Princípios Físicos do US

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Princípios Físicos do US
Wilson Mathias Jr
Diretor, Ecocardiografia
Instituto do Coração - InCor
Universidade de São Paulo
Princípios da Ecocardiografia
Onda de US
Uma onda em física é uma perturbação oscilante de alguma
grandeza física no espaço e periódica no tempo. A oscilação espacial é
caracterizada pelo comprimento de onda e a periodicidade no tempo é
medida pela freqüência da onda, que é o inverso do seu período. Estas
duas grandezas estão relacionadas pela velocidade de propagação da
onda.
Ondas de US
Fisicamente uma onda é um pulso energético que se propaga através
do espaço ou através de um meio (líquido, sólido ou gasoso).
As ondas existem em um meio cuja deformação é capaz de produzir forças de
restauração através das quais elas viajam e podem transferir energia de um
lugar para outro sem que qualquer das particulas do meio seja deslocada
permanentemente.
Transdutores
Material
absorvente
Lente
Cristal
Transdutores
Cristal piezoelétrico:
• Titanium ou cerâmica
• Gera e recebe ondas de ultrassom
• Imagem: tempo de transmissão e reflexão
Princípios da Ecocardiografia
Transdutor
Reflexão
Refletor
especular
Refração
Disperção
Difração
Atenuação
Burns. In: Rumack et al, eds. Diagnostic Ultrasound. Vol 1. 2nd ed. St. Louis: Mosby; 1998:57.
Imagem com Pulso Invertido
Reflexão linear
Energia
Fundamental e Harmônicas
f1
Tecido
2f1
Freqüência
3f1
Harmonica e Filtro de Sinal
2.5 MHz
Tecido
2.5-MHz
transdutor
2.5 e 5 MHz
Tecido + Sangue
2.5-MHz
transdutor
Burns. In: Rumack et al, eds. Diagnostic Ultrasound. Vol 1. 2nd ed. St. Louis: Mosby; 1998:57.
Imagem em Segunda Harmônica
Transdutor
Filtro
2 F0 MHz
F0 MHz
F0 MHz
(tecido)
2 F0 MHz
(contraste)
2 F0 MHz
Imagem em segunda
Harmônica
Fundamental vs Harmonica Tecidual
Images courtesy of the Mayo Clinic and Acuson Corporation.
Foco e campos Ultra-sônicos
Distancia
Focal
Elementos
piezoelectricos
Distancia
Focal
Ondas de Ultrasom
produzidas pelo
transdutor
Area focal
Campo proximal:
•
Melhores imagens
•
Incidência perpendicular
Campo distal:
•
Detecção difícil das estruturas
•
Incidência oblíqua
Transdutores
Simples:
• pulsos alternados (M-Mode)
Mecânicos:
• Um ou mais cristais
• Bom sinal
• Doppler limitado
• Problemas técnicos freqüentes
Anulares:
• 2 cristais circulares
• Recepção e transmissão
Transdutores
Eletrônicos:
• Cristais em série
• Bom sinal e Doppler
• Problemas técnicos infrequentes
Transdutores
Unidimensional
Bidimensional
Bidimensional - Artefatos
ARTEFATO
MECANISMO
EXEMPLOS
Imagem inadequada
Penetração pobre do
Obesidade, DPOC
Ultrassom
Sombra acústica
Reverberações
Reflexão por uma
Prótese valvar,
estrutura especular
calcificação
Propriedade refletora
Prótese valvar
Do ultrassom
Refração
Desvio do sinal do ultrassom
Dupla imagem
Artefatos - Sombra Acústica
Artefatos - Reverberação
Johann Christian Andreas Doppler
Físico Austríaco
29/11/1803 – 17/03/1853
Salzburg
Viena
Diretor do Instituto de Física
e professor de Física Experimental
na Universidade de Viena.
Sobre as Cores da Luz Emitida pelas Estrelas Duplas (Über das farbige Licht der Doppelsterne), 1842
“Efeito Doppler”
“Efeito Doppler”
“Efeito Doppler”
onde:
λ = comprimento de onda de uma onda sonora
c = velocidade do som no ar = 343 m/s a 20 °C (68 °F);
f = frequência da onda 1/s = Hz.
Equação Doppler
C = Velocidade do som no sangue
Ft = Frequência do transdutor
Fs = Frequência refletida
Θ = Angulo entre o feixe de US e o Fluxo sanguínio
Modalidades
“Efeito Doppler”
Modalidades
Doopler Pulsátil
Modalidades
Doopler Pulsátil
Doppler Contínuo
Map. Fluxo em Côres
Modalidades
Doopler Pulsátil Tecidual
Equação de Bernoulli
Daniel Bernoulli
Conversão de Velocidade em pressão
Matemático Holandês
08/02/1700
–
17/03/1782
Groningen
2
∆
P
=
4V
Ganhou mais de 10 Prêmios da academia de París
desde Temas sobre Magnetismo até Temas Náuticos
Daniel Bernoulli, 1738
Basel
Equação de Bernoulli
Conversão de Velocidade
em pressão
Para um Fluxo que é: 1) sem viscosidade (como
o fluxo sanguínio é); 2) através de um
orifício restritivo (Componente inercial
dispresível e; 3) com V1 >>> V2, reduzindo a
fórmula a:
∆ P = 4V2
∆ P = 4V2
Componente Inercial
Dissipação Viscosa
Aceleração conectiva
Daniel
Bernoulli,
1738
Daniel
Bernoulli,
1738
Equação de Bernoulli
∆ P = 4V2
∆ P = 4x52 = 100mmHg
Cálculos de Fluxo
π.r 2
X
X
Princípios da Ecocardiografia Contrastada
Agentes de Contraste
Proteína
Sacarídeo
Lipídeo
Ar
Gás
Possuem cinética semelhante a das hemácias
–
–
–
–
–
–
–
ALBUNEX
Levovist
Definity
Optison
PESDA
Acusphere
Bisphere
Princípios da Ecocardiografia Contrastada
Imagem em Segunda Harmônica
Transdutores
reflexão
Refletor
especular
Hemácias
atenuação
refração
Princípios da Ecocardiografia Contrastada
Reologia das Microbolhas
Microbolhas estáveis e de tamanho adequado para passar pelos pequenos
capilares pulmonares.
Burns. In: Rumack et al, eds. Diagnostic Ultrasound.; 1998
Lindner JR et al J Am Soc Echocardiogr 15;(5):395-403, 2002.
Princípios da Ecocardiografia Contrastada
Reologia das Microbolhas
Microbolha
1-8 µm
Cheng et al. Am J Cardiol. 1998;81:41G.
Hemácia
6-8 µm
Princípios da Ecocardiografia Contrastada
Mecanismo de Ação das Microbolhas
• Aumentam a reflexão do sinal
provindo do sangue
• Ressona em frequências
utilizadas para Ultra-som
diagnóstico
Burns PN. Diagnostic Ultrasound. 2nd ed. St. Louis, Mo: Mosby; 1998:57-84.
Princípio da Harmônica
Com Contraste
1.2
1
Amplitude
0.8
Tecido
0.6
Bolhas
0.4
0.2
0
0
2
4
Frequência (MHz)
6
8
Resonancia em Frequência Fundamental
“Ecocardiografia com Perfusão Miocárdica
em Tempo Real”
Ressonância
US Refletido
Espectro Refletido
f0
Linear ou IM < 0,2
Burns. In: Rumack et al, eds. Diagnostic Ultrasound. Vol 1. 2nd ed. St. Louis: Mosby; 1998:57.
de Jong et al. Ultrasonics. 1994;32:455.
f
Comportamento das Microbolhas no Campo US
Ressonância Linear
Sinal Fundamental
Ressonância Não-Linear
Sinal Harmônico
Sinal Transitório
Sinal Harmônico Intenso
Baixa Energia - IM 0,1
Energia Intermediária - IM 0,4 a 0,8
Alta Energia – IM > 0,8
Burns PN. Diagnostic Ultrasound. 2nd ed. St. Louis, Mo: Mosby; 1998:57-84.
Microbolhas e Harmônica
Espectro Refletido
f0
f0
f
2 f0 f
Harmônica e Filtro de Sinal
Sinal Refletido
Sinal transformado
em Imagem
Burns. In: Rumack et al, eds. Diagnostic Ultrasound. Vol 1. 2nd ed. St. Louis: Mosby; 1998:57.
Marcador da microcirculação
9 Método não invasivo ideal
avaliação da perfusão miocárdica
9 Microbolhas
possuem
cinética
semelhante a das hemácias
Kaul S et al. Circulation 1997;96:45-60
de
Ecocardiografia com Perfusão Miocárdica em Tempo Real
9 Utiliza baixa energia ultra-sônica
9Avalia de forma simultânea a contração e perfusão miocárdica
9 Identifica as áreas de infarto (sem perfusão)
9 Modalidades:
9 Pulsos com Energia modulada
9 Pulsos com invertida
9 Cancelamento de pulso
9 “Flash” com alto índice mecânico
Interação US - Microbolha
Tempo para reperfusão
A
Time
t1
B
t2
C
t3
D
t4
Kaul et al. Circ 1998; 97: 473-483
E
t5
“Intensidade Acústica”
A
Ecocardiografia com Perfusão Miocárdica
em Tempo Real
Velocidade Média de fluxo (β)
Volume Sangüineo (A)
t
Wei et al Circulation 29;103(21):2560-5, 2001.
Kaul et al. Circulation 97: 473-483, 1998.
Ecocardiografia com Perfusão Miocárdica em Tempo Real
Marcador de Perfusão Microvascular
• 33% do volume Miocádico
é Sangue.
• 33% do volume Miocádico
é Sangue
90% do Sangue
Capilares
Wei et al Circulation 29;103(21):2560-5, 2001.
Kaul et al. Circulation 97: 473-483, 1998.
Quantificação do Fluxo Miocárdico Absoluto em
Seres Humanos
y (t) = A x (1 – e –β x t)
Wei et al Circulation 29;103(21):2560-5, 2001.
Kaul et al. Circulation 97: 473-483, 1998.
Quantificação do Fluxo Miocárdico em Seres
Humanos
FSM =
(A / ALV x β)
ρΤ
=
rBV x β
ρΤ
Valores normais
ρΤ = 1,05
MBF (Basal) = 0,828 + 0,318 ml x min-1 x gr-1
MBF (Hiperemia) = 2,801 + 0,832 ml x min-1 x gr-1
Vogel R et al., J Am Coll Cardiol 45:754-762, 2005.
MBF MCE [ml.min-1.g-1]
2.0
1.5
1.0
0.5
y=0.899x+0.079; r2=0.88
P<0.0001, SEE=0.112
0.0
0.0
0.5
1.0
1.5
MBF PET [ml.min-1.g-1]
30 Patients e 15 normais
2.0
(MBF PET -MBFMCE) [ml.min-1.g-1]
Quantificação do Fluxo Miocárdico Absoluto em
Seres Humanos
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
-0.2
-0.4
-0.6
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
MBF PET [ml.min-1.g-1]
Vogel R et al. J Am Coll Cardiol; 2005: 45: 754-62
Princípios da Ecocardiografia Contrastada
Obrigado
Características das Ondas de US
Reflexão - Quando uma onda volta para a direção de onde veio, devido
à batida em material reflexivo.
Refração - A mudança da direção das ondas, devido a entrada em outro
meio. A velocidade da onda varia, pelo que o comprimento de onda
também varia, mas a frequência permanece sempre igual, pois é
característica da fonte emissora.
Difração - O espalhamento de ondas, por exemplo quando atravessam
uma fenda de tamanho equivalente a seu comprimento de onda. Ondas
com baixo comprimento de onda são facilmente difractadas.
Interferência - Adição das amplitudes de duas ondas que se superpõe.
Dispersão - a separação de uma onda em outras de diferentes
freqüências.
Vibração - Algumas ondas são produzidas através da vibração de
objetos, produzindo sons. Exemplo: Cordas ( violão, violino, piano, etc.)
ou Tubos (orgão, flauta, trompete, trombone, saxofone, etc.)
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