Estud E os Bíblicos O Conheccimento do Deus Conso oladorr – Parrte II “Operaçõess Espe eciais do d Esp pírito S Santo” www.iipbgrajau..org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo O CONHECIMENTO DO DEUS CONSOLADOR SEGUNDA PARTE OPERAÇÕES ESPECIAIS DO ESPÍRITO SANTO 1. INTRODUÇÃO Na primeira parte do estudo sobre o Deus Consolador estudamos a pessoa do Espírito Santo e suas operações gerais Nesta segunda parte estudaremos as operações especiais e o relacionamento com os assuntos anteriormente abordados nos estudos do Deus Criador e do Deus Redentor. Este relacionamento encontra-se no estudo da Salvação ou Soteriologia que é o termo teológico do estudo da Salvação. Relacionamento entre soteriologia e os assuntos anteriormente estudados. A soteriologia trata da comunicação das bênçãos da salvação ao pecador e seu restabelecimento ao favor divino e à vida de íntima comunhão com Deus. Essa doutrina pressupõe conhecimento de Deus como a fonte da vida, do poder e da felicidade da humanidade, e da completa dependência em que o homem tem de Deus, para o presente e para o futuro. Visto tratar da salvação do pecador considerada totalmente como obra de Deus, conhecida dele desde a eternidade, naturalmente ela transporta os nossos pensamentos retroativamente para o eterno conselho de paz e para a aliança da graça, em que foi feita a provisão para a redenção do homem decaído. A soteriologia parte da pressuposição da obra consumada de Cristo como Mediador da redenção. Há a mais íntima relação possível entre a Cristologia e a Soterologia. Alguns teólogos tratam de ambas sob o título comum de “Soterologia”. Neste caso a Cristologia se torna Soteriologia objetiva, distinguindo-se da soteriologia subjetiva. A doutrina da salvação, na maioria das igrejas e centros de crença existentes hoje, é nebulosa ou, nos casos piores, contraditória. A confusão que existe sobre esta doutrina é tremenda. Tal confusão pode vir por ela tratar muitos tópicos em uma ordem que às vezes é difícil de seguir. Mesmo que o assunto contenha aspetos que são impossíveis de entender por completo, convém um estudo sobre este vasto assunto que quase todos os livros da Bíblia tratam. Como já vimos o termo teológico deste assunto é soteriologia. Essa doutrina está interligada à doutrina de Deus, à doutrina cristã do homem, à doutrina da pessoa da obra de Cristo e à doutrina da pessoa e da obra do Espírito, abrangendo as doutrinas da reprovação, da eleição, a providência, a regeneração, a conversão, a justificação e a santificação entre outras. Também envolve a necessidade de pregação, de arrependimento e de fé. Inclui até as boas obras e a perseverança dos santos. A salvação não é uma doutrina fácil de ser entendida pelo homem. É uma atividade divina em que participam as três pessoas da trindade agindo no homem. Por ela tratar da obra de Deus que resulta no eterno bem do homem para a glória de Deus somos incentivados a avançar neste assunto com temor e oração para entendê-la na forma que é do agrado de Deus. Que Deus nos guie com entendimento espiritual pelas maravilhas da Sua Palavra no decorrer deste estudo e que Deus nos traga à convicção verdadeira, e, pela Palavra de Deus, nos dê um conhecimento individual de Jesus Cristo (Ef 1.17-23 “para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, 18 iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos 19 e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; 20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, 21 acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. 22 E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja 23 a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.”). 2. O PROPÓSITO DA SALVAÇÃO Deus deseja receber toda a glória de tudo que Ele faz desde a eternidade passada até a eternidade futura (Êx 34:14 “porque não adorarás outro deus; pois o nome do SENHOR é Zeloso; sim, Deus zeloso é ele”; Is 42.8 “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.”; Is 48.11 “Por amor de mim, por amor de mim, é que faço isto; porque como seria profanado o meu nome? A minha glória, não a dou a outrem.”; Rm 11:36 “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”; 1Cor 10:31 “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.”). Na realidade a ninguém, senão ao Deus o Todo Poderoso, é devido toda a glória nos céus e na terra. A glória de Deus é a prática dos seres celestiais ontem, hoje e para todo o sempre (Sl 103.20 "Bendizei ao SENHOR, todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais 1 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo as suas ordens e lhe obedeceis à palavra.”; Is 6.1-3“No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. 2 Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. 3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.”) (Ap 4:11 “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.”; Ap 5.12 “proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.”). Essa glória não vem de uma necessidade de Deus, pois Ele não necessita de nenhuma coisa (At 17:25 “Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais”); mas é simplesmente um desejo e direito particular (I Co 1:26-31 “Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; 27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; 28 e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; 29 a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. 30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, 31 para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.”; Ef 2:8-10 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie. 10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”). A obediência é abençoada gloriosamente, pois ela glorifica Deus (Rm 4.20-21 “não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus, 21 estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera.”). A obediência desejada por Deus é determinada tanto antes do pecado original (Gn 2:16-17 “E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, 17 mas, da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”) quanto depois (Dt 10:12-13 “Agora, pois, ó Israel, que é que o SENHOR requer de ti? Não é que temas o SENHOR, teu Deus, e andes em todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma, 13 para guardares os mandamentos do SENHOR e os seus estatutos que hoje te ordeno, para o teu bem?”). Deus é glorificado pela obediência à Sua Palavra. É dever de todo o homem observar a obediência, contínua, à palavra de Deus (Ec 12:13 “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.”). A desobediência à lei de Deus é pecado, e é o que provoca a separação eterna da presença de Deus (1 Jo 3:4 “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.”; 1 Jo 5.17 “Toda injustiça é pecado, e há pecado não para morte.”); (Gn 2.17 “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”; Rm 6.23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”). O pecado é uma abominação tamanha justamente por não intentar dar glória a Deus (Nm 20.1213 “Mas o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Visto que não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso, não fareis entrar este povo na terra que lhe dei. 13 São estas as águas de Meribá, porque os filhos de Israel contenderam com o SENHOR; e o SENHOR se santificou neles.”; Nm 27.14 “porquanto, no deserto de Zim, na contenda da congregação, fostes rebeldes ao meu mandado de me santificar nas águas diante dos seus olhos. São estas as águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim.”; Dt 32.51” porquanto prevaricastes contra mim no meio dos filhos de Israel, nas águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim, pois me não santificastes no meio dos filhos de Israel.”). O pecado é iniqüidade a Deus, e de nenhum modo glorioso. Deus requer uma obediência explícita desde o começo da Sua operação com os homens. Essa obediência desejada tem o fim de O glorificar. A maldição no jardim do Éden foi declarada por causa do homem não colocar o desejo de Deus em primeiro lugar (Gn 2:17 “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”); (Gn 3:6 “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e 2 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo comeu e deu também ao marido, e ele comeu.”); (Gn 3:14-19 “Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. 15 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. 16 E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará. 17 E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. 18 Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. 19 No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.”);(Gn 3:22-24 “Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. 23 O SENHOR Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. 24 E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.”); A destruição da terra pela água nos dias de Noé foi anunciada sobre todos os homens por eles servirem a carne e, nisso, não glorificaram a Deus (Gn 6.5-7 “Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração; 6 então, se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. 7 Disse o SENHOR: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito.”) (Mt 24:38 “Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,”). A história bíblica mostra o povo de Deus sendo castigado repetidas vezes, um castigo que continua até hoje, por uma razão maior: adorar outros deuses (Jr 44:1-10 “Palavra que veio a Jeremias, acerca de todos os judeus moradores da terra do Egito, em Migdol, em Tafnes, em Mênfis e na terra de Patros, dizendo: 2 Assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de Israel: Vistes todo o mal que fiz cair sobre Jerusalém e sobre todas as cidades de Judá; e eis que hoje são elas uma desolação, e ninguém habita nelas, 3 por causa da maldade que fizeram, para me irarem, indo queimar incenso e servir a outros deuses que eles nunca conheceram, eles, vós e vossos pais 4 Todavia, começando eu de madrugada, lhes enviei os meus servos, os profetas, para lhes dizer: Não façais esta coisa abominável que aborreço. 5 Mas eles não obedeceram, nem inclinaram os ouvidos para se converterem da sua maldade, para não queimarem incenso a outros deuses. 6 Derramou-se, pois, a minha indignação e a minha ira, acenderam-se nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém, que se tornaram em deserto e em assolação, como hoje se vê. 7 Agora, pois, assim diz o SENHOR, Deus dos Exércitos, o Deus de Israel: Por que fazeis vós tão grande mal contra vós mesmos, eliminando homens e mulheres, crianças e aqueles que mamam do meio de Judá, a fim de que não vos fique resto algum? 8 Por que me irritais com as obras de vossas mãos, queimando incenso a outros deuses na terra do Egito, aonde viestes para morar, para que a vós mesmos vos elimineis e para que vos torneis objeto de desprezo e de opróbrio entre todas as nações da terra? 9 Esquecestes já as maldades de vossos pais, as maldades dos reis de Judá, as maldades das suas mulheres, as vossas maldades e as maldades das vossas mulheres, maldades cometidas na terra de Judá e nas ruas de Jerusalém? 10 Não se humilharam até ao dia de hoje, não temeram, não andaram na minha lei nem nos meus estatutos, que pus diante de vós e diante de vossos paIs”). A condição natural do homem é abominável diante de Deus justamente por ele não ter o temor de Deus diante de seus olhos (Rm 3:18 “Não há temor de Deus diante de seus olhos.”). A condenação final do homem ímpio será simplesmente por causa do homem não ter Deus nas suas cogitações (Sl 10:4 “O perverso, na sua soberba, não investiga; que não há Deus são todas as suas cogitações.”), desprezar toda a Sua repreensão (Pv 1:30 “não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão.”) e por não se arrepender para dar glória a Deus (Ap 16:9 “Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se arrependeram para lhe darem glória.”). Foi dado outro tanto de tormento e pranto à Babilônia por causas de glorificar a si mesma (Ap 18:7 “O quanto a si mesma se glorificou e viveu em luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto, porque diz consigo mesma: Estou sentada como rainha. Viúva, não sou. Pranto, nunca hei de ver!”). Deus nunca 3 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo dará a glória devida a Ele a outro (Is 42:8 “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.”). Ao Deus da glória (At 7:2 “Estêvão respondeu: Varões irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a Abraão, nosso pai, quando estava na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã,”), o Pai da glória (Ef 1:17 “para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele,”) é devida toda a glória para todo o sempre (Fp 4:20 “Ora, a nosso Deus e Pai seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!”); (1 Tm 1:17 “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!”). Quando chegamos ao assunto da salvação não podemos modificar o desígnio eterno de Deus. Na doutrina da salvação Deus não está procurando dar uma glória ao homem. O fato de a salvação tratar dos seres humanos e o estado eterno deles, não significa que Deus não deseja receber a glória deste tratamento. A salvação tem o propósito de glorificar eternamente a Deus, e, essa glória na salvação, é por meio de Jesus Cristo para todo o sempre (Rm 16:27 “ao Deus único e sábio seja dada glória, por meio de Jesus Cristo, pelos séculos dos séculos. Amém!”); (2 Co 4:6 “Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.”); (1 Pe 5.10 “Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar.”). No decorrer deste estudo entenderemos melhor como cada fase da salvação exalta Cristo desde a eleição que foi feita em Cristo antes da fundação do mundo (Ef 1.3-4 “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, 4 assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor”) até a santificação que leva os eleitos a serem semelhantes a Cristo (1 Jo 3:2 “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”). Cristo é a semente incorruptível pela qual os salvos são gerados de novo (1Pedro 1.23-25 “pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. 24 Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; 25 a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada.”). Cristo é o caminho sem o qual ninguém vai a Deus (Jo 14.6 “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”). Cristo é a verdade no qual o pecador deve crer para ser salvo (Jo 3.35-36 “O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos. 36 Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”). É a imagem de Cristo na qual os salvos são transformados (Rm 8:29 “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”) e por Cristo os salvos são conservados (Jd 1.1 “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo,”). Os frutos de justiça são por Jesus Cristo, e, por isso, para a glória e louvor de Deus (Fp 1.11 “cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.”). Não existe uma operação sequer na salvação que não glorifique Deus pelo Filho unigênito. Não deve ser segredo, tanto na realização da salvação quanto na condenação dos pecadores, Deus é, e sempre será, eternamente glorificado por Cristo (Jo 5.23 “a fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.”); (Jo 12.48 “Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia.”); (2 Co 2.15-16 “Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. 16 Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas?”); (Fp 2.5-11 “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6 pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; 7 antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, 8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. 9 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, 4 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.”). Existem muitos erros nas crenças de muitas igrejas e de muitos crentes já neste ponto inicial sobre o propósito da salvação. Muitos querem colocar as bênçãos que o homem recebe pela salvação como sendo os objetivos divinos na salvação. Mesmo sendo verdade que a criação nova feita na salvação é maior e mais gloriosa do que a primeira criação relatada em Gênesis; mesmo sendo verdade que a salvação é o livramento de uma condenação horrível; mesmo sendo verdade que pela obra de Cristo na salvação Satanás é vencido e que pela salvação moradas celestiais estão sendo feitas no céu, todas estas verdades são resultados da salvação e não as causas dela. Muitos confundem o eterno lar, o fruto do Espírito Santo, a vida cristã diante do mundo ou a igreja cheia de alegria como os desígnios da salvação. Mas, o estado final da salvação não deve ser confundido com o objetivo dela, nem os efeitos com as causas. Deus não tem propósito de dar a sua glória a outro, inanimado, animado ou mesmo um salvo, mas, somente a Ele (Is 42.8 “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.”). Como em tudo que Deus faz, a salvação centra em Deus e em sua glória e não nos benefícios que o homem recebe. Os efeitos que a salvação produz não são as causas da salvação ter sido programada por Deus. Se, em nosso entendimento desta maravilhosa doutrina da salvação, a ênfase for colocada de qualquer maneira nas bênçãos que o homem recebe e não na glória de Deus, o nosso entendimento é falho neste respeito e devemos buscar as bênçãos de Deus para que Ele nos dê discernimento para adorarmos a Ele como Ele deseja, em espírito e em verdade (Jo 4.24 “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.”). 3. A Causa da Salvação - Deus (Ef 1.13 “em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa;”); (Ap 1;8 “Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.”). A salvação começa com Deus, e isso, “antes da fundação do mundo” (Ef 1.3-4 “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, 4 assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor”); (2 Ts 2:13 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade. Por causa de não existir no princípio um homem sequer, junto com a sua vontade, nem o ministério dos anjos ou a pregação da Palavra de Deus - a salvação começou com o que era no princípio: Deus (Gn 1.1 “No princípio, criou Deus os céus e a terra.”). Deus é o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim (Ap 1.8 “Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.”); (Ap 22.13 “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.”). Deus é a primeira causa de tudo, um conceito reservado para o divino (Rm 11.36 “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”). Porque? “Ó Pai, porque assim te aprouve.” (Lc 10.21 “Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.”). Entendendo a situação deplorável do homem (Gn 6.5 “Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração;”);(Rm 3:10-18 “como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17 desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.”) podemos entender que a fé em Cristo é “obra de Deus” (Jo 6.29 “Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado.”). É necessário lembrar-nos que o assunto deste estudo é a salvação e não a condenação. Os condenados pela justiça santa de Deus só podem culpar a sua própria cegueira espiritual e o amor ao pecado. Nunca podem responsabilizar a Deus pela condenação (Ec 7:29 “Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias.”). Os salvos, de outra maneira, somente têm Deus 5 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo para louvar pela salvação (2 Ts 2.13 “ Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,”). 3.1. O Bom Prazer da Sua Vontade Efés. 1:11 A vontade de Deus é a expressão do prazer de Deus. A vontade de Deus não pode ser diferente da Sua natureza, portanto, ela é soberana (não influenciada pelas forças terceiras), santa (pura, imaculada, inocente), poderosa (Ele pode desejar o que Ele deve) e imutável (nada pode impedi-la ou mudá-la). É a Sua vontade que motiva as Suas ações, faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade (Ef 1.11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,”). Na esfera dos Deuses o verdadeiro Deus se destaca, pois, somente Ele faz tudo o que lhe apraz (Sl 115.3 “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.”). O que foi criado, na terra, nos mares e em todos os abismos, é atribuído a ser criado porque Deus quis, tudo o que o SENHOR quis, fez (Sl 135.6 “Tudo quanto aprouve ao SENHOR, ele o fez, nos céus e na terra, no mar e em todos os abismos.”). A eleição em Cristo que foi programada antes da fundação do mundo e a predestinação para os Seus serem filhos de adoção por Jesus Cristo são tidos como sendo segundo o beneplácito de Sua vontade (Ef 1.4-5 “assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor 5 nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,”); segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes doa tempos dos séculos (2 Tm 1.9 “que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,”). Tudo o que é envolvido no assunto da salvação é segundo a Sua vontade (Tg 1.18 “Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.”). Deve ser notado que o amor e a graça de Deus fazem parte de Deus e conseqüentemente a salvação, mas não serão tratados como causas da salvação em particular, pois podem ser considerados melhor num estudo detalhadamente sobre a própria vontade de Deus. É lógico que a vontade de Deus seja uma causa da salvação, pois a vontade de Deus é uma parte essencial da sua natureza expressando-a e sendo tudo que Deus é. "Falhamos em entender a origem de qualquer coisa quando não voltamos à vontade soberana de Deus" (Pink, The Atonement, p. 22). Se Deus é antes de todas as coisas (Cl 1.17 “Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.”), a sua vontade é também antes de tudo que existe e acontece. Aquilo que sucede e é efetuado no mundo é o que o SENHOR dos Exércitos pensou e determinou (Is 14.24 “Jurou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará.”). Muito além de a Sua vontade ser um tormento, é confortadora. Deus fazendo as Suas obras conforme o bom prazer da Sua vontade conforta o santo na sua tribulação. O servo Jó confiou na vontade de Deus na sua tristeza e foi confortado (Jó 23.13 “Mas, se ele resolveu alguma coisa, quem o pode dissuadir? O que ele deseja, isso fará.”). A mesma vontade que nos salva é aquela que nos garante o aperfeiçoamento da salvação até o momento que estaremos na presença do Salvador no céu (Jo 6.39-40 “E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. 40 De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.”). Tal conhecimento da vontade de Deus traz paz ao salvo. Tudo que Cristo precisava fazer pessoalmente para efetuar a salvação foi em submissão à vontade de Deus (Hb 10.7 “Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade.”); (Mt 26:39 “Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.”). Tudo que os outros fizeram com Jesus durante o Seu tempo na terra, sim, até a traição de Judas, o julgamento injusto e a crucificação vergonhosa foi "pelo determinado conselho" de Deus (At 2.23 “sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificandoo por mãos de iníquos;”). Ninguém fez mais nem menos do que a completa vontade de Deus. Podemos não entender este ponto, mas a verdade revelada pela Palavra de Deus pode ser maior que a nossa capacidade de entendê-la. Devemos acatá-la pela fé (Hb 11.1 “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fato que se não vêem.”); (Hb 11.6 “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.”). 6 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Mesmo que incluamos a vontade de Deus como parte da causa da salvação, devemos frisar que a vontade de Deus não é a própria condenação ou a salvação mas uma parte íntegra de ambas. Há meios que Deus usa para efetuar a Sua vontade e estes meios serão tratados posteriormente. 3.2. A Sua Presciência (1Pe 1:2 “eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas.”) A palavra ‘presciência’ (em grego: prognosIs Usada somente em At 2:23 e I Pedro 1:2) não é idêntica à palavra ‘conhecer’ (em grego: proginosko. Usada em At 26:5; Rm 8:29 “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”; 11:2; I Pedro 1:20 e II Pedro 3:17) mesmo que seja relativa a ela. A palavra ‘presciência’ tem mais do que um mero conhecimento prévio de fato embutido nela. É claro que Deus conhece todas as coisas e todas as pessoas, pois ele é onisciente. Todavia a palavra ‘presciência’ também tem um entendimento de preordenação ou uma preparação prévia (Thayer’s LéxiCO Citado em Simmons, p. 211, Inglês). A presciência de Deus não somente conhece tudo, mas determina tudo em relação à salvação: O nascimento de Cristo (Gl 4.4 “vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,”); a morte de Cristo pelas mãos injustas (At 2.23 “sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos;”); (At 4.28 “para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram;”); as pessoas a serem salvas “os eleitos"(1Pe 1:2 “eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas.”); o envio da mensagem aos eleitos (At 18.10 “porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade.”) e a hora que crêem (At 13.48 “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”). Tudo foi segunda a Sua ordenação explicita que, por sua vez, é segundo à Sua vontade que é eterna (2Ts 2.13-14 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, 14 para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.”); (Rm 9.15-16 “Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.”). É nesse sentido de preordenação, que a salvação é segundo a presciência de Deus. Deus conhece os Seus intimamente com um amor especial e a palavra ‘presciência’ indica isso. A presciência que Deus tem do Seu próprio povo quer dizer Sua complacência peculiar e graciosa para com Seu povo" (Comentário de Jamieson, Fausset, e Brown, citado pelo Simmons, p. 241, Português). Por ter um amor especial, Deus age para com os Seus de maneiras especiais (Dt 7:78 “Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, 8 mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito.”); (Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”); (Rm 9:9-16 “Porque a palavra da promessa é esta: Por esse tempo, virei, e Sara terá um filho. 10 E não ela somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque, nosso pai. 11 E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), 12 já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. 13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú. 14 Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! 15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.”); (1Jo 4:19 “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”). No sentido de preordenação, os eleitos são, especial e intimamente, amados de antemão. É dessa maneira que eles são determinados em I Pedro 1:2 de serem eleitos "segundo a presciência de Deus" (1 Pe 1:2 “eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas.”). Há os que julgam que a vontade eterna de Deus é baseada naquilo que vem livremente do homem: a sua vontade. Isso séria basear a salvação divina no conhecimento anterior que 7 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Deus tem de algumas ações do homem. Se a vontade de Deus é baseada na ação que Deus conhecia de antemão o que um homem faria, é forçoso concluir, que o conhecimento da ação do homem veio antes da própria vontade de Deus. Mas como temos estudado, Deus é antes de todas as coisas, e, em verdade "todas as coisas subsistem por Ele" (Cl 1:17 “Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.”). A salvação do pecador não é baseada na vontade do homem, mas na de Deus (Ef 1:11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,“). O novo nascimento "não vem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (Jo 1:13 “os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”); (Rm 9:16 “Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.”). Por isso, quando consideramos a causa da salvação, tanto a vontade soberana como a presciência de Deus são contempladas. Os eleitos "segundo a presciência" de Deus são os que foram eleitos ‘em’ a presciência de Deus (Simmons, p. 211, Inglês). Os eleitos são chamados não segundo as suas obras, mas, "segundo o Seu próprio propósito e graça" que lhes foi dado em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos (2 Tm 1:9 “que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,”). A presciência, contudo, não anula que o homem tem uma escolha na salvação. Os mandamentos de Deus para com o homem e as promessas de Deus em resposta às ações do homem confirmam que o homem tem responsabilidade pessoal. Todavia, a presciência garante que os eventos preordenados serão feitos, até mesmo pela ação livre do homem. A referencia de At 2:23(At 2:23 “sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos;”) e as múltiplas profecias sobre a vinda, vida, morte, ressurreição de Cristo, a implantação da sua igreja no mundo e os eventos que chamamos ainda de ‘futuros’ são provas que a presciência garanta eventos predeterminados sem anular a ação livre do homem. Aqueles que Deus não conheceu intimamente (Mt 7:23 “Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.”) são os condenados. Devemos frisar que estes não são condenados por não serem especialmente conhecidos antemão por Deus, mas por praticarem a iniqüidade. São eternamente julgados por não buscarem a justiça de Deus pela fé (Rm 9:31-33 “e Israel, que buscava a lei de justiça, não chegou a atingir essa lei. 32 Por quê? Porque não decorreu da fé, e sim como que das obras. Tropeçaram na pedra de tropeço, 33 como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nela crê não será confundido.”). O inferno é para os que "não se importaram de ter conhecimento de Deus" (Rm 1:28 “E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes,”). A Bíblia diz claramente que "o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá" (Pv 1:25-32 “antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão; 26 também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei, 27 em vindo o vosso terror como a tempestade, em vindo a vossa perdição como o redemoinho, quando vos chegar o aperto e a angústia. 28 Então, me invocarão, mas eu não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar. 29 Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do SENHOR; 30 não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão. 31 Portanto, comerão do fruto do seu procedimento e dos seus próprios conselhos se fartarão. 32 Os néscios são mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição.”). Os "obscurecidos de entendimento" são verdadeiramente separados da vida de Deus. Essa separação não é pela eleição, mas, biblicamente, "pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração" (Ef 4:17-19 “Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, 18 obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, 19 os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza.”). Os salvos são recipientes da misericórdia e da graça de Deus segundo a Sua vontade e trazidos ao arrependimento e a fé em Cristo (Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”); (Rm 9:14-15 “Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! 15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão.”); (Ef 2:5-9 “e estando nós mortos em nossos 8 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos, 6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; 7 para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. 8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”). Os salvos têm somente a Deus, Seu amor e a Sua vontade para louvarem eternamente. Os não salvos não são recipientes da misericórdia e da graça especial de Deus e são condenados pelos seus pecados (Rm 6:23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”). Eles somente podem culpar o seu próprio pecado, pois são estes que os separam de Deus (Is 59:1-3 “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. 2 Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça. 3 Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos, de iniqüidade; os vossos lábios falam mentiras, e a vossa língua profere maldade.). Os condenados têm somente a sua incredulidade para os acompanharem pela eternidade (Jo 3:18-19 “Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. 19 O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.”). Devemos lembrar-nos que o propósito da salvação, que já estudamos, não é nem a salvação ou a condenação do homem, mas a própria glória de Deus. Tanto a salvação quanto a condenação operam para este fim (Pv 4:16 “pois não dormem, se não fizerem mal, e foge deles o sono, se não fizerem tropeçar alguém;”). A presciência faz parte da causa da salvação e não da condenação. 3.3. A Soberania de Deus (Ef 1:11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,”) A palavra soberania significa: 1. Qualidade de soberano. 2. Poder ou autoridade suprema de soberano. 3. Autoridade moral, tida como suprema; poder supremo. 4. Propriedade que tem um Estado de ser uma ordem suprema que não deve a sua validade a nenhuma outra ordem superior. 5. O complexo dos poderes que formam uma nação politicamente organizada (Dicionário Aurélio Eletrônico). Quando falamos da soberania de Deus entendemos a qualidade de Deus desejar e fazer o que lhe apraz. É o exercício da Sua supremacia (C. D. Cole, citado em Leaves, Worms ..., p. 120) ou a expressão da sua santa independência. A soberania de Deus deve ser considerada como parte da causa da salvação juntamente com a sua vontade e preordenação. É a vontade soberana que é relacionada com a Sua presciência, e, é o Seu poder soberano que determina que a Sua vontade seja realizada (Is 46:10-11 “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade; 11 que chamo a ave de rapina desde o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei.”), "O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade"; (Is 55:10-11 “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, 11 assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.”), "fará o que me apraz"; (Dn 4:35 “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”); (At 2:23 “sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos;”). Que Deus é tido como soberano é claro pelos versículos seguintes (Jó 23:13 “Mas, se ele resolveu alguma coisa, quem o pode dissuadir? O que ele deseja, isso fará.”); (Sl 115:3 “ No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.”); (Sl 135:6 “Tudo quanto aprouve ao SENHOR, ele o fez, nos céus e a terra, no mar e em todos os abismos.”); (Lm 3:37-38 “Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande? 38 Acaso, não procede do Altíssimo tanto o mal como o bem?”); (Is 14:24 “Jurou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará.”); (Is 45:7 “Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.”); (Is 46:9-10 “ Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; 10 que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda 9 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade;”); (Jo 19:11 “Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem.”); (Rm 11:33-35 “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! 34 Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? 35 Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Logo,”). Deus é soberano na salvação, pois Ele não é obrigado a salvar qualquer das suas criaturas rebeldes. A Sua soberania na salvação é entendida em Rm 9:18, "Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer." (Rm 9:18 “tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz.”). Também (Ef 2:7-11 “para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. 8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie. 10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas. 11 Portanto, lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas,). Deus, pela soberania, faz o Seu povo chegar a Si (Sl 65:4 “Bem-aventurado aquele a quem escolhes e aproximas de ti, para que assista nos teus átrios; ficaremos satisfeitos com a bondade de tua casa—o teu santo templo.”) e isso, voluntariamente (Sl 110:3 “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como o orvalho emergindo da aurora, serão os teus jovens.”). "Deus não é somente soberano, mas também é amor. Soberania isolada pode ser fria e dura. Amor isolado pode ser fraCO Deus não é frio e duro nem fraCO Ele é tanto Todo-Poderoso quanto cheio de amor. A soberania de Deus assegura que tudo que aconteça a nós é para Sua glória e o amor de Deus assegura que tudo que aconteça a nós é para o nosso bem." (Maggie Chandler, Leaves, Worms, Butterflies and T. U. L. I. P. S., p. 70) A soberania de Deus, em relação à causa da salvação junto com a sua vontade e presciência, é um assunto que vai além do entendimento do homem. A soberania de Deus pode ser considerada uma parte daquilo que é encoberto e que pertence somente ao SENHOR. Porém, aquela parte da soberania de Deus, que é revelada pela Palavra de Deus, é para nós e deve ser abordada (Dt 29:29 “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.”). Mesmo assim deve ser estudada, nem tudo revelado nas Escrituras é entendido facilmente. Há coisas para nós inescrutáveis, (Jó 42:3 “Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia.”), insondáveis (Rm 11:33 “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!”) e mais do que podemos contar (Sl 40:5 “São muitas, SENHOR, Deus meu, as maravilhas que tens operado e também os teus desígnios para conosco; ninguém há que se possa igualar contigo. Eu quisera anunciá-los e deles falar, mas são mais do que se pode contar.”). Mesmo que nunca alcancemos os caminhos de Deus ou cheguemos à perfeição do Todo-Poderoso (Jó 11:7 “Porventura, desvendarás os arcanos de Deus ou penetrarás até à perfeição do Todo-Poderoso?”), toda essa glória não deve nos cegar de ter fé no que as Sagradas Escrituras revelam de Deus. O homem pode não entender tudo sobre a Deus junto com a Sua vontade, a Sua presciência e Soberania (Mt 20:13-15 “Mas o proprietário, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não combinaste comigo um denário? 14 Toma o que é teu e vai-te; pois quero dar a este último tanto quanto a ti. 15 Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?”), mas em nenhum instante isso justifica o homem a julgar ou replicar a Deus (Rm 9:14-21 “Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! 15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia. 17 Porque a Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra. 18 Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz. 19 Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade? 20 Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?. Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? 21 Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para 10 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo honra e outro, para desonra?”) e nem ser ignorante do assunto. Se vamos andar da maneira reta diante de Deus, precisaremos andar pela fé nos fatos revelados (Hb 11:1 “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fato que se não vêem.”); (Hb 11:6 “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.”). O assunto da soberania de Deus pede que exercitamos essa fé. A justiça e o amor de Deus são envolvidos na salvação, mas não propriamente como a causa dela. A justiça pede a condenação dos pecados e não a salvação (Gn 2:7 “Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.”); (Ez 18:20 “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.); (Rm 6:23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”). O amor de Deus é o que trouxe Cristo para ser o Salvador (Jo 3:16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”); (Rm 5:6-8 “Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. 7 Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. 8 Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.!), todavia estamos tratando não o ato da salvação mas a sua causa. 4. A Natureza da Salvação O fato de estudarmos a salvação presume que ela existe (Jo 3:19 “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.”). Se ela existe há uma necessidade que faz ela existir. Por ter uma doutrina da salvação é presumida a existência da iniqüidade, que é a quebra de uma lei (1 Jo 3:4 “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.”); (1 Jo 5:17 “Toda injustiça é pecado, e há pecado não para morte.”) "o pecado é iniqüidade.", e a existência de alguém que deu a lei, que é Deus (Jo 15:22 “Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas, agora, não têm desculpa do seu pecado.”); (Jo 15:24 “Se eu não tivesse feito entre eles tais obras, quais nenhum outro fez, pecado não teriam; mas, agora, não somente têm eles visto, mas também odiado, tanto a mim como a meu Pai.”). Tudo o que é pecado (que será estudado posteriormente) e tudo que o pecado causa é desfeito pela salvação. A salvação é uma libertação. A salvação é libertação da culpa e da impiedade do pecado juntamente com suas conseqüências eternas de rebelião contra o governo do Deus Todo-Poderoso (Cole, Definitions, V.II, p. 52). Sem a libertação que a salvação efetua, o pecador seria excluído eternamente da presença de Deus e para sempre exposto à Sua ira (Jo 3:36 “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”). O fato de a salvação ser livre, substitutiva, penal e sacrificial será tratado quando estudamos o preço pago por Cristo na salvação. Por agora entendemos que a salvação é necessária e é uma libertação. 5. Os Necessitados da Salvação No relatório bíblico, somente antes do pecado, é dito que tudo que Deus fez era "muito bom" (Gn 1:31 “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.”) . Depois que o homem desobedeceu à ordem de Deus de não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2:7 “Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.”) e comeu dela (Gn 3:6 “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.”) não se acha mais nada na Bíblia referindo-se ao homem como ‘bom’. Isso mostra o quanto o pecado destruiu, tornando-se universal e total. Que o homem necessita da salvação é claramente evidente pelas noticias dos acontecimentos do homem ao redor do mundo através dos meios de comunicação. Assassinatos, corrupções, ameaças, injustiças, preconceitos, mentiras, roubos, fornicações, desrespeito do seu próximo e do próprio Deus e a poluição verbal e moral são constantes em todos os povos do mundo todos os dias. A Bíblia evidencia a dimensão do pecado no homem claramente (Is 1:4-6 “Ai desta nação pecaminosa, povo carregado de iniqüidade, raça de malignos, filhos corruptores; abandonaram o SENHOR, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás. 5 Por que haveis de ainda ser feridos, visto que continuais em rebeldia? Toda a cabeça 11 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo está doente, e todo o coração, enfermo. 6 Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo.”); (Rm 3:10-18 “10 como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17 desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.”). Essa condição detestável e pecaminosa não é adquirida pelo ambiente ou causada pela falta de oportunidade social ou educacional, mas contrariamente, todo homem é pecador desde o ventre (Gn 8:21 “E o SENHOR aspirou o suave cheiro e disse consigo mesmo: Não tornarei a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque é mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade; nem tornarei a ferir todo vivente, como fiz.”); (Sl 51:5 “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe.”)."; (Sl 58:3 “Desviamse os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras.”); (Is 48:8 “Tu nem as ouviste, nem as conheceste, nem tampouco antecipadamente se te abriram os ouvidos, porque eu sabia que procederias mui perfidamente e eras chamado de transgressor desde o ventre materno.”). OBS: Não é o ato de procriação que causa o pecado, nem é a relação conjugal, dentro dos seus limites bíblicos, pecaminosa, mas pela a procriação ser feita entre pecadores, é gerado o homem pecador. O pecado destruiu totalmente a imagem de Deus no homem que existiu por criação especial, a ponto do homem, universalmente (Rm 3:23 “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,”); (Rm 5:12 “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”), não querer ter nenhum conhecimento de Deus (Jo 5:40 “Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida.”); (Rm 1:28 “E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes,”); (Rm 3:11 “não há quem entenda, não há quem busque a Deus;”); (Rm 3:18 “Não há temor de Deus diante de seus olhos.”). Por isso o homem pecador é "voluntariamente" ignorante da verdade (2 Pe 3:1-6 “Amados, esta é, agora, a segunda epístola que vos escrevo; em ambas, procuro despertar com lembranças a vossa mente esclarecida, 2 para que vos recordeis das palavras que, anteriormente, foram ditas pelos santos profetas, bem como do mandamento do Senhor e Salvador, ensinado pelos vossos apóstolos, 3 tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões 4 e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. 5 Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus, 6 pela qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água. (2 Pedro 3:1-6 RA). A vontade do homem não foi a única parte do homem influenciada pelo pecado, mas a sua capacidade de agradar Deus também foi destruída (Rm 8:8 “Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”); (Jr 13:23 “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal.”). A condição do homem pecador é tão deplorável que ele não pode vir, pelas suas próprias forças, a Cristo (Jo 6:44-45 “44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. 45 Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim.”) e jamais, na carne, pode agradar a Deus (Rm 8:6-8 “6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”). O entendimento do homem foi deturpado a ponto de ser descrito como "obscurecido" de entendimento (Ef 4:18 “obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração,”); (Rm 1:21 “porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.”). Por isso as verdades santas e boas de Deus não são compreendidas pelo homem natural e são, para ele, escandalosas e loucuras (1 Co 1:23 “mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios;”); (1 Co 2:14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de 12 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.”). A responsabilidade da condição pecaminosa do homem é do próprio homem. Ele mesmo busca muitas "astúcias" (Ec 7:29 “Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias.”). Que os homens não são capacitados com desejo nem com poder para o bem é entendido pela denominação "mortos em delitos e pecados" (Ef 2:1 “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,”). Por isso "nenhum homem, pela sua natureza, crê que necessita de Cristo. Ele está cego pelos seus atos morais, suas intenções, sua sinceridade, sua bondade. Ele não vê a impiedade do seu pecado nem que o seu caso é sem esperança" (Don Chandler, citado em Leaves, Worms ..., p. 129). O coração do homem, a fonte da vida (Pv 4:23 “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.”), é tão enganoso que é impossível que o homem conheça a sua própria perversidade (Jr 17:9 “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”). Por isso o homem é completamente "reprovado para toda a boa obra" (Tt 1:16 “No tocante a Deus, professam conhecê-lo; entretanto, o negam por suas obras; é por isso que são abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra.”) fazendo que o homem tenha inimizade contra o próprio Deus, o seu Criador (Rm 8:7 “Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar.”). O pecado reina em todos os membros (físicos, mentais, emocionais, espirituais) do homem (Rm 7:23 “mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.”). A prova que todos os homens são pecadores é dada pelo fato que não há ninguém que obedeça, sem nenhum defeito ou omissão, todos os mandamentos, e, não existe ninguém que poça manterse puro de todo e qualquer pecado em pensamento, palavra, ação em coração e vida. Se o homem fosse tão onisciente quanto Deus, o homem declararia o que o próprio Deus declarou quando olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Deus, na aquela ocasião declarou: "Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um." (Sl 14:2-3 “Do céu olha o SENHOR para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. 3 Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.”) A condição deplorável do pecador não quer dizer que ele não tem uma consciência, nem a possibilidade de exercitar a sua mente e a sua vontade ou determinar ações pelo seu raciocínio. Assim que o pecado apareceu no mundo, a consciência do homem foi ofendida ("conheceram que estavam nus") e, sendo assim, operou segundo a sua própria deplorável determinação e lógica pecaminosa, e, em prova disso, escondeu-se de Deus. Apesar da presença do pecado e toda a sua natureza de destruição no homem, "os olhos" que enxergam a condição da alma (a consciência), não somente existiram, mas eram ativos (Gn 3:7-8 “Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si. 8 Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.”). O Apóstolo Paulo, pela inspiração do Espírito Santo, ensina que os pagãos têm uma consciência ativa causando suas ações ou defendendo-os (Rm 2:14-15 “Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. 15 Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se”,). Veja também Jo 8:9 como um exemplo de que o homem pecador tem uma consciência e é capaz de agir conforme o seu raciocínio (Jo 8:9 “Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava.”). Mesmo que existam tais qualidades (uma consciência viva), a condição deplorável do pecador influi a operação da sua consciência, da sua lógica e da sua vontade a ponto de não buscar a Deus (Rm 3:11 “não há quem entenda, não há quem busque a Deus;”), não amar a luz (Jo 3:19 “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.”) e não compreender as coisas do Espírito de Deus (1 Coríntios 2:14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.”). A consciência existe, mas ela é influenciada pelo que o que o homem é, um pecador. A condição abominável do pecador não ensina que o homem não pode fazer uma escolha livre. O homem pecador pode determinar o que ele quer escolher. Somente pelo fato do homem 13 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo uniformemente preferir a iniqüidade em vez do bem, não quer eliminar o fato que ele tem uma escolha. O homem tem uma escolha sim e ele faz a sua escolha continuamente. Mas devemos frisar que a mera possibilidade de fazer uma escolha não nos ensina, automaticamente, que o homem tem a capacidade necessária de fazer uma escolha santa ou aquilo que agrada a Deus. Todos nós temos a livre escolha de trabalhar e ser milionários, mas essa liberdade não nos faz capazes de escolher o bem. Mesmo possuindo a qualidade da livre escolha, o homem pecador é incapaz de escolher o bem para agradar a Deus, pois a inclinação da sua carne é para a morte (Rm 8.6-8 “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”). O arbítrio do homem, contudo, não é livre. Mesmo que a capacidade do homem escolher seja livre, contudo, o seu arbítrio (Resolução que depende só da vontade, Dicionário Aurélio Eletrônico) é servo da sua vontade, e, portanto, não é livre. O arbítrio do homem faz o que a sua vontade dita. Mas, falando da sua escolha, essa é livre. O homem indo a uma sorveteria tem livre escolha entre os sabores. Essa situação mostra que ele tem livre escolha. Todavia, o homem somente pede o sabor predileto, pois o seu desejo, a sua vontade pessoal leva ele assim a escolher, e, o seu arbítrio, que é servo da sua vontade, pede aquele sabor. Nisso entendemos que a escolha é livre, mas não o arbítrio. A condição depravada do pecador não quer significar que nenhum homem pratica boas obras. Os homens não regenerados são verdadeiramente capazes de fazer religião tanto quanto os fariseus que dizimavam até as mínimas coisas para com Deus (Mt 23:23 “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!”); (Lc 11:42 “Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças e desprezais a justiça e o amor de Deus; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas.”). Todavia, todas as boas obras que o pecador faz é somente para dar "fruto para si mesmo" (Os 10:1 “Israel é vide luxuriante, que dá o fruto; segundo a abundância do seu fruto, assim multiplicou os altares; quanto melhor a terra, tanto mais belas colunas fizeram.”) e não para a glória de Deus. O homem pode se ocupar esforçadamente em guardar os mandamentos, ser sincero para com tudo que é religioso e ser generoso nas obras da caridade (Mc 10:17-20 “E, pondo-se Jesus a caminho, correu um homem ao seu encontro e, ajoelhando-se, perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? 18 Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus. 19 Sabes os mandamentos: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, não defraudarás ninguém, honra a teu pai e tua mãe. 20 Então, ele respondeu: Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude.”), "tudo isso guardei desde a minha mocidade". Todavia, a sua condição depravada faz com que nada disso o torne agradável a Deus (Is 64:6 “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam.”); (Rm 8:7-8 “Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.). A condição terrível de pecador não significa que todos os homens revelam todo o pecado que podem manifestar. Há os que rejeitem Cristo, e, que jejuam duas vezes na semana (Lc 18:12 “jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.”). Há os pecadores que Deus nunca conheceu, mas dizem "Senhor, Senhor!" e profetizam no nome do Senhor Jesus (Mt 7:22 “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?”). Existem os outros pecadores que escarnecem do Santo (Mc 15:29-31 “Os que iam passando, blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ah! Tu que destróis o santuário e, em três dias, o reedificas! 30 Salva-te a ti mesmo, descendo da cruz! 31 De igual modo, os principais sacerdotes com os escribas, escarnecendo, entre si diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se;”) ou são malfeitores (Lc 23:41 “Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez.”). Comparando pecador com pecador alguns parecem mais refinados e outros mais bárbaros. Todavia todo o homem é pecador e qualquer pecado produz a separação eterna da presença de Deus (Ez 18:20 “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.”); (Rm 6:23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida 14 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor); (Tg 2:10 “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos.”). "A manifestação do pecado aumenta à medida que os pensamentos ímpios são guardados, os hábitos imorais são praticados e os ensinamentos da verdade são ignorados" (Rm 1:28 “E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes,”; Boyce, p. 245). A condição detestável e completa do homem pecador também não minimiza a responsabilidade do pecador para com Deus. Todo homem é responsável para com Deus porque a sua incapacidade não veio por uma imposição ou causa divina, mas porquê ele mesmo voluntariamente pecou e trouxe sobre si a condenação divina (Gn 2:17 “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”; Gn 3:6,17 “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. 17 E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida..”). Todo o homem deve ocupar-se em não pecar e deve preocupar-se em agradar o seu Criador e juiz. Essas ocupações são exigidas por sua condição de ser a criatura e por Deus ser o Criador (Ec. 12:13 “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.”). Alguns podem duvidar se somos responsáveis pessoalmente por termos uma natureza pecaminosa vindo de Adão (Rm 5:12 “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”), mas, de fato, somos responsáveis pela expressão dessa natureza (Ez 18:20 “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.”; 1Jo 2:16 “porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.”; 1Jo 3:4 “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.”). A responsabilidade para com Deus é entendida em que não somos forçados a pecar, mas pecamos pela ação da nossa própria vontade (Gn 3:6 “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.”; Gn 3.17 “E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida.”; Jo 5:40 “Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida.”). Não é a incapacidade de obedecer que nos separa de Deus, mas os próprios pecados do homem que fazem a separação dele de Deus (Is 59:1-3 “ Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. 2 Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça. 3 Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos, de iniqüidade; os vossos lábios falam mentiras, e a vossa língua profere maldade.”; Ef 1:18 “iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos”). A incapacidade natural (Rm 3:23 “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,”) e moral (Tt 1:15 “Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas.”) nunca descarta a responsabilidade particular de não pecar. Qual cidadão racional escusa o homicídio culposo pela razão de ser praticado quando bêbedo; ou desculpa um crime por ser praticado por um desequilibrado pela raiva; ou justifica os crimes por serem simplesmente pela paixão, etc.? A bebida, a ira e a paixão podem levar o homem a agir irracionalmente, mas é ele que bebe descontrolado, se ira e deixa-se a ser levado pela paixão. Por isso o homem é responsável pelas suas ações quando nestas condições se encontra. O fato que o homem deve se arrepender (Mt 3:2“Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.”; At 17:30 “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam;”) revela que Deus sabe que o homem é responsável para responder positivamente a Ele. O primeiro homicídio foi castigado (Gn 4:11 “És agora, pois, maldito por sobre a terra, cuja boca se abriu para receber de tuas mãos o sangue de teu irmão.”) como todos os pecados serão (Ap 20:11-15 “Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. 12 Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos 15 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. 13 Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. 14 Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. 15 E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.”), convencendo a todos, com isso, que a expressão do pecado é da responsabilidade daquele que comete tal ação (Ez 18:20 “ A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.”; Rm 3:23 “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,”; Rm 5:12 ”Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”). Não obstante o seu dever de amar a Deus de todo o coração e de se arrepender pelo pecado cometido, o homem natural, desde o primeiro Adão, é tão afetado pelo pecado que não pode fazer, com seu próprio poder, o que ele sabe que deve fazer para agradar a Deus (Rm 8:7 “Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar.; 2Co 2:14 “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento.”). Mas, mesmo sendo incapaz, ele é, completa e universalmente responsável pela obediência da Palavra de Deus em tudo (Ec 12:13, “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.”). A incapacidade do pecador não desqualifica os meios que devem ser empregados tanto pelo pecador para sua salvação quanto pelo salvo em pregar aos perdidos. Tanto o pecador quanto o salvo devem se ocupar em usar todos os recursos que biblicamente têm à mão. A impossibilidade de produzir um resultado não é razão suficiente para ser irresponsável no dever. O fazendeiro jamais pode produzir uma safra qualquer nem fazer a chuva cair na terra ou fazer o sol brilhar. Essa incapacidade não o desqualifica de semear e regar a semente. O mandamento de Deus é que o pecador deva se arrepender e crer (“Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam;” At 17:30). O mandamento de Deus é que o crente ore e pregue (“Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.” Sl 126.6; “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. 19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” Mt 28:18-20). Por serem uma ordem superior, os mandamentos devem ser obedecidos não obstante a condição natural do homem. Os meios têm um fim. Para ceifar é necessário primeiramente semear (“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. 8 Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna. 9 E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. 10 Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé.”Gl 6:7-10). É verdade que Deus dá o crescimento, mas somente depois de semear e de regar (1Cor 3:6). O receber depende do pedir; o encontrar depende do buscar; o abrir vem somente depois de bater (“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.”Mt 7:7). Portanto, os meios devem ser empregados apesar da incapacidade total do pecador ou das fraquezas dos salvos. Os meios são a única maneira de se chegar ao fim esperado. Apenas existe o receber enquanto haja o pedir (Mt 7:7). Paulo pergunta: "como crerão naquele de quem não ouviram?" (“Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!” Rm 10:13-15). Por ter fruto somente depois de semear; por ter a salvação somente depois de crer, os meios bíblicos devem ser empregados, se, se quer ter o fim esperado. Também devemos usar os meios disponíveis por conter a promessa de Deus. Deus promete fruto se a semente for semeada. A promessa de Deus anima o semeador de ter longa paciência na sua esperança de uma safra eventual (“Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas.” Tg 5:7). A promessa diz que eventualmente haverá uma safra (“Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. 6 Quem sai 16 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.” Sl 126:5, 6) e um aumento (“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, 12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, 13 Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, 14 para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. 15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, 16 de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.” Ef 4:11-16). Apesar da incapacidade do homem pecador em crer e da impossibilidade do pregador convencer o pecador dos seus pecados existe a necessidade de empregar zelosamente todos os meios que Deus designou nas Escrituras Sagradas. A incapacidade do homem pecador não deve incentivar a sua demora em vir a Cristo nem deve desculpar a sua desobediência aos mandamentos de Deus. Quanto incapaz o homem de crer, mais ele deve procurar a graça de Deus em misericórdia para crer (“E imediatamente o pai do menino exclamou [com lágrimas]: Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!” Mc 9:24). É fato que o doente preciso do médiCO Quanto mais severa a doença mais urgente o socorro. Se o pecador entender a sua situação deplorável, pode se prostrar diante de Deus clamando pela Sua ajuda pedindo: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!" (“O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” Lc 18:13; “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” Lc 11:13). O mandamento não é de esperar por uma sensação, visão ou qualquer outro sinal. Cristo já foi dado e declarado (“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.”1Cor 3:11). O mandamento de Deus é: "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações" (“pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. 15 Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação.” Hb 3:13,15). Se o salvo entender a sua responsabilidade, o mandamento de Deus é: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.”Mc 16;15), ame a Deus de todo o coração (“Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força.” Mc 12:30) e "crescei na graça e no conhecimento de Cristo" (“antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.” 2Pe 3:18). Quanto mais nos sentirmos fracos em obedecer, mais esforçadamente devemos procurar a Sua graça. É Deus que opera em nós tanto o querer como o efetuar segunda a sua vontade (“porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”Fp 2:13). Isto deve encaminhar-nos a Ele para buscarmos a Sua graça para obedecermos ao Seu mandar. Somente a salvação pela graça capacitará o pecador a entrar no reino de Deus (“A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. 5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3:3,5 ); (“não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus,” 2 Co 3:5). A própria condição deplorável do homem mostra a sua necessidade da salvação. O homem é sem a justiça necessária (“como está escrito: Não há justo, nem um sequer,” Rm 3:10), sem Cristo, separado de Deus, sem nenhuma esperança (“naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.” Ef 2:12 “16 O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17 Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”) e sem esforço (“Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.”Rm 5:6 ); (“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.”Rm 7:18). Ele está com a maldição da lei (“Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as 17 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.” Gl 3:10) e sobre ele permaneça a ira de Deus (“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” Jo 3:36). A condição abominável do homem assegura que ele necessita de salvação, aquela que vem exclusiva e completamente de Deus. Por isso pregamos a salvação somente pela graça. Se o homem tivesse uma mínima condição para ajudar-se, a sua salvação não seria totalmente de graça. A depravação da sua condição totalmente e universalmente pecaminosa estabeleça o fato que a salvação eterna é, em todas as suas partes, divina e inteiramente graciosa (“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.” Ef 2:8,9). Assim Cristo ensinou quando comparou a relação que existe entre Ele e o Seu povo usando a videira e as varas. E ele disse: "sem mim nada podeis fazer." (“permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. 5 Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” Jo 15:4,5). Que Deus abençoe os salvos a pregar tal graça e os pecadores a buscá-la antes que seja tarde demaIs Que a mensagem clara da condição abominável do pecador, da realidade da sua incapacidade de fazer o bem e a verdade que todos são responsáveis diante de Deus incentive todos os pecadores a clamarem pela misericórdia de Deus para o perdão dos seus pecados e pela fé necessária para crerem em Cristo Jesus para a salvação! E, que clamem até conhecerem Cristo pessoalmente. Tal salvação é a sua responsabilidade e necessidade e o encontro de tal salvação é o nosso desejo para com você. 6. A Escolha de Deus na Salvação Não é necessário que todos os crentes crêem tudo o que este estudo apresenta sobre eleição. O autor do estudo é ciente que existem explicações diferentes sobre o tema apresentado mesmo que ele não concorde com todas delas. Mesmo assim, é esperado que o leitor creia algo sobre o assunto. A Bíblia trata desse estudo sem confusão. Muitos alunos da Bíblia crêem que mexer com este assunto de eleição é comprar uma briga, ou entrar em uma briga que é dos outros. Outros ainda ignoram o assunto por inteiro como se fosse uma parte das coisas encobertas de Deus e que Ele não quer que ninguém trate do assunto (“As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.” Dt 29:29). A atitude do autor não é de brigar, nem interferir com as brigas dos outros. Também não é a sua intenção de desvendar algo misterioso que Deus quer deixar encoberto para todo o sempre. O autor simplesmente quer expor o que a Bíblia diz do assunto e, mesmo não entendendo tudo sobre Deus, crer pela fé aquilo revelado divinamente pela Palavra de Deus. Este deve ser o mínimo esperado de um estudo bíblico por qualquer aluno consistente. Devemos lembrar-nos: tudo que está revelado na Bíblia pertencem a nós e a nossos filhos (“As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.” Dt 29:29); (“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” 2Tm 3:16-17 “16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”), "Toda a Escritura é inspirada e proveitosa ...". O simples fato que subsistem salvos entre os espirituais e moralmente incapacitados; que existem vivos entre os mortos em pecados e ofensas; que têm os que querem agradar Deus entre uma multidão de incapacitados que somente procuram concupiscência é prova definitiva que existe uma força maior do que os homens crentes operando para salvá-los. Essa força opera segundo um poder fora do homem. Esse poder opera segundo uma determinação que não pertence ao homem. Temos estudado já que essa determinação é a própria vontade de Deus (“nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,” Ef 1:11). A vontade soberana de Deus é revelada nas Escrituras Sagradas em certos termos. O termo que estipula a ação da eterna vontade de Deus em determinar quem entre todos virão ser salvos é eleição. Como entenderemos pelo estudo, a eleição de Deus é puramente uma terminologia bíblica sem ser uma invenção de nenhum teólogo humano. 6.1 O Significado das Palavras Bíblicas: ‘eleito’ e ‘escolha’ Convém um entendimento da terminologia que Deus usa, pela Bíblia, no tratamento desta 18 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo doutrina. Existe a palavra ‘eleito’ tanto no Antigo Testamento (4 vezes somente: (“Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios.” Is 42:1); (“Por amor do meu servo Jacó e de Israel, meu escolhido, eu te chamei pelo teu nome e te pus o sobrenome, ainda que não me conheces.” Is 45:4); (“Farei sair de Jacó descendência e de Judá, um herdeiro que possua os meus montes; e os meus eleitos herdarão a terra e os meus servos habitarão nela.” Is 65:9); (“Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque a longevidade do meu povo será como a da árvore, e os meus eleitos desfrutarão de todo as obras das suas próprias mãos.” Is 65:22)) e no Novo Testamento (27 vezes junto com as suas variações: eleição, eleito). Não obstante onde a palavra ‘eleito’ é usada, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento, a palavra ‘eleito’ significa a mesma coisa: escolhido, um preferido, eleito - por Deus (Strong’s, Online Bible). Às vezes, essa palavra hebraica traduzida na maioria dos casos por ‘eleito’ em português é também traduzida, em português, umas quatro vezes, por ‘escolhido’ (“vós, descendentes de Israel, seu servo, vós, filhos de Jacó, seus escolhidos.” 1 Cr 16:13); (“Fiz aliança com o meu escolhido e jurei a Davi, meu servo:” (Sl 89:3); (“vós, descendentes de Abraão, seu servo, vós, filhos de Jacó, seus escolhidos.” Sl 105:6); (“Tê-los-ia exterminado, como dissera, se Moisés, seu escolhido, não se houvesse interposto, impedindo que sua cólera os destruísse.” Sl 106:23). A palavra em grego traduzida por ‘eleito’ no Novo Testamento é também traduzida por ‘escolhido’, com as suas variações, não menos que trinta vezes (“Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos [porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos].” Mt 20:16 ); (“Não tivesse o Senhor abreviado aqueles dias, e ninguém se salvaria; mas, por causa dos eleitos que ele escolheu, abreviou tais dias.” (Mc 13:20), "eleitos que escolheu"; (“Não falo a respeito de todos vós, pois eu conheço aqueles que escolhi; é, antes, para que se cumpra a Escritura: Aquele que come do meu pão levantou contra mim seu calcanhar.” Jo 13:18); (“pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes;” 1Co 1:27); (“assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” Ef 1:4; etc...). Somente por um olhar no significado desta palavra ‘eleito’, como ela é usada pelas Escrituras Sagradas, podemos entender que a eleição é uma escolha, uma escolha feita por Deus. A palavra ‘eleito’ em português significa como adjetivo: 1. Escolhido, preferido. Como substantivo significa: Indivíduo eleito (Dicionário Aurélio Eletrônico). A própria palavra ‘eleição’ significa em português: 1. Ato de eleger; escolha, opção (Dicionário Aurélio Eletrônico). Como é claro pelo estudo das palavras usadas biblicamente para explicar a determinação de Deus, tanto em Hebraico, em grego ou em português as palavras ‘eleito’ e ‘escolha’, junto com as suas variações, significam a mesma coisa, ou seja, uma escolha de preferência. 6.2 A Natureza da Eleição Desde que a Bíblia trata dessa escolha abertamente, não temos que chegar a uma vaga conclusão deduzida por abstrato, emoções, preferências ideológicas ou mera simbologia. Essa escolha é descrita pela Bíblia. Por ser descrita biblicamente não é necessário ter dúvidas sobre a natureza da eleição. 6.2.1 A eleição: Origina-se com Deus É claramente estipulada biblicamente que a eleição origina-se com Deus. Os que crêem em Cristo são feitos filhos de Deus e salvos, mas não são feitos eleitos pela fé. Este nascimento não é, como origem, do sangue ou da carne (do homem), mas de Deus (“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; 13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” Jo 1:12-13“12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; 13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.); (“Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.”Rm 9:16), que é Espírito (“Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” Jo 4:24). Estes que querem vir a Deus e crer em Cristo vêm e crêem por serem dados a Cristo pelo Pai em primeira instancia antes da existência do homem (“Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.” Jo 6:37); (“assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” Ef 1:4). Pelo fato de serem dados a Cristo pelo Pai temos uma prova clara que existia a determinação primeiramente e essa determinação de Deus é a origem de qualquer 19 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo ação positiva feita pelo homem para com Deus. Essa determinação não foi de homem, mas de Deus (“Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.” Jo 6:37). Pela eleição ser motivada primeiramente por Deus, Cristo pôde declarar: Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós (“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” Jo 15:16); (“Nós amamos porque ele nos amou primeiro.” 1Jo 4:19). Realmente, se marcássemos através da Bíblia cada um dos casos que Deus age soberanamente com o homem, cada uma das declarações que determinam que a eleição e os seus frutos são de Deus e cada ilustração, parábola, etc. que mostra que a eleição é a operação usual de Deus, entenderemos que quase todos os livros da Bíblia atestam que a eleição é de Deus pela Sua graça. Considerando os fatos já estudados sobre “Os Necessitados da Salvação”, o homem não pôde ajudar a Deus nessa escolha, pois, o homem, é incapaz de fazer qualquer coisa boa e realmente apenas maquina pensamentos maus continuamente(“Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração;” Gn 6:5); (“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” Jr 17:9); (“Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal.” Jr 13:23); (“pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,” Rm 3:23). Pela razão da eleição vir primeiramente de Deus, os cristãos têm forte razão de adorar e louvar a Deus eternamente. É isto que o Apóstolo Paulo enfatiza na sua carta aos Efésios (“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, 4 assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” Ef 1:3-4). 6.2.2 A eleição é: Incondicional A natureza dessa escolha é descrita pela Bíblia também como sendo incondicional. Isso não quer dizer que a salvação não tem condições, pois as tem (e todas elas são preenchidas pelo sangue de Cristo, (“Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo.” Ef 2:13); (“mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, 20 conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós”1Pe 1:19,20), mas, não estamos tratando agora o preço pago na salvação, mas da escolha que Deus fez para a salvação. Dizendo que a eleição é incondicional queremos entender que aquela escolha que Deus fez antes da fundação do mundo (“ assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” Ef 1:4), não foi baseada em algo que existia anterior ou poderia existir posteriormente no homem. Isto é, não há nada que se originou no homem que poderia ser interpretada como sendo uma condição que induziu Deus primeiramente o preferir. A condição da eleição não foi um conhecimento divino de que o homem aceitaria a salvação se ela fosse apresentada a ele. Lembramo-nos do nosso estudo anterior sobre a condição dos necessitados da salvação, que, no homem, não existe nenhuma coisa boa (“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.” Rm 7:18); (“Acaso, é a mim que eles provocam à ira, diz o SENHOR, e não, antes, a si mesmos, para a sua própria vergonha?”Jr 7:19); (“Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal.” Jr 13:23), e, não habitando nada bom nele, há nada para atrair a atenção salvadora de Deus a ele nem algo que lhe dava uma predisposição a escolher o que era bom. A condição da escolha primária não foi do homem, mas, Deus escolheu o homem "para a si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade" (“nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, 9 desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, 11 nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,” Ef 1:5 “nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade”, 9,11). A condição da determinação primária de Deus foi pelo querer de Deus e não por nenhuma justiça real ou provável que o homem poderia ter, intentar ou desenvolver (I(“Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam.” Is 64:6). Se o homem tivesse qualquer condição favorável que o destacasse diante do favor de Deus, aquela condição faria Deus ser obrigado a conceder-lhe a salvação. Isso faria a salvação 20 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo ser pelas obras ou pelas condições humanas e não segundo a graça; o beneplácito da vontade divina. A eleição, tanto quanto a salvação, é puramente pela graça: um favor divino desmerecido e imerecido pelo homem (“Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça. 6 E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.”;Rm 11.5-6); (“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.” Ef 2:8-9). Foi uma escolha puramente divina e graciosa em salvar um homem que não tinha nenhuma condição boa para apresentar diante de Deus como um mínimo mérito qualquer. Deus preferiu um pecador particular para receber a Sua graça somente porque quis (“Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.”Rm 9:15-16). Somente entendendo tudo sobre a vontade de Deus, algo que não podemos nunca atingir, entenderemos por completo por que Deus escolheria um homem tão depravado que não possuía nenhuma capacidade, e, portanto, nenhuma condição, para atrair-lhe a Deus. Mas, de fato, conforme a Bíblia, é isto que Deus fez. A escolha de Deus de Israel revela essa atitude (“Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos,”Dt 7:7) e a escolha de Deus para a salvação é da mesma natureza (“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; 13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”); (“Não há temor de Deus diante de seus olhos. 19 Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, 20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. 21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; 22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção, 23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,” Rm 3:18-23); (“Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão.16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.”Rm 9:15-16). Devemos resumir esta parte da natureza de eleição como Jesus resumiu-a: (“Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.” Mt 11:26). 6.2.3 A eleição é: Pessoal e individual A escolha de Deus também é descrita biblicamente como sendo pessoal e individual (“Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecerme-ei de quem me aprouver ter compaixão.” Rm 9:15). Quando dizemos que a natureza da escolha de Deus é pessoal queremos entender que a eleição de Deus foi por pessoas individualmente conhecidas por Ele antes da fundação do mundo (“assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” Ef 1:4). A eleição para salvação é para indivíduos, mas não é pelas ações destes indivíduos. Esse fato podemos entender pelos próprios pronomes usados concernente à eleição. Pela Bíblia encontramos pessoas chamadas segundo o propósito de Deus (“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Rm 8:28). Essas mesmas pessoas, e não a suas ações, são dadas como sendo dantes conhecidas e predestinadas por Deus (“Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”Rm 8:29). Em Rm 9:10-16 temos até o nome citado de um homem que Deus escolheu antes deste ter nascido ou de fazer bem ou mal, mas, "para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme"(“E não ela somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque, nosso pai. 11 E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), 12 já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. 13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú. 14 Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! 15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.” Rm 9:10-16). Falando de Israel, como uma nação, Deus confortava o Seu povo afirmando que Ele os amava com um amor eterno. Foi pelo amor eterno, e não por uma ação futura deste povo, que motivou "com benignidade" de os atrair (“De longe se me deixou ver o SENHOR, 21 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”Jr 31:3). É pela ordenação de Deus que os salvos chegam a crer (“Os gentios, ouvindo isto, regozijavamse e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.” At 13:48) e não vice-versa, ou seja, não foram ordenados à salvação por terem crido. A ordenação divina foi primeiro. A fé salvadora veio depois, e, por causa da ordenação. Por isso podemos enfatizar que os salvos são pessoalmente e individualmente conhecidos por Deus, de uma maneira especial de todos que foram criados por Ele, antes da fundação do mundo (“assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” Ef 1:4); (“na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos” Tt 1:2). Paulo, em carta aos Tessalonicenses, diz que a eleição pessoal e eterna é motivo dos salvos darem graças a Deus (“Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,” 2Ts 2:13). O fato de a eleição pessoal e individual ser um motivo de gratidão por alguns, podemos entender que a eleição é pela graça, e, assim sendo, não é, de maneira nenhuma, um direito dos pecadores nem uma obrigação na parte de Deus. Ainda que a eleição pessoal seja estipulada pelas Escrituras Sagradas, ela pode parecer estranha à nossa concepção das coisas pela nossa mente finita. Mesmo assim, devemos crer nessa doutrina da mesma forma que Deus a explicou: "compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia" (“Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão.” Rm 9:15). Se a aceitação dessa verdade necessita uma fé maior em Deus, nisso Deus é agradado (“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.”Hebreus 11:6) e adorado como convém (“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. 24 Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” Jo 4:23, 24). 6.2.4 A eleição é: Particular e preferencial A escolha de Deus, por ser pessoal e individual, pode ser determinada também como sendo particular e preferencial. Isso quer dizer que entre todos os condenados, Deus, em amor, particularmente, escolheu alguns para receber as bênçãos da Salvação. Podemos entender essa particularidade examinando alguns casos de escolha que Deus fez e que são relatados pela Bíblia nos dando uma prova divina e segura que a eleição particular e preferencial é bíblica: † Antes do dilúvio, a maldade se multiplicara ao ponto que toda a imaginação dos pensamentos dos homens era só má continuamente. Todavia, um destes homens achou graça aos olhos de Deus. Lembramo-nos que este homem não merecia este favor de Deus, ou melhor, que ele era igual aos homens corruptos. Se este agraciado merecesse o favor que Deus mostrou, não seria mais graça da parte de Deus e sim uma obrigação (“E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.” Rm 11:6). Mas, entre todos os corruptos, uma escolha diferenciada foi feita para transformar este homem, Noé, e a sua família, em vasos de benção (“Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração; 6 então, se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. 7 Disse o SENHOR: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito. 8 Porém Noé achou graça diante do SENHOR.” Gn 6:5-8 RA). † Entre os três filhos de Noé, Sem foi escolhido para estar na linhagem de Cristo e não o filho Jafé que era o mais velho. Porque esta distinção foi feita? (“E ajuntou: Bendito seja o SENHOR, Deus de Sem; e Canaã lhe seja servo.” Gn 9:26); (“Salá, filho de Cainã, Cainã, filho de Arfaxade, Arfaxade, filho de Sem, este, filho de Noé, filho de Lameque;” Lc 3:36) † Abraão foi escolhido em vez de Naor ou Harã para ser o pai das nações (“Viveu Tera setenta anos e gerou a Abrão, a Naor e a Harã. 27 São estas as gerações de Tera. Tera gerou a Abrão, a Naor e a Harã; e Harã gerou a Ló. 28 Morreu Harã na terra de seu nascimento, em Ur dos caldeus, estando Tera, seu pai, ainda vivo. 29 Abrão e Naor tomaram para si mulheres; a de Abrão chamava-se Sarai, a de Naor, Milca, filha de Harã, que foi pai de Milca e de Iscá. 30 Sarai era estéril, não tinha filhos. 31 Tomou Tera a Abrão, seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai, sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; foram até Harã, onde ficaram. 32 E, havendo Tera vivido duzentos e cinco anos ao todo, morreu em Harã. 9.1 Ora, 22 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; 2 de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! 3 Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra. 4 Partiu, pois, Abrão, como lho ordenara o SENHOR, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã. 5 Levou Abrão consigo a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as pessoas que lhes acresceram em Harã. Partiram para a terra de Canaã; e lá chegaram. 6 Atravessou Abrão a terra até Siquém, até ao carvalho de Moré. Nesse tempo os cananeus habitavam essa terra. 7 Apareceu o SENHOR a Abrão e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abrão um altar ao SENHOR, que lhe aparecera. 8 Passando dali para o monte ao oriente de Betel, armou a sua tenda, ficando Betel ao ocidente e Ai ao oriente; ali edificou um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR. 9 Depois, seguiu Abrão dali, indo sempre para o Neguebe.” Gn 11:26-12:9). Será que Abraão merecia essa preferência? Não, Abraão, junto com os da sua família, servia outros deuses, fazendo ele coisa tão abominável quanto os demais (“Então, Josué disse a todo o povo: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Antigamente, vossos pais, Tera, pai de Abraão e de Naor, habitaram dalém do Eufrates e serviram a outros deuses.” Js 24:2). Todavia, uma distinção foi feita e foi Deus quem fez. Entre todos os povos, entre quais ninguém merecia tal atenção de Deus, um teve a preferência de Deus (“Porque tu és povo santo ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra.” Dt 7:6). † Jacó, o enganador, foi escolhido a conhecer o arrependimento em vez do seu irmão Esaú que não era um enganador (“nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. 17 Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.” Hb 12:16-17); (“E não ela somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque, nosso pai. 11 E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), 12 já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. 13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú. 14 Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! 15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.” Rm 9:10-16). Se fossemos nós que escolhêssemos, e, especialmente se soubéssemos o futuro, não escolheríamos dar benção nenhuma a um homem enganador como Jacó. Todavia, Jacó foi escolhido pela eleição, antes mesmo de ter nascido e feito bem ou mal (“Pois o SENHOR escolheu para si a Jacó e a Israel, para sua possessão.” Sl 135:4). † Efraim foi abençoado no lugar de Manassés ainda que não tivesse esse direito (“Vendo José que seu pai pusera a mão direita sobre a cabeça de Efraim, foi-lhe isto desagradável, e tomou a mão de seu pai para mudar da cabeça de Efraim para a cabeça de Manassés. 18 E disse José a seu pai: Não assim, meu pai, pois o primogênito é este; põe a mão direita sobre a cabeça dele. 19 Mas seu pai o recusou e disse: Eu sei, meu filho, eu o sei; ele também será um povo, também ele será grande; contudo, o seu irmão menor será maior do que ele, e a sua descendência será uma multidão de nações. 20 Assim, os abençoou naquele dia, declarando: Por vós Israel abençoará, dizendo: Deus te faça como a Efraim e como a Manassés. E pôs o nome de Efraim adiante do de Manassés.” Gn 48:17-20). Porque essa diferenciação foi feita? † José, o 11º filho, recebeu uma porção dupla na benção (“Dou-te, de mais que a teus irmãos, um declive montanhoso, o qual tomei da mão dos amorreus com a minha espada e com o meu arCO” Gn 48:22). Porque não foi o filho mais velho que recebera tal benção? Que foi uma preferência é claro. † O patriarca Moisés (“Foi-se um homem da casa de Levi e casou com uma descendente de Levi. 2 E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que era formoso, escondeu-o por três meses. 3 Não podendo, porém, escondê-lo por mais tempo, tomou um cesto de junco, calafetou-o com betume e piche e, pondo nele o menino, largou-o no carriçal à beira do rio. 4 A irmã do menino ficou de longe, para observar o que lhe haveria de suceder. 5 Desceu a filha de Faraó para se banhar no rio, e as suas donzelas passeavam pela beira do rio; vendo ela o cesto no carriçal, enviou a sua criada e o tomou. 6 Abrindo-o, viu a criança; e eis que o menino chorava. Teve compaixão dele e disse: Este é menino dos hebreus. 7 Então, disse sua irmã à filha de Faraó: Queres que eu vá 23 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo chamar uma das hebréias que sirva de ama e te crie a criança? 8 Respondeu-lhe a filha de Faraó: Vai. Saiu, pois, a moça e chamou a mãe do menino. 9 Então, lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino e cria-mo; pagar-te-ei o teu salário. A mulher tomou o menino e o criou. 10 Sendo o menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, da qual passou ele a ser filho. Esta lhe chamou Moisés e disse: Porque das águas o tirei. Êx 2:110), o salmista Davi (“Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido. 7 Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração. 8 Então, chamou Jessé a Abinadabe e o fez passar diante de Samuel, o qual disse: Nem a este escolheu o SENHOR. 9 Então, Jessé fez passar a Samá, porém Samuel disse: Tampouco a este escolheu o SENHOR. 10 Assim, fez passar Jessé os seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O SENHOR não escolheu estes. 11 Perguntou Samuel a Jessé: Acabaram-se os teus filhos? Ele respondeu: Ainda falta o mais moço, que está apascentando as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Manda chamá-lo, pois não nos assentaremos à mesa sem que ele venha. 12 Então, mandou chamá-lo e fê-lo entrar. Era ele ruivo, de belos olhos e boa aparência. Disse o SENHOR: Levanta-te e unge-o, pois este é ele.” 1Sm 16:6-12), o desobediente Jonas (“Jonas se dispôs, mas para fugir da presença do SENHOR, para Társis; e, tendo descido a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e embarcou nele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do SENHOR.” Jn 1:3) e outros também podiam ser citados como aqueles com os quais Deus fez uma escolha particular e preferencial entre outros de igual caráter e situação de vida. † A escolha preferencial poderia ser entendida até pela consideração dos que não foram escolhidas desde a fundação do mundo "cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo" (“a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá.” Ap 17:8). † Há outra razão, além da preferência ou discriminação de Deus, que causou o Evangelho de Cristo de ir eventualmente para Europa em vez de ir para Ásia? (“E, percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, 7 defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu. 8 E, tendo contornado Mísia, desceram a Trôade. 9 À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos. 10 Assim que teve a visão, imediatamente, procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho.” At 16:6-10). Porventura os da Europa tinham mais fé do que os da Ásia? † Alguns dos anjos, de todos os que foram criados, foram eleitos para não cair (“Conjuro-te, perante Deus, e Cristo Jesus, e os anjos eleitos, que guardes estes conselhos, sem prevenção, nada fazendo com parcialidade.” 1Tm 5:21); (“e a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia;”Jd 1:6). Porque essa discriminação? † Existe Salvação para o homem pecador, mas não para os anjos que caíram. O homem é um ser menor do que os anjos (“antes, alguém, em certo lugar, deu pleno testemunho, dizendo: Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites? 7 Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste [e o constituíste sobre as obras das tuas mãos].” Hb 2:6-7), e sendo assim, logicamente teria menos preferência. Mas, é evidente que uma distinção foi feita soberanamente entre todos os seres criados que pecaram e ela foi feita para o bem do homem. Como temos examinado pelos casos citados, essa distinção é puramente pela determinação divina e não pelo valor que qualquer um dos escolhidos tinham, ou teriam. Nenhum dos homens, naturalmente, tinha entendimento ou buscou a Deus primeiramente (“Do céu olha o SENHOR para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. 3 Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.” Sl 14:2-3). A escolha particular de uns sobre outros, entre os quais nenhum merecia uma discriminação favorável, revela que a eleição é particular, preferencial e graciosa. Pode ser que seja difícil para a mente humana entender por completo esse fato, mas a dificuldade para o homem o entender não determina que o fato seja menos um característico de Deus ou uma verdade menos revelada pela Palavra de Deus. Não seriamos os primeiros que duvidaram da 24 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo retidão dessa escolha de Deus (“Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo: Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido. 7 Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração.” 1Sm 16:6-7). Somente devemos ter o cuidado de não julgar Deus de injustiça (“Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum!” Rm 9:14). Finalmente, é necessário que a lógica do homem submeta-se à soberania de Deus e deixe-O fazer o que Ele quer com o que é dEle (“Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom? 16 Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos [porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos].” Mt 20:15-16). Examinando os exemplos das escolhas preferenciais pela Bíblia podemos entender melhor as verdades sobre a causa da Salvação anteriormente abordadas neste estudo. Pela natureza da eleição originando-se principalmente de Deus percebemos o que estudamos em primeiro lugar: Deus é a primeira causa da Salvação. Pela natureza da eleição, uma doutrina bíblica, sendo pessoal e individual, podemos ter uma idéia clara da presciência de Deus, pois a eleição é baseada em quem Ele conhece e não nas ações do pecador. Pela natureza da eleição sendo particular e preferencial podemos compreender a causa da Salvação sendo pela soberania de Deus, pois ninguém merecia ser preferido à Salvação. 6.2.5 A eleição é: Graciosa A natureza da eleição que Deus faz é também descrita biblicamente como sendo graciosa. A definição da palavra graça em português é: 1. Favor dispensado ou recebido; mercê, benefício, dádiva. 2. Benevolência, estima, boa vontade (Dicionário Aurélio Eletrônico). Em grego, a palavra ‘graça’ significa: a influência divina no coração e a sua evidência na vida (#5485, Strongs). Não é novidade que os ‘evangélicos’ crêem que a Salvação é pela graça. Muitas pessoas que freqüentam igrejas ‘evangélicas’ podem citar Ef 2:8,9 que diz: (“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”). Todavia, é novidade para muitos que a própria eleição para a Salvação, aquela ação de Deus que precede a própria escolha do homem no processo de Salvação, também é pela graça. Muitas pensam que Deus foi influenciado na sua escolha por algo que o homem fez, faz ou faria. A verdade é que a eleição para a Salvação não é baseada em nenhuma obra boa prevista do homem (pois no homem não habita bem algum, (“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuálo.” Rm 7:18); (“Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem. 2 Do céu olha o SENHOR para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus.” Sl 14:1-2); (“pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,” Rm 3:23). A escolha de Deus do pecador para a Salvação é somente pelo favor desmerecido e imerecido de Deus. Deus olhou pelos séculos sobre todos os condenados, e, em amor e graça, entre todos que não O procuravam, Ele colocou a sua influência divina em alguns (“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.”Jo 15:16); (“Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”1Jo 4:19), Deus não viu nada naturalmente mais atrativo ou bom nos que Ele escolheu do que nos que Ele não escolheu. Verificando, pela Bíblia, o testemunho dos Salvos, ninguém louva a sua própria fé, sua decisão inicial para Cristo, sua oração eficaz, sua intenção espiritual ou outra obra humana ou espiritual. O testemunho bíblico diz como Paulo, "Mas pela graça sou o que sou" (“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.” 1Co 15:10 RA). Se a eleição fosse baseada na mínima ação que o homem fez, faz ou faria, a eleição não podia ser determinada uma "eleição da graça" (“Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça.” Rm 11:5) mas uma eleição "segundo a dívida" (“Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida.” Rm 4:4). 6.2.6 A eleição é: Justa A natureza da eleição que Deus faz é descrita biblicamente como sendo justa. O apóstolo Paulo declarou, pela inspiração divina, que a eleição não é injusta (“Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum!” Rm 9:14). A eleição é entendida como sendo justa em que Deus não deve nenhuma ação positiva de nenhum homem. Uns querem dar o entender que Deus, no mínimo, deve uma “chance” para todos os homens. Todavia, quando considera a 25 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo condição terrível do homem pecador, uma “chance” não é que o homem pecador precisa. Ele precisa uma ação positiva, regeneradora e graciosa na parte de Deus para ser Salvo. Uma “chance”, sem a plena capacidade em nada ajudaria os que são mortos em pecados. É pela eleição, sem nenhuma obrigação pesando sobre Deus para que Ele escolhesse quem Ele quer influenciar com a Sua operação regeneradora. Deus dá vida (não uma “chance”). A Salvação vem pelos meios divinos para com estes que Ele escolheu para que tenham a Salvação. E quem está reclamando disso? (Rm 9:19 “Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade?”) Deve ser considerado também que Deus tem direito e não uma obrigação para com os homens. Deus é o Criador, o homem é a criatura (Gn 1:27 “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”); (Gn 2:7 “Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.”). Deus é tido como o oleiro e o homem como o barro (Rm 9:21-24 “Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra? 22 Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, 23 a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, 24 os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?”). Se Deus usa o Seu direito de fazer o que Ele quer segundo o beneplácito da sua boa vontade, e escolhe alguns para conhecer as riquezas da Sua gloria, entre todos que somente mereciam a Sua ira, quem pode achar injustiça nisso? 6.2.7 A Eleição e a Proibição de Fazer Acepção de Pessoas Uma das dificuldades em entender a eleição são as numerosas (no mínimo 17) citações na Bíblia que toca no assunto que Deus não faz acepção de pessoas e/ou as instruções que nós não devemos fazer acepção de pessoas (Lv 19:15 “Não farás injustiça no juízo, nem favorecendo o pobre, nem comprazendo ao grande; com justiça julgarás o teu próximo.”); (Dt 1:17 “Não sereis parciais no juízo, ouvireis tanto o pequeno como o grande; não temereis a face de ninguém, porque o juízo é de Deus; porém a causa que vos for demasiadamente difícil fareis vir a mim, e eu a ouvirei.”); (Dt 10:17 “Pois o Senhor, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno;”); (Dt 16:19 “Não torcerás a justiça, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno; porquanto o suborno cega os olhos dos sábios e subverte a causa dos justos.”); (2Cr 19:7 “Agora, pois, seja o temor do SENHOR convosco; tomai cuidado e fazei-o, porque não há no SENHOR, nosso Deus, injustiça, nem parcialidade, nem aceita ele suborno.”); (Jó 34:19 “Quanto menos àquele que não faz acepção das pessoas de príncipes, nem estima ao rico mais do que ao pobre; porque todos são obra de suas mãos.”); (Pv 24:23 “São também estes provérbios dos sábios. Parcialidade no julgar não é bom.”); (Pv 28:21 ”Parcialidade não é bom, porque até por um bocado de pão o homem prevaricará.”); (Mt 22:16 “E enviaram-lhe discípulos, juntamente com os herodianos, para dizer-lhe: Mestre, sabemos que és verdadeiro e que ensinas o caminho de Deus, de acordo com a verdade, sem te importares com quem quer que seja, porque não olhas a aparência dos homens.”); (At 10:34 “Então, falou Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas;”); (Rm 2:11 “Porque para com Deus não há acepção de pessoas.”); (Gl 2:6 “E, quanto àqueles que pareciam ser de maior influência (quais tenham sido, outrora, não me interessa; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que me pareciam ser alguma coisa nada me acrescentaram;”); (Ef 6:9 “E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas.”); (Cl 3:25 “pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas.”); (Tg 2:1 “Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.”); (Tg 2:9 “se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo argüidos pela lei como transgressores.”); (1Pedro 1:17 “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação,”). Uma escolha diferenciada claramente mostra uma preferência, mas também é clara a verdade bíblica: “Ter preferência por pessoas no julgamento não é bom” (Pv 24:23 “São também estes provérbios dos sábios. Parcialidade no julgar não é bom.”). Mas é verdade tão bíblica que uma escolha pessoal, individual, particular ou preferencial, em misericórdia e graça, não fere de maneira alguma a verdade que Deus não faz acepção de pessoas. Não há nenhuma ofensa a este princípio de justiça, 26 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo pois a acepção de pessoas refere-se não ao exercício de misericórdia e amor, mas, ao exercício do julgamento e dando o que é justo. A eleição não é, de jeito nenhum, o exercício da justiça ou do julgamento de Deus. A eleição é o exercício do amor e da graça de Deus (Dt 7:7 “Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos,”); (Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”). A frase “porque não há no SENHOR nosso Deus, injustiça, nem parcialidade (acepção de pessoas)” (2Cr 19:7 “Agora, pois, seja o temor do SENHOR convosco; tomai cuidado e fazei-o, porque não há no SENHOR, nosso Deus, injustiça, nem parcialidade, nem aceita ele suborno.”) é referente ao desempenho de julgamento e não se refere à aplicação preferencial do Seu amor e graça. A ordem de não fazer acepção de pessoas é muitas vezes o conselho dado como aviso importante aos juízes de Israel para que julguem com consciência e honestidade (2Cr 19:7 “Agora, pois, seja o temor do SENHOR convosco; tomai cuidado e fazei-o, porque não há no SENHOR, nosso Deus, injustiça, nem parcialidade, nem aceita ele suborno.”); (Dt 1:17 “Não sereis parciais no juízo, ouvireis tanto o pequeno como o grande; não temereis a face de ninguém, porque o juízo é de Deus; porém a causa que vos for demasiadamente difícil fareis vir a mim, e eu a ouvirei.”); (Dt 16:19 “Não torcerás a justiça, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno; porquanto o suborno cega os olhos dos sábios e subverte a causa dos justos.”); (2Cr 19:7 “Agora, pois, seja o temor do SENHOR convosco; tomai cuidado e fazei-o, porque não há no SENHOR, nosso Deus, injustiça, nem parcialidade, nem aceita ele suborno.”). As referências bíblicas que falam que não há acepção de pessoas para com Deus associam-se, na sua plena maioridade, com o assunto de julgamento, por exemplo: (Lv 19:15 “Não farás injustiça no juízo, nem favorecendo o pobre, nem comprazendo ao grande; com justiça julgarás o teu próximo.”); (Rm 2:10-12 “glória, porém, e honra, e paz a todo aquele que pratica o bem, ao judeu primeiro e também ao grego. 11 Porque para com Deus não há acepção de pessoas. 12 Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram mediante lei serão julgados.”); (Ef 6:9 “E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas.”); (Cl 3:25 “pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas. RA); (1Pe 1:17 “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação,”). Existem poucas referências que mencionam “aceitação de pessoas” em ambiente outro do que de julgamento (At 10:34 “Então, falou Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas;”); (Tg 2:1 ”Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.”). Essas passagens ensinam que não devemos fazer distinção entre todos os que igualmente merecem um tratamento positivo. Não devemos praticar uma preferência entre a quem devemos entregar a mensagem de Cristo (At 10:34 “Então, falou Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas;”), nem devemos preferir uma pessoa sobre um outra quando todas merecem igualmente do bem (Tg 2:1 ”Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.”). É verdade bíblica, que no julgamento divino, não há nenhuma acepção de pessoas, pois cada uma será julgada segundo as suas obras (Ec 12:14 “Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.”); (Ap 20:13 “Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.”). Mas, na misericórdia, da qual boa ação ninguém tem direito ou merecimento, uma distinção de pessoas pode existir e existe. Ninguém merece uma distinção positiva, mas todos merecem um julgamento justo pelos pecados que tem feito. Entre os Salvos esse julgamento justo dos seus pecados se faz pela pessoa e obra de Cristo. Os não-Salvos conhecerão o julgamento divino e justo no lago de fogo. A eleição não é uma escolha divina entre os bons e maus, mas uma escolha entre todos que são maus, ninguém buscando a Deus (Rm 3:10-18 “como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17 desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.”). Quem recebe a misericórdia são os que Deus, soberanamente e segundo o beneplácito da 27 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Sua vontade, escolheu. Nos exemplos bíblicos, quem já reclamou disso? Vale uma repetição, pois uma dúvida que insiste em vir à tona, quando a eleição é ensinada, é que Deus é injusto em fazer uma distinção entre pessoas. É geralmente pensado que todas são merecedoras da atenção positiva de Deus. A dúvida é eliminada quando é entendida que, entre os pecadores, não há ninguém que merece qualquer atenção favorável de Deus (Is 59:1-2 “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. 2 Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.”); (Rm 3:10-23 “como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17 desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos. 19 Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, 20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. 21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; 22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção, 23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,”). É claro que todos os pecadores necessitam a misericórdia divina, mas também deve ser claro, que não há ninguém que a mereça. Se, como alguns querem supor, entre todas as pessoas que mereciam uma atenção positiva, ou entre todas que clamavam em arrependimento e a fé pela Salvação, fosse dada uma distinção preferencial, assim séria uma terrível injustiça na parte de Deus. Mas, quando todas são verdadeiramente inimigas e rebeldes (Rm 8:6-8 “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”) e condenadas (Jo 3:19 “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.”), e ninguém está buscando a Deus (Sl 14:1-2 “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem. 2 Do céu olha o SENHOR para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus.”), a misericórdia pode ser estendida a uma singular e particular escolha de Deus sem a mínima injustiça. Resumindo: entre pessoas com merecimentos iguais, uma distinção preferencial séria injusta. Todavia, a eleição foi feita entre pessoas sem quaisquer merecimentos. Veja: (Tg 2:13 “Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo.”). Deve ser mencionado o fato de Deus fazer uma escolha qualquer entre os pecadores não faz os pecadores não escolhidos mais ímpios. A eleição também não faz os pecadores não eleitos mais condenados. Ninguém é condenado pelo fato de não ser escolhido. A condenação é dado por causa do homem pecar (Gn 2:17 “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”); (Gn 3:6 “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.”); (Ez 18:20 “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.”); (Rm 6:23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”). Os pecadores não são culpáveis por não serem escolhidos, mas por não obedecerem os mandamentos de Deus (1Jo 3:4 “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.”). É o pecado, e não a eleição, que condena. A escolha que Deus faz, somente opera que uns pecadores são Salvos, ou seja, que alguns tenham o fim justo dos seus pecados colocado em Cristo. Todo o pecador tem a responsabilidade de se arrepender dos pecados e crer no Filho de Deus, o Jesus Cristo, para ter a remissão dos pecados. Deus fará a Sua obra da Salvação nos que O buscam com todo o coração (Is 55:6-7 “Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. 7 Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.”). Então a mensagem é: Busque o misericordioso Deus pelo Salvador enquanto é dia! 6.2.8 O Tempo da Eleição 28 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Quando é que Deus decidiu exatamente quem receberia a Sua influência graciosa que não era segundo a capacidade nem à ação do pecador? Ainda que algumas pessoas possam descordar com o que já foi estudado até neste ponto, nisso quase todos são unânimes: a eleição foi determinada na eternidade passada, sim, "antes da fundação do mundo" (Ef 1:4 “assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor “). Queremos entender que a ordenação para crer ou, o propósito divino para os eleitos a serem Salvos, veio antes de terem a possibilidade de conhecer a Deus (Is 45:5 “Eu sou o SENHOR, e não há outro; além de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que não me conheces.”), antes da chamada à Salvação (Rm 8:29-30 “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”), antes da própria fé (At 13:48 “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”); (Jo 10:16 “Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor.”) e bem antes dos eleitos terem nascidos e antes que fizessem bem ou mal (Rm 9:11 “E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama”)). As Escrituras Divinas são claras que a eleição é desde a eternidade. A imutabilidade de Deus é tocada neste assunto, pois Deus faz tudo segundo o Seu propósito (Rm 9:11 “propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama,”); (2Tm 1:9 “que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, RA); que é segundo a Sua vontade (Ef 1.11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,”) que são partes integrantes dos atributos eternos de Deus. Deus nunca pode ter um novo plano ou propósito (At “15:18diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos.”), "Conhecidas são de Deus, desde o princípio do mundo, todas as suas obras"; "com eterno propósito" (Ef 3:11 “segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor,”). Se fosse possível Deus ter um plano novo, este séria para melhorar aquele que veio antes, ou séria inferior ao que veio primeiro. Mas Deus é perfeito "não conheceu pecado" (Nm 23:19 “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?”); (2Co 5:21 “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”), é eterno (Dt 33:27 “O Deus eterno é a tua habitação e, por baixo de ti, estende os braços eternos; ele expulsou o inimigo de diante de ti e disse: Destrói-o.”); "... de eternidade a eternidade, tu és Deus." (Sl 90:2 “Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus.”), soberano (Is 46:10 “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade;”); "faz todas as coisas segundo a Sua vontade" (Ef 1:11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,”), e é imutável (Mal 3:6, "Porque eu, o SENHOR, não mudo"); "Rei dos séculos" (1Tm 1:17 “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!”),; "não há mudança nem sombra de variação" (Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”),. "Conseqüentemente, quando Deus Salva um homem, Ele sempre o faz intencionado e com propósito de Salvá-lo" (Simmons, p. 221, português). Uma observação: A eleição é da eternidade, mas a Salvação da alma está feita em tempo (2Tm 1:9-10 “que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, 10 e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho,”). A eleição não é Salvação, mas para a Salvação. Fomos eleitos "desde o principio para a Salvação" (2Ts 2:13-14 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu 29 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, 14 para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.”). Pela operação do Espírito Santo no coração o eleito é trazido a ter fé na verdade que é declarada pela pregação em tempo oportuno (2Ts 2:14 “para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.”).; (Tg 1:18 “Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas”). Antes que o eleito fosse Salvo, ele estava entre os mortos em pecados, pois estava sem a Salvação mesmo sendo eleito (Ef 2:1-3 “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; 3 entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demaIs”). Aquele que foi escolhido na eternidade por Deus soberanamente será propositadamente operado pelo Espírito Santo para agir com fé, segundo a responsabilidade do homem, em tempo em resposta à Palavra de Deus ((At 18:10 “porquanto eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade.”); (Rm 10:13-17 “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas! 16 Mas nem todos obedeceram ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem acreditou na nossa pregação? 17 E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.”); (Jo 15:16 “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.”); (Ef 2:10 “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”). 6.2.9 A Base da Eleição - O Amor de Deus Para os Salvos, é uma benção tremenda saber que ainda que tenham amado o Senhor Deus por meio de Cristo, em tempo, o eterno Deus os amou na eternidade. Esse amor eterno também é um estímulo para os que ainda não são Salvos. Estes são animados ao procurarem esse grande amor e misericórdia que ultrapassa a impiedade dos seus pecados (Rm 5:20 “Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,”), "onde o pecado abundou, superabundou a graça";(Mt 11:28 “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.”); (Is 55:7 “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.”). À nação de Israel, Deus empregou o seu amor eterno para a estimular à obediência. Ele mandou que ela observasse ordens grandes e corajosas. O que devia motivar a sua obediência era o amor eterno e divino visto pela eleição (Dt 7:7-8 “Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, 8 mas porque o SENHOR vos amava ...”);. Nisto entendemos que o amor estimulou a eleição. O profeta Jeremias nos lembra desse amor eterno que é a base da operação de Deus quando diz: "Há muito que o SENHOR me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí" (Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”). Foi dito que Jacó foi escolhido "para que o propósito de Deus segundo a eleição, ficasse firme" e nessa condição de eleito, é dito: "Amei (observe que o verbo está no tempo passado) a Jacó" (Rm 9:11 “E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama),”); (Rm 9:13 “Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.”); (Ml 1:2 “Eu vos tenho amado, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Em que nos tens amado? Não foi Esaú irmão de Jacó? —disse o SENHOR; todavia, amei a Jacó,”). O eleito reage ao amor de Deus e não Deus reagindo ao amor do eleito. O Salvo tem um relacionamento amoroso com Deus justamente por causa do amor de Deus que agiu primeiro. Por isso o apóstolo João declara: "Nós O amamos a ele porque ele nos amou primeiro." (1Jo 4:19 ”Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”). Muitas vezes o verbo "conhecer" é usado nas Sagradas Escrituras para mostrar um relacionamento íntimo de amor. O Marido “conhece” a sua esposa ((Gn 4:16-17 RC “E saiu Caim de diante da face do SENHOR e habitou na terra de Node, da banda do oriente do Éden. 17 E 30 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu e teve a Enoque; e ele edificou uma cidade e chamou o nome da cidade pelo nome de seu filho Enoque.”), Outras vezes como homossexualismo; os sodomitas “conhecem” um ao outro (Gn 19:4-8 RC ”E, antes que se deitassem, cercaram a casa os varões daquela cidade, os varões de Sodoma, desde o moço até ao velho; todo o povo de todos os bairros. 5 E chamaram Ló e disseram-lhe: Onde [estão] os varões que a ti vieram nesta noite? Traze-os fora a nós, para que os conheçamos. 6 Então, saiu Ló a eles à porta, e fechou a porta atrás de si, 7 e disse: Meus irmãos, rogo-vos que não façais mal. 8 Eis aqui, duas filhas tenho, que [ainda] não conheceram varão; fora vo-las trarei, e fareis delas como bom [for] nos vossos olhos; somente nada façais a estes varões, porque por isso vieram à sombra do meu telhado.; (Gn 19:4-8 RA “Mas, antes que se deitassem, os homens daquela cidade cercaram a casa, os homens de Sodoma, tanto os moços como os velhos, sim, todo o povo de todos os lados; e chamaram por Ló e lhe disseram: Onde estão os homens que, à noitinha, entraram em tua casa? Traze-os fora a nós para que abusemos deles. 6 Saiulhes, então, Ló à porta, fechou-a após si 7 e lhes disse: Rogo-vos, meus irmãos, que não façais mal; 8 tenho duas filhas, virgens, eu vo-las trarei; tratai-as como vos parecer, porém nada façais a estes homens, porquanto se acham sob a proteção de meu teto.”); e Deus “conhece” o seu povo (Am 3:2 RC “De todas as famílias da terra a vós somente conheci; portanto, todas as vossas injustiças visitarei sobre vós.”); (Am 3:2 RA “De todas as famílias da terra, somente a vós outros vos escolhi; portanto, eu vos punirei por todas as vossas iniqüidades.”) que é chamado também pelo nome: "minhas ovelhas" (Jo 10:14 “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim,”). Se o homem não for “conhecido” por Deus dessa maneira íntima amorosa, esse homem não deve ter nenhuma esperança de gozar a presença eterna divina pela eternidade (Mt 7:23 “Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.”). Em verdade, se alguém tem uma posição Salvadora com Deus é por que Deus o amou, ou, o conheceu primeiro (1Co 8:3 “ Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por ele.”). O amor de Deus para o pecador vem antes da predestinação, ou a eleição, pois a ordem bíblica é: conhecer (em amor), a predestinação, a chamada à Salvação, a justificação, e por último, a glorificação (Rm 8:29-30 “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”). Pelo amor eterno de Deus podemos entender que o Seu amor é maior do que os nossos pecados, fraquezas, tolices e desobediências. A Sua eleição é baseada no Seu amor somente. A eleição não é baseada, de maneira nenhuma, nas ações passadas, presentes ou futuras de qualquer homem. As pessoas são finitas e conhecem o Senhor Deus, em tempo, mas a misericórdia e o amor de Deus sobre estes que eventualmente O temem é "desde a eternidade e até a eternidade" (Sl 103:17 “Mas a misericórdia do SENHOR é de eternidade a eternidade, sobre os que o temem, e a sua justiça, sobre os filhos dos filhos,”). Antes do eleito existir como um ser humano, e, antes de ser temente a Deus, sim, quando ainda era morto em ofensas e pecados, o amor de Deus era "desde a eternidade" passada , para com o seu povo e ficará sobre estes "até a eternidade" (Ef 2:1-5 “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; 3 entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demaIs 4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos,”). Por tudo depender do amor de Deus, a nossa eleição não é a única benção assegurada. A Salvação eterna também é garantida. A obra que o Seu amor começou, o Seu poder em amor completará (Fp 1:6 “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.”); (Rm 8:35-39 “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, 39 nem a altura, nem a 31 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”). Veremos mais deste ponto no último ponto dessas lições, ou seja, O Efeito Prático da Salvação. Existe um outro atributo de Deus, além do Seu amor, para estimular-nos a morrermos para as nossas conveniências e lógicas para O amarmos mais perfeitamente em obediência? (2Co 5:1317 “Porque, se enlouquecemos, é para Deus; e, se conservamos o juízo, é para vós outros. 14 Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. 15 E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16 Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo. 17 E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”). Existe um outro atributo de Deus, que não "as riquezas da Sua benignidade, e paciência e longanimidade" que poderia levar o descrente ao arrependimento verdadeiro? (Rm 2:4 “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?”) Que o descrente venha a Cristo confiando pela fé nesse amor de Deus visto tão claramente em Cristo é o nosso ardente desejo. E que o Cristão santifique-se a Cristo mais e mais! 6.2.10 Os Reprovados (Os não eleitos) É puramente natural pensar nas pessoas que não foram eleitas quando do estudo da eleição. Por Deus fazer o ímpio para o dia do mal (Pv 16:4 “O SENHOR fez todas as coisas para determinados fins e até o perverso, para o dia da calamidade.”) e odiar Esaú para que o propósito de Deus ficasse firme (Rm 9:11-13 “E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), 12 já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. 13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.”); por Deus poder, na Sua soberania, ativamente fazer um vaso para honra e outro para desonra (Rm 9:21 “Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?”) e por isso ser algo que Ele realmente fez (Rm 9:13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.”); por Deus endurecer os que não foram eleitos (Rm 11:7 “Que diremos, pois? O que Israel busca, isso não conseguiu; mas a eleição o alcançou; e os mais foram endurecidos,”) e destinar alguns para a ira (1Ts 5:9 “porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo,”) e para tropeçar na palavra (1Pe 2:8 “e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos.”); por Deus ocultar informações de alguns (Mt 11:25-26 “Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. 26 Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.”) e por fazer alguns para serem presos e mortos para perecerem na sua corrupção (2Pe 2:12 “Esses, todavia, como brutos irracionais, naturalmente feitos para presa e destruição, falando mal daquilo em que são ignorantes, na sua destruição também hão de ser destruídos,”), e, por existir alguns que antes eram escritos para o juízo(Jd 1:4 “Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.”) cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo (Ap 13:8 “e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.”); (Ap 17:8 “a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá.”) é claro que haja uma determinação eterna da parte de Deus para que alguns nunca conheçam a Sua graça Salvadora. 6.2.10.1 A Definição Essa determinação, para fazer que alguns não sejam eleitos, é chamada na teologia, a reprovação. A doutrina de reprovação é citada por um teólogo como sendo: o decreto eterno, soberano, incondicional, imutável, sábio, santo e misterioso pelo qual Deus, por eleger alguns à vida eterna, deixa de escolher outros e condena estes de maneira justa, pelos seus pecados - para Sua própria glória (Edwin Palmer, citado por Tom Ross, p. 85). 6.2.10.2 Exemplo 32 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Faraó é um exemplo dessa determinação prévia de Deus para que uma pessoa seja um objeto da sua ira. Antes de Faraó ter nascido, já eram determinadas as suas ações para com Israel (Gn 15:13-14 “então, lhe foi dito: Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. 14 Mas também eu julgarei a gente a que têm de sujeitar-se; e depois sairão com grandes riquezas.”). Em tempo, foi declarado para Faraó que ele foi mantido para mostrar o poder de Deus nele e por ele o nome de Deus seria anunciado em toda a terra (Êx 9:15-16 “Pois já eu poderia ter estendido a mão para te ferir a ti e o teu povo com pestilência, e terias sido cortado da terra; 16 mas, deveras, para isso te hei mantido, a fim de mostrar-te o meu poder, e para que seja o meu nome anunciado em toda a terra.”); (Rm 9:15-18 “Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecerme-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia. 17 Porque a Escritura diz a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome seja anunciado por toda a terra. 18 Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz.”). Sabendo tudo disso, Faraó continuou no seu caminho ímpio. No julgamento pela sua impiedade, Faraó declarou-se pecador e Deus justo (Êx 9:27 “Então, Faraó mandou chamar a Moisés e a Arão e lhes disse: Esta vez pequei; o SENHOR é justo, porém eu e o meu povo somos ímpios.”). Na conclusão da libertação do povo de Deus, com Moisés testemunhando toda a operação de Deus tanto no endurecer o coração de Faraó quanto o seu julgamento, afirmou a santidade de Deus e que Ele é admirável em louvores (Êx 15:11 “Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?”). Este cântico de Moisés será repetido no céu pelos que tenham sabedoria numa hora da ira de Deus ser consumada (Ap 15:1-4 “Vi no céu outro sinal grande e admirável: sete anjos tendo os sete últimos flagelos, pois com estes se consumou a cólera de Deus. 2 Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus; 3 e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! 4 Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos.”). 6.2.10.3 Conclusão Pelo exemplo de Faraó podemos entender que a soberania de Deus atinge as obras contrárias da justiça divina. Entendemos, que pelo homem ser responsável a honrar Deus em tudo, o homem é ímpio e julgado justamente por Deus. Podemos concluir, depois de estudar o exemplo de Faraó, que Deus não causou o pecado de Faraó. O pecado, a rebelião e a inimizade contra Deus vieram do coração do Faraó. Não podemos entender tudo sobre a graça e a reprovação, mas, na realização de diferenças feitas entre os homens (1Co 4:7 “Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?“), todas delas sendo segundo a vontade de Deus, podemos concluir como Jesus declarou: "Sim, o Pai, porque assim te aprouve." (Mt 11:26 “Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.”). Nunca entenderemos todos os pensamentos de Deus (Sl 147:5 “Grande é o Senhor nosso e mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir.”); (Is 55:8-9 “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, 9 porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.”), mas, podemos entender, nos assuntos da eleição e da reprovação, que quem é soberano, é Deus. Ele pode agir com o que é Dele como Ele quer para Sua própria glória. (Dn 4:34-35 “Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. 35 Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”); (Ef 1:11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,”); (Rm 11:36 “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a 33 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo glória eternamente. Amém!”). 6.2.11 Apelo É uma coisa horrenda cair nas mãos de um Deus vivo (Hb 10:31 “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo.”). Cristo foi dado para a Salvação de todo aquele que está cansado e oprimido pelos seus pecados. A verdade repetida pela Palavra de Deus é: os em Cristo têm vida eterna com Deus. Pecador venha arrependendo-se dos pecados crendo em Cristo de coração. Conheça a misericórdia de Deus por Jesus Cristo. Senão, conhecerá a sua justiça na ira eterna (Mt 11:28-30 “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. 30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.”); (Jo 3:16-19 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. 18 Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. 19 O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.”); (Jo 3:36 “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”). 6.2.12 A Imutabilidade de Deus Considerada Se tudo é conforme o propósito de Deus, tanto o agradável quanto o desagradável, a condenação de pecadores não arrependidos é segundo este propósito também (Ec 3:1 “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu:”); (Ef 1:11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,”); (Is 46:10 “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade;”). Se o propósito é eterno para a Salvação, também o é para a condenação. Deus não muda os seus propósitos em reação às decisões do homem, pois Deus não muda (Ml 3:6 “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.”); (1Tm 1:17 “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!”); (Hb 13:5 “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.”); (Hb 6:17 “Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento,”); (Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”) e os seus propósitos são eternos (Is 14:24 “Jurou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará.”); (Ef 3:11 “segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor,”); (2Tm 1:9 “que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,”). Tanto no homem que vai para o céu quanto no homem que finda no inferno, o propósito eterno de Deus é feito (Js 11:18-20 “Por muito tempo, Josué fez guerra contra todos estes reIs 19 Não houve cidade que fizesse paz com os filhos de Israel, senão os heveus, moradores de Gibeão; por meio de guerra, as tomaram todas. 20 Porquanto do SENHOR vinha o endurecimento do seu coração para saírem à guerra contra Israel, a fim de que fossem totalmente destruídos e não lograssem piedade alguma; antes, fossem de todo destruídos, como o SENHOR tinha ordenado a Moisés.”); (Is 46:10 “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade;”). Se for justo para Deus fazer algo em tempo, também é justo para Ele fazer o mesmo na eternidade. Deus é o Autor do Pecado? Por Deus fazer o ímpio para o dia do mal (Pv 16:4O “SENHOR fez todas as coisas para determinados fins e até o perverso, para o dia da calamidade.”), não significa que Deus é o autor da impiedade do homem, ou o responsável pela sua condenação pecaminosa e nem a causa do homem pecador ir para o inferno. O homem pecou por querer (Gn 3:6 “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.”); (Ec 7:29 “Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu 34 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo em muitas astúcias.”) e, a condenação vem pela desobediência (Ez 18:20 “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.”); (Rm 6:23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”); (Rm 9:20-33 “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? 21 Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra? 22 Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, 23 a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, 24 os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? 25 Assim como também diz em Oséias: Chamarei povo meu ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada; 26 e no lugar em que se lhes disse: Vós não sois meu povo, ali mesmo serão chamados filhos do Deus vivo. 27 Mas, relativamente a Israel, dele clama Isaías: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo. 28 Porque o Senhor cumprirá a sua palavra sobre a terra, cabalmente e em breve; 29 como Isaías já disse: Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado descendência, ter-nos-íamos tornado como Sodoma e semelhantes a Gomorra. 30 Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justificação, vieram a alcançá-la, todavia, a que decorre da fé; 31 e Israel, que buscava a lei de justiça, não chegou a atingir essa lei. 32 Por quê? Porque não decorreu da fé, e sim como que das obras. Tropeçaram na pedra de tropeço, 33 como está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nela crê não será confundido.”); (Jo 3:19 “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.”). O homem é o único responsável judicialmente pelo resultado da sua ação pecaminosa. Sem dúvida, o decreto eterno de Deus inclui a queda do homem no pecado, mas não foi o decreto eterno que causou a queda. Os homens ímpios que crucificaram Cristo fizeram tudo que Deus já anteriormente determinou que devia ser feito, mas estes homens foram culpados pelas suas ações (At 4:25-28 “que disseste por intermédio do Espírito Santo, por boca de Davi, nosso pai, teu servo: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram coisas vãs? 26 Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido; 27 porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, 28 para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram;”). Não foi Deus culpado pela Sua determinação previa. Deus não julga o homem conforme a capacidade do homem, mas segundo a sua responsabilidade (Tg 4:17 “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.”). Deus não condena o homem por uma determinação prévia, mas, pelas obras pecaminosas do homem que são feitas em tempo (Ec 12:14 “Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.”); (Ap 20:13 “Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.”). É verdade que o homem não tem capacidade de não pecar, mas, sem a menor dúvida, ele tem a responsabilidade de não pecar (Gn 2:17 “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”); (Êx 20:1-26 1 “Então, falou Deus todas estas palavras: 2 Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. 3 Não terás outros deuses diante de mim. 4 Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. 5 Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem 6 e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos. 7 Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. 8 Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. 9 Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. 10 Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; 11 porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o 35 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo santificou. 12 Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá. 13 Não matarás. 14 Não adulterarás. 15 Não furtarás. 16 Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. 17 Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo. 18 Todo o povo presenciou os trovões, e os relâmpagos, e o clangor da trombeta, e o monte fumegante; e o povo, observando, se estremeceu e ficou de longe. 19 Disseram a Moisés: Fala-nos tu, e te ouviremos; porém não fale Deus conosco, para que não morramos. 20 Respondeu Moisés ao povo: Não temais; Deus veio para vos provar e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeIs 21 O povo estava de longe, em pé; Moisés, porém, se chegou à nuvem escura onde Deus estava. 22 Então, disse o SENHOR a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vistes que dos céus eu vos falei. 23 Não fareis deuses de prata ao lado de mim, nem deuses de ouro fareis para vós outros. 24 Um altar de terra me farás e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas e os teus bois; em todo lugar onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti e te abençoarei. 25 Se me levantares um altar de pedras, não o farás de pedras lavradas; pois, se sobre ele manejares a tua ferramenta, profaná-lo-ás. 26 Nem subirás por degrau ao meu altar, para que a tua nudez não seja ali exposta.”), a Lei de Moisés; (Mc 12.29-31 “Respondeu Jesus: O principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! 30 Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. 31 O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.”). Uma vez que o homem pecou, Deus é justo em condená-lo eternamente segundo a Sua justiça. 6.2.13 O Proveito em Estudar e Pregar a Eleição O estudo da eleição dá a devida glória a Deus. No homem natural, sem a graça de Deus, não habita bem algum (Rm 7:18 “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo”.) e não pode fazer nenhuma coisa boa que agrade a Deus (Rm 8:8 “Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus”.) sendo que a inclinação da carne é apenas morte (Rm 8:7 “Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar”.). O desejo do homem natural não busca Deus (Rm 3:11 “não há quem entenda, não há quem busque a Deus”) e a sua mente não entende as coisas de Deus (1Co 2:14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.”). Tudo que Deus requer para a Salvação, o arrependimento e a fé, não vêm do homem, mas de Deus (Jo 1:12-13 “12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; 13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”); (Jo 6:29, 44 “Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado. 44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.”); (At 16:14 “Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia.”); (Ef 2:8-9 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”). A eleição incondicional, pessoal, particular e preferencial é atribuída a Deus, e somente a Deus, e não toda e qualquer obra boa que o homem faz para agradar a Deus. Tanto a santificação do Espírito quanto a fé na verdade é atribuída a Deus (Ef 2:8-9 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”) e, por isso, somos incentivados pela Palavra de Deus a dar graças a Deus por Deus eleger os Seus para a Salvação (2Ts 2:13 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito fé na verdade,”). Devemos observar nesse ponto que na Salvação, o homem tem uma responsabilidade de escolher ao arrependimento e a fé, mas o nosso estudo não é, nesta hora, a responsabilidade do homem, mas a eleição divina. Na Salvação, o homem tem uma responsabilidade que exercita em resposta à operação divina, mas na eleição, apenas Deus opera. O estudo da eleição convém por estar revelada na Palavra de Deus. Toda a Escritura é inspirada e, portanto, é proveitosa (2Tm 3:16 “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,”). Os ministrastes de Deus, que querem ter uma boa consciência, têm responsabilidade de "anunciar todo o 36 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo conselho de Deus" (At 20:27 “porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus.”). Se a eleição existe na Bíblia é porque ela é proveitosa e, sendo parte do cânon, deve ser anunciada. Há assuntos que não são revelados a nós, e estes assuntos não são para nós anunciarmos ou estudarmos, mas, os que são revelados, como é o caso da eleição, são tanto para nós quanto para nossos filhos e, portanto devem ser estudados. (Dt 29:29 “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.”). O estudo da eleição prioriza a fé sobre o raciocínio do homem. É uma verdade que a eleição não é entendida facilmente. Se não estudássemos os assuntos da eleição por serem difíceis de entender, mostraríamos uma falta de fé na inspiração das Escrituras e uma confiança maior no raciocínio do homem. Quando consideramos mais a lógica do homem do que as declarações divinamente inspiradas, duvidamos que elas são proveitosas para o ensino, a correção e o aperfeiçoamento dos servos de Deus. O deixar de crer no que a Bíblia claramente revela por não seguir a sua lógica, séria de dar primazia à lógica do homem e não à fé. A fé não se manifesta naquilo que se pode racionalizar, mas naquilo que se entenda apenas por ser revelado pela própria Palavra de Deus (Hb 11:1, 6 “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. 6 De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.”). Deus não pede que entendamos tudo que é revelada pelas Sagradas Escrituras, mas espera que os que querem agradá-Lo, creiam, pela fé. naquilo que Ele revela. O estudo e a proclamação da doutrina da eleição faz parte da adoração verdadeira. A adoração que Deus aceita é aquela que é segundo o Seu Espírito e a Sua verdade declarada. Deus já se expressou qual a maneira que convém adorá-Lo. É em espírito e em verdade (Jo 4:24 “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.”). O próprio coração do homem natural não emana verdade, mas somente a perversidade e o engano (Jr 17:9 “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”); (Mt 15:11, 18-20 “11 não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem. 18 Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. 19 Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. 20 São estas as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não o contamina.”), mas a verdade é de Deus pois ela é o próprio Cristo (Jo 14:6 “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”) e é ministrada pelo Espírito Santo (Jo 16:13 “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.”); (1Coríntios 2:14-16 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. 15 Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. 16 Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.”). Se a verdade importa na adoração verdadeira, e se a verdade vem de Deus, o estudo da eleição só pode agradar a Deus, pois é a declaração da verdade. O estudo da eleição é aceita por Ele como aquela adoração que Lhe convém. Se as verdades da eleição forem ignoradas e não estudadas, a adoração a Deus pela declaração da verdade será comprometida. Verdadeiramente, pela eleição, um grau imenso do amor de Deus, da Sua misericórdia, da Sua justiça e dos Seus atributos santos é entendido, e, esse entendimento agrada a Deus. O estudo da doutrina da eleição promove crescimento espiritual. A obra do ministrante que é chamado para anunciar todo o conselho de Deus pela Palavra de Deus, quando exercitada corretamente, promove conforto na alma, edificação em espírito e conformidade à imagem de Cristo. (Ef 4.11-16 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, 12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, 13 Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, 14 para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. 15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, 16 de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.” ). O que destrói, desestabiliza ou engana alguém 37 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo não é o ensinar a verdade, mas a falta do ensino dela. Jamais aquela que instrui, reprova, corrija e doutrina seria para a destruição de qualquer membro na igreja. Os rudimentos básicos das doutrina bíblica é o leite racional que promove crescimento (1Pe 2:2 “desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação”). A doutrina mais avançada, que inclui a doutrina da eleição, é mantimento sólido que faz os sentidos, nos que por ela é exercitada, crescerem para o discernimento tanto o bem como o mal. (Hb 4:11-14 “Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência. 12 Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. 13 E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas. 14 Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão.”). O estudo da eleição produz evangelismo bíbliCO Nem todos que dizem: "Senhor, Senhor" agradam ao Senhor Deus, mas somente os que fazem a vontade do Pai (Mt 7:21 “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”). Nem tudo que pode encher uma igreja ou arrumar seguidores é de Deus (At 5:35-37 “e lhes disse: Israelitas, atentai bem no que ides fazer a estes homens. 36 Porque, antes destes dias, se levantou Teudas, insinuando ser ele alguma coisa, ao qual se agregaram cerca de quatrocentos homens; mas ele foi morto, e todos quantos lhe prestavam obediência se dispersaram e deram em nada. 37 Depois desse, levantouse Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e levou muitos consigo; também este pereceu, e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos.”); (2Tm 4:3-4 “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; 4 e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.”). A eleição direciona e impulsiona os ânimos evangelizadores ao uso dos meios bíblicos, quais são a pregação de Cristo e a oração zelosa (Tg 5:16 “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.”); (2Tm 2:1-10 “Tu, pois, filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus. 2 E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros. 3 Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus. 4 Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou. 5 Igualmente, o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas. 6 O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a participar dos frutos. 7 Pondera o que acabo de dizer, porque o Senhor te dará compreensão em todas as coisas. 8 Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado de entre os mortos, descendente de Davi, segundo o meu evangelho; 9 pelo qual estou sofrendo até algemas, como malfeitor; contudo, a palavra de Deus não está algemada. 10 Por esta razão, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles obtenham a salvação que está em Cristo Jesus, com eterna glória.”). Um entendimento da operação de Deus pela eleição faz que o evangelista não se contenta naquilo que é meramente visível, mas naquele crescimento que vem somente de Deus (1Coríntios 3:6-7 “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. 7 De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.”). A pregação bíblica inclui a eleição (Mt 11:25-26 “Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. 26 Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.”); (Jo 6:37, 44, 65 “37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. 44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. 65 E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido.”); (Jo 10.26 “Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas.”) e é uma boa mensagem pois destrói qualquer esperança que o pecador possa ter em si mesmo ou numa obra humana ou religiosa. Pela pregação da eleição o pecador é incentivado a clamar ao Deus soberano para ter misericórdia na face de Jesus Cristo (Rm 2:4 “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?”); (Is 55:6-7 “Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. 7 Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus 38 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.”). Esta é evangelização bíblica (1Coríntios 2:1-5 “Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. 2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. 3 E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. 4 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, 5 para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus. “). 7. O Preço Pago na Salvação Se Deus, na eternidade, escolheu homens em particular para os Salvar, os pecados destes devem ser pagos. É lógico que o assunto do preço pago na Salvação siga o assunto da escolha que Deus fez na Salvação. A postura que devemos ter em relação os pontos que seguem deve ser a mesmo que temos neste estudo inteiro. Não devemos esperar entender o que a Bíblia ensina nessa área doutrinária dependendo somente da lógica humana. A lógica do homem é bem inferior aos princípios divinos (Pv 14:12 “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte.”); (Is 55:8 “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR,”); (Rm 11:33 “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!”); (1Coríntios 1:19-25 “Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos. 20 Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? 21 Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação. 22 Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; 23, mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; 24, mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. 25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.”). Se esperamos entender algo da Palavra de Deus devemos exercitar a mente de Cristo que o crente tem (1Co 1:18 “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.”); (1Co 2:14-16 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. 15 Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. 16 Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo.”); (Hb 5:14 “Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.”). Devemos exercitar a fé, pois somente por ela podemos aceitar o que a Bíblia ensina (Rm 1:17 “visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.”); (Hb 11:1, 6 “1 Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. 6 De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.”). Também qualquer tentativa de explicar o mistério do preço pago exclusivamente com lógica humana seria fútil e igual a virar da luz às trevas. Convém enfatizar novamente o primeiro ponto deste estudo: o desígnio da Salvação, em todas as suas partes, é a glória de Deus na face de Jesus Cristo. Mesmo que os assuntos abordados nesta parte do assunto afetem o homem em várias maneiras, o preço pago não foi em benefício primário ao homem, mas para Cristo fazer a vontade do Pai e assim receber a glória (Jo 6:38, 39 “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou. 39 E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia.”). Convêm termos um temor adicional nesta parte do estudo, pois estamos abordando um assunto que excede qualquer outra obra que pode ter no céu ou na terra. Múltiplas profecias de Gn 3:15 a Malaquias 4:6 tratam repetidas vezes Àquele que viria pagar o preço do pecado. Por ter tanta ênfase pela profecia pelo Antigo Testamento, uma atenção deve ser dada. Não foi somente no Antigo Testamento que a atenção sobremaneira foi dada, mas no Novo Testamento também. Pelo Novo Testamento sinais indiscutíveis foram apresentados na concepção (Lc 1:30-35 “Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. 31 Eis que 39 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. 32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; 33 ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. 34 Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? 35 Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.), no nascimento (Lc 2:8-14 “Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. 9 E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. 10 O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: 11 é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. 12 E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. 13 E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: 14 Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem.), durante o crescimento (Lc 2:46-52 “Três dias depois, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. 47 E todos os que o ouviam muito se admiravam da sua inteligência e das suas respostas. 48 Logo que seus pais o viram, ficaram maravilhados; e sua mãe lhe disse: Filho, por que fizeste assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura. 49 Ele lhes respondeu: Por que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai? 50 Não compreenderam, porém, as palavras que lhes dissera. 51 E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso. Sua mãe, porém, guardava todas estas coisas no coração. 52 E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.), e durante o ministério público deste Cristo que pagou o preço (Lc 4:17-21 “Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: 18 O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, 19 e apregoar o ano aceitável do Senhor. 20 Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. 21 Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.”). Também foram sinais abundantes na Sua morte (Lc 23:44-47 “Já era quase a hora sexta, e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona. 45 E rasgou-se pelo meio o véu do santuário. 46 Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou. 47 Vendo o centurião o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Verdadeiramente, este homem era justo.”); (Mt 27:50-55 “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito. 51 Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas; 52 abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; 53 e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. 54 O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus. 55 Estavam ali muitas mulheres, observando de longe; eram as que vinham seguindo a Jesus desde a Galiléia, para o servirem;”), na Sua ressurreição (Lc 24:1-7 “Mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo, levando os aromas que haviam preparado. 2 E encontraram a pedra removida do sepulcro; 3 mas, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus. 4 Aconteceu que, perplexas a esse respeito, apareceram-lhes dois varões com vestes resplandecentes. 5 Estando elas possuídas de temor, baixando os olhos para o chão, eles lhes falaram: Por que buscais entre os mortos ao que vive? 6 Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galiléia, 7 quando disse: Importa que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite no terceiro dia.”); (1Co 15:4-8 “e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. 5 E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. 6 Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. 7 Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos 8 e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo.”), na ocasião da Sua ascensão (At 1:9-11 “Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos. 10 E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado 40 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo deles 11 e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.”), pelo Seu ministério agora com o Pai (Hb 7:25 “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.”), e pelos ministrantes Teus na terra que pregam a Sua mensagem (Mc 16:16,17 “Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. 17 Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas;”). Nenhuma outra pessoa ou ser tem tanto destaque quanto aquela atenção dada pela Palavra de Deus à pessoa e a obra de Jesus Cristo. Por isso devemos ter um cuidado extra quando entramos neste assunto. Quando estudamos o preço pago estamos examinando a obra Daquele sobre Quem foi estabelecida a Sua igreja (Mt 16:18 “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”), Aquele que tem todo o poder no céu e na terra (Mt 28:18 “ Jesus, aproximando-se, faloulhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.”), que aniquilou quem tinha o império da morte (Hb 2:14 “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo,”) e tem as chaves da morte e do inferno (Ap 1:18“e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.”). Por isso devemos dar a dignidade merecida a este assunto. Não existe outro tema como o tema deste estudo, pois é a mensagem única para ser anunciada pelos séculos (Mt 28:19, 20 “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”); (1Co 2:1-5“Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. 2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. 3 E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. 4 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, 5 para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.”) e é aquela eternamente declarada nas alturas (Ap 5:12 “ proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.”). Por ter superioridade de tal medida sobre qualquer outra matéria convém que tenhamos o temor de Deus em consideração neste estudo do preço pago na Salvação. No decorrer deste estudo definiremos a causa do preço a ser pago (o pecado), exaltaremos quem pagou o preço necessário (Cristo) e entenderemos por quem o preço foi pago (os eleitos). 7.1 A Causa do Preço Ser Pago É necessário entender o que necessitou um preço a ser pago na Salvação. Menos entendido o que necessitou o preço a ser pago, menos valor será dado a Quem pagou o preço. É importantíssimo entender o que provocou que convinha (próprio e útil - Lc 24:26 “Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?”) o Filho de Deus "a entristecer-se e angustiar-se muito" (Mt 26:37 “e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se.”); ter as suas costas feridas, os cabelos da sua face arrancados e para Ele receber a afronta e cuspe dos atormentadores (Is 50:6 “Ofereci as costas aos que me feriam e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me cuspiam.”). A beleza do preço pago é vista somente quando é examinado, com detalhes, aquilo que fez que fosse importante (um dever - Jo 3:14, 15 “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, 15 para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.”) o Santo e Eterno Deus Pai ferir, oprimir, moer e desamparar o Seu Único e Amado filho (Sl 22:1 “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha salvação as palavras de meu bramido?”); (Mt 27:46 “Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”); (Zc 13:7 “Desperta, ó espada, contra o meu pastor e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos; fere o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas; mas volveria a mão para os pequeninos.”); (Is 53:4-5 “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”). Somente percebendo a 41 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo razão do desprezo constante dos pagãos, dos religiosos (Is 53:1-3 “Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR? 2 Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamolo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. 3 Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.”), das aflições e inimizade de Satanás (Gn 3:15 “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”); (Mt 4:1-11 “A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. 2 E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. 3 Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. 4 Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. 5 Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo 6 e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. 7 Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. 8 Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles 9 e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. 10 Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. 11 Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram.”) podemos admirar o preço que foi pago. Pode ser que algo diferente do sacrifício tão cruel do Filho de Deus fosse possível a Deus ("todas as coisas te são possíveis", Mc 14:36“E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.”), mas nada menos do que a completa humilhação e a afronta da morte maldita na cruz pudera satisfazer o que era proposto pela vontade de Deus (Hb 12:2 “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.”; Mc 14:36“E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.”). A opinião do homem sobre o preço que precisa ser pago pelo pecado é mínima. O preço necessário a ser pago é comparado, pelo homem, a uma fonte doce na qual ele pode beber quando precisa refrescar-se do tormento que o pecado provoca à sua consciência (Gn 3:11-13 “Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? 12 Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. 13 Disse o SENHOR Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.”; “Gn 4:9 “Disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele respondeu: Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão?”; Rm 2:14 “Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos.”).). Ele (o homem) medita um pouco no mal que fez, e ele determina um ato, um pensamento ou uma intenção mínima de retribuição para apaziguar a sua consciência. Para o homem, aquilo que causou o preço a ser pago na Salvação foi apenas uma fraqueza moral que foi herdada de Adão. É um mal que pode ser resolvido facilmente por um jeito esperto agora ou no fim da vida. Infelizmente a opinião do homem do preço necessário a ser pago pelo pecado não é a mesma Daquele que julga o pecado segundo as suas obras de cada um deles (Ap 2o.13 “Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.”). O que é pecado e o que é que causou um preço a ser pago por ele é entendido pelas descrições claras do pecado que a Bíblia fornece. Na Bíblia o pecado é descrito como sendo ausência de justiça ou bem (Sl 14:1-3 “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem. 2 Do céu olha o SENHOR para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. 3 Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.”);(Sl 53:1-3 “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam iniqüidade; já não há quem faça o bem. 2 Do céu, olha Deus para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. 3 Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem sequer um.”); ( Rm 3:10-18 “como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11 42 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17 desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.”); toda a imundícia e superfluidade de malícia (Tg 1:21 “Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma.”). O pecado é descrito como um recém nascido abandonado na sua imundícia (Ez 16:4, 6 “Quanto ao teu nascimento, no dia em que nasceste, não te foi cortado o umbigo, nem foste lavada com água para te limpar, nem esfregada com sal, nem envolta em faixas.”; “Passando eu por junto de ti, vi-te a revolver-te no teu sangue e te disse: Ainda que estás no teu sangue, vive; sim, ainda que estás no teu sangue, vive.”); um corpo morto (Rm 7:24 “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”), um enfermo com doenças abertas e imundas (Is 1:5, 6 “Por que haveis de ainda ser feridos, visto que continuais em rebeldia? Toda a cabeça está doente, e todo o coração, enfermo. 6 Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo. 6 Além disso, a linguagem deles corrói como câncer; entre os quais se incluem Himeneu e Fileto.”), a gangrena ou o câncer (2Tm 2:17 “Além disso, a linguagem deles corrói como câncer; entre os quais se incluem Himeneu e Fileto”) e um sepulcro aberto (Rm 3:13 “A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios,”). O desprezo de Deus pelo pecado é compreendido em que a Bíblia descreve-o como não tendo nenhuma verdade nele (Jo 8:44 “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”), sendo comparado ao vomito de cães e à Lama dos porcos (2Pe 2: 22 “Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal.”) e até a um trapo ou pano imundo (Is 30:22 “E terás por contaminados a prata que recobre as imagens esculpidas e o ouro que reveste as tuas imagens de fundição; lançá-las-ás fora como coisa imunda e a cada uma dirás: Fora daqui”; Lm 1:17”Estende Sião as mãos, e não há quem a console; ordenou o SENHOR acerca de Jacó que os seus vizinhos se tornem seus inimigos; Jerusalém é para eles como coisa imunda.”). A Bíblia abertamente diz que o pensamento do tolo é pecado (Pv 24:9 “Os desígnios do insensato são pecado, e o escarnecedor é abominável aos homens.”) nos dando a entender que o pecado é tolice. A Bíblia revela que qualquer coisa sem a fé é pecado (Rm 14:23 “Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o que faz não provém de fé; e tudo o que não provém de fé é pecado.”) nos ensinando que o pecado é o oposto da fé. A Bíblia ensina que o não fazer o bem que se sabe e deve fazer é pecado (Tg 4:17 “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.”) nos ensinando que a maldade do pecado é desobediência. Somos instruídos pela Palavra de Deus que o pecado é claramente descrito como sendo "iniquidade" (1Jo 3:4 “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.”; 5:17“Toda injustiça é pecado, e há pecado não para morte.”) nos ensinando que o pecado é contra a lei de Deus. Para ninguém ter dúvida sobre este assunto, o Apóstolo João diz, pela inspiração do Espírito Santo, que quem peca "é do diabo" (1Jo 3:8 “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.”) nos convencendo claramente que o pecado, em todas as suas considerações, é terrível, abominável e diabóliCO Pelas descrições claras e marcantes da Palavra de Deus entendemos bem o que causou o preço divino a ser pago para que a Salvação fosse uma realidade. O que é pecado e o que é que causou um preço a ser pago por ele pode ser mais bem entendido pela observação dos frutos podres dele. Jesus disse: pelos frutos conhecerá a árvore, pois "não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons" (Mt 7:16, 18 “16 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? 18 Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.”) . Tiago pergunta: "Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?" e também, "pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos?" Na 43 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo face da evidente clareza da lógica, Tiago resume: "Assim tampouco pode uma fonte dar água Salgada e doce?". (Tg 3:11, 12 “Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? 12 Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce.”). Em face de tais verdades podemos examinar os frutos podres e as obras vergonhosas do pecado e, com isso, entender melhor a sua natureza e o tipo de preço que foi pago por ele. As obras do pecado estão listadas varias vezes na Bíblia (Gl 5:19-21 “19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, 20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, 21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.”; Ap 21:8, 27 “Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte. 27 Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro.”; 22:15 “Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira.”) nos dando um entendimento da podridão que é o pecado. Aquele ser que foi feito pela própria mão de Deus na Sua própria imagem (Gn 1:27 “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”; 2:7 “Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.”), superior a tudo que se achava na terra (Hb 2:7, 8 “7Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste [e o constituíste sobre as obras das tuas mãos]. 8 Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas;”) é agora, em conseqüência do pecado, um adúltero e homicida (2Sm 11:4, 17 “Então, enviou Davi mensageiros que a trouxessem; ela veio, e ele se deitou com ela. Tendo-se ela purificado da sua imundícia, voltou para sua casa. 17 Saindo os homens da cidade e pelejando com Joabe, caíram alguns do povo, dos servos de Davi; e morreu também Urias, o heteu”; 12:4, 7 “Vindo um viajante ao homem rico, não quis este tomar das suas ovelhas e do gado para dar de comer ao viajante que viera a ele; mas tomou a cordeirinha do homem pobre e a preparou para o homem que lhe havia chegado. 7 Então, disse Natã a Davi: Tu és o homem. Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eu te ungi rei sobre Israel e eu te livrei das mãos de Saul;”) e naquele que achou uma alegria entregar o Filho Unigênito de Deus por dinheiro (Zc 11:12“Eu lhes disse: se vos parece bem, dai-me o meu salário; e, se não, deixai-o. Pesaram, pois, por meu salário trinta moedas de prata.”; Mt 26:15 “Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata.”). O pecado trouxe este ser glorioso (o homem) a ser uma vergonha (Pv 14:34“A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos.”) e a não ter nenhum traço da glória de Deus (Is 64:6 “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam.”; Rm 3:23“pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”, "destituídos estão da glória de Deus"). Aquela criação criada pela mão divina na imagem de Deus, que gozava da voz do SENHOR que passeava no jardim pela viração do dia (Gn 3:8 “Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.”; Pv 8:31 “regozijando-me no seu mundo habitável e achando as minhas delícias com os filhos dos homens.”), por causa de um só pecado (Gn 3:6 “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomoulhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.”), tornou-se um ser inimigo abominável contra este mesmo benigno e poderoso Deus, chegando a negá-Lo (Jó 21:14 “E são estes os que disseram a Deus: Retira-te de nós! Não desejamos conhecer os teus caminhos.”; Sl 10:4 “O perverso, na sua soberba, não investiga; que não há Deus são todas as suas cogitações.”; 14:1“Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem.”; Pv 1:25 “antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão”; Rm 1:21, 28 “porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-selhes o coração insensato. 28 E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem 44 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo coisas inconvenientes”) e se tornou impossibilitado a agradá-Lo, nem de entender a Sua palavra (Rm 8:6-8 “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”; 1Co 2:14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.”). Aquela criação nobre em cujo coração foi escrita a lei de Deus (Rm 2:14, 15 “Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. 15 Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se”), agora, por causa do pecado, vive diante de Deus sem lei (Os 8:12 “Embora eu lhe escreva a minha lei em dez mil preceitos, estes seriam tidos como coisa estranha.”; Rm 1:21, 28 “porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. 28 E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes,”), fazendo somente o que se acha correto aos seus próprios olhos (Dt 12:8 “Não procedereis em nada segundo estamos fazendo aqui, cada qual tudo o que bem parece aos seus olhos”; Jz 17:6 “Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada qual fazia o que achava mais reto.”; Pv 21:2 “Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o SENHOR sonda os corações.”). O homem que o digno Deus fez à Sua própria imagem (Gn 1:27 “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”) agora, pelo fruto do pecado, resiste ao Espírito Santo (At 7:51 “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis.”; Rm 7:21-23 “21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.”; Gl 5:17 “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.”), é contra a soberania de Deus (Rm 9:18-20 “18 Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz. 19 Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade? 20 Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?”; Ap 16:21 “também desabou do céu sobre os homens grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento; e, por causa do flagelo da chuva de pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu flagelo era sobremodo grande.”) e resiste a mensagem de Cristo (Dt 32:15 “Mas, engordando-se o meu amado, deu coices; engordou-se, engrossou-se, ficou nédio e abandonou a Deus, que o fez, desprezou a Rocha da sua salvação.”; Pv 1:25 “antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão”; Jr 32:33 “Viraram-me as costas e não o rosto; ainda que eu, começando de madrugada, os ensinava, eles não deram ouvidos, para receberem a advertência.”; At 7:54 “Ouvindo eles isto, enfureciam-se no seu coração e rilhavam os dentes contra ele.”; At 13:50 “Mas os judeus instigaram as mulheres piedosas de alta posição e os principais da cidade e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, expulsando-os do seu território.”) e resiste até ao próprio Cristo (Sl 2:3 “Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas.”; Mt 27:20-26“20 Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo a que pedisse Barrabás e fizesse morrer Jesus. 21 De novo, perguntou-lhes o governador: Qual dos dois quereis que eu vos solte? Responderam eles: Barrabás! 22 Replicou-lhes Pilatos: Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo? Seja crucificado! Responderam todos. 23 Que mal fez ele? Perguntou Pilatos. Porém cada vez clamavam mais: Seja crucificado! 24 Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: Estou inocente do sangue deste [justo]; fique o caso convosco! 25 E o povo todo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos! 26 Então, Pilatos lhes soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou-o para ser crucificado.”). Foi por causa de pecado que o homem, que Deus fez reto e bom, tornou-se maldito e cheio de astúcias (Gn 1:31 “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.”; Ec 7:29 “Eis o que tão- somente achei: que Deus fez o homem 45 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo reto, mas ele se meteu em muitas astúcias.”). O homem, por ser criado por Deus, tem um dever de temer, honrar, obedecer e dar glória a Deus (Ec 12:13 “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.”; Ap 4:11 Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.”), mas, agora, por causa do pecado, é servo de Satanás e da sua própria concupiscência (Jo 8:44 “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”; Rm 6:16 ”Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?”; 2Tm 2:26 “mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade.”). Em vez de dar ao Criador toda a honra que lhe é divida, o homem pecador anda em auto-suficiência (Gn 11:4 “Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra.”; Dn 4:30 “falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade?”; 1Jo 2:16 “porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.”). Uma conseqüência do pecado na criação de Deus feita para O glorificar é entendida, pois agora essa criação anda em uma completa estupidez, pois tal criação gloriosa de Deus ridiculariza a mensagem da Salvação (1Co 1:23 “mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios”) e de tudo o que é santo (1Pe 4: 4 “Por isso, difamandovos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão”). O efeito do pecado é visto em que aqueles que o Deus Santo criou, matam os que eram santos (At 7:54 “Ouvindo eles isto, enfureciam-se no seu coração e rilhavam os dentes contra ele.”; At 9:1, 2 “1 Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiuse ao sumo sacerdote 2 e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém.”) e menosprezam as misericórdias e benignidades divinas (Rm 2:4 “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?”). O pecado trouxe ao homem desejar mais as trevas (Jo 3:19 “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.”) a podridão e a imundícia (2Pe 2:22 “Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal.”) do que a gloriosa luz. Foi o pecado que fez aquele que foi feito para gozar a presença de Deus com a vida eterna, chegar a conhecer a morte e a separação de Deus (Gn 2:17 “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”; Gn 3:22, 23 “22 Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. 23 O SENHOR Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado.”; Rm 6:23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”) e causou que este homem se tornasse uma afronta à santidade de Deus (Jd 14,15 “Quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades, para exercer juízo contra todos e para fazer convictos todos os ímpios, acerca de todas as obras ímpias que impiamente praticaram e acerca de todas as palavras insolentes que ímpios pecadores proferiram contra ele”). O que é o pecado é claramente entendido quando os efeitos do pecado são examinados. Estes efeitos deploráveis do pecado não são reservados para alguns homens, mas afeta integralmente todos os homens do mundo todo (Rm 3:23 “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”; Rm 5:12 “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”). Se pelos frutos a árvore é conhecida, pelas conseqüências que o pecado causou, a sua natureza abominável é entendida. O que é pecado e o que causou um preço a ser pago por ele pode ser entendido melhor pelo estudo do fim terrível do pecado. Aquilo que é contra a justiça e a santidade divina; aquilo que opera ativamente contra o onipotente Deus pode apenas provocar o antagonismo do justo e 46 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo poderoso Deus (Ez 18:24 “Mas, desviando-se o justo da sua justiça e cometendo iniqüidade, fazendo segundo todas as abominações que faz o perverso, acaso, viverá? De todos os atos de justiça que tiver praticado não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu e no seu pecado que cometeu, neles morrerá.”). É esse fim que o pecado gera: a ira do eterno e santo Deus. Aquele que é amigo do mundo tornou-se automaticamente o inimigo de Deus (Tg 4:4 “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”). É esse o fim do pecado: a "inimizade contra Deus" (Rm 8:6 “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz.”). Aquele que resiste a justa autoridade de Deus será, sem misericórdia, reduzido a pó (Mt 21:44 “Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.”; Lc 20:18 “Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.”). Esse "pó" é nada mais do que uma afrontosa morte para os maus (Mt 21:41 “Responderam-lhe: Fará perecer horrivelmente a estes malvados e arrendará a vinha a outros lavradores que lhe remetam os frutos nos seus devidos tempos.”). Quando o pecado é consumado, a morte é gerada (Tg 1:15 “Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.”). Não deve pegar ninguém de surpresa, pois o resultado, ou fim, do pecado é conhecido desde o começo (Gn 2:17, "no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.). A lei avisou do perigo do pecado (Lv 5:17, "E, se alguma pessoa pecar, e fizer, contra algum dos mandamentos do SENHOR... será ela culpada, e levará a sua iniquidade”; Tg 2:10, "Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos”.). Os profetas repetiram o aviso (Is 3:10, 11, "Ai do ímpio! Mal lhe irá; porque se lhe fará o que as suas mãos fizeram”.). O Novo Testamento não deixou o povo menos avisado (Rm 6:23, "Porque o Salário do pecado é a morte"; 1Co 15:56, "o aguilhão da morte é o pecado"). Somente os que negam o que declara a Bíblia, o testemunho dado pela natureza (Rm 1:19, 20 “porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. 20 Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;”) e pela lei escrita no coração de todo homem (Rm 2:14, 15 “14 Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. 15 Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se”) é que estão em dúvida ainda hoje sobre o que merece todo pecado. A verdade resumida é: "A alma que pecar, essa morrerá" (Ez 18:20 “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.”). O homem tem responsabilidade em agradar o seu criador, o Supremo Deus, o infinito (Ec. 12:13 “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.”). O pecado é contra este Deus. Deus é o eterno e infinito ser (Rm 11:33-36 “33 Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! 34 Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? 35 Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? 36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”). Por ser contra Deus, a morte é mais do que uma cessação de existência. A morte, o fim do pecado, é uma eterna e infinita separação de Deus. O primeiro pecado praticado por Satanás resultou em separação imediata da benção de estar aceito na presença de Deus com alegria (Is 14:11-15 “11 Derribada está na cova a tua soberba, e, também, o som da tua harpa; por baixo de ti, uma cama de gusanos, e os vermes são a tua coberta. 12 Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! 13 Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; 14 subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. 15 Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo.”; Ez 28:17 “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem.”). Essa separação continua até hoje e será para toda a eternidade. Quando o homem pecou pela primeira vez ele foi lançado fora do jardim onde ele gozava a presença contínua e abençoada de Deus (Gn 3:8, 23 “Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença 47 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim. 23 O SENHOR Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado.”). Quando a época da graça findar, entenderemos, conforme exposto nas Escrituras, o eterno fim do pecado. Para todo pecador que não tem os pecados lavados pelo sangue de Cristo, o seu fim é: ser lançado fora da presença misericordiosa de Deus no lago de fogo (Ap 20:12-15 “12 Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. 13 Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. 14Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. 15 E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.”). Estes nunca poderão entrar na cidade celestial (Lc 16:26 “E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós.”; Ap 21:27 “Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro.”). Essa separação é uma separação da misericórdia e da benignidade de Deus, que agora está no mundo (Rm 2:4 “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?”; Is 48:22 “Para os perversos, todavia, não há paz, diz o SENHOR.”.). Essa separação é será uma existência eterna conhecendo somente a ira eterna, a maldição e o juízo justo de Deus. A eterna e infinita ira de Deus é "sobre toda a impiedade e injustiça dos homens” (Rm 1:18“A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça;”; Ef 5:6 “Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.”). A eterna e infinita maldição de Deus é “para todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para praticá-las" (Gl 3:10 “Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.”). O juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que fazem a abominação do pecado (Rm 2:1,2 “1 Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas. 2 Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade contra os que praticam tais coisas.”). Pelo fim terrível do pecado podemos entender o que é o pecado e o que necessitou um preço a ser pago por ele. Resumo: Tendo uma percepção clara do que é o pecado, e, entendendo que o homem voluntariamente se tornou um pecador, a Salvação de tal pecado, em um único pecador, nunca pode ser vista como qualquer obrigação de justiça na parte de Deus. Contrariamente, a misericórdia e a graça de Deus, em Jesus Cristo, são exaltadas por Ele Salvar até um único pecador qualquer. Se você não conhece essa misericórdia e graça de Deus, olhe para Jesus Cristo. Deus Salva todos os que venham a Ele pelo Seu Filho (Mt 11:28-30 “28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. 30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.”; Jo 5:24“Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.”; Jo 14:6 “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”; At 4:12 “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.”). 7.2 O Preço Pago Pelo Pecado Pelo estudo das descrições do pecado, o seu fruto e o seu fim, podemos entender o que o pecador merece. Aos pecadores, Deus não deve a Sua misericórdia, a Sua graça, o Seu perdão ou a Sua presença bondosa e eterna. O pecado merece somente a justiça divina. Todo o pecado merece aquela justiça de Deus que julga o pecador à morte e à maldição eterna. É a justiça de Deus que prescreve que o pecador seja separado da Sua presença misericordiosa eternamente (Gn 2:17 “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”; Ez 18:20 “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.”; Rm 6:23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, 48 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo nosso Senhor.”; Jó 36:17 “mas tu te enches do juízo do perverso, e, por isso, o juízo e a justiça te alcançarão.”). Entendendo que o pecado não é apenas um defeito na personalidade humana ou somente uma simples insuficiência de esperteza espiritual, o preço que deve ser pago pelo pecado tem que ser muito mais do que somente uma “ajuda”, “chance”, ou “jeito” divino para o pecador. Pelo estudo da Bíblia podemos entender melhor, não somente o que é que causou um preço a ser pago pelo pecado, mas o próprio preço pago. Entenderemos esse preço pelo estudo de 2Co 5:21 “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”. a. "Aquele" – característicos da pessoa dada como preço do pecado, são apontados pela palavra "aquele" usada em 2Co 5:21. Não foi qualquer pessoa dada como preço do pecado, mas um em particular. Os títulos daquele que foi dado como o sacrifico pelo pecado revela muito. Quem foi dado foi "o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu" (Ap 5:5 “Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.”; Is 11:1, 2 “1 Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. 2 Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR.”), o "Rei dos reis, e Senhor dos senhores" (Ap 19:16 “Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.”), o "Raboni” (Jo 20:16 “Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, lhe disse, em hebraico: Raboni (que quer dizer Mestre”), o "Cordeiro de Deus" (Jo 1:29 “No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”). Quem pagou o preço do pecado é determinado pela simbologia da pedra rejeitada que Deus colocou por "pedra angular" (At 4:11 “Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular.”). Este é “comida espiritual” (Jo 6:54, 63 “54 Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 63 O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.”) e “água viva” (Jo 7:37, 38 “37 No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. 38 Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva.”). "Aquele’ que foi dado é nada menos do que o eterno Verbo" (Jo 1:1 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”; Jo 8:58 “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU.”), Que é "um" com o Pai (Jo 10:30 “Eu e o Pai somos um.”), o "Deus conosco" (Mt 1:23 “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco”), o "SENHOR" (Jeová) do Antigo Testamento revelado no Novo Testamento (Jl 2:28-32 “28 E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; 29 até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias. 30 Mostrarei prodígios no céu e na terra: sangue, fogo e colunas de fumaça. 31 O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR. 32 E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o SENHOR prometeu; e, entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar.”; At 2:16-21 “16 Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: 17 E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; 18 até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão. 19 Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. 20 O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor. 21 E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”; At 16:31“Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.”). O preço pago pelo pecado não foi um preço qualquer. O preço pago foi o próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo (Jo 1:18 “Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.”; Jd 25 “ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!”). O sacrifício dado pelo pecado deve ser homem/Deus. Essa maneira é representada pela Bíblia em maneiras diferentes: um “parente” (Lv. 25:25-27 “25 Se teu irmão empobrecer e vender alguma parte das suas possessões, então, virá o seu resgatador, seu parente, e 49 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo resgatará o que seu irmão vendeu. 26 Se alguém não tiver resgatador, porém vier a tornar-se próspero e achar o bastante com que a remir, 27 então, contará os anos desde a sua venda, e o que ficar restituirá ao homem a quem vendeu, e tornará à sua possessão.”) e um “remidor” bem chegado (Rt 3:12 “Ora, é muito verdade que eu sou resgatador; mas ainda outro resgatador há mais chegado do que eu.”; Rt 4:7, 8 “7 Este era, outrora, o costume em Israel, quanto a resgates e permutas: o que queria confirmar qualquer negócio tirava o calçado e o dava ao seu parceiro; assim se confirmava negócio em Israel. 8 Disse, pois, o resgatador a Boaz: Compra-a tu. E tirou o calçado.”). Cristo é este sacrifício homem/Deus (Gl 3:20 “Ora, o mediador não é de um, mas Deus é um.”; I Tm 2:5,6 “5 Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, 6 o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos.”; 1Co 15:21 “Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos.”; Hb 2:11,17 “11 Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos, 17 Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo.”, "semelhante aos irmãos") que pode morrer no lugar do homem e satisfazer todas os requisitos divinos. Somente Cristo é o representante qualificado dado no lugar do homem, o verdadeiro parente e o remidor bem mais chegado. A representação de Cristo sendo o "último Adão" (Rm 5:14 “Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual prefigurava aquele que havia de vir.”; 1Co 15:45 “Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante.”; Hb 2:11-15 “11 Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos, 12 dizendo: A meus irmãos declararei o teu nome, cantar-te-ei louvores no meio da congregação. 13 E outra vez: Eu porei nele a minha confiança. E ainda: Eis aqui estou eu e os filhos que Deus me deu. 14 Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, 15 e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida.”) indica que somente Ele é o único que pode ser o sacrifício ideal pelo pecado do homem. Além dEle, não há outro (At 4:12 “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.”; 1Co 3:11 “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.”). b. "Que não conheceu pecado" – a divindade de Cristo é apontado por esta frase: "que não conheceu pecado" em 2Co 5:21 “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”. Cristo é sem pecado. Ele é o "Santíssimo" (Dn 9:24 “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos.”; Is 53:9 “Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca.”; Lc 1:35 “Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.”; Hb 7:26 “Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus”; Hb 9:13, 14 “13 Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, 14 muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!”; 1Pe 2: 22,23 “22 o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; 23 pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente,”), aquele em quem "não há pecado" (1Jo 3:5 “Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado.”), o "Justo" (1Pe 3: 18 “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito”; 1Jo 2:1 “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, 50 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;”). Pela qualidade de Cristo ser imaculado (1Pe 1: 18,19 “18 sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, 19 mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”), Ele é chamado "Luz” (Jo 8:12 “De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.”; Jo 9:5“Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.”; Jo 12:46 “Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.”), “a Verdade, e a Vida” (Jo 11:25 “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá;”; Jo 14:6 “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”; 1Jo 5:12 “Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.”). A Sua qualidade de divindade é apontada por Ele ser o “filho de Deus” que não nasceu, mas foi dado (divindade). O que nasceu foi o “menino" (humanidade, Is 9:6 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;”). A divindade de Cristo é entendido por Ele ser “eterno” (Lc 1:32,35 “32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; 35 Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.”; Jo 1:1 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”; Ap 21:6 “Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.”, "o Alfa e o Ômega"; Ap 22:16 “Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã.”), um atributo do divino. Cristo não foi criado mas é o Criador (Cl 1:16,17 “16 pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. 17 Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.”; Jo 1:3 “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.”). Outros atributos de Cristo que revelam a Sua divindade são: onipotência (Sl 2:9“Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro.”; Mt 28:18 “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.”; Jo 10:18 “Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai.”), onisciência (Mc 2:8 “E Jesus, percebendo logo por seu espírito que eles assim arrazoavam, disse-lhes: Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração?”; Jo 2:24,25 “24 mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque os conhecia a todos. 25 E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana.”; Jo 16:30 “Agora, vemos que sabes todas as coisas e não precisas de que alguém te pergunte; por isso, cremos que, de fato, vieste de Deus.”) e onipresença (Mt 18:20 “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.”; Mt 28:20 “ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”). Por Cristo não conhecer pecado, Ele é exaltado (Sl 89:27“Fá-lo-ei, por isso, meu primogênito, o mais elevado entre os reis da terra.”; Dn 7:14 “Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.”; At 2:36 “Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.”; Cl 1:18,19“18 Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, 19 porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude”; Fp 2:7-11 “7 antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, 8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. 9 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.”; Hb 7:26 “Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus,”; Ap 19:16 “Tem no seu manto e na sua coxa um nome 51 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.”) e designado como soberano (Jo 3:35 “O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos.”; Jo 13:3 “sabendo este que o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele viera de Deus, e voltava para Deus”; Jo 17:2 “assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.”; At 10:36 “Esta é a palavra que Deus enviou aos filhos de Israel, anunciando-lhes o evangelho da paz, por meio de Jesus Cristo. Este é o Senhor de todos.”, "o Senhor de todos"; 1Co 15:57 “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.”; 1Pe 3:22“o qual, depois de ir para o céu, está à destra de Deus, ficando-lhe subordinados anjos, e potestades, e poderes.”). O preço que foi dado pelo pecado foi o próprio Deus na pessoa de Jesus Cristo. Cristo é o único nome dado entre os homens pelo qual devamos ser Salvos (At 4:12 “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.”; 1Co 3:11 “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.”). Se misturarmos a Salvação com qualquer outra obra, angelical ou humana, ou com outra pessoa qualquer, a não ser unicamente a pessoa de Cristo, desprezamos "Aquele que não conheceu pecado" que o Pai deu (Jo 3:16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”). c- "o fez pecado" – a humanidade de Cristo é apontado por este frase: o fez pecado" (2Co 5:21“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”). Ainda que Cristo tenha sido gerado pelo Espírito Santo (Mt 1:20 “Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo.”), ele nasceu de mulher, sob a lei (Is 9:6 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;”; Lc 2:7,11 “7 e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. 11 é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor..”; Gl 4:4 “vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,”). Cristo tinha uma mãe humana e também irmãos na carne (Mt 13:55,56 “55 Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas? 56 Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto?”; Lc 8:19 “Vieram ter com ele sua mãe e seus irmãos e não podiam aproximar-se por causa da concorrência de povo.”) e cresceu em estatura e conhecimento como qualquer outro menino (Lc 2:40,52 “Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. 52 E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens..”). Ele submeteu-se aos seus pais humanos (Lc 2:51 “E desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso. Sua mãe, porém, guardava todas estas coisas no coração.”), caminhou (Jo 4.3-6 “3 deixou a Judéia, retirando-se outra vez para a Galiléia. 4 E era-lhe necessário atravessar a província de Samaria. 5 Chegou, pois, a uma cidade samaritana, chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José. 6 Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta.”) e se cansou pelo caminho. Cristo mostrou-se humano por ter fome (Mt 4:2 “E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome.”), sentir sede (Jo 19:28 “Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede!”), experimentar tristeza (Jo 11:33 “Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se.”), a ira (Mt 21:12 “Tendo Jesus entrado no templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam; também derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.”; Jo 2:17 “Lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me consumirá.”), o desprezo (Mt 13:57 “E escandalizavam-se nele. Jesus, porém, lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa.”) por chorar (Jo 11:35”Jesus chorou.”) e por alegrar-se no Espírito Santo (Lc 10:21 “Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.”). Por ser homem Cristo foi tentado em tudo (Hb 4:15 “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem 52 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo pecado.”) e foi limitado no conhecimento das coisas de Deus (Mt 24:36 “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai.”; Mc 13:32 “Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai.”). A prova maior que Cristo foi homem é entendido em que Ele foi feito pecado (2Co 5:21“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”; Is 53:4-6 “4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.”), em conseqüência de tal, foi pendurado corporalmente na cruz (Mt 27:38, 42 “E foram crucificados com ele dois ladrões, um à sua direita, e outro à sua esquerda. 27 Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele.”; Jo 19:31“Então, os judeus, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação, pois era grande o dia daquele sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados.”), furado por lança (Jo 19:34 “Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.”; Jo 20:27 “E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.”) de cuja ferida saiu água e sangue (Jo 19:34 “Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.”). O sofrimento de Cristo foi até a morte (Fp 2:7, 8 “7 antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, 8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.”; Jo 19:30 “Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito.”) depois foi sepultado (Jo 19:38-42 “38 Depois disto, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, ainda que ocultamente pelo receio que tinha dos judeus, rogou a Pilatos lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. Pilatos lho permitiu. Então, foi José de Arimatéia e retirou o corpo de Jesus. 39 E também Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus à noite, foi, levando cerca de cem libras de um composto de mirra e aloés. 40 Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com os aromas, como é de uso entre os judeus na preparação para o sepulcro. 41 No lugar onde Jesus fora crucificado, havia um jardim, e neste, um sepulcro novo, no qual ninguém tinha sido ainda posto. 42 Ali, pois, por causa da preparação dos judeus e por estar perto o túmulo, depositaram o corpo de Jesus.”). O preço pago pelo pecado não foi pouco, mas foi a vida do próprio Filho de Deus, o homem, Cristo Jesus. Ai daquele que rejeita tal sacrifício pelos pecados. Se você ainda não é Salvo, não espere por um outro maior sacrifício ser dado pelos pecados. Não há maior sacrifício do que o filho dado por Deus e o menino nascido por mulher que é chamado Jesus Cristo. Venha a Ele já. 7.3 Por Quem este Preço foi Pago "Por nós" – por quem o preço do pecado foi pago é entendido pelas palavras "por nós" de 2Co 5:21 “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”. Cristo é "aquele" que representa os "seus". Os pecadores são feitos pecadores por serem em Adão (Rm 5:12 “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”). Os Salvos são feitos santos por estarem em Cristo, antes da fundação do mundo (Rm 5:19 “Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos.”; Ef 1:4 “assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor”). Como Adão representa todos os homens, sem exceção de nenhum, assim Cristo representa todos "os que são de Cristo", sem exceção de nenhum (1Co 15:22, 23 “22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. 23 Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.”; 2Co 5:14, 15 “14 Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. 15 E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.”). A obra de Cristo foi uma substituição legal para os seus em particular (Hb 2:11 “Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos”). 53 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo A Bíblia claramente mostra por quem o preço pelo sacrifício do Divino/humano Cristo Jesus foi pago usando várias terminologias específicas. Os que foram salvos para receberem as bênçãos do sacrifício de Cristo são aqueles por quem Deus decidiu compadecer-se e pelos quais Ele quis ter misericórdia (Rm 9:15, 16 “15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.”). Estes crêem no Evangelho por serem os que são "ordenados para a vida eterna" (At 13:48 “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”). Estes ordenados ou, como já temos visto, os escolhidos ou os eleitos, são anteriormente determinados por Deus (Ef 1:4 “assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor”; 2Ts 2:13 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,”) e são nomeados "povo seu" (Tt 2:14 “o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.”), "seu povo" - os judeus (Mt 1:21 “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.”; Sl 110:3 “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como o orvalho emergindo da aurora, serão os teus jovens.”), "os seus" – seus discípulos (Jo 13:1 “Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.”) ou "meu povo" – os judeus (Êx 8:23 “Farei distinção entre o meu povo e o teu povo; amanhã se dará este sinal.”; 2Co 2:15,16 “15 Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. 16 Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem, porém, é suficiente para estas coisas?”). São particularmente por estes que Cristo veio Salvar (Mt 1:21 “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.”). Os homens que serão Salvos são chamados "ovelhas", e são estas ovelhas somente pelas quais Cristo deu a Sua vida (Jo 10:11 “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas.”; Jo 10.14-16 “14 Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, 15 assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. 16 Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor.”; Is 53:4-6,8 “4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. 8 Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido.”). Estes homens que hão de crer, que são os do mundo que o Pai deu a Cristo, são estes, pelos quais Cristo se santificou e orou particularmente e ainda ora (Jo 17:6, 9, 11, 19, 21 “Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra. 9 É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus; 11 Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guardaos em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós. 19 E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. 21 a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.”; Hb 7:25 “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.”). Este, pelos quais Cristo se deu, em outras passagens são chamados "amigos" (Jo 15:13, 14 “13 Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. 14 Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando.”), "meus irmãos" (Hb 2:12“12 dizendo: A meus irmãos declararei o teu nome, cantar-te-ei louvores no meio da congregação.”) e os "filhos que Deus me deu" (Hb 2:13 “13 E outra vez: Eu porei nele a minha confiança. E ainda: Eis aqui estou eu e os filhos que Deus me deu.”; 1Jo 3:1 “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa 54 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo”) enfatizando ainda mais a relação particular que têm os que foram dados pelo Pai ao Filho. São estes mesmos que são os "chamados" (Hb 9:15 “Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados”.) que foram conhecidos intimamente e predestinados antes (Rm 8:28-30 “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”). Estes predestinados, uma vez Salvos pela mensagem da pregação da Palavra de Deus e pela obra do Espírito Santo, quando ajuntados em obediência pública, são chamados o "corpo de Cristo" ou a Sua "igreja" (Ef 5:23, 25 “23 porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. 25 Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,”). É neste sentido de coletividade dos que serão Salvos e ajuntados no céu que entendemos um sacrifício particular, pois é dito que é "Ele próprio o Salvador do corpo" (Ef 5:23“porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo.”) e que pela igreja "a si mesmo se entregou por ela" (Ef 5:25 “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”). É determinado biblicamente que foi por estes ajuntados que "Ele resgatou com seu próprio sangue" e não os fora do seu ajuntamento [o ajuntamento futuro no céu de todos os Salvos de todas as épocas e o ajuntamento dos salvos que estiverem na terra quando da vinda do Senhor] (At 20:28 “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.”). Foi o propósito de Cristo cuidar particularmente do Seu "pequeno rebanho" (Lc 12:32 “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino”). Um propósito que Ele efetua na Salvação pelo Seu sangue e na santificação pelas Suas igrejas (Ef 4:11-16 “11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, 12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, 13 Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, 14 para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. 15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, 16 de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.”). Estes, que o Pai concede vir a Cristo (Jo 6:65 “E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido.”), pela obra do Pai e do Espírito Santo (Jo 6:45 “Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim.”; Is 54:13 “Todos os teus filhos serão ensinados do SENHOR; e será grande a paz de teus filhos.”) e pela Palavra de Deus (Rm 10:17 “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.”; 1Pe 1: 23 “pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.”) são os que recebem Cristo pela fé (Jo 1:12“12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;”). Estes mesmos "que crêem no Seu nome" são, os que passivamente "o receberam" (Jo 1:12“12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;”), os que nasceram espiritualmente da vontade de Deus (Jo 1:13”13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”) e não por qualquer esforço do homem (Rm 9.16 “Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.”). Por estes Cristo se santificou (Jo 17:19 “E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade.”). Não há dúvida nenhuma que Cristo foi feito pecado por certas pessoas em particular (2Co 5.21“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”). Foi por somente estes que Ele morreu (Rm 5:8 “Mas Deus prova o 55 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”; Tt 2:14 “o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras.”) e todos os pecados que Ele levou sobre si serão verdadeiramente cobertos no dia do julgamento (Hb 9:12 “não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.”; Ap 5:9 “e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação”). Exatamente o que Cristo fez "por nós" é entendido por várias palavras na Bíblia, tais como redenção, propiciação, Salvação e expiação. Um estudo detalhado sobre cada uma destas palavras, considerando as suas naturezas, qualificações, contextos e usos, ensinará claramente tanta a natureza da obra Salvadora de Cristo quanto por quem a Sua obra foi feita. A obra de Cristo "por nós" é uma obra federal ou representativa. Como na aliança do Antigo Testamento era englobado o povo de Deus pelas promessas, os eleitos são representados por Cristo na Sua obra de Salvação (Gl 2:20 “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”, "Já estou crucificado com Cristo"). Como o primeiro Adão representava todo homem na humanidade (Rm 5:12 “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”; 1Co 15:47 “O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu.”), assim o Segundo Adão (Cristo) representa todos os Salvos (1Co 15:22, 23 “22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. 23 Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.”, "os que são de Cristo"). Por Cristo ser feito "semelhante aos irmãos" (Hb 2:17 “Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo.”) "contado com os transgressores" (Is 53:12 “Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.”) porém “espírito vivificante” (1Co 15:45 “Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante.”), Ele, junto com Seu povo, identificou-se como uma unidade diante da ira de Deus. Por Cristo representar todos os seus é dito que os seus são "crucificados com Cristo" (Gl 2:20 “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”), mortos com Ele (Rm 6:8 “Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos,”), sepultados com Ele (Rm 6:4 “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.”), vivificados com Ele (Cl 2:13 “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos;”), ressuscitados juntamente com Ele (Ef 2:6 “e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;”) e os fez assentar nos lugares celestiais Nele (Ef 2.6 “e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”). A obra que Cristo fez, verdadeiramente representa "os salvos". A obra de Cristo "por nós" também foi vicária ou, em substituição (1Pe 3: 18, “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito,” "o justo pelos injustos"). Cristo não fez algo simplesmente bom para o beneficio de um outro, mas Ele tornou-se um ser em semelhança de homem, no tempo e lugar próprio (Gl 4:4 “vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,”; Fp 2:7 “antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,”). Cristo, sendo feito como nós diante da lei ficou sujeito à pena da justiça de Deus. Cristo, sendo feito "pecado por nós" (2Co 5:21 “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”), foi sujeito à morte. Sendo feito "semelhante aos irmãos" (Hb 2:17 “Por isso 56 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo.”) a Sua obra nos absolveu da lei do pecado e da morte (Rm 8:3, 4 “3 Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, 4 a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.”). Deus moeu Cristo, pois Ele era "o castigo que nos traz a paz" (Is 53:4-6 “4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.”). Portanto, não há mais nenhuma condenação para os que estão em Cristo (Rm 8:1 “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”). A obra de Cristo para a Salvação verdadeiramente foi em substituição "por nós". A obra de Cristo "por nós" foi penal. Cristo, como nosso representante e sendo "feito pecado por nós" tem que sofrer as conseqüências da transgressão do Seu povo (Is 53:4-8 “4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. 7 Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. 8 Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido.”; Mt 1:21 “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.”; Jo 17:9 “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus;”). Entendemos isso pela Sua morte. Cristo foi obediente em tudo (Fp 2:7 “antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana,”), e, portanto, não devia ser castigado. Cristo foi sem pecado (2Co 5:21 “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”), e, portanto, não devia morrer. Cristo é justo (1Pe 3: 18 “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito,”), e, portanto, não devia ter sido desamparado pelo Pai. Todavia, era necessário que Cristo fosse castigado, morto e desamparado por Ele ter sido "feito pecado" pelos Seus como figuradamente era feito com o “bode expiatório” no Antigo Testamento (Lv 16:21 “Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo e sobre ele confessará todas as iniqüidades dos filhos de Israel, todas as suas transgressões e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem à disposição para isso.”; Is 53:6, 12 “6Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. 12 por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.”; Hb 9:28 “assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.”). Pela vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, os que estão Nele são feitos justos diante de Deus (Rm 8:1, 2 “1 Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. 2 Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.”). Verdadeiramente, a obra Salvadora de Cristo foi penal "por nós". A obra de Cristo "por nós" foi sacrificial (1Co 5:7 “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.”, “... Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós"). Cristo foi a expiação do próprio pecado (Is 53:10 “Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendoo enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua 57 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos.”) e, isso, voluntariamente (Jo 10:18 “Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai.”; Hb 7:27 “que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu.”). Cristo fez essa obra sacrificial como o Pai propôs (Rm 3:25 “a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos;”) pela obra do Espírito Santo (Hb 9:14 “muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!”; Is 61:1) “O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados;”). Essa obra sacrificial de Cristo foi uma obra redentora, uma compra de um “rebanho em particular” com Seu próprio sangue (At 20:28 “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.”; 1Co 6:19, 20 “19 Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? 20 Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.”). Também foi tanto uma obra sacrifical como sacerdotal. Como os sacerdotes no Antigo Testamento ministravam diante de Deus para homens em particular, Cristo ministrou diante de Deus para todo os Seus (Hb 9.11-15 “11 Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, 12 não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. 13 Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, 14 muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo! 15 Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.”; Hb 9.25-28 “25 nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. 26 Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. 27 E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, 28 assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.”; Hb 10:12-18 “12 Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus, 13 aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. 14 Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados. 15 E disto nos dá testemunho também o Espírito Santo; porquanto, após ter dito: 16 Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as inscreverei, 17 acrescenta: Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para sempre. 18 Ora, onde há remissão destes, já não há oferta pelo pecado.”). Não há dúvida nenhuma que a obra de Cristo como Salvador "por nós" foi sacrificial. Portanto, todos em Cristo são feitos, mais cedo ou mais tarde, justos diante de Deus. A todos os homens (sem a exceção de nenhum) deve ser declarada publica e zelosamente a mensagem do Evangelho que Cristo é o Salvador de todos os pecadores arrependidos e crentes Nele (Jo 3:16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”). Portanto, se você está convencido dos seus pecados e entende que merece somente a ira e o julgamento de Deus, a mensagem é: Venha a Deus pela fé na obra completa de Cristo. Por Cristo, Deus é grande em perdoar (Is 55:7 “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o 58 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo nosso Deus, porque é rico em perdoar.”). Venham, tome de graça da água da vida, todos que querem (Ap 22:17 “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida”), todos que tenham sede (Is 55:1-3 “1 Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. 2 Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares. 3 Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi.”), e, todos que sejam oprimidos e cansados dos seus pecados (Mt 11:2830 “28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. 30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.”). 7.4 Objeções Existem as pessoas que querem dizer que Cristo morreu por todo e qualquer homem no mundo sem uma exceção de nenhum. Creio que há versículos que aparentemente ensinem essas doutrinas. Todavia, se o que eles aparentam for correto, todos os versículos já citados como prova, que Cristo veio Salvar e morrer por alguns em particular ficarão sem explicação alguma. Os versículos que aparentam a fornecer um entendimento para uma expiação geral para todo a humanidade por Cristo podem ser entendidos melhor se o contexto de cada um fosse levado em consideração e não apenas o que aparentam ensinar. 2Pe3: 9 “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.” é um versículo usado geralmente para provar que Deus quer que todos os homens de todo lugar no mundo e todos os tempos venham ao arrependimento. Se o próprio versículo fosse lido com calma e sem uma emoção exaltada, seria entendido por quem Deus é desejoso. O desejo de Deus é para "conosco", os a quem Pedro escreve a sua epístola ("aos que igualmente alcançaram fé igualmente preciosa", 2Pe 1: 1 “Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo,”). São estes em particular que Deus não quer perder e pelos quais Ele é desejoso que venham ao arrependimento. Adicionalmente, ao versículo 2Pe 3: 9, podemos estabelecer o fato que a palavra "todos" não significa a absoluta totalidade das pessoas que podem existir. Existe na definição do pronome indefinido "tudo" no Dicionário Eletrônico Aurélio o sentido: 4. Todas as pessoas de quem se trata; todos: "e os amigos sem nome (tantos), / em alegria companheira, / tudo se junta, oferecendo-se, / numa rosa, a Manuel Bandeira." (Carlos Drummond de Andrade, José & Outros, p. 111). Os léxicos do grego permitem o mesmo sentido (#3956, individualmente, cada um, ou, coletivamente, uns de todos, Strong’s). Esse sentido cabe bem com o "todos" de 2Pe 3: 9 “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.”. O "todos" trata com os "alguns" que tem ligação com aqueles representados com o pronome "conosco". Quer dizer, Deus tem os Seus entre quais alguns são Salvos já e outros que ainda não são. Os que ainda não são, Deus não quer que nenhum destes se percam senão que todos estes venham a arrepender-se. Os versículos 1Jo 2:1, 2 “1 Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; 2 e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.” que parecem enfatizar uma expiação geral, em verdade não ensina isso. O apóstolo João está escrevendo aos judeus e ele relata a verdade que a Salvação por Cristo não é somente entre os judeus, mas para os de "todo o mundo". Quer dizer: os gentios podem ser Salvos também. O apóstolo João, pela revelação em Apocalipse, revela que de "todo o mundo" há Salvação, sim, ‘uns de todos’ (Strong’s) ou, quer dizer, "homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação" (Ap 5:9 “e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação”). O versículo Romano 3:9 usa os dois, "tantos judeus como gregos" no sentido de "todos" (Rm 3.9 “Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado;”); da mesma forma 59 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo que (1Jo 2:1, 2 “1 Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; 2 e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.”). Na verdade, poucas são as vezes, entre os 1.234 usos da palavra “todos” no Novo Testamento (#3956 no Strong’s, Concordância Fiel), que a palavra "todos" significa a totalidade das pessoas. Geralmente o próprio texto torna evidente a sua limitação. João 3.16 é um outro versículo usado por muitos para estabelecer o pensamento que Deus ama igualmente todos os homens e se empenha de igual forma a Salvar todos eles de igual forma (Jo 3:16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”). Essa premissa fundamenta-se na suposição que quando a palavra "mundo" é usada, quer significar ‘todo mundo’ sem a exceção de nenhuma pessoa. Uma consideração de Jo 1:10 revelará três maneiras diferentes de usar essa única palavra (o "mundo" na terra em oposição ao céu; o "mundo" como o universo; o "mundo" apontando aos homens que não creram nEle (Jo 1.10 “O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.”)). A palavra "mundo" pode ser usada para representar o universo (At 17:24 “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas.”), a terra (Jo 13; 1 “Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim”; Ef 1:4 “assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor”), o sistema mundano (Jo 12:31; “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso.”; 1Jo 5:19 “Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno.”), toda a raça humana (Rm 3:19“Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus,”), toda a humanidade exceto os crentes (Jo 5:22-24 “22 E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento, 23 a fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou. 24 Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.”; Jo 15:18 “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim.”; Rm 3:6 “Certo que não. Do contrário, como julgará Deus o mundo?”), e os gentios em contraste com os judeus (Rm 11:12 “Ora, se a transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento, em riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude!”). A palavra "mundo" também pode ser usada para representar os crentes (Jo 1:29 “No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”; Jo 3:16, 17 “16 Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.”; Jo 6:33 “Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo.”; Jo 12:47 “Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo; porque eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo.”; 1Co 4:9 “Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens.”; 2Co 5:19 “a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.”). Portanto, quando a palavra "mundo" for aplicada para ensinar a doutrina, devem ser levados em consideração esses usos também. O estudo bíblico não deve ser baseado numa suposição criada da lógica humana. Em resumo, é necessário lembrar o que a doutrina declarada pelas palavras "eleição" e os seus derivativos, juntamente com as evidências múltiplas e bíblicas que apontam para uma expiação particular, ensinam quando é determinado o significado das palavras "todos" e "todo o mundo". Com estudo bíblico será entendido que Cristo, que não conheceu pecado, foi feito pecado por todos que o Pai anteriormente deu a Cristo, e somente por estes. 7.5 O Efeito do Preço Pago "Para que Nele fossemos feitos a justiça de Deus" – Aqueles por quem Cristo pagou o preço dos pecados são verdadeiramente feitos a "justiça de Deus" (2Co 5:21 “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”). Como Cristo foi feito semelhante aos seus "irmãos" (Hb 2:17 “Por isso mesmo, 60 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo.”) os "Seus" são feitos membros do "seu corpo, da Sua carne, e dos Seus ossos" (Ef 5:30 “porque somos membros do seu corpo.”). Deus é satisfeito pelo trabalho da alma de Cristo (Is 53:11 “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.”). Sendo "por nós" que Cristo trabalhou e ainda intercede (Rm 8:33, 34 “33 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. 34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.”), estes mesmos (os membros do corpo de Cristo) estarão todos junto com Cristo à direita de Deus. Não há nenhum eleito, por quem Cristo morreu, que não se apresentará justo diante de Deus no dia do julgamento final. Os que são chamados (Rm 8:28, 29 “28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”) são os mesmo que são perdoados (Sl 85:2-10 “2 Perdoaste a iniqüidade de teu povo, encobriste os seus pecados todos. 3 A tua indignação, reprimiste-a toda, do furor da tua ira te desviaste. 4 Restabelece-nos, ó Deus da nossa salvação, e retira de sobre nós a tua ira. 5 Estarás para sempre irado contra nós? Prolongarás a tua ira por todas as gerações? 6 Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo? 7 Mostra-nos, SENHOR, a tua misericórdia e concede-nos a tua salvação. 8 Escutarei o que Deus, o SENHOR, disser, pois falará de paz ao seu povo e aos seus santos; e que jamais caiam em insensatez. 9 Próxima está a sua salvação dos que o temem, para que a glória assista em nossa terra. 10 Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram.”; Is 1:18 “Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã.”), reconciliados (2Co 5:20 “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.”), sarados (1Pe 2: 24 “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.”; Is 53:4-7, 11 “4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. 7 Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. 11 Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.”), libertos (Ap 1:5 “e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados,”; 1Pe 1: 8,18,19 “8 a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, 18 sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, 19 mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo,”) lavados e regenerados (Tt 3:5 “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,”). Pelo poder de Deus estes são desejosos a virem a Cristo (Sl 110:3 “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como o orvalho emergindo da aurora, serão os teus jovens.”) e serão feitos vivos quando vêm a Cristo (1Jo 5:12 “Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.”; Ef 2:1“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,”; Jo 5:24 “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.”) e justificados (Is 53:11 “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre 61 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo si.”; Rm 3:24-26 “24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, 25 a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; 26 tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.”; Rm 8:1“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”; Rm 10:4 “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.”; Fp 3:9 “e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé;”). Todo aquele que o Pai tem dado a Cristo, em tempo oportuno, virá a Cristo (Jo 6:3, 39, 45 “3 Então, subiu Jesus ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos. 39 e a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. 45 Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim.”) e serão intrépidos (2Tm 1:7 “Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.”), guardados (Jd 1 “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo,”; Jd 24, 25 “24 Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória, 25 ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!”; Jo 10:27,28 “27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. 28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.”), feitos aceitáveis a Deus (Ef 1:6 “para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado,”) protegidos (1Jo 2:1 “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;”) e, sem a menor dúvida, glorificados (Jo 6:44 “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.”; Jo 17:2 “assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.”; Rm 8:30 “E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”). A certeza disso é tão firme quanto à vontade de Deus (Jo 6:38 “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.”; Sl 115:3 “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.”; Sl 135:6 “Tudo quanto aprouve ao SENHOR, ele o fez, nos céus e na terra, no mar e em todos os abismos.”). Não há limitação nenhuma para a vontade de Deus (Dn 4:35 “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”). Os que estavam longe estão agora perto (Ef 2:13“Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo.”; Hb 7:25 “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.”); os que eram filhos da ira praticando todo e qualquer pecado, são agora, em Cristo, feitos filhos de Deus (Ef 2:2 “nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;”; 1Jo 3:2 “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”; Rm 8:14, 15 “14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. 15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”); os que eram inimigos agora são embaixadores da verdade pela obra de Cristo (Rm 8:6-8 “6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”; 2Co 5:20 “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.”). O que tem acontecido no passado com os "em Cristo" continuará a acontecer para os "seus" que ainda não nasceram, pois "todo o que o Pai" tem dado a Cristo "virá a Ele" (Jo 6:37, 39 “37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. 39 E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me 62 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia.”; Jo 17:2 “assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.”; Mt 24:24 “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.”). Que Deus tenha misericórdia dos Seus, trazendo todos os Seus eleitos à Salvação por Cristo (2Ts 2.13 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,”). É o nosso desejo e oração que estes mesmos creiam e sejam trazidos a tais posições de benção espiritual em lugares celestiais por Cristo. Também é o nosso desejo que todos estes Salvos vivam em todo o santo trato e piedade diante de um mundo em trevas por ter tal Salvação (2Tm 2:19 “Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor.”). 8. A Chamada à Salvação 1Pe 1:18-20 “18 sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, 19 mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, 20 conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós” O fato que Cristo, o Filho de Deus, tornou-se homem, representando os eleitos, no lugar deles, recebendo a pena que recairia sobre eles, e dando a Sua vida em sacrifício por eles não faz que estes eleitos sejam automaticamente Salvos. Estes têm um "tempo de amor" que particularmente acontece em seu tempo oportuno segundo o calendário divino (Ez 16:8 “Passando eu por junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de amores; estendi sobre ti as abas do meu manto e cobri a tua nudez; dei-te juramento e entrei em aliança contigo, diz o SENHOR Deus; e passaste a ser minha.” Este texto de Ezequiel trata da eleição de Jerusalém como cidade santa). Aqueles por quem Cristo morreu precisam ser trazidos a ouvir a mensagem de Cristo, terem os corações vivificados para que possam entender a mensagem, e, eles necessitam receber a fé para que possam crer em Jesus o Salvador eficaz que é apresentado pelo Evangelho. O processo que transforma o eleito em um ouvinte com entendimento e fé será tratado na seção do estudo: os Meios que Deus usa, ou A Chamada à Salvação. É fato que os eleitos de Deus serão chamados (Rm 8:29, 30 “29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”). Em ordem cronológica, o que veio primeiro foi o conhecimento de Deus dos Seus, que determinou a predestinação deles. Seguindo essa fase da obra da Salvação vem a própria chamada de Deus ao pecador eleito para que ele seja integrado ao plano salvífico de Deus. 8.1 Deus Usa Meios para Cumprir a Sua Vontade Os que Deus elegeu não são Salvos no ato da sua eleição (na eternidade) simplesmente por serem eleitos. Estes serão Salvos em um tempo futuro em conseqüência dos meios que Deus determina. A eleição não é a própria Salvação, mas conduz "para a Salvação" (2Ts 2:13 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,”). Não há nenhuma dúvida que a eleição resultará na Salvação de todos os eleitos em seu tempo propício. Essa eleição para a Salvação acontecerá pela operação dos meios que Deus ordena. É claro que Deus usa meios para completar, em tempo próprio, o que Ele determinou na eternidade passada. Um exemplo de meio usado para fazer a Sua vontade é a própria morte de Cristo. É dito que Cristo "foi morto desde a fundação do mundo" (Ap 13:8 “e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.”). Esta ação foi completa na eternidade passada já na mente de Deus. Mas, em tempo propício, no mundo, diante dos homens, Cristo foi preso, crucificado e morto pelas mãos de injustos (At 2:23 “sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos;”; At 4:27, 28 “27 porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, 28 para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito 63 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo predeterminaram;”). Também, a obra de eleição foi feita na eternidade, mas o seu efeito, a própria Salvação, somente é visto em tempo como conseqüência da operação e a cooperação dos meios divinamente programados (1Pe 1: 20,21 “20 conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós 21 que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus.”). Ainda que as obras de Deus relativas à eleição estivessem concluídas "desde a fundação do mundo" (Hb 4:3 “Nós, porém, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus tem dito: Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Embora, certamente, as obras estivessem concluídas desde a fundação do mundo.”), elas virão a serem realizadas entre os homens em tempo por meios que Deus usa (Rm 10:13-15 “13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!”). Os meios da chamada de Deus na Salvação podem ser diferenciados se forem contemplados os alvos da chamada (os Salvos ou os não Salvos), o efeito da chamada (a convicção somente ou a regeneração) e a maneira que a chamada é dada (interna ou exteriormente). Os meios que Deus usa para trazer os Seus a Ele freqüentemente cooperam entre si. Por crermos que Deus antecede qualquer obra humana, listamos os meios internos primeiros. Estes meios internos são às vezes nomeados "a chamada interna". A chamada interna ou os meios internos são aquelas obras invisíveis que Deus opera suave e eficazmente no coração dos Seus. 8.1.1 Os Meios Internos ou A Chamada Interna Os meios internos são aqueles meios invisíveis empregados por Deus no interior do homem antes mesmo que o homem perceba qualquer ação nele em prol da sua Salvação. 8.1.1.1 A Graça de Deus – 2Tm 1:9 “que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,” Por necessidade é importante listar a graça em primeiro lugar destes meios que Deus usa na chamada à Salvação, pois Deus é a primeira causa de qualquer obra boa (1Tm 1:17“Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!”). A graça é aquele maravilhoso atributo de Deus que é manifesto quando Deus derrama bênçãos em quem não as merece. Pela Palavra de Deus, pode ser observado que há dois tipos de graça: a comum que é dada a todos os homens, mas não Salva ninguém e a especial que opera eficazmente nos eleitos trazendo-os seguramente à Salvação por Jesus Cristo. 8.1.1.1A Graça Comum ou Geral A graça comum é manifestada a todos indistintamente (Sl 136:25 “e dá alimento a toda carne, porque a sua misericórdia dura para sempre.”; Sl 145:9 “O SENHOR é bom para todos, e as suas ternas misericórdias permeiam todas as suas obras.”; At 17:24-26 “24 O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. 25 Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; 26 de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação;”) incluindo bênçãos ao estrangeiro dando-lhes pão e vestimenta (Dt 10:17-19 “17 Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno; 18 que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e vestes. 19 Amai, pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito.”); à natureza suprindo todas as suas necessidades (Sl 104:11-22 “11 dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. 12 Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. 13 Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. 14 Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, 15 o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. 16 Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, 17 em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. 18 Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, 64 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo o refúgio dos arganazes. 19 Fez a lua para marcar o tempo; o sol conhece a hora do seu ocaso. 20 Dispões as trevas, e vem a noite, na qual vagueiam os animais da selva. 21 Os leõezinhos rugem pela presa e buscam de Deus o sustento; 22 em vindo o sol, eles se recolhem e se acomodam nos seus covis.”; Lc 12:6 “Não se vendem cinco pardais por dois asses? Entretanto, nenhum deles está em esquecimento diante de Deus.”; Mt 6:2830 “28 E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. 29 Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 30 Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?”). A graça comum se estende tanto aos justos e injustos como aos bons e maus dando-lhes sol, chuva e tudo para viver bem (Dt 29:5 “Quarenta anos vos conduzi pelo deserto; não envelheceram sobre vós as vossas vestes, nem se gastou no vosso pé a sandália.”; Mt 5:43-45 “43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. 44 Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; 45 para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.”; Lc 6:35 “Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus.”; Lc 16:25 “Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos.”). Essa graça comum é dada aos homens em geral dando-lhes um governo civil que é um instrumento de Deus (Rm 13:3, 4 “3 Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, 4 visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.”; 1Pe 2:14 “quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto para castigo dos malfeitores como para louvor dos que praticam o bem.”). A graça comum faz parte das coisas minuciosas ("até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados", Lc 12:7 “Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais! Bem mais valeis do que muitos pardais.”) até as coisas impossíveis de medir, a preservação do mundo e tudo que nele há (Ne 9:6 “Só tu és SENHOR, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto há neles; e tu os preservas a todos com vida, e o exército dos céus te adora.”; Cl 1:16, 17 “16 pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. 17 Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.”). Conjuntamente com estas bênçãos Deus também dá a mensagem de Salvação a muitos que nunca serão Salvos (Mt 13:19-22 “19 A todos os que ouvem a palavra do reino e não a compreendem, vem o maligno e arrebata o que lhes foi semeado no coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho. 20 O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria; 21 mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza. 22 O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera.”; At 14:15-17 “15 Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles; 16 o qual, nas gerações passadas, permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos; 17 contudo, não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do céu chuvas e estações frutíferas, enchendo o vosso coração de fartura e de alegria.”; Rm 2:4 “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?”; I Tm 4:10 “Ora, é para esse fim que labutamos e nos esforçamos sobremodo, porquanto temos posto a nossa esperança no Deus vivo, Salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis.”). Essa graça comum pode ser resistida (Mt 23:37 “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!”) e é resistida por todos que vão para o inferno. Que essa graça geral não é Salvadora é entendida pela observação que os maus continuam mal depois da manifestação de tal graça mesmo que tal graça e bênçãos sejam Maravilhosas (Rm 65 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo 2:4 “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?”). 8.1.1.2A Graça Especial ou Particular A graça especial de Deus é exercitada para com aqueles que Deus ama particularmente (Dt 7:7, 8 “7 Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, 8 mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito.”; Dt 9:6 “Sabe, pois, que não é por causa da tua justiça que o SENHOR, teu Deus, te dá esta boa terra para possuí-la, pois tu és povo de dura cerviz.”; Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”; Ef 1:5 “nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,”; Ef 2:4 “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou). A graça especial de Deus age em casos além da Salvação também. Essa graça particular é revelada em vários casos pela Palavra de Deus. Não existe outra explicação, a não ser a graça especial, que enviou Elias à viúva de Sarepta de Sidom e Eliseu ao profeta Naamã, o siro (Lc 4:25-27 “25 Na verdade vos digo que muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou por três anos e seis meses, reinando grande fome em toda a terra; 26 e a nenhuma delas foi Elias enviado, senão a uma viúva de Sarepta de Sidom. 27 Havia também muitos leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro.; 1Re 17:8-13 “8 Então, lhe veio a palavra do SENHOR, dizendo: 9 Dispõete, e vai a Sarepta, que pertence a Sidom, e demora-te ali, onde ordenei a uma mulher viúva que te dê comida. 10 Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; chegando à porta da cidade, estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, uma vasilha de água para eu beber. 11 Indo ela a buscá-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me também um bocado de pão na tua mão. 12 Porém ela respondeu: Tão certo como vive o SENHOR, teu Deus, nada tenho cozido; há somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhei dois cavacos e vou preparar esse resto de comida para mim e para o meu filho; comê-lo-emos e morreremos. 13 Elias lhe disse: Não temas; vai e faze o que disseste; mas primeiro faze dele para mim um bolo pequeno e traze-mo aqui fora; depois, farás para ti mesma e para teu filho.”; 2Re 5:1-17 “1 Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muito conceito, porque por ele o SENHOR dera vitória à Síria; era ele herói da guerra, porém leproso. 2 Saíram tropas da Síria, e da terra de Israel levaram cativa uma menina, que ficou ao serviço da mulher de Naamã. 3 Disse ela à sua senhora: Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra. 4 Então, foi Naamã e disse ao seu senhor: Assim e assim falou a jovem que é da terra de Israel. 5 Respondeu o rei da Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. Ele partiu e levou consigo dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez vestes festivais. 6 Levou também ao rei de Israel a carta, que dizia: Logo, em chegando a ti esta carta, saberás que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o cures da sua lepra. 7 Tendo lido o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes e disse: Acaso, sou Deus com poder de tirar a vida ou dá-la, para que este envie a mim um homem para eu curá-lo de sua lepra? Notai, pois, e vede que procura um pretexto para romper comigo. 8 Ouvindo, porém, Eliseu, homem de Deus, que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel. 9 Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e os seus carros e parou à porta da casa de Eliseu. 10 Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo. 11 Naamã, porém, muito se indignou e se foi, dizendo: Pensava eu que ele sairia a ter comigo, por-se-ia de pé, invocaria o nome do SENHOR, seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso. 12 Não são, porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não poderia eu lavar-me neles e ficar limpo? E voltou-se e se foi com indignação. 13 Então, se chegaram a ele os seus oficiais e lhe disseram: Meu pai, se te houvesse dito o profeta alguma coisa difícil, acaso, não a farias? Quanto mais, já que apenas te disse: Lava-te e ficarás limpo. 14 Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, consoante a palavra do homem de Deus; e a sua carne se tornou como a 66 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo carne de uma criança, e ficou limpo. 15 Voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva; veio, pôs-se diante dele e disse: Eis que, agora, reconheço que em toda a terra não há Deus, senão em Israel; agora, pois, te peço aceites um presente do teu servo. 16 Porém ele disse: Tão certo como vive o SENHOR, em cuja presença estou, não o aceitarei. Instou com ele para que o aceitasse, mas ele recusou. 17 Disse Naamã: Se não queres, peço-te que ao teu servo seja dado levar uma carga de terra de dois mulos; porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao SENHOR.”). Essa graça especial é gloriosamente notada nos que Ele chama particularmente à Salvação (Sl 65:4 “Bem-aventurado aquele a quem escolhes e aproximas de ti, para que assista nos teus átrios; ficaremos satisfeitos com a bondade de tua casa—o teu santo templo.”; Rm 8:28, 29 “28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”; 1Co 1:24 “mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.”; Gl 1:15, 16 “15 Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve 16 revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue,”). Pela graça particular Deus escolheu Salvar os homens e não os anjos (2Pe 2: 4 “Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo;”), a abençoar Israel para ser o Seu povo e não qualquer outra nação existente naquela época (Gn 12:1-3 “1 Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; 2 de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! 3 Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.”), a levar o evangelho a Macedônia e não a Ásia (At 16:6-10 “6 E, percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, 7 defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu. 8 E, tendo contornado Mísia, desceram a Trôade. 9 À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos. 10 Assim que teve a visão, imediatamente, procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho.”), aos pobres e não aos ricos (Tg 2:5 “Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam?”), aos simples e não aos cultos (Mt 11:25, 26 “25 Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. 26 Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.”) e aos demasiadamente ímpios e não aos justos (Mt 21:32 “Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele.”). A graça especial de Deus é sempre eficaz em trazer todos os Seus à Salvação plena (Jo 6:44 “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.”; 1Jo 4:19 “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”; At 13:48 “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”; Ef 2:4-5, 8-9 “4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos, 8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”; 2Ts 2:13 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,”). Por Deus pensar favorável para com os Seus antes de operar qualquer outra obra dEle, listamos a Sua graça primeira entre as obras internas. Entendemos que somente os "Seus" podem vir a Cristo (Jo 1:12, 13 “12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; 13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.; Jo 6:44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.”; Jo 6:65 “E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: 67 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido.”) e estes vêm por serem capacitados pela Sua graça especial (2Co 3:5 “não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus,”; Gl 1:15 “Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve”; Ef 2:8, 9 “8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”). "O teu povo Apresentar-se-á voluntariamente no dia do teu poder;" (Sl 110:3 “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como o orvalho emergindo da aurora, serão os teus jovens.”) 8.2 A Obra do Espírito Santo Os eleitos estão como todos os outros não eleitos também mortos em seus delitos e pecados (Ef 2:1-3 “1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; 3 entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.”). Portanto os eleitos, como qualquer incrédulo, são cegos no entendimento (1Co 1:18 “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus”.; 1Co 2:14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.; 2Co 4:4 “nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.”; Ef 4:18 “obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração”) não podendo ver o reino de Deus (Jo 3:3 “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”); surdos de coração, não podendo ouvir a Palavra de Deus (Jo 8:43, 47 “43 Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra. 47 Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus.”); adormecidos no conhecimento (Ef 5:14 “Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.”), não podendo ser atenciosos a vinda de Cristo (Mt 25:2, 3 “2 Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes. 3 As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo;”; Is 56:8-12 “8 Assim diz o SENHOR Deus, que congrega os dispersos de Israel: Ainda congregarei outros aos que já se acham reunidos. 9 Vós, todos os animais do campo, todas as feras dos bosques, vinde comer. 10 Os seus atalaias são cegos, nada sabem; todos são cães mudos, não podem ladrar; sonhadores preguiçosos, gostam de dormir. 11 Tais cães são gulosos, nunca se fartam; são pastores que nada compreendem, e todos se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, todos sem exceção. 12 Vinde, dizem eles, trarei vinho, e nos encharcaremos de bebida forte; o dia de amanhã será como este e ainda maior e mais famoso.”). Portanto os eleitos, antes de serem levados à Salvação, estão espiritualmente mortos (Ef 2:1, 5 “1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos,”; Cl 2:13 “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos;”; Ap 3:1 “Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.”) não podendo reagir pelas suas próprias forças à mensagem da vida. Para que qualquer homem pecador chegue à fé verdadeira, este precisará de uma obra de Deus na sua vida. Essa obra divina é feita pela graça de Deus através de uma operação do Espírito Santo. O Espírito Santo claramente opera nos corações dos homens mesmo que essas obras não sejam sempre nitidamente observadas por todos os homens. Essas obras do Espírito Santo são o despertar, iluminação, a convicção e a regeneração. 8.2.1 O Despertar No despertar do pecador, o Espírito de Deus impressiona a mente sobre a realidade da eternidade e do juízo. O pecador torna-se consciente de que está perigosamente sob a ira de 68 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Deus. Os assuntos espirituais tornam-se importantes" (Crisp, p. 45). Por causa da obra de despertar do Espírito Santo não ser o mesmo que a regeneração o despertar nem sempre resulta na Salvação da alma. A impressão na mente do pecador que ele está sob a ira de Deus pode ser somente momentânea como nos exemplos do jovem rico (Mc 10:17-22 “17 E, pondo-se Jesus a caminho, correu um homem ao seu encontro e, ajoelhando-se, perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? 18 Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus. 19 Sabes os mandamentos: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, não defraudarás ninguém, honra a teu pai e tua mãe. 20 Então, ele respondeu: Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude. 21 E Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; então, vem e segue-me. 22 Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades.”) e do poderoso Félix (At 24:25-26 “25 Dissertando ele acerca da justiça, do domínio próprio e do Juízo vindouro, ficou Félix amedrontado e disse: Por agora, podes retirar-te, e, quando eu tiver vagar, chamar-te-ei; 26 esperando também, ao mesmo tempo, que Paulo lhe desse dinheiro; pelo que, chamando-o mais freqüentemente, conversava com ele.”), e, simbolizada na ocasião da sementeira sobre pedregais e entre espinhos na parábola do semeador (Mc 4:16-19 “16 Semelhantemente, são estes os semeados em solo rochoso, os quais, ouvindo a palavra, logo a recebem com alegria. 17 Mas eles não têm raiz em si mesmos, sendo, antes, de pouca duração; em lhes chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam. 18 Os outros, os semeados entre os espinhos, são os que ouvem a palavra, 19 mas os cuidados do mundo, a fascinação da riqueza e as demais ambições, concorrendo, sufocam a palavra, ficando ela infrutífera.”). O despertar do Espírito Santo pode trazer à Salvação quando outras obras de Deus são presentes. Pelo filho pródigo cair em si e entender a sua situação, entendemos a presença da obra eficaz do despertar do Espírito Santo (Lc 15:17-24 “17 Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! 18 Levantarme-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; 19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores. 20 E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou. 21 E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. 22 O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; 23 trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, 24 porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se.”). Uns exemplos que ensinam que o despertar pode trazer à Salvação são: os gentios em Antioquia da Písidia (At 13:42-48 “42 Ao saírem eles, rogaram-lhes que, no sábado seguinte, lhes falassem estas mesmas palavras. 43 Despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos piedosos seguiram Paulo e Barnabé, e estes, falando-lhes, os persuadiam a perseverar na graça de Deus. 44 No sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus. 45 Mas os judeus, vendo as multidões, tomaram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava. 46 Então, Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Cumpria que a vós outros, em primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus; mas, posto que a rejeitais e a vós mesmos vos julgais indignos da vida eterna, eis aí que nos volvemos para os gentios. 47 Porque o Senhor assim no-lo determinou: Eu te constituí para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação até aos confins da terra. 48 Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”) e os verdadeiros Salvos (Ef 2:5) “e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos,”. Por Abraão praticar a adoração dos deuses falsos e depois vir a seguir o verdadeiro Deus entendemos que ele foi despertado da sua antiga condição de adorador de outros deuses (Gn 12:1-3 “1 Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; 2 de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! 3 Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.”; Js 24:15 “Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do 69 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.”; Is 51:1,2 “1 Ouvi-me vós, os que procurais a justiça, os que buscais o SENHOR; olhai para a rocha de que fostes cortados e para a caverna do poço de que fostes cavados. 2 Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz; porque era ele único, quando eu o chamei, o abençoei e o multipliquei.”) O despertar do Espírito Santo é claramente entendido pela visão de Ezequiel do vale dos ossos secos (Ez 37:510 “5 Assim diz o SENHOR Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis. 6 Porei tendões sobre vós, farei crescer carne sobre vós, sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que eu sou o SENHOR. 7 Então, profetizei segundo me fora ordenado; enquanto eu profetizava, houve um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso. 8 Olhei, e eis que havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes, e se estendeu a pele sobre eles; mas não havia neles o espírito. 9 Então, ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. 10 Profetizei como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso.”). Em todos estes casos citados, se foi uma obra eficaz ou não, os pecadores foram levados a serem conscientes da realidade terrível de uma eternidade sem Cristo. O ensinar de Cristo ao coração é obra do Espírito Santo (Jo 14:26 “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.”; 15:26 “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim;”). Chamamos essa consciência de uma realidade de juízo, a obra do despertamento. Se você conhece essa obra de despertar do seu coração, peça que Deus seja misericordioso em trazer você a confiar em Cristo que te Salva por Seu poder. Se já fostes Salvo, lembrai-vos da misericórdia de Deus em vivificar-vos e pela Sua graça. LouvaiO com uma vida santa de obediência à Palavra de Deus em amor pela Salvação. Seja uma testemunha vivificada e luz para outros que ainda estão mortos espiritualmente (Ef 5:14 “Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.”). 8.2.2 A Iluminação O pecado prende nos laços do diabo (2Tm 2:26 “mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade.”; Hb 3:13 “pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado.”), e, o coração do homem é depravado (Jr 17:9 “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”; Pv 28:26 “O que confia no seu próprio coração é insensato, mas o que anda em sabedoria será salvo.”). Por essas razões o pecador precisa ser iluminado e despertado do perigo do pecado e da gravidade de uma eternidade sem a Salvação. É somente o Espírito Santo que provoca essa iluminação e nunca é produzida pelos homens por mais sinceros ou bem intencionados que sejam. Os homens não eleitos em geral podem receber um grau de iluminação a ponto de serem movidos a temer as conseqüências eternas do pecado (At 26:28 “Então, Agripa se dirigiu a Paulo e disse: Por pouco me persuades a me fazer cristão.”; Hb 6:4-6 “4 É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, 5 e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, 6 e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia.”; Hb 10:20, 32, 33 “20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, 32 Lembrai-vos, porém, dos dias anteriores, em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos; 33 ora expostos como em espetáculo, tanto de opróbrio quanto de tribulações, ora tornando-vos coparticipantes com aqueles que desse modo foram tratados.”). Todavia são somente os eleitos que são "renovados para o conhecimento" (Cl 3:10 “e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;”; Hb 10:38, 39 “38 todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. 39 Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma.”) a ponto de serem capacitados a crerem no Evangelho (Jo 10:27 “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e 70 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo elas me seguem.”; At 2:42 “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.”, "de bom grado receberam a palavra"; At 13:48 “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”). 8.2.3 A Convicção O despertar e a iluminação revelam o perigo do pecado, a convicção aponta a causa do perigo. Quando assim o Espírito Santo opera nos Seus, o homem é convencido do seu pecado, da justiça de Deus e do juízo de Deus sobre toda a impiedade (Jo 16:8-11 “8 Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: 9 do pecado, porque não crêem em mim; 10 da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; 11 do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.”). Pela obra eficaz e completa do Espírito Santo na convicção os por ela atingidos reconhecem as suas culpas (Sl 51:4 “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar.”; Lc 15:18 “Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;”; Lc 18:9-14 “9 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: 10 Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. 11 O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; 12 jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. 13 O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! 14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.”; At 2:37 “Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?”,”compungiu-se-lhes o coração” no grego significa agitar violentamente (At 16.29 “Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas.”); deixam o seu egoísmo (Is 64.6 “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam.”; Lc 18.9-14 “9 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: 10 Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. 11 O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; 12 jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. 13 O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! 14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.”) e são guiados a crerem em Cristo somente (2Co 7:10 “Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte.”; Mc 9:24 “E imediatamente o pai do menino exclamou [com lágrimas]: Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!”). Pode ser que os atingidos pela convicção não venham a Salvação (At 26:28“Então, Agripa se dirigiu a Paulo e disse: Por pouco me persuades a me fazer cristão.”; Mt 19:21, 22 “21 Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me. 22 Tendo, porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades.”). Pode ser que essa obra da convicção não seja agradável (Rm 8:15 “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”), mas é necessária (Mt 5:3-6 “3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. 4 Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. 5 Bemaventurados os mansos, porque herdarão a terra. 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.”). 71 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo 8.2.4 A Regeneração A regeneração é absolutamente necessária para a Salvação (Jo 3:3, 5 “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. 5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.”). A mudança radical na alma do homem que o capacita a entrar no reino de Deus é o que chamamos a regeneração. 8.2.4.1 A Origem da Regeneração A regeneração não é da vontade humana (Jo 1:12, 13 “12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; 13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”; Rm 9:16 “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”). É verdade que o homem, pela força de sua vontade, pode se reformar, mascarando assim as evidências da sua natureza pecaminosa. Pode ser também que o homem reprima as manifestações visíveis do seu coração ímpio. Todavia o homem não tem capacidade de dar início a uma natureza radicalmente diferente daquela que lhe é própria (Rm 8:6-8 “6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”). Se não tiver uma renovação da própria natureza, que é fonte de todas as ações morais (Pv 4:23“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.”), o homem, mesmo se fazendo ‘bom’ diante de si e diante dos homens, não pode escolher a santidade nem desejar a Salvação verdadeira (Jr 13:23, “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal.”; Jo 5:40, "não quereis vir a mim para terdes vida"; 1Co 2:14, "o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus ... não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente"; Jo 6:63, “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.”). Tal escolha seria contra a sua própria natureza pecaminosa. A regeneração é pela vontade de Deus, não do homem (Fp 2:13 ”porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”). Devemos enfatizar que o homem, no estado natural, não pode cooperar positivamente com qualquer influência divina que possa ser aplicada por meio da verdade antes que a nova natureza seja nascida de Deus. Os homens naturais, que sempre procuram benefícios próprios pela religião, verdadeiramente, não vêem em Deus, ou na genuína santidade, nada desejável. Mesmo que um homem religioso buscasse a santidade e a verdade divina, tal busca não viria de um desejo sincero para glorificar somente a Deus (Rm 1:18, "detêm a verdade em injustiça"; Rm 1:25, "honraram e serviram mais a criatura do que o Criador"; 3:18, "Não há temor de Deus diante de seus olhos.") Qualquer busca de aparência de santidade seria para agradar a si mesmo de uma maneira ou outra (1Jo 2:16, "tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, ... dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo."; Jo 3:19, "os homens amaram mais as trevas do que a luz"; Mt 23:37, "quantas vezes que eu ajuntar os teus filhos ... e tu não quiseste!"). Por causa da impiedade da natureza dele, não pode ser esperado que o homem cooperasse para dar início à santidade verdadeira no seu coração. Há os que dizem que uma apresentação favorável de várias verdades pode causar a nova natureza no homem. Pensam alguns que os fatos importantes da Bíblia podem ser mecanicamente impressionados na mente do homem a ponto de comovê-lo a que o seu coração seja feito novo. Todavia, a vontade do homem, expressada pelas decisões da mente, não é independente do seu próprio coração. Do coração vem as ações e não são as ações que modificam o coração (Mt 15:19 “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias.”; Mc 7:21-23 “21 Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, 22 a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. 23 Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem.”; Gn 6:5; “Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu 72 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo coração;”; Pv 4:23 “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.”; Rm 3:10-18 “10 como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17 desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.”; Gl 5:19-21 “19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, 20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, 21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.”). Não mudamos o coração pela mente, mas mudamos a mente por termos um coração novo. Mudando a natureza do homem é o único meio para o homem ter uma disposição nova para amar a verdade (Ez 36:26“Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.”; Jo 3:3, “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” ) Quando existe a obra do Espírito Santo de regeneração, existe uma nova natureza que tanto deseja quanto pode ser santa e obediente a Deus por Jesus Cristo (Tt 3:5-7 “5 não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, 6 que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, 7 a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.”; Fp 4:13 “tudo posso naquele que me fortalece. “; Jo 3:3-5 “3 A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. 4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? 5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.”). Essa mudança radical na alma do homem que o capacita a entrar no reino de Deus é o que chamamos a regeneração e ela é do Espírito Santo somente. Você a tem? 8.2.4.2 Os Nomes da Regeneração Essa obra instantânea do Espírito Santo, que faz o eleito ter uma disposição santa, tem vários nomes na Bíblia. É biblicamente chamada a regeneração (Tt 3:5 “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,”), "nascer de novo" (Jo 3:3 “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”) ou ser "nascido do Espírito" (Jo 3:6“O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.”). Todas as partes do homem são afeitadas pela regeneração. As afeições são renovadas, a mente é iluminada para o entendimento do reino espiritual e o estilo da vida passa a ser novo (2Co 5:17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”). 8.2.4.3 A Natureza da Regeneração A natureza da regeneração é entendida pelas palavras bíblicas usadas para simbolizá-la: 1. Criação – Ef 2:10 “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” 2. Novo nascimento – Jo 3:3 “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” 3. Renovação – Cl 3:10 “e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;” 4. Nova natureza -2Co 5:17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” 5. Novo coração – Ez 36:26 “Darvos-ei coração novo e porei 73 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.” 6. Ressurreição – Ef 2:1, 5 “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos” 7. Uma árvore boa – Mt 7:17 “Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus.” 8. Resplendor com luz – 2Co 4:6 “Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” 9. As Leis de Cristo escritas no coração – Hb 8:10 “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.” 10. Translado – Cl 1:13 “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor,” 8.2.4.4 O Fruto da Regeneração O Espírito Santo faz uma nova disposição no coração do homem. Até este momento, o homem é passivo. Com a nova disposição no coração o homem passa a ser ativo. A nova naturezas nascida pela obra do Espírito Santo evidencia-se. Chamamos as evidências dessa natureza o "fruto" da regeneração. O fruto da regeneração é: • • • • • fé (1Jo 5:4, 5 “4 porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. 5 Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?”; Hb 12:2 “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.”; 1Pe 1:3 “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”); arrependimento (2Tm 2:25 “disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade,”); amor a Deus (1Jo 4:19 “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”); amor aos outros (1Jo 4:7“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.”; 3:14“Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte.”); perseverança (Fp 1:6 “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.”; 1Jo 5:4,5 “4 porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. 5 Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?”). observação Nem todos os que são despertados, iluminados ou trazidos à convicção vêm eficazmente a Cristo (Mt 20:16, "muitos são chamados, mas poucos escolhidos"; At 7:51, "vós sempre resistis ao Espírito Santo"; Jo 10:26, "Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas"). Todavia, todos os que são regenerados vêm eficazmente a Cristo para todo o sempre (Jo 10:27-29, "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem"; Fp 1:6, "aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo"; I Ts 5:24, "Fiel é o que vos chama, o qual também o fará"). Os regenerados passam pelas obras de despertar, da iluminação e da convicção. 74 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Pensando nessas verdades, ninguém deve ficar satisfeito porque está convicto da sua condição pecaminosa ou que está despertado a ponto de considerar o juízo eterno. Tudo isso não é Salvação mesmo que possa ser envolvido no processo de Salvação de todos os Salvos. O que é necessário para a Salvação é a regeneração. Portanto, clame a Deus que Ele tenha misericórdia das almas e que as modifiquem a ponto de que manifestem o arrependimento dos pecados e a fé em Cristo! 8.2.5 Os Meios Externos 8.2.5.1 A Chamada Externa Todos os meios sejam internos ou externos, são controlados por Deus que é e está sobre tudo (Is 45:7“Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.”). Não minimizando o poder de Deus nem da Sua soberania, os meios externos são de responsabilidade do homem. Os meios externos, de responsabilidade do homem, devem ser empregados com todo o esforço enquanto imploramos que Deus use os Seus meios internos, que são da Sua responsabilidade, nos corações de todos daqueles a quem pregamos (Ez 37:1-10 “1 Veio sobre mim a mão do SENHOR; ele me levou pelo Espírito do SENHOR e me deixou no meio de um vale que estava cheio de ossos, 2 e me fez andar ao redor deles; eram mui numerosos na superfície do vale e estavam sequíssimos. 3 Então, me perguntou: Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos? Respondi: SENHOR Deus, tu o sabes. 4 Disse-me ele: Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR. 5 Assim diz o SENHOR Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis. 6 Porei tendões sobre vós, farei crescer carne sobre vós, sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que eu sou o SENHOR. 7 Então, profetizei segundo me fora ordenado; enquanto eu profetizava, houve um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso. 8 Olhei, e eis que havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes, e se estendeu a pele sobre eles; mas não havia neles o espírito. 9 Então, ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. 10 Profetizei como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso.”). Deve ser enfatizado que Deus não é limitado em nada (Dn 4:35, “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”). Se de pedras Deus quiseste suscitar filhos a Abraão, Ele poderia (Mt 3:9 “e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.”; Lc 3:8 “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.”), pois nada há que a Deus seja demasiado difícil (Jr 32:17 “Ah! SENHOR Deus, eis que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa.”). Porém, o que Deus manda o homem fazer, é o que o homem é responsável para fazer. Ao homem é mandado a pregar a Verdade, orar que Deus abençoe a Sua Palavra e viver uma vida exemplar diante todos. Se não houver obediência no que somos responsáveis para fazer, não veremos as bênçãos de Deus no nosso ministério (Ez 33:6-8 “6 Mas, se o atalaia vir que vem a espada e não tocar a trombeta, e não for avisado o povo; se a espada vier e abater uma vida dentre eles, este foi abatido na sua iniqüidade, mas o seu sangue demandarei do atalaia. 7 A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca e lhe darás aviso da minha parte. 8 Se eu disser ao perverso: Ó perverso, certamente, morrerás; e tu não falares, para avisar o perverso do seu caminho, morrerá esse perverso na sua iniqüidade, mas o seu sangue eu o demandarei de ti.”; 2Co 4:3, 4 “3 Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, 4 nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.”; At 20:26,27 “26 Portanto, eu vos protesto, no dia de hoje, que estou limpo do sangue de 75 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo todos; 27 porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus.”). 8.2.5.2 A Pregação da Palavra de Deus Deus quer usar a pregação da Palavra de Deus na chamada dos seus eleitos à Salvação. Dessa vontade somos informados pelo exemplo de Cristo e dos Seus discípulos, pelo Seu mandamento aos discípulos e pelo raciocínio inspirado na Bíblia (2 Ts 2.12-14 “13 Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, 14 para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.”). Cristo é o próprio Verbo que Deus usa para chamar os Seus eleitos à Salvação (Jo 1:1, 14 “1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.”; 2Co 4:6 “Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.”). Cristo empregava a pregação de toda parte da Palavra de Deus no Seu ministério publico (Mc 2.2, " Muitos afluíram para ali, tantos que nem mesmo junto à porta eles achavam lugar; e anunciava-lhes a palavra.”; Lc 5:1 “Aconteceu que, ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré;”; Lc 24:27, 44, “27 E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras. 44 A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”; Jo 12:48 “Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia.”; Jo 14:24 “Quem não me ama não guarda as minhas palavras; e a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai, que me enviou.”; Jo 15:3, "Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado."). Como Cristo é feito "Espírito vivificante" Ele vivifica os Seus pela Palavra de Deus (1Co 15:4 “e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.”; 1Pe 1: 23-25 “23 pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. 24 Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; 25 a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada.”; Tg 1:18 “Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.”). O exemplo do próprio Cristo em usar a Palavra de Deus na sua evangelização é uma forte lição para nós. Os discípulos nos dão exemplo do uso da Palavra de Deus também. Os discípulos eram "ministros da Palavra" anunciando "o evangelho de Deus" em todo lugar que foram (Lc 1:2 “conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da palavra,”; 1 Ts 2:2 “mas, apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, como é do vosso conhecimento, tivemos ousada confiança em nosso Deus, para vos anunciar o evangelho de Deus, em meio a muita luta.”; At 8:4 “Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra.”; At 11:19 “Então, os que foram dispersos por causa da tribulação que sobreveio a Estêvão se espalharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus.”; At 14:7 “onde anunciavam o evangelho.”; At 20:27 “porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus.”). Não foram "palavras persuasivas de sabedoria humana" que compunha o conteúdo das pregações (1Co 2:4“A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder,”), mas a mensagem de Jesus Cristo "segundo as Escrituras" (1Co 2:1-5 “1 Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. 2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. 3 E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. 4 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, 5 para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.”; 1 Co 15:3-4 “3 Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos 76 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo pecados, segundo as Escrituras, 4 e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.”). A pregação da Palavra de Deus basta. Pela pregação da Palavra de Deus os discípulos alvoroçaram o mundo (At 17:6 “Porém, não os encontrando, arrastaram Jasom e alguns irmãos perante as autoridades, clamando: Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui,”), testemunharam de Cristo (At 1:8 “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”) e pelo o Espírito Santo usando a Palavra pregada, todos quantos estavam ordenados para a vida eterna creram (At 13:48“Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”). Se quisermos ter o poder de Deus operando entre nós, devemos restringir-nos ao uso exclusivo da Palavra de Deus. Ela é o poder de Deus para a Salvação (Rm 1:16“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;”). O mandamento de Cristo para que os seus preguem é prova que Deus quer usar a pregação da Palavra de Deus na chamada dos seus eleitos à Salvação. Cristo mandou os seus pregarem o evangelho a toda a criatura (Mt 28:18-20 “18 Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. 19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e o Filho, e do Espírito Santo; 20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”) , "vos tenho mandado" – Jo 14:26“mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.”; Jo 15:15 “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.”; Mc 16:15 “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.”; Lc 24:47 “e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém.”). Essa comissão aos que formaram a igreja primitiva é a comissão para todos os pertencentes ao mesmo tipo de igreja, que querem ser obedientes ainda hoje (Mt 28:20 “ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”, "até a consumação dos séculos"; 2Tm 2:2 “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros.”; 2Tm 4:2-5 “2 prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. 3 Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; 4 e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. 5 Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério.”). Devemos sempre nos relembrar que Cristo é declarado pela pregação e é a pregação que Deus usa para Salvar os Seus (1Co 1:21-24 “21 Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação. 22 Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; 23 mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; 24 mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.”; Tt 1:3 “e, em tempos devidos, manifestou a sua palavra mediante a pregação que me foi confiada por mandato de Deus, nosso Salvador,”). Não devemos pensar, nem um pouco, que são nossas invenções, idéias, promoções ou transpirações que devemos aprimorar para a declaração da Palavra de Deus, mas contrariamente é exclusivamente a pregação da Palavra de Deus que somos mandados a pregar. Se querem ver os ‘seus’ virem a Cristo, preguem a Palavra. O raciocínio inspirado da Bíblia prova que Deus quer usar a pregação da Palavra de Deus na chamada dos seus eleitos à Salvação. É a palavra que testifica de Cristo (Jo 5:39“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.”) e que leva a vida ao terreno antes preparado por Deus (Mt 13:23 “Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um.”; 1Co 3:6 “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus.”). Não há fé sem ouvir a Palavra de Deus (Rm 10:13-14, 17 “13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 14 Como, porém, 77 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 17 E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.”; Ef 1:13, “em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa;” "depois que ouvistes a palavra da verdade"; Tg 1:18“Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.”). Quando o rico se interessava que os seus cinco irmãos não viessem ao inferno, a Palavra de Deus foi dada como suficiente para isso. Ela é superior até a um ressuscitado voltando ao mundo (Lc 16:29-31 “29 Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. 30 Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. 31 Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.”). Há uma incumbência para pregarmos o evangelho, não somente pelo mandamento de Cristo, mas pelo perigo pessoal e social da verdade ser encoberta se ela não for pregada (1Co 9:16 “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!”; 2Co 4:3 “Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto,”). Os que querem usar a doutrina da eleição para não pregar (já que os eleitos serão salvos) aos que nunca ouviram não estão manejando bem a palavra da verdade. A eleição não é Salvação, mas "para a Salvação" e essa Salvação é pela fé na verdade que é apresentada pela Palavra de Deus (2Ts 2:13, 14, “13 Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, 14 para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.” "para o que pelo nosso evangelho vos chamou"; Rm 10:13-14 “13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?”, "como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?"). Não precisamos entender como Deus usa a Sua Palavra para dar vida. Somente devemos entender a nossa responsabilidade em pregá-la a toda criatura e pedir que Deus nos dê o Seu crescimento por ela (1Co 3.6 “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus”). 8.2.5.3 A oração dos Santos É verdade que há meios que funcionam somente em conjunto com outros meios e nunca sozinhos. A oração é assim. Ela é útil na aplicação pelo Espírito Santo da Palavra de Deus pregada nos corações dos homens segundo a vontade de Deus. A oração é um meio tão importante quanto necessário. É tanto uma obra divina quanto uma responsabilidade do homem (Ez 37:9,10 “9 Então, ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. 10 Profetizei como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso.”). A Bíblia claramente afirma que Deus usa as orações dos Seus santos na chamada dos seus eleitos à Salvação. A oração é útil na aplicação da Palavra de Deus ao coração dos que Deus chama. Somos animados a orar pelo exemplo de Cristo e dos seus discípulos e pelos mandamentos inspirados pelo Espírito Santo na Palavra de Deus. A oração nunca pode mudar Deus, pois Ele não muda (Ml 3:6 “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.”; Tg 1:17 !Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”), mas ela verdadeiramente é um meio eficaz que Deus estimula e usa para fazer a Sua vontade (Mt 7:7-11 “7 Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. 8 Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. 9 Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? 10 Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? 11 Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?”; Lc 18:1-8 “1 Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer: 2 Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem 78 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo respeitava homem algum. 3 Havia também, naquela mesma cidade, uma viúva que vinha ter com ele, dizendo: Julga a minha causa contra o meu adversário. 4 Ele, por algum tempo, não a quis atender; mas, depois, disse consigo: Bem que eu não temo a Deus, nem respeito a homem algum; 5 todavia, como esta viúva me importuna, julgarei a sua causa, para não suceder que, por fim, venha a molestar-me. 6 Então, disse o Senhor: Considerai no que diz este juiz iníquo. 7 Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? 8 Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?”; Ef 1:11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,”; Rm 8:26 “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.”). O efeito que a oração tem como meio no chamamento dos eleitos à Salvação é entendido pelo uso da oração por Jesus. Mesmo Jesus sendo Deus, e, portanto onisciente e onipotente, Ele freqüentemente foi encontrado na prática de oração. Nas suas orações Ele expressava os desejos do Seu coração clamando que tudo seja segunda à vontade do Pai (Mt 26:39 “Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.”). Entre outras razões por orar Jesus também orava pelos que, no momento da oração, ainda não estavam Salvos. Ele orou pelos que iriam ouvir o Evangelho e seriam Salvos (Jo 17:9-11, 20 “9 É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus; 10 ora, todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e, neles, eu sou glorificado. 11 Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós. 20 Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra;”). Se Jesus ocupava-se na oração intercedendo por aqueles, que naquele momento em que Ele orava, eram transgressores (Is 53:12 “Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.”; Hb 7:25 “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.”), podemos também ser animados a empregar tal meio orando pelos que amamos e ainda não estão Salvos. Podemos sinceramente implorar pela Salvação dos transgressores. Se a oração não fosse um meio pelo qual Deus chama os seus eleitos a Salvação, não teria propósito nenhum essa oração de Jesus por aqueles que ainda seriam convertidos pela Palavra de Deus. Não sabemos quem são os eleitos, mas sabemos que a oração é um meio usado por Cristo para interceder pelos transgressores para que sejam Salvos. Podemos ser semelhantes a Cristo quando empregamos este meio eficaz orando pela Salvação dos transgressores, de todos aqueles que o Pai deu a Cristo e que ainda não conhecem a salvação em Cristo. O uso de oração pelos discípulos nos ensina que Deus usa a oração dos santos para chamar os seus eleitos à Salvação. O apóstolo Paulo também se ocupava no exercício deste meio. Ele orou pelos incrédulos para que fossem Salvos (Rm 10:1-3 “1 Irmãos, a boa vontade do meu coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos. 2 Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento. 3 Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus.”). Muitos destes por quem Paulo orou não vieram a Cristo, mas a sua oração era correta mesmo assim. Não foi somente um único apóstolo que praticava compaixão pela oração pelos incrédulos, mas também os irmãos em Coríntios se exercitaram na oração em prol dos que seriam recipientes do evangelho. Os irmãos de Corinto foram agradecidos por Paulo pela ajuda que empregavam em orar pelos ministros do Evangelho no seu trabalho de evangelização (2Co 1:11“ajudando-nos também vós, com as vossas orações a nosso favor, para que, por muitos, sejam dadas graças a nosso respeito, pelo benefício que nos foi concedido por meio de muitos.”). As suas participações na missão dele pela oração e sacrifício financeiro foram a esperança dos missionários que muitos outros, que naquele momento não estavam Salvos, chegassem à fé. A participação dos irmãos na obra missionária pela ajuda dada pelas orações e ofertas missionárias era uma esperança forte que 79 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo novos convertidos dariam gratidão por essas participações. Também entendemos que a ajuda no evangelismo, que a oração da igreja em Filipos trouxe, foi um estímulo ao apóstolo Paulo (Fp 1:19 “Porque estou certo de que isto mesmo, pela vossa súplica e pela provisão do Espírito de Jesus Cristo, me redundará em libertação,”). Entendendo a ajuda que a oração foi para o Apóstolo Paulo e que motivava uma esperança viva que outros ainda creriam em Cristo, podemos ser resolutos em orar pelo sucesso do evangelho. Nunca devemos nos esquecer da verdade que diz: "a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos." (Tg 5:16 “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.”). É um estímulo orar sabendo que pelas obras de pregação e de oração nos tornamos "cooperadores de Deus" (1Co 3:9 “Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.”). Pela Bíblia ser a revelação perfeita de Deus, os que querem glorificar a Deus são estimulados a obedecer aos Seus mandamentos. Os mandamentos aos santos de orarem sem cessar (1Ts 5:17 “Orai sem cessar.”) e fazerem orações e intercessões por todos os homens (1Tm 2:1-3 “1 Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, 2 em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. 3 Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador,”) nos exemplificam a importância da oração na chamada dos eleitos à Salvação. A igreja em Tessalônica foi animada pela instrução de rogar pelos evangelistas no seu trabalho para que a Palavra de Deus pregada tivesse efeito (2Ts 3:1 “Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague e seja glorificada, como também está acontecendo entre vós;”). A mesma instrução foi dada aos irmãos em Colossos (Cl 4:2-4 “2 Perseverai na oração, vigiando com ações de graças. 3 Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado; 4 para que eu o manifeste, como devo fazer.”). Se estes exemplos das instruções às igrejas neotestamentárias para que orassem pelo desempenho positivo do evangelho entre os incrédulos foram incluídos na Bíblia, as igrejas hoje que querem ser iguais àquelas igrejas podem também seguir a instrução no seu dever de orar. Não seja displicente nas suas orações pelos seus familiares, colegas e até pelos que se não conhece pessoalmente. Pode ser que as suas orações sejam o instrumento que Deus usa para efetuar, no coração de alguém, a fé na Sua Palavra para que venham a Cristo. 8.2.5.4 A Vida exemplar diante todos A presença do Espírito Santo na vida do Cristão faz que ele seja uma testemunha (At 1:8 “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”). Esse testemunho pode ser realizado de duas maneiras: na pregação da Palavra de Deus, e, por uma vida diária em submissão à Palavra de Deus. Nem todos os Cristãos são vocacionados pastores e doutores (Ef 4:11 “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres,”; 1Co 12:29 “Porventura, são todos apóstolos? Ou, todos profetas? São todos mestres? Ou, operadores de milagres?”), mas cada Cristão indistintamente é uma testemunha de Cristo pela sua vida de obediência à Palavra de Deus. Essa vida obediente à Palavra de Deus pode ser usada por Deus no chamamento do Seu povo à Salvação "por meio de nós" (2Co 2:14 “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento.”). Esse testemunho da vida cristã no mundo é simbolizado biblicamente como Sal e luz (Mt 5:13-16 “13 Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. 16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”; Rm 13:11-14 “11 E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. 12 Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, 80 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. 13 Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; 14 mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.”) A utilidade da vida cristã em conservar virtudes no mundo é representada pelo Sal (Mt 5:13 “13 Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.“) O efeito de mostrar publicamente o poder de Cristo sobre o pecado é manifesto pelo símbolo de luz (Mt 5:14,15“14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa.”). Nisto somos instruídos que a obediência à Palavra de Deus é útil e eficaz em testemunhar de Cristo. O testemunho da Palavra de Deus pela vida do Cristão glorifica Deus "diante dos homens" (Mt 5:16 “16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”; 2Ts 1:11,12 “11 Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé, 12 a fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós, nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.”). Esse testemunho vivo da Palavra de Deus é usado para enfatizar o que diz as Escrituras de Cristo diante dos não Salvos. A vida pública do Cristão é um meio que Deus usa para chamar o Seu povo a Salvação. Portanto, "vede prudentemente como andeis" (Ef 5:13-16 “13 Mas todas as coisas, quando reprovadas pela luz, se tornam manifestas; porque tudo que se manifesta é luz. 14 Pelo que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará. 15 Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, 16 remindo o tempo, porque os dias são maus.”). A importância de uma vida pública no chamamento dos pecadores à Salvação é reforçada pelo Apóstolo Pedro. No caso de mulheres cristãs tendo Maridos não crentes, estes podem ser ganhos para Cristo meramente pelo comportamento delas (1Pe 3:1-4 “1 Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, 2 ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor. 3 Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; 4 seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus.”). A vida casta, no temor de Deus, é um fator importante na evangelização e na chamada à Salvação destes maridos descrentes. Deve ser enfatizado que não é isoladamente a moralidade ou a retidão da vida que é o maior destaque nessa área. A moralidade e uma vida reta somente têm efeito positivo quando representam submissão à Palavra de Deus. A própria Palavra de Deus é o meio principal que Deus usa na chamada do Seu povo à Salvação. Juntamente com a Palavra de Deus, sem dúvida, a vida submissa à Palavra de Deus, fala alto e é usada por Deus na chamada a Salvação. É impossível separar a utilidade de uma vida em obediência à Palavra de Deus, da própria eficácia e poder das Escrituras. É indiscutível o fato: se vivermos a Palavra de Deus, Cristo é pregado; se não somos obedientes a Palavra de Deus, Cristo não é pregado. Por causa dessa convivência de verdades, existem exortações abundantes para que os Cristãos vigiem bem os seus testemunhos (Jo 13:35 “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.”; Jo 15:8 “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”Rm 13:11-14 “11 E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos. 12 Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. 13 Andemos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; 14 mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências.”; Fp 2:15,16 “15 para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, 16 preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei 81 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo inutilmente.”; 1Pe 2:11,12 “11 Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma, 12 mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação.”). A sua vida pode ser a única Bíblia que muitos lêem. Viva em submissão constante à Palavra de Deus, para que Cristo seja manifesto e Deus glorificado no mundo (1Pe 4:1419 “14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus. 15 Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem; 16 mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome. 17 Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? 18 E, se é com dificuldade que o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim, o pecador? 19 Por isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem a sua alma ao fiel Criador, na prática do bem.”). 8.2. 6 A Eficácia da Chamada à Salvação Os meios internos (a graça e a obra do Espírito Santo) e os meios externos (a Palavra de Deus sendo aplicada pela pregação, a oração intercessora e pelo testemunho de uma vida Cristã) são eficazes para que os escolhidos venham, em tempo oportuno, ao arrependimento dos seus pecados e à fé em Cristo Jesus. A chamada particular é eficaz. Por causa da graça particular de Deus estar com aqueles a quem Ele amou particularmente na eternidade, estes virão seguramente a Ele em tempo. Estes eleitos serão conduzidos pela graça e induzidos a voluntariamente atenderem à chamada de Deus com fé em Cristo. Exemplos disso são: o Eunuco (At 8:25-40 “25 Eles, porém, havendo testificado e falado a palavra do Senhor, voltaram para Jerusalém e evangelizavam muitas aldeias dos samaritanos. 26 Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi. 27 Eis que um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todo o seu tesouro, que viera adorar em Jerusalém, 28 estava de volta e, assentado no seu carro, vinha lendo o profeta Isaías. 29 Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o. 30 Correndo Filipe, ouviu-o ler o profeta Isaías e perguntou: Compreendes o que vens lendo? 31 Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me explicar? E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele. 32 Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: Foi levado como ovelha ao matadouro; e, como um cordeiro mudo perante o seu tosquiador, assim ele não abriu a boca. 33 Na sua humilhação, lhe negaram justiça; quem lhe poderá descrever a geração? Porque da terra a sua vida é tirada. 34 Então, o eunuco disse a Filipe: Peço-te que me expliques a quem se refere o profeta. Fala de si mesmo ou de algum outro? 35 Então, Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus. 36 Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que seja eu batizado? 37 [Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.] 38 Então, mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuCO 39 Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, não o vendo mais o eunuco; e este foi seguindo o seu caminho, cheio de júbilo. 40 Mas Filipe veio a achar-se em Azoto; e, passando além, evangelizava todas as cidades até chegar a Cesaréia.”), Lídia (At 16:13-15“13 No sábado, saímos da cidade para junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que para ali tinham concorrido. 14 Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia. 15 Depois de ser batizada, ela e toda a sua casa, nos rogou, dizendo: Se julgais que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa e aí ficai. E nos constrangeu a isso.”), o apóstolo Paulo (Gl 1:15,16“15 Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve 16 revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem 82 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo detença, não consultei carne e sangue,”; At 9:1-19“1 Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote 2 e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém. 3 Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, 4 e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? 5 Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; 6 mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer. 7 Os seus companheiros de viagem pararam emudecidos, ouvindo a voz, não vendo, contudo, ninguém. 8 Então, se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para DamasCO 9 Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu. 10 Ora, havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. Disse-lhe o Senhor numa visão: Ananias! Ao que respondeu: Eis-me aqui, Senhor! 11 Então, o Senhor lhe ordenou: Dispõe-te, e vai à rua que se chama Direita, e, na casa de Judas, procura por Saulo, apelidado de Tarso; pois ele está orando 12e viu entrar um homem, chamado Ananias, e impor-lhe as mãos, para que recuperasse a vista. 13 Ananias, porém, respondeu: Senhor, de muitos tenho ouvido a respeito desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; 14 e para aqui trouxe autorização dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome. 15 Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; 16 pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome. 17 Então, Ananias foi e, entrando na casa, impôs sobre ele as mãos, dizendo: Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo. 18 Imediatamente, lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e tornou a ver. A seguir, levantou-se e foi batizado. 19 E, depois de ter-se alimentado, sentiu-se fortalecido. Então, permaneceu em Damasco alguns dias com os discípulos.”) e os gentios de Antióquia de Pisídia (At 13:48 “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”). A obra da graça particular é uma obra certeira. Por isso Jesus declarou: "Todo o que o Pai me dá virá a Mim; ..." (Jo 6:37, 45 “37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. 45 está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim.”). Existem os que resistem à operação geral de Deus (At 7:51 “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis.”), mas quem pode impedir a mão do Onipotente na graça particular? (Dn 4:35 “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”; Is 46:10 “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade;”) Pela regeneração ser feita pela obra do Espírito Santo, o eleito virá sem dúvida ao arrependimento e à fé em Cristo, que são o fruto da regeneração. A regeneração concede uma nova natureza espiritual que quer e pode ser obediente à chamada da Palavra de Deus a Jesus Cristo (Tt 3:5-7 “5 não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, 6 que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, 7 a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.”; Fp 4:13 “tudo posso naquele que me fortalece.”; Jo 3:3-5 “3 A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. 4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? 5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.”). A Palavra de Deus é eficaz na chamada do eleito. Ela é o martelo que esmiúça a penha, o coração do pecador (Jr 23:29 “Não é a minha palavra fogo, diz o SENHOR, e martelo que esmiúça 83 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo a penha?”). Não há dúvida nenhuma que ela pode efetuar seguramente aquilo para o que ela foi enviada para fazer: "o poder de Deus para Salvação") (Is 55:11 “assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.”; Rm 1:16 “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;”). Pelos exemplos de Cristo e dos apóstolos e pelos mandamentos da Palavra de Deus que orássemos, entendemos que pela oração, o propósito da Palavra de Deus é realizado nos corações dos escolhidos. "A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos", (Tg 5:16 “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.”). As orações dos Cristãos ministradas pelo Espírito Santo segundo a vontade de Deus, são eternamente lembradas (Ap 5:8 “e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos,”; Ap 8:3,4 “3 Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; 4 e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.”). Na plenitude dos tempos, essas orações serão respondidas para a glória de Deus. O testemunho público do Cristão é eficaz em pregar a Cristo também. A vida do Cristão é como uma cidade edificada no monte que não pode ser escondida (Mt 5:13-16 “13 Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. 16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”; 1Pe 4:14-19 “14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus. 15 Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem; 16 mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome. 17 Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? 18 E, se é com dificuldade que o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim, o pecador? 19 Por isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem a sua alma ao fiel Criador, na prática do bem.”). A vida dos santos é um instrumento de Deus para ministrar a todos as verdades da Palavra de Deus até mesmo a própria Salvação dos escolhidos (1Pe 3:1,2 “1 Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, 2 ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor.”; At 7:58 “E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.”; At 22:20 “Quando se derramava o sangue de Estêvão, tua testemunha, eu também estava presente, consentia nisso e até guardei as vestes dos que o matavam.”). Entendendo que Deus é a origem do nosso fiel testemunho (Fp 4:13“tudo posso naquele que me fortalece.”), a oração eficaz, a obra da regeneração (Jo 6:63“O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.”) e a graça Salvadora (2Tm 1:9 “que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,”), podemos enfatizar que aquele em quem tais obras são feitas, virão a Cristo verdadeiramente "Todo o que o Pai Me dá virá a Mim; ..." (Jo 6:37 “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.”). Aqueles em que Deus opera as Suas obras com a intenção de Salvação manifestarão tais obras pelo arrependimento dos seus pecados e pela fé em Cristo Jesus (At 13:48 “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”; Rm 11:29 “porque 84 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.”). Deus já te convenceu do teu pecado e da tua necessidade da misericórdia de Deus para ser Salvo? Já recebeu a Sua chamada a Cristo? Saiba que Cristo é o Salvador dos pecadores (1Tm1:16 “Mas, por esta mesma razão, me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna.”). Se ouvir a chamada, venha se arrependendo dos seus pecados com fé na pessoa de Cristo que é revelado pelas Escrituras. Se está com sede e quer beber da fonte da água da vida (Cristo), venha já (Is 55:1-3 “1 Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. 2 Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares. 3 Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi.”; Ap 21:6 “Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.”; Ap 22:17 “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida.”). Se os seus pecados estão lhe oprimindo, peça que Deus seja misericordioso em Salvar mais um pecador (Mt 11:28-30 “28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. 30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.”). Verdadeiramente todos os que vêm a Deus por Cristo serão atendidos gloriosamente "... e aquele que vem a Mim não terá fome ... nunca terá sede ... de maneira nenhuma o lançarei fora." (Jo 6:35-37 “35 Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede. 36 Porém eu já vos disse que, embora me tenhais visto, não credes. 37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.”). Deus é grande em perdoar (Is 55:6,7 “6 Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. 7 Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.”) e a Sua palavra é pura. 9.A Salvação Realizada A chamada particular efetivada pelos meios bíblicos tanto invisíveis (a graça e o Espírito Santo) quanto visíveis (a Palavra de Deus, a oração e a vida exemplar) cumprindo o desígnio da vontade de Deus naqueles que Ele escolheu é a Salvação eterna de uma alma. Os termos bíblicos que descrevem a realização desse acontecimento são vários. Os termos vários descrevem em detalhes maiores como a aquisição da Salvação na alma do pecador é realizada. Estes termos são: a regeneração, a conversão, que inclui o arrependimento e a fé, a justificação, a adoção, a santificação e a glorificação. Não incluímos nesta lista os outros termos associados com a Salvação como a eleição ou a predestinação. Não incluímos esses termos por essas obras de Deus se realizarem antes ato do momento de inicialização do processo na realização da Salvação da alma. A eleição e a predestinação verdadeiramente são obras de Deus que precedem o ato da Salvação. Contudo, estamos focalizando não naquele que precede a Salvação da alma, mas as obras de Deus no próprio ato do início do processo da Salvação da alma. Tudo o que já estudamos até este ponto foram preparativos "para a Salvação" (2Ts 2:13 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,”). Agora queremos entrar na realização gloriosa do início do ato dessa Salvação na alma do pecador. Por causa da facilidade de confundirem tanto os termos quanto o que eles significam, convém um entendimento particular de cada termo. Procuraremos colocar os termos na ordem lógica que acontecem mesmo que essas obras aconteçam simultaneamente no processo da Salvação. 85 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú 9.1 Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo A Regeneração (1Pe 1:3 “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,”) No aspecto divino, a regeneração logicamente vem primeiro na lista, pois sem o pecador possuir uma nova natureza, o homem é impedido de conhecer qualquer outra benção de Deus. É necessário a regeneração ser primeira no processo da realização da Salvação pois, sem ela ninguém pode entrar no reino de Deus (Jo 3:3-5 “3 A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. 4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? 5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.”). O homem natural está morto nos seus pecados e por isso não entende nada espiritual (1Co 2:14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.”), não deseja nada de Deus (Jo 3:19 “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.”; Jo 5:40 “Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida.”) e não pode agradar a Deus em nada (Rm 8:6-8 “6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”). O homem pecador precisa receber vida espiritual para cumprir as suas responsabilidades declaradas pela Palavra de Deus. Quem é vivificado são os mortos (Ef 2:1,5 “1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos,”; Cl 2:13 “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos;”). Pelo fato de somente as criaturas feitas filhos de Deus receberem outras bênçãos especiais de Deus (Rm 8:16,17 “16 O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17 Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”; Cl 2:13 “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos;”), a regeneração é primeira. Pontos positivos e negativos que esclarecem a regeneração A regeneração não é eliminação da velha natureza. Pelo pecado habitar na carne, a velha natureza existe enquanto o Cristão possui o tabernáculo de pó chamado o corpo (Rm 7:14-25 “14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. 15 Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. 16 Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. 17 Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. 18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? 25 Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.”; Gl 5:17 “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.”). A regeneração é o começo de uma nova natureza. Com a operação da regeneração o Cristão possui uma nova natureza (Cl 3:10,11 “10 e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; 11 no qual não 86 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos.”) na qual o Espírito Santo habita (1Co 6:19 “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?”). Esta nova natureza é chamada o homem interior e tem prazer na lei de Deus (Rm 7:22 “Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus;”). A regeneração não é a mera aquisição de filosofias religiosas. O homem inventa filosofias conforme a sua própria mente. As filosofias e vãs sutilezas são segundo as tradições do homem e dos rudimentos do mundo (Cl 2:8 “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo;”; 1Pe 1:18 “sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram,”). Essas filosofias por se originarem do homem, naturalmente invalidam os mandamentos de Deus (Mt 15:3-6 “3 Ele, porém, lhes respondeu: Por que transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição? 4 Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte. 5 Mas vós dizeis: Se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: É oferta ao Senhor aquilo que poderias aproveitar de mim; 6 esse jamais honrará a seu pai ou a sua mãe. E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição.”). As filosofias religiosas do homem são vaidades (At 14:13-15 “13 O sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para junto das portas touros e grinaldas, queria sacrificar juntamente com as multidões. 14 Porém, ouvindo isto, os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgando as suas vestes, saltaram para o meio da multidão, clamando: 15 Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós, sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles;”) e consideradas meras superstições (At 17:22,23 “22 Então, Paulo, levantando-se no meio do Areópago, disse: Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos; 23 porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio.”). A regeneração é a aquisição de uma nova natureza criada por Deus em Cristo. A nova natureza, que é adquirida na regeneração, renova-se em santidade e justiça dia a dia para ser mais semelhante à de Cristo (Rm 8:29 “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”; Cl 3:10,11 “10 e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; 11 no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos.”; Tt 3:5-7 “5 não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, 6 que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, 7 a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.”). A regeneração não é um processo longo que vai aperfeiçoando o homem com meios humanos e Eclesiásticos até uma provável aceitação diante de Deus. A regeneração é um ato instantâneo de Deus pelo Espírito Santo na alma do eleito (Jo 1:13 “os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”; 3:8 ”O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.”). Essa obra purifica a alma completamente pela verdade de Jesus Cristo (2Pe 1:2-4 “2 graça e paz vos sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor. 3 Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, 4’ pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrandovos da corrupção das paixões que há no mundo,”). Este ato instantâneo capacita o eleito a 87 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo entender, desejar e obedecer a Palavra de Deus em arrependimento e fé. 9.2 A Conversão (I Ts 1:9 “pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro”) A Conversão definida: "Conversão é aquela mudança voluntária na mente do pecador em que ele se vira do lado do pecado para Cristo, do outro lado. O elemento primário e negativo da conversão, nomeadamente, virar-se do pecado, denominamos arrependimento. O elemento da conversão, último e positivo, nomeadamente virar-se para Cristo, denominamos fé." (A. H. Strong, em Systematic Theology, página 460, citado por T. P. Simmons, Um Estudo Sistemático de Doutrina Bíblica, p. 335). Podemos dizer que existe uma conversão inicial e única no eleito regenerado que resulta na sua justificação diante de Deus (Is 6:10 “Torna insensível o coração deste povo, endurece-lhe os ouvidos e fecha-lhe os olhos, para que não venha ele a ver com os olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com o coração, e se converta, e seja salvo.”; Mt 18:3 “E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.”; At 3:19 “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados,”), e que existe uma mudança subsequente e constante no eleito regenerado que resulta na sua santificação diante dos homens (Lc 22:32 “Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos.”; 1Jo 1:9 “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”; Tg 5:20 “sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados.” ). No aspecto humano e também lógico, a conversão, que inclui o arrependimento e a fé, segue e é resultante da obra divina de regeneração. A conversão é a primeira manifestação da nova natureza no homem regenerado. Por ser a primeira ação feita do lado humano, alguns preferem dizer que é primeira na lista de acontecimentos na realização da Salvação. Mas, pela conversão ser o resultado de uma obra divina anterior, colocamos a conversão em segundo lugar na lista de acontecimentos lógicos na realização da Salvação. 9.2.1 A Necessidade de a Conversão Seguir a Regeneração † A conversão envolve uma negação do pecado. O homem natural pode modificar a sua vida e impedir que as manifestações do pecado sejam evidentes na sua vida pública, mas ele não pode negar o seu amor pelo pecado (Jr 13:23“Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal.”; Jr 17:9 “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”; Pv 27:22 “Ainda que pises o insensato com mão de gral entre grãos pilados de cevada, não se vai dele a sua estultícia.”; Mt 19:25,26 “25 Ouvindo isto, os discípulos ficaram grandemente maravilhados e disseram: Sendo assim, quem pode ser salvo? 26 Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível.”). O homem natural pode não gostar das conseqüências do pecado, mas, mesmo assim, o próprio pecado continua sendo desejado e prazeroso para ele. a verdade é: Se não nascer de novo, ninguém pode entrar no reino de Deus (Jo 3:5 “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.”). † A conversão é agradável a Deus. O carne não é sujeita à lei de Deus nem pode agradar a Deus (Rm 8:7,8 “7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”). O que é nascido da carne agrada unicamente a carne (Jo 3:6 “O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.”) e a carne somente ceifa corrupção (sujeição do corpo à morte e à dissolução) (Rm 7:5 “Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte.”; Gl 6:7,8 “7 Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. 8 Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna.”). Sem a fé, um fruto do Espírito Santo, vir 88 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo primeiro é impossível para qualquer um agradar a Deus (Hb 11:6 “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.”). † A conversão é uma "boa" coisa. No homem natural, sem uma obra prévia e regeneradora espiritual, não existe "bem algum" habitando nele (Rm 7:18 “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.”). Do homem natural não podemos esperar uma obra boa. As suas obras de justiça não são aceitáveis diante de Deus (Mc 7:21-23 “21 Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, 22 a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. 23 Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem.”; Is 64:4 “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera.”; Gl 5:19-21 “19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, 20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, 21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.”). Assim como Jó pergunta e responde pela inspiração do Espírito Santo: "Quem do imundo tirará o puro? Ninguém." (Jó 14:4 “Quem da imundícia poderá tirar coisa pura? Ninguém!”) nós também podemos resumir. Não há possibilidade do homem converter-se sem Deus primeiramente o vivificar. † A conversão é uma submissão à lei de Deus. O homem não regenerado vive segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência (Ef 2:2,3 “2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; 3 entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.”). A mente dos incrédulos é obscurecida pela ignorância que há neles, e, querem por isso, se entregarem, não a Deus, mas à dissolução (depravação) (Ef 4:18,19 “18 obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, 19 os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza.”). O não regenerado jamais pode sujeitar-se à lei de Deus, pois a inclinação da sua carne é inimizade contra Deus (Rm 8:7 “Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar.”). Não é o homem natural que deseja nem é capaz de sujeitarse a Deus, mas é o homem regenerado que quer e pode agradar a Deus(Jo 15:5 “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.”; Fp 4:13 “tudo posso naquele que me fortalece.”) porque Deus opera nele tanto o querer quanto o efetuar segundo a Sua boa vontade (Fp 2:13 “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”). † A conversão envolve o entendimento das coisas espirituais. A velha natureza do homem não pode discernir coisas espirituais. Qualquer fato espiritual, para o homem não crente, é loucura e um escândalo (1Co 1:23 “mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios;”; 1Co 2:14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.”). O entendimento da obra Salvadora de Cristo, e o convencimento do pecado, da justiça e do juízo, numa pessoa espiritual, são obras do Espírito Santo nos que Deus quer ensinar essas verdades (Jo 16:7,8 “7 Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. 8 Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo:”; Mt 11:26,27 “26 Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. 27 Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.”). O que antecede o entendimento espiritual é uma obra divina que é eficaz para fazer o homem pecador conhecer Cristo. Essa obra prévia é a regeneração. 89 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo † A conversão envolve a fé. A fé é o fruto do Espírito Santo (Gl 5:22 “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,”). Os que crêem têm o poder de crer na evidência que a fé é dada previamente por Deus (Fp 2:13 “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”). O poder que ressuscitou Cristo dos mortos é o mesmo poder que Deus opera nos que crêem em Cristo (Ef 1:19,20 “19 e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; 20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais,”). Portanto, o poder de crer é antes da ação da fé. Nisso entendemos que a conversão é causada pela obra divina de regeneração † A conversão é uma ressurreição espiritual. "A conversão está representada em Ef 2:4-6 como uma ressurreição espiritual, que diz: ‘Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo Seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois Salvos), e nos ressuscitou juntamente com Ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;’. O ressuscitar aqui representa a conversão. Assim, a questão que estamos considerando quanto ao que é primeiro, o vivificar ou o ressuscitar. Não pode haver dúvida razoável que o vivificar é o primeiro num sentido lógiCO" (T. P. Simmons, p. 339). Veja Cl 2:12 “tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos.”. † A conversão envolve a ação de vir a Cristo. O que impede um pecador qualquer de vir a Cristo é a sua condição de estar morto em pecado. Isso impede que ele queira vir a Cristo (Jo 5:40 “Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida.”). Por causa do pecador estar morto no pecado ele não vem a luz, mas, a odeia (Jo 3:19 “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.”). O pecador não precisa de uma chance ou uma ajuda geral de Deus, um pregador sorridente, um culto animado ou uma estória emocional (Jo 8:43 “Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra.”). Ele precisa nova vida para poder vir a Cristo com arrependimento e a fé. É Deus Quem traz os Seus a Cristo, dando-lhes vida (regeneração). Tendo vida, venham a Cristo (conversão). Se Deus não trouxer, ninguém pode vir a Cristo (Jo 6:44, 65 “44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. 65 E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido.”; Jo 12:37-40 “37 E, embora tivesse feito tantos sinais na sua presença, não creram nele, 38 para se cumprir a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? 39 Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse ainda: 40 Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e sejam por mim curados.”). Pela conversão envolver a ação de vir a Cristo, sabemos que Deus age antes em trazer os Seus em amor (Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”). A Manifestação da Conversão 1. O Arrependimento A manifestação da conversão é pelo arrependimento e a fé. O arrependimento é uma manifestação da conversão. No antigo Testamento os vocábulos “arrepender-se” e arrependimento (naham) são raramente usados com referência aos homens (Êx 13.17 “Tendo Faraó deixado ir o povo, Deus não o levou pelo caminho da terra dos filisteus, posto que mais perto, pois disse: Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e torne ao Egito.”; Jó 42.6 “Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.”; Ez 14.6 “Por isso, diga aos israelitas que eu, o Senhor Eterno, estou dizendo o seguinte: "Arrependam-se e abandonem os seus ídolos nojentos.(BLH)"; Ez 18.30 “Agora, eu, o Senhor Eterno, estou dizendo a vocês, israelitas, que vou julgar cada um pelo que tem feito. Arrependam-se de todo mal que estão praticando e não deixem que os seus pecados os destruam.(BLH)”), porém são mais freqüentemente usados para Deus (Gn 6.6-7 “6 então, se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. 7 Disse o SENHOR: 90 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito.”; Êx 32.14 “havia de fazer ao povo. Então, se arrependeu o SENHOR do mal que dissera”; Jr 18.8,10 “8 se a tal nação se converter da maldade contra a qual eu falei, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe. 10 Se ele fizer o que é mal perante mim e não der ouvidos à minha voz, então, me arrependerei do bem que houvera dito lhe faria”; Jn 4.2 “E orou ao SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal.”). O termo mais usado para o arrependimento humano (shuv) que significa girar ou retornar, e é aplicado ao tornar do pecado para voltar-se para Deus, consiste em voltar-se para o Senhor de todo coração, alma e forças (2Rs 17.13 “O SENHOR advertiu a Israel e a Judá por intermédio de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Voltai-vos dos vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, segundo toda a Lei que prescrevi a vossos pais e que vos enviei por intermédio dos meus servos, os profetas.”; 2Rs 23.25 “Antes dele, não houve rei que lhe fosse semelhante, que se convertesse ao SENHOR de todo o seu coração, e de toda a sua alma, e de todas as suas forças, segundo toda a Lei de Moisés; e, depois dele, nunca se levantou outro igual.”; 2Cr 6.26 “Quando os céus se cerrarem, e não houver chuva, por ter o povo pecado contra ti, e ele orar neste lugar, e confessar o teu nome, e se converter dos seus pecados, havendo-o tu afligido, ;2Cr 30.6 “Partiram os correios com as cartas do rei e dos seus príncipes, por todo o Israel e Judá, segundo o mandado do rei, dizendo: Filhos de Israel, voltai-vos ao SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, para que ele se volte para o restante que escapou do poder dos reis da Assíria.”; Jr 3.12,14,22 “12 Vai, pois, e apregoa estas palavras para o lado do Norte e dize: Volta, ó pérfida Israel, diz o SENHOR, e não farei cair a minha ira sobre ti, porque eu sou compassivo, diz o SENHOR, e não manterei para sempre a minha ira. 14 Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o SENHOR; porque eu sou o vosso esposo e vos tomarei, um de cada cidade e dois de cada família, e vos levarei a Sião. 22 Voltai, ó filhos rebeldes, eu curarei as vossas rebeliões. Eis-nos aqui, vimos ter contigo; porque tu és o SENHOR, nosso Deus.”; Ez 33.11,14 “11 Dizelhes: Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer, ó casa de Israel?!4 Quando eu também disser ao perverso: Certamente, morrerás; se ele se converter do seu pecado, e fizer juízo e justiça,”; Jn 3.10 “Viu Deus o que fizeram, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez.”; Ml 3.7 “Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o SENHOR dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?”) No Novo Testamento os termos “arrepender-se” (metanoeo) e “arrependimento” (metanoia) se referem basicamente a uma mudança de mente. É importantíssimo observar esse significado. Pois o arrependimento consiste de uma radical transformação de pensamento, atitude e direção que ocorre na regeneração por ação do Espírito Santo. Nesse sentido o arrependimento bíblico consiste de um abandono ao pecado e de um voltar-se para Deus e seu serviço. (At 3.19 “Arrependeivos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados,”; At 26.20 “mas anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, por toda a região da Judéia, e aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento.”; 1Ts 1.9 “pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro”; 1Pe 2.25 “Porque estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo da vossa alma.”). A bíblia nos mostra a relação do arrependimento com a tristeza, o ódio ao pecado e o abandono do pecado. Quando essa tristeza é segundo Deus é para a salvação em contraste com a tristeza, segundo o mundo, que opera para a morte (2Co 7.10 “Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte.”; exemplificada em Judas e em Esaú Mt 27.3-5 “3 Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: 4 Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo. 5 Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se.”; 91 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Hb 12.17 “Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.” ). Essa tristeza para a salvação é assinaladamente manifesta nos exemplo de arrependimento que a bíblia nos provê (Sl 51 1-17 “1 Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. 2 Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado. 3 Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. 4 Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar. 5 Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe. 6 Eis que te comprazes na verdade no íntimo e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria. 7 Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve. 8 Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste. 9 Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniqüidades. 10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. 11 Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. 12 Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário. 13 Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti. 14 Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua exaltará a tua justiça. 15 Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará os teus louvores. 16 Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos. 17 Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.”; Lc 22.62 “Então, Pedro, saindo dali, chorou amargamente.”). O arrependimento evangélico é evidenciado de três maneiras: 1- quando o pecado é reconhecido; 2- quando o pecado é lamentado e aborrecido; 3- quando o pecado é abandonado. Esses três elementos se vêem na Salvação de Zaqueu (Lc 19:1-9 “1 Entrando em Jericó, atravessava Jesus a cidade. 2 Eis que um homem, chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico, 3 procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura. 4 Então, correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar. 5 Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa. 6 Ele desceu a toda a pressa e o recebeu com alegria. 7 Todos os que viram isto murmuravam, dizendo que ele se hospedara com homem pecador. 8 Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. 9 Então, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. ”). Pela pregação da Palavra de Deus o Espírito Santo convence da natureza do pecado e a sua culpa. O senso evangélico do arrependimento é entendido quando o pecado é reconhecido. Quando o pecado é visto como rebelião contra Deus, contra a sua santidade, e como uma ofensa a Deus, o senso evangélico do arrependimento é entendido. Quando o pecado é reconhecido o elemento intelectual do arrependimento está em ação (Rm 2:4 “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?”). A pregação da Palavra de Deus e o Espírito Santo falam do fim do pecado e impressiona o que está em tal situação contra Deus. O senso evangélico do arrependimento é entendido quando o pecado é Lamentado e aborrecido. Quando a tristeza divina pelo pecado é presente e é lamentada e aponta a sua situação fora de Deus o senso evangélico do arrependimento é entendido. Quando o pecado é Lamentado e aborrecido o elemento emocional do arrependimento está na ação. A nossa pregação deve incluir a chamada à tristeza pela culpa de ter pecado e ao abandono do pecado (Lc 24:4 “e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém.” 7). O senso evangélico do arrependimento é entendido quando o pecado é abandonado. Nessa fase do arrependimento evangélico a conduta do pecador arrependido muda (Mt 3:8 “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;”; Lc 3:8 “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.”, "obras 92 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo dignas de arrependimento"; 2Co 7:11 “Porque quanto cuidado não produziu isto mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que defesa, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vindita! Em tudo destes prova de estardes inocentes neste assunto.”). Quando o pecado é abandonado o lado volitivo ou voluntário do arrependimento está em ação. A chamada do evangelho é para uma ação e não particularmente para uma decisão intelectual. Essa ação de abandonar o pecado é baseada na convicção e na obra prévia de Deus no coração do homem pela Palavra de Deus. O arrependimento evangélico é também interno. O arrependimento evangélico age na mente e no coração e por ser interna na mente e no coração, as ações evidenciam a mudança (2Tm 2:25,26 “25 disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, 26 mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade.”). O arrependimento evangélico é também um dom de Deus (At 5:31 “Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados.” AT 11:18 “E, ouvindo eles estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para vida "; 2Tm 2:24,25 “24 Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, 25 disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade,”). Devemos entender que o arrependimento evangélico, ou aquele que faz parte da Salvação, não é penitência. A penitência, segundo os católicos, faz parte do arrependimento. A penitência envolve a punição dos pecados passados pelo jejum e por outros exercícios que possam expressar exteriormente um remorso interno (confissão, rezar, autoflagelação, observar quaresma, etc.). O arrependimento verdadeiro é uma mudança interna que não é imposta por castigos externos. O fruto do arrependimento não é o próprio arrependimento! O fruto do arrependimento verdadeiro é fé na obra suficiente de Cristo no lugar do pecador (At 5:31 “Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados.”; At 20:21 “testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus [Cristo].”; Hb 6:1 “Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemonos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus,” (fazem parte dos rudimentos da doutrina o arrependimento e a fé em Deus); 2Tm 2:25 “disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade,”). O sacrifício de Cristo basta para Salvar o pecador (Rm 4:7,8; Rm 10:4, "Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê."; Hb 10:14, "com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados."; 1Jo 1:7, "o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos e purifica de todo o pecado."). Atos temporais do homem nunca podem expiar nenhum pecado (Jó 14:4 “Quem da imundícia poderá tirar coisa pura? Ninguém!”; Is 40:6 “Uma voz diz: Clama; e alguém pergunta: Que hei de clamar? Toda a carne é erva, e toda a sua glória, como a flor da erva;”; Is 64:6 “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam.”). A Bíblia é silenciosa sobre o homem expiando o seu próprio pecado, mas abunda em exemplos de Cristo ser o substituto suficiente pelos pecados (2Co 5:21“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”; Lc 19:1-6 “1 Entrando em Jericó, atravessava Jesus a cidade. 2 Eis que um homem, chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico, 3 procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura. 4 Então, correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar. 5 Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa. 6 Ele desceu a toda a pressa e o recebeu com alegria.”;). 93 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo 2. A Fé "Como a descrença era preeminente do pecado do primeiro Adão assim também a fé é preeminente da redenção pelo segundo Adão. A fé é interligada com cada ação e condição da Salvação. É pela fé que os homens entram numa união vital com Cristo, pela fé que são justificados, pela fé que adoram corretamente, pela fé vive o cristão, pela fé que a sua santificação progride e, pela fé ser o meio de vencer o mundo e de ter a esperança no futuro, ela é o meio pelo qual o Cristão se torna mais e mais identificado com Cristo no seu reino espiritual agora e no porvir " (Boyce, p. 385). A fé é crença e confiança. É crença, pois crê em fatos e em declarações ou na sinceridade de uma pessoa. É confiança, pois, confia na veracidade do fato, da declaração ou na pessoa. A crença está num fato, numa declaração ou numa pessoa, mas, a confiança evidencia-se em tornar digno aquele fato, declaração ou pessoa como base das ações. O fruto do Espírito Santo que é a fé faz que creiamos em Deus por Cristo e confiemos na sua palavra ao ponto que obedecermos a ela. Como tudo o que se diz evangélico não é da verdade, também toda e qualquer fé não é a verdadeira. Existem imitações da fé verdadeira. Existe muita fé falsa. Há os que têm a sua fé em espíritos, em idolatria, em filosofias, em sinais, em emoções, em coincidências, na astrologia, etc. A fé verdadeira, porém é dom de Deus (Ef 2:8,9 “8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”), pelo Espírito Santo (Gl 5:22 “ Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,”) e é única (Ef 4:5 “ há um só Senhor, uma só fé, um só batismo;”). As imitações da fé verdadeira incluem a fé histórica, a fé intelectual, a fé implícita, e a fé temporária. Para melhorar nosso entendimento desse fruto do Espírito Santo queremos examinar um pouquinho as imitações da fé verdadeira. A fé histórica é uma simples crença que existiu um homem chamado Cristo no passado. Os demônios crêem em Deus, sabem que ele existiu e existe, mas esta crença não é Salvadora (Tg 2:19 Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem.”), pois não tem confiança nos fatos. Em At 8:13-24 temos o caso de Simão, o mágico Ele creu e foi batizado, mas, com tempo, revelou que não tinha "parte nem sorte nesta palavra" pois o seu coração não era reto diante de Deus At 8.13-24 “13 O próprio Simão abraçou a fé; e, tendo sido batizado, acompanhava a Filipe de perto, observando extasiado os sinais e grandes milagres praticados. 14 Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João; 15 os quais, descendo para lá, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo; 16 porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus. 17 Então, lhes impunham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo. 18 Vendo, porém, Simão que, pelo fato de imporem os apóstolos as mãos, era concedido o Espírito [Santo], ofereceu-lhes dinheiro, 19 propondo: Concedei-me também a mim este poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mãos receba o Espírito Santo. 20 Pedro, porém, lhe respondeu: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir, por meio dele, o dom de Deus. 21 Não tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu coração não é reto diante de Deus. 22 Arrepende-te, pois, da tua maldade e roga ao Senhor; talvez te seja perdoado o intento do coração; 23 pois vejo que estás em fel de amargura e laço de iniqüidade. 24 Respondendo, porém, Simão lhes pediu. : Rogai vós por mim ao Senhor, para que nada do que dissestes sobrevenha a mim. O mesmo pode ser dito de Judas. Um soldado presente na hora da crucificação de Cristo foi empolgado pelos fatos históricos e declarou: "que verdadeiramente este era Filho de Deus" (Mt 27:54 “O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus.”). Esta poderia ser uma declaração baseada somente na fé histórica. Há muitos hoje também que aceitem Cristo como uma pessoa boa na história, mas devemos entender que este tipo de fé não tem valor Salvador. A fé intelectual é parecida com a fé histórica e com a fé verdadeira. A fé intelectual reconhece que os fatos bíblicos são verdadeiros. A fé intelectual não tem dúvida que Cristo nasceu de uma virgem, era o Filho de Deus, morreu no lugar dos pecadores, ressuscitou, foi ao céu e voltará novamente à terra pois a bíblia manifesta estes fatos e tudo é lógico As multidões clamavam na ocasião da entrada de Cristo em Jerusalém: "Hosana ao filho de Davi; bendito o que vem em 94 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo nome do Senhor. Hosana nas alturas!" (Mt 21:1-11 “1 Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos, dizendo-lhes: 2 Ide à aldeia que aí está diante de vós e logo achareis presa uma jumenta e, com ela, um jumentinho. Desprendei-a e trazei-mos. 3 E, se alguém vos disser alguma coisa, respondei-lhe que o Senhor precisa deles. E logo os enviará. 4 Ora, isto aconteceu para se cumprir o que foi dito por intermédio do profeta: 5 Dizei à filha de Sião: Eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de animal de carga. 6 Indo os discípulos e tendo feito como Jesus lhes ordenara, 7 trouxeram a jumenta e o jumentinho. Então, puseram em cima deles as suas vestes, e sobre elas Jesus montou. 8 E a maior parte da multidão estendeu as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores, espalhando-os pela estrada. 9 E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas! 10 E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, e perguntavam: Quem é este? 11 E as multidões clamavam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia!”). Porém, quando Cristo foi crucificado "todo o povo" disse: "o seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos." (Mt 27:25 “E o povo todo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!”). Aparentemente a fé da multidão era uma crença intelectual somente, pois, se fosse uma fé verdadeira confiariam em Cristo para a Salvação e não pensariam que Ele fosse digno de crucificação. A mesma coisa pode ser dita dos muitos judeus que creram nEle em Jerusalém. Tinham uma fé que gostou das palavras de Cristo, mas não no significado delas, pois, quando entenderam o que ele quis dizer "pegaram pedras para lhe atirar" (Jo 8:30-59 “30 Ditas estas coisas, muitos creram nele. 31 Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; 32 e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. 33 Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres? 34 Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. 35 O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. 36 Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. 37 Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não está em vós. 38 Eu falo das coisas que vi junto de meu Pai; vós, porém, fazeis o que vistes em vosso pai. 39 Então, lhe responderam: Nosso pai é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão. 40 Mas agora procurais matar-me, a mim que vos tenho falado a verdade que ouvi de Deus; assim não procedeu Abraão. 41 Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe eles: Nós não somos bastardos; temos um pai, que é Deus. 42 Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou. 43 Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra. 44 Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. 45 Mas, porque eu digo a verdade, não me credes. 46 Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a verdade, por que razão não me credes? 47 Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus. 48 Responderam, pois, os judeus e lhe disseram: Porventura, não temos razão em dizer que és samaritano e tens demônio? 49 Replicou Jesus: Eu não tenho demônio; pelo contrário, honro a meu Pai, e vós me desonrais. 50 Eu não procuro a minha própria glória; há quem a busque e julgue. 51 Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente. 52 Disseram-lhe os judeus: Agora, estamos certos de que tens demônio. Abraão morreu, e também os profetas, e tu dizes: Se alguém guardar a minha palavra, não provará a morte, eternamente. 53 És maior do que Abraão, o nosso pai, que morreu? Também os profetas morreram. Quem, pois, te fazes ser? 54 Respondeu Jesus: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória nada é; quem me glorifica é meu Pai, o qual vós dizeis que é vosso Deus. 55 Entretanto, vós não o tendes conhecido; eu, porém, o conheço. Se eu disser que não o conheço, serei como vós: mentiroso; mas eu o conheço e guardo a sua palavra. 56 Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se. 57 Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta anos e viste Abraão? 58 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU. 59 Então, pegaram em pedras para atirarem nele; mas Jesus se ocultou e saiu do templo.”). Na hora de Jesus curar, saíam muitos demônios 95 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo oi clamavam: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus." (Lc 4:41 “Também de muitos saíam demônios, gritando e dizendo: Tu és o Filho de Deus! Ele, porém, os repreendia para que não falassem, pois sabiam ser ele o Cristo.”). Porém, apesar da declaração e crença, não foram convertidos estes. É manifestado que eles tinham somente um reconhecimento intelectual e não uma fé verdadeira. A fé implícita é definida melhor pelo ditado, "fé na fé". A fé implícita crê simplesmente para crer. É de crer em algo sem prova nenhuma. Os católicos dizem que a fé deve ser na igreja, ou melhor, simplesmente crer nas suas doutrinas pela autoridade dela mesma e não por causa do reconhecimento de nenhuma verdade (Boyce, p. 389). Seria a mesma coisa dos evangélicos dizerem: "crê na Bíblia somente para a Salvação" sem primeiramente ensinar o que ela diz. O cristão verdadeiro não crê em Cristo simplesmente por crer nEle, mas, por Ele ser revelado ao seu coração pelo Espírito Santo e assim, confia na Sua obra, segundo as Escrituras, como tudo suficiente para o tornar aceitável diante de Deus. A fé temporária é uma fé enganosa. Essa fé recebe intelectual e alegremente os fatos históricos da verdade. Essa fé entendemos pela parábola do semeador (Mc 4:1-20 “1 Voltou Jesus a ensinar à beira-mar. E reuniu-se numerosa multidão a ele, de modo que entrou num barco, onde se assentou, afastando-se da praia. E todo o povo estava à beira-mar, na praia. 2 Assim, lhes ensinava muitas coisas por parábolas, no decorrer do seu doutrinamento. 3 Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear. 4 E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram. 5 Outra caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. 6 Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. 7 Outra parte caiu entre os espinhos; e os espinhos cresceram e a sufocaram, e não deu fruto. 8 Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu, produzindo a trinta, a sessenta e a cem por um. 9 E acrescentou: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. 10 Quando Jesus ficou só, os que estavam junto dele com os doze o interrogaram a respeito das parábolas. 11 Ele lhes respondeu: A vós outros vos é dado conhecer o mistério do reino de Deus; mas, aos de fora, tudo se ensina por meio de parábolas, 12 para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam; para que não venham a converter-se, e haja perdão para eles. 13 Então, lhes perguntou: Não entendeis esta parábola e como compreendereis todas as parábolas? 14 O semeador semeia a palavra. 15 São estes os da beira do caminho, onde a palavra é semeada; e, enquanto a ouvem, logo vem Satanás e tira a palavra semeada neles. 16 Semelhantemente, são estes os semeados em solo rochoso, os quais, ouvindo a palavra, logo a recebem com alegria. 17 Mas eles não têm raiz em si mesmos, sendo, antes, de pouca duração; em lhes chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam. 18 Os outros, os semeados entre os espinhos, são os que ouvem a palavra, 19 mas os cuidados do mundo, a fascinação da riqueza e as demais ambições, concorrendo, sufocam a palavra, ficando ela infrutífera. 20 Os que foram semeados em boa terra são aqueles que ouvem a palavra e a recebem, frutificando a trinta, a sessenta e a cem por um.”). É simbolizada pela semente que caiu sobre pedregais (Mc 4:5,16,18 “5 Outra caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra., 16 Semelhantemente, são estes os semeados em solo rochoso, os quais, ouvindo a palavra, logo a recebem com alegria., 18 Os outros, os semeados entre os espinhos, são os que ouvem a palavra”). A parábola nos ensina que a terra não era boa. Isto quer dizer que esta não caiu em um coração regenerado. Com tempo é entendida que essa fé era falsa por ser temporária. Essa fé enganosa é evidenciada por não continuar a confiar em Cristo nem ter uma crescente devoção e serviço a Ele. A fé temporária é manifesta como falsa por não crescer na graça e no conhecimento de Cristo. O amor da Palavra de Deus, e a responsabilidade de ouvi-la pregada e obedecê-la logo torna cansativo para os com essa fé traiçoeira. O amor do povo de Deus e a santidade de Deus que pede uma crescente distância do pecado não é uma realidade nos que conhecem apenas essa fé pérfida. A fé verdadeira e Salvadora, apesar da mente participar nela, é do coração também (Rm 10:9,10 “9 Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10 Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.”). É um conhecimento experimental da verdade de Deus e do poder de Cristo. Esta fé não é uma empolgação emocional 96 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo ou um mero convencimento mental, mas é o dom de Deus no coração dos Seus que leva o Cristão a confiar inteiramente nas Suas palavras para tudo que precisa para ser apresentado agradável diante de Deus. (Mt 16:16,17 “16 Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. 17 Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” ; Jo 6:37,6469 “37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. 64 Contudo, há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem o havia de trair. 65 E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido. 66 À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele. 67 Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos? 68 Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; 69 e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus.”; Ef 1:19,20 “19 e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; 20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais,”) É manifesta por um arrependimento e repúdio ao pecado e um amor por tudo que agrada o Salvador. A fé verdadeira tem o pai, na qualidade de Deus, como objetivo dela. Crê e confia que Deus é santo e um juiz justo que julgará o mundo por Jesus Cristo (At 17:31 “porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.”). Sabe e espera na sua misericórdia e amor manifestos no seu Filho (Rm 5:8 “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”). A fé verdadeira tem a confiança que Deus pode e vai assegurar a Salvação final do Seu povo (Fp 1:6 “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completála até ao Dia de Cristo Jesus.”; 1Pe 1:5 “que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.”). A fé verdadeira tem Deus, na qualidade de Pai, o seu alvo. A verdadeira fé descansa no Pai que nos amou primeiro (2Ts 2:16 “Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça,”; 1Jo 4:19“Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”) e nos adotou como filhos (1Jo 3:1,2 “1 Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. 2 Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”; Rm 8:17 “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”). A fé verdadeira põe a sua confiança no Pai como Aquele que nos deu a graça (Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”) e grandíssimas e preciosas promessas (2Pe 1:4 “pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo,”; 2Co 1:20); 2Co 1:20 “Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio.” A fé verdadeira tem a pessoa e obra de Cristo como o seu alvo. A fé verdadeira tem por certo a divindade de Cristo (At 8:37 “[Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.]”), sem esquecer que Cristo também é homem e nos representou completamente levando em Si os nossos pecados na Sua morte para nossa Salvação (2Co 5:21 “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”). A fé verdadeira aceita completamente o desejo amoroso de Cristo que pecadores arrependidos venham a Ele para o seu descanso espiritual (Mt 11:28-30 “28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. 30 97 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.”). A fé verdadeira olha para Cristo (Is 45:22 “Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.”; Jo 3:14,15 “14 E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, 15 para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.”), vem a Cristo (Is 55:1 “Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.”; Mt 11: 28 “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.”; Jo 6:37, 44,45,65 “37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. 44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. 45 Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim. 65 E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido.”), ponha o seu refúgio nEle (Hb 6:18 “para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta;”), come e bebe dEle (Jo 6:51-58 “51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne. 52 Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a comer a sua própria carne? 53 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. 54 Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55 Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. 56 Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele. 57 Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá. 58 Este é o pão que desceu do céu, em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram e, contudo, morreram; quem comer este pão viverá eternamente.”) e O recebe e anda nele (Cl 2:6 “Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele,”). A fé verdadeira tem evidências importantes. Essas evidências de uma fé verdadeira incluem a purificação do coração (At 15.9 “E não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração.”; "Bem aventurado os limpos de coração" Mt 5:8, “Bemaventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.” ; 1Pe 1:22 “Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente,”). O coração onde reside a fé verdadeira se limpa de todos os seus ídolos impuros para servir o Santo (1Ts 1:9 “pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro”); obediência em amor (Gl 5:6 “Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor.”). Pela fé verdadeira o cristão agrada Deus, resiste e o diabo e mortifica a carne, tudo isso não como um pesado mandamento, mas, pelo amor (1Jo 5:3 “3 Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos,”); vitoriosa (1Jo 5:44 porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.”). Sendo "nascido de Deus" o cristão verdadeiro tem uma mente iluminada e por isso sabe que as coisas do mundo são vãs e que as coisas espirituais são as únicas coisas que podem satisfazer completamente (Lm 3:24“A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele.”). Considerando essas verdades, podemos entender que a fé verdadeira não é uma mera aceitação mental de história ou de fatos importantes. É o fruto do Espírito de Deus (Gl 5:22 “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,”) no coração dos Seus. Esta fé não se manifesta somente em conhecimento intelectual e declarações verbais, mas manifesta-se em obras de obediência à Palavra de Deus em amor (Gl 5:6 “Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor.”; Ef 2:10 “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”; Tg 2:17 98 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo “Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta.”; I Ts 1:9 “pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro”). Aquele que tem essa fé verdadeira pode declarar de seu coração como Pedro: "Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo." (Jo 11:27 “Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo.”; Mt 16:16 “Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.”; Mc 8:29 “Então, lhes perguntou: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Pedro lhe disse: Tu és o Cristo.”); como o eunuco: "creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus" (At 8:37 [Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.]); como Natanael: "Rabi, tu és o Filho de Deus: tu és o Rei de Israel." (Jo 1:49 “Então, exclamou Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!”), e, como Paulo pregava de Cristo que este "é o Filho de Deus" (At 9:20 “E logo pregava, nas sinagogas, a Jesus, afirmando que este é o Filho de Deus.”). Essa fé verdadeira e Salvadora vem pela Palavra de Deus tanto no Antigo Testamento (Gl 3:8 “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos.”; Hb 4:2 “Porque também a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram.”) quanto no Novo Testamento (Rm 10:11-17 “11 Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido. 12 Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. 13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas! 16 Mas nem todos obedeceram ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem acreditou na nossa pregação? 17 E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.”). Se você conhece essa fé verdadeira, tem muitos motivos para louvar ao Senhor eternamente pois o que Ele começou, aperfeiçoará até o dia perfeito (Fp 1:6 “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.”). Temos motivos para perseverar na fé cristã e lutar contra o pecado, pois essa fé vence o mundo (1Jo 5:4 “porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.”). Temos motivo para avançar na causa de Cristo com confiança na obediência, pois Aquele que nos chamou, também fará o que Ele prometeu (Hb 10:23 “Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.”; I Ts 5:24 “Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.”; Mt 16:18 “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”). Os que conhecem a fé verdadeira têm uma mensagem viva e transformadora vindo de Deus, e não um produto dos homens, para pregar com ousadia ao mundo em trevas. Observação: o arrependimento e a fé são graças inseparáveis. Onde uma é mencionada a outra é compreendida. "Quando um homem é vivificado para a vida, não pode haver um lapso de tempo depois dele arrepender-se, nem pode haver qualquer antes que ele creia. De outra maneira teríamos a nova natureza em rebelião contra Deus e em incredulidade. Assim não pode haver ordem cronológica em arrependimento e fé." (T.P. Simmons, p. 351). A Justificação (Rm 3:24-26, “24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, 25 a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; 26 tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.”) Por causa do pecador escolhido por Deus ser regenerado, a qual manifestou-se na sua conversão, não existe nada neste pecador o que impede que ele seja declarado judicialmente justo diante de Deus. Quando tratamos da Salvação e falamos da parte dela chamada justificação tratamos dessa 99 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo posição judicial do pecador convertido diante do tribunal divino (At 13:38, 39 “38 Tomai, pois, irmãos, conhecimento de que se vos anuncia remissão de pecados por intermédio deste; 39 e, por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés.”). O significado da justificação é a absolvição de culpa do pecador regenerado e convertido. É a libertação do poder do pecado e da sua condenação pela graça e da vontade de Deus por Cristo (William Rogers). É "o meio pelo qual o pecador é aceito por Deus" (Abraham Booth, Reign of Grace, citado por A. W. Pink). O autor dessa justificação é Deus (Rm 8:33, “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica”; Rm 3:24-26, “24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, 25 a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; 26 tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.”; Rm 1:17 “visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.”; Tg 1:17, “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”). A obra da justificação é uma obra da trindade. O Pai decretou o meio e o método (Rm 3:22, “justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção”; 2Co 5:19 “a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.”). O Filho é o mediador da justificação (1Co 6:11, “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”; Fp 3:9, “e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé”). O Espírito Santo é quem faz a obra de convencer da justiça e de revelar Cristo. Ele traz a fé pela qual o cristão é justificado (1Co 6:11, “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus"; Jo 16:8, “Quando ele(o Espírito Santo) vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”). Observando biblicamente quem é o autor da justificação podemos entender claramente que a justificação não vem de homem algum. Os alvos da justificação são os pecadores. São os condenados que precisam ser declarados justos diante de Deus (Mt 9:12, 13 “12 Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. 13 Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores [ao arrependimento].”). O juízo veio sobre todos os homens para a condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homem para a justificação de vida (Rm 5:18 “Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida.”). Os que Confiam em si mesmos, crendo que são justos pela suas obras de justiça não são os que são verdadeiramente justificados, porém, os verdadeiramente justificados são aqueles que reconhecem serem o principal dos pecadores (Lc 18:9-14. “9 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: 10 Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. 11 O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; 12 jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. 13 O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! 14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado; 1Tm 1:15 “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.”). Os alvos da justificação são os pecadores que são predestinados e chamados por Deus (Rm 8:30 “E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a 100 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”). Para serem justificados diante de Deus entendemos que não é necessário apresentar a Ele a nossa própria justiça ,mas, como pecadores buscar a Sua justificação. A natureza dessa justificação é Maravilhosa. A justificação do pecador diante do tribunal de Deus não é um processo que se desenvolve em várias etapas, como é a chamada para a Salvação ou a santificação do cristão diante dos homens. A justificação é um ato instantâneo e quando ocorre, está completo. "Não admite graus ou fases" (T. P. Simmons, p. 353). Quando o publicano foi convertido ele desceu para sua casa já justificado (Lc 18:14 “Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.”). A justificação é eterna. A firmeza da verdade da eternidade da justificação é entendida pela pergunta de Deus, "Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica." (Rm 8:33 “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica.”). Pelo preço da justificação ser paga inteiramente por Cristo "uma única vez" (Hb 10:10 “Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas.”) o cristão resgatado por Cristo "tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida" (Jo 5:24 “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.”). A justificação diante de Deus por Cristo é tida como eterna porque a base da condenação do pecador, o pecado, foi eliminado por Cristo,. A justificação é graciosa. Ainda que a justificação seja revelada exteriormente mediante as obras (Tg 2:20-26 “20 Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante? 21 Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? 22 Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, 23 e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus. 24 Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente. 25 De igual modo, não foi também justificada por obras a meretriz Raabe, quando acolheu os emissários e os fez partir por outro caminho? 26 Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta.”) a obtenção da justificação diante de Deus nunca é pelas obras de homem algum (Rm 3:20 “visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.”; Rm 4:2-8 “2 Porque, se Abraão foi justificado por obras, tem de que se gloriar, porém não diante de Deus. 3 Pois que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. 4 Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida. 5 Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça. 6 E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras: 7 Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; 8 bem-aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado.”; Tt 3:4,5 “4 Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, 5 não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,”). Então, se não é pelas obras, é pela graça (Rm 11:6 “E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.”). Deus não deve a Salvação ao inimigo dele mas, sim, o juízo. Se Deus quer justificar alguém na base da obra meritória de Cristo isso é um desejo e um ato plenamente movido pela Sua graça. A justificação é pela imputação (Rm 4:6 “E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente de obras:”). A justificação nos é dada pela obra de um outro que nos torna livres de qualquer dívida (Rm 5:18,19 “18 Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. 19 Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos.”; Fp 3:8,9 “8 Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo 9 e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que 101 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé;”; 2Co 5:21 “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”). A justificação é dada pela fé. A fé é um efeito da justificação e não uma causa. Por sermos regenerados, temos o dom do Espírito Santo que é a fé (Gl 5:22 “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,”). Por isso confiamos em Cristo como nosso Salvador. A graça vem primeira e causa a fé que opera em nós para nossa justificação (Ef 2:8 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;”). Então pela natureza gloriosa dessa justificação somos incentivados a louvar Deus por uma "tão grande Salvação" (Hb 2:3 “como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram;”). E sendo justificados por uma justificação tão Maravilhosa somos incentivados a procurar aplicarnos "às boas obras" (Tt 3:7,8 “7 a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. 8 Fiel é esta palavra, e quero que, no tocante a estas coisas, faças afirmação, confiadamente, para que os que têm crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas aos homens.”) para a glória de Deus pelo Salvador. As bênçãos da justificação (1Jo 1:7 “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”; Hb 10:1214 “12 Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus, 13 aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. 14 Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados.”; Rm 8:1 “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”; Gl 3:13 “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro)”). Pela justificação temos a bênção de ter paz com Deus (Is 53:5 “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”; Rm 8:1 “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”). Por não termos mais a culpa do pecado não há mais nenhum impedimento para a nossa comunhão com Deus e termos plena aceitação da nossa pessoa por Deus e a possibilidade de uma adoração verdadeira (Ef 1:6 “para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado,”; Hb 10:19-22 “19 Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, 20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, 21 e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura.”; Jo 4:24 “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.”). Por sermos absolvidos de culpa somos abençoados na terra e na eternidade, pois a justificação e a glorificação andam juntos (Rm 8:28 “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”; 1CO 2:9 “mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.”; Ap 1:5,6 “5 e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, 6 e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”); (Rm 5:8,10 “8 Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. 10 Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida”; Rm 8:30 “E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”). Um resumo (BANCROFT, Elemental Theology, p. 206): 102 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo 1. Somos justificados judicialmente por Deus, Rm 8:33 “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica.”. 2. Somos justificados por causa da graça, Rm 3:24 “sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus”. 3. Somos justificados meritória e manifestamente por Cristo. Meritoriamente pela sua morte, Rm 5:10 “Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida”; manifestamente pela sua ressurreição Rm 4:25 “25 o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação.”). 4. Somos justificados instrumentalmente pela fé, Rm 5:1. “1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” 5. Somos justificados visivelmente aos outros pelas obras, Tg 2:14-24. “14 Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? 15 Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, 16 e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? 17 Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. 18 Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé. 19 Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem. 20 Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante? 21 Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? 22 Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, 23 e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus. 24 Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente.” A Adoção (Rm 8:12-17 “12 Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a viver segundo a carne. 13 Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis. 14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. 15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. 16 O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17 Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”) "Esta benção da graça é ainda mais grandiosa do que a justificação. Embora um juiz possa absolver totalmente a alguém que esteja sendo acusado de crime, não pode, contudo, conferir ao que foi absolvido nenhum dos privilégios que o filho tem. Mas o crente em Jesus Cristo tem o privilégio de poder considerar Deus não apenas como um juiz e justificador, mas como um Pai amoroso com quem se reconcilia. O problema de como colocar o pecador justificado na família de Deus foi resolvido (Jr 3:19 “As cidades do Sul estão fechadas, e ninguém há que as abra; todo o Judá foi levado para o exílio, todos cativos.”). Uma vez distante, ele agora é trazido para perto de Deus mediante o sangue de Cristo, e tornado o membro da família de Deus (Ef 2:13, 19 “13 Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. 19 assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus.”)" - Dagg, p. 220. O significados da adoção. Existem duas maneiras de entender a palavra "adoção". Uma é do ponto de vista do mundo natural, ou seja, alguém que de uma família é desejado e colocado legalmente numa outra. Um exemplo disso é Moisés quando a filha de Faraó o adotou (Êx 2:10 “Sendo o menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, da qual passou ele a ser filho. Esta lhe chamou Moisés e disse: Porque das águas o tirei.”; Hb 11:24 “Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,”). Por estarmos nos laços do diabo (2Tm 2:26 “mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade.”) e sermos por natureza filhos da ira (Ef 2:3 “entre os quais também todos nós andamos 103 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.”) e que em tal situação éramos estrangeiros e sem Deus do mundo (Ef 2:12 “naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.”), pode ser dito que somos, pela obra de Cristo na cruz e a operação do Espírito Santo em nossos corações com o fruto da fé, tirados de uma família e feitos filhos de Deus legalmente com todas as bênçãos de Cristo (Rm 8:16,17 “16 O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17 Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”). Uma outra maneira de entender a adoção é pelo ponto de vista da lei Romana, ou seja, o filho da família Romana, numa certa idade, é legal e formalmente adotado. Essa cerimônia faz que o filho seja colocado na posição de um filho legítimo e, assim, dado todos os privilégios de um filho. A participação do filho não o trouxe para a família (pois ele já estava na família), mas o reconheceu como filho diante da lei Romana. Um exemplo disso entendemos pelo escrito de Paulo em Gálatas 4:1-7 “1 Digo, pois, que, durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo. 2 Mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai. 3 Assim, também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo; 4 vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, 5 para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. 6 E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! 7 De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus.”. Por nós sermos tornados, pela regeneração, "filhos de Deus" agora, pela adoção, nos tornarmos legal e formalmente um filho com todas as bênçãos do Pai (Bancroft, p. 240). A adoção é diferente da justificação. Muitos acham que a adoção é a mesma coisa da justificação. Existem várias razões que enfatizamos que a adoção é distinta da justificação mesmo que sejam inter-relacionadas. † Existem duas palavras distintas na Palavra de Deus: justificação e a adoção. Se essas duas palavras fossem iguais no significado seriam conhecidas pela mesma palavra. † As duas doutrinas, justificação e adoção, falam de mudança de relacionamentos com Deus, mas, os relacionamentos não são iguais. Na justificação, Deus, como rei e juiz, aceita o pecador como um cidadão e um justo. É um relacionamento legal baseada na justiça de Cristo. Na adoção, Deus, como pai, recebe o Salvo como filho. É um relacionamento familiar baseada no amor (1Jo 3:1 “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo.”). † A justificação é um ato do Pai somente na qualidade de rei e juiz. A adoção é um ato tanto do Pai quanto do Filho (Jo 1:12“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome”). † Pela justificação passamos a ter paz com Deus (Rm 5:1“1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”; Rm 8.1-2 “1 Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. 2 Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.”). Pela adoção passamos a ter um relacionamento de amor com Deus (Rm 8:15 “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”). †Pela justificação a pena e o poder do pecado são eliminados. Pela adoção a presença do pecado na vida do cristão é tratada com a correção paternal (Hb 12:5-11 “5 e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; 6 porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. 7 É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? 8 Mas, 104 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. 9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos? 10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. 11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.”). A origem da adoção não vem do homem, mas de Deus. O homem convertido e justificado não tem direito diante de Deus para ser adotado. O homem não pode pensar que ele tem um direito natural diante de Deus por ser uma criação superior de toda a criação natural. Se o homem tivesse direito por ser originalmente criado a imagem de Deus, todo e qualquer homem teria direito à adoção. O homem regenerado e feito vivo espiritualmente também não tem direito diante de Deus de ser adotado. O homem regenerado e convertido não é mais condenado, mas, mesmo assim, não tem direito ao amor de Deus. O amor de Deus pelo cristão não é por merecimento algum. Por isso a adoção não é um direito do homem espiritual. A origem da adoção é um dom de amor de Deus àqueles que têm a união com Cristo, o unigênito filho. A verdade é que a adoção vem, não de qualquer direito de homem algum, mas pelo "beneplácito de Sua vontade", a vontade de Deus (Ef 1:5 “nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade”). A adoção é merecida somente pela obra de Cristo e dada em amor a todos que venham a Cristo pela fé (Jo 1:12 “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome”). A adoção é herdada no começo da carreira cristã quando ainda não há mérito nenhum pelas obras da obediência do cristão (1Co 1:26-29 “26 Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; 27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; 28 e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; 29 a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.”). A natureza da adoção é revelada em que ela é uma escolha de Deus em aceitar os que eram estrangeiros e peregrinos "como concidadãos dos santos, e da família de Deus" (Ef 2:19 “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus,”). A adoção faz que o cristão participe da natureza santa de Cristo, pela união com Seu Próprio Filho (Jo 17:21-23 “21 a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. 22 Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; 23 eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.”; 2Pe 1:4 “pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo” O tempo da adoção é de eternidade a eternidade: A adoção é eterna na sua concepção (Ef 1: 4,5 “4 assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor 5 nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” "antes da fundação do mundo ... E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo"). A adoção começa literalmente no ato da Salvação (Jo 1:12 “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome”; Gl 3:26 “Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus”). A adoção é futuramente eterna, pois ela passa pela morte e a transformação do corpo, para eternidade (Rm 8:23 “E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.”, "e esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo"; 2Co 5:10 “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem 105 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo ou o mal que tiver feito por meio do corpo.”; 1Jo 3:1-3 “1 Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. 2 Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. 3 E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.”). É entendida que a adoção é eterna pois ela não depende da obra de nenhuma criatura mas completamente da obra santa do Criador (1Co 1:30 “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,”; Rm 9:11 “E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama)”; Rm 11:5,6 “5 Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça. 6 E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.”). As bênçãos de adoção são inúmeras e gloriosas. Por sermos adotados na família de Deus temos: o nome da família (1Jo 3:1 “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo.”; Ef 3:14,15 “14 Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, 15 de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra,”); a identidade da família (Rm 8:29“Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”); o amor da família (Jo 13:35 “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.”; 1Jo 3:14 “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte.”); o espírito da família (Rm 8:15“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”; Gl 4:6 “E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!”), e, a responsabilidade da família (Jo 14:23, 24, “23 Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada. 24 Quem não me ama não guarda as minhas palavras; e a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai, que me enviou.”; Jo 15:8“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”). Outras bênçãos ainda poderiam ser listadas, quais sejam: 1. A confraternidade íntima com Cristo e Deus (Gl 4:7“De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus.”; Jo 15:15 “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.”). Essa relação íntima é percebida pelos termos com qual o filho adotivo chama Deus de Pai: "Aba Pai". Cristo chamou Seu Pai pelo mesmo título (Mc 14:36“E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.”), e o filho adotivo situase na mesma posição do unigênito Filho de Deus para com o Pai, e assim também O chama pelo mesmo título amoroso (Rm 8:15 “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”; Gl 4:6 “E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!”). 2. A presença verdadeira e segura do Espírito Santo - Rm 8:16. Rm 8:15 “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.” não quer dizer que somente recebemos uma adoção espiritual, mas ensina que recebemos o próprio "Espírito de adoção" que indica uma nova natureza espiritual e possessão do próprio Espírito Santo (Matthew Henry, V. III, p. 963. 3. A orientação do Espírito Santo (Rm 8:4,14 “4 a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito., 14 Pois todos os que são guiados 5:16 “Digo, porém: andai no Espírito e pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.”; Gl 106 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo jamais satisfareis à concupiscência da carne.”). O mesmo Espírito que nos convenceu do pecado, e da justiça e do juízo (Jo 16:8 “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo:”) é o mesmo que continua conosco assegurando-nos na fé, pois temos muita oposição interna e externa dessa confiança de sermos filhos de Deus. 4. Uma consciência real da nossa posição como filhos de Deus (Rm 8:15 “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”, "Aba Pai"; Gl 4:6 “E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!”). A expressão, "Aba Pai", é uma expressão reservada, entre os judeus, para ser usada somente por pessoas livres. Nenhum escravo poderia chamar o seu senhor, "Aba", ou a sua senhora, "Imma". O uso dessa expressão por Paulo relata o privilégio livre e familiar que temos para com Deus pela adoção (Haldane, p. 358). A consciência dessa posição real desfruta um acesso aberto para com o Pai (Ef 3:12 “pelo qual temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé nele.”; Hb 10:19-23 “19 Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, 20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, 21 e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura. 23 Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.”) 5 Somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo (Rm 8:17 “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”; 1Pe 1:3-5 “3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, 4 para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros 5 que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.”; Ap 21:7 “O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.”; 1Co 3:21-23 “21 Portanto, ninguém se glorie nos homens; porque tudo é vosso: 22 seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, sejam as coisas presentes, sejam as futuras, tudo é vosso, 23 e vós, de Cristo,e Cristo, de Deus.”). 6. As bênçãos indizíveis da glória futura (1Jo 3:2 “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”). A correção paternal (Hb 12:5-11 “5 e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; 6 porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. 7 É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? 8 Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. 9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos? 10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. 11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.”) e cuidado constante e amoroso (Mt 6:32 “Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas”; Lc 12:27-33 “27 Observai os lírios; eles não fiam, nem tecem. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 28 Ora, se Deus veste assim a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno, quanto mais tratando-se de vós, homens de pequena fé! 29 Não andeis, pois, a indagar o que haveis de comer ou beber e não vos entregueis a inquietações. 30 Porque os gentios de todo o mundo é que procuram estas coisas; mas vosso Pai sabe que necessitais delas. 31 Buscai, antes de tudo, o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas. 32 Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino. 33 Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós 107 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome”; Jo 17:22-23 “22 Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; 23 eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.”; Jo 16:27 “Porque o próprio Pai vos ama, visto que me tendes amado e tendes crido que eu vim da parte de Deus.”). 1. Seria bom diferenciar a adoção dos homens e a adoção de Deus. O homem ao escolher um filho adotivo pensa nas suas qualidades reais ou supostas que podem ser agradáveis e meritórias, porém Deus, na adoção do seu povo, produz as qualidades por Si mesmo naqueles que Ele escolha. O homem pode dar bens e o seu próprio nome a quem ele adota, mas ele não pode mudar a descendência de quem ele adota, nem transformá-lo na sua própria imagem; porém Deus faz que os que Ele adota não só participam do Seu nome e das Suas benção celestiais, mas da Sua própria natureza, mudando e transformando-os na Sua própria imagem (Haldane, p. 357). Concluindo o estudo entendemos como a adoção é graciosa e gloriosa. Tanto mais que ao estudarmos o assunto da Salvação percebemos melhor do grande amor que tem nos concedido o Pai que fôssemos chamados filhos de Deus (1Jo 3:1 “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo.”). Os que têm tais bênçãos, tanto pelo conhecimento delas quanto pela operação da nova natureza, estarão incentivados a serem puros como é puro Aquele que os chamou a tais bênçãos (1Jo 3:3, “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.”). As bênçãos dadas pela adoção são muito além de um dever seco de uma religião com cerimônias, tradições, filosofias ou emoções esforçadas. Essas qualidades não têm nenhuma posição abençoada para com Deus, pois dependem das ações e intenções do homem e nem um pouco na obra graciosa de Cristo. Se você se acha somente religiosa o aviso é: deixem as suas obras de justiça que procuram ganhar a graça e a misericórdia de Deus. Lance-se aos pés de Deus clamando pela Salvação dEle que vem somente por Cristo em amor e confie naquela Salvação que é completa nEle. A Santificação (Hb 12.14 “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,”) A palavra "santificar", como usada na Bíblia, significa, principalmente, separar algo para um uso especial. Um exemplo disso é a santificação do sábado, uma separação do sétimo dia dos demais dias da semana para um propósito especial (Êx 20:8-11 “8 Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. 9 Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. 10 Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; 11 porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.”; Dt 5:12-15 “12 Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o SENHOR, teu Deus. 13 Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. 14 Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro das tuas portas para dentro, para que o teu servo e a tua serva descansem como tu; 15 porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o SENHOR, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço estendido; pelo que o SENHOR, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado.!). Mas a santificação não é apenas uma separação. Significa também uma separação para a santidade (Nm 6:5-8 “5 Todos os dias do seu voto de nazireado não passará navalha pela cabeça; até que se cumpram os dias para os quais se consagrou ao SENHOR, santo será, deixando crescer livremente a cabeleira. 6 Todos os dias da sua consagração para o SENHOR, não se aproximará de um cadáver. 7 Por seu pai, ou por sua mãe, ou por seu irmão, ou por sua irmã, por eles se não contaminará, quando morrerem; porquanto o nazireado do seu Deus está sobre a sua cabeça. 8 Por todos os dias do seu nazireado, santo será ao SENHOR.”; Hb 7:26 “Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como 108 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus”; 2Tm 2:19-21 “19 Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor. 20 Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra; outros, porém, para desonra. 21 Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra.”). A palavra "santificação" também tem a idéia de purificação ou de uma lavagem (Hb 9:13-14 “13 Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, 14 muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!”; Ef 5:26 “para que a santificasse (a igreja), tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra”). O léxico de Thayer’s consta o significado da palavra "santificar": dar o reconhecer por venerável, honrar, separar de coisas profanas e dedicar-se a Deus; consagrar; purificar (Simmons, p. 361). Como o pecado nos tornou culpados e nos sujou na nossa natureza, Deus, por Cristo, na Salvação nos justifica, tirando a culpa; nos adota, oficializando nossa posição de filho; e nos santifica, nos dando uma natureza santa (Rm 5:17 “Se, pela ofensa de um e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.”; Rm 6.19 “Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.”). A justificação tira a nossa culpa legal diante de Deus. A adoção nos dá uma relação familiar. A santificação nos faz andar moralmente limpos diante de Deus e dos homens. Na justificação recebemos o título da inocência. Na adoção é dado o título da nossa herança. Na santificação somos feitos capazes a desfrutar e usufruir daquela herança (Fp 4:13 “tudo posso naquele que me fortalece.”; 1Co 1:30 “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,”; 1Co 6:11“Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”; 1Jo 1:9 “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”). Definindo melhor, a santificação é aquela operação que muda o nosso caráter e a nossa conduta. Ela opera em nós um amor a Deus, uma capacidade para adorá-lo corretamente e nos qualifica para gozar o céu. A santificação faz que sejamos feitos na imagem de Cristo, o propósito da Salvação (Rm 8:29 “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”). O tempo da santificação A santificação é tanto imediata quanto um processo. A santificação é imediata quando focalizamos na posição do cristão, pela Salvação, diante de Deus. A santificação é um processo quando consideramos a posição do cristão, pela Salvação, diante dos homens. Queremos tratar do tempo da santificação primeiramente diante de Deus. Diante de Deus Na hora da Salvação, o regenerado, que mostra a sua nova vida pela conversão, é justificado diante do juiz e adotado na família de Deus. Imediatamente e eternamente é lavado de todo seu pecado. Essa santificação imediata é entendida em duas maneiras. Primeiramente o cristão, pela santificação, é legalmente puro. Cristo é a nossa santificação legal (1Co 1:30 “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, 109 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção”). Cristo se entregou a si mesmo para purificar os seus (Ef 5:25,26, "... Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,"). Por causa de Cristo entregar o seu próprio corpo para os pecadores arrependidos, os crentes são santificados eternamente diante de Deus (Hb 10:10, "na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez."; Hb 13:12, "E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta."). O cristão, pela morte de Cristo, não tem mais nenhum pecado entre ele e Deus. Nos lavados pelo sangue de Cristo, Deus não mais nos condena (Jr 31:34, "e nunca mais me lembrarei dos seus pecados"; Rm 5:1 “1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”). Os lavados pelo sangue de Cristo, sao purificados (1Co 6:11“Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”; Ap 1:5 “e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados”; AP 7:14 “Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro”). Os que são Salvos por Cristo não têm mais maldição (Gl 3:13, "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo se maldição por nós; porque está escrito: maldito todo aquele que foi pendurado no madeiro;"). Não existindo mais condenação, sujeira ou maldição no Salvo para com Deus, entendemos que o cristão é legalmente puro. Pela santificação legal somos postos numa posição santa diante de Deus. Em segundo lugar o cristão, pela santificação, é moralmente puro. Pela regeneração, o espírito do homem foi feito vivo para com Deus. Este espírito novo no homem é a nova natureza criada nele e pelo Espírito Santo fazer o Salvo estar em Cristo "nova criatura é" (2Co 5:17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”). Essa nova natureza não vive pecando (1Jo 5:18 “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca.”). Essa nova natureza tem prazer na lei de Deus, a declaração moral de Deus (Sl 1:2 “Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.”; Sl 40:8 “agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei.”; Sl 119:72 “Para mim vale mais a lei que procede de tua boca do que milhares de ouro ou de prata.”; Rm 7:22 “Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus”). Tendo essa nova natureza o santificado é feito como Cristo (Jo 4:34 “Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.”), e, por Cristo, estes cumprem toda a lei moral (Rm 2:29 “Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus.”). Essa nova natureza é alimentada pela Palavra de Deus (1Pe 2:2 “desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação”), e fortalecida pelo Espírito (Ef 3:16 “para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior”), e pela qual o santificado "vê" Deus (Mt 5:8 “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.”). Pela santificação o Cristão é feito santo imediatamente, em sua natureza, diante de Deus. Diante dos Homens Diante de Deus, o Salvo não têm mais maldição da lei, porém, diante dos homens, o cristão cresce na santificação (Pv 4:18, "mas a vereda do justo é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito"). Para entender melhor a santificação diante dos homens convém entender o que ela não é em comparação ao que é. Devemos entender que esta santificação diante dos homens, não é o melhoramento da carne. Mesmo que haja no processo da santificação diante dos homens uma manifestação cada vez menor da carne, a própria carne não melhora. A carne sempre tem o pecado habitando nela (Rm 7:14-24“14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. 15 Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. 16 Ora, se faço o que não quero, 110 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo consinto com a lei, que é boa. 17 Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. 18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”). A carne sempre milita contra o Espírito (Gl 5:17 “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.”). O pecado da carne manifesta-se, mas, pela santificação, aprendemos a morrer para a carne, porém a carne nunca fica livre do pecado. A impiedade essencial da carne é sempre latente (Simmons, p. 365). A santificação diante dos homens também não é uma a eliminação gradual do pecado na alma. Moralmente, o cristão já é puro diante de Deus alegrando-se, pelo homem interior, na lei de Deus (Rm 7:22 “Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus”). A alma não tem mais pecado, pois ela foi Salva pelo sacrifício suficiente de Cristo. É a carne que continua com o pecado. O processo da santificação diante dos homens também não é a interrupção total dos ataques de Satanás. Enquanto Satanás viver, ele lutará contra tudo o que está em prol da glória de Deus. Temos que ainda lutar "contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" (Ef 6:12 “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.”; 1Pe 5:8 “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;”). Pela santificação não nos tornamos um alvo menos importante ao Satanás. Pode ser que o contrário é verdadeiro (isto é, o crente também é tentado por satanás). O processo da santificação diante dos homens é a alma do cristão fortalecendo-se mais e mais na santidade. Hb 10:14 “Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados.”; Cl 3.10 “e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;”. A alma fortalecendo-se mais e mais na santificação, o propósito da Salvação de conformar nos a imagem de Cristo é atingido, (Rm 8:29 “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”). Pela santificação somos mais e mais vistos como "irmãos" de Cristo (Hb 2:11 “Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos,”). Santificação diante dos homens é prática. O processo da santificação acontece no interior do cristão pelo Espírito Santo, mas se revela externamente diante do mundo pela vida cristã do cristão. A santificação exterioriza-se na pregação de Cristo pelo viver da vida cristã publicamente (Hb 12:14 “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,”; Mt 5:14-16 “14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. 16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”). A santificação diante dos homens não é uma opção, mas uma conseqüência normal daquela nova natureza nascida no cristão. A santificação diante dos homens é experimental. O próprio cristão reconhece a obra da santificação na sua vida. O próprio cristão nota as mudanças nos seus desejos para com Deus, à Palavra de Deus, à oração, à santidade e à obediência (2Co 3:18 “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.”). O Cristão não pensa que já alcançou toda a perfeição, mas reconhece que felizmente 111 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo não é o que era e ainda deseja mudar mais (Fp 3:12-14 “12 Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. 13 Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, 14 prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”). A santificação diante dos homens é incompleta. O cristão sempre crescerá até o dia perfeito onde não há mais pecado presente, ou seja, no céu (Pv 4:18 “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.”; Fp 3:12 “Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.”). Nesta vida terrestre, com o pecado na carne e mesmo com uma crescente manifestação na vida da nova natureza com as suas vitórias sobre a carne, nunca chegaremos à perfeição completa. Essa perfeição completa-se somente na glorificação. Os Meios da Santificação Diante de Deus A santificação diante de Deus vem por Deus mesmo (Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”). Foi Deus que começou a boa obra em nós (Fp 1:6 “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.”; Ef 1:3 “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,”). A santificação diante de Deus vem pela obra do Espírito Santo. (1Co 6:11 “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”; 2Ts 2:13 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,”; 1Pe 1:2 “eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas.”). A santificação diante de Deus tem a morte de Cristo como base pela qual o Espírito Santo opera (1Co 6:11“Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”; Gl 3:13 “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro),”; Ap 1:5 “e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados”; Ap 7:14 “Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro,”). A santificação diante de Deus tem a fé como o meio pelo qual a alma se purifica (At 15:9“E não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração.”; At 26:18 “para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim.”; 1Pe 1:22 “Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amaivos, de coração, uns aos outros ardentemente,”). A santificação diante de Deus tem na Palavra de Deus um meio pelo qual a fé opera (Rm 10:17 “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.”). 112 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Diante dos Homens A santificação do cristão diante dos homens vem de Deus (Jo 17:17 “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.”; 1Ts 5:23 “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”). A santificação diante dos homens vem pela obra do Espírito Santo (Rm 15:16 “para que eu seja ministro de Cristo Jesus entre os gentios, no sagrado encargo de anunciar o evangelho de Deus, de modo que a oferta deles seja aceitável, uma vez santificada pelo Espírito Santo.”). Ele nos guia (Rm 8:14 “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.”), nos transforma (Rm 12:2 “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”), nos fortifica (Ef 3:16 “para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior”), e, faz-nos ter o fruto que agrada Deus (Gl 5:22 “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,”). A santificação diante dos homens tem a vitória de Cristo sobre o pecado, a morte e sobre Satanás como a base pela qual o Espírito Santo opera (1Co 6:11“Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”; 1Co 15:55-57 “55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? 56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. 57 Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.”; Gl 3:13 “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro),”; Ap 1:5 “e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados”; Ap 7:14 “Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro,”). A santificação diante dos homens tem a Palavra de Deus como instrumento que Espírito Santo usa (Jo 17:17 “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.”). A Palavra de Deus promove a obediência, previne e purifica-nos do pecado, nos reprova do pecado e causa-nos a crescer na graça (2Tm 3:16-17 “16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”; Sl 119:9 “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra.”, 11 “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.”, 34 “Dá-me entendimento, e guardarei a tua lei; de todo o coração a cumprirei.” , 43- 44 “43 Não tires jamais de minha boca a palavra da verdade, pois tenho esperado nos teus juízos. 44 Assim, observarei de contínuo a tua lei, para todo o sempre.”, 50 “O que me consola na minha angústia é isto: que a tua palavra me vivifica.”, 93 “Nunca me esquecerei dos teus preceitos, visto que por eles me tens dado vida.”, 104 “Por meio dos teus preceitos, consigo entendimento; por isso, detesto todo caminho de falsidade.”; Hb 5:12-14 “12 Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido. 13 Ora, todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. 14 Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.”; 1Pe 2:2“desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação”). A santificação diante dos homens tem a fé como meio pelo qual a palavra de Deus é eficiente (Gl 5:22 “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, 113 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo bondade, fidelidade,”; Rm 10:17 “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.”). A santificação diante dos homens tem a nossa própria obediência como meio para nos santificar (Rm 6:19 “Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.”). Como o exercício físico desenvolve o apetite para o alimento, pelo qual recebemos os elementos para produzir crescimento, o exercício espiritual desenvolve apetite para a Palavra de Deus, pela qual recebemos os elementos para o crescimento na graça (Sl 1:2,3 “2 Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. 3 Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido.”). A nossa obediência envolve a oração, a freqüência à igreja onde Deus tem o Seu ministério pelos seus ministrantes (Ef 4.11-12 “11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, 12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,”), a observação das ordenanças do batismo e da ceia, o castigo e também as providências de Deus (a tribulação, a nossa personalidade, os nossos relacionamentos, as circunstâncias da vida, etc.). Essas coisas promovem a nossa santificação diante dos homens, não porque elas em si têm uma virtude, mas, como os outros meios, trazem-nos ao encontro com a verdade divina. Estando na presença do Divino somos fortalecidos a termos uma apreciação elevada de Deus e uma obediência mais completa. Essas atividades mostram as glórias de Deus em Cristo pela nossa vida. Deve ser lembrado: Os atos da obediência não têm graça neles separadamente, mas são meios pelo qual conhecemos melhor a Deus, e conhecendo Ele melhor, somos santificados diante dos homens. Os Frutos Da Santificação A santificação do cristão não é algo prático ou neutro. A santificação produz evidências no interior do próprio cristão e também exteriormente diante o mundo. A santificação na vida do cristão produz interiormente uma consciência real da impureza latente na carne. Muitos são os santos na bíblia que Lamentaram da sua impiedade mostrando-nos a realidade que mais santo que sejamos mais impuros sentimos (Jó 38:1,2 “1 Depois disto, o SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: 2 Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento? ”; Jó 40:3,4 “3 Então, Jó respondeu ao SENHOR e disse: 4 Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha boca.”; Jó 42:5,6 “5 Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. 6 Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.”; Is 6:3-5 “3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. 4 As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. 5 Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!”; Ef 3:8 “A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo”; Fp 3:12-15 ”12 Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. 13 Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, 14 prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. 15 Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se, porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá.”). A santificação na vida do cristão produz interiormente um desgosto crescente ao pecado. Com o processo da santificação, o cristão torna-se mais e mais como Cristo. Aquilo que o senhor odeia, o cristão santificado também odeia. Por isso o cristão odeia olhos altivos, a língua mentirosa, as mãos que derramam sangue inocente, o coração que máquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e aquele que semeia contendas entre irmãos (Pv 6:16-19 “16 Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua 114 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo alma abomina: 17 olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, 18 coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, 19 testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos.”; Zc 8:17 “nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem ame o juramento falso, porque a todas estas coisas eu aborreço, diz o SENHOR.”). Pelo processo da santificação o cristão cresce mais no temor de Deus. O temor de Deus odeia o mal, a soberba e a arrogância, o mau caminho e a boca perversa (Pv 8:13 “O temor do SENHOR consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca perversa, eu os aborreço.”). Quanto mais somos como Cristo mais odiamos o mal (Sl 97:10 “Vós que amais o SENHOR, detestai o mal; ele guarda a alma dos seus santos, livra-os da mão dos ímpios.”). O crescimento no entendimento dos mandamentos do Senhor Deus faz que o cristão desgoste qualquer evidência de falso caminho (Sl 119:104 “Por meio dos teus preceitos, consigo entendimento; por isso, detesto todo caminho de falsidade.”). Com a santificação, o cristão vê o pecado verdadeiramente pelo que é: inimizade contra Deus (Rm 8:6 “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz.”; 1Jo 3:4 “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.”). A santificação na vida do cristão produz interiormente um crescimento na graça e numa apreciação maior das coisas celestiais (Pv 4:18 “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.”; Sl 119:101-113 “101 De todo mau caminho desvio os pés, para observar a tua palavra. 102 Não me aparto dos teus juízos, pois tu me ensinas. 103 Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca. 104 Por meio dos teus preceitos, consigo entendimento; por isso, detesto todo caminho de falsidade. 105 Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos. 106 Jurei e confirmei o juramento de guardar os teus retos juízos. 107 Estou aflitíssimo; vivifica-me, SENHOR, segundo a tua palavra. 108 Aceita, SENHOR, a espontânea oferenda dos meus lábios e ensina-me os teus juízos. 109 Estou de contínuo em perigo de vida; todavia, não me esqueço da tua lei. 110 Armam ciladas contra mim os ímpios; contudo, não me desvio dos teus preceitos. 111 Os teus testemunhos, recebi-os por legado perpétuo, porque me constituem o prazer do coração. 112 Induzo o coração a guardar os teus decretos, para sempre, até ao fim. 113 Aborreço a duplicidade, porém amo a tua lei.”). Aquilo que Deus ama, o cristão santificado ama também. Por isso ele imerge-se mais e mais na oração, na Palavra de Deus, nos cultos públicos de adoração, na conformidade a Cristo no lar, nos pensamentos, nos estudos, no emprego, e na vida particular. Verdadeiramente o padrão moral de Deus é o que o cristão santificado ama mais continuamente (Sl 119:113, "113 Aborreço a duplicidade, porém amo a tua lei"). A santificação na vida do cristão produz boas obras exteriormente diante do mundo (Ef 2:10 “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”). Com uma nova natureza, o cristão tornase o Sal da terra e a luz do mundo pelas suas boas obras (Mt 13-16 “13 Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. 16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”). Essas obras são boas, não por causa da sinceridade do cristão, mas porque elas vêm do coração regenerado (Mt 12:33 “Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore.”; Mt 7:17,18 “17 Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. 18 Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.”; Jo 15:5 “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.”); de amor para realizar a vontade de Deus (Dt 6:2 “para que temas ao SENHOR, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados.”; 1Sm 15:22 “Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis 115 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros.”; Jo 14:15 “Se me amais, guardareis os meus mandamentos.”; 1Jo 5:3 “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos,”); de desejo de glorificar somente a Deus (Jo 15:8 “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”; Rm 12:1 “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”; 1Co 10:31 “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.”; Cl 3:17,23 “17 E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. 23 Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens,”); de um coração cheio de gratidão (1Co 6:20 “Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo; Hb 13:15 “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome.”) e, de uma fé verdadeira (Tg 2:14,17,20-22 “14 Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? 17 Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. 20 Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante? 21 Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? 22 Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou,”). Como o cristão, quando ainda estava na carne, usou os seus membros para toda a imundícia, agora, com a nova natureza, usa os seus membros para servir à justiça para santificação (Rm 6:19 “Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.”; Rm 12:1,2 “1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. 2 E não vos conformeis com este século, mas transformaivos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”). Reconhecendo que os frutos da santificação são muito além do que o homem pode produzir pelos esforços da carne, convém que a nossa espiritualidade seja examinada e provada pelo Senhor (Sl 26:2 “Examina-me, SENHOR, e prova-me; sonda-me o coração e os pensamentos.”; Sl 139:23,24 “23 Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; 24 vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.”; 2Co 13:5 “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.”). Ai de nós se somos satisfeitos com aquilo que só agrada aos homens. Existem estes frutos na sua vida Cristã? O Perfeccionismo Há muitos que crêem que o cristão pode ser santificado diante dos homens nesta vida terrestre a ponto de não ter mais pecado nenhum nas suas vidas. Os católicos, os pentecostais, os Wesleyanos, os Quakers, entre outros, crêem dessa forma (Berkhof). Os que pregam o perfeccionismo crêem que Deus quer que o cristão seja perfeito, pois Ele mandou os Seus à perfeição (1Pe 1:16 “porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.”; Mt 5:48 “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.”; Tg 1:4 “Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.”) e, Ele nos dá o perfeito exemplo de Cristo para nós seguirmos (1Pe 2:21 “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos,”). TODAVIA, por Deus pedir à perfeição do cristão não quer dizer que o homem tem a capacidade disso. A Lei de Moisés foi dada por Deus e pediu obediência perfeita mesmo quando a carne era fraca pelo pecado para obedecer completamente a Lei de Moisés (Rm 7:12-24 “12 Por conseguinte, a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom. 13 Acaso o bom se me tornou em morte? De 116 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo modo nenhum! Pelo contrário, o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma coisa boa, causou-me a morte, a fim de que, pelo mandamento, se mostrasse sobremaneira maligno. 14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. 15 Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. 16 Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. 17 Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. 18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”; At 15:10 “Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais puderam suportar, nem nós?”). A Lei de Moisés foi dada ao homem ainda no seu pecado quando o homem não poderia entender coisas espirituais (1Co 2:15 “Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém.”) nem estava com a capacidade a agradar Deus (Rm 8:8 “Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”). Deus ao pedir a perfeição do homem revela o desejo de Deus para o homem, não a capacidade do homem para com Deus. O que é destacado pelos mandamentos bíblicos para o homem ser perfeito é a sua responsabilidade de viver uma vida reta, não a sua capacidade de viver tal vida. Os que pregam o perfeccionismo crêem que o perfeccionismo é possível, pois a santidade e a perfeição são atributos dos cristãos nas Escrituras (1Co 2:6 “Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada;”; 2Co 5:17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”; Ef 5:27 “para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito.”; Hb 5:14 “Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.”; Fp 4:13 “tudo posso naquele que me fortalece.”; Cl 2:10 “Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade.”). Todavia, a santidade e a perfeição nem sempre querem significar que o cristão seja sem nenhum pecado. Como temos visto já na definição da palavra santificação, a santificação pode significar meramente separação para o serviço de Deus. Essa separação pode ser de dias (Gn 2:3 “E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.”); de moveis (Êx 40:11 “Então, ungirás a bacia e o seu suporte e a consagrarás.”); de pessoas (Êx 13:2 “Consagra-me todo primogênito; todo que abre a madre de sua mãe entre os filhos de Israel, tanto de homens como de animais, é meu.”; Êx 19:10 “Disse também o SENHOR a Moisés: Vai ao povo e purifica-o hoje e amanhã. Lavem eles as suas vestes”); de sacrifícios (Êx 29:27 “Consagrarás o peito da oferta movida e a coxa da porção que foi movida, a qual se tirou do carneiro da consagração, que é de Arão e de seus filhos.” “Consagrarás o peito da oferta movida e a coxa da porção que foi movida, a qual se tirou do carneiro da consagração, que é de Arão e de seus filhos.”) ou de lugares (Êx 19:23 “Então, disse Moisés ao SENHOR: O povo não poderá subir ao monte Sinai, porque tu nos advertiste, dizendo: Marca limites ao redor do monte e consagra-o.”; Êx 29:43 “Ali, virei aos filhos de Israel, para que, por minha glória, sejam santificados,”) para o serviço de Deus. Pelas pessoas serem separadas para o uso exclusivo do serviço a Deus não quer dizer que a vida moral delas era perfeita. A verdade é: diante de Deus, por causa do sangue de Cristo pela operação do Espírito Santo, o cristão é santo e perfeito, sem mancha ou ruga. Todavia, diante dos homens, o cristão tem lutas com a carne (Gl 5:17 “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.”). O apóstolo Paulo usa a palavra "santos" para referenciar-se aos cristãos (Fp 1:1 “Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos,”). Todavia, ele exorta-os de fazer todos as coisas sem murmurações ou contendas visando o desejo de Deus que 117 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo os Seus vivam testemunhos irrepreensíveis no mundo (Fp 2:14,15 “14 Fazei tudo sem murmurações nem contendas, 15 para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo,”). Se os cristãos já eram santíssimos, não seriam exortados a serem fiéis (Fp 3:16-21 “16 Todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos. 17 Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o modelo que tendes em nós. 18 Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. 19 O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas. 20 Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, 21 o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.”; Cl 2:18 “1 Gostaria, pois, que soubésseis quão grande luta venho mantendo por vós, pelos laodicenses e por quantos não me viram face a face; 2 para que o coração deles seja confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo, 3 em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos. 4 Assim digo para que ninguém vos engane com raciocínios falazes. 5 Pois, embora ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito, estou convosco, alegrando-me e verificando a vossa boa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo. 6 Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, 7 nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças. 8 Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo;”). A palavra "perfeição" pode também significar: crescimento (1Co 2:6 “Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos desta época, que se reduzem a nada;”; Hb 5:14 “Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.”). Neste significado os santos devem zelar para a perfeição, pois seu crescimento na imagem de Cristo é o alvo da Salvação (Rm 8:29 “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”; 2Pe 3:18 “antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.”). A palavra "perfeição" pode também significar: ser prontos ou preparados para o serviço. Neste significado os santos devem zelar para a perfeição, amadurecidos na prontidão para viver por Ele (2Tm 3:17 “a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”). Os que pregam o perfeccionismo crêem que a bíblia mostra exemplos de santos que eram perfeitos (Gn 6:9 “Eis a história de Noé. Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus.”; 1Re 15:14 “os altos, porém, não foram tirados; todavia, o coração de Asa foi, todos os seus dias, totalmente do SENHOR.”; Jó 1:1 “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava do mal.”). Todavia, as próprias vidas destes "santos" revelam imperfeições e fraquezas na fé (Noé, "embebedou-se" Gn 9:20,21 “20 Sendo Noé lavrador, passou a plantar uma vinha. 21 Bebendo do vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda.”,; Rei Asa “deixou de cumprir as ordenanças de Deus”, 1Rs 15:14 “os altos, porém, não foram tirados; todavia, o coração de Asa foi, todos os seus dias, totalmente do SENHOR.”; Jó "amaldiçoou o seu dia", Jó 3:13 “Porque já agora repousaria tranqüilo; dormiria, e, então, haveria para mim descanso,”,). Aquele que Deus disse que tinha um coração fiel para com o Senhor (Davi), 1 Rs 11:4 “Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era de todo fiel para com o SENHOR, seu Deus, como fora o de Davi, seu pai.”) e os "santos" mais notáveis na bíblia caíram (Abraão, Gn 12:13 “Dize, pois, que és minha irmã, para que me considerem por amor de ti e, por tua causa, me conservem a vida.”; Pedro, Mt 26:6975“69 Ora, estava Pedro assentado fora no pátio; e, aproximando-se uma criada, lhe disse: Também tu estavas com Jesus, o galileu. 70 Ele, porém, o negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes. 71 E, saindo para o alpendre, foi ele visto por outra 118 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo criada, a qual disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o Nazareno. 72 E ele negou outra vez, com juramento: Não conheço tal homem. 73 Logo depois, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente, és também um deles, porque o teu modo de falar o denuncia. 74 Então, começou ele a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem! E imediatamente cantou o galo. 75 Então, Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. E, saindo dali, chorou amargamente.”, Gl 2:14 “Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?”), e alguns gravíssimos (Davi, 2 Sm 11:3,4 “3 Davi mandou perguntar quem era. Disseram-lhe: É Bate-Seba, filha de Eliã e mulher de Urias, o heteu. 4 Então, enviou Davi mensageiros que a trouxessem; ela veio, e ele se deitou com ela. Tendo-se ela purificado da sua imundícia, voltou para sua casa.”; Salomão, 1Rs 11:2,3 “2 mulheres das nações de que havia o SENHOR dito aos filhos de Israel: Não caseis com elas, nem casem elas convosco, pois vos perverteriam o coração, para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão pelo amor. 3 Tinha setecentas mulheres, princesas e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração.”). Quando Deus olhou desde os céus para o mundo para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus, Ele viu que não houve quem fizesse o bem, nem sequer um (Sl 14:2,3 “2 Do céu olha o SENHOR para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. 3 Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.”; Rm 3:10 “como está escrito: Não há justo, nem um sequer,”). É uma verdade que não há ninguém que não peque (1Jo 1:8 “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.”; Ec 7:20“Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque.”; 1 Rs 8:46“Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares às mãos do inimigo, a fim de que os leve cativos à terra inimiga, longe ou perto esteja;”). Quando o Cristão morre, ele semeia o seu corpo "em corrupção", ignomínia e fraqueza como qualquer outro homem (1Co 15:42-44 “42 Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. 43 Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. 44 Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.”). Todos os cristãos reconhecem o fato: "tropeçamos em muitas coisas" (Tg 3:2 “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo.”; Pv 4:18 “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.”) e são instruídos a confessarem os seus pecados (1Jo 1:8 “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.”). Por causa dos santos terem imperfeições, tropeços e pecados, são disciplinados com a correção de Deus, da qual não teriam se fossem já perfeitos sem nenhum pecado (Hb 12:5-11 “5 e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; 6 porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. 7 É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? 8 Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. 9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos? 10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. 11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.”). Deve ser notado que a correção não produz uma vida sem pecado, mas produz "um fruto pacífico de justiça", ou seja, uma vida que vive menos na carne e mais separada para o Senhor. Os que pregam o perfeccionismo crêem que os “nascidos de Deus" não pecam (1Jo 3:6-9 “6 Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu. 7 Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. 8 Aquele que pratica o pecado procede 119 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo. 9 Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.”; 1Jo 5:18 “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca.”). Todavia, nessas passagens, as duas naturezas estão sendo comparadas. Está sendo ensinado que a natureza nova não peca e que a natureza velha ainda peca e vem do diabo. Nessas passagens de 1Jo também está sendo ensinado que as duas naturezas continuam no Cristão. O diabo sempre continua no pecado (Jo 8:44 “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”; 1Jo 3:8 “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.” e o pecado ainda continua na carne do cristão (Rm 7:18-24 “18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”; Fp 3:10-14 “10 para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; 11 para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos. 12 Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. 13 Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, 14 prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”). Deus sempre continua santo (Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”; 1Jo 5:18 “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca.”) e Deus habita no Cristão pelo Espírito Santo, (1Co 6:19 “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?”; Cl 1:27 “aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória;”). No homem Cristão, o pecado habita nele e faz ele pecar (Rm 7:17,21,23 “17 Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.”). Pelos exemplos bíblicos das vidas dos cristãos (Jó 42:5,6 “5 Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. 6 Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.”; Sl 51:1-4 “1 Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. 2 Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado. 3 Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. 4 Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar.”) e pelos ensinamentos de doutrina somos assegurados que existe uma luta constante entre estas duas naturezas e sabemos que o cristão perde algumas das lutas (Berkhof, p. 539) (Rm 7:18-24 “18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”; Gl 5:17 “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a 120 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.”),. Por isso o cristão é ensinado a confessar os seus pecados (Mt 6:12 “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;”; 1Jo 1.9 “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”) como esses santos confessaram (Jó: Jó 9:3,20 “3 Se quiser contender com ele, nem a uma de mil coisas lhe poderá responder. 20 Ainda que eu seja justo, a minha boca me condenará; embora seja eu íntegro, ele me terá por culpado.”; Davi: Sl 32:5 “Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado.”; Sl 130:3 “Se observares, SENHOR, iniqüidades, quem, Senhor, subsistirá?”; Sl 143:2“Não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não há justo nenhum vivente.”; Daniel: Dn 9:16 “Ó Senhor, segundo todas as tuas justiças, aparte-se a tua ira e o teu furor da tua cidade de Jerusalém, do teu santo monte, porquanto, por causa dos nossos pecados e por causa das iniqüidades de nossos pais, se tornaram Jerusalém e o teu povo opróbrio para todos os que estão em redor de nós.”; Paulo: Rm 7:14 “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado.”). A perfeição é uma realidade diante de Deus por Cristo. Diante dos homens, nesta vida na terra, a perfeição absoluta é nosso alvo supremo, e isso, para a glória de Deus. Os que pregam o perfeccionismo inventaram a idéia que os pecados "involuntários", os movidos pelas emoções e desejos, não são pecados. Muitos querem ignorar as ações do pecado pelo corpo culpando os outros, ou seu passado, ou as circunstâncias no seu presente ou outra coisa qualquer, até as próprias emoções que temos. Como Adão e Eva reconheceram as suas ações erradas e jogaram a culpa das ações em outros como muitos querem fazer ainda hoje (Gn 3:12,13 “12 Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. 13 Disse o SENHOR Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.”). TODAVIA, mesmo que Davi tenha sido manipulado pelos seus desejos pecaminosos a quebrar a lei, ele foi responsabilizado e culpado pessoalmente pelas suas ações de adultério e de homicídio (2 Sm 12:7 “Então, disse Natã a Davi: Tu és o homem. Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eu te ungi rei sobre Israel e eu te livrei das mãos de Saul;”). Posteriormente, David Lamentou seus atos e confessou que tinha pecado contra Deus nessas coisas (Sl 51:1-5 “1 Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. 2 Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado. 3 Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. 4 Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar. 5 Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe.”). Jesus ensinou que os desejos e pensamentos não condizentes com a retidão são pecado (Mt 5:28 “Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela.”). Devemos lembrar: Deus há de trazer a juízo toda a obra, e tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau (Ec 12:14 “Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.”; Ap 20:12,13 “12 Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. 13 Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.”). Se você desiste de procurar um viver para a glória de Deus por pensar que nunca chegará ao grau de viver resistindo ao pecado, ou, se você pensa que é melhor viver no pecado em vez de prosseguir para o alvo de glorificar o Salvador como Ele é digno de ser, você está manifestando uma atitude não Cristã. O verdadeiro convertido reconhece o fato do pecado estar sempre presente, mas não desiste de participar na sua santificação por causa disso. O verdadeiro Cristão é miserável por ter o pecado tão perto dele (Rm 7:24 “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”). O verdadeiro Cristão, quando vê que não alcançou a santificação desejada, prossegue para o alvo, "pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Fp 3:13,14 “13 Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas 121 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, 14 prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”). Não se acomode com o pecado! Resista a ele! "Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensar nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; por que já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus." (Cl 3:1-3 “1 Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. 2 Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; 3 porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.”). Pode ser que ainda não sejamos o que queremos ser, mas, graças a Deus não somos o que éramos. A Glorificação O fim glorioso de todo o processo da Salvação é para sermos feitos como Cristo para a glória de Deus (Rm 8:29,29 “28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos). Este fim inclui a realidade de termos vida eterna na presença de Deus ao redor do trono (1Ts 4:17 “depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.”). Este fim inclui também a nossa habitação eternamente nas mansões celestiais que estão sendo agora preparados (Jo 14:1-3 “1 Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. 2 Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. 3 E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.”). A realização desse Maravilhoso fim da Salvação chama-se teologicamente: a glorificação. A glorificação não é a presença somente da alma regenerada com Deus. A glorificação trata também da ressurreição e da transformação do corpo mortal em corpo imortal, o que é corruptível em incorruptibilidade, aquilo que é ignóbil em glória, aquilo que é fraco em vigor, aquilo que é natural em espiritual (1Co 15:42-44 “42 Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. 43 Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. 44 Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.”). Pela doutrina da glorificação tratar daquilo que é futuro, entendemos como classificar as passagens da bíblia que tratam da vida eterna como algo ainda a ser recebido no futuro (Mt 25:46 “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna.”; Mc 10:30; Tt 1:2 “na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos”; Tt 3:7 “a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.”). Essas passagens estão tratando dessa fase da Salvação chamada “glorificação”. Na morte terrestre, o cristão é livrado da presença do pecado. Porém o corpo dele vê a corrupção, que é o fim do pecado (Rm 6:23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”; Gn 3:19 “No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.”). Quando a alma despede-se do corpo na morte, a alma goza da presença de Deus imediatamente sem mais lutar com o pecado (Lc 23:43 “Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.”; Ap 14:13 “Então, ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham.”; 1Co 5:5 entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus].; 2Co 5:6,8 “6 Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor. 8 Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor.”). Todavia, na ressurreição do corpo, a glorificação é completa, tanto da alma 122 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo quanto do corpo. A glorificação fala da redenção do corpo do cristão, ou na ocasião da sua ressurreição ou na ocasião do seu arrebatamento (1Co 15:52-56 “52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. 53 Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. 54 E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. 55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? 56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.”; 1Ts 4:16,17 “16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; 17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.”). Podemos comparar tudo que temos estudado até agora sobre a realização da Salvação de vários ângulos. T. P. Simmons explica (p. 380-382): † A justificação fala da condição da alma do eleito Salvo – Lc 7:50 “Mas Jesus disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.” ; Ef 2:8 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;”; 2Tm 1:9 “que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,”; Tt 3:5 “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,”. Este ângulo referese da Salvação efetuada no tempo passado, naquela hora que fomos Salvos. † A santificação refere-se à condição da vida do eleito Salvo – Fp 2:12 “Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor;”; Rm 6:12-19 “12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; 13 nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. 14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. 15 E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum! 16 Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça? 17 Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; 18 e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. 19 Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.”; Gl 2:19,20 “19 Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; 20 logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”; 2Co 3:18 “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.”. Este aspecto fala da Salvação sendo efetuada no tempo presente, nessa hora que vivemos agora. † A glorificação refere-se à condição do corpo do eleito Salvo – Rm 5:9,10 “9 Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. 10 Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;”; Rm 6:22 “Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa.”; Rm 8:23,24 “23 E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. 24 Porque, na esperança, fomos salvos. 123 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera?”; Rm 13:11 “E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos.”; 1Co 5:5 “entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus].”; Ef 1:13,14“Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.”; 1Ts 5:8 “Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação;”; Hb 9:28 “assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.”; Hb 10:36 “Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa.”; 1Pe 1:5 “que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.”; 1Jo 3:2,3 “2 Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. 3 E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.”. Este aspecto da Salvação fala do que será efetuado no tempo futuro, daquela hora que estaremos presentes, corpo e alma, diante de Deus no céu A. W. Pink explica (Doctrine of Salvation, p. 128-130): † Salvação do prazer do pecado é efetuada quando Cristo vem habitar no coração do arrependido – Gl 2:20 “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”; 2Co 5:17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”. Com Cristo habitando no coração do arrependido, o mau não é mais desejado, e, quando o mal aparecer, faz o arrependido sentirse miserável (Gl 2:20 “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”). Esse ângulo da Salvação chama-se regeneração e mostra o milagre da graça. + Salvação da pena do pecado é efetuado por Cristo na sua morte de cruz – Jo 19:30 “Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito.”. Jo 3:16“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”; Rm 5:1 “1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” ; Rm 8:1 “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”. Esse ângulo da Salvação chama-se justificação e mostra a grandeza da graça. † Salvação do poder do pecado é efetuada pela operação do Espírito Santo no cristão – Rm 8:9 “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele." Fp 4:13 “tudo posso naquele que me fortalece.”; 1Jo 3:3 “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.”, Esse ângulo da Salvação chama-se santificação e mostra o poder da graça. † Salvação da presença do pecado será efetuada quando Cristo voltar – Fp 3:20-2120 “ 20 Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, 21 o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.”; 1Jo 3:2 “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”. Os que não são Salvos não entrarão no céu, mas, o cristão tem a esperança de não estar mais na presença do pecado (Ap 21:8,27 “8 Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte. 27 Nela (na Nova Jerusalém), nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do 124 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Cordeiro.”; Ap 22:3 “Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão,”). Esse ângulo da Salvação chama-se glorificação mostrando o alcance eterno da graça. O alvo da glorificação O propósito de toda a Palavra de Deus, da obra do Espírito Santo, da igreja e da providência na vida do cristão é fazê-lo mais e mais como Cristo para Deus receber a glória (Rm 8:29 “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”) Portanto a glorificação, sendo parte deste Maravilhoso propósito é especificamente fazer-nos perfeitos na imagem de Cristo à medida da estatura completa de Cristo (Ef 4:13“Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo,”). Deus é sempre glorificado no Seu Filho (Mt 3:17 “E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.”; Mt 17:5 “Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi.”; Jo 12:28 “Pai, glorifica o teu nome. Então, veio uma voz do céu: Eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei.”). O homem perdeu a imagem espiritual de Deus quando o homem pecou no jardim do éden (Gn 2:17 “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”; Gn 3:6 “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.”; 1Co 2:14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendêlas, porque elas se discernem espiritualmente.”; Ef 2:1,2 “1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;”). Pela fé na obra de Cristo, o pecador arrependido vê a sua regeneração e volta a ter a vida espiritual para com Deus. Todavia, até que ele tenha a última vitória sobre a morte, o pecador Salvo habita num mundo amaldiçoado. O pecador Salvo também é preso num corpo onde habita o pecado (Rm 7:23,24 “23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”). Este tempo no corpo é uma vivência de lutas (Gl 5:17 “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.”), de muitas tentações (1Co 10:13 “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.”) e de constantes tristezas (Rm 7:23,24 “23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”). Mas, um glorioso dia, na transformação do seu corpo mortal para um corpo imortal, os Salvos serão feitos como Cristo na sua perfeita glória. Aquela glória que foi testemunhada no monte da transfiguração (Mt 17:1-6 “1 Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte. 2 E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. 3 E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele. 4 Então, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias. 5 Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. 6 Ouvindo-a os discípulos, caíram de bruços, tomados de grande medo.”; 2Pe 1:17,18 “17 pois ele recebeu, da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. 18 Ora, esta voz, vinda do céu, nós a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo.”); aquela glória que cegou Paulo no caminho para Damasco (At 9:3-8 “3 Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, 4 e, 125 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? 5 Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; 6 mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer. 7 Os seus companheiros de viagem pararam emudecidos, ouvindo a voz, não vendo, contudo, ninguém. 8 Então, se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco.”; At 22:6-11 “6 Ora, aconteceu que, indo de caminho e já perto de Damasco, quase ao meio-dia, repentinamente, grande luz do céu brilhou ao redor de mim. 7 Então, caí por terra, ouvindo uma voz que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? 8 Perguntei: quem és tu, Senhor? Ao que me respondeu: Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu persegues. 9 Os que estavam comigo viram a luz, sem, contudo, perceberem o sentido da voz de quem falava comigo. 10 Então, perguntei: que farei, Senhor? E o Senhor me disse: Levanta-te, entra em Damasco, pois ali te dirão acerca de tudo o que te é ordenado fazer. 11 Tendo ficado cego por causa do fulgor daquela luz, guiado pela mão dos que estavam comigo, cheguei a Damasco.”); aquela glória que fez João cair aos pés dAquele semelhante ao Filho do homem como um morto (Ap 1:17 “Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último”), é aquela glória que espera o cristão na sua glorificação. No momento da glorificação, todos os cristãos serão feitos semelhantes a Cristo na Sua glória (1Jo 3:2,3 “2 Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. 3 E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.”). Nessa condição o Salvo será como Cristo na Sua glória cumprindo assim o propósito inicial da Salvação: Deus ser glorificado em Cristo. Nessa condição, o Salvo sendo como Cristo, glorificará Deus eternamente sem barreira nenhuma. O proveito de estudar essa doutrina Mesmo que não haja inúmeros versículos que tratam do assunto da glorificação pela Palavra de Deus em relação a outras doutrinas, há bom proveito em estudar o que a Palavra de Deus diz dessa doutrina. † Sabendo como será o glorioso fim de todos os Salvos, a fé do Cristão é alimentada (1Pe 2:2 “desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação”); † Sabendo como será o futuro para o Cristão, a sua esperança é fortificada (Rm 5:2 “por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.”; Rm 8:23-25 “23 E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. 24 Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera? 25 Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.”; Tt 1:2 “na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos”; Tt 3.7 “a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.”) † Sabendo como Deus tratará eternamente o cristão, imenso conforto é dado (1Ts 4:17,18 “17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. 18 Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.”; Jo 14:1 “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus credes também em mim” † Sabendo das glorias futuras em Cristo o amor do cristão para com Deus por Cristo é amadurecido (1Jo 3:1 “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo.”; 1Jo 4:19 “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”; 126 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo † Sabendo como será o glorioso fim das nossas lutas, a nossa responsabilidade de santificar-nos nas lutas é lembrada (Rm 13:11 “E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos.”; 1Jo 3:3 “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.” + Sabendo do alvo glorioso de Deus para o cristão, a sua perseverança é estimulada (Hb 12:1 “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,”); † "Todo o conselho de Deus" (At 20:27 “porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus.”) inclui essa abençoada doutrina da glorificação, dando uma forte razão de aproveitar um tempo estudando as bênçãos dessa doutrina da glorificação. Tenha o cuidado de examinar-se a si mesmo. Tenha certeza de que a sua esperança de vida no além não esteja baseada na sua sinceridade intensa, numa religião qualquer, numa obra boa de um homem estimado, ou numa confiança inteira em algo que Deus não prometeu. Deus se glorifica somente na pessoa e obra de Cristo. Arrependa-se dos seus pecados e tenha a sua fé na obra de Cristo somente. Assim a sua fé estará segura eternamente como Cristo é eterno. Resumo: São estes os seis processos envolvidos na Salvação: a regeneração, a conversão, a justificação, a adoção, a santificação, e a glorificação. Não existe um tempo perceptível entre o primeiro processo, a regeneração, e os outros três processos: a conversão, a justificação, e a adoção. Estes todos acontecem simultaneamente. Mesmo que não haja um tempo perceptível entre os primeiros quatro processos envolvidos na Salvação, existe um espaço perceptível de tempo entre o princípio do processo da santificação até o seu final na glorificação. Mas, mesmo assim, trata-se de uma pessoa regenerada, convertida, justificada e adotada. Portanto, não existe uma pessoa que é regenerada que não conheça os graus crescentes de santificação. A idéia que haja um espaço de tempo entre a experiência de conhecer Cristo como Salvador e a experiência de conhecer Cristo como o Senhor, é estranha aos ensinos da Palavra de Deus. Seria difícil achar no Novo Testamento um regenerado que não fosse santificado. Os relatórios das pessoas convertidas no Novo Testamento chamaram imediatamente o seu Salvador de "Senhor", uma prova de santificação (a mulher cananéia, Mt 15:21-28 “21 Partindo Jesus dali, retirou-se para os lados de Tiro e Sidom. 22 E eis que uma mulher cananéia, que viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada. 23 Ele, porém, não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, aproximando-se, rogaram-lhe: Despede-a, pois vem clamando atrás de nós. 24 Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. 25 Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me! 26 Então, ele, respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. 27 Ela, contudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos. 28 Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.”; os dois cegos de Jericó, Mt 20:29-34 “29 Saindo eles de Jericó, uma grande multidão o acompanhava. 30 E eis que dois cegos, assentados à beira do caminho, tendo ouvido que Jesus passava, clamaram: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de nós! 31 Mas a multidão os repreendia para que se calassem; eles, porém, gritavam cada vez mais: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós! 32 Então, parando Jesus, chamou-os e 127 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo perguntou: Que quereis que eu vos faça? 33 Responderam: Senhor, que se nos abram os olhos. 34 Condoído, Jesus tocou-lhes os olhos, e imediatamente recuperaram a vista e o foram seguindo.”; o pai do endemoninhado, Mc 9:24 “E imediatamente o pai do menino exclamou [com lágrimas]: Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!”; o publicano Zaqueu, Lc 19:8 “Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais.”; o malfeitor crucificado com Cristo, Lc 23:42 “E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino.”; Saulo, At 9:6 “mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer.”; At 22:10 “Então, perguntei: que farei, Senhor? E o Senhor me disse: Levanta-te, entra em Damasco, pois ali te dirão acerca de tudo o que te é ordenado fazer.”). Esses poderiam chamar Cristo de "Senhor" pelo respeito da Sua pessoa sim, mas as suas vidas posteriores mostraram o fruto de ter conhecido Jesus como Senhor desde o primeiro instante do processo da conversão. A idéia que existe uma segunda benção mais tarde na vida do cristão quando uma pessoa crente atinge um alto nível de amadurecimento espiritual, tornando-se cheio do Espírito Santo é estranha aos ensinos da Palavra de Deus (Rm 8:9 “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.”). Devemos afirmar que existe o crescimento na vida do cristão pelo qual é amadurecida a sua vida em Cristo. Este crescimento chama-se a santificação. O crescimento não deve ser confundido com a regeneração, a conversão, a justificação, ou a adoção. O crescimento é prova do processo da santificação. Devemos também afirmar que sempre existe o pecado na vida do cristão apesar do seu grau de santificação (Rm 7:18-24 “18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”). A doutrina da santificação não quer ensinar que o cristão cesse de pecar antes de conhecer a glorificação. A santificação não deve ser confundida com a glorificação. Os primeiros quatro processos da Salvação, a regeneração, a conversão, a justificação, adoção, acontecem simultaneamente. Assim que estes quatro processos acontecem, o quinto processo, a santificação do cristão diante do mundo, começa. Este processo continua até o processo da glorificação se revelar no céu. Não existe a possibilidade de uma pessoa ser regenerada, mas não convertida; uma pessoa convertida, mas não justificada; uma pessoa justificada, mas não adotada ou uma pessoa adotada que não conhece a santificação. Todos que conhecem a regeneração, conhecerão a santificação. Todos que conhecem a santificação conhecerão a glorificação (Rm 8:28-30 “28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”; Fp 1:6 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”; 2Ts 2:13-14 “13 Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, 14 para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.”; Sl 138:8 “O que a mim me concerne o SENHOR levará a bom termo; a tua misericórdia, ó SENHOR, dura para sempre; não desampares as obras das tuas mãos.”) 128 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo O oposto também é correto. Se não conhecer a santificação na sua vida Cristã, é por não ser adotado ainda; se não conhece a adoção, é por não ser justificado; se não conhece a justificação, é por não ser convertido; se não foi convertido, é por necessitar a regeneração. Se estiver faltando a regeneração, clame a Deus ter misericórdia em Salvar mais um pecador! Procure ver a sua responsabilidade a arrepender-se dos seus pecados e crer no Senhor Jesus Cristo como seu Salvador. Somente os que entram em Cristo pelo arrependimento e a fé conhecerão a Salvação que finda com Cristo no céu (Jo 14:6 “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”). Como vai a sua obediência à Palavra de Deus? Está sendo feito conforme a imagem de Cristo continuamente? O Espírito Santo está guiando você em toda a verdade da Palavra de Deus? Examine-se, pois se têm o processo da santificação acontecendo na sua vida (2Co 13:5 “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.”; Hb 12:14 “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,”). Se você já conhece a regeneração, procure cumprir a sua responsabilidade e santifique-se a si mesmo pelo poder do Espírito Santo à obediência da sua fé diante dos homens mais e mais para a glória de Deus em Cristo. 10. O Efeito Prático da Salvação Também chamado:A Perseverança e a Preservação dos Santos; A Constância e a Conservação dos Santos; A Fidelidade e a Confirmação dos Santos Sl 37:24-28 “24 se cair, não ficará prostrado, porque o SENHOR o segura pela mão. 25 Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão. 26 É sempre compassivo e empresta, e a sua descendência será uma bênção. 27 Aparta-te do mal e faze o bem, e será perpétua a tua morada. 28 Pois o SENHOR ama a justiça e não desampara os seus santos; serão preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada.” Hb 10:14 “Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados.”. Temos estudado na última parte sobre a Salvação Realizada, o fato do Cristão verdadeiro passando por um processo diante dos homens que manifesta Cristo mais e mais na sua vida, a santificação. Queremos agora tratar da garantia divina que esse processo de santificação continuará até a sua glorificação no céu. A certeza que os Cristãos verdadeiros continuarão se santificando na terra, chama-se na teologia, a perseverança dos Santos. A certeza que os Cristãos verdadeiros terminarão glorificados no céu chama-se, na teologia, a preservação dos Santos. A perseverança dos santos é da inteira responsabilidade do próprio Cristão (Hb 6:11-12 “11 Desejamos, porém, continue cada um de vós mostrando, até ao fim, a mesma diligência para a plena certeza da esperança; 12 para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas.; Hb 10:35-36 35 Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. 36 Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa.”). A preservação dos Santos é atuada somente pelo poder de Deus. Essas doutrinas são duas e são gêmeas, sempre andando de mãos dadas. Isso quer dizer que não pode existir a perseverança do Cristão sem a preservação de Deus. Também não pode existir a preservação de Deus sem a perseverança do Cristão. Essas doutrinas também podem ser descritas como sendo os dois lados de uma mesma moeda. Um lado mostra a responsabilidade do povo de Deus para com o SENHOR da sua Salvação. O outro lado mostra o poder de Deus para cumprir as Suas promessas para com seu Povo. A bíblia não deixa dúvidas que Deus conserva fielmente o seu povo, pois Ele não pode perder nenhum dos Seus verdadeiros filhos (Rm 8:29,30 “29 Porquanto aos que de antemão 129 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”; Jo 13:1 “Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.”). Porém, a Salvação que Deus opera no eleito, tem a natureza de provocar o próprio Cristão a perseverar na graça de Deus (2Co 12:9,10 “9 Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. 10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.”; Ef 2:8,9 “8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”). Por serem doutrinas gêmeas, existem perigos destrutivos se tentamos crer em apenas uma parte dessas duas doutrinas. Se existir a crença da responsabilidade do Cristão perseverar sem o poder de Deus, criará um Cristão, que fica intensamente preocupado de manter-se Salvo pelos seus próprios esforços. Se ele conseguir, amem. Se ele não conseguir, ai! Se existir a crença no poder de Deus preservando os Seus sem a responsabilidade da perseverança dos santos, fará um Cristão que de nenhuma maneira preocupa-se do seu testemunho ou das suas responsabilidades de andar digno da chamada da Salvação. Este desequilíbrio doutrinário incentivaria pensamentos e práticas loucas como: "Nada importa o que eu faço no mundo, sou Salvo do mesmo jeito." Para evitar desequilíbrio doutrinário, essas duas verdades devem ser tratadas em conjunto. Por isso trataremos essas duas em um mesmo capítulo. Definição A perseverança é a manutenção de uma profissão de fé verdadeira que é vista num andar obediente contínua à Palavra de Deus e às doutrinas de Cristo (Jo 8:31 “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos;”), à manutenção de princípios santos (Mt 5:1-12 “1 Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; 2 e ele passou a ensiná-los, dizendo: 3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. 4 Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. 5 Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. 6 Bemaventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. 7 Bemaventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. 9 Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. 10 Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. 11 Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. 12 Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.”), à manutenção de boas obras (Ef 2:10 “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”; Jd 1:20,21 “20 Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo, 21 guardaivos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna.”), uma manutenção capacitada por Deus (Fp 1:6 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.” – Pink, Eternal Security, p.28-35). A confissão de fé de westminster de 1647 apresenta o cap XVII sobre a perseverança dos santos CAPÍTULO XVII DA PERSEVERANÇA DOS SANTOS I. Os que Deus aceitou em seu Bem-amado, os que ele chamou eficazmente e santificou pelo seu Espírito, não podem decair do estado da graça, nem total, nem finalmente; mas, com toda a 130 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo certeza hão de perseverar nesse estado até o fim e serão eternamente salvos. Fp 1: 6 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”; Jo 10: 28-29 “28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. 29 Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.”; 1Pe 1:5,9 “5 que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo . 9 obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma.”; 1Jo 2:19“Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.” II. Esta perseverança dos santos não depende do livre arbítrio deles, mas da imutabilidade do decreto da eleição, procedente do livre e imutável amor de Deus Pai “II Tim. 2:19 “Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor.” ; Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”; da eficácia do mérito e intercessão de Jesus Cristo João 17:11, 24 “11 Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós. 24 Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.”; Hb 7:25 “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.”; Luc. 22:32 “Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos.”; Rm 8:33, 34, 38-39 “33 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. 34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. 38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, 39 nem a alura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”; da permanência do Espírito e da semente de Deus neles Jo 14:16-17 “16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, 17 o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.”; I Jo 2:27 “Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou.” ; 1Jo 3:9 “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de D eus.”; e da natureza do pacto da graça Jr 32:40 “Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.”; de todas estas coisas vêm a sua certeza e infalibilidade Jo 10:28 “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.”; 2 Ts 3:3 “Todavia, o Senhor é fiel; ele vos confirmará e guardará do Maligno.”; 1 Jo 2:19 “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.” III. Eles, porém, pelas tentações de Satanás e do mundo, pela força da corrupção neles restante e pela negligência dos meios de preservação, podem cair em graves pecados Mt 26:70-74 “70 Ele, porém, o negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes. 71 E, saindo para o alpendre, foi ele visto por outra criada, a qual disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o Nazareno. 72 E ele negou outra vez, com juramento: Não conheço tal homem. 73 Logo depois, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente, és também um deles, porque o teu modo de falar o denuncia. 74 Então, começou ele a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem! E imediatamente cantou o galo.”; e por algum tempo continuar neles Sl 51:14 “Livra-me dos crimes de 131 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua exaltará a tua justiça.”; 2Sm 12:9, 13 “9 Por que, pois, desprezaste a palavra do SENHOR, fazendo o que era mal perante ele? A Urias, o heteu, feriste à espada; e a sua mulher tomaste por mulher, depois de o matar com a espada dos filhos de Amom. 13 Então, disse Davi a Natã: Pequei contra o SENHOR. Disse Natã a Davi: Também o SENHOR te perdoou o teu pecado; não morrerás.”; incorrem assim no desagrado de Deus Is 64:7, 9 “7 Já ninguém há que invoque o teu nome, que se desperte e te detenha; porque escondes de nós o rosto e nos consomes por causa das nossas iniqüidades. 9 Não te enfureças tanto, ó SENHOR, nem perpetuamente te lembres da nossa iniqüidade; olha, pois, nós te pedimos: todos nós somos o teu povo.”; 2Sm 11:27 “Passado o luto, Davi mandou buscá-la e a trouxe para o palácio; tornou-se ela sua mulher e lhe deu à luz um filho. Porém isto que Davi fizera foi mal aos olhos do SENHOR.”; entristecem o seu Santo Espírito Ef. 4:30 “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.”; e de algum modo vêm a ser privados das suas graças e confortos Sl 51:8, 10, 12 “8 Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste. 10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. 12 Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário.”; Ap 2:4 “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.”;; têm os seus corações endurecidos Is 63:17 “Ó SENHOR, por que nos fazes desviar dos teus caminhos? Por que endureces o nosso coração, para que te não temamos? Volta, por amor dos teus servos e das tribos da tua herança.”; Mr 6:52 “porque não haviam compreendido o milagre dos pães; antes, o seu coração estava endurecido.”; e as suas consciências feridas Sl 32:3-4 “3 Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. 4 Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio.”; prejudicam e escandalizam os outros 2Sm 12:14 “Mas, posto que com isto deste motivo a que blasfemassem os inimigos do SENHOR, também o filho que te nasceu morrerá.”; e atraem sobre si juízos temporais Sl 89:31-32 “31 se violarem os meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos, 32 então, punirei com vara as suas transgressões e com açoites, a sua iniqüidade.”; I Co 11:32 “Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.”. .Pela história, os batistas têm se manifestado sobre essas doutrinas. Uma confissão dos Anabatistas de 1644 diz: “Tocante ao Seu reino, Cristo, sendo ressurreto dos mortos, subiu ao céu, sentou-se na destra do Deus-Pai, tendo todo o poder no céu e na terra, dado a Ele, Ele espiritualmente governa a sua Igreja, exercitando o Seu poder sobre todos os anjos e os homens, tanto os bons quanto os maus, da preservação e Salvação dos eleitos, até a conquista e destruição dos Seus inimigos, que são os reprovados, comunicando e aplicando os benefícios, a virtude, e o fruto da Sua Profecia e Sacerdócio ao Seu Eleito, ou mais perfeitamente dizendo, até o vencer e destruição dos seus pecados, até a sua justificação e adoção de filhos, regeneração, santificação, preservação e fortalecimento em todos os seus conflitos contra Satanás, o mundo, a carne, e as suas tentações destes, continuamente estando neles, governando e guardando os seus corações na fé e temor amoroso de filhos por Seu Espírito, o qual sendo dado, Ele nunca se retira deles, mas por Ele gera e nutre neles a fé, o arrependimento, o amor, o gozo, a esperança, e toda a luz celeste até a imortalidade, não obstante que pelo nossa própria incredulidade, e as tentações de Satanás, a sensibilidade desta luz e amor podem ser ofuscados por um tempo... " (The CONFESSION OF FAITH Of those CHURCHES which are commonly(though falsely) called ANABAPTISTS; London, 1644 - The Old Faith Baptist Church, Rt. 1, Box 517, Magazine, Arkansas, 72943, p. 19, tradução livre pelo Pastor Calvin). (1Co 15:4; 1Pe 3:21,22; Mt 28:18,19,20; Lc 24:51; At 1:2; 5:30,31; Jo 19:36; Rm 14:17. Mc 1:27; Hb 1:14; Jo 16:7,15. Jo 5:26,27; Rm 5:6, 7, 8; Rm 14:17. Gl 5:22,23; Jo 1:4,13; Jo 13:1; Jo 10:28,29, Jo 14:16,17; Rm 11:29; Sl 51:10,11; Jó 33:29,30; 2Co 12:7,9. Jó 1 e 2; Rm 1:21 Rm 2:4,5,6, Rm 9:17,18; Ef 4:17,18; 2Pe 3) Uma confissão de fé Batista de 1689 diz assim: "Os que Deus aceitou no Amado, aqueles que foram chamados eficazmente e santificados por seu Espírito, e receberam a fé preciosa (que é dos seus eleitos), esses não podem decair totalmente nem definitivamente do estado de graça. Antes, hão de perseverar até o fim e ser eternamente 132 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Salvos, tendo em vista que os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis, e Ele continuamente gera e nutre neles a fé, o arrependimento, o amor, alegria, a esperança e todas as graças que conduzem a imortalidade (Jo 10:28,29 “28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. 29 Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.”; Fp 1:6 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”; 2Tm 2:19 “Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor.”; 1Jo 2:19“Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.”). Ainda que muitos tormentos e dilúvios se levantem e se dêem contra eles, jamais poderão desarraigá-los da pedra fundamental em que estão firmados, pela fé. "Não obstante, a visão perceptível da luz e do amor de Deus pode, para eles, cobrir-se de nuvens e ficar obscurecida, por algum tempo, por causa de incredulidade e das tentações de Satanás. Mesmo assim, Deus continua sendo o mesmo (Ml 3:6 “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.”), e eles serão guardados pelo poder de Deus, com toda certeza, até a Salvação final, quando entrarão no gozo da possessão que lhes foi comprada; pois eles estão gravados nas palmas das mãos do seu Senhor, e os seus nomes estão escritos no livro da vida, desde toda a eternidade." (Fé para Hoje, p. 36,37). Uma confissão de fé Batista de 1853 relata as doutrinas dessa maneira: A PERSEVERANÇA DOS SANTOS. Cremos que as Escrituras ensinam que aqueles que são verdadeiramente regenerados tendo nascido do Espírito, não cairão nem perecerão finalmente, mas perseverarão até o fim; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os distingue dos professos superficiais; que uma Providencia especial vela por seu bem-estar; o que são guardados pelo poder do Deus, mediante a fé, para a Salvação. (Ponto Nmero onze da Confissão de Fé de Nova Hampshire, 1853) A Preservação Prometida "As promessas de Deus são imutáveis e indisputáveis em todo instante. Porque então devemos duvidar da sua promessa deste assunto da Salvação? Quando Deus prometeu passagem segura a Noé e a sua família, ninguém foi perdido. Quando Ele prometeu a vitória ao Gideão e o seus 300 homens, aconteceu como foi prometida. Quando Deus prometeu a ajuntar o Israel disperso, aconteceu. Quando Deus prometeu que o Seu Filho seria nascido de uma virgem ... Ele foi. Quando Deus prometeu um substituto para os pecadores para arrependimento, o Seu filho tornou-se o Substituto, e deu a Sua vida pelos pecados do Seu povo. Examine a bíblia toda, e verá que nenhuma promessa de Deus falhou. "Sendo isso verdadeiro, porque Deus falhará de cumprir as Suas promessas acerca da preservação dos Seus santos? Não é Deus o Deus do universo, O Onipotente, O Criador de todas as coisas e O que sustenta tudo pelo poder da Sua palavra? Não tem Este o poder de guardar os que confiam em Cristo?" (Oldham, p. 120,121 - tradução livre). Esses versículos enfatizam a promessa da preservação de Deus para com os Seus: Sl 37:24-28 “24 se cair, não ficará prostrado, porque o SENHOR o segura pela mão. 25 Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão. 26 É sempre compassivo e empresta, e a sua descendência será uma bênção. 27 Aparta-te do mal e faze o bem, e será perpétua a tua morada. 28 Pois o SENHOR ama a justiça e não desampara os seus santos; serão preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada.”. Is 51:6 “Levantai os olhos para os céus e olhai para a terra embaixo, porque os céus desaparecerão como a fumaça, e a terra envelhecerá como um vestido, e os seus moradores morrerão como mosquitos, mas a minha salvação durará para sempre, e a 133 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo minha justiça não será anulada.” ; Mt 24:24 “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.”; Jo 3:16,36 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 36 Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”; Jo 4:14 “aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.”; Jo 5:24 “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.”; Jo 6:37 “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.”; Jo 10:27-29 “27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. 28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. 29 Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.”; Rm 8:29,30 “29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”; Rm 8:35-39 “35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”; Rm 11:29 “porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.”; 1Co 1:8,9 “8 o qual também vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo. 9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.”; 2Ts 3:3 “Todavia, o Senhor é fiel; ele vos confirmará e guardará do Maligno.”; 1Ts 5:24 “Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.”; 1Pe 1:3-5 “3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, 4 para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros 5 que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.” 1Jo 5:2,4,5, “2 Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos. 4 porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. 5 Quem é o que vence o 134 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?”; Jd 1:24 “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória,”. A Preservação Efetuada A vitória da preservação não está no homem, mas está em Cristo (1Co 15:57, “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.”; 2Co 2:14, “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento.” ; 2Co 12:9, “Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.” ). Deus opera a sua graça perseverante nos seus filhos com meios divinos. Estes meios são: O Espírito Santo; a Palavra de Deus; a oração intercessora de Cristo; a correção; o poder de Deus; o amor de Deus; a graça de Deus; a sabedoria de Deus; a imutabilidade de Deus e as promessas de Deus. Essa graça divina da perseverança que é dada ao Cristão não é baseada em algum esforço da carne, mas unicamente na obra expiatório de Cristo, na promessa da Nova Aliança e segundo o propósito eterno de Deus. Os Meios Que Deus Usa Para Estimular a Perseverança dos Santos e Efetuar a Sua Preservação O Espírito Santo Ef 1:13,14 “13 em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; 14 o qual é o penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.” Deus julga o valor do penhor dado para cumprir a Sua promessa. Pelo Espírito Santo ser o próprio Deus, é indiscutivelmente garantida a possessão adquirida: a Salvação completa das almas que Cristo comprou pelo Seu sangue. Gl 4:6 “E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!”. O Espírito Santo em nós faz que queiramos aproximar-nos do Pai e O agradar mais e mais. Pela presença do Espírito Santo em nós, tanto a nossa preservação quanto a nossa perseverança estão asseguradas (Rm 8:15,16 “15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”). Gl 5:22 “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,” - O Espírito Santo opera em nós o fruto que agrada o Pai. O Espírito Santo ajuda nas nossas fraquezas e intercede pelo santos (Rm 8:26,27 “26 Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. 27 E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.”). Deus examina os corações dos Cristãos e vê a obra do Espírito Santo neles. Deus sabe da intenção do Espírito Santo e por isso tudo coopera para o eterno bem daqueles que estão em Cristo Jesus, até a glorificação deles (Rm 8:28-30 “28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”). Fp 1:6 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, 135 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”. Deus, na Sua mente, começou a boa obra. Porém, a intenção de Deus veio a nós pela obra do Espírito Santo manifestando Cristo pelo ministério da Palavra de Deus em nós (Jo 16:8-14 “8 Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: 9 do pecado, porque não crêem em mim; 10 da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; 11 do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado. 12 Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; 13 quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. 14 Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.”). Por Ele operar em nós, chegamos a querer o que Deus deseja, a fé em Cristo. Pela obra do Espírito Santo, atualmente temos tudo o que é necessário para ser completo todo o desejo de Deus (Fp 2:13 “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”). Não existe dúvida nem falha na obra do Espírito Santo. Por isso, a Sua obra findará com o Cristão aperfeiçoado. O Espírito Santo é um meio divino que Deus usa para estimular a perseverança dos Cristãos para garantir e efetuar a Sua preservação. A Palavra de Deus "A continuidade do Cristão no caminho da piedade é um milagre, e sendo assim, necessita a imediata operação divina." (A.W. Pink, Eternal Security, p. 51). A Palavra de Deus é um meio divino nessa operação divina. As Escrituras nos mostram a nossa responsabilidade na nossa perseverança pelos avisos solenes e os seus mandamentos importantes para que a preservação de Deus seja revelada. A Palavra de Deus nos anima à nossa perseverança pelas promessas gloriosas e pelos exemplos dos santos contidos nela para que a preservação dos Santos seja uma realidade. A Palavra de Deus efetua a vontade de Deus em estimular o homem à sua responsabilidade. Atos 27:22-24 é um exemplo como Deus estimula o homem à sua responsabilidade pela Sua divina comunicação At 27:22-44 “22 Mas, já agora, vos aconselho bom ânimo, porque nenhuma vida se perderá de entre vós, mas somente o navio. 23 Porque, esta mesma noite, um anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, 24 dizendo: Paulo, não temas! É preciso que compareças perante César, e eis que Deus, por sua graça, te deu todos quantos navegam contigo. 25 Portanto, senhores, tende bom ânimo! Pois eu confio em Deus que sucederá do modo por que me foi dito. 26 Porém é necessário que vamos dar a uma ilha. 27 Quando chegou a décima quarta noite, sendo nós batidos de um lado para outro no mar Adriático, por volta da meia-noite, pressentiram os marinheiros que se aproximavam de alguma terra. 28 E, lançando o prumo, acharam vinte braças; passando um pouco mais adiante, tornando a lançar o prumo, acharam quinze braças. 29 E, receosos de que fôssemos atirados contra lugares rochosos, lançaram da popa quatro âncoras e oravam para que rompesse o dia. 30 Procurando os marinheiros fugir do navio, e, tendo arriado o bote no mar, a pretexto de que estavam para largar âncoras da proa, 31 disse Paulo ao centurião e aos soldados: Se estes não permanecerem a bordo, vós não podereis salvar-vos. 32 Então, os soldados cortaram os cabos do bote e o deixaram afastar-se. 33 Enquanto amanhecia, Paulo rogava a todos que se alimentassem, dizendo: Hoje, é o décimo quarto dia em que, esperando, estais sem comer, nada tendo provado. 34 Eu vos rogo que comais alguma coisa; porque disto depende a vossa segurança; pois nenhum de vós perderá nem mesmo um fio de cabelo. 35 Tendo dito isto, tomando um pão, deu graças a Deus na presença de todos e, depois de o partir, começou a comer. 36 Todos cobraram ânimo e se puseram também a comer. 37 Estávamos no navio duzentas e setenta e seis pessoas ao todo. 38 Refeitos com a comida, aliviaram o navio, lançando o trigo ao mar. 39 Quando amanheceu, não reconheceram a terra, mas avistaram uma enseada, onde havia praia; então, consultaram entre si se não podiam encalhar ali o navio. 40 Levantando as âncoras, deixaram-no ir ao mar, largando também as amarras do leme; e, alçando a vela de proa ao vento, dirigiram-se para a praia. 41 Dando, porém, num lugar onde duas correntes se encontravam, encalharam ali o navio; a proa encravou-se e ficou imóvel, mas a popa se abria pela violência do mar. 42 O parecer dos soldados era que matassem os presos, para que nenhum deles, nadando, fugisse; 136 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo 43 mas o centurião, querendo salvar a Paulo, impediu-os de o fazer; e ordenou que os que soubessem nadar fossem os primeiros a lançar-se ao mar e alcançar a terra. 44 Quanto aos demais, que se salvassem, uns, em tábuas, e outros, em destroços do navio. E foi assim que todos se salvaram em terra.”. Os homens quiseram, pela sua lógica e emoção, fazer uma atividade. Essa atividade seria prejudicial a eles e não de acordo com a vontade de Deus. Pela Palavra de Deus, os homens foram estimulados às ações que realizaram a vontade de Deus. A promessa da preservação é acoplada a perseverança do Cristão. Pela obediência do Cristão da própria Palavra de Deus, a preservação de Deus é evidenciada, pois "todos chegaram à terra a Salvo." Deus usou o aviso solene, o mandamento sério e a promessa gloriosa da Palavra de Deus para que os homens perseverassem em fazer o que era necessário para a sua preservação. Os Avisos Solenes da Palavra de Deus operam para a nossa perseverança para que a preservação de Deus seja manifesta Existem avisos solenes na Palavra de Deus que parecem dar uma margem para a doutrina falsa que diz que o Cristão pode perder a sua Salvação. Não são nada mais do que avisos solenes para nos admoestar a perseverar para que a preservação de Deus seja manifesta. Os avisos solenes enfatizam unicamente a respeito da responsabilidade do homem. Agrada a Deus promover a nossa obediência voluntária para que a Sua preservação seja evidente. Mt 7:21, “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” Lc 14:26-33, “26 Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27 E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo. 28 Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir? 29 Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, 30 dizendo: Este homem começou a construir e não pôde acabar. 31 Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? 32 Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz. 33 Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.” Jo 14:23 “Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.”, Rm 8:13“Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis.” 1Co 5:5 “entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus].”, Gl 5:24 “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.”; Tt 2:11,12, "Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa e piamente," Tg 2:20, “Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante. 1Jo 2:4,5,15, “4 Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. 5 Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele: 15 Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar 137 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo o mundo, o amor do Pai não está nele;” 1Jo 3:3, “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.” 1Jo 4.15, “Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele, em Deus.” A Palavra de Deus, pelos seus avisos solenes, é um meio divino que Deus usa para animar a preservação dos Santos para garantir e efetuar a Sua preservação neles. Os Mandamentos Importantes das Escrituras operam para a nossa perseverança e preservação Pelos mandamentos importantes das Escrituras, os Cristãos são estimulados às ações que operam a vontade de Deus. Pela obediência do Cristão à Palavra de Deus, a preservação de Deus é evidenciada. Deus usa os mandamentos importantes das Escrituras para que os homens façam o que é necessário para a sua preservação. Os mandamentos das Escrituras enfatizam unicamente a responsabilidade do homem. Agrada a Deus promover a nossa obediência voluntária para que a Sua preservação seja evidente. Mt 16:24 “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.” ; Rm 6:12 “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões;”; Gl 5:16,25, “16 Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. 25 Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.” Fp 2:12 “Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor;”, Tg 2:18 “Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé.”; 2Pe 1:5-10 “5 por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; 6 com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; 7 com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. 8 Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. 9 Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora. 10 Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.”; Jd 1:21 “guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna.”; A Palavra de Deus, pelos seus mandamentos importantes, é um meio divino que Deus eficazmente usa para animar os seus à perseverança e garantir a Sua preservação até o fim. As Promessas Gloriosas da Palavra de Deus operam para a nossa perseverança e preservação Pelas promessas gloriosas da palavra de Deus, o Cristão é estimulado a procurar a graça para perseverar até o fim. Tudo isso opera para a glória de Deus. A promessa da preservação é acoplada a perseverança do Cristão. Pelas promessas gloriosas o Cristão é animado para com a 138 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo sua responsabilidade e a preservação de Deus é evidenciada. Deus usa as promessas gloriosas das Escrituras para que os homens perseverarem no necessário para a sua preservação. Agrada a Deus de promover a nossa obediência voluntária para que a Sua preservação seja evidente. Nestes versículos parece que a preservação é condicional à nossa perseverança. Mas a verdade é: o Cristão é estimulado a buscar a graça de Deus que é suficiente para levar os Seus até o fim. Mt 10:22 “Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo.”; Mt 24:13“Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.”; Rm 2:6-10 “6 que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento: 7 a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade; 8 mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça. 9 Tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal, ao judeu primeiro e também ao grego; 10 glória, porém, e honra, e paz a todo aquele que pratica o bem, ao judeu primeiro e também ao grego.”; Gl 6:9 “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.”; Hb 3:14 “Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos.”; Tg 1:12 “Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.”; Ap 2:7 “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.”; Ap 2:17 “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lheei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe.”; Ap 2:26-28 “26 Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, 27 e com cetro de ferro as regerá e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de barro; 28 assim como também eu recebi de meu Pai, darlhe-ei ainda a estrela da manhã.” Ap 3:21 “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.”, Muitas das promessas dão o entender que o fim é condicional ao desempenho do homem. Num sentido espiritual, o fim é condicional aos esforços do homem: do homem novo. O homem velho segue a lei do pecado e não pode agradar a Deus (Rm 7:18-25 “18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? 25 Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.”). Porém, o homem interior, tem prazer na lei de Deus, e, por ter esse prazer, ele busca a agradar Deus mais e mais até o fim. Entendemos com isso que as promessas alimentem a responsabilidade do homem 139 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo interior a batalhar com a graça de Deus para ter a vitória final que Deus promete. A Palavra de Deus, pelas suas promessas gloriosas, é um meio divino que Deus usa para estimular a perseverança do Cristão para garantir e efetuar a Sua preservação neles. Os Exemplos dos Santos relatados nas Escrituras, operam para a nossa preservação. Mesmo que não estejamos no tempo do Velho Testamento, ou com a Lei de Moisés sobre nós, os exemplos daqueles que serviram aquele Deus que nunca muda, procurando a Sua graça para ficarem firmes na obediência, podem muito nos estimular à nossa perseverança. Com a nossa perseverança estimulada, a graça da preservação será manifesta. Quando o nosso caminho for espinhoso e evidente a fraqueza da nossa carne, podemos lembrar que os antigos alcançaram testemunho pela fé (Hb 11). Em diversas situações de perseguições familiares, satânicas, e políticas a graça de Deus foi suficiente para eles. As suas perseguições vieram de gigantes e de reis pagãos, mas não foram maiores do que o único e verdadeiro Deus. As suas aflições vieram do ódio, do engano, do fogo e dos animais selvagens provocados pelos seus inimigos. A graça de Deus foi suficiente para que todos estes alcançassem testemunho. Eles foram estimulados a vencer reinos, praticar justiça e alcançar promessas. Pelo poder de Deus, tiraram forças da fraqueza e puseram em fuga os exércitos dos estranhos. As mulheres foram guiadas com sabedoria e os perseguidos não dobraram na hora de grande aflição. O poder e a graça de Deus que deu a vitória em vida a estes santos é a mesma para hoje, pois Deus não muda (Ml 3:6 “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.”; Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”). Sabendo que Deus não muda e entendendo que temos uma tão grande nuvem de testemunhas vitoriosas, somos exortados a deixarmos todo o embaraço e o pecado que tão perto de nós rodeia para perseverarmos na carreira que nos está proposta (Hb 12:1-3 “1 Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, 2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. 3 Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.”). Estes exemplos do Velho Testamento foram escritos para que conheçamos a consolação das Escrituras e que tenhamos esperança (Rm 15:4 “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.”). Nas horas da nossa aflição, quando lembramo-nos do que é relatado sobre a graça de Deus que capacitou estes a alcançarem o testemunho, somos estimulados a buscar a mesma graça para podermos alcançar o mesmo testemunho virtuoso. Quando o Cristão é tentado a si entregar e culpar Deus de injustiça pelas situações amargosas, somos ajudados a perseverar na fé por lembrar da graça de Deus na vida de Jó. Pelo seu exemplo aprendemos que Deus é justo e merecedor de confiança total apesar das aparências (Jó 2:10 “Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.”; "receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal?"). Aprendemos pela sua vida também que Deus abençoa ricamente os que perseveram na fé. Contemplando esse exemplo da soberania e misericórdia de Deus, somos consolados a termos paciência com esperança. Quando vier a traição dos amigos e a morte, é proveitoso lembrar do exemplo de Cristo (Jo 16:33 “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.”; Hb 12:1-3 “1 Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, 2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do 140 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo trono de Deus. 3 Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.”; 1Pe 2:21-25 “21 Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, 22 o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; 23 pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente, 24 carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados. 25 Porque estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo da vossa alma.”). Cristo venceu a morte, o mal e as contradições de pecadores com o poder de Deus nele. Portanto, quando consideramos o exemplo dEle, teremos bom ânimo para perseverarmos pelo mesmo poder. As obras de Cristo foram escritas para o nosso proveito para que creiamos que Ele é o Cristo, o Filho de Deus, e crendo, termos o que é necessário perseverar até aquela vida eterna dada em seu nome (Jo 20:31 “Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”). Quando existe forte oposição social a nossa mensagem, o exemplo de Estêvão é animador. Aquela mesma graça de Deus que fez Estevão ser ousado a pregar a verdade na face de grande oposição, e morrer com uma vitória é a mesma que pode nos aperfeiçoar a sermos fieis na vontade de Deus (At 7:1-60 “1 Então, lhe perguntou o sumo sacerdote: Porventura, é isto assim? 2 Estêvão respondeu: Varões irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a Abraão, nosso pai, quando estava na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, 3 e lhe disse: Sai da tua terra e da tua parentela e vem para a terra que eu te mostrarei. 4 Então, saiu da terra dos caldeus e foi habitar em Harã. E dali, com a morte de seu pai, Deus o trouxe para esta terra em que vós agora habitais. 5 Nela, não lhe deu herança, nem sequer o espaço de um pé; mas prometeu dar-lhe a posse dela e, depois dele, à sua descendência, não tendo ele filho. 6 E falou Deus que a sua descendência seria peregrina em terra estrangeira, onde seriam escravizados e maltratados por quatrocentos anos; 7 eu, disse Deus, julgarei a nação da qual forem escravos; e, depois disto, sairão daí e me servirão neste lugar. 8 Então, lhe deu a aliança da circuncisão; assim, nasceu Isaque, e Abraão o circuncidou ao oitavo dia; de Isaque procedeu Jacó, e deste, os doze patriarcas. 9 Os patriarcas, invejosos de José, venderam-no para o Egito; mas Deus estava com ele 10 e livrou-o de todas as suas aflições, concedendo-lhe também graça e sabedoria perante Faraó, rei do Egito, que o constituiu governador daquela nação e de toda a casa real. 11 Sobreveio, porém, fome em todo o Egito; e, em Canaã, houve grande tribulação, e nossos pais não achavam mantimentos. 12 Mas, tendo ouvido Jacó que no Egito havia trigo, enviou, pela primeira vez, os nossos pais. 13 Na segunda vez, José se fez reconhecer por seus irmãos, e se tornou conhecida do Faraó a família de José. 14 Então, José mandou chamar a Jacó, seu pai, e toda a sua parentela, isto é, setenta e cinco pessoas. 15 Jacó desceu ao Egito, e ali morreu ele e também nossos pais; 16 e foram transportados para Siquém e postos no sepulcro que Abraão ali comprara a dinheiro aos filhos de Hamor. 17 Como, porém, se aproximasse o tempo da promessa que Deus jurou a Abraão, o povo cresceu e se multiplicou no Egito, 18 até que se levantou ali outro rei, que não conhecia a José. 19 Este outro rei tratou com astúcia a nossa raça e torturou os nossos pais, a ponto de forçá-los a enjeitar seus filhos, para que não sobrevivessem. 20 Por esse tempo, nasceu Moisés, que era formoso aos olhos de Deus. Por três meses, foi ele mantido na casa de seu pai; 21 quando foi exposto, a filha de Faraó o recolheu e criou como seu próprio filho. 22 E Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras. 23 Quando completou quarenta anos, veio-lhe a idéia de visitar seus irmãos, os filhos de Israel. 24 Vendo um homem tratado injustamente, tomou-lhe a defesa e vingou o oprimido, matando o egípcio. 25 Ora, Moisés cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus os queria salvar por intermédio dele; eles, porém, não compreenderam. 26 No dia seguinte, aproximou-se de uns que brigavam e procurou reconduzi-los à paz, dizendo: Homens, vós sois irmãos; por que vos ofendeis uns aos outros? 27 Mas o que agredia o próximo o repeliu, dizendo: Quem te constituiu autoridade e juiz sobre nós? 28 Acaso, queres matar-me, como fizeste ontem ao egípcio? 29 A estas palavras Moisés fugiu e tornou-se peregrino na terra de Midiã, onde lhe nasceram dois filhos. 30 Decorridos 141 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo quarenta anos, apareceu-lhe, no deserto do monte Sinai, um anjo, por entre as chamas de uma sarça que ardia. 31 Moisés, porém, diante daquela visão, ficou maravilhado e, aproximando-se para observar, ouviu-se a voz do Senhor: 32 Eu sou o Deus dos teus pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Moisés, tremendo de medo, não ousava contemplá-la. 33 Disse-lhe o Senhor: Tira a sandália dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa. 34 Vi, com efeito, o sofrimento do meu povo no Egito, ouvi o seu gemido e desci para libertá-lo. Vem agora, e eu te enviarei ao Egito. 35 A este Moisés, a quem negaram reconhecer, dizendo: Quem te constituiu autoridade e juiz? A este enviou Deus como chefe e libertador, com a assistência do anjo que lhe apareceu na sarça. 36 Este os tirou, fazendo prodígios e sinais na terra do Egito, assim como no mar Vermelho e no deserto, durante quarenta anos. 37 Foi Moisés quem disse aos filhos de Israel: Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim. 38 É este Moisés quem esteve na congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos pais; o qual recebeu palavras vivas para no-las transmitir. 39 A quem nossos pais não quiseram obedecer; antes, o repeliram e, no seu coração, voltaram para o Egito, 40 dizendo a Arão: Faze-nos deuses que vão adiante de nós; porque, quanto a este Moisés, que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu. 41 Naqueles dias fizeram um bezerro e ofereceram sacrifício ao ídolo, alegrando-se com as obras das suas mãos. 42 ¶ Mas Deus se afastou e os entregou ao culto da milícia celestial, como está escrito no Livro dos Profetas: Ó casa de Israel, porventura, me oferecestes vítimas e sacrifícios no deserto, pelo espaço de quarenta anos, 43 e, acaso, não levantastes o tabernáculo de Moloque e a estrela do deus Renfã, figuras que fizestes para as adorar? Por isso, vos desterrarei para além da Babilônia. 44 O tabernáculo do Testemunho estava entre nossos pais no deserto, como determinara aquele que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto. 45 O qual também nossos pais, com Josué, tendo-o recebido, o levaram, quando tomaram posse das nações que Deus expulsou da presença deles, até aos dias de Davi. 46 Este achou graça diante de Deus e lhe suplicou a faculdade de prover morada para o Deus de Jacó. 47 Mas foi Salomão quem lhe edificou a casa. 48 Entretanto, não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas; como diz o profeta: 49 O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso? 50 Não foi, porventura, a minha mão que fez todas estas coisas? 51 ¶ Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis. 52 Qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram os que anteriormente anunciavam a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e assassinos, 53 vós que recebestes a lei por ministério de anjos e não a guardastes. 54 ¶ Ouvindo eles isto, enfureciam-se no seu coração e rilhavam os dentes contra ele. 55 Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, 56 e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus. 57 Eles, porém, clamando em alta voz, taparam os ouvidos e, unânimes, arremeteram contra ele. 58 E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. 59 E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! 60 Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu.” Quando temos limitações físicas, podemos lembrar das limitações que atrapalharam a vida de Paulo, impedindo-o em várias maneiras. Neste exemplo entendemos a ocasião da graça suficiente de Deus. Somos animados a levarmos e também alegremente perseverar até o fim regozijandonos da providência perfeita de Deus (2Co 12:7-9 “7 E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. 8 Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. 9 Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.”). Se tivermos anos de aflição, é edificante lembrar-nos do exemplo do apóstolo João. Mesmo quando ele foi perseguido e exilado por anos na ilha de Patmos, ele não foi desamparado por Deus. Mesmo no exilo ele foi visitado por Deus (Ap 1:9,10 “9 Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha 142 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. 10 Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta,”). Pela força desta revelação divina temos uma profecia muito abençoada (Ap 1:3 “Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.”). A presença do Senhor com este discípulo obediente é a mesma presença abençoadora que está com os discípulos obedientes hoje (Hb 13:5 “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.”). Sendo confiantes de tal presença somos estimulados a não temermos as aflições e continuar a avançar na fé. Pelo exemplo da vitória de Cristo e pelo exemplo dos santos na Bíblia, somos provocados a perseverarmos na fé. Nessa perseverança, a preservação de Deus é manifesta. Em nisso tudo, aprendemos como a Palavra de Deus é usada para nosso bem espiritual e para a glória de Deus. Se olharmos somente aos desafios que venham a nós, sem lembrar do poder de Deus, nem dos Seus mandamentos, seremos tomados pelo medo e pelo tremor a ponto de desistir de avançar na vida Cristã (Nm 13:28-33 “28 O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos de Anaque. 29 Os amalequitas habitam na terra do Neguebe; os heteus, os jebuseus e os amorreus habitam na montanha; os cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão. 30 Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela. 31 Porém os homens que com ele tinham subido disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós. 32 E, diante dos filhos de Israel, infamaram a terra que haviam espiado, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra que devora os seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura. 33 Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos.”). Na hora do aperto é melhor lembrar da vitória prometida, o Deus que nos deu responsabilidades sérias e dos exemplos da Sua graça que foi suficiente para todos os seus servos verdadeiros. Assim perseveraremos até ao fim e a preservação de Deus dos Seus será manifesta para a Sua glória. A Palavra de Deus, pelos seus exemplos dos santos, é um meio divino que Deus usa para garantir e efetuar a preservação dos Seus. A Oração Intercessora De Cristo A confiança na oração é tida quando oramos segundo a vontade de Deus (1Jo 5:14,15 “14 E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. 15 E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.”). Jesus tinha esta confiança na oração. Ele sabia que o Pai sempre O ouvia (Jo 11:42 “Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.”). Portanto, quando Jesus ora pelos que o Pai lhe deu que "sejam um" (Jo 17:11 “Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós.”), que "tenham a alegria de Cristo completa neles" (Jo 17:13 “Mas, agora, vou para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham o meu gozo completo em si mesmos.”), que sejam santificados pela verdade (Jo 17:17 “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.”), que estejam com Ele aonde quer que estejam para que vejam a glória dEle (Jo 17:24 “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.”), Ele pediu com confiança. Ele sabia que o Pai O ouvia. As petições de Cristo diante Seu Pai só podem ser completas em todos os Seus, estando estes com Ele e vendo a Sua glória para todo o sempre. Portanto a oração intercessora de Cristo é um poderoso meio que Deus usa para preservar os Seus até o fim. 143 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo "A oração feita por um justo pode muito em seu efeito" (Tg 5:16 “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.”). Quem está orando para os próprios Cristãos verdadeiros é Cristo. Este é "Aquele que morreu, ou antes, Quem ressuscitou dentre os mortos, O qual está à direita de Deus, e também intercede" pelos Seus (Rm 8:34 “Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.”). Portanto a oração deste Justo pode muito em seu efeito. Aquele que faz a vontade do Pai é aceito por Deus (Mt 7:21 “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”; Sl 34:15,17 “Os olhos do SENHOR repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor. Clamam os justos, e o SENHOR os escuta e os livra de todas as suas tribulações.”). Sendo Cristo obediente em tudo a Sua pessoa, junto com a Sua oração pelos seus, são verdadeiramente aceitas por Deus (Jo 17:4 “Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer”; Fp 2:8 “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.”), Quando Jesus rogou por Pedro para que Satanás não destruísse a sua utilidade no reino de Deus, Jesus estava confiante que o Pai o atenderia. Por isso ele aconselhou a Pedro: quando te converteres, fortalece os teus irmãos (Lc 22:31,32 “31 Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo! 32 Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos.”). Cristo orava com confiança. Os dons e a vocação de Deus na vida de Pedro eram irrevogáveis, pois Cristo rogou por ele (Rm 11:28,29 “28 Quanto ao evangelho, são eles inimigos por vossa causa; quanto, porém, à eleição, amados por causa dos patriarcas; 29 porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.”). Por Cristo rogar por nós, os dons e a vocação de Deus na nossa vida também são irrevogáveis sem nenhum arrependimento da parte de Deus. Os verdadeiros Cristãos serão fieis também, mesmo que caiam às vezes, pois Cristo fez toda a obra por eles, e, Ele intercede pelos Seus diante do Pai perfeitamente (Rm 8:34“Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.”; Hb 7:25 “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.”; Hb 9:24-26 “24 Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; 25 nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. 26 Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou). Nessas verdades e exemplos entendemos que a oração intercessora de Cristo é um meio qual Deus usa para garantir e efetuar a preservação dos Seus. A Correção do Senhor A perseverança é um assunto que segue a realização da Salvação, ou seja, a perseverança é um assunto somente para os que já são feitos filhos de Deus. Sendo filhos, existe o aperfeiçoamento na santificação até a glorificação. Uma atividade neste caminho é a correção do Pai para com Seus filhos. "que filho há quem o pai não corrija?" (Hb 12:7 “É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?”) O propósito da correção que vem ao Cristão enquanto ele trilha este caminho terrestre é para seu aperfeiçoamento (Fp 1:6 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”); para a sua santificação (Hb 12:10 “10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.”); para a produção nele do fruto pacífico de justiça (Hb 12:11“11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.”), e para o seu bem, ou seja, para ele não ser condenado com o mundo (1Co 11:32 “Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.”). Pela correção ser como a correção de pai ao filho, ou 144 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo seja, para corrigir e não para condenar ou destruir, ela é um meio eficaz que Deus usa para levar os Seus a perseverar até o fim. Essa correção saudável vem pela Palavra de Deus (Ef 5:26 “para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra”; 2Tm 3:16,17 “16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”), a obra da igreja e a obra dos seus oficiais (Ef 4:12 “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo,”; Hb 10:24,25 “24 Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. 25 Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.”), e pelas circunstâncias da vida, tanto física quanto espiritual (2Co 12:7 “E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte.”; Rm 8:28 “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”). Essa correção é tida como sendo "a correção do Senhor" (Hb 12:5,6 “5 e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; 6 porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe.’; Pv 3:11,12 “11 Filho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua repreensão. 12 Porque o SENHOR repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem.”). Portanto essa correção é sábia, justa e eficaz (Rm 11:35,36 “35 Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? 36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”). Por Cristo corrigir os santos corretamente, a preservação deles até o fim é assegurada (Ap 3:19 “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.”). Pela correção de Deus trazer ao Cristão a maior fidelidade, o livro de Jó dedara: "Eis que bemaventurado é o homem a quem Deus repreende." (Jó 5:17 “Bem-aventurado é o homem a quem Deus disciplina; não desprezes, pois, a disciplina do Todo-Poderoso.”). Portanto não despreza a correção do Senhor, mas, contrariamente, torna a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados e anda corretamente na santificação. É nessa maneira que a preservação eficaz do Senhor será manifesta (Hb 12:12-14 “12 Por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; 13 e fazei caminhos retos para os pés, para que não se extravie o que é manco; antes, seja curado. 14 Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,”). O Poder De Deus O poder de Deus não é dependente da fidelidade do homem, mas, contrariamente, a fidelidade do homem é dependente no poder de Deus (Fp 4:13 “tudo posso naquele que me fortalece.”; Gl 2:20 “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”). Por ser um Cristão não quer dizer que não é mais um vaso de barro (2Co 4:7; Rm 7:18 “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.”) e um incapacitado na sua própria força (Rm 7:24 “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”. É Deus que capacita os Seus com o Seu poder (2Co 3:5 “não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus,”; 1Co 1:26-31 “26 Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; 27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; 28 e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; 29 a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. 30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, 31 para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se 145 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo no Senhor.”). Portanto, este poder de Deus é o mesmo que Deus implementa para preservar os Seus até o fim). O que Deus quer, Ele faz (Sl 115:3 “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.”; Sl 135:6 “Tudo quanto aprouve ao SENHOR, ele o fez, nos céus e na terra, no mar e em todos os abismos.”), e ninguém pode impedir a Sua mão de fazer o Seu eterno desejo (Dn 4:35 “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”). A vontade expressa de Deus por Cristo é que os que foram dados a Cristo estejam onde Ele está eternamente (Jo 17:24 “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.”). Deus quer que os que crêem em Cristo tenham uma vida eterna (Jo 3:16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”). Por Deus poder fazer tudo que quer, os em Cristo nunca hão de perecer, e ninguém os arrebatará da mão de Cristo ou do Pai, que é maior de que todos (Jo 10:28,29 “28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. 29 Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.”). É o poder de Deus que cumpre o Seu desejo para com Seus assim garantindo a preservação deles até o fim. O mesmo Deus que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo (2Co 4:6 “Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.”). O mesmo Deus que sustenta todas as coisas criadas na terra e no céu pela palavra do Seu poder (Hb 1:3 “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,”) é quem aperfeiçoa aquela boa obra espiritual começada por Ele no Cristão. Essa obra será aperfeiçoada até ao dia de Jesus Cristo (Fp 1:6 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”). Nisso entendemos que o poder de Deus sempre preserva o filho de Deus. Mesmo a carne cobiçando contra o Espírito, e estes se opondo um ao outro (Gl 5:17 “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.”), e, mesmo Satanás e as hostes de maldade nos lugares celestiais lutando contra o Cristão (Ef 6:12 “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.”; 1Pe 5:8 “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;”), o Cristão possui O maior poder (1Jo 4:4 “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.”). Esse poder de Deus faz com que ele possa resistir os ataques de Satanás ao ponto que o velho inimigo foge (Tg 4:7 “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.”). Pelo poder de Deus, o Cristão não será separado do amor de Cristo, mas será mais do que um vencedor. Ele é mais do que um vencedor, pois ele não somente triunfará sobre Satanás no último dia (Ap 17:14 “Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com ele.”), mas ele também cresce espiritualmente pela tribulação, a angústia, a perseguição e, a fome, a nudez, o perigo e pela espada que venham na sua vida (Rm 8:35-39 “35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”; Tg 1:2-4 “2 146 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, 3 sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. 4 Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.”). Pelo poder de Deus o Cristão persevera na obediência e é preservado. O relatório bíblico dos santos revela como o poder de Deus é eficaz tanto estimulando a perseverança na obediência quanto a sua preservação até o fim. Mesmo sendo sozinhos e fracos, Noé e os seus entraram na arca e foram preservados (Gn 7:13 “Nesse mesmo dia entraram na arca Noé, seus filhos Sem, Cam e Jafé, sua mulher e as mulheres de seus filhos;”; Gn 8:18 “Saiu, pois, Noé, com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos.”). Podemos também mencionar a vitória no meio da oposição nas vidas de Jó (Jó 1:9-11 “9 Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus? 10 Acaso, não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra. 11 Estende, porém, a mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.”), Josué (Zc 3:1 “Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor.”), Davi (1Cr 21:1 “Então, Satanás se levantou contra Israel e incitou a Davi a levantar o censo de Israel.”), Daniel (Dn 6:4 “Então, os presidentes e os sátrapas procuravam ocasião para acusar a Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa.”), Pedro (Lc 22:31 “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo!”) e Paulo (1Ts 2:15 “os quais não somente mataram o Senhor Jesus e os profetas, como também nos perseguiram, e não agradam a Deus, e são adversários de todos os homens,”). Nenhum destes se acharam fortes na carne e foram todos fortemente perseguidos, mas foram todos levados à fidelidade pelo poder de Deus. Nisso entendemos que o poder de Deus é um meio que Deus usa para garantir e efetuar a preservação dos Seus. Portanto. Não confie em qualquer força da carne nem das suas filosofias, mas descansa no poder de Deus para completar o que Ele mesmo começou (Fp 1:6 “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.”) enquanto procura ser obediente em toda a boa obra (Ef 2:10 “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”). Deus nos preserva para perseverarmos na obediência. O Amor De Deus Uma causa da nossa Salvação é o amor de Deus (2Co 8:9 “pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.”; 1Jo 4:19 “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”). Este é um amor especial que faz parte da presciência de Deus (Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”; 1Pe 1:2 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,”). O amor particular de Deus, de primeira mão, traz os pecadores à Salvação (Dt 7:7-9 “7 Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, 8 mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito. 9 Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos;” Rm 9:9-16 “9 Porque a palavra da promessa é esta: Por esse tempo, virei, e Sara terá um filho. 10 E não ela somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque, nosso pai. 11 E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), 12 já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. 13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú. 14 Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! 15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter 147 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.”; 1Jo 4:19 “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”). O Salvo, porém, nunca é perfeito enquanto trilha nessa carne nessa terra. O pecado que habita na sua carne (Rm 7:18,23 “18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.”) cobiça contra o novo homem, aquele homem espiritual que tem prazer na lei de Deus, que nasceu dEle na hora da regeneração (Gl 5:17 “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.”). Pelo Cristão ter o pecado na carne, ele não é perfeito, não faz tudo o que deseja para agradar a Deus (Rm 7:19-21 “19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim.”). Mas, mesmo que os erros e fraquezas tragam a correção, que por sua vez conforma o Cristão mais e mais na imagem de Cristo (Hb 12:5-12 “5 e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; 6 porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. 7 É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? 8 Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. 9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos? 10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. 11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça. 12 Por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos;”), a benignidade de Deus não é retirada totalmente do filho (Sl 89:30-33 “30 Se os seus filhos desprezarem a minha lei e não andarem nos meus juízos, 31 se violarem os meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos, 32 então, punirei com vara as suas transgressões e com açoites, a sua iniqüidade. 33 Mas jamais retirarei dele a minha bondade, nem desmentirei a minha fidelidade.”). Este amor especial de Deus que começou a Salvação é instrumental na preservação dos Salvos até o fim, pois não há possibilidade de existir nada mais poderoso do que este amor (Rm 8:35-39 “35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”). Somos vencedores por Aquele que nos amou! Devemos lembrar que o amor de Deus é eterno como Deus o é (Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”). Sendo eterno, não tem começo, nem tem fim! Nessa verdade podemos entender que o amor de Deus é um meio que Deus usa para garantir e efetuar a preservação dos Seus. O amor de Deus pode ser manifesto em um menor grau por um determinado período que ele é revelado em outras ocasiões, mas isso não quer dizer que a natureza do próprio amor ou a sua perpetuidade são diminuídas. Este amor continua eterno apesar das fraquezas dos Salvos. Sim, podemos afirmar que as próprias fraquezas do Cristão, mesmo fazendo ele envergonhado e miserável (Rm 7:24 “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”), provocam o Cristão a amar e a servir mais a Deus, o Salvador, até o fim (Lc 7:40-43 “40 Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize-a, Mestre. 41 Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinqüenta. 42 Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? 43 Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem.”; Rm 148 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo 5:3-5 “3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; 4 e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. 5 Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.”; 1Pe 1:6-9 “6 Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, 7 para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; 8 a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de glória, 9 obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma.”). Pela certeza do amor de Deus continuar até o fim, Paulo podia despedir à igreja em Corintos com uma benção, uma igreja por sinal que tinha a sua própria porção de erros graves. Essa benção incluía o amor de Deus estando com todos eles (2Co 13:14 “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.”). Nisso entendemos que o amor de Deus é um meio pelo qual o Cristão é provocado a perseverar até o fim e pelo qual ele é preservado na fé. O amor de Deus pelos Seus é igual aquele amor que Deus tem para com Cristo (Jo 17:23 “eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.”). Tão inseparável, eterno, imutável o amor de Deus Pai para com Deus Filho, é o amor de Deus para com os que são feitos filhos de Deus por Jesus Cristo! A preservação é entendida pelo fato que este amor garante que nenhum destes será perdido (Jo 10:27,28 “27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. 28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.”; Jo 13:1 “Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.”). A perseverança é entendida pelo fato que este amor incentiva os filhos a amarem o Salvador até a hora que eles são glorificados (Gl 4:4-6 “4 vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, 5 para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. 6 E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!”; Rm 8:1517 “15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. 16 O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17 Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”). Tão importante quanto a presença do Espírito Santo, a utilidade da palavra de Deus, a oração intercessora de Cristo, a correção e o poder de Deus na perseverança e a preservação dos Santos é o amor de Deus para com os Seus. Que tal amor imenso traz os pecadores a se renderem ao Salvador hoje mesmo é a nossa oração. Que tal amor de Deus também incentiva os Seus à conformidade mais e mais na imagem de Cristo. Somos devedores ao amor de Deus que excede todo o entendimento. A Graça De Deus A graça de Deus é uma ação gloriosa ou maneira gloriosa em geral. Mais precisamente é a influência divina sobre o coração e a sua manifestação em vida. Essa influência pode ser literal, figurativa ou espiritual (Strong’s, # 5485). A mesma ação gloriosa e influência divina que superabunda, onde o pecado abunda, para fazer o pecador arrependido idôneo para participar da herança do santos na luz (Rm 5:20 “Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,”; Cl 1:12 “dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos santos na luz.”) é a mesma maneira gloriosa de Deus sobre o Cristão para estimulá-lo a andar digno da vocação a qual foi chamado (Ef 4:1 “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados,”). A graça trouxe a implantação da semente incorruptível na alma do Cristão ao ponto que esta nova natureza 149 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo não pode viver pecando (1Jo 3:9 “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.”; 1Jo 5:18 “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca.”) e tem prazer na lei de Deus (Rm 7:22 “Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus”). Mesmo enfrentando limitações físicas e oposições espirituais, essa influência divina basta (2Co 12:9 “Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.”). Essa graça basta no sentido que ela é mais forte que qualquer oposição contra o cristão ou qualquer operação contra a vontade de Deus. A graça de Deus é suficiente, ela nos contenta plenamente (Jo 14:8 “Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta.”, Strong’s, # 714). É por ela que o cristão persevera até o fim. Quando considera a natureza do pecado com a sua enganosa inimizade contra Deus (Rm 8:6-8 “6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”), a sua concupiscência mundana (1Jo 2:16 “porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.”), a sua incapacidade e ignorância espiritual (1Co2:14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.”) e a sua longevidade (Rm 7:21“Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim.”), pelo cristão resistir a este pecado continuamente e sendo perseverante na obediência é testemunho de como essa graça de Deus é suficientemente eficaz na preservação dos Seus santos no caminho da retidão (1Co 15:10 “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.”; Is 26:12 “SENHOR, concede-nos a paz, porque todas as nossas obras tu as fazes por nós.”). Verdadeiramente a ação preciosa vinda de Deus sobre o coração é eficazmente suficiente (Sl 119:117, “Sustenta-me, e serei salvo e sempre atentarei para os teus decretos.”). Aquele que confia no seu próprio coração é insensato (Pv 28:26 “O que confia no seu próprio coração é insensato, mas o que anda em sabedoria será salvo.”), pois este está confiando meramente num braço de carne (2Cr 32:8 “Com ele está o braço de carne, mas conosco, o SENHOR, nosso Deus, para nos ajudar e para guerrear nossas guerras. O povo cobrou ânimo com as palavras de Ezequias, rei de Judá.”). Porém, aquele que espera no Senhor, conhecerá a contínua influência divina sobre a sua vida e renovará as suas forças a ponto de não desfalecer, mas ser fiel até o fim (Is 40:28-31 “28 Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento. 29 Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. 30 Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, 31 mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.”). Existem muitas provações na vida do Cristão (Js 2:20-23 “20 Também, se tu denunciares esta nossa missão, seremos desobrigados do juramento que nos fizeste jurar. 21 E ela disse: Segundo as vossas palavras, assim seja. Então, os despediu; e eles se foram; e ela atou o cordão de escarlata à janela. 22 Foram-se, pois, e chegaram ao monte, e ali ficaram três dias, até que voltaram os perseguidores; porque os perseguidores os procuraram por todo o caminho, porém não os acharam. 23 Assim, os dois homens voltaram, e desceram do monte, e passaram, e vieram a Josué, filho de Num, e lhe contaram tudo quanto lhes acontecera;”; Rm 5:3-5 “3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; 4 e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. 5 Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.”; Tg 1:2-4 “2 Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, 3 sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. 4 Ora, a perseverança deve ter ação completa, para 150 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.”) que venham para nossa correção (Hb 12:5-11 “5 e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; 6 porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. 7 É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? 8 Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. 9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos? 10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. 11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.”), para nosso bem (Rm 8:28 “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”) e para a glória de Deus (Rm 11:36 “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”; Jo 9:1-3 “1 Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. 2 E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? 3 Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.”). Todavia delas todas, pela graça que basta, o Cristão é mais do que vencedor (Rm 8:37“Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.”; 2Co 4:15-18 “15 Porque todas as coisas existem por amor de vós, para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para glória de Deus. 16 Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. 17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, 18 não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.”). No meio de todas as aflições, Deus não desvia a Sua misericórdia e com a Sua influência opera que não sejam abalados os pés do Seu povo (Sl 66:8-12,20 “8 Bendizei, ó povos, o nosso Deus; fazei ouvir a voz do seu louvor; 9 o que preserva com vida a nossa alma e não permite que nos resvalem os pés. 10 Pois tu, ó Deus, nos provaste; acrisolaste-nos como se acrisola a prata. 11 Tu nos deixaste cair na armadilha; oprimiste as nossas costas; 12 fizeste que os homens cavalgassem sobre a nossa cabeça; passamos pelo fogo e pela água; porém, afinal, nos trouxeste para um lugar espaçoso. 20 Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a sua graça.”). Pela Sua obra, o coração do Cristão é consolado e confirmado a ponto de ser ativo em toda a boa palavra e obra perseverante (2Ts 2:16,17 “16 Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, 17 consolem o vosso coração e vos confirmem em toda boa obra e boa palavra.”). Pela obra de Deus, pela graça que basta, o Cristão é aperfeiçoada em toda a boa obra continuando naquele que é agradável a Deus até o fim (Hb 13:20,21 “20 Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, 21 vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém!”). A graça é nos dada como ferramenta na nossa vida Cristã, mas precisamos da Sua graça para usá-la (Pink, Gleanings Paul, p. 409). A graça de Deus é suficiente na sua natureza, mas o Cristão precisa crescer nesta graça na sua vida diária "acrescentai à vossa fé a virtude ... ciência ... temperança ... paciência ... piedade ... amor fraternal"; (2Pe 1:5-7 “5 por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; 6 com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; 7 com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor.”, "Antes crescei na graça";"frutificando em toda a boa obra e crescendo no conhecimento de Deus" Cl 1:10 “a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus;”, ). O Cristão cresça na graça por exercitar-se na obediência da Palavra de Deus. Uma destas atividades 151 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo espirituais é a oração. Cristo achou necessário a orar pela preservação do Seu povo (Jo 17:11 “Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós.”,Jo 17:15-17 “15 Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. 16 Eles não são do mundo, como também eu não sou. 17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. “). Paulo achou conveniente orar pelos Cristãos Tessalonicenses para que crescessem na graça em toda a boa obra de fé com poder (2Ts 1:11,12“11 Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé, 12 a fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós, nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.”). Podemos também achar proveitosos em orar por nós mesmos e pelos outros Cristãos para que frutifiquemos em toda a boa obra. Este fruto vem quando abundamos com toda suficiência (graça) em toda a boa obra de fé (2Co 9:8 “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra,”). Nessa perseverança crescente a graça de Deus para nos preservar é manifesta (1Co 15:10 “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.”). Pela graça de Deus ser um instrumento de vivificar e Salvar o Cristão (Ef 2:8,9 “8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”), aperfeiçoando-o pelas tribulações, para operar aquilo que é agradável a Deus por Jesus Cristo, entendemos que a preservação dos santos é uma conseqüência lógica das perfeições divinas (Pink, Eternal Security, p. 51). Reconhecendo que têm sido derramados sobre nós tais bênçãos eficazes (Lm 3:22 “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim;”), somos estimulados a procurarmos essa graça suficiente para sermos fortes na perseverança da nossa responsabilidade segundo a eficácia que opera em nós poderosamente (Cl 1:27-29 “27 aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória; 28 o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo; 29 para isso é que eu também me afadigo, esforçando-me o mais possível, segundo a sua eficácia que opera eficientemente em mim.”). A Sabedoria de Deus Is 40:28, "Não sabes, não ouvistes que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento." O Dicionário Aurélio Eletrônico define a palavra inescrutável como sendo insondável ou impenetrável. A palavra hebraica traduzida para inescrutável significa algo que não sustenta investigação (#2714, Strong’s). A sabedoria de Deus é imensa, além do poder de ser enquadrado em qualquer relatório de fato. Não pode ser conhecida as suas medidas. A Palavra de Deus, com outras referências, menciona essa mesma verdade usando expressões como: "Como as alturas dos céus é a sua sabedoria ... é mais profunda do que o inferno ... mais comprida é a sua medida do que a terra, e mais larga do que o Mar." (Rm 11:33,34 “33 Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! 34 Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?”; Jó 9:10 “quem faz grandes coisas, que se não podem esquadrinhar, e maravilhas tais, que se não podem contar.”); (Jó 11:7-9 “7 Porventura, desvendarás os arcanos de Deus ou penetrarás até à perfeição do Todo-Poderoso? 8 Como as alturas dos céus é a sua sabedoria; que poderás fazer? Mais profunda é ela do que o abismo; que poderás saber? 9 A sua medida é mais longa do que a terra e mais larga do que o mar.”); "o Seu entendimento é infinito" (Sl 147:5 “Grande é o Senhor nosso e mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir.”); "a loucura de Deus é mais sábia do que os homens" (1Co 1:25 “Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.”); "Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida", (Ef 3:10 “para que, pela igreja, a 152 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais,”) e "ao único Deus sábio" (1Tm1:17 “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!”). Sem dúvida nenhuma podemos ser contentes que a sabedoria de Deus é um meio eficaz para nos perseverar até o fim das nossas responsabilidades e pela qual somos preservados eternamente. Podemos entender como essa sabedoria infinita é um meio para garantir a preservação dos santos e a perseverança deles quando entendemos que o homem sábio não apenas tem um excelente objetivo desejado mas juntamente com o desejo prepara tudo o que é necessário para obter tal alvo. Deus não é como o homem que começou a edificar algo, mas, por falta de conselhos e capacidades, deixa de cumprir o seu desejo. Contrariamente, Deus é como o sábio rei que assenta primeiro e toma conselho para saber do que ele precisa para vencer aquele que venha contra ele (Lc 14:28-32 “28 Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir? 29 Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, 30 dizendo: Este homem começou a construir e não pôde acabar. 31 Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? 32 Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz.”). E Deus sabe dos ardis daquele que vem contra Ele. Sem dúvida Deus sabia da cruz que Cristo tinha de levar para ser o substituto da condenação dos pecados de todos os Seus. A sabedoria de Deus considerou a fragilidade da carne, do ódio que as trevas têm contra a luz, dos ataques e dos dardos inflamados de Satanás e que os justos seriam poucos entre muitos injustos. Sabendo de tudo, Deus providenciou tudo o que é necessário para atingir o Seu alvo grandiosamente para ter todos os Seus com a vitória com Ele eternamente. A sabedoria de Deus garante isso. Na menção da realização de uma obra divina na Bíblia, freqüentemente tal obra é associada com aquela sabedoria e poder necessários para sustentar essa obra (Hb 1:2,3, “2 nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. 3 Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,” ; Nm 23:19 “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?”). No assunto da Salvação, a sabedoria de Deus é vista não somente no fato que nos dá vida, mas que nos guarda para que nunca pereçamos (Jo 10:28 “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.”; 1Pe 1:3-5 “3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, 4 para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros 5 que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.”; Jd 1:1 “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo,”). Então entendemos aquela ciência de Deus, que é mais alto do que os céus, faz que a obra iniciada por Deus na nossa Salvação seja seguramente aperfeiçoada no dia de Jesus Cristo (Fp 1:6 “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.”). A sabedoria de Deus na Salvação é manifesta em que Ele escolheu a loucura da pregação para Salvar os crentes (1Co 1:17-21 “17 Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo. 18 Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus. 19 Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos. 20 Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? 21 Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação.”). O entendimento infinito de Deus é visto em que Ele usa as coisas loucas, fracas, vis, desprezíveis, e as que não são para operar Sua grande obra em nós e no mundo para Sua 153 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo glória (1Co 1:26-31 “26 Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; 27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; 28 e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; 29 a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. 30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, 31 para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.”). A Sua força é manifesta em nossa fraqueza fazendo os loucos, fracos, vis, desprezíveis, e os que não são, mais do que vencedores (1Co 12:9 “a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar;”; Rm 8:35-37 “35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.”). Pelos juízos de Deus serem impenetráveis, a Sua obra foi, está e será completa. As portas do inferno não prevaleceram, não prevalecem e não prevalecerão contra os Seus objetivos (Mt 16:18 “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”). A sabedoria de Deus garante isso. Pela sabedoria de Deus, Deus deu aos Seus tanto o desejo quanto a capacidade de fazer toda a sua santa vontade (Fp 2:13 “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”). Pelo Seu inescrutável entendimento, temos O Salvador exaltado que intercede por nós por quem olhamos tanto como o autor da nossa fé quanto o consumador dela (Hb 12:2 “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.”). Pelos conselhos altos de Deus, O Espírito Santo nos guia em toda a verdade (Jo 14:26 “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.”; Jo 15:26 “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim;”) e intercede por nós ajudando-nos com as nossas fraquezas (Rm 8:26 “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.”). Por Deus saber das nossas lutas Ele sabiamente nos deu As Escrituras puras e perfeitas para que tenhamos avisos solenes, mandamentos importantes, promessas gloriosas e exemplos dos santos para nos animar a perseverarmos até o fim (Pv 30:6 “Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso.”). Pelos insondáveis conselhos de Deus o Cristão tem toda a armadura de Deus com qual pode resistir Satanás e ter a vitória completa (Sl 34:19 “Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de todas o livra.”; Ef 6:12-20 “12 porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. 13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. 14 Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. 15 Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; 16 embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. 17 Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; 18 com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos 19 e também por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, 20 pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo.”). Pelo insondável conselho, Deus tem limitado as tentações que venham na vida Cristã para que elas não sejam mais do que podem ser suportadas (1Co 10:13 “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.”). Pela infinita ciência, Deus nos deu a igreja e os seus devidos ministrantes para nos aperfeiçoar 154 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo até que cresçamos em tudo em Cristo (Ef 4:11-16 “11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, 12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, 13 Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, 14 para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. 15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, 16 de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.”). Pelos juízos impenetráveis Deus nos deu a oração eficaz pelo qual chegamos a Deus e achamos graça em tempo oportuno (Hb 4:14-16 “14 Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. 15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. 16 Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.”; Tg 5:16 “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.”). Pelos caminhos sábios de Deus que são além de medida, os pobres de espírito têm o reino dos céus, os que choram são consolados, os mansos herdam a terra, os que têm fome e sede de justiça são fartos, os misericordiosos alcançam a misericórdia, os limpos de coração vejam a Deus, os pacificadores são chamados filhos de Deus e os perseguidos por causa da justiça têm um grande Galardão nos céus (Mt 5:3-12 “3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. 4 Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. 5 Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. 9 Bemaventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. 10 Bemaventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. 11 Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. 12 Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.”). Portanto concluímos que os Seus não são somente preservados mas capacitados a perseverarem até o fim. Pela sabedoria de Deus, tudo coopera para o bem (Rm 8:28,29 “28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”). Sabendo destas verdades não devemos andar ignorantes ou esquecidos. De outra maneira seremos repreendidos por Cristo como foram os discípulos quando não tinham o pão suficiente (Mc 8:17-21 “17 Jesus, percebendo-o, lhes perguntou: Por que discorreis sobre o não terdes pão? Ainda não considerastes, nem compreendestes? Tendes o coração endurecido? 18 Tendo olhos, não vedes? E, tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais 19 de quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes? Responderam eles: Doze! 20 E de quando parti os sete pães para os quatro mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes? Responderam: Sete! 21 Ao que lhes disse Jesus: Não compreendeis ainda?”). A Imutabilidade de Deus A imutabilidade de Deus é uma doutrina bem estabelecida pelas Escrituras (Sl 102:25-27 “25 Em tempos remotos, lançaste os fundamentos da terra; e os céus são obra das tuas mãos. 26 Eles perecerão, mas tu permaneces; todos eles envelhecerão como uma veste, como roupa os mudarás, e serão mudados. 27 Tu, porém, és sempre o mesmo, e os teus anos jamais terão fim.”; Hb 13:8 “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre.”; Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”). A imutabilidade 155 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo de Deus é ligada aos Seus outros atributos divinos. A sua perfeição e eternidade fazem com que a imutabilidade seja tanto uma necessidade quanto uma realidade. Se Deus é perfeito, ele não pode mudar para melhor. Se Deus é eternamente perfeito, é certo que não pode mudar para o pior. Assim entendemos a Sua imutabilidade. Quaisquer doutrinas que ofenderiam esses atributos de Deus devem ser mal vistas e tratadas como falsas. Não somente o ser de Deus não muda como também não muda o Seu decreto (Sl 148:6 “E os estabeleceu para todo o sempre; fixou-lhes uma ordem que não passará.”; Mc 13:31 “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.”). Aplicando essa perfeição de Deus à Salvação faz a doutrina de soteriologia ter valor e conforto. Deus não só planejou Salvar o pecador arrependido mas também é firme e constante neste propósito. Sabemos que Deus faz o que Ele quer (Sl 115:3 “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.”; Sl 135:6 “Tudo quanto aprouve ao SENHOR, ele o fez, nos céus e na terra, no mar e em todos os abismos.”). Este plano é reforçado pelo fato que nem o desejo nem o poder de Deus podem mudar. Deus sempre terá o Seu amor para com os Seus e o Seu poder será sempre exercitado para o eterno bem deles. O homem muda os seus valores, o seu amor enfraquece, e a sua fidelidade é falha. Todavia, Deus não muda. Por causa da Sua imutabilidade, Deus não muda o Seu amor e plano pelos Seus, mesmo que os objetos do Seu amor falham (Ml 3:6 “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.”). Por Deus não mudar, o desejo para que os Seus adquirissem a Salvação, é cumprido (1Ts 5:9 “porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo,”; Fp 1:6 “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.”). Deus faz tudo o que Ele quer até com respeito à Salvação do homem (Jó 23:13 “Mas, se ele resolveu alguma coisa, quem o pode dissuadir? O que ele deseja, isso fará.”; Is 14:24 “Jurou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará.”). A nossa Salvação é tão segura quanto a imutabilidade do desejo de Deus para com os Seus. É horroroso pensar como seria se Deus não fosse imutável. Se o Cristão não fosse estimulado para perseverar no caminho da retidão pelos meios que já estudamos, e, se o Cristão não fosse preservado pela eterna virtude de Deus, aquele a quem Deus eternamente amou, por quem foi ao céu preparar um lugar no céu, por quem enviou Seu Filho unigênito para o substituir na cruz, para quem trouxe o Filho de volta dos mortos e O exaltou nas alturas e por qual eternamente intercede, este eleito, em vez de ser preservado, cairia e tornaria a ser o objeto do ódio de Deus e seria separado dEle no inferno para todo o sempre. Mas, felizmente, os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento (Rm 11:29“porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.”). Verdadeiramente, o que a Sua vontade quer, a Sua imutabilidade pedirá. A nossa perseverança na fé e a preservação dos Seus nela são asseguradas pela Sua imutabilidade. Às vezes, parece que Deus muda o Seu tratamento e é infiel às Suas promessas. Todavia, pesquisando o assunto mais de perto, entendemos que é o homem infiel e não Deus. Deus sempre abençoa a retidão e pune a desobediência. Se o homem obediente torna ser desobediente, Deus é fiel a tratar Ele conforme as suas obras. Todavia, para com o Cristão, esse tratamento condicional é aplicada somente no aspeto dos seus Galardoes e nunca no aspeto se ele receberá o eterno fim prometido da sua Salvação. Mesmo que, por desobediência grossa, o corpo seja entregue a satanás, a alma do Cristão será preservada pela obra de Cristo (1Co 5:5 “entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus].”; 2Tm 2:13“se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.”). A Salvação, passada, presente ou futura, nunca se baseia na obra de qualquer homem, mas na pessoa fiel e imutável de Cristo. Os que conhecem Deus por Cristo podem testemunhar, como Josué, que tudo que foi prometido, veio a ser cumprido (Js 23:14 “Eis que, já hoje, sigo pelo caminho de todos os da terra; e vós bem sabeis de todo o vosso coração e de toda a vossa alma que nem uma só promessa caiu de todas as boas palavras que falou de vós o SENHOR, vosso Deus; todas vos sobrevieram, nem uma delas falhou.”). Por Deus ser imutável todo demais é "sim e amem" por Cristo (2Co 1:20 “Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio.”). Quem na Bíblia podia testemunhar que Deus mudou os Seus princípios ou vontade? 156 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Por Deus ser imutável, também são as nossas responsabilidades de perseverar na fé. Ele deseja que sempre sejamos obedientes, puros, amáveis e fielmente crescidos na graça e conhecimento de Cristo (1Pe 2:2 “desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação”; 2Pe 3:18 “antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.”). Temos uma eterna obrigação a perseverar naquela fé uma vez dada aos santos (Jd 1:3 “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.”). Por Deus ser imutável, Ele é fiel de nos preservar. Sempre temos a graça disponível para nos ajudar em tempo oportuno e é constante a presença da Sua mão para nos guardar de tropeçar (Hb 4:15,16 “15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. 16 Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.”; Jd 1:24,25 “24 Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória, 25 ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!”; Jo 10:27-29 “27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. 28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. 29 Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.”; 1Ts 5:25 “Irmãos, orai por nós.”). Pela imutabilidade de Deus, a nossa perseverança é sempre pedida e a nossa preservação é sempre assegurada. A Salvação que tu dizes que possui tem essa qualidade de te incentivar a crescer na santidade junto com o conforto de ser guardada eternamente por seu Salvador? Se não tiver, venha se arrependendo dos seus pecados e creia em Cristo pela fé. Deus não mudou. Ele ainda quer que todos os oprimidos pelo pecado venham a Ele por Cristo. E os que venham a Ele por Cristo de maneira nenhuma serão lançados fora por Ele (Jo 6:38 “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.”). Se já tens essa Salvação, louve a Deus pelo Seu amor eterno que te faz participante de um reino eterno e procura a Sua graça eterna que te capacita à santidade crescente. E que Deus seja exaltado por Cristo em tudo disso. As Promessas de Deus As promessas de Deus reveladas pela Palavra de Deus são as promessas que o Pai fez com Cristo Jesus na eternidade para com aqueles que Ele amou eternamente (Hb 10:7 “Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade.”). Essas promessas são conhecidas a nós pela Palavra de Deus para que o cristão saiba das suas responsabilidades para com a sua perseverança. Também elas são o meio que saibamos que a preservação divina não falhará. Essas promessas são tidas como "grandíssimas e preciosas" pelas quais somos feitos participantes da natureza divina (2Pe 1:4 “pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo”). As promessas de Deus para com o Cristão estão asseguradas por Cristo. Todas as promessas de Deus são "nEle sim, e por Ele o Amem, para a glória de Deus por nós" (2Co 1:20 “Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio.”). As promessas de Deus de preservar os Seus para sempre (Sl 37:28 “Pois o SENHOR ama a justiça e não desampara os seus santos; serão preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada.”), de estar com eles mesmo pelo vale da sombra da morte (Sl 23:4 “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.”), de estar ao redor destes para a sua proteção (Sl 125:1,2 “1 Os que confiam no SENHOR são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre. 2 Como em redor de Jerusalém estão os montes, assim o 157 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo SENHOR, em derredor do seu povo, desde agora e para sempre.”), guiando e sustentando com a Sua mão direita até o dia de os receberem em glória (Sl 73:23,24 “23 Todavia, estou sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita. 24 Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória.”) são asseguradas sim pelo grande Amem, Cristo Jesus. Não é a lei (Gl 3:18 “Porque, se a herança provém de lei, já não decorre de promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão.”) nem nas obras de qualquer homem nascido de mulher (Ef 2:8,9 “8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”) que confirma isso, mas o próprio Cristo. Cristo é a Nossa Paz (Ef 2:14 “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade,”; Sl 85:10 “Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram.”). Tendo paz com Deus por Cristo não há mais condenação (Rm 8:1 “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”), e, sem a condenação, não há nada que impedirá as promessas de Deus serem cumpridas para aquele lavado no sangue de Cristo. As promessas de Deus asseguram a preservação dos Seus e estimulam a perseverança na fé pelos Seus. “Ó SENHOR, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros.” As promessas de Deus para com o cristão são asseguradas pela verdade e firmeza de Deus. A verdade e a firmeza andam juntas nas Escrituras (Is 25:1 “Ó SENHOR, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros.”). Por Deus prometer algo, a verdade dEle garante a confiança que a promessa será cumprida. Não temos a promessa de que seremos confirmados até o fim em Cristo sem logo termos a afirmação que Deus é fiel (1Co 1:8,9 “8 o qual também vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo. 9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.”). Pela fidelidade de Deus, é firme a nossa confiança que não virá a nós nenhuma tentação forte demais sem um escape pelo qual possamos suportar a tentação (1Co 10:13 “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.”). Temos a promessa que os justificados serão glorificados (Rm 8:29,30 “29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”), e a firmeza dessa promessa é a própria fidelidade de Deus (1Ts 5:23,24 “23 O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. 24 Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.”; 2Ts 3:3 “Todavia, o Senhor é fiel; ele vos confirmará e guardará do Maligno.”). As promessas de Deus asseguram tanto a Sua preservação de nós quanto estimulam a nossa perseverança para com Ele (Hb 10:23 “Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.”; Rm 4:20,21 “20 não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus, 21 estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera.”). As promessas de Deus para com o Cristão são tão eternas quanto o Deus que as deu. As promessas de Deus fazer que os Seus O conheçam de todo o coração (Jr 24:7 “Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o SENHOR; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu coração.”), de Deus carregar os Seus até a velhice e até as cãs (Is 46:4 “Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e, ainda até às cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vosei e vos salvarei.”), de os livrar de toda a má obra e os guardar para o Seu reino celestial (2Tm 4:18 “O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!”) são garantidas, pois Deus é o mesmo para todo o sempre (Is 54:10 “Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança da minha paz não será removida, diz o SENHOR, que se compadece de ti.”). As promessas de Deus asseguram tanto a Sua preservação dos Seus quanto estimulam a 158 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo perseverança deles para com Ele. Sabendo que as promessas de Deus são confirmadas e afirmadas unicamente por Cristo, somos seriamente incentivados a ter a certeza que a nossa vocação e eleição estejam nEle. Somente dessa maneira temos a certeza que jamais tropeçaremos (2Pe 1:10 “Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.”). Sabendo que as promessas de Deus são tão firmes quanto a Sua verdade, somos consolados enquanto trabalhamos firmemente em vista da bem-aventurada esperança (Tt 1:2 “na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos”; Tt 2:13 “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus,”). Sabendo que as promessas de Deus são tão eternas quanto à existência de Deus somos animados a sermos sempre abundantes na obra do Senhor, porque, pelo que saibamos, a nossa obra de obediência à Palavra de Deus não é vã (1Co 15:58 “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.”). Também existem promessas para com aqueles que não conhecem Deus unicamente por Cristo. Os que não estão em Cristo somente conhecerão a ira de Deus sobre eles eternamente (Jo 3:3536 “35 O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos. 36 Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”). Isso é uma promessa tão fiel e sombria quantas as outras. Portanto, se estais fora de Cristo, corre a Cristo já, arrependendo-se dos seus pecados e confiando de todo o seu coração em Cristo Jesus! A Base da Preservação do Cristão Temos estudado que a Salvação efetuada por meios visíveis e invisíveis tem um efeito prático: a perseverança e a preservação dos Santos. Essa perseverança não é somente exigida pelas Escrituras e a própria natureza nova, mas é assegurada por Deus. A perseverança é a responsabilidade dos Salvos e a obra da preservação é divina. Nessas obras de preservação, Deus usa como meios à obra do Espírito Santo, a Palavra de Deus, a oração eficaz de Cristo, a correção do Senhor para todos os Seus, o Seu poder em amor tanto quanto a Sua sabedoria, Sua imutabilidade e as Suas promessas. A base da obra preservadora eficaz de Deus para com os Seus, não é provocada de algo originalmente no homem. A obra expiatória de Cristo, a promessa da Nova aliança e o propósito eterno de Deus é a base pelo qual Deus opera para segurar o Seus eternamente. Queremos examinar essas três áreas desta base individualmente. A obra expiatória de Cristo – 2Co 5:18-21 “18 Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, 19 a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. 20 De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. 21 Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” Deus, pela obra vicária de Cristo, restaura para com Ele todos os Seus. A condenação do pecado de todos os que venham a confiar em Cristo, foi posta em Cristo e paga pela Sua obra na cruz, a Sua ressurreição e a Sua exaltação. A justiça pura de Cristo então foi imputada nestes que confiam em Cristo e assim estes são reconciliados a Deus para todo o sempre. Essa obra de Cristo chama-se a Sua obra expiatória. A palavra expiação significa no hebraico cobrir (especialmente com betume, como na arca de 159 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Noé); cancelar, purificar (Lv 1:4 “E porá a mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito a favor dele, para a sua expiação.” e outras, #3722, Strong’s). Essa mesma palavra, no grego, significa trocar, ajustar ou restaurar ao favor divino (Rm 5:11 “e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação.”; Rm 11:15 “Porque, se o fato de terem sido eles rejeitados trouxe reconciliação ao mundo, que será o seu restabelecimento, senão vida dentre os mortos?”; 2Co 5:18,19 “18 Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, 19 a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.”, #2643, Strong’s). Rm 8:31-39 “31 Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? 32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? 33 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. 34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. 35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” mostra enfaticamente que qualquer condenação contra os que foram dantes conhecidos (v. 29), foi apagada pela obra completa de Cristo como de um Salvador perfeito. A inimizade contra a santidade de Deus, que separou o pecador do Santo, foi desfeita pela morte de Cristo (Rm 8:34 “Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.”; "na sua carne desfez a inimizade" Ef 2:15 “aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz,”; "Cristo padeceu, mortificado, na verdade, na carne” 1Pe 3:18 “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito,”). Pela ressurreição de Cristo, os chamados são “vivificados juntamente com Cristo" (Ef 2:5,6 “5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, pela graça sois salvos, 6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;”) para que pela "lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus" os livra da lei do pecado e da morte (Rm 8:1,2 “1 Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. 2 Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.”) para serem eternamente justificados e Salvos (Rm 4:24 “mas também por nossa causa, posto que a nós igualmente nos será imputado, a saber, a nós que cremos naquele que ressuscitou dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor,”; Rm 5:10 “Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;”; Jo 11:25 “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá;”). Pela exaltação de Cristo, com Cristo agora assentado na destra de Deus (Rm 8:34 “Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.”; Ef 2:9 “não de obras, para que ninguém se glorie.), toda a obra feita por Ele para como os Seus é garantida eternamente. Pela Sua obra ser terminada com êxito, a lei de mandamentos contra os eleitos é desfeita (Ef 2:15 “aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz,”), os pecados deles são depositados longe da onisciência de Deus (Hb 8:12 “Pois, para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei.”; Hb10:17 “acrescenta: Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para sempre.”) e colocados num lugar longe da onipresença dele (Is 38:17 “Eis que foi para minha paz que tive eu grande amargura; tu, porém, amaste a minha alma e a livraste da cova da corrupção, porque lançaste para trás de ti todos os meus pecados.”) para 160 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo que a justiça e a verdade se beijam eternamente (Sl 85:10 “Encontraram-se a graça e a verdade, a justiça e a paz se beijaram.”; Ef 1:20-23 “20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, 21 acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. 22 E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, 23 a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.”). Pela vitoriosa obra expiatória de Cristo, os eleitos são feitos filhos, nunca para se tornarem órfãos (Gl 4:6 “E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!”; 1Jo 3:2 “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”), herdeiros, nunca para serem deserdados (Rm 8:17 “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”) e feitos reis e sacerdotes, nunca para serem destituídos (Ap 1:6 “e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”). Deus o Pai, verá o fruto do trabalho da alma de Cristo em ser o Substituto para pecadores particulares, e, baseado neste trabalho, "ficará satisfeito" (Is 53:11“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.”).). É verdade que a satisfação efetiva do Pai não é para com o pecador até que este esteja em Cristo. Alguns querem dizer que a satisfação do Pai é feita através do pecador fazendo a escolha de crer em Cristo. Todavia, a ação de crer em Cristo não vem originalmente da natureza do pecador, mesmo que seja sua inteira responsabilidade. O trabalho de crer é dependente na implantação de uma nova natureza. Essa obra de regeneração é feita por Deus através de meios particulares que já estudamos. Essa obra de regeneração é feita dentro aqueles por quem o Filho foi ferido e moído e por quem as Suas pisaduras sararam (Is 53:4,5 “4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”). A base da satisfação do Pai e a Sua justificação de muitos, é baseado na obra de Cristo em levar sobre Si as iniqüidades destes muitos (Is 53:11“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.”).). Portanto, a satisfação plena do Pai não é baseada em alguma ação agradável feita pelo pecador, mas completamente pela obra do Filho no lugar do pecador eleito. E, se o Pai é satisfeito com Cristo, a preservação daquele em Cristo é assegurada. Cristo, pela sua obra expiatória, opera plena redenção, e sendo assim, merece toda a glória (1Co 1:30,31 “30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, 31 para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.”). É responsabilidade de todo pecador se arrepender e confiar inteiramente na obra expiatória de Cristo para conhecer essa restauração plena e eterna com Deus (At 17:30 “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam;”). Se você está oprimido pelo seu pecado, o próprio Deus, e os que conhecem essa obra, avisam e rogam que você venha a se reconciliar com Deus por Cristo. Por Ele você terá todo o necessário para vencer o pecado, servir o seu Salvador e ser preservado para todo o sempre. Deus se satisfaz completamente com a obra de Cristo. Vocês se satisfazem com ela? A promessa da Nova aliança Deus tem um eterno desejo: ser o Deus do seu povo e ter o Seu povo servindo e amando-O como seu Deus. Pelo menos vinte vezes pela Bíblia este desejo é manifestado (Gn 17:8 “Dar-teei e à tua descendência a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus.”; ÊX 6:7 “Tomar-vos-ei por meu povo e serei vosso Deus; e sabereis que eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos tiro de debaixo das 161 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo cargas do Egito.”; Êx 29:45 “E habitarei no meio dos filhos de Israel e serei o seu Deus.”; Lv 26:12 “Andarei entre vós e serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo.”; Jr 7:23 “Mas isto lhes ordenei, dizendo: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; andai em todo o caminho que eu vos ordeno, para que vos vá bem.”; Jr 11:4 “que ordenei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, da fornalha de ferro, dizendo: dai ouvidos à minha voz e fazei tudo segundo o que vos mando; assim, vós me sereis a mim por povo, e eu vos serei a vós outros por Deus;”; Jr 24:7 “Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o SENHOR; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu coração.”(; Jr 30:22 “Vós sereis o meu povo, eu serei o vosso Deus.”; Jr 31:33 “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”; Jr 32:38 “Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.”; Ez 11:20 “para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os executem; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.”; Ez 34:24 “Eu, o SENHOR, lhes serei por Deus, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu, o SENHOR, o disse.”; Ez 36:28 “Habitareis na terra que eu dei a vossos pais; vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus.”; Ez 37:23,27 “23 Nunca mais se contaminarão com os seus ídolos, nem com as suas abominações, nem com qualquer das suas transgressões; livrá-los-ei de todas as suas apostasias em que pecaram e os purificarei. Assim, eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. 27 O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”; Zc 8:8 “eu os trarei, e habitarão em Jerusalém; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus, em verdade e em justiça.”; 2Co 6:16 “Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”; Hb 8:10 “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”; Ap 21:3,7 “3 Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. 7 O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.“). Se este é o desejo de Deus, o poder de Deus o efetuará (Jó 23:13 “Mas, se ele resolveu alguma coisa, quem o pode dissuadir? O que ele deseja, isso fará.”; Sl 135:6 “Tudo quanto aprouve ao SENHOR, ele o fez, nos céus e na terra, no mar e em todos os abismos.”). Pode ser confortante para Seu povo que eles são assim pelo eterno desejo de Deus (Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”). Para que este desejo seja conhecido e efetuado, Deus fez alianças com o homem. Uma aliança é um contrato sério como uma confederação ou pacto (Hebraica #1285, Strong’s). O homem faz alianças com o homem (Gn 21:27 “Tomou Abraão ovelhas e bois e deu-os a Abimeleque; e fizeram ambos uma aliança.”; 1Sm 18:3 “Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma.”; 2Sm 5:3 “Assim, pois, todos os anciãos de Israel vieram ter com o rei, em Hebrom; e o rei Davi fez com eles aliança em Hebrom, perante o SENHOR. Ungiram Davi rei sobre Israel.”; 1Reis 5:12 “Deu o SENHOR sabedoria a Salomão, como lhe havia prometido. Havia paz entre Hirão e Salomão; e fizeram ambos entre si aliança.”; 1Rs 20:34 “Ben-Hadade disse-lhe: As cidades que meu pai tomou a teu pai, eu tas restituirei; monta os teus bazares em Damasco, como meu pai o fez em Samaria. E eu, disse Acabe, com esta aliança, te deixarei livre. Fez com ele aliança e o despediu.”; 2Cr 23:16 “Joiada fez aliança entre si mesmo, o povo e o rei, para serem eles o povo do SENHOR.”; Ne 10:29 “firmemente aderiram a seus irmãos; seus nobres convieram, numa imprecação e num juramento, de que andariam na Lei de Deus, que foi dada por intermédio de Moisés, servo de Deus, de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do SENHOR, nosso Deus, e os seus juízos e os seus estatutos;”; Jr 34:8 “Palavra que do SENHOR veio a Jeremias, depois que o rei Zedequias fez aliança com todo o povo de Jerusalém, para lhes apregoar a liberdade:”), e com Deus (ÊX 24:7 “E tomou o Livro da Aliança e o leu ao povo; e eles disseram: Tudo o que falou o SENHOR faremos e obedeceremos.”: Js 24:24 “Disse o povo a Josué: Ao SENHOR, nosso Deus, serviremos e obedeceremos à sua voz.”; 2Rs 11:17 “Joiada fez aliança entre o SENHOR, e o rei, e o povo, para serem eles o povo do 162 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo SENHOR; como também entre o rei e o povo.”; 2Rs 23:3 “O rei se pôs em pé junto à coluna e fez aliança ante o SENHOR, para o seguirem, guardarem os seus mandamentos, os seus testemunhos e os seus estatutos, de todo o coração e de toda a alma, cumprindo as palavras desta aliança, que estavam escritas naquele livro; e todo o povo anuiu a esta aliança.”; 2Cr 15:12 “Entraram em aliança de buscarem ao SENHOR, Deus de seus pais, de todo o coração e de toda a alma;”) e Deus faz pactos e acordos com o homem (Gn 17:2 “Farei uma aliança entre mim e ti e te multiplicarei extraordinariamente.”; ÊX 6:4 “Também estabeleci a minha aliança com eles, para darlhes a terra de Canaã, a terra em que habitaram como peregrinos.”; Nm 25:12 “Portanto, dize: Eis que lhe dou a minha aliança de paz.”; Jz 2:1 “Subiu o Anjo do SENHOR de Gilgal a Boquim e disse: Do Egito vos fiz subir e vos trouxe à terra que, sob juramento, havia prometido a vossos pais. Eu disse: nunca invalidarei a minha aliança convosco.”; 2Sm 7:12 “Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais, então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e estabelecerei o seu reino.”; Sl 89:28 “Conservar-lhe-ei para sempre a minha graça e, firme com ele, a minha aliança.”; Is 59:21 “Quanto a mim, esta é a minha aliança com eles, diz o SENHOR: o meu Espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na tua boca, não se apartarão dela, nem da de teus filhos, nem da dos filhos de teus filhos, não se apartarão desde agora e para todo o sempre, diz o SENHOR.”). Essas alianças de Deus para como o homem foram dadas em épocas distintas e podemos chamá-los pela suas épocas e em que foram dadas (a aliança do Éden, Gn 3:15 “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”; com Noé, Gn 9:9 “Eis que estabeleço a minha aliança convosco, e com a vossa descendência,”; de Abraão, Gn 15:18 “Naquele mesmo dia, fez o SENHOR aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates:”; do Sinai, ÊX 19:5 “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha;”; com os Levitas, Nm 25:12,13 “12 Portanto, dize: Eis que lhe dou a minha aliança de paz. 13 E ele e a sua descendência depois dele terão a aliança do sacerdócio perpétuo; porquanto teve zelo pelo seu Deus e fez expiação pelos filhos de Israel.”; de Davi, 2Sm 23:5 “Não está assim com Deus a minha casa? Pois estabeleceu comigo uma aliança eterna, em tudo bem definida e segura. Não me fará ele prosperar toda a minha salvação e toda a minha esperança?”; a nova pela graça, Jr 31:33,34 “33 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 34 Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.”; Hb 8:6-13 “6 Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas. 7 Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda. 8 E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, 9 não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor. 10 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 11 E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. 12 Pois, para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei. 13 Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer.”). Todas as alianças têm pontos em comum. Existem o testador, os herdeiros, aquilo que efetua o pacto, umas condições ou qualificações, e o benefício do pacto. Geralmente o testador é um e nas alianças mais importantes entre Deus e o povo dEle exige a morte do testador, literal ou simbolicamente. Nas alianças divinas existe uma promessa séria, uma herança eterna e uma 163 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo confirmação dada por um sinal (Exemplo: o arco de Deus, Gn 9:12,13 “12 Disse Deus: Este é o sinal da minha aliança que faço entre mim e vós e entre todos os seres viventes que estão convosco, para perpétuas gerações: 13 porei nas nuvens o meu arco; será por sinal da aliança entre mim e a terra.”). O homem tem responsabilidades na maior parte dessas alianças. Essas responsabilidades são vistas pelas condições imutáveis. Essas condições são a fé e a obediência. A aliança, para ser em pé, precisa da fé (Gn 15:6 “Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça.”; Dt 6:5 “Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.”; Hb 11:6 “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.”) e da obediência. Essa obediência tem que ser moral, do coração, (Gn 17:1 “Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o SENHOR e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito.”; Mt 7:24 “Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha;”) e cerimonial (Gn 17:10-14 “10 Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo macho entre vós será circuncidado. 11 Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal de aliança entre mim e vós. 12 O que tem oito dias será circuncidado entre vós, todo macho nas vossas gerações, tanto o escravo nascido em casa como o comprado a qualquer estrangeiro, que não for da tua estirpe. 13 Com efeito, será circuncidado o nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro; a minha aliança estará na vossa carne e será aliança perpétua. 14 O incircunciso, que não for circuncidado na carne do prepúcio, essa vida será eliminada do seu povo; quebrou a minha aliança.”). Entenderemos melhor essas condições pelo decorrer deste estudo. Se as condições do homem não são preenchidas, a aliança é, por falha de um dos lados, anulada, ab-rogada, desfeita, prestes a perecer. Para Deus ser o Deus do Seu povo e para o Seu povo ter Deus como seu Deus, Deus fez essas alianças com o homem, alianças bilaterais e condicionais que dizem: se obedecer viverá; se desobedecer, morrerá (Gn 2:17 “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”; Lv 26:3-13 “3 Se andardes nos meus estatutos, guardardes os meus mandamentos e os cumprirdes, 4 então, eu vos darei as vossas chuvas a seu tempo; e a terra dará a sua messe, e a árvore do campo, o seu fruto. 5 A debulha se estenderá até à vindima, e a vindima, até à sementeira; comereis o vosso pão a fartar e habitareis seguros na vossa terra. 6 Estabelecerei paz na terra; deitar-vos-eis, e não haverá quem vos espante; farei cessar os animais nocivos da terra, e pela vossa terra não passará espada. 7 Perseguireis os vossos inimigos, e cairão à espada diante de vós. 8 Cinco de vós perseguirão a cem, e cem dentre vós perseguirão a dez mil; e os vossos inimigos cairão à espada diante de vós. 9 Para vós outros olharei, e vos farei fecundos, e vos multiplicarei, e confirmarei a minha aliança convosco. 10 Comereis o velho da colheita anterior e, para dar lugar ao novo, tirareis fora o velho. 11 Porei o meu tabernáculo no meio de vós, e a minha alma não vos aborrecerá. 12 Andarei entre vós e serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo. 13 Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para que não fôsseis seus escravos; quebrei os timões do vosso jugo e vos fiz andar eretos.”, Lv 26:14-39 “14 Mas, se me não ouvirdes e não cumprirdes todos estes mandamentos; 15 se rejeitardes os meus estatutos, e a vossa alma se aborrecer dos meus juízos, a ponto de não cumprir todos os meus mandamentos, e violardes a minha aliança, 16 então, eu vos farei isto: porei sobre vós terror, a tísica e a febre ardente, que fazem desaparecer o lustre dos olhos e definhar a vida; e semeareis debalde a vossa semente, porque os vossos inimigos a comerão. 17 Voltar-me-ei contra vós outros, e sereis feridos diante de vossos inimigos; os que vos aborrecerem assenhorear-se-ão de vós e fugireis, sem ninguém vos perseguir. 18 Se ainda assim com isto não me ouvirdes, tornarei a castigar-vos sete vezes mais por causa dos vossos pecados. 19 Quebrantarei a soberba da vossa força e vos farei que os céus sejam como ferro e a vossa terra, como bronze. 20 Debalde se gastará a vossa força; a vossa terra não dará a sua messe, e as árvores da terra não darão o seu fruto. 21 E, se andardes contrariamente para comigo e não me quiserdes ouvir, trarei sobre vós pragas sete vezes mais, segundo os vossos pecados. 22 Porque enviarei para o meio de vós as feras do campo, as quais vos desfilharão, e acabarão com o vosso gado, e vos reduzirão a poucos; e os vossos caminhos se tornarão desertos. 23 Se ainda com 164 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo isto não vos corrigirdes para volverdes a mim, porém andardes contrariamente comigo, 24 eu também serei contrário a vós outros e eu mesmo vos ferirei sete vezes mais por causa dos vossos pecados. 25 Trarei sobre vós a espada vingadora da minha aliança; e, então, quando vos ajuntardes nas vossas cidades, enviarei a peste para o meio de vós, e sereis entregues na mão do inimigo. 26 Quando eu vos tirar o sustento do pão, dez mulheres cozerão o vosso pão num só forno e vo-lo entregarão por peso; comereis, porém não vos fartareis. 27 Se ainda com isto me não ouvirdes e andardes contrariamente comigo, 28 eu também, com furor, serei contrário a vós outros e vos castigarei sete vezes mais por causa dos vossos pecados. 29 Comereis a carne de vossos filhos e de vossas filhas. 30 Destruirei os vossos altos, e desfarei as vossas imagens do sol, e lançarei o vosso cadáver sobre o cadáver dos vossos deuses; a minha alma se aborrecerá de vós. 31 Reduzirei as vossas cidades a deserto, e assolarei os vossos santuários, e não aspirarei o vosso aroma agradável. 32 Assolarei a terra, e se espantarão disso os vossos inimigos que nela morarem. 33 Espalhar-vos-ei por entre as nações e desembainharei a espada atrás de vós; a vossa terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas. 34 Então, a terra folgará nos seus sábados, todos os dias da sua assolação, e vós estareis na terra dos vossos inimigos; nesse tempo, a terra descansará e folgará nos seus sábados. 35 Todos os dias da assolação descansará, porque não descansou nos vossos sábados, quando habitáveis nela. 36 Quanto aos que de vós ficarem, eu lhes meterei no coração tal ansiedade, nas terras dos seus inimigos, que o ruído de uma folha movida os perseguirá; fugirão como quem foge da espada; e cairão sem ninguém os perseguir. 37 Cairão uns sobre os outros como diante da espada, sem ninguém os perseguir; não podereis levantar-vos diante dos vossos inimigos. 38 Perecereis entre as nações, e a terra dos vossos inimigos vos consumirá. 39 Aqueles que dentre vós ficarem serão consumidos pela sua iniqüidade nas terras dos vossos inimigos e pela iniqüidade de seus pais com eles serão consumidos.”; Ez 18:20 “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.”). Pelas condições dadas por Deus ao homem nas alianças, entendemos muito sobre a responsabilidade do homem. O homem é responsável por que Deus o mandou fazer algo. Se o homem não fizer a sua parte, ele é castigado severamente até que venha a se arrepender ou até mesmo a morte. O homem é culpado porque ele é responsável. Mesmo que o homem seja responsável, a responsabilidade do homem não quer dizer que ele é capaz de preencher o que ele deve. Quem pode guardar toda a Lei de Moisés? Mas todos são responsáveis em guardá-la toda. Os que tropeçam em um ponto somente são culpados dela toda (Tg 2:10 “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos.”). Pelo pecado habitar na carne, o homem é fraco e incapaz de fazer o bem que deve (Jr 17:9 “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”; Rm 3:10-23 “10 como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17 desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos. 19 Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, 20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. 21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; 22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção, 23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”; Rm 7:18-21 “18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim.”). Por isso entendemos que as alianças bilaterais e condicionais à obediência do homem são fracas pela incapacidade do homem, e, tais alianças, são mais cedo ou mais tarde anuladas. Todavia o 165 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo desejo de Deus continua sendo o mesmo. Deus, que criou o homem, que responsabilizou o homem, que fez um pacto com o homem, sabe o que está no homem. Para a glória de Deus e para atingir o Seu desejo eterno, Deus fez uma aliança nova e definitiva: a da graça. Nessa aliança da graça Deus faz a obra toda e por isso ela é eterna. Por ela ser eterna essa aliança da graça é a eterna base da preservação de todos que estão nela. Nessa aliança da graça Deus é o Testador pelo Filho que dá a Sua própria vida (Hb 9:14,15 “14 muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo! 15 Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.”). Os herdeiros dessa aliança são os chamados pelo Seu poder (Rm 8:28-30 “28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”; Hb 9:15 “15 Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.”). Esse pacto é efetuado pela morte vitoriosa do Testador (Rm 5:8 “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”; Ef 2:14-16 “14 Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, 15 aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, 16 e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.”; Hb 9:16 “Porque, onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador;”). A qualificação ou condição de lealdade é preenchida perfeitamente por Cristo (Jo 17:4 “Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer;”; Hb 9:28 “assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.”; Fp 2:8-11 “8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. 9 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.”) com qual lealdade o benefício do pacto é garantida seguramente: a Salvação eterna de todo aquele que crê em Cristo (Hb 9:15,28 “Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados. 28 assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.”). Essa aliança nova é caracterizada pela graça soberana de Deus, algo que não inclui nenhuma obra do homem (Ef 2:8,9 “8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”). Foi o próprio Deus que propôs pôr nos corações a Sua lei e a escrever no seu interior sem a intermediação ou qualificação de uma obra do homem qualquer (Jr 31:33 “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”). A morte do Testador foi preenchida satisfatoriamente por Cristo (Hb 9:18-26 “18 Pelo que nem a primeira aliança foi sancionada sem sangue; 19 porque, havendo Moisés proclamado todos os mandamentos segundo a lei a todo o povo, tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, e lã tinta de escarlate, e hissopo e aspergiu não só o próprio livro, como também sobre todo o povo, 20 dizendo: Este é o sangue da aliança, a qual Deus prescreveu para vós outros. 21 Igualmente também aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os utensílios do serviço sagrado. 22 Com 166 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem derramamento de sangue, não há remissão. 23 Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores. 24 Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; 25 nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. 26 Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado.”; Is 53:11“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.”)., "ficará satisfeito") fazendo que a promessa desta aliança ser cumprida. Por isso é garantido que os Salvos serão o povo dEle e Ele será o Deus deles (Jó 23:13 “Mas, se ele resolveu alguma coisa, quem o pode dissuadir? O que ele deseja, isso fará.”; Ap 21:3,7 “3 Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. 7 O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.”). Essa aliança é eterna, pois é Cristo Quem os preserva (Lv 2:13 “Toda oferta dos teus manjares temperarás com sal; à tua oferta de manjares não deixarás faltar o sal da aliança do teu Deus; em todas as tuas ofertas aplicarás sal.”, "o Sal da aliança"; Jd 1:24 “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória,”), e o sinal da confirmação é o sinal da sua ressurreição (Rm 1:4 “e foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor,”; At 17:31 “porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.”; Ef 1:19,20 “19 e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; 20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais,”). A qualificação de quem entra nessa aliança continua sendo a fé e obediência mas com uma diferença importante. A fé necessária na parte do homem não é a obra do homem em quem não habita bem algum, mas daquela fé que é fruto do Espírito Santo (Gl 5:22 “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,”) operado eficazmente nos escolhidos. A obediência moral necessária para qualificar os recipientes desta aliança da graça vem de um coração novo dado por Deus (Jr 31:31-34 “31 Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. 32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. 33 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 34 Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.”; Fp 2:13 “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”). A obediência cerimonial desejada por Deus é celebrada pela manifestação do homem novo na vida diária e pela participação na Sua organização Eclesiástica, a igreja, e declarada publicamente pelas ordenanças: o batismo e a Ceia do Senhor. Cristo vivendo nos Cristãos faz tudo necessário para que a aliança seja completa e perfeita. Essa aliança nova da graça é firme por ser feita por Deus do começo até ao fim. Ele põe a Sua lei no coração dos Seus e isto faz que Ele seja o Deus deles e opera que eles querem ser o Seu povo (Jr 31:33 “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”). Mesmo que a promessa foi dada especificamente à casa de Israel, os gentios foram enxertados nela pela eleição da graça 167 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo (Rm 11:11-19 “11 Pergunto, pois: porventura, tropeçaram para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios, para pô-los em ciúmes. 12 Ora, se a transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento, em riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude! 13 Dirijo-me a vós outros, que sois gentios! Visto, pois, que eu sou apóstolo dos gentios, glorifico o meu ministério, 14 para ver se, de algum modo, posso incitar à emulação os do meu povo e salvar alguns deles. 15 Porque, se o fato de terem sido eles rejeitados trouxe reconciliação ao mundo, que será o seu restabelecimento, senão vida dentre os mortos? 16 E, se forem santas as primícias da massa, igualmente o será a sua totalidade; se for santa a raiz, também os ramos o serão. 17 Se, porém, alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo oliveira brava, foste enxertado em meio deles e te tornaste participante da raiz e da seiva da oliveira, 18 não te glories contra os ramos; porém, se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz, a ti. 19 Dirás, pois: Alguns ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado.”) para que agora todo e qualquer que crê em Cristo será Salvo (Rm 1:16 “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;”; Rm 10:9-13 “9 Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10 Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. 11 Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido. 12 Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. 13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”). Por Deus prometer, sabemos que esse acordo é para sempre (Tt 1:2 “na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos”; Hb 6:18 “para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta;”. Todo aspecto desta aliança da graça estabeleça o fato da eterna preservação dos santos. Talvez você queira saber se está incluído nessa aliança nova que preserva os Seus até o fim pela obra de Cristo. Essa aliança é para todos em Cristo. Você está em Cristo? Essa aliança é qualificada pela fé. Você crê de todo o coração? Essa aliança nova da graça efetua um novo coração com as leis de Deus escritas nele para que tenha novos pensamentos para amar e servir Deus mais e mais como Deus. A sua vida tem essas evidências? Tendo as evidências, pode saber que você está incluído nessa aliança da graça. Estando nessa aliança você pode ser consolado. É baseada na promessa do Deus que não pode mentir e assegurada pela obra satisfatória da alma de Cristo, o Filho de Deus. Se quiser Deus como seu Deus e se quiser ser o povo dEle, venha a crer em Cristo de todo o coração. Todas as alianças anteriores com os homens foram fracas na medida em que dependiam do homem. A aliança da graça é forte e eterna, pois Deus se satisfaz com o trabalho da alma de Cristo (Is 53:11“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.”). Ele "lembrar-se-á sempre da Sua aliança" (Sl 111:5 “Dá sustento aos que o temem; lembrar-se-á sempre da sua aliança.”). A nossa preservação de ser povo de Deus tem como base a promessa da aliança nova e graciosa feita por Deus, efetuada por Cristo e aplicada pelo Espírito Santo. Portanto ela é firme e eterna. A aliança não está baseada em nenhum dos nossos esforços, mas somente na graça soberana de Deus. Pela escolha dEle, pela obra completa de Cristo ministrada pelo Espírito Santo pela Palavra de Deus essa aliança é efetuada. Que a verdade da sua preservação ser baseada na promessa da aliança nova, que é pela graça, incentive a sua perseverança para com o seu Salvador e Deus até Ele vier! O propósito eterno de Deus Eclesiastes 3:14 “Sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe pode acrescentar e nada lhe tirar; e isto faz Deus para que os homens temam diante dele.” 168 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Por Deus ser divino, Ele é completo em todas as Suas partes. Se falhasse em apenas um único ponto, Ele tornaria a ser menos do que um outro ser nesta área. O outro ser, com menos falhas, tornaria a ser maior do que Deus neste único ponto, e, portanto, dominaria Deus. Mas, Deus é completo em toda e qualquer parte. Ninguém pode convencer o Filho dEle de pecado, ou falha em motivo ou ação. Se o Filho é assim, também o Pai (Jo 8:46 “Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a verdade, por que razão não me credes?”; Jo 10:30 “Eu e o Pai somos um.”). Deus é perfeito em todos as Suas obras (Dt 32:4 “Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto.”; 2Sm 22:31 “O caminho de Deus é perfeito; a palavra do SENHOR é provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam.”; Sl 18:30 “O caminho de Deus é perfeito; a palavra do SENHOR é provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam.”; Mt 5:48 “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.”). Podemos conhecer Deus pelos atributos dEle revelados pelas Escrituras Sagradas. O propósito de Deus é assegurado pelo Seu ser (Is 46:9-11 “9 Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; 10 que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade; 11 que chamo a ave de rapina desde o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei.”) e confirmado pelos seus atributos. Vamos examinar alguns destes atributos: A qualidade da soberania de Deus é motivo pelo qual todas as providências nos exércitos do céu e da terra operam segundo a Sua vontade (Dn 4:34-37 “34 Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. 35 Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes? 36 Tão logo me tornou a vir o entendimento, também, para a dignidade do meu reino, tornou-me a vir a minha majestade e o meu resplendor; buscaram-me os meus conselheiros e os meus grandes; fui restabelecido no meu reino, e a mim se me ajuntou extraordinária grandeza. 37 Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba.”; At 4:26-28 “26 Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido; 27 porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, 28 para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram;”; At 13:48 “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”). O poder de Deus garante que seu decreto seja cumprido (Dn 4:35, "Não há quem possa estorvar a Sua mão, e lhe diga: Que fazes?"; 1Pe 1:5 “que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.”,). A verdade de Deus garante seu decreto ser preenchido perfeitamente (Nm 23:19 “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?”). A imutabilidade de Deus garante que a Sua vontade não mude para conosco (Ml 3:6 “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.”; Rm 11:29“porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.”). A eternidade de Deus garante que o que Ele diz será verdadeiramente realizado em tempo (Sl 33:11 “O conselho do SENHOR dura para sempre; os desígnios do seu coração, por todas as gerações.”; Mt 5:18 “Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.”; 1Pe 169 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo 1:23 “pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.”). A perfeição e a sabedoria de Deus fazem que o Seu desejo seja perfeito e sábio, e assim sendo, é sem nenhum ponto fraco nem nada que pode frustrar os seus planos eternos (Sl 19“1 Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. 2 Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. 3 Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; 4 no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o sol, 5 o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho. 6 Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso; e nada refoge ao seu calor. 7 A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices. 8 Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos. 9 O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos. 10 São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. 11 Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa. 12 Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas. 13 Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão. 14 As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu!”. A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma ... os juízos do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente."; (Rm 11:33-36 “33 Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! 34 Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? 35 Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? 36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”). Examinando os atributos divinos entendemos que o seu decreto é influenciado pelo Seu ser e pelas Suas qualidades divinas. Portanto, Deus decretando a nossa preservação, podemos estar tranqüilos com respeito ao seu inteiro e perfeito cumprimento. Ao mesmo tempo em que frisamos o eterno propósito de Deus que nos preserva não esquecemo-nos dos meios que Ele usa para nossa participação nela (a nossa perseverança na obediência á Palavra de Deus, a santificação, etc.). É confortante considerar que o decreto de Deus não emana de uma pressão de fora dEle como se fosse uma necessidade; nem por Ele reagir a uma situação desesperadora. O decreto de Deus vem da sua própria vontade livre e soberana (Ef 1:5 “nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade”; Ef 1:9 “desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo,”). Entendemos que essa vontade não é movida por nenhum capricho, mas pelo amor, "mas porque o SENHOR vos amava"; , "Há muito que o SENHOR me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí."; , "Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo Seu muito amor com que nos amou (...) nos vivificou juntamente com Cristo"; , "Nós O amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro."). Portanto, como é imensurável o amor de Deus, na mesma medida é confirmada a nossa preservação, nada "nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”. O próprio decreto divino é que os Seus sejam aceitos no Amado (Ef 1:6 “para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado,”); novas criaturas espirituais (2Co 5:17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”); serem Seus próprios filhos, e assim sendo, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo (Rm 8:17 “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”; 1Jo 3:2 “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se 170 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”). É vontade explícita pelo decreto que todos que fossem chamados particularmente pelo seu Espírito Santo pelo Evangelho, sejam justificados por Cristo e glorificados na Sua imagem (Rm 8:29,30 “29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”). O decreto envolve que Deus seja plenamente satisfeito pela obra de Cristo pelos Seus (Is 53:11“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.”). Pelo decreto ser tão exato, é prometido que os que vêm a Ele por Cristo, de nenhuma maneira serão lançados fora (Jo 6:37 “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.”). Os em Cristo têm a segurança que tudo que vêm a acontecer nas suas vidas contribuirá para seu bem. Se todas as coisas operam para o seu bem, é claro que nada operará para a sua condenação (Rm 8:28 “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”). Portanto, tendo o Seu decreto feito na eternidade e revelado em tempo, podem descansar no amor e poder de Deus todos que estão em Cristo. Esse descanso é pelo decreto sendo dado, e por ele não ser condicional no homem, mas parte da Sua aliança da graça é assegurada o seu cumprimento exatamente como foi decretado. Todas as promessas divinas reveladas pelas Escrituras Sagradas, tanto para os justos quanto aos injustos, detalham para os estudiosos os vários aspectos do Seu eterno decreto. O propósito de Deus é assegurado pelo Seu ser (Is 46:10 “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade;”) e revelado pelas Suas promessas. Por exemplo: Deus deseja e, por isso, decretou a Sua permanência para com o Seu povo ajuntado corretamente na terra. Sabemos desse decreto e desejo pela Sua promessa referente a este ajuntamento. A Sua promessa reflete esse decreto (Mt 28:20 “ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”). Se Deus prometeu algo em tempo é porque o fato já foi decretado na eternidade. Existem muitas providências externas que mudam na vida do Cristão, mas nenhuma mudança concernente aos pensamentos de Deus para com os Seus (Is 46:9-11 “9 Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; 10 que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade; 11 que chamo a ave de rapina desde o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei.”). É prometida a preservação dos santos. É promessa de Deus que os em Cristo tenham a vida eterna (Jo 6:39,40 “39 E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. 40 De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.”). A promessa de Deus é que os Seus nunca perecem (Jo 10:28,29 “28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. 29 Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.”). As promessas de Deus nos ensinem o intento do Seu decreto e é esse eterno decreto qual faz parte da base da nossa preservação. Estamos tão confiantes na preservação eterna de Deus de todos os Seus quanto somos firmes na Sua soberania e poder que garantem que aquilo que Ele deseja não será invalidado (Jó 23:13 “Mas, se ele resolveu alguma coisa, quem o pode dissuadir? O que ele deseja, isso fará.”,; Sl 115:3 “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.”; Sl 135:6 “Tudo quanto aprouve ao SENHOR, ele o fez, nos céus e na terra, no mar e em todos os abismos.”; Is 14:24 “Jurou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará.”). Se o decreto que é revelado pelas promessas é firme então o que foi prometido também o é. Os em Cristo têm muito para se confortarem com respeito ao efeito prático da Salvação. A aliança pela graça que os inclui, e, assegurada pela obra expiatória de Cristo é tão firme quanto o 171 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo propósito eterno de Deus. Mas saiba disso, somente os crentes em Cristo podem ter essa certeza e descanso de alma. Todos que se arrependem e crêem em Cristo estão seguros, mas qualquer fora de Cristo é condenado para receber o justo juízo dos seus pecados. Isso também faz parte do decreto eterno (1Jo 5:12 “Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.”). Se você é um pecador oprimido pelo seu pecado, venha a confiar em Cristo já! É promessa de Deus que todos que venham a Cristo, terão Salvação. Estes serão preservados para todo o sempre. A base dessa preservação é o propósito eterno de Deus revelado pela Palavra de Deus. Resumindo, o Cristão é reconhecido no mundo pela sua perseverança na fé. Porém a sua perseverança desejada é somente conseguida pela obra de Deus preservando-o. O Cristão deseja perseverar. O Cristão se esforça em perseverar, mas a capacidade de cumprir esse desejo e responsabilidade vem do próprio Deus (Fp 2:13 “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”; 2Co 3:4-6 “4 E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus; 5 não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus, 6 o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.”). 11. Um Resumo da Doutrina da Salvação Hb 10:5-7 “5 Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste; 6 não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado. 7 Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade.” O Velho Testamento fala tanto da Salvação por Jesus Cristo quanto fala o Novo Testamento. O que o Velho Testamento revela por símbolos, tipos, enigmas e mistérios, o Novo Testamento revela abertamente. Entendemos melhor os ensinos do Novo Testamento se consideramos as profecias e mistérios do Velho Testamento. Entendemos melhor os mistérios do Velho Testamento se consideramos os ensinos do Novo Testamento. O que sobreveio como figuras no Velho Testamento foi escrito para nosso aviso (1Co 10:11 “Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado.”) e para nosso ensino (Rm 15:4 “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.”). Fazemos bem quando tomamos as Escrituras do Velho Testamento e do Novo Testamento como todos proveitosos para fazer-nos perfeitos e perfeitamente instruídos para toda a boa obra (2Tm 3:15-17 “15 e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. 16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”). Por Deus ser imutável (Ml 3:6 “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.”; Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”), e por Ele ter somente um eterno propósito em Cristo Jesus (Ef 3:11 “segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor,”), convém examinar todas as Escrituras para sermos instruídos bem nesta doutrina gloriosa da Salvação. Pelo Espírito de Cristo estar nos profetas (1Pe 1:10-12 “10 Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada, 11 investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam. 12 A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar.”; Ap 19:10 “Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da 172 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo profecia.”), o que foi escrito, mesmo desde o princípio, no Velho Testamento, fala da obra expiatória de Cristo (Hb 10:5-7 “5 Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste; 6 não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado. 7 Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade.”). Para resumir muitos aspectos da Salvação vistos claramente no Novo Testamento, o Velho Testamento pode ser bem útil. O caso do arco de Noé, com a sua pregação a todos por mais de que cem anos, a exclusividade da graça de Deus sobre a família de Noé, a preservação e perseverança destes até a obtenção da terra nova, pode ser mencionado para resumir essa doutrina de Salvação. Pode ser considerado também o tabernáculo com as suas ofertas, sacerdócio, tipos como claras apresentações de todos os aspectos de Salvação. O tempo esgotará se mencionamos também as vidas de Abraão, José, filho de Jacó, Josué, Rute e Ester, pois essas vidas manifestam claramente a graça e misericórdia de Deus no assunto de soteriologia. Não correremos para todos esses casos, mas queremos estudar um único caso do Velho Testamento e assim fazendo, com as bênçãos de Deus, entenderemos melhor esse assunto importante. Queremos observar o tratamento do rei Davi para com o Mefibosete (2Sm 9:1-13 “1 Disse Davi: Resta ainda, porventura, alguém da casa de Saul, para que use eu de bondade para com ele, por amor de Jônatas? 2 Havia um servo na casa de Saul cujo nome era Ziba; chamaram-no que viesse a Davi. Perguntou-lhe o rei: És tu Ziba? Respondeu: Eu mesmo, teu servo. 3 Disse-lhe o rei: Não há ainda alguém da casa de Saul para que use eu da bondade de Deus para com ele? Então, Ziba respondeu ao rei: Ainda há um filho de Jônatas, aleijado de ambos os pés. 4 E onde está? Perguntou-lhe o rei. Ziba lhe respondeu: Está na casa de Maquir, filho de Amiel, em Lo-Debar. 5 Então, mandou o rei Davi trazê-lo de Lo-Debar, da casa de Maquir, filho de Amiel. 6 Vindo Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, a Davi, inclinou-se, prostrando-se com o rosto em terra. Disse-lhe Davi: Mefibosete! Ele disse: Eis aqui teu servo! 7 Então, lhe disse Davi: Não temas, porque usarei de bondade para contigo, por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu comerás pão sempre à minha mesa. 8 Então, se inclinou e disse: Quem é teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu? 9 Chamou Davi a Ziba, servo de Saul, e lhe disse: Tudo o que pertencia a Saul e toda a sua casa dei ao filho de teu senhor. 10 Trabalhar-lhe-ás, pois, a terra, tu, e teus filhos, e teus servos, e recolherás os frutos, para que a casa de teu senhor tenha pão que coma; porém Mefibosete, filho de teu senhor, comerá pão sempre à minha mesa. Tinha Ziba quinze filhos e vinte servos. 11 Disse Ziba ao rei: Segundo tudo quanto meu senhor, o rei, manda a seu servo, assim o fará. Comeu, pois, Mefibosete à mesa de Davi, como um dos filhos do rei. 12 Tinha Mefibosete um filho pequeno, cujo nome era Mica. Todos quantos moravam em casa de Ziba eram servos de Mefibosete. 13 Morava Mefibosete em Jerusalém, porquanto comia sempre à mesa do rei. Ele era coxo de ambos os pés.”). O designo da restauração de Mefibosete foi a glória do rei. O caso Bíblico da restauração de Mefibosete trouxe um incapaz e desprezível à mesa do rei, uma ação que redundou para a glória da graça do rei. Assim entendemos o designo da Salvação é trazer um morto em pecados e ofensas à gloriosa luz da presença de Deus para a Sua glória (Rm 11:36 “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”; Ef 1:6 “para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado,”). A causa da restauração de Mefibosete foi o desejo, o poder e a graça do rei. A procura da descendência da casa de Saul foi iniciada pelo rei (v. 1). O rei quis buscar o Mefibosete. Nisso entendemos que a Salvação é operada pelo seu beneplácito, ou seja, o bom prazer da Sua vontade (Ef 1:11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,”). O rei podia deixar de procurar este aleijado tão facilmente que podia o procurar. Ninguém e nada o forçaram a fazer isso como também ninguém o impediu. Isso mostra a soberania de Deus na Salvação (Sl 135:6 “Tudo quanto aprouve ao SENHOR, ele o fez, nos céus e na terra, no mar e em todos os abismos.”; Dn 4:35 “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que 173 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo fazes?”; Rm 9:15,16,21 “15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia. 21 Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?”). Graças à boa vontade e soberania do rei, o Mefibosete foi restaurado. Graças à boa vontade e soberania de Deus, pecadores hoje são Salvos (Ef 1:11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,”). O necessitado da restauração foi Mefibosete. O nome Mefibosete significa coisa vergonhosa (Leaves, Worms, Butterflies & T.U.L.I.P.S., p. 150). O nome do lugar que ele morava era LoDebar, um nome que significa sem pastagem (Leaves ..., p.152). Mefibosete é descrito como aleijado de "ambos os pés" (v. 3,13) e um "cão morto" (v. 8). Este homem buscado pelo rei não tinha nada glorioso para merecer a atenção do rei. Ele era descendência do inimigo do rei, aleijado e desprezível. Externamente, ele era incapaz de viver uma vida real (aleijado de "ambos os pés"), e, internamente, ele reconhecia que não merecia nenhuma bondade do rei ("cão morto"). Tudo isso retrata a posição do pecador que Deus busca. O pecador é descendência do primeiro Adão, e inimigo (Rm 5:12 “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”; Rm 8:6-8 “6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”) como também é terrivelmente aleijado espiritualmente (Rm 5:6,8 “6 Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. 8 Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”; Ef 2:1 “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,”). Além disso, o pecador habita contentemente nas trevas (Jo 3:19 “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.”) onde a morte reina (Rm 6:23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”) não merecendo nada senão a justa condenação de Deus. Se o rei Davi não buscasse em graça e misericórdia, Mefibosete não teria sido restaurado. Assim é a condição do pecador hoje (Rm 3:10-18 “10 como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17 desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.”; Rm 5:12 “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”). Sem Deus buscar em graça e amor, nenhum pecador será Salvo (Rm 5:8 “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”; Ef 2:8,9 “8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”). Como o Mefibosete era um aleijado (incapaz), morador de Lo-Debar (lugar sem pastagem) e reconhecia seu estado de baixeza ao ser trazido na presença do Rei (2Sm 9:6 “Vindo Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, a Davi, inclinou-se, prostrando-se com o rosto em terra. Disse-lhe Davi: Mefibosete! Ele disse: Eis aqui teu servo!”), assim o pecador é incapaz (Rm 8:6-8 “6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”), morto em pecado (longe da santidade de Deus, Rm 3:23 “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,”), e reconhece o seu estado de baixeza quando é trazido na presença do Deus "Senhor, que queres que faça?" (At 9:6 “mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer.”,; At 16:29-31 “29 Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. 30 Depois, trazendo-os para fora, disse: Senhores, 174 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo que devo fazer para que seja salvo? 31 Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.”; At 17:30 “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam;”). Notamos que a incapacidade de Mefibosete, mesmo sendo total, pois era aleijado de ambos os pés, não o impediu do poder de escolha. Ele era livre a escolher segundo a sua capacidade. Todavia notamos também o fato que a sua livre escolha não o capacitou a andar. Assim entendemos que o pecador, mesmo sendo um agente livre e com poder de livre escolha, não tem por isso, a capacidade de fazer nada agradável a Deus (Rm 8:6-8 “6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”). O poder de livre escolha não sobrepuja a natureza pecaminosa do homem. Notamos também que a incapacidade de Mefibosete não o fez menos responsável de vir ao rei quando o rei o buscou. Mefibosete era inteiramente responsável de usar todos os meios possíveis para obedecer ao desejo do rei Davi. De maneira nenhuma Mefibosete devia usar a sua incapacidade como uma desculpa de continuar longe do rei. Contrariamente, a sua incapacidade devia fazê-lo clamar pela misericórdia do rei para tê-lo em misericórdia e em capacitá-lo a obedecer. Nisso entendemos a responsabilidade de todo o pecador de se arrepender e crer em Cristo Jesus (At 17:30 “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam;”) apesar da sua triste incapacidade. Entendemos, diante da incapacidade de Mefibosete e da soberania de Deus, que o rei Davi fez uma escolha sem depender das condições do escolhido nem considerar o que este pensava do assunto. Essa escolha do rei Davi foi pessoal e individual (v. 5, "mandou o rei Davi, e o tomou da casa de Maquir, filho de Amei, de Lo-Debar.") e particular e preferencial. A escolha do rei foi dirigida somente para com Mefibosete (v. 5) e não para qualquer outro aleijado na cidade. Essa escolha do rei para com Mefibosete foi primeira e antes de mencionar qualquer desejo ou ação de Mefibosete (v. 1-3). Assim também é a eleição. É pessoal e individual (Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”; Rm 9:11-13 “11 E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), 12 já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. 13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.”; Gl 1:15 “Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve”), particular e preferencial e antes de qualquer desejo do homem para com Deus (Jo 1:13 “os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”; Rm 9:15,16 “15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.” "Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois isso não depende do que quer, nem de que corre, mas de Deus, que se compadece."). O preço pago para a restauração de Mefibosete foi totalmente pago pelo rei Davi (v. 3-5). Assim também o preço da Salvação é pago por Deus. A Salvação das nossas almas requer a obediência de um justo no nosso lugar e este Justo foi dado pelo Pai (Is 9:6 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;”; Is 53:4-6 “4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.”). Cristo é este Justo no lugar dos injustos (1Pe 3:18 “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito,”; Rm 5:8 “Mas 175 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”). O que foi pago pelo rei Davi para trazer Mefibosete foi expendido não para trazer todos os aleijados à casa real, mas somente aquele que foi incluso na sua aliança. São estes também pelos quais Cristo morreu (Mt 1:21 “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.”; Jo 10:11,14-16 “11 Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. 14 Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, 15 assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. 16 Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor.”; Is 53:4-6,8 “4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. 8 Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido.”), estes que são chamados, justificados e glorificados "segundo o seu propósito" (Rm 8:28-30 “28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”,). A base desta escolha foi o amor e fidelidade de Davi à aliança que ele fizera com Jônatas (v. 1,7, "por amor de Jônatas"). Essa aliança foi feita entre Davi e Jônatas antes mesmo que Mefibosete foi nascido (1Sm 20:14-17,23,42 “14 Se eu, então, ainda viver, porventura, não usarás para comigo da bondade do SENHOR, para que não morra? 15 Nem tampouco cortarás jamais da minha casa a tua bondade; nem ainda quando o SENHOR desarraigar da terra todos os inimigos de Davi. 16 Assim, fez Jônatas aliança com a casa de Davi, dizendo: Vingue o SENHOR os inimigos de Davi. 17 Jônatas fez jurar a Davi de novo, pelo amor que este lhe tinha, porque Jônatas o amava com todo o amor da sua alma. 23 Quanto àquilo de que eu e tu falamos, eis que o SENHOR está entre mim e ti, para sempre. 42 Disse Jônatas a Davi: Vai-te em paz, porquanto juramos ambos em nome do SENHOR, dizendo: O SENHOR seja para sempre entre mim e ti e entre a minha descendência e a tua. (20-43) Então, se levantou Davi e se foi; e Jônatas entrou na cidade.”). Esse acontecimento representa a fidelidade de Deus à Sua aliança feita em amor com Cristo antes da fundação do mundo (Hb 10:5-7 “5 Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste; 6 não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado. 7 Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade.”; Ef 1:3-6 “3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, 4 assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor 5 nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, 6 para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado,”) para com todos o que o Pai tem dado ao Filho (Jr 31:3,31-33 “3 De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí. 31 Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. 32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. 33 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”; Jo 6:37 “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.”; Jo 17:9 “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus;”). 176 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo O efeito do preço pago é entendido, pois o preço pago pela restauração de Mefibosete eficazmente cumpriu o desejo do rei Davi. É observado que ele verdadeiramente "veio a Davi" (v. 6). Depois disto, foi posto em lugares abençoados (v. 9-11). Todos pelos quais Cristo morreu, virão a Ele (Jo 6:37 “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.”; Jo 10:27 “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.”; 2Pe 3:9 “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.”). É edificante notar o fato quando Mefibosete veio à presença do rei ele disse: "Eis aqui teu servo" (v. 6). Assim, ele mostrou seu reconhecimento da senhoria do rei sobre a sua vida. Assim entendemos que todos os Seus que venham a se arrepender, reconhecem a Sua senhoria sobre as suas vidas (Rm 8:15 “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”; 1Co 1:1,2 “1 Paulo, chamado pela vontade de Deus para ser apóstolo de Jesus Cristo, e o irmão Sóstenes, 2 à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:,”). Os meios da chamada de Mefibosete para a restauração exemplificam os meios que Deus emprega para chamar os Seus hoje. O Ziba, como servo do rei, representa todos esses meios. O Ziba representa o Espírito Santo e os pregadores da Palavra de Deus. O Ziba foi enviado a dar a mensagem do rei Davi ao Mefibosete. Nisso entendemos que é o Espírito Santo que ilumina, desperta, convence e regenera o pecador (Jo 16:7-13 “7 Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. 8 Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: 9 do pecado, porque não crêem em mim; 10 da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; 11 do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado. 12 Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; 13 quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.”). O Espírito Santo faz essa obra magnificente pela Palavra de Deus sendo ministrada por seus servos (Rm 1:16 “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;”; Rm 10:14,15 “14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!”). Essas duas representações dadas ao Ziba mostram a realidade que existe tanto a chamada interna quanto a chamada externa para trazer os pecadores à obediência e santificação (Gl 1:15 “Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça, aprouve”; 2Ts 2:14 “para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.”). Na hora certa, a vontade do rei Davi, a obra do servo Ziba e a responsabilidade de Mefibosete, fizeram que a restauração desejada viesse a ser efetuada. A escolha do rei Davi não era a restauração, mas ‘para ela’. Assim também a eleição não é a própria Salvação, mas "para a Salvação" (2Ts 2:13 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,”). O envio de Ziba não era a restauração, mas um meio eficaz a ela. A restauração foi manifesta quando Mefibosete veio ao rei Davi em obediência. Isso mostra que a eleição ou a predestinação não é a Salvação nem unicamente a obra do Espírito Santo pela Palavra de Deus pregada, mas tudo junto operando pela fé, o dom de Deus para o pecador, efetua um fim glorioso: a Salvação do pecador (Jo 14:6 “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”; 2Ts 2:13,14 “13 Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, 14 para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.”). Notamos que a restauração de Mefibosete na casa do rei Davi não eliminou a sua invalidez física 177 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo (v. 13). Na mesma maneira a Salvação também não elimina a natureza pecaminosa da nossa carne antes que morramos (Rm 7:21-24 “21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos 7:21-24 RA). Todavia, a restauração de Mefibosete deu a ele uma vida completamente nova que ele humildemente viveu na presença do rei Davi. Isso representa a Salvação nos dando uma nova natureza que faz tudo "novo" (2Co 5:17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”; Cl 3:10,11 “10 e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; 11 no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos.”), uma vida vivida em constante arrependimento e fé (Cl 2:6 “Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele,”; Hb 11:6 “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.”), uma natureza nova que nos traz mais e mais na imagem de Cristo que a criou (Cl 3:10 “10 e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;”). Consideramos outra vez como a restauração de trouxe Mefibosete representa tanto a realização da Salvação quanto os efeitos práticos da Salvação: 1 - Mefibosete foi dada uma disposição nova que causou ele a não mais querer fugir (2Sm 4:4 “Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado dos pés. Era da idade de cinco anos quando de Jezreel chegaram as notícias da morte de Saul e de Jônatas; então, sua ama o tomou e fugiu; sucedeu que, apressando-se ela a fugir, ele caiu e ficou manco. Seu nome era Mefibosete.”) e o motivou a desejar ser submisso à palavra do rei. Essa disposição nova é uma representação de regeneração. Essa obra divina dá um novo coração aos que são buscados por Deus, e faz que entendam as coisas espirituais (1Co 2:14,15 “14 Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. 15 Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém.”). Ela capacita os escolhidos a crer na Palavra do Senhor e vir em obediência a Jesus Cristo (Tt 3:5 “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,”; 2Ts 2:13 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,”; Jo 15:3,5, "Sem Mim nada podeis fazer"; Ef 2:8,9 “8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”, "Porque pela graça sois Salvos ..."). 2 - A operação do rei para com Mefibosete trouxe uma conversão nítida na vida de Mefibosete (v. 8,11). Essa mudança é uma representação da conversão na vida do Salvo. Essas mudanças radicais manifestam-se inicialmente na hora da Salvação no arrependimento do pecado e a fé no Senhor Jesus Cristo (2Co 5:17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”). Depois da Salvação são manifestas por uma vida que continua não desejando voltar à vida velha (Cl 2:6 “Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele,”; Rm 7:24 “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”; Gl 2:20 “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”). 3 - A restauração trouxe Mefibosete a ser posto na casa do rei Davi (v. 11). Essa verdade representa a justificação. Na justificação o pecador é feito justo e é posto diante de Deus com plena aceitação (Rm 5:1 “1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”; Rm 8:11 “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”). 4 - A restauração trouxe Mefibosete a ser posto como filho amado do rei (v. 11, "comerá à minha 178 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo mesa como um dos filhos do rei"). Isso representa a verdade de adoção. A Salvação traz os justificados à relação amorosa e posição privilegiada de filhos de Deus (Gl 4:6 “E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!”. 1Jo 3:1,2 “1 Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. 2 Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”; Rm 8:16,17 “16 O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17 Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coherdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”). 5 - A restauração trouxe Mefibosete a viver bem diferente daquela vida que ele antes vivia no LoDebar (no lugar sem pastagem), para viver na cidade de Jerusalém (cidade de paz). Isso representa a santificação. A Salvação santifica os em Cristo tanto diante de Deus quanto diante dos homens (Pv 4:18 “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.”; 1Co 1:1 “Paulo, chamado pela vontade de Deus para ser apóstolo de Jesus Cristo, e o irmão Sóstenes,”; 2Co 6:14 “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?”). 6 - A restauração trouxe Mefibosete a uma eterna posição diante do rei (v. 13, "sempre"). Isso representa a glorificação. Todos os adotados viverão para sempre na presença do seu Deus e Salvador (1Ts 4:17 “depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.”). 7 - A restauração fez que Mefibosete "sempre comia à mesa do rei" (v. 12). Nisso entendemos não somente a provisão do rei em sustentar o Mefibosete (preservar ele), mas também a responsabilidade de Mefibosete a estar à mesa do rei e a comer (sua perseverança). Isso representa a preservação divina para com os Seus Salvos, pois Deus sustenta e guarda os seus (Jd 24, “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória,”). Também representa a perseverança dos Salvos para com o Salvador, pois os Salvos procuram ser apresentados ao Salvador irrepreensíveis (1Jo 3:3, “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.”). Assim temos um resumo da obra da Salvação. Espero que sejamos abençoados a entendermos como no "princípio do livro está escrito" de Cristo (Hb 10:5-7 “5 Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste; 6 não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado. 7 Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade.” ). Pelo Velho Testamento, essa passagem aparentemente obscura e somente histórica, exemplifica aberta e gloriosamente as grandezas da Salvação quando vista pela lupa das doutrinas claramente ensinadas no Novo Testamento. São as doutrinas explicadas no Novo Testamento que nos revela como Cristo e a Sua obra da Salvação é presente no Velho Testamento. Que Deus abra os nossos olhos a regozijarmos na presença de Cristo em cada página da Palavra de Deus. Conclusão Espero e oro que as verdades deste Maravilhoso assunto, com as bênçãos de Deus tragam os pecadores ao Salvador, confirmem os ânimos dos Salvos e glorifiquem o Senhor Deus Pai das luzes de Quem vem toda e boa dádiva e dom perfeito (Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”). Se você se considera um "cão morto" e está ouvindo a voz do Salvador, venha hoje mesmo a Ele para a Salvação da sua alma. Venha se arrependendo do pecado crendo pela fé nas revelações 179 www.ipbgrajau.org.br Igreja Presbiteriana do Grajaú Estudos Bíblicos O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II Operações especiais do Espírito Santo divinas do Filho de Deus, Jesus Cristo. Se você já foi posto na mesa do rei, vive humildemente ao serviço dele crescentemente para a Sua glória. Alterado e corrigido 180 www.ipbgrajau.org.br