia foi sugestiva dos mesmos achados, porém conformou a presença de dupla via de saída de VD. Optado por tratamento cirúrgico em dois tempos, sendo o primeiro para ressecção do divertículo de ventrículo esquerdo e o segundo para correção das demais anomalias cardíacas. Foi realizado procedimento para excisão do divertículo e a falha diafragmática foi fechada. A paciente segue internada em UTI, em uso de dobutamina. Conclusão: Existem poucos relatos na literatura de associação de dupla via de saída de ventrículo direito com PC. A mortalidade na doença é alta, podendo chegar a 60% mesmo nos submetidos a correção cirúrgica. Os defeitos do externo e alguns defeitos cardíacos normalmente são abordados em um segundo tempo cirúrgico. O diagnóstico pré natal pode ser feito a partir do primeiro trimestre, mas é dificultado, possivelmente, pela falta de conhecimento desta síndrome.. 41151 Doença de Kawasaki com evolução atípica para recorrência, aneurisma gigante coronariano e de artéria periférica e AVC isquêmico. Um relato de caso. Comparando índices de reteste entre diferentes metodologias de triagem por OPA RAIMUNDO FRANCISCO DE AMORIM JÚNIOR, CAMILLA CANGUSSÚ FERREIRA, JULIANA RODRIGUES NEVES E SANDRA DA SILVA MATTOS CICERA ROCHA DOS SANTOS, CAROLINA PAIM GOMES DE FREITAS, RENATA GRIGORIO SILVA GOMES, FELIPE ALVES MOURATO E SANDRA DA SILVA MATTOS Círculo do Coração de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. Introdução: A doença de Kawasaki (DK) é uma vasculite de médios vasos de rara apresentação e etiologia desconhecida, com incidência anual de 20 a 250 casos/100.000 habitantes, sendo mais prevalente no sexo masculino. O diagnóstico é clinico, sendo comum a confusão diagnostica com outras doenças exantemáticas. A DK costuma ser autolimitada, porem a taxa de complicações coronarianas (aneurismas ou ectasias) é de 43% nos pacientes não tratados com imunoglobulina intravenosa (IGIV). O prognóstico destes pacientes está relacionado, dentre outras coisas, à presença e tamanho do aneurisma coronariano (AC). Complicações em outros leitos arteriais e acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) são de ocorrência mais rara e são normalmente relatadas em associação com AC gigantes. A recorrência da DK é rara. Relatamos um caso de lactente com DK complicado com aneurisma gigante, AVCi e recorrência da doença. Relato de caso: Paciente, 9 meses, internado com amigdalite purulenta, febre e rash escarlatiniforme, tendo sido tratado com corticoide e antibióticos. O rash permaneceu por 20 dias e febre por 30 dias, tendo evoluído também com conjuntivite e descamação de mãos e pés. Não fez IGIV. Após 3 meses, apresentou hemiparesia direita e estrabismo. Ressonância magnética foi sugestiva de AVCi e ecocardiograma demonstrou AC em descendente anterior de 11 mm e grande aneurisma de artéria axilar direita. Foi iniciado IGIV e AAS em dose anti-inflamatória, além de prednisona, heparina de baixo peso molecular (HBP) e interferon. Paciente teve boa recuperação motora. Retornou à emergência 4 meses depois com febre, rash, hiperemia labial e conjuntivite, tendo sido iniciado IGIV, com melhora. Paciente em seguimento há dois anos sem apresentar novas queixas, em uso de HBP, AAS e propranolol. O diâmetro da AC reduziu para 7 mm. Conclusão: A doença de Kawasaki é rara e pode ser de difícil reconhecimento devido à semelhança clínica com outras patologias, sobretudo exantemáticas. A suspeita deve partir também da não melhora da febre e do rash nestas doenças. O atraso na terapia com IGIV pode propiciar complicações, como AC e AVCi. 12 41148 Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 Círculo do Coração de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. Introdução: A oximetria de pulso arterial (OPA) é utilizada para triagem das cardiopatias congênitas críticas (CCC). Diferentes metodologias de triagem, entretanto, foram descritas. Tais metodologias variam desde os pontos de corte obtidos pelo oxímetro e no número de locais onde a OPA é realizada (pré e pós-ductal ou apenas pósductal). Tais características podem influenciar no número de retestes necessários para confirmação de triagem positiva, impactando na rotina e custos nos serviços de saúde. O presente trabalho visa comparar os índices de reteste entre diferentes metodologias descritas na literatura. Metodologia: um banco de dados com valores das oximetrias pré e pós-ductal foi obtido retrospectivamente de um total de 53678 neonatos triados para CCC na Paraíba. Foram comparados os métodos descritos por Ewer, Riede, Granelli, da Secretary’s Advisory Committee on Heritable Disorders in Newborns and Children (SACHDNC) e SACHDNC modificado. Os índices de reteste foram descritos em percentagem do total da amostra. O Q teste de Cochran foi utilizado em busca de significância estatística. Um valor de p < 0,05 foi considerado significativo. Resultados: Houve grande variação entre os índices de reteste entre diferentes metodologias. A que apresentou menores índices foi a metodologia da SACHDNC e a maior foi a descrita por Ewer. Houve diferença estatisticamente significante entre os métodos descritos pelo SACHDNC e o restante. Conclusão: diferentes metodologias levam a grandes diferenças na proporção de restestes necessários na triagem de cardiopatias congênitas. A adoção de metodologias que levam a menor índice de retestes pode levar a um melhor fluxo da rotina e menor quantidade de falso-positivos. Tal fato ganha maior importância em regiões em desenvolvimento que adotam a triagem por OPA para CCC, pois os profissionais de saúde usualmente enfrentam sobrecarga de trabalho e o acesso ao ecocardiograma para confirmação diagnóstica é mais difícil. Resumos Temas Livres 41152 Perfil epidemiológico da Hipertensão Arterial em populosos municípios do Pernambuco. PHELIPE GOMES DE BARROS, MARIA MARIANA BARROS MELO DA SILVEIRA, CHRISTEFANY REGIA BRAZ COSTA, GLAYCE RENATA FERREIRA DE CARVALHO, REBEKA MARIA DE OLIVEIRA BELO, HIRLA VANESSA SOARES DE ARAJO, GABRIELA FREIRE DE ALMEIDA VITORINO, MAYARA INACIO DE OLIVEIRA, TIAGO EUGENIO DUARTE RIBEIRO, BRUNO CANUTO DE MEDEIROS E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. A Hipertensão Arterial é uma entidade clínica multifatorial, conceituada como síndrome caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados, associados a alterações metabólicas e hormonais e a fenômenos como hipertrofia cardíaca e vascular. É considerada um dos principais fatores de risco de morbidade e mortalidade no Brasil e no Mundo. Possuindo altos custos sociais associados ao tratamento para o controle dos níveis pressóricos e por sua alta prevalência na população, a Hipertensão caracteriza-se como um grave problema de saúde pública. O presente estudo buscou traçar o perfil da população hipertensa dos cinco mais populosos municípios do estado do Pernambuco, sendo selecionados: Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Caruaru, Paulista e Petrolina, conforme o critério citado. A capital, Recife, não foi estudada devido à ausência de dados acerca da temática nas fontes utilizadas para coleta dos mesmos. O período estudado englobou os anos de 2008 a 2012. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo com abordagem quantitativa. A coleta de dados aconteceu através de fontes secundárias no banco de dados do Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos/ DATASUS. Foram utilizadas as seguintes variáveis: Sexo, Faixa Etária, Tabagismo, Sedentarismo, Infarto Agudo do Miocárdio, Acidente Vascular Encefálico e Risco. Nos cinco municípios a maioria da população hipertensa foi composta por mulheres, com uma média de 68,6%; a faixa etária mais acometida foi de adultos e idosos com uma média de 58,4 anos; as mulheres possuíram maior associação entre Tabagismo e Hipertensão (63,4%), o mesmo ocorreu com o Sedentarismo (71,6%), Sobrepeso (76,0%), Infarto Agudo do Miocárdio (62,8%) e Acidente Vascular Encefálico (60,5%). Quanto ao Alto Risco, 74,3% foram do sexo feminino. Pode-se perceber que a hipertensão foi mais prevalente entre o sexo feminino, o que evidencia uma maior vulnerabilidade para o desenvolvimento da doença, além da associação com fatores de risco para a Hipertensão Arterial, fato este que pode estar relacionado às mudanças sociodemográficas, onde as mulheres passaram a ocupar o mercado de trabalho e a executar tarefas na esfera social que sobrecarregam seu organismo. Sendo assim, faz-se necessário maior investimento em ações direcionadas a essa parcela da população, de modo a diminuir a incidência da doença, evitando assim, gastos com adoecimentos por causas possivelmente evitáveis. 41155 Impact from virtual out-patient paediatric cardiology clinics in northeast Brazil. JULIANA SOUSA SOARES DE ARAÚJO, CLAUDIO TEIXEIRA REGIS, RENATA GRIGORIO SILVA GOMES, KLECIDA NUNES RODRIGUES, NICOLY NEGREIROS DE SIQUEIRA MARIANO, FERNANDA CRUZ DE LIRA ALBUQUERQUE, FELIPE ALVES MOURATO E SANDRA DA SILVA MATTOS Círculo do Coração de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. Introduction: Congenital heart disease (CHD) occurs in approximately 1% of live births, and it is an important factor of neonatal morbidity and mortality. Similar to many other developing countries, Brazil faces a deficit in the number of paediatric cardiologists, particularly in its poorest regions, the north and the northeast. In this context, the implementation of a virtual out-patient clinic with the aid of different telemedicine resources may be helpful in the care of children with heart defects. Methods: patients under 18 years of age treated in the virtual clinic between January 2013 and May 2014 were selected. They were divided in 2 groups: those who underwent screening for CHD in the neonatal period and those who did not. Clinical and demographic characteristics were collected for further statistical analysis. Results: a total of 653 children and teenagers were seen at the virtual out-patient clinics. From those, 229 had been submitted to neonatal screening. Fewer cardiovascular abnormalities were observed in this group. Conclusion: The implementation of paediatric cardiology virtual out-patientc clinics can positively impact on the level of care provided to children in areas hindred by the lack of specialized personnel. Palavras-chave: Epidemiologia, Hipertensão Arterial, Saúde Pública.. 41199 41225 Gestação em portadoras de valvulopatias: avaliação descritiva da morbidade materno-fetal Estudo do perfil clínico-epidemiológico do paciente portador da doença de chagas no estado de Pernambuco - PE JESSICA AZEVEDO MELO MARINHO, WYNDIRA MARHALLE SIMIAO NUNES VENANCIO, DANIELA FANTATO LIMA E ALEXANDRE JORGE GOMES DE LUCENA GABRIELA VIANNA DE ANDRADE LIMA, THAIS ARAUJO NOBREGA, BARBARA MARIANA DOS SANTOS SILVA, CIRO CALHEIROS DE MIRANDA BEZERRA, ROMARIO RODRIGUES ALVES, CAROLINA DE ARAUJO MEDEIROS, MARIA DA GLORIA AURELIANO MELO, SÍLVIA MARIA LUCENA MONTENEGRO, SILVIA MARINHO MARTINS E WILSON ALVES DE OLIVEIRA JUNIOR IMIP, RECIFE, PE, BRASIL. Introdução: O ciclo gravídico puerperal é marcado por profundas alterações cardiovasculares fisiológicas adaptativas que representam uma carga adicional ao trabalho cardíaco. No Brasil, em torno de 4,2% das gestantes apresentam alguma cardiopatia na gravidez e a valvulopatia reumática é a causa mais frequente, responsável por mais de 50% dos casos.Objetivos: Esse estudo visa estabelecer a influência da cardiopatia valvar materna em suas diferentes apresentações, na evolução da gestação e avaliar se estas valvulopatias determinam aumento das complicações materna e fetal. Métodos: Estudo retrospectivo, quantitativo, descritivo, observacional, de corte transversal, realizado com através do banco de dados do setor de cardiopatia e gravidez e revisão dos prontuários de todas as pacientes acompanhadas no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP).Resultados: Foram incluídas no estudo 52 gestantes, a média de idade materna ao parto foi de 27,12 anos (desvio padrão - DP 7,61); o tempo médio de internação destas pacientes foi de 16,12 dias (DP 14,05). A idade gestacional média ao parto foi de 36,74 semanas (DP 3,41); em relação ao numero de gestações e paridade a incidência foi 2,17 (DP1,68) e 1,92 (DP 1,55), respectivamente. A via de parto foi vaginal (ou vaginal com fórceps de alívio) em 53,8% (28 gestantes) e cesárea em 46,2% (24 gestantes). Todas as gestantes eram portadoras de disfunção valvar e 61,2% das gestantes (30 pacientes) já tinham se submetido a algum procedimento cardíaco (valvuloplastia cirúrgica ou troca de válvula). Cinco pacientes (9,6% das gestantes) com estenose mitral grave se submeteram a valvuloplastia mitral percutânea por cateter balão durante a gestação. A incidência de complicações maternas (um composto formado pelas variáveis: piora de insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão, arritmia necessitando tratamento, ruptura de cordoalha tendínea, parada cardiorrespiratória e fenômeno tromboembólico) foi de 30% (15 pacientes). E a incidência de complicações fetais foi de 55,8% (29 fetos/RN). Conculsão: A gestação em portadoras de valvulopatia é relacionada com elevado numero de complicações maternas e fetais, sendo necessário ainda um numero maior de gestações para determinação estatística precisa da morbidade e de e prognóstico materno-fetal. Ambulatório de Doença de Chagas e IC, Recife, PE, BRASIL - Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE), Recife, PE, BRASIL - Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. Introdução: A Doença de Chagas (DC) é uma importante causa de cardiomiopatia nas áreas endêmicas latinoamericanas, predominando em classes com condições socioeconômicas menos favorecidas perfazendo grande desafio às políticas de saúde pública. No Estado de Pernambuco há um serviço de referência onde funciona ambulatório destinado especialmente ao atendimento das pessoas portadoras de DC. Objetivo: Analisar perfil clínico-epidemiológico dos pacientes portadores da DC acompanhados em serviço ambulatorial específico. Metodologia: Estudo iniciado com 455 pacientes sendo excluídos 61 por ausência de informações essenciais, finalizado com 394 pacientes. O estudo de desenho transversal incluiu pacientes portadores da DC, sendo utilizada a classificação baseada em estágios de acordo com a I Diretriz Latino-Americana da Cardiopatia Chagásica (Sociedade Brasileira de Cardiologia). Foram analisadas as variáveis: idade, sexo, naturalidade e procedência, fração de ejeção (pelo ecocardiograma, método de Teichholz), frequência de arritmias (taquicardia ventricular não sustentada TVNS e extrassístole ventricular - EV) e comorbidades associadas. Resultados: Quanto à naturalidade, a Zona da Mata foi a mais frequente (37,5%), seguida pelo Agreste (20,8%), e 11,4 % da Região Metropolitana do Estado de Pernambuco. A idade média foi de 60 anos, com desvio padrão de 13,1 e maior prevalência das mulheres (68%), mantendo mesmo padrão observado entre as diferentes classificações da DC (A, B, C). Observou-se que 53% apresentaram Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e 13,4% Diabetes. A FE média geral foi de 57,2%, com diferenças quanto aos estágios (estágio C - FE: 38,6%) . O Holter foi realizado em 53,5% dos pacientes do estágio B, sendo registrado TVNS em 42,2% e EV em 78%; 61 % pacientes da classe C também realizaram o exame, sendo verificada a presença 69,6% de TVNS e 88,6% de EV. Conclusão: A DC tem importante impacto na qualidade de vida e aspectos socioeconômicos de seus portadores. Possui status endêmico na América Latina, devido a quantidade de casos de doença cardíaca e morbimortalidade com a evolução crônica da doença. O estudo visa promover uma análise de população acometida no que concerne às características epidemiológicas e ao impacto da evolução da doença na função cardíaca avaliada através de achados clínicos, propiciando subsídios para planejamento de intervenções em saúde pública. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 13 Resumos Temas Livres 41255 Análise territorial dos portadores de Doença de Chagas em ambulatório pernambucano Identificação do risco cardiovascular através de medidas antropométricas de crianças e adolescentes com excesso de peso CARLOS ENRRIQUE PLACENCIA PISCOYA, RODRIGO G A MIRANDA, THIAGO DE OLIVEIRA SILVA, JOO GABRIEL MENDES MORAIS, KAYLON K S GODÊ, CRISTINA CARRAZONI, MARIA DA GLORIA AURELIANO MELO, SÍLVIA MARIA LUCENA MONTENEGRO, SILVIA MARINHO MARTINS E WILSON A O JUNIOR LIZELDA MARIA DE ARAUJO, MARINA HORTENCIA DA SILVA BARROS, AMANDA FERNANDES OLIVEIRA DE SOUZA, MANUELLA ITALIANO PEIXOTO, HÁKYLLA RAYANNE MOTA DE ALMEIDA, TATIANE DE OLIVEIRA SLVA, ANA KARLA DA SILVA FRANÇA, CLAUDIA MOTA DOS SANTOS E KEILA FERNANDES DOURADO Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL - Hospital Barão de Lucena, Recife, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: A Organização Mundial de Saúde estima que 8-10 milhões de pessoas no mundo possuam a Doença de Chagas(DC). O estado de Pernambuco, é uma área endêmica de DC, sendo o sertão considerado uma região de alto/médio risco para a doença e a Região Metropolitana, uma área sem triatomíneo. Estudos apontam que existe uma maior mortalidade nos indivíduos que permanecem na mesma região de origem. OBJETIVO: Avaliar a naturalidade e procedência dos pacientes portadores da DC e verificar a associação entre essas variáveis e os diferentes estágios. METODOLOGIA: O estudo foi desenvolvido em ambulatório de referência para DC, na cidade de Recife-PE. Foram avaliados 421 prontuários de pacientes com DC, estratificados em relação ao estágio clínico A, B e C, de acordo com a I diretriz latinoamericana para o diagnóstico e tratamento da Cardiopatia Chagásica. As variáveis estudadas foram naturalidade e procedência, para as seguintes mesorregiões de Pernambuco: Agreste, Zona da Mata, Região Metropolitana, Sertão, e outros estados. RESULTADOS: Dos 421 pacientes estudados, 100 apresentavam-se em estágio clínico A, 192, em estágio clínico B e 129, em estágio clínico C. Os pacientes. diferiram quanto a principal frequência na naturalidade, sendo o estágio A o Sertão (26%), e os estágios B(43.75%) e C(41.09%) a Zona da Mata. Quanto a procedência, todos os estágios possuem na Região Metropolitana, a maior prevalência (p=1.3 para naturalidade e p=0.6 para procedência). CONCLUSÃO: A Zona da Mata, que no passado era considerada de alta endemicidade para a doença, foi a naturalidade mais frequente nas formas moderada e grave (estágios B e C). Não foi comprovado na nossa amostra que a permanência em regiões endêmicas (procedência) tenha tido maior frequência de estágios mais avançados. A migração foi relevante em todos os grupos, e de todas as regiões do estado para a Região Metropolitana. Tendo em vista o baixo poder sócio-econômico-cultural é provável que esses pacientes tenham procurado a cidade em busca de melhores oportunidades ou, considerando também, entre os pacientes mais graves (estágio C), a busca por tratamento especializado. 41268 Estudo de polimorfismos genéticos na Síndrome Coronariana Aguda. LILÍAN CAROLINY AMORIM SILVA, FABIA CARLA DA SILVA SOARES, ROMARIO MARTINS ARAUJO, SERGIO TAVARES MONTENEGRO, ROBERTO PEREIRA WERKHAUSER, MARIA CELITA DE ALMEIDA, CLARICE N. LINS DE MORAES, VIVIANE DO CARMO VASCONCELOS DE CARVALHO E SÍLVIA MARIA LUCENA MONTENEGRO Centro de pesquisas Aggeu Magalhães, Recife, PE, BRASIL - Real Hospital Português, Recife, PE, BRASIL - HEMOPE, Recife, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares são responsáveis pela morte de aproximadamente um terço da população do mundo. A síndrome coronariana aguda (SCA) é uma doença cardiovascular causada pelo desequilíbrio entre o suprimento e a demanda de oxigênio no miocárdio, sendo a principal causa cardiovascular de internação hospitalar, resultando em 30% de todas as mortes no mundo. Alguns polimorfismos genéticos podem estar relacionados com a susceptibilidade dos indivíduos ao desenvolvimento de SCA. Dentre eles encontram-se os polimorfismos nos genes IL-6 e IL-1, relacionados à SCA. MÉTODOS: O estudo Foi realizado em 100 pacientes com SCA internados no Real Hospital Português (RHP), situado em Recife – PE, no período de 2012 até 2014. Além de 100 indivíduos saudáveis para o grupo controle, as amostras foram coletadas do Hemocentro de Pernambuco (HEMOPE). Os indivíduos participantes do estudo são adultos com idade acima de 18 anos. Foram coletados 5 ml de sangue em tubo contendo EDTA para análise dos polimorfismos genéticos. O DNA obtido após extração foi amplificado pela Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) com os primers específicos para os polimorfismos de interesse. Os fragmentos foram analisados em gel de agarose a 1% e o produto de PCR submetido ao sequenciamento de DNA. A análise estatística utilizada foi o Qui quadrado, através do programa Bioestat, versão 5.3, sendo considerados resultados significativos valores com p < 0,05. RESULTADOS: Os resultados demonstram a prevalência de indivíduos homozigotos selvagens (GG) tanto nos pacientes quanto nos controles para o gene IL-6 (55,0% e 56,0% respectivamente). Para o gene IL-1 a prevalência foi de indivíduos heterozigotos (CT) em ambas as populações (57,0% para pacientes e 49,0% para controles). Do total de pacientes 53 eram diabéticos, 81 hipertensos e 63 dislipêmicos. CONCLUSÃO: Os resultados não mostraram diferença significativa entre o grupo de pacientes e o de controles (p > 0,05), evidenciando que o polimorfismo estudado parece não influenciar o desenvolvimento da SCA. Além disso, não foi observada nesta população associação entre estes polimorfismos e a presença das características clínicas estudadas. Os resultados obtidos confirmam a importância das três variáveis clínicas estudadas no desenvolvimento da SCA. 14 41262 Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 Introdução: Ultimamente, observa-se um aumento mundial na prevalência de obesidade na infância e adolescência, podendo ocasionar a instalação precoce de doenças cardiovasculares. A razão da medida de cintura pela estatura (RCE), as circunferências da cintura (CC) e pescoço (CP) são consideradas úteis para estimar a quantidade de tecido adiposo visceral e identificar o risco cardiovascular. São relativamente simples, não-invasivos, baratos e não exigem alto grau de habilidade técnica, sendo bastante utilizada em estudos pediátricos. O objetivo do estudo foi identificar o risco cardiovascular em crianças e adolescentes com excesso de peso, através de medidas antropométricas, atendidos no ambulatório de nutrição de um hospital público de Pernambuco. Métodos: Estudo transversal, descritivo, aprovado por comitê de ética (40396814.1.0000.5200), realizado entre março e maio/2015, com amostra de conveniência, faixa etária de 6 a 19 anos, atendidos ambulatorialmente no Hospital Barão de Lucena, Pernambuco, Brasil. A participação no estudo foi condicionada à assinatura dos Termos de Consentimento e Assentimento Livre e Esclarecido por seus pais/responsável. As variáveis coletadas foram: sexo, idade, peso, estatura, CC e CP. O estado de excesso de peso foi avaliado através do Índice de Massa Corporal/Idade, conforme Organização Mundial de Saúde. A CC e a CP foram aferidas com fita métrica inelástica, o referencial adotado para comparação foi segundo Freedman para CC. Para CP, os pontos de corte utilizados foram comparados de acordo com o sexo e idade. A RCE foi obtida pelo quociente entre CC e estatura, usando o ponto de corte maior que 0,5 como preditor de risco cardiovascular. Resultados: Participaram do estudo seis crianças e dez adolescentes, onde 75% eram do sexo masculino. A média de idade foi 11,2 anos (desvio-padrão de 3,1 anos). Metade da amostra (50%) estava com sobrepeso, 25% com obesidade e 25% com obesidade grave. A adiposidade central esteve presente em 68,75% dos pacientes e o risco cardiovascular prevaleceu em 43,75%, segundo a CP e em 100% dos avaliados, segundo RCE. Conclusões: O risco cardiovascular foi identificado na amostra estudada, reforçando a importância da avaliação precoce, através de medidas antropométricas, que são simples, de baixo custo e de boa acurácia. As investigações neste período da vida são úteis para o planejamento de intervenções possivelmente mais efetivas, reduzindo no futuro a morbimortalidade por doenças cardiovasculares. 41284 Perfil clínico e epidemiológico de pacientes com insuficiência cardíaca de etiologia Chagásica – comparação quanto ao sexo GLORY E S GOMES, CHRISTIAN NATA DUARTE SIMOES DE MELO, JOAO BATISTA DA SILVA NETO, MARIANA LUIZA DO NASCIMENTO SILVA, SILVIA MARINHO MARTINS, CRISTINA TAVARES DO REGO BARROS, MARIA DA GLORIA AURELIANO MELO, CRISTINA CARRAZONI E WILSON ALVES DE OLIVEIRA JUNIOR Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL - Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. Fundamento: Estima–se que haja 2,5 milhões no Brasil de infectados com doença de Chagas (DC) no Brasil. Na fase crônica, 30% apresentará acometimento cardíaco, sendo 10% a cardiopatia grave. A mortalidade é maior se comparada a outras miocardiopatias e a literatura aponta para maior risco de morte no sexo masculino. Objetivo: Realizar estudo comparativo entre características clínicas e epidemiológicas de acordo com o sexo entre pacientes em estágio C da cardiopatia chagásica crônica. Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo e observacional realizado em ambulatório de referência na doença de Chagas na cidade do Recife-PE. Foram incluídos pacientes em estágio C pela I Diretriz Latino Americana de Cardiopatia Chagásica – SBC – Insuficiência cardíaca sintomática no momento ou prévia – e com duas sorologias reagentes para a doença por métodos diferentes. Para a comparação foi aplicado o teste t-Student, com nível de significância assumido de 5%. Resultados: Foram analisados 108 prontuários de pacientes classificados como C pela Diretriz. 60,2% são do sexo feminino. A média de idade foi 54,6 +- 12,3 para o sexo feminino (FEM) e 60,4 +- 12,9 para o masculino (MASC). 80% do FEM e 81,2% dos MASC se declararam Pardos. 82% do FEM e 89% dos MASC eram naturais do interior do estado, 46% e 67,5%, respectivamente FEM e MASC, residem hoje na região metropolitana. 75% do FEM e 79% dos MASC recebem até 1 salário mínimo. HAS foi encontrada em 50% das mullheres e 37% dos homens. Ao ECO, FE média foi de 39,5% para o FEM e 35,4% para MASC (p=0,0126). Ao Holter, TVNS foi encontrada em 62% das mulheres e 48% dos MASC (p=0,24); Extrassístoles ventriculares foram evidenciadas em 89% das FEM, com média de 136 EV por hora, nos MASC esses valores foram 96% e 105 EV/hora, respectivamente, (p=0,38). 28% das mulheres e 27% dos homens eram portadores de Marcapasso. Conclusão: De modo geral, os portadores de DC mantém baixo nível socioeconômico cultural. Em nossa população, as mulheres apresentaram perfil socioeconômico e clínico semelhantes ao dos homens, exceto a FE que se mostrou distinta com valores menores para os homens. É necessário, no entanto, realizar seguimento dessa população com o objetivo de verificar se o sexo realmente esteve relacionado a maior mortalidade. Resumos Temas Livres 41287 41318 Perfil de pacientes com Insuficiência Cardíaca Descompensada em uso de inotrópicos/inodilatadores em hospital terciário de Recife-PE Associação entre apneia obstrutiva do sono e rigidez arterial em pacientes diabéticos THIAGO GABRIEL FREIRE, SILVIA MARINHO MARTINS, CAMILA SARTESCHI, CAROLINA DE ARAUJO MEDEIROS, MARIA CELITA DE ALMEIDA, JOSE SERGIO NASCIMENTO SILVA, PAULA CORREIA OLIVEIRA, ROBERTA DE MATOS CARVALHO ARAJO, ANDRE REBELO LAFAYETTE, SERGIO TAVARES MONTENEGRO E PAULO SERGIO RODRIGUES DE OLIVEIRA MARIA JOSÉ MARQUES COUTINHO E SOUZA, RODRIGO PINTO PEDROSA, CAROLINA DE ARAUJO MEDEIROS, MARIA PRISCILA FIGUEIREDO LIRA, ANA KELLEY DE LIMA MEDEIROS, THAIS CLEMENTINO LUSTOSA, MARTINHA MILLIANNY BARROS DE CARVALHO, MARCELO AUGUSTO BANJA BEZERRA CORREIA, RAFAEL DE ALBUQUERQUE P DE OLIVEIRA E ROBSON ROBERTO MARTINS DA SILVA Grupo de IC REALCOR/PROCARDIO - Real Hospital Português, Recife, PE, BRASIL. FUNDAMENTO: Apesar de frequentemente utilizados para melhora hemodinâmica e de sintomas em quadros de Insuficiência Cardíaca Descompensada (ICD), o uso de inotrópicos/inodilatadores é associados a piores desfechos nesses pacientes. OBJETIVO: Delinear o perfil de pacientes internados por ICD em uso de inotrópicos/inodilatadores em um hospital terciário de Recife-Pe e verificar o risco de morte associado. MÉTODO: Foram registrados 389 pacientes internados com ICD entre 04/2007 à 04/2015. Para a comparação dos grupos foi aplicado o teste Qui-Quadrado de Pearson, ou Exato de Fisher (variáveis qualitativas) e metodologia de Análise de Variância (variáveis quantitativas). Para as variáveis FEVE, BNP e Creatinina foi aplicado o teste não paramétrico de KruskalWallis. RESULTADOS: Houve predominância do sexo masculino (60%), idade ≥65 anos (75%), HAS (87%), DM (52%) e etiologia isquêmica (57%). Do total, 202 (52%) fizeram uso de inotrópicos/inodilatadores: Vasodilatador (Vasod) (Nitroglicerina ou Nitroprussiato - 38%); Dobutamina (Dobut) (8%); e Dobutamina mais Vasodilatador (Dobut+Vasod) (6%). A mortalidade intra-hospitalar foi de 12%. Os principais achados são mostrados na tabela. CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes fizeram uso de inotrópicos/inodilatadores. A mortalidade hospitalar foi significativamente maior nesse grupo, mais expressiva nos paciente que fizeram Dobutamina. Esses pacientes possuem perfil clínico que sugere maior gravidade, como IRC, CF IV, níveis de BNP e PAs mais elevados na admissão e FEVE mais reduzidos. Portanto a prescrição de inotrópicos/inodilatadores deve ser feita para casos selecionados de pacientes com ICD, evitando uso abusivo dessas medicações. Variaveis S/drogas Etiol.Isquêmica(%) 51 CF IV(%) 33 IRC(%) 32 PAs mmHg (média) 135 BNP 2664 FEVE 44 Óbito(%) 6 Dobut 39 65 58 115 5127 37 26 Vasod 67 55 29 151 5021 42 10 Dobut+Vasod 67 96 62 124 8089 36 58 p <0,001 <0,001 <0,001 <0,001 0,043 <0,001 <0,001 Universidade de Pernambuco, Recife , PE, BRASIL. Fundamento: Há evidências de que o diabetes melittus aumenta esse risco, bem como a apneia obstrutiva do sono. Existem evidências de que a apneia obstrutiva do sono pode contribuir de forma independente para rigidez arterial. No entanto, essa relação ainda não foi estudada em diabéticos tipo 2. Objetivo: Identificar associação entre apneia obstrutiva do sono e rigidez arterial em pacientes diabéticos em terapia hipoglicemiante oral exclusiva. Métodos: Foram recrutados 198 pacientes diabéticos tipo 2 (glicemia>100 mg/dL e hemoglobina glicada > 7,5%), com idade entre 32 a 65 anos, sem evidência clínica de doença cardiovascular (infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral), provenientes do ambulatório de diabetologia. Foram excluídos pacientes com insuficiência renal (Cr>2 mg/dl) e em tratamento para hipotireoidismo. Os participantes foram submetidos à avaliação da rigidez arterial por velocidade de onda de pulso empregando o equipamento CompliorSP. A polissonografia portátil foi realizada com aparelho ApneiaLink na residência do paciente por uma noite. Resultados: Foram estudados 152 pacientes [idade=56,1(55,1-57,0) anos; índice de massa corpórea = 31,7(29,0-34,3) kg/m2]. Houve diagnóstico de apneia obstrutiva do sono (índice de apneia-hipopneia≥ 5 eventos/h] em 101 (66,4%) pacientes, dos quais 31 (20,7%) tinham grau moderado (15,0≥IAH≥29,9 eventos/h) e 10 (6,7%) grau grave (IAH≥30,0 eventos/h). A velociadae de onda de pulso (VOP) foi avaliada em 101 pacientes. Destes, 46 (30,7%) apresentaram VOP alterado (10,1≥VOP≥11,9 m/s) e 45 (30,0%) apresentaram VOP muito elevado (VOP≥ 12 m/s). Não houve associação entre apneia obstrutiva de sono, glicemia, hemoglobina glicada e rigidez arterial. Conclusões: Não foi demonstrada associação entre a apneia obstrutiva do sono e a rigidez arterial entre pacientes diabéticos. O elevado número de pacientes com VOP alterado demonstra a necessidade de controle dos fatores de riscos nessa população. 41483 Strain longitudinal do átrio esquerdo em pacientes com câmara atrial de volume normal e aumentado CARLOS ANTONIO DA MOTA SILVEIRA, JOSE MARIA DEL CASTILLO, EUGENIO SOARES DE ALBUQUERQUE, VANDETE MARIA LARANJEIRAS, AFONSO BARRETO FILHO, CATARINA VASCONCELOS CAVALCANTI, CLÁUDIO RENATO PINA MOREIRA, MARCIA MACHADO DE MELO MORENO, RENATO DE AMORIM GUEDES E CARLOS ENRRIQUE PLACENCIA PISCOYA Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Prof Luiz Tavares, Recife, PE, BRASIL. Introdução: Estudos preliminaries mostram a importância da deformação atrial esquerda em pacientes com dilatação desta cavidade. Objetivo: Avaliar a deformação das paredes do AE em pacientes com volume normal (<35 ml/m²) e com dilatação de várias etiologias, em ritmo sinusal. Material: Estudados 56 pacientes, 30 masculinos, media etária 51+/-13 anos. Vinte tinham volume do AE normal e 36 dilatação do AE. As etiologias mais frequentes foram doença de Chagas, valvopatia mitral, valvas protéticas e doença arterial coronariana. Metodos: Com ecocardiografia convencional foram aferidos os volumes do AE e a pressão sistólica pulmonar. Com strain bidimensional na posição apical de 4 câmaras foi analisada a deformação das paredes lateral e septal do AE. Resultados: Nos pacientes com AE normal e dilatado o strain septal foi 29.2±9.1% e 16.6%±9.2% respectivamente (p<0.0001). O strain lateral foi 33.9±15.9% e 15.2%±10.3% (p<0.0001). O volume do AE foi 18.8±5.1 ml/m² e 61.1±31.3 ml/m² (p<0.0001). A pressão sistólica pulmonary foi, respectivamente, 31.5±9.4 mmHg e 49.9±25.1 mmHg (p <0.0001). A correlação entre a deformação (strain) e o volume do AE não foi significativa. Conclusão: O strain longitudinal parietal do AE encontra-se significativamente diminuído nos pacientes com dilatação do AE, embora o grau de dilatação não se correlacione claramente com o volume atrial nem com o grau de hipertensão pulmonary. No AE dilatado a deformação septal é maior que na parede lateral, observando-se o contrário do que ocorre em condições normais, o que pode ser devido a que as mudanças seriam mais devidas ao remodelamento da cavidade que as condições de carga. 41490 Neoplasia maligna do pericárdio - relato de caso HILKA DOS SANTOS MORAES DE CARVALHO, HUGO LEANDRO FURTADO VIEIRA, DIANA PATRÍCIA LAMPREA SEPÚLVEDA E ADRIANO ASSIS MENDES PROCAPE, RECIFE, PE, BRASIL. O acometimento neoplásico cardíaco é, em geral, metastático e aparece após o diagnóstico da neoplasia primária, como uma complicação tardia. O envolvimento do pericárdio é mais grave, ocasionando a morte em até 83% dos casos. A neoplasia do pericárdio tem maior probabilidade de progressão para tamponamento, colocando-a como sua principal causa. Os tumores malignos do coração mais frequentes são os sarcomas. O tratamento dos tumores cardíacos primários é a exérese, a fim de evitar as complicações da doença como obstrução ou embolização. Relatamos o caso de um paciente admitido na emergência cardiológica com quadro clínico de tamponamento cardíaco e presença de grande tumoração extra-cardíaca Paciente do sexo masculino, 27 anos, ajudante de carga e descarga, com história de tosse, dispneia e edema progressivos há um mês. Negava patologias prévias, febre, perda de peso, anorexia ou outros sintomas constitucionais. Ao exame físico apresentava-se em anasarca, com desconforto respiratório leve e ausculta pulmonar diminuída em bases, predominantemente à direita, hipofonese discreta de bulhas cardíacas, com níveis tensionais normais, sem alteração de ritmo cardíaco. Eletrocardiograma da admissão com baixa voltagem difusa, e ecocardiograma evidenciando derrame pericárdico importante com tamponamento incipiente, além de tumor intrapericárdico de aproximadamente 5 cm. Exames laboratoriais sem alterações, exceto por discreto aumento de DHL. Submetido à drenagem pericárdica com retirada de 400 ml de liquido hemático e celularidade evidenciando predomínio de linfomononucleares, sem crescimento bacteriano ou alterações na bioquímica. Biópsia de pericárdio inconclusiva. Submetido à tomografia de tórax e abdome e ressonância cardíaca com melhor caracterização da massa pericárdica que se localizava em região intrapericárdica, não invadindo o ventrículo. Tomografias não evidenciavam sinais de metástases torácicas ou abdominais. Programado novo procedimento cirúrgico quando foi realizada biópsia tumoral, tendo em vista que a massa não exibia plano de clivagem com ventrículo esquerdo, sendo constituída de material mucoso e sólido de permeio. O estudo histopatológico sugeriu neoplasia maligna mal diferenciada, sendo provável carcinoma de pequenas células ou sarcoma indiferenciado. O paciente evoluiu com crescimento tumoral progressivo sendo encaminhado para tratamento oncológico. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 15 Resumos Temas Livres 41495 TAQUICARDIA ATRIAL AUTOMÁTICA INCESSANTE E DISFUNÇÃO SISTÓLICA IREMAR SALVIANO DE MACEDO NETO, AFONSO LUIZ TAVARES DE ALBUQUERQUE, ANDRE GUSTAVO DA SILVA REZENDE E RICARDO SERGIO FIGUEIREDO SIVA PROCAPE, RECIFE, PE, BRASIL - HOSPITAL METROPOLITANO SUL DOM HELDER CAMARA, CABO DE SANTO AGOSTINHO, PE, BRASIL. RELATAMOS UM CASO DE UMA PACIENTE DE 17 ANOS, ADMITIDA COM QUEIXAS DE DISPNÉIA AOS ESFORÇOS, EDEMA DE MMII E PALPITAÇÕES HÁ CERCA DE 1 MÊS. INICIALMENTE TRATADA COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) DE PERFIL B + FIBRILAÇÃO ATRIAL DEVIDO AO PULSO IRREGULAR. O ELETROCARDIOGRAMA EVIDENCIAVA UMA TAQUICARDIA ATRIAL ECTÓPICA INCESSANTE, COM ALGUNS BATIMENTOS SINUSAIS RAROS. O ECOCARDIOGRAMA NA OCASIÃO JÁ MOSTRAVA DILATAÇÃO DE CÂMARAS E DISFUNÇÃO SISTÓLICA DE VE COM FE 35%, COM HIPOCINESIA DIFUSA. O HOLTER EVIDENCIAVA O MESMO PADRÃO DO ECG, COM FC MÉDIA DE 140BPM, INCLUSIVE DURANTE O SONO. POR ESSA OCASIÃO A PACIENTE JÁ TOMAVA 600MG/DIA DE AMIODARONA E 100MG/DIA DE METOPROLOL E OUTRAS DROGAS PARA IC. COMO A PACIENTE NÃO POSSUÍA FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS PRIMÁRIAS DO MIOCÁRDIO, FOI LEVANATADA A HIPÓTESE DE TAQUICARDIA ATRIAL INCESSANTE CAUSANDO TAQUICARDIOMIOPATIA, SENDO PROGRAMADO ESTUDO ELETROFISIOLÓGICO (EEF) E ABLAÇÃO POR CATETER. O EEF FOI FEITO COM MAPEAMENTO ELETROANATÔMICO 3D E EVIDENCIOU FOCO ATRIAL AUTOMÁTICO EM REGIÃO ANTERIOR E ALTA DO SEPTO INTERATRIAL. TAL REGIÃO DEMONSTRAVA ATIVAÇÃO ATRIAL CENTRÍFUGA A PARTIR DO LOCAL CITADO. NO LOCAL DEMARCADO COM ORIGEM DO FOCO ARRITMOGÊNICO, FOI OBTIDO ELETROGRAMA ATRIAL COM PRECOCIDADE DE 24MS EM RELAÇÃO À ONDA P ECTÓPICA (CONFIRMANDO SER ESTE O LOCAL DE ORIGEM DA ARRITMIA). FORAM APLICADOS PULSOS DE RADIOFREQUÊNCIA NA REGIÃO DESCRITA E APÓS POUCOS SEGUNDOS DE APLICAÇÃO HOUVE INTERRUPÇÃO DA ARRITMIA E SURGIMENTO DE RITMO SINUSAL SUSTENTADO ESTÁVEL. APÓS A ABLAÇÃO A PACIENTE NÃO APRESENTOU MAIS QUEIXAS CARDIOVASCULARES. O ECO PÓS-ABLAÇÃO JÁ MOSTRA NORMALIZAÇÃO DA FUNÇÃO VENTRICULAR E O HOLTER MOSTRA APENAS RITMO SINUSAL. ESTE RELATO DE CASO ILUSTRA BEM COMO A CAUSA DE UMA IC DE INÍCIO RECENTE SEMPRE DEVE SER PERSEGUIDA, POIS EM ALGUNS CASOS PODE HAVER REVERSÃO COMPLETA DA DISFUNÇÃO SISTÓLICA E POSSIBILIDADE DE CURA DO PACIENTE. 16 Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 41504 Ventricularização do átrio esquerdo por implante de prótese acima do anel mitral após múltiplos procedimentos cirúrgicos SANDRO GONÇALVES DE LIMA, ANDRÉA BEZERRA DE MELO DA SILVEIRA, MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR E BRIVALDO MARKMAN FILHO Hospital das Clínicas - Universidade Federal de Pernambuco, Recife , PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: A cardiopatia reumática crônica é complicação não supurativa da faringoamigdalite causada pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A e decorre de resposta imune tardia em populações geneticamente predispostas. Promove sequelas crônicas, com alto custo social e econômico e difícil manejo clínico especialmente em pacientes que evoluem com endocardite infecciosa crônica. RELATO DO CASO: 37 anos, sexo feminino, com diagnóstico de febre reumática aos 13 anos quando foi submetida à primeira cirurgia de troca valvar mitral por bioprótese. Permaneceu assintomática por sete anos, quando apresentou disfunção da bioprótese, insuficiência tricúspide importante, insuficiência aórtica de moderada a importante, hipertensão arterial pulmonar (HAP), dilatação importante de câmaras direitas, sendo submetida à re-troca de prótese mitral e troca valva aórtica por valvas metálicas e anuloplastia tricúspide (de Vega). Após um ano e meio da segunda cirurgia evoluiu com insuficiência cardíaca classe III/IV, disfunção de prótese mitral, HAP importante, fração de ejeção do ventrículo esquerdo em 60% e fístula aorto-átrio esquerdo, sendo submetida à terceira cirurgia cardíaca para correção da fistula. Aos 24 anos, foi submetida à quarta cirurgia para correção de deiscência do anel mitral, sem troca valvar. Após três anos apresentou dor precordial, dispnéia aos pequenos esforços, dispneia paroxística noturna, ortopneia e edema de membros inferiores. Ecocardiograma mostrou disfunção de prótese mitral e novo refluxo periprotético, sendo submetida à quinta cirurgia cardíaca para retroca da prótese com implante acima do anel mitral, provocando “ventricularização” de parte do átrio esquerdo. A cultura de material da prótese metálica substituída, revelou crescimento de Staphylococcus Haemolyticus, confirmando endocardite crônica. Evolui grave no pós-operatório, apresentando dispnéia, febre, infecção do trato respiratório e sangramento vaginal. Tratada da endocardite e do sangramento vaginal com contraceptivo oral e curetagem uterina. CONCLUSÃO: Relatamos o caso de paciente submetida a cinco cirurgias cardíacas, com intervalo de tempo médio entre os procedimentos de 6 anos, com “ventricularização” do átrio esquerdo na última cirurgia cardíaca realizada. A cardiopatia reumática é doença de elevado custo social por acometer predominantemente indivíduos em faixa etária produtiva e por necessitar, por vezes, de múltiplas intervenções cirúrgicas, como no caso acima relatado. TEMAS LIVRES - 14/08/2015 APRESENTAÇÃO PÔSTERES 39712 Resumos Temas Livres 40800 Tromboembolismo pulmonar: o desafio diagnóstico e terapeutico. Relato de Caso Tendência da mortalidade por Infarto Agudo do Miocárdio: uma análise comparativa de Pernambuco com o Nordeste e o Brasil, no período de 2003 a 2012 NICEAS ALVES FERREIRA NETO, JOSE GILDO DE MOURA MONTEIRO JUNIOR, CLODOVAL DE BARROS PEREIRA JÚNIOR E CLENIO ANDRE PEREIRA MODESTO JAQUES LEONCIO BEM SIDRIM, WAGNER DE AZEVEDO HERCULANO, JOSENILSON ANTONIO DA SILVA, ANA CLARA CARVALHO DE OLIVEIRA, REGIA MARIA BATISTA LEITE, FRANCISCA AGLAIZA ROMAO SEDRIM GONCALVES E CYNARA KAROLINA RODRIGUES DA CRUZ Procape, Recife, PE, BRASIL. Universidade de Pernambuco - Campus Garanhuns, Garanhuns, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: O tromboembolismo venoso (TEV) compreende a trombose venosa profunda (TVP) e embolismo pulmonar (EP). É a terceira causa mais frequente de doença cardiovascular. OBJETIVO: Relato de experiência do Pronto Socorro Cardiológico do Pernambuco (PROCAPE) de um caso de EP em paciente jovem com sucesso diagnóstico e terapêutico. RELATO DE CASO: B.V.S.S.S., 18 anos, estudante. Encaminhado por quadro de dispneia progressiva até repouso, tosse seca, às vezes com hemoptóicos, dor torácica tipo pleurítica há 15 dias e febre no início do quadro. Estava em tratamento para pneumonia. Negava comorbidades, uso de drogas, trauma recente, cirurgia e/ou viagens prolongadas. História de exposição à veneno inseticida (Barrage) dois dias antes do início do quadro. Ao exame físico, consciente, normotenso, taquidispnéico e taquicardico, estável hemodinamicamente. Eletrocardiograma com alteração da repolarização ventricular DIII e AVF. Radiografia de tórax com aumento da área cardíaca e áreas de oligemia. Realizado ecocardiograma transtorácico (ECOTT) à beira do leito que evidenciou câmaras cardíacas aumentada à direita e hipertensão pulmonar moderada. Iniciado anticoagulação plena e solicitado tomografia de tórax com contraste que demonstrou presença de falha de enchimento na artéria pulmonar direita . Assim como obliteração completa da artéria pulmonar esquerda. Acionado a equipe da hemodinâmica do serviço e da cirurgia cardiovascular que submeteu o paciente à arteriografia pulmonar seguido de fibrinólise química (100mg Actlyse) mais trombectomia mecânica com cavografia inferior e implante de filtro de veia cava inferior. Admitido na Unidade Coronária com bom padrão ventilatório, com suporte de venturi, estável hemodinamicamente. Realizado ECOTT, três dias após o procedimento, com câmaras cardíacas com dimensões normais, função sistólica do ventrículo direito normal. Evoluindo com melhora clínica, sem instabilidade hemodinâmica, recebendo alta para enfermaria no quarto dia após o procedimento invasivo. CONCLUSÃO: O EP se configura num desafio diagnóstico e terapêutico para o médico-emergencista, tanto pelo espectro da sintomatologia, quanto pela avalição da probabilidade clínica e pela definição terapêutica. Sendo essencial a disponibilidade de exames complementares e de uma equipe médica qualificada para tratar com rapidez os casos selecionados, principalmente, em se tratando de paciente jovem com boa reserva cardiovascular. 41040 Avaliação tardia de mortalidade em pacientes com infarto agudo do miocárdio com supra ST (IAM c/ST) sem fatores de risco clássicos para aterosclerose (Série de casos) Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV), principalmente o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), têm alta morbimortalidade no Brasil, sendo a primeira causa de morte proporcional no país desde a década de 1960. O conhecimento das tendências de mortalidade é necessário para o planejamento de estratégias de prevenção. Objetivo: Analisar a tendência de mortalidade por IAM em Pernambuco (PE) frente ao cenário do Nordeste (NE) e do Brasil (BR), no período de 2003 a 2012. Método: Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais entre 2003 e 2012, para PE, o NE e o BR. Os dados de mortalidade foram obtidos através do Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/DATASUS) e os dados populacionais, através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a extração dos dados considerou-se a causa CID BR-10 com código 068.1, equivalente ao código I-21 da CID-10. As faixas etárias analisadas foram: 20 a 49 anos, 50 a 59 anos, 60 a 69 anos, 70 a 79 anos e 80 anos ou mais. Também foi calculada a taxa de mortalidade por IAM de acordo com o sexo em PE. Para análise estatística utilizamos dois testes: equação de regressão linear simples e teste da correlação. Resultados: Verificou-se que a estimativa do aumento médio da taxa de mortalidade por IAM é crescente em todas as áreas geográficas analisadas e houve correlação positiva tanto para PE, quanto para o NE e o BR (p < 0,001). A variação proporcional em PE foi de 24%, frente ao NE, com 50% e o Brasil, com 9%. No entanto, durante todo o período, PE permaneceu com as maiores taxas, ficando com uma média de 90,1 mortes por 100.000 habitantes. O NE e o BR ficaram com 57,2 e 61,2, respectivamente. A estimativa de aumento médio na taxa de mortalidade observada (por IAM) a cada ano foi de 2,5% (IC95%: 0,50-4,50) em PE; 4,7% (IC95%:0,73-6,95) no NE e 1,04% (IC95%: -0,89-3,69) no BR. Em PE, a razão entre a taxa de óbito do sexo masculino e do sexo feminino foi 1,32. Conclusão: PE apresentou uma taxa de mortalidade por IAM acima das médias do NE e do BR em toda a série histórica. Houve uma tendência de ascensão nas três áreas geográficas. De acordo com a faixa etária, as taxas crescem tanto em PE quanto no NE e BR, observando que as maiores taxas estão concentradas nas faixas de maior idade. Palavras-chave: Infarto do miocárdio/mortalidade, epidemiologia, mortalidade/tendências. 41044 Ciclofaixa da Cidade do Recife: Atletas de fins de semana e Risco Cardiovascular SARAH C LIMA, ACÁCIA M S SHIRAKAWA, THIARA C D V AMORIM, FELIPE J A FALCÃO, FABIANO L CANTARELLI, JOSEFA M S SILVA, ALINE H BAIAO, RODRIGO C ALVES, MANUELA N MOREIRA, FLAVIO B. MOTA E FLAVIO R A OLIVEIRA SANDRO GONÇALVES DE LIMA, BEATRIZ AFONSO FERREIRA COELHO SILTON, DANIELLA GONÇALVES DE ARAÚJO, ESTEVÃO MICHEL SANTANA DE LUNA, INGRID KELLY DE LIMA CAVALCANTI, VERÔNICA VANESSA DO NASCIMENTO E ATALINE BARBOSA DE LIMA Universidade de Pernambuco, Garanhuns, PE, BRASIL - Hospital Dom Helder Câmara, Cabo de Santo Agostinho, PE, BRASIL - Hospital Pelópidas Silveira, Recife, PE, BRASIL. Centro Universitário Maurício de Nassau - UNINASSAU, Recife , PE, BRASIL Introdução: O IAM c/ST é caracterizado pela interrupção abrupta do fluxo coronário devido a ruptura de uma placa aterosclerótica e posterior formação de trombo oclusivo. Fatores como idade, sexo, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, obesidade, diabetes mellitus, tabagismo e insuficiência renal crônica são conhecidos como risco de desenvolvimento para aterosclerose. Entretanto, pacientes (pcts) sem a presença desses fatores também podem evoluir com IAM c/ST. Objetivos: Identificar a frequência de pcts sem fatores de risco clássicos admitidos com IAM c/ST. Avaliar a mortalidade tardia nessa população. Métodos: No período entre Junho de 2010 e Janeiro de 2015, 1054 pcts foram submetidos a angioplastia primária em dois centros de referência em cardiologia na região metropolitana de Recife. Foram identificados 38 pcts sem fatores de risco para aterosclerose e realizado contato telefônico para avaliar a mortalidade. Foi perdido o seguimento de 9 pcts. Resultados: A frequência de pcts sem fatores de risco clássicos foi de 3,6%. A tabela 1 descreve as características dos pcts com seguimento. Disscusão: Na prevenção primária, a estratificação do risco cardíaco é baseada na identificação de fatores usuais relacionados ao desenvolvimento da aterosclerose. Entretanto, nos últimos anos, fatores emergentes como homocisteína, pentraxina 3, proteína amiloide A e lipoproteína A estão sendo relacionados a eventos cardíacos. A frequência encontrada de 3,6% é menor do que a relatada na literatura (8-15%). Isso talvez se deva ao fato de não ter sido realizada uma busca ativa dos fatores de risco. A mortalidade desses pcts parece ser semelhante a da nossa população geral (mortalidade intra-hospitalar de cerca de 10%). Conclusão: A frequência de pcts infartados com SCA c/ST sem fatores de risco clássicos para aterosclerose foi pequena em nossa população. Entretanto, a mortalidade parece ser semelhante a da população geral. Tabela 1. Características dos pacientes com IAM c/ST sem fatores de risco para arteriosclerose (29pct). Média de idade 64,53+16,78 anos Infarto anterio r 51,72% (15) Killip I/II 93,10% (27) Tempo dor-balão 431,88+199,10 Sucesso no procedimento 82,75% (24) Acompanhamento 1,64+1,2 anos Óbito 17,2% (5) INTRODUÇÃO: Os “atletas de fins de semana” apresentam risco elevado de problemas ligados ao excesso de carga, secundária a intensidade de treinamento; lesões mais sérias do aparelho locomotor e eventos cardiovasculares durante ou após os exercícios. OBJETIVOS: Avaliar a frequência da prática regular de atividade física, da avaliação médica pré-exercício e o perfil de risco cardiovascular entre os usuários da ciclofaixa da Cidade do Recife. MÉTODO: Trata-se de um estudo de corte transversal. Foram entrevistados 444 indivíduos, de ambos os sexos, que estavam praticando ciclismo na ciclofaixa da cidade do Recife no dia 19/04/15, entre 8 h e 12 h. Um questionário estruturado foi utilizado com o objetivo de avaliar o risco cardiovascular e a frequência da prática de atividade física. As variáveis avaliadas foram: sexo; idade; IMC; Hipertensão Arterial Sistêmica; Diabetes Mellitus; Dislipidemia; tabagismo; ingestão de bebidas alcoólicas; frequência semanal da prática de atividades físicas; realização de avaliação médica pré-exercício e tempo desde a realização do ultimo teste ergométrico. Os dados foram sumarizados de forma descritiva através de média para as variáveis contínuas e frequência relativa para as variáveis categóricas. RESULTADOS: As mulheres constituíram a maioria (64,2%) da população estudada, cuja idade média foi 42,7 anos e o IMC médio foi 32,7 Kg/m2. Quanto ao perfil de risco cardiovascular, 17,3% eram hipertensos, 3,2% eram diabéticos, 14,2% eram portadores de hipercolesterolemia, 5% eram tabagistas, 61% consumiam bebidas alcoólicas e 16,4% eram sedentários. Embora 369 (83,1%) indivíduos tenham respondido que praticavam atividade física regular, 218 (59,1%) o faziam com uma frequência semanal ≤ 3 vezes por semana (16% se exercitavam apenas uma vez por semana). Aproximadamente metade da população estudada (242 - 54,5%) havia se submetido à avaliação médica antes de iniciar atividade física e apenas 37 (15,3%) questionaram seu médico especificamente acerca da liberação para pedalar. CONCLUSÕES: Cerca de 1/3 da população estudada é sedentária ou pratica atividade física apenas uma vez por semana. Aproximadamente metade dos entrevistados não se submeteram a avaliação médica pré-exercício. Os fatores de risco cardiovascular mais prevalentes foram: HAS, sobrepeso / obesidade e dislipidemia. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 17 Resumos Temas Livres 41074 Danos causados por uma dieta hiperlipídica com adição de sal Correlação entre os valores de augmentation index versus peso THAYSA DAYSE ALVES E SILVA, SARAH MARIA COELHO DA PAZ DE LIMA, MAYSA TAVARES DE ALENCAR, DANIEL DE MELO CARVALHO, MILTON VIEIRA COSTA E ALISSANDRA DE OLIVEIRA LIMA ANIE DEOMAR DALBONI FRANÇA, DANIELLE ALMEIDA MAGALHÃES, LEANDRO CASTELO ALVES, MARCO ANTONIO MOTA GOMES, ANNELISE COSTA MACHADO GOMES, AMANDA CARLA PONTES BEZERRA, RAFAELLA CAVALCANTE MEDEIROS SOUSA, JAMYLLE DOS SANTOS RAMOS E JULIANE EMANUELLE SILVA Centro Universitário Cesmac , Maceió, AL, BRASIL. Introdução: A hipertensão arterial pode ser causada por fatores genéticos e ambientais (inclusive a dieta rica em sódio). Também tem sido verificada uma forte correlação entre consumo exagerado de ácidos graxos saturados e doenças cardiovasculares, hiperglicemia e dislipidemia. As diversas comorbidades induzidas pela síndrome metabólica podem ser minimizadas por substâncias endógenas como o peptídeo natriurético atrial (ANP). Foram verificadas as alterações metabólicas e cardíacas causadas por uma dieta hiperlipídica rica em sal, discriminando quais são as modificações decorrentes do sal ou da gordura, bem como avaliar se o ANP tem um efeito homeostático na comparação em cada uma dessas dietas. Métodos: Foram usados 48 camundongos C57Bl/6, machos, com dois meses de idade e separados aleatoriamente em quatro grupos (com n = 12, cada), conforme a dieta ofertada: ração padrão para roedores (Grupo P); dieta hiperlipídica, com 60% de gordura (Grupo HL); dieta hipersódica, com adição de 7% de sal (Grupo HS); e dieta hiperlipídica e hipersódica (Grupo HL-HS). O experimento teve duração de 9 semanas. Semanalmente, foram aferidas pressão arterial por pletismografia de artéria da cauda e massa corporal. No final do experimento, foi realizado teste oral de tolerância à glicose. Na eutanásia, o sangue foi coletado para mensuração do perfil lipídico (exames séricos), de insulina (ELISA) e ANP (radioimunoensaio). O ventrículo esquerdo e átrio direito foram analisados por microscopia de luz e eletrônica de transmissão. Resultados: Os grupos HL e HL-HS apresentaram um ganho de massa corporal três vezes maior que os seus respectivos controles (P e HS). Foi observado aumento dos níveis de colesterol (cerca de 25%) e triglicerídeos (mais de 30%) nos grupos HL e HL-HS em comparação aos grupos P e HS; o teste oral de tolerância à glicose indicou intolerância nos grupos alimentados com dieta hiperlipídica; a pressão arterial foi 40% maior nos grupos com dieta hipersódica (HS e HL-HS); houve leve hipertrofia cardíaca no grupo HL e pronunciada, nos grupos HS e HL-HS; a ingestão de sal aumentou os níveis séricos de ANP nos grupos HS e HL-HS. Conclusão: A associação de dieta hipersódica e hiperlipídica pode induzir a hipertensão arterial e alterações estruturais dos cardiomiócitos, aumentar a produção de ANP, alterar o perfil lipídico e o metabolismo de carboidratos, havendo um aumento compensatório do ANP para manter a hipertensão em níveis compatíveis com a vida. Centro Universitário Cesmac, Maceió, AL, BRASIL - Hospital do coração de AlagoasHcor, Maceió, AL, BRASIL. 41079 41083 Consumo de bebida alcoólica entre alunos da área de saúde de um centro universitário pernambucano BRUNO COSTA CARVALHO, AIRTON LUIZ TENÓRIO JÚNIOR – 077.385.494, EZIR ARAUJO LIMA NETO, SOFIA REIS DA COSTA, TATIANA BEZERRA REGUEIRA, VIRGILIO HUGO DO NASCIMENTO COSTA, JULIANA COELHO XAVIER E SANDRO GONÇALVES DE LIMA Centro Universitário Maurício de Nassau, Recife, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: A população universitária apresenta padrões típicos de uso de álcool e fatores de risco, relacionados ao consumo de risco, que diferem da população em geral. Tendo em vista o número de usuários existentes; seu impacto sobre os indivíduos, instituições e sociedade; as conseqüências adversas e sendo também um tema de relevante preocupação mundial. OBJETIVOS:Identificar a prevalência de consumo de álcool e sua associação com variáveis sociodemográficos entre estudantes universitários da área de saúde. MÉTODO: Estudo de corte transversal. Utilizou-se uma amostra por conveniência constituída por 474 estudantes, de ambos os sexos, a coleta de dados foi realizada através da aplicação do AUDIT – Teste para Identificação de Problemas Relacionados ao Uso do Álcool que foi desenvolvido para avaliar o risco e o abuso do consumo de álcool, e principalmente, para auxiliar as práticas terapêuticas. Estruturado em dez questões sobre o recente consumo do álcool, sintomas de dependência e problemas relacionados (OMS); foram inseridos campos para que os participantes colocassem sua idade, gênero e o semestre letivo que cursa na IES. Foram obtidas estatísticas descritivas das variáveis com medidas frequências absolutas e percentuais. RESULTADOS: A idade teve média de 23,45, a maioria do sexo feminino 74,9%; solteira 83,8%; sem filhos 86,5% e não trabalhava 64,1%. O maior percentual 45,4% correspondeu aos que afirmaram nunca consumir bebidas que contém álcool, seguido de 26,4% que consumiam uma vez por mês ou menos e de 23,2% que consumia 2 a 4 vezes no mês; 80,0% foi classificada pelo AUDIT com baixo risco e o segundo maior percentual 17,1% correspondeu ao grupo que faz uso de risco e o restante, 1.9% foi classificado com uso nocivo e, 1% provável dependência. Os maiores percentuais com baixo risco. CONCLUSÕES: A prevalência de alunos da área de saúde que consomem bebidas alcoólicas mostrou-se significante. Os alunos do curso de Medicina foram classificados como os de ‘’maiores riscos’’ quanto ao uso abusivo de álcool, e aqueles que fazem uso de álcool possuem mais chances de se envolverem em episódios de violência. 18 41077 Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 INTRODUÇÃO: O Augmentation Index (AI) corrigido é um marcador já bastante estudado em populações de indivíduos normais e com enfermidades cardiovasculares expressando aumento da rigidez arterial. A rigidez arterial já foi categoricamente correlacionada com a idade e a pressão sanguínea, e recentemente, tem sido demonstrado que indivíduos com obesidade são mais susceptíveis a ter um aumento da rigidez arterial, independente dos níveis pressóricos arteriais, etnia e idade. Dessa forma, este estudo tem como objetivo estudar a correlação entre os valores AI versus peso. MÉTODO: Estudo observacional e transversal, onde foram correlacionados valores de AI e peso numa amostra de 677 indivíduos, de ambos os sexos. Os pacientes incluídos no estudo foram submetidos à tonometria de aplanação, realizada por equipamento validado (FDA HEM9000-AI – OMRON). Para a realização das análises estatísticas, utilizou-se o software SPSS 15.0. As variáveis estão apresentadas como média e desvio-padrão. Para verificar a correlação entre variáveis foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson. A comparação entre médias se deu pelo teste U de Mann-Whitney, visto que as variáveis se apresentaram heterocedásticas pelo teste de Levene. Adotou-se um valor de alfa igual à 5%. RESULTADOS: A amostra foi composta por 677 pacientes, sendo destes 54,51% (n=369) do sexo feminino e 45,49% (n=308) do sexo masculino, com média de idade de 44,18 ± 14,01 anos. A análise dos resultados identificou que a média do AI foi 76,63 ± 17,03% e do peso 76,84 ± 16,8. Verificou-se uma correlação negativa e significativa com peso (r = -0,25; p < 0,001). CONCLUSÃO: Houve correlação negativa fraca do AI com o peso. Esses são os primeiros dados nacionais utilizando essa metodologia. Correlação entre os valores de augmentation index versus idade DANIELLE ALMEIDA MAGALHÃES, MARCO ANTONIO MOTA GOMES, ANNELISE COSTA MACHADO GOMES, ANIE DEOMAR DALBONI FRANÇA, LEANDRO CASTELO ALVES, AMANDA CARLA PONTES BEZERRA, JAMYLLE DOS SANTOS RAMOS, RAFAELLA CAVALCANTE MEDEIROS SOUSA E JULIANE EMANUELLE SILVA Centro Universitário Cesmac, Maceió, AL, BRASIL - Hospital do coração de AlagoasHcor, Maceió, AL, BRASIL. INTRODUÇÃO: O Augmentation Index (AI) é um marcador já bastante estudado em populações de indivíduos normais e com enfermidades cardiovasculares expressando aumento da rigidez arterial. A rigidez arterial já foi categoricamente correlacionada com a idade e a pressão sanguínea. Sabe-se que o enrijecimento arterial está fortemente relacionado com a idade biológica dos indivíduos. Portanto, o objetivo deste trabalho é estudar a correlação entre os valores AI versus idade. MÉTODO: Estudo observacional e transversal, onde foram correlacionados valores de AI e idade numa amostra de 677 indivíduos, de ambos os sexos. Os pacientes incluídos no estudo foram submetidos à tonômetria de aplanação, realizada por equipamento validado (FDA HEM9000-AI – OMRON). Para a realização das análises estatísticas, utilizou-se o software SPSS 15.0. As variáveis estão apresentadas como média e desvio-padrão. Para verificar a correlação entre variáveis foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson. A comparação entre médias se deu pelo teste U de Mann-Whitney, visto que as variáveis se apresentaram heterocedásticas pelo teste de Levene. Adotou-se um valor de alfa igual à 5%. RESULTADOS: A amostra foi composta por 677 pacientes, sendo destes 54,51% (n=369) do sexo feminino e 45,49% (n=308) do sexo masculino, com média de idade de 44,18 ± 14,01 anos. A análise dos resultados identificou que a média do AI foi 76,63 ± 17,03%. Verificou-se uma correlação positiva e significativa entre AI e idade (r = 0,49; p < 0,001). CONCLUSÃO: houve correlação positiva forte do AI com a idade. Esses são os primeiros dados nacionais utilizando essa metodologia. Resumos Temas Livres 41084 Correlação entre os valores de augmentation index versus altura JULIANE EMANUELLE SILVA, MARCO ANTONIO MOTA GOMES, ANNELISE COSTA MACHADO GOMES, DANIELLE ALMEIDA MAGALHÃES, LEANDRO CASTELO ALVES, ANIE DEOMAR DALBONI FRANÇA, JAMYLLE DOS SANTOS RAMOS, RAFAELLA CAVALCANTE MEDEIROS SOUSA E AMANDA CARLA PONTES BEZERRA Centro Universitário Cesmac, Maceió, AL, BRASIL - Hospital do coração de AlagoasHcor, Maceió, AL, BRASIL. INTRODUÇÃO: O Augmentation Index (AI) corrigido é um marcador já bastante estudado em populações de indivíduos normais e com enfermidades cardiovasculares expressando aumento da rigidez arterial. A rigidez arterial já foi categoricamente correlacionada com a idade e a pressão sanguínea, e recentemente, tem sido demonstrado que indivíduos com obesidade são mais susceptíveis a ter um aumento da rigidez arterial, independente dos níveis pressóricos arteriais, etnia e idade. Estudos correlacionando essa variável com altura ainda são escassos. Portanto, o objetivo deste trabalho é estudar a correlação entre os valores AI versus altura. MÉTODO: Estudo observacional e transversal, onde foram correlacionados valores de AI e altura numa amostra de 677 indivíduos, de ambos os sexos. Os pacientes incluídos no estudo foram submetidos à tonômetria de aplanação, realizada por equipamento validado (FDA HEM9000-AI – OMRON). Para a realização das análises estatísticas, utilizou-se o software SPSS 15.0. As variáveis estão apresentadas como média e desvio-padrão. Para verificar a correlação entre variáveis foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson. A comparação entre médias se deu pelo teste U de Mann-Whitney, visto que as variáveis se apresentaram heterocedásticas pelo teste de Levene. Adotou-se um valor de alfa igual à 5%. RESULTADOS: A amostra foi composta por 677 pacientes, sendo destes 54,51% (n=369) do sexo feminino e 45,49% (n=308) do sexo masculino, com média de idade de 44,18 ± 14,01 anos. A análise dos resultados identificou que a média do AI foi 76,63 ± 17,03% e da altura 165,19 ± 10,3. Verificou-se uma correlação negativa e significativa com altura (r = -0,52; p < 0,001). CONCLUSÃO: houve correlação negativa forte do AI com a altura. Esses são os primeiros dados nacionais utilizando essa metodologia. 41091 Análise do estresse oxidativo em ratos hipertensos (modelo L-NAME) tratados com inibidor de estresse oxidativo (vitamina E) FLÁVIO AUGUSTO SALES ACIOLI REBÊLO, MILTON VIEIRA COSTA, JORGE JOSE DE CARVALHO, THIAGO COUTO BEZERRA, DANDARA DIAS GOMES DA CUNHA, LUCAS FERREIRA DE ALMEIDA TEIXEIRA, THAMIRES COÊLHO FERREIRA, NATHÁLIA FERNANDA PEREIRA BRAYNER E STEPHANIE BARBOSA MELO Centro Universitário Cesmac, Maceió, AL, BRASIL. Introdução: O estresse oxidativo consiste no desequilíbrio entre a geração de compostos oxidantes e a atuação dos sistemas de defesa antioxidante. As espécies reativas de oxigênio têm sido associadas à hipertensão arterial (HAS). A HAS é um fator de risco para as doenças cardiovasculares e está associada à redução do calibre das arteríolas ou ao aumento do volume circulante. Experimentalmente, tem sido usado um modelo de hipertensão denominado L-NAME, no qual a HAS é induzida pelo bloqueio do óxido nítrico. O trabalho propõe analisar se o modelo L-NAME aumenta o estresse oxidativo; se o tratamento com o antioxidante, vitamina E, é eficiente no combate ao estresse oxidativo e se o tratamento com a vitamina E diminui a HAS. Métodos: Foram utilizados 40 ratos machos da linhagem Wistar com 3 meses de idade, pesando 300 - 320 gramas. Os animais foram separados aleatoriamente em 4 grupos (n = 10, cada); Grupo Controle (C); Grupo que recebeu vitamina E, acetato de tocoferol, 50mg/kg/dia (C + VE); Grupo que recebeu L-NAME, 40 mg/Kg/dia (LN) e Grupo que recebeu vitamina E, acetato de tocoferol, 50mg/ kg/dia e L-NAME, 40 mg/Kg/dia (LN + VE). O tratamento teve duração de 5 semanas consecutivas, ou seja, da 12ª a 17ª semanas de vida. Durante o experimento, foi aferida semanalmente a pressão arterial por pletismografia da artéria da cauda. Na eutanásia, o sangue foi coletado por punção direta no ventrículo esquerdo. O plasma foi centrifugado para análise de ensaio pró-oxidante de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico e atividade da enzima antioxidante catalase. Resultados: O aumento da pressão arterial foi observado nos grupos LN, quando comparado com o grupo controle. Os animais que receberam LN e foram tratados com vitamina E apresentaram uma redução estatisticamente significante da pressão arterial (quando comparado com o grupo LN), mas o valor pressórico não ficou igual ao controle, mostrando a eficiência do modelo L-NAME no aumento do estresse oxidativo e da HAS. A análise do estresse oxidativo constatou a eficiência anti-oxidante da vitamina E pela normalização dos valores de malondialdeído, agente reativo do ácido tiobarbitúrico, e da atividade da enzima catalase, que degrada o peróxido de hidrogênio sem a produção de agentes oxidantes. Conclusões: Os resultados nos sugerem que a vitamina E atua na diminuição do estresse oxidativo e, como consequência, na redução parcial da HAS, confirmando a relação entre estresse oxidativo e HAS. 41090 Mecanismo homeostático do peptídeo natriurético atrial para minimizar os danos de uma dieta hipersódica VERENA CERQUEIRA PALÁCIO, ANACACIA PESSOA LEITE, JOSE IRINEU PESSOA NETO, MILTON VIEIRA COSTA, MANOEL MESSIAS LIMA NETO E DEBORA IRENE BARBOSA Centro Universitário Cesmac, Maceió, AL, BRASIL. Introdução. A hipertensão é um importante fator de risco que contribui consideravelmente para a morbidade e mortalidade em todo o mundo. Essa patologia tem causa multifatorial, onde os hábitos alimentares são determinantes, sobretudo, a ingestão excessiva de sal. Tem sido sugerido que a pressão sanguínea de muitos indivíduos é sensível ao cloreto de sódio, elevando-se a medida que aumenta o consumo de sódio na dieta. Existem alguns mecanismos homeostáticos que podem interferir na hipertensão, dentre os quais, o Peptídeo Natriurético Atrial (ANP). Esse trabalho tem por objetivo analisar o efeito hipotensor do ANP em camundongos C57BI/6 com dieta hipersódica. Metodologia Foram utilizados 24 camundongos C57Bl/6 machos com oito semanas de idade divididos em dois grupos (n=12, cada). Esses dois grupos foram submetidos a dieta experimental por um período de nove semanas. Grupo padrão, recebeu dieta controle (Grupo P) e grupo hipersódico (Grupo HS), que recebeu dieta com suplementação de 7% de cloreto de sódio. A pressão arterial foi aferida semanalmente. Na eutanásia, o sangue foi puncionado para análise sérica de ANP e o coração foi retirado, pesado e fixado para as técnicas de microoscopia confocal e eletrônica de transmissão. O ventrículo esquerdo foi fixado para análise de microoscopia de luz, morfologia e esteriologia. Resultados. Na comparação entre o grupo hipersódio e o seu respectivo padrão, foi verificado no grupo com elevada ingestão de sódio: através da microscopia confocal a laser, um aumento na expressão do ANP. Na microscopia de luz e eletrônica de transmissão demonstrouse um aumento na densidade numérica dos grânulos de ANP. Esses dados foram corroborados pelos resultados da análise sérica. Além disso, a pressão arterial foi 40% maior no grupo da dieta hipersódica. Houve aumento de 93% da espessura do ventrículo esquerdo, comparado ao grupo padrão. Conclusão. Os resultados sugerem que a dieta hipersódica pode induzir aumento da pressão arterial sistêmica e alteração estrutural dos cardiomiócitos. O aumento da produção de ANP indica um mecanismo compensatório desse hormônio, a fim de manter a hipertensão em níveis compatíveis com a vida. 41099 Endocardite aguda fulminante por Sthaphylococcus aureos em paciente sem doença cardíaca estrutural consequente de infecção da via aérea respiratória alta CYNARA KAROLINA RODRIGUES DA CRUZ, MARCELA ALENCAR GRANJA MUNIZ, WAGNER DE AZEVEDO HERCULANO E LEONCIO BEM SIDRIM Universidade de Pernambuco, Garanhuns, PE, BRASIL. INTRODUÇAO:Endocardite infecciosa (EI) é uma infecção do endotélio do coração. Sua incidência é 1,7 a 6,2 por 100.000 pessoas/anos, acometendo mais o sexo masculino. As valvas cardíacas previamente portadoras de alterações são as estruturas mais afetadas. Várias espécies de bactérias, fungos, micobacterias, causam EI, na maioria das vezes por estreptococos, estafilococos, enterococos e alguns cocobacilos Gram-negativos. Há dois subtipos: EI aguda e EI subaguda, sendo a primeira tipicamente causada pelo Staphylococcus aureus (S.aureus). Apesar do endotélio valvar normal ser naturalmente resistente à colonização, o S.aureus pode infectar pacientes sem valvopatias preexistentes. Um dos critérios diagnósticos é o ecocardiograma transtorácico (ETT).RELATO DO CASO:M.L.M., 16 anos, feminina entrou no serviço com tosse produtiva, associada a febre alta (39 ⁰C) e calafrios, artralgia, dispneia há 1 semana. Ao exame físico: sopro sistólico em foco mitral irradiando para o dorso, presumidamente novo, murmúrios vesiculares presentes com creptos bibasais, e edema de membros inferiores (2+/4+). Negou doença valvar e outras comorbidades. Ao realizar ECO TT, evidenciou imagem sugestiva de vegetação em valva aórtica, insuficiência mitral e aórtica. Coletou-se três pares de hemoculturas em sítios distintos, e iniciou-se antibioticoterapia: penicilina cristalina, gentamicina e oxacilina. Aos exames laboratoriais: leucocitose (15000/mm³) e marcadores inflamatórios elevados (VHS de 110 mm/h e PCR de 120 mg/dl). No terceiro dia de internamento a paciente rebaixou, alterando o nível de consciência (letargia), instável hemodinamicamente, hipotensa, insuficiência respiratória aguda, e sinais de má perfusão periférica (hiperlactinemia na gasometria arterial). Realizou-se intubação orotraqueal e iniciou-se drogas vasoativas: dobutamina e noradrenalina. A doente evolui com parada cardiorrespiratória, por AESP (atividade elétrica sem pulso), indo a óbito. Nas hemoculturas cresceram cepas de S.aureus resistentes à oxacilina, sendo rodado o esquema antimicrobiano para vancomicina ainda no terceiro dia de hospitalização. CONCLUSÃO:O presente caso relata um caso EI aguda gravíssima pelo S.aureus, em uma jovem previamente hígida, sem lesões estruturais cardíacas ou história de uso de drogas injetáveis. O foco foi uma infecção do trato respiratório, inicialmente inocente, porém com desfecho dramático. Temos uma evolução incomum para uma doente sem comorbidades associadas Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 19 Resumos Temas Livres 41104 Prevalência de disfunção erétil e fatores de risco nos pacientes com doença arterial coronariana submetidos a cateterismo cardíaco Relação entre o número de lesões coronarianas e o grau de disfunção erétil nos pacientes submetidos a cateterismo cardíaco ANDRE RICARDO DOS SANTOS TABOSA, E DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA ANDRE RICARDO DOS SANTOS TABOSA, E DINALDO CAVALCANTI DE OLIVEIRA Hospital Santa Efigenia, Caruaru, PE, BRASIL. Hospital Santa Efigenia, Caruaru, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: A disfunção erétil (DE) é uma doença de etiologia predominantemente vascular que tem uma relação próxima com a Doença Arterial Coronariana (DAC). Sua prevalência no Brasil varia de 31,9 a 53,9%. Descreveremos a prevalência da disfunção erétil e a existência ou não de diferenças nas variáveis clínicas entre aqueles pacientes com e sem esta disfunção, submetidos a cateterismo cardíaco em um hospital de Pernambuco. MÉTODOS: Este é um estudo transversal onde foram recrutados 77 pacientes do sexo masculino admitidos no setor de hemodinâmica de um hospital de Pernambuco. Os pacientes deveriam ter tido atividade sexual nas últimas 4 semanas e foram submetidos a entrevistas com uso do questionário de disfunção erétil (IIEF5) e de uma ficha clínica padrão.Foram realizadas análises estatísticas descritivas da frequência de todas as variáveis clínicas e sociodemográficas e das prevalências de DE. Para isto, utilizou-se o teste t de Student (variáveis contínuas) e o teste de qui quadrado (variáveis categóricas). RESULTADOS: Houve uma prevalência de 65,5% de disfunção erétil em pacientes com DAC. As prevalências, quanto ao grau de DE, para o grupo de pacientes com DAC e sem DAC, foram as seguintes: leve: 36,2 e 31,5%, leve a moderada: 17,2 e 21,0%, moderada: 12,0 e 15,7%. Não houve pacientes com disfunção severa em nenhum dos grupos. Quanto à idade, observouse que os pacientes com DE apresentaram idades levemente maiores do que os pacientes sem DE, havendo diferença significativa no grupo com DE, com valor de p<0,05. Com relação às demais variáveis clínicas (estado civil, escolaridade, religião, renda, IMC, tabagismo, etilismo, HAS, DM, DLP, antecedente de câncer, depressão, ansiedade, doença tireoidiana ou renal) não existiram influências destas no que se refere ao paciente ter ou não ter DE. CONCLUSÃO: Neste estudo, assim como em outros semelhantes,foi observada uma prevalência significativamente superior de DE nos pacientes com DAC documentada por angiografia.Os fatores de risco tradicionais (idade, HAS, DM, DLP, obesidade e tabagismo) e as demais variáveis clínicas e sociodemográficas, porém, não foram implicados na maior prevalência de DE no grupo de pacientes com DAC. A idade contribuiu de maneira significante para que houvesse uma maior prevalência de DE naqueles pacientes com DAC, sendo superior à média da população geral. Porém, talvez em virtude do tamanho limitado da amostra, não foram observadas associações entre as demais variáveis e a DE. INTRODUÇÃO: A disfunção erétil (DE) tem como etiologia um processo complexo envolvendo fatores psicogênicos e biológicos e pode ser considerada uma manifestação clínica de alterações vasculares, decorrentes da doença cardiovascular generalizada. Visto que as arteríolas penianas têm uma grande superfície endotelial e que para a ereção precisam de maior vasodilatação comparada a artérias de outros órgãos, o mesmo grau de disfunção endotelial seria sintomático para aqueles pequenos vasos, mas subclínico para os vasos de maior calibre. Desta forma, avaliamos a relação entre o grau de DE e o número de lesões pela angiografia coronariana de pacientes de um hospital de Pernambuco. MÉTODOS: Este é um estudo transversal onde foram recrutados 77 pacientes do sexo masculino. Os pacientes alocados deveriam ter tido atividade sexual nas últimas 4 semanas e foram submetidos a entrevistas com uso do questionário de disfunção erétil (IIEF-5) e de uma ficha clínica padrão. A doença arterial coronariana (DAC) foi definida como estenose de pelo menos 50% em uma das coronárias principais ou nos seus ramos maiores. Foram coletados os dados clínicos através de uma ficha clínica padrão. Comparações entre os grupos foram feitas pelo teste de qui quadrado e teste t de Student, Correlações foram realizadas pelo teste de Spearman. Um valor de p<0,05 foi considerado como significante. RESULTADOS: Houve uma prevalência de 65,5% de disfunção erétil em pacientes com DAC. Quanto à idade, os pacientes com DE eram um pouco mais idosos do que aqueles sem. Não existiram influências das demais variáveis clínicas no que se refere a ter ou não ter DE. Houve uma relação significativa (p<0,05), moderada (rho=0,232) e direta (rho positivo) entre o grau de DE e o número de coronárias lesionadas, de forma que, quanto maior o número de lesões coronarianas maior é o grau de DE. CONCLUSÃO: No presente estudo, avaliamos homens com DAC estabelecida e encontramos DE em mais da metade deles. Quando foram relacionados os números de artérias acometidas com a DE, foi identificada uma correlação moderada entre estas doenças, assim como, houve relação direta entre a presença de DAC e o grau de disfunção. Portanto, esta condição deveria ser considerada outra manifestação de doença aterosclerótica e manejada apropriadamente. Questionamentos sobre função erétil deveriam fazer parte da avaliação do risco cardiovascular e todo paciente com DE deveria ter prioridade para tratamento agressivo dos fatores de risco. 41110 41112 Papel do antioxidante (vitamina c) na modulação da pressão sanguínea em ratos espontaneamente hipertensos THALITA FERREIRA TENÓRIO DE ALMEIDA, IGOR DE OLIVEIRA PINTO, JOÃO COELHO NETO, JOÃO EDUARDO GONDIM MENDES LEITE, MARIA EDUARDA LINS CALAZANS, JORGE JOSE DE CARVALHO, MILTON VIEIRA COSTA, ARTHUR HENRIQUE ARAÚJO VIEIRA DE SOUZA E MATHEUS SIMÕES DE OLIVEIRA Centro Universitário Cesmac, Maceió, AL, BRASIL. Introdução: A hipertensão é um importante fator de risco que contribui consideravelmente para morbidade e mortalidade por acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, doença coronariana e insuficiência renal. Os ratos espontaneamente hipertensos (SHR) são um modelo genético de hipertensão que se assemelha a hipertensão essencial em humanos. Está bem estabelecido que este modelo animal apresenta estresse oxidativo (EOx) concomitante a hipertensão. Conceitualmente, o EOx é um desequilíbrio entre as enzimas antioxidantes e os sistemas pro-oxidantes. Tem sido sugerido um possível envolvimento do ácido ascórbico com a regulação da pressão arterial, pelo fato deste antioxidante ser um potente regulador do perfil oxidativo. Este trabalho objetiva verificar a associação entre estresse oxidativo e hipertensão essencial, assim como avaliar se o uso de antioxidante (vitamina C) é capaz de influenciar a homeostasia da hipertensão. Metodologia: Foram utilizados ratos Wistar-Kyoto (WKY) e Ratos Espontaneamente Hipertensos (SHR), machos, com três meses de idade. Os animais foram divididos em quatro grupos, com 10 animais cada: grupos sem tratamento (WKY e SHR), que receberam placebo e grupos SHR e WKY tratados, que receberam Vitamina C (Ácido Ascórbico, 200 mg/Kg/dia, Sigma-Aldrich Chemical) por sonda orogástrica. Semanalmente, a pressão arterial e a massa corporal foram verificadas. Após a eutanásia, o coração foi imediatamente pesado, dissecado, seccionado no septo atrioventricular. A hipertrofia cardíaca foi investigada pela massa cardíaca corrigida pelo comprimento da tíbia, a massa do ventrículo esquerdo também foi avaliada, além da avaliação estereológica. Resultado: Os animais espontaneamente hipertensos apresentaram pressão arterial elevada, aumento da hipertrofia cardíaca e do estresse oxidativo. O tratamento com vitamina C foi efetivo na normalização desses parâmetros. Conclusão: A hipertensão espontânea está associada ao aumento do estresse oxidativo e o tratamento com antioxidante é eficiente na normalização da pressão arterial neste modelo de hipertensão. 20 41105 Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 Consumo de álcool entre estudantes de medicina: um problema negligenciado SHARLENE CAVALCANTI MALTA, MAIARA OLIVEIRA DE ASSIS, CAMILA DE MELO OLIVEIRA, LARISSA SILVA SOARES, SABRINA EMANOELLE CELERINO DA SILVA, LAURA FERNANDA ALVES MOTA, MONICA RUFINO ALVES MATIAS, JOSE FERREIRA CHAVES JUNIOR E SANDRO GONÇALVES DE LIMA Centro Universitário Maurício de Nassau, Recife, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de álcool no Brasil é superior à média mundial e a sua exposição está diretamente relacionada com o estresse ocupacional. Particularmente entre os estudantes brasileiros, o álcool é estimulado pelo convívio e relações psicossociais, proporcionando, assim, uma alta prevalência do consumo precoce, sendo, portanto, um problema de saúde pública. OBJETIVO: Analisar a prevalência do consumo alcoólico entre graduandos de medicina e identificar os fatores associados. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa. A amostra foi constituída por 282 alunos, obtida de forma aleatória entre acadêmicos de medicina. Para a coleta de dados aplicou-se um questionário, com o objetivo de avaliar a frequência do uso do álcool, a quantidade ingerida, as principais razões para o consumo e os fatores associados ao uso excessivo. Foram incluídos estudantes de ambos os sexos, que possuíssem idade superior a dezoito anos. Utilizou-se programa Microsoft Excel para análise dos dados. RESULTADOS: A amostra foi constituída por 51,1% de acadêmicos do sexo masculino. A porcentagem que declarou consumir bebida alcoólica foi de 74,6% entre as mulheres e 79,9% entre os homens, totalizando uma prevalência de 77,3% nos discentes. No entanto, o perfil de consumo foi diferente entre os sexos. Dos que ingerem álcool 2 a 4 vezes ao mês, 34% são mulheres e 49,3% são homens. Também foi observado que 63% das mulheres e 79,9% dos homens faziam uso antes do ingresso na universidade e desse grupo, 90,8 % das mulheres e 44,3% dos homens, aumentaram a ingestão depois de iniciar as atividades acadêmicas. Ao analisar a rotina de estudo, foi constatado que 99,2% das mulheres e 70,8% dos homens consideram-na estressante. O estresse foi associado ao aumento de consumo de álcool em 5,79% das mulheres e 32,6% dos homens. Entre os entrevistados, 48,6% dos homens e 29,71% das mulheres já foram influenciados por amigos para ingerir bebida alcoólica.CONCLUSÃO: Foi observada uma alta prevalência do consumo de bebidas alcoólicas entre os alunos de medicina. Esse consumo aumentou após o ingresso na universidade e guarda relação com a rotina estressante de estudos. Resumos Temas Livres 41115 41118 Assistência da Fisioterapia em Cardiologia Intensiva: do Killip IV à independência funcional, um relato de caso. Caracterização do homem hipertenso assistido na atenção básica de saúde na cidade de Cajazeiras – PB TIAGO EUGENIO DUARTE RIBEIRO, LEONIA MOREIRA TRAJANO, SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA E INDIANARA MARIA ARAUJO DO NASCIMENTO HIRLA VANESSA SOARES DE ARAJO, CHRISTEFANY REGIA BRAZ COSTA, GABRIELA FREIRE DE ALMEIDA VITORINO, MARIA MARIANA BARROS MELO DA SILVEIRA, MAYARA INACIO DE OLIVEIRA, PHELIPE GOMES DE BARROS, REBEKA MARIA DE OLIVEIRA BELO, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL - Pronto Socorro Cardiólogico de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: Mesmo com amplas evidências que demonstram a segurança e eficácia do início do programa de reabilitação cardíaca nas primeiras 24h após evento miocárdico isquêmico, inúmeras vezes causas sensíveis afastam estes indivíduos da assistência fisioterapêutica especializada. Além da severidade clínica, diversos fatores inerentes ao processo de agravo e hospitalização culminam com a perda rápida e progressiva da funcionalidade. Sendo assim este relato vem corroborar a necessidade da assistência fisioterapêutica precoce e contínua na recuperação funcional pósinfarto. RELATO: Paciente R.M.S, 76 anos, sexo feminino, proveniente de RecifePE. Hipertensa e portadora de Doença Arterial Coronariana (DAC) com história prévia de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) sendo submetida à revascularização por angioplastia. Foi admitida na emergência do Pronto Socorro Cardiólogico de Pernambuco (PROCAPE) em 07/04/2015, apresentando quadro clínico de epigastralgia intensa. No eletrocardiograma evidenciou-se supradesnivelamento de segmento ST confirmando a hipótese de novo IAM (Killipe II). Ainda nas primeiras horas evoluiu com piora do quadro clínico, evidenciando choque cardiogênico (Killipe IV). Encaminhada para a Unidade Coronariana deste hospital em 10/04/15, onde iniciou o tratamento fisioterapêutico. Devido a severidade clínica e de acordo com a escala de avaliação de nível funcional (NF) a mesma apresentava um NF = I, ou seja, total restrição ao leito. O tempo total de internamento na Unidade Coronariana (UCO) foi de 34 dias, tempo necessário à redução considerável da força muscular e baixa tolerância ao exercício. A assistência fisioterapêutica compreendeu desde a utilização de recursos para reexpansão pulmonar, oxigenoterapia, até a deambulação assistida na unidade de terapia intensiva. RESULTADOS E CONCLUSÃO: Houve redução do grau de dispneia e melhora da tolerância ao exercício consequentemente com ganhos na capacidade funcional, evoluindo da total restrição ao leito (NF I) associado a um complexo quadro clínico (Killip IV) à total independência funcional (NF V). Alcançados graças a melhora do quadro clínico e empenho da equipe de fisioterapia no seu processo de recuperação de funcionalidade até a sua alta. 41119 PROCAPE, Recife, PE, BRASIL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, Cajazeiras, PB, BRASIL. Introdução: A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) foi instituída com o objetivo de promover ações de saúde que colaborem com a participação do homem nos serviços de saúde. A Hipertensão Arterial é a primeira causa de morte no Brasil sendo a Doença Cardiovascular que mais acomete a população masculina. Esse estudo teve como objetivo avaliar a assistência prestada pelas Equipes de Saúde da Família aos homens hipertensos e identificar seu perfil sóciodemográfico. Metodologia: Estudo transversal, exploratório, quantitativo, com 167 homens hipertensos cadastrados e acompanhados em sete unidades básicas de saúde na cidade de Cajazeiras, PB. Resultados: A idade média foi de 62,27 anos; 80,6% apresentam baixo grau de escolaridade; 66,6% são aposentados; A renda per capita mensal foi em média de 788,4 reais; 70% são sedentários, 22,2% são tabagistas e 7,8% são etilistas; o Índice de Massa Corpórea detectou que 41,3% são sobrepeso/obesos; 98,7% realizam a terapêutica medicamentosa e 1,3% a não medicamentosa. Dentre as atividades desenvolvidas pelos profissionais de saúde durante o atendimento aos hipertensos, tiveram destaque aferição da pressão arterial (24,6%), recebimento de medicação (23%) e orientações (21,9%). Com relação à satisfação dos homens com o serviço/ assistência, 67,5% estão satisfeitos, 31,3% pouco satisfeitos e 1,2% insatisfeitos. Ao expressarem como gostariam que fosse o seu atendimento, 5,4% responderam mais humanizado, e isso é reforçado quando 33,5% gostariam de receber mais orientações de saúde e 29,3% de ter mais atividades educativas. Conclusão: A maioria dos homens são idosos, com baixa escolaridade e com renda mensal em torno de um salário mínimo, características que, associadas, tornam-se favoráveis ao não-controle da pressão e ao não seguimento do tratamento. Caracteriza-se também como grupo pouco adepto de hábitos de vida não saudáveis. Ainda demonstram satisfação com a assistência, mas gostariam que houvesse mais qualidade. Mesmo com a implantação da PNAISH, percebe-se que há várias lacunas na assistência. Entende-se que esta política norteia os passos de quem quer prestar uma assistência de qualidade ao homem a fim de garantir que sua esperança de vida possa ser igual ao da mulher, mas para que isso ocorra é necessária a tomada de decisão por parte de todos envolvidos no processo, gestores e profissionais, no sentido de reorganizar serviços e práticas e incentivar a busca dos homens aos serviços de saúde. 41120 Preditores de risco pré-operatório relacionados à mediastinite após cirurgia cardíaca: uma revisão integrativa Atletas amputados transfemorais têm o mesmo comportamento autonômico do que jovens ativos? RAFAELLA VIANA TEIXEIRA, DENIZE FERREIRA RIBEIRO, RENATA VILARINDO SEABRA, NATHÁLIA TORRES COSTA SOUZA, MARCELA PAULINO MOREIRA DA SILVA, IZA CRISTIANE COSTA PAIVA, HILDA SILVA CARRILHO BARBOSA, KELLY CRISTINA TORRES LEMES E MILCA VALMERICA CASTRO DE OLIVEIRA JULIANA MUNIZ SIQUEIRA, BRUNA DA SILVA SOUSA, CAMILA CADENA DE ALMEIDA, DANIELLA CORREIA ORNELAS, THANYZE ALICE VICENTINI ZOCCOLI E VERA REGINA FERNANDES DA SILVA MARÃES Hospital Agamenon Magalhães, Recife, PE, BRASIL. Introdução: A mediastinite pós operatória é definida como uma infecção e/ou inflamação do tecido conjuntivo do mediastino associada à osteomielite do esterno, com ou sem sua instabilidade. Possui baixa incidência, entre 0,2% e 5% dos pacientes submetidos a esternotomia mediana; porém, de alta morbimortalidade. Métodos: Revisão integrativa. Busca realizada nas bases: Biblioteca virtual em saúde (BVS), Scielo, Medline, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Cochrane. Os descritores controlados identificados no MESH (Medical Subject Headings) foram: Mediastinitis, Thoracic Surgery, Perioperative Nursing e utilizados em cruzamentos: Mediastinitis AND Thoracic Surgery AND Perioperative Nursing; Perioperative Nursing AND Thoracic Surgery; Mediastinitis AND Thoracic Surgery. Critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, que abordassem os preditores de risco pré-operatório relacionados a mediastinite após cirurgia cardíaca e artigos publicados em português. A busca na literatura realizou-se no mês de março de 2015, resultando numa amostra de 9 artigos. Resultados: A maioria dos artigos foram publicados no período de 2004 a 2012. Entre os preditores de risco para mediastinite, temos: obesidade, diabetes, tabagismo, doença pulmonar obstrutiva crônica, cirurgia cardíaca prévia, o uso de ambas artérias mamárias prévias, procedimento cirúrgico prolongado, entre outros. Conclusão: Através do estudo concluiu-se que os fatores pré-operatórios de cirurgia cardíaca possuem grande importância e apresentam um grande impacto na vida do paciente, na equipe de saúde e nos custos hospitalares. Universidade de Brasília- UnB, brasília, DF, BRASIL. Objetivo: Comparar a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em repouso e durante o exercício em amputados transfemorais adultos e em jovens ativos. Material e Métodos: Foram estudados 10 amputados e 10 indivíduos amputados não ativos, que tiveram a VFC capturada e armazenada por um monitor de frequência cardíaca (POLAR S800), na posição supina por 10 minutos e durante o teste de caminhada de seis minutos (TC6). O índice RMSSD foi utilizado para a análise no domínio tempo, indicando uma visão global da função do Sistema Nervoso Autônomo. O componente baixa frequência (BF), a alta frequência (AF) e a razão BF/AF, foram utilizados para analisar o domínio da frequência, indicando respectivamente, atividade simpática e parassimpática e a razão entre elas. Foram utilizados teste de normalidade de Shapiro-Wilk e o teste não paramétrico de Man-Witnney. Os dados coletados foram analisados utilizando software Kubios (Kubios HRV 2.1 release). Resultados: Os dados finais não demonstraram nenhuma diferença estatística significante entre os grupos (p> 0.005) em qualquer um dos índices analisados durante o TC6 e na posição supina dos componentes BF, AF e BF/AF, os índices demonstraram uma maior atividade simpática em amputados. Conclusão: Uma vez que não houve diferença entre os grupos durante o exercício, a atual prática de atividade física é possível e mantém o controle autônomo mais próximo ao normal, mesmo quando comparado a um grupo de jovens saudáveis. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 21 Resumos Temas Livres 41121 41122 Satisfação dos usuários hipertensos com a assistência prestada no programa HIPERDIA O controle autonômico de amputados transfemorais se modifica em diferentes condições de repouso? HIRLA VANESSA SOARES DE ARAJO, CHRISTEFANY REGIA BRAZ COSTA, GABRIELA FREIRE DE ALMEIDA VITORINO, MARIA MARIANA BARROS MELO DA SILVEIRA, MAYARA INACIO DE OLIVEIRA, PHELIPE GOMES DE BARROS, REBEKA MARIA DE OLIVEIRA BELO, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA JULIANA MUNIZ SIQUEIRA, BRUNA DA SILVA SOUSA, CAMILA CADENA DE ALMEIDA, DANIELLA CORREIA ORNELAS, THANYZE ALICE VICENTINI ZOCCOLI E VERA REGINA FERNANDES DA SILVA MARÃES PROCAPE, Recife, PE, BRASIL - Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças, Recife, PE, BRASIL. Objetivo: Comparar a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) sob o ponto de vista não linear de amputados transfemorais nas posições de repouso supino, deitada e de pé. Material e métodos: Foram estudados 7 voluntários. A VFC foi coletada e armazenada utilizando um monitor cardíaco (POLAR- S800) em cada posição por 10 minutos. A analise da VFC foi realizada utilizando o programa Kubius (HRV 2.1 release). Os índices SD1 e SD2 foram utilizados como representantes parassimpático instantâneo e de longo prazo, respectivamente e os índices α1 e α2, indicadores de normalidade do sistema cardiovascular, também instantâneo e de longo prazo e ainda o valor da entropia aproximada (ApEn) indicador do nível de desorganização do sistema. Para a análise estatísta foi utilizado o teste Mann U para variáveis não paramétricas (SPSS (Statistical Package for Social Sciences, Chicago, IL, USAversão 18). Resultados: A atividade parassimpática foi maior nas posições supina e sentada quando comparada à de pé, tanto instantaneamente (SD1) quanto a longo prazo (SD2). Apesar dos ajustes hemodinâmicos serem mais expressivos na posição de pé, o sistema autônomo cardíaco se apresentou ligeiramente mais variável (α1) e mais desorganizado (ApEn) na condição de repouso supino em comparação com a posição de pé. Não houve diferença para o índice α2, onde é possível dizer que o sistema cardiovascular responde imediatamente (α1) à troca de posicionamento e retorna a normalidade em seguida. Conclusão: A posição de pé produz diversas mudanças na regulação autonômica desses indivíduos, tanto a curto e a longo prazo; e a análise não linear fornece informações importantes em relação às alterações do sistema autônomo cardíaco de curto e de longo prazo para diagnóstico de possíveis alterações cardiovasculares. INTRODUÇÃO: A implementação da Estratégia Saúde da Família, pelo Ministério da Saúde, é um meio de tentar consolidar os princípios do SUS. O impacto causado pela Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é preocupante, estima-se que ela afete 34% da população adulta em Recife; destes 25% apresentam alto grau de risco cardiovascular. Em nível nacional, considera-se que 40% das mortes por acidente vascular cerebral e 25% das mortes por doença arterial coronariana sejam determinadas pela HAS. O estudo teve como objetivo avaliar o nível de satisfação de usuários do Programa Nacional de Atenção a Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus (PNAHADM) em uma Unidade de Saúde da Família em Recife-PE. MÉTODOS: Estudo transversal descritivo exploratório de abordagem quantitativa, com 90 usuários do programa HIPERDIA da ESF Dr. Luíz Wilson, Recife/PE. RESULTADOS: A idade foi superior a 65 anos em 63,33%; 70% apresentam baixo grau de escolaridade; 67,78% tem renda mensal entre 2 e 3 salários mínimos. A satisfação dos usuários em relação à assistência prestada é construída através de situações vivenciadas por eles: 91,11% afirmaram que o enfermeiro foi atencioso; 87,78 % sentiu-se seguro durante a consulta; 40% disseram não ter conseguido seguir as orientações fornecidas. Em relação ao fornecimento de medicações, 27,78% afirmou que a distribuição não era suficiente. Um dos aspectos abordados para a confirmação da eficácia do programa foi à percepção do indivíduo quanto à melhora da sua saúde após o atendimento no HIPERDIA, onde 86,67 % afirmaram que houve uma melhora significativa em seu quadro clínico. Com relação às dificuldades diante do serviço de saúde: 58% que disseram enfrentar algum tipo de dificuldade; 19,23% cancelamento de consultas; 11,54% alegam demora no atendimento e 9,62% precisam faltar trabalho. CONCLUSÃO: A população predominante é de idosos, com baixa escolaridade e com renda mensal entre 2 e 3 salários, essas características associadas tornam-se não favoráveis ao controle e seguimento do tratamento da doença. Os principais motivos citados por aqueles que se julgaram insatisfeitos foram à falta de fornecimento regular da medicação e a dificuldade em marcar consultas médicas de acompanhamento. Apesar destes resultados, o PNAHADM satisfaz as expectativas da maioria dos usuários. Mas, faz-se necessário uma pesquisa de opinião sempre que for pensado em realizar ações e planejamentos a fim de garantir o sucesso destes. Universidade de Brasília- UnB, brasília, DF, BRASIL. 41123 Perfil epidemiológico dos óbitos por doenças cardiovasculares em um hospital de referência de Recife - PE PERFIL DE MORTALIDADE POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM MULHERES: UM ESTUDO RETROSPECTIVO LEANDRO BULHOES DE LEMOS MORAES, MARILIA ROBERTA FREITAS DE VASCONCELOS, GISELMA LEITE DA SILVA, KELLY CRISTINA TORRES LEMES E JOSINEIDE PEREIRA DA SILVA MAYARA INACIO DE OLIVEIRA, HIRLA VANESSA SOARES DE ARAJO, GABRIELA FREIRE DE ALMEIDA VITORINO, MARIA MARIANA BARROS MELO DA SILVEIRA, CHRISTEFANY REGIA BRAZ COSTA, REBEKA MARIA DE OLIVEIRA BELO, PHELIPE GOMES DE BARROS, DANIELLE CRISTINA PIMENTEL CABRAL, JERSSYCCA PAULA DOS SANTOS NASCIMENTO, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA Hospital Agamenon Magalhães, Recife, PE, BRASIL. FUNDAMENTOS: As doenças cardiovasculares são a principais causas de óbito no Brasil e no mundo, particularmente em virtude do crescimento da população idosa. Dados da OMS (2012) afirmam que as doenças isquêmicas do coração ocupam o primeiro lugar como causa de óbito. O estudo tem como objetivo traçar o perfil epidemiológico das principais causas de óbito por doenças cardiovasculares em um hospital de referência em cardiologia de Recife - PE. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal de prevalência, do tipo descritivo com abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos no sistema DATASUS através do programa TabWin Versão 3.6b, referentes às causas de óbito por doenças cardiovasculares ocorridas durante o ano de 2014, no Hospital Agamenon Magalhães da cidade de Recife - PE. Utilizouse as variáveis sexo, faixa etária, raça/cor e anos de estudo. As causas encontradas foram agrupadas conforme sua fisiopatologia em: (A) Doenças Isquêmicas, (B) Miocardiopatias, (C) Doenças Cerebrovasculares, (D) Valvulopatias, (E) Arritmias, (F) Complicações Hipertensivas e (G) Outras. Os dados foram armazenados em planilha eletrônica do Microsoft Excel 2010, e analisados utilizando-se técnicas de estatística descritiva, com a distribuição de frequências numéricas e percentuais. RESULTADOS: Foi evidenciado que dos 302 óbitos por doenças cardiovasculares 31,13% foram por infarto agudo do miocardio (IAM), 7% por cardiomiopatia dilatada e 5,3% tendo a hipertensão essencial como causa. Com relação às variáveis mais prevalentes, destaca-se o sexo feminino com 51% dos óbitos. O grupo etário mais afetado foi o de >80 anos com 29,13%, seguido dos >70 anos com 28,14% dos casos. Prevaleceu a raça amarela com 56,3%, tendo a raça branca 34,8% e a preta 6,3%. Evidenciou-se 35,1% dos óbitos naqueles com 1 a 3 anos de estudo, obtendo-se uma quantidade considerável de ignorados 21,9%, e aqueles sem nenhuma instrução 20,8% dos óbitos. CONCLUSÃO: O presente estudo proporciona o delineamento do perfil epidemiológico dos óbitos por doenças cardiovasculares na instituição, fornecendo subsídios para a elaboração e aprimoramento de programas voltados para a prevenção, tratamento e reabilitação em saúde nos diversos níveis de complexidade, melhorando a qualidade de vida e reduzindo assim as taxas de óbito por tais doenças. 22 41133 Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 PROCAPE, RECIFE, PE, BRASIL. Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte no Brasil. De acordo com os dados do DATASUS sabe-se que 160.288 mulheres morreram no ano de 2013 com doenças do aparelho circulatório, e dentre essas 35.199 tiveram o Infarto Agudo do Miocardio (IAM) como causa do óbito. Objetivo: Analisar o perfil de mortalidade de mulheres acometidas por IAM, associando suas características clínicas, e avaliar a predominância das comorbidades através da caracterização da população estudada. Método: Estudo retrospectivo, quantitativo em 50 prontuários de pacientes do sexo feminino que foram à óbito por Infarto Agudo do Miocárdio, no período de agosto de 2006 até dezembro de 2010. Resultados: Neste período ocorreram 87 óbitos, e destes 57,5% foram do sexo feminino, sendo então estudados um total de 50 prontuários. Em relação ao perfil sociodemografico observou-se que 36% estavam entre 70 a 79 anos, 48% eram viúvas e 26% casadas. O local de residência mais frequente foi em Recife (76%) e o principal tratamento de escolha foi a administração de antitrombóticos (34%). Foi realizado a angioplastia em 20% das mulheres, e 22% foram submetidas a cirurgia de revascularização. Em relação às complicações apresentadas durante o internamento, o choque cardiogênico foi a mais frequente ocorrendo em 20% dos casos, seguida da Insuficiência cardíaca congestiva que ocorreu em 16%. Observamos ainda que um percentual de 31% apresentou algum tipo de arritmia, o que mostra um alto índice de complicações elétricas. A mortalidade por IAM com supradesnivelamento do segmento ST em mulheres hospitalizadas mostrou ter alta incidência. Conclusão: Portanto, a presença de comorbidades e complicações pós–infarto demonstraram-se foram elevadas. A escolha do tratamento, as condições socioeconômicas e as comorbidades são fatores preditivos para o prognostico do paciente. Contribuição de enfermagem: Diante disto, é relevante a realização deste estudo para esclarecer a mortalidade hospitalar de mulheres acometidas por infarto agudo do miocárdio, proporcionando contribuição científica e evidências que colaborem com a iniciativa de prevenção desse agravo. Resumos Temas Livres 41139 41140 Estado nutricional e atividade inflamatória no pré-operatório de pacientes cardiopatas: um estudo piloto Polimorfismo gênico de apo E está relacionado a uma menor sensibilidade à insulina, hipertrigliceridemia e baixos níveis HDL-colesterol MARILIA CORREIA CARVALHO NOVAES FERRAZ, KARLA VANESSA GOMES DE LIMA, LEILA VIRGÍNIA DA SILVA PRADO, MARINA HORTENCIA DA SILVA BARROS E HALANNA CELINA MAGALHES MELO LAYSE CIANE S C DE B GALVAO, BIANKA SANTANA DOS SANTOS, ABDIAS PEREIRA DINIZ NETO, JESSICA JAKELINE BATISTA TAVARES DA SILVA, MATHEUS RIBEIRO BARROS CORREIA, ELIEZIO DE OLIVEIRA MAIA JUNIOR, TIAGO MOURA DE FREITAS, EDUARDO FERNANDES DOS SANTOS, JOÃO THIAGO DO AMARAL NUNES E MATEUS CARNEIRO DA CUNHA COSTA Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira , Recife, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: Na literatura ainda existe controvérsias da relação entre o estado nutricional (EN) pré-operatório de pacientes cardiopatas com as complicações pósoperatórias e mortalidade. Também vale ressaltar que as doenças cardiovasculares são consideradas como um estado inflamatório, e que a obesidade e o estresse cirúrgico podem contribuir para o aumento da inflamação. Níveis pré-operatórios elevados de proteína C-reativa (PCR) em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca está associado com o aumento da morbidade e mortalidade. Portanto objetiva-se avaliar o EN e a presença de inflamação no pré-operatório de cardiopatas internados em um hospital do nordeste brasileiro. METODOLOGIA: Estudo descritivo e transversal, com coleta iniciada em Abril de 2015. A amostra é composta por pacientes com idade ≥ 18 anos, de ambos os sexos, internados para realização de cirurgias cardíacas, com exceção de pacientes com insuficiência cardíaca grau III e IV e com doenças crônicas graves, que influenciem na atividade inflamatória. As variáveis coletadas foram: gênero, idade, procedimento cirúrgico, índice de massa corporal (IMC) e parâmetros séricos de albumina e PCR. Na análise de dados e estatística foram utilizados os testes de Kolmogorov Sminorv e Qui-Quadrado e o programa foi o Sigma Stat 13.0. RESULTADOS: A amostra estudada foi de 21 pacientes, sendo a maioria adultos (52,3%), sexo masculino (57,1%), com média de idade de 59,76 ± 14,47 anos. Quanto ao procedimento cirúrgico os mais frequentes foram: revascularização do miocárdio (52,3%); troca de válvula mitral (9,5%) e implante de marcapasso (9,5%). Em relação ao EN, 9,5% foram diagnosticados pelo IMC como abaixo do peso e 61,9% com excesso, sendo o valor médio de 26,92 ± 4,46Kg/m². De acordo com as dosagens de albumina 38% possuíam depleção nutricional. A partir da PCR, 61,9% estavam inflamados. Na análise de associação, não foram encontrados resultados significativos entre a classificação do EN pelo IMC com a da albumina (p= 0,678), com cirurgias (p= 0,136) e PCR (p=0,678). CONCLUSÃO: A amostra analisada na sua maioria foi composta por paciente com excesso de peso e que possui atividade inflamatória exacerbada, seja pela obesidade isolada, como também pode ocorrer em associação com a doença cardiovascular. Não foram encontradas, no momento, associações significativas entre EN, cirurgia realizada e inflamação, no entanto acredita-se que possa ser evidenciada alguma relação com o aumento do número da amostra. 41150 Universidade Federal de Pernambuco , Caruaru, PE, BRASIL. Introdução: O metabolismo lipídico pode ser influenciado pela apolipoproteína E (ApoE), assim, refletindo nas variações de níveis plasmáticos dos lipídios. ApoE provém comumente de três alelos (e2,e3,e4), que resultam em seis genótipos (E2/2,E2/3,E2/4,E3 /3,E3/4,E4/4), sendo o E3/3 o tipo selvagem. Porém as variações lipídicas e lipoprotéicas podem apresentar-se divergentes dependendo da população estudada. Além disto, mesmo com poucos estudos, é possível que genótipos de ApoE estejam ligados à resposta do organismo ao hormônio insulina. Objetivos: Investigar a relação do polimorfismo gênico da Apo E com sensibilidade à insulina e lipídios.Metodologia: 1.188 pessoas de Pernambuco, de ambos os sexos (média de idade 45), selecionados aleatoriamente, após realizar cálculo amostral com o programa estatístico EpiInfo e aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Amostras sanguíneas obtidas para a realização da genotipagem e para as determinações bioquímicas, após jejum de 12 horas. Genótipos identificados através de PCR-RFLP (Reação em Cadeia da Polimerase-Polimorfismo por Tamanho do Fragmento de Restrição). QUICKI encontrado através da equação {1/[log insulina + log glicose]}, após determinação da glicemia e da insulinemia, através do ensaio imunoenzimático por micropartículas. Colesterol Total (CT), HDL-colesterol e Triglicerídios (TG) foram determinados através de métodos enzimáticos, enquanto que LDL-colesterol e VLDL-colesterol foi utilizada a equação de Friedewald. Significâncias estatísticas (p<0,05) analisadas através de Análise de Variância. Resultados: Os genótipos encontrados foram: E2/3 (frequência=8,3%), E3/3 (69,5%) e E3/4 (22,2%). Indivíduos portadores do genótipo E3/4 apresentaram maiores níveis plasmáticos de VLDL-colesterol e de TG e menores níveis de HDL-colesterol, além dos menores valores de QUICK comparado com os outros tipos. Os genótipos E3/3 apresentaram maiores níveis plasmáticos de CT (199,8mg/dL) e de LDL-colesterol (130,0mg/dL) quando comparados aos encontrados em portadores de E2/3 (CT=170,7mg/dL; LDL-colesterol=105,7mg/dL) e de E3/4 (CT=188,3mg/dL; LDL-colesterol=121,3mg/dL). Conclusão: Este estudo indica que o genótipo E3/4 de ApoE relaciona-se ao perfil lipídico ligado a uma menor sensibilidade à insulina, resultando no aumento da probabilidade de eventos cardiovasculares, já que estas alterações são consideradas importantes fatores de risco cardiovascular.Apoio Financeiro: CAPES, FACEPE E CNPq. 41154 Endomiocardiofibrose de ventrículo direito: relato de caso Complicações cardiologicas em individuos oncológicos: revisão de literatura MARIA EDUARDA QUEIROZ DE MEDEIROS, LETICIA DE ARAUJO CARVALHO, MARIA ERIANNE PEREIRA DO NASCIMENTO E FERNANDA KURY DIAS MARTINS CATIANE DO ESPÍRITO SANTO COELHO, EMANUELE LIMA BANDEIRA, FABIANA MARIA DOS SANTOS MENDES, MARÍLIA DOS SANTOS ANJOS e LUIS CARLOS VEIGA DOS SANTOS Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. UNIME - União Metropolitana de Educação e Cultura, Salvador, BA, BRASIL - UNEB - Universidade do Estado da Bahia, Salvador, BA, BRASIL - UFBA - Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, BRASIL. Introdução:A Endomiocardiofibrose (EMF) é uma entidade rara, endêmica em regiões tropicais. Caracteriza-se pela presença de tecido fibroso no endocárdio, podendo se estender para o miocárdio, do ápice de um ou ambos os ventrículos. O envolvimento biventricular é mais frequente, sendo o de ventrículo direito encontrado em 10% dos casos. Relato de caso: I.M.K, 11 anos, natural e procedente de tribo indígena em Acrelândia-AC. Em 2012 passou a apresentar anasarca, disfagia e dispneia aos médios esforços, sendo a hipótese inicial Anomalia de Ebstein. Em 2014 o exame físico apresentou hepatomegalia e o ecocardiograma identificou átrio direito com aumento de grau importante e ventrículo direito com capacidade obliterada por tecido fibroso que englobava os folhetos da valva tricúspide. A Ressonância Magnética e a angiorressonância com contraste evidenciaram importante comprometimento da função sistólica global do VD, com fração de ejeção de 30%, observando-se acinesia da ponta deste ventrículo e hipocinesia difusa das demais paredes. A paciente foi submetida à ressecção de endomiocárdio, troca de válvula tricúspide e implantação de marcapasso. Conclusão: O envolvimento do coração é típico, com a presença de fibrose na região de via de entrada dos ventrículos e acomete o aparelho sub-valvular mitral e/ou tricúspide. Os achados clínicos dependem do estágio da doença e do envolvimento anatômico do coração, propondo-se tratamento clínico em pacientes menos sintomático e cirúrgico, para estágios mais avançados (classe III e IV NYHA). Os resultados são pouco animadores, principalmente nos pacientes com doença avançada e acometimento predominante de ventrículo direito. Os resultados cirúrgicos observados na literatura apresentam mortalidade precoce após a cirurgia variando de 4,6% a 18% e mortalidade tardia de 18%. As causas da manutenção da sintomatologia clínica, após a cirurgia para ressecção da fibrose endomiocárdica podem ser atribuídas às características progressivas da doença, com continuação da infiltração fibrótica no miocárdio e o aparecimento de insuficiência tricúspide após a cirurgia. o transplante cardíaco pode ser uma alternativa para o tratamento dos portadores de endomiocardiofibrose em estágio avançado. INTRODUÇÃO:A área de oncologia vem crescendo muito nos últimos tempos, novos medicamentos quimioterápicos vem sendo produzidos e suas reações adversas se mostram cada vez mais evidentes. Sabemos que pacientes oncológicos em tratamento com quimioterápicos principalmente os antracíclicos, podem desenvolver uma série de complicações, dentre elas a insuficiência cardíaca, doença na qual o coração não consegue bombear sangue suficiente para as necessidades do organismo. Objetivo:Relatar complicações cardiológicas apresentadas em pacientes oncológicos. Metodologia:Levantamento bibliográfico realizado, utilizando-se as palavras-chaves: pacientes oncológicos, complicações cardiovasculares nos indexadores MEDLINE, PubMed, LILACS, COCHRANE, SCIELO, BIREME, dissertações e teses publicadas entre 1960 a 2009, em língua portuguesa e inglesa.Resultados:Lesões miocárdicas estão vinculadas a cardiotoxicidade de algumas antraciclinas, como a adriamicina (doxorrubicina), epirrubicina e idarrubicina, que são utilizadas em tratamento de tumores no câncer de mamas e linfomas, também em crianças com leucemias e sarcomas. A dose utilizada está relacionada com a incidência de cardiotoxicidade, no caso da doxorrubicida com ocorrência elevada a partir de 300mg/m2. Em crianças com disfunção sistólica a incidência é 7% a 8%, chegando a 40% em adultos. A cardiotoxicidade subaguda e crônica se apresenta após o ciclo de quimioterapia. A disfunção ventricular é alterada no período crônico, evoluindo para uma complicação clínica freqüente nos meses ou anos seguintes. Os sintomas decorrentes da Insuficiência Cardíaca surgem tardiamente e são ligados a alto risco, com mortalidade que alcança 50% em dois anos. Alguns elementos são considerados cardiotóxicos, sendo eles: idade (<15 anos e >70 anos); mulheres; radioterapia prévia; histórico de doença cardíaca; raça (negro>branco); sensibilidade específica à toxicidade do fármaco, que é dose-dependente.Conclusão:As doenças cardiovasculares e o câncer estão entre as morbidades que mais afetam as populações pelo mundo. Apesar da escassez de estudos sobre evidências científicas, verificou-se a necessidade de interação entre oncologistas e cardiologistas na abordagem do paciente oncológico submetido ao tratamento quimioterápico. Ambos os profissionais, em ação conjunta, principalmente o manejo feito do oncologista para o cardiologista, propiciará grande benefício ao paciente acometido pelas duas doenças tão freqüentes na atualidade. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 23 Resumos Temas Livres 41158 Dia nacional da hipertensão arterial sistêmica (has) – uma oportunidade para diminuir o desconhecimento da população sobre has. CARDIOPATIA E DEPRESSÃO: RELATO DE CASO DA ATUAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL SARAH MARIA COELHO DA PAZ DE LIMA, FLÁVIO AUGUSTO SALES ACIOLI REBÊLO, THAMIRES COÊLHO FERREIRA, MAYSA TAVARES DE ALENCAR, THAYSA DAYSE ALVES E SILVA, MARIA ALAYDE MENDONCA DA SILVA, IVAN ROMERO RIVERA, NAYANNE DA SILVA LUZ E ÍTALO BERNARDO DE OLIVEIRA GEIZILANDY CHARLENE DA SILVA MENDES, BRUNO CANUTO DE MEDEIROS, CASIANA TERTULIANO CHALEGRE E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA Santa Casa de Misericórdia de Maceió, Maceió, AL, BRASIL - Universidade Federal de Alagoas, Maceió, AL, BRASIL - Centro de Estudos Superiores de Maceió, Maceió, AL, BRASIL. INTRODUÇÃO: A depressão é um dos mais prevalentes transtornos psiquiátricos e está associada a um declínio do bem-estar e do funcionamento diário e ao aumento da morbimortalidade e utilização de serviços de saúde. As manifestações clínicas dos transtornos depressivos em pacientes com cardiopatia diferem dos transtornos depressivos nos pacientes não cardiopatas e podem se confundir com a gravidade da própria doença clínica de base. Pode indiretamente comprometer o sistema cardiovascular intensificando outros fatores de risco. O objetivo deste trabalho é relatar um estudo de caso de paciente com transtorno depressivo associado a cardiopatia atendido pelo serviço de Terapia Ocupacional (T.O). REATO DE CASO: A.C.N. Sexo feminino, 39 anos, paciente portadora de cardiopatia reumática com duas cirurgias de troca valvar mitral (biobrotese 1994 e prótese mecânica 1998) internada na enfermaria de um hospital cardiológico ha cerca de 4 meses, com estado geral comprometido, dispneica e permanecendo a maior parte do tempo no leito. Apresenta disfunção de prótese com risco iminente de morte. No entanto, devido a desnutrição grave, anemia hemolítica e transtorno depressivo grave não apresenta condições clínicas de se submeter a novo procedimento cirúrgico. Apresenta falta de cuidados quanto aos cuidados pessoais. Após avaliação foram verificadas alterações em áreas de desempenho para Atividades de vida diária (AVD), Atividades Instrumentais de vida diária (AIVD), Lazer e Participação Social. A funções do corpo comprometidas apresentadas: funções mentais especificas (imagem corporal, autoconceito e autoestima); funções mentais globais (estabilidade emocional, motivação e apetite); funções do sistema cardiovascular e respiratório. Quanto as alterações em habilidades de desempenho a paciente mostrou alterações para habilidades práxicas e motoras (resistência), habilidades de regulação emocional, habilidades psicossociais (interesse, habilidades interpessoais, autoexpressão) e habilidades Cognitivas (iniciação e julgamento). CONCLUSÃO: Diante da avaliação o tratamento foi seguido dando-se prioridade a formação de vínculo e estimulação de habilidades que interferiam de forma significativa no desempenho ocupacional. As estratégias de intervenção foram escolhidas de acordo com a abordagem centrada no cliente onde foram utilizadas atividades de autoexpressão, atividades com músicas e jogos, individuais e em grupo. Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) está presente em torno de 50% dos pacientes que sofrem Infarto Agudo do Miocárdio ou Acidente Vascular Cerebral, entretanto, em torno de 50% dos seus portadores ainda desconhecem sua condição de hipertensos. Foi identificada, em amostra populacional de Maceió, a prevalência de HAS e a frequência de hipertensos que conhecem a sua condição. Métodos: Estudo transversal realizado no dia 26/04/2015, na orla marítima da cidade de Maceió, região de maior poder aquisitivo da cidade. Medida da pressão arterial, peso e altura. Questionário sobre auto-conhecimento acerca de HAS, DM, Dislipidemia e Tabagismo, e informações sobre uso de medicamentos e a realização de atividade física regular. Resultados. Foram avaliados 252 indivíduos, com idades entre 8 e 85 anos. HAS foi mencionada por 70/252 (28%). Nos demais 182 indivíduos, 36 (20%) apresentavam pressão arterial elevada. Caso confirmada a HAS nesse sub-grupo, a prevalência aumentaria para 42%, dos quais 34% desconheceriam a sua condição. Conclusão: A HAS ainda é desconhecida por muitos dos seus portadores, colocando-os em risco ainda mais elevados para as suas complicações. Campanhas educativas para a população podem ajudar a reduzir esse desconhecimento. 41200 PROCAPE/UPE, Recife, PE, BRASIL. 41272 Características de usuários com crise hipertensiva no setor de acolhimento da unidade de pronto atendimento PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA DA CIDADE DO RECIFE-PE RODOLFO RIBEIRO DE JESUS, JOAO CARLOS ANGELI, IAN CESAR CARDOSO TOTI, VINÍCIUS FREITAS PINTO SILVA, PETRONIO BARROS RIBEIRO DE JESUS E JOSÉ LUIZ TATAGIBA LAMAS JAKELINNY JORGE DOS SANTOS, GEYLSON RODRIGO DOS SANTOS XAVIER, SANDRO GONÇALVES DE LIMA, RAFAEL SOARES PIRES RODRIGUES, LUCAS MACHADO CARVALHO CARDOSO, FLAVIA DA COSTA OLIVEIRA SPINOLA, PEDRO FELIPPE SANTOS PEREIRA LIMA, JOAO PAULO NUNES DE ALBUQUERQUE CORREIA E RUY FRANCISCO SOUZA JUNIOR Universidade Iguaçu, Itaperuna, RJ, BRASIL - Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, MG, BRASIL - Universidade de Campinas, Campinas, SP, BRASIL. INTRODUÇÃO: Além de ser a doença vascular mais prevalente no mundo e predominante causa de morte no Brasil, a hipertensão arterial sistêmica é silenciosa(1) e por isso, na maioria das vezes, o usuário hipertenso não apresenta sinais e sintomas que chamam a atenção do enfermeiro que realiza o acolhimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Isto pode ocasionar equívocos no encaminhamento desse usuário na priorização do atendimento médico. OBJETIVOS: Identificar as características dos usuários com crise hipertensiva acolhidos na UPA por meio do Sistema Manchester de Classificação de Risco (SMCR)(2). MÉTODO: Pesquisa realizada com dados secundários e retrospectivos de 63 adultos e idosos atendidos em 2013, com pressão arterial diastólica ≥ 120 mmHg. Os dados foram obtidos em 2014, utilizando-se instrumento com questões sobre condições sociodemográficas, níveis pressóricos e sintomas apresentados no momento do acolhimento. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, conforme o Parecer nº 629.931/2014. RESULTADOS: A amostra foi constituída de 52,38% homens e de 47,62% mulheres. As faixas etárias mais comuns foram 41-45 anos e 46-50 anos. A maioria apresentou pressão arterial sistólica de 170 – 219 mmHg e diastólica de 120-129 mmHg. No momento do acolhimento os usuários apresentaram sintomas que caracterizam os fluxogramas do SMCR “Mal-estar em adultos” (49,2%), “Cefaleia” (26,98%) e “Dor torácica” (22,22%). Quanto a classificação de risco a maior parte dos usuários foi incluída na categoria urgente, com atribuição da cor amarela, 73,01% e, 26,99% foram classificados como não urgentes apesar de apresentarem pressão arterial diastólica ≥ 120mmHg. CONCLUSÃO: Os resultados apontam a relevância do SMCR para a tomada de decisões pelo profissional que atua no acolhimento de usuários com crise hipertensiva na UPA. As evidências apontam para a necessidade de aferir a pressão arterial de todos os usuários que procuram a UPA, relatando cefaleia, convulsões, desmaio, dispneia, dor intensa, palpitações e mal-estar no momento do acolhimento. Descritores: Hipertensão; Triagem; Serviço Médico de Urgência. REFERÊNCIAS: 1. Lessa I. Hipertensão arterial sistêmica no Brasil: tendência temporal. Cad. Saúde Pública. 2010;26(8):1470. 2. Cordeiro Júnior W, Mafra AZ. Sistema Manchester de Classificação de Risco: classificação de risco na urgência e emergência. Manchester Triage Group. Edição Brasileira; 2010. 24 41161 Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU, RECIFE, PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: O grau de exigência da formação médica pode suscitar, aliado à predisposição genética, a ampliação de fatores de risco para Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS); patologia que mostra índices cada vez mais alarmantes em nossa sociedade. Além do mais, o estudante de medicina insere-se nesse contexto como futuro orientador de hábitos de vida saudáveis. OBJETIVO: Identificar fatores associados à HAS entre estudantes de medicina da Cidade do Recife-PE. MÉTODO: Trata-se de um estudo de corte transversal. A população estudada foi constituída de 808 acadêmicos de medicina de instituições públicas e privadas da Cidade do Recife-PE. A coleta de dados foi realizada durante o mês de fevereiro e de março de 2015. Foi aplicado um questionário estruturado com o objetivo de avaliar o risco para HAS e tiveram tais variáveis estudadas: sexo, faixa etária, raça, ingestão de bebida alcoólica, tabagismo, sedentarismo, estresse, dificuldade para dormir, alimentação inadequada e histórico familiar positivo para HAS. Na análise dos dados, foram obtidas frequências absolutas e percentuais para as variáveis categóricas. RESULTADOS: As mulheres constituíram a maioria da população (51,5%), a faixa etária de 20 a 24 anos correspondeu 46,4% em ambos os sexos e a raça branca com 61,5%. No perfil de riscos para HAS, o estresse foi o mais prevalente (89,9%) e ,quando comparado com a faixa etária de 16 a 19 anos, as mulheres predominaram (30,7% x 27,8% - p <0,038); mostrou também que as mulheres são mais sedentárias (49,7% x 40,3% - p <0,0002). Os homens predominaram em dois parâmetros: dificuldade para dormir, faixa etária de 20 a 24 anos, (12,5% x 9,1% - p <0,027) e alimentação inadequada, faixa etária de 25 a 29 anos,(12,8% x 8,4% - p <0,012). Quanto à ingestão de bebida alcoólica, os homens mostraram consumir mais. Contudo, essa diferença não foi estatisticamente significativa (52,5% x 29,8% - p > 0,05). Já o tabagismo não obteve grande relevância, com prevalência de 4,5%. Em relação ao parentesco de primeiro grau, a HAS foi a mais prevalente (68,07%), seguida de Diabetes Mellitus (54,70%). CONCLUSÃO: Dentre os fatores de risco para HAS, identificados nesse estudo, chama atenção para a elevada prevalência de estresse. A dificuldade para dormir e a alimentação inadequada só obtiveram elevadas prevalências em determinada faixa etária e sexo. Por fim, o sedentarismo entre as mulheres e os fatores hereditários para HAS e Diabetes Mellitus também ganham destaques. Resumos Temas Livres 41278 41291 Impacto do Programa HiperDia na mortalidade por Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus na Região Metropolitana do Recife Avaliação dos níveis plasmáticos de lipídios e de fibrinogênio em hipertensos de Recife-Pernambuco-Brasil ATHENAS ARIADNE DE LIMA COSTA MOURA, NICOLE MENDES COSTA NEGRI SILVA, MARIA CAROLINA DE ALMEIDA LOPES, MELQUISEDEQUE DESCHAMPS CABRAL, BÁRBARA FERREIRA MARINHO E SANDRO GONÇALVES DE LIMA CAROLINE BEZERRA TRAJANO DOS SANTOS, ERASMO GOMES DA SILVA FILHO, FELIPE ALMEIDA GONCALVES, LIVIA MELO DE OLIVEIRA, JULIANA GUEDES SILVA, JANAINA KARIN DE LIMA CAMPOS, THAÍSE GABRIELE DA SILVA BRITO, VERA LUCIA DE MENEZES LIMA, ILTON PALMEIRA SILVA E BIANKA SANTANA DOS SANTOS Centro Universitário Maurício de Nassau - UNINASSAU, Recife , PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: A prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) na população brasileira, segundo os dados do Vigitel, é 24,4% e 5,8% respectivamente. O programa HiperDia foi implantado em março de 2002 com o objetivo de cadastrar e acompanhar os portadores destas patologias. OBJETIVO: Analisar e comparar a mortalidade por HAS e DM nos anos imediatamente anterior e posterior a implantação do programa HiperDia. MÉTODO: Os dados foram obtidos através do DATASUS. Foram coletadas informações relacionadas à mortalidade por HAS e DM nos 14 municípios da região metropolitana do Recife (RMR) para os anos 2000 (pré-HiperDia), 2008 e 2014 (pós-HiperDia). RESULTADOS: Os dados de mortalidade por HAS e DM nos principais municípios da RMR são mostrados na Tabela 1. A mortalidade por DM, de acordo com o gênero, observada após dois anos da implantação do HiperDia (2002) revela redução de 18,7% e 31% em mulheres e homens respectivamente. Quanto a HAS, foi observado um aumento da mortalidade entre as mulheres (7,7%) e entre os homens (20%), no mesmo intervalo de tempo. Nos anos subsequentes a queda da mortalidade por DM foi uniforme entre os municípios analisados, embora o mesmo não tenha acontecido em relação à HAS. CONCLUSÃO: Após a implantação do HiperDia foi observada significativa redução da mortalidade por HAS e DM na RMR. Tabela 1: Mortalidade por HAS e DM nos principais municípios da RMR nos anos 2000 (pré-HiperDia), 2008 e 2014 (pós-HiperDia). Recife Jaboatão Olinda Camaragibe Paulista São Lourenço RMR DM-2000 172 50 27 18 17 13 350 DM-2008 70(-59%) 44(-12%) 13(-52%) 7(-61%) 8(-53%) 5(-62%) 280(-20%) DM-2014 41(-76%) 17(-66%) 7(-57%) 4(-78%) 2(-88%) 7(-46%) 98(-72%) HAS-2000 HAS-2008 HAS-2014 22 2(-91%) 6(-73%) 6 - 2(-67%) 4 2(-50%) 1(-75%) 3 - 2(-33%) 1 7(+700%) 2(+200%) 1 13(+1300%) 2(+200%) 71 57(-20%) 17(-76%) 41308 Insuficiência cardíaca por hipertensão arterial pulmonar secundária à esquistossomose: um relato de caso Núcleo de ciências da Vida- UFPE, Caruaru, PE, BRASIL - Departamento de Bioquímica- UFPE, Recife, PE, BRASIL. Introdução: O estado hipertensivo das artérias pode provocar alterações dos níveis de fibrinogênio, os quais em associação com níveis elevados de lipoproteínas aterotrombogênicas podem contribuir para o agravamento do dano endotelial. Alem do risco cardiovascular (RCV) trazido pelas lipoproteínas aterotrombogênicas, a hiperfibrinogenemia pode aumentar o RCV por ativar a agregação plaquetária, aumentar a viscosidade sanguínea e estimular a formação de fibrina, contribuindo em muito para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como, por exemplo, as cardiopatias isquêmicas. Assim, hipertensos com hiperfibrinogenemia podem ter um maior risco cardiovascular. Em Recife, capital de Pernambuco, tem sido notificado um aumento de mais de 100% no risco de morte por cardiopatias isquêmicas. Desse modo, o presente estudo objetivou avaliar os níveis plasmáticos de fibrinogênio e de lipoproteínas em hipertensos da população de Recife, em comparação com sujeitos normotensos. Métodos: Para tanto, um estudo transversal foi conduzido com a obtenção de amostras sanguíneas de 2480 voluntários, após aprovação por Comitê de Ética em Pesquisa. Os sujeitos foram divididos em dois grupos: hipertensos e normotensos, conforme o VIII Comitê Nacional sobre Hipertensão. Níveis de Colesterol Total e Triglicerídios foram determinados enzimaticamente, enquanto LDL-colesterol e VLDL-colesterol foram através da Equação de Friedewald. Níveis plasmáticos de fibrinogênio foram identificados através do Método de Clauss modificado. Teste t de Student desemparelhado (p<0,05) foi realizado. Resultados: Hipertensão foi encontrada em aproximadamente 50% dos voluntários, os quais tiveram valores de fibrinogênio maiores do que os normotensos (476,3mg/dL vs. 267,5mg/dL; p <0,0001), bem como tiveram maiores níveis de LDLcolesterol, VLDL-colesterol, Triglicerídios e Colesterol Total. Os grupos apenas não diferiram quanto aos níveis de HDL-colesterol. Conclusões: Assim, os resultados demonstram que hipertensos de Recife podem ter um risco pró-aterotrombótico significativo, com hiperfibrinogenemia e alterações lipídicas, sugerindo que os mesmos possam vir a apresentar um mau prognóstico, haja vista a implicação dessas alterações no aumento da propensão para o desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares. Palavras-chave: Hipertensão Arterial Sistêmica, Fibrinogênio, Lipoproteínas, Doenças Cardiovasculares.Apoio Financeiro: CNPq, CAPES e FACEPE. 41316 Estenose aórtica em paciente portadora de síndrome de Turner THIAGO O SILVA, THAIS A NOBREGA E VICTOR F S SOUZA AMANDA E ARRUDA, BRUNA B A RAMOS, AMANDA G BARBOSA E AMANDA M MOURA Universidade de Pernambuco, RECIFE, PE, BRASIL - Faculdade de Ciências Médica, RECIFE, PE, BRASIL. Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Prof. Luiz Tavares, Recife, PE, BRASIL. Introdução: A Hipertensão Pulmonar (HP) é uma síndrome clínica e hemodinâmica caracterizada pelo aumento da resistência vascular na pequena circulação, elevando seus níveis pressóricos. O quadro típico de vasoconstricção pulmonar, trombose in situ e remodelamento vascular resulta em hipertrofia e dilatação do ventrículo direito, caracterizando quadro de cor pulmonale. A HP cursa com dispneia progressiva como principal sintoma. Uma de suas etiologias é a esquistossomose, com mecanismo fisiopatológico incluindo processos inflamatórios na parede vascular no leito pulmonar, lesões plexiformes e hipertrofia vascular, fenômenos tromboembólicos e reações de hipersensibilidade pela migração e impactação dos ovos do parasita nas arteríolas pulmonares. Sua ocorrência entre pacientes com esquistossomose hepatoesplênica varia de 1% a 11,7%, sendo maior em regiões endêmicas, como no Nordeste brasileiro. Relato: O presente caso relata a ocorrência de cor pulmonale em paciente com Hipertensão Pulmonar secundária à Esquistossomose. A paciente, de 55 anos, sexo feminino, natural de Vitória de Santo Antão (PE), iniciou quadro com dispneia lentamente progressiva há cerca de 10 anos, relatando piora há 3 anos associada à lipotimia. O diagnóstico foi feito após a piora da dispneia, a partir de achados do Ecocardiograma bidimensional com Doppler e Cateterismo cardíaco. Após 3 anos de uso irregular da medicação (inibidor de fosfodiesterase-5 e antagonista do receptor de endotelina), paciente retorna ao serviço médico com quadro de dispneia importante em repouso, edema simétrico em membros inferiores, febre e tosse produtiva, recebendo diagnóstico de pneumonia, quadro que complicou a falência ventricular direita. Conclusão: É preciso sensibilidade para que se tenha suspeita clínica de HP secundária à esquistossomose quando se trata de paciente de área endêmica. Devido ao pouco entendimento da história natural dessa doença, é necessário acompanhamento periódico, evitando complicações e piora do quadro de forma abrupta. Chama atenção, nesse caso, a ausência de alterações hepatoesplênicas e o diagnóstico tardio da HP, com a paciente apresentando grave disfunção global de ventrículo direito no momento do diagnóstico. Introdução: A ST é uma entidade rara, geralmente com diagnóstico tardio, com alta frequência de anormalidades cardiovasculares entre suas portadoras e cujo principal fator de mortalidade precoce são os distúrbios cardiovasculares. Este relato de caso apresenta uma paciente jovem portadora da Síndrome de Turner, diagnosticada através de ecocardiograma transtorácico com valva aórtica bicúspide e estenose aórtica moderada. Relato de Caso: Paciente de 15 anos, sexo feminino, com diagnóstico clínico de Síndrome de Turner há dois anos. O diagnóstico foi considerado pela observação de anormalidades cardiovasculares (estenose aórtica e valva aórtica bicúspide) associadas a manifestações características da síndrome, como baixa estatura para idade, pescoço alado, tórax em escudo, baixa implantação posterior de cabelos, baixa implantação de orelhas, hipogonadismo, agenesia uterina e de anexos, déficit de desenvolvimento intelectual, unhas hiperconvexas, cubitus valgus, mancha multipigmentada, encurtamento de quarto metacarpo e linfedema no dorso dos pés. A paciente foi admitida sem queixas em 28/04/2015 para reavaliação clínica das anormalidades cardíacas. Apresentava estado geral bom, com edema no dorso dos pés, presença de mancha multipigmentada em quadrante abdominal superior direito, pesando 43,7kg e medindo 1,41m (IMC= 21,98kg/m2). O exame do aparelho cardiovascular evidenciou ritmo cardíaco regular em dois tempos, primeira bulha hiperfonética e sopro sistólico em foco aórtico e borda esternal esquerda (3+/6+), irradiando para fúrcula e carótidas e frequência cardíaca de 92bpm. O ecocardiograma transtorácico feito em 29/04/2015 evidenciou válvula aórtica bicúspide com abertura reduzida, fluxo sistólico turbulento e com velocidade aumentada e gradiente sistólico máximo de 66mmHg e médio de 43 mmHg e fração de ejeção de 77%. Tomografia computadorizada de abdome realizada em 30/04/2015 revelou agenesia de útero e anexos, sem demais anormalidades. Conclusões: A paciente recebeu alta hospitalar em 11/05/2015 com a orientação de seguir o acompanhamento cardiológico periódico. Foi encaminhada para realização de análise de cariótipo para diagnóstico genético da Síndrome de Turner, e atualmente aguarda realização do procedimento. Por ser assintomática, foi mantido tratamento conservador em relação à valva aórtica bicúspide e à estenose aórtica. A profilaxia para endocardite é necessária no caso de procedimentos dentários ou cirúrgicos. Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 25 Resumos Temas Livres 41482 Avaliação da deformação miocárdica em indivíduos com disfunção diastólica do VE Tamponamento cardíaco em usuária de carbamazepina: um caso raro de lúpus fármaco-induzido JOSE MARIA DEL CASTILLO, CARLOS ANTONIO DA MOTA SILVEIRA, EUGENIO SOARES DE ALBUQUERQUE, MICHAEL VITOR DA SILVA, VANDETE MARIA LARANJEIRAS, CLÁUDIO RENATO PINA MOREIRA, CARLOS ENRRIQUE PLACENCIA PISCOYA, AFONSO BARRETO FILHO, CLODOVAL DE BARROS PEREIRA JÚNIOR E DANIEL THALLES MONTEIRO DE ARAUJO MARINA FELIX DA MOTA, MARCIA CRISTINA AMÉLIA DA SILVA, DEBORAH COSTA LIMA DE ARAUJO E PEDRO AUGUSTO CASÉ DA SILVA Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Prof Luiz Tavares, Recife, PE, BRASIL. Introdução: A deformação miocárdica longitudinal do coração é um índice de função sistólica global e regional do coração, mas sua utilização na disfunção diastólica é raramente utilizada. Acreditando que a disfunção miocárdica é global, estes pacientes devem também apresentar disfunção sistólica. Objetivo: Analisar indivíduos normais e pacientes com disfunção diastólica com a finalidade de verificar as alterações da deformação longitudinal global do VE. Material e métodos: Estudados 313 pacientes divididos nos grupos: Controle (120 indivíduos sem disfunção diastólica, 53% femininos, média etária 48,7±11 anos); Grupo I (101 pacientes com disfunção grau I, 55% femininos, média etária 65,5±6,9 anos); Grupo II (50 pacientes com disfunção grau II, 54% femininos, média etária 64,7±11 anos) e Grupo III (42 pacientes com disfunção grau III, 36% femininos, média etária 53±11 anos). Os critérios de função diastólica foram obtidos com Doppler mitral e Doppler tecidual seguindo as recomendações da ASE. Obtidos peso, altura, SC, dimensões do VE, volume do AE, relação E/A do fluxo mitral, relação E/E’, PCP, strain longitudinal global do VE e dispersão mecânica. Os dados foram comparados pela análise de variância. Resultados: O Grupo Controle apresentou faixa etária significativamente menor que os pacientes com disfunção. Peso, altura e SC foram semelhantes entre os grupos. As dimensões do VE foram semelhantes entre o Grupo Controle e o Grupo I e significativamente maiores nos Grupos II e III. O índice de massa foi maior no Grupo II e a espessura relativa menor no Grupo III. O volume do AE estava aumentado nos Grupos II e III. A relação E/E’ e a PCP aumentaram gradativa e significativamente com o aumento do grau de disfunção diastólica e o strain longitudinal global diminuiu nos Grupos II e III. A dispersão mecânica estava aumentada nos Grupos II e III. Conclusão: Os parâmetros ecocardiográficos que analisam a PCP, como a relação E/E’ foram úteis na identificação e quantificação da disfunção diastólica do VE. O strain longitudinal global do VE e a dispersão mecânica encontravam-se alterados nos pacientes com disfunção diastólica restritiva (pseudonormais e restritivos). Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL. Introdução: Doenças autoimunes como Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) são causas incomuns de derrame pericárdico no idoso. Contudo, vários fármacos têm sido implicados na ocorrência de sinais clínicos e laboratoriais semelhantes aos do LES idiopático (LESi), condição definida como lúpus fármaco-induzido ou induzido por drogas (LID). Dentre eles, a carbamazepina é descrita como potencial causadora de LID, embora o evento acometa menos de 0,001% dos usuários. Este é o relato de um caso raro de tamponamento cardíaco induzido por carbamazepina. Descrição do caso: Mulher, 69 anos, branca, DM tipo 2, em uso de carbamazepina 200mg/dia há 5 meses para dor neuropática em membros inferiores, secundária a hérnia de disco. Há 3 meses, com dor em hemitórax esquerdo irradiada para dorso, pior à inspiração profunda, palpação e decúbito dorsal, mais intensa há 15 dias; além de dispneia aos mínimos esforços. Ao exame, PA = 160x100mmHg, FC = 100bpm, turgência jugular e edema de membros inferiores. ECG com baixa voltagem. Ecocardiograma transtorácico (ECO) realizado no dia anterior à admissão revelou derrame pericárdico moderado com invaginação da parede do átrio direito na sístole. Após três dias de suspensão do medicamento e uso de diurético, os sintomas regrediram. Novo ECO foi normal, sem derrame pericárdico. Discussão: A carbamazepina é usada no tratamento de síndromes convulsivas, dor crônica, neuralgia do trigêmeo e doenças psiquiátricas, sendo em geral bem tolerada. Efeitos colaterais graves são incomuns e incluem ataxia, LID, síndrome do pseudolinfoma, agranulocitose e hipersensibilidade. A relação causa-efeito entre uma droga e LID pode ser definida por: surgimento de sintomas em pessoa saudável, com desaparecimento após a suspensão da droga e retorno após sua reintrodução; ou desaparecimento dos sintomas após interrupção da droga, estando esta descrita na literatura como causa de LID. Uso contínuo do fármaco por mais que 30 dias é fundamental para estabelecer a relação causal. Apesar de incomum, o tamponamento cardíaco como apresentação inicial de LES induzido por carbamazepina é descrito na literatura. Para sua confirmação laboratorial, a dosagem do anticorpo anti-histona (positivo em 95% dos casos de LID e apenas 50% dos casos de LESi) pode ser útil, bem como afastar outras causas. Conclusão: Derrames pericárdicos sem causa aparente devem remeter à possibilidade de LID, notadamente quando fármacos relacionados ao seu desenvolvimento foram iniciados recentemente. 41502 41656 Dificuldades diagnóstica e de tratamento em paciente com endocardite crônica de átrio direito Desafio diagnóstico da Estenose aórtica de Baixo Fluxo e Baixo Gradiente com Função ventricular normal: Relato de Caso ANDRÉA BEZERRA DE MELO DA SILVEIRA, SANDRO GONÇALVES DE LIMA E BRIVALDO MARKMAN FILHO DIANA PATRÍCIA LAMPREA SEPÚLVEDA, EUGENIO SOARES DE ALBUQUERQUE, JOSE MARIA DEL CASTILLO, FERNANDO RIBEIRO DE MORAES NETO, LUCAS CAVALCANTI NOVAES NETO e JOAO PAULO AGUIAR BEZERRA Hospital das Clínicas - Universidade Federal de Pernambuco, Recife , PE, BRASIL. INTRODUÇÃO: Trombo e endocardite de átrio direito (AD) são raros, porém sua incidência aumenta com a presença de cateter venoso central (CVC). Trombo es¬téril é o achado mais frequente. RELATO DO CASO: Paciente masculino, 27 anos, HIV positivo, com terapia antirretroviral, em hemodiálise (HD). Permaneceu em diálise peritoneal por oito meses (cateter de Tenckoff), retirado após peritonites de repetição, sendo instituída HD (CVC em veia jugular interna direita). Por três meses, na vigência das peritonites, apresentou febre (38-40°C), a cada 2 a 3 dias. Após esse período, a febre tornou-se diária, associada à tosse produtiva, aumento do volume abdominal e palpitações após as sessões de HD e aos esforços moderados. Exame físico: Eutrófico, bom estado geral, eupneico, hipocorado ++/4+, anictérico, sem ruídos adventícios pulmonares, ictus cordis não visível, normopalpável, sem frêmitos, ritmo cardíaco regular em dois tempos, bulhas normofonéticas, sem sopros, FC: 75 bpm; PA: 115 x 66 mmHg. Abdome ascítico, ruídos hidroaéreos presentes, depressível, indolor à palpação, sem visceromegalias. Laboratório: leucocitose sem desvio a esquerda, albumina: 2,4 mg/dl, Hb: 6,8 g/dl e Ht: 21,3%, PCR elevada. Hemocultura: Staphylococcus cohnii. Cultura de líquido ascítico: Staphylococcus aureus. Com início da antibióticoterapia houve melhora clínica e diminuição da ascite, porém persistiram febre e leucocitose. A pesquisa de Mycobacterium tuberculosis (por Reação em Cadeia da Polimerase) em líquido pleural e sangue foi positiva, sendo iniciado tuberculostáticos. Persistiu com febre e leucocitose a despeito da cobertura antimicrobiana de largo espectro e para tuberculose. Tratamento empírico com Anfotericina B foi iniciado, evoluindo com melhora clínica e leucométrica, porém persistência da febre. Em ecodopplercardiograma transtorácico foi visualizado massa hiperecogênica de bordas bem definidas, aderida à parede lateral do AD, sendo submetido à cirurgia cardíaca para retirada massa. Anátomo patológico foi conclusivo para endocardite crônica inespecífica com trombose fibrinosa. Evoluiu afebril após a cirurgia e recebeu alta hospitalar em boas condições clínicas. CONCLUSÃO: Em pacientes com curso clínico arrastado, múltiplos fatores de risco e comorbidades o diagnóstico e o manejo clínico da endocardite de AD apresentam peculiaridades de difícil tomada de decisão, podendo culminar em cirurgia cardíaca tanto para confirmação diagnóstica (histopatológico), como para tratamento. 26 41500 Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 INSTITUIÇÃO PROCAPE E ICPE, RECIFE, PE, BRASIL. Relato de caso clínico A estenose aórtica importante com fração de ejeção normal (≥ 50%) baixo fluxo transvalvar (velocidade < 4 m/s) e baixos gradientes pressóricos (< 40 mmHg) pode levar a discordância ou a erros diagnósticos e condutas inadequadas. Relatamos o caso de um paciente atendido por consecutivas vezes em um Pronto socorro de cardiologia com sintomas de Icc Relato do caso: Paciente com história de que ha cerca de 5 anos vinha apresentando dispnéia aos grandes esforços que evoluiram de forma progressiva.Internada por varias vezes no Pronto socorro com quadro de ICC . O ecocardiograma mostrava estenose aortica com baixo fluxo, baixo gradiente , gradiente máximo de 48mmhg e médio de 32mmhfe area valvar de 0.3cm.Realizou novos exames dentre eles um ETE que confirma o diagnostico de EAO grave e um eco com dobutamina que mostrou EAo grave com área valvar de 0,74cm, presença de HVE septal e de PP. De antecedentes apresentava DM, HAS, OBESIDADE, ARTORSE DE JOELHOS, DISLIPIDEMIA Exame físico Peso: 94kg Alt:1:53 EGB, eupneico, corado, PVJ NORMAL a 45 graus, pulsos presentes nos quatro membros, TA=160-80mmhg, consciente, orientado. AR: MVN SEM RA ACV:SS EM FAO holossitolico com irradiação para furcula esternal e BEE baixo. AD: sem alt A paciente foi submetida a cirugía cardiaca com troca de valva aortica por bioprotese O diagnóstico da estenose aórtica de baixo fluxo e baixo gradiente com função ventricular normal exige o conhecimento e utilização de parâmetros ecocardiográficos específicos. Os achados de baixo volume sistólico (≤ 35 mL), hipertrofia ventricular ajudam no diagnóstico juntamente com o ecocardiograma com dobutamina. Resumos Temas Livres Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 27 ÍNDICE REMISSIVO POR AUTOR E Nº DO TEMA A Abdias Pereira Diniz Neto - 41264 Adriely Victor de Siqueira - 41093 Alan Guimarães Fonseca - 41124 Amanda E Arruda - 41316 Ana C C Oliveira - 41127 Ana Helbane de Sousa Jacome dos Santos - 41144 Andre Ricardo dos Santos Tabosa - 41104, 41105 Andréa Bezerra de Melo da Silveira - 41502 Andreza do Carmo Albuquerque Porto - 41033 Anie Deomar Dalboni França - 41077 Athenas Ariadne de Lima Costa Moura - 41278 B Bruno Canuto de Medeiros - 41080, 41087 Bruno Costa Carvalho - 41079 C Camila S Ferraz - 41128 Camila Torres Amorim - 41113 Camilla Cangussú Ferreira - 41147 Carlos Antonio da Mota Silveira - 41483, 41485 Carlos Enrrique Placencia Piscoya - 41255 Carolina A Medeiros - 41073 Carolina Paim Gomes de Freitas - 41108 Caroline Bezerra Trajano dos Santos - 41291 Catiane do Espírito Santo Coelho - 41154 Cicera Rocha dos Santos - 41151 Claudia Barbosa Rodrigues Guerra - 41075 Cynara Karolina Rodrigues da Cruz - 41099 F G Gabriela Castro Guimaraes - 41116 Gabriela Vianna de Andrade Lima - 41225 Gabrielle P Silva - 41106 Geizilandy C. da Silva Mendes - 41082, 41097, 41161 Glory E S Gomes - 41284 H 41490 Hirla Vanessa Soares de Arajo - 41118, 41121 I J Jakelinny Jorge dos Santos - 41272 Jessica Azevedo Melo Marinho - 41199 28 Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28 M Maria Eduarda Queiroz de Medeiros - 41150 Maria José Marques Coutinho e Souza - 41318 Mariana Vaz Carvalho de Queiroz - 41114 Marilia Correia Carvalho Novaes Ferraz - 41139 Marina Felix da Mota - 41500 Marina Valdez dos Santos - 41135 Mayara Inacio de Oliveira - 41131, 41133 Michellane de Miranda Pontes - 41030 N Niceas Alves Ferreira Neto - 39712 P Paloma Lopes Melo - 41261 Paulo Cesar da Costa Galvao - 41095, 41098 Phelipe Gomes de Barros - 41134, 41152 Rafaella Viana Teixeira - 41119 Raimundo Francisco de Amorim Júnior - 41148, 41149 Renato Felix Amorim Bezerra - 41136, 41138 Rodolfo Ribeiro de Jesus - 41200 Rossana Leitão Viana - 41042, 41088 S Fabia C S Soares - 41290 Flávio Augusto Sales Acioli Rebêlo - 41091 Iremar Salviano de Macedo Neto - 41495 L Lauro Vinícius Machado da Silva - 41126 Layse Ciane S C de B Galvao - 41140 Leandro Bulhoes de Lemos Moraes - 41123 Leoncio Bem Sidrim - 40800 Lilían Caroliny Amorim Silva - 41268 Lizelda Maria de Araujo - 41262 R D Danielle Almeida Magalhães - 41083 Danielle Cristina Pimentel Cabral - 41117 Denize Ferreira Ribeiro - 41111 Diana Patrícia Lamprea Sepúlveda - 41656 Hilka Dos Santos Moraes de Carvalho Jose Maria Del Castillo - 41482 Jose Sergio Nascimento Silva - 41265, 41288 Juliana Muniz Siqueira - 41120, 41122 Juliana Rodrigues Neves - 41302 Juliana Sousa Soares de Araújo - 41153, 41155 Juliane Emanuelle Silva - 41084 Sandro Gonçalves de Lima - 41044, 41504 Sara Larissa de Melo Araújo - 41029 Sarah C Lima - 41040 Sarah Maria Coelho da Paz de Lima - 41158 Sharlene Cavalcanti Malta - 41112 T Thalita Ferreira Tenório de Almeida - 41110 Thamires Tavares da Silva - 41137, 41143 Thaysa Dayse Alves e Silva - 41074 Thiago O Silva - 41308 Thiago Gabriel Freire - 41287, 41295 Tiago Eugenio Duarte Ribeiro - 41115 V Verena Cerqueira Palácio - 41090 Vitoria Hadassa Gomes Barbosa Goncalves - 40941