1 QUILOMBO, TERRITÓRIO E SUBALTERNIDADE NEGRA NO PIEMONTE DA DIAMANTINA – BA Fábio Nunes de Jesus1 Prof.Dr.Anelino Francisco da Silva2 Resumo: O artigo ora desenvolvido é parte dos estudos vinculados ao curso do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Através de um aporte teórico fundamentado na territorialidade negra objetiva-se entender a lógica e permanência dos espaços quilombolas na Bahia frente ao caráter hegemônico de sua configuração territorial. O Piemonte da Diamantina caracteriza-se pela dimensão produtiva originada do ciclo do ouro e mobilidade populacional recorrente na colonização e interiorização do Brasil. Representava ao mesmo tempo a área de fluxo do empreendimento da coroa em busca do ouro e também uma rede de comunicação conflituosa e estratégica da capitania da Bahia com a região das Minas Gerais.A mobilidade social resultante estabelecia conexões entre pontos aparentemente dispersos sobre o território baiano.Estes, transformaram-se em núcleos populacionais que refletiam os interesses e as contradições presentes na ocupação destes espaços .Assim, importantes rotas foram definidas contribuindo para a legitimação e afirmação do povoamento das diversas regiões. Por estes caminhos, a projeção de uma materialidade sobre o espaço capitalista revelavam as estratégias de dominação ,que no seu bojo tentava também eliminar traços recorrentes dos valores culturais dos povos afros .Para este intento, os objetos geográficos dotados de simbologias presentes tornaram-se fundamentais ao contribuir para reificação de uma sociedade com valores e referências predominantes na consolidação do Estado -Nação brasileiro.Em meio a esta teia de relações materializadas no território, os povos africanos, movidos pela cosmogonia presente na interpretação cultural e geográfica de mundo criavam e reinterpretavam os sentidos estéticos e ideológicos predominantes na América à luz de conhecimentos transoceânicos e diaspóricos, produzindo paralelamente espaços subalternos com fortes traços culturais e de auto-referência. Palavras-chave: Território, Territorialidade, Identidade, Bahia, Quilombos O território é o lócus das projeções e ações humanas sobre o espaço. Ele contribui por refletir os diversos tipos de mediações estabelecidas pela sociedade na sua produção. Por conseguinte, a herança, materialidade e produção presentes acabam por fundamentar o projeto de sociedade ocidental, eurocêntrica e patrimonialista reificadas nas diversas escalas geográficas caracterizadoras das formações territoriais na América, contribuindo para a valorização da aparência em detrimento da essência. A invenção da América é a “vitória” da modernidade e a representação geográfica consequente permitiu que 1 Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Geografia - UFRN Professor Orientador do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN 2 2 categoricamente a delimitação dos espaços e sua aparência historicamente amparada nos símbolos e discursos com forte viés cultural e ideológico sedimentassem as bases para a perpetuação do poder hegemonicamente europeu sobre uma parte do globo. É neste cenário que o espaço técnico-científico e produtivo promove através de sua escala principal, o território, as bases jurídicas, econômicas, culturais e sociais fundamentais para manutenção deste sistema. O território seria assim, um outro modo de discutir a dominação estatal e a afirmação da soberania, sendo um conceito que induz diretamente uma abordagem geopolítica, para também entender a instalação do mundo moderno, a ocidentalização do planeta, a dinâmica da modernidade, a estrutura e o funcionamento da economia -mundo , a delimitação dos países, etc. (MORAES,2009:28) A modernização tornou-se então, uma exigência e motor de um ideal de sociedade que proliferava a partir de centros difusores e controladores amparados nos princípios da racionalidade científica e que instituiu modelos e regras abstratas validadas na pretensa representação de uma totalidade social. É neste contexto que o território brasileiro na sua concepção clássica, do Estado moderno, surge como catalisador e propulsor de uma fragmentação espacial e social que consolida através do capital estilos de vida e modelos de comportamento (CARRIL,2006). Logo, diante desta configuração socioespacial, os lugares ao mesmo tempo representavam a consolidação, fusão ou negação dos modelos operatórios sobre o espaço, como também, o palco de relações conflituosas e disputas pelo direito ao território. Campos (2005) identifica uma forte segregação socioespacial negra no processo de formação do Estado brasileiro (do Império à República) demonstrando que a tradição patrimonialista de propriedade está relacionada com exclusão, violência e preconceito. Na realidade, os conflitos e embates sempre fizeram parte do processo de organização espacial brasileiro dos pobres e negros, que sem o apoio do poder público institucional e conservador (eminentemente atendia sempre aos propósitos de uma elite dominante) produziu uma espacialidade marcada por estratégias de sobrevivência, inclusive ao interligar a lógica espacial dentro de uma rede solidária de afirmação e permanência na urbe . 3 Portanto, admitir que o espaço quilombola fora transmutado em espaço favelado é incluí-los no processo maior, ou seja, é admitir que as populações pobres, através de suas apropriações dos espaços periurbanos, ilegais à luz do poder público, participaram da construção do espaço urbano das cidades.( CAMPOS,2005:24) Neste sentido, a ilegalidade e criminalização destes espaços de vivência pelo Estado representava a possiblidade institucional de controle e eliminação das áreas incorporadas por estes grupos sociais e/ou comunidades. Para contemplar esta dinâmica e seu caráter ideológico, é necessário questionar o papel do território tradicionalmente pensado. Na avaliação de Moraes: (...) território deve ser entendido então como uma materialidade e como uma representação e / ou como um projeto de ocupação prática de porções da superfície terrestre e de sua legitimação simbólica. Portanto, a forma política que acompanha a história geográfica do capitalismo - o Estado moderno - apresenta uma conjunção entre soberania , território e identidade nacional , que se generaliza com a expansão planetária desse modo de produção.(MORAES,2009:29). Haesbaert analisa as diferentes abordagens "teórico-conceituais" do território destacando quatro dimensões usuais; a política, a cultural, a econômica e a "natural". O autor chama atenção também para o viés filosófico presente nos referenciais produzidos tanto na perspectiva do "materialismo-idealismo" quanto na do "espaço- tempo" possibilitando inclusive um "entrecruzamento de proposições teóricas" e consequente superação dicotômica do território. "Somos levados , mais uma vez , a buscar superar a dicotomia material /ideal , o território envolvendo , ao mesmo tempo , a dimensão material das relações sociais e o conjunto de representações sobre o espaço ou o "imaginário geográfico" que não apenas move como integra ou é parte indissociável destas relações".(HAESBAERT, 2006:42). Desta forma, tratando-se da diáspora negra e dentro de um espaço global fragmentário e territorialmente delineados, o processo identitário se constrói no movimento dialético , através de uma territorialidade marcada fortemente pela imaterialidade e simbolismo. Aqui, o vivido também surge como negação ou afirmação dos parâmetros institucionais hegemônicos ,dialoga com o sentido da permanência cultural e material , se 4 reinventa e apropria-se do espaço.Assim, todo processo resultante ou condicionante da produção de um território envolve territorialidade.É neste momento que a espacialidade negra na América vai se constituir num dos pilares da formação cultural e territorial brasileira ao inserir gradativamente elementos duradouros fortemente marcados pela imaterialidade e carregados de simbologias que serviram como contraponto a rigidez dos objetos e das formas preponderantemente instalados sobre a paisagem dos lugares. Professor Milton Santos ao analisar o significado do espaço questiona o valor funcional dos objetos e o poder da aparência sobre as coisas, que "nascem já prenhes de simbolismo, de representatividade, de uma intencionalidade destinadas a impor a idéia de um conteúdo e de um valor que, em realidade eles não têm.” (SANTOS, 1997:41). A empreitada espacial européia não estava garantida. O espaço era o projeto e sua representação o desafio maior. Neste sentido, o território tornara-se a representação máxima e duradoura de uma sociedade cuja consolidação se estabelecia num conjunto de espaços diversos e fluxos transoceânicos. Assim, o planejamento territorial em destaque compreendia inclusive o deslocamento forçado de grandes massas humanas no que ficou conhecido segundo Lopes (2004) como uma diáspora desagregadora e escravista, espalhando negros africanos pelo mundo. Movidos por diferentes forças culturais, as nações negras no Brasil consolidaram a existência solidária e criação de espaços de referências identitárias cujo valor simbólico ultrapassava os limites territoriais definidos pela Colônia e República através de uma temporalidade mediada pela subjetivação, pelo conhecimento preexistente e remanescentes de uma importante africanidade. Para analisar a espacialidade negra é necessário levar em consideração esta dimensão cultural, simbólica e identitária presentes na territorialidade brasileira cuja manifestação cotidiana dialoga com a contradição social vigente através de mecanismos próprios e que representam a alteridade, resistência e emancipação consolidada na permanência solidária estabelecida sobre o arranjo espacial brasileiro ao longo destes últimos quatro séculos. A invisibilidade da segregação socioespacial do negro pode ser remetida a dois fatores. Com a abolição da escravidão e com o advento da República o Estado não implementou uma política racial e segregacionista , como nos Estados Unidos e na África do 5 Sul. Nem guetos, nem bantustões ou outro tipo de reserva territorial foi criado especificamente para segregar o ex-escravo de origem africana. Mas a exclusão social-histórica do negro e a criação de um imaginário de democracia racial tornaram possível, também, a segregação espacial. (CARRIL, 2006:245) A constituição de 1988 no seu artigo 68 e a lei 10.639 promulgada em 2003 representam um importante passo no reconhecimento político e cultural da participação negra na formação territorial brasileira. O impacto destas políticas e normatizações, fruto da atuação e reivindicação dos movimentos negros permitiram que uma vasta pesquisa no âmbito historiográfico se delineasse. Não demorou muito para que a ciência geográfica percebesse que se tratava de uma ruptura e movimentação espacial inclusiva e original. O quilombo, a roça, os quintais ,o terreiro ,a corporeidade negra e a favela exigiam uma investigação que levasse em consideração elementos culturais sobre a delimitação, sentidos e referências sobre os diversos territórios com forte e histórica presença negra no Brasil. Na Bahia, uma unidade federativa negra com fortes vínculos de africanidade, mais especificamente no "sertão" do Piemonte da Diamantina, as políticas de promoção da igualdade racial são permeadas por dificuldades da população local no sentido de assimilar, reconhecer e apropriar-se de seus espaços frente ao caráter político conservador e patrimonialista vigentes na formação territorial local. Foco de grande movimentação social e econômica no século XVIII, o sertão baiano tornou-se a área geográfica que por definição historiográfica representava o desconhecido e inexplorado mundo da fronteira colonial. Ao mesmo tempo, no imaginário político de época, um vazio que precisava de significado e apropriação. Para Portugal, o ouro encontrado na América representava a promissora riqueza e justificava a ocupação territorial do interior da colônia. Esta movimentação contribuiu para o aumento populacional e o surgimento de freguesias, distritos, vilas, comarcas e povoados. Em torno das jazidas, a ocupação econômica do sertão de Jacobina se estabelecia, principalmente com a regulação do espaço através de instituições sociais, eclesiásticas e do Estado (NEVES, 2007). O Ciclo do Ouro (1690-1790) sem dúvida representava um dos processos de sedimentação da economia colonial capitalista influindo no fluxo migratório e estabelecimento de redes e conexões entre o sul, sudeste e nordeste do Brasil. É neste contexto conflituoso, estrutural e territorialmente em construção, que os diversos povos se encontrarão movidos por ambições, resistências e rupturas. Negros, 6 indígenas e portugueses irão compor demograficamente a área e empreenderão a partir das diversas formas de espacialidades uma configuração ao território cuja característica material predominante revela o poder instituído com a eliminação de referências culturais contraditoriamente reveladas na aparência das formas espaciais e relações presentes. Os caminhos "outros" delineados pela trajetória negra no Piemonte da Diamantina revelam a existência de redes solidárias que contribuíram definitivamente com a valorização de seus espaços identitários. Marcados pelo aparente isolamento, os agrupamentos sociais negros urbanos e rurais constituíram um complexo fluxo de comunicação por lugares, propriedades e delimitações territoriais segregacionistas. Era preciso dialogar e apropriar-se desta lógica espacial moderna sem abrir mão do universo identitário de origem africana diversa. Esta dinâmica espacial complexa precisa ser interpretada a partir da sua lógica de produção de sentidos no nível das relações vivenciadas e mediadas em sociedade. Não só o gentil-homem mas também o escravo, com diferentes recursos culturais e com objetivos históricos muito diversos , demonstram que as forças da autoridade social e da subversão ou subalternidade podem emergir em estratégias de significação deslocadas , até mesmo descentradas. Isto não impede essas posições de serem eficazes num sentido político , apesar de se sugerir que as posições da autoridade podem elas próprias ser parte de um processo de identificação ambivalente . De fato, o exercício do poder pode ser ao mesmo tempo politicamente eficaz e psiquicamente afetivo, pois a liminaridade discursiva, através da qual ele é representado , pode dar maior alcance para manobras e negociações estratégicas .(BHABHA, 2010:206) Hall avalia o conceito de identidade na modernidade para entender a contemporaneidade, opção que será adotada no transcorrer deste trabalho investigativo objetivando relacioná-lo com as diversas transformações e configurações espaciais reificadas no território, demonstra o papel da identidade na "tardia modernidade" , onde os indivíduos movidos pela sua relativa estabilidade tenta através dela: 7 (...)preencher o espaço entre o "interior" e "exterior" entre o mundo pessoal e o mundo público.O fato de que projetamos a "nós próprios" nessas identidades culturais , ao mesmo tempo que internalizamos seus significados e valores , tornando-os "parte de nós", contribui para alinhar nossos sentimentos subjetivos com os lugares objetivos que ocupamos no mundo social e cultural .A identidade, então, costura (ou, para usar uma metáfora médica, "sutura") o sujeito à estrutura. Estabiliza tanto os sujeitos quanto os mundos culturais que eles habitam, tornando ambos reciprocamente mais unificados e predizíveis. ( HALL, 2005:12) No entanto, tanto o espaço como as identidades sofrem mediações do tempo histórico vivido pelos indivíduos e grupos sociais, o que significa estar em constante interação com as transformações presentes nas "mudanças estruturais e institucionais" gerando uma inconfortável sensação de instabilidade. Hall critica a visão de "um todo unificado" e imutável destacando a importância da descontinuidade, fragmentação, ruptura e deslocamento como necessários para entender as mutações e articulações contidas no processo de redefinição social identitária. É no entre espaços ,entre territórios que esta lugaridade identitária ou ação emergente permite ou não a circulação do acontecer, redefinindo então o grau de organização social e os parâmetros definidores das práticas espaciais estabelecidas. Bhabha (2010:212) afirma que o “sujeito é apreensível somente na passagem entre contar / contado, entre “aqui” e “algum outro lugar””, evidenciando assim, uma complicada aproximação com a realidade que tentamos representar. Santos observa nesta ambígua (grifo meu) sociabilidade um intenso hibridismo, presente no espaço através de uma materialidade que precisa ser apropriada e autorizada pela composição social vigente, principalmente os “de baixo”: Essas contra-racionalidades se localizam, de um ponto de vista social, entre os pobres, os migrantes, os excluídos, as minorias; de um ponto de vista económico, entre as atividades marginais, tradicional ou recentemente marginalizadas; e, de um ponto de vista geográfico, nas áreas menos modernas e mais "opacas", tornadas irracionais para usos hegemónicos.(SANTOS,1997:246) 8 Logo, o estudo sobre a espacialidade negra aqui pressupõe também um recorte multiescalar compreendendo a existência de várias "Áfricas" resultantes do processo diaspórico na América. Este elo entre a África de lá e de cá torna-se um desafio significativo em função do imaginário constituído sobre o negro brasileiro e o lugar reservado ao mesmo na configuração territorial. O recorte epistemológico que fundamenta esta pesquisa está pautado na categoria Espaço e Território, o primeiro como totalidade e multiescalar, o segundo como recorte categórico que fundamenta o lugar de uma territorialidade marcada fortemente pelos elementos identitários. Este espaço de articulação presente nas relações socioterritoriais negras do Piemonte da Diamantina é caracterizado por um cenário desafiador por expor ao mesmo tempo as contradições dos modelos de desenvolvimento na Bahia e também o impacto de políticas públicas de valorização e inclusão territorial das comunidades remanescentes de quilombo e auto - referenciadas. Segundo Moraes, é nos estudos sobre a Geografia Histórica que encontraremos elementos essenciais para uma abordagem que possa suprir o vácuo existente nos estudos coloniais propriamente geográficos, neste sentido: (...) pode-se dizer que variados condicionantes internos e externos do relacionamento sociedade-espaço se articulam no solo americano, gerando arranjos geográficos peculiares, reunificáveis, contudo, por meio de algumas determinações próprias da colonização; entre estas, o uso em toda parte da coação extraeconômica, com a generalização de formas de trabalho compulsório (servís ou escravistas). (MORAES, 2009:60 ) É dentro do contexto de reconhecimento destas comunidades e de uma legalidade com forte caráter geográfico (definições, limites e dimensões) que os embates políticos e sociais emergem provocando disputas e interesses, o que exige da investigação um caráter sócio-histórico e dialético da realidade com base nas contradições do objeto pesquisado. A superação da dicotomia consiste então num caminho paradigmático, no entanto, a preocupação geográfica com a representação de um espaço da totalidade complexo e diverso nos conduz ao encontro das teorias. Harvey (1998), demonstra que uma revisão na pauta das discussões acadêmicas à luz da cultura, fez emergir temas que o materialismo 9 histórico negligenciava como as questões de raça, gênero e da diferença. Sem dúvida , o estabelecimento de novas concepções e abordagens dinâmicas, não estáticas e que incluísse os temas da diferença e da alteridade, da imagem , da estética e as dimensões do espaço e do tempo. Partindo do princípio, que toda mudança pressupõe apropriação do espaço e que no seu bojo, está o fundamento social que lhe dá significado, a garantia de participação da comunidade na discussão e produção da análise territorial concernente passa pelos instrumentos qualitativos cujo tratamento permita que os comportamentos que impulsionam a busca por reconhecimento, alteridade e direito ao espaço sejam revelados. Em síntese o aspecto fundamental deste trabalho investigativo que propomos é a unificação entre a teoria e a prática levando em consideração os elementos culturais, materiais e imateriais do espaço de convivência e organização social das comunidades remanescentes de quilombos e auto-referenciadas, cuja territorialidade cotidiana propicia a (re)elaboração de práticas espaciais colaborativas que respeitem a autonomia de seus agentes na construção de uma sociedade que possa superar o viés conservador e segregacionista da configuração territorial brasileira. 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