Janeth do Livramento Garcia

Propaganda
1
Pró-Reitoria de Graduação
Curso de Enfermagem
Trabalho de Conclusão de Curso
INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES PROFISSIONAIS DA SAÚDE
Autor: Janeth do Livramento Garcia
Orientadora: Lídia Câmara Peres,
MSc.
Brasília - DF
2013
2
JANETH DO LIVRAMENTO GARCIA ANDRADE
INCONTINÊNCIA URINÁRIA EM MULHERES PROFISSIONAIS DA SAUDE
Monografia
apresentada
ao
Curso
de
Enfermagem da Universidade Católica de Brasília
como parte dos requisitos para a obtenção do
título de Bacharel em Enfermagem.
Orientadora: Lídia Câmara Peres, MSc.
Brasília – DF
Novembro de 2013
3
Monografia de autoria de Janeth do Livramento Garcia Andrade, intitulada “A
Incontinência Urinária em Mulheres Profissionais da Saúde” apresentada como
requisito parcial para obtenção do título de Enfermeiro, da Universidade Católica de
Brasília, defendido e aprovado, __/__/__, pela banca examinadora constituída por:
_________________________________________________
Orientador
___________________________________________________
Examinador
__________________________________________________
Examinador
Brasília - DF
Novembro de 2013
4
A Deus, por acreditar em mim quando
nem eu mesmo cria, dando forças para
continuar sempre em frente, de cabeça
erguida,
independente
enfrentadas.
das
lutas
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, que até aqui tem me
guiado, dando força e direção nos
momentos mais difíceis.
À minha família, que sempre esteve ao
meu lado, cada um é igualmente
importante em minhas conquistas.
A cada professor, que ao longo desses
anos auxiliam em minha formação
acadêmica.
6
RESUMO
ANDRADE, Janeth do Livramento Garcia. Incontinência Urinária em Mulheres
Profissionais da Saúde. Enfermagem – Universidade Católica de Brasília, 2013.
Introdução: O presente trabalho apresenta a incontinência urinária, disfunção do ato
de micção que leva a pessoa a eliminar urina contra a vontade, e demonstra que ela
tem assolado várias vidas e tirado a paz de muitas mulheres que por vergonha não
buscam tratamento. Objetivo: o estudo objetiva analisar as razões da não procura
pelo diagnóstico e tratamento da incontinência urinária entre as mulheres, tendo em
vista ser uma doença passível de diagnóstico, tratamento e cura. Método: Trata-se
de uma pesquisa bibliográfica, onde foram analisados livros, artigos e revista de alta
credibilidade na área de medicina, excluindo-se os estudos sobre a incontinência
urinária nos homens. Conclusão: As informações propostas foram apresentadas,
esperando-se que as profissionais da saúde que tiverem acesso mudem a
concepção sobre a incontinência urinária e passem a cuidar melhor desta parte de
suas saúdes.
Palavras-Chaves: Incontinência Urinária; Disfunção do Ato de Micção; Profissionais
da Saúde.
7
ABSTRACT
ANDRADE, Janeth do Livramento Garcia. Urinary Incontinence in Women's Health
Professionals Nursing - Catholic University of Brasilia, 2013. Introduction: This
paper presents urinary incontinence, voiding dysfunction act that leads the person to
eliminate urine against their will, and demonstrates that it has plagued many lives
and taken away the peace of many women who do not seek treatment because of
shame. Objective: The study aims to analyze the reasons for not seeking the
diagnosis and treatment of urinary incontinence among women in order to be a
disease amenable to diagnosis, treatment and cure. Method: This is a literature
search, which analyzed books , magazine articles and high credibility in the area of
medicine, excluding studies on urinary incontinence in men. Conclusion: The
information proposals were submitted and it is expected that the health professionals
who have access to change the design on urinary incontinence and start taking
better care of this part of their health.
Keywords: Urinary
Professionals
Incontinence,
Urination
Dysfunction
Act,
The
Health
8
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................
9
2. OBJETIVOS......................................................................................................
10
2.1 OBJETIVO GERAL.....................................................................................
10
2.2 OBJEVITOS ESPECÍFICOS.......................................................................
10
3. REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................... 11
3.1 SISTEMA URINÁRIO........................................................................
11
3.1.1 Rim.........................................................................................................
11
3.1.2 Ureteres..................................................................................................
13
3.1.3 Bexiga.....................................................................................................
13
3.1.4 Uretra......................................................................................................
14
3.1.5 Musculatura Pélvica...............................................................................
16
3.1.6 Ato de micção.........................................................................................
16
3.2 FATORES INFLUENCIADORES DA MICÇÃO...............................................
17
3.2.1 Fatores Patológicos...................................................................... 18
3.2.1.1Condições Socioculturais.........................................................
18
3.2.1.2 Fatores Psicológicos.........................................................................
18
3.2.2 Alterações no Ato de Micção..................................................................
19
3.2.2.1 Retenção Urinária.............................................................................
19
3.2.2.2 Infeção do Trato Urinário................................................................... 20
3.2.2.3 Cistite................................................................................................
21
3.3. INCONTINÊNCIA URINÁRIA.........................................................................
21
3.3.1 Ter Incontinência ou Ser Incontinente....................................................
23
3.3.2 A Mulher Incontinente X A Sociedade....................................................
24
3.3.3 Tipos de Incontinência Urinária..............................................................
25
3.3.4 Diagnóstico.............................................................................................
27
3.3.5 Tratamento.............................................................................................
28
4. METODOLOGIA................................................................................................
30
5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS..........................................................
31
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................
34
7. REFERÊNCIAS.................................................................................................
36
9
1. INTRODUÇÃO
Atualmente a incontinência urinária tem sido uma doença silenciosa. Este
silêncio, em muitos casos, se dá por conta da vergonha que atinge a pessoa
incontinente, influenciada por vários fatores a não procurar ajuda e se enclausurar
em seu sofrimento, utilizando formas paliativas para não demonstrarem a liberação
de urina.
A incontinência pode atingir tanto homens quanto mulheres, independente da
idade, entretanto, este estudo tem por foco as mulheres, pois visa conscientizar as
profissionais da saúde, principalmente enfermeiras, a buscarem diagnóstico e em
caso de necessidade o tratamento devido.
Este trabalho objetiva verificar as razões da não procura pelo diagnóstico e
tratamento da incontinência urinária entre as mulheres. Assim como descrever os
estudos históricos sobre a incontinência urinária, definindo quais os tipos de
incontinência urinária que existem e suas peculiaridades. Também será estudado o
sistema urinário e seus órgãos, o que auxiliará na análise do ato miccional e suas
disfunções.
As formas de diagnósticos e tratamento serão apresentadas, visando
demonstrar que a incontinência urinária tem tratamento e até mesmo cura,
descartando dessa forma a mística de que é algo vinculado à idade, sexo, condição
social ou qualquer outro fator.
Espera-se que com esta leitura as profissionais da saúde possam se
conscientizar da importância de se manterem saudáveis, pois isso auxiliará no trato
com o paciente, na vida social, familiar e consigo mesma, não havendo motivos para
preconceitos, medos, vergonhas, pois todas as pessoas são passíveis a terem
enfermidades, o que não pode é se render a elas e se deixar levar pelas
circunstâncias negativas.
10
2. OBJETIVOS
2.1
OBJETIVO GERAL
 Verificar as razões da não procura pelo diagnóstico e tratamento da
incontinência urinária entre as mulheres profissionais da saúde.
2.2
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Descrever os estudos históricos sobre a incontinência urinária;

Definir os tipos de incontinência urinária;

Estudar o sistema urinário e suas disfunções.
11
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 SISTEMA URINÁRIO FEMININO
Para adentrar no tema de incontinência urinária é fundamental que se
entenda o processo de eliminação de urina. Esta é uma função primordial que as
pessoas tomam por certa. Quanto o sistema urinário falha, todos os órgãos são
afetados, até mesmo a imagem corporal sofre mudanças.
Conforme Potter (2009), “a eliminação urinária depende da função dos rins,
dos ureteres, da bexiga e da uretra”. Os rins fazem a remoção dos resíduos do
sangue, formando a urina. Os ureteres levam a urina dos rins à bexiga. A bexiga
segura a urina até o limite da urgência em urinar aconteça. A urina é eliminada do
corpo pela uretra. Para que ocorra este processo com precisão se faz necessário
que todos os órgãos do sistema urinário estejam em pleno funcionamento.
3.1.1 Rim
Os rins se localizam por trás do peritônio, a cada lado da coluna vertebral, em
cima dos músculos profundos do dorso. Devido a posição anatômica do fígado,
geralmente, o rim esquerdo fica mais alto do que o direito (POTTER, 2009).
De acordo com Brunner e Suddarth (2005), um rim adulto pode pesar até
170g e medir 12 cm de comprimento, 6 cm de largura e 2,5 cm de espessura. As
costelas o protegem bem, bem como músculos, fáscia de Gerota, tecido adiposo
perirrenal e cápsula renal, a qual envolve cada rim.
Figura 1 – Rim
Fonte: www.portalsaofrancisco.com.br
12
A figura 1 demonstra um pouco da complexidade do rim e alguns dos canais
responsáveis pelo bom funcionamento deste órgão fundamental ao ser humano.
Os resíduos do metabolismo coletados pelo sangue são filtrados pelos rins.
Uma artéria renal advinda da aorta abdominal é responsável por fazer com que o
sangue atinja o rim. A urina é formada pelo néfron – uma unidade funcional do rim.
Segundo Potter (2009), o néfron se compõe pela cápsula de Bowman, glomérulo,
alça de Henle, túbulo contorcido proximal, túbulo distal e ducto coletos, conforme
Figura 2.
Conforme explica Brunner e Suddarth (2005), em cada rim há próximo a 1
milhão de néfrons, que são sua unidade funcional. A estrutura dos néfrons é dividida
em duas partes, os corticais – que se localizam no córtex do rim – e os
justamedulares – que ficam paralelos à medula.
C
Figura 2: Néfron
Fonte: www.ebah.com.br
Os rins são fundamentais para equilibrarem o líquido e os eletrólitos. O nível
de eliminação considerado normal em um adulto é de 1.500 a 1.600 mL/dia, caso
seja inferior a 30 mL/h significa que possivelmente há alterações renais. (POTTER,
2009).
13
3.1.2 Ureteres
Os ureteres são estruturas tubulares que adentram a bexiga urinária,
conforme demonstrado na Figura 3.
Figura 3: Ureteres
Fonte: uroped.blogspot.com
Potter (2009, p. 271) explica que,
A drenagem da urina a partir dos ureteres para a bexiga é
usualmente estéril. Ondas peristálticas fazem com que a
urina entre na bexiga em jatos, em vez de entrar de
maneira contínua. Os ureteres entram obliquamente
através da parede posterior da bexiga para dentro dos
ureteres durante o ato de micção através da
compreensão do ureter na junção ureterovesical (a
junção dos ureteres com a bexiga).
Caso ocorra um bloqueio no interior do ureter, como, por exemplo, um cálculo
renal, ocasiona intensas ondas peristálticas que buscam alterar a obstrução para
dentro da bexiga, resultando em intensas dores, normalmente interpretadas como
cólica renal (POTTER, 2009).
3.1.3 Bexiga
Ainda segundo Potter (2009), o armazenamento e excreção da urina são
dados pela bexiga, que é um órgão muscular, distensível e oco. Estando vazia, ela
14
se localiza na cavidade pélvica, por detrás da sínfise púbica. Em mulheres, a bexiga
fica apoiada sobre as paredes anteriores do útero e da vagina, já nos homens na
parede anterior do reto.
A bexiga vai se expandindo conforme o preenchimento com urina, conforme
Figura 4. Ainda que parcialmente preenchida, a pressão da bexiga é baixa, o que lhe
protege de infecção. O perfeito funcionamento da bexiga, que gera a continência
urinária, passa pelo sistema nervoso central, periférico e estruturas do trato urinário
inferior (HALBE, 2000).
Figura 4: Bexiga
Fonte: www.biomania.com.br
A contração e relaxamento da bexiga, assim como a constituição das paredes
vesicais é atributo do músculo detrusor, que é composto por três camadas: interna,
externa e intermediária. Sua contração diminui os diâmetros da bexiga por inteiro,
tendo a capacidade de esvaziá-la por completo (HALBE, 2000).
15
3.1.4 Uretra
Através do meato uretral a urina passa para o exterior do corpo, passando
antes pela bexiga e uretra. Geralmente as bactérias não resistem a este fluxo
turbulento no canal uretral.
As medidas da uretra em mulheres é de aproximadamente 4 a 6,5 cm de
comprimento (Fig.). Já nos homens, é de 20 cm em média (vide Fig. 5), que é tanto
um canal urinário, bem como via de passagem para células e secreções dos órgãos
reprodutores, tendo três porções: a uretra peniana, membranosa e prostática. O
fluxo voluntário de urina é permitido pelo esfíncter externo da uretra. Por ser curta, a
uretra feminina deixa as mulheres e meninas expostas à infecção (POTTER, 2009).
Figura 5: Uretra Masculina
Fonte: infoescola.com
No homem a uretra atravessa o pênis e é circundada pela próstata (glândula
que se localiza abaixo do colo da bexiga) (BRUNNER e SUDDARTH 2005).
16
Figura 6: Uretra Feminina
Fonte: infoescola.com
Esta pequena extensão da uretra feminina facilita a proliferação de bactérias
que causam infecção urinária (ORSHAN, 2010).
3.1.5 Musculatura Pélvica
Quando se fala do sistema urinário, bem como da incontinência urinária, é
importante citar a musculatura pélvica, pois estão diretamente relacionadas com o
ato de micção e suas disfunções. A porção caudal da pelve é restringida pelo
assoalho pélvico, que faz referência aos tecidos localizados no espaço entre o púbis
e o cóccix (VASCONCELOS, 2005).
Denomina-se assoalho pélvico o conjunto de estruturas musculares e faciais
que ficam na região perineal, sendo sua formação pelos diafragmas pélvico e
urogenital. O diafragma pélvico se compõe das fáscias e pelos músculos que
levantam o ânus e coccígeo, que ficam dispostos bilateralmente, “fechando a
abertura inferior da pelve” (VASCONCELOS, 2005, p. 16).
3.1.6 Ato de Micção
Conforme Brunner e Suddarth (2005), a urina se forma nos néfrons, passando
por três etapas, quais sejam, a filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção
tubular. A figura 7 demonstra estes processos. As substâncias diversas geralmente
filtradas pelo glomérulo, reabsorvidas pelos túbulos e excretadas na urina incluem
sódio, cloreto, bicarbonato, potássio, glicose, ureia, creatinina e ácido úrico.
17
Figura 7: Processo do ato de micção
Fonte: infoescola.com
A inibição da urgência em urinar ou a permissão da micção é um processo
complexo que envolve diversas estruturas, inclusive encefálicas, tais como o
hipotálamo, o tronco encefálico, o córtex cerebral e o tálamo. A micção correta
“envolve a contração da bexiga e o relaxamento coordenado do esfíncter uretral e
dos músculos do assoalho pélvico” (POTTER, 2009).
Dentre os fatores que auxiliam para a densidade da urina se encontrar nos
limites normais, é importante a ingestão de líquidos da forma adequada diariamente.
(NANDA, 2013).
Geralmente a retenção de urina da bexiga é de 600 mL, contudo, a vontade
de urinar pode aparecer com pequenas quantidades de 150 a 200 mL em adultos e
de 50 a 100 mL em crianças. Ao encher demais, a pressão da bexiga exerce
pressão sobre o esfíncter e pode acontecer uma liberação involuntária de urina
(POTTER, 2009).
Caso ocorra lesão na medula espinhal acima da região sacral, uma perda
involuntária de micção pode ocorrer, contudo, a via do reflexo da micção geralmente
fica inalterada, fazendo com que ocorra a micção sem a vontade física de urinar.
Chama-se este fato de incontinência reflexa.
Tanagho e McAninch (2010) ainda colocam outra disfunção que pode ocorrer
no ato de micção, ao inflamar a mucosa ou a submucosa, a capacidade de retenção
da bexiga diminui consideravelmente. Esta diminuição advém de dois fatores: a dor,
resultado de uma distensão, ainda que temporária da bexiga, e a perda de
complacência vesical, advinda de edema inflamatório, isso impede que se protele o
18
ato miccional, o que não ocorreria em situação normal, quando se pode protelar até
determinado limite.
3.2 FATORES INFLUENCIADORES DA MICÇÃO
Ainda antes de adentrar no assunto da incontinência urinária propriamente
dita, é importante conhecer alguns fatores que influenciam no ato de micção. Este
conhecimento, como se constatará posteriormente, será importante no momento do
diagnóstico da incontinência urinária.
Diversos fatores influenciam a qualidade e quantidade de urina, bem como a
capacidade de se urinar. Algumas condições adversas são agudas e contornáveis,
como por exemplo, uma infecção no trato urinário, contudo, outras são crônicas e
incontornáveis, por exemplo, pode-se tomar o lento desenvolvimento de uma
disfunção dos rins. (TANAGHO E MCANINCH, 2010).
Potter (2009) aponta que “fatores socioculturais, fatores psicológicos,
equilíbrio de líquidos e procedimentos cirúrgicos afetam a urina e a micção de várias
maneiras”. Há também medicamentos, inclusive anestesias, que interferem tanto nas
características quanto na produção de urina, afetando, assim, o ato de micção.
3.2.1 Fatores Patológicos
Normalmente, os fatores que alteram o funcionamento do processo urinário
são de origem pré-renal, renal ou pós-renal. Quando diminui o fluxo sanguíneo do
rim diz-se que é pré-renal, a origem renal está relacionada com patologia do
parênquima renal, já a pós-renal condiciona-se à obstrução do trato urinário inferior,
que impede o fluxo urinário a partir dos rins (POTTER, 2009).
Diversas patologias interferem no ato de micção. Não cabe aqui detalha-las,
contudo, vale ressaltar a importância do sistema urinário para o bom funcionamento
das condições plenas do ser humano. Estando este afetado toda a qualidade de vida
sofrerá influência.
19
3.2.1.1
Condições Socioculturais
Desde muito tempo a humanidade busca formas de eliminar seus dejetos – as
substâncias execradas de seu corpo – pois é considerado algo impuro e nojento,
sem utilidade e que deve ser lançado fora (BORBAS; LELIS; BRÊTAS, 2007).
Culturalmente as formas privativas para urinar variam. Em alguns lugares do
mundo espera-se que as instalações dos banheiros sejam individuais, na Europa,
por exemplo, se aceita com tranquilidade acomodações coletivas (POTTER, 2009).
3.2.1.2
Fatores Psicológicos
O mundo moderno e globalizado trouxe diversos benefícios para as
sociedades, contudo, juntamente com as massas industriais, internet, benfeitorias
nas cidades, há também o estresse e ansiedade advindos do transito caótico de
grandes e agora pequenas cidades, dos trabalhos cada vez mais exigentes, das
lutas financeiras, familiares e mentais. Para Potter (2009), toda essa carga que
sobrevém ao indivíduo moderno, pode causar o aumento do desejo de urinar.
Se por um lado o estresse causa o desejo de urinar, a ansiedade faz com que
não se elimine por completo toda a urina, tendo como consequência o retorno da
vontade de urinar logo após o ato de micção. Essa tensão emocional dificulta o
relaxamento dos músculos abdominais e perineais. Uma ocorrência comum é a
impossibilidade de se urinar em banheiros públicos, esta incapacidade momentânea
se dá, pois, para a maioria das pessoas a privacidade e a tranquilidade são
fundamentais. (BRUNNER E SUDDARTH, 2005)
Ressalta-se que este conhecimento é importante para o momento do
diagnóstico, pois a simples liberação involuntária de urina não significa exatamente
que o paciente tenha incontinência urinária, em alguns casos os fatores psicológicos
são os causadores das ocorrências.
Outros
fatores
também
influenciam
a
micção
como,
por
exemplo,
procedimentos cirúrgicos, medicações, exames diagnósticos, mas não será preciso
entrar no mérito, pois são mais específicos e uma detecção de incontinência urinária
derivada deles será mais simples de se identificar, tendo em vista que uma paciente
não deixará de relatar um procedimento cirúrgico, por exemplo. Até mesmo nas
fichas médicas, caso a paciente tenha o hábito de utilizar sempre o mesmo hospital,
20
se encontrará estes relatos, fazendo-se importante que o profissional de saúde se
atente para este detalhe. (BRUNNER E SUDDARTH, 2005).
3.2.2 Alterações no ato de micção
A incontinência urinária é uma alteração do ato miccional, além dela existem
outras, as quais o conhecimento é importante para que se façam as devidas
distinções. Dentre as alterações na eliminação da urina, se comentará a retenção
urinária e a infecção do trato urinário (POTTER, 2009).
3.2.2.1
Retenção Urinária
Ocorre quando se acumula urina por uma insuficiência da bexiga de eliminar
corretamente. Geralmente, a urina se enche lentamente pela parte de produção,
impedindo, assim, que os receptores de distensão sejam ativados até o nível
adequado de distensão.
Quando há retenção urinária não ocorre o reflexo de micção, incapacitando à
bexiga de esvaziar. A urina permanece na bexiga, pressionando sua parede,
causando sensação de desconforto, inquietude e até mesmo sudorese (POTTER,
2009).
Para Potter (2009), esta retenção pode evoluir para uma com fluxo em
excesso, ocorrendo uma pressão na bexiga cheia, chegando ao ponto do esfíncter
uretral externo ser incapaz de reter a urina. Dessa forma, o esfíncter se abre,
liberando uma pequena quantidade de urina, podendo chegar a 60 mL. Com a
retenção, apenas pequenas quantidades são eliminadas por vez, permanecendo a
sensação de desconforto.
3.2.2.2
Infecção do Trato Urinário
As infecções urinárias levam mais de 8,3 milhões de pessoas a se
consultarem com profissionais da saúde por ano (POTTER, 2009 apud MEHNERTKAY, 2005), demonstrando assim quanto transtorno trás na sociedade. Infere-se
desta informação que empresas produzem menos, professores deixam de dar aulas,
famílias são afetadas, o bem estar pessoal sofre influência, ou seja, as autoridades
21
competentes não podem tapar os olhos para esta situação alarmante. Diversas
infecções são oriundas de procedimentos cirúrgicos.
A infecção ocorre, normalmente, com a entrada de micro-organismos no trato
urinário através da uretra. As infecções são mais comuns nas mulheres, dois fatores
são preponderantes para isso – a uretra ser menor e por ter o meato uretral mais
próximo do ânus. Quando a pessoa está saudável, os corpos estranhos que
adentram o organismo são eliminados através da urina. De acordo com Orshan
(2010), “escherichia coli é um organismo causador comum em mulheres saudáveis”.
Outra forma comum de se pegar infecção urinária é a má higiene perineal.
Nas mulheres, a lavagem inadequada das mãos e constantes relações sexuais
aumentam as chances da infecção, tendo em vista que uma prática comum é não se
lavar após o ato. Dessa forma, os cuidados necessários devem ser tomados para
que se diminua a incidência deste mal que afeta tantas pessoas (POTTER, 2009).
3.2.2.3
Cistite
De acordo com Orshan (2010), a cistite é uma infecção da bexiga. Grande
parte desta infecção advém de relação sexual e o manuseio da uretra durante o
sexo oral. De tão comum esta relação da cistite com o sexo, ganhou a nomenclatura
popular de cistite da lua de mel. Para as mulheres, é importante saber que a micção
após a relação sexual diminui as possibilidades desta infecção.
Em qualquer idade pode ocorrer a infecção no trato urinário, mas ao
envelhecer, devido a diminuição dos níveis de estrógeno, a mulher está mais
suscetível a este distúrbio do trato urinário (ORSHAN, 2010).
3.3 INCONTINÊNCIA URINÁRIA
A incontinência urinária (IU) é um significante problema de saúde com
dimensões mundiais, dado o impacto social e econômico que causa na vida dos
indivíduos e reflete na relação que tem na sociedade (NITTI, 2001). Constata-se que
ela é cinco vezes mais predominante entre mulheres do que nos homens (WYMAN,
2004). Pode causar morbidade, inclusive celulite, úlceras de pressão, infecções do
trato urinário, quedas, fraturas, privações do sono, retraimento social, depressão e
22
disfunção sexual. Prejudica a qualidade de vida, afetando o bem estar, a função
social e a saúde geral (DUBEAU, 2002).
Recentemente a Sociedade Internacional de Continência (ICS) publicou novas
definições dos sintomas, sinais, observações urodinâmicas e condições associadas
com as disfunções do trato urinário baixo e estudo urodinâmico. A partir de 1998, a
incontinência urinária não foi mais entendida apenas como um sintoma, passando a
ser considerada uma doença. Essas definições foram adotadas para serem
compatíveis com as publicações da Organização Mundial de Saúde e a Classificação
Internacional de Doenças (CID- 10) (ABRAMS, 2002).
A
incontinência
urinária
é
definida
pela
Sociedade
Internacional
de
Incontinência (SBIU) como a perda involuntária de urina, podendo causar problemas
de ordem social ou de higiene, que atinge milhares de pessoas em todo mundo,
afetando principalmente as mulheres (BARACHO, 2007).
Na população feminina, são de grande relevância os episódios que acometem a
perda de urina, destacando-se que não são apenas mulheres idosas as afetadas,
mas também as jovens e de meia-idade. Diferentemente de como se pensava
inicialmente, os problemas urinários não são consequências naturais da idade e nem
exclusividade do envelhecimento (SIMEONOVA, et al 1999). Em estudo realizado por
Borba, Lelis e Brêtas (2007), 60,78% das mulheres afetadas tinham entre 45 e 60
anos, 31,38% idade inferior a 45 anos e apenas 7,84% idade superior a 60 anos.
Dessa forma, voltando-se para as profissionais de saúde, nenhuma está isenta de
fazer os exames e confirmada a incontinência urinária buscar tratamento.
Apesar de não ser uma doença que leve a morte, pode muitas vezes, levar a
transtornos psicológicos, trazendo implicações sociais e interferindo negativamente
na qualidade de vida das mulheres incontinentes (BARACHO, 2007).
A incontinência urinária é mais frequente do que a incontinência fecal, e as
pessoas acometidas por este sintoma sofrem com constrangimento social, disfunção
sexual e baixo desempenho profissional. Estas alterações são causas determinantes
de isolamento, estresse, depressão, sentimento de vergonha, condições de
incapacidade
e
baixa
autoestima,
que
resulta
em
significativa
morbidade
(SIMEONOVA, et al 1999).
Segundo Grosse e Sengler (2002), a aceitação da incontinência urinária varia
de acordo com alguns fatores como: cultura, país, idade, atividade, entre outros.
Esses fatores explicam o porquê de certas mulheres considerarem a incontinência
23
urinária normal, ou mesmo diante de um sofrimento não revelarem sua
incontinência, sendo que 70% das mulheres atingidas por problemas miccionais
nunca revelam este incomodo ao seu médico. Observa-se assim que o preconceito,
medo ou simplesmente desinteresse, fazem com que este problema seja estendido
por longo período sem necessidade.
Geralmente o tratamento não é procurado, pois o pequeno volume urinário não
causa incômodo, dessa forma, consideram o problema irrelevante e comum.
Subestimam os sintomas possivelmente por desconhecimento da probabilidade de
agravamento com o decorrer dos anos, da possibilidade de cura e dos tratamentos
disponíveis. A falta de conhecimento sobre o assunto além de trazer prejuízos
pessoais, afeta o desempenho profissional no diagnóstico do problema e na
implementação de intervenções de enfermagem necessárias para cuidar de
pacientes com incontinência urinária. Considerando que a enfermagem é composta
predominantemente por mulheres a incontinência urinária é um problema comum às
profissionais desta área (SIMEONOVA, et al 1999).
Segundo Hunskaar (et al, 2005). as mulheres possuem maior probabilidade
que os homens de apresentarem essa condição, entretanto o número exato de
pessoas acometidas pode ser muito maior do que as estimativas atuais. A
incontinência urinária é um estado anormal e, não depende somente da integridade
do trato urinário inferior, mas de alterações da motivação pessoal da destreza
manual da mobilidade da lucidez, e a existência de doenças associadas estão entre
os fatores que podem ser responsáveis.
A incontinência urinária feminina, na atualidade, tem suscitado interesse
redobrado dos profissionais da saúde, em decorrência de múltiplos fatores e
consequências relacionadas a essa condição. Independente do tipo de incontinência
urinária apresentada o comprometimento na qualidade de vida é inquestionável
(BERGHMANS, 2000).
3.3.1 Ter Incontinência ou Ser Incontinente
A partir do momento em que se diferencia o TER incontinência do SER
incontinente haverá um atendimento melhor, com foco, com a certeza do objeto com
que se está lidando (BORBAS; LELIS; BRÊTAS, 2007). Dessa forma, o problema
subjetivo passa a ser objetivo, abrindo a possibilidade para a humanização no trato
24
com o paciente. Esse tratamento individualizado, focado, direcionado, faz com que o
resultado seja melhor, abrindo espaço para a introdução de uma dose de
sentimento, que auxiliará na transposição dos problemas inerentes da incontinência
urinária, que é uma doença sensível e que gera diversos transtornos que vão além
do físico.
Ao se quebrar um osso, o tratamento impessoal do profissional de saúde que
estiver incumbido de prestar o atendimento, na maioria dos casos, não trará maiores
problemas, entretanto, o direcionamento frio e distante no auxílio ao tratamento de
incontinência urinária pode trazer dificuldades, pois é uma doença carregada de
fatores emocionais que carecem de uma dose emocional, que facilitará no trato com
o paciente.
Inicialmente, a mulher pensa TER incontinência, pois dificilmente uma pessoa
fica esperando, imaginando que será acometida por uma doença. É certo que
ninguém está isento de ter qualquer tipo de patologia, entretanto, o natural do ser
humano é recusar que o mal possa lhe acometer. Sendo assim, nas primeiras
incapacidades de controlar a micção, o natural é tentar conter de alguma forma.
Raramente alguém buscará tratamento logo no início. Sendo assim, Boba, Lelis e
Brêtas (2007) nos relatam que “a utilização de recursos para a contenção da perda
urinária é uma prática comum adotada pelas mulheres nessa condição. O
absorvente e a toalhinha de pano são os métodos mais empregados”.
Ainda segundo as autoras, a dura realidade do SER incontinente começa a
aparecer para a mulher a partir do momento em que a perda urinária se torna
frequente e ela passa a observar que isso não faz parte da normalidade humana. –
lembrando que a normalidade é quando a pessoa consegue armazenar urina na
bexiga e controlar o momento de sua eliminação. A percepção de anormalidade
surge com a impossibilidade de manter a urina armazenada, diversas vezes
identificada por sinais de urina na calcinha. A mulher passa então, a buscar outras
características que identifiquem que realmente ela está passando por algo fora do
comum.
Assumir SER incontinente é um passo muito importante, pois neste momento
abre-se a porta da confiança, surgindo à possibilidade de dividir o problema com
alguém, o que facilita muito no que tange ao controle e tratamento. Assumir
publicamente o problema é responsabilidade pessoal da mulher, infelizmente em
25
muitos casos isso não acontece e a conexão entre o TER e o SER não se
estabelece, em parte se deve aos receios de como a sociedade encarará este fato.
3.3.2 A Mulher Incontinente X A Sociedade
A história nos trouxe a um momento em que atualmente há formas
adequadas de eliminação dos excrementos. As necessidades fisiológicas devem ser
supridas conforme normas culturais que vêm se moldando com o passar do tempo.
Essas necessidades estão diretamente ligadas a algo nojento e com potencial para
provocar doenças.
Quando alguém não segue os padrões estabelecidos socialmente, são
taxados de anormais e discriminados. Com as mulheres que sofrem com a
incontinência urinária não é diferente. Sabendo desse pré-conceito, diversas
emoções emanam de uma mulher incontinente. Essas podem variar de vergonha,
humilhação, constrangimento, até raiva, impaciência, medo, baixo autoestima
(BORBAS; LELIS; BRÊTAS, 2007). Evidenciando assim o impacto que a
incontinência urinária pode causar na vida social de uma mulher.
Uma das emoções mais evidentes é a vergonha. Borba, Lelis e Brêtas (2007),
destacam entrevistas realizadas com mulheres que sofrem de incontinência urinária,
uma delas, realizada em Amalfi (uma espécie de município italiano), demonstra um
pouco o que passa quem sofre desta doença:
Fiquei com vergonha, a gente fica meio sem jeito, ficam
pensando, nossa aquela senhora mijando nas calças, mas não
é porque você quer, é uma coisa que acontece, você tá às
vezes dentro do ônibus e os balanços do ônibus e os pulos que
dá, depende do carro, sai mesmo.
Essa fala retrata muito a emoção dessa situação e somente quem passa vai
sentir realmente como é o constrangimento de conviver com isso. De certa forma a
vergonha vem, pois, o indivíduo pensa ter perdido a moralidade, sente-se mal em
relação ao seu próximo. O constrangimento é tamanho ao ponto da pessoa afetada
buscar meios próprios para conter a incontinência, como os que já citados.
Quando a mulher incontinente é também enfermeira, essa situação se agrava
um pouco mais, pois esta tem um ambiente de trabalho que aspira limpeza, o que
26
ocasiona vergonha na busca por auxilio, tendo em vista que pode passar pela
cabeça que os colegas a olharão de uma forma diferente.
3.3.3 Tipos de Incontinência Urinária
Diversos são os tipos de incontinência, todas elas causam incômodos,
transtornos e restrições, em níveis diferentes, variando da intensidade à causa.
Botelho, Silva e Cruz (2007) consideram a incontinência urinária como uma das
“epidemias” recentes do século XXI, tendo como um dos motivos o visível aumento
da expectativa de vida, especialmente entre as mulheres, tendo em vista que um
dos principais fatores de risco é a idade avançada e o sexo feminino detém mais de
50% das incidências da doença, que geralmente aparece após a menopausa. O
auxílio médico, erroneamente, tem sido deixado de lado, sendo alarmante o índice
que indica que apenas uma em cada quatro mulheres busca tratamento. A
incontinência urinária ainda é vista como causa natural da idade e de forma
equivocada tomada como sem tratamento.
Algumas das consequências da falta de tratamento da incontinência urinária
são o “Prolongamento de internamentos, infecções do trato urinário, complicações
devido ao uso prolongado de cateteres uretrais e as dermatites de contato, sendo
também um importante motivo para admissão de idosos em lares” (BOTELHO;
SILVA; CRUZ, 2007). Observa-se com isso que ser inconsequente com o tratamento
da incontinência urinária pode levar a causas extremas, sendo imprescindíveis a
conscientização e a busca por auxílio especializado.
Existem as perdas de urina que ocorrem temporariamente, tendo como
causas, conforme os autores citados anteriormente, “a infecções urinárias, diabetes
descompensada, uso de determinados fármacos, consumo de álcool ou cafeína,
distúrbios emocionais ou a obstipação”. Tratando a causa que originou a
incontinência, esta melhorará. Entretanto, a maior incidência de incontinência
urinária se dá em forma de doença crônica que se agrava aos poucos. Seguem os
principais tipos e suas características.

Incontinência Urinária de Esforço (IUE) – é a perda de pequenas
quantidades de urina sem contração da bexiga. Ocorre quando a pressão
intrapélvica aumenta mediante pressão abdominal. A pressão uretral é inferior
27
a da bexiga, as manobras que levam a pressão abdominal aumentada (como
espirrar, levantar qualquer objeto, rir, tossir, inclinar-se), podem ocasionar
saída de urina. (PASCOAL, 2003).
Entre as profissionais de enfermagem este tipo de incontinência é a mais
comum, tendo em vista que é uma profissão que exige bastante mobilidade,
agilidade e diversos tipos de esforço para atender bem o paciente.

Incontinência Urinária de Urgência (IUU) - resulta de contrações não
inibidas da bexiga ou instabilidade da função do detrusor (músculo liso da
bexiga). Caracteriza- se por intensa urgência de urinar imediatamente antes
da perda da urina imediatamente antes da perda da urina. Quantidades entre
moderadas e grandes quantidades de urina costumam ser perdidas, noctúria
e polaciúria. (PASCOAL, 2003).

Incontinência Urinária Mista – é uma combinação de incontinência urinária
de esforço e urgência (FANTL et al, 1996). Costuma ser encontrada em
mulheres idosas.

Incontinência de Fluxo Excessivo ou de Transbordamento – Para Dubeau
(2002), resulta de atividade menor do detrusor, de obstrução da saída da
bexiga ou de ambas. A saída de urina é contínua e de pequeno volume. É
grande a urina residual pós-micção. Nas mulheres, a causa pode ser cirurgia
para incontinência anterior, cistocele, dano mecânico á coluna espinhal ou
doença de Parkinson, impactação fecal pode ser ainda a causa na mulher
idosa.

Incontinência Funcional – deriva de fatores externos, como incapacidade da
mulher chegar ao banheiro a tempo de urinar. Acompanha problemas
cognitivos, como demência ou delírio, podendo ser causada por falta de
assistência de profissionais na higiene íntima. Outra causa possível é algum
medicamento que desacelere a função psicomotora, retardando o momento
de chegar ao banheiro, os hipnóticos e tranquilizantes, antipsicopáticos, em
especial neurolépticos (DUBEAU, 2002).
3.3.4 Diagnóstico
Basicamente o diagnóstico se faz por meio clínico, sendo importante auferir
bem os fatos de incontinência na paciente desde o início, havendo também a
28
possibilidade de formas paliativas de diagnóstico. No momento da consulta alguns
passos são importantes, tais como pedir para o paciente tossir, a fim de simular a
perda de urina. “Um exame ginecológico para descartar fistulas vesico-vaginais e
prolapsos genitais, estes muito frequentes quando há incontinência urinária, apesar
de não estarem associados à intensidade nem ao tipo de incontinência” (BOTELHO;
SILVA; CRUZ, 2007).
Em alguns casos a perda de urina é tão visível que os exames auxiliares são
dispensáveis, se fazendo extremamente necessário apenas em casos de
sintomatologia
inconclusiva.
Ainda
conforme
os
autores
anteriores,
como
complemento ao diagnóstico, “poderão ser requisitados um sedimento urinário,
avaliação do resíduo pós-miccional (através de ecografia ou avaliação após micção,
sendo anormais os volumes superiores a 100 ml) ou uma ecografia reno-vesical”
(BOTELHO; SILVA; CRUZ, 2007).
Para Potter (2009) é importante realizar algumas perguntas definidoras, como
verificar se a paciente perde urina ao tossir, espirrar ou rir. Indagar a frequência com
que se usa absorvente. Perguntar se há incomodo em interagir com outras pessoas,
tossir e/ou rir perto delas. Por quantos partos vaginais já passou. Estas indagações
são importantes, pois em muitos casos a paciente não quer se abrir ou sente-se
intimidada, envergonhada.
O conhecimento sobre o funcionamento do sistema urinário é importante para
que o diagnóstico seja feito com precisão, dessa forma poderá detectar se o
problema é realmente uma disfunção ou um problema associado.
Sendo identificada a real condição de incontinência urinária, o tratamento
deve prosseguir. Lamentavelmente, inúmeras são as mulheres que mesmo após o
diagnóstico se recusam ao tratamento.
O tratamento da incontinência urinária variará de acordo com os motivos e a
causa. Tratando-se de causa reversível, como, por exemplo, uma infecção urinária,
um fármaco ou obstipação, o foco do tratamento deve ser a causa, pois esta sendo
curada a incontinência desaparecerá. (BOTELHO; SILVA; CRUZ, 2007).
3.3.5 Tratamento
A literatura propõe dois tipos de tratamento para a incontinência urinária. O
cirúrgico e o conservador. No Brasil, quando se fala em incontinência urinária, o
29
domínio é da cirurgia, contudo, os casos devem ser tratados de forma separados e
analisado as especificidades de cada paciente antes de determinar qual o melhor
tipo de tratamento. É importante ressaltar que o tratamento invasivo além de ter um
alto custo, não é recomendado para algumas mulheres. Outro fator importante
relacionado ao procedimento cirúrgico é o fato de que em diversos casos ocorre o
reaparecimento da incontinência urinária. (RAMOS et al, 2000).
O tratamento conservador envolve técnicas que buscam o fortalecimento da
musculatura do assoalho pélvico, pois esta musculatura, quando não está em pleno
desenvolvimento, auxilia na ocorrência da incontinência urinária. Atualmente um dos
melhores recursos é o biofeedback.
Apesar de adentrar na área de fisioterapia, para o enfermeiro é importante
que se tenha conhecimento dos procedimentos e seus resultados do tratamento
conservador, pois possibilitará que se tenha argumento para refutar as enfermeiras
que se recusam a buscar tratamento ou que desconhecem que a incontinência
urinária é uma doença ou imaginam ser esta incurável.
Dessa forma, verifica-se que para Stephenson (2004), o biofeedback tem a
função de educar o assoalho pélvico quanto à contração muscular perineal
possibilitando o isolamento da musculatura acessória, tendo como aparato as retroinformações auditivas e visuais. Há dois tipos de biofeedback utilizados nesta
terapia: por pressão de ar e por eletromiográfico de superfície.
No biofeedback por pressão de ar, os dispositivos pneumáticos de resistência
– perineômetros – responsáveis pela medição da contração do assoalho pélvico,
quando o músculo pubococcígeo (próximo à vagina) é contraído, o medidor do
aparelho demonstra a alteração da pressão, oferecendo informações valiosas na
avaliação da contração. (STEPHENSON, 2004).
Quando o tratamento é feito por eletromiográfico de superfície, Rett (et al,
2005) explica que, neste método, que auxilia também no diagnóstico, há o registro
dos potenciais elétricos que são gerados pela despolarização das fibras musculares
em repouso, bem como durante uma contração voluntária, constituindo dessa forma
uma medida indireta de força muscular.
O tratamento fisioterapêutico da incontinência urinária pode complementar o
pré e pós-operatório, assim como auxiliar na diminuição ou cura a médio e longo
prazo. Quando utilizado após as cirurgias a diminuição dos prejuízos é latente
(HERRMANN et al, 2003).
30
4 METODOLOGIA
O presente estudo trata-se de pesquisa bibliográfica de artigos e livros da
literatura médica da língua portuguesa, de janeiro de 1996 a outubro de 2013, que
abordam o tema da incontinência urinária.
Após a definição do tema foi feita uma busca em bases de dados virtuais em
saúde, especificamente na Biblioteca Virtual de Saúde – Bireme e nos bancos de
dados SCIELO e no BDENF. Foram utilizados os descritores: Incontinência Urinária,
Incontinência em trabalhadores de enfermagem.
O passo seguinte foi uma leitura exploratória das publicações apresentadas
no Sistema Latino Americano e do Caribe de informação em Ciência da Saúde –
Lilacs, National Libary of Medicine – Medline e Bancos de Dados em EnfermagemBDENF, caracterizando assim o estudo de revisão bibliográfica, buscando as fontes
virtuais, os periódicos, os idiomas, os métodos e os resultados comuns. Foram
incluídos no estudo todos os artigos redigidos no idioma português e que estavam
disponibilizados na íntegra nos bancos de dados consultados.
Para o resgate histórico utilizou-se livros e revistas impressas que
abordassem o tema e possibilitassem um breve relato sobre a Incontinência urinária.
Realizada a leitura exploratória e seleção do material, principiou-se a leitura
analítica, por meio da leitura das obras selecionadas, que possibilitou a organização
das idéias por ordem de importância e a sintetização destas que visou à solução do
problema da pesquisa.
A partir das anotações da tomada e apontamentos, foram confeccionados
fichamentos em fichas estruturadas, que objetivaram a identificação das obras
consultadas, o registro do conteúdo das obras, o registro dos comentários acerca
das obras e ordenação dos registros. Os fichamentos propiciaram a construção
lógica do trabalho, que consistiram na coordenação das idéias que acataram os
objetivos da pesquisa.
A seguir, os dados apresentados foram submetidos à análise estatística
simples e convertidos em tabelas do Word (tipo clássica 1), levando-se em
consideração uma margem de erro de 0,05%. Posteriormente, os resultados foram
discutidos com o suporte de outros estudos provenientes de revistas científicas e
livros, para a construção do relatório final.
31
5 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
Após análise do material bibliográfico, foi possível identificar uma restrita
literatura a respeito da incontinência urinária em mulheres profissionais da saúde,
mesmo não sendo um tema recente. A falta de divulgação sobre o assunto auxilia
neste fato. A incontinência urinária não é hereditária, mas atinge milhões de pessoas
em todo o mundo, havendo necessidade de um olhar atento das autoridades
competentes (BARACHO, 2007).
Tabela 1 – Relação de artigos e assuntos tratados
Assuntos dos Artigos
N
%
IU em prof. da Saúde
5
13,8
20
55,5
Disfunção na Micção
4
11,2
Sistema Urinário
3
8,3
Outros
4
11,2
36
100
IU em mulheres
Total
Fonte: Dos autores.
Na tabela 1 nota-se que 13,8% dos artigos encontrados tratavam de
incontinência urinária em profissionais de saúde, número relativamente baixo, se for
levado em consideração a importância do assunto. Em 55,5% os artigos tratavam de
incontinência em mulheres, fato que pode ser explicado devido à incidência desta
doença prevalecer no sexo feminino. Em 11,2% do material pesquisado a
abordagem está relacionada com as disfunções do ato de micção, principalmente a
infecção urinária, que aflige mais de 8,3 milhões de pessoas anualmente. O sistema
urinário foi foco de abordagem em 8,3% dos livros ou artigos pesquisados,
auxiliando na compreensão do caminho da urina. Os demais temas esteve presente
em 11,2% da pesquisa, compreendendo assim o todo do material que deu
embasamento teórico para este trabalho.
O material pesquisado demonstra que a incontinência urinária feminina é uma
disfunção no trato urogenital, se tratando de um problema complexo, que pode
32
ocasionar isolamento, depressão, perda da autoestima e uma qualidade de saúde
inadequada. (POTTER, 2005).
Destaca-se também nos materiais pesquisados o fato da incontinência
urinária ser uma doença que está presente no mundo todo e que sua incidência é
maior a cada ano, devido a expectativa de vida que tem aumentado
substancialmente, gerando prejuízos clínicos, sociais, sexuais, psíquico e econômico
ao paciente (KENTON, 2006).
Notou-se durante a pesquisa que diversas teorias foram formuladas, com o
intuito de justificar a fisiologia da incontinência urinária. A teoria clássica de
equalizações das pressões intra-abdominal, que serviu de base por muito tempo
para o desenvolvimento de novas alternativas terapêuticas (ENHORNING, 1967). A
mais aceita atualmente é a teoria integral, que explica os diferentes tipos de
incontinências através da laceração da parede vaginal e dos ligamentos pélvico.
(BARACHO, 2007).
Costa (2008); Almeida (2006) destacam os principais fatores provocadores de
incontinência urinária: Idade; presença de infecção no trato urinário; obesidade;
parto vaginal; cirurgias pélvicas; doenças neurológicas.
Higa e Lopes (2006) apresentam estudo, onde foi auferido que 27,5% das
profissionais de enfermagem pesquisadas disseram que incontinência urinária ao
menos uma vez no mês, sendo que 79% delas não procuraram auxilio médico,
algumas alegaram que era algo normal para uma mulher e que a quantidade de
urina liberada era insignificante. Entretanto, em geral, o motivo para a não procura
de tratamento foi o mesmo de outros grupos de mulheres, ou seja, estresse,
vergonha, constrangimento, dentre outros.
Abordagem da enfermagem junto às mulheres incontinentes é muito
importante, orientando o manejo adequado e, em alguns casos, exercícios com os
músculos pélvicos, evitando que condutas inadequadas, como restrição prolongada
de líquidos e a micção pouco frequente, sejam tomadas, o que pode causar
complicação como a infecção urinária, o reflexo e o dano retal. (FITZGERALD et al,
2000).
A terapia comportamental é de baixo risco e visa à mudança de
comportamento geral da paciente incontinente, onde é competência do enfermeiro
realizá-la. (GALLO et al,1997).
33
Estratégias coordenadas pela enfermagem, como: Controle hídrico, que inclui
manhã e a refeição noturna, produzindo urina concentrada e ajudando-a. A
Associação Internacional de Uroginecologia recomenda que o diário seja feito
durante três dias. (PALMA; RICCETO; HERRMANN, 2007).
Exercícios, da musculatura pélvica (EMP) também são fortes aliados no
tratamento da incontinência urinária, dentro das terapias comportamentais,
conhecidas como exercício de Kegel, o exercício visa fortalecer e reabilitar o
assoalho pélvico, auxiliando o biofedback, que é a avaliação do exercício.
(BRUNNER, SUDDART, 2005).
Investigação de informações para descrever o quadro de incontinência
urinária, como início, duração, frequência, quantidade e qualidade e características
da urina, sintomas, hábitos higiênicos, alimentares e de hidratação;
Anamnese a história geniturinária, neurológica, clínica em geral, além da
psicologia, o ambiente, as medicações, os cuidados básico e a auto percepção
sobre a incontinência urinária.
Exame físico envolve a descrição da função neurológica, o exame abdominal,
genital e retal. (RODRIGUES; MENDES, 1994). A enfermagem pode obter durante a
anamnese uma história variável, mas sempre associada a perda involuntária de
urina em volumes diminutos, porém suficiente para promover constrangimento
pessoal e social. Pode referir também elevada frequência miccional e sensação de
constante bexiga, mesmo aos ter urinado.
O sucesso no tratamento da incontinência urinária depende muito do
diagnóstico correto e corrigir as disfunções e alterações que fazem acontecer, sendo
que, pode acontecer mais de um tipo de incontinência urinária. (DANCORANA,
2001).
Em suma, a tendência da incontinência urinária é aumentar, havendo a
necessidade de políticas públicas de prevenção, o que pode ser realizado através de
campanhas que incentivem a busca por diagnóstico e tratamento quando
necessário. Quando se trata da mulher profissional da saúde o problema é mais
grave, pois são profissionais que atuam em uma área onde não se admite falhas
graves, o que está em risco é a vida de outra pessoa.
34
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A incontinência urinária é um mal que assola a vida de muitas mulheres,
infelizmente, muitas não buscam o tratamento, até mesmo por falta de conhecimento
da existência deste. Contudo, há também as que sabem que pode ser feito algo,
mas também não procuram ajuda. É de se lamentar que profissionais da área da
saúde se submetam a permanecer com incontinência urinária, mesmo trabalhando
em ambiente hospitalar.
Dessa forma, é importante que se saiba que ao perceber a perda involuntária
de urina se deve procurar ajuda imediata. Não se pode considerar que essa
ocorrência, quando continuada, é normal. Caso haja acanhamento por parte da
paciente, é interessante encaminhamento para consulta psicológica, que auxiliará no
trato com a vergonha e retração social, pois é uma questão de conhecer e saber que
o momento pelo qual está passando é uma questão de tempo até se superar, mas
para isso é imprescindível que não desista sem antes tentar.
Dessa forma, há as profissionais que aderem ao tratamento, melhorando sua
qualidade de vida e consequentemente o trato com os pacientes, colocando em
prática todos os conhecimentos e experiências que adquirem no dia a dia, sendo
exemplo às que não realizam o tratamento, mesmo sabendo da necessidade deste.
Políticas públicas devem ser realizadas no sentido de desmistificar esta
doença, que ainda é vista como algo associado ao envelhecimento. Contudo, há
tratamento, dentre os quais o exercício pélvico que ensinará a mulher com a
contração do músculo detrusor, dentre outros. O que não pode é ficar sofrendo por
falta de conhecimento.
A enfermagem tem atuação decisiva desde o reconhecimento dos sintomas
até o tratamento, pois é ela quem vai acompanhar todo o processo e encoraja-lo a
seguir em frente, para que tenha uma boa qualidade de vida, mesmo incontinente.
O enfermeiro em uma coleta de citopatológia poderá perguntar se a paciente
urina quando tosse, espirra, faz esforço pequeno ou grande sabendo que é um
problema de saúde pública e que merece atenção. Tem estudos que demonstram
que deve ser incentivado na atenção primária, onde se pode destacar o problema e
estruturação das ações, bem como atuar e relatar cada vez mais as dificuldades
encontradas é um problema que muitas das vezes é encarado comum, normal,
35
insignificante e sem relevância pela maioria das pessoas, médicos, enfermeiras e
multiprofissionais da saúde.
Espanta o fato das mulheres serem vistas como as que mais se preocupam
com a saúde em relação aos homens, sendo que muitas fazem consultas periódicas
para detectar câncer de mama, ovário, dentre outros, contudo, quando se fala em
algo relativamente fácil, há a retração, que deve, sem dúvida, ser combatida,
inicialmente dentre as profissionais de saúde, que devem ser exemplo para as
demais da sociedade.
36
REFERÊNCIAS
ABRAMS, P. O tratamento farmacológico da incontinência urinária. Plymouth:
Ed. Health, 2002.
BARACHO, ER. Qualidade de vida na perspectiva de idosas com incontinência
urinária. Revista Brasileira de Fisioterapia, 2007.
BERGHMANS, Bary. Relatório sobre a terminologia para disfunção do assoalho
pélvico feminino. 2000; 29(1):4-20.
BORDA, Alessandra Maria Cotrim; LELIS, Maria Alice dos Santos; BRÊTAS, Ana
Cristina Passarella. Significado de Ter Incontinência Urinária e Ser Incontinente
na Visão das Mulheres. Florianópolis, 2008.
BOTELHO, Francisco; SILVA, Carlos; CRUZ, Francisco. Incontinência urinária
feminina. Acta Urológica 2007. 24; I: 79-82.
BRUNNER E SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 10ª Ed. Rio
de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2005.
Diagnóstico de Enfermagem da NANDA: definições e classificação 2012-2014 /
[NANDA International]; tradução: Regina Machado Garcez; revisão técnica: Alba
Lucia Bottura Leite de Barros – Porto Alegre: Artmed, 2013.
DUBEAU, CE. Gestão de incontinência urinária: novas questões para velhas
suposições. Sociedade Geriátrica. 2001.
FANTL, A.; BUMP, RC; SURGERMAN, J.; MCCLISCH, DK.; Obesidade e a função
do trato urinário inferior em mulheres. Urologia e Obstetrícia, 1996; 167(2):39299.
GROSSE, D; SENGLER, J. Reeducação perineal. São Paulo: Manole, 2002.
HALBE, Hans W. Tratado de ginecologia . 3 ed. São Paulo: Roca, 2000.
37
HERRMANN, Viviane et al. Eletroestimulação transvaginal do assoalho pélvico
no tratamento da incontinência urinária de esforço: avaliações clínica e ultrasonográfica. Revista da Ass. Médica Brasileira , v. 49, n. 4, p. 401-405, 2003.
HIGA, Rosângela; LOPES, Maria Helena Baena de Moraes. Porque profissionais
de enfermagem com incontinência urinária não buscam tratamento. Rev. Bras.
Enferm. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/reben/v60n5/v60n5a04.pdf>
Acessado: 19 de nov 2013.
HUNSKAAR, S., LOSE G., SYKES D., VOSS, S. A prevalência da incontinência
urinária em homens e mulheres da Europa. 2004 Fev; 93 (3):324-30.
NITTI, Victor. A prevalência da Incontinência Urinária. Revista Urologia. 2001, v.3,
n.34, p.17-23.
ORSHAN, Susan A. Enfermagem na Saúde das Mulheres, das Mães e dos
Recém-Nascidos: O Cuidado ao Longo da Vida. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2010.
PASCOAL, Augusto Gil. Trabalho abdominal e incontinência urinária de esforço.
Faculdade de Motricidade Humana. Portugal, 2003.
POTTER, Patrícia A. Fundamentos de Enfermagem. 7ª. ed. São Paulo: Elsevir,
2009.
RAMOS, José Geraldo Lopes et al. Comparação dos resultados do tratamento
cirúrgico da incontinência urinária de esforço por três diferentes técnicas
cirúrgicas. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2000, vol. 22.
SIMEONOVA, Z. A prevalência da incontinência urinária e sua influência na
qualidade de vida. Revista de Ginecologia e Obstetrícia. 1999, v. 5, n. 41, p. 46-51.
STEPHENSON, Rebeca G. Fisioterapia Aplicada à Ginecologia e Obstetrícia.
São Paulo: Manole, 2004.
TANAGHO, Emil A. e MCANINCH, Jack W. Urologia Geral de Smith. 17ª ed. São
Paulo: Ed. McGraw-Hill, 2010.
38
VASCONCELOS, Mônica Maria de Almeida. Eficácia de um programa de
reeducação miccional em crianças e adolescentes. Belo Horizonte, MG:
Universidade Federal de Minas Gerais, 2005. [Tese de Doutorado].
WYMAN, J. O impacto psiquiátrico e emocional da mulher com disfunção do
assoalho pélvico. 2004.
Download