UFRJ - CCJE COPPEAD MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS A RELAÇÃO ENTRE A IMPORTÂNCIA DOS ATRIBUTOS DE DISTRIBUIÇÃO E O GAP DE MERCADO Uma Análise Empírica com base na Pesquisa Benchmark Serviço Ao Cliente Aluna: Ticiana Braga De Vincenzi Orientador: Prof. Frederico Carvalho Membros da banca: Prof. Kleber Figueiredo Prof. Valdecy Leite Rio de Janeiro - 1999 ii You can do almost everything “wrong” in business and still succeed if you serve the customer. You can do just about everything “right” in business and fail if you do not take care of their needs, wants, desires, and emotions. Falvey, 1985, p.67 iii AGRADECIMENTOS Aos meus pais, que foram os grandes incentivadores e maiores críticos a este trabalho. Sem eles provavelmente eu não teria conseguido. Aos professores César Lavalle e Paulo Fernando Fleury, por terem disponibilizado os dados da pesquisa e à Fernanda, por todas as explicações. Ao professor Kleber Figueiredo, pelo apoio e pelo aconselhamento, fundamentais no aprimoramento e na organização deste trabalho. Ao meu orientador, professor Frederico Carvalho, por todo apoio e orientação, e agradeço também aos amigos que foram tão pacientes comigo no período final, principalmente Parê, Lia, Ana, Erika, minha irmã Bel, meu irmão Leo e o maridão Daniel. iv SUMÁRIO No Brasil, o Coppead – UFRJ, através de seu Centro de Estudos de Logística (CEL), elaborou uma metodologia de avaliação da qualidade do serviço de distribuição física de bens de consumo da indústria para o atacado e o varejo. Com isso, a partir de 1994, estão sendo pesquisados os setores de papel, produtos de higiene e limpeza, alimentos perecíveis e não perecíveis das cidades Rio de Janeiro e São Paulo, e posteriormente de Recife, Belo Horizonte e Curitiba. O objetivo deste trabalho é analisar parte dos resultados dessa pesquisa. Com o estudo, será examinada a relação entre o grau de importância atribuído pelos clientes às diversas dimensões do serviço, e os padrões de referência do mercado, isto é, a prática de mercado e as melhores práticas do serviço de distribuição. O presente trabalho pretende verificar em que medida os padrões de referência influenciam o grau de importância das dimensões, e se as empresas fornecedoras de produtos estão atuando de forma consistente e competitiva em relação às dimensões consideradas mais importantes pelos seus clientes. Fazendo a relação entre o grau de importância das dimensões (atribuído pelos clientes) e o gap de mercado entre a melhor prática e a prática de mercado de cada atributo do serviço ao cliente, este trabalho testa três situações possíveis: quanto maior a importância da dimensão, maior o GapMercado; quanto maior a importância da dimensão, menor o GapMercado; e ausência de relação entre importância e GapMercado. v A fim de verificar qual das situações é a verdadeira, foi testado se a importância das dimensões é função do gap entre a melhor prática e a prática de mercado das variáveis do serviço ao cliente. Para isso foram utilizados os dados de 1998, já que a pesquisa de 1999 está em andamento. Essa análise é útil porque, dependendo dos resultados, pode oferecer indicadores confiáveis às empresas fornecedoras de produtos, visando o aprimoramento de suas políticas de negócios e práticas de mercado. Os resultados das análises provam que existe uma relação direta entre a importância e o gap de mercado, podendo ser avaliada tanto graficamente quanto através do cálculo da correlação das variáveis testadas. O estudo termina com recomendações para a indústria e sugestões para pesquisas futuras. vi ABSTRACT In Brazil, Coppead - UFRJ, through its Center of Studies in Logistics (CEL), has elaborated a methodology for evaluation of distribution of consumption goods quality of services in the supplied by large and medium-sized industrial establishments to wholesale and retail stores. Starting from 1994, the important sectors of paper, hygiene/cleaning products and perishable and non-perishable food articles have been researched by Coppead - UFRJ in the cities of Rio de Janeiro and São Paulo and, later on, also in Recife, Belo Horizonte and Curitiba. The objective of this study is to analyze part of the results of that research, specifically the relationships between the degree of importance attributed by customers to the several dimensions of the distribution services and, on the other hand, the reference patterns of the market, i.e. the general market practices and the best practices occurring in the distribution services. The present study intends to verify in what measure the relationship between the patterns of reference (market gap) influences the degree of importance of the several dimensions, and whether suppliers of products are acting in a consistent and competitive way as regards the dimensions considered most important by their customers. In establishing these relationships, this study foresees three possible situations: the larger the dimension importance, the larger the market gap; the larger the dimension importance, the smaller the market gap; and there is no correlation between dimension importance and market gap. In order to verify which of the three situations is the most likely to reflect the actual state of the market, tests were made to find out if the importance of the vii several dimensions is a mathematical function of the gap between the best practice and the general market practice. With this aim in view, data from 1998 were utilized, provided that 1999 Coppead - UFRJ Research is, at the present moment, under due processing. The results of these analyses prove that a direct relationship exists between importance and market gap, which can be evaluated graphically as well as through calculation of correlation coefficients of the tested variables. These analyses offer reliable indicators for enterprises active in the field of product supplying services, for the sake of improving business policies, strategies and market practices. This study finishes with recommendations for the paper, hygiene/cleaning products and food industry distribution practices, and suggestions for future researches. viii ÍNDICE LISTA DE ILUSTRAÇÕES .......................................................................... ix LISTA DE ANEXOS .................................................................................... xi 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................... 1 1.1. Importância do Estudo .................................................................... 2 1.2. Objetivos ......................................................................................... 6 1.3. Delimitação do Estudo .................................................................... 6 1.4. Organização do Estudo................................................................... 8 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................... 9 2.1. Caracterizando a Distribuição como um Serviço............................. 9 2.2. Os atributos do Serviço de Distribuição ........................................ 16 2.3. Avaliação da Qualidade de um Serviço ........................................ 21 2.4. Avaliando a qualidade do serviço de distribuição.......................... 40 2.5. Outras pesquisas realizadas sobre o assunto............................... 46 2.6. A pesquisa do CEL–Coppead: metodologia ................................. 47 2.7. A pesquisa do CEL-Coppead: apresentação dos resultados / dados ............................................................................................................. 51 3. METODOLOGIA DE TRABALHO ........................................................ 59 3.1. Hipóteses a serem testadas.......................................................... 59 3.2. Como testar as hipóteses.............................................................. 63 3.3. Limitações ..................................................................................... 68 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................ 71 4.1. Todas as categorias ...................................................................... 71 4.2. Papel ............................................................................................. 75 4.3. Higiene e Limpeza......................................................................... 78 4.4. Alimentos Não Perecíveis ............................................................. 81 4.5. Alimentos Perecíveis..................................................................... 84 4.6. Diagnóstico.................................................................................... 88 5. CONCLUSÕES .................................................................................... 94 5.1. O que se pode dizer à luz do que foi analisado ............................ 94 5.2. Sugestões para pesquisas futuras ................................................ 99 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................ 101 ix LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Trade-offs de custos entre Marketing e Logística Figura 2 – Duas dimensões da Qualidade de Serviço Figura 3 – Modelo de Qualidade de Serviço Figura 4 – Usando serviço para aumentar a essência do produto Figura 5 – Os 4 passos do processo de benchmarking Figura 6 – A matriz de performance de serviço Tabela 1 – Plano do Servqual Tabela 2 – Dimensões e variáveis do serviço ao cliente Tabela 3 – Evolução da Importância do Serviço de Distribuição Física na Decisão de Compra do Comércio: Higiene e Limpeza Tabela 4 – Evolução da Importância do Serviço de Distribuição Física na Decisão de Compra do Comércio: Alimentos Perecíveis Tabela 5 – Evolução da Importância do Serviço de Distribuição Física na Decisão de Compra do Comércio: Alimentos não Perecíveis Tabela 6 – Evolução da Importância do Serviço de Distribuição Física na Decisão de Compra do Comércio: Papel Tabela 7 – Nível de expectativa e desempenho do mercado Tabela 8 – Correlação entre Gap e Importância: Todas as categorias Tabela 9 – Correlação entre Gap e Importância: Papel Tabela 10 – Correlação entre Gap e Importância: Higiene e Limpeza Tabela 11 – Correlação entre Gap e Importância: Alimentos não perecíveis Tabela 12 – Correlação entre Gap e Importância: Alimentos perecíveis Gráfico 1 – Todas as categorias: dispersão de dados da tabela 8 Gráfico 2 – Todas as categorias sem os 5 pontos anômalos x Gráfico 3 – Papel: dispersão de dados da tabela 9 Gráfico 4 – Papel sem os 5 pontos anômalos Gráfico 5 – Higiene e Limpeza: dispersão de dados da tabela 10 Gráfico 6 – Higiene e Limpeza sem os 5 pontos anômalos Gráfico 7 – Alimentos não perecíveis: dispersão de dados da tabela 11 Gráfico 8 – Alimentos não perecíveis sem os 5 pontos anômalos Gráfico 9 – Alimentos perecíveis: dispersão de dados da tabela 12 Gráfico 10 – Alimentos perecíveis sem os 5 pontos anômalos Gráfico 11 – Alimentos perecíveis sem os 7 pontos anômalos xi LISTA DE ANEXOS Anexo 1 – Dimensões e Variáveis Anexo 2 – Tabela de Dados da Pesquisa (sem os pontos anômalos) Anexo 3 – Questionário da pesquisa Benchmark Serviço ao Cliente 1 1. INTRODUÇÃO Em um mundo cada vez mais competitivo e globalizado, os desafios enfrentados pelas organizações são cada vez mais crescentes e complexos. Assim, é fundamental que as empresas tenham uma forma de avaliar o quanto estão preparadas para responder a esses desafios. A preocupação com a satisfação do cliente é um dos pontos fundamentais para a estratégia do negócio, e manter o cliente satisfeito é pré-condição para o sucesso a longo prazo de qualquer empresa. Por isso, diversas organizações se esforçam em ouvir e entender as necessidades de seus clientes através de pesquisas de satisfação, buscando diretrizes para melhor servi-los e melhorar o posicionamento de mercado. Em muitos casos, os resultados e tendências dessas pesquisas fornecem informações significativas, não somente do ponto de vista dos clientes, mas também a respeito de seus comportamentos de mercado, ou seja, recompra e recomendações. Segundo Oliver (1980), a satisfação do cliente é o julgamento do cliente após a compra ou a avaliação do cliente a respeito de um produto ou serviço específico. Manter os clientes satisfeitos envolve não só coordenar e acompanhar as interações diárias, mas também efetuar uma avaliação global da performance dos produtos e serviços oferecidos, bem como dos processos de produção. A qualidade é julgada pelo cliente: por isso, a qualidade deve levar em conta as características dos produtos e serviços que adicionam valor para o cliente, intensificam sua satisfação e determinam sua preferência. O 2 conhecimento das necessidades do cliente é, portanto, o ponto de partida na busca da excelência do desempenho da organização. 1.1. Importância do Estudo Até o ano de 1994, com os altos índices de inflação que assolavam o Brasil, o empresariado nacional e os consumidores tinham uma visão distorcida do real valor dos produtos e serviços oferecidos pela indústria. A busca de ganhos financeiros fazia com que houvesse uma maior predisposição a trocar qualidade de produtos e serviços por descontos nos preços. A partir da queda da inflação, as relações de mercado entre a indústria de bens de consumo e o comércio começaram a se alterar. Outros fatores, como a qualidade do serviço de distribuição física dos produtos, o apoio promocional no ponto de venda e a própria qualidade do produto começaram a ter mais importância do ponto de vista comercial. Antes da queda da inflação, as atividades de distribuição física eram percebidas como “um mal necessário no processo de negociação e transferência de posse do produto comercializado” (Fleury e Silva, [s/d], p. 1). Em condições inflacionárias, o mercado não tinha como valorizar o serviço de distribuição e utilizá-lo como arma competitiva. Ainda conforme Fleury e Silva, nos Estados Unidos e na Europa, nas últimas décadas, com o acirramento do ambiente competitivo, algumas empresas se destacaram pela alta qualidade de seus serviços de distribuição física. Autores como Bowersox (1992) e Lambert (1993) colocam que a melhoria do serviço de distribuição nas empresas tem sido importante fator para a manutenção da satisfação dos clientes e o aumento da lucratividade dos negócios. 3 Lambert (1993) afirma que o posicionamento de mercado com base na capacitação logística ou na redução dos custos de distribuição pode elevar as margens de lucro das empresas, principalmente daquelas cujo valor agregado pela logística é importante. Segundo Fleury e Silva, este é o caso dos setores de papel e alimentos, cujos custos logísticos podem chegar a 40% do valor 1 agregado total . A excelência no serviço de distribuição pode fornecer um diferencial competitivo extremamente importante em alguns setores, diferencial de difícil duplicação, pois exige altos investimentos em capacitação logística, além de avaliação constante de todo processo de suprimento. Mas garantir que o produto desejado esteja no local e no momento adequados às necessidades dos clientes não é tarefa simples. É necessário buscar alta eficiência logística e, ao mesmo tempo, diminuir cada vez mais os custos do processo. Para isso, é fundamental que toda a cadeia de suprimentos seja analisada e repensada, visando a formação de parcerias e a eliminação de duplicidade de funções entre os elos da cadeia, desde o fornecedor de matéria-prima até o consumidor final do produto. É importante lembrar que, a partir do momento em que os serviços começam a melhorar, as expectativas dos clientes também aumentam, fazendo com que as exigências mínimas estejam em constante ascensão. Para garantir clientes satisfeitos, é fundamental que o desempenho do serviço de distribuição seja constantemente mensurado, possibilitando um melhor acompanhamento da percepção dos clientes quanto à qualidade do serviço prestado. 1 Valor agregado corresponde aos custos adicionados à matéria-prima que refletem no valor final (preço) do produto ou serviço, tais como transferência física, processo de transformação, armazenagem e imagem. 4 No Brasil, o Coppead – UFRJ, através de seu Centro de Estudos de Logística (CEL), elaborou uma metodologia de avaliação da qualidade do serviço de distribuição física de bens de consumo da indústria para o atacado e o varejo. Com isso, a partir de 1994, estão sendo pesquisados os setores de papel, produtos de higiene e limpeza, alimentos perecíveis e não perecíveis das cidades Rio de Janeiro e São Paulo, e posteriormente de Recife, Belo Horizonte e Curitiba. Em julho de 1994, com a instituição do plano de estabilização econômica, observou-se um salto no nível da competitividade de diversos setores da economia brasileira. A partir do término do ambiente hiperinflacionário, o foco gerencial foi redirecionado para as atividades-fim do negócio. A redução drástica dos lucros financeiros despertou a alta administração das empresas, ao longo de toda a cadeia de suprimento, para a busca por rentabilidade nas suas operações diárias. Dessa forma, cresceram os níveis de exigência do comércio varejista e atacadista por melhores serviços de distribuição por parte das empresas industriais. Como resposta a esse novo ambiente competitivo, verificou-se a adoção de novas estratégias baseadas nos tempos gastos, com o fim de reduzir o intervalo entre as transações do mercado e garantir um alto nível de disponibilidade dos produtos. Por isso, a atividade de distribuição física ganhou um papel de relevância estratégica que transcende a simples redução dos custos, visando primordialmente ao estímulo das vendas e, conseqüentemente, à maior lucratividade dos negócios. 5 Acrescem-se também os largos benefícios advindos com a maior satisfação dos consumidores, com a melhoria do atendimento aos cidadãos, e com o desenvolvimento econômico do País. As pesquisas realizadas pelo Centro de Estudos em Logística do Coppead UFRJ confirmam a dinâmica dos setores estudados. competitividade O aumento de tem deslocado o poder de barganha para as empresas comerciais, com base na crescente importância atribuída ao serviço de distribuição física, no momento da decisão da compra. Portanto, nada mais oportuno para os empresários do que se manterem bem informados, através de pesquisas periódicas, sobre o desenvolvimento do mercado com relação às expectativas e percepções de desempenho do serviço de distribuição, na visão dos clientes. É evidente que um mau entendimento do mercado pode resultar em investimentos equivocados, os quais, por seu turno, se tornam um fator de limitação da capacidade competitiva das empresas. Com intuito de avaliar as correlações entre a importância atribuída pelos clientes aos serviços e os padrões de referência do mercado, o presente estudo torna-se significativo, uma vez que pretende contribuir para a melhor compreensão do conceito de qualidade dos serviços de distribuição nos setores de alimentos, de produtos ligados à higiene e limpeza, bem como de papel. Fazendo uso dos dados fornecidos pelo CEL-Coppead, acreditamos que esta análise possa contribuir para uma reflexão sobre o excelente trabalho de pesquisa realizado metodológico. pela instituição e seu eventual aperfeiçoamento Dessa forma, além de fornecer informações úteis para as 6 empresas, poderá oferecer também alguns subsídios para a comunidade acadêmica. 1.2. Objetivos Com este trabalho pretendemos analisar parte dos resultados da pesquisa efetuada pelo Centro de Estudos de Logística do Coppead – UFRJ sobre a avaliação da qualidade do serviço de distribuição física prestado pela indústria de bens de consumo ao comércio atacadista e varejista. Os objetivos deste estudo são basicamente dois: 1) Examinar a relação entre os padrões de referência do mercado, isto é, a prática de mercado e as melhores práticas do serviço de distribuição, e o grau de importância atribuído pelos clientes às diversas dimensões do serviço. 2) Verificar em que medida os padrões de referência influenciam o grau de importância das dimensões, e se as empresas fornecedoras de produtos estão atuando de forma consistente e competitiva em relação às dimensões consideradas mais importantes pelos seus clientes. 1.3. Delimitação do Estudo Este estudo utiliza os dados de 1998 da pesquisa Benchmark Serviço ao Cliente do Centro de Estudos de Logística do Coppead - UFRJ. Os setores pesquisados são os de papel, produtos de higiene e limpeza, alimentos perecíveis e não perecíveis. A pesquisa foi feita com empresas atacadistas e varejistas localizadas nas cidades Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Curitiba. Embora a pesquisa ocorra desde 1994, optamos por utilizar somente os dados do último ano, já que algumas modificações no questionário ocorreram ao longo dos anos, e novos mercados foram incluídos. E os dados de 1999 7 ainda estavam em fase de compilação, por isso não foram utilizados no estudo. A pesquisa avalia 31 atributos do serviço de distribuição – chamados na pesquisa de variáveis do serviço –, agrupados em 9 dimensões. Em 22 desses atributos (sendo que 2 são avaliados através de 9 subitens) é pedida aos clientes a opinião a respeito da expectativa mínima, da prática de mercado e da melhor prática de cada atributo. Os 9 outros atributos são avaliados conforme as práticas operacionais dos clientes. Na pesquisa, os clientes também avaliam a importância de cada dimensão do serviço ao cliente. Optamos por trabalhar somente com a melhor prática e a prática de mercado de cada uma das 29 variáveis (20 atributos + 9 subitens) do serviço ao cliente medidas desta forma, e com a importância de suas respectivas dimensões. Neste trabalho, analisamos a correlação entre a diferença da prática de mercado e as melhores práticas, e o grau de importância das diversas dimensões do serviço. Outras correlações podem ser feitas com a extensa base de dados da pesquisa. Não utilizamos a expectativa mínima dos clientes neste estudo, já que a mesma pode estar acima da prática de mercado e da melhor prática. Neste caso, a relação que podemos ter como certa é que a melhor prática será sempre melhor ou igual à prática de mercado, possibilitando o cálculo da diferença, ou gap, a ser melhor explicitada no capítulo 3. Por isso, somente será analisado o gap entre a prática de mercado e a melhor prática. Como este trabalho está focado na relação entre a importância e o gap entre prática de mercado e melhor prática, não utilizamos também os dados dos 9 atributos respondentes. medidos em relação às práticas operacionais dos 8 1.4. Organização do Estudo Neste primeiro capítulo, buscamos dar uma introdução ao trabalho, salientando sua importância, os objetivos propostos e a delimitação do estudo. O capítulo seguinte, revisão bibliográfica, busca caracterizar distribuição como um serviço e fazer um painel teórico dos atributos do serviço de distribuição. Também relata os principais métodos de avaliação da qualidade de serviços em geral, e mais especificamente do serviço de distribuição. Por fim, o capítulo descreve a metodologia e os dados da pesquisa do CELCoppead. O capítulo 3 desenvolve a metodologia de trabalho, as limitações do método e as hipóteses a serem testadas. O capítulo 4 demonstra a análise dos resultados. E, finalmente, no capítulo 5, são apresentadas as conclusões do trabalho e algumas sugestões para pesquisas futuras. 9 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Com este capítulo, pretendemos apresentar a distribuição como um serviço e seus principais atributos, descrever algumas formas de se avaliar a qualidade de serviço – e do serviço de distribuição - e expor a pesquisa do CEL– Coppead, de modo a facilitar o entendimento dos conceitos e das hipóteses a serem testadas neste trabalho. Este capitulo apresentará primeiramente um painel teórico, cujos objetivos são caracterizar distribuição como um serviço, através dos principais conceitos disponíveis na literatura, e caracterizar especificamente os atributos do serviço de distribuição, foco da pesquisa “Benchmark – Serviço ao Cliente” do CEL– Coppead. Em seguida, são descritos os principais modelos de avaliação da qualidade de serviços, e mais especificamente como avaliar o serviço de distribuição, e outras pesquisas realizadas sobre o assunto. Por fim, o capítulo descreve a pesquisa do CEL–Coppead e sua metodologia, e faz uma apresentação dos principais dados e resultados obtidos. 2.1. Caracterizando a Distribuição como um Serviço A partir do final da década de 80 e por toda a de 90, pudemos visualizar grandes transformações em relação a serviços e produtos. Os consumidores estavam cada vez mais exigentes, mais informados e mais sofisticados; pareciam saber exatamente o que era importante, selecionando serviços de melhor qualidade. Os executivos, igualmente, 10 passaram a reconhecer que oferecer serviços de excelência era um poderoso instrumento na competitividade e um forte indicativo para diferenciar uma companhia de suas concorrentes. Grönroos (1995) define serviço como uma atividade de natureza mais ou menos intangível, que é fornecida como solução ao problema do cliente, e que normalmente (mais não necessariamente) acontece durante as interações entre clientes e funcionários - ou recursos físicos - da empresa prestadora de serviços. É neste contexto que encaixamos o serviço de distribuição física de produtos. LaLonde, Cooper e Nordewier (1988) definem distribuição como um serviço que provê benefícios significativos ao agregar valor à cadeia de suprimentos de forma efetiva em relação a custos. Segundo pesquisas feitas por esses autores, o serviço de distribuição vem se tornando cada vez mais uma maneira de diferenciar estrategicamente os produtos de diversas empresas. E as evidências dessas pesquisas sugerem que o elemento ponto (distribuição) do marketing mix será cada vez mais importante no futuro, comparado com os outros 3 elementos (preço, produto e promoção). Já que os recursos disponíveis são limitados, a forma pela qual a administração destina esses recursos aos componentes do marketing mix – produto, preço, promoção e canal de distribuição (ou ponto) – será um componente essencial na determinação da lucratividade da empresa e de sua fatia de mercado. (LAMBERT, 1982) Lambert e Stock (1993, p. 41-45) explicam estes componentes e suas influências: 11 • “O produto é conjunto de componentes que o consumidor compra. Uma firma pode alocar recursos para desenvolver produtos novos para o mercado consumidor ou para melhorar a qualidade dos produtos existentes. A qualidade de um produto influencia a demanda e o preço que se pode cobrar. Reduzir a qualidade diminui os custos e aumenta os ganhos a curto prazo mas pode erodir a rentabilidade a longo termo. E no mercado global, todos os grandes competidores são compelidos a terem produtos de alta qualidade.” • “O preço é a quantidade de dinheiro que o fabricante recebe por seu produto. O administrador pode determinar como mudanças de preço afetarão o comportamento dos intermediários e dos consumidores finais. Estas mudanças não se restringem apenas a uma nova lista de preços dos produtos, mas também às reduções de prazo para pagamento de faturas, dar descontos para pagamentos antecipados, ou estabelecer novas regras de financiamento. Todos estes procedimentos podem afetar a demanda.” • “O termo promoção, aqui, refere-se tanto à propaganda como ao pessoal de vendas. A intensificação da propaganda pode aumentar as vendas mas, a partir de um ponto, este aumento não justifica os gastos. Já o número de pessoal de vendas depende do canal de distribuição. Em muitas indústrias o pessoal de vendas pode ser treinado para atuar mais efetivamente, agregando excelência da logística.” valor ao produto pela 12 • “Canal de distribuição pode ser definido (como) o controle de unidades organizadas, tanto internas da indústria como externas a ela, as quais executam funções envolvidas com o marketing de produto.” (LAMBERT, 1978, p. 1-2) A figura 1 (LAMBERT, STOCK, 1993, p. 41) sumariza os trade-offs de custos que a administração deve fazer. O objetivo é alocar recursos nos 4 componentes do marketing mix (produto, preço, promoção e ponto) de forma a gerar maiores lucros a longo prazo. Preço Promoção LOGÍSTICA Ponto / Praça (níveis de serviço ao cliente) Custos de transporte Custos de estoque em processo Custos de armazenagem Custos de tamanho do lote Custos de informação e de processamento de pedidos Fig. 1. Trade-offs de custos entre Marketing e Logística Vemos, pois, que “as funções do marketing são permeáveis; incluem comprar, vender, transportar, estocar, classificar, financiar, correr os riscos de MARKETING Produto 13 mercado e fornecer informações de marketing.” (CLARK, 1922, p. 11.; BARTELS, 1970, p. 166-175) E também que “qualquer unidade organizacional, instituição ou agência que execute uma ou mais funções de marketing é membro do canal de distribuição”. (LAMBERT, 1993, p.72) Assim, o canal de distribuição pode ser considerado como um dado do sistema logístico, e a satisfação do cliente, o resultado da boa operacionalidade de todos os componentes de marketing mix. O serviço ao consumidor é, portanto, a interface da logística com o marketing. “A disponibilidade do produto e a regularidade do prazo de entrega podem ser um diferencial do produto e influenciar o preço de mercado quando o consumidor está disposto a pagar mais por melhores serviços.” (LAMBERT, STOCK, 1993, p.44-45) Para conquistar e manter o cliente, satisfazendo-o plenamente, é necessária uma compreensão sobre o que ele valoriza. Isso requer uma atenção especial sobre os processos pelos quais esse valor está sendo constantemente fornecido. Christopher (1999) indica que há uma equação entre o valor que os clientes percebem que estão obtendo e o preço que estão dispostos a pagar. O desafio é exatamente identificar maneiras de aumentar o valor para o cliente, adotando estratégias inovadoras de marketing, sem se prender ao enfoque tradicional de salientar apenas marcas e imagens. Uma firma pode ampliar sua fatia de mercado e seus ganhos alocando mais recursos no serviço ao consumidor/logística do que seus adversários. Se ajustar sistematicamente o pacote de serviços ao cliente, ela pode melhorar o serviço e reduzir os custos totais com a logística. Ao sopesar estas opções, o principal objetivo do administrador deve ser o de maximizar os lucros da firma 14 a longo prazo. Aplicar mais recursos nos diversos componentes do marketing mix exige um incremento de vendas apenas para cobrir os custos adicionais. Transferir dólares do marketing mix para o serviço ao consumidor, de áreas onde os recursos não agregam valor às vendas, pode resultar em economia e aperfeiçoamento do serviço ao consumidor. Uma das vantagens deste método é que a melhoria do serviço ao consumidor não é tão fácil de ser copiada pelos concorrentes como são as mudanças nos produtos, no preço e na promoção. (LAMBERT, STOCK, 1993, p. 44-45) “A estrutura do canal de distribuição afeta • o controle da execução das funções • a rapidez de entrega e comunicação • o custo das operações” (STERN, 1965) “Um implemento de sucesso no conceito de marketing prevê a necessidade de se conquistar e manter consumidores e, ao mesmo tempo, obter lucros a longo prazo e investir em novos objetivos. Criar demanda – a aquisição de clientes é, muitas vezes, vista apenas em termos da promoção (venda, propaganda, produto e preço) mas o serviço ao cliente pode ter um impacto significativo na demanda.” (STERLING, LAMBERT, 1987) (grifos do autor) “Além disto, o serviço ao consumidor determina se o cliente permanecerá cliente.” (LAMBERT, STOCK, 1993, p. 112) Em 1989, Christopher (1989) afirmava que, com a intensificação da concorrência pela conquista de mercado dentro de um contexto de globalização, a logística, até então desconhecida como elemento de impacto 15 na organização, passou a ser um tópico de preocupação para os administradores. Grönroos (1995, p. 345) afirma que “o know-how de serviços é uma questão estratégica, assim como operacional.” (grifos dos autor) Porter (1985) fez uma análise bastante clara da situação: “A preocupação das grandes companhias em relação à configuração e à administração dos canais de distribuição atingiu um alto nível de intensidade. As razões para isto não surpreendem. Primeiro, como o crescimento econômico decresceu, fez-se necessário buscar novos mercados. A conquista de novos segmentos de mercado sempre exigiu novas técnicas de abordagem. Segundo, como a corrida para expansão global continua, tornou-se essencial para se ter sucesso compreender os padrões de distribuição mundial. (...) Terceiro, como a competição mundial se intensificou, aumentou a preocupação em quase todas as indústrias em oferecer maiores vantagens aos consumidores (na forma de melhores serviços e até mesmo menores preços). Como resultado, maiores esforços foram envidados para reduzir custos em toda a cadeia (do produtor ao consumidor).” Um produto manufaturado tem um valor maior que suas peças separadas principalmente porque ele está pronto para o consumo. Isto porém não basta para fazê-lo vendável. Para o consumidor é necessário, ainda, que ele esteja disponível para a compra, no lugar certo, no tempo certo. É a logística que possibilita este produto estar no lugar e no tempo certo, enquanto é o marketing que determina sua aquisição. (LAMBERT, STOCK, 1993, p. 8-9) 16 2.2. Os atributos do Serviço de Distribuição Podemos indicar os elementos fundamentais no que diz respeito a serviço a clientes, que, embora possam diferir para cada cliente, segmento de mercado ou canal de distribuição, compõem o conceito de “pedido perfeito” (CHRISTOPHER, 1999, p. 61). O “pedido perfeito” é alcançado quando todos os objetivos importantes do serviço são atendidos, satisfazendo plenamente o cliente. Christopher (1999) sugere que esses elementos fundamentais, constitutivos do “pedido perfeito”, são: • entrega pontual; • entrega completa; • entrega sem erros. Esses três elementos são a essência da satisfação de clientes, que é a principal missão da logística. O conceito de “pedido perfeito” encaixa-se nas conclusões de Bowersox e Cooper (1992, p. 204-209), que afirmam que os aspectos da operação logística que criam performance superior de serviço ao cliente podem ser avaliados, tradicionalmente, de três formas: a) disponibilidade de estoques; b) capacidade de serviços; c) qualidade de serviços. Cada uma dessas formas faz com que seja possível medir quantitativamente a performance operacional logística de uma empresa: a) Disponibilidade de Estoques: forma mais comum de medir o serviço ao cliente, indica o quanto o inventário / estoque de uma empresa é capaz de satisfazer às demandas dos clientes. A disponibilidade pode ser medida de três formas: 17 1. In-stock e/ou out-of-stock percentage: em um certo momento de tempo, o percentual de estoque representa quantos produtos ou stockkeeping-units (SKUs), planejados para estarem estocados, estão realmente disponíveis para os clientes. Desta forma, se uma empresa planeja ter 100 itens em seu depósito, mas em um determinado dia só tem 93 disponíveis, o seu percentual de in-stock é de 93%, e de out-of-stock é de 7%. 2. Order-fill rate: mede a relação entre os SKUs despachados e todos os SKUs demandados pelo cliente. Por exemplo: se um cliente faz um pedido de 100 produtos e a empresa só despacha 97, o order-fill rate será de 97%. 3. Percentual de pedidos completos (orders shipped complete): mede a freqüência com que uma empresa fornece 100% de todos os itens pedidos pelo cliente. Esse percentual é uma medida de zero-defeitos, e é muito difícil de se alcançar nas operações diárias. Um alto percentual de pedidos completos mostra que a empresa está conseguindo fornecer a diversidade e quantidade de SKUs que os clientes desejam. b) Capacidade de Serviços: esta forma de medir envolve a velocidade, a consistência e a flexibilidade das operações de entrega de produtos. O foco da capacidade de serviços é o planejamento do ciclo de pedido. As atividades que constituem um típico ciclo de pedido são: transmissão do pedido do cliente, aprovação de crédito e processamento, disponibilização de estoque, transporte, faturamento e entrega. 1. Velocidade do serviço é o tempo total que um cliente espera entre o pedido e a entrega. Normalmente, as cinco atividades do ciclo de pedido requerem tempo de performance. Naturalmente a maioria dos clientes quer entregas o mais rápido possível. 18 2. Consistência do ciclo do pedido é uma medida de capacidade de serviço ao cliente baseada na performance média de tempo do fornecedor. A consistência, medida através de um grande número de ciclos de pedido, compara a performance atual com a performance planejada. Devido ao fato de que clientes planejam suas operações de reabastecimento baseados na performance esperada dos fornecedores, é sabido que a consistência do serviço é consideravelmente mais importante do que a velocidade do serviço. 3. Flexibilidade envolve a habilidade de um fornecedor de atender a pedidos especiais dos clientes. Dependendo do pedido do cliente, um fornecedor pode decidir utilizar um método diferente do usual para prover o serviço requerido. Para conseguir um melhor desempenho de operações logísticas, alguns fornecedores disponibilizam sistemas flexíveis para atender aos seus clientes. c) Qualidade de Serviços: refere-se à habilidade da empresa em desempenhar sem erros todas as atividades relativas ao pedido do cliente. Qualidade do serviço significa que o pedido será entregue conforme demandado, sem produtos danificados, que o faturamento será feito corretamente e que problemas inesperados serão resolvidos rapidamente. Empresas que excedem em qualidade de serviços têm no mínimo três características básicas: 1. Implementação de mecanismos que facilitam o acesso do cliente a informações precisas a respeito do pedido em aberto. Essas informações podem ser obtidas por telefone através de uma área de atendimento a clientes com acesso a um sistema que contenha dados atualizados sobre os pedidos. 2. Desenvolvimento de mecanismos para resolver pedidos especiais de clientes sem excessivos atrasos para aprovação da operação ou outras 19 burocracias. O poder dos funcionários do front-line para tomar decisões facilita a performance de alta qualidade. 3. Capacidade de efetuar recuperações brilhantes na ocorrência de colapsos no serviço ou outras situações inesperadas. Uma recuperação brilhante acontece quanto o fornecedor faz todos os esforços possíveis para contornar a situação e atender às necessidades do cliente. Isso envolve uma cultura organizacional que reconhece que colapsos no serviço podem acontecer e uma resolução rápida pode, no final, solidificar a lealdade dos clientes. Segundo Christopher (1999), nos dias atuais, em quase todos os mercados, os clientes demandam níveis de desempenho cada vez mais elevados de seus fornecedores. Isto é especialmente verdadeiro no que tange ao tempo de entrega. Se em muitas empresas houve um esforço no que se refere à redução dos estoques, os consumidores, por sua vez, passaram a exigir mais qualidade de serviço, com menos tolerância para a espera. Nota-se que há um número cada vez maior de clientes “sensíveis ao tempo, em vez de sensíveis ao preço” (CHRISTOPHER, 1999, p. 31). O autor define o “tempo de serviço” como o período decorrido entre o dia em que o cliente fez o seu pedido e a entrega final ou instalação do produto. Num mundo “sensível ao tempo”, atendimentos rápidos podem proporcionar uma significativa vantagem competitiva, obviamente se for mantida a qualidade do produto ou serviço e a sua confiabilidade. Quando as empresas estão tratando de gerenciar com base no just-in-time, minimizando seus estoques, é essencial que os fornecedores possam garantir prazos de entrega em períodos de tempo bastante curtos, como, por exemplo, uma hora. Isso vai exigir um bom programa de compressão de tempo. 20 Sobre esse assunto, Christopher (1999) enfatiza que os mais importantes avanços dos últimos anos no que tange à forma pela qual as organizações gerenciam suas operações e formulam estratégias competitivas tem sido o “enfoque no tempo” (CHRISTOPHER, 1999, p. 131). Embora existam muitas maneiras pelas quais as empresas competem para obter vantagens sobre os concorrentes, a capacidade de mover-se com rapidez - quer no desenvolvimento de um produto ou serviço, ou no reabastecimento do estoque dos clientes – torna-se, cada vez mais, um pré-requisito para o sucesso no mercado. Christopher (1999) explica que, para o cliente, o valor é criado quando suas percepções dos benefícios recebidos em uma transação ultrapassam os custos totais de propriedade do produto ou serviço. Ele expressa a idéia na seguinte relação (CHRISTOPHER, 1999 p. 72): Valor para o cliente = Percepções dos benefícios Custo total de propriedade do produto ou serviço O autor salienta que usou o termo “custo total de propriedade” no lugar de “preço”, para destacar o fato de que na maioria das transações existem outros custos envolvidos além do preço, como, por exemplo: custos operacionais com armazenagem, manutenção, treinamento, suporte técnico, baixa de estoque, etc. Para ele, a logística é o único fator com capacidade de causar impacto tanto no numerador quanto no denominador dessa relação: pode agregar valor nos benefícios percebidos através de, por exemplo, entrega pontual, resposta flexível e tempo de avanço mais curto; e pode minimizar o custo de propriedade através da diminuição dos estoques, do custo de pedido e do custo da falta de estoque. 21 Em suma, podemos dizer que as empresas devem buscar um equilíbrio entre agregar valor para o cliente e os custos adicionais que isso importa. Sendo assim, conclui-se que, para muitas firmas, o serviço ao consumidor pode ser o melhor método para ganhar uma vantagem na competição. Neste contexto, indicadores de serviço como entrega em data prometida, acuidade em executar procedimentos, informações sobre atraso nos transportes, consistência no ciclo de pedido, informação sobre dados de transporte, guia completo de horário, produto de qualidade a preços relativos, preços competitivos e atendimento pontual da equipe de vendas foram identificados como os atributos mais importantes de distribuição por várias indústrias. 2.3. Avaliação da Qualidade de um Serviço Embora a abordagem da qualidade dos serviços já tivesse aparecido na Escandinávia há alguns anos, só foi introduzida no idioma inglês em 1982 (GRÖNROOS, 1983a, 1983b e 1984), juntamente com o conceito de qualidade percebida dos serviços. Pesquisadores e administradores de empresas de serviços são acordes em que a qualidade é a medida “... que resulta da comparação entre a expectativa e a percepção de resultados”. (PARASURAMAN; ZEITHAML; BERRY, 1985, p. 25). Lewis e Booms (1983) estabelecem que prestar serviços de qualidade significa corresponder às expectativas do consumidor numa base consistente. Também Buzzell e Gale (1987) constatam que “... a qualidade é qualquer coisa que os clientes afirmam ser, e a qualidade de ... serviço, em particular, é qualquer coisa que o cliente perceba como tal.” 22 Esta afirmativa está em total conformidade com a maioria das abordagens dos modelos de marketing de serviços que foram desenvolvidos. Assim, pesquisas sobre as reações dos consumidores em face dos efeitos de suas expectativas diante dos serviços prestados – qualidade percebida – parecem fundamentá-la ainda a mais. Podem-se citar, entre outros, Lehtinen e Lehtinen (1982), Parasuraman; Zeithaml e Berry (1985), Berry; Zeithaml e Parasuraman (1985), Lehtinen (1986), Crosby e Giacobbe (1986), Lindquist (1987, 1988), Lewis e Klein (1987), Gummesson e Grönroos (1987, 1988), Zeithaml (1987), Zeithaml; Berry e Parasuraman (1988); Crosby, Evans, Cowles (1988) e Grönroos (1983a). Para que seja possível avaliar a qualidade de serviços, foi necessário estabelecer a possibilidade de se prever como o cliente percebe o serviço recebido. Uma vez isto tendo sido alcançado, poder-se-ia afirmar que “quando um provedor de serviços sabe como (o serviço) será avaliado pelo consumidor, nós podemos sugerir como influenciar estas avaliações em uma direção desejada”. (GRÖNROOS, 1995, p.45) Seja como for, o que está definitivamente estabelecido é que “o que conta é a qualidade na forma que é percebida pelos clientes”. (GRÖNROOS, 1995, p. 48) (grifos do autor) Assim sendo, infere-se que a qualidade percebida do serviço é função direta do que percebe o cliente. Decorre daí a complexidade de identificá-la, defini-la, mensurá-la e melhorá-la e, conseqüentemente, de criar modelos para o seu marketing. Isto porque a percepção varia de acordo com cada cliente, com seu maior ou menor cabedal de informações sobre o serviço requerido e até com o que ele quer ou espera dele. 23 Basicamente, a qualidade de um serviço percebida pelo cliente tem duas dimensões – a dimensão ou resultado técnico e a dimensão funcional ou relacionada a processo (GRÖNROOS, 1984 e 1995 p. 48-9; LEHTINEN, 1986), isto é, o quê o cliente recebe, e o como ele recebe, respectivamente. O quê ele recebe é, no mais das vezes, encarado como a qualidade mesma do serviço; mas isto é apenas uma das dimensões da qualidade, ou seja, é o que se chama de qualidade técnica do resultado do processo de produção do serviço. É o serviço palpável que fica com o cliente e que, de certa forma, pode ser aquilatado um tanto ou quanto objetivamente, considerando-se que se fundamenta em técnicas de soluções por ele conhecidas. Mas o cliente será também influenciado, em sua percepção qualitativa do serviço, pelas interações que se estabelecem nas múltiplas discussões entre ele e o prestador de serviços. Esta é a dimensão funcional do serviço; o como são transferidos para ele a qualidade técnica, as conseqüências e os resultados finais do processo, isto é, dos serviços. Esta dimensão é conhecida como o momento da verdade, conceito introduzido na literatura especializada de gerência de serviços por Normann (1984). Deve-se notar que o momento da verdade é um conceito fundamental para o prestador de serviço influir decisivamente na percepção do cliente. Quando os momentos da verdade são bem administrados pelo fornecedor, eles podem agregar valor à qualidade de serviço prestado. O contrário, obviamente, acontece quando estes momentos são mal administrados. Albrecht e Zemke (1985b), citados por Grönroos, traduzem esta afirmação de maneira bastante 24 significativa “Quando os momentos da verdade não são gerenciados, a qualidade de serviço regride à mediocridade”. Resta lembrar que a percepção da dimensão funcional da qualidade é bem menos objetiva que a da dimensão técnica. A imagem corporativa e/ou local também pode modificar esta visão. Os clientes estão aptos para identificar a empresa, seus recursos e suas formas de produzir. Esta imagem é da maior importância pois pode influir fortemente na percepção da qualidade de maneiras variadas, agindo como um filtro. O conjunto de todas estas dimensões é o que se pode considerar como a qualidade total dos serviços. Para visualizar claramente estas influências das dimensões na qualidade total de serviço, tomamos emprestado de Grönroos (1995, p. 50) a figura 2. Qualidade Total Imagem (empresarial/local) Qualidade Técnica Produzida O quê Qualidade Funcional do Processo Como Fig. 2. Duas dimensões da Qualidade de Serviço Desde a década de 80, vários estudos têm sido relatados sobre os diversos fatores que influenciam a qualidade total percebida. Da pesquisa de Albrecht e Zemke (1985a), citados por Grönroos, emergem quatro fatores : 25 “Cuidado/atenção, ou seja, o cliente intui que a empresa, como um todo, está determinada a solucionar seus problemas. Espontaneidade, que quer dizer que os funcionários estão empenhados em atender aos clientes e a cuidar de seus problemas. Solução de problemas, significando que os funcionários que atendem ao público são altamente competentes de acordo com os padrões estabelecidos. E mais, os funcionários de suporte operacional e de sistemas operacionais também receberam treinamento e especialização para prestar bons serviços. Recuperação, isto é, quando algo não dá certo ou quando acontece o inesperado, existe sempre uma pessoa capaz de lidar com esses acontecimentos”. A solução de problemas é um fator técnico; todos os demais são relacionados com o processo. Grönroos (1995, p. 58) conclui “que a percepção de preço e percepção das campanhas publicitárias não parecem ser um determinante direto da percepção da qualidade”. Reportando-se a uma pesquisa de Lindquist (1988), sugere que, sendo elas, “principalmente, indiretas por natureza, parece haver um efeito de imagem que exerce um impacto sobre a percepção da qualidade e este efeito é uma função das campanhas publicitárias e de outras de comunicação com o mercado, do 26 nível de preço e das ofertas de preço e de uma gama de outros fatores também.” Desta forma, podemos concluir que a busca do cliente por uma determinada empresa prestadora de serviços depende muito do marketing de relações públicas e de esforços de publicidade da prestadora de serviços, além da comunicação boca-a-boca. Cada cliente estabelece com o fornecedor um relacionamento que a empresa tem de desenvolver para conseguir um marketing eficiente. Inicialmente o comprador busca a empresa tendo em vista a solução de seu problema. Nesta fase, o objetivo do marketing é assegurar, de forma convincente, que está apta a fornecer-lhe a melhor solução para seu problema. Se este momento da verdade for bem administrado, o cliente passa a ser um possível comprador de serviço desse fornecedor. É, então, o momento de projetar a execução do serviço dentro dos objetivos do cliente e prever o orçamento correspondente. Este estágio será concluído com tanto maior êxito quanto maior for a competência de argumentação do pessoal de vendas. Se esse processo terminar bem, o cliente em potencial passa a sê-lo de fato. A partir de então, não só a realização do serviço deve ser minuciosamente administrada como, também, deve-se gerenciar, cuidadosamente, o bom relacionamento fornecedor/comprador. Todos os momentos da verdade devem ser administrados tendo em vista tanto os bons resultados para a prestação do serviço atualmente em curso, quanto a possibilidade de futuros contratos. Para isso, é fundamental o foco na satisfação do cliente. 27 Originalmente, satisfação era definida simplesmente como uma atitude. Pensava-se que uma medição da satisfação geral seria suficiente. No entanto, hoje em dia, a forma na qual consumidores formam a idéia de satisfação é melhor explicada pelo processo de “expectativa/não-confirmação”: se as expectativas de um cliente em relação à performance de um fornecedor são preenchidas ou superadas, o cliente fica satisfeito; mas se a performance fica abaixo das expectativas, acarreta insatisfação. Desta forma: (BOWERSOX, COOPER, 1992, p. 356) • Se a performance percebida for igual ou maior que a expectativa, o cliente ficará satisfeito. • Se a performance percebida for menor que a expectativa, o cliente ficará insatisfeito. Entender a exata natureza das expectativas dos clientes é um passo fundamental para o atingimento da satisfação. Existem três tipos de expectativas que um cliente pode ter a respeito da performance de um fornecedor: O primeiro tipo de expectativa está relacionado ao que o cliente acredita que ocorrerá. Normalmente esta expectativa se baseia na performance passada do fornecedor ou em promessas de performance feitas pelo fornecedor. O segundo tipo de expectativa está relacionado àquilo que o cliente acredita que o fornecedor está apto a fornecer, mesmo sem informações sobre a performance real do mesmo. O terceiro tipo está relacionado a um padrão mínimo de performance que deverá ser atingido pelo fornecedor. 28 Em pesquisa realizada em 1985 (PARASURAMAN; ZEITHAML; BERRY, 1985, p. 13-25), ficou patente a existência de um conjunto de discrepâncias ou defasagens (gaps) entre as percepções da qualidade dos serviços e as tarefas realizadas para a prestação desses serviços. Tornou-se evidente que a qualidade de serviço está relacionada com a competência de se minimizar estes gaps entre as percepções dos clientes e de seus fornecedores. Foram identificados quatro gaps relacionados às percepções do fornecedor do serviço e um gap relacionado às percepções do cliente. Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985) propõe que este quinto gap, relativo ao cliente, é função dos quatro outros gaps, isto é, quanto maiores os gaps relativos ao fornecedor, maior o quinto gap. Os cinco gaps são: Gap 1 – ocorre entre o que o comprador realmente espera do serviço e o que o vendedor pensa que o comprador deseja. Identificar erroneamente as prioridades do cliente é uma razão provável para sua insatisfação com o serviço. Acontece sempre que houver: • Interpretação imprecisa da pesquisa de mercado e da análise da demanda • Inexistência de uma análise de demanda • Informações sofríveis ou inexistentes, partindo da interface da empresa com o cliente, para níveis superiores. • Níveis organizacionais em demasia quando estancam ou alteram os pedaços de informação que podem influir, partindo dos envolvidos nos contatos com os clientes para níveis superiores. 29 Gap 2 – sucede entre a percepção do prestador de serviços sobre as expectativas dos clientes e a tradução em especificações do serviço. Esta defasagem resulta de: • Erros de planejamento ou planejamento insuficiente de procedimentos • Mau gerenciamento do planejamento • Falta de estabelecimento de metas claras na organização • Suporte deficiente no planejamento da qualidade dos serviços por parte da gerência. Gap 3 – dá-se quando o serviço prestado não preenche as especificações de qualidade. Esta discrepância está ligada à variabilidade no desempenho de empregados e ocorre quando: • As especificações são muito complicadas ou muito rígidas • Os empregados não concordam com as especificações pois, por exemplo, a boa qualidade dos serviços parece exigir outros procedimentos • As especificações diferem da cultura corporativa • Há mau gerenciamento das operações de serviços • Falta ou há insuficiência de endomarketing • A tecnologia e os sistemas dificultam o desempenho dentro das especificações. Gap 4 – resulta da diferença entre o serviço prestado e a comunicação externa feita pelo provedor de serviço ao cliente. Está relacionado à tendência de promessas exageradas feitas ao cliente, através de propaganda, e que não podem ser cumpridas. Ocorre quando: • O planejamento da comunicação com o mercado não é integrado com as operações dos serviços 30 • A coordenação entre o marketing tradicional e as operações é inexistente ou deficiente • A organização deixa de operar de acordo com as especificações, enquanto que as campanhas de comunicação com o mercado seguem as especificações • Há uma propensão inerente a exagerar e, portanto, prometer demasiado. Deve-se notar que a propaganda pode influenciar não só as expectativas dos consumidores em relação a um serviço, como também sua percepção deste serviço. Os autores defendem que estes quatro gaps afetarão a qualidade de serviço do ponto de vista do consumidor. Isso terá impacto direto no gap 5: Gap 5 – aparece quando o serviço recebido não condiz com as expectativas do cliente. Acontece porque: • Há problemas com a qualidade e ela é confirmada negativamente (má qualidade) • Má comunicação boca-a-boca (tradução incorreta das expectativas do cliente) • Há um impacto negativo na imagem corporativa local • Há história de negócios perdidos. (GRÖNROOS, 1995, p. 79-85) Este gap traz conseqüências diretas e indiretas com efeitos danosos aos demais gaps. A figura 3 esquematiza o modelo de qualidade de serviço e o relacionamento entre os gaps. 31 Modelo de qualidade de serviço comunicação boca-a-boca necessidades pessoais experiência anterior CLIENTE serviço esperado gap 5 serviço percebido gap 1 gap 4 prestação de serviço comunicações externas gap 3 tradução das percepções em especificações gap 2 percepções sobre expectativas dos clientes EMPRESA Fig. 3. Modelo de Qualidade de Serviço Esta pesquisa mostrou ainda que, independente do tipo de serviço, a avaliação de sua qualidade pelo cliente apoia-se em critérios similares. Estes critérios parecem enquadrar-se em dez categorias básicas, denominadas “determinantes da qualidade dos serviços” e que são: presteza, competência, credibilidade, condições segurança, de acesso, discernimento e “confiabilidade, cortesia, elementos comunicação, tangíveis”. (PARASURAMAN, ZEITHAML, BERRY, 1988, p. 92). Desta forma, a qualidade de serviços é vista como um conjunto de atributos. 32 Com estas conclusões, foi desenvolvido o modelo SERVQUAL, abrangendo a qualidade de serviço. Os fundamentos conceituais do SERVQUAL derivam dos trabalhos de um punhado de pesquisadores que estudaram o significado de qualidade de serviço (SASSER, OLSEN, LEHTINEN, 1982; GRÖNROOS, 1982) WYCKOFF,1978; LEHTINEN, e do trabalho já mencionado de Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985). Baseado, pois, na interpretação de dados qualitativos gerados através de uma série de entrevistas realizadas com executivos e grupos de consumidores, o SERVQUAL foi constituído e posteriormente revisado. Inicialmente, a estrutura básica do SERVQUAL era composta pelos 10 determinantes citados anteriormente. Após a revisão, a pesquisa realizada por Parasuraman, Zeithaml e Berry (1988) reduziu-os para cinco, a saber: • Elementos tangíveis: referem-se à evidência física do serviço: ambiente, equipamentos e aparência dos prestadores de serviço. • Confiabilidade: significa que a empresa cumpre suas promessas; referese à consistência de desempenho do serviço. • Presteza: refere-se à disposição para a rápida prestação do serviço. • Credibilidade: refere-se à capacidade do prestador de serviço em inspirar confiança e honestidade. • Cortesia: atenção individualizada e amabilidade da prestação do serviço. As 5 dimensões e os 21 itens a elas pertinentes são mostrados na Tabela 1, apresentada em 1994. (PARASURAMAN, ZEITHAML, BERRY, p. 207) Tabela 1 33 Plano do SERVQUAL Confiabilidade 1. Consistência de desempenho 2. Determinação para cuidar dos problemas do cliente 3. Execução de forma correta do serviço da primeira vez 4. Consistência no prazo de entrega 5. Manter o cliente informado quando será executado o serviço Presteza 6. Pronto atendimento ao cliente 7. Vontade de ajudar o cliente 8. Rapidez ao responder o cliente Discernimento 9. Empregados que inspiram confiança ao cliente 10. Dar segurança ao cliente em suas transações 11. Cortesia ao tratar com o cliente 12. Conhecimento para responder às perguntas do cliente Empatia 13. Dar atenção individualizada ao cliente 14. Solicitude com o cliente 15. Ter o interesse do cliente em alta conta 16. Conhecer as exigências específicas do cliente Elementos Tangíveis 17. Horas convenientes de trabalho 18. Equipamentos modernos 19. Instalações atraentes 20. Empregados com aparência limpa, profissional 21. Universo físico atraente associado ao serviço O SERVQUAL com 5 dimensões continuou mantendo o mesmo conteúdo básico, a mesma estrutura e engloba as mesmas facetas das dez dimensões originalmente propostas. 34 Pode, quando e se necessário, ser adaptado para as características e necessidades de pesquisa de uma determinada organização. Muito embora o grande interesse despertado pelo SERVQUAL como instrumento de mensuração da qualidade de serviço, numerosas questões foram suscitadas em relação a vários de seus pontos entre os acadêmicos. São exemplos: O trabalho de Babakus e Mangold (1992, p. 767-786) e os de Cronin e Taylor (1992, p. 55-68 e 1994, p. 125-131) sobre a necessidade de se medir mais eficientemente as expectativas dos clientes. Dois artigos de Teas (1993, p. 18-34 e 1994, p. 132-139) contestam a interpretação e a operacionalidade das expectativas. Outros, como Babakus e Boller (1992, p. 253-268) e Brown, Churchill e Peter (1993, p.127-139), questionam a confiabilidade e a validade da formulação dos valores de avaliação da qualidade de serviço do SERVQUAL. Carman (1990, p. 35-55) e Finn e Lamb (1991) discutem a escala de valores. Em resposta a todas estas questões os criadores do SERVQUAL apresentaram contra-argumentos, esclarecimentos e evidências para reafirmar a base psicométrica sólida e o valor prático do instrumento (PARASURAMAN, ZEITHAML, BERRY, Winter 1991 p. 420-450; Jan. 1994(a), p. 111-124; PARASURAMAN, BERRY, ZEITHAML, 1993, p. 40-147) As discussões, entretanto, permanecem em aberto. Segundo Christopher (1992, p. 80), o intenso nível de competitividade encontrado na maioria dos mercados levou a uma nova ênfase na medição da performance, não somente em termos absolutos, mas também em termos relativos aos competidores. 35 No passado, julgava-se suficiente simplesmente medir a performance interna da organização. Em outras palavras, o foco era em elementos tais como produtividade, taxa de utilização, custo de cada atividade e assim em diante. Embora seja claramente importante que tais elementos continuem a ser medidos e controlados, deve-se também reconhecer que tais medições somente têm significado quando comparadas a medições relevantes, ou benchmarks. Qual deveria ser a medição usada para avaliar o serviço ao cliente e a performance da cadeia de fornecimento? Existem, na verdade, diversas dimensões para o problema da medição. O primeiro ponto-chave a ser analisado é que a maior autoridade na avaliação é o cliente, logo são as percepções dos clientes em relação à performance que devem ser consideradas. O segundo é que não é suficiente apenas comparar a performance com a dos competidores diretos. Também devemos comparar ao “melhor da classe”. E o terceiro é que não são somente os resultados que devem ser medidos e comparados, mas também os processos que produzem esses resultados. Essas três idéias resumem o que hoje é chamado de benchmark competitivo. Benchmark competitivo pode ser definido como a contínua avaliação e comparação dos produtos, serviços, processos e práticas de uma empresa em relação aos padrões dos melhores competidores e outras empresas reconhecidas como líderes. As medidas que forem escolhidas para comparação devem diretamente ou indiretamente impactar na avaliação dos clientes sobre a performance da empresa. Christopher e Yallop (1990, p. 195) enfatizam que, no marketing da década de 90, a necessidade de se desenvolver uma compreensão detalhada da 36 realização do serviço no que tange à competição será mais vital do que nunca, e que “administrar serviço implica uma habilidade para medi-lo e, portanto, controlá-lo”. Dentro desta nova visão sugerem um outro modelo de avaliação, afirmando que “um aspecto mais importante do serviço ao consumidor é a habilidade de fornecer uma diferenciação na essência básica do produto” e a habilidade aumentar a vendagem de um produto expandindo os elementos intangíveis a ele relacionados; “este é o papel do ‘competitive benchmarking’”. (CRISTOPHER, YALLOP, 1990, p. 194-195) A figura 4 explicita esta afirmação. 37 Produto expandido (product surround) Essência do produto (core product) Elementos Tangíveis • Qualidade • Acabamento do produto de • Tecnologia • Durabilidade etc. Elementos Intangíveis • Freqüência de serviço de distribuição • Confiabilidade e consistência no serviço distribuição • Ponto único de contato • Facilidade de realizar negócios • Suporte pós vendas etc. Fig. 4. Usando serviço para aumentar a essência do produto Uma concepção mais ampla da qualidade passou a ser adotada por muitas companhias. A de que a qualidade total de um produto englobava o próprio produto e os serviços de apoio a ele pertinentes. Foi, então, necessário desenvolver um conjunto de critérios para a execução dos serviços que fossem significativos para o cliente. Para atingir o competitive benchmarking é necessário seguir-se um processo de quatro estágios, a saber: • Identificar os componentes-chave do serviço ao consumidor como visto por ele, isto é, conhecer quais os aspectos do serviço que ele prioriza. Para tanto, faz-se necessário compreender os fatos que influenciam a conduta do comprador no contexto do serviço ao cliente. 38 • Estabelecer a importância relativa desses componentes para o cliente, isto é, qual a ordem de valores que ele atribui a cada componente. • Identificar a posição da companhia em relação aos concorrentes, tendo em vista a abordagem dos componentes-chave para o serviço. • Analisar os dados obtidos para verificar se a execução do serviço está em consonância com as necessidades do consumidor. A comparação desses dados esclarecerá se a companhia está priorizando os componentes da mesma forma que o cliente ou, caso contrário, fazer as devidas correções. (CHRISTOPHER, YALLOP, 1990, p. 196-205) A figura 5 resume os quatro estágios do processo do benchmarking. Definir o serviço ao cliente na ótica do cliente Identificar os componenteschave do serviço ao cliente Benchmark performance em relação a concorrentes-chave Desenvolver matriz de serviço: importância versus performance Fig. 5. Os quatro passos do processo de benchmarking Com os dados levantados na pesquisa, é possível avaliar as duas principais questões: quais são as dimensões importantes do serviço e como está a performance da empresa nessas dimensões. A forma mais usual de apresentar essa relação é através de uma matriz de performance de serviços. No eixo horizontal, coloca-se a escala de 39 importância, do menos importante para o mais importante (geralmente de 1 a 5), e no eixo vertical é demonstrada a atual performance percebida, de muito ruim a excelente (também em uma escala de 1 a 5). A interpretação deste tipo de matriz é simples. É claramente crucial que a empresa esteja com boa performance nas dimensões consideradas importantes pelos clientes. Da mesma forma, se uma dimensão é avaliada como menos importante pelo cliente, uma alta performance nesta dimensão pode ser considerada como desperdício de recursos. A figura 6 exemplifica esse tipo de matriz (CRISTOPHER, YALLOP, 1990, p.205). Neste exemplo, a empresa precisa melhorar sua performance nas dimensões (i) e (iv) e pode deslocar recursos da dimensão (v). Importância para os clientes (1 = pouco importante; 5 = muito importante) 1 2 3 4 5 1 Performance percebida (1 = ruim; 5 = excelente) (i) 2 (ii) 3 (iii) 4 5 (iv) (v) Dimensões avaliadas: (i) Tempo de ciclo de pedido (ii) Disponibilidade de produto (iii) Qualidade da documentação (iv) Consistência no prazo de entrega (v) Suporte técnico Fig. 6. A matriz de performance de serviços 40 Segundo os autores, empresas que elaboram este tipo de análise competitiva percebem que ela provê um guia claro de ação. Geralmente pesquisas competitivas apontam para fraquezas que não haviam sido previamente reconhecidas. E mais benefícios podem ser obtidos se esses estudos forem feitos regularmente, monitorando mudanças e tendências. As empresas que usam avaliação competitiva de serviços e benchmarking tendem a ser líderes em qualidade de serviços. LaLonde, Cooper e Nordewier (1988) defendem que um importante aspecto da avaliação da qualidade do serviço ao cliente é descobrir os padrões de serviço que os clientes desejam e o nível de performance dos competidores, isto é, os benchmarks de mercado. É possível visualizar o desempenho do serviço ao cliente como um padrão relativo de performance, em vez de um padrão absoluto. Se utilizar esta visão relativa, uma empresa poderá estabelecer sua meta de serviço ao cliente de forma a ser melhor do que seus principais concorrentes, em vez de procurar ser a melhor em termos absolutos. E mesmo que a empresa queira ter o melhor desempenho absoluto, ainda assim é importante saber como está a performance de seus principais concorrentes, pois este conhecimento permite à empresa uma análise realista das performances aceitáveis pelo mercado e informações mais precisas para estudos de custo/benefício de melhorias do serviço ao cliente. 2.4. Avaliando a qualidade do serviço de distribuição Conforme citado no tópico 2.2, indicadores de serviço como entrega em data prometida, acuidade em executar procedimentos, informações sobre atraso nos transportes, consistência no ciclo de pedido, informação sobre dados de transporte, guia completo de horário, produto de qualidade a preços 41 relativos, preços competitivos e atendimento pontual da equipe de vendas foram identificados como os atributos mais importantes de várias indústrias. Muitos estudos sobre serviço a consumidores enfatizam a importância de se avaliar estes atributos, pois assumem que aqueles que são priorizados determinam a parcela de negócio de cada um de seus fornecedores. Isto, porém, pode não ser verdadeiro por uma ou mais das seguintes razões: (LAMBERT, STOCK, 1993, p. 132) • “Todos os principais fornecedores de um indústria podem estar atuando em níveis baixos ou aproximados, o que torna difícil classificar estes fornecedores. • Indicadores com variações significativas na atuação de venda da empresa podem ser mais esclarecedores da fatia de mercado do que os anteriormente citados. • Os consumidores podem indicar um atributo como extremamente importante mas poucos ou nenhum fornecedor oferecem serviços a níveis satisfatórios para o mesmo. Tal atributo oferece oportunidade de serviço diferenciado ao mercado. • Um atributo pode ser cotado como de somenos importância, com pequenas discrepâncias nas respostas. Por outro lado, não há um único fornecedor serviços de nível adequado. Portanto, os consumidores não percebem vantagem alguma no fornecimento de serviços superiores para este atributo. Caso um fornecedor melhore sua atuação, pode levá-lo a um ganho na fatia de mercado.” (STERLING, LAMBERT,1987) 42 Para saber qual atributo apresenta a melhor vantagem para a aumentar a participação e/ou a rentabilidade no mercado, é preciso aquilatar a importância dos indicadores e a atuação da companhia. O administrador deve descobrir o que o líder de mercado está fazendo para criar uma boa percepção nos consumidores. Deve ponderar ainda quais as medidas a serem tomadas para melhorar a percepção do consumidor no que concerne a seu serviço. (LAMBERT, STOCK, 1993) “A pesquisa externa permite ao administrador identificar os problemas da firma com o serviço ao consumidor e as estratégias de mercado. Usada em conjunto com a pesquisa interna pode ajudar o administrador a estabelecer estas estratégias e adaptá-las para os diversos segmentos de mercado de forma a aumentar a rentabilidade. Entretanto, se ele tem a intenção de usar estes dados para desenvolver o serviço ao consumidor e as estratégias de marketing para otimizar sua rentabilidade, deve usar estes dados no benchmarking contra seus competidores. O benchmarking competitivo mais representativo acontece quando as avaliações das performances dos competidores feitas pelos clientes são comparadas entre si e com as avaliações da importância dos atributos de serviços feitas pelos clientes. Uma vez tendo sido feita este tipo de análise para determinar oportunidades para ganhar uma vantagem competitiva, todo os esforços devem ser envidados para identificar a melhor prática, isto é, o melhor uso custo/benefício da tecnologia e 43 dos sistemas, não importando em qual indústria ela tenha sido implementada com sucesso.” (LAMBERT, STOCK, 1993, p. 135) Lambert e Stock afirmam que: “Uma estratégia eficiente de serviço ao consumidor deve basear-se na compreensão de como o cliente define serviço. Os exames analíticos do serviço ao cliente e das pesquisas sobre o cliente são imperativos:” Análises e pesquisas de serviço ao cliente indicam que os clientes definem serviço de forma diferente da dos fornecedores e preferem um serviço de qualidade mais baixa, porém confiável, do que aquele habitualmente oferecido. Nesse caso, uma firma pode melhorar os serviços de acordo com a percepção do cliente e, ao mesmo tempo, diminuir os custos. Aperfeiçoar os serviços avaliados por este padrão objetivo é mais barato que reformá-los pelos padrões arbitrários da firma. (SABATH, 1978) Uma vez constatada a visão do cliente sobre o serviço, o administrador deve eleger uma estratégia de serviço ao cliente que torne possível atingir os objetivos da firma para aumentar os lucros e ter um retorno de seus investimentos a longo prazo. (LAMBERT, STOCK, 1993) “Deve ficar claro que um nível ótimo de serviço nem sempre é aquele de custo mais baixo. O nível ótimo é o que mantém o cliente ao mais baixo custo possível – e que alcance o crescimento necessário da companhia. Assim definido, o nível ótimo de serviço pode ser alcançado trocando-se algumas economias custos (logística) por maiores vantagens de marketing ou maior eficiência na manufatura. O importante é que com objetivos, níveis de serviço ao cliente definidos e um 44 bom controle de custos, todos sabem exatamente o que foi contratado e o que foi conseguido” (SABATH, 1978, p.26) Mais concisos, Lambert e Stock (1993, p. 147) afirmam: “o nível ótimo de serviço ao cliente é aquele que retém o cliente ‘certo’ e ‘permanente’.” Bowersox e Cooper (1992, p. 355) citam um estudo entre atacadistas e varejistas da indústria alimentícia que sustenta a noção de que a satisfação com a performance de serviços dos fornecedores é um fator crítico no canal de relacionamento. Nesse estudo, muitos atacadistas e varejistas indicam que estão mais abertos a participar nos esforços promocionais dos fabricantes cujo desempenho de serviço é satisfatório ou excelente. Também estão mais inclinados a divulgar, dar mais destaque e mais espaço de gôndola para esses fabricantes. Desta forma, fica claro que a satisfação dos clientes é um fator crítico na medição da performance do canal de distribuição. Os fornecedores têm que saber avaliar a satisfação de seus clientes para assegurar o funcionamento correto e contínuo do sistema de distribuição. Diretamente relacionado ao conceito de satisfação do cliente está o conceito de qualidade. Juran define qualidade como a performance que resulta em satisfação do cliente, desde que sem deficiências que causem insatisfação no cliente. (JURAN, [s/d], p. 357) A partir do momento em que fica claro que a satisfação do cliente e a percepção de qualidade dependem das expectativas e percepções do cliente a respeito da performance do fornecedor, a questão passa a ser em relação a que critérios são utilizados pelos clientes para julgar a performance. A seguir apresentamos critérios de performance freqüentemente usados para avaliar o serviço de distribuição. 45 Determinantes do serviço de distribuição / logístico: (BOWERSOX, COOPER, 1992, p. 358) Disponibilidade de produtos • Percentagem de produtos fora do estoque (stockout percentage) • Taxa de pedido completo (fill rate) • Percentual de pedidos completos (orders shipped complete) Capacidade do sistema • Tempo de ciclo de pedido • Consistência do ciclo de pedido • Flexibilidade do sistema • Apresentação do embarque (shipment presentation) • Estragos (damage) • Correção de erros Suporte de informações (information support) • Status do inventário • Status do pedido • Acompanhamento do envio (shipment tracing) • Documentação do pedido Suporte de ciclo de pedido (life-cycle support) • Serviços e reparos (repair parts and service) • Serviço técnico (technical service) • Instalações (installation) • Distribuição reversa (reverse distribution) 46 Disponibilidade de produto envolve a habilidade do fornecedor em entregar o produto quando desejado pelos clientes. É freqüentemente medida em termos da percentagem de itens que podem ser entregues de acordo com o estoque atual, ou como um percentual de pedidos entregues completos. Capacidade se refere ao tempo requerido para entregar o pedido, à habilidade do sistema logístico em se adaptar a pedidos especiais e à capacidade de evitar erros tais como estragos nos produtos ou entregas erradas. Suporte a informações é a capacidade do sistema logístico em prestar informações acuradas e atualizadas a respeito dos pedidos dos clientes. Suporte de todo o ciclo de pedido é o suporte dado ao produto por todo o seu ciclo de vida, incluindo lidar com situações tais como recall de produtos. Os clientes formam expectativas das habilidades de seus fornecedores em cada uma dessas áreas críticas de performance logística. Freqüentemente monitoram e analisam a performance dos fornecedores em relação a vários, se não todos, esses critérios. A satisfação e percepção da qualidade logística de um fornecedor está diretamente relacionada a quão bem sua atual performance se encaixa nas necessidades e expectativas dos clientes. 2.5. Outras pesquisas realizadas sobre o assunto Diversas metodologias são utilizadas para medir a qualidade de serviços. O Benchmark Competitivo e o SERVQUAL têm sido empregados como base para avaliar o nível de qualidade em pesquisas nos mais variados contextos. A seguir citamos algumas pesquisas feitas mais especificamente sobre distribuição. Ao pesquisaram a qualidade de serviço de companhias de transportes, Brensinger e Lambert (1990) fizeram uso da metodologia SERVQUAL. 47 Wetzels e colaboradores (1995, p. 50-59), ao realizarem um estudo empírico de qualidade de serviço em canais de marketing em firma internacional de fabricante de alimentos, usaram a metodologia do SERVQUAL complementada pelo método de análise conjunta. Bienstock, Mentzer e Bird (1977, p. 31-44) pesquisaram a qualidade de serviço na distribuição física usando uma adaptação do SERVQUAL. Hopkins e sua equipe (1993, p. 145-161) empregaram este método para pesquisar os gaps da qualidade de serviço na indústria de transporte. Mangold e Faulds (1993, p. 4-10) estudaram a qualidade de serviços na distribuição ao comércio varejista. Fleury e Silva (s/d, p. 1-14) utilizaram as metodologias citadas no tópico 2.3 combinadas e adaptadas para avaliar a qualidade de serviço de distribuição entre indústria de bens de consumo e o comércio atacadista e varejista. Nesta última pesquisa é que apoiaremos nosso trabalho. 2.6. A pesquisa do CEL–Coppead: metodologia A pesquisa Benchmark - Serviço ao Cliente, lançada em 1994, tem como objetivo o monitoramento periódico da qualidade do serviço de distribuição física da indústria de bens de consumo ao comércio varejista e atacadista. A pesquisa utiliza as quatro variáveis do composto de marketing para avaliar o processo de decisão de compras: produto, preço, praça (canal de distribuição) e propaganda / promoção. Através dessas variáveis, “procurou-se estabelecer o grau de importância relativo atribuído ao serviço ao cliente, que, em última análise, corresponde ao desempenho das atividades de distribuição física do ponto”. (FLEURY e SILVA, p. 5) 48 Na composição do serviço ao cliente são avaliadas prioridades segundo nove dimensões: disponibilidade de produto, tempo de ciclo de pedido, consistência do prazo de entrega, freqüência de entrega, flexibilidade do sistema de distribuição, sistema de informações de apoio, sistema de remediação de falhas, apoio na entrega física e apoio pós-entrega. Segundo Fleury e Silva, essas variáveis foram definidas a partir de estudos feitos por LaLonde, Bowersox e Christopher, e posteriormente adaptadas e complementadas durante a definição do instrumento de coleta de dados. Cada uma das nove dimensões do serviço é medida por uma ou mais variáveis, conforme demonstra a tabela 2 49 Tabela 2 Dimensões e variáveis do serviço ao cliente 1) Disponibilidade de Produto • • • Percentual da demanda satisfeita na tirada do pedido Percentual entregue do total pedido Tempo de espera para recebimento das pendências 2) Tempo de Ciclo de Pedido • Tempo entre pedido e recebimento do produto 3) Consistência do Prazo de Entrega • • Percentual de entregas atrasadas Atraso médio 4) Freqüência de Entrega • Número de entregas dentro do mês 5) Flexibilidade do Sistema de Distribuição Física • • • • • Importância de Condições Especiais de Entrega (*) - Horário especial de entrega - Embalagem de Transporte - Local de descarga especial - Adiamento da entrega - Entregas urgentes - Alterações no pedido - Aviso prévio de entrega Percentual dos Pedidos Sujeitos a Alguma Condição Especial de Entrega (*) Percentual das Solicitações por Condições Especiais de Entregas Atendidas de Maneira Satisfatória Percentual máximo de vida útil decorrida para aceitação do produto (*) Entrega paletizada (*) - Padrão do Pallet (caso sim) - Percentual dos produtos movimentados por Pallet - Previsão para receber paletizado (caso não) - Prazo para ter condições de receber paletizado 6) Sistema de Informação de Apoio • Formatos de colocação do pedido (*) - Telemarketing - Visita de vendedor - EDI • Qualidade do atendimento 50 • • • • - Facilidade de colocação do pedido - Agilidade na confirmação do pedido - Cordialidade do atendente - Presteza - Credibilidade Tempo de antecipação para informar mudanças - Mudanças de condições comerciais / promocionais - Atrasos - Novos produtos - Substituições no pedido Percentual dos pedidos que resultam em solicitações de informação sobre a situação do pedido (*) Percentual de solicitações atendidas Tempo de espera para receber informações sobre pedidos 7) Sistema de Remediação de Falhas • • • • Motivos de reclamações – nível de transtorno (*) - Avarias no produto - Embalagem de transporte - Erro na documentação - Tempo de remediação de falhas - Atrasos - Mercadoria em desacordo com o pedido Percentual do pedidos que resultam em reclamações Percentual das reclamações que são resolvidas na primeira solicitação Tempo de demora entre o aviso de um problema e a remediação da falha 8) Apoio na Entrega Física • • • • • Apoio no merchandising Presteza Cordialidade na entrega Pontualidade na entrega Rapidez na descarga 9) Apoio Pós-Entrega • • • • Percentual dos pedidos que resultam em solicitações de assistência e/ou informações sobre o produto (*) Percentual de solicitações atendidas Tempo de espera para receber assistência e/ou informações sobre o produto Canais de atendimento utilizados (*) - Telefone - Vendedor (*) variáveis medidas em relação ao respondente, e não em relação a prática de mercado, melhor prática e expectativa mínima. 51 A percepção dos clientes em relação às variáveis é medida de acordo com dois padrões de referência de mercado, que são a prática de mercado e a melhor prática de fornecedores, e com a expectativa mínima de serviço dos clientes. A expectativa mínima se refere ao desempenho no serviço abaixo do qual o cliente se sente insatisfeito. A melhor prática do mercado indica o melhor desempenho entre os fornecedores, a ser, portanto, perseguido como benchmark. Por último, “a prática de mercado representa o desempenho de uma empresa típica dentre os principais fornecedores da empresa pesquisada” (FLEURY e SILVA, [s/d], p. 6). Através das informações da pesquisa foi possível desenvolver análises de gap e avaliar o percentual de clientes insatisfeitos da amostra para cada variável pesquisada. Essa metodologia possibilitou a elaboração de hipóteses sobre os diversos aspectos da decisão de compra, das expectativas e das percepções dos clientes em relação à performance do serviço de distribuição física, e as diferenças existentes em função do tipo de produto (alimentos perecíveis, alimentos não perecíveis, higiene e limpeza e papel), mercado geográfico (São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Recife), tamanho do negócio e tipo de estabelecimento (atacadista e varejista). 2.7. A pesquisa do CEL-Coppead: apresentação dos resultados / dados Em relação às variáveis do composto de marketing, foi pedido aos entrevistados para pontuar a importância relativa do produto, do preço, do serviço ao cliente (ponto) e de promoção e propaganda, considerando um total de 100 pontos. A pesquisa demonstra que, em 1994, o preço era a variável mais importante, com 38,4% dos pontos, seguida pelo produto, com 30,7%, 52 promoção e propaganda, com 16,4% e, por último, serviço ao cliente, com 14,4% dos pontos. Mas a pesquisa evidencia que essa importância foi se modificando ao longo do tempo. A pontuação das variáveis preço e promoção e propaganda foi diminuindo, enquanto que o produto e o serviço ao cliente se tornaram cada vez mais importantes. Com a estabilização econômica, é natural que esta mudança tenha ocorrido. Para visualizar claramente esta evolução, tomamos emprestado de Fleury e Silva (1998, p. 6) as tabelas 4, 5 6 e 7. Nelas só foram considerados São Paulo e Rio de Janeiro, pois estes são os únicos mercados que foram objetos da pesquisa durante as quatro etapas da mesma (entre 1994 e 1998). Os mercados de Recife, Curitiba e Belo Horizonte foram adicionados posteriormente. Evolução da Importância do Serviço de Distribuição Física na Decisão de Compra do Comércio(mercados São Paulo e Rio de Janeiro) Tabela 3 - Higiene e Limpeza Variáveis de decisão de compra Produto Preço Serviço ao Cliente Promoção e Propaganda 1994 28,6% 43,5% 12,4% 16,4% 1995 32,8% 34,4% 18,1% 15,0% 1997 31,8% 31,7% 18,9% 17,8% 1998 35,6% 32,5% 16,1% 15,8% 2000 33,2% 33,3% 17,7% 15,8% 1994 30.4% 38.1% 13.9% 17.6% 1995 33.8% 33.4% 17.6% 15.2% 1997 38.0% 27.0% 17.2% 17.8% 1998 36.9% 30.4% 17.3% 15.4% 2000* 36.9% 28.2% 19.6% 15.3% 1995 29.8% 37.8% 17.8% 14.6% 1997 32.1% 30.4% 20.4% 17.1% 1998 34.8% 32.0% 18.3% 14.9% 2000 32.9% 30.4% 22.3% 14.4% Tabela 4 - Alimentos Perecíveis Variáveis de decisão de compra Produto Preço Serviço ao Cliente Promoção e Propaganda Tabela 5 - Alimentos Não Perecíveis Variáveis de decisão de compra Produto Preço Serviço ao Cliente Promoção e Propaganda 1994 35.2% 30.8% 17.3% 16.7% 53 Tabela 6 - Papel Variáveis de decisão de compra Produto Preço Serviço ao Cliente Promoção e Propaganda 1994 29.9% 40.2% 15.1% 14.8% 1995 30.9% 32.4% 19.4% 17.3% 1997 30.1% 34.7% 18.5% 16.7% 1998 36.2% 37.8% 13.6% 12.4% 2000 33.9% 36.3% 16.3% 13.5% * as previsões para 2000 representam as expectativas dos entrevistados Os clientes pontuaram, também, de 1 a 5 segundo o grau de importância, as nove dimensões do serviço ao cliente. Os resultados de 1998 de todas as categorias de produtos reunidas (aqui demonstrados em percentual) mostram que a disponibilidade de produto é a dimensão mais valorizada, com 95,1% de grau de importância. Em segundo lugar está a consistência do prazo de entrega, com 92,2%. Depois vem freqüência de entrega (90,9%), tempo de ciclo do pedido (89,9%), apoio na entrega física (85,6%), sistema de remediação de falhas (85,3%), flexibilidade do sistema de distribuição (84,4%), sistema de informação de apoio (81,5%) e, por último, apoio pós-entrega (78,0%). Fleury e Silva observam que as dimensões apontadas como as mais importantes estão associadas às duas questões fundamentais do processo de distribuição física, que são fornecer o produto no lugar e no momento certos para o cliente. “Fornecedores que prestam um serviço de entrega de baixa qualidade nestas dimensões geram custos indesejáveis aos seus clientes. O comércio que não tem uma total disponibilidade de produto corre sérios riscos de incorrer em custos de falta de produto, isto é, vendas perdidas. Por outro lado, quanto pior a consistência do prazo de entrega do fornecedor, maior é o estoque de segurança necessário para 54 evitar a falta de produto, e conseqüentemente maior é o custo de capital de giro do negócio”. (FLEURY e SILVA, [s/d], p. 8) Já as dimensões do tempo de ciclo de pedido e da freqüência de entrega, quando não estão devidamente equacionadas, também implicam maiores custos operacionais, pois estão diretamente relacionadas “ao lote econômico de reposição e ao nível de estoque básico que elimina a possibilidade de desabastecimento de mercadorias”. (FLEURY e SILVA, [s/d], p. 8) A pesquisa também revela que o grau de satisfação dos clientes, considerando-se as três dimensões mais importantes em 1994 (disponibilidade de produto, consistência do prazo de entrega e tempo de ciclo do pedido) vem diminuindo substancialmente ao longo do tempo. Se compararmos os resultados de 1994 e 1995, a disponibilidade de produto, que é a dimensão mais importante do ponto de vista do cliente, teve um aumento de cerca de 48% de clientes insatisfeitos. Nesse mesmo período, o percentual de insatisfeitos com a dimensão consistência do prazo de entrega cresceu 90%, e a dimensão tempo de ciclo de pedido teve um aumento de clientes insatisfeitos da ordem de 136%. Ao analisarem esses resultados, Fleury e Silva fazem os seguintes questionamentos: “considerando que a insatisfação do cliente é resultante de sua expectativa associada à prática dos seus fornecedores, será que o aumento do número de insatisfeitos é devido a um aumento de expectativa dos clientes? Ou será que houve uma redução do nível de serviço prestado fornecedores?” (FLEURY e SILVA, [s/d], p. 10) pelos 55 Para responder a esses questionamentos, utilizaram as principais variáveis da disponibilidade de produto, que são o percentual da quantidade entregue do total pedido e o tempo em dias entre pedido e recebimento de pendências, as variáveis da consistência do prazo de entrega, que são o percentual de entregas atrasadas e o atraso médio em dias, e a variável do tempo de ciclo de pedido, que é o tempo em dias entre o pedido e recebimento das mercadorias, para montar a seguinte tabela. 56 Tabela 7 Nível de expectativa e desempenho do mercado Disponibilidade de Produto Mercados Quantidade entregue do total pedido (%) Expectativa mínima Prática de mercado Melhor prática Média Mediana Média Mediana Média Mediana 1994 87,0 95 93,8 98,5 99,4 100 1995 88,5 90 90,3 90 98,0 100 Mercados Tempo entre pedido e recebimento de pendências (dias) Expectativa mínima Prática de mercado Melhor prática Média Mediana Média Mediana Média Mediana 1994 4,5 3 4,4 3 2,2 1 1995 3,7 2 6,1 4 2,6 2 Consistência no prazo de entrega Mercados Percentual de entregas atrasadas (%) Expectativa mínima Prática de mercado Melhor prática Média Mediana Média Mediana Média Mediana 1994 10,3 10 16,0 10 4,6 1 1995 8,0 5 19,1 10 4,7 0 Mercados Atraso médio (dias) Expectativa mínima Prática de mercado Melhor prática Média Mediana Média Mediana Média Mediana 1994 2,9 1 3 2 1 1 1995 2,1 2 4 3 1,5 1 Tempo de ciclo de pedido Mercados Tempo entre pedido e recebimento do pedido (dias) Expectativa mínima Prática de mercado Melhor prática Média Mediana Média Mediana Média Mediana 1994 4,2 3 3,0 2 1,5 1 1995 3,1 2 4,1 3 2,0 1 Analisando o pressuposto de aumento das expectativas dos clientes, podemos perceber alguns pontos interessantes. Segundo os dados da tabela, 57 conclui-se que as expectativas mínimas da dimensão disponibilidade de produto cresceram entre 1994 e 1995. Apesar de as médias das duas variáveis dessa dimensão não apresentarem diferenças significativas, os resultados no conjunto indicam essa tendência, embora haja um resultado contraditório ao analisarmos as medianas da variável quantidade entregue do total pedido, que diminuiu de 95% em 1994 para 90% em 1995. Mas a mediana do tempo de espera para o recebimento de pendências caiu de 3 para 2 dias em 1995, o que significa maior nível de exigência dos compradores. A dimensão consistência do prazo de entregas evidencia ainda mais o crescimento do nível de exigência dos clientes. Podemos perceber diferenças significativas entre as médias das duas variáveis que compõem esta dimensão. A análise das medianas mostra resultados semelhantes. A dimensão tempo de ciclo de pedido também apresentou aumento nas expectativas dos clientes, tanto nas médias quanto nas medianas. Com relação ao desempenho do mercado, para verificarmos se houve deterioração dos serviços prestados, vamos analisar o referencial de prática de mercado. Na dimensão disponibilidade de produto, podemos perceber que em ambas as variáveis houve piora dos índices, tanto nas médias quanto nas medianas. Mesmo a melhor prática teve o desempenho reduzido entre 1994 e 1995. Na dimensão consistência do prazo de entrega, confirma-se a redução dos serviços prestados pelos fornecedores, tanto na prática de mercado quanto na melhor prática. Na dimensão tempo de ciclo de pedido também houve diminuição da performance. 58 Com isso, chega-se à conclusão que, nesse período, enquanto as expectativas dos clientes aumentaram, o desempenho dos fornecedores piorou, o que nos leva a crer que existe um sério problema de foco no cliente no setor. Este trabalho utilizará os dados de 1998 da pesquisa feita pelo Centro de Estudos de Logística, já que a pesquisa de 1999 está em andamento. Em 1998 a pesquisa foi feita com 633 respondentes das cidades Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Recife. São 179 questionários na categoria alimentos perecíveis, 153 em alimentos não perecíveis, 150 em higiene e limpeza e 151 em papel. 59 3. METODOLOGIA DE TRABALHO O objetivo deste capítulo é apresentar a metodologia a ser utilizada neste trabalho para analisar parte dos dados e resultados obtidos pela pesquisa do CEL–Coppead. Primeiramente são descritas as hipóteses a serem testadas neste trabalho. Em seguida, são descritos os procedimentos utilizados para testar estas hipóteses, e as limitações do método. 3.1. Hipóteses a serem testadas Analisando a metodologia adotada pela pesquisa do CEL-Coppead, cujos referenciais são a melhor prática, a prática do mercado e a expectativa mínima, podemos chegar a algumas evidências e inferências. Como a melhor prática reflete o melhor desempenho entre os fornecedores, a ser perseguido como benchmark, podemos afirmar que a melhor prática será sempre maior ou igual à prática de mercado. Se a expectativa mínima dos clientes for maior ou igual à melhor prática, então necessariamente a expectativa mínima será maior ou igual à prática de mercado. Isso poderia ser causado por ineficiência generalizada do setor, sendo necessários investimentos em tecnologia, infra-estrutura e recursos humanos para melhorar a situação, ou por exigências muito elevadas dos clientes, as quais poderiam ser ajustadas através da melhoria da comunicação entre a indústria e o varejo. Se a prática de mercado for maior ou igual à exigência mínima, então a melhor prática será necessariamente maior ou igual à exigência mínima. Se as 60 diferenças são pequenas, isso poderia significar que a indústria está satisfazendo as necessidades do varejo, mas sem grandes vantagens, como poderia ser também que as expectativas estejam muito baixas, tornando sem efeito as melhorias apresentadas. Se a diferença entre a melhor prática e a prática de mercado for muito grande, é provável que a expectativa mínima seja maior que a prática de mercado. Como não temos, na pesquisa, um padrão de referência para a prática ideal de mercado, segundo o ponto de vista dos clientes, a única relação que podemos ter como certa é que a melhor prática será sempre melhor ou igual à prática de mercado, já que a expectativa mínima dos clientes pode estar acima da prática de mercado e da melhor prática. Por isso, optamos por analisar o gap entre a melhor prática e a prática de mercado. Este gap será doravante chamado de GapMercado. Desta forma: GapMercado = diferença entre a melhor prática e a prática de mercado Note-se que este gap é diferente dos 5 gaps definidos por Parasuraman et al (1985) em seu Modelo de Qualidade de Serviço, mencionado anteriormente no capítulo 2. O GapMercado, desenvolvido neste trabalho, permite uma análise comparativa entre os benchmarks de mercado (melhores práticas) e a prática geral do mercado. Chamaremos de padrões de referência das variáveis do serviço de distribuição os valores atribuídos pelos clientes para as melhores práticas e a prática de mercado de cada fornecedor. Ao fazermos a relação entre o grau de importância das dimensões (atribuído pelos clientes) e o GapMercado dos padrões de referência, estamos procurando realizar, segundo Lambert e Stock (1993) e Christopher e Yallop (1990), benchmarking competitivo, conforme descrito no capítulo 2: 61 “O benchmarking competitivo mais representativo acontece quando as avaliações das performances dos competidores feitas pelos clientes são comparadas entre si e com as avaliações da importância dos atributos de serviços feitas pelos clientes.” (LAMBERT, STOCK, 1993, p. 135) Desta forma, o GapMercado proposto por este trabalho busca possibilitar a execução de benchmarking competitivo, através da relação entre o grau de importância das dimensões (atribuído pelos clientes) e o GapMercado entre a melhor prática e a prática de mercado de cada atributo do serviço ao cliente. Com esta relação, chegamos a três hipóteses: H1: Quanto maior a importância da dimensão, maior o GapMercado. Isso poderia ter duas explicações: na primeira, somente algumas empresas conhecem bem as dimensões que os clientes consideram importantes, e procuram se diferenciar nestas dimensões, tornando-se detentoras das melhores práticas. Isto aumentaria o gap de mercado destas dimensões, explicando a relação encontrada. Na segunda, os clientes tendem a considerar mais importantes as dimensões cujos gaps de mercado são maiores. Uma grande diferença entre a prática de mercado e a melhor prática faria com que os respondentes sentissem insatisfação com o serviço prestado, e passassem a considerar esta dimensão como importante, já que é a mais problemática. 62 H2: Quanto maior a importância da dimensão, menor o GapMercado. Isto poderia significar que os fornecedores em geral têm noção do que os clientes consideram importante, e buscam dar o melhor serviço nesta dimensão para não serem excluídos do mercado devido ao mau serviço. Neste caso, maiores gaps estariam ligados a dimensões menos importantes para os clientes, demonstrando que nessas dimensões, por falta de foco de fornecedores, as melhores práticas estariam ligadas à cultura da empresa ou a alguma vantagem intrínseca do fornecedor. H3: Nenhuma relação entre importância e GapMercado. Isto demonstraria que as percepções dos clientes a respeito da importância das dimensões não são influenciadas pelas práticas de mercado e melhores práticas, isto é, a importância é inerente à dimensão. E demonstraria também que as empresas não têm noção do que seus clientes consideram importante no serviço ao cliente, buscando melhores práticas em dimensões que não necessariamente são consideradas as mais importantes pelos seus clientes. A fim de verificar qual das hipóteses descritas anteriormente é a verdadeira, foi testado se a importância das dimensões é função do gap entre a melhor prática e a prática de mercado das variáveis do serviço ao cliente (GapMercado). Para isso foram utilizados todos os dados de 1998 das 63 variáveis medidas segundo os padrões de mercado (já que algumas variáveis são medidas em função do respondente, conforme demonstrado na tabela 3). Essa análise é útil porque, dependendo dos resultados, poderemos oferecer indicadores confiáveis às empresas fornecedoras de produtos, visando o aprimoramento de suas políticas de negócios e práticas de mercado. 3.2. Como testar as hipóteses Na pesquisa do CEL-Coppead, foi solicitado aos respondentes que pontuassem o grau de importância de cada uma das 9 dimensões do serviço ao cliente. Para isso foi utilizada uma escala tipo Likert, de 1 (nenhuma importância) a 5 (muita importância). Dentro de cada dimensão temos variáveis pelas quais os clientes avaliaram o desempenho do serviço fornecido pela indústria, isto é, os padrões de referência (a prática de mercado e a melhor prática), e colocaram também suas expectativas mínimas. As variáveis foram medidas de acordo com a unidade pertinente: dias, percentual, vezes, etc. Para analisar a relação entre a importância das dimensões e os padrões de referência de mercado, é necessário calcular o gap entre os padrões de referência de cada variável. Desta forma: • Calculamos a média aritmética das respostas dos padrões de referência de cada variável, de forma a obter uma prática de mercado média e uma melhor prática média para cada variável em cada tipo de produto e para cada variável em todas as categorias de produtos reunidas. • Como as variáveis têm unidades diferentes (percentagem, dias, vezes, etc.), foi necessário calcular o gap em diferença percentual, e não em subtração simples, como é usual em pesquisas deste tipo. Desta forma, 64 podemos comparar os padrões das diversas variáveis. Isso foi feito através da fórmula: GapMercado = ( MP – PM ) x 100 PM Onde MP = média das Melhores Práticas PM = média das Práticas de Mercado Usando a prática de mercado no denominador da fórmula da diferença percentual, calculamos quanto falta para a prática de mercado chegar à melhor prática. E quando a variável apresenta gap aritmeticamente negativo, consideramos o módulo. Por exemplo: Variável: Tempo entre pedido e recebimento do produto Média das melhores práticas: 1,77 dia Média das práticas de mercado: 2,64 dias GapMercado = [ (1,77 – 2,64) / 2,64 ] * 100 = (-) 32,95% Consideramos, então, o gap como sendo 32,95%, pois neste caso quanto menor o resultado, melhor para os clientes. Optamos por utilizar a média aritmética das variáveis, em vez da mediana, para que as análises pudessem ser mais fidedignas às respostas dadas. Se fosse utilizada a mediana, alguns gaps poderiam ficar, em termos percentuais, artificialmente muito grandes (exemplo: melhor prática 1 dia e prática de mercado 2 dias) e outros inexistentes (caso ambas práticas fossem 1 dia), o que poderia causar distorções na correlação. Com a média, é possível analisar as sutis diferenças nas respostas, sem arredondamentos. Para fazer a relação entre o grau de importância das dimensões (atribuído pelos clientes) e o gap de mercado dos padrões de referência, assumimos que a importância de cada variável é a mesma da sua respectiva dimensão. 65 Isso foi possível após observarmos que a pesquisa do CEL-Coppead apresenta o mesmo pressuposto no cálculo do indicador de insatisfação: “A classificação das melhores oportunidades de diferenciação foi obtida através da multiplicação da importância normalizada de cada dimensão do serviço de distribuição física pelo percentual de clientes insatisfeitos, doravante chamado de indicador de insatisfação.” (FLEURY E SILVA, 1998a, 1998b, 1998c, 1998d, p. 8) Na pesquisa do CEL-Coppead, o percentual de clientes insatisfeitos é calculado para cada variável, pois é encontrado ao se comparar as expectativas mínimas dos clientes com a prática de mercado e a melhor prática. O percentual de clientes insatisfeitos com a prática de mercado corresponde à quantidade de clientes, em relação ao todo, cujas expectativas mínimas estão acima da prática de mercado. Do mesmo modo é calculado o percentual de clientes insatisfeitos com a melhor prática: é a quantidade de clientes, em relação ao todo, cujas expectativas mínimas estão acima das melhores práticas. Dessa forma, cada variável tem o seu percentual de insatisfação referido à prática de mercado e à melhor prática. O índice de insatisfação calculado na pesquisa é o produto do percentual de clientes insatisfeitos de cada variável multiplicado pela importância da dimensão da respectiva variável. Vale a pena lembrar que a importância de cada dimensão foi atribuída pelos clientes na pesquisa. Desta forma, sentimo-nos aptos a também relacionar os padrões de referência de cada variável com a importância de sua respectiva dimensão. No 66 anexo 1 estão relacionadas as variáveis da pesquisa analisadas neste trabalho e suas respectivas dimensões. Após o cálculo dos gaps de mercado de cada variável, colocamos esses dados em um gráfico importância versus gap, para desta forma, através do diagrama de dispersão, visualizar se há uma correlação entre os dados e, se houver, em qual sentido, isto é, se é diretamente proporcional ou inversamente proporcional. Os diagramas de dispersão são utilizados para estudar possíveis correlações entre duas variáveis. Os diagramas de dispersão verificam se existem relações de causa e efeito entre grandezas de qualquer natureza: físicas, sociais, econômicas, biológicas, etc., desde que mensuráveis. Essas relações não provam que as variações de uma grandeza provocam necessariamente variações significativas e proporcionais em outra, mas indicam claramente se existe uma interdependência, e com que intensidade ocorre essa eventual interdependência. Os diagramas de dispersão são construídos de maneira que o eixo horizontal (eixo dos x) represente os valores medidos de uma variável, e o eixo vertical (eixo dos y) represente as medições da segunda variável. Ao plotar os pontos no diagrama de 2 eixos, os pontos marcados formam um padrão de agrupamento. A direção e a espessura do agrupamento indicam o sinal e a intensidade da relação entre as duas variáveis: se a direção do agrupamento é para cima, a correlação é positiva (um aumento em x provoca um aumento em y); se a direção é para baixo, a correlação é negativa (um aumento em x provoca um decréscimo em y). A espessura do agrupamento indica a intensidade da correlação: quanto mais o agrupamento tende para uma linha reta, maior será o grau de interdependência entre as duas variáveis. 67 No presente estudo, a metodologia dos diagramas de dispersão foi utilizada para examinar as interdependências entre as dispersões dos valores dos padrões de referência de mercado (diferenças entre as práticas de mercado e as melhores práticas), para cada variável estudada, e os graus de importância atribuídos, pelos respondentes da pesquisa, às nove dimensões dos serviços com suas respectivas variáveis (importância da disponibilidade do produto, importância do tempo de ciclo do pedido, etc.). Com o auxílio do coeficiente de correlação linear de Pearson, podemos determinar a força e o sentido da relação entre as duas variáveis, GapMercado e Importância. Através do método dos mínimos quadráticos, processado por computador pelo software EXCEL, foram calculados os coeficientes de correlação de Pearson e desenhadas as retas representativas. Os pontos anômalos do diagrama (pontos claramente fora dos agrupamentos plotados) referentes às funções de interdependência mencionadas acima foram determinados visualmente, o que permitiu a extração de conclusões de interesse do estabelecimento de políticas e estratégias da distribuição de produtos dos setores estudados, bem como de aprimoramento metodológico de pesquisa. Após a retirada dos pontos anômalos e novo cálculo do coeficiente de Pearson, para verificarmos se a associação obtida entre GapMercado e Importância existe de fato, não resultando meramente de erro amostral, testamos a significância da correlação. Para testar a significância de uma medida de correlação, estabelecemos a hipótese nula de que não existe correlação, isto é, o coeficiente de correlação de Pearson é igual a zero. Testamos esta hipótese nula com um nível de significância de 0,05. 68 É importante frisar que, devido a características específicas de cada produto, esta análise foi feita separadamente em cada ramo de mercado pesquisado pelo CEL-Coppead (papel, higiene e limpeza, alimentos perecíveis e alimentos não perecíveis) e no conjunto, com todos os dados reunidos. 3.3. Limitações Este trabalho se baseou nos dados fornecidos pela pesquisa do Centro de Estudos em Logística do Coppead - UFRJ. A principal vantagem foi que pudemos dispor de uma extensa quantidade de informações em um curto espaço de tempo. Isto, porém, apresenta limitações: a autora não participou do planejamento da pesquisa, nem de sua execução, nem da elaboração e dos testes dos questionários, nem da constituição da amostra, nem do trabalho de apresentação dos resultados. Tudo isso foi recebido pronto, o que, para o pesquisador, se, por um lado, lhe permite ganhar tempo, por outro lado, lhe retira a experiência prática da pesquisa de campo e dos problemas enfrentados na sua realização. Recebendo a pesquisa e seus resultados já prontos e trabalhando sobre eles, este estudo automaticamente sancionou a validade daquela pesquisa. Entretanto, aquela pesquisa procedeu a uma escolha metodológica e, como sabemos, todo método utilizado em pesquisas científicas tem suas vantagens - que justificam sua escolha e seu uso – bem como suas limitações. Podemos citar alguns problemas pertinentes a toda pesquisa realizada através de questionários. As questões são limitadas àquelas que mais facilmente se prestam a respostas fechadas, o que permite a homogeneização dos dados e o tratamento estatístico de grande número de informações 69 valiosas. No entanto, é preciso reconhecer suas limitações, na medida em que estimula a produção de respostas que dificilmente seriam elaboradas pelo próprio pesquisado. A seqüência das perguntas e a ordem na apresentação das alternativas costumam, igualmente, interferir nas respostas. Além disso, nesse tipo de instrumento, privilegia-se a padronização de pontos de vistas, em detrimento das nuances e das especificidades. Fica-se, pois, flutuando nos aspectos mais superficiais do problema, o que permite apenas – e no máximo – a sua apresentação, mas não o seu diagnóstico. Outro ponto vulnerável diz respeito ao fato de que muitos respondentes, ao se verem subitamente em face de um questionário indagativo de opiniões pessoais, podem, às vezes, sentir-se numa situação de constrangimento, o que leva à possibilidade de respostas inadequadas, superficiais, e até mesmo inverídicas. Os quadros apresentados a partir das respostas obtidas não revelam esses casos, nem tampouco consideram as diferenças existentes entre respondentes com muita experiência de trabalho e aqueles recém-chegados, que mal conhecem o assunto. Os indivíduos foram, pois, artificialmente igualados e atomizados, embora se saiba que algumas opiniões ali expressas foram fruto de um longo processo de reflexão, e estão, portanto, bem sedimentadas, enquanto outras refletiram apenas uma emoção eventual e momentânea. Dependendo do momento, as respostas podem ser outras. Além disso, se os respondentes tivessem a oportunidade de trocar idéias e discutir seus pontos de vistas, certamente isso alteraria as opiniões assinaladas nos questionários. A todas essas limitações, adicionam-se aquelas provenientes de erros involuntários na marcação da intencionada resposta, bem como dos enganos na transcrição das respostas marcadas. 70 Mas, mesmo reconhecendo as limitações metodológicas, acreditamos que os responsáveis pela pesquisa do CEL-Coppead prestam um serviço altamente recomendável e de grande utilidade, tanto para mercado das empresas localizadas no Brasil, como para os estudantes e para o público, em geral. Ao ser utilizada a pesquisa já pronta, beneficiamo-nos das vantagens já citadas, sancionamos a sua validade, e assumimos como nossas todas as suas limitações. Em cima dos resultados da pesquisa do CEL-Coppead – com todas as suas vantagens e limitações – decidimos verificar a correlação que poderia existir entre a importância atribuída pelos clientes aos serviços de distribuição prestados pela indústria e os padrões de referência do mercado. Para fazer isso, utilizamos alguns procedimentos matemáticos, já descritos na seção anterior. Esses procedimentos tiveram a finalidade de novamente uniformizar as respostas com a intenção de permitir o tratamento estatístico comparativo. Permitiram também identificar o grau das correlações existentes entre as variáveis escolhidas, e mostrar alguns pontos anômalos, os quais se repetiram em todos os tipos de produtos. Porém, este é um método que também tem suas limitações, posto que não lança luz sobre as razões básicas pelas quais apareceram aqueles pontos anômalos. Ficou apenas a sugestão da necessidade de aprofundamento sobre esses pontos nos estudos futuros. Com todas essas limitações, acreditamos, no entanto que, de alguma forma, o método escolhido neste trabalho foi capaz de lançar alguma luz nos estudos de mercado; reconhecemos, porém, que muitos outros pontos, que poderiam, podem e devem ser estudados, não chegaram a ser examinados. 71 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS Neste capítulo apresentaremos as análises feitas utilizando parte dos dados da pesquisa do CEL–Coppead, para todas as categorias de produtos reunidas e para cada categoria em particular. Por fim, apresentaremos os principais diagnósticos levantados. Para efetuar a análise dos dados, colocamos em uma tabela, para cada variável, a importância média da respectiva dimensão e o resultado do gap entre a média das melhores práticas e a média das práticas de mercado, chamado de GapMercado. Calculamos, então, o coeficiente de correlação de Pearson entre esses dados e fizemos um gráfico de dispersão, para facilitar a análise e a visualização da relação entre os dados. Identificamos visualmente os pontos anômalos e os retiramos, calculando o novo coeficiente de correlação. Por fim, testamos a significância dos coeficientes. Este procedimento foi adotado para todas as categorias de produtos reunidas e para cada categoria isoladamente. A seguir, relataremos os resultados encontrados em cada uma dessas análises. 4.1. Todas as categorias Na tabela 8 estão os dados encontrados para todas as categorias de produtos juntas, isto é, considerando as respostas dos 633 questionários. Como podemos observar, a correlação encontrada entre o gap e a importância é muito baixa, próxima a zero. Aparentemente não haveria correlação entre os dados, mas ao analisarmos graficamente, percebemos a existência de 5 72 pontos anômalos que poderiam estar distorcendo esta correlação. O gráfico 1 demonstra graficamente a tabela 8, e nele estão indicados por um círculo os pontos anômalos. Os pontos anômalos correspondem às variáveis A11, A12, A532, A62 e A813. Podemos observar também que 2 desses pontos anômalos, referentes às variáveis A11 e A12, estão muito próximos no gráfico. A tabela de dimensões e variáveis e seus códigos se encontra no Anexo 1. Os códigos correspondem ao número da variável no questionário da pesquisa do CELCoppead. O questionário se encontra no Anexo 3. Gráfico 1 – todas as categorias: dispersão de dados da tabela 8 T odas as ca te gorias de produ tos 90,000 Gap M ercado 80,000 70,000 60,000 50,000 40,000 30,000 20,000 10,000 0,000 3,700 3,900 4,100 4,300 Im p o rtâ n c ia 4,500 4,700 4,900 73 Tabela 8 – Correlação entre Gap e Importância: Todas as Categorias Gap Variável Importância Mercado (y) (x) 4,754 6,918 A11 4,754 6,521 A12 4,754 43,836 A131 4,494 36,277 A21 4,608 69,515 A22 4,608 46,109 A221 4,545 28,542 A31 4,218 20,618 A421 4,073 14,269 A521 4,073 11,354 A522 4,073 10,491 A523 4,073 17,600 A524 4,073 14,843 A525 4,073 41,001 A531 4,073 81,470 A532 4,073 34,008 A533 4,073 22,008 A534 4,073 12,468 A542 4,073 43,952 A543 4,264 65,653 A62 4,264 22,524 A621 4,264 48,495 A622 4,281 24,795 A711 4,281 29,428 A712 4,281 25,657 A713 4,281 26,011 A714 4,281 18,521 A715 3,900 13,943 A812 3,900 49,937 A813 Correlação (imp x gap) 0,05818 Se retirarmos estes 5 pontos anômalos e fizermos uma nova análise de correlação e um novo gráfico, percebemos que os resultados mudam radicalmente. O gráfico 2 demonstra a dispersão sem os 5 pontos anômalos, com a reta de regressão. A correlação, com a retirada dos 5 pontos, passou a ser 0,63203. 74 Gráfico 2 – todas as categorias sem os 5 pontos anômalos T odas as categorias de produ tos 80,000 G apM ercado 70,000 60,000 50,000 40,000 30,000 20,000 10,000 0,000 3,700 3,900 4,100 4,300 4,500 4,700 4,900 Im p o rtâ n c ia Para testarmos a significância do coeficiente de correlação (r), podemos calcular uma razão t com (N – 2) graus de liberdade, sendo N o número de pares (no caso 24, isto é, 29 – 5 pontos anômalos). A razão t é obtida com a seguinte fórmula: t= r ∂N – 2 ∂1–r 2 Desta forma, temos: r = 0,63203 (coeficiente de correlação) N – 2 = 22 (graus de liberdade) t = 3,82542 Para ser significante, a razão t deve ser igual ou maior que 2,074 (razão crítica), no nível de significância de 0,05, com 22 graus de liberdade. Como a razão encontrada é maior que a razão crítica, podemos rejeitar a hipótese nula de que não há correlação entre os dois fatores. 75 4.2. Papel Na tabela 9 estão os dados encontrados para a categoria de papel, que corresponde a 151 questionários. Como podemos observar, assim como em todas as categorias juntas, a correlação encontrada entre o gap e a importância, para todas as variáveis, também é baixa. Entretanto, nesta categoria foi encontrada a maior correlação, como poderemos verificar nas análises das outras categorias. Ao analisarmos graficamente, percebemos a existência de 5 pontos anômalos que poderiam estar distorcendo esta correlação, e o mais surpreendente é que são os mesmos 5 pontos anômalos encontrados anteriormente em todas as categorias reunidas. O gráfico 3 demonstra graficamente a tabela 9, e nele estão indicados por um círculo os pontos anômalos. Tal como em todas as categorias juntas, os pontos anômalos correspondem às variáveis A11, A12, A532, A62 e A813. Podemos observar também que 2 desses pontos anômalos, referentes às variáveis A11 e A12, novamente estão muito próximos no gráfico. Tabela 9 – Correlação entre Gap e Importância: Papel 76 Gap Variável Importância Mercado (y) (x) 4,742 4,711 A11 4,742 5,670 A12 4,742 45,076 A131 4,437 29,535 A21 4,616 64,941 A22 4,616 42,574 A221 4,530 12,821 A31 4,205 14,960 A421 3,993 9,718 A521 3,993 8,333 A522 3,993 6,354 A523 3,993 12,621 A524 3,993 10,675 A525 3,993 26,255 A531 3,993 52,215 A532 3,993 27,626 A533 3,993 22,973 A534 3,993 11,933 A542 3,993 37,365 A543 4,146 60,721 A62 4,146 15,915 A621 4,146 37,089 A622 4,232 22,146 A711 4,232 22,222 A712 4,232 19,461 A713 4,232 19,419 A714 4,232 17,446 A715 3,808 10,291 A812 3,808 34,653 A813 Correlação (imp x gap) 0,15176 Gráfico 3 – papel: dispersão de dados da tabela 9 77 P ap el 70,000 G apM ercado 60,000 50,000 40,000 30,000 20,000 10,000 0,000 3,700 3,900 4,100 4,300 4,500 4,700 4,900 Importância Retirando os 5 pontos anômalos e fazendo uma nova análise de correlação e um novo gráfico, novamente os resultados mudam radicalmente. O gráfico 4 demonstra a dispersão sem os 5 pontos anômalos, com a reta de regressão. A correlação, com a retirada dos 5 pontos, passou a ser 0,64320. Gráfico 4 – papel sem os 5 pontos anômalos P ap el 70,000 G apM ercado 60,000 50,000 40,000 30,000 20,000 10,000 0,000 3,700 3,900 4,100 4,300 Importância Desta forma, temos: 4,500 4,700 4,900 78 r = 0,64320 (coeficiente de correlação) N – 2 = 22 (graus de liberdade) t = 3,94003 Para ser significante, a razão t deve ser igual ou maior que 2,074 (razão crítica), no nível de significância de 0,05, com 22 graus de liberdade. Como a razão encontrada é maior que a razão crítica, podemos rejeitar a hipótese nula de que não há correlação entre os dois fatores. 4.3. Higiene e Limpeza Na tabela 10 estão os dados encontrados para a categoria de higiene e limpeza, que corresponde a 150 questionários. Como podemos observar, assim como em todas as categorias juntas, a correlação encontrada, para todas as variáveis, entre o gap e a importância também é muito baixa, próxima a zero. Ao analisarmos graficamente, novamente percebemos a existência de pontos anômalos que poderiam estar distorcendo esta correlação, e mais uma vez são os mesmos 5 pontos anômalos encontrados anteriormente em todas as categorias reunidas e em papel. O gráfico 5 demonstra graficamente a tabela 10, e nele estão indicados por um círculo os pontos anômalos. Tal como em todas as categorias juntas e em papel, os pontos anômalos correspondem às variáveis A11, A12, A532, A62 e A813. Podemos observar também que 2 desses pontos anômalos, referentes às variáveis A11 e A12, novamente estão muito próximos no gráfico. 79 Tabela 10 – Correlação entre Gap e Importância: Higiene e Limpeza Gap Variável Importância Mercado (y) (x) 4,760 6,652 A11 4,760 6,988 A12 4,760 42,431 A131 4,467 38,897 A21 4,660 69,623 A22 4,660 45,421 A221 4,600 24,307 A31 4,287 21,577 A421 4,087 13,548 A521 4,087 12,218 A522 4,087 11,353 A523 4,087 20,522 A524 4,087 17,845 A525 4,087 40,681 A531 4,087 94,464 A532 4,087 41,409 A533 4,087 10,714 A534 4,087 17,339 A542 4,087 37,091 A543 4,340 66,017 A62 4,340 24,951 A621 4,340 57,342 A622 4,240 21,135 A711 4,240 28,797 A712 4,240 26,337 A713 4,240 26,848 A714 4,240 18,294 A715 3,833 11,931 A812 3,833 61,121 A813 Correlação (imp x gap) 0,03928 80 Gráfico 5 – higiene e limpeza: dispersão de dados da tabela 10 Hig ien e e L im p eza 1 0 0,0 0 0 G apM ercado 9 0 ,0 0 0 8 0 ,0 0 0 7 0 ,0 0 0 6 0 ,0 0 0 5 0 ,0 0 0 4 0 ,0 0 0 3 0 ,0 0 0 2 0 ,0 0 0 1 0 ,0 0 0 0 ,00 0 3 ,70 0 3 ,90 0 4 ,10 0 4 ,30 0 4 ,50 0 4 ,70 0 4 ,90 0 Importância Retirando os 5 pontos anômalos e fazendo uma nova análise de correlação e um novo gráfico, novamente os resultados mudam radicalmente. O gráfico 6 demonstra a dispersão sem os 5 pontos anômalos e a reta de regressão. A correlação, com a retirada dos 5 pontos, passou a ser 0,62615. Gráfico 6 – higiene e limpeza sem os 5 pontos anômalos H ig ien e e L im p eza 80,000 G apM ercado 70,000 60,000 50,000 40,000 30,000 20,000 10,000 0,000 3,700 3,900 4,100 4,300 Im p o rtâ n c ia 4,500 4,700 4,900 81 Desta forma, temos: r = 0,62615 (coeficiente de correlação) N – 2 = 22 (graus de liberdade) t = 3,76670 Para ser significante, a razão t deve ser igual ou maior que 2,074 (razão crítica), no nível de significância de 0,05, com 22 graus de liberdade. Como a razão encontrada é maior que a razão crítica, podemos rejeitar a hipótese nula de que não há correlação entre os dois fatores. 4.4. Alimentos Não Perecíveis Na tabela 11 estão os dados encontrados para a categoria de alimentos não perecíveis, que corresponde a 153 questionários. Como podemos observar, assim como nas análises anteriores, a correlação encontrada entre o gap e a importância também é muito baixa, próxima a zero, só que dessa vez é negativa. Ao analisarmos graficamente, novamente percebemos a existência de pontos anômalos que poderiam estar alterando esta correlação, e mais uma vez foram retirados os 5 pontos anômalos encontrados anteriormente. O gráfico 7 demonstra graficamente a tabela 11, e nele os pontos anômalos estão indicados por um círculo. Tal como antes, os pontos anômalos correspondem às variáveis A11, A12, A532, A62 e A813. Podemos observar que os pontos anômalos referentes às variáveis A11 e A12 também estão muito próximos no gráfico. 82 Tabela 11 – Correlação entre Gap e Importância: Alimentos Não Perecíveis Gap Variável Importância Mercado (y) (x) 4,810 6,982 A11 4,810 5,735 A12 4,810 43,378 A131 4,549 40,678 A21 4,575 72,656 A22 4,575 50,206 A221 4,582 34,945 A31 4,209 24,651 A421 4,242 15,942 A521 4,242 12,500 A522 4,242 12,154 A523 4,242 19,529 A524 4,242 16,194 A525 4,242 47,369 A531 4,242 123,845 A532 4,242 31,438 A533 4,242 22,612 A534 4,242 10,300 A542 4,242 39,759 A543 4,327 68,317 A62 4,327 24,571 A621 4,327 50,844 A622 4,373 25,667 A711 4,373 34,583 A712 4,373 27,559 A713 4,373 26,590 A714 4,373 17,513 A715 3,889 15,309 A812 3,889 51,807 A813 Correlação (imp x gap) - 0,03172 83 Gráfico 7 – alimentos não perecíveis: dispersão de dados da tabela 11 A limen tos N ão Perecíveis 1 40 ,0 00 G apM ercado 1 20 ,0 00 1 00 ,0 00 8 0,0 0 0 6 0,0 0 0 4 0,0 0 0 2 0,0 0 0 0 ,0 0 0 3 ,7 0 0 3 ,9 0 0 4 ,1 0 0 4 ,3 0 0 4 ,5 0 0 4 ,7 0 0 4 ,9 0 0 Importância Retirando os mesmos 5 pontos anômalos e fazendo uma nova análise de correlação e um novo gráfico, novamente os resultados mudam radicalmente. O gráfico 8 demonstra a dispersão sem os 5 pontos anômalos e a reta de regressão. A correlação, com a retirada dos 5 pontos, passou a ser 0,59471. Gráfico 8 – alimentos não perecíveis sem os 5 pontos anômalos A lim en to s N ão P erecíveis 80,000 G apM ercado 70,000 60,000 50,000 40,000 30,000 20,000 10,000 0,000 3,700 3,900 4,100 4,300 Im portância 4,500 4,700 4,900 84 Desta forma, temos: r = 0,59471 (coeficiente de correlação) N – 2 = 22 (graus de liberdade) t = 3,46971 Para ser significante, a razão t deve ser igual ou maior que 2,074 (razão crítica), no nível de significância de 0,05, com 22 graus de liberdade. Como a razão encontrada é maior que a razão crítica, podemos rejeitar a hipótese nula de que não há correlação entre os dois fatores. 4.5. Alimentos Perecíveis Na tabela 12 estão os dados encontrados para a categoria de alimentos não perecíveis, que corresponde a 179 questionários. Como podemos observar, assim como nas análises anteriores, a correlação encontrada entre o gap e a importância também é muito baixa, próxima a zero. Ao analisarmos graficamente, novamente percebemos a existência de pontos anômalos que poderiam estar modificando esta correlação, e mais uma vez foram retirados os 5 pontos anômalos encontrados anteriormente. O gráfico 9 demonstra graficamente a tabela 12, e nele estão indicados por um círculo os 5 pontos anômalos correspondentes às variáveis A11, A12, A532, A62 e A813, que são as mesmas retiradas nas outras categorias. Podemos observar que os pontos anômalos referentes às variáveis A11 e A12 também estão muito próximos no gráfico. 85 Tabela 12 – Correlação entre Gap e Importância: Alimentos Perecíveis Gap Variável Importância Mercado (y) (x) 4,709 9,062 A11 4,709 7,547 A12 4,709 44,515 A131 4,520 38,714 A21 4,587 69,945 A22 4,587 46,424 A221 4,480 33,098 A31 4,179 21,185 A421 3,983 17,507 A521 3,983 12,295 A522 3,983 11,952 A523 3,983 17,960 A524 3,983 14,930 A525 3,983 52,755 A531 3,983 72,029 A532 3,983 35,990 A533 3,983 47,138 A534 3,983 11,682 A542 3,983 62,820 A543 4,246 66,241 A62 4,246 24,185 A621 4,246 42,980 A622 4,279 29,422 A711 4,279 31,961 A712 4,279 28,833 A713 4,279 30,912 A714 4,279 20,482 A715 4,045 16,112 A812 4,045 47,050 A813 Correlação (imp X gap) 0,02565 86 Gráfico 9 – alimentos perecíveis: dispersão de dados da tabela 12 A limen tos Perecíveis 80,000 G apM ercado 70,000 60,000 50,000 40,000 30,000 20,000 10,000 0,000 3,900 4,000 4,100 4,200 4,300 4,400 4,500 4,600 4,700 4,800 Im p o rtâ n c ia Retirando os 5 pontos anômalos e fazendo uma nova análise de correlação e um novo gráfico, os resultados mudam radicalmente, mas podemos observar que ainda permanecem pontos anômalos no gráfico. O gráfico 10 demonstra a dispersão sem os 5 pontos anômalos, com a reta de regressão. A correlação, com a retirada dos 5 pontos, passou a ser 0,43309. Esta correlação é baixa, se comparada às correlações encontradas nas outras categorias com a retirada dos 5 pontos anômalos. Por isso, foram retirados mais 2 pontos anômalos (A531 e A543) nesta categoria, representados por círculos no gráfico 10. O gráfico 11 demonstra a dispersão sem os 7 pontos anômalos e a nova reta de regressão. A correlação, com a retirada dos 7 pontos, passou a ser 0,69125. 87 Gráfico 10 – alimentos perecíveis sem os 5 pontos anômalos A limen tos Perecíveis 80,000 G apM ercado 70,000 60,000 50,000 40,000 30,000 20,000 10,000 0,000 3,900 4,000 4,100 4,200 4,300 4,400 4,500 4,600 4,700 4,800 4,700 4,800 Im p o rtâ n c ia Gráfico 11 – alimentos perecíveis sem os 7 pontos anômalos Alimen tos Perecíveis 80,000 GapMercado 70,000 60,000 50,000 40,000 30,000 20,000 10,000 0,000 3,900 4,000 4,100 4,200 4,300 4,400 Importância Desta forma, temos: r = 0,69125 (coeficiente de correlação) N – 2 = 20 (graus de liberdade) t = 4,27802 4,500 4,600 88 Para ser significante, a razão t deve ser igual ou maior que 2,086 (razão crítica), no nível de significância de 0,05, com 20 graus de liberdade. Como a razão encontrada é maior que a razão crítica, podemos rejeitar a hipótese nula de que não há correlação entre os dois fatores. 4.6. Diagnóstico Foi analisada a função GapMercado = f (Importância dos Atributos) para as diversas categorias de produtos (papel, alimentos perecíveis, alimentos não perecíveis e higiene e limpeza), e para todas as categorias reunidas, traçandose as respectivas retas resultantes. Com as análises efetuadas, podemos perceber alguns pontos interessantes: • Nas categorias reunidas e também nas análises por categoria, os pontos anômalos são sempre os mesmos, isto é, representam as mesmas cinco variáveis. Embora na categoria alimentos perecíveis se destaquem sete pontos anômalos, desses sete, cinco correspondem aos mesmos pontos das outras categorias. • Com a retirada dos pontos anômalos, houve um grande aumento das correlações, que antes estavam próximas a zero. • Com exceção da categoria alimentos perecíveis, nas outras categorias separadas e em todas juntas, com a retirada dos cinco pontos anômalos, o grau de correlação ficou no mesmo patamar, em torno de 60%. • Em todas as categorias reunidas e nas categorias separadamente, o teste da significância do coeficiente de Pearson rejeitou a hipótese nula de que não haveria correlação entre as variáveis. 89 Estas observações indicam que a hipótese básica deste trabalho, de que existe uma relação entre a importância e o gap de mercado, pode ser considerada verdadeira. E que esta relação é direta, isto é, quanto maior a importância da dimensão, maiores os gaps de mercado, para todas as categorias de produtos. Neste processo, para que esta relação fique clara, observamos que é necessário segregar as seguintes variáveis: • Percentual confirmado na tirada do pedido (A11); • Percentual entregue do total pedido (A12); • Tempo de antecedência do aviso de atrasos (anterior à entrega) (A532); • Percentual dos pedidos que resultam em reclamações (A62); • Tempo para receber solicitações de serviços de assistência e/ou informações sobre o produto (A813). E no caso específico de alimentos perecíveis, é necessário separar mais duas variáveis, além das cinco citadas anteriormente: • Tempo de antecedência do aviso de mudanças de condições comerciais/promocionais (anterior à mudança) (A531); • Tempo de espera para receber informações sobre a situação do pedido (status) (A543). Na tentativa de explicar o porquê da diferenciação desses pontos, podemos fazer as algumas inferências, baseando-nos nos resultados dos gaps de mercado das variáveis e na importância das respectivas dimensões. Na dimensão 1 - Disponibilidade de Produto, temos dois pontos anômalos: • Percentual confirmado na tirada do pedido (A11) • Percentual entregue do total pedido (A12) 90 A dimensão disponibilidade de produto tem um grau de importância muito alto: é a mais importante em todas as categorias juntas e nas categorias isoladas. Já as duas variáveis citadas têm gaps baixos, comparando-se com as outras variáveis. Esta combinação importância alta e gap baixo fez com que esses pontos ficassem fora da correlação. Isso provavelmente acontece porque os fornecedores sabem que esta dimensão é extremamente importante para seus clientes, e buscam boas práticas para não perder mercado. Isso explicaria a pouca diferença entre as melhores práticas e a prática de mercado. Conforme observa Christopher (1999), a disponibilidade dos produtos nas prateleiras das lojas, a vista de todos, irá quase sempre superar preferências por determinadas marcas. Desta forma, os fornecedores estão percebendo que, oferecendo um melhor serviço ao cliente, é possível obter formas de diferenciação que podem evitar a concorrência por preços. “Embora sempre haja quem compre só pelo preço, há muitos clientes sensíveis ao serviço” (CHRISTOPHER, 1999, p. 31). Na dimensão 6 - Sistema de Informação de Apoio, temos um ponto anômalo: • Tempo de antecedência do aviso de atrasos (anterior à entrega) (A532) A importância é relativamente alta, mas como os gaps de mercado são muito grandes, isso faz com que este ponto fique fora da correlação. Aqui existe uma boa oportunidade para as empresas se destacarem, pois o mercado vê as melhores práticas como uma performance muito superior à prática de mercado. Na dimensão 7 - Sistema de Remediação de Falhas, também temos um ponto anômalo: 91 • Percentual dos pedidos que resultam em reclamações (A62) Nesta variável os gaps também são grandes, embora não tão elevados quanto aos da dimensão anterior, mas como a importância é mais alta, esse ponto fica fora da correlação. Assim como na dimensão anterior, existe uma boa oportunidade para as empresas se destacarem, pois o mercado vê as melhores práticas como uma performance bem superior à prática de mercado, e dá muita importância a este item. Na dimensão 9 - Apoio Pós-Entrega, encontra-se o quinto ponto anômalo: • Tempo para receber solicitações de serviços de assistência e/ou informações sobre o produto (A813) Nesta variável os gaps são grandes, embora menores que das duas dimensões anteriores; mas, o fator principal que leva este ponto a ficar fora da correlação é sua importância relativamente baixa em relação às outras variáveis. Pode ser um elemento de diferenciação, mas não tão importante quanto os dois anteriores. No caso da categoria Alimentos Perecíveis, além das cinco variáveis acima, foram retiradas mais duas. Na dimensão 6 - Sistema de Informação de Apoio, foram isoladas também as variáveis: • Tempo de antecedência do aviso de mudanças de condições comerciais/promocionais (anterior à mudança) (A531) • Tempo de espera para receber informações sobre a situação do pedido (status) (A543) No caso de alimentos perecíveis, ficou evidente a necessidade de segregar, na dimensão 6, as variáveis referentes ao momento do pedido das variáveis relativas às informações após o pedido. 92 Como podemos perceber pelo anexo 1, cada dimensão tem normalmente duas ou três variáveis, chegando no máximo a cinco variáveis. A exceção fica por conta da dimensão 6, que tem 11 variáveis. Isto causa uma distorção que pode ser percebida nos gráficos, pois onze variáveis têm necessariamente o mesmo grau de importância. No caso específico de alimentos perecíveis, como o grau de importância desta dimensão é relativamente baixo, esta distorção ficou mais evidente, sendo necessária a segregação de mais variáveis desta dimensão para melhorar a correlação. Analisando a dimensão, percebemos que as variáveis contidas nela se diferenciam em dois grupos. As variáveis: • Facilidade de Colocação do Pedido • Agilidade na Confirmação do Pedido • Cordialidade do Atendente • Presteza (Preparo do Pessoal) • Credibilidade Se referem ao momento em que o pedido é feito pelo cliente. Já as variáveis: • Tempo de antecedência do aviso de mudanças de condições comerciais/promocionais (anterior à mudança) • Tempo de antecedência do aviso de atrasos (anterior à entrega) • Tempo de antecedência de informações de novos produtos (anterior ao lançamento) • Tempo de antecedência do aviso de substituições no pedido (anterior à entrega) • Percentual de solicitações sobre a situação do pedido (status) atendidas 93 • Tempo de espera para receber informações sobre a situação do pedido (status) Se referem ao serviço de informações prestado pelo fornecedor após o pedido, isto é, no período entre o pedido e o recebimento da mercadoria. Embora todas sejam ligadas ao sistema de informações de apoio, provavelmente o sistema de informação no momento do pedido e o sistema de informação após a efetivação do pedido têm importâncias diferentes para os clientes. Neste caso, o ideal seria desdobrar esta dimensão em duas, para que os respondentes pudessem avaliar melhor as importâncias relativas a cada uma. Esta distorção ficou mais clara na categoria alimentos perecíveis provavelmente devido à natureza do produto, onde o serviço de distribuição é fundamental, já que o produto é bem mais frágil e tem vida útil bem menor. Isso faz com que não seja possível armazenar grandes quantidades, sendo fundamental um bom serviço ao cliente para redução de custos e desperdícios. 94 5. CONCLUSÕES 5.1. O que se pode dizer à luz do que foi analisado De acordo com os resultados encontrados, quanto maior a importância da dimensão, maior o GapMercado, em todas as categorias de produtos. Desta forma, foi confirmada a veracidade da Hipótese 1 (H1). Isso poderia significar que algumas empresas (as detentoras das melhores práticas) conhecem bem as necessidades de seus clientes, isto é, as dimensões que eles consideram importantes, e procuram se diferenciar nestas dimensões. Isto aumentaria o GapMercado das dimensões consideradas mais importantes pelos clientes, explicando a relação encontrada. Por outro lado, podemos imaginar que os clientes tendem a considerar mais importantes as dimensões cujos gaps de mercado são maiores. Uma grande diferença entre a prática de mercado e a melhor prática faria com que os respondentes sentissem maior insatisfação com o serviço prestado, e passassem a considerar esta dimensão como importante, já que é a mais problemática. Estas possíveis explicações só não se concretizam ao analisarmos os dois pontos anômalos encontrados na dimensão “disponibilidade de produto”: “percentual confirmado na tirada do pedido” e “percentual entregue do total pedido”. Esta dimensão tem o grau de importância mais alto, mas os gaps das duas variáveis são muito baixos, isto é, não há grande diferença entre as melhores práticas e as práticas de mercado. Conforme já explanado anteriormente, isso provavelmente se deve ao fato da dimensão disponibilidade de produto ser considerada atualmente requisito básico de 95 competição no mercado. Sem produto disponível, não há como ocorrer a prestação do serviço, e não há como se concretizar o negócio. Sendo um critério básico, ou “qualificador” - onde, conforme Hill (1993), os clientes esperam um desempenho mínimo de seus fornecedores para então julgar os outros critérios -, todas as indústrias procuram ter bom desempenho, justificando os baixos gaps. Por outro lado, podemos considerar também que, neste caso, a importância da dimensão é intrínseca, não sendo influenciada pelas performances de mercado. Situação contrária encontramos no ponto anômalo “tempo para receber solicitações de serviços de assistência e/ou informações sobre o produto”, relacionado à dimensão “apoio pós-entrega”, onde temos baixa importância nesta dimensão, embora o gap seja alto. Neste caso, a hipótese em que a importância é influenciada pelas performances de mercado não se concretiza, já que, apesar da grande disparidade entre as práticas de mercado e as melhores práticas, os clientes atribuíram baixa importância a esta dimensão. Já nos outros fatores a relação “alta importância – alto gap” é verdadeira, fazendo com que possamos considerar que somente algumas empresas conhecem as necessidades dos clientes, ou então que a importância atribuída pelos clientes é influenciada pela performance. Em suma, acreditamos em uma relação de causação circular entre a importância do serviço ao cliente e o gap de mercado dos padrões de referência, mas as análises evidenciam a hipótese de que realmente algumas empresas estão se preocupando em descobrir as reais necessidades de seus clientes, e se beneficiando com isso, através da melhoria de suas performances de serviço. 96 É interessante observar que, dos três elementos fundamentais – descritos na revisão bibliográfica - citados por Christopher (1999) como fazendo parte do “pedido perfeito”, isto é, entrega pontual, entrega completa e entrega sem erros, podemos perceber, pela análise dos resultados, que somente a entrega completa está sendo atingida pela maioria dos fornecedores, já que a dimensão “disponibilidade de produto” foi a única a apresentar variáveis com importância alta e gaps baixos, gerando inclusive pontos anômalos. A dimensão “consistência do prazo de entrega”, relacionada à entrega pontual, apresentou alta importância e altos gaps, principalmente na variável “percentual de entregas com atraso”, embora não tenha chegado a ficar fora da curva. Mesmo assim, demonstra que é uma boa oportunidade de diferenciação no mercado, pois a grande maioria dos fornecedores ainda não percebeu sua importância. Se incluirmos nesta análise a variável “tempo de antecedência do aviso de atrasos”, que foi um dos pontos anômalos encontrados, causado devido ao grande GapMercado em relação a uma importância relativamente alta da dimensão “sistema de informação de apoio”, comprovamos que o mercado ainda tem muito a se desenvolver em relação ao elemento entrega pontual. E em relação à entrega sem erros, podemos relacionar um dos pontos anômalos encontrados: “percentual dos pedidos que resultam em reclamações”. Este ponto ficou fora da curva devido à alta importância de sua dimensão e ao alto gap dessa variável, demonstrando que o mercado também ainda não percebeu a importância do elemento entrega sem erros. LaLonde, Cooper e Nordewier (1988) defendem que um serviço deficiente acarreta custos diretos e indiretos para as empresas. O mais direto dos custos pode ser percebido em termos de perda de market share pela empresa. 97 Existem outros custos diretos, tais como aumento de chamadas para correção de problemas e necessidade de contínuas checagens dos serviços, principalmente aqueles fornecidos aos clientes especiais. Os custos indiretos de um serviço deficiente são mais difíceis de serem quantificados. Incluem custos morais, custos de retrabalho e custos gerados por uma falta de foco organizacional. O resultado final do serviço deficiente é a erosão do market share e a perda de produtividade. Acreditamos que as informações contidas neste estudo poderão ajudar na escolha das características de prestação de serviços de distribuição de alimentos, papel e produtos de higiene e limpeza que apresentam maior potencial de aumento das vendas e da lucratividade, para os empresários fornecedores, através da melhoria dos seus serviços. Conforme citado anteriormente na revisão bibliográfica, uma empresa pode ampliar sua fatia de mercado, melhorar o serviço e reduzir os custos totais com a logística se ajustar sistematicamente o pacote de serviços ao cliente. Uma das vantagens deste método é que a melhoria do serviço ao consumidor não é tão fácil de ser copiada pelos concorrentes como são as mudanças nos produtos, no preço e na promoção. Neste sentido, a revisão bibliográfica sobre o assunto apresenta uma série de recomendações feitas por Lambert e Stock (1993) para saber quais atributos apresentam as melhores vantagens para a aumentar a participação e/ou a rentabilidade no mercado, através do levantamento da importância dos indicadores, e da atuação das empresas e do líder no mercado. Recomendações estas que percebemos terem sido utilizadas no levantamento de dados feito pela pesquisa do CEL–Coppead. 98 Este trabalho aproveitou esses dados levantados e buscou estabelecer uma relação entre a importância e as performances de mercado. Desta forma, podemos iniciar um processo de benchmarking competitivo, cuja forma mais representativa acontece quando as avaliações das performances dos competidores feitas pelos clientes são comparadas entre si e com as avaliações da importância dos atributos de serviços feitas pelos clientes. Esta metodologia é corroborada, na revisão bibliográfica, por LaLonde, Cooper e Nordewier (1988), ao defenderem que um importante aspecto da avaliação da qualidade do serviço ao cliente é descobrir os padrões de serviço que os clientes desejam e o nível de performance dos competidores, isto é, os benchmarks de mercado. É possível visualizar o desempenho do serviço ao cliente como um padrão relativo de performance, em vez de um padrão absoluto. Se utilizar esta visão relativa, uma empresa poderá estabelecer sua meta de serviço ao cliente de forma a ser melhor do que seus principais concorrentes, em vez de procurar ser a melhor em termos absolutos. E mesmo que a empresa queira ter o melhor desempenho absoluto, ainda assim é importante saber como está a performance de seus principais concorrentes, pois este conhecimento permite à empresa uma análise realista das performances aceitáveis pelo mercado e informações mais precisas para estudos de custo/benefício de melhorias do serviço ao cliente. Em relação aos dois objetivos propostos inicialmente por este estudo: 1) Examinamos a relação entre os padrões de referência do mercado, isto é, a prática de mercado e as melhores práticas do serviço de distribuição, e o grau de importância atribuído pelos clientes às diversas dimensões do serviço, através das correlações apresentadas pelas tabelas e pelos gráficos no capítulo 4: Análise dos Resultados. 99 2) Verificamos que há uma relação direta de influência entre os padrões de referência e o grau de importância das dimensões, e que somente algumas empresas fornecedoras de produtos estão atuando de forma consistente e competitiva em relação às dimensões consideradas mais importantes pelos seus clientes. A abordagem analítica adotada, estabelecendo de forma matemática a função: GapMercado = f (Importância dos Atributos) para as 29 variáveis em suas 9 dimensões, poderá facilitar o estabelecimento de um ranking daquele potencial para as diferentes variáveis, o qual poderá ser utilizado nos estudos de custo/benefício e viabilidade econômico-financeira, visando ao planejamento de ações no campo do treinamento de pessoal e do desenvolvimento de infra-estruturas de distribuição. Ressalte-se a alta qualidade da pesquisa do Centro de Estudos em Logística do Coppead, cujos dados, em sua abrangência e fidedignidade, possibilitaram a elaboração do presente estudo, bem como a especificidade de certas variáveis da pesquisa no que diz respeito às importâncias atribuídas pelos empresários respondentes. 5.2. Sugestões para pesquisas futuras A pesquisa Benchmark Serviço ao Cliente representa uma grande fonte de dados para outras pesquisas sobre o assunto. Como sugestão, poderia ser feita uma análise fatorial dos dados, buscando agrupar as variáveis para tentarmos descobrir dimensões implícitas do serviço ao cliente. Aqui ficaria provada a necessidade ou não de se quebrar a dimensão 6 – sistema de informações de apoio – em duas ou mais dimensões. 100 Uma outra forma de se fazer este estudo seria retirando as 5 variáveis da dimensão 6 relativas ao momento do pedido e refazer a análise para verificar se a relação ficaria diferente, ou se aumentaria o grau de correlação, ou então retirar as 6 variáveis da dimensão 6 relativas ao período entre o pedido e a entrega das mercadorias. Uma outra sugestão seria uma análise mais profunda dos pontos anômalos (outliers) encontrados neste trabalho. E por fim, fica aqui a sugestão de se estudar melhor as expectativas mínimas dos clientes, e como elas se comportam se comparadas aos gaps de mercado e à importância de cada dimensão. 101 BIBLIOGRAFIA ALBRECHT, K.; ZEMKE,R. (1985a) Serviços com qualidade: a vantagem competitiva. São Paulo: Makron Books, 1992. Apud GRÖNROOS, C. Marketing: gerenciamento e serviços: a competição por serviços na hora da verdade. Tradução por Cristina Bazán. Rio de Janeiro: Campus, 1995. 377p. ——. ——. (b) Instilling a service strategy: like teaching an elephant to dance. International Management. nov. 1985. Apud GRÖNROOS, C. Marketing: gerenciamento e serviços. Op. cit., 1995. ALDERSON, W. Marketing behavior and executive action. Hommewood, Ill.: Irwin. 1957. Apud GRÖNROOS, C. Marketing: gerenciamento e serviços. Op. cit., 1995. AMA. Board approves new marketing definition. Marketing News. 1 mar. 1985. Apud GRÖNROOS, C. Marketing: gerenciamento e serviços... op. cit., 1995. ANDRESEN, O. et al. (orgs). Danmark som sevicesamfund. (A Dinamarca como uma sociedade de serviços). Copenhague, Dinamarca: Politikens Forlag, 1983. Apud GRÖNROOS, C. Marketing: gerenciamento e serviços... op. cit., 1995. BABAKUS,E.; BOLLER, G. W. 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Sistema de Informação de Apoio A521 Facilidade de Colocação do Pedido A522 Agilidade na Confirmação do Pedido A523 Cordialidade do Atendente A524 Presteza (Preparo do Pessoal) A525 Credibilidade A531 Tempo anteced. do aviso de mudanças de condições comerciais/promoc. (anterior à mudança) (**) A532 Tempo de antecedência do aviso de atrasos (anterior à entrega) (*) A533 Tempo de antecedência de informações de novos produtos (anterior ao lançamento) A534 Tempo de antecedência do aviso de substituições no pedido (anterior à entrega) A542 % de solicitações sobre a situação do pedido (status) atendidas A543 Tempo de espera para receber informações sobre a situação do pedido (status) (**) 7. Sistema de Remediação de Falhas A62 % dos pedidos que resultam em reclamações (*) A621 % das reclamações resolvidas na primeira solicitação (efetivamente solucionadas) A622 Tempo entre o aviso de um problema e a remediação da falha 8. Apoio na Entrega Física A711 Apoio no Merchandising A712 Presteza na Entrega (preparo do pessoal) A713 Cordialidade na Entrega (do pessoal) A714 Pontualidade na Entrega A715 Rapidez na Descarga 9. Apoio Pós-Entrega A812 % de solicitações de serviços de assistência e/ou informações sobre o produto atendidas A813 Tempo p/ receber solicitações de serv. de assistência e/ou informações s/ o produto (*) OBS: (*) = 5 variáveis retiradas nas categorias (pontos anômalos) (**) = 2 variáveis retiradas somente em alimentos perecíveis (além das 5 acima) % % dias dias % dias vezes % 1a5 1a5 1a5 1a5 1a5 dias dias dias dias % dias % % dias 1a5 1a5 1a5 1a5 1a5 % dias Anexo 2 Tabela de Dados da Pesquisa (sem os pontos anômalos) Todas Categorias Alimentos Perecíveis Alimentos Não Perec. Higiene e Limpeza Papel Variável Importância Gap Mercado Importância Gap Mercado Importância Gap Mercado Importância Gap Mercado Importância Gap Mercado A11 A12 A131 A21 A22 A221 A31 A421 A521 A522 A523 A524 A525 A531 A532 A533 A534 A542 A543 A62 A621 A622 A711 A712 A713 A714 A715 A812 A813 4,75 4,49 4,61 4,61 4,55 4,22 4,07 4,07 4,07 4,07 4,07 4,07 43,84 36,28 69,51 46,11 28,54 20,62 14,27 11,35 10,49 17,60 14,84 41,00 4,71 4,52 4,59 4,59 4,48 4,18 3,98 3,98 3,98 3,98 3,98 44,51 38,71 69,94 46,42 33,10 21,19 17,51 12,30 11,95 17,96 14,93 4,81 4,55 4,58 4,58 4,58 4,21 4,24 4,24 4,24 4,24 4,24 4,24 43,38 40,68 72,66 50,21 34,95 24,65 15,94 12,50 12,15 19,53 16,19 47,37 4,76 4,47 4,66 4,66 4,60 4,29 4,09 4,09 4,09 4,09 4,09 4,09 42,43 38,90 69,62 45,42 24,31 21,58 13,55 12,22 11,35 20,52 17,85 40,68 4,74 4,44 4,62 4,62 4,53 4,21 3,99 3,99 3,99 3,99 3,99 3,99 45,08 29,54 64,94 42,57 12,82 14,96 9,72 8,33 6,35 12,62 10,68 26,25 4,07 4,07 4,07 4,07 34,01 22,01 12,47 43,95 3,98 3,98 3,98 35,99 47,14 11,68 4,24 4,24 4,24 4,24 31,44 22,61 10,30 39,76 4,09 4,09 4,09 4,09 41,41 10,71 17,34 37,09 3,99 3,99 3,99 3,99 27,63 22,97 11,93 37,37 4,26 4,26 4,28 4,28 4,28 4,28 4,28 3,90 22,52 48,49 24,79 29,43 25,66 26,01 18,52 13,94 4,25 4,25 4,28 4,28 4,28 4,28 4,28 4,04 24,18 42,98 29,42 31,96 28,83 30,91 20,48 16,11 4,33 4,33 4,37 4,37 4,37 4,37 4,37 3,89 24,57 50,84 25,67 34,58 27,56 26,59 17,51 15,31 4,34 4,34 4,24 4,24 4,24 4,24 4,24 3,83 24,95 57,34 21,13 28,80 26,34 26,85 18,29 11,93 4,15 4,15 4,23 4,23 4,23 4,23 4,23 3,81 15,91 37,09 22,15 22,22 19,46 19,42 17,45 10,29 0,63 Correlação 0,64 Correlação 0,63 Correlação 0,69 Correlação 0,59 Correlação OBS: Gap Mercado = (MP-PM) / PM * 100 MP = média das Melhores Práticas Importância = média das respostas PM = média das Práticas de Mercado Em alimentos perecíveis foram retirados mais 2 pontos anômalos (em branco), além dos 5 retirados nos demais. Anexo 3 NOME DO ENTREVISTADOR : _________________________________________________ Nº / QUESTIONÁRIO : PESQUISA "SERVIÇO AO CLIENTE" 1998 Esta pesquisa está sendo aplicada em estabelecimentos de varejo. Nosso principal objetivo é avaliar o desempenho nos últimos 3 meses de seus principais fornecedores através da sua percepção. Para tanto, seus fornecedores foram agrupados através de quatro diferentes classes de produtos homogêneos. As classes são: fornecedores de Alimentos Perecíveis, fornecedores de Alimentos Não Perecíveis, fornecedores de produtos de Higiene e Limpeza e fornecedores de produtos de Papel. A partir de agora, todas as perguntas deste questionário estarão relacionadas a apenas uma classe de produtos: (entrevistador: diga para o entrevistado de qual classe de produtos estará tratando esse questionário) CLASSE DE PRODUTO 1 – ALIMENTOS PERECÍVEIS 2 – ALIMENTOS A NÃO PERECÍVEIS Marcar com X ! ! CLASSE DE PRODUTO 3 - HIGIENE E LIMPEZA marcar com X 4 - PAPEL (higiênico, guardanapo e toalha) ! ! AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO As perguntas a seguir serão questionadas considerando três níveis: o primeiro é a prática de mercado (que é o que usualmente os seus fornecedores costumam praticar), o segundo nível é a sua expectativa mínima (que é o nível de serviço abaixo do qual você se sente insatisfeito) e a melhor prática (que é como atua o seu "melhor" fornecedor). As perguntas, então, utilizarão esses três níveis e vale lembrar que se referem a apenas uma classe de produtos (entrevistador: repetir a classe de produtos assinalada). (entrevistador: lembrar ao entrevistado que as perguntas se referem aos últimos 3 meses) prática de mercado A.1 DISPONIBILIDADE DE PRODUTO 1 Durante a tirada do pedido, supondo que o total do pedido que você gostaria de encomendar é igual a 100%, ______% quantos porcento você realmente consegue confirmar? expectativa mínima melhor prática ______% ______% (entrevistador: caso o entrevistado utilize EDI colocar 100% na melhor prática e/ou na prática de mercado) 2 Supondo que a quantidade que você pediu é igual a 100%, qual o percentual normalmente entregue do total pedido? ______% ______% ______% considerando a atuação das empresas nos itens desse grupo, qual o nome da empresa com a melhor prática ________________________________ (você pode citar de uma a três empresas na melhor ou pior prática) e com a pior prática _______________________________ 3 Vocês recebem pendência (se não ocorrem pendências responder NÃO)? ! SIM NÃO ! (entrevistador: se a resposta foi SIM perguntar 3.1) 3.1 Qual o tempo de espera para o recebimento das pendências?______dias/horas ______dias/horas ______dias/horas A.2 TEMPO DE CICLO DO PEDIDO E CONSISTÊNCIA DO PRAZO DE ENTREGA 1 2 prática de mercado expectativa mínima melhor prática Quanto tempo leva entre o momento em que foi realizado o pedido e o recebimento do produto? ______dias/horas ______dias/horas ______dias/horas Qual o percentual de entregas que chegam com atraso? ______% ______% ______% (entrevistador: se houver atraso perguntar 2.1) 2.1 Dentre os que atrasam, qual o tempo de atraso médio? ______dias/horas ______dias/horas ______dias/horas (entrevistador: cuidado, as respostas de prática de mercado e melhor prática nesta pergunta 2.1 não podem ser iguais a zero) considerando a atuação das empresas nos itens desse grupo, qual o nome da empresa com a melhor prática ________________________________ (você pode citar de uma a três empresas na melhor ou pior prática) e da pior prática _________________________________ A.3 FREQUÊNCIA DE ENTREGA 1 Qual é o número de entregas dentro do mês? prática de mercado expectativa mínima melhor prática ______vezes/mês ______vezes/mês ______vezes/mês considerando a atuação das empresas nos itens desse grupo, qual o nome daempresa com a melhor prática ________________________________ (você pode citar de uma a três empresas na melhor ou pior prática) e da pior prática _________________________________ 1 A.4 FLEXIBILIDADE DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO 1 Favor dar nota de 1 a 5 às condições especiais de entrega considerando o nível de importância para o seu atual processo de suprimento. A nota 1 indica que a condição de entrega tem nenhuma importância. Condições Especiais importância nenhuma muita Horário Especial de Entrega (Faixa Horária) 2 - Embalagem de Transporte (Diferente do padrão) 3 - Local de Descarga Especial (Local Diferente da Doca 4 - Adiamento da Entrega (Re-entrega) 5 - Entregas Urgentes 6 - Alterações no Pedido 7 - Aviso Prévio de Entrega 1 1- 2 2 3 4 5 1 2 3 4 5 de Recebimento) 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 Qual o percentual dos pedidos sujeitos a alguma condição especial de entrega? ______% (entrevistador: se a resposta for maior que zero perguntar a 2.1) 2.1 Qual o percentual das solicitações especiais atendidas pelo fornecedor de maneira satisfatória? prática de mercado expectativa mínima melhor prática ______% ______% ______% 3* Com relação à validade dos produtos, supondo que o tempo de vida útil dos produtos seja igual a 100%, com quantos porcento decorridos da vida útil você ainda aceita produtos? 4 ______ % ! SIM Você recebe entrega paletizada? ! NÃO (entrevistador: se a resposta for SIM questione 4.1 e 4.2, se for NÃO, questione 4.3) (Se SIM) 4.1 Qual o padrão do Pallet utilizado? PBR1 ! Uso de Slip Sheet ! Outros ! 4.2 Dos produtos que vocês comercializam qual o percentual movimentado por Pallet ? _____% das vendas (Se NÃO) 4.3 Tem previsão para receber paletizado? ! SIM ! NÃO (entrevistador: se a resposta for SIM questione a 4.4) 4.4 Dentro de quanto tempo terá condições para receber entregas paletizadas? _____ meses A.5 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE APOIO 1 Quais os formatos de colocação do pedido que você utiliza? Para responder essa pergunta considere o total de pedidos realizados igual a 100%. Distribua 100 pontos pelos itens a seguir conforme seu atual formato de colocação de pedido: 1 -Telemarketing 2 -Visita _____ % _____ % _____ % _____ % de vendedor 3 - EDI 4 -Outros TOTAL 2 100 Favor dar nota de 1 a 5 à qualidade do atendimento de seu pedido, considerando: prática de mercado péssima 1- Facilidade de Colocação do Pedido ótima expectativa mínima péssima ótima melhor prática péssima ótima 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 2- 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 3- 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 (Meios de Comunicação, ex.: Telefone) Agilidade na Confirmação do Pedido Cordialidade do Atendente 4 - Presteza (Preparo do Pessoal) 5 - Credibilidade 2 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 3 Quanto tempo antes seu fornecedor avisa a ocorrência de: (entrevistador: caso o fornecedor não avise, preencher campo com zero, sem esquecer de perguntar sobre a expectativa mínima) prática de mercado expectativa mínima melhor prática 1 - Mudanças de Condições Comerciais/Promocionais______dias/horas (tempo anterior a data da mudança) 23- ______dias/horas Atrasos (tempo anterior a data de entrega) Novos Produtos (tempo anterior a data do lançamento)______dias/horas ______dias/horas ______dias/horas ______dias/horas ______dias/horas ______dias/horas ______dias/horas ______dias/horas ______dias/horas ! NÃO Vocês aceitam substituições nos pedidos? ! SIM (entrevistador: se a resposta for SIM, perguntar a seguinte) 4 - Substituições ______dias/horas 4 no Pedido (tempo anterior a data de entrega) ! NÃO ! SIM Você solicita informações sobre a situação do pedido (status)? (entrevistador: se a resposta SIM perguntar 4.1, 4.2 e 4.3) 4.1 Qual o percentual dos pedidos que resultam nessas solicitações? ______% prática de mercado expectativa mínima ______% 4.2 Qual o percentual de solicitações atendidas? 4.3 Qual o tempo de espera para receber tais informações? ______dias/horas melhor prática ______% ______% ______dias/horas ______dias/horas A.6 SISTEMA DE REMEDIAÇÃO DE FALHAS 1 Favor dar nota de 1 a 5 aos motivos de reclamações que atualmente causam transtornos para o seu processo de suprimento de mercadorias. A nota 1 indica que o motivo de reclamação tem provocado Nível de Transtorno nenhum transtorno. nenhum Avarias no Produto 2 - Embalagem de Transporte 3 - Erro na Documentação 4 - Tempo de Remediação de Falhas 5 - Atrasos 6 - Mercadoria em Desacordo com o Pedido Qual o percentual dos pedidos que resultam em reclamações para o fornecedor? 1- 2 muito 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 prática de mercado expectativa mínima ______% melhor prática ______% ______% (entrevistador: se houver reclamações, perguntar 2.1 e 2.2) 2.1 Qual o percentual das reclamações que são resolvidas ______% na primeira solicitação? (efetivamente solucionados) 2.2 Qual o tempo de demora entre o momento que você ______dias/horas informa um problema e quando a falha é remediada? A.7 APOIO NA ENTREGA FÍSICA 1 Favor dar nota de 1 a 5 à qualidade do Apoio na Entrega Física, considerando: 1 - Apoio no Merchandising 2 - Presteza na Entrega (Preparo do Pessoal) 3 - Cordialidade na Entrega (do Pessoal) 4 - Pontualidade na Entrega 5 - Rapidez na Descarga ______% ______dias/horas prática de mercado péssima ótima ______dias/horas expectativa mínima péssima melhor prática ótima péssima ótima 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 A.8 APOIO PÓS-ENTREGA 1 Você solicita serviços de assistência e/ou informações sobre o produto? (entrevistador: se a resposta for SIM ______% ! SIM ! NÃO perguntar 1.1, 1.2 e 1.3) 1.1 Qual o percentual dos pedidos que resultam nessas solicitações? ______% prática de mercado expectativa mínima melhor prática ______% ______% ______% 1.2 Qual o percentual de solicitações atendidas? ______dias/horas ______dias/horas 1.3 Qual o tempo de espera para receber tais solicitações? ______dias/horas 2 Favor dar nota de 1 a 5 para os tipos de canais de atendimento utilizados para questões relacionadas ao serviço de distribuição física, de acordo com sua preferência: Preferência baixa alta Telefone (atendimento centralizado) 2 - Vendedor 1- 3 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 3- Outros 1 4 2 3 4 5 B POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO B.1 PRIORIDADES NO SERVIÇO AO CLIENTE 1 Favor dar nota de 1 a 5 às dimensões do serviço ao cliente considerando o nível de importância para o seu atual processo de suprimento de mercadorias. A nota 1 indica que a dimensão do serviço ao nível de importância cliente tem nenhuma importância. nenhuma Disponibilidade de Produto 2 - Tempo de Ciclo do Pedido 3 - Consistência do Prazo de Entrega 4 - Frequência de Entrega 5 - Flexibilidade (Condições Especiais de 6 - Sistema de Informação de Apoio 7 - Apoio na Entrega Física 8 - Sistema de Remediação de Falhas 9 - Apoio Pós-Entrega 1- Entrega) muita 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 B.2 PRIORIDADES NA DECISÃO DE COMPRA 1 Distribua 100 pontos entre aos fatores que influenciam sua decisão de compra, visando identificar a importância de cada um na decisão de seleção de um determinado fornecedor. Um maior número de próximos pontos indica um maior grau de importância. fatores Produto (Caract. do Produto: qualidade, embalagem) 2 - Preço (do Produto) 3 - Serviço ao Cliente (Dimensões citadas na pergunta B1) 4 - Promoção e Propaganda 1- TOTAL hoje dois anos _____ _____ _____ _____ _____ _____ _____ _____ 100 100 C. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA EMPRESA ENTREVISTADA Como são feitas as compras? Compras centralizadas ! Loja compra ! Data da entrevista: ____________________ Horário: início __________ fim __________ Nome da empresa (Razão Social):___________________________________________________ Nome fantasia:__________________________________________________________________ Endereço: __________________________________________ Telefone: _______________ Nome do entrevistado: ________________________________ Cargo: __________________ Anos no Cargo __________ Anos de Empresa __________ Anos no Ramo __________ Faturamento da Empresa/Unidade de Negócio em 1997 : até 5 milhões dólares! 50 a 100 milhões dólares! 5 a 10 milhões dólares! 100 a 500 milhões dólares! 10 a 50 milhões dólares! acima 500 milhões dólares! Número de Check-outs (da loja) _________ (entrevistador: no caso de entrevistas em locais de compra centralizada, considerar o número médio de checkouts por loja) FAVOR INDICAR O FORNECEDOR COM A MELHOR PRÁTICA DE MERCADO _____________________________________________________ 5