the

 Rolamentos Timken x Aços para cementação
Criado por Marlos Kato
Os rolamentos de rolos cônicos possuem ampla gama de aplicação: redutores,
mancais de destopadeiras, cubos de roda, rodeiros ferroviários, entre outros.
Permitem suportar carga radial e axial, e boa rigidez de mancalização.
Os rolamentos de rolos cônicos da Timken da série polegada ainda apresentam um
diferencial a mais: são confeccionados em aço para cementação, o que
proporciona uma excelente durabilidade e uma melhor resistência às cargas de
choque.
Os rolamentos de rolos cônicos da série métrica são confeccionados em aços liga
equivalentes à norma DIN 100Cr6 e não passam por processo de cementação.
Aços para cementação
O enriquecimento superficial de carbono nos aços proporcionado pela cementação,
tem por objetivo produzir uma superfície de alta dureza e resistência ao desgaste,
suportada por um núcleo tenaz. Tenacidade é a energia mecânica, ou seja, o
impacto necessário para levar um material à ruptura.
Através da cementação, introduz-se carbono na superfície do aço, de modo que
este depois de temperado, apresente uma superfície com maior dureza. É
necessário que o aço em contato com a substância capaz de fornecer carbono, seja
aquecido a uma temperatura em que a solução do carbono seja fácil. Para isso a
temperatura deve ser superior à da zona crítica (850 a 950oC), onde o ferro se
encontra na forma alotrópica gama.
Principais processos de cementação:
Cementação sólida ou em caixa: as peças em aço são colocadas em caixas
metálicas em presença de misturas carburizantes. As misturas mais usadas
apresentam carvão de madeira, aglomerado com cerca de 5 a 20% de uma
substância ativadora, por meio de óleo comum ou óleo de linhaça. Os ativadores
mais comuns são carbonatos alcalinos ou alcalino-ferrosos como carbonato de
sódio, carbonato de potássio e carbonato de bário. A cementação sólida é realizada
a temperaturas que variam de 850 a 950oC. Pode-se atingir profundidade de
cementação de 2 mm ou até mais.
Cementação a gás: a substância carbonácea é uma atmosfera gasosa, que fica
bem definida e estável, que possibilita maior eficiência que a cementação sólida.
Possui ainda como vantagens: maior velocidade de penetração de carbono,
deformações menores e permite mais facilmente a cementação de peças delicadas.
Cementação líquida: é realizada mantendo a peça em um banho de sal fundido.
Principais vantagens: rapidez de operação, proteção efetiva contra oxidação e
descarbonetação, facilidade de manuseio das peças, maior controle de
profundidade de cementação e menor empenamento das peças.
Cementação sob vácuo: nesse processo, as peças são aquecidas entre 845 a
1040oC, em uma câmara onde se produz vácuo, sendo submetidas à ação de gás
de hidrocarbono e em seguida resfriadas em óleo ou água.
Os aços depois de serem submetidos à cementação devem ser temperados. Não se
faz geralmente o revenido nos aços cementados. Somente se for necessário o alívio
de tensões residuais da têmpera ou para aumentar a resistência à fissura durante
o processo de retífica. No revenimento as peças são aquecidas entre 180 e 200 oC
e resfriadas lentamente.
Dúvidas? Entre em contato com nosso departamento de Engenharia de Aplicação e
Pós Vendas.
Elaborado por: Marlos Kato