Resumo das ComuniCações XXiV CongResso PeRnambuCano de

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Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 105, Nº 5, Supl. 2, Novembro 2015
Resumo
das
Comunicações
XXIV Congresso Pernambucano
de Cardiologia
8th International Congress of
Cardiovascular Diseases (ICCD)
Recife - Pernambuco
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Resumo das Comunicações
XXIV CONGRESSO PERNAMBUCANO DE
CARDIOLOGIA
8TH INTERNATIONAL CONGRESS OF
CARDIOVASCULAR DISEASES (ICCD)
RECIFE - PERNAMBUCO
TEMAS LIVRES - 13/08/2015 e 14/08/2015
APRESENTAÇÃO ORAL
41073
41108
FATORES DE RISCOS NA MORTALIDADE HOSPITALAR EM MULHERES INTERNADAS
COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSADA
Nomogramas das saturações de oxigênio de 44647 neonatos triados para
cardiopatias congênitas num estado do nordeste brasileiro.
CAROLINA A MEDEIROS, SILVIA M MARTINS, CAMILA SARTESCHI, MARIA CELITA DE
ALMEIDA, PAULA C OLIVEIRA, THIAGO G FREIRE, JOSE SERGIO NASCIMENTO SILVA,
CARLOS EDUARDO LUCENA MONTENEGRO, SERGIO JOSE OLIVEIRA DE AZEVEDO E
SILVA, SERGIO TAVARES MONTENEGRO E PAULO SERGIO RODRIGUES DE OLIVEIRA
CAROLINA PAIM GOMES DE FREITAS, FELIPE ALVES MOURATO, RENATA
GRIGORIO SILVA GOMES, CICERA ROCHA DOS SANTOS E SANDRA DA SILVA
MATTOS
GRUPO DE IC REALCOR/PROCARDIO-REAL HOSPITAL PORTUGUÊS, RECIFE, PE,
BRASIL.
Fundamento: A insuficiência cardíaca (IC) afeta 5 milhões de americanos, 50% são
mulheres.Estudos internacionais mostram que há diferenças entre gêneros no perfil clínico
e fatores de risco associados à mortalidade hospitalar. Objetivo: Avaliar os fatores de
risco associados com a mortalidade hospitalar nas mulheres internadas com insuficiência
cardíaca descompensada (ICD). Métodos: Foram registradas 177 pacientes mulheres
internadas com ICD entre 04/2007 à 04/2015 em hospital da rede suplementar do Recife/
PE.Teste Qui-Quadrado ou Exato de Fisher para a análise univariada.Na análise multivariada
foi ajustado o modelo de Regressão logística considerando todas as variáveis que
apresentaram p-<0,10 na univariada. Resultados: A amostra apresentou idade média 75,4
anos (DP=12,9),predominância de etiologia isquêmica(49%) e CFIII (54%) Comorbidades
presentes:HAS 90%, DM 48,5%, D.Renal 26,5%, D.Valvar 15%,IC sistólica (FE<45%
) 47%.Quanto a terapia houve uso de BBloq em 69% e IECA/BRA 73%.A mediana do
t.internação foi de 10 dias e óbito hospitalar18,6%.As variáveis idade, etiologia, CF,causa de
descompensação por infecção, D.Renal moderada ou grave (DRMG), D.Valvar(ant.pessoal),
neoplasia, anemia,exames laboratoriais alterados na admissão(AD): sódio (<130mmol/
L),ureia (≥92mg/dL )e creatinina (>2mg/dl),uso de BBloq e IECA/BRA int, apresentaram
diferença estatisticamente significante com óbito hospitalar na análise univariada e foram
testadas no modelo multivariado.Os fatores de risco independente para a mortalidade
hospitalar estão descritos na tabela. Conclusão: Vários fatores foram identificados
como fatores de risco para a morte, entre eles presença de D.valvar, D. renal,CF IV e
especialmente a idade avançada foram evidenciados como fatores de risco independentes
para a mortalidade hospitalar.Entretanto o uso de Inibidor ECA/BRA mostrou-se como fator
de proteção, mulheres que não usaram apresentaram chance 4 vezes maior de morte.
Variáveis
Idade≥65
CF IV
Causa descompensação
por Infecção
DRMG
D.Valvar
IECA/BRA
OR
7,8
2,8
I.C 95% OR
1,2-20,8
1,1-7,8
2,7
5,2
6,1
0,2
1,0-7,2
1,9-14,1
1,8-20,4
0,1 -0,7
p
0,031
0,044
0,047
0,001
0.004
0,008
41116
Círculo do Coração de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: a oximetria de pulso arterial (OPA) tem sido descrita como um método de
triagem para cardiopatias congênitas críticas (CCC). Porém, diferentes metodologias
de triagem utilizando OPA já foram descritas. Tal variação na metodologia pode ser
a principal responsável pela diferença de sensibilidade (50% a 100%) e número de
falsos-positivos (0.01% a 5.6%) da triagem de CCC por OPA. Nesse contexto, a
descrição dos valores normais da SatO2 obtidas por OPA em crianças triadas para
CCC pode ser de grande auxílio. Alguns estudos já demonstraram que a maioria dos
neonatos saudáveis evoluem com SatO2≥95% em ambos os sítios de coleta. Porém
há divergências de qual dos dois apresenta maior valor. Além disso, elas podem variar
de acordo com o ambiente de coleta e dos oxímetros utilizados. Até o momento,
nenhum nomograma de SatO2 para triagem de CCC em regiões em desenvolvimento
foi relatado.
Objetivo: descrever e analisar os principais resultados dos nomogramas para
saturação de oxigênio em neonatos triados para cardiopatias congênitas críticas num
estado do nordeste brasileiro.
Metodologia: neonatos assintomáticos com idade gestacional a partir de 34
semanas foram triados para cardiopatias congênitas pelo exame físico e oximetria
de pulso arterial em 20 centros de um estado do nordeste brasileiro. Os resultados
das saturações pré e pós-ductais foram comparadas entre diversos grupos com a
utilização de testes não paramétricos.
Resultados: um total de 44647 neonatos foram analisados. A média da saturação
pré-ductal foi de 97,37% e a pós-ductal foi de 97,44%. Houve diferença estatística
(p<0,001) entre as duas saturações em praticamente todos os grupos. A média da
diferença entre as saturações foi de 0,062, com a grande maioria dos neonatos
apresentando diferença ≤ 4%. Neonatos pré-termo tiveram saturações menores do
que os nascidos a termo (p<0,001). Não houve diferenças entre nos valores das
saturações entre os sexos.
Conclusão: foram descritos os nomogramas das saturações de oxigênio pré e pósductal, assim como a diferença entre ambas, em 44647 neonatos. Tais nomogramas
podem ser úteis na elaboração de metodologias de triagem para cardiopatias
congênitas críticas no nosso meio.
41128
Ácido ascórbico previne a elevação de renina em ratos espontaneamente
hipertensos
Análise da produção do peptídeo natriurético atrial em ratos hipertensos
(modelo L-Name)
GABRIELA CASTRO GUIMARAES, RODRIGO DAUDT TENORIO, BARBARA
LETICIA FIGUEIREDO FONSECA, KARINE COSTA MENEZES, DEBORA NICACIO
FALCAO, KALINY DA SILVA GALVAO, MANUELA ANDRADE DE ALENCAR
PEREIRA, JORGE JOSE DE CARVALHO E MILTON VIEIRA COSTA
CAMILA S FERRAZ, BRUNA X BRITO, CAROLINE F LOPES, LEIDIANE S
CONCEICAO, GUILHERME C I D GOMES, GABRIELA ALVES TEXEIRA, MILTON
VIEIRA COSTA, JORGE JOSE DE CARVALHO E EDUARDO CALHEIROS
INFORZATO DIAS GOMES
CESMAC, Maceió, AL, BRASIL.
Fundação Educacional Jayme de Altavila - FEJAL - CESMAC, Maceió, AL, BRASIL.
Introdução: A hipertensão é um importante fator de risco para falência cardíaca e
doenças coronarianas. Alguns mecanismos diretamente envolvidos nessa doença são
a mudança no sistema renina-angiotensina (SRA) e o estresse oxidativo. Dessa forma,
a alta expressão de renina, junto à elevada pressão sanguínea pode indicar que o SRA
contribui para o quadro hipertensivo. Este estudo objetiva avaliar se o sistema reninaangiotensina contribui na indução da hipertensão neste modelo e se o tratamento com
antioxidante é capaz de alterar os níveis de renina e de pressão arterial. Assim, foi
realizada uma análise dos mecanismos que regulam a pressão sanguínea, de forma
a averiguar a utilização do antioxidante na sua redução. Métodos: Foram utilizados
ratos Wistar-Kyoto (WKY) e ratos espontaneamente hipertensos (SHR), machos, com
três meses de idade. Os animais foram divididos em quatro grupos, com dez animais
cada: grupos sem tratamento (WKY e SHR), que receberam placebo e grupos SHR e
WKY tratados, que receberam Vitamina C (Ácido Ascórbico, 200 mg/kg Sigma-Aldrich
Chemical) por sonda orogástrica. Durante o experimento, a pressão arterial foi aferida
semanalmente por pletismografia da artéria da cauda. Os resultados da pressão
sanguínea, da hipertrofia ventricular esquerda, e do SRA foram comparados entre tais
grupos através de pletismografia, reação em cadeia polimerase (PCR) em tempo real
e pela análise de Western Blot. Resultados: Os animais do grupo SHR apresentaram
pressão arterial elevada, hipertrofia ventricular esquerda e aumento na produção de
renina. O tratamento com vitamina C foi eficiente para reduzir a expressão de renina e,
consequentemente, a hipertrofia ventricular esquerda e a hipertensão. Conclusões:
Em ratos espontaneamente hipertensos, o estresse oxidativo precede a hipertensão,
pois as espécies reativas de oxigênio provocaram aumento da secreção de renina e
os altos níveis desta enzima podem justificar a hipertensão e a hipertrofia cardíaca. Os
resultados também mostraram que o tratamento com antioxidante (vitamina C) reduziu
o estresse oxidativo, normalizando a pressão arterial.
Introdução: Peptídeo natriurético atrial (ANP) é uma hormônio protéico (polipeptídeo)
produzido, armazenado e liberado pelas células musculares das câmaras superiores
(átrios) do coração (miócitos atriais) em resposta ao estiramento atrial induzido por
hipervolemia ou aumento da pressão arterial. A principal função do ANP é reduzir sódio
e água do organismo, e como consequência diminuir a pressão arterial sanguínea.
A produção de ANP foi vinculada inicialmente a distensão atrial, ou associada aos
níveis elevados de Angiotensina II. A ligação entre o estiramento do cardiomiócito
e o aumento da secreção de ANP ainda é pouco clara. Por isso é importante a
avaliação do comportamento do ANP no quadro de hipertensão, visto que sua função
é fundamentalmente reduzir a pressão arterial. O trabalho teve como intuito avaliar a
expressão do ANP em ratos hipertensos e identificar as alterações (ultra)estruturais
no cardiomiócito desses animais pelas técnicas de Microscopia Confocal a Laser
3D, Microscopia Eletrônica de Transmissão e Western Blot (WT). Métodos: Foram
utilizados 20 ratos machos da linhagem Wistar com 3 meses de idade, separados
aleatoriamente em dois grupos (n=10, cada), sendo um controle e um experimental,
que recebeu L-NAME, 40 mg/Kg/dia, substância utilizada com o objetivo de induzir
hipertensão arterial sistêmica dose-dependente. Na eutanásia, foi extraído o coração,
fixado e processado para as técnicas de microscopia de luz, microscopia eletrônica
de transmissão e western blot a fim de analisar a expressão de ANP. Os dados foram
testados quanto à normalidade da distribuição e homocedasticidade das variâncias
e analisados por one-way ANOVA com pós-teste de Tukey. Resultados: No grupo
hipertenso, a pressão arterial aumentou 40% ao fim da quinta semana do experimento.
Na microscopia de luz a presença de ANP ficou bem caracteriza na aurícula atrial
direita. No microscopia eletrônica de transmissão notou-se uma nítida concentração
de grânulos de ANP nos cardiomiócitos da aurícula direita nos animais hipertensos.
No Western blot foi verificado um aumento da expressão de ANP nos animais do
grupo hipertenso. Conclusão: Os resultados dos testes utilizados no experimento
verificaram uma maior expressão de ANP no grupo hipertenso quando comparado ao
controle, o que sugere que o ANP estabelece um mecanismo compensatório nesse
modelo de hipertensão.
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
1
Resumos Temas Livres
41136
Relação das modificações no Perfil lipídico/lipoprotéico e do Risco
Cardiovascular Aterosclerótico com a obesidade abdominal em Indivíduos
Hipertensos no Estado de Pernambuco.
RENATO FELIX AMORIM BEZERRA
Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, PE, BRASIL.
Introdução: a adiposidade localizada principalmente na região abdominal contribui
para o aumento das concentrações circulantes dos lipídios e lipoproteínas gerando
um maior risco de doença cardiovascular aterosclerótica, hipertensão arterial e
dislipidemias. Fundamentos: pesquisar a relação entre obesidade abdominal e
dislipidemias em indivíduos hipertensos no Estado de Pernambuco. Metodologia:
estudo transversal, no qual foram escolhidos randomicamente 486 indivíduos
hipertensos do Estado de Pernambuco, com idade superior a 18 anos e de ambos os
sexos, sob assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido e aprovação em
Comitê de Ética em Pesquisa. Hipertensão foi avaliada segundo o VIII Comitê Nacional
sobre Hipertensão e obesidade abdominal foi investigada por meio do Índice de Cintura/
Quadril (ICQ), conforme a Organização Mundial de Saúde, surgindo dois grupos – um
de hipertensos com e outro sem obesidade abdominal. Amostras sanguíneas em jejum
foram obtidas e houve a quantificação bioquímica dos níveis séricos de Colesterol
Total (CT), HDL-colesterol e de Triglicerídeos, por métodos enzimáticos, e de VLDLcolesterol e LDL-colesterol, através da equação de Friedewald. Foram construídos
índices lipídicos de risco cardiovascular aterosclerótico (RCVA), CT/HDL-colesterol
e LDL-colesterol/HDL-colesterol. Teste t desemparelhado de Student (p<0,05) foi
utilizado para análise dos dados. Resultados: Obesidade abdominal esteve presente
em 79,6% dos hipertensos, os quais apresentaram significativamente maiores valores
de CT, LDL-colesterol, VLDL-colesterol, Triglicerídeos, bem como dos índices lipídicos
de RCVA, quando comparados a hipertensos sem obesidade. Os valores de pressão
arterial sistólica (PAS) bem como da diastólica (PAD) também foram maiores nos
hipertensos com obesidade abdominal comparados com os valores dos hipertensos
não obesos (PAS = 151,2 ± 1,1mmHg vs 140,5 ± 2mmHg; e PAD = 98,2 ± 0,6 vs 94,2
± 1mmHg). Não foi encontrada diferença significativa entre os níveis de HDL-colesterol
dos grupos. Conclusão: cerca de 80% desses indivíduos apresentaram obesidade
abdominal, evidenciando uma epidemia em hipertensos no Estado de Pernambuco.
A adiposidade abdominal influenciou significativamente alterações no perfil lipídico/
lipoprotéico dos hipertensos, incluindo altos Índices lipídicos de RCVA. Mostrando
a importância de se desenvolver ações de saúde pública destinadas à prevenção e
controle das alterações causadas pela obesidade abdominal.
41153
A detecção da resistência à insulina através da razão triglicerídios/HDLcolesterol ≥ 3 , em indivíduos que reportaram algum tipo de cardiovasculopatia
RENATO FELIX AMORIM BEZERRA, BIANKA SANTANA DOS SANTOS, MATHEUS
SOARES DE ARAUJO, RAYSSA BATISTA DA SILVA, ROSANA SILVA BATISTA,
BARBARA ALVES DE MOURA, CAROLINE BEZERRA TRAJANO DOS SANTOS E
HEULLYS FERNANDO DA SILVA
Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, PE, BRASIL.
RESUMO
Pesquisa Original
Introdução: Estudos recentes sugerem que a razão Triglicerídios (TG)/HDL-colesterol
(HDL-c) ≥ 3 pode ser utilizada como indicador de resistência à insulina (RI) , além de ser
indicativo de risco para doenças cardiovasculares (DCV). Isto se fundamenta no fato
de que estes são os principais lipídios relacionados com RI. No entanto, estudos têm
apresentado resultados inconsistentes sobre o uso desta razão para diagnosticar RI.
Objetivo: Investigar o efeito da razão TG/HDL-c sobre a detecção de RI em indivíduos
que reportaram algum tipo de DCV. Metodologia: 437 indivíduos, de Pernambuco,
participaram da pesquisa, após aprovação por Comitê de Ética. Mediante jejum de
12h, amostras sanguíneas foram cedidas para a determinação bioquímica dos níveis
séricos de TG e de HDL-c, através de metodologia enzimática, para a obtenção da
razão TG/HDL-c. RI foi acessada pelo modelo matemático de homeostasia (HOMA
RI). Para tanto, foram mensurados os níveis plasmáticos de Glicose (glicose oxidase)
e de Insulina (MEIA –imunoensaio enzimático por micropartículas). Testes do c2,
Correlação de Pearson, Razão de Verossimilhança e Razão da Taxa de Prevalência
foram efetuados para a análise dos dados (p<0,05). Resultados: Houve uma
correlação positiva e significativa entre os valores de TG/HDL-c e HOMA RI (r = 0.186;
p<0.0001). RI foi encontrada em 54 indivíduos, quando HOMA RI foi utilizado, dos
quais 39 também apresentaram TG/HDL-c ³ 3; enquanto que 149 indivíduos foram
considerados falso-positivos em um total de 383 sem RI (p < 0.0001). A razão de
verossimilhança de TG/HDL-c ³ 3 foi considerada baixa tanto para confirmar como para
excluir RI (LR(+) = 1,85; LR(-) = 0,46). A razão da taxa de prevalência (TG/HDL-c ³ 3
/ TG/HDL-c < 3) foi 3,5 vezes maior no grupo com RI. Conclusão: Esses resultados
demonstram ainda um efeito mínimo da razão TG/HDL-c como método de diagnóstico
de RI, corroborando com o encontrado em outras populações.
Apoio Financeiro: CAPES, CNPq, FACEPE.
41261
Impact of telemedicine in the screening for congenital heart disease in
Northeast Brazil.
Relação entre hábito de fumar cigarro e aumento dos índices lipídicos próaterotrombóticos em mulheres no início da fase adulta jovem (20 a 24 anos)
JULIANA SOUSA SOARES DE ARAÚJO, CLAUDIO TEIXEIRA REGIS, RENATA
GRIGORIO SILVA GOMES, FELIPE ALVES MOURATO E SANDRA DA SILVA
MATTOS
PALOMA LOPES MELO, BIANKA SANTANA DOS SANTOS, CAIQUE SILVEIRA
MARTINS DA FONSECA, VICTOR PEREIRA DE OLIVEIRA ROCHA, TIAGO
FERREIRA DA SILVA ARAÚJO, JULLIANA MARIA DOS SANTOS, GABRIEL
CAVALCANTI SANTOS CARNEIRO, LIVIA MELO DE OLIVEIRA, FELIPE ALMEIDA
GONCALVES E KELLY RAYANE PAIVA CARVALHO
Círculo do Coração de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
Introduction: Congenital heart disease (CHD) is an important cause of morbidity and
mortality amongst newborns and it is considered a public health issue. Paraíba is a
state located in the Northeast of Brazil. Its population nears 4 million inhabitants and it
presents high rates of genetically mediated diseases, many of cardiac origin. However,
a previous work documented a lower incidence of CHD in Paraíba when compared
to the World’s reported one. However, the same study highlighted the importance of
establishing a more effective screening process to detect children with CHD in the
region. In 2012, a screnning program for CHD was established in the state of Paraíba
as part of a pediatric cardiology Network of services. With this approach, a better
analysis of the real incidence of congenital heart diseases in the state of Paraíba, over
the last three years, was possible. So, the objective of this paper is to describe the
incidence of congenital heart disease before and after the establishment a telemedicine
screening program,in a State from Northeast Brazil.
Methods: This is a descriptive study, retrospective and comparative based on the
institutional data from a reference center in perinatology in a period of 15 years.
Institutional data were collected from a 15-year period (2001-2014). Data were divided
into two periods: prior to (2001-2011), and after (2012-2014) the establishment of a
telemedicine screening program. Results from the presence or absence and type of
heart disease, gender, gestational age at birth, hometown, birth weight as well as
physical examination, pulse oximetry and echocardiography were compared.
Results: After the implementation of the screening process, almost all kinds of heart
disease showed a significant increase in their incidence (p<0.05). With this, the
incidence of major heart diseases approached those specified in developed regions.
Conclusion: the implementation of a screening process model for congenital heart
diseases based on pulse oximetry, cardiovascular physical examination, screening
echocardiography and the support of specialists via telemedicine can change the
context of patients with congenital heart diseases in poor regions.
2
41138
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, PE, BRASIL.
Introdução: O hábito de fumar cigarro é um dos principais fatores de risco
cardiovascular, porém sua prevalência continua alta, especialmente, em mulheres
jovens, que podem vir a ter alterações em seu metabolismo lipídico condizentes com
uma maior chance de ter doença arterial coronariana, na época da menopausa. Porém,
pouco se tem investigado sobre os danos causados pelo cigarro ainda na fase inicial
da vida adulta. Assim, o presente estudo objetivou investigar a influência do hábito
de fumar cigarro sobre índices lipídicos pró-aterotrombóticos em 800 mulheres de
Recife-PE, de 20 a 24 anos de idade, sem relatos prévios de diagnóstico de doenças
metabólicas, em comparação com 800 mulheres, de mesma faixa etária, que nunca
fumaram. Métodos: Amostras sanguíneas foram colhidas após jejum de 12 h, por
punção venosa, após aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa, para investigação
dos seguintes índices lipídicos pró-aterotrombóticos: Razão Triglicerídios/HDLcolesterol, Colesterol Total/HDL-colesterol, também denominada de Índice de Castelli
I, Razão LDL-colesterol/HDL-colesterol, denominada de Índice de Castelli II, e Razão
Apolipoproteína B/ Apolipoproteína A-I. Para tanto, níveis séricos de Colesterol Total,
Triglicerídios e HDL-colesterol foram determinados por metodologias enzimáticas;
de LDL-colesterol, através da equação de Friedewald; e das Apolipoproteínas B e
A-I, por imunoturbidimetria. Testes t de Student desemparelhado e de Regressão
Logística foram analisados (p<0,05). Glicemia, valores pressóricos e antropométricos,
sedentarismo e etilismo também foram avaliados por serem possíveis variáveis de
confusão. Resultados: Os valores da razão Triglicerídio/HDL-colesterol, Colesterol
Total/HDL-colesterol, LDL-colesterol/HDL-colesterol e Apolipoproteína B/A-I foram
significativamente maiores nas jovens mulheres fumantes, em comparação às que
nunca fumaram. Verificou-se que a prevalência de pelo menos um desses índices próaterotrombóticos estarem acima dos valores considerados normais esteve aumentada
em 4,5 vezes nessas jovens mulheres. Conclusões: Este estudo demonstra que o
hábito de fumar cigarro já se encontra relacionado com aumento dos índices lipídicos
pró-aterotrombóticos, mesmo em mulheres jovens, com apenas 20 a 24 anos,
mostrando que o tabagismo necessita ser combatido desde as idades mais precoces.
Resumos Temas Livres
41264
41265
Investigação do fenótipo cintura hipertrigliceridêmica, hiperuricemia e risco de
morte por evento cardiovascular em dez anos em homens não diabéticos do
nordeste do Brasil
Valores de troponina em pacientes com Insuficiência Cardíaca Descompensada ou
Síndrome Coronariana Aguda sem Supradesnível do Segmento ST: existe um ponto
de corte discriminatório?
ABDIAS PEREIRA DINIZ NETO, TIAGO FERREIRA DA SILVA ARAÚJO, MATHEUS
RIBEIRO BARROS CORREIA, RAYSSA BATISTA DA SILVA, HEULLYS FERNANDO DA
SILVA, JEFFERSON BEZERRA GOMES, JOSE IGOR DA SILVA BATISTA, MATHEUS
SOARES DE ARAUJO, BETH AGUIDA SILVA PIRES E BIANKA SANTANA DOS SANTOS
JOSE SERGIO NASCIMENTO SILVA, SILVIA M MARTINS, CAMILA SARTESCHI,
CAROLINA A MEDEIROS, MARIA CELITA DE ALMEIDA, THIAGO GABRIEL FREIRE,
SERGIO JOSE OLIVEIRA DE AZEVEDO E SILVA, ROBERTA DE MATOS CARVALHO
ARAJO, ANDRE R LAFAYETTE, SERGIO TAVARES MONTENEGRO E PAULO SERGIO
RODRIGUES DE OLIVEIRA
Universidade Federal de Pernambuco - CAA, Caruaru, PE, BRASIL - Universidade
Federal de Pernambuco - CCS, Recife, PE, BRASIL.
Grupo de IC REALCOR/PROCARDIO - Real Hospital Português, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: Excesso de gordura abdominal e hipertrigliceridemia constituem o fenótipo
Cintura Hipertrigliceridêmica (CHTG), que pode ocasionar alterações metabólicas
consideradas fatores de risco cardiovascular. Uma dessas é a hiperuricemia, mas pouco
se tem reportado sobre os efeitos deste fenótipo. Assim, este estudo é um trabalho inédito
que objetivou investigar a relação entre CHTG e hiperuricemia e analisar a influência de
hiperuricemia sobre o risco de morte por evento cardiovascular em 10 anos, estimado pelo
Escore de Risco de Framingham (ERF), em 3.620 homens, não diabéticos, do Nordeste
do Brasil. Também se propôs a identificar pontos de corte específicos, nesta população,
para valores de circunferência da cintura e de triglicerídios relacionados à presença da
hiperuricemia. Métodos: Níveis séricos de ácido úrico e de triglicerídios foram determinados
enzimaticamente. O fenótipo CHTG foi definido quando circunferência da cintura ≥ 90cm
e triglicerídios ≥ 2.0mmol/L e também conforme pontos de corte específicos determinados
através de Curvas ROC (Receiver Operating Characteristics). Testes de regressão logística
com Razões de Chance e de Correlação foram realizados (p<0,05). Perfil lipídico, glicemia,
insulinemia, idade, níveis pressóricos e tabagismo foram acessados, para a composição
do ERF e/ou para serem ajustados quando variáveis de confusão. Resultados: Foi
encontrada uma prevalência de 11% para hiperuricemia e 22% para CHTG. As curvas
ROC mostraram que os melhores valores de circunferência da cintura e de triglicerídios
foram, respectivamente, de 91cm e de 1,73mmol/L, para identificar hiperuricemia, a qual
demonstrou uma razão de chance de 3,5 vezes para um alto ERF. CHTG apresentou
uma razão de chance de 4,3 vezes para hiperuricemia, quando usados os pontos de
corte não específicos, e de 7,3 vezes, quando aplicados os do estudo. Níveis de ácido
úrico de voluntários com ERF>20% correlacionaram-se positivamente com os valores
de triglicerídios e de circunferência da cintura.. Conclusões: Portanto, estas desordens
metabólicas apresentam uma importante relação fisiopatológica com hiperuricemia em
homens não diabéticos do Nordeste do Brasil, que, por sua vez, elevou em 3,5 vezes a
chance de um elevado risco de morte por evento cardiovascular em dez anos, estimado
pelo ERF, nesta população.
Palavras-Chave: Fenótipo Cintura Hipertrigliceridêmica, Hiperuricemia, Risco de Morte
Cardiovascular.
Apoio Financeiro: CNPq, CAPES e FACEPE.
FUNDAMENTO: O aumento da troponina compõe o diagnóstico de IAM e o seu papel na
Insuficiência Cardíaca Descompensada (ICD), como marcador de pior prognóstico, está bem
estabelecido. Entretanto, com a maior disponibilidade da Troponina (Tn), alterações dos
valores com quadros atípicos confundem na prática clínica. OBJETIVO: Avaliar os valores
de Tn em pacientes com ICD em comparação com pacientes admitidos com Infarto Agudo
do Miocárdio sem Supradesnível do segmento ST (IAMSST). MÉTODO: Estudo transversal
com avaliação da Tn à admissão em 570 pacientes internados entre 04/2007 a 04/2015, em
hospital da rede suplementar do Recife/PE, sendo 320 (56%) IAMSST e 250 (44%) ICD.
Para encontrar ponto de corte da Tn da admissão para a discriminação entre IAMSST e
ICD foi utilizada a metodologia de Curva ROC (Receiver Operating Characteristic Curve).
RESULTADOS: A amostra apresentou idade média de 69 anos (variando 17 a 97), composta
em sua maioria por homens (61%), hipertensos (83%) e diabéticos (54%). No grupo com
IAMSST a mediana de Tn foi de 2,4 enquanto que no grupo com ICD foi 0,2. A mortalidade
intra-hospitalar geral foi de 7,4%. A Tn conseguiu discriminar bem os pacientes com IAMSST
em relação aos indivíduos com ICD, o ponto de corte que maximizou a curva foi 1,21 (Valores
de Tn ≥ 1,21 indicam que o paciente é IAMSST), com sensibilidade de 0,994 e especificidade
de 0,884 (vide gráfico abaixo). CONCLUSÃO: A curva ROC foi capaz de discriminar entre
IAMSST e ICD. Além disso, mesmo sem haver obstrução coronariana significativa e IAMSST,
a ICD pode promover isquemia miocárdica por hipofluxo coronariano. Portanto, mais do que
o valor de troponina, a apresentação e história clínicas devem ser a maior diretriz para a
condução do paciente.
41290
41295
Estudo preliminar de polimorfismos no gene do neuropeptídeo Y na síndrome
coronariana aguda
FABIA C S SOARES, VIVIANE D C V CARVALHO, LILÍAN C A SILVA, ROBERTO P
WERKHAUSER, SERGIO T MONTENEGRO, MARIA C ALMEIDA, EDUARDO H G
RODRIGUES, CLARICE N L MORAES E SÍLVIA M L MONTENEGRO
Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães- Fundação Oswaldo Cruz, Recife, PE,
BRASIL - Real Hospital de Beneficiência de Pernambuco - RHP, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: Estudos indicam que os sistemas nervoso e imunológico estão envolvidos
em uma via bidirecional e uma dessas comunicações ocorre entre neuropeptídeos
e citocinas. Além disso, o Neuropeptídeo Y (NPY) é encontrado nas terminações do
nervo simpático cardíaco promovendo crescimento celular, tais como, angiogênese e
arteriogênese. Dessa maneira, o NPY pode influenciar a função cardíaca, exercendo
papel importante na manutenção da homeostase e, qualquer alteração na sua
sinalização tem sido associada a disfunções cardiovasculares.Estudos recentes
vêm demonstrando que polimorfismos de um único nucleotídeo (SNP) em certas
regiões gênicas de NPYestãoassociados às doenças cardíacas, de acordo com
a população estudada.Diante disso, o objetivo desse estudo éavaliar a associação
entre polimorfismos genéticos e a síndrome coronariana aguda (SCA).Metodologia:
O estudo está sendo realizado com 200 pacientes internados com SCA no Real
Hospital Português (RHP), situado em Recife–PE, no período de 2014 até 2018.
O grupo controle está sendo formado por pacientes internados no RHP sem SCA
(n = 200).A determinação das frequências dos SNPs(Leu7Pro/rs16139, Ala28Ala/
rs5572 e Ser50Ser/rs9785023/rs5573) no gene NPY foi realizada através da Reação
em Cadeia da Polimerase, com posteriorsequenciamento de DNA. Os resultados
preliminares foram analisados estatisticamente através do teste do G de Williams,
utilizando o programa BioEstat 5.0 e considerando significativo para valor de p< 0,05.
Resultados:Os resultados parciais demonstram quenão houve associação entre os
polimorfismos Leu7Pro e Ala28Alae a SCA. Para Ser50Ser,a maioria dos pacientes
possui o genótipo heterozigoto AG (45,2%), seguido do homozigoto mutante AA
(41,9%) e por fim os homozigotos selvagens GG (12,9%).Já nos indivíduos controles,
a maioria apresenta o genótipo GG (52,9%), seguido pelo AG (41,2%) e por último
o AA (5,9%). Com o valor de p=0,007, mostrou-se que há uma associação entre o
Ser50Ser e a SCA.Conclusões:Nesses resultados preliminares observa-se que
existe diferença significativa entre o grupo de pacientes e o de controles (p< 0,05), em
relação ao polimorfismo Ser50Ser, sugerindo que este polimorfismo parece influenciar
o desenvolvimento da SCA. Será realizado um aumento do tamanho amostral para
confirmação dos dados.
Associação de exames laboratoriais com desfechos de morte e complicações
hospitalares em pacientes internados com Insuficiência Cardíaca
Descompensada em um hospital terciário de Recife-PE
THIAGO GABRIEL FREIRE, SILVIA MARINHO MARTINS, CAMILA SARTESCHI,
CAROLINA DE ARAUJO MEDEIROS, MARIA CELITA DE ALMEIDA, JOSE
SERGIO NASCIMENTO SILVA, PAULA CORREIA OLIVEIRA, CARLOS EDUARDO
LUCENA MONTENEGRO, ANDRE REBELO LAFAYETTE, SERGIO TAVARES
MONTENEGRO E PAULO SERGIO RODRIGUES DE OLIVEIRA
Grupo de IC REALCOR/PROCARDIO - Real Hospital Português, Recife, PE,
BRASIL.
FUNDAMENTO: Pacientes com Insuficiência Cardíaca Descompensada (ICD)
possuem elevada mortalidade hospitalar. A identificação de fatores prognósticos
propicia melhor entendimento dos aspectos fisiopatológicos da doença e condução
terapêutica mais adequada. Resultados de exames laboratoriais são ferramentas
úteis como preditores de mortalidade hospitalar nesses pacientes. OBJETIVO:
Associar desfechos de óbito e complicações hospitalares com exames laboratoriais
admissionais de pacientes internados por ICD em um hospital terciário de RecifePe. MÉTODO: Foram registrados 360 pacientes internados com ICD entre 04/2007
a 12/2012 em hospital da rede suplementar do Recife/PE. Para a comparação
dos exames laboratoriais da admissão em relação a mortalidade hospitalar e a
complicações (necessidade de Diálise, Arritmia Ventricular, Infecção, TEP, Choque
Cardiogênico) no internamento foi aplicado o teste t-Student para as variáveis com
distribuição normal (HB e Ht) e o teste não paramétrico de Mann-Whitney (Sódio,
Ureia, Creatinina, Potássio, VCM, HCM, CHCM, Linfoc, Glicemia, BNP, Troponina e
CKMB). RESULTADOS: A idade média foi de 73 anos (DP=13), predominância do
sexo masculino (59%), HAS (86%), DM (49%), etiologia isquêmica (56%) e FEVE<45%
(60%). A mortalidade intra-hospitalar foi de 11%, e esteve associada com níveis
menores de Hb/Ht (p=0,001) e alteração de Ureia (p<0,001) e Creatinina (p=0,28). A
incidência de complicações foi de 35%, e esteve associada a alterações de Troponina
(p<0,001), Uréia (p=0,005) e Creatinina (p=0,022) e níveis baixos de Hb/Ht (p<0,001)
e de Sódio(p=0,014). CONCLUSÃO: Os exames de Hb/Ht, Ureia e Creatinina
colhidos na admissão foram relacionados à maior taxa de morte e complicações em
pacientes internados com ICD. A Troponina e a natremia não foram associados com
a mortalidade, apesar de mostrarem correlação com complicações. O conhecimento
do valor prognóstico desses exames pode ser capaz de estratificar grupos de risco,
atuando como mais uma ferramenta de fácil e baixo custo, podendo orientar, assim, a
condução mais apropriada a partir da gravidade entre pacientes com ICD.
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
3
Resumos Temas Livres
41302
4
41485
Implante de stent no canal arterial como paliaçao inicial em cardiopatias canaldependentes: Resultado inicial e seguimento
Ecocardiografia de estresse físico em pacientes com valvopatias mitral e
aórtica
JULIANA RODRIGUES NEVES, FABRICIO LEITE PEREIRA, CLEUSA CAVALCANTI
LAPA SANTOS, JESSICA AZEVEDO MELO MARINHO, WYNDIRA MARHALLE SIMIAO
NUNES VENANCIO, TEREZA ARREAS DE ALENCAR PINHEIRO, ADRIANA M. SOUSA
QUARESMA, MARIA CRISTINA VENTURA RIBEIRO, FABIANA GOMES ARAGÃO,
CATARINA VASCONCELOS CAVALCANTI E RAUL ARRIETA
CARLOS ANTONIO DA MOTA SILVEIRA, JOSE MARIA DEL CASTILLO, EUGENIO
SOARES DE ALBUQUERQUE, DIANA PATRÍCIA LAMPREA SEPÚLVEDA, MARCIA
MACHADO DE MELO MORENO, CATARINA VASCONCELOS CAVALCANTI,
MICHAEL VITOR DA SILVA, RENATO DE AMORIM GUEDES, CLODOVAL DE
BARROS PEREIRA JÚNIOR E MARDSON ARAUJO MEDEIROS
IMIP - Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueir, REcife, PE, BRASIL PROCAPE, Recife, PE, BRASIL.
Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Prof Luiz Tavares, Recife, PE, BRASIL.
IMIP - Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueir, REcife, PE, BRASIL - PROCAPE,
Recife, PE, BRASIL.
Em cardiopatias de canal-dependentes o implante de stent é alternativa à paliação
cirúrgica, devido a sua menor morbidade e risco de complicações. Este estudo se propõe
a analisar a segurança do implante de stents no canal arterial, suas complicações em curto
e médio prazo. MÉTODO Análise retrospectiva de prontuários, registros do laboratório de
hemodinâmica em 79 casos de implante de stent no canal arterial (CA) como paliação
inicial realizados por única equipe de intervenção em cardiopatias congênitas no período
de abril de 2007 a maio de 2015. O seguimento se deu até a abordagem cirúrgica definitiva
ou paliativa. RESULTADOS A média de idade foi 94,9 dias (DP 198,2) e a mediana
de 19,5 dias no momento do procedimento. A média de peso de 3,5 kg (DP 1,73). 20%
dos pacientes apresentam alguma outra doença associada, sendo prematuridade a mais
frequente (7,1%) e 74,6% encontravam-se em suporte de UTI. Os diagnósticos identificados
foram: transposição das grandes artérias (6,6%), atresia pulmonar ou estenose pulmonar
crítica (35,5%), atresia pulmonar com CIV ou Fallot extremo (34,2%), coração univentricular
(23,7%). O sucesso foi obtido em 92% dos procedimentos. Houve incremento na média do
diâmetro do CA de 1,92mm para 3,68mm - (p<0,01) e da saturação de O2 de 62% para
83%. 51% dos pacientes apresentavam hipoplasia de artérias pulmonares. Complicações
relacionadas ao stent ocorreram em 23,3% e foram elas: oclusão aguda (5,5%), migração do
stent (5,5%) e obstrução de uma das artérias pulmonares (11%). A doença mais relacionadas
a complicações foi atresia pulmonar com CIV e houve maior incidência de complicações
com artérias pulmonares hipoplásicas (75%), sem significância estatística (p=0,06). A
mortalidade relacionada ao procedimento foi de 2,6% e ocorreu por obstrução aguda do
stent/CA em todos os casos. A mortalidade entre os procedimentos foi de 23,6%, ocorreram
com seguimento médio de meses e foram possivelmente relacionadas ao stent em 7,8%.
No seguimento (xx meses a xx anos) 14% dos pacientes foram submetidos a redilatação
do stent e 34,3% foram submetidos a reparos cirúrgicos: Cirurgia de Glenn (4,3%), shunt
sistêmico-pulmonar (14,3%) e reparo biventricular (8,6%). A média e mediana do intervalo
livre de reintervenção foi de 11, 9 e 7,7 meses, respectivamente. CONCLUSÃO O implante
de stent no canal arterial é alternativa à paliação cirúrgica inicial na maioria dos pacientes,
porém atenção deve ser dada ao grau de hipoplasia de artérias pulmonares..
Introdução: A ecocardiografia de esforço em pacientes com valvopatias permite
avaliar a desproporção entre sintomas e repercussão hemodinâmica e estratificar o
risco dos pacientes para decisão de tratamento clínico, cirúrgico ou intervencionista,
assim como para analisar a reserva contrátil do miocárdio.
Objetivo: Avaliar a resposta dos dados ecocardiográficos ao exercício físico em
pacientes portadores de valvopatia mitral e aórtica.
Material e métodos: Foram estudados com ecocardiografia de esforço físico
(esteira ergométrica) 30 pacientes portadores de valvopatia, 19 mitral (10 estenoses
predominantes e 9 insuficiências predominantes) e 11 aórtica (4 estenoses
predominantes e 7 insuficiências predominantes), 53% do sexo feminino, média etária
46±10 anos. Com ecocardiografia convencional foram determinadas as dimensões do
VE, AE e AO, fluxo mitral, Doppler tecidual, relação E/E’, fração de ejeção e pressão
pulmonar. Os exames foram realizados antes e imediatamente após esforço físico em
esteira ergométrica, protocolo de Bruce, sendo critérios de interrupção: cansaço físico,
estertores pulmonares, agravamento dos sintomas ou frequência cardíaca máxima.
Resultados: Pacientes com valvopatia mitral apresentaram SC menor que com
valvopatia aórtica (1,63±0,18 m² e 1,92±0,22 m²). A pressão pulmonar foi maior na
valvopatia mitral em repouso (43,4±7,9 mmHg vs 29,0±6,2 mmHg) e após o esforço
(64,1±22,7 mmHg vs 35,0±16,3 mmHg). O gradiente mitral médio em repouso foi
12,2±3,1 mmHg e após esforço 17,5±3,3 mmHg e a área valvar 1,13±0,2 cm² em
repouso e 1,21±0,9 cm² após esforço. O gradiente aórtico médio em repouso foi 34±12
mmHg e após esforço 45±16 mmHg e a área variou de 1,01±0,8 cm² para 1,03±0,9
cm². A função ventricular melhorou em 17 pacientes com valvopatia mitral (89%) e em
8 pacientes com valvopatia aórtica (73%) sendo considerada boa reserva contrátil.
Conclusão: A utilização do esforço físico em pacientes com valvopatia mitral e aórtica
permite determinar a reserva contrátil, dado de importância na decisão terapêutica,
assim como detectar HP ao esforço, muitas vezes maior causa dos sintomas. A
variação de áreas e gradientes valvares é também importante na estratificação destes
pacientes.
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
TEMAS LIVRES - 13/08/2015
APRESENTAÇÃO PÔSTERES
40941
Eficácia do acompanhamento do programa hiperdia no controle pressórico
VITORIA HADASSA GOMES BARBOSA GONCALVES, JULIANA DE MELO
BORGES, JANAINA VIEIRA DA SILVA CHAGAS, KAROLAYNE VIEIRA DE SOUZA,
EDSON DIAZ BARBOSA NETO, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, . THIAGO JOSÉ
ALBUQUERQUE SANDES, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO, EDUARDO TAVARES
GOMES E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA
Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças (FENSG), Recife, PE,
BRASIL.
Introdução: Para a ampliação do espaço de educação, orientação e acompanhamento
dos pacientes hipertensos na Estratégia de Saúde da Família, o HIPERDIA foi
criado por meio Portaria nº 371/GM, em 4 de março de 2002, mediante um Plano
de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, o qual
estabeleceu metas e diretrizes para ampliar ações de prevenção, diagnóstico,
tratamento e controle dessas doenças, mediante a reorganização do trabalho de
atenção à saúde. Objetivo: comparar os níveis pressóricos de pacientes hipertensos
em acompanhamento pelo Programa HIPERDIA da Estratégia de Saúde da Família
do munícipio de Recife-PE, em relação a uma amostra da população local sem
acompanhamento. Método: Estudo transversal, descritivo, de abordagem quantitativa,
realizado com um grupo de 135 pacientes hipertensos do Programa HIPERDIA
e 196 pacientes sem obrigatoriedade do vínculo com uma unidade de saúde ou
diagnóstico prévio de hipertensão arterial como grupo controle. O presente projeto
foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa sob CAAE: 01650112.8.0000.5192.
Resultados: Os pacientes em acompanhamento apresentaram-se como controlados
(73,3%) e com médias de pressão arterial diastólica e sistólica menores que o grupo
controle (p<0,001; p=0,011), com média de peso e IMC significativamente mais
baixos (p=0,014; p<0,001). Os níveis pressóricos do grupo controle mostram-se
também significativamente maiores, podendo considerar-se o grupo não-controlado,
com média na faixa do primeiro estágio da hipertensão (PAS=143,06±22,8mmHg,
p<0,001; PAD=84,07±15,55mmHg, p=0,011). Conclusão: Os resultados ressaltam a
importância do programa e a necessidade de estratégias para melhorar o diagnóstico
na população em geral.
41030
Resumos Temas Livres
41029
PERCEPÇÃO DOS CUIDADORES SOB OS DIAGNÓSTICOS,
COMPROMETIMENTOS E RESPONSABILIDADES DAS CRIANÇAS COM
CARDIOPATIA CONGÊNITA NO PRÉ-OPERATÓRIO
SARA LARISSA DE MELO ARAÚJO, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, . THIAGO
JOSÉ ALBUQUERQUE SANDES, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO, EDUARDO
TAVARES GOMES, MONIQUE OLIVEIRA DO NASCIMENTO, RAISA JOANA MARIA
DA SILVA, TAMYRES MILLENA FERREIRA, ROSSANA LEITÃO VIANA E SIMONE
MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA
Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A cardiopatia congênita é um termo genérico utilizado para descrever
anormalidades do coração e dos grandes vasos presentes ao nascimento. As
cardiopatias congênitas compreende um importante problema de saúde pública nos
Estados Unidos e em outros países industrializados, como o Brasil, sendo que as
cirurgias para a correção dos defeitos cardíacos congênitos marcam um dos triunfos
médicos de impacto significativo nos últimos 50 anos. OBJETIVO: Descrever a
percepção dos cuidadores sob os diagnósticos, comprometimentos e reponsabilidades
das crianças com cardiopatia congênita no pré-operatório de cirurgia cardíaca.
METODOLOGIA: Estudo do tipo grupo intervencionista, realizada em um hospital de
referência de Pernambuco, no período de junho a setembro de 2014. Participaram
do estudo 32 cuidadores/responsáveis de crianças com cardiopatia congênita.
RESULTADOS: Identificou-se que metade dos participantes sabia informar o nome
do diagnóstico da criança cardiopata e 78% informavam corretamente o motivo da
internação. Além disso, 87,5% dos cuidadores tinham consciência do problema de
saúde e da responsabilidade do cuidado da criança, 56,3% sentiam-se sozinhos e
sobrecarregados das responsabilidades do cuidado, 56,3% tinham percepção do
comprometimento do crescimento e desenvolvimento da criança e apenas 37,5%
apresentavam dificuldade para cuidar da criança. CONCLUSÃO: É necessário
fornecer informações relacionadas às cardiopatias sofridas pelas crianças, bem como
às ações de saúde incluídas antes, durante e posteriormente a cirurgia cardíaca, de
modo que se tornasse possível o esclarecimento das principais dúvidas, visando à
estratégia de promoção da saúde desses cuidadores.
41033
Anticoagulação oral: impacto no conhecimento terapêutico
Avaliação da ansiedade perante a cirurgia cardíaca
MICHELLANE DE MIRANDA PONTES, ANDREY V QUEIROGA, ANDREZA D
C A PORTO, CAMILA T AMORIM, THAISA R FIGUEIREDO, VITORIA H G B
GONCALVES, EDUARDO T GOMES, MONIQUE O D NASCIMENTO E SIMONE M
M S BEZERRA
ANDREZA DO CARMO ALBUQUERQUE PORTO, KARYNE KIRLEY
NEGROMONTE GONCALVES, JADIANE INGRID DA SILVA, JULIANA DE MELO
BORGES, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO,
EDUARDO TAVARES GOMES, SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA,
JANAINA VIEIRA DA SILVA CHAGAS E KAROLAYNE VIEIRA DE SOUZA
Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças - FENSG, Recife, PE,
BRASIL.
Introdução: A efetividade da terapia de anticoagulação oral está condicionada a
fatores como controle do tempo de protrombina, expresso pela Razão Normatizada
Internacional (RNI), adesão terapêutica e conhecimento sobre o tratamento. Objetivo:
avaliar o impacto das intervenções educativas no conhecimento dos pacientes sobre a
terapia com anticoagulantes orais.
Métodos: estudo transversal, com 139 indivíduos acompanhados no ambulatório
de anticoagulação oral do Pronto-Socorro Cardiológico de Pernambuco. Os sujeitos
receberam orientações contínuas sobre a medicação e os fatores que afetam o sucesso
do tratamento. Os dados foram coletados entre agosto de 2014 e fevereiro de 2015,
por instrumento específico de 10 questões. Foram atribuídas pontuações às respostas,
posteriormente classificadas como conhecimento insuficiente, conhecimento regular
e conhecimento adequado, segundo ponto de corte. A pesquisa foi aprovada por
Comitê de Ética em Pesquisa, parecer nº 704.220/2014. Resultados: a média de
tempo de acompanhamento dos pacientes entrevistados no ambulatório, em meses,
foi de 5,42±4,39. Identificou-se que apenas 64 atingiram a faixa terapêutica, com
base nas duas últimas consultas. 39,5% apresentaram complicações hemorrágicas
ou tromboembólicas. Quanto ao conhecimento sobre a terapia, 61% demonstrou
conhecimento regular e 55% obteve conhecimento satisfatório. Conclusão: a
predominância do conhecimento regular e satisfatório evidencia a relevância das
intervenções educativas para uma melhor compreensão e percepção dos pacientes
sobre seu tratamento anticoagulante. Contudo, este resultado não foi suficiente para
que 53% não apresentassem RNI inadequada, bem como para reduzir os eventos
hemorrágicos e trombóticos. Sendo assim, ressalta-se a necessidade de adotar
estratégias que melhorem a adesão terapêutica, resultando em melhores desfechos
clínicos.
Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: A cirurgia, apesar das constantes inovações tecnológicas e o aumento
da qualidade das intervenções, constitui um momento difícil para o ser humano.
Como desafio para os pacientes, o procedimento cirúrgico traz limitações pré e pós
cirúrgicas, como mudanças em seus hábitos de vida, além da vulnerabilidade do
transoperatório, o que pode gerar níveis consideráveis de ansiedade. Objetivouse caracterizar a ansiedade dos pacientes no pré-operatório de cirurgia cardíaca.
Métodos: Foi realizado um estudo de corte transversal no qual 106 pacientes, entre
um e cinco dias da data da cirurgia, foram entrevistados utilizando-se um questionário
sócio-demográfico próprio e o Inventário de Ansiedade de Beck. O projeto de pesquisa
foi aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição (CAEE 12600113.4.0000.5192/2013)
Resultados: A escala apresentou confiabilidade na aplicação para a amostra
(α=0,715). Os pacientes avaliados se apresentaram em 59,4% (63) na ansiedade
mínima e 19,8% (21) na faixa considerada grave, tendo a amostra uma média no
nível de ansiedade leve (15,8±19,79). As mulheres tiveram escores (22,13±23,41)
significativamente (p=0,003) maiores que os homens (10,76±14,71); assim como os
pacientes que já haviam sido submetidos a cirurgia cardíaca prévia (24,4±28,05 X
13,14±15,74). Não houve diferença significativa entre idosos e pacientes adultos mais
jovens, nem no tocante as variações de peso, presença de< a class=”bepfwhtmsh”
href=”#” title=”Click to Continue > by app”> diabetes ou etilismo. Conclusão: Reforçase a importância do enfermeiro reconhecer a ansiedade pré-operatória e intervir
através de estratégias de educação em saúde e visita de enfermagem.
Descritores: Anticoagulantes; Educação em Saúde; Conhecimento
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
5
Resumos Temas Livres
41042
Avaliação cardiovascular: oficinas terapêuticas e educativas oferecidas a um
grupo de idosos como critério para a promoção da saúde
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PORTADORA DE CARDIOPATIA
CHAGÁSICA CRÔNICA (CCC) EM AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO
ROSSANA LEITÃO VIANA, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, . THIAGO JOSÉ
ALBUQUERQUE SANDES, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO, EDUARDO TAVARES
GOMES, EDSON DIAZ BARBOSA NETO, RHAYSSA RAFAELA RIBEIRO BRAGA
PEREIRA LO, SARA LARISSA DE MELO ARAÚJO, PATRICIA PONCIANO BOMFIM
E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA
CLAUDIA BARBOSA RODRIGUES GUERRA, E GABRIELLE PESSÔA DA SILVA
PROCAPE, RECIFE, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A promoção da saúde constitui uma preocupação e uma busca que
permeiam em todo o tecido social com igual intensidade. Nesse aspecto, promoção
da saúde é uma estratégia para conquista da cidadania, ao fomentar ações de
compromisso com o bem estar das pessoas, na defesa da equidade e da qualidade
de vida da população.OBJETIVO: Avaliar os riscos de cardiovasculares através de
oficinas terapêuticas e educativas oferecida a um grupo de idosos, visando à promoção
da saúde.METODOLOGIA: Compreendeu-se por uma prática social articulada
pelo grupo de pesquisa “Fundamentos das Práticas do Cuidar em Enfermagem
Cardiológica - FPCEnC”, realizado em comemoração à semana de controle e combate
à hipertensão arterial, realizada em abril de 2015.RESULTADOS: Compareceram
ao evento 16 idosos, dos quais 75% eram do sexo feminino ecom média de idade
de 67,8 anos. Com relação aos antecedentes pessoais: 12,5% tinha diabetes
mellitus; 31,25% hipertensão arterial sistêmico; 6,25% eram tabagistas, 12,5% eram
etilistas e 68,75%eram sedentários. Em relação pressão arterial sistólica/diastólica,
percebeu-se: 121,44/77,38mmHg (maior: 161/100mmHg e menor: 95/58mmHg). Com
relação à avaliação da cintura-quadril, a média entre os participante foi de 0,95cm
(maior:1,54cm e menor:0,83cm) e o índice de massa corpórea média: 25,2 (maior:
31,5 e menor:18,3). CONCLUSÃO: As ações desenvolvidas nas oficinas contribuíram
para avaliar a vulnerabilidade e os riscos cardiovasculares sofridas pelos idosos,
alertando-nos as necessidades de implementação de uma política de saúde mais
efetiva e que garantam o acompanhamento integral da saúde do idoso.
Introdução: A CCC é essencialmente uma miocardiopatia dilatada em que a
inflamação crônica, provoca destruição tissular progressiva e fibrose extensa
no coração. Vários mecanismos devem contribuir para a patogenia das lesões
cardíacas e instalação dos diversos distúrbios fisiopatológicos. O dano cardíaco
resulta da inflamação, necrose e fibrose que o Trypanossoma cruzi provoca, direta
ou indiretamente, no tecido especializado de condução, no miocárdio contrátil e no
sistema nervoso intramural. O frequente comprometimento do nó sinusal, do nó
atrioventricular e do feixe de His pode dar origem a disfunção sinusal e a bloqueios
variados atrioventriculares e intraventriculares. Devido essas alterações supracitadas,
a CCC evolui com Insuficiência Cardíaca, arritmias e tromboembolismo. A assistência
de enfermagem ao portador de CCC é bastante relevante no cenário ambulatorial,
em que o acolhimento humanizado, as orientações quanto à medicação, aos hábitos
de vida saudáveis, controle de exames, e as consultas individuais de enfermagem,
favorecem um maior suporte emocional e a estabilização do quadro clínico. Relato
de Caso: M.J.O., 41 anos, procedente de Alagoas, portadora de doença de chagas
na forma arrítmica e dilatada, descoberta em 2014, após quadro de descompensação
cardíaca, apresentando dispnéia aos médios e grandes esforços e arritmia cardíaca.
Refere que morou em casa de taipa até os 12 anos, a mãe faleceu com doença de
chagas aos 53 anos. Relata também banho de rio freqüente na infância. Durante
acompanhamento cardiológico foi constatada sorologia reagente para Chagas
(Elisa e Imunofluorescência Indireta), ritmo cardíaco sinusal, FC=60 bpm, Rx de
tórax mostrando aumento de área cardíaca, ECO apontando FE=30% e trombo
em ventrículo esquerdo. Exames laboratoriais demonstrando plaquetopenia por
seqüestração, USG de abdome com baço aumentado + fibrose (portadora de
esquistossomose). Conclusão: A CCC é uma doença negligenciada e que acarreta
vários danos ao cliente. O déficit de profissionais de enfermagem com conhecimento
sobre a temática e engajados com o atendimento ambulatorial é um obstáculo para
a melhoria da assistência e para o acolhimento do portador de Chagas. Bibliografia:
Andrade J.P., Marin-Neto J.A., Paola A.A.V., Vilas-Boas F., Oliveira G.M.M., Bacal F.
et al . I Diretriz Latino-Americana para o Diagnóstico e Tratamento da Cardiopatia
Chagásica. Arq. Bras. Cardiol. [Internet]. 2011
41080
41082
Faculdade Nossa Senhora das Graças, Recife, PE, BRASIL - Universidade de
Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
Atuação do Terapeuta Ocupacional no cuidado às crianças com cardiopatias
congênitas no ambiente hospitalar: um relato de caso
BRUNO CANUTO DE MEDEIROS, JANAÍNA ALVES DE LIMA, GEIZILANDY
CHARLENE DA SILVA MENDES E CASIANA TERTULIANO CHALEGRE
PROCAPE/UPE, RECIFE, PE, BRASIL.
A doença cardíaca congênita (CC) consiste em uma anormalidade estrutural
macroscópica do coração ou dos grandes vasos intratorácicos, sendo considerada
uma das malformações mais frequente. As crianças que sobrevivem estão expostas
aos seus riscos inerentes, como: déficit no desenvolvimento físico, ponderal, cognitivo
e neurológico, havendo ainda maior incidência de dificuldades acadêmicas, problemas
comportamentais e etc. Somados a tais evidências clínicas, as hospitalizações
recorrentes podem afetar a autoestima e a autoimagem desse grupo de crianças e
adolescentes. Diante deste cenário, a Terapia ocupacional (TO) facilita a mudança ou
crescimento nos fatores da criança como: funções e estrutura do corpo; e habilidades
motoras, processual e de interação social, todos necessário para um desenvolvimento
e participação bem-sucedida, visando à habilitação, reabilitação e promoção da saúde.
Descrição do caso: A TO vem realizando um trabalho, em uma enfermaria pediátrica de
um hospital especializado em cardiologia de Recife, com pacientes desde poucos dias
de vida até adolescentes. Dentre suas ações no serviço, estão: estimulação precoce,
facilitando o desenvolvimento neuropsicomotor; estimulação cognitiva e abordagem
nas alterações comportamentais. Nos atendimentos grupais são trabalhadas
aspectos emocionais como auto-estima, imagem corporal, integração das crianças,
cuidadoras através de atividades lúdicas, além de facilitar a adaptação ao processo de
hospitalização. Na avaliação são observadas: estruturas e funções do corpo para se
promover, quando percebido encurtamentos ou posturas viciosas, alongamentos nos
membros, chegando a confeccionar órteses de baixo custo para evitar deformidades
e adaptações em utensílios para maior autonomia na realização das atividades de
vida diária; aspectos sensoriais, para identificar transtornos no processamento
sensorial. Além de orientações, junto aos cuidadores, sobre posturas que favorecem
o desenvolvimento motor e importância do brincar para aquisição de habilidades
motoras, cognitivas e sociais.
Conclusão: A atuação do TO mostra-se de fundamental importância no
desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com CC no ambiente hospitalar. É
de grande relevância maior conhecimento pelos profissionais da saúde, pacientes
e familiares sobre o trabalho que o TO vem realizando que favorece melhoras nas
condições sensório-motoras, emocionais, comportamentais, sociais e na aquisição de
habilidades novas e/ou remanescente na população atendida.
6
41075
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
PERCEPÇÃO DE PACIENTES E ACOMPANHANTES SOBRE AS SALAS
DE ESPERA DE UM HOSPITAL DE CARDIOLOGIA: SUBSÍDIOS PARA O
PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE TERAPIA OCUPACIONAL E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE
GEIZILANDY CHARLENE DA SILVA MENDES, CASIANA TERTULIANO
CHALEGRE, BRUNO CANUTO DE MEDEIROS, MILENA KELRY GONÇALVES DA
SILVA, NAYRA MARIA DE ALMEIDA E BRIGIDA PELINCA DE OLIVEIRA
PROCAPE/UPE, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: O desenvolvimento de ações de educação e promoção de saúde é uma
prática firmada desde 1986, quando ocorreu a 8º Conferência Nacional em saúde,
criando um novo conceito, relacionando-a a condições mais objetivas como educação,
acesso aos serviços, dentre outros aspectos. Diante da mudança no conceito de saúde
os serviços de saúde devem apresentar novas formas de acolhimento que humanizem
a assistência e melhorem a qualidade dos serviços de saúde prestados à população.
Assim, este projeto buscou identificar a percepção dos pacientes e acompanhantes
sobre as salas de espera de um hospital de referência em cardiologia. Método: Foi um
estudo descritivo de abordagem qualitativa, que compreendeu a coleta de dados através
de entrevista semiestruturada com 58 pacientes e acompanhantes, após aprovação
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, sob o CAAE: 37520814.1.0000.5192.
Os dados foram analisados com a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo de
Lefèvre. Resultado: 87% referiu que não houve dificuldade de acesso aos setores,
grande parte dos entrevistados (95%) sentiu-se à vontade nas salas de espera,
assim como 89% consideram ser ambientes confortáveis e acolhedores e 80% do
público-alvo sentiu-se contemplado e bem acolhido quando solicitaram informações
da recepção. Os entrevistados de uma forma geral demonstraram satisfação, com
poucas sugestões de melhoria do espaço, como televisão e lanche. A partir desse
conhecimento, foram promovidas ações de Terapia Ocupacional e educação em
saúde e desenvolvidas dinâmicas de grupo com momentos de relaxamento, reflexão e
estímulo à interação social para os pacientes e acompanhantes nas salas de espera.
A maioria (92%) gostaria que houvesse mais momentos de atividades de Terapia
Ocupacional e educação em saúde, o que demonstra a importância de continuidade
dessas ações nas salas de espera do hospital. Conclusão: As atividades nas salas
de espera mostram-se como um importante recurso da Terapia Ocupacional para as
ações pretendidas, visto que este tipo de tecnologia vem sendo cada vez mais utilizado
nos serviços de saúde como uma intervenção terapêutica importante e eficaz.
Resumos Temas Livres
41087
41088
Relato de caso de uma criança diagnósticada com cardiopatia congênita de
transposição das grandes artérias e a atuação da Terapia Ocupacional.
Perfil sócio-demográfico e clínico dos pacientes acompanhados em ambulatório de
anticoagulação oral
BRUNO CANUTO DE MEDEIROS, JANAÍNA ALVES DE LIMA, GEIZILANDY
CHARLENE DA SILVA MENDES E CASIANA TERTULIANO CHALEGRE
ROSSANA LEITÃO VIANA, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO, ANDREY VIEIRA DE
QUEIROGA, . THIAGO JOSÉ ALBUQUERQUE SANDES, MONIQUE OLIVEIRA DO
NASCIMENTO, PAULO CESAR DA COSTA GALVAO, MICHELLANE DE MIRANDA
PONTES, KAROLAYNE VIEIRA DE SOUZA, TARCISIA DOMINGOS DE ARAUJO
SOUSA, EDSON DIAZ BARBOSA NETO E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA
PROCAPE/UPE, RECIFE, PE, BRASIL - PE
Transposição das Grandes Artérias (TGA) é uma cardiopatia congênita na qual a aorta
origina-se anteriormente do ventrículo direito, enquanto a artéria pulmonar nasce
posteriormente do ventrículo esquerdo. Isso faz com que as grandes artérias percam
o cruzamento normal, passando a ficar em posição paralela. Outros defeitos estão
comumente associados, sendo mais frequente a Comunicação InterVentricular (CIV),
Comunicação InterAtrial (CIA), Persistência do Canal Arterial (PCA), dentre outras. A
alteração funcional fundamental é que o sangue venoso sistêmico é bombeado pelo
ventrículo direito para a circulação sistêmica através da aorta, enquanto o sangue
venoso pulmonar é ejetado pelo ventrículo esquerdo na circulação pulmonar.
Relato de caso: K.V.S, sexo feminino, 2 meses. Nasceu de parto normal, termo,
com Apgar de 9 /10, estado geral regular. Foi encaminhada a Unidade de Terapia
Intensiva Neonatal no 1º dia de vida. Ao 3º dia de nascimento fez um Ecocardiograma
no qual evidenciou TGA, CIV e PCA. Foi submetida à cirurgia cardíaca de Jatene e
desenvolveu um quilotórax no pós-operatório. Após estabilização do quadro clínico é
encaminhada a enfermaria pediátrica, onde foi avaliada pelos profissionais de Terapia
Ocupacional (TO) que constataram atraso no desenvolvimento neuropsicomotor
através da escala de David-Werner. Apresentou padrão vicioso em ambas as mãos,
com hiperflexão metacarpofalangeana e adução do polegar; encurtamento muscular
moderado e hipersensibilidade tátil. Foi realizada uma intervenção de estimulação
precoce favorecendo desenvolvimento neuropsicomotor. Quanto ao padrão vicioso
das mãos, foram realizados alongamentos e pensou-se na confecção de órtese de
posicionamento. Também observado que a criança chorava ao menor toque em suas
mãos, o que levou os profissionais da TO a investigarem um possível transtorno no
processamento sensorial tátil. Desta forma, foi feito um trabalho de dessensibilização
com graduação de texturas e orientação à família a continuar com esse trabalho,
principalmente na hora do banho; e a importância do brincar, ressaltando o tipo
de brinquedo adequado para a faixa etária com suas devidas estimulações visual,
auditiva, tátil e motora.
Conclusão: Mesmo com poucos atendimentos, já foi possível perceber uma evolução
do ponto de vista motor; diminuição do padrão de hiperflexão metacarpofalangeana;
maior movimentação dos membros superiores correspondendo ao esperado para sua
faixa etária, interação com brinquedos e diminuição da sensibilidade tátil.
41093
Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL - Faculdade Nossa Senhora das
Graças, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: o uso de anticoagulantes orais (ACOs) tem aumentado significativamente à
medida que as doenças cardiovasculares, de importante prevalência mundial, promovem
alterações no sistema de coagulação sanguínea.1-2 A terapia com ACOs requer
acompanhamento ambulatorial rigoroso para o controle do tempo de coagulação plasmática,
representado pela Razão Normatizada Internacional (INR). Objetivo: traçar o perfil clínico
e epidemiológico dos pacientes em uso de Varfarina acompanhados em ambulatório
específico. Método: estudo transversal, com abordagem quantitativa, realizado no ProntoSocorro Cardiológico de Pernambuco, no período agosto de 2014 a janeiro de 2015. Foram
entrevistados 139 pacientes, escolhidos aleatoriamente. Os dados são apresentados
em média e desvio padrão e frequências absolutas e relativas. A pesquisa foi apreciada
e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Complexo Hospitalar da Universidade
de Pernambuco, sob o parecer número 704.220. Resultados: A média de idade foi de
55,14±14,75 anos, sendo a maioria mulheres (63,5%). A região metropolitana foi mais
frequente com 72% de representação. A hipertensão arterial sistêmica apresentou-se como
principal condição referida (83%). Dentre as cardiopatias mais apresentadas que indicavam
o uso de anticoagulantes orais, estava a fiblilação atrial, presente em 72 indivíduos, e as
valvopatias com uso de próteses valvares em 58 pacientes. Quanto ao tempo de terapia,
55,5% dos pacientes têm até 1 ano de tratamento e 44,5% usam a medicação há 1 ano ou
mais. A média do tempo de acompanhamento no ambulatório em meses foi de 5,42±4,39.
As complicações mais mencionadas, após o início do tratamento com ACOs, foram as
hemorrágicas, com 27% de frequência. Os episódios tromboembólicos foram relatados por
12,5% dos entrevistados. Com relação aos resultados do INR de cada paciente nas duas
últimas consultas, identificou-se que apenas 64 atingiram a faixa terapêutica. Conclusão:
Os resultados se aproximam aos encontrados em outras publicações nacionais.3-4 O
estudo demonstrou alta prevalência de indivíduos com o INR fora da faixa terapêutica.
Embora a maioria dos participantes da pesquisa não tenham tido qualquer complicação,
aproximadamente 40% são acometidos por hemorragias ou tromboembolias. Estes
resultados trazem subsídios para um maior planejamento da assistência de enfermagem
aos usuários de ACOs com ênfase em ações de educação em saúde, a fim de reduzir as
complicações associadas ao tratamento.
41095
Diagnósticos e intervenções de enfermagem a um paciente com endocardite
infecciosa com disfunção de bioprotese mitral
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PRIORITÁRIOS AOS PACIENTES COM
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSADA
ADRIELY VICTOR DE SIQUEIRA, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, BRUNA
KARINE TEIXEIRA FERREIRA DA SILVA E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA
BEZERRA
PAULO CESAR DA COSTA GALVAO, NYAGRA RIBEIRO DE ARAÚJO, MARRYJANE
DE SOUSA ANCONETANI, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, . THIAGO JOSÉ
ALBUQUERQUE SANDES, EDUARDO TAVARES GOMES, THAISA REMIGIO
FIGUEIREDO, BRENDA MARIA DE AGUIAR, THAIS LORENA LOPES DE SANTANA
E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA
Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças (FENSG), Recife, PE,
BRASIL.
INTRODUÇÃO: Entende-se por endocardite o processo inflamatório do endocárdio,
sobretudo aquele localizado nas valvas cardíacas.Existem vários fatores causadores
de endocardite, o mais frequente e letal é causado por agentes infecciosos.
DESCRIÇÃO: Relatar um caso de endocardite infecciosa com disfunção de
bioprótese mitral destacando os diagnósticos e as intervenções de enfermagem pela
classificação internacional para as práticas de Enfermagem. O estudo de caso foi
realizado na unidade de valvulopatia de um hospital de referência em cardiologia de
Pernambuco, no período de março a abril de 2015. O paciente do sexo masculino,
admitido na emergência com queixa de dispneia em repouso, edema em membros
inferiores e déficit de força motora à esquerda. Nos exames evidenciou endocardite
infecciosa com disfunção de bioprótese mitral e abscesso cerebral. Na avaliação
clínica, identificou-se taquidispneia, sopro sistólico em foco mitral (3+/6+) irradiando
para axilar/dorso, creptos em base pulmonar e saturação de 92% em ar ambiente.
Os principais diagnósticos de enfermagem: padrão respiratório ineficaz; mobilidade
física prejudicada e volume de líquido excessivo. As intervenções de enfermagem:
oxigenoterapia com auxílio da Mascara de Venture a 50%, posicionar o paciente de
forma a maximizar o desconforto respiratório, realizar mobilização progressiva nos
limites impostos pela condição do cliente, monitorar, manter a extremidade edemaciada
elevada acima do nível do coração sempre que possível, e monitoração neurológica.
CONCLUSÃO: A assistência de enfermagem com base numa conduta planejada
proporcionou o alcance da maioria dos resultados esperados, permitindo melhora na
capacidade respiratória, redução do edema e melhor satisfação do usuário.
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL - FACULDADE DE
ENFERMAGEM NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS, RECIFE, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome crônica e progressiva
que está associada a readmissões hospitalares, baixa qualidade de vida, risco de
mortalidade precoce e altos custos para o sistema de saúde. É uma doença de caráter
sistêmico, definida como disfunção cardíaca que ocasiona inadequado suprimento
sanguíneo para atender necessidades metabólicas tissulares, na presença de
retorno venoso normal, ou fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento.
OBJETIVO: Identificar, através do perfil sintomático do paciente, os diagnósticos de
enfermagem prioritários para pacientes com insuficiência cardíaca descompensada.
METODOLOGIA: Pesquisa descritiva, exploratória com abordagem quantitativa. A
amostra do estudo foi composta por 62 pacientes admitidos por IC descompensada,
internados na emergência e que apresentasse classe funcional de II a IV, conforme
classificação de New York Heart Association (NYHA), de qualquer etiologia e
com qualquer percentual fração de ejeção. A amostragem foi por conveniência
sendo incluídos os pacientes que atenderem os critérios de inclusão/exclusão.
RESULTADOS: Os principais diagnósticos foram: Débito Cardíaco Diminuído (55 /
87,3%), volume excessivo de líquidos (18 / 28,6%), padrão respiratório ineficaz (24 /
38,1%), ventilação espontânea prejudicada (9 / 14,3%), intolerância a atividade (50 /
79,4%), mobilidade física prejudicada (30 / 47,6%), Ansiedade (2 /3,2%) e Integridade
da pele prejudicada (14 / 22,2%). CONCLUSÃO: A aplicabilidade do processo de
enfermagem aos pacientes com IC permite identificar, planejar e implementar o
cuidado de modo a mais facilmente identificarmos as situações que podem levar a
sua descompensação.
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
7
Resumos Temas Livres
41097
TERAPIA OCUPACIONAL NA ATENÇÃO CARDIOVASCULAR
GEIZILANDY CHARLENE DA SILVA MENDES, BRUNO CANUTO DE MEDEIROS,
CASIANA TERTULIANO CHALEGRE E ADRIANA DO NASCIMENTO COELHO
PEREIRA
PROCAPE/UPE, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: A Terapia Ocupacional é um campo de intervenção em saúde, que
trabalha com tecnologias orientadas para emancipação e autonomia de pessoas que
apresentam temporariamente ou definitivamente limitações funcionais e dificuldades
na inserção e participação da vida social. No contexto hospitalar o Terapeuta
Ocupacional realiza procedimentos junto ao paciente e ao cuidador, a fim de prevenir
deformidades, disfunções e agravos físicos e/ou psicossociais, promovendo o
desempenho ocupacional e qualidade de vida durante a hospitalização. Descrição
do caso: Trata-se de um relato de experiência da atenção terapêutica ocupacional
ao paciente cardiopata, vivenciada pelos residentes terapeutas ocupacionais
da Residência Multiprofissional Integrada em Atenção à Clínica Especializada
(Cardiovascular). Este programa é realizado em um hospital de referência em
cirurgias cardíacas e é desenvolvido com profissionais das áreas de Fisioterapia,
Enfermagem e Terapia Ocupacional. Dentre as principais ações realizadas pela
Terapia Ocupacional está a Intervenção individual e em grupo, tendo como objetivos
o favorecimento de potencialidades, contato social, prevenção de incapacidades ou
recuperação da capacidade funcional, além da diminuição dos efeitos deletérios da
hospitalização. O processo da Terapia Ocupacional é realizado através de avaliação e
intervenção sendo esta elaborada de acordo com as características clinico-funcionais
de cada paciente e também pela escolha da abordagem do profissional. A seleção
dos recursos terapêuticos é dada de acordo com o foco de atuação, necessidade e
contexto sociocultural do paciente, nos quais são utilizadas: atividades educativas,
técnicas de relaxamento, treinamento de AVD e técnicas de conservação de energia,
atividades livres e expressivas, indicação de adaptação e adequação ambiental,
análise e organização da rotina ocupacional. Conclusão: Para as ações da Terapia
Ocupacional neste contexto é preconizado o modelo de funcionalidade proposto
pela Organização Mundial de Saúde, no qual considera a condição de saúde não
dirigida apenas às estruturas e funções corporais, mas em igual nível de importância
encontram-se os aspectos de atividade e participação social. A inserção do terapeuta
ocupacional na atenção cardiovascular contribui para maior autonomia dos pacientes
com mudanças e estimulação de funções favoráveis ao desempenho ocupacional,
além de contribuir para o bem-estar e diminuição da ansiedade e depressão.
41106
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSADA: PRINCIPAIS FATORES DE
PRECIPITAÇÃO E ETIOLOGIA
PAULO CESAR DA COSTA GALVAO, NYAGRA RIBEIRO DE ARAÚJO, ANDREZA
DO CARMO ALBUQUERQUE PORTO, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, . THIAGO
JOSÉ ALBUQUERQUE SANDES, EDUARDO TAVARES GOMES, THAISA REMIGIO
FIGUEIREDO, DEBORA DE ALMEIDA PEREIRA, MARRYJANE DE SOUSA
ANCONETANI E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, RECIFE, PE, BRASIL - FACULDADE DE
ENFERMAGEM NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS, RECIFE, PE, BRASIL.
INTRODUÇÂO: A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome crônica e progressiva
que está associada a readmissões hospitalares, baixa qualidade de vida, risco
de mortalidade precoce e altos custos para o sistema de saúde. Cerca de 2% da
população mundial tem IC e sua incidência vem aumentando nas últimas três décadas.
Essa síndrome afeta de 1,5 a em indivíduos com mais de 65 anos. OBJETIVO:
identificar, os principais fatores de precipitação e etiologia dos pacientes com IC
descompensada. METODOLOGIA: Pesquisa do tipo quantitativa, exploratória e
descritiva. A amostra do estudo foi composta por 62 pacientes admitidos por IC
descompensada, na emergência do PROCAPE (Pronto Socorro Cardiológico de
Pernambuco) com classe funcional de II a IV , conforme classificação de New York
Heart Association (NYHA). RESULTADOS: Segundo os fatores que precipitaram no
ultimo episódio de descompensação da insuficiência cardíaca foram encontrados:
infecção(4/6,5%), interrupção de medicação (17/27,4%), ingestão hídrica ou salina
excessiva (11/17,7%), insuficiência renal (1/1,8%), hipertensão arterial (11/17,7%),
arritmias (15/24,4%), álcool (7/11,3%), drogas(antiflamatório, BCCA, tiazolidinedionas)
(3/4,8%). Segundo a etiologia: isquêmica (1/1,6%), hipertensão arterial (6/9,7%),
doença de chagas (17/27.4%), cardiomiopatia (22/35,5%), drogas (1/1,6%), infiltrativa
(1/1,6%), Outras causas (8/12,9%).CONCLUSÃO: A identificação dos fatores de
precipitação e etiologia da insuficiência cardíaca permite estabelecer uma relação
causal que possibilita visualizar quais melhores maneiras de implementação do
cuidado..
41111
Assistência de enfermagem a criança com Atresia Pulmonar e Comunicação
Interatrial
O conhecimento da equipe de enfermagem sobre eletrocardiograma: um relato
de experiência
GABRIELLE PESSÔA DA SILVA, GLAYCE RENATA FERREIRA DE CARVALHO,
CHRISTEFANY REGIA BRAZ COSTA E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA
BEZERRA
DENIZE FERREIRA RIBEIRO, RAFAELLA VIANA TEIXEIRA, RENATA VILARINDO
SEABRA, KELLY CRISTINA TORRES LEMES, IZA CRISTIANE COSTA PAIVA,
MILCA VALMERICA CASTRO DE OLIVEIRA, NATHÁLIA TORRES COSTA SOUZA,
MARCELA PAULINO MOREIRA DA SILVA E LETICIA MOURA MULATINHO
PROCAPE, Recife, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A atresia pulmonar (AP) é uma cardiopatia congênita cianogênica,
em que há ausência de conexão entre o ventrículo direito e as artérias pulmonares.
Sua prevalência é de 0,042 em 1000 nascidos vivos. Ocorre mais frequentemente
no sexo masculino. A comunicação interatrial (CIA) tipo ostium secundum é uma das
lesões mais frequentes, corresponde de 10-12% de todas as cardiopatias congênitas.
RELATO DE CASO: E.B.V.S., feminino, 09 meses, com história de cianose central
aos pequenos esforços desde o nascimento, sendo diagnosticada com Atresia
Pulmonar (AP) sem Comunicação interventricular (CIV), Comunicação interatrial
óstio secundum ampla (CIAOS) e Persistência de Canal Arterial (PCA) após ECO
transtorácico. Aos 02 meses implantou Stent em canal arterial, aos 4 meses realizou
valvotomia pulmonar (cirurgia de Brock). Evoluiu com Endocardite Infecciosa por fungo
+ presença de trombo e vegetação no Stent. Apresentou crise convulsiva de repetição,
quando realizou Tomografia Axial Computadorizada (TAC), que demonstrou Acidente
Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), em 40% do Hemisfério esquerdo com posterior
área de transformação hemorrágica. Ao exame apresentava-se em EGG, estável,
hidratada, corada, cianótica (3+/4+), anictérica, afebril (T=36.2ºC). RCR em 2T, BNF
B2 única, SS em BEEA, FC=124bpm, PA=66X30mm Hg, pulsos cheios, perfusão em
3s. Em VNI por pronga nasal, MV + em AHT com roncos de transmissão bilaterais,
FR=50 rpm, Sat.O2= 57%. Abdome globoso, depressível, fígado a 3cm do RCD.
Hipotônica e pouco reativa. Evoluiu para o óbito em 13/05/2015 por sepse fúngica.
A assistência de enfermagem consistiu de monitorização contínua e rigorosa dos
parâmetros clínicos e hemodinâmicos como: balanço hídrico, controle hemodinâmico,
manutenção de via aérea pérvia prevenção de crises de hipóxia e crises convulsivas,
administração de medicamentos, e informações do estado de saúde da criança aos
familiares. CONCLUSÃO: A Atresia Pulmonar tem grande potencial debilitante
trazendo relevantes repercussões no desenvolvimento físico reduzindo a sobrevida e
modificando a dinâmica familiar. As intervenções de enfermagem, clínicas e educativas,
auxiliam na redução desse impacto e proporcionam um maior entendimento da doença
por parte dos familiares, que são os principais cuidadores das crianças.
8
41098
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
Hospital Agamenon Magalhães, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: As patologias cardiovasculares representam um problema de saúde
pública no Brasil e no mundo. O infarto agudo do miocárdio é considerado a principal
causa de mortalidade no Brasil. O exame eletrocardiográfico é útil na complementação
clínica para diagnóstico de inúmeras patologias cardíacas, devendo ser bem realizado
para minimizar falhas no diagnóstico e melhorar o tratamento e prognóstico clínico dos
cardiopatas. Métodos: Trata-se de um relato de experiência sobre uma abordagem
educativa a cerca da eletrocardiografia básica realizada sob forma de minicurso para
profissionais da equipe de enfermagem de um hospital de referência em cardiologia em
Pernambuco. Foram aplicados pré e pós testes contendo 11 perguntas para avaliação
do conhecimento dos participantes. 33 indivíduos participaram do minicurso e destes
29 responderam o pré e pós testes. Resultados: Observou-se elevado percentual de
discordância errante a cerca das questões abordadas sobre eletrocardiografia cujos
maiores percentuais de erros foram 89,65%, 79,31% e 72,41% respectivamente, em
3 questões distintas no pré teste. Após a ministração do minicurso ao se avaliar o
conhecimento dos participantes houve significativa diminuição de erros a cerca
da temática abordada. Conclusão: O estudo mostra a importância da educação
continuada nos serviços de saúde, revelando a importância desse tipo de ação tendo
em vista uma melhoria da qualidade de assistência em saúde.
Resumos Temas Livres
41113
41114
Perfil sociodemgráfica dos cuidadores de crianças com cardiopatia congênita
atendidas em uma unidade de referência norte-nordeste em cardiologia
Assistência de enfermagem a um recém-nascido com anomalia de Ebstein: um
relato de caso
CAMILA TORRES AMORIM, ANDREY VIEIRA DE QUEIROGA, . THIAGO JOSÉ
ALBUQUERQUE SANDES, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO, EDUARDO TAVARES
GOMES, MICHELLANE DE MIRANDA PONTES, PATRICIA PONCIANO BOMFIM,
ADRIELY VICTOR DE SIQUEIRA, TARCISIA DOMINGOS DE ARAUJO SOUSA E
SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA
MARIANA VAZ CARVALHO DE QUEIROZ, DANIELLE CRISTINA PIMENTEL
CABRAL, GABRIELA FREIRE DE ALMEIDA VITORINO E SIMONE MARIA MUNIZ
DA SILVA BEZERRA
Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças , Recife, PE, BRASIL.
Introdução: A síndrome de Ebstein trata-se de uma anomalia congênita rara que
apresenta uma prevalência de 0,5 a 1%, sendo igual em ambos os sexos. Caracterizase por implantação baixa da válvula tricúspide, levando a “atrialização” do ventrículo
direito. Objetivo: Relatar o caso de um recém-nascido com Síndrome de Ebstein,
admitido na UTI pediátrica de um hospital universitário e descrever os principais
cuidados de enfermagem. Métodos: Trata-se de um relato de caso, realizado durante
a prática da Residência Multiprofissional em Saúde na Atenção Cardiovascular de um
Hospital Universitário de referência em Cardiologia de Recife-PE, no período de maio
de 2015. Descrição do Caso: J.L.G.O, 20 dias de vida, masculino, P: 3.900Kg, Ápgar
9/9, com história de cianose de extremidades e sopro cardíaco auscultado após o
nascimento, realizado ecocardiograma que diagnosticou doença de Ebstein, ainda
na maternidade, recebeu expansão com S.F à 0,9% e foi iniciado prostaglandina
após o ecocardiograma com melhora da cianose. Posteriormente foi encaminhado
à UTI pediátrica de referência, para estabilização e monitorização hemodinâmica.
Menor evoluiu em EGG, reativo, choroso, corado, hidratado, boa perfusão periférica,
hemodinamicamente estável, T: 36,8 ºC, pulsos periféricos simétricos e pulsos centrais
cheios. AR: MV+ em AHT, RA-. AC: precórdio calmo, RCR em 2T, s/ frêmito, sopro
sistólico + em BEEA. Em 06/05/2015 foi submetido a procedimento cirúrgico de Shuntsistêmico pulmonar TBC-TP. No 5º DPO, menor evoluiu com EGG, edemaciado,
hidratado, afebril, AVC para antibioticoterapia, SNG, ventilação mecânica invasiva,
TOT, diurese por sonda vesical de alívio. Dentre os diagnósticos de enfermagem,
destacaram-se nutrição alterada para menos do que as necessidades corporais,
integridade da pele prejudicada, padrão respiratório ineficaz, risco de desequilíbrio de
volumes de líquidos e risco de infecção. Os principais cuidados de enfermagem foram:
solicitação de acompanhamento nutricional e cuidado com a SNG, cuidado com a
integridade da pele, elevação da cabeceira e manter posição confortável, realização
do balanço hídrico, realização de curativos utilizando as técnicas assépticas e
higienização das mãos antes e após o manejo com o paciente. Conclusão: Os casos
discretos e os operados com sucesso são compatíveis com a vida próxima ao normal.
Relatar casos como esse é de grande relevância para a comunidade científica, já que
se trata de uma doença rara e de risco considerável.
INTRODUÇÃO: Na prática profissional, o foco de atenção, na maioria das vezes,
é o indivíduo doente, cabendo ao cuidador uma localização mais à margem dos
acontecimentos. Os cuidadores desempenham um papel tão fundamental na
minimizar do sofrimento quanto no auxílio do bem-estar dos pacientes. O cuidador
é um indivíduo “rotulado”, para ajudar neste processo de cuidar. Espera-se que cuide
“naturalmente”, mas ele é uma pessoa que está necessitando de auxílio e apoio.
OBJETIVO: Caracterizar o perfil sóciodemográfico dos cuidadores de crianças com
cardiopatia congênita atendidas em uma unidade de referência norte-nordeste de
cardiologia. METODOLOGIA: Estudo do tipo grupo intervencionista, realizada em
um hospital de referência de Pernambuco, no período de junho a setembro de 2014.
Participaram do estudo 32 cuidadores/responsáveis de crianças com cardiopatia
congênita. RESULTADOS: Percebeu-se uma predominância do cuidador do sexo
feminino (90,6%), afrodescendente (53,1%), com renda familiar de 1,84 salários
mínimos, com predominância de ensino fundamental (46,9%). Além disso, observouse que 46,9% dos cuidadores/responsáveis desenvolviam atividades do lar. A situação
familiar mostrou-se ser uma realidade de grande ausência de companheiros no lar
(46,9%). Dos cônjuges, 41,18% participavam do cuidado no hospital e 58,85% eram
colaborativos perante a situação da cuidadora nas atividades do lar. CONCLUSÃO:
Os dados mostram uma predominância de cuidadores do sexo feminino e de baixo
nível sociodemográfico, reforçando a necessidade do estabelecimento de estratégias
educativas que proporcionem melhores condições ao acesso a informação sob os
cuidados em saúde da criança com cardiopatia congênita..
41117
Procape, Recife, PE, BRASIL.
41124
Assistência de enfermagem ao paciente com bloqueio atrioventricular
total(BAVT):relato de caso
Uso de suplemento alimentar sem orientação profissional por frequentadores
de academia
DANIELLE CRISTINA PIMENTEL CABRAL, MARIANA VAZ CARVALHO DE
QUEIROZ, CHRISTEFANY REGIA BRAZ COSTA E SIMONE MARIA MUNIZ DA
SILVA BEZERRA
ALAN GUIMARÃES FONSECA, ANA ALICE TOLEDO DE ARAÚJO, BRUCE
KEPLER FRUTUOSO MAIA, IVSON CLÉRISTON DA SILVA DIONÍSIO, JESSYCA
CAVALCANTI CARVALHO, SANDRA VALERIA TOLEDO DE ARAÚJO, BISMARC
OIKO DE CASTRO E SANDRO GONÇALVES DE LIMA
Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL - Pronto Socorro Cardiólogico de
Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: Os bloqueios de condução caracterizam-se por qualquer obstrução ou
retardo do fluxo de eletricidade ao longo das vias de condução elétrica. Objetivo:
Relatar caso de paciente com BAVT, bem como os diagnósticos e intervenções de
enfermagem. Metodologia: Trata-se de um relato de caso de um paciente admitido
em julho de 2014 na emergência de um hospital de referência em cardiologia de PE.
Os dados foram coletados através de anamnese, exame físico e prontuário. Para a
elaboração dos diagnósticos de enfermagem e planos de cuidados de enfermagem
utilizou-se a taxonomia North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) e a
Nursing Interventions Classification (NIC), respectivamente. Descrição do caso:C. F.
L., 52 anos, sexo masculino, procedente de Barreiros- PE, admitido com queixa de
dor epigástrica, vômitos e síncope. Relatou fadiga constante, lipotimia e história de
tabagismo e etilismo. Paciente portador de Miocardiopatia chagásica. Chegou com
FC: 33 bpm e PA: 90x50mmHg. Foi realizado ECG com evidencia de BAVT. Ao exame:
AP: MVU(+) s.r.a. em AHT; AC: RCR em 2T com bulhas hipofonéticas, sem sopros.
MMSS e MMII sem edemas. Paciente encaminhado ao serviço de hemodinâmica para
implante de MP provisório. Os diagnósticos e planos de cuidados relatados no trabalho
foram direcionados ao uso do MP provisório. Dentre os diagnósticos de enfermagem
estão: Risco de débito diminuído, Risco de perfusão tissular ineficaz, Integridade da
pele prejudicada e Risco de infecção. Entre os cuidados: ajustar parâmetros e manter
o sistema de alarmes ativados no gerador do MP externo; monitorar FC, ritmo e a
amplitude da curva de ECG continuamente, e comunicar as alterações detectadas;
observar e comunicar presença de sinais e sintomas de débito cardíaco diminuído e
perfusão tissular alterada; trocar curativo diariamente; comunicar presença de sinais
flogísticos ou sangramento, manter repouso relativo com cabeceira elevada a 30º, se
não houver instabilidade hemodinâmica; orientar o paciente e à família os objetivos
terapêuticos do MP, as restrições de atividade, entre outros. O paciente respondeu
bem a terapêutica proposta, realizou posteriormente o implante de MP definitivo
e continuou com acompanhamento ambulatorial. Conclusão: O relato permitiu
aprofundar os conhecimentos sobre a patologia, bem como elaborar diagnósticos
de enfermagem e planos de cuidados de enfermagem, reafirmando a importância do
Processo de Enfermagem em todas as etapas do processo hospitalar.
Centro Universitário Maurício de Nassau, Recife, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: O padrão corporal almejado de forma imediatista pelos usuários
de academia predispõe o desenvolvimento de hábitos danosos, entre os quais o
uso indiscriminado e sem orientação de suplementos alimentares. O impacto dessa
prática não tem sido suficientemente estudado em pesquisas nacionais. OBJETIVO:
Determinar a prevalência do uso de suplementos alimentares sem orientação de
profissional habilitado, entre os frequentadores de uma academia da Cidade do
Recife-PE. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, de corte transversal, realizado
com uma amostra aleatória de 200 alunos matriculados em uma academia da região
metropolitana do Recife-PE, durante o mês de março de 2015. Para a coleta de dados
foi elaborado, um questionário com perguntas relativas aos dados sócio demográficos
e consumo de suplementos alimentares. A variável dependente foi o uso de suplemento
alimentar. As variáveis independentes foram sexo, idade, grau de escolaridade,
frequência de utilização de suplementos e orientação por profissional habilitado. Os
indivíduos foram informados quanto aos objetivos da pesquisa e expressaram sua
participação como voluntários. RESULTADOS: Entre os entrevistados 41,5% eram do
sexo feminino. A população tinha idade média entre 20 e 30 anos e 33% possuíam
nível superior completo de escolaridade. Quanto ao uso de suplementação, 45,5%
dos entrevistados fazia uso destes, 70% eram do sexo masculino, dos quais 43,8%
não recebiam orientação profissional. A orientação era feita em 63% dos homens por
nutricionista, em 29,6% por educador físico e em 7,4% por médico. Com relação ao
sexo feminino, 55,5% das mulheres tiveram orientação de um profissional habilitado,
em 86,7% dos casos de nutricionista e em 13,3% de educador físico. 33,3% das
mulheres fizeram uso sem orientação profissional. A maioria (61,5%) dos entrevistados
usava suplementação alimentar de 4 a 5 dias por semana. Conclusão: A prevalência
de suplementação alimentar entre frequentadores de academia na população
estudada foi elevada.
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
9
Resumos Temas Livres
41126
41127
Estudantes de medicina e fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica:
eles também se previnem?
Mortalidade por insuficiência cardíaca e doença isquêmica do coração:
tendência em Pernambuco, no Nordeste e no Brasil de 2004 a 2012
LAURO VINÍCIUS MACHADO DA SILVA, AMANDA SUELLEN BARBOSA DE
OLIVEIRA SOUZA, VANIELLY THADYA DE ARAÚJO SIQUEIRA, ANDREZA LIMA
PEREIRA, MARIANA NOGUEIRA BORGES DE MELO, VERÔNICA VANESSA DO
NASCIMENTO, VALCINEIDE PEREIRA MORAIS, BISMARC OIKO DE CASTRO E
SANDRO GONÇALVES DE LIMA
ANA C C OLIVEIRA, LEONCIO B SIDRIM, ARYANNE C D N SILVA E ALINE A
ARRUDA
Centro Universitário Maurício de Nassau, Recife, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial é um problema de saúde pública mundial.
Caracterizada pelo aumento e manutenção dos níveis pressóricos elevados, está
relacionada com alterações funcionais, estruturais e metabólicas do organismo,
aumentando principalmente o risco de eventos cardiovasculares. Os estudantes
de medicina, como futuros formadores de opinião, são peça-chave no processo de
conscientização da população a respeito da importância de combater os fatores de
risco para hipertensão arterial sistêmica e suas complicações. No entanto, estudos
mostram que isso não se reflete na saúde dos próprios acadêmicos. OBJETIVO:
Determinar a prevalência de fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica
entre os acadêmicos do curso médico de uma universidade da cidade do Recife-PE.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de corte transversal. A coleta de dados foi
realizada através de questionários estruturados, durante o mês de fevereiro de 2015.
A população estudada foi constituída por 266 acadêmicos do curso médico cuja idade
média esteve entre 20 e 30 anos. O programa utilizado para o armazenamento dos
dados e para os cálculos foi o Microsoft Excel. Foram calculados os percentis, medidas
de tendência central, variabilidade e posição dos dados numéricos. RESULTADO: A
população foi formada por 53% de acadêmicos do sexo masculino; 64% brancos,
30% pardos e 4,9% negros; 83,5% tinham entre 20 e 30 anos; 95% eram solteiros;
95% não tinham filhos; 2,2% eram fumantes; 55% etilistas. Os dados coletados ainda
mostraram que 39% não praticavam atividade física; 42% consideravam seu trabalho
ou estudo estressantes; 22% tinha dificuldade para dormir; e 3,7% tinham diabetes.
CONCLUSÃO: Dentre os fatores de risco identificados entre os acadêmicos do curso
médico, chama atenção a elevada prevalência de uso de álcool, o sedentarismo e o
stress.
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, GARANHUNS, PE, BRASIL.
Introdução: Doenças do Aparelho Circulatório (DAC) são as principais causas de
morte no Brasil (BR). As Doenças Isquêmicas do Coração (DIC) e a Insuficiência
Cardíaca (IC) respondem por 39,1% das mortes por DAC. As estatísticas de
mortalidade constituem a forma mais usada para conhecer o estado de saúde da
população e para o planejamento das ações necessárias à promoção de saúde.
Objetivo: Analisar a tendência da mortalidade por IC e DIC, por sexo e faixa etária no
estado de Pernambuco (PE), comparativamente ao Nordeste (NE) e ao BR no período
de 2004 a 2012.Método: Foi realizado um estudo ecológico de séries temporais no
período de 2004 a 2012, para PE, NE e o BR. Os dados de mortalidade foram obtidos
através do Sistema de Informação de Mortalidade SIM / DATASUS / Ministério da
Saúde e os dados populacionais para o cálculo da taxa de mortalidade foram obtidos
através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram
extraídos dos registros na declaração de óbito com o código I50 para IC e causa básica
de morte com o código 068 de DIC definidas da CID-10. As faixas etárias analisadas
foram: menor que 1 ano, 1 a 4 anos, 5 a 9 anos, 10 a 14 anos, 20 a 29 anos, 30 a 39
anos, 40 a 49 anos, 50 a 59 anos e 60 a 69 anos, 70 a 79 anos, 80 anos e mais, e o
sexo masculino e o sexo feminino.Resultados: Quanto à DIC, as taxas de mortalidade
no BR apresentaram declínio (variação proporcional de -10,91%), enquanto que
NE e PE estão em ascensão (NE 16,54%, PE 8,11%) este último, acima da média
do NE e inferior ao BR. Quanto à IC, PE, NE e o BR apresentam declínio da taxa,
com variação proporcional negativa de 24,83%, 11,39% e 10,66%, respectivamente.
Por IC em PE e no BR houve prevalência do sexo feminino (razões de 1,02 e 1,06,
respectivamente), enquanto que no NE do sexo masculino (razão de 1,05), já por DIC,
o NE e o BR tem prevalência de homens (razões 1,13 e 1,36, respectivamente) e PE
tem prevalência de mulheres (razão 1,03). Por IC e DIC entre todas as faixas etárias
houve predominância da mortalidade aos 80 anos e mais.Conclusão: A mortalidade
por IC está decrescendo no BR, e PE e o NE acompanham este declínio. A evolução
temporal da mortalidade por DIC apresentou semelhança com a da IC, apenas com
relação ao BR, pois o NE e PE apresentam taxas em ascensão. Há predomínio de
mortalidade por IC e DIC após os 80 anos de idade nas três áreas geográficas e em
PE, por IC e DIC, morrem mais mulheres..
41131
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSAS PORTADORAS DE
HIPERTENSÃO ARTERIAL
MAYARA INACIO DE OLIVEIRA, PHELIPE GOMES DE BARROS, REBEKA
MARIA DE OLIVEIRA BELO, GABRIELA FREIRE DE ALMEIDA VITORINO,
MARIA MARIANA BARROS MELO DA SILVEIRA, CHRISTEFANY REGIA BRAZ
COSTA, MARIANA VAZ CARVALHO DE QUEIROZ, HIRLA VANESSA SOARES DE
ARAJO, JERSSYCCA PAULA DOS SANTOS NASCIMENTO, THAISA REMIGIO
FIGUEIREDO E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA
PROCAPE, RECIFE, PE, BRASIL.
Introdução: As doenças crônico-degenerativas constituem principal causa de morte
nos indivíduos idosos, além de representarem elevado custo econômico e social.
Objetivo: Avaliar a qualidade de vida (QV) em idosas hipertensas na Estratégia de
Saúde da Família (ESF) utilizando o instrumento genérico WHOQOL-bref. Metodologia:
Estudo transversal, descritivo e quantitativo. A amostra foi composta por 60 idosas
cadastradas na ESF. Os critérios de inclusão foram ser idosa portadora de hipertensão
arterial e está devidamente cadastrada no Programa HIPERDIA. A coleta de dados foi
realizada mediante entrevista em domicílio utilizando o WHOQOL-bref. Este estudo
está de acordo com a resolução do CNS 466/12. Resultados: Demonstrou-se que
35% da amostra apresentou a faixa etária de 60 a 64 anos, 35% eram casadas/união
estável e 71,6% tiveram entre 0 a 9 anos de estudo, 56,7% apresentaram sobrepeso
ou obesidade. 83,4% apresentaram o tempo de conhecimento do diagnóstico maior de
6 anos, podendo sugerir uma QV prejudicada. No Domínio Físico, 26,27% das idosas
estudadas apresentaram QV prejudicada em relação ao item de dor e desconforto, e
42,8% referiram que a dependência de medicamentos anti-hipertensivos bem como o
tratamento em longo prazo repercute na qualidade de vida. No Domínio Psicológico,
21,19% das entrevistadas apresentaram sentimentos negativos em relação a sua
vida, e o Domínio Relação Sociais analisado não apresentou alteração na QV. No
Domínio Meio Ambiente e Domínio Geral foi observado a falta de cuidados de saúde
em 47,88% e recreação e lazer em 44,92%. Conclusão: A hipertensão arterial
interfere diretamente na qualidade de vida da população idosa, sendo necessária uma
abordagem mais ampla do problema em questão, de modo a garantir um controle mais
efetivo da doença e uma maior adesão ao tratamento, visando melhoria nos aspectos
biopsicossociais avaliados pela pesquisa.
Descritores: Qualidade de vida; saúde; hipertensão.
10
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
41134
Assistência de enfermagem ao paciente com Cor Triatriatum
PHELIPE GOMES DE BARROS, MARIA MARIANA BARROS MELO DA SILVEIRA,
CHRISTEFANY REGIA BRAZ COSTA E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA
BEZERRA
PROCAPE, Recife, PE, BRASIL.
A Cor Triatriatum é uma malformação congênita rara, onde o átrio esquerdo fica
subdividido por uma membrana fina, resultando em três câmaras atriais. A comunicação
entre as câmaras atriais separadas poderá ser grande, pequena ou ausente. O
objetivo do trabalho é relatar o caso de uma paciente admitida com o diagnóstico de
Cor Triatriatum e traçar os cuidados de enfermagem. Trata-se de um relato de caso de
uma paciente admitida em Abril de 2015 na emergência de um hospital de referência
em cardiologia de Pernambuco. Os dados foram coletados através de anamnese,
exame físico e prontuário. B.L.S., 52 anos, sexo feminino, procedente de Recife- PE,
baixa escolaridade, admitida com queixa de dispneia progressiva, dispneia paroxística
noturna, edema de MMII, com hipótese diagnóstica de IC de perfil B. Diabética,
hipertensa, com história pregressa de complicações durante o parto há 08 anos, no
qual foi diagnosticado uma anormalidade estrutural cardíaca. Relata dispneia aos
moderados esforços há 12 anos. Deu entrada em outro serviço o qual foi diagnosticado
uma anormalidade estrutural cardíaca sem possibilidade de intervenção cirúrgica,
sendo mantido acompanhamento ambulatorial. Mostrou-se pouco comunicativa,
fazendo uso irregular das medicações, com pioria de quadro (episódios de dor torácica
em pontada e palpitações). No período de internamento realizou diversos exames
diagnósticos, o qual foi diagnosticado Cor Triatriatum, Fibrilação Atrial e Insuficiência
Mitral moderada. Foi elaborado um planejamento de enfermagem para essa paciente,
e tinha como prioridade: melhorar o padrão respiratório, atentar para monitorização
hemodinâmica, cuidado com medicações utilizadas, efetivar a adesão ao regime
terapêutico, promoção do envolvimento familiar, suporte emocional, entre outros. Os
principais diagnósticos de enfermagem diante do caso relatado foram: Troca de Gases
prejudicada, Débito Cardíaco Diminuído, Controle Ineficaz do Regime Terapêutico,
Baixa Autoestima Situacional e Enfrentamento Familiar Ineficaz. O relato permitiu
aprofundar os conhecimentos sobre a patologia, bem como elaborar diagnósticos
de enfermagem e planos de cuidados de enfermagem, reafirmando a importância do
Processo de Enfermagem em todas as etapas do processo saúde-doença, contribuindo
para a recuperação do paciente numa perspectiva de assistência individualizada, com
práticas assistenciais cada vez mais fundamentadas cientificamente.
Resumos Temas Livres
41135
41137
Modificação na taxa de secreção de peptídeo natriurético atrial pode minimizar
a hipertensão em ratos espontaneamente hipertensos
Diagnósticos de Enfermagem a uma criança com Tetralogia de Fallot: estudo
de caso.
MILTON VIEIRA COSTA, MARINA VALDEZ DOS SANTOS, NATÁLIA WANDERLEY
DE AMORIM, LARA FARIAS, RENATA LINS CHIANCA, CARLA ROBERTA VIEIRA
DA SILVA, BEATRIZ TRINDADE DA ROCHA, POLLYANNA CARLA CAMELO DE
ARAÚJO COTRIM CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC, MACEIÓ, AL, BRASIL.
THAMIRES TAVARES DA SILVA, SUELEN OLIVIA DA SILVA, HIRLA VANESSA
SOARES DE ARAJO E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA
Instituição Instituição Instituição Instituição Instituição Instituição Instituição Instituição
Instituição Instituição
Introdução: A Hipertensão essencial (HE) é um fator de risco importante para a
morbidade e mortalidade, através de acidente vascular encefálico, insuficiência
cardíaca, doença coronariana e insuficiência renal. O peptídeo natriurético atrial
(ANP) é um hormônio protéico secretado pelas células musculares do átrio direito,
em resposta à elevação da pressão arterial, hipervolemia ou estresse oxidativo (Eox).
Promove uma redução no volume de sangue e do débito cardíaco, e, por conseguinte,
a diminuição da pressão arterial. Metodologia: Foram usados ratos espontaneamente
hipertensos (SHR) e Wistar Kyoto (WKY), machos, com 3 meses de idade, divididos
em quatro grupos com dez animais cada: Grupos não tratados (WKY e SHR), que
receberam placebo, e os grupos tratados (Wistar-Kyoto + vitamina C e SHR + vitamina
C), que receberam 200 mg / kg / dia de ácido arcósbico por sonda orogástrica
durante cinco semanas. A pressão sanguinea, hipertrofia ventricular esquerda, ANP, e
estresse oxidativo foram comparados entre os grupos por pletismografia, estereologia,
microscopia confocal de varredura a laser, microscopia eletrônica de transmissão,
western blot e RT-PCR. Resultados: No início do experimento, não existia diferença
no valor da pressão arterial entre os animais Wistar-Kyoto, ou entre os animais
hipertensos, SHR. Mas ao final do experimento, os animais hipertensos tratados com
vitamina C reduziram a pressão arterial, ficando no mesmo nível dos animais controle.
O tratamento com vitamina C também reduziu a hipertrofia cardíaca e o estresse
estresse oxidativo. Os animais hipertensos apresentaram aumento de imunomarcação
para o anticorpo específico de ANP, maior expressão proteica e aumento na expressão
do gene que codifica o ácido ribonucleico mensageiro responsável pela produção do
ANP. O tratamento com antioxidante reduziu o estresse oxidativo e também normalizou
esses parâmetros. Conclusão: Este estresse oxidativo pode estar envolvido no
mecanismo de sinalização para o aumento da expressão de ANP nos miócitos atriais.
Neste modelo de hipertensão, o ANP atua de forma homeostática, abrandando a
elevação da pressão arterial.
41143
Assistência de Enfermagem ao paciente com Atresia Tricúspide.
THAMIRES TAVARES DA SILVA, SUELEN OLIVIA DA SILVA, MARIA MARIANA
BARROS MELO DA SILVEIRA E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA
Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL - PROCAPE/Pronto de Socorro
Cardiológico-PE, Recife, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A Atresia Tricúspide é uma doença rara que representa cerca de
1% a 3% das cardiopatias congênitas cianóticas. É caracterizada por agenesia da
valva tricúspide, com ausência de comunicação entre o Átrio direito e o Ventrículo
direito. RELATO DE CASO: O estudo foi realizado em um hospital de referência
em cardiologia em Recife-PE, em 2015. Paciente: A.R.S.L, 01 ano, sexo masculino,
natural de Santa Maria de Boa Vista- PE foi diagnosticado com Atresia Tricúspide
+ Comunicação Interatrial ampla + Comunicação Interventricular moderada +
Persistência do Canal Arterial ampla e dificuldade para estabelecer conexão
Ventriculo-Atrio. Em 09/02/2015 foi hospitalizado com cianose de extremidades
e historia de dispneia durante a amamentação há 1 mês e meio. Na admissão foi
constatado baixo peso e anemia ferropriva. Ao exame físico: EGR, ativo, afebril
(36,3ºC), hidratado, hipocorado (2+/4+), cianótico (1+/4+), taquidispneico. AR: MV+
bilaterais sem RA, FR: 44 rpm. ACV: BCNF; RCR em 2T, com sopro sistólico de (3+/6+)
BEE. FC: 118bpm. AGI: abdome normotenso, RHA +, Fígado palpável a 3cm RCD,
evacuações presentes, diurese espontânea amarelo citrino. ASLM: Membros sem
edemas. Foi indicado ao procedimento cirúrgico no dia 18/03/2015, porém não foi
realizado, pois fez Toracotomia e durante tentativa de fechamento do canal arterial
dessaturou, apresentou reação alérgica ao concentrado de hemácias ficando 17 dias
na UTI, recebeu alta para enfermaria. Os principais diagnósticos de enfermagem
identificados foram: Débito cardíaco diminuído relacionado à alteração de fluxo
sanguínea, evidenciado por alterações no ECG, fadiga e mudança de cor de pele;
Padrão respiratório ineficaz relacionado à perfusão pulmonar diminuída, evidenciado
por dispneia e queda na saturação de O2; Integridade da pele prejudicada relacionada
à realização de procedimentos invasivos, evidenciada por rompimento da superfície
da pele; Processos familiares interrompidos relacionados a alterações do estado de
saúde de um membro da família, evidenciado por mudanças em padrões de rotina
diária e na disponibilidade da resposta afetiva. CONCLUSÃO: Paciente recebeu alta
no dia 15/05/2015, segue sobre os cuidados da genitora e em acompanhamento
do cardiopediatra e do endocrinopediatra na região onde mora. O Levantamento
dos diagnósticos de enfermagem subsidiará a continuidade da Sistematização da
Assistência de Enfermagem na forma holística e adequada.
Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL - PROCAPE/Pronto de Socorro
Cardiológico-PE, Recife, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A Tetralogia de Fallot é uma das cardiopatias congênitas mais
comuns, atinge em torno de 3,5 a 6% das crianças nascidas com cardiopatias.
Caracterizada por desvio anterossuperior do septo infundibular, que produz estenose
Pulmonar infundibilar, resultando na formação de CIV, dextraposição e cavalgamento
da aorta, obstrução do fluxo sanguíneo do ventrículo direito e hipertrofia do mesmo.
Assim, a elaboração dos Diagnósticos de Enfermagem (DE) consiste em etapa de
grande importância, pois subsidiam a tomada de decisão do enfermeiro durante sua
assistência. RELATO DE CASO: O estudo foi realizado em um hospital de referência em
cardiologia em Recife-PE, em 2015. S.C.M, 04 anos, sexo feminino, natural de Jacaré
dos Homens-AL foi diagnosticada com Tetralogia de Fallot em 2012, sendo internada
e submetida a procedimento cirúrgico paliativo (Blalock-Taussing). No dia 06/04/15 foi
admitida com quadro de cianose e dispneia com episódios recorrentes há 06 meses
segundo informações colhidas. Ao exame físico: EGR, ativa, reativa, interativa, afebril
(36,3C), hidratada, hipocorada (1+/4+), cianótica (1+/4+), anictérica. AR: MV+ em AHT
sem RA, FR: 24 rpm. ACV: RCR em 2T, com sopro sistólico de ejeção em BEE e dorso.
FC: 126 bpm. AGI: abdome depressível, indolor a palpação, dieta VO com pouca
aceitação, evacuações presentes. AGU: diurese espontânea de coloração de amarelo
citrino. ASLM: Membros sem edemas. No dia 14/05/15 foi submetida à Correção total
de Tetralogia de Fallot (ampliação via de saída de ventrículo direito + dilatação de
veia pulmonar + correção de CIV) segue em acompanhamento na UTI pediátrica.
Foram identificados como DE: Débito cardíaco diminuído relacionado a pós-carga
alterada, caracterizado por alterações no ECG, fadiga, dispneia, mudança de cor de
pele, resistência vascular pulmonar aumentada, fração de ejeção diminuída e agitação
Integridade da pele prejudicada relacionado a processos invasivos caracterizado por
rompimento da superfície da pele; Processos familiares interrompidos relacionados a
alterações do estado de saúde de um membro da família, caracterizado por mudanças
em padrões de rotina diária e na disponibilidade da resposta afetiva. CONCLUSÃO:
Como parte integrante do processo de enfermagem, o levantamento dos diagnósticos
de enfermagem subsidiará a continuidade da Sistematização da Assistência de
Enfermagem, de forma holística, individual e adequada.
41144
Diagnóstico fetal de aneurisma de ventrículo esquerdo com boa evolução
extrauterina –relato de caso.
ANA HELBANE DE SOUSA JACOME DOS SANTOS, RAIMUNDO FRANCISCO DE
AMORIM JÚNIOR, SHEILA MARIA VIEIRA HAZIN E SANDRA DA SILVA MATTOS
Círculo do Coração de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
Introdução:
Aneurisma ventricular esquerdo (AVE) é definido como defeito focal na parede
muscular do ventrículo devido a anormalidade intrínseca na embriogênese. É uma
entidade rara, com incidência indeterminada no mundo. A maioria dos pacientes com
AVE é pouco sintomática, mas alguns podem evoluir com apresentação clínica grave.
Usualmente, o tratamento clínico ou acompanhamento é considerado nos casos sem
sintomatologia, enquanto casos mais graves devem ser submetidos a cirurgia cardíaca
corretiva. Com o avanço da ecocardiografia fetal nos últimos anos, o diagnóstico
intrauterino de AVE vem aumentando.
O presente relato de caso descreve o diagnóstico de AVE por ecocardiograma fetal
numa gestante sem fator de risco com necessidade de correção cirúrgica posterior.
Relato de caso:
Gestante com 33 semanas, GII PI A0, sem fatores de risco para malformações
cardíacas fetais procura centro de referência em cardiologia materno fetal para
realização de ecocardiograma fetal de rotina que evidenciou aneurisma de ponta de
ventrículo. Foi discutido com médico assistente a necessidade de o parto ser realizado
em centro de cardiologia neonatal.
O paciente nasceu a termo, com leve desconforto respiratório. Ecocardiograma
neonatal foi realizado no mesmo dia, evidenciando: ventrículo esquerdo aumentado
com presença de aneurisma e ponto ecogênico, forame oval e canal arterial patente
com shunt E-D e função biventricular preservada. Ecocardiograma realizado uma
semana após o nascimento evidenciou o AVE com 2,4x2,0 cm com presença de
extrassístoles constantes.
Cirurgia corretiva foi realizada nove dias após o nascimento, sem intercorrências.
Ecocardiograma pós-operatório evidenciou bom resultado cirúrgico, com função
biventricular preservada e ritmo normal. Atualmente encontra-se com dois anos de
idade e sem evidência clínica e ecocardiográfica de sequela cardíaca.
Conclusão: O AVE é uma condição rara, cujo conduta clínica varia entre diferentes
pacientes. A ecocardiografia fetal de rotina pode auxiliar no diagnóstico e manejo de
tais pacientes.
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
11
Resumos Temas Livres
41147
Hipoplasia do ventrículo direito com seguimento clínico conservador: relato de
um caso.
CAMILLA CANGUSSÚ FERREIRA, ANA HELBANE DE SOUSA JACOME DOS
SANTOS, ANDRÉA DANTAS SENA E SANDRA DA SILVA MATTOS
Círculo do Coração de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
Introdução:
A hipoplasia isolada de ventrículo direito (HVD) é uma doença congênita rara que
é caracterizada pela ausência da porção trabeculada do ventrículo direito sem
associação com outras anormalidades cardíacas (exceto foramen oval patente e
comunicação interatrial). Diversos casos já foram descritos na literatura, sendo a
presença de cianose e insuficiência cardíaca na infância uma constante. Por outro
lado, poucos casos foram relatados com diagnóstico pré-natal e que o tratamento
conservador proporcionou numa boa evolução. O presente artigo faz parte deste
último caso.
Relato de caso:
Mulher de 35 anos, GII PI A0, com primeiro filho sem anormalidades cardíacas, é
encaminhada a um serviço de referência de cardiologia pediátrica devido a não
visualização completa da imagem de 4 câmaras cardíacas ao ultrassom obstétrico
na 28 semana de gestação. O primeiro ecocardiograma fetal evidenciou hipoplasia
do ventrículo direito e da valva tricúspide. As artérias pulmonares eram confluentes
e pequenas. Havia imagem sugestiva de comunicação interventricular com shunt
esquerda-direta, suspeitando-se de uma cardiopatia congênita ducto-dependente.
Após o nascimento, a paciente evoluiu clinicamente bem, optando-se pelo manejo
conservador. O ventrículo direito desenvolveu-se e, atualmente, a paciente é
acompanhada pela cardiopediatria. Atualmente, a mesma possui 3 anos de idade.
Conclusão:
A HVD é uma entidade rara e usualmente apresenta evolução para cianose e
insuficiência cardíaca. Porém, pode apresentar outro espectro clínico, com paciente
evoluindo clinicamente bem com manejo conservador. Ainda não há protocolos
específicos que definam quando cada manejo é mais apropriado.
41149
Pentalogia de Cantrell incompleta com dupla via de saída de ventrículo direito,
comunicação interatrial, interventricular e divertículo de ventrículo esquerdo.
Relato de um caso.
RAIMUNDO FRANCISCO DE AMORIM JÚNIOR, FERNANDA CRUZ DE LIRA
ALBUQUERQUE, SHEILA MARIA VIEIRA HAZIN E SANDRA DA SILVA MATTOS
Círculo do Coração de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: A pentalogia de cantrell (PC) é uma doença rara e caracteriza-se pela
associação de defeitos em 5 localizações: parede abdominal, terço inferior do esterno,
diafragma, pericárdio e coração. A sua incidência é estimada em 5,5 para cada 1.000
nascidos vivos. As malformações cardíacas são variadas, sendo mais comum a
comunicação interventricular (presente em 72% dos casos). O diagnóstico é clínico
e radiológico, através da detecção dos defeitos que compõem a PC. É frequente a
utilização de angiotomografia na literatura para definição das anomalias intra e extracardíacas. Relatamos um caso de paciente com PC incompleta, por não apresentar
defeito da parede abdominal, tendo como cardiopatias: dupla via de saída de ventrículo
direito, comunicação interatrial, comunicação interventricular e divertículo de ventrículo
esquerdo
Relato de caso: Paciente com 2 meses de idade, nascida no interior do estado
da Paraíba-Brasil. Pré-natal sem intercorrências, tendo realizado ultrassonografia
morfológica normal. Foi evidenciada, ao nascimento, uma massa pulsátil em abdome,
logo acima da cicatriz umbilical. Ultrassonografia de abdome demonstrou defeito em
diafragma e ecocardiograma demostrou ectopia cordis, CIA e CIV. Angiotomografia
foi sugestiva dos mesmos achados, porém conformou a presença de dupla via de
saída de VD. Optado por tratamento cirúrgico em dois tempos, sendo o primeiro para
ressecção do divertículo de ventrículo esquerdo e o segundo para correção das demais
anomalias cardíacas. Foi realizado procedimento para excisão do divertículo e a falha
diafragmática foi fechada. A paciente segue internada em UTI, em uso de dobutamina.
Conclusão: Existem poucos relatos na literatura de associação de dupla via de saída
de ventrículo direito com PC. A mortalidade na doença é alta, podendo chegar a 60%
mesmo nos submetidos a correção cirúrgica. Os defeitos do externo e alguns defeitos
cardíacos normalmente são abordados em um segundo tempo cirúrgico. O diagnóstico
pré natal pode ser feito a partir do primeiro trimestre, mas é dificultado, possivelmente,
pela falta de conhecimento desta síndrome..
41151
Doença de Kawasaki com evolução atípica para recorrência, aneurisma gigante
coronariano e de artéria periférica e AVC isquêmico. Um relato de caso.
Comparando índices de reteste entre diferentes metodologias de triagem por
OPA
RAIMUNDO FRANCISCO DE AMORIM JÚNIOR, CAMILLA CANGUSSÚ FERREIRA,
JULIANA RODRIGUES NEVES E SANDRA DA SILVA MATTOS
CICERA ROCHA DOS SANTOS, CAROLINA PAIM GOMES DE FREITAS, RENATA
GRIGORIO SILVA GOMES, FELIPE ALVES MOURATO E SANDRA DA SILVA
MATTOS
Círculo do Coração de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: A doença de Kawasaki (DK) é uma vasculite de médios vasos de
rara apresentação e etiologia desconhecida, com incidência anual de 20 a 250
casos/100.000 habitantes, sendo mais prevalente no sexo masculino. O diagnóstico
é clinico, sendo comum a confusão diagnostica com outras doenças exantemáticas. A
DK costuma ser autolimitada, porem a taxa de complicações coronarianas (aneurismas
ou ectasias) é de 43% nos pacientes não tratados com imunoglobulina intravenosa
(IGIV). O prognóstico destes pacientes está relacionado, dentre outras coisas, à
presença e tamanho do aneurisma coronariano (AC). Complicações em outros leitos
arteriais e acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi) são de ocorrência mais rara
e são normalmente relatadas em associação com AC gigantes. A recorrência da DK
é rara. Relatamos um caso de lactente com DK complicado com aneurisma gigante,
AVCi e recorrência da doença.
Relato de caso: Paciente, 9 meses, internado com amigdalite purulenta, febre
e rash escarlatiniforme, tendo sido tratado com corticoide e antibióticos. O rash
permaneceu por 20 dias e febre por 30 dias, tendo evoluído também com conjuntivite
e descamação de mãos e pés. Não fez IGIV. Após 3 meses, apresentou hemiparesia
direita e estrabismo. Ressonância magnética foi sugestiva de AVCi e ecocardiograma
demonstrou AC em descendente anterior de 11 mm e grande aneurisma de artéria
axilar direita. Foi iniciado IGIV e AAS em dose anti-inflamatória, além de prednisona,
heparina de baixo peso molecular (HBP) e interferon. Paciente teve boa recuperação
motora. Retornou à emergência 4 meses depois com febre, rash, hiperemia labial e
conjuntivite, tendo sido iniciado IGIV, com melhora. Paciente em seguimento há dois
anos sem apresentar novas queixas, em uso de HBP, AAS e propranolol. O diâmetro
da AC reduziu para 7 mm.
Conclusão: A doença de Kawasaki é rara e pode ser de difícil reconhecimento devido
à semelhança clínica com outras patologias, sobretudo exantemáticas. A suspeita
deve partir também da não melhora da febre e do rash nestas doenças. O atraso na
terapia com IGIV pode propiciar complicações, como AC e AVCi.
12
41148
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
Círculo do Coração de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: A oximetria de pulso arterial (OPA) é utilizada para triagem das cardiopatias
congênitas críticas (CCC). Diferentes metodologias de triagem, entretanto, foram
descritas. Tais metodologias variam desde os pontos de corte obtidos pelo oxímetro
e no número de locais onde a OPA é realizada (pré e pós-ductal ou apenas pósductal). Tais características podem influenciar no número de retestes necessários para
confirmação de triagem positiva, impactando na rotina e custos nos serviços de saúde.
O presente trabalho visa comparar os índices de reteste entre diferentes metodologias
descritas na literatura.
Metodologia: um banco de dados com valores das oximetrias pré e pós-ductal foi
obtido retrospectivamente de um total de 53678 neonatos triados para CCC na Paraíba.
Foram comparados os métodos descritos por Ewer, Riede, Granelli, da Secretary’s
Advisory Committee on Heritable Disorders in Newborns and Children (SACHDNC) e
SACHDNC modificado. Os índices de reteste foram descritos em percentagem do total
da amostra. O Q teste de Cochran foi utilizado em busca de significância estatística.
Um valor de p < 0,05 foi considerado significativo.
Resultados: Houve grande variação entre os índices de reteste entre diferentes
metodologias. A que apresentou menores índices foi a metodologia da SACHDNC e
a maior foi a descrita por Ewer. Houve diferença estatisticamente significante entre os
métodos descritos pelo SACHDNC e o restante.
Conclusão: diferentes metodologias levam a grandes diferenças na proporção
de restestes necessários na triagem de cardiopatias congênitas. A adoção de
metodologias que levam a menor índice de retestes pode levar a um melhor fluxo
da rotina e menor quantidade de falso-positivos. Tal fato ganha maior importância
em regiões em desenvolvimento que adotam a triagem por OPA para CCC, pois os
profissionais de saúde usualmente enfrentam sobrecarga de trabalho e o acesso ao
ecocardiograma para confirmação diagnóstica é mais difícil.
Resumos Temas Livres
41152
Perfil epidemiológico da Hipertensão Arterial em populosos municípios do
Pernambuco.
PHELIPE GOMES DE BARROS, MARIA MARIANA BARROS MELO DA SILVEIRA,
CHRISTEFANY REGIA BRAZ COSTA, GLAYCE RENATA FERREIRA DE CARVALHO,
REBEKA MARIA DE OLIVEIRA BELO, HIRLA VANESSA SOARES DE ARAJO,
GABRIELA FREIRE DE ALMEIDA VITORINO, MAYARA INACIO DE OLIVEIRA, TIAGO
EUGENIO DUARTE RIBEIRO, BRUNO CANUTO DE MEDEIROS E SIMONE MARIA
MUNIZ DA SILVA BEZERRA
Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
A Hipertensão Arterial é uma entidade clínica multifatorial, conceituada como síndrome
caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados, associados a alterações
metabólicas e hormonais e a fenômenos como hipertrofia cardíaca e vascular. É
considerada um dos principais fatores de risco de morbidade e mortalidade no Brasil e no
Mundo. Possuindo altos custos sociais associados ao tratamento para o controle dos níveis
pressóricos e por sua alta prevalência na população, a Hipertensão caracteriza-se como um
grave problema de saúde pública. O presente estudo buscou traçar o perfil da população
hipertensa dos cinco mais populosos municípios do estado do Pernambuco, sendo
selecionados: Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Caruaru, Paulista e Petrolina, conforme
o critério citado. A capital, Recife, não foi estudada devido à ausência de dados acerca da
temática nas fontes utilizadas para coleta dos mesmos. O período estudado englobou os
anos de 2008 a 2012. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo com abordagem
quantitativa. A coleta de dados aconteceu através de fontes secundárias no banco de
dados do Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos/
DATASUS. Foram utilizadas as seguintes variáveis: Sexo, Faixa Etária, Tabagismo,
Sedentarismo, Infarto Agudo do Miocárdio, Acidente Vascular Encefálico e Risco. Nos cinco
municípios a maioria da população hipertensa foi composta por mulheres, com uma média
de 68,6%; a faixa etária mais acometida foi de adultos e idosos com uma média de 58,4
anos; as mulheres possuíram maior associação entre Tabagismo e Hipertensão (63,4%),
o mesmo ocorreu com o Sedentarismo (71,6%), Sobrepeso (76,0%), Infarto Agudo do
Miocárdio (62,8%) e Acidente Vascular Encefálico (60,5%). Quanto ao Alto Risco, 74,3%
foram do sexo feminino. Pode-se perceber que a hipertensão foi mais prevalente entre
o sexo feminino, o que evidencia uma maior vulnerabilidade para o desenvolvimento da
doença, além da associação com fatores de risco para a Hipertensão Arterial, fato este
que pode estar relacionado às mudanças sociodemográficas, onde as mulheres passaram
a ocupar o mercado de trabalho e a executar tarefas na esfera social que sobrecarregam
seu organismo. Sendo assim, faz-se necessário maior investimento em ações direcionadas
a essa parcela da população, de modo a diminuir a incidência da doença, evitando assim,
gastos com adoecimentos por causas possivelmente evitáveis.
41155
Impact from virtual out-patient paediatric cardiology clinics in northeast Brazil.
JULIANA SOUSA SOARES DE ARAÚJO, CLAUDIO TEIXEIRA REGIS, RENATA
GRIGORIO SILVA GOMES, KLECIDA NUNES RODRIGUES, NICOLY NEGREIROS
DE SIQUEIRA MARIANO, FERNANDA CRUZ DE LIRA ALBUQUERQUE, FELIPE
ALVES MOURATO E SANDRA DA SILVA MATTOS
Círculo do Coração de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
Introduction: Congenital heart disease (CHD) occurs in approximately 1% of live
births, and it is an important factor of neonatal morbidity and mortality. Similar to
many other developing countries, Brazil faces a deficit in the number of paediatric
cardiologists, particularly in its poorest regions, the north and the northeast. In this
context, the implementation of a virtual out-patient clinic with the aid of different
telemedicine resources may be helpful in the care of children with heart defects.
Methods: patients under 18 years of age treated in the virtual clinic between January
2013 and May 2014 were selected. They were divided in 2 groups: those who
underwent screening for CHD in the neonatal period and those who did not. Clinical
and demographic characteristics were collected for further statistical analysis.
Results: a total of 653 children and teenagers were seen at the virtual out-patient
clinics. From those, 229 had been submitted to neonatal screening. Fewer
cardiovascular abnormalities were observed in this group.
Conclusion: The implementation of paediatric cardiology virtual out-patientc clinics
can positively impact on the level of care provided to children in areas hindred by the
lack of specialized personnel.
Palavras-chave: Epidemiologia, Hipertensão Arterial, Saúde Pública..
41199
41225
Gestação em portadoras de valvulopatias: avaliação descritiva da morbidade
materno-fetal
Estudo do perfil clínico-epidemiológico do paciente portador da doença de chagas
no estado de Pernambuco - PE
JESSICA AZEVEDO MELO MARINHO, WYNDIRA MARHALLE SIMIAO NUNES
VENANCIO, DANIELA FANTATO LIMA E ALEXANDRE JORGE GOMES DE
LUCENA
GABRIELA VIANNA DE ANDRADE LIMA, THAIS ARAUJO NOBREGA, BARBARA
MARIANA DOS SANTOS SILVA, CIRO CALHEIROS DE MIRANDA BEZERRA, ROMARIO
RODRIGUES ALVES, CAROLINA DE ARAUJO MEDEIROS, MARIA DA GLORIA
AURELIANO MELO, SÍLVIA MARIA LUCENA MONTENEGRO, SILVIA MARINHO
MARTINS E WILSON ALVES DE OLIVEIRA JUNIOR
IMIP, RECIFE, PE, BRASIL.
Introdução: O ciclo gravídico puerperal é marcado por profundas alterações
cardiovasculares fisiológicas adaptativas que representam uma carga adicional ao
trabalho cardíaco. No Brasil, em torno de 4,2% das gestantes apresentam alguma
cardiopatia na gravidez e a valvulopatia reumática é a causa mais frequente,
responsável por mais de 50% dos casos.Objetivos: Esse estudo visa estabelecer
a influência da cardiopatia valvar materna em suas diferentes apresentações, na
evolução da gestação e avaliar se estas valvulopatias determinam aumento das
complicações materna e fetal. Métodos: Estudo retrospectivo, quantitativo, descritivo,
observacional, de corte transversal, realizado com através do banco de dados do
setor de cardiopatia e gravidez e revisão dos prontuários de todas as pacientes
acompanhadas no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP).Resultados: Foram
incluídas no estudo 52 gestantes, a média de idade materna ao parto foi de 27,12
anos (desvio padrão - DP 7,61); o tempo médio de internação destas pacientes foi de
16,12 dias (DP 14,05). A idade gestacional média ao parto foi de 36,74 semanas (DP
3,41); em relação ao numero de gestações e paridade a incidência foi 2,17 (DP1,68)
e 1,92 (DP 1,55), respectivamente. A via de parto foi vaginal (ou vaginal com fórceps
de alívio) em 53,8% (28 gestantes) e cesárea em 46,2% (24 gestantes). Todas as
gestantes eram portadoras de disfunção valvar e 61,2% das gestantes (30 pacientes)
já tinham se submetido a algum procedimento cardíaco (valvuloplastia cirúrgica ou
troca de válvula). Cinco pacientes (9,6% das gestantes) com estenose mitral grave se
submeteram a valvuloplastia mitral percutânea por cateter balão durante a gestação.
A incidência de complicações maternas (um composto formado pelas variáveis: piora
de insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão, arritmia necessitando tratamento,
ruptura de cordoalha tendínea, parada cardiorrespiratória e fenômeno tromboembólico)
foi de 30% (15 pacientes). E a incidência de complicações fetais foi de 55,8% (29
fetos/RN). Conculsão: A gestação em portadoras de valvulopatia é relacionada com
elevado numero de complicações maternas e fetais, sendo necessário ainda um
numero maior de gestações para determinação estatística precisa da morbidade e de
e prognóstico materno-fetal.
Ambulatório de Doença de Chagas e IC, Recife, PE, BRASIL - Pronto Socorro
Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE), Recife, PE, BRASIL - Universidade de
Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: A Doença de Chagas (DC) é uma importante causa de cardiomiopatia
nas áreas endêmicas latinoamericanas, predominando em classes com condições
socioeconômicas menos favorecidas perfazendo grande desafio às políticas de saúde
pública. No Estado de Pernambuco há um serviço de referência onde funciona ambulatório
destinado especialmente ao atendimento das pessoas portadoras de DC. Objetivo:
Analisar perfil clínico-epidemiológico dos pacientes portadores da DC acompanhados em
serviço ambulatorial específico. Metodologia: Estudo iniciado com 455 pacientes sendo
excluídos 61 por ausência de informações essenciais, finalizado com 394 pacientes. O
estudo de desenho transversal incluiu pacientes portadores da DC, sendo utilizada
a classificação baseada em estágios de acordo com a I Diretriz Latino-Americana da
Cardiopatia Chagásica (Sociedade Brasileira de Cardiologia). Foram analisadas as
variáveis: idade, sexo, naturalidade e procedência, fração de ejeção (pelo ecocardiograma,
método de Teichholz), frequência de arritmias (taquicardia ventricular não sustentada TVNS e extrassístole ventricular - EV) e comorbidades associadas. Resultados: Quanto à
naturalidade, a Zona da Mata foi a mais frequente (37,5%), seguida pelo Agreste (20,8%), e
11,4 % da Região Metropolitana do Estado de Pernambuco. A idade média foi de 60 anos,
com desvio padrão de 13,1 e maior prevalência das mulheres (68%), mantendo mesmo
padrão observado entre as diferentes classificações da DC (A, B, C). Observou-se que 53%
apresentaram Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e 13,4% Diabetes. A FE média geral
foi de 57,2%, com diferenças quanto aos estágios (estágio C - FE: 38,6%) . O Holter foi
realizado em 53,5% dos pacientes do estágio B, sendo registrado TVNS em 42,2% e EV em
78%; 61 % pacientes da classe C também realizaram o exame, sendo verificada a presença
69,6% de TVNS e 88,6% de EV. Conclusão: A DC tem importante impacto na qualidade
de vida e aspectos socioeconômicos de seus portadores. Possui status endêmico na
América Latina, devido a quantidade de casos de doença cardíaca e morbimortalidade
com a evolução crônica da doença. O estudo visa promover uma análise de população
acometida no que concerne às características epidemiológicas e ao impacto da evolução
da doença na função cardíaca avaliada através de achados clínicos, propiciando subsídios
para planejamento de intervenções em saúde pública.
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
13
Resumos Temas Livres
41255
Análise territorial dos portadores de Doença de Chagas em ambulatório
pernambucano
Identificação do risco cardiovascular através de medidas antropométricas de
crianças e adolescentes com excesso de peso
CARLOS ENRRIQUE PLACENCIA PISCOYA, RODRIGO G A MIRANDA, THIAGO
DE OLIVEIRA SILVA, JOO GABRIEL MENDES MORAIS, KAYLON K S GODÊ,
CRISTINA CARRAZONI, MARIA DA GLORIA AURELIANO MELO, SÍLVIA MARIA
LUCENA MONTENEGRO, SILVIA MARINHO MARTINS E WILSON A O JUNIOR
LIZELDA MARIA DE ARAUJO, MARINA HORTENCIA DA SILVA BARROS, AMANDA
FERNANDES OLIVEIRA DE SOUZA, MANUELLA ITALIANO PEIXOTO, HÁKYLLA
RAYANNE MOTA DE ALMEIDA, TATIANE DE OLIVEIRA SLVA, ANA KARLA DA SILVA
FRANÇA, CLAUDIA MOTA DOS SANTOS E KEILA FERNANDES DOURADO
Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL - Hospital Barão de Lucena,
Recife, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A Organização Mundial de Saúde estima que 8-10 milhões de
pessoas no mundo possuam a Doença de Chagas(DC). O estado de Pernambuco, é
uma área endêmica de DC, sendo o sertão considerado uma região de alto/médio risco
para a doença e a Região Metropolitana, uma área sem triatomíneo. Estudos apontam
que existe uma maior mortalidade nos indivíduos que permanecem na mesma região
de origem. OBJETIVO: Avaliar a naturalidade e procedência dos pacientes portadores
da DC e verificar a associação entre essas variáveis e os diferentes estágios.
METODOLOGIA: O estudo foi desenvolvido em ambulatório de referência para DC,
na cidade de Recife-PE. Foram avaliados 421 prontuários de pacientes com DC,
estratificados em relação ao estágio clínico A, B e C, de acordo com a I diretriz latinoamericana para o diagnóstico e tratamento da Cardiopatia Chagásica. As variáveis
estudadas foram naturalidade e procedência, para as seguintes mesorregiões de
Pernambuco: Agreste, Zona da Mata, Região Metropolitana, Sertão, e outros estados.
RESULTADOS: Dos 421 pacientes estudados, 100 apresentavam-se em estágio
clínico A, 192, em estágio clínico B e 129, em estágio clínico C. Os pacientes. diferiram
quanto a principal frequência na naturalidade, sendo o estágio A o Sertão (26%), e
os estágios B(43.75%) e C(41.09%) a Zona da Mata. Quanto a procedência, todos
os estágios possuem na Região Metropolitana, a maior prevalência (p=1.3 para
naturalidade e p=0.6 para procedência). CONCLUSÃO: A Zona da Mata, que no
passado era considerada de alta endemicidade para a doença, foi a naturalidade
mais frequente nas formas moderada e grave (estágios B e C). Não foi comprovado
na nossa amostra que a permanência em regiões endêmicas (procedência) tenha
tido maior frequência de estágios mais avançados. A migração foi relevante em todos
os grupos, e de todas as regiões do estado para a Região Metropolitana. Tendo em
vista o baixo poder sócio-econômico-cultural é provável que esses pacientes tenham
procurado a cidade em busca de melhores oportunidades ou, considerando também,
entre os pacientes mais graves (estágio C), a busca por tratamento especializado.
41268
Estudo de polimorfismos genéticos na Síndrome Coronariana Aguda.
LILÍAN CAROLINY AMORIM SILVA, FABIA CARLA DA SILVA SOARES, ROMARIO
MARTINS ARAUJO, SERGIO TAVARES MONTENEGRO, ROBERTO PEREIRA
WERKHAUSER, MARIA CELITA DE ALMEIDA, CLARICE N. LINS DE MORAES,
VIVIANE DO CARMO VASCONCELOS DE CARVALHO E SÍLVIA MARIA LUCENA
MONTENEGRO
Centro de pesquisas Aggeu Magalhães, Recife, PE, BRASIL - Real Hospital
Português, Recife, PE, BRASIL - HEMOPE, Recife, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares são responsáveis pela morte de
aproximadamente um terço da população do mundo. A síndrome coronariana aguda
(SCA) é uma doença cardiovascular causada pelo desequilíbrio entre o suprimento
e a demanda de oxigênio no miocárdio, sendo a principal causa cardiovascular de
internação hospitalar, resultando em 30% de todas as mortes no mundo. Alguns
polimorfismos genéticos podem estar relacionados com a susceptibilidade dos
indivíduos ao desenvolvimento de SCA. Dentre eles encontram-se os polimorfismos
nos genes IL-6 e IL-1, relacionados à SCA. MÉTODOS: O estudo Foi realizado em
100 pacientes com SCA internados no Real Hospital Português (RHP), situado em
Recife – PE, no período de 2012 até 2014. Além de 100 indivíduos saudáveis para
o grupo controle, as amostras foram coletadas do Hemocentro de Pernambuco
(HEMOPE). Os indivíduos participantes do estudo são adultos com idade acima de
18 anos. Foram coletados 5 ml de sangue em tubo contendo EDTA para análise dos
polimorfismos genéticos. O DNA obtido após extração foi amplificado pela Reação em
Cadeia da Polimerase (PCR) com os primers específicos para os polimorfismos de
interesse. Os fragmentos foram analisados em gel de agarose a 1% e o produto de
PCR submetido ao sequenciamento de DNA. A análise estatística utilizada foi o Qui
quadrado, através do programa Bioestat, versão 5.3, sendo considerados resultados
significativos valores com p < 0,05. RESULTADOS: Os resultados demonstram a
prevalência de indivíduos homozigotos selvagens (GG) tanto nos pacientes quanto
nos controles para o gene IL-6 (55,0% e 56,0% respectivamente). Para o gene IL-1
a prevalência foi de indivíduos heterozigotos (CT) em ambas as populações (57,0%
para pacientes e 49,0% para controles). Do total de pacientes 53 eram diabéticos, 81
hipertensos e 63 dislipêmicos. CONCLUSÃO: Os resultados não mostraram diferença
significativa entre o grupo de pacientes e o de controles (p > 0,05), evidenciando que o
polimorfismo estudado parece não influenciar o desenvolvimento da SCA. Além disso,
não foi observada nesta população associação entre estes polimorfismos e a presença
das características clínicas estudadas. Os resultados obtidos confirmam a importância
das três variáveis clínicas estudadas no desenvolvimento da SCA.
14
41262
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
Introdução: Ultimamente, observa-se um aumento mundial na prevalência de obesidade
na infância e adolescência, podendo ocasionar a instalação precoce de doenças
cardiovasculares. A razão da medida de cintura pela estatura (RCE), as circunferências
da cintura (CC) e pescoço (CP) são consideradas úteis para estimar a quantidade de
tecido adiposo visceral e identificar o risco cardiovascular. São relativamente simples,
não-invasivos, baratos e não exigem alto grau de habilidade técnica, sendo bastante
utilizada em estudos pediátricos. O objetivo do estudo foi identificar o risco cardiovascular
em crianças e adolescentes com excesso de peso, através de medidas antropométricas,
atendidos no ambulatório de nutrição de um hospital público de Pernambuco. Métodos:
Estudo transversal, descritivo, aprovado por comitê de ética (40396814.1.0000.5200),
realizado entre março e maio/2015, com amostra de conveniência, faixa etária de 6 a 19
anos, atendidos ambulatorialmente no Hospital Barão de Lucena, Pernambuco, Brasil.
A participação no estudo foi condicionada à assinatura dos Termos de Consentimento
e Assentimento Livre e Esclarecido por seus pais/responsável. As variáveis coletadas
foram: sexo, idade, peso, estatura, CC e CP. O estado de excesso de peso foi avaliado
através do Índice de Massa Corporal/Idade, conforme Organização Mundial de Saúde.
A CC e a CP foram aferidas com fita métrica inelástica, o referencial adotado para
comparação foi segundo Freedman para CC. Para CP, os pontos de corte utilizados foram
comparados de acordo com o sexo e idade. A RCE foi obtida pelo quociente entre CC e
estatura, usando o ponto de corte maior que 0,5 como preditor de risco cardiovascular.
Resultados: Participaram do estudo seis crianças e dez adolescentes, onde 75% eram do
sexo masculino. A média de idade foi 11,2 anos (desvio-padrão de 3,1 anos). Metade da
amostra (50%) estava com sobrepeso, 25% com obesidade e 25% com obesidade grave.
A adiposidade central esteve presente em 68,75% dos pacientes e o risco cardiovascular
prevaleceu em 43,75%, segundo a CP e em 100% dos avaliados, segundo RCE.
Conclusões: O risco cardiovascular foi identificado na amostra estudada, reforçando a
importância da avaliação precoce, através de medidas antropométricas, que são simples,
de baixo custo e de boa acurácia. As investigações neste período da vida são úteis para
o planejamento de intervenções possivelmente mais efetivas, reduzindo no futuro a
morbimortalidade por doenças cardiovasculares.
41284
Perfil clínico e epidemiológico de pacientes com insuficiência cardíaca de
etiologia Chagásica – comparação quanto ao sexo
GLORY E S GOMES, CHRISTIAN NATA DUARTE SIMOES DE MELO, JOAO
BATISTA DA SILVA NETO, MARIANA LUIZA DO NASCIMENTO SILVA, SILVIA
MARINHO MARTINS, CRISTINA TAVARES DO REGO BARROS, MARIA DA GLORIA
AURELIANO MELO, CRISTINA CARRAZONI E WILSON ALVES DE OLIVEIRA
JUNIOR
Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL - Universidade de
Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
Fundamento: Estima–se que haja 2,5 milhões no Brasil de infectados com doença de
Chagas (DC) no Brasil. Na fase crônica, 30% apresentará acometimento cardíaco, sendo
10% a cardiopatia grave. A mortalidade é maior se comparada a outras miocardiopatias
e a literatura aponta para maior risco de morte no sexo masculino.
Objetivo: Realizar estudo comparativo entre características clínicas e epidemiológicas
de acordo com o sexo entre pacientes em estágio C da cardiopatia chagásica crônica.
Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo e observacional realizado em ambulatório de
referência na doença de Chagas na cidade do Recife-PE. Foram incluídos pacientes
em estágio C pela I Diretriz Latino Americana de Cardiopatia Chagásica – SBC –
Insuficiência cardíaca sintomática no momento ou prévia – e com duas sorologias
reagentes para a doença por métodos diferentes. Para a comparação foi aplicado o
teste t-Student, com nível de significância assumido de 5%.
Resultados: Foram analisados 108 prontuários de pacientes classificados como C
pela Diretriz. 60,2% são do sexo feminino. A média de idade foi 54,6 +- 12,3 para o
sexo feminino (FEM) e 60,4 +- 12,9 para o masculino (MASC). 80% do FEM e 81,2%
dos MASC se declararam Pardos. 82% do FEM e 89% dos MASC eram naturais do
interior do estado, 46% e 67,5%, respectivamente FEM e MASC, residem hoje na região
metropolitana. 75% do FEM e 79% dos MASC recebem até 1 salário mínimo. HAS
foi encontrada em 50% das mullheres e 37% dos homens. Ao ECO, FE média foi de
39,5% para o FEM e 35,4% para MASC (p=0,0126). Ao Holter, TVNS foi encontrada
em 62% das mulheres e 48% dos MASC (p=0,24); Extrassístoles ventriculares foram
evidenciadas em 89% das FEM, com média de 136 EV por hora, nos MASC esses
valores foram 96% e 105 EV/hora, respectivamente, (p=0,38). 28% das mulheres e 27%
dos homens eram portadores de Marcapasso.
Conclusão: De modo geral, os portadores de DC mantém baixo nível socioeconômico
cultural. Em nossa população, as mulheres apresentaram perfil socioeconômico e clínico
semelhantes ao dos homens, exceto a FE que se mostrou distinta com valores menores
para os homens. É necessário, no entanto, realizar seguimento dessa população com o
objetivo de verificar se o sexo realmente esteve relacionado a maior mortalidade.
Resumos Temas Livres
41287
41318
Perfil de pacientes com Insuficiência Cardíaca Descompensada em uso de
inotrópicos/inodilatadores em hospital terciário de Recife-PE
Associação entre apneia obstrutiva do sono e rigidez arterial em pacientes
diabéticos
THIAGO GABRIEL FREIRE, SILVIA MARINHO MARTINS, CAMILA SARTESCHI,
CAROLINA DE ARAUJO MEDEIROS, MARIA CELITA DE ALMEIDA, JOSE SERGIO
NASCIMENTO SILVA, PAULA CORREIA OLIVEIRA, ROBERTA DE MATOS CARVALHO
ARAJO, ANDRE REBELO LAFAYETTE, SERGIO TAVARES MONTENEGRO E PAULO
SERGIO RODRIGUES DE OLIVEIRA
MARIA JOSÉ MARQUES COUTINHO E SOUZA, RODRIGO PINTO PEDROSA,
CAROLINA DE ARAUJO MEDEIROS, MARIA PRISCILA FIGUEIREDO LIRA, ANA
KELLEY DE LIMA MEDEIROS, THAIS CLEMENTINO LUSTOSA, MARTINHA
MILLIANNY BARROS DE CARVALHO, MARCELO AUGUSTO BANJA BEZERRA
CORREIA, RAFAEL DE ALBUQUERQUE P DE OLIVEIRA E ROBSON ROBERTO
MARTINS DA SILVA
Grupo de IC REALCOR/PROCARDIO - Real Hospital Português, Recife, PE, BRASIL.
FUNDAMENTO: Apesar de frequentemente utilizados para melhora hemodinâmica e
de sintomas em quadros de Insuficiência Cardíaca Descompensada (ICD), o uso de
inotrópicos/inodilatadores é associados a piores desfechos nesses pacientes. OBJETIVO:
Delinear o perfil de pacientes internados por ICD em uso de inotrópicos/inodilatadores
em um hospital terciário de Recife-Pe e verificar o risco de morte associado. MÉTODO:
Foram registrados 389 pacientes internados com ICD entre 04/2007 à 04/2015. Para a
comparação dos grupos foi aplicado o teste Qui-Quadrado de Pearson, ou Exato de Fisher
(variáveis qualitativas) e metodologia de Análise de Variância (variáveis quantitativas).
Para as variáveis FEVE, BNP e Creatinina foi aplicado o teste não paramétrico de KruskalWallis. RESULTADOS: Houve predominância do sexo masculino (60%), idade ≥65 anos
(75%), HAS (87%), DM (52%) e etiologia isquêmica (57%). Do total, 202 (52%) fizeram
uso de inotrópicos/inodilatadores: Vasodilatador (Vasod) (Nitroglicerina ou Nitroprussiato
- 38%); Dobutamina (Dobut) (8%); e Dobutamina mais Vasodilatador (Dobut+Vasod)
(6%). A mortalidade intra-hospitalar foi de 12%. Os principais achados são mostrados na
tabela. CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes fizeram uso de inotrópicos/inodilatadores.
A mortalidade hospitalar foi significativamente maior nesse grupo, mais expressiva nos
paciente que fizeram Dobutamina. Esses pacientes possuem perfil clínico que sugere maior
gravidade, como IRC, CF IV, níveis de BNP e PAs mais elevados na admissão e FEVE mais
reduzidos. Portanto a prescrição de inotrópicos/inodilatadores deve ser feita para casos
selecionados de pacientes com ICD, evitando uso abusivo dessas medicações.
Variaveis
S/drogas
Etiol.Isquêmica(%)
51
CF IV(%)
33
IRC(%)
32 PAs mmHg (média) 135
BNP
2664
FEVE 44
Óbito(%)
6
Dobut
39
65
58
115
5127
37
26
Vasod
67
55
29
151
5021
42
10
Dobut+Vasod
67
96
62
124
8089
36
58
p
<0,001
<0,001
<0,001
<0,001
0,043
<0,001
<0,001
Universidade de Pernambuco, Recife , PE, BRASIL.
Fundamento: Há evidências de que o diabetes melittus aumenta esse risco, bem
como a apneia obstrutiva do sono. Existem evidências de que a apneia obstrutiva do
sono pode contribuir de forma independente para rigidez arterial. No entanto, essa
relação ainda não foi estudada em diabéticos tipo 2.
Objetivo: Identificar associação entre apneia obstrutiva do sono e rigidez arterial em
pacientes diabéticos em terapia hipoglicemiante oral exclusiva.
Métodos: Foram recrutados 198 pacientes diabéticos tipo 2 (glicemia>100 mg/dL e
hemoglobina glicada > 7,5%), com idade entre 32 a 65 anos, sem evidência clínica
de doença cardiovascular (infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e acidente
vascular cerebral), provenientes do ambulatório de diabetologia. Foram excluídos
pacientes com insuficiência renal (Cr>2 mg/dl) e em tratamento para hipotireoidismo.
Os participantes foram submetidos à avaliação da rigidez arterial por velocidade de
onda de pulso empregando o equipamento CompliorSP. A polissonografia portátil foi
realizada com aparelho ApneiaLink na residência do paciente por uma noite.
Resultados: Foram estudados 152 pacientes [idade=56,1(55,1-57,0) anos; índice de
massa corpórea = 31,7(29,0-34,3) kg/m2]. Houve diagnóstico de apneia obstrutiva
do sono (índice de apneia-hipopneia≥ 5 eventos/h] em 101 (66,4%) pacientes, dos
quais 31 (20,7%) tinham grau moderado (15,0≥IAH≥29,9 eventos/h) e 10 (6,7%) grau
grave (IAH≥30,0 eventos/h). A velociadae de onda de pulso (VOP) foi avaliada em 101
pacientes. Destes, 46 (30,7%) apresentaram VOP alterado (10,1≥VOP≥11,9 m/s) e
45 (30,0%) apresentaram VOP muito elevado (VOP≥ 12 m/s). Não houve associação
entre apneia obstrutiva de sono, glicemia, hemoglobina glicada e rigidez arterial.
Conclusões: Não foi demonstrada associação entre a apneia obstrutiva do sono e a
rigidez arterial entre pacientes diabéticos. O elevado número de pacientes com VOP
alterado demonstra a necessidade de controle dos fatores de riscos nessa população.
41483
Strain longitudinal do átrio esquerdo em pacientes com câmara atrial de volume
normal e aumentado
CARLOS ANTONIO DA MOTA SILVEIRA, JOSE MARIA DEL CASTILLO, EUGENIO
SOARES DE ALBUQUERQUE, VANDETE MARIA LARANJEIRAS, AFONSO
BARRETO FILHO, CATARINA VASCONCELOS CAVALCANTI, CLÁUDIO RENATO
PINA MOREIRA, MARCIA MACHADO DE MELO MORENO, RENATO DE AMORIM
GUEDES E CARLOS ENRRIQUE PLACENCIA PISCOYA
Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Prof Luiz Tavares, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: Estudos preliminaries mostram a importância da deformação atrial
esquerda em pacientes com dilatação desta cavidade.
Objetivo: Avaliar a deformação das paredes do AE em pacientes com volume normal
(<35 ml/m²) e com dilatação de várias etiologias, em ritmo sinusal.
Material: Estudados 56 pacientes, 30 masculinos, media etária 51+/-13 anos. Vinte
tinham volume do AE normal e 36 dilatação do AE. As etiologias mais frequentes foram
doença de Chagas, valvopatia mitral, valvas protéticas e doença arterial coronariana.
Metodos: Com ecocardiografia convencional foram aferidos os volumes do AE e a
pressão sistólica pulmonar. Com strain bidimensional na posição apical de 4 câmaras
foi analisada a deformação das paredes lateral e septal do AE.
Resultados: Nos pacientes com AE normal e dilatado o strain septal foi 29.2±9.1%
e 16.6%±9.2% respectivamente (p<0.0001). O strain lateral foi 33.9±15.9% e
15.2%±10.3% (p<0.0001). O volume do AE foi 18.8±5.1 ml/m² e 61.1±31.3 ml/m²
(p<0.0001). A pressão sistólica pulmonary foi, respectivamente, 31.5±9.4 mmHg e
49.9±25.1 mmHg (p <0.0001). A correlação entre a deformação (strain) e o volume do
AE não foi significativa.
Conclusão: O strain longitudinal parietal do AE encontra-se significativamente
diminuído nos pacientes com dilatação do AE, embora o grau de dilatação não
se correlacione claramente com o volume atrial nem com o grau de hipertensão
pulmonary. No AE dilatado a deformação septal é maior que na parede lateral,
observando-se o contrário do que ocorre em condições normais, o que pode ser
devido a que as mudanças seriam mais devidas ao remodelamento da cavidade que
as condições de carga.
41490
Neoplasia maligna do pericárdio - relato de caso
HILKA DOS SANTOS MORAES DE CARVALHO, HUGO LEANDRO FURTADO
VIEIRA, DIANA PATRÍCIA LAMPREA SEPÚLVEDA E ADRIANO ASSIS MENDES
PROCAPE, RECIFE, PE, BRASIL.
O acometimento neoplásico cardíaco é, em geral, metastático e aparece após o
diagnóstico da neoplasia primária, como uma complicação tardia. O envolvimento do
pericárdio é mais grave, ocasionando a morte em até 83% dos casos. A neoplasia do
pericárdio tem maior probabilidade de progressão para tamponamento, colocando-a
como sua principal causa. Os tumores malignos do coração mais frequentes são os
sarcomas. O tratamento dos tumores cardíacos primários é a exérese, a fim de evitar
as complicações da doença como obstrução ou embolização.
Relatamos o caso de um paciente admitido na emergência cardiológica com quadro
clínico de tamponamento cardíaco e presença de grande tumoração extra-cardíaca
Paciente do sexo masculino, 27 anos, ajudante de carga e descarga, com história
de tosse, dispneia e edema progressivos há um mês. Negava patologias prévias,
febre, perda de peso, anorexia ou outros sintomas constitucionais. Ao exame
físico apresentava-se em anasarca, com desconforto respiratório leve e ausculta
pulmonar diminuída em bases, predominantemente à direita, hipofonese discreta de
bulhas cardíacas, com níveis tensionais normais, sem alteração de ritmo cardíaco.
Eletrocardiograma da admissão com baixa voltagem difusa, e ecocardiograma
evidenciando derrame pericárdico importante com tamponamento incipiente, além
de tumor intrapericárdico de aproximadamente 5 cm. Exames laboratoriais sem
alterações, exceto por discreto aumento de DHL. Submetido à drenagem pericárdica
com retirada de 400 ml de liquido hemático e celularidade evidenciando predomínio de
linfomononucleares, sem crescimento bacteriano ou alterações na bioquímica. Biópsia
de pericárdio inconclusiva. Submetido à tomografia de tórax e abdome e ressonância
cardíaca com melhor caracterização da massa pericárdica que se localizava em região
intrapericárdica, não invadindo o ventrículo. Tomografias não evidenciavam sinais
de metástases torácicas ou abdominais. Programado novo procedimento cirúrgico
quando foi realizada biópsia tumoral, tendo em vista que a massa não exibia plano de
clivagem com ventrículo esquerdo, sendo constituída de material mucoso e sólido de
permeio. O estudo histopatológico sugeriu neoplasia maligna mal diferenciada, sendo
provável carcinoma de pequenas células ou sarcoma indiferenciado.
O paciente evoluiu com crescimento tumoral progressivo sendo encaminhado para
tratamento oncológico.
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
15
Resumos Temas Livres
41495
TAQUICARDIA ATRIAL AUTOMÁTICA INCESSANTE E DISFUNÇÃO SISTÓLICA
IREMAR SALVIANO DE MACEDO NETO, AFONSO LUIZ TAVARES DE
ALBUQUERQUE, ANDRE GUSTAVO DA SILVA REZENDE E RICARDO SERGIO
FIGUEIREDO SIVA
PROCAPE, RECIFE, PE, BRASIL - HOSPITAL METROPOLITANO SUL DOM HELDER
CAMARA, CABO DE SANTO AGOSTINHO, PE, BRASIL.
RELATAMOS UM CASO DE UMA PACIENTE DE 17 ANOS, ADMITIDA COM QUEIXAS
DE DISPNÉIA AOS ESFORÇOS, EDEMA DE MMII E PALPITAÇÕES HÁ CERCA DE 1
MÊS. INICIALMENTE TRATADA COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) DE PERFIL B
+ FIBRILAÇÃO ATRIAL DEVIDO AO PULSO IRREGULAR. O ELETROCARDIOGRAMA
EVIDENCIAVA UMA TAQUICARDIA ATRIAL ECTÓPICA INCESSANTE, COM
ALGUNS BATIMENTOS SINUSAIS RAROS. O ECOCARDIOGRAMA NA OCASIÃO JÁ
MOSTRAVA DILATAÇÃO DE CÂMARAS E DISFUNÇÃO SISTÓLICA DE VE COM FE
35%, COM HIPOCINESIA DIFUSA. O HOLTER EVIDENCIAVA O MESMO PADRÃO
DO ECG, COM FC MÉDIA DE 140BPM, INCLUSIVE DURANTE O SONO. POR ESSA
OCASIÃO A PACIENTE JÁ TOMAVA 600MG/DIA DE AMIODARONA E 100MG/DIA DE
METOPROLOL E OUTRAS DROGAS PARA IC.
COMO A PACIENTE NÃO POSSUÍA FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS
PRIMÁRIAS DO MIOCÁRDIO, FOI LEVANATADA A HIPÓTESE DE TAQUICARDIA
ATRIAL INCESSANTE CAUSANDO TAQUICARDIOMIOPATIA, SENDO PROGRAMADO
ESTUDO ELETROFISIOLÓGICO (EEF) E ABLAÇÃO POR CATETER.
O EEF FOI FEITO COM MAPEAMENTO ELETROANATÔMICO 3D E EVIDENCIOU
FOCO ATRIAL AUTOMÁTICO EM REGIÃO ANTERIOR E ALTA DO SEPTO
INTERATRIAL. TAL REGIÃO DEMONSTRAVA ATIVAÇÃO ATRIAL CENTRÍFUGA A
PARTIR DO LOCAL CITADO. NO LOCAL DEMARCADO COM ORIGEM DO FOCO
ARRITMOGÊNICO, FOI OBTIDO ELETROGRAMA ATRIAL COM PRECOCIDADE DE
24MS EM RELAÇÃO À ONDA P ECTÓPICA (CONFIRMANDO SER ESTE O LOCAL DE
ORIGEM DA ARRITMIA).
FORAM APLICADOS PULSOS DE RADIOFREQUÊNCIA NA REGIÃO DESCRITA E
APÓS POUCOS SEGUNDOS DE APLICAÇÃO HOUVE INTERRUPÇÃO DA ARRITMIA
E SURGIMENTO DE RITMO SINUSAL SUSTENTADO ESTÁVEL.
APÓS A ABLAÇÃO A PACIENTE NÃO APRESENTOU MAIS QUEIXAS
CARDIOVASCULARES. O ECO PÓS-ABLAÇÃO JÁ MOSTRA NORMALIZAÇÃO DA
FUNÇÃO VENTRICULAR E O HOLTER MOSTRA APENAS RITMO SINUSAL.
ESTE RELATO DE CASO ILUSTRA BEM COMO A CAUSA DE UMA IC DE INÍCIO
RECENTE SEMPRE DEVE SER PERSEGUIDA, POIS EM ALGUNS CASOS PODE
HAVER REVERSÃO COMPLETA DA DISFUNÇÃO SISTÓLICA E POSSIBILIDADE DE
CURA DO PACIENTE.
16
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
41504
Ventricularização do átrio esquerdo por implante de prótese acima do anel
mitral após múltiplos procedimentos cirúrgicos
SANDRO GONÇALVES DE LIMA, ANDRÉA BEZERRA DE MELO DA SILVEIRA,
MARIA INES REMIGIO DE AGUIAR E BRIVALDO MARKMAN FILHO
Hospital das Clínicas - Universidade Federal de Pernambuco, Recife , PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A cardiopatia reumática crônica é complicação não supurativa da
faringoamigdalite causada pelo estreptococo beta-hemolítico do grupo A e decorre de
resposta imune tardia em populações geneticamente predispostas. Promove sequelas
crônicas, com alto custo social e econômico e difícil manejo clínico especialmente
em pacientes que evoluem com endocardite infecciosa crônica. RELATO DO CASO:
37 anos, sexo feminino, com diagnóstico de febre reumática aos 13 anos quando
foi submetida à primeira cirurgia de troca valvar mitral por bioprótese. Permaneceu
assintomática por sete anos, quando apresentou disfunção da bioprótese, insuficiência
tricúspide importante, insuficiência aórtica de moderada a importante, hipertensão
arterial pulmonar (HAP), dilatação importante de câmaras direitas, sendo submetida
à re-troca de prótese mitral e troca valva aórtica por valvas metálicas e anuloplastia
tricúspide (de Vega). Após um ano e meio da segunda cirurgia evoluiu com insuficiência
cardíaca classe III/IV, disfunção de prótese mitral, HAP importante, fração de ejeção do
ventrículo esquerdo em 60% e fístula aorto-átrio esquerdo, sendo submetida à terceira
cirurgia cardíaca para correção da fistula. Aos 24 anos, foi submetida à quarta cirurgia
para correção de deiscência do anel mitral, sem troca valvar. Após três anos apresentou
dor precordial, dispnéia aos pequenos esforços, dispneia paroxística noturna, ortopneia
e edema de membros inferiores. Ecocardiograma mostrou disfunção de prótese mitral
e novo refluxo periprotético, sendo submetida à quinta cirurgia cardíaca para retroca
da prótese com implante acima do anel mitral, provocando “ventricularização” de
parte do átrio esquerdo. A cultura de material da prótese metálica substituída, revelou
crescimento de Staphylococcus Haemolyticus, confirmando endocardite crônica.
Evolui grave no pós-operatório, apresentando dispnéia, febre, infecção do trato
respiratório e sangramento vaginal. Tratada da endocardite e do sangramento vaginal
com contraceptivo oral e curetagem uterina. CONCLUSÃO: Relatamos o caso de
paciente submetida a cinco cirurgias cardíacas, com intervalo de tempo médio entre os
procedimentos de 6 anos, com “ventricularização” do átrio esquerdo na última cirurgia
cardíaca realizada. A cardiopatia reumática é doença de elevado custo social por
acometer predominantemente indivíduos em faixa etária produtiva e por necessitar,
por vezes, de múltiplas intervenções cirúrgicas, como no caso acima relatado.
TEMAS LIVRES - 14/08/2015
APRESENTAÇÃO PÔSTERES
39712
Resumos Temas Livres
40800
Tromboembolismo pulmonar: o desafio diagnóstico e terapeutico. Relato de
Caso
Tendência da mortalidade por Infarto Agudo do Miocárdio: uma análise
comparativa de Pernambuco com o Nordeste e o Brasil, no período de 2003 a 2012
NICEAS ALVES FERREIRA NETO, JOSE GILDO DE MOURA MONTEIRO JUNIOR,
CLODOVAL DE BARROS PEREIRA JÚNIOR E CLENIO ANDRE PEREIRA
MODESTO JAQUES
LEONCIO BEM SIDRIM, WAGNER DE AZEVEDO HERCULANO, JOSENILSON
ANTONIO DA SILVA, ANA CLARA CARVALHO DE OLIVEIRA, REGIA MARIA BATISTA
LEITE, FRANCISCA AGLAIZA ROMAO SEDRIM GONCALVES E CYNARA KAROLINA
RODRIGUES DA CRUZ
Procape, Recife, PE, BRASIL.
Universidade de Pernambuco - Campus Garanhuns, Garanhuns, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: O tromboembolismo venoso (TEV) compreende a trombose venosa
profunda (TVP) e embolismo pulmonar (EP). É a terceira causa mais frequente
de doença cardiovascular. OBJETIVO: Relato de experiência do Pronto Socorro
Cardiológico do Pernambuco (PROCAPE) de um caso de EP em paciente jovem com
sucesso diagnóstico e terapêutico. RELATO DE CASO: B.V.S.S.S., 18 anos, estudante.
Encaminhado por quadro de dispneia progressiva até repouso, tosse seca, às vezes
com hemoptóicos, dor torácica tipo pleurítica há 15 dias e febre no início do quadro.
Estava em tratamento para pneumonia. Negava comorbidades, uso de drogas, trauma
recente, cirurgia e/ou viagens prolongadas. História de exposição à veneno inseticida
(Barrage) dois dias antes do início do quadro. Ao exame físico, consciente, normotenso,
taquidispnéico e taquicardico, estável hemodinamicamente. Eletrocardiograma com
alteração da repolarização ventricular DIII e AVF. Radiografia de tórax com aumento da
área cardíaca e áreas de oligemia. Realizado ecocardiograma transtorácico (ECOTT)
à beira do leito que evidenciou câmaras cardíacas aumentada à direita e hipertensão
pulmonar moderada. Iniciado anticoagulação plena e solicitado tomografia de tórax
com contraste que demonstrou presença de falha de enchimento na artéria pulmonar
direita . Assim como obliteração completa da artéria pulmonar esquerda. Acionado
a equipe da hemodinâmica do serviço e da cirurgia cardiovascular que submeteu o
paciente à arteriografia pulmonar seguido de fibrinólise química (100mg Actlyse) mais
trombectomia mecânica com cavografia inferior e implante de filtro de veia cava inferior.
Admitido na Unidade Coronária com bom padrão ventilatório, com suporte de venturi,
estável hemodinamicamente. Realizado ECOTT, três dias após o procedimento, com
câmaras cardíacas com dimensões normais, função sistólica do ventrículo direito
normal. Evoluindo com melhora clínica, sem instabilidade hemodinâmica, recebendo
alta para enfermaria no quarto dia após o procedimento invasivo. CONCLUSÃO: O EP
se configura num desafio diagnóstico e terapêutico para o médico-emergencista, tanto
pelo espectro da sintomatologia, quanto pela avalição da probabilidade clínica e pela
definição terapêutica. Sendo essencial a disponibilidade de exames complementares
e de uma equipe médica qualificada para tratar com rapidez os casos selecionados,
principalmente, em se tratando de paciente jovem com boa reserva cardiovascular.
41040
Avaliação tardia de mortalidade em pacientes com infarto agudo do miocárdio com
supra ST (IAM c/ST) sem fatores de risco clássicos para aterosclerose (Série de
casos)
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV), principalmente o Infarto Agudo do
Miocárdio (IAM), têm alta morbimortalidade no Brasil, sendo a primeira causa de morte
proporcional no país desde a década de 1960. O conhecimento das tendências de
mortalidade é necessário para o planejamento de estratégias de prevenção. Objetivo:
Analisar a tendência de mortalidade por IAM em Pernambuco (PE) frente ao cenário do
Nordeste (NE) e do Brasil (BR), no período de 2003 a 2012. Método: Trata-se de um
estudo ecológico de séries temporais entre 2003 e 2012, para PE, o NE e o BR. Os
dados de mortalidade foram obtidos através do Sistema de Informação de Mortalidade
do Ministério da Saúde (SIM/DATASUS) e os dados populacionais, através do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a extração dos dados considerou-se
a causa CID BR-10 com código 068.1, equivalente ao código I-21 da CID-10. As faixas
etárias analisadas foram: 20 a 49 anos, 50 a 59 anos, 60 a 69 anos, 70 a 79 anos e 80
anos ou mais. Também foi calculada a taxa de mortalidade por IAM de acordo com o
sexo em PE. Para análise estatística utilizamos dois testes: equação de regressão linear
simples e teste da correlação. Resultados: Verificou-se que a estimativa do aumento
médio da taxa de mortalidade por IAM é crescente em todas as áreas geográficas
analisadas e houve correlação positiva tanto para PE, quanto para o NE e o BR (p <
0,001). A variação proporcional em PE foi de 24%, frente ao NE, com 50% e o Brasil, com
9%. No entanto, durante todo o período, PE permaneceu com as maiores taxas, ficando
com uma média de 90,1 mortes por 100.000 habitantes. O NE e o BR ficaram com 57,2 e
61,2, respectivamente. A estimativa de aumento médio na taxa de mortalidade observada
(por IAM) a cada ano foi de 2,5% (IC95%: 0,50-4,50) em PE; 4,7% (IC95%:0,73-6,95)
no NE e 1,04% (IC95%: -0,89-3,69) no BR. Em PE, a razão entre a taxa de óbito do
sexo masculino e do sexo feminino foi 1,32. Conclusão: PE apresentou uma taxa de
mortalidade por IAM acima das médias do NE e do BR em toda a série histórica. Houve
uma tendência de ascensão nas três áreas geográficas. De acordo com a faixa etária, as
taxas crescem tanto em PE quanto no NE e BR, observando que as maiores taxas estão
concentradas nas faixas de maior idade.
Palavras-chave: Infarto do miocárdio/mortalidade, epidemiologia, mortalidade/tendências.
41044
Ciclofaixa da Cidade do Recife: Atletas de fins de semana e Risco
Cardiovascular
SARAH C LIMA, ACÁCIA M S SHIRAKAWA, THIARA C D V AMORIM, FELIPE J A
FALCÃO, FABIANO L CANTARELLI, JOSEFA M S SILVA, ALINE H BAIAO, RODRIGO C
ALVES, MANUELA N MOREIRA, FLAVIO B. MOTA E FLAVIO R A OLIVEIRA
SANDRO GONÇALVES DE LIMA, BEATRIZ AFONSO FERREIRA COELHO SILTON,
DANIELLA GONÇALVES DE ARAÚJO, ESTEVÃO MICHEL SANTANA DE LUNA,
INGRID KELLY DE LIMA CAVALCANTI, VERÔNICA VANESSA DO NASCIMENTO E
ATALINE BARBOSA DE LIMA
Universidade de Pernambuco, Garanhuns, PE, BRASIL - Hospital Dom Helder Câmara,
Cabo de Santo Agostinho, PE, BRASIL - Hospital Pelópidas Silveira, Recife, PE, BRASIL.
Centro Universitário Maurício de Nassau - UNINASSAU, Recife , PE, BRASIL
Introdução: O IAM c/ST é caracterizado pela interrupção abrupta do fluxo coronário
devido a ruptura de uma placa aterosclerótica e posterior formação de trombo oclusivo.
Fatores como idade, sexo, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, obesidade,
diabetes mellitus, tabagismo e insuficiência renal crônica são conhecidos como risco de
desenvolvimento para aterosclerose. Entretanto, pacientes (pcts) sem a presença desses
fatores também podem evoluir com IAM c/ST. Objetivos: Identificar a frequência de pcts
sem fatores de risco clássicos admitidos com IAM c/ST. Avaliar a mortalidade tardia nessa
população. Métodos: No período entre Junho de 2010 e Janeiro de 2015, 1054 pcts
foram submetidos a angioplastia primária em dois centros de referência em cardiologia
na região metropolitana de Recife. Foram identificados 38 pcts sem fatores de risco para
aterosclerose e realizado contato telefônico para avaliar a mortalidade. Foi perdido o
seguimento de 9 pcts. Resultados: A frequência de pcts sem fatores de risco clássicos foi
de 3,6%. A tabela 1 descreve as características dos pcts com seguimento. Disscusão: Na
prevenção primária, a estratificação do risco cardíaco é baseada na identificação de fatores
usuais relacionados ao desenvolvimento da aterosclerose. Entretanto, nos últimos anos,
fatores emergentes como homocisteína, pentraxina 3, proteína amiloide A e lipoproteína
A estão sendo relacionados a eventos cardíacos. A frequência encontrada de 3,6%
é menor do que a relatada na literatura (8-15%). Isso talvez se deva ao fato de não ter
sido realizada uma busca ativa dos fatores de risco. A mortalidade desses pcts parece ser
semelhante a da nossa população geral (mortalidade intra-hospitalar de cerca de 10%).
Conclusão: A frequência de pcts infartados com SCA c/ST sem fatores de risco clássicos
para aterosclerose foi pequena em nossa população. Entretanto, a mortalidade parece ser
semelhante a da população geral.
Tabela 1. Características dos pacientes com IAM c/ST sem fatores de risco para
arteriosclerose (29pct).
Média de idade
64,53+16,78 anos
Infarto anterio r
51,72% (15)
Killip I/II
93,10% (27)
Tempo dor-balão
431,88+199,10
Sucesso no procedimento 82,75% (24)
Acompanhamento
1,64+1,2 anos
Óbito
17,2% (5)
INTRODUÇÃO: Os “atletas de fins de semana” apresentam risco elevado de
problemas ligados ao excesso de carga, secundária a intensidade de treinamento;
lesões mais sérias do aparelho locomotor e eventos cardiovasculares durante ou
após os exercícios. OBJETIVOS: Avaliar a frequência da prática regular de atividade
física, da avaliação médica pré-exercício e o perfil de risco cardiovascular entre os
usuários da ciclofaixa da Cidade do Recife. MÉTODO: Trata-se de um estudo de
corte transversal. Foram entrevistados 444 indivíduos, de ambos os sexos, que
estavam praticando ciclismo na ciclofaixa da cidade do Recife no dia 19/04/15,
entre 8 h e 12 h. Um questionário estruturado foi utilizado com o objetivo de avaliar
o risco cardiovascular e a frequência da prática de atividade física. As variáveis
avaliadas foram: sexo; idade; IMC; Hipertensão Arterial Sistêmica; Diabetes Mellitus;
Dislipidemia; tabagismo; ingestão de bebidas alcoólicas; frequência semanal da
prática de atividades físicas; realização de avaliação médica pré-exercício e tempo
desde a realização do ultimo teste ergométrico. Os dados foram sumarizados de
forma descritiva através de média para as variáveis contínuas e frequência relativa
para as variáveis categóricas. RESULTADOS: As mulheres constituíram a maioria
(64,2%) da população estudada, cuja idade média foi 42,7 anos e o IMC médio foi
32,7 Kg/m2. Quanto ao perfil de risco cardiovascular, 17,3% eram hipertensos, 3,2%
eram diabéticos, 14,2% eram portadores de hipercolesterolemia, 5% eram tabagistas,
61% consumiam bebidas alcoólicas e 16,4% eram sedentários. Embora 369 (83,1%)
indivíduos tenham respondido que praticavam atividade física regular, 218 (59,1%)
o faziam com uma frequência semanal ≤ 3 vezes por semana (16% se exercitavam
apenas uma vez por semana). Aproximadamente metade da população estudada (242
- 54,5%) havia se submetido à avaliação médica antes de iniciar atividade física e
apenas 37 (15,3%) questionaram seu médico especificamente acerca da liberação
para pedalar. CONCLUSÕES: Cerca de 1/3 da população estudada é sedentária ou
pratica atividade física apenas uma vez por semana. Aproximadamente metade dos
entrevistados não se submeteram a avaliação médica pré-exercício. Os fatores de risco
cardiovascular mais prevalentes foram: HAS, sobrepeso / obesidade e dislipidemia.
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
17
Resumos Temas Livres
41074
Danos causados por uma dieta hiperlipídica com adição de sal
Correlação entre os valores de augmentation index versus peso
THAYSA DAYSE ALVES E SILVA, SARAH MARIA COELHO DA PAZ DE LIMA,
MAYSA TAVARES DE ALENCAR, DANIEL DE MELO CARVALHO, MILTON VIEIRA
COSTA E ALISSANDRA DE OLIVEIRA LIMA
ANIE DEOMAR DALBONI FRANÇA, DANIELLE ALMEIDA MAGALHÃES,
LEANDRO CASTELO ALVES, MARCO ANTONIO MOTA GOMES, ANNELISE
COSTA MACHADO GOMES, AMANDA CARLA PONTES BEZERRA, RAFAELLA
CAVALCANTE MEDEIROS SOUSA, JAMYLLE DOS SANTOS RAMOS E JULIANE
EMANUELLE SILVA
Centro Universitário Cesmac , Maceió, AL, BRASIL.
Introdução: A hipertensão arterial pode ser causada por fatores genéticos e
ambientais (inclusive a dieta rica em sódio). Também tem sido verificada uma
forte correlação entre consumo exagerado de ácidos graxos saturados e doenças
cardiovasculares, hiperglicemia e dislipidemia. As diversas comorbidades induzidas
pela síndrome metabólica podem ser minimizadas por substâncias endógenas como
o peptídeo natriurético atrial (ANP). Foram verificadas as alterações metabólicas e
cardíacas causadas por uma dieta hiperlipídica rica em sal, discriminando quais
são as modificações decorrentes do sal ou da gordura, bem como avaliar se o ANP
tem um efeito homeostático na comparação em cada uma dessas dietas. Métodos:
Foram usados 48 camundongos C57Bl/6, machos, com dois meses de idade e
separados aleatoriamente em quatro grupos (com n = 12, cada), conforme a dieta
ofertada: ração padrão para roedores (Grupo P); dieta hiperlipídica, com 60% de
gordura (Grupo HL); dieta hipersódica, com adição de 7% de sal (Grupo HS); e
dieta hiperlipídica e hipersódica (Grupo HL-HS). O experimento teve duração de 9
semanas. Semanalmente, foram aferidas pressão arterial por pletismografia de
artéria da cauda e massa corporal. No final do experimento, foi realizado teste oral de
tolerância à glicose. Na eutanásia, o sangue foi coletado para mensuração do perfil
lipídico (exames séricos), de insulina (ELISA) e ANP (radioimunoensaio). O ventrículo
esquerdo e átrio direito foram analisados por microscopia de luz e eletrônica de
transmissão. Resultados: Os grupos HL e HL-HS apresentaram um ganho de massa
corporal três vezes maior que os seus respectivos controles (P e HS). Foi observado
aumento dos níveis de colesterol (cerca de 25%) e triglicerídeos (mais de 30%) nos
grupos HL e HL-HS em comparação aos grupos P e HS; o teste oral de tolerância à
glicose indicou intolerância nos grupos alimentados com dieta hiperlipídica; a pressão
arterial foi 40% maior nos grupos com dieta hipersódica (HS e HL-HS); houve leve
hipertrofia cardíaca no grupo HL e pronunciada, nos grupos HS e HL-HS; a ingestão
de sal aumentou os níveis séricos de ANP nos grupos HS e HL-HS. Conclusão: A
associação de dieta hipersódica e hiperlipídica pode induzir a hipertensão arterial e
alterações estruturais dos cardiomiócitos, aumentar a produção de ANP, alterar o perfil
lipídico e o metabolismo de carboidratos, havendo um aumento compensatório do ANP
para manter a hipertensão em níveis compatíveis com a vida.
Centro Universitário Cesmac, Maceió, AL, BRASIL - Hospital do coração de AlagoasHcor, Maceió, AL, BRASIL.
41079
41083
Consumo de bebida alcoólica entre alunos da área de saúde de um centro
universitário pernambucano
BRUNO COSTA CARVALHO, AIRTON LUIZ TENÓRIO JÚNIOR – 077.385.494, EZIR
ARAUJO LIMA NETO, SOFIA REIS DA COSTA, TATIANA BEZERRA REGUEIRA,
VIRGILIO HUGO DO NASCIMENTO COSTA, JULIANA COELHO XAVIER E
SANDRO GONÇALVES DE LIMA
Centro Universitário Maurício de Nassau, Recife, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A população universitária apresenta padrões típicos de uso de álcool
e fatores de risco, relacionados ao consumo de risco, que diferem da população
em geral. Tendo em vista o número de usuários existentes; seu impacto sobre os
indivíduos, instituições e sociedade; as conseqüências adversas e sendo também um
tema de relevante preocupação mundial.
OBJETIVOS:Identificar a prevalência de consumo de álcool e sua associação com
variáveis sociodemográficos entre estudantes universitários da área de saúde.
MÉTODO: Estudo de corte transversal. Utilizou-se uma amostra por conveniência
constituída por 474 estudantes, de ambos os sexos, a coleta de dados foi realizada
através da aplicação do AUDIT – Teste para Identificação de Problemas Relacionados
ao Uso do Álcool que foi desenvolvido para avaliar o risco e o abuso do consumo de
álcool, e principalmente, para auxiliar as práticas terapêuticas. Estruturado em dez
questões sobre o recente consumo do álcool, sintomas de dependência e problemas
relacionados (OMS); foram inseridos campos para que os participantes colocassem
sua idade, gênero e o semestre letivo que cursa na IES. Foram obtidas estatísticas
descritivas das variáveis com medidas frequências absolutas e percentuais.
RESULTADOS: A idade teve média de 23,45, a maioria do sexo feminino 74,9%;
solteira 83,8%; sem filhos 86,5% e não trabalhava 64,1%. O maior percentual 45,4%
correspondeu aos que afirmaram nunca consumir bebidas que contém álcool, seguido
de 26,4% que consumiam uma vez por mês ou menos e de 23,2% que consumia 2 a 4
vezes no mês; 80,0% foi classificada pelo AUDIT com baixo risco e o segundo maior
percentual 17,1% correspondeu ao grupo que faz uso de risco e o restante, 1.9% foi
classificado com uso nocivo e, 1% provável dependência. Os maiores percentuais
com baixo risco.
CONCLUSÕES: A prevalência de alunos da área de saúde que consomem bebidas
alcoólicas mostrou-se significante. Os alunos do curso de Medicina foram classificados
como os de ‘’maiores riscos’’ quanto ao uso abusivo de álcool, e aqueles que fazem
uso de álcool possuem mais chances de se envolverem em episódios de violência.
18
41077
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
INTRODUÇÃO: O Augmentation Index (AI) corrigido é um marcador já bastante
estudado em populações de indivíduos normais e com enfermidades cardiovasculares
expressando aumento da rigidez arterial. A rigidez arterial já foi categoricamente
correlacionada com a idade e a pressão sanguínea, e recentemente, tem sido
demonstrado que indivíduos com obesidade são mais susceptíveis a ter um aumento
da rigidez arterial, independente dos níveis pressóricos arteriais, etnia e idade. Dessa
forma, este estudo tem como objetivo estudar a correlação entre os valores AI versus
peso. MÉTODO: Estudo observacional e transversal, onde foram correlacionados
valores de AI e peso numa amostra de 677 indivíduos, de ambos os sexos. Os pacientes
incluídos no estudo foram submetidos à tonometria de aplanação, realizada por
equipamento validado (FDA HEM9000-AI – OMRON). Para a realização das análises
estatísticas, utilizou-se o software SPSS 15.0. As variáveis estão apresentadas como
média e desvio-padrão. Para verificar a correlação entre variáveis foi utilizado o
coeficiente de correlação de Pearson. A comparação entre médias se deu pelo teste
U de Mann-Whitney, visto que as variáveis se apresentaram heterocedásticas pelo
teste de Levene. Adotou-se um valor de alfa igual à 5%. RESULTADOS: A amostra
foi composta por 677 pacientes, sendo destes 54,51% (n=369) do sexo feminino e
45,49% (n=308) do sexo masculino, com média de idade de 44,18 ± 14,01 anos. A
análise dos resultados identificou que a média do AI foi 76,63 ± 17,03% e do peso
76,84 ± 16,8. Verificou-se uma correlação negativa e significativa com peso (r = -0,25;
p < 0,001). CONCLUSÃO: Houve correlação negativa fraca do AI com o peso. Esses
são os primeiros dados nacionais utilizando essa metodologia.
Correlação entre os valores de augmentation index versus idade
DANIELLE ALMEIDA MAGALHÃES, MARCO ANTONIO MOTA GOMES, ANNELISE
COSTA MACHADO GOMES, ANIE DEOMAR DALBONI FRANÇA, LEANDRO
CASTELO ALVES, AMANDA CARLA PONTES BEZERRA, JAMYLLE DOS SANTOS
RAMOS, RAFAELLA CAVALCANTE MEDEIROS SOUSA E JULIANE EMANUELLE
SILVA
Centro Universitário Cesmac, Maceió, AL, BRASIL - Hospital do coração de AlagoasHcor, Maceió, AL, BRASIL.
INTRODUÇÃO: O Augmentation Index (AI) é um marcador já bastante estudado em
populações de indivíduos normais e com enfermidades cardiovasculares expressando
aumento da rigidez arterial. A rigidez arterial já foi categoricamente correlacionada com
a idade e a pressão sanguínea. Sabe-se que o enrijecimento arterial está fortemente
relacionado com a idade biológica dos indivíduos. Portanto, o objetivo deste trabalho é
estudar a correlação entre os valores AI versus idade. MÉTODO: Estudo observacional
e transversal, onde foram correlacionados valores de AI e idade numa amostra de 677
indivíduos, de ambos os sexos. Os pacientes incluídos no estudo foram submetidos
à tonômetria de aplanação, realizada por equipamento validado (FDA HEM9000-AI
– OMRON). Para a realização das análises estatísticas, utilizou-se o software SPSS
15.0. As variáveis estão apresentadas como média e desvio-padrão. Para verificar
a correlação entre variáveis foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson. A
comparação entre médias se deu pelo teste U de Mann-Whitney, visto que as variáveis
se apresentaram heterocedásticas pelo teste de Levene. Adotou-se um valor de alfa
igual à 5%. RESULTADOS: A amostra foi composta por 677 pacientes, sendo destes
54,51% (n=369) do sexo feminino e 45,49% (n=308) do sexo masculino, com média de
idade de 44,18 ± 14,01 anos. A análise dos resultados identificou que a média do AI foi
76,63 ± 17,03%. Verificou-se uma correlação positiva e significativa entre AI e idade (r
= 0,49; p < 0,001). CONCLUSÃO: houve correlação positiva forte do AI com a idade.
Esses são os primeiros dados nacionais utilizando essa metodologia.
Resumos Temas Livres
41084
Correlação entre os valores de augmentation index versus altura
JULIANE EMANUELLE SILVA, MARCO ANTONIO MOTA GOMES, ANNELISE
COSTA MACHADO GOMES, DANIELLE ALMEIDA MAGALHÃES, LEANDRO
CASTELO ALVES, ANIE DEOMAR DALBONI FRANÇA, JAMYLLE DOS SANTOS
RAMOS, RAFAELLA CAVALCANTE MEDEIROS SOUSA E AMANDA CARLA
PONTES BEZERRA
Centro Universitário Cesmac, Maceió, AL, BRASIL - Hospital do coração de AlagoasHcor, Maceió, AL, BRASIL.
INTRODUÇÃO: O Augmentation Index (AI) corrigido é um marcador já bastante
estudado em populações de indivíduos normais e com enfermidades cardiovasculares
expressando aumento da rigidez arterial. A rigidez arterial já foi categoricamente
correlacionada com a idade e a pressão sanguínea, e recentemente, tem sido
demonstrado que indivíduos com obesidade são mais susceptíveis a ter um aumento
da rigidez arterial, independente dos níveis pressóricos arteriais, etnia e idade.
Estudos correlacionando essa variável com altura ainda são escassos. Portanto, o
objetivo deste trabalho é estudar a correlação entre os valores AI versus altura.
MÉTODO: Estudo observacional e transversal, onde foram correlacionados valores
de AI e altura numa amostra de 677 indivíduos, de ambos os sexos. Os pacientes
incluídos no estudo foram submetidos à tonômetria de aplanação, realizada por
equipamento validado (FDA HEM9000-AI – OMRON). Para a realização das análises
estatísticas, utilizou-se o software SPSS 15.0. As variáveis estão apresentadas como
média e desvio-padrão. Para verificar a correlação entre variáveis foi utilizado o
coeficiente de correlação de Pearson. A comparação entre médias se deu pelo teste
U de Mann-Whitney, visto que as variáveis se apresentaram heterocedásticas pelo
teste de Levene. Adotou-se um valor de alfa igual à 5%. RESULTADOS: A amostra
foi composta por 677 pacientes, sendo destes 54,51% (n=369) do sexo feminino e
45,49% (n=308) do sexo masculino, com média de idade de 44,18 ± 14,01 anos. A
análise dos resultados identificou que a média do AI foi 76,63 ± 17,03% e da altura
165,19 ± 10,3. Verificou-se uma correlação negativa e significativa com altura (r =
-0,52; p < 0,001). CONCLUSÃO: houve correlação negativa forte do AI com a altura.
Esses são os primeiros dados nacionais utilizando essa metodologia.
41091
Análise do estresse oxidativo em ratos hipertensos (modelo L-NAME) tratados com
inibidor de estresse oxidativo (vitamina E)
FLÁVIO AUGUSTO SALES ACIOLI REBÊLO, MILTON VIEIRA COSTA, JORGE JOSE DE
CARVALHO, THIAGO COUTO BEZERRA, DANDARA DIAS GOMES DA CUNHA, LUCAS
FERREIRA DE ALMEIDA TEIXEIRA, THAMIRES COÊLHO FERREIRA, NATHÁLIA
FERNANDA PEREIRA BRAYNER E STEPHANIE BARBOSA MELO
Centro Universitário Cesmac, Maceió, AL, BRASIL.
Introdução: O estresse oxidativo consiste no desequilíbrio entre a geração de compostos
oxidantes e a atuação dos sistemas de defesa antioxidante. As espécies reativas de
oxigênio têm sido associadas à hipertensão arterial (HAS). A HAS é um fator de risco
para as doenças cardiovasculares e está associada à redução do calibre das arteríolas
ou ao aumento do volume circulante. Experimentalmente, tem sido usado um modelo
de hipertensão denominado L-NAME, no qual a HAS é induzida pelo bloqueio do óxido
nítrico. O trabalho propõe analisar se o modelo L-NAME aumenta o estresse oxidativo; se
o tratamento com o antioxidante, vitamina E, é eficiente no combate ao estresse oxidativo
e se o tratamento com a vitamina E diminui a HAS. Métodos: Foram utilizados 40 ratos
machos da linhagem Wistar com 3 meses de idade, pesando 300 - 320 gramas. Os animais
foram separados aleatoriamente em 4 grupos (n = 10, cada); Grupo Controle (C); Grupo
que recebeu vitamina E, acetato de tocoferol, 50mg/kg/dia (C + VE); Grupo que recebeu
L-NAME, 40 mg/Kg/dia (LN) e Grupo que recebeu vitamina E, acetato de tocoferol, 50mg/
kg/dia e L-NAME, 40 mg/Kg/dia (LN + VE). O tratamento teve duração de 5 semanas
consecutivas, ou seja, da 12ª a 17ª semanas de vida. Durante o experimento, foi aferida
semanalmente a pressão arterial por pletismografia da artéria da cauda. Na eutanásia, o
sangue foi coletado por punção direta no ventrículo esquerdo. O plasma foi centrifugado para
análise de ensaio pró-oxidante de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico e atividade
da enzima antioxidante catalase. Resultados: O aumento da pressão arterial foi observado
nos grupos LN, quando comparado com o grupo controle. Os animais que receberam LN
e foram tratados com vitamina E apresentaram uma redução estatisticamente significante
da pressão arterial (quando comparado com o grupo LN), mas o valor pressórico não ficou
igual ao controle, mostrando a eficiência do modelo L-NAME no aumento do estresse
oxidativo e da HAS. A análise do estresse oxidativo constatou a eficiência anti-oxidante
da vitamina E pela normalização dos valores de malondialdeído, agente reativo do ácido
tiobarbitúrico, e da atividade da enzima catalase, que degrada o peróxido de hidrogênio
sem a produção de agentes oxidantes. Conclusões: Os resultados nos sugerem que a
vitamina E atua na diminuição do estresse oxidativo e, como consequência, na redução
parcial da HAS, confirmando a relação entre estresse oxidativo e HAS.
41090
Mecanismo homeostático do peptídeo natriurético atrial para minimizar os
danos de uma dieta hipersódica
VERENA CERQUEIRA PALÁCIO, ANACACIA PESSOA LEITE, JOSE IRINEU
PESSOA NETO, MILTON VIEIRA COSTA, MANOEL MESSIAS LIMA NETO E
DEBORA IRENE BARBOSA
Centro Universitário Cesmac, Maceió, AL, BRASIL.
Introdução. A hipertensão é um importante fator de risco que contribui
consideravelmente para a morbidade e mortalidade em todo o mundo. Essa patologia
tem causa multifatorial, onde os hábitos alimentares são determinantes, sobretudo,
a ingestão excessiva de sal. Tem sido sugerido que a pressão sanguínea de muitos
indivíduos é sensível ao cloreto de sódio, elevando-se a medida que aumenta o
consumo de sódio na dieta. Existem alguns mecanismos homeostáticos que podem
interferir na hipertensão, dentre os quais, o Peptídeo Natriurético Atrial (ANP). Esse
trabalho tem por objetivo analisar o efeito hipotensor do ANP em camundongos
C57BI/6 com dieta hipersódica. Metodologia Foram utilizados 24 camundongos
C57Bl/6 machos com oito semanas de idade divididos em dois grupos (n=12, cada).
Esses dois grupos foram submetidos a dieta experimental por um período de nove
semanas. Grupo padrão, recebeu dieta controle (Grupo P) e grupo hipersódico (Grupo
HS), que recebeu dieta com suplementação de 7% de cloreto de sódio. A pressão
arterial foi aferida semanalmente. Na eutanásia, o sangue foi puncionado para
análise sérica de ANP e o coração foi retirado, pesado e fixado para as técnicas de
microoscopia confocal e eletrônica de transmissão. O ventrículo esquerdo foi fixado
para análise de microoscopia de luz, morfologia e esteriologia. Resultados. Na
comparação entre o grupo hipersódio e o seu respectivo padrão, foi verificado no grupo
com elevada ingestão de sódio: através da microscopia confocal a laser, um aumento
na expressão do ANP. Na microscopia de luz e eletrônica de transmissão demonstrouse um aumento na densidade numérica dos grânulos de ANP. Esses dados foram
corroborados pelos resultados da análise sérica. Além disso, a pressão arterial foi
40% maior no grupo da dieta hipersódica. Houve aumento de 93% da espessura do
ventrículo esquerdo, comparado ao grupo padrão. Conclusão. Os resultados sugerem
que a dieta hipersódica pode induzir aumento da pressão arterial sistêmica e alteração
estrutural dos cardiomiócitos. O aumento da produção de ANP indica um mecanismo
compensatório desse hormônio, a fim de manter a hipertensão em níveis compatíveis
com a vida.
41099
Endocardite aguda fulminante por Sthaphylococcus aureos em paciente sem
doença cardíaca estrutural consequente de infecção da via aérea respiratória
alta
CYNARA KAROLINA RODRIGUES DA CRUZ, MARCELA ALENCAR GRANJA
MUNIZ, WAGNER DE AZEVEDO HERCULANO E LEONCIO BEM SIDRIM
Universidade de Pernambuco, Garanhuns, PE, BRASIL.
INTRODUÇAO:Endocardite infecciosa (EI) é uma infecção do endotélio do coração.
Sua incidência é 1,7 a 6,2 por 100.000 pessoas/anos, acometendo mais o sexo
masculino. As valvas cardíacas previamente portadoras de alterações são as
estruturas mais afetadas. Várias espécies de bactérias, fungos, micobacterias,
causam EI, na maioria das vezes por estreptococos, estafilococos, enterococos e
alguns cocobacilos Gram-negativos. Há dois subtipos: EI aguda e EI subaguda, sendo
a primeira tipicamente causada pelo Staphylococcus aureus (S.aureus). Apesar do
endotélio valvar normal ser naturalmente resistente à colonização, o S.aureus pode
infectar pacientes sem valvopatias preexistentes. Um dos critérios diagnósticos é o
ecocardiograma transtorácico (ETT).RELATO DO CASO:M.L.M., 16 anos, feminina
entrou no serviço com tosse produtiva, associada a febre alta (39 ⁰C) e calafrios,
artralgia, dispneia há 1 semana. Ao exame físico: sopro sistólico em foco mitral
irradiando para o dorso, presumidamente novo, murmúrios vesiculares presentes
com creptos bibasais, e edema de membros inferiores (2+/4+). Negou doença
valvar e outras comorbidades. Ao realizar ECO TT, evidenciou imagem sugestiva de
vegetação em valva aórtica, insuficiência mitral e aórtica. Coletou-se três pares de
hemoculturas em sítios distintos, e iniciou-se antibioticoterapia: penicilina cristalina,
gentamicina e oxacilina. Aos exames laboratoriais: leucocitose (15000/mm³) e
marcadores inflamatórios elevados (VHS de 110 mm/h e PCR de 120 mg/dl). No
terceiro dia de internamento a paciente rebaixou, alterando o nível de consciência
(letargia), instável hemodinamicamente, hipotensa, insuficiência respiratória aguda, e
sinais de má perfusão periférica (hiperlactinemia na gasometria arterial). Realizou-se
intubação orotraqueal e iniciou-se drogas vasoativas: dobutamina e noradrenalina. A
doente evolui com parada cardiorrespiratória, por AESP (atividade elétrica sem pulso),
indo a óbito. Nas hemoculturas cresceram cepas de S.aureus resistentes à oxacilina,
sendo rodado o esquema antimicrobiano para vancomicina ainda no terceiro dia de
hospitalização. CONCLUSÃO:O presente caso relata um caso EI aguda gravíssima
pelo S.aureus, em uma jovem previamente hígida, sem lesões estruturais cardíacas
ou história de uso de drogas injetáveis. O foco foi uma infecção do trato respiratório,
inicialmente inocente, porém com desfecho dramático. Temos uma evolução incomum
para uma doente sem comorbidades associadas
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
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Resumos Temas Livres
41104
Prevalência de disfunção erétil e fatores de risco nos pacientes com doença
arterial coronariana submetidos a cateterismo cardíaco
Relação entre o número de lesões coronarianas e o grau de disfunção erétil nos
pacientes submetidos a cateterismo cardíaco
ANDRE RICARDO DOS SANTOS TABOSA, E DINALDO CAVALCANTI DE
OLIVEIRA
ANDRE RICARDO DOS SANTOS TABOSA, E DINALDO CAVALCANTI DE
OLIVEIRA
Hospital Santa Efigenia, Caruaru, PE, BRASIL.
Hospital Santa Efigenia, Caruaru, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A disfunção erétil (DE) é uma doença de etiologia predominantemente
vascular que tem uma relação próxima com a Doença Arterial Coronariana (DAC). Sua
prevalência no Brasil varia de 31,9 a 53,9%. Descreveremos a prevalência da disfunção
erétil e a existência ou não de diferenças nas variáveis clínicas entre aqueles pacientes
com e sem esta disfunção, submetidos a cateterismo cardíaco em um hospital de
Pernambuco. MÉTODOS: Este é um estudo transversal onde foram recrutados 77
pacientes do sexo masculino admitidos no setor de hemodinâmica de um hospital de
Pernambuco. Os pacientes deveriam ter tido atividade sexual nas últimas 4 semanas
e foram submetidos a entrevistas com uso do questionário de disfunção erétil (IIEF5) e de uma ficha clínica padrão.Foram realizadas análises estatísticas descritivas
da frequência de todas as variáveis clínicas e sociodemográficas e das prevalências
de DE. Para isto, utilizou-se o teste t de Student (variáveis contínuas) e o teste de
qui quadrado (variáveis categóricas). RESULTADOS: Houve uma prevalência de
65,5% de disfunção erétil em pacientes com DAC. As prevalências, quanto ao grau
de DE, para o grupo de pacientes com DAC e sem DAC, foram as seguintes: leve:
36,2 e 31,5%, leve a moderada: 17,2 e 21,0%, moderada: 12,0 e 15,7%. Não houve
pacientes com disfunção severa em nenhum dos grupos. Quanto à idade, observouse que os pacientes com DE apresentaram idades levemente maiores do que os
pacientes sem DE, havendo diferença significativa no grupo com DE, com valor de
p<0,05. Com relação às demais variáveis clínicas (estado civil, escolaridade, religião,
renda, IMC, tabagismo, etilismo, HAS, DM, DLP, antecedente de câncer, depressão,
ansiedade, doença tireoidiana ou renal) não existiram influências destas no que se
refere ao paciente ter ou não ter DE. CONCLUSÃO: Neste estudo, assim como em
outros semelhantes,foi observada uma prevalência significativamente superior de DE
nos pacientes com DAC documentada por angiografia.Os fatores de risco tradicionais
(idade, HAS, DM, DLP, obesidade e tabagismo) e as demais variáveis clínicas e
sociodemográficas, porém, não foram implicados na maior prevalência de DE no grupo
de pacientes com DAC. A idade contribuiu de maneira significante para que houvesse
uma maior prevalência de DE naqueles pacientes com DAC, sendo superior à média
da população geral. Porém, talvez em virtude do tamanho limitado da amostra, não
foram observadas associações entre as demais variáveis e a DE.
INTRODUÇÃO: A disfunção erétil (DE) tem como etiologia um processo complexo
envolvendo fatores psicogênicos e biológicos e pode ser considerada uma manifestação
clínica de alterações vasculares, decorrentes da doença cardiovascular generalizada.
Visto que as arteríolas penianas têm uma grande superfície endotelial e que para a
ereção precisam de maior vasodilatação comparada a artérias de outros órgãos, o
mesmo grau de disfunção endotelial seria sintomático para aqueles pequenos vasos,
mas subclínico para os vasos de maior calibre. Desta forma, avaliamos a relação entre
o grau de DE e o número de lesões pela angiografia coronariana de pacientes de
um hospital de Pernambuco. MÉTODOS: Este é um estudo transversal onde foram
recrutados 77 pacientes do sexo masculino. Os pacientes alocados deveriam ter tido
atividade sexual nas últimas 4 semanas e foram submetidos a entrevistas com uso
do questionário de disfunção erétil (IIEF-5) e de uma ficha clínica padrão. A doença
arterial coronariana (DAC) foi definida como estenose de pelo menos 50% em uma das
coronárias principais ou nos seus ramos maiores. Foram coletados os dados clínicos
através de uma ficha clínica padrão. Comparações entre os grupos foram feitas pelo
teste de qui quadrado e teste t de Student, Correlações foram realizadas pelo teste
de Spearman. Um valor de p<0,05 foi considerado como significante. RESULTADOS:
Houve uma prevalência de 65,5% de disfunção erétil em pacientes com DAC. Quanto
à idade, os pacientes com DE eram um pouco mais idosos do que aqueles sem. Não
existiram influências das demais variáveis clínicas no que se refere a ter ou não ter DE.
Houve uma relação significativa (p<0,05), moderada (rho=0,232) e direta (rho positivo)
entre o grau de DE e o número de coronárias lesionadas, de forma que, quanto maior
o número de lesões coronarianas maior é o grau de DE. CONCLUSÃO: No presente
estudo, avaliamos homens com DAC estabelecida e encontramos DE em mais da
metade deles. Quando foram relacionados os números de artérias acometidas com a
DE, foi identificada uma correlação moderada entre estas doenças, assim como, houve
relação direta entre a presença de DAC e o grau de disfunção. Portanto, esta condição
deveria ser considerada outra manifestação de doença aterosclerótica e manejada
apropriadamente. Questionamentos sobre função erétil deveriam fazer parte da
avaliação do risco cardiovascular e todo paciente com DE deveria ter prioridade para
tratamento agressivo dos fatores de risco.
41110
41112
Papel do antioxidante (vitamina c) na modulação da pressão sanguínea em
ratos espontaneamente hipertensos
THALITA FERREIRA TENÓRIO DE ALMEIDA, IGOR DE OLIVEIRA PINTO, JOÃO
COELHO NETO, JOÃO EDUARDO GONDIM MENDES LEITE, MARIA EDUARDA
LINS CALAZANS, JORGE JOSE DE CARVALHO, MILTON VIEIRA COSTA, ARTHUR
HENRIQUE ARAÚJO VIEIRA DE SOUZA E MATHEUS SIMÕES DE OLIVEIRA
Centro Universitário Cesmac, Maceió, AL, BRASIL.
Introdução: A hipertensão é um importante fator de risco que contribui
consideravelmente para morbidade e mortalidade por acidente vascular cerebral,
insuficiência cardíaca, doença coronariana e insuficiência renal. Os ratos
espontaneamente hipertensos (SHR) são um modelo genético de hipertensão que
se assemelha a hipertensão essencial em humanos. Está bem estabelecido que
este modelo animal apresenta estresse oxidativo (EOx) concomitante a hipertensão.
Conceitualmente, o EOx é um desequilíbrio entre as enzimas antioxidantes e os
sistemas pro-oxidantes. Tem sido sugerido um possível envolvimento do ácido
ascórbico com a regulação da pressão arterial, pelo fato deste antioxidante ser um
potente regulador do perfil oxidativo. Este trabalho objetiva verificar a associação
entre estresse oxidativo e hipertensão essencial, assim como avaliar se o uso de
antioxidante (vitamina C) é capaz de influenciar a homeostasia da hipertensão.
Metodologia: Foram utilizados ratos Wistar-Kyoto (WKY) e Ratos Espontaneamente
Hipertensos (SHR), machos, com três meses de idade. Os animais foram divididos
em quatro grupos, com 10 animais cada: grupos sem tratamento (WKY e SHR),
que receberam placebo e grupos SHR e WKY tratados, que receberam Vitamina C
(Ácido Ascórbico, 200 mg/Kg/dia, Sigma-Aldrich Chemical) por sonda orogástrica.
Semanalmente, a pressão arterial e a massa corporal foram verificadas. Após a
eutanásia, o coração foi imediatamente pesado, dissecado, seccionado no septo
atrioventricular. A hipertrofia cardíaca foi investigada pela massa cardíaca corrigida
pelo comprimento da tíbia, a massa do ventrículo esquerdo também foi avaliada, além
da avaliação estereológica.
Resultado: Os animais espontaneamente hipertensos apresentaram pressão arterial
elevada, aumento da hipertrofia cardíaca e do estresse oxidativo. O tratamento com
vitamina C foi efetivo na normalização desses parâmetros.
Conclusão: A hipertensão espontânea está associada ao aumento do estresse
oxidativo e o tratamento com antioxidante é eficiente na normalização da pressão
arterial neste modelo de hipertensão.
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41105
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
Consumo de álcool entre estudantes de medicina: um problema negligenciado
SHARLENE CAVALCANTI MALTA, MAIARA OLIVEIRA DE ASSIS, CAMILA DE
MELO OLIVEIRA, LARISSA SILVA SOARES, SABRINA EMANOELLE CELERINO DA
SILVA, LAURA FERNANDA ALVES MOTA, MONICA RUFINO ALVES MATIAS, JOSE
FERREIRA CHAVES JUNIOR E SANDRO GONÇALVES DE LIMA
Centro Universitário Maurício de Nassau, Recife, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de álcool
no Brasil é superior à média mundial e a sua exposição está diretamente relacionada
com o estresse ocupacional. Particularmente entre os estudantes brasileiros, o
álcool é estimulado pelo convívio e relações psicossociais, proporcionando, assim,
uma alta prevalência do consumo precoce, sendo, portanto, um problema de saúde
pública. OBJETIVO: Analisar a prevalência do consumo alcoólico entre graduandos
de medicina e identificar os fatores associados. METODOLOGIA: Trata-se de um
estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa. A amostra foi constituída
por 282 alunos, obtida de forma aleatória entre acadêmicos de medicina. Para a coleta
de dados aplicou-se um questionário, com o objetivo de avaliar a frequência do uso
do álcool, a quantidade ingerida, as principais razões para o consumo e os fatores
associados ao uso excessivo. Foram incluídos estudantes de ambos os sexos, que
possuíssem idade superior a dezoito anos. Utilizou-se programa Microsoft Excel para
análise dos dados. RESULTADOS: A amostra foi constituída por 51,1% de acadêmicos
do sexo masculino. A porcentagem que declarou consumir bebida alcoólica foi de
74,6% entre as mulheres e 79,9% entre os homens, totalizando uma prevalência de
77,3% nos discentes. No entanto, o perfil de consumo foi diferente entre os sexos.
Dos que ingerem álcool 2 a 4 vezes ao mês, 34% são mulheres e 49,3% são homens.
Também foi observado que 63% das mulheres e 79,9% dos homens faziam uso
antes do ingresso na universidade e desse grupo, 90,8 % das mulheres e 44,3%
dos homens, aumentaram a ingestão depois de iniciar as atividades acadêmicas.
Ao analisar a rotina de estudo, foi constatado que 99,2% das mulheres e 70,8% dos
homens consideram-na estressante. O estresse foi associado ao aumento de consumo
de álcool em 5,79% das mulheres e 32,6% dos homens. Entre os entrevistados, 48,6%
dos homens e 29,71% das mulheres já foram influenciados por amigos para ingerir
bebida alcoólica.CONCLUSÃO: Foi observada uma alta prevalência do consumo
de bebidas alcoólicas entre os alunos de medicina. Esse consumo aumentou após
o ingresso na universidade e guarda relação com a rotina estressante de estudos.
Resumos Temas Livres
41115
41118
Assistência da Fisioterapia em Cardiologia Intensiva: do Killip IV à
independência funcional, um relato de caso.
Caracterização do homem hipertenso assistido na atenção básica de saúde na
cidade de Cajazeiras – PB
TIAGO EUGENIO DUARTE RIBEIRO, LEONIA MOREIRA TRAJANO, SIMONE
MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA E INDIANARA MARIA ARAUJO DO
NASCIMENTO
HIRLA VANESSA SOARES DE ARAJO, CHRISTEFANY REGIA BRAZ COSTA,
GABRIELA FREIRE DE ALMEIDA VITORINO, MARIA MARIANA BARROS MELO DA
SILVEIRA, MAYARA INACIO DE OLIVEIRA, PHELIPE GOMES DE BARROS, REBEKA
MARIA DE OLIVEIRA BELO, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO E SIMONE MARIA
MUNIZ DA SILVA BEZERRA
Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL - Pronto Socorro Cardiólogico de
Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: Mesmo com amplas evidências que demonstram a segurança e
eficácia do início do programa de reabilitação cardíaca nas primeiras 24h após evento
miocárdico isquêmico, inúmeras vezes causas sensíveis afastam estes indivíduos da
assistência fisioterapêutica especializada. Além da severidade clínica, diversos fatores
inerentes ao processo de agravo e hospitalização culminam com a perda rápida e
progressiva da funcionalidade. Sendo assim este relato vem corroborar a necessidade
da assistência fisioterapêutica precoce e contínua na recuperação funcional pósinfarto. RELATO: Paciente R.M.S, 76 anos, sexo feminino, proveniente de RecifePE. Hipertensa e portadora de Doença Arterial Coronariana (DAC) com história
prévia de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) sendo submetida à revascularização
por angioplastia. Foi admitida na emergência do Pronto Socorro Cardiólogico
de Pernambuco (PROCAPE) em 07/04/2015, apresentando quadro clínico de
epigastralgia intensa. No eletrocardiograma evidenciou-se supradesnivelamento de
segmento ST confirmando a hipótese de novo IAM (Killipe II). Ainda nas primeiras
horas evoluiu com piora do quadro clínico, evidenciando choque cardiogênico (Killipe
IV). Encaminhada para a Unidade Coronariana deste hospital em 10/04/15, onde
iniciou o tratamento fisioterapêutico. Devido a severidade clínica e de acordo com a
escala de avaliação de nível funcional (NF) a mesma apresentava um NF = I, ou seja,
total restrição ao leito. O tempo total de internamento na Unidade Coronariana (UCO)
foi de 34 dias, tempo necessário à redução considerável da força muscular e baixa
tolerância ao exercício. A assistência fisioterapêutica compreendeu desde a utilização
de recursos para reexpansão pulmonar, oxigenoterapia, até a deambulação assistida
na unidade de terapia intensiva. RESULTADOS E CONCLUSÃO: Houve redução do
grau de dispneia e melhora da tolerância ao exercício consequentemente com ganhos
na capacidade funcional, evoluindo da total restrição ao leito (NF I) associado a um
complexo quadro clínico (Killip IV) à total independência funcional (NF V). Alcançados
graças a melhora do quadro clínico e empenho da equipe de fisioterapia no seu
processo de recuperação de funcionalidade até a sua alta.
41119
PROCAPE, Recife, PE, BRASIL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE,
Cajazeiras, PB, BRASIL.
Introdução: A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) foi
instituída com o objetivo de promover ações de saúde que colaborem com a participação
do homem nos serviços de saúde. A Hipertensão Arterial é a primeira causa de morte no
Brasil sendo a Doença Cardiovascular que mais acomete a população masculina. Esse
estudo teve como objetivo avaliar a assistência prestada pelas Equipes de Saúde da
Família aos homens hipertensos e identificar seu perfil sóciodemográfico. Metodologia:
Estudo transversal, exploratório, quantitativo, com 167 homens hipertensos cadastrados
e acompanhados em sete unidades básicas de saúde na cidade de Cajazeiras,
PB. Resultados: A idade média foi de 62,27 anos; 80,6% apresentam baixo grau de
escolaridade; 66,6% são aposentados; A renda per capita mensal foi em média de 788,4
reais; 70% são sedentários, 22,2% são tabagistas e 7,8% são etilistas; o Índice de Massa
Corpórea detectou que 41,3% são sobrepeso/obesos; 98,7% realizam a terapêutica
medicamentosa e 1,3% a não medicamentosa. Dentre as atividades desenvolvidas pelos
profissionais de saúde durante o atendimento aos hipertensos, tiveram destaque aferição
da pressão arterial (24,6%), recebimento de medicação (23%) e orientações (21,9%).
Com relação à satisfação dos homens com o serviço/ assistência, 67,5% estão satisfeitos,
31,3% pouco satisfeitos e 1,2% insatisfeitos. Ao expressarem como gostariam que fosse
o seu atendimento, 5,4% responderam mais humanizado, e isso é reforçado quando
33,5% gostariam de receber mais orientações de saúde e 29,3% de ter mais atividades
educativas. Conclusão: A maioria dos homens são idosos, com baixa escolaridade e
com renda mensal em torno de um salário mínimo, características que, associadas,
tornam-se favoráveis ao não-controle da pressão e ao não seguimento do tratamento.
Caracteriza-se também como grupo pouco adepto de hábitos de vida não saudáveis.
Ainda demonstram satisfação com a assistência, mas gostariam que houvesse mais
qualidade. Mesmo com a implantação da PNAISH, percebe-se que há várias lacunas na
assistência. Entende-se que esta política norteia os passos de quem quer prestar uma
assistência de qualidade ao homem a fim de garantir que sua esperança de vida possa
ser igual ao da mulher, mas para que isso ocorra é necessária a tomada de decisão por
parte de todos envolvidos no processo, gestores e profissionais, no sentido de reorganizar
serviços e práticas e incentivar a busca dos homens aos serviços de saúde.
41120
Preditores de risco pré-operatório relacionados à mediastinite após cirurgia
cardíaca: uma revisão integrativa
Atletas amputados transfemorais têm o mesmo comportamento autonômico do
que jovens ativos?
RAFAELLA VIANA TEIXEIRA, DENIZE FERREIRA RIBEIRO, RENATA VILARINDO
SEABRA, NATHÁLIA TORRES COSTA SOUZA, MARCELA PAULINO MOREIRA DA
SILVA, IZA CRISTIANE COSTA PAIVA, HILDA SILVA CARRILHO BARBOSA, KELLY
CRISTINA TORRES LEMES E MILCA VALMERICA CASTRO DE OLIVEIRA
JULIANA MUNIZ SIQUEIRA, BRUNA DA SILVA SOUSA, CAMILA CADENA DE
ALMEIDA, DANIELLA CORREIA ORNELAS, THANYZE ALICE VICENTINI ZOCCOLI
E VERA REGINA FERNANDES DA SILVA MARÃES
Hospital Agamenon Magalhães, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: A mediastinite pós operatória é definida como uma infecção e/ou
inflamação do tecido conjuntivo do mediastino associada à osteomielite do esterno,
com ou sem sua instabilidade. Possui baixa incidência, entre 0,2% e 5% dos pacientes
submetidos a esternotomia mediana; porém, de alta morbimortalidade. Métodos:
Revisão integrativa. Busca realizada nas bases: Biblioteca virtual em saúde (BVS),
Scielo, Medline, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde
(LILACS) e Cochrane. Os descritores controlados identificados no MESH (Medical
Subject Headings) foram: Mediastinitis, Thoracic Surgery, Perioperative Nursing e
utilizados em cruzamentos: Mediastinitis AND Thoracic Surgery AND Perioperative
Nursing; Perioperative Nursing AND Thoracic Surgery; Mediastinitis AND Thoracic
Surgery. Critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra, que abordassem os
preditores de risco pré-operatório relacionados a mediastinite após cirurgia cardíaca e
artigos publicados em português. A busca na literatura realizou-se no mês de março de
2015, resultando numa amostra de 9 artigos. Resultados: A maioria dos artigos foram
publicados no período de 2004 a 2012. Entre os preditores de risco para mediastinite,
temos: obesidade, diabetes, tabagismo, doença pulmonar obstrutiva crônica, cirurgia
cardíaca prévia, o uso de ambas artérias mamárias prévias, procedimento cirúrgico
prolongado, entre outros. Conclusão: Através do estudo concluiu-se que os fatores
pré-operatórios de cirurgia cardíaca possuem grande importância e apresentam um
grande impacto na vida do paciente, na equipe de saúde e nos custos hospitalares.
Universidade de Brasília- UnB, brasília, DF, BRASIL.
Objetivo: Comparar a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em repouso e
durante o exercício em amputados transfemorais adultos e em jovens ativos. Material
e Métodos: Foram estudados 10 amputados e 10 indivíduos amputados não ativos,
que tiveram a VFC capturada e armazenada por um monitor de frequência cardíaca
(POLAR S800), na posição supina por 10 minutos e durante o teste de caminhada de
seis minutos (TC6). O índice RMSSD foi utilizado para a análise no domínio tempo,
indicando uma visão global da função do Sistema Nervoso Autônomo. O componente
baixa frequência (BF), a alta frequência (AF) e a razão BF/AF, foram utilizados para
analisar o domínio da frequência, indicando respectivamente, atividade simpática
e parassimpática e a razão entre elas. Foram utilizados teste de normalidade
de Shapiro-Wilk e o teste não paramétrico de Man-Witnney. Os dados coletados
foram analisados utilizando software Kubios (Kubios HRV 2.1 release). Resultados:
Os dados finais não demonstraram nenhuma diferença estatística significante entre
os grupos (p> 0.005) em qualquer um dos índices analisados durante o TC6 e na
posição supina dos componentes BF, AF e BF/AF, os índices demonstraram uma maior
atividade simpática em amputados. Conclusão: Uma vez que não houve diferença
entre os grupos durante o exercício, a atual prática de atividade física é possível e
mantém o controle autônomo mais próximo ao normal, mesmo quando comparado a
um grupo de jovens saudáveis.
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
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Resumos Temas Livres
41121
41122
Satisfação dos usuários hipertensos com a assistência prestada no programa
HIPERDIA
O controle autonômico de amputados transfemorais se modifica em diferentes
condições de repouso?
HIRLA VANESSA SOARES DE ARAJO, CHRISTEFANY REGIA BRAZ COSTA,
GABRIELA FREIRE DE ALMEIDA VITORINO, MARIA MARIANA BARROS MELO DA
SILVEIRA, MAYARA INACIO DE OLIVEIRA, PHELIPE GOMES DE BARROS, REBEKA
MARIA DE OLIVEIRA BELO, THAISA REMIGIO FIGUEIREDO E SIMONE MARIA
MUNIZ DA SILVA BEZERRA
JULIANA MUNIZ SIQUEIRA, BRUNA DA SILVA SOUSA, CAMILA CADENA DE
ALMEIDA, DANIELLA CORREIA ORNELAS, THANYZE ALICE VICENTINI ZOCCOLI
E VERA REGINA FERNANDES DA SILVA MARÃES
PROCAPE, Recife, PE, BRASIL - Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das
Graças, Recife, PE, BRASIL.
Objetivo: Comparar a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) sob o ponto de vista
não linear de amputados transfemorais nas posições de repouso supino, deitada e
de pé. Material e métodos: Foram estudados 7 voluntários. A VFC foi coletada e
armazenada utilizando um monitor cardíaco (POLAR- S800) em cada posição por
10 minutos. A analise da VFC foi realizada utilizando o programa Kubius (HRV 2.1
release). Os índices SD1 e SD2 foram utilizados como representantes parassimpático
instantâneo e de longo prazo, respectivamente e os índices α1 e α2, indicadores
de normalidade do sistema cardiovascular, também instantâneo e de longo prazo e
ainda o valor da entropia aproximada (ApEn) indicador do nível de desorganização
do sistema. Para a análise estatísta foi utilizado o teste Mann U para variáveis não
paramétricas (SPSS (Statistical Package for Social Sciences, Chicago, IL, USAversão 18). Resultados: A atividade parassimpática foi maior nas posições supina
e sentada quando comparada à de pé, tanto instantaneamente (SD1) quanto a longo
prazo (SD2). Apesar dos ajustes hemodinâmicos serem mais expressivos na posição
de pé, o sistema autônomo cardíaco se apresentou ligeiramente mais variável (α1)
e mais desorganizado (ApEn) na condição de repouso supino em comparação com
a posição de pé. Não houve diferença para o índice α2, onde é possível dizer que
o sistema cardiovascular responde imediatamente (α1) à troca de posicionamento
e retorna a normalidade em seguida. Conclusão: A posição de pé produz diversas
mudanças na regulação autonômica desses indivíduos, tanto a curto e a longo prazo;
e a análise não linear fornece informações importantes em relação às alterações do
sistema autônomo cardíaco de curto e de longo prazo para diagnóstico de possíveis
alterações cardiovasculares.
INTRODUÇÃO: A implementação da Estratégia Saúde da Família, pelo Ministério da
Saúde, é um meio de tentar consolidar os princípios do SUS. O impacto causado pela
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é preocupante, estima-se que ela afete 34% da
população adulta em Recife; destes 25% apresentam alto grau de risco cardiovascular.
Em nível nacional, considera-se que 40% das mortes por acidente vascular cerebral e
25% das mortes por doença arterial coronariana sejam determinadas pela HAS. O estudo
teve como objetivo avaliar o nível de satisfação de usuários do Programa Nacional de
Atenção a Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus (PNAHADM) em uma Unidade de
Saúde da Família em Recife-PE. MÉTODOS: Estudo transversal descritivo exploratório de
abordagem quantitativa, com 90 usuários do programa HIPERDIA da ESF Dr. Luíz Wilson,
Recife/PE. RESULTADOS: A idade foi superior a 65 anos em 63,33%; 70% apresentam
baixo grau de escolaridade; 67,78% tem renda mensal entre 2 e 3 salários mínimos.
A satisfação dos usuários em relação à assistência prestada é construída através de
situações vivenciadas por eles: 91,11% afirmaram que o enfermeiro foi atencioso; 87,78
% sentiu-se seguro durante a consulta; 40% disseram não ter conseguido seguir as
orientações fornecidas. Em relação ao fornecimento de medicações, 27,78% afirmou que
a distribuição não era suficiente. Um dos aspectos abordados para a confirmação da
eficácia do programa foi à percepção do indivíduo quanto à melhora da sua saúde após o
atendimento no HIPERDIA, onde 86,67 % afirmaram que houve uma melhora significativa
em seu quadro clínico. Com relação às dificuldades diante do serviço de saúde: 58% que
disseram enfrentar algum tipo de dificuldade; 19,23% cancelamento de consultas; 11,54%
alegam demora no atendimento e 9,62% precisam faltar trabalho. CONCLUSÃO: A
população predominante é de idosos, com baixa escolaridade e com renda mensal entre
2 e 3 salários, essas características associadas tornam-se não favoráveis ao controle e
seguimento do tratamento da doença. Os principais motivos citados por aqueles que se
julgaram insatisfeitos foram à falta de fornecimento regular da medicação e a dificuldade
em marcar consultas médicas de acompanhamento. Apesar destes resultados, o
PNAHADM satisfaz as expectativas da maioria dos usuários. Mas, faz-se necessário uma
pesquisa de opinião sempre que for pensado em realizar ações e planejamentos a fim de
garantir o sucesso destes.
Universidade de Brasília- UnB, brasília, DF, BRASIL.
41123
Perfil epidemiológico dos óbitos por doenças cardiovasculares em um hospital
de referência de Recife - PE
PERFIL DE MORTALIDADE POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM
MULHERES: UM ESTUDO RETROSPECTIVO
LEANDRO BULHOES DE LEMOS MORAES, MARILIA ROBERTA FREITAS DE
VASCONCELOS, GISELMA LEITE DA SILVA, KELLY CRISTINA TORRES LEMES E
JOSINEIDE PEREIRA DA SILVA
MAYARA INACIO DE OLIVEIRA, HIRLA VANESSA SOARES DE ARAJO, GABRIELA
FREIRE DE ALMEIDA VITORINO, MARIA MARIANA BARROS MELO DA
SILVEIRA, CHRISTEFANY REGIA BRAZ COSTA, REBEKA MARIA DE OLIVEIRA
BELO, PHELIPE GOMES DE BARROS, DANIELLE CRISTINA PIMENTEL
CABRAL, JERSSYCCA PAULA DOS SANTOS NASCIMENTO, THAISA REMIGIO
FIGUEIREDO E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA
Hospital Agamenon Magalhães, Recife, PE, BRASIL.
FUNDAMENTOS: As doenças cardiovasculares são a principais causas de óbito no
Brasil e no mundo, particularmente em virtude do crescimento da população idosa.
Dados da OMS (2012) afirmam que as doenças isquêmicas do coração ocupam o
primeiro lugar como causa de óbito. O estudo tem como objetivo traçar o perfil
epidemiológico das principais causas de óbito por doenças cardiovasculares em um
hospital de referência em cardiologia de Recife - PE. MÉTODOS: Trata-se de um
estudo transversal de prevalência, do tipo descritivo com abordagem quantitativa.
Os dados foram obtidos no sistema DATASUS através do programa TabWin Versão
3.6b, referentes às causas de óbito por doenças cardiovasculares ocorridas durante
o ano de 2014, no Hospital Agamenon Magalhães da cidade de Recife - PE. Utilizouse as variáveis sexo, faixa etária, raça/cor e anos de estudo. As causas encontradas
foram agrupadas conforme sua fisiopatologia em: (A) Doenças Isquêmicas, (B)
Miocardiopatias, (C) Doenças Cerebrovasculares, (D) Valvulopatias, (E) Arritmias,
(F) Complicações Hipertensivas e (G) Outras. Os dados foram armazenados em
planilha eletrônica do Microsoft Excel 2010, e analisados utilizando-se técnicas de
estatística descritiva, com a distribuição de frequências numéricas e percentuais.
RESULTADOS: Foi evidenciado que dos 302 óbitos por doenças cardiovasculares
31,13% foram por infarto agudo do miocardio (IAM), 7% por cardiomiopatia dilatada
e 5,3% tendo a hipertensão essencial como causa. Com relação às variáveis mais
prevalentes, destaca-se o sexo feminino com 51% dos óbitos. O grupo etário mais
afetado foi o de >80 anos com 29,13%, seguido dos >70 anos com 28,14% dos casos.
Prevaleceu a raça amarela com 56,3%, tendo a raça branca 34,8% e a preta 6,3%.
Evidenciou-se 35,1% dos óbitos naqueles com 1 a 3 anos de estudo, obtendo-se uma
quantidade considerável de ignorados 21,9%, e aqueles sem nenhuma instrução
20,8% dos óbitos. CONCLUSÃO: O presente estudo proporciona o delineamento
do perfil epidemiológico dos óbitos por doenças cardiovasculares na instituição,
fornecendo subsídios para a elaboração e aprimoramento de programas voltados para
a prevenção, tratamento e reabilitação em saúde nos diversos níveis de complexidade,
melhorando a qualidade de vida e reduzindo assim as taxas de óbito por tais doenças.
22
41133
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
PROCAPE, RECIFE, PE, BRASIL.
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte
no Brasil. De acordo com os dados do DATASUS sabe-se que 160.288 mulheres
morreram no ano de 2013 com doenças do aparelho circulatório, e dentre essas
35.199 tiveram o Infarto Agudo do Miocardio (IAM) como causa do óbito. Objetivo:
Analisar o perfil de mortalidade de mulheres acometidas por IAM, associando suas
características clínicas, e avaliar a predominância das comorbidades através da
caracterização da população estudada. Método: Estudo retrospectivo, quantitativo
em 50 prontuários de pacientes do sexo feminino que foram à óbito por Infarto Agudo
do Miocárdio, no período de agosto de 2006 até dezembro de 2010. Resultados:
Neste período ocorreram 87 óbitos, e destes 57,5% foram do sexo feminino, sendo
então estudados um total de 50 prontuários. Em relação ao perfil sociodemografico
observou-se que 36% estavam entre 70 a 79 anos, 48% eram viúvas e 26% casadas.
O local de residência mais frequente foi em Recife (76%) e o principal tratamento
de escolha foi a administração de antitrombóticos (34%). Foi realizado a angioplastia
em 20% das mulheres, e 22% foram submetidas a cirurgia de revascularização. Em
relação às complicações apresentadas durante o internamento, o choque cardiogênico
foi a mais frequente ocorrendo em 20% dos casos, seguida da Insuficiência cardíaca
congestiva que ocorreu em 16%. Observamos ainda que um percentual de 31%
apresentou algum tipo de arritmia, o que mostra um alto índice de complicações
elétricas. A mortalidade por IAM com supradesnivelamento do segmento ST em
mulheres hospitalizadas mostrou ter alta incidência. Conclusão: Portanto, a presença
de comorbidades e complicações pós–infarto demonstraram-se foram elevadas. A
escolha do tratamento, as condições socioeconômicas e as comorbidades são fatores
preditivos para o prognostico do paciente. Contribuição de enfermagem: Diante disto,
é relevante a realização deste estudo para esclarecer a mortalidade hospitalar de
mulheres acometidas por infarto agudo do miocárdio, proporcionando contribuição
científica e evidências que colaborem com a iniciativa de prevenção desse agravo.
Resumos Temas Livres
41139
41140
Estado nutricional e atividade inflamatória no pré-operatório de pacientes
cardiopatas: um estudo piloto
Polimorfismo gênico de apo E está relacionado a uma menor sensibilidade à
insulina, hipertrigliceridemia e baixos níveis HDL-colesterol
MARILIA CORREIA CARVALHO NOVAES FERRAZ, KARLA VANESSA GOMES DE
LIMA, LEILA VIRGÍNIA DA SILVA PRADO, MARINA HORTENCIA DA SILVA BARROS
E HALANNA CELINA MAGALHES MELO
LAYSE CIANE S C DE B GALVAO, BIANKA SANTANA DOS SANTOS, ABDIAS
PEREIRA DINIZ NETO, JESSICA JAKELINE BATISTA TAVARES DA SILVA, MATHEUS
RIBEIRO BARROS CORREIA, ELIEZIO DE OLIVEIRA MAIA JUNIOR, TIAGO MOURA
DE FREITAS, EDUARDO FERNANDES DOS SANTOS, JOÃO THIAGO DO AMARAL
NUNES E MATEUS CARNEIRO DA CUNHA COSTA
Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira , Recife, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: Na literatura ainda existe controvérsias da relação entre o estado
nutricional (EN) pré-operatório de pacientes cardiopatas com as complicações pósoperatórias e mortalidade. Também vale ressaltar que as doenças cardiovasculares
são consideradas como um estado inflamatório, e que a obesidade e o estresse
cirúrgico podem contribuir para o aumento da inflamação. Níveis pré-operatórios
elevados de proteína C-reativa (PCR) em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca está
associado com o aumento da morbidade e mortalidade. Portanto objetiva-se avaliar o
EN e a presença de inflamação no pré-operatório de cardiopatas internados em um
hospital do nordeste brasileiro. METODOLOGIA: Estudo descritivo e transversal, com
coleta iniciada em Abril de 2015. A amostra é composta por pacientes com idade ≥
18 anos, de ambos os sexos, internados para realização de cirurgias cardíacas, com
exceção de pacientes com insuficiência cardíaca grau III e IV e com doenças crônicas
graves, que influenciem na atividade inflamatória. As variáveis coletadas foram:
gênero, idade, procedimento cirúrgico, índice de massa corporal (IMC) e parâmetros
séricos de albumina e PCR. Na análise de dados e estatística foram utilizados os
testes de Kolmogorov Sminorv e Qui-Quadrado e o programa foi o Sigma Stat 13.0.
RESULTADOS: A amostra estudada foi de 21 pacientes, sendo a maioria adultos
(52,3%), sexo masculino (57,1%), com média de idade de 59,76 ± 14,47 anos. Quanto
ao procedimento cirúrgico os mais frequentes foram: revascularização do miocárdio
(52,3%); troca de válvula mitral (9,5%) e implante de marcapasso (9,5%). Em relação
ao EN, 9,5% foram diagnosticados pelo IMC como abaixo do peso e 61,9% com
excesso, sendo o valor médio de 26,92 ± 4,46Kg/m². De acordo com as dosagens
de albumina 38% possuíam depleção nutricional. A partir da PCR, 61,9% estavam
inflamados. Na análise de associação, não foram encontrados resultados significativos
entre a classificação do EN pelo IMC com a da albumina (p= 0,678), com cirurgias
(p= 0,136) e PCR (p=0,678). CONCLUSÃO: A amostra analisada na sua maioria
foi composta por paciente com excesso de peso e que possui atividade inflamatória
exacerbada, seja pela obesidade isolada, como também pode ocorrer em associação
com a doença cardiovascular. Não foram encontradas, no momento, associações
significativas entre EN, cirurgia realizada e inflamação, no entanto acredita-se que
possa ser evidenciada alguma relação com o aumento do número da amostra.
41150
Universidade Federal de Pernambuco , Caruaru, PE, BRASIL.
Introdução: O metabolismo lipídico pode ser influenciado pela apolipoproteína E
(ApoE), assim, refletindo nas variações de níveis plasmáticos dos lipídios. ApoE provém
comumente de três alelos (e2,e3,e4), que resultam em seis genótipos (E2/2,E2/3,E2/4,E3
/3,E3/4,E4/4), sendo o E3/3 o tipo selvagem. Porém as variações lipídicas e lipoprotéicas
podem apresentar-se divergentes dependendo da população estudada. Além disto,
mesmo com poucos estudos, é possível que genótipos de ApoE estejam ligados à resposta
do organismo ao hormônio insulina. Objetivos: Investigar a relação do polimorfismo
gênico da Apo E com sensibilidade à insulina e lipídios.Metodologia: 1.188 pessoas de
Pernambuco, de ambos os sexos (média de idade 45), selecionados aleatoriamente, após
realizar cálculo amostral com o programa estatístico EpiInfo e aprovado no Comitê de
Ética em Pesquisa com Seres Humanos. Amostras sanguíneas obtidas para a realização
da genotipagem e para as determinações bioquímicas, após jejum de 12 horas. Genótipos
identificados através de PCR-RFLP (Reação em Cadeia da Polimerase-Polimorfismo por
Tamanho do Fragmento de Restrição). QUICKI encontrado através da equação {1/[log
insulina + log glicose]}, após determinação da glicemia e da insulinemia, através do ensaio
imunoenzimático por micropartículas. Colesterol Total (CT), HDL-colesterol e Triglicerídios
(TG) foram determinados através de métodos enzimáticos, enquanto que LDL-colesterol e
VLDL-colesterol foi utilizada a equação de Friedewald. Significâncias estatísticas (p<0,05)
analisadas através de Análise de Variância. Resultados: Os genótipos encontrados
foram: E2/3 (frequência=8,3%), E3/3 (69,5%) e E3/4 (22,2%). Indivíduos portadores do
genótipo E3/4 apresentaram maiores níveis plasmáticos de VLDL-colesterol e de TG
e menores níveis de HDL-colesterol, além dos menores valores de QUICK comparado
com os outros tipos. Os genótipos E3/3 apresentaram maiores níveis plasmáticos de CT
(199,8mg/dL) e de LDL-colesterol (130,0mg/dL) quando comparados aos encontrados
em portadores de E2/3 (CT=170,7mg/dL; LDL-colesterol=105,7mg/dL) e de E3/4
(CT=188,3mg/dL; LDL-colesterol=121,3mg/dL). Conclusão: Este estudo indica que o
genótipo E3/4 de ApoE relaciona-se ao perfil lipídico ligado a uma menor sensibilidade
à insulina, resultando no aumento da probabilidade de eventos cardiovasculares, já que
estas alterações são consideradas importantes fatores de risco cardiovascular.Apoio
Financeiro: CAPES, FACEPE E CNPq.
41154
Endomiocardiofibrose de ventrículo direito: relato de caso
Complicações cardiologicas em individuos oncológicos: revisão de literatura
MARIA EDUARDA QUEIROZ DE MEDEIROS, LETICIA DE ARAUJO CARVALHO,
MARIA ERIANNE PEREIRA DO NASCIMENTO E FERNANDA KURY DIAS
MARTINS
CATIANE DO ESPÍRITO SANTO COELHO, EMANUELE LIMA BANDEIRA, FABIANA
MARIA DOS SANTOS MENDES, MARÍLIA DOS SANTOS ANJOS e LUIS CARLOS
VEIGA DOS SANTOS
Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
UNIME - União Metropolitana de Educação e Cultura, Salvador, BA, BRASIL - UNEB
- Universidade do Estado da Bahia, Salvador, BA, BRASIL - UFBA - Universidade
Federal da Bahia, Salvador, BA, BRASIL.
Introdução:A Endomiocardiofibrose (EMF) é uma entidade rara, endêmica em regiões
tropicais. Caracteriza-se pela presença de tecido fibroso no endocárdio, podendo se
estender para o miocárdio, do ápice de um ou ambos os ventrículos. O envolvimento
biventricular é mais frequente, sendo o de ventrículo direito encontrado em 10% dos
casos.
Relato de caso: I.M.K, 11 anos, natural e procedente de tribo indígena em
Acrelândia-AC. Em 2012 passou a apresentar anasarca, disfagia e dispneia aos
médios esforços, sendo a hipótese inicial Anomalia de Ebstein. Em 2014 o exame
físico apresentou hepatomegalia e o ecocardiograma identificou átrio direito com
aumento de grau importante e ventrículo direito com capacidade obliterada por tecido
fibroso que englobava os folhetos da valva tricúspide. A Ressonância Magnética e
a angiorressonância com contraste evidenciaram importante comprometimento da
função sistólica global do VD, com fração de ejeção de 30%, observando-se acinesia
da ponta deste ventrículo e hipocinesia difusa das demais paredes. A paciente foi
submetida à ressecção de endomiocárdio, troca de válvula tricúspide e implantação
de marcapasso.
Conclusão: O envolvimento do coração é típico, com a presença de fibrose
na região de via de entrada dos ventrículos e acomete o aparelho sub-valvular
mitral e/ou tricúspide. Os achados clínicos dependem do estágio da doença e do
envolvimento anatômico do coração, propondo-se tratamento clínico em pacientes
menos sintomático e cirúrgico, para estágios mais avançados (classe III e IV NYHA).
Os resultados são pouco animadores, principalmente nos pacientes com doença
avançada e acometimento predominante de ventrículo direito. Os resultados cirúrgicos
observados na literatura apresentam mortalidade precoce após a cirurgia variando de
4,6% a 18% e mortalidade tardia de 18%. As causas da manutenção da sintomatologia
clínica, após a cirurgia para ressecção da fibrose endomiocárdica podem ser
atribuídas às características progressivas da doença, com continuação da infiltração
fibrótica no miocárdio e o aparecimento de insuficiência tricúspide após a cirurgia. o
transplante cardíaco pode ser uma alternativa para o tratamento dos portadores de
endomiocardiofibrose em estágio avançado.
INTRODUÇÃO:A área de oncologia vem crescendo muito nos últimos tempos, novos
medicamentos quimioterápicos vem sendo produzidos e suas reações adversas se
mostram cada vez mais evidentes. Sabemos que pacientes oncológicos em tratamento
com quimioterápicos principalmente os antracíclicos, podem desenvolver uma série
de complicações, dentre elas a insuficiência cardíaca, doença na qual o coração
não consegue bombear sangue suficiente para as necessidades do organismo.
Objetivo:Relatar complicações cardiológicas apresentadas em pacientes oncológicos.
Metodologia:Levantamento bibliográfico realizado, utilizando-se as palavras-chaves:
pacientes oncológicos, complicações cardiovasculares nos indexadores MEDLINE,
PubMed, LILACS, COCHRANE, SCIELO, BIREME, dissertações e teses publicadas
entre 1960 a 2009, em língua portuguesa e inglesa.Resultados:Lesões miocárdicas
estão vinculadas a cardiotoxicidade de algumas antraciclinas, como a adriamicina
(doxorrubicina), epirrubicina e idarrubicina, que são utilizadas em tratamento de tumores
no câncer de mamas e linfomas, também em crianças com leucemias e sarcomas. A
dose utilizada está relacionada com a incidência de cardiotoxicidade, no caso da
doxorrubicida com ocorrência elevada a partir de 300mg/m2. Em crianças com disfunção
sistólica a incidência é 7% a 8%, chegando a 40% em adultos. A cardiotoxicidade
subaguda e crônica se apresenta após o ciclo de quimioterapia. A disfunção ventricular
é alterada no período crônico, evoluindo para uma complicação clínica freqüente nos
meses ou anos seguintes. Os sintomas decorrentes da Insuficiência Cardíaca surgem
tardiamente e são ligados a alto risco, com mortalidade que alcança 50% em dois anos.
Alguns elementos são considerados cardiotóxicos, sendo eles: idade (<15 anos e >70
anos); mulheres; radioterapia prévia; histórico de doença cardíaca; raça (negro>branco);
sensibilidade específica à toxicidade do fármaco, que é dose-dependente.Conclusão:As
doenças cardiovasculares e o câncer estão entre as morbidades que mais afetam as
populações pelo mundo. Apesar da escassez de estudos sobre evidências científicas,
verificou-se a necessidade de interação entre oncologistas e cardiologistas na
abordagem do paciente oncológico submetido ao tratamento quimioterápico. Ambos os
profissionais, em ação conjunta, principalmente o manejo feito do oncologista para o
cardiologista, propiciará grande benefício ao paciente acometido pelas duas doenças
tão freqüentes na atualidade.
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
23
Resumos Temas Livres
41158
Dia nacional da hipertensão arterial sistêmica (has) – uma oportunidade para
diminuir o desconhecimento da população sobre has.
CARDIOPATIA E DEPRESSÃO: RELATO DE CASO DA ATUAÇÃO DA TERAPIA
OCUPACIONAL
SARAH MARIA COELHO DA PAZ DE LIMA, FLÁVIO AUGUSTO SALES ACIOLI
REBÊLO, THAMIRES COÊLHO FERREIRA, MAYSA TAVARES DE ALENCAR,
THAYSA DAYSE ALVES E SILVA, MARIA ALAYDE MENDONCA DA SILVA, IVAN
ROMERO RIVERA, NAYANNE DA SILVA LUZ E ÍTALO BERNARDO DE OLIVEIRA
GEIZILANDY CHARLENE DA SILVA MENDES, BRUNO CANUTO DE MEDEIROS,
CASIANA TERTULIANO CHALEGRE E SIMONE MARIA MUNIZ DA SILVA BEZERRA
Santa Casa de Misericórdia de Maceió, Maceió, AL, BRASIL - Universidade Federal
de Alagoas, Maceió, AL, BRASIL - Centro de Estudos Superiores de Maceió, Maceió,
AL, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A depressão é um dos mais prevalentes transtornos psiquiátricos e
está associada a um declínio do bem-estar e do funcionamento diário e ao aumento
da morbimortalidade e utilização de serviços de saúde. As manifestações clínicas
dos transtornos depressivos em pacientes com cardiopatia diferem dos transtornos
depressivos nos pacientes não cardiopatas e podem se confundir com a gravidade
da própria doença clínica de base. Pode indiretamente comprometer o sistema
cardiovascular intensificando outros fatores de risco. O objetivo deste trabalho é relatar
um estudo de caso de paciente com transtorno depressivo associado a cardiopatia
atendido pelo serviço de Terapia Ocupacional (T.O). REATO DE CASO: A.C.N. Sexo
feminino, 39 anos, paciente portadora de cardiopatia reumática com duas cirurgias de
troca valvar mitral (biobrotese 1994 e prótese mecânica 1998) internada na enfermaria
de um hospital cardiológico ha cerca de 4 meses, com estado geral comprometido,
dispneica e permanecendo a maior parte do tempo no leito. Apresenta disfunção
de prótese com risco iminente de morte. No entanto, devido a desnutrição grave,
anemia hemolítica e transtorno depressivo grave não apresenta condições clínicas
de se submeter a novo procedimento cirúrgico. Apresenta falta de cuidados quanto
aos cuidados pessoais. Após avaliação foram verificadas alterações em áreas de
desempenho para Atividades de vida diária (AVD), Atividades Instrumentais de
vida diária (AIVD), Lazer e Participação Social. A funções do corpo comprometidas
apresentadas: funções mentais especificas (imagem corporal, autoconceito e autoestima); funções mentais globais (estabilidade emocional, motivação e apetite);
funções do sistema cardiovascular e respiratório. Quanto as alterações em habilidades
de desempenho a paciente mostrou alterações para habilidades práxicas e motoras
(resistência), habilidades de regulação emocional, habilidades psicossociais (interesse,
habilidades interpessoais, autoexpressão) e habilidades Cognitivas (iniciação e
julgamento). CONCLUSÃO: Diante da avaliação o tratamento foi seguido dando-se
prioridade a formação de vínculo e estimulação de habilidades que interferiam de
forma significativa no desempenho ocupacional. As estratégias de intervenção foram
escolhidas de acordo com a abordagem centrada no cliente onde foram utilizadas
atividades de autoexpressão, atividades com músicas e jogos, individuais e em grupo.
Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) está presente em torno de 50%
dos pacientes que sofrem Infarto Agudo do Miocárdio ou Acidente Vascular Cerebral,
entretanto, em torno de 50% dos seus portadores ainda desconhecem sua condição
de hipertensos. Foi identificada, em amostra populacional de Maceió, a prevalência
de HAS e a frequência de hipertensos que conhecem a sua condição. Métodos:
Estudo transversal realizado no dia 26/04/2015, na orla marítima da cidade de Maceió,
região de maior poder aquisitivo da cidade. Medida da pressão arterial, peso e altura.
Questionário sobre auto-conhecimento acerca de HAS, DM, Dislipidemia e Tabagismo,
e informações sobre uso de medicamentos e a realização de atividade física regular.
Resultados. Foram avaliados 252 indivíduos, com idades entre 8 e 85 anos. HAS foi
mencionada por 70/252 (28%). Nos demais 182 indivíduos, 36 (20%) apresentavam
pressão arterial elevada. Caso confirmada a HAS nesse sub-grupo, a prevalência
aumentaria para 42%, dos quais 34% desconheceriam a sua condição. Conclusão:
A HAS ainda é desconhecida por muitos dos seus portadores, colocando-os em risco
ainda mais elevados para as suas complicações. Campanhas educativas para a
população podem ajudar a reduzir esse desconhecimento.
41200
PROCAPE/UPE, Recife, PE, BRASIL.
41272
Características de usuários com crise hipertensiva no setor de acolhimento da
unidade de pronto atendimento
PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA DA CIDADE DO RECIFE-PE
RODOLFO RIBEIRO DE JESUS, JOAO CARLOS ANGELI, IAN CESAR CARDOSO
TOTI, VINÍCIUS FREITAS PINTO SILVA, PETRONIO BARROS RIBEIRO DE JESUS
E JOSÉ LUIZ TATAGIBA LAMAS
JAKELINNY JORGE DOS SANTOS, GEYLSON RODRIGO DOS SANTOS XAVIER,
SANDRO GONÇALVES DE LIMA, RAFAEL SOARES PIRES RODRIGUES, LUCAS
MACHADO CARVALHO CARDOSO, FLAVIA DA COSTA OLIVEIRA SPINOLA, PEDRO
FELIPPE SANTOS PEREIRA LIMA, JOAO PAULO NUNES DE ALBUQUERQUE
CORREIA E RUY FRANCISCO SOUZA JUNIOR
Universidade Iguaçu, Itaperuna, RJ, BRASIL - Universidade Federal de Juiz de Fora,
Juiz de Fora, MG, BRASIL - Universidade de Campinas, Campinas, SP, BRASIL.
INTRODUÇÃO: Além de ser a doença vascular mais prevalente no mundo e
predominante causa de morte no Brasil, a hipertensão arterial sistêmica é silenciosa(1)
e por isso, na maioria das vezes, o usuário hipertenso não apresenta sinais e sintomas
que chamam a atenção do enfermeiro que realiza o acolhimento na Unidade de Pronto
Atendimento (UPA). Isto pode ocasionar equívocos no encaminhamento desse usuário
na priorização do atendimento médico. OBJETIVOS: Identificar as características dos
usuários com crise hipertensiva acolhidos na UPA por meio do Sistema Manchester
de Classificação de Risco (SMCR)(2). MÉTODO: Pesquisa realizada com dados
secundários e retrospectivos de 63 adultos e idosos atendidos em 2013, com pressão
arterial diastólica ≥ 120 mmHg. Os dados foram obtidos em 2014, utilizando-se
instrumento com questões sobre condições sociodemográficas, níveis pressóricos e
sintomas apresentados no momento do acolhimento. Projeto aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa, conforme o Parecer nº 629.931/2014. RESULTADOS: A amostra foi
constituída de 52,38% homens e de 47,62% mulheres. As faixas etárias mais comuns
foram 41-45 anos e 46-50 anos. A maioria apresentou pressão arterial sistólica de 170
– 219 mmHg e diastólica de 120-129 mmHg. No momento do acolhimento os usuários
apresentaram sintomas que caracterizam os fluxogramas do SMCR “Mal-estar em
adultos” (49,2%), “Cefaleia” (26,98%) e “Dor torácica” (22,22%). Quanto a classificação
de risco a maior parte dos usuários foi incluída na categoria urgente, com atribuição
da cor amarela, 73,01% e, 26,99% foram classificados como não urgentes apesar de
apresentarem pressão arterial diastólica ≥ 120mmHg. CONCLUSÃO: Os resultados
apontam a relevância do SMCR para a tomada de decisões pelo profissional que atua
no acolhimento de usuários com crise hipertensiva na UPA. As evidências apontam
para a necessidade de aferir a pressão arterial de todos os usuários que procuram
a UPA, relatando cefaleia, convulsões, desmaio, dispneia, dor intensa, palpitações e
mal-estar no momento do acolhimento. Descritores: Hipertensão; Triagem; Serviço
Médico de Urgência. REFERÊNCIAS: 1. Lessa I. Hipertensão arterial sistêmica no
Brasil: tendência temporal. Cad. Saúde Pública. 2010;26(8):1470. 2. Cordeiro Júnior
W, Mafra AZ. Sistema Manchester de Classificação de Risco: classificação de risco na
urgência e emergência. Manchester Triage Group. Edição Brasileira; 2010.
24
41161
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU, RECIFE, PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: O grau de exigência da formação médica pode suscitar, aliado à
predisposição genética, a ampliação de fatores de risco para Hipertensão Arterial
Sistêmica (HAS); patologia que mostra índices cada vez mais alarmantes em nossa
sociedade. Além do mais, o estudante de medicina insere-se nesse contexto como futuro
orientador de hábitos de vida saudáveis. OBJETIVO: Identificar fatores associados à
HAS entre estudantes de medicina da Cidade do Recife-PE. MÉTODO: Trata-se de um
estudo de corte transversal. A população estudada foi constituída de 808 acadêmicos de
medicina de instituições públicas e privadas da Cidade do Recife-PE. A coleta de dados
foi realizada durante o mês de fevereiro e de março de 2015. Foi aplicado um questionário
estruturado com o objetivo de avaliar o risco para HAS e tiveram tais variáveis estudadas:
sexo, faixa etária, raça, ingestão de bebida alcoólica, tabagismo, sedentarismo, estresse,
dificuldade para dormir, alimentação inadequada e histórico familiar positivo para HAS. Na
análise dos dados, foram obtidas frequências absolutas e percentuais para as variáveis
categóricas. RESULTADOS: As mulheres constituíram a maioria da população (51,5%),
a faixa etária de 20 a 24 anos correspondeu 46,4% em ambos os sexos e a raça branca
com 61,5%. No perfil de riscos para HAS, o estresse foi o mais prevalente (89,9%) e
,quando comparado com a faixa etária de 16 a 19 anos, as mulheres predominaram
(30,7% x 27,8% - p <0,038); mostrou também que as mulheres são mais sedentárias
(49,7% x 40,3% - p <0,0002). Os homens predominaram em dois parâmetros: dificuldade
para dormir, faixa etária de 20 a 24 anos, (12,5% x 9,1% - p <0,027) e alimentação
inadequada, faixa etária de 25 a 29 anos,(12,8% x 8,4% - p <0,012). Quanto à ingestão
de bebida alcoólica, os homens mostraram consumir mais. Contudo, essa diferença não
foi estatisticamente significativa (52,5% x 29,8% - p > 0,05). Já o tabagismo não obteve
grande relevância, com prevalência de 4,5%. Em relação ao parentesco de primeiro
grau, a HAS foi a mais prevalente (68,07%), seguida de Diabetes Mellitus (54,70%).
CONCLUSÃO: Dentre os fatores de risco para HAS, identificados nesse estudo, chama
atenção para a elevada prevalência de estresse. A dificuldade para dormir e a alimentação
inadequada só obtiveram elevadas prevalências em determinada faixa etária e sexo. Por
fim, o sedentarismo entre as mulheres e os fatores hereditários para HAS e Diabetes
Mellitus também ganham destaques.
Resumos Temas Livres
41278
41291
Impacto do Programa HiperDia na mortalidade por Hipertensão Arterial
Sistêmica e Diabetes Mellitus na Região Metropolitana do Recife
Avaliação dos níveis plasmáticos de lipídios e de fibrinogênio em hipertensos de
Recife-Pernambuco-Brasil
ATHENAS ARIADNE DE LIMA COSTA MOURA, NICOLE MENDES COSTA NEGRI
SILVA, MARIA CAROLINA DE ALMEIDA LOPES, MELQUISEDEQUE DESCHAMPS
CABRAL, BÁRBARA FERREIRA MARINHO E SANDRO GONÇALVES DE LIMA
CAROLINE BEZERRA TRAJANO DOS SANTOS, ERASMO GOMES DA SILVA FILHO,
FELIPE ALMEIDA GONCALVES, LIVIA MELO DE OLIVEIRA, JULIANA GUEDES
SILVA, JANAINA KARIN DE LIMA CAMPOS, THAÍSE GABRIELE DA SILVA BRITO,
VERA LUCIA DE MENEZES LIMA, ILTON PALMEIRA SILVA E BIANKA SANTANA DOS
SANTOS
Centro Universitário Maurício de Nassau - UNINASSAU, Recife , PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: A prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes
Mellitus (DM) na população brasileira, segundo os dados do Vigitel, é 24,4% e 5,8%
respectivamente. O programa HiperDia foi implantado em março de 2002 com o
objetivo de cadastrar e acompanhar os portadores destas patologias. OBJETIVO:
Analisar e comparar a mortalidade por HAS e DM nos anos imediatamente anterior
e posterior a implantação do programa HiperDia. MÉTODO: Os dados foram obtidos
através do DATASUS. Foram coletadas informações relacionadas à mortalidade
por HAS e DM nos 14 municípios da região metropolitana do Recife (RMR) para os
anos 2000 (pré-HiperDia), 2008 e 2014 (pós-HiperDia). RESULTADOS: Os dados
de mortalidade por HAS e DM nos principais municípios da RMR são mostrados na
Tabela 1. A mortalidade por DM, de acordo com o gênero, observada após dois anos
da implantação do HiperDia (2002) revela redução de 18,7% e 31% em mulheres e
homens respectivamente. Quanto a HAS, foi observado um aumento da mortalidade
entre as mulheres (7,7%) e entre os homens (20%), no mesmo intervalo de tempo. Nos
anos subsequentes a queda da mortalidade por DM foi uniforme entre os municípios
analisados, embora o mesmo não tenha acontecido em relação à HAS. CONCLUSÃO:
Após a implantação do HiperDia foi observada significativa redução da mortalidade por
HAS e DM na RMR.
Tabela 1: Mortalidade por HAS e DM nos principais municípios da RMR nos anos 2000
(pré-HiperDia), 2008 e 2014 (pós-HiperDia).
Recife
Jaboatão
Olinda
Camaragibe
Paulista
São Lourenço
RMR
DM-2000
172
50
27
18
17
13
350
DM-2008
70(-59%)
44(-12%)
13(-52%)
7(-61%)
8(-53%)
5(-62%)
280(-20%)
DM-2014
41(-76%)
17(-66%)
7(-57%)
4(-78%)
2(-88%)
7(-46%)
98(-72%)
HAS-2000 HAS-2008 HAS-2014
22
2(-91%) 6(-73%)
6
-
2(-67%)
4
2(-50%) 1(-75%)
3
-
2(-33%)
1
7(+700%) 2(+200%)
1
13(+1300%) 2(+200%)
71
57(-20%) 17(-76%)
41308
Insuficiência cardíaca por hipertensão arterial pulmonar secundária à
esquistossomose: um relato de caso
Núcleo de ciências da Vida- UFPE, Caruaru, PE, BRASIL - Departamento de
Bioquímica- UFPE, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: O estado hipertensivo das artérias pode provocar alterações dos níveis
de fibrinogênio, os quais em associação com níveis elevados de lipoproteínas
aterotrombogênicas podem contribuir para o agravamento do dano endotelial. Alem
do risco cardiovascular (RCV) trazido pelas lipoproteínas aterotrombogênicas, a
hiperfibrinogenemia pode aumentar o RCV por ativar a agregação plaquetária, aumentar
a viscosidade sanguínea e estimular a formação de fibrina, contribuindo em muito para
o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como, por exemplo, as cardiopatias
isquêmicas. Assim, hipertensos com hiperfibrinogenemia podem ter um maior risco
cardiovascular. Em Recife, capital de Pernambuco, tem sido notificado um aumento de
mais de 100% no risco de morte por cardiopatias isquêmicas. Desse modo, o presente
estudo objetivou avaliar os níveis plasmáticos de fibrinogênio e de lipoproteínas em
hipertensos da população de Recife, em comparação com sujeitos normotensos.
Métodos: Para tanto, um estudo transversal foi conduzido com a obtenção de amostras
sanguíneas de 2480 voluntários, após aprovação por Comitê de Ética em Pesquisa. Os
sujeitos foram divididos em dois grupos: hipertensos e normotensos, conforme o VIII
Comitê Nacional sobre Hipertensão. Níveis de Colesterol Total e Triglicerídios foram
determinados enzimaticamente, enquanto LDL-colesterol e VLDL-colesterol foram
através da Equação de Friedewald. Níveis plasmáticos de fibrinogênio foram identificados
através do Método de Clauss modificado. Teste t de Student desemparelhado (p<0,05)
foi realizado. Resultados: Hipertensão foi encontrada em aproximadamente 50% dos
voluntários, os quais tiveram valores de fibrinogênio maiores do que os normotensos
(476,3mg/dL vs. 267,5mg/dL; p <0,0001), bem como tiveram maiores níveis de LDLcolesterol, VLDL-colesterol, Triglicerídios e Colesterol Total. Os grupos apenas não
diferiram quanto aos níveis de HDL-colesterol. Conclusões: Assim, os resultados
demonstram que hipertensos de Recife podem ter um risco pró-aterotrombótico
significativo, com hiperfibrinogenemia e alterações lipídicas, sugerindo que os mesmos
possam vir a apresentar um mau prognóstico, haja vista a implicação dessas alterações
no aumento da propensão para o desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares.
Palavras-chave: Hipertensão Arterial Sistêmica, Fibrinogênio, Lipoproteínas, Doenças
Cardiovasculares.Apoio Financeiro: CNPq, CAPES e FACEPE.
41316
Estenose aórtica em paciente portadora de síndrome de Turner
THIAGO O SILVA, THAIS A NOBREGA E VICTOR F S SOUZA
AMANDA E ARRUDA, BRUNA B A RAMOS, AMANDA G BARBOSA E AMANDA M
MOURA
Universidade de Pernambuco, RECIFE, PE, BRASIL - Faculdade de Ciências
Médica, RECIFE, PE, BRASIL.
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Prof. Luiz Tavares, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: A Hipertensão Pulmonar (HP) é uma síndrome clínica e hemodinâmica
caracterizada pelo aumento da resistência vascular na pequena circulação, elevando
seus níveis pressóricos. O quadro típico de vasoconstricção pulmonar, trombose in
situ e remodelamento vascular resulta em hipertrofia e dilatação do ventrículo direito,
caracterizando quadro de cor pulmonale. A HP cursa com dispneia progressiva como
principal sintoma. Uma de suas etiologias é a esquistossomose, com mecanismo
fisiopatológico incluindo processos inflamatórios na parede vascular no leito pulmonar,
lesões plexiformes e hipertrofia vascular, fenômenos tromboembólicos e reações de
hipersensibilidade pela migração e impactação dos ovos do parasita nas arteríolas
pulmonares. Sua ocorrência entre pacientes com esquistossomose hepatoesplênica
varia de 1% a 11,7%, sendo maior em regiões endêmicas, como no Nordeste
brasileiro. Relato: O presente caso relata a ocorrência de cor pulmonale em paciente
com Hipertensão Pulmonar secundária à Esquistossomose. A paciente, de 55 anos,
sexo feminino, natural de Vitória de Santo Antão (PE), iniciou quadro com dispneia
lentamente progressiva há cerca de 10 anos, relatando piora há 3 anos associada
à lipotimia. O diagnóstico foi feito após a piora da dispneia, a partir de achados do
Ecocardiograma bidimensional com Doppler e Cateterismo cardíaco. Após 3 anos de
uso irregular da medicação (inibidor de fosfodiesterase-5 e antagonista do receptor de
endotelina), paciente retorna ao serviço médico com quadro de dispneia importante
em repouso, edema simétrico em membros inferiores, febre e tosse produtiva,
recebendo diagnóstico de pneumonia, quadro que complicou a falência ventricular
direita. Conclusão: É preciso sensibilidade para que se tenha suspeita clínica de
HP secundária à esquistossomose quando se trata de paciente de área endêmica.
Devido ao pouco entendimento da história natural dessa doença, é necessário
acompanhamento periódico, evitando complicações e piora do quadro de forma
abrupta. Chama atenção, nesse caso, a ausência de alterações hepatoesplênicas e
o diagnóstico tardio da HP, com a paciente apresentando grave disfunção global de
ventrículo direito no momento do diagnóstico.
Introdução: A ST é uma entidade rara, geralmente com diagnóstico tardio, com alta
frequência de anormalidades cardiovasculares entre suas portadoras e cujo principal fator
de mortalidade precoce são os distúrbios cardiovasculares. Este relato de caso apresenta
uma paciente jovem portadora da Síndrome de Turner, diagnosticada através de
ecocardiograma transtorácico com valva aórtica bicúspide e estenose aórtica moderada.
Relato de Caso: Paciente de 15 anos, sexo feminino, com diagnóstico clínico de
Síndrome de Turner há dois anos. O diagnóstico foi considerado pela observação de
anormalidades cardiovasculares (estenose aórtica e valva aórtica bicúspide) associadas
a manifestações características da síndrome, como baixa estatura para idade, pescoço
alado, tórax em escudo, baixa implantação posterior de cabelos, baixa implantação
de orelhas, hipogonadismo, agenesia uterina e de anexos, déficit de desenvolvimento
intelectual, unhas hiperconvexas, cubitus valgus, mancha multipigmentada, encurtamento
de quarto metacarpo e linfedema no dorso dos pés. A paciente foi admitida sem queixas
em 28/04/2015 para reavaliação clínica das anormalidades cardíacas. Apresentava
estado geral bom, com edema no dorso dos pés, presença de mancha multipigmentada
em quadrante abdominal superior direito, pesando 43,7kg e medindo 1,41m (IMC=
21,98kg/m2). O exame do aparelho cardiovascular evidenciou ritmo cardíaco regular
em dois tempos, primeira bulha hiperfonética e sopro sistólico em foco aórtico e borda
esternal esquerda (3+/6+), irradiando para fúrcula e carótidas e frequência cardíaca de
92bpm.
O ecocardiograma transtorácico feito em 29/04/2015 evidenciou válvula aórtica bicúspide
com abertura reduzida, fluxo sistólico turbulento e com velocidade aumentada e
gradiente sistólico máximo de 66mmHg e médio de 43 mmHg e fração de ejeção de
77%. Tomografia computadorizada de abdome realizada em 30/04/2015 revelou agenesia
de útero e anexos, sem demais anormalidades. Conclusões: A paciente recebeu alta
hospitalar em 11/05/2015 com a orientação de seguir o acompanhamento cardiológico
periódico. Foi encaminhada para realização de análise de cariótipo para diagnóstico
genético da Síndrome de Turner, e atualmente aguarda realização do procedimento.
Por ser assintomática, foi mantido tratamento conservador em relação à valva aórtica
bicúspide e à estenose aórtica. A profilaxia para endocardite é necessária no caso de
procedimentos dentários ou cirúrgicos.
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
25
Resumos Temas Livres
41482
Avaliação da deformação miocárdica em indivíduos com disfunção diastólica
do VE
Tamponamento cardíaco em usuária de carbamazepina: um caso raro de lúpus
fármaco-induzido
JOSE MARIA DEL CASTILLO, CARLOS ANTONIO DA MOTA SILVEIRA, EUGENIO
SOARES DE ALBUQUERQUE, MICHAEL VITOR DA SILVA, VANDETE MARIA
LARANJEIRAS, CLÁUDIO RENATO PINA MOREIRA, CARLOS ENRRIQUE
PLACENCIA PISCOYA, AFONSO BARRETO FILHO, CLODOVAL DE BARROS
PEREIRA JÚNIOR E DANIEL THALLES MONTEIRO DE ARAUJO
MARINA FELIX DA MOTA, MARCIA CRISTINA AMÉLIA DA SILVA, DEBORAH
COSTA LIMA DE ARAUJO E PEDRO AUGUSTO CASÉ DA SILVA
Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco Prof Luiz Tavares, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: A deformação miocárdica longitudinal do coração é um índice de função
sistólica global e regional do coração, mas sua utilização na disfunção diastólica é
raramente utilizada. Acreditando que a disfunção miocárdica é global, estes pacientes
devem também apresentar disfunção sistólica.
Objetivo: Analisar indivíduos normais e pacientes com disfunção diastólica com a
finalidade de verificar as alterações da deformação longitudinal global do VE.
Material e métodos: Estudados 313 pacientes divididos nos grupos: Controle (120
indivíduos sem disfunção diastólica, 53% femininos, média etária 48,7±11 anos);
Grupo I (101 pacientes com disfunção grau I, 55% femininos, média etária 65,5±6,9
anos); Grupo II (50 pacientes com disfunção grau II, 54% femininos, média etária
64,7±11 anos) e Grupo III (42 pacientes com disfunção grau III, 36% femininos, média
etária 53±11 anos).
Os critérios de função diastólica foram obtidos com Doppler mitral e Doppler tecidual
seguindo as recomendações da ASE.
Obtidos peso, altura, SC, dimensões do VE, volume do AE, relação E/A do fluxo mitral,
relação E/E’, PCP, strain longitudinal global do VE e dispersão mecânica.
Os dados foram comparados pela análise de variância.
Resultados: O Grupo Controle apresentou faixa etária significativamente menor que
os pacientes com disfunção. Peso, altura e SC foram semelhantes entre os grupos.
As dimensões do VE foram semelhantes entre o Grupo Controle e o Grupo I e
significativamente maiores nos Grupos II e III. O índice de massa foi maior no Grupo
II e a espessura relativa menor no Grupo III. O volume do AE estava aumentado nos
Grupos II e III. A relação E/E’ e a PCP aumentaram gradativa e significativamente com
o aumento do grau de disfunção diastólica e o strain longitudinal global diminuiu nos
Grupos II e III. A dispersão mecânica estava aumentada nos Grupos II e III.
Conclusão: Os parâmetros ecocardiográficos que analisam a PCP, como a relação
E/E’ foram úteis na identificação e quantificação da disfunção diastólica do VE. O
strain longitudinal global do VE e a dispersão mecânica encontravam-se alterados nos
pacientes com disfunção diastólica restritiva (pseudonormais e restritivos).
Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco, Recife, PE, BRASIL.
Introdução: Doenças autoimunes como Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) são
causas incomuns de derrame pericárdico no idoso. Contudo, vários fármacos têm
sido implicados na ocorrência de sinais clínicos e laboratoriais semelhantes aos do
LES idiopático (LESi), condição definida como lúpus fármaco-induzido ou induzido por
drogas (LID). Dentre eles, a carbamazepina é descrita como potencial causadora de
LID, embora o evento acometa menos de 0,001% dos usuários. Este é o relato de
um caso raro de tamponamento cardíaco induzido por carbamazepina. Descrição do
caso: Mulher, 69 anos, branca, DM tipo 2, em uso de carbamazepina 200mg/dia há
5 meses para dor neuropática em membros inferiores, secundária a hérnia de disco.
Há 3 meses, com dor em hemitórax esquerdo irradiada para dorso, pior à inspiração
profunda, palpação e decúbito dorsal, mais intensa há 15 dias; além de dispneia
aos mínimos esforços. Ao exame, PA = 160x100mmHg, FC = 100bpm, turgência
jugular e edema de membros inferiores. ECG com baixa voltagem. Ecocardiograma
transtorácico (ECO) realizado no dia anterior à admissão revelou derrame pericárdico
moderado com invaginação da parede do átrio direito na sístole. Após três dias de
suspensão do medicamento e uso de diurético, os sintomas regrediram. Novo ECO
foi normal, sem derrame pericárdico. Discussão: A carbamazepina é usada no
tratamento de síndromes convulsivas, dor crônica, neuralgia do trigêmeo e doenças
psiquiátricas, sendo em geral bem tolerada. Efeitos colaterais graves são incomuns e
incluem ataxia, LID, síndrome do pseudolinfoma, agranulocitose e hipersensibilidade.
A relação causa-efeito entre uma droga e LID pode ser definida por: surgimento de
sintomas em pessoa saudável, com desaparecimento após a suspensão da droga e
retorno após sua reintrodução; ou desaparecimento dos sintomas após interrupção da
droga, estando esta descrita na literatura como causa de LID. Uso contínuo do fármaco
por mais que 30 dias é fundamental para estabelecer a relação causal. Apesar de
incomum, o tamponamento cardíaco como apresentação inicial de LES induzido por
carbamazepina é descrito na literatura. Para sua confirmação laboratorial, a dosagem
do anticorpo anti-histona (positivo em 95% dos casos de LID e apenas 50% dos
casos de LESi) pode ser útil, bem como afastar outras causas. Conclusão: Derrames
pericárdicos sem causa aparente devem remeter à possibilidade de LID, notadamente
quando fármacos relacionados ao seu desenvolvimento foram iniciados recentemente.
41502
41656
Dificuldades diagnóstica e de tratamento em paciente com endocardite crônica
de átrio direito
Desafio diagnóstico da Estenose aórtica de Baixo Fluxo e Baixo Gradiente com
Função ventricular normal: Relato de Caso
ANDRÉA BEZERRA DE MELO DA SILVEIRA, SANDRO GONÇALVES DE LIMA E
BRIVALDO MARKMAN FILHO
DIANA PATRÍCIA LAMPREA SEPÚLVEDA, EUGENIO SOARES DE
ALBUQUERQUE, JOSE MARIA DEL CASTILLO, FERNANDO RIBEIRO DE
MORAES NETO, LUCAS CAVALCANTI NOVAES NETO e JOAO PAULO AGUIAR
BEZERRA
Hospital das Clínicas - Universidade Federal de Pernambuco, Recife , PE, BRASIL.
INTRODUÇÃO: Trombo e endocardite de átrio direito (AD) são raros, porém sua
incidência aumenta com a presença de cateter venoso central (CVC). Trombo
es¬téril é o achado mais frequente. RELATO DO CASO: Paciente masculino, 27
anos, HIV positivo, com terapia antirretroviral, em hemodiálise (HD). Permaneceu
em diálise peritoneal por oito meses (cateter de Tenckoff), retirado após peritonites
de repetição, sendo instituída HD (CVC em veia jugular interna direita). Por três
meses, na vigência das peritonites, apresentou febre (38-40°C), a cada 2 a 3 dias.
Após esse período, a febre tornou-se diária, associada à tosse produtiva, aumento do
volume abdominal e palpitações após as sessões de HD e aos esforços moderados.
Exame físico: Eutrófico, bom estado geral, eupneico, hipocorado ++/4+, anictérico,
sem ruídos adventícios pulmonares, ictus cordis não visível, normopalpável, sem
frêmitos, ritmo cardíaco regular em dois tempos, bulhas normofonéticas, sem sopros,
FC: 75 bpm; PA: 115 x 66 mmHg. Abdome ascítico, ruídos hidroaéreos presentes,
depressível, indolor à palpação, sem visceromegalias. Laboratório: leucocitose sem
desvio a esquerda, albumina: 2,4 mg/dl, Hb: 6,8 g/dl e Ht: 21,3%, PCR elevada.
Hemocultura: Staphylococcus cohnii. Cultura de líquido ascítico: Staphylococcus
aureus. Com início da antibióticoterapia houve melhora clínica e diminuição da ascite,
porém persistiram febre e leucocitose. A pesquisa de Mycobacterium tuberculosis
(por Reação em Cadeia da Polimerase) em líquido pleural e sangue foi positiva,
sendo iniciado tuberculostáticos. Persistiu com febre e leucocitose a despeito da
cobertura antimicrobiana de largo espectro e para tuberculose. Tratamento empírico
com Anfotericina B foi iniciado, evoluindo com melhora clínica e leucométrica, porém
persistência da febre. Em ecodopplercardiograma transtorácico foi visualizado massa
hiperecogênica de bordas bem definidas, aderida à parede lateral do AD, sendo
submetido à cirurgia cardíaca para retirada massa. Anátomo patológico foi conclusivo
para endocardite crônica inespecífica com trombose fibrinosa. Evoluiu afebril após
a cirurgia e recebeu alta hospitalar em boas condições clínicas. CONCLUSÃO: Em
pacientes com curso clínico arrastado, múltiplos fatores de risco e comorbidades
o diagnóstico e o manejo clínico da endocardite de AD apresentam peculiaridades
de difícil tomada de decisão, podendo culminar em cirurgia cardíaca tanto para
confirmação diagnóstica (histopatológico), como para tratamento.
26
41500
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
INSTITUIÇÃO PROCAPE E ICPE, RECIFE, PE, BRASIL.
Relato de caso clínico
A estenose aórtica importante com fração de ejeção normal (≥ 50%) baixo fluxo
transvalvar (velocidade < 4 m/s) e baixos gradientes pressóricos (< 40 mmHg) pode
levar a discordância ou a erros diagnósticos e condutas inadequadas. Relatamos o
caso de um paciente atendido por consecutivas vezes em um
Pronto socorro de cardiologia com sintomas de Icc
Relato do caso:
Paciente com história de que ha cerca de 5 anos vinha apresentando dispnéia aos
grandes esforços que evoluiram de forma progressiva.Internada por varias vezes no
Pronto socorro com quadro de ICC . O ecocardiograma mostrava estenose aortica
com baixo fluxo, baixo gradiente , gradiente máximo de 48mmhg e médio de 32mmhfe
area valvar de 0.3cm.Realizou novos exames dentre eles um ETE que confirma o
diagnostico de EAO grave e um eco com dobutamina que mostrou EAo grave com
área valvar de 0,74cm, presença de HVE septal e de PP.
De antecedentes apresentava DM, HAS, OBESIDADE, ARTORSE DE JOELHOS,
DISLIPIDEMIA
Exame físico
Peso: 94kg
Alt:1:53
EGB, eupneico, corado, PVJ NORMAL a 45 graus, pulsos presentes nos quatro
membros, TA=160-80mmhg, consciente, orientado.
AR: MVN SEM RA
ACV:SS EM FAO holossitolico com irradiação para furcula esternal e BEE baixo.
AD: sem alt
A paciente foi submetida a cirugía cardiaca com troca de valva aortica por bioprotese
O diagnóstico da estenose aórtica de baixo fluxo e baixo gradiente com função
ventricular normal exige o conhecimento e utilização de parâmetros ecocardiográficos
específicos. Os achados de baixo volume sistólico (≤ 35 mL), hipertrofia ventricular
ajudam no diagnóstico juntamente com o ecocardiograma com dobutamina.
Resumos Temas Livres
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
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ÍNDICE REMISSIVO
POR AUTOR E Nº DO TEMA
A
Abdias Pereira Diniz Neto - 41264
Adriely Victor de Siqueira - 41093
Alan Guimarães Fonseca - 41124
Amanda E Arruda - 41316
Ana C C Oliveira - 41127
Ana Helbane de Sousa Jacome dos Santos - 41144
Andre Ricardo dos Santos Tabosa - 41104, 41105
Andréa Bezerra de Melo da Silveira - 41502
Andreza do Carmo Albuquerque Porto - 41033
Anie Deomar Dalboni França - 41077
Athenas Ariadne de Lima Costa Moura - 41278
B
Bruno Canuto de Medeiros - 41080, 41087
Bruno Costa Carvalho - 41079
C
Camila S Ferraz - 41128
Camila Torres Amorim - 41113
Camilla Cangussú Ferreira - 41147
Carlos Antonio da Mota Silveira - 41483, 41485
Carlos Enrrique Placencia Piscoya - 41255
Carolina A Medeiros - 41073
Carolina Paim Gomes de Freitas - 41108
Caroline Bezerra Trajano dos Santos - 41291
Catiane do Espírito Santo Coelho - 41154
Cicera Rocha dos Santos - 41151
Claudia Barbosa Rodrigues Guerra - 41075
Cynara Karolina Rodrigues da Cruz - 41099
F
G
Gabriela Castro Guimaraes - 41116
Gabriela Vianna de Andrade Lima - 41225
Gabrielle P Silva - 41106
Geizilandy C. da Silva Mendes - 41082, 41097, 41161
Glory E S Gomes - 41284
H
41490
Hirla Vanessa Soares de Arajo - 41118, 41121
I
J
Jakelinny Jorge dos Santos - 41272
Jessica Azevedo Melo Marinho - 41199
28
Arq Bras Cardiol. 2015; 105(5Supl.2): 1-28
M
Maria Eduarda Queiroz de Medeiros - 41150
Maria José Marques Coutinho e Souza - 41318
Mariana Vaz Carvalho de Queiroz - 41114
Marilia Correia Carvalho Novaes Ferraz - 41139
Marina Felix da Mota - 41500
Marina Valdez dos Santos - 41135
Mayara Inacio de Oliveira - 41131, 41133
Michellane de Miranda Pontes - 41030
N
Niceas Alves Ferreira Neto - 39712
P
Paloma Lopes Melo - 41261
Paulo Cesar da Costa Galvao - 41095, 41098
Phelipe Gomes de Barros - 41134, 41152
Rafaella Viana Teixeira - 41119
Raimundo Francisco de Amorim Júnior - 41148, 41149
Renato Felix Amorim Bezerra - 41136, 41138
Rodolfo Ribeiro de Jesus - 41200
Rossana Leitão Viana - 41042, 41088
S
Fabia C S Soares - 41290
Flávio Augusto Sales Acioli Rebêlo - 41091
Iremar Salviano de Macedo Neto - 41495
L
Lauro Vinícius Machado da Silva - 41126
Layse Ciane S C de B Galvao - 41140
Leandro Bulhoes de Lemos Moraes - 41123
Leoncio Bem Sidrim - 40800
Lilían Caroliny Amorim Silva - 41268
Lizelda Maria de Araujo - 41262
R
D
Danielle Almeida Magalhães - 41083
Danielle Cristina Pimentel Cabral - 41117
Denize Ferreira Ribeiro - 41111
Diana Patrícia Lamprea Sepúlveda - 41656
Hilka Dos Santos Moraes de Carvalho
Jose Maria Del Castillo - 41482
Jose Sergio Nascimento Silva - 41265, 41288
Juliana Muniz Siqueira - 41120, 41122
Juliana Rodrigues Neves - 41302
Juliana Sousa Soares de Araújo - 41153, 41155
Juliane Emanuelle Silva - 41084
Sandro Gonçalves de Lima - 41044, 41504
Sara Larissa de Melo Araújo - 41029
Sarah C Lima - 41040
Sarah Maria Coelho da Paz de Lima - 41158
Sharlene Cavalcanti Malta - 41112
T
Thalita Ferreira Tenório de Almeida - 41110
Thamires Tavares da Silva - 41137, 41143
Thaysa Dayse Alves e Silva - 41074
Thiago O Silva - 41308
Thiago Gabriel Freire - 41287, 41295
Tiago Eugenio Duarte Ribeiro - 41115
V
Verena Cerqueira Palácio - 41090
Vitoria Hadassa Gomes Barbosa Goncalves - 40941
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