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O Conheccimento do Deus Conso
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Estudos Bíblicos
O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II
Operações especiais do Espírito Santo
O CONHECIMENTO DO DEUS CONSOLADOR
SEGUNDA PARTE
OPERAÇÕES ESPECIAIS DO ESPÍRITO SANTO
1. INTRODUÇÃO
Na primeira parte do estudo sobre o Deus Consolador estudamos a pessoa do Espírito Santo e
suas operações gerais Nesta segunda parte estudaremos as operações especiais e o
relacionamento com os assuntos anteriormente abordados nos estudos do Deus Criador e do Deus
Redentor. Este relacionamento encontra-se no estudo da Salvação ou Soteriologia que é o termo
teológico do estudo da Salvação.
Relacionamento entre soteriologia e os assuntos anteriormente estudados.
A soteriologia trata da comunicação das bênçãos da salvação ao pecador e seu restabelecimento
ao favor divino e à vida de íntima comunhão com Deus. Essa doutrina pressupõe conhecimento de
Deus como a fonte da vida, do poder e da felicidade da humanidade, e da completa dependência
em que o homem tem de Deus, para o presente e para o futuro. Visto tratar da salvação do
pecador considerada totalmente como obra de Deus, conhecida dele desde a eternidade,
naturalmente ela transporta os nossos pensamentos retroativamente para o eterno conselho de
paz e para a aliança da graça, em que foi feita a provisão para a redenção do homem decaído. A
soteriologia parte da pressuposição da obra consumada de Cristo como Mediador da redenção. Há
a mais íntima relação possível entre a Cristologia e a Soterologia. Alguns teólogos tratam de
ambas sob o título comum de “Soterologia”. Neste caso a Cristologia se torna Soteriologia
objetiva, distinguindo-se da soteriologia subjetiva.
A doutrina da salvação, na maioria das igrejas e centros de crença existentes hoje, é nebulosa ou,
nos casos piores, contraditória. A confusão que existe sobre esta doutrina é tremenda. Tal
confusão pode vir por ela tratar muitos tópicos em uma ordem que às vezes é difícil de seguir.
Mesmo que o assunto contenha aspetos que são impossíveis de entender por completo, convém
um estudo sobre este vasto assunto que quase todos os livros da Bíblia tratam. Como já vimos o
termo teológico deste assunto é soteriologia. Essa doutrina está interligada à doutrina de Deus, à
doutrina cristã do homem, à doutrina da pessoa da obra de Cristo e à doutrina da pessoa e da
obra do Espírito, abrangendo as doutrinas da reprovação, da eleição, a providência, a regeneração,
a conversão, a justificação e a santificação entre outras. Também envolve a necessidade de
pregação, de arrependimento e de fé. Inclui até as boas obras e a perseverança dos santos. A
salvação não é uma doutrina fácil de ser entendida pelo homem. É uma atividade divina em que
participam as três pessoas da trindade agindo no homem. Por ela tratar da obra de Deus que
resulta no eterno bem do homem para a glória de Deus somos incentivados a avançar neste
assunto com temor e oração para entendê-la na forma que é do agrado de Deus.
Que Deus nos guie com entendimento espiritual pelas maravilhas da Sua Palavra no decorrer deste
estudo e que Deus nos traga à convicção verdadeira, e, pela Palavra de Deus, nos dê um
conhecimento individual de Jesus Cristo (Ef 1.17-23 “para que o Deus de nosso Senhor Jesus
Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno
conhecimento dele, 18 iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a
esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos 19 e
qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da
força do seu poder; 20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e
fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, 21 acima de todo principado, e
potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente
século, mas também no vindouro. 22 E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o
cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja 23 a qual é o seu corpo, a plenitude daquele
que a tudo enche em todas as coisas.”).
2. O PROPÓSITO DA SALVAÇÃO
Deus deseja receber toda a glória de tudo que Ele faz desde a eternidade passada até a eternidade
futura (Êx 34:14 “porque não adorarás outro deus; pois o nome do SENHOR é Zeloso;
sim, Deus zeloso é ele”; Is 42.8 “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória,
pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.”; Is 48.11 “Por
amor de mim, por amor de mim, é que faço isto; porque como seria profanado o meu
nome? A minha glória, não a dou a outrem.”; Rm 11:36 “Porque dele, e por meio dele, e
para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”; 1Cor 10:31
“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a
glória de Deus.”).
Na realidade a ninguém, senão ao Deus o Todo Poderoso, é devido toda a glória nos céus e na
terra. A glória de Deus é a prática dos seres celestiais ontem, hoje e para todo o sempre (Sl
103.20 "Bendizei ao SENHOR, todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais
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as suas ordens e lhe obedeceis à palavra.”; Is 6.1-3“No ano da morte do rei Uzias, eu vi
o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o
templo. 2 Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o
rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. 3 E clamavam uns para os outros,
dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua
glória.”) (Ap 4:11 “Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o
poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir
e foram criadas.”; Ap 5.12 “proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi
morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.”).
Essa glória não vem de uma necessidade de Deus, pois Ele não necessita de nenhuma coisa (At
17:25 “Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele
mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais”); mas é simplesmente um desejo e
direito particular (I Co 1:26-31 “Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não
foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de
nobre nascimento; 27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para
envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as
fortes; 28 e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas
que não são, para reduzir a nada as que são; 29 a fim de que ninguém se vanglorie na
presença de Deus. 30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte
de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, 31 para que, como está escrito:
Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.”; Ef 2:8-10 “Porque pela graça sois salvos,
mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém
se glorie. 10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais
Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”).
A obediência é abençoada gloriosamente, pois ela glorifica Deus (Rm 4.20-21 “não duvidou, por
incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus, 21
estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera.”).
A obediência desejada por Deus é determinada tanto antes do pecado original (Gn 2:16-17 “E o
SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, 17
mas, da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que
dela comeres, certamente morrerás.”) quanto depois (Dt 10:12-13 “Agora, pois, ó Israel,
que é que o SENHOR requer de ti? Não é que temas o SENHOR, teu Deus, e andes em
todos os seus caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração
e de toda a tua alma, 13 para guardares os mandamentos do SENHOR e os seus
estatutos que hoje te ordeno, para o teu bem?”). Deus é glorificado pela obediência à Sua
Palavra. É dever de todo o homem observar a obediência, contínua, à palavra de Deus (Ec 12:13
“De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos;
porque isto é o dever de todo homem.”).
A desobediência à lei de Deus é pecado, e é o que provoca a separação eterna da presença de
Deus (1 Jo 3:4 “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o
pecado é a transgressão da lei.”; 1 Jo 5.17 “Toda injustiça é pecado, e há pecado não
para morte.”); (Gn 2.17 “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás;
porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”; Rm 6.23 “porque o salário
do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso
Senhor.”).
O pecado é uma abominação tamanha justamente por não intentar dar glória a Deus (Nm 20.1213 “Mas o SENHOR disse a Moisés e a Arão: Visto que não crestes em mim, para me
santificardes diante dos filhos de Israel, por isso, não fareis entrar este povo na terra
que lhe dei. 13 São estas as águas de Meribá, porque os filhos de Israel contenderam
com o SENHOR; e o SENHOR se santificou neles.”; Nm 27.14 “porquanto, no deserto de
Zim, na contenda da congregação, fostes rebeldes ao meu mandado de me santificar nas
águas diante dos seus olhos. São estas as águas de Meribá de Cades, no deserto de
Zim.”; Dt 32.51” porquanto prevaricastes contra mim no meio dos filhos de Israel, nas
águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim, pois me não santificastes no meio dos
filhos de Israel.”). O pecado é iniqüidade a Deus, e de nenhum modo glorioso.
Deus requer uma obediência explícita desde o começo da Sua operação com os homens. Essa
obediência desejada tem o fim de O glorificar. A maldição no jardim do Éden foi declarada por
causa do homem não colocar o desejo de Deus em primeiro lugar (Gn 2:17 “mas da árvore do
conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres,
certamente morrerás.”); (Gn 3:6 “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer,
agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e
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comeu e deu também ao marido, e ele comeu.”); (Gn 3:14-19 “Então, o SENHOR Deus
disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e
o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos
os dias da tua vida. 15 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o
seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. 16 E à mulher
disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à
luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará. 17 E a Adão disse:
Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não
comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante
os dias de tua vida. 18 Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do
campo. 19 No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste
formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.”);(Gn 3:22-24 “Então, disse o SENHOR Deus:
Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que
não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. 23 O
SENHOR Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que
fora tomado. 24 E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e
o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida.”);
A destruição da terra pela água nos dias de Noé foi anunciada sobre todos os homens por eles
servirem a carne e, nisso, não glorificaram a Deus (Gn 6.5-7 “Viu o SENHOR que a maldade do
homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do
seu coração; 6 então, se arrependeu o SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe
pesou no coração. 7 Disse o SENHOR: Farei desaparecer da face da terra o homem que
criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os
haver feito.”) (Mt 24:38 “Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e
bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,”). A
história bíblica mostra o povo de Deus sendo castigado repetidas vezes, um castigo que continua
até hoje, por uma razão maior: adorar outros deuses (Jr 44:1-10 “Palavra que veio a
Jeremias, acerca de todos os judeus moradores da terra do Egito, em Migdol, em Tafnes,
em Mênfis e na terra de Patros, dizendo: 2 Assim diz o SENHOR dos Exércitos, Deus de
Israel: Vistes todo o mal que fiz cair sobre Jerusalém e sobre todas as cidades de Judá; e
eis que hoje são elas uma desolação, e ninguém habita nelas, 3 por causa da maldade
que fizeram, para me irarem, indo queimar incenso e servir a outros deuses que eles
nunca conheceram, eles, vós e vossos pais 4 Todavia, começando eu de madrugada,
lhes enviei os meus servos, os profetas, para lhes dizer: Não façais esta coisa
abominável que aborreço. 5 Mas eles não obedeceram, nem inclinaram os ouvidos para
se converterem da sua maldade, para não queimarem incenso a outros deuses. 6
Derramou-se, pois, a minha indignação e a minha ira, acenderam-se nas cidades de Judá
e nas ruas de Jerusalém, que se tornaram em deserto e em assolação, como hoje se vê.
7 Agora, pois, assim diz o SENHOR, Deus dos Exércitos, o Deus de Israel: Por que fazeis
vós tão grande mal contra vós mesmos, eliminando homens e mulheres, crianças e
aqueles que mamam do meio de Judá, a fim de que não vos fique resto algum? 8 Por que
me irritais com as obras de vossas mãos, queimando incenso a outros deuses na terra do
Egito, aonde viestes para morar, para que a vós mesmos vos elimineis e para que vos
torneis objeto de desprezo e de opróbrio entre todas as nações da terra? 9 Esquecestes
já as maldades de vossos pais, as maldades dos reis de Judá, as maldades das suas
mulheres, as vossas maldades e as maldades das vossas mulheres, maldades cometidas
na terra de Judá e nas ruas de Jerusalém? 10 Não se humilharam até ao dia de hoje, não
temeram, não andaram na minha lei nem nos meus estatutos, que pus diante de vós e
diante de vossos paIs”).
A condição natural do homem é abominável diante de Deus justamente por ele não ter o temor de
Deus diante de seus olhos (Rm 3:18 “Não há temor de Deus diante de seus olhos.”). A
condenação final do homem ímpio será simplesmente por causa do homem não ter Deus nas suas
cogitações (Sl 10:4 “O perverso, na sua soberba, não investiga; que não há Deus são
todas as suas cogitações.”), desprezar toda a Sua repreensão (Pv 1:30 “não quiseram o
meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão.”) e por não se arrepender para dar
glória a Deus (Ap 16:9 “Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor, e
blasfemaram o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se
arrependeram para lhe darem glória.”). Foi dado outro tanto de tormento e pranto à Babilônia
por causas de glorificar a si mesma (Ap 18:7 “O quanto a si mesma se glorificou e viveu em
luxúria, dai-lhe em igual medida tormento e pranto, porque diz consigo mesma: Estou
sentada como rainha. Viúva, não sou. Pranto, nunca hei de ver!”). Deus nunca
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dará a glória devida a Ele a outro (Is 42:8 “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha
glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.”). Ao
Deus da glória (At 7:2 “Estêvão respondeu: Varões irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória
apareceu a Abraão, nosso pai, quando estava na Mesopotâmia, antes de habitar em
Harã,”), o Pai da glória (Ef 1:17 “para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da
glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele,”) é
devida toda a glória para todo o sempre (Fp 4:20 “Ora, a nosso Deus e Pai seja a glória pelos
séculos dos séculos. Amém!”); (1 Tm 1:17 “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus
único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!”).
Quando chegamos ao assunto da salvação não podemos modificar o desígnio eterno de Deus. Na
doutrina da salvação Deus não está procurando dar uma glória ao homem. O fato de a salvação
tratar dos seres humanos e o estado eterno deles, não significa que Deus não deseja receber a
glória deste tratamento.
A salvação tem o propósito de glorificar eternamente a Deus, e, essa glória na salvação, é por
meio de Jesus Cristo para todo o sempre (Rm 16:27 “ao Deus único e sábio seja dada glória,
por meio de Jesus Cristo, pelos séculos dos séculos. Amém!”); (2 Co 4:6 “Porque Deus,
que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.”); (1 Pe 5.10
“Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois de
terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e
fundamentar.”).
No decorrer deste estudo entenderemos melhor como cada fase da salvação exalta Cristo desde a
eleição que foi feita em Cristo antes da fundação do mundo (Ef 1.3-4 “Bendito o Deus e Pai de
nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual
nas regiões celestiais em Cristo, 4 assim como nos escolheu nele antes da fundação do
mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor”) até a santificação
que leva os eleitos a serem semelhantes a Cristo (1 Jo 3:2 “Amados, agora, somos filhos de
Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se
manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”). Cristo
é a semente incorruptível pela qual os salvos são gerados de novo (1Pedro 1.23-25 “pois fostes
regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de
Deus, a qual vive e é permanente. 24 Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória,
como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua flor; 25 a palavra do Senhor, porém,
permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que vos foi evangelizada.”). Cristo é o
caminho sem o qual ninguém vai a Deus (Jo 14.6 “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e
a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”). Cristo é a verdade no qual o
pecador deve crer para ser salvo (Jo 3.35-36 “O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem
confiado às suas mãos. 36 Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia,
se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de
Deus.”). É a imagem de Cristo na qual os salvos são transformados (Rm 8:29 “Porquanto aos
que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de
seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”) e por Cristo os salvos
são conservados (Jd 1.1 “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados,
amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo,”). Os frutos de justiça são por Jesus
Cristo, e, por isso, para a glória e louvor de Deus (Fp 1.11 “cheios do fruto de justiça, o qual é
mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.”). Não existe uma operação sequer na
salvação que não glorifique Deus pelo Filho unigênito. Não deve ser segredo, tanto na realização
da salvação quanto na condenação dos pecadores, Deus é, e sempre será, eternamente glorificado
por Cristo (Jo 5.23 “a fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai.
Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.”); (Jo 12.48 “Quem me rejeita e
não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho
proferido, essa o julgará no último dia.”); (2 Co 2.15-16 “Porque nós somos para com
Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. 16
Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida.
Quem, porém, é suficiente para estas coisas?”); (Fp 2.5-11 “Tende em vós o mesmo
sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6 pois ele, subsistindo em forma de
Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; 7 antes, a si mesmo se esvaziou,
assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em
figura humana, 8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte
de cruz. 9 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está
acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus,
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na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para
glória de Deus Pai.”).
Existem muitos erros nas crenças de muitas igrejas e de muitos crentes já neste ponto inicial
sobre o propósito da salvação. Muitos querem colocar as bênçãos que o homem recebe pela
salvação como sendo os objetivos divinos na salvação. Mesmo sendo verdade que a criação nova
feita na salvação é maior e mais gloriosa do que a primeira criação relatada em Gênesis; mesmo
sendo verdade que a salvação é o livramento de uma condenação horrível; mesmo sendo verdade
que pela obra de Cristo na salvação Satanás é vencido e que pela salvação moradas celestiais
estão sendo feitas no céu, todas estas verdades são resultados da salvação e não as causas dela.
Muitos confundem o eterno lar, o fruto do Espírito Santo, a vida cristã diante do mundo ou a igreja
cheia de alegria como os desígnios da salvação. Mas, o estado final da salvação não deve ser
confundido com o objetivo dela, nem os efeitos com as causas. Deus não tem propósito de dar a
sua glória a outro, inanimado, animado ou mesmo um salvo, mas, somente a Ele (Is 42.8 “Eu
sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a
minha honra, às imagens de escultura.”). Como em tudo que Deus faz, a salvação centra em
Deus e em sua glória e não nos benefícios que o homem recebe. Os efeitos que a salvação
produz não são as causas da salvação ter sido programada por Deus.
Se, em nosso entendimento desta maravilhosa doutrina da salvação, a ênfase for colocada de
qualquer maneira nas bênçãos que o homem recebe e não na glória de Deus, o nosso
entendimento é falho neste respeito e devemos buscar as bênçãos de Deus para que Ele nos dê
discernimento para adorarmos a Ele como Ele deseja, em espírito e em verdade (Jo 4.24 “Deus é
espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.”).
3. A Causa da Salvação - Deus
(Ef 1.13 “em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho
da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da
promessa;”); (Ap 1;8 “Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e
que há de vir, o Todo-Poderoso.”).
A salvação começa com Deus, e isso, “antes da fundação do mundo” (Ef 1.3-4 “Bendito o Deus
e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção
espiritual nas regiões celestiais em Cristo, 4 assim como nos escolheu nele antes da
fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor”); (2
Ts 2:13 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo
Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação
do Espírito e fé na verdade. Por causa de não existir no princípio um homem sequer, junto com
a sua vontade, nem o ministério dos anjos ou a pregação da Palavra de Deus - a salvação
começou com o que era no princípio: Deus (Gn 1.1 “No princípio, criou Deus os céus e a
terra.”). Deus é o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim (Ap 1.8 “Eu sou o Alfa e Ômega, diz o
Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.”); (Ap 22.13 “Eu
sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim.”). Deus é a primeira causa
de tudo, um conceito reservado para o divino (Rm 11.36 “Porque dele, e por meio dele, e
para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”). Porque? “Ó Pai,
porque assim te aprouve.” (Lc 10.21 “Naquela hora, exultou Jesus no Espírito Santo e
exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas
aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do
teu agrado.”).
Entendendo a situação deplorável do homem (Gn 6.5 “Viu o SENHOR que a maldade do
homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do
seu coração;”);(Rm 3:10-18 “como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11 não há
quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram
inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta deles é sepulcro
aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, 14 a boca,
eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés velozes para derramar
sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17 desconheceram o caminho
da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.”) podemos entender que a fé em
Cristo é “obra de Deus” (Jo 6.29 “Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que
creiais naquele que por ele foi enviado.”). É necessário lembrar-nos que o assunto deste
estudo é a salvação e não a condenação. Os condenados pela justiça santa de Deus só podem
culpar a sua própria cegueira espiritual e o amor ao pecado. Nunca podem responsabilizar a Deus
pela condenação (Ec 7:29 “Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas
ele se meteu em muitas astúcias.”). Os salvos, de outra maneira, somente têm Deus
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para louvar pela salvação (2 Ts 2.13 “ Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por
vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a
salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,”).
3.1. O Bom Prazer da Sua Vontade Efés. 1:11
A vontade de Deus é a expressão do prazer de Deus. A vontade de Deus não pode ser diferente da
Sua natureza, portanto, ela é soberana (não influenciada pelas forças terceiras), santa (pura,
imaculada, inocente), poderosa (Ele pode desejar o que Ele deve) e imutável (nada pode
impedi-la ou mudá-la).
É a Sua vontade que motiva as Suas ações, faz todas as coisas, segundo o conselho da sua
vontade (Ef 1.11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados
segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua
vontade,”). Na esfera dos Deuses o verdadeiro Deus se destaca, pois, somente Ele faz tudo o
que lhe apraz (Sl 115.3 “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.”). O que
foi criado, na terra, nos mares e em todos os abismos, é atribuído a ser criado porque Deus quis,
tudo o que o SENHOR quis, fez (Sl 135.6 “Tudo quanto aprouve ao SENHOR, ele o fez,
nos céus e na terra, no mar e em todos os abismos.”). A eleição em Cristo que foi
programada antes da fundação do mundo e a predestinação para os Seus serem filhos de adoção
por Jesus Cristo são tidos como sendo segundo o beneplácito de Sua vontade (Ef 1.4-5
“assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis perante ele; e em amor 5 nos predestinou para ele, para a adoção de
filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,”); segundo o seu
próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes doa tempos dos séculos (2 Tm
1.9 “que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras,
mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus,
antes dos tempos eternos,”). Tudo o que é envolvido no assunto da salvação é segundo a Sua
vontade (Tg 1.18 “Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade,
para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.”). Deve ser notado que o amor e
a graça de Deus fazem parte de Deus e conseqüentemente a salvação, mas não serão tratados
como causas da salvação em particular, pois podem ser considerados melhor num estudo
detalhadamente sobre a própria vontade de Deus.
É lógico que a vontade de Deus seja uma causa da salvação, pois a vontade de Deus é uma parte
essencial da sua natureza expressando-a e sendo tudo que Deus é. "Falhamos em entender a
origem de qualquer coisa quando não voltamos à vontade soberana de Deus" (Pink, The
Atonement, p. 22). Se Deus é antes de todas as coisas (Cl 1.17 “Ele é antes de todas as
coisas. Nele, tudo subsiste.”), a sua vontade é também antes de tudo que existe e acontece.
Aquilo que sucede e é efetuado no mundo é o que o SENHOR dos Exércitos pensou e determinou
(Is 14.24 “Jurou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e,
como determinei, assim se efetuará.”). Muito além de a Sua vontade ser um tormento, é
confortadora. Deus fazendo as Suas obras conforme o bom prazer da Sua vontade conforta o
santo na sua tribulação. O servo Jó confiou na vontade de Deus na sua tristeza e foi confortado
(Jó 23.13 “Mas, se ele resolveu alguma coisa, quem o pode dissuadir? O que ele deseja,
isso fará.”). A mesma vontade que nos salva é aquela que nos garante o aperfeiçoamento da
salvação até o momento que estaremos na presença do Salvador no céu (Jo 6.39-40 “E a
vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo
contrário, eu o ressuscitarei no último dia. 40 De fato, a vontade de meu Pai é que todo
homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último
dia.”). Tal conhecimento da vontade de Deus traz paz ao salvo.
Tudo que Cristo precisava fazer pessoalmente para efetuar a salvação foi em submissão à vontade
de Deus (Hb 10.7 “Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu
respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade.”); (Mt 26:39 “Adiantando-se um pouco,
prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim
este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.”). Tudo que os outros
fizeram com Jesus durante o Seu tempo na terra, sim, até a traição de Judas, o julgamento injusto
e a crucificação vergonhosa foi "pelo determinado conselho" de Deus (At 2.23 “sendo este
entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificandoo por mãos de iníquos;”). Ninguém fez mais nem menos do que a completa vontade de Deus.
Podemos não entender este ponto, mas a verdade revelada pela Palavra de Deus pode ser maior
que a nossa capacidade de entendê-la. Devemos acatá-la pela fé (Hb 11.1 “Ora, a fé é a
certeza de coisas que se esperam, a convicção de fato que se não vêem.”); (Hb 11.6 “De
fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se
aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.”).
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Mesmo que incluamos a vontade de Deus como parte da causa da salvação, devemos frisar que a
vontade de Deus não é a própria condenação ou a salvação mas uma parte íntegra de ambas. Há
meios que Deus usa para efetuar a Sua vontade e estes meios serão tratados posteriormente.
3.2. A Sua Presciência (1Pe 1:2 “eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em
santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça
e paz vos sejam multiplicadas.”)
A palavra ‘presciência’ (em grego: prognosIs Usada somente em At 2:23 e I Pedro 1:2) não é
idêntica à palavra ‘conhecer’ (em grego: proginosko. Usada em At 26:5; Rm 8:29 “Porquanto
aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem
de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”; 11:2; I Pedro 1:20
e II Pedro 3:17) mesmo que seja relativa a ela. A palavra ‘presciência’ tem mais do que um mero
conhecimento prévio de fato embutido nela. É claro que Deus conhece todas as coisas e todas as
pessoas, pois ele é onisciente. Todavia a palavra ‘presciência’ também tem um entendimento de
preordenação ou uma preparação prévia (Thayer’s LéxiCO Citado em Simmons, p. 211, Inglês). A
presciência de Deus não somente conhece tudo, mas determina tudo em relação à
salvação: O nascimento de Cristo (Gl 4.4 “vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou
seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,”); a morte de Cristo pelas mãos injustas (At
2.23 “sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o
matastes, crucificando-o por mãos de iníquos;”); (At 4.28 “para fazerem tudo o que a
tua mão e o teu propósito predeterminaram;”); as pessoas a serem salvas “os eleitos"(1Pe
1:2 “eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a
obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam
multiplicadas.”); o envio da mensagem aos eleitos (At 18.10 “porquanto eu estou contigo, e
ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade.”) e a hora que crêem
(At 13.48 “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor,
e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”). Tudo foi segunda a
Sua ordenação explicita que, por sua vez, é segundo à Sua vontade que é eterna (2Ts 2.13-14
“Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor,
porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do
Espírito e fé na verdade, 14 para o que também vos chamou mediante o nosso
evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.”); (Rm 9.15-16 “Pois
ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e
compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende
de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.”). É nesse sentido
de preordenação, que a salvação é segundo a presciência de Deus.
Deus conhece os Seus intimamente com um amor especial e a palavra ‘presciência’ indica isso. A
presciência que Deus tem do Seu próprio povo quer dizer Sua complacência peculiar e graciosa
para com Seu povo" (Comentário de Jamieson, Fausset, e Brown, citado pelo Simmons, p. 241,
Português). Por ter um amor especial, Deus age para com os Seus de maneiras especiais (Dt 7:78 “Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do
que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, 8 mas porque o SENHOR vos
amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com
mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito.”); (Jr
31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por
isso, com benignidade te atraí.”); (Rm 9:9-16 “Porque a palavra da promessa é esta: Por
esse tempo, virei, e Sara terá um filho. 10 E não ela somente, mas também Rebeca, ao
conceber de um só, Isaque, nosso pai. 11 E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem
tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição,
prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), 12 já fora dito a ela: O mais
velho será servo do mais moço. 13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de
Esaú. 14 Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! 15 Pois
ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e
compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende de
quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.”); (1Jo 4:19 “Nós
amamos porque ele nos amou primeiro.”). No sentido de preordenação, os eleitos são,
especial e intimamente, amados de antemão. É dessa maneira que eles são determinados em I
Pedro 1:2 de serem eleitos "segundo a presciência de Deus" (1 Pe 1:2 “eleitos, segundo a
presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do
sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas.”).
Há os que julgam que a vontade eterna de Deus é baseada naquilo que vem livremente do
homem: a sua vontade. Isso séria basear a salvação divina no conhecimento anterior que
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Deus tem de algumas ações do homem. Se a vontade de Deus é baseada na ação que Deus
conhecia de antemão o que um homem faria, é forçoso concluir, que o conhecimento da ação do
homem veio antes da própria vontade de Deus. Mas como temos estudado, Deus é antes de todas
as coisas, e, em verdade "todas as coisas subsistem por Ele" (Cl 1:17 “Ele é antes de todas as
coisas. Nele, tudo subsiste.”). A salvação do pecador não é baseada na vontade do homem,
mas na de Deus (Ef 1:11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados
segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua
vontade,“). O novo nascimento "não vem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas
de Deus" (Jo 1:13 “os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da
vontade do homem, mas de Deus.”); (Rm 9:16 “Assim, pois, não depende de quem quer
ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.”). Por isso, quando consideramos a
causa da salvação, tanto a vontade soberana como a presciência de Deus são contempladas. Os
eleitos "segundo a presciência" de Deus são os que foram eleitos ‘em’ a presciência de Deus
(Simmons, p. 211, Inglês). Os eleitos são chamados não segundo as suas obras, mas, "segundo o
Seu próprio propósito e graça" que lhes foi dado em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos (2
Tm 1:9 “que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras,
mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus,
antes dos tempos eternos,”).
A presciência, contudo, não anula que o homem tem uma escolha na salvação. Os mandamentos
de Deus para com o homem e as promessas de Deus em resposta às ações do homem confirmam
que o homem tem responsabilidade pessoal. Todavia, a presciência garante que os eventos
preordenados serão feitos, até mesmo pela ação livre do homem. A referencia de At 2:23(At 2:23
“sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes,
crucificando-o por mãos de iníquos;”) e as múltiplas profecias sobre a vinda, vida, morte,
ressurreição de Cristo, a implantação da sua igreja no mundo e os eventos que chamamos ainda
de ‘futuros’ são provas que a presciência garanta eventos predeterminados sem anular a ação livre
do homem.
Aqueles que Deus não conheceu intimamente (Mt 7:23 “Então, lhes direi explicitamente:
nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.”) são os
condenados. Devemos frisar que estes não são condenados por não serem especialmente
conhecidos antemão por Deus, mas por praticarem a iniqüidade. São eternamente julgados por
não buscarem a justiça de Deus pela fé (Rm 9:31-33 “e Israel, que buscava a lei de justiça,
não chegou a atingir essa lei. 32 Por quê? Porque não decorreu da fé, e sim como que
das obras. Tropeçaram na pedra de tropeço, 33 como está escrito: Eis que ponho em
Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nela crê não será
confundido.”). O inferno é para os que "não se importaram de ter conhecimento de Deus" (Rm
1:28 “E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a
uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes,”). A Bíblia diz
claramente que "o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá" (Pv
1:25-32 “antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão; 26
também eu me rirei na vossa desventura, e, em vindo o vosso terror, eu zombarei, 27
em vindo o vosso terror como a tempestade, em vindo a vossa perdição como o
redemoinho, quando vos chegar o aperto e a angústia. 28 Então, me invocarão, mas eu
não responderei; procurar-me-ão, porém não me hão de achar. 29 Porquanto
aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do SENHOR; 30 não quiseram o
meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão. 31 Portanto, comerão do fruto
do seu procedimento e dos seus próprios conselhos se fartarão. 32 Os néscios são
mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição.”).
Os "obscurecidos de entendimento" são verdadeiramente separados da vida de Deus. Essa
separação não é pela eleição, mas, biblicamente, "pela ignorância que há neles, pela dureza do
seu coração" (Ef 4:17-19 “Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis
como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos, 18
obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que
vivem, pela dureza do seu coração, 19 os quais, tendo-se tornado insensíveis, se
entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza.”). Os
salvos são recipientes da misericórdia e da graça de Deus segundo a Sua vontade e trazidos ao
arrependimento e a fé em Cristo (Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo:
Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”); (Rm 9:14-15 “Que
diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! 15 Pois ele diz a
Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei
de quem me aprouver ter compaixão.”); (Ef 2:5-9 “e estando nós mortos em nossos
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delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos, 6 e, juntamente
com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; 7
para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para
conosco, em Cristo Jesus. 8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem
de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”). Os salvos têm
somente a Deus, Seu amor e a Sua vontade para louvarem eternamente. Os não salvos não são
recipientes da misericórdia e da graça especial de Deus e são condenados pelos seus pecados (Rm
6:23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna
em Cristo Jesus, nosso Senhor.”). Eles somente podem culpar o seu próprio pecado, pois são
estes que os separam de Deus (Is 59:1-3 “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida,
para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. 2 Mas as
vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados
encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça. 3 Porque as vossas mãos estão
contaminadas de sangue, e os vossos dedos, de iniqüidade; os vossos lábios falam
mentiras, e a vossa língua profere maldade.). Os condenados têm somente a sua
incredulidade para os acompanharem pela eternidade (Jo 3:18-19 “Quem nele crê não é
julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de
Deus. 19 O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as
trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.”). Devemos lembrar-nos que o
propósito da salvação, que já estudamos, não é nem a salvação ou a condenação do homem, mas
a própria glória de Deus. Tanto a salvação quanto a condenação operam para este fim (Pv 4:16
“pois não dormem, se não fizerem mal, e foge deles o sono, se não fizerem tropeçar
alguém;”). A presciência faz parte da causa da salvação e não da condenação.
3.3. A Soberania de Deus (Ef 1:11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança,
predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho
da sua vontade,”)
A palavra soberania significa: 1. Qualidade de soberano. 2. Poder ou autoridade suprema de
soberano. 3. Autoridade moral, tida como suprema; poder supremo. 4. Propriedade que tem um
Estado de ser uma ordem suprema que não deve a sua validade a nenhuma outra ordem superior.
5. O complexo dos poderes que formam uma nação politicamente organizada (Dicionário Aurélio
Eletrônico).
Quando falamos da soberania de Deus entendemos a qualidade de Deus desejar e fazer o que lhe
apraz. É o exercício da Sua supremacia (C. D. Cole, citado em Leaves, Worms ..., p. 120) ou a
expressão da sua santa independência. A soberania de Deus deve ser considerada como parte da
causa da salvação juntamente com a sua vontade e preordenação. É a vontade soberana que é
relacionada com a Sua presciência, e, é o Seu poder soberano que determina que a Sua vontade
seja realizada (Is 46:10-11 “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde
a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho
permanecerá de pé, farei toda a minha vontade; 11 que chamo a ave de rapina desde o
Oriente e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu também o
cumprirei; tomei este propósito, também o executarei.”), "O meu conselho será firme, e
farei toda a minha vontade"; (Is 55:10-11 “Porque, assim como descem a chuva e a neve
dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a
façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, 11 assim será a
palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e
prosperará naquilo para que a designei.”), "fará o que me apraz"; (Dn 4:35 “Todos os
moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera
com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem
lhe dizer: Que fazes?”); (At 2:23 “sendo este entregue pelo determinado desígnio e
presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos;”). Que Deus é
tido como soberano é claro pelos versículos seguintes (Jó 23:13 “Mas, se ele resolveu alguma
coisa, quem o pode dissuadir? O que ele deseja, isso fará.”); (Sl 115:3 “ No céu está o
nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.”); (Sl 135:6 “Tudo quanto aprouve ao SENHOR,
ele o fez, nos céus e a terra, no mar e em todos os abismos.”); (Lm 3:37-38 “Quem é
aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande? 38 Acaso, não procede
do Altíssimo tanto o mal como o bem?”); (Is 14:24 “Jurou o SENHOR dos Exércitos,
dizendo: Como pensei, assim sucederá, e, como determinei, assim se efetuará.”); (Is
45:7 “Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas
estas coisas.”); (Is 46:9-10 “ Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu
sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; 10 que desde
o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda
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não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha
vontade;”); (Jo 19:11 “Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de
cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem.”); (Rm
11:33-35 “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de
Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! 34
Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? 35 Ou quem
primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Logo,”). Deus é soberano na
salvação, pois Ele não é obrigado a salvar qualquer das suas criaturas rebeldes. A Sua soberania
na salvação é entendida em Rm 9:18, "Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a
quem quer." (Rm 9:18 “tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem
lhe apraz.”). Também (Ef 2:7-11 “para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema
riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. 8 Porque pela graça
sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para
que ninguém se glorie. 10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas
obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas. 11 Portanto,
lembrai-vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados incircuncisão por aqueles
que se intitulam circuncisos, na carne, por mãos humanas,). Deus, pela soberania, faz o
Seu povo chegar a Si (Sl 65:4 “Bem-aventurado aquele a quem escolhes e aproximas de ti,
para que assista nos teus átrios; ficaremos satisfeitos com a bondade de tua casa—o teu
santo templo.”) e isso, voluntariamente (Sl 110:3 “Apresentar-se-á voluntariamente o teu
povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como o orvalho emergindo da
aurora, serão os teus jovens.”).
"Deus não é somente soberano, mas também é amor. Soberania isolada pode ser fria e dura.
Amor isolado pode ser fraCO Deus não é frio e duro nem fraCO Ele é tanto Todo-Poderoso quanto
cheio de amor. A soberania de Deus assegura que tudo que aconteça a nós é para Sua glória e o
amor de Deus assegura que tudo que aconteça a nós é para o nosso bem." (Maggie Chandler,
Leaves, Worms, Butterflies and T. U. L. I. P. S., p. 70)
A soberania de Deus, em relação à causa da salvação junto com a sua vontade e presciência, é um
assunto que vai além do entendimento do homem. A soberania de Deus pode ser considerada uma
parte daquilo que é encoberto e que pertence somente ao SENHOR. Porém, aquela parte da
soberania de Deus, que é revelada pela Palavra de Deus, é para nós e deve ser abordada (Dt
29:29 “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos
pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras
desta lei.”). Mesmo assim deve ser estudada, nem tudo revelado nas Escrituras é entendido
facilmente. Há coisas para nós inescrutáveis, (Jó 42:3 “Quem é aquele, como disseste, que
sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; coisas
maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia.”), insondáveis (Rm 11:33 “Ó
profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão
insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!”) e mais do que
podemos contar (Sl 40:5 “São muitas, SENHOR, Deus meu, as maravilhas que tens
operado e também os teus desígnios para conosco; ninguém há que se possa igualar
contigo. Eu quisera anunciá-los e deles falar, mas são mais do que se pode contar.”).
Mesmo que nunca alcancemos os caminhos de Deus ou cheguemos à perfeição do Todo-Poderoso
(Jó 11:7 “Porventura, desvendarás os arcanos de Deus ou penetrarás até à perfeição do
Todo-Poderoso?”), toda essa glória não deve nos cegar de ter fé no que as Sagradas Escrituras
revelam de Deus. O homem pode não entender tudo sobre a Deus junto com a Sua vontade, a Sua
presciência e Soberania (Mt 20:13-15 “Mas o proprietário, respondendo, disse a um deles:
Amigo, não te faço injustiça; não combinaste comigo um denário? 14 Toma o que é teu e
vai-te; pois quero dar a este último tanto quanto a ti. 15 Porventura, não me é lícito
fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?”), mas
em nenhum instante isso justifica o homem a julgar ou replicar a Deus (Rm 9:14-21 “Que
diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! 15 Pois ele diz a
Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei
de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de
quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia. 17 Porque a Escritura diz a Faraó:
Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu nome
seja anunciado por toda a terra. 18 Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também
endurece a quem lhe apraz. 19 Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois
quem jamais resistiu à sua vontade? 20 Quem és tu, ó homem, para discutires com
Deus?. Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? 21
Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para
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honra e outro, para desonra?”) e nem ser ignorante do assunto. Se vamos andar da maneira
reta diante de Deus, precisaremos andar pela fé nos fatos revelados (Hb 11:1 “Ora, a fé é a
certeza de coisas que se esperam, a convicção de fato que se não vêem.”); (Hb 11:6 “De
fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se
aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.”).
O assunto da soberania de Deus pede que exercitamos essa fé.
A justiça e o amor de Deus são envolvidos na salvação, mas não propriamente como a causa dela.
A justiça pede a condenação dos pecados e não a salvação (Gn 2:7 “Então, formou o SENHOR
Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem
passou a ser alma vivente.”); (Ez 18:20 “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não
levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará
sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.); (Rm 6:23 “porque o salário
do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso
Senhor.”). O amor de Deus é o que trouxe Cristo para ser o Salvador (Jo 3:16 “Porque Deus
amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”); (Rm 5:6-8 “Porque Cristo, quando nós ainda
éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. 7 Dificilmente, alguém morreria por
um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. 8 Mas Deus prova o
seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda
pecadores.!), todavia estamos tratando não o ato da salvação mas a sua causa.
4. A Natureza da Salvação
O fato de estudarmos a salvação presume que ela existe (Jo 3:19 “O julgamento é este: que a
luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas
obras eram más.”). Se ela existe há uma necessidade que faz ela existir. Por ter uma doutrina
da salvação é presumida a existência da iniqüidade, que é a quebra de uma lei (1 Jo 3:4 “Todo
aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão
da lei.”); (1 Jo 5:17 “Toda injustiça é pecado, e há pecado não para morte.”) "o pecado é
iniqüidade.", e a existência de alguém que deu a lei, que é Deus (Jo 15:22 “Se eu não viera,
nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas, agora, não têm desculpa do seu
pecado.”); (Jo 15:24 “Se eu não tivesse feito entre eles tais obras, quais nenhum outro
fez, pecado não teriam; mas, agora, não somente têm eles visto, mas também odiado,
tanto a mim como a meu Pai.”). Tudo o que é pecado (que será estudado posteriormente) e
tudo que o pecado causa é desfeito pela salvação.
A salvação é uma libertação. A salvação é libertação da culpa e da impiedade do pecado
juntamente com suas conseqüências eternas de rebelião contra o governo do Deus Todo-Poderoso
(Cole, Definitions, V.II, p. 52). Sem a libertação que a salvação efetua, o pecador seria excluído
eternamente da presença de Deus e para sempre exposto à Sua ira (Jo 3:36 “Por isso, quem
crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não
verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”). O fato de a salvação ser livre,
substitutiva, penal e sacrificial será tratado quando estudamos o preço pago por Cristo na
salvação. Por agora entendemos que a salvação é necessária e é uma libertação.
5. Os Necessitados da Salvação
No relatório bíblico, somente antes do pecado, é dito que tudo que Deus fez era "muito bom" (Gn
1:31 “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o
sexto dia.”) . Depois que o homem desobedeceu à ordem de Deus de não comer da árvore do
conhecimento do bem e do mal (Gn 2:7 “Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da
terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.”)
e comeu dela (Gn 3:6 “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos
olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu
também ao marido, e ele comeu.”) não se acha mais nada na Bíblia referindo-se ao homem
como ‘bom’. Isso mostra o quanto o pecado destruiu, tornando-se universal e total.
Que o homem necessita da salvação é claramente evidente pelas noticias dos acontecimentos do
homem ao redor do mundo através dos meios de comunicação. Assassinatos, corrupções,
ameaças, injustiças, preconceitos, mentiras, roubos, fornicações, desrespeito do seu próximo e do
próprio Deus e a poluição verbal e moral são constantes em todos os povos do mundo todos os
dias. A Bíblia evidencia a dimensão do pecado no homem claramente (Is 1:4-6 “Ai desta nação
pecaminosa, povo carregado de iniqüidade, raça de malignos, filhos corruptores;
abandonaram o SENHOR, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás. 5 Por que
haveis de ainda ser feridos, visto que continuais em rebeldia? Toda a cabeça
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está doente, e todo o coração, enfermo. 6 Desde a planta do pé até à cabeça não há nele
coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas,
nem atadas, nem amolecidas com óleo.”); (Rm 3:10-18 “10 como está escrito: Não há
justo, nem um sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos
se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um
sequer. 13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de
víbora está nos seus lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15
são os seus pés velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e
miséria; 17 desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus
olhos.”). Essa condição detestável e pecaminosa não é adquirida pelo ambiente ou causada pela
falta de oportunidade social ou educacional, mas contrariamente, todo homem é pecador desde o
ventre (Gn 8:21 “E o SENHOR aspirou o suave cheiro e disse consigo mesmo: Não
tornarei a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque é mau o desígnio íntimo do
homem desde a sua mocidade; nem tornarei a ferir todo vivente, como fiz.”); (Sl 51:5
“Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe.”)."; (Sl 58:3 “Desviamse os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo
mentiras.”); (Is 48:8 “Tu nem as ouviste, nem as conheceste, nem tampouco
antecipadamente se te abriram os ouvidos, porque eu sabia que procederias mui
perfidamente e eras chamado de transgressor desde o ventre materno.”). OBS: Não é o
ato de procriação que causa o pecado, nem é a relação conjugal, dentro dos seus limites bíblicos,
pecaminosa, mas pela a procriação ser feita entre pecadores, é gerado o homem pecador.
O pecado destruiu totalmente a imagem de Deus no homem que existiu por criação especial, a
ponto do homem, universalmente (Rm 3:23 “pois todos pecaram e carecem da glória de
Deus,”); (Rm 5:12 “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo,
e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos
pecaram.”), não querer ter nenhum conhecimento de Deus (Jo 5:40 “Contudo, não quereis
vir a mim para terdes vida.”); (Rm 1:28 “E, por haverem desprezado o conhecimento de
Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem
coisas inconvenientes,”); (Rm 3:11 “não há quem entenda, não há quem busque a
Deus;”); (Rm 3:18 “Não há temor de Deus diante de seus olhos.”). Por isso o homem
pecador é "voluntariamente" ignorante da verdade (2 Pe 3:1-6 “Amados, esta é, agora, a
segunda epístola que vos escrevo; em ambas, procuro despertar com lembranças a
vossa mente esclarecida, 2 para que vos recordeis das palavras que, anteriormente,
foram ditas pelos santos profetas, bem como do mandamento do Senhor e Salvador,
ensinado pelos vossos apóstolos, 3 tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos
dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões
4 e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram,
todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. 5 Porque,
deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual
surgiu da água e através da água pela palavra de Deus, 6 pela qual veio a perecer o
mundo daquele tempo, afogado em água. (2 Pedro 3:1-6 RA). A vontade do homem não foi
a única parte do homem influenciada pelo pecado, mas a sua capacidade de agradar Deus também
foi destruída (Rm 8:8 “Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”); (Jr
13:23 “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então,
poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal.”). A condição do homem
pecador é tão deplorável que ele não pode vir, pelas suas próprias forças, a Cristo (Jo 6:44-45
“44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei
no último dia. 45 Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto,
todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim.”) e jamais, na
carne, pode agradar a Deus (Rm 8:6-8 “6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o
do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus,
pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na
carne não podem agradar a Deus.”). O entendimento do homem foi deturpado a ponto de ser
descrito como "obscurecido" de entendimento (Ef 4:18 “obscurecidos de entendimento,
alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu
coração,”); (Rm 1:21 “porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como
Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios,
obscurecendo-se-lhes o coração insensato.”). Por isso as verdades santas e boas de Deus
não são compreendidas pelo homem natural e são, para ele, escandalosas e loucuras (1 Co 1:23
“mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os
gentios;”); (1 Co 2:14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de
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Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente.”). A responsabilidade da condição pecaminosa do homem é do próprio homem.
Ele mesmo busca muitas "astúcias" (Ec 7:29 “Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o
homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias.”). Que os homens não são capacitados
com desejo nem com poder para o bem é entendido pela denominação "mortos em delitos e
pecados" (Ef 2:1 “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,”).
Por isso "nenhum homem, pela sua natureza, crê que necessita de Cristo. Ele está cego pelos seus
atos morais, suas intenções, sua sinceridade, sua bondade. Ele não vê a impiedade do seu pecado
nem que o seu caso é sem esperança" (Don Chandler, citado em Leaves, Worms ..., p. 129).
O coração do homem, a fonte da vida (Pv 4:23 “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o
coração, porque dele procedem as fontes da vida.”), é tão enganoso que é impossível que o
homem conheça a sua própria perversidade (Jr 17:9 “Enganoso é o coração, mais do que
todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”). Por isso o homem é
completamente "reprovado para toda a boa obra" (Tt 1:16 “No tocante a Deus, professam
conhecê-lo; entretanto, o negam por suas obras; é por isso que são abomináveis,
desobedientes e reprovados para toda boa obra.”) fazendo que o homem tenha inimizade
contra o próprio Deus, o seu Criador (Rm 8:7 “Por isso, o pendor da carne é inimizade
contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar.”). O pecado
reina em todos os membros (físicos, mentais, emocionais, espirituais) do homem (Rm 7:23 “mas
vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz
prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.”).
A prova que todos os homens são pecadores é dada pelo fato que não há ninguém que obedeça,
sem nenhum defeito ou omissão, todos os mandamentos, e, não existe ninguém que poça manterse puro de todo e qualquer pecado em pensamento, palavra, ação em coração e vida. Se o homem
fosse tão onisciente quanto Deus, o homem declararia o que o próprio Deus declarou quando olhou
desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e
buscasse a Deus. Deus, na aquela ocasião declarou: "Desviaram-se todos e juntamente se fizeram
imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um." (Sl 14:2-3 “Do céu olha o SENHOR
para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. 3
Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há
nem um sequer.”)
A condição deplorável do pecador não quer dizer que ele não tem uma consciência, nem a
possibilidade de exercitar a sua mente e a sua vontade ou determinar ações pelo seu raciocínio.
Assim que o pecado apareceu no mundo, a consciência do homem foi ofendida ("conheceram que
estavam nus") e, sendo assim, operou segundo a sua própria deplorável determinação e lógica
pecaminosa, e, em prova disso, escondeu-se de Deus. Apesar da presença do pecado e toda a sua
natureza de destruição no homem, "os olhos" que enxergam a condição da alma (a consciência),
não somente existiram, mas eram ativos (Gn 3:7-8 “Abriram-se, então, os olhos de ambos;
e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si. 8
Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia,
esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as
árvores do jardim.”). O Apóstolo Paulo, pela inspiração do Espírito Santo, ensina que os pagãos
têm uma consciência ativa causando suas ações ou defendendo-os (Rm 2:14-15 “Quando, pois,
os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não
tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. 15 Estes mostram a norma da lei gravada
no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos,
mutuamente acusando-se ou defendendo-se”,). Veja também Jo 8:9 como um exemplo de
que o homem pecador tem uma consciência e é capaz de agir conforme o seu raciocínio (Jo 8:9
“Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se
retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a
mulher no meio onde estava.”). Mesmo que existam tais qualidades (uma consciência viva), a
condição deplorável do pecador influi a operação da sua consciência, da sua lógica e da sua
vontade a ponto de não buscar a Deus (Rm 3:11 “não há quem entenda, não há quem
busque a Deus;”), não amar a luz (Jo 3:19 “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo,
e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.”) e
não compreender as coisas do Espírito de Deus (1 Coríntios 2:14 “Ora, o homem natural não
aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las,
porque elas se discernem espiritualmente.”). A consciência existe, mas ela é influenciada
pelo que o que o homem é, um pecador.
A condição abominável do pecador não ensina que o homem não pode fazer uma escolha livre. O
homem pecador pode determinar o que ele quer escolher. Somente pelo fato do homem
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uniformemente preferir a iniqüidade em vez do bem, não quer eliminar o fato que ele tem uma
escolha. O homem tem uma escolha sim e ele faz a sua escolha continuamente. Mas devemos
frisar que a mera possibilidade de fazer uma escolha não nos ensina, automaticamente, que o
homem tem a capacidade necessária de fazer uma escolha santa ou aquilo que agrada a Deus.
Todos nós temos a livre escolha de trabalhar e ser milionários, mas essa liberdade não nos faz
capazes de escolher o bem. Mesmo possuindo a qualidade da livre escolha, o homem pecador é
incapaz de escolher o bem para agradar a Deus, pois a inclinação da sua carne é para a morte
(Rm 8.6-8 “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e
paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de
Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a
Deus.”). O arbítrio do homem, contudo, não é livre. Mesmo que a capacidade do homem escolher
seja livre, contudo, o seu arbítrio (Resolução que depende só da vontade, Dicionário Aurélio
Eletrônico) é servo da sua vontade, e, portanto, não é livre. O arbítrio do homem faz o que a sua
vontade dita. Mas, falando da sua escolha, essa é livre. O homem indo a uma sorveteria tem livre
escolha entre os sabores. Essa situação mostra que ele tem livre escolha. Todavia, o homem
somente pede o sabor predileto, pois o seu desejo, a sua vontade pessoal leva ele assim a
escolher, e, o seu arbítrio, que é servo da sua vontade, pede aquele sabor. Nisso entendemos que
a escolha é livre, mas não o arbítrio.
A condição depravada do pecador não quer significar que nenhum homem pratica boas obras. Os
homens não regenerados são verdadeiramente capazes de fazer religião tanto quanto os fariseus
que dizimavam até as mínimas coisas para com Deus (Mt 23:23 “Ai de vós, escribas e
fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes
negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé;
devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!”); (Lc 11:42 “Mas ai de vós,
fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças e
desprezais a justiça e o amor de Deus; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir
aquelas.”). Todavia, todas as boas obras que o pecador faz é somente para dar "fruto para si
mesmo" (Os 10:1 “Israel é vide luxuriante, que dá o fruto; segundo a abundância do seu
fruto, assim multiplicou os altares; quanto melhor a terra, tanto mais belas colunas
fizeram.”) e não para a glória de Deus. O homem pode se ocupar esforçadamente em guardar os
mandamentos, ser sincero para com tudo que é religioso e ser generoso nas obras da caridade
(Mc 10:17-20 “E, pondo-se Jesus a caminho, correu um homem ao seu encontro e,
ajoelhando-se, perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? 18
Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus.
19 Sabes os mandamentos: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso
testemunho, não defraudarás ninguém, honra a teu pai e tua mãe. 20 Então, ele
respondeu: Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude.”), "tudo isso
guardei desde a minha mocidade". Todavia, a sua condição depravada faz com que nada disso o
torne agradável a Deus (Is 64:6 “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas
justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas
iniqüidades, como um vento, nos arrebatam.”); (Rm 8:7-8 “Por isso, o pendor da carne é
inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8
Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.).
A condição terrível de pecador não significa que todos os homens revelam todo o pecado que
podem manifestar. Há os que rejeitem Cristo, e, que jejuam duas vezes na semana (Lc 18:12
“jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.”). Há os pecadores
que Deus nunca conheceu, mas dizem "Senhor, Senhor!" e profetizam no nome do Senhor Jesus
(Mt 7:22 “Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos
nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome
não fizemos muitos milagres?”). Existem os outros pecadores que escarnecem do Santo (Mc
15:29-31 “Os que iam passando, blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Ah!
Tu que destróis o santuário e, em três dias, o reedificas! 30 Salva-te a ti mesmo,
descendo da cruz! 31 De igual modo, os principais sacerdotes com os escribas,
escarnecendo, entre si diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se;”) ou são
malfeitores (Lc 23:41 “Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os
nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez.”). Comparando pecador com pecador
alguns parecem mais refinados e outros mais bárbaros. Todavia todo o homem é pecador e
qualquer pecado produz a separação eterna da presença de Deus (Ez 18:20 “A alma que pecar,
essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a
justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.”); (Rm
6:23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida
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eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor); (Tg 2:10 “Pois qualquer que guarda toda a lei,
mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos.”). "A manifestação do pecado
aumenta à medida que os pensamentos ímpios são guardados, os hábitos imorais são praticados e
os ensinamentos da verdade são ignorados" (Rm 1:28 “E, por haverem desprezado o
conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável,
para praticarem coisas inconvenientes,”; Boyce, p. 245).
A condição detestável e completa do homem pecador também não minimiza a responsabilidade do
pecador para com Deus. Todo homem é responsável para com Deus porque a sua incapacidade
não veio por uma imposição ou causa divina, mas porquê ele mesmo voluntariamente pecou e
trouxe sobre si a condenação divina (Gn 2:17 “mas da árvore do conhecimento do bem e do
mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”; Gn
3:6,17 “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e
árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao
marido, e ele comeu. 17 E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e
comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em
fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida..”). Todo o homem deve
ocupar-se em não pecar e deve preocupar-se em agradar o seu Criador e juiz. Essas ocupações
são exigidas por sua condição de ser a criatura e por Deus ser o Criador (Ec. 12:13 “De tudo o
que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto
é o dever de todo homem.”). Alguns podem duvidar se somos responsáveis pessoalmente por
termos uma natureza pecaminosa vindo de Adão (Rm 5:12 “Portanto, assim como por um só
homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte
passou a todos os homens, porque todos pecaram.”), mas, de fato, somos responsáveis pela
expressão dessa natureza (Ez 18:20 “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a
iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a
perversidade do perverso cairá sobre este.”; 1Jo 2:16 “porque tudo que há no mundo, a
concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do
Pai, mas procede do mundo.”; 1Jo 3:4 “Todo aquele que pratica o pecado também
transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.”). A responsabilidade para com
Deus é entendida em que não somos forçados a pecar, mas pecamos pela ação da nossa própria
vontade (Gn 3:6 “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos
olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu
também ao marido, e ele comeu.”; Gn 3.17 “E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de
tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por
tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida.”; Jo 5:40
“Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida.”). Não é a incapacidade de obedecer que
nos separa de Deus, mas os próprios pecados do homem que fazem a separação dele de Deus (Is
59:1-3 “ Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem
surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. 2 Mas as vossas iniqüidades fazem separação
entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que
vos não ouça. 3 Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos
dedos, de iniqüidade; os vossos lábios falam mentiras, e a vossa língua profere
maldade.”; Ef 1:18 “iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a
esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos”). A
incapacidade natural (Rm 3:23 “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,”) e moral
(Tt 1:15 “Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e
descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão
corrompidas.”) nunca descarta a responsabilidade particular de não pecar. Qual cidadão racional
escusa o homicídio culposo pela razão de ser praticado quando bêbedo; ou desculpa um crime por
ser praticado por um desequilibrado pela raiva; ou justifica os crimes por serem simplesmente pela
paixão, etc.? A bebida, a ira e a paixão podem levar o homem a agir irracionalmente, mas é ele
que bebe descontrolado, se ira e deixa-se a ser levado pela paixão. Por isso o homem é
responsável pelas suas ações quando nestas condições se encontra. O fato que o homem deve se
arrepender (Mt 3:2“Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.”; At 17:30
“Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos
homens que todos, em toda parte, se arrependam;”) revela que Deus sabe que o homem é
responsável para responder positivamente a Ele. O primeiro homicídio foi castigado (Gn 4:11 “És
agora, pois, maldito por sobre a terra, cuja boca se abriu para receber de tuas mãos o
sangue de teu irmão.”) como todos os pecados serão (Ap 20:11-15 “Vi um grande trono
branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se
achou lugar para eles. 12 Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos
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em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi
aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava
escrito nos livros. 13 Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além
entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas
obras. 14 Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é
a segunda morte, o lago de fogo. 15 E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da
Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.”), convencendo a todos, com isso, que a
expressão do pecado é da responsabilidade daquele que comete tal ação (Ez 18:20 “ A alma que
pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do
filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.”;
Rm 3:23 “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,”; Rm 5:12 ”Portanto, assim
como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”). Não obstante o seu
dever de amar a Deus de todo o coração e de se arrepender pelo pecado cometido, o homem
natural, desde o primeiro Adão, é tão afetado pelo pecado que não pode fazer, com seu próprio
poder, o que ele sabe que deve fazer para agradar a Deus (Rm 8:7 “Por isso, o pendor da
carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode
estar.; 2Co 2:14 “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo
e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento.”). Mas,
mesmo sendo incapaz, ele é, completa e universalmente responsável pela obediência da Palavra
de Deus em tudo (Ec 12:13, “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e
guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.”).
A incapacidade do pecador não desqualifica os meios que devem ser empregados tanto pelo
pecador para sua salvação quanto pelo salvo em pregar aos perdidos. Tanto o pecador quanto o
salvo devem se ocupar em usar todos os recursos que biblicamente têm à mão. A impossibilidade
de produzir um resultado não é razão suficiente para ser irresponsável no dever. O fazendeiro
jamais pode produzir uma safra qualquer nem fazer a chuva cair na terra ou fazer o sol brilhar.
Essa incapacidade não o desqualifica de semear e regar a semente. O mandamento de Deus é que
o pecador deva se arrepender e crer (“Ora, não levou Deus em conta os tempos da
ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se
arrependam;” At 17:30). O mandamento de Deus é que o crente ore e pregue (“Quem sai
andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.” Sl
126.6; “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no
céu e na terra. 19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; 20 ensinando-os a guardar todas as coisas
que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do
século.” Mt 28:18-20). Por serem uma ordem superior, os mandamentos devem ser obedecidos
não obstante a condição natural do homem. Os meios têm um fim. Para ceifar é necessário
primeiramente semear (“Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o
homem semear, isso também ceifará. 8 Porque o que semeia para a sua própria carne da
carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida
eterna. 9 E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não
desfalecermos. 10 Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos,
mas principalmente aos da família da fé.”Gl 6:7-10). É verdade que Deus dá o crescimento,
mas somente depois de semear e de regar (1Cor 3:6). O receber depende do pedir; o encontrar
depende do buscar; o abrir vem somente depois de bater (“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e
achareis; batei, e abrir-se-vos-á.”Mt 7:7). Portanto, os meios devem ser empregados apesar
da incapacidade total do pecador ou das fraquezas dos salvos. Os meios são a única maneira de se
chegar ao fim esperado. Apenas existe o receber enquanto haja o pedir (Mt 7:7). Paulo pergunta:
"como crerão naquele de quem não ouviram?" (“Porque: Todo aquele que invocar o nome do
Senhor será salvo. 14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como
crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E
como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés
dos que anunciam coisas boas!” Rm 10:13-15). Por ter fruto somente depois de semear; por
ter a salvação somente depois de crer, os meios bíblicos devem ser empregados, se, se quer ter o
fim esperado. Também devemos usar os meios disponíveis por conter a promessa de Deus. Deus
promete fruto se a semente for semeada. A promessa de Deus anima o semeador de ter longa
paciência na sua esperança de uma safra eventual (“Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda
do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até
receber as primeiras e as últimas chuvas.” Tg 5:7). A promessa diz que eventualmente
haverá uma safra (“Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. 6 Quem sai
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andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.” Sl
126:5, 6) e um aumento (“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para
profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, 12 com vistas ao
aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do
corpo de Cristo, 13 Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento
do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, 14
para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao
redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que
induzem ao erro. 15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que
é a cabeça, Cristo, 16 de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de
toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento
para a edificação de si mesmo em amor.” Ef 4:11-16). Apesar da incapacidade do homem
pecador em crer e da impossibilidade do pregador convencer o pecador dos seus pecados existe a
necessidade de empregar zelosamente todos os meios que Deus designou nas Escrituras
Sagradas.
A incapacidade do homem pecador não deve incentivar a sua demora em vir a Cristo nem deve
desculpar a sua desobediência aos mandamentos de Deus. Quanto incapaz o homem de crer, mais
ele deve procurar a graça de Deus em misericórdia para crer (“E imediatamente o pai do
menino exclamou [com lágrimas]: Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!” Mc 9:24). É
fato que o doente preciso do médiCO Quanto mais severa a doença mais urgente o socorro. Se o
pecador entender a sua situação deplorável, pode se prostrar diante de Deus clamando pela Sua
ajuda pedindo: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!" (“O publicano, estando em pé,
longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó
Deus, sê propício a mim, pecador!” Lc 18:13; “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar
boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles
que lho pedirem?” Lc 11:13). O mandamento não é de esperar por uma sensação, visão ou
qualquer outro sinal. Cristo já foi dado e declarado (“Porque ninguém pode lançar outro
fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.”1Cor 3:11). O mandamento de
Deus é: "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações" (“pelo contrário,
exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que
nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado. 15 Enquanto se diz: Hoje, se
ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como foi na provocação.” Hb
3:13,15). Se o salvo entender a sua responsabilidade, o mandamento de Deus é: "Ide por todo o
mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o
evangelho a toda criatura.”Mc 16;15), ame a Deus de todo o coração (“Amarás, pois, o
Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento
e de toda a tua força.” Mc 12:30) e "crescei na graça e no conhecimento de Cristo" (“antes,
crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja
a glória, tanto agora como no dia eterno.” 2Pe 3:18). Quanto mais nos sentirmos fracos em
obedecer, mais esforçadamente devemos procurar a Sua graça. É Deus que opera em nós tanto o
querer como o efetuar segunda a sua vontade (“porque Deus é quem efetua em vós tanto o
querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”Fp 2:13). Isto deve encaminhar-nos a
Ele para buscarmos a Sua graça para obedecermos ao Seu mandar.
Somente a salvação pela graça capacitará o pecador a entrar no reino de Deus (“A isto,
respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo,
não pode ver o reino de Deus. 5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo:
quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3:3,5 );
(“não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse
de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus,” 2 Co 3:5). A própria condição
deplorável do homem mostra a sua necessidade da salvação. O homem é sem a justiça necessária
(“como está escrito: Não há justo, nem um sequer,” Rm 3:10), sem Cristo, separado de
Deus, sem nenhuma esperança (“naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da
comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem
Deus no mundo.” Ef 2:12 “16 O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos
filhos de Deus. 17 Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e
co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”) e
sem esforço (“Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos
ímpios.”Rm 5:6 ); (“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem
nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.”Rm 7:18). Ele está
com a maldição da lei (“Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de
maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as
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coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.” Gl 3:10) e sobre ele permaneça a ira de
Deus (“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde
contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” Jo 3:36). A
condição abominável do homem assegura que ele necessita de salvação, aquela que vem exclusiva
e completamente de Deus. Por isso pregamos a salvação somente pela graça. Se o homem tivesse
uma mínima condição para ajudar-se, a sua salvação não seria totalmente de graça. A depravação
da sua condição totalmente e universalmente pecaminosa estabeleça o fato que a salvação eterna
é, em todas as suas partes, divina e inteiramente graciosa (“Porque pela graça sois salvos,
mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém
se glorie.” Ef 2:8,9). Assim Cristo ensinou quando comparou a relação que existe entre Ele e o
Seu povo usando a videira e as varas. E ele disse: "sem mim nada podeis fazer." (“permanecei
em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo,
se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em
mim. 5 Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá
muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” Jo 15:4,5). Que Deus abençoe os salvos a
pregar tal graça e os pecadores a buscá-la antes que seja tarde demaIs
Que a mensagem clara da condição abominável do pecador, da realidade da sua incapacidade de
fazer o bem e a verdade que todos são responsáveis diante de Deus incentive todos os pecadores
a clamarem pela misericórdia de Deus para o perdão dos seus pecados e pela fé necessária para
crerem em Cristo Jesus para a salvação! E, que clamem até conhecerem Cristo pessoalmente. Tal
salvação é a sua responsabilidade e necessidade e o encontro de tal salvação é o nosso desejo
para com você.
6. A Escolha de Deus na Salvação
Não é necessário que todos os crentes crêem tudo o que este estudo apresenta sobre eleição. O
autor do estudo é ciente que existem explicações diferentes sobre o tema apresentado mesmo que
ele não concorde com todas delas. Mesmo assim, é esperado que o leitor creia algo sobre o
assunto. A Bíblia trata desse estudo sem confusão. Muitos alunos da Bíblia crêem que mexer com
este assunto de eleição é comprar uma briga, ou entrar em uma briga que é dos outros. Outros
ainda ignoram o assunto por inteiro como se fosse uma parte das coisas encobertas de Deus e que
Ele não quer que ninguém trate do assunto (“As coisas encobertas pertencem ao SENHOR,
nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre,
para que cumpramos todas as palavras desta lei.” Dt 29:29). A atitude do autor não é de
brigar, nem interferir com as brigas dos outros. Também não é a sua intenção de desvendar algo
misterioso que Deus quer deixar encoberto para todo o sempre. O autor simplesmente quer expor
o que a Bíblia diz do assunto e, mesmo não entendendo tudo sobre Deus, crer pela fé aquilo
revelado divinamente pela Palavra de Deus. Este deve ser o mínimo esperado de um estudo bíblico
por qualquer aluno consistente. Devemos lembrar-nos: tudo que está revelado na Bíblia
pertencem a nós e a nossos filhos (“As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso
Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que
cumpramos todas as palavras desta lei.” Dt 29:29); (“Toda a Escritura é inspirada por
Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na
justiça, 17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para
toda boa obra.” 2Tm 3:16-17 “16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o
ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 17 a fim de que
o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”), "Toda a
Escritura é inspirada e proveitosa ...".
O simples fato que subsistem salvos entre os espirituais e moralmente incapacitados; que existem
vivos entre os mortos em pecados e ofensas; que têm os que querem agradar Deus entre uma
multidão de incapacitados que somente procuram concupiscência é prova definitiva que existe uma
força maior do que os homens crentes operando para salvá-los. Essa força opera segundo um
poder fora do homem. Esse poder opera segundo uma determinação que não pertence ao homem.
Temos estudado já que essa determinação é a própria vontade de Deus (“nele, digo, no qual
fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas
as coisas conforme o conselho da sua vontade,” Ef 1:11). A vontade soberana de Deus é
revelada nas Escrituras Sagradas em certos termos. O termo que estipula a ação da eterna
vontade de Deus em determinar quem entre todos virão ser salvos é eleição. Como entenderemos
pelo estudo, a eleição de Deus é puramente uma terminologia bíblica sem ser uma invenção de
nenhum teólogo humano.
6.1 O Significado das Palavras Bíblicas: ‘eleito’ e ‘escolha’
Convém um entendimento da terminologia que Deus usa, pela Bíblia, no tratamento desta
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doutrina. Existe a palavra ‘eleito’ tanto no Antigo Testamento (4 vezes somente: (“Eis aqui o
meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz; pus
sobre ele o meu Espírito, e ele promulgará o direito para os gentios.” Is 42:1); (“Por
amor do meu servo Jacó e de Israel, meu escolhido, eu te chamei pelo teu nome e te pus
o sobrenome, ainda que não me conheces.” Is 45:4); (“Farei sair de Jacó descendência e
de Judá, um herdeiro que possua os meus montes; e os meus eleitos herdarão a terra e
os meus servos habitarão nela.” Is 65:9); (“Não edificarão para que outros habitem; não
plantarão para que outros comam; porque a longevidade do meu povo será como a da
árvore, e os meus eleitos desfrutarão de todo as obras das suas próprias mãos.” Is
65:22)) e no Novo Testamento (27 vezes junto com as suas variações: eleição, eleito). Não
obstante onde a palavra ‘eleito’ é usada, tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento,
a palavra ‘eleito’ significa a mesma coisa: escolhido, um preferido, eleito - por Deus (Strong’s,
Online Bible). Às vezes, essa palavra hebraica traduzida na maioria dos casos por ‘eleito’ em
português é também traduzida, em português, umas quatro vezes, por ‘escolhido’ (“vós,
descendentes de Israel, seu servo, vós, filhos de Jacó, seus escolhidos.” 1 Cr 16:13);
(“Fiz aliança com o meu escolhido e jurei a Davi, meu servo:” (Sl 89:3); (“vós,
descendentes de Abraão, seu servo, vós, filhos de Jacó, seus escolhidos.” Sl 105:6);
(“Tê-los-ia exterminado, como dissera, se Moisés, seu escolhido, não se houvesse
interposto, impedindo que sua cólera os destruísse.” Sl 106:23). A palavra em grego
traduzida por ‘eleito’ no Novo Testamento é também traduzida por ‘escolhido’, com as suas
variações, não menos que trinta vezes (“Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros
serão últimos [porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos].” Mt 20:16 );
(“Não tivesse o Senhor abreviado aqueles dias, e ninguém se salvaria; mas, por causa
dos eleitos que ele escolheu, abreviou tais dias.” (Mc 13:20), "eleitos que escolheu"; (“Não
falo a respeito de todos vós, pois eu conheço aqueles que escolhi; é, antes, para que se
cumpra a Escritura: Aquele que come do meu pão levantou contra mim seu calcanhar.”
Jo 13:18); (“pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar
os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes;” 1Co 1:27);
(“assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis perante ele; e em amor” Ef 1:4; etc...). Somente por um olhar no significado
desta palavra ‘eleito’, como ela é usada pelas Escrituras Sagradas, podemos entender que a
eleição é uma escolha, uma escolha feita por Deus. A palavra ‘eleito’ em português significa como
adjetivo: 1. Escolhido, preferido. Como substantivo significa: Indivíduo eleito (Dicionário Aurélio
Eletrônico). A própria palavra ‘eleição’ significa em português: 1. Ato de eleger; escolha, opção
(Dicionário Aurélio Eletrônico). Como é claro pelo estudo das palavras usadas biblicamente para
explicar a determinação de Deus, tanto em Hebraico, em grego ou em português as palavras
‘eleito’ e ‘escolha’, junto com as suas variações, significam a mesma coisa, ou seja, uma escolha
de preferência.
6.2 A Natureza da Eleição
Desde que a Bíblia trata dessa escolha abertamente, não temos que chegar a uma vaga conclusão
deduzida por abstrato, emoções, preferências ideológicas ou mera simbologia. Essa escolha é
descrita pela Bíblia. Por ser descrita biblicamente não é necessário ter dúvidas sobre a natureza da
eleição.
6.2.1 A eleição: Origina-se com Deus
É claramente estipulada biblicamente que a eleição origina-se com Deus. Os que crêem em
Cristo são feitos filhos de Deus e salvos, mas não são feitos eleitos pela fé. Este nascimento não é,
como origem, do sangue ou da carne (do homem), mas de Deus (“Mas, a todos quantos o
receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no
seu nome; 13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da
vontade do homem, mas de Deus.” Jo 1:12-13“12 Mas, a todos quantos o receberam,
deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;
13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do
homem, mas de Deus.); (“Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre,
mas de usar Deus a sua misericórdia.”Rm 9:16), que é Espírito (“Deus é espírito; e
importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” Jo 4:24). Estes que
querem vir a Deus e crer em Cristo vêm e crêem por serem dados a Cristo pelo Pai em primeira
instancia antes da existência do homem (“Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o
que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.” Jo 6:37); (“assim como nos escolheu
nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e
em amor” Ef 1:4). Pelo fato de serem dados a Cristo pelo Pai temos uma prova clara que existia
a
determinação
primeiramente
e
essa determinação de Deus é a origem de qualquer
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ação positiva feita pelo homem para com Deus. Essa determinação não foi de homem, mas de
Deus (“Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo
nenhum o lançarei fora.” Jo 6:37). Pela eleição ser motivada primeiramente por Deus, Cristo
pôde declarar: Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós (“Não fostes vós que
me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para
que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao
Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” Jo 15:16); (“Nós amamos porque ele nos amou
primeiro.” 1Jo 4:19). Realmente, se marcássemos através da Bíblia cada um dos casos que
Deus age soberanamente com o homem, cada uma das declarações que determinam que a eleição
e os seus frutos são de Deus e cada ilustração, parábola, etc. que mostra que a eleição é a
operação usual de Deus, entenderemos que quase todos os livros da Bíblia atestam que a eleição é
de Deus pela Sua graça. Considerando os fatos já estudados sobre “Os Necessitados da Salvação”,
o homem não pôde ajudar a Deus nessa escolha, pois, o homem, é incapaz de fazer qualquer coisa
boa e realmente apenas maquina pensamentos maus continuamente(“Viu o SENHOR que a
maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo
desígnio do seu coração;” Gn 6:5); (“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas,
e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” Jr 17:9); (“Pode, acaso, o etíope
mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando
acostumados a fazer o mal.” Jr 13:23); (“pois todos pecaram e carecem da glória de
Deus,” Rm 3:23). Pela razão da eleição vir primeiramente de Deus, os cristãos têm forte razão
de adorar e louvar a Deus eternamente. É isto que o Apóstolo Paulo enfatiza na sua carta aos
Efésios (“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com
toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, 4 assim como nos
escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis
perante ele; e em amor” Ef 1:3-4).
6.2.2 A eleição é: Incondicional
A natureza dessa escolha é descrita pela Bíblia também como sendo incondicional. Isso não quer
dizer que a salvação não tem condições, pois as tem (e todas elas são preenchidas pelo sangue de
Cristo, (“Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados
pelo sangue de Cristo.” Ef 2:13); (“mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem
defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, 20 conhecido, com efeito, antes da fundação
do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós”1Pe 1:19,20), mas,
não estamos tratando agora o preço pago na salvação, mas da escolha que Deus fez para a
salvação. Dizendo que a eleição é incondicional queremos entender que aquela escolha que Deus
fez antes da fundação do mundo (“ assim como nos escolheu nele antes da fundação do
mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” Ef 1:4), não foi
baseada em algo que existia anterior ou poderia existir posteriormente no homem. Isto é, não há
nada que se originou no homem que poderia ser interpretada como sendo uma condição que
induziu Deus primeiramente o preferir. A condição da eleição não foi um conhecimento divino de
que o homem aceitaria a salvação se ela fosse apresentada a ele. Lembramo-nos do nosso estudo
anterior sobre a condição dos necessitados da salvação, que, no homem, não existe nenhuma
coisa boa (“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum,
pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.” Rm 7:18); (“Acaso, é a mim
que eles provocam à ira, diz o SENHOR, e não, antes, a si mesmos, para a sua própria
vergonha?”Jr 7:19); (“Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas
manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal.” Jr 13:23),
e, não habitando nada bom nele, há nada para atrair a atenção salvadora de Deus a ele nem algo
que lhe dava uma predisposição a escolher o que era bom. A condição da escolha primária não foi
do homem, mas, Deus escolheu o homem "para a si mesmo, segundo o beneplácito de sua
vontade" (“nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo,
segundo o beneplácito de sua vontade, 9 desvendando-nos o mistério da sua vontade,
segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, 11 nele, digo, no qual fomos
também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as
coisas conforme o conselho da sua vontade,” Ef 1:5 “nos predestinou para ele, para a
adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade”,
9,11). A condição da determinação primária de Deus foi pelo querer de Deus e não por nenhuma
justiça real ou provável que o homem poderia ter, intentar ou desenvolver (I(“Mas todos nós
somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós
murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam.” Is
64:6). Se o homem tivesse qualquer condição favorável que o destacasse diante do favor de
Deus, aquela condição faria Deus ser obrigado a conceder-lhe a salvação. Isso faria a salvação
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ser pelas obras ou pelas condições humanas e não segundo a graça; o beneplácito da vontade
divina. A eleição, tanto quanto a salvação, é puramente pela graça: um favor divino desmerecido e
imerecido pelo homem (“Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um
remanescente segundo a eleição da graça. 6 E, se é pela graça, já não é pelas obras; do
contrário, a graça já não é graça.”;Rm 11.5-6); (“Porque pela graça sois salvos,
mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém
se glorie.” Ef 2:8-9). Foi uma escolha puramente divina e graciosa em salvar um homem que
não tinha nenhuma condição boa para apresentar diante de Deus como um mínimo mérito
qualquer. Deus preferiu um pecador particular para receber a Sua graça somente porque quis
(“Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e
compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende de
quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.”Rm 9:15-16).
Somente entendendo tudo sobre a vontade de Deus, algo que não podemos nunca atingir,
entenderemos por completo por que Deus escolheria um homem tão depravado que não possuía
nenhuma capacidade, e, portanto, nenhuma condição, para atrair-lhe a Deus. Mas, de fato,
conforme a Bíblia, é isto que Deus fez. A escolha de Deus de Israel revela essa atitude (“Não vos
teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que
qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos,”Dt 7:7) e a escolha de Deus para a
salvação é da mesma natureza (“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; 13 os quais não
nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de
Deus”); (“Não há temor de Deus diante de seus olhos. 19 Ora, sabemos que tudo o que a
lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja
culpável perante Deus, 20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da
lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. 21 Mas agora, sem
lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; 22 justiça de
Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque
não há distinção, 23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,” Rm 3:18-23);
(“Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e
compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão.16 Assim, pois, não depende de
quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.”Rm 9:15-16).
Devemos resumir esta parte da natureza de eleição como Jesus resumiu-a: (“Sim, ó Pai, porque
assim foi do teu agrado.” Mt 11:26).
6.2.3 A eleição é: Pessoal e individual
A escolha de Deus também é descrita biblicamente como sendo pessoal e individual (“Pois ele
diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecerme-ei de quem me aprouver ter compaixão.” Rm 9:15). Quando dizemos que a natureza da
escolha de Deus é pessoal queremos entender que a eleição de Deus foi por pessoas
individualmente conhecidas por Ele antes da fundação do mundo (“assim como nos escolheu
nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e
em amor” Ef 1:4). A eleição para salvação é para indivíduos, mas não é pelas ações destes
indivíduos. Esse fato podemos entender pelos próprios pronomes usados concernente à eleição.
Pela Bíblia encontramos pessoas chamadas segundo o propósito de Deus (“Sabemos que todas
as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segundo o seu propósito.” (Rm 8:28). Essas mesmas pessoas, e não a suas ações, são dadas
como sendo dantes conhecidas e predestinadas por Deus (“Porquanto aos que de antemão
conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim
de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”Rm 8:29). Em Rm 9:10-16 temos até o
nome citado de um homem que Deus escolheu antes deste ter nascido ou de fazer bem ou mal,
mas, "para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme"(“E não ela somente, mas
também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque, nosso pai. 11 E ainda não eram os
gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus,
quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), 12 já fora
dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. 13 Como está escrito: Amei Jacó,
porém me aborreci de Esaú. 14 Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De
modo nenhum! 15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter
misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois,
não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.” Rm
9:10-16). Falando de Israel, como uma nação, Deus confortava o Seu povo afirmando que Ele os
amava com um amor eterno. Foi pelo amor eterno, e não por uma ação futura deste povo, que
motivou "com benignidade" de os atrair (“De longe se me deixou ver o SENHOR,
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dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”Jr 31:3). É
pela ordenação de Deus que os salvos chegam a crer (“Os gentios, ouvindo isto, regozijavamse e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados
para a vida eterna.” At 13:48) e não vice-versa, ou seja, não foram ordenados à salvação por
terem crido. A ordenação divina foi primeiro. A fé salvadora veio depois, e, por causa da
ordenação. Por isso podemos enfatizar que os salvos são pessoalmente e individualmente
conhecidos por Deus, de uma maneira especial de todos que foram criados por Ele, antes da
fundação do mundo (“assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para
sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor” Ef 1:4); (“na esperança da vida
eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos” Tt 1:2).
Paulo, em carta aos Tessalonicenses, diz que a eleição pessoal e eterna é motivo dos salvos darem
graças a Deus (“Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados
pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela
santificação do Espírito e fé na verdade,” 2Ts 2:13). O fato de a eleição pessoal e individual
ser um motivo de gratidão por alguns, podemos entender que a eleição é pela graça, e, assim
sendo, não é, de maneira nenhuma, um direito dos pecadores nem uma obrigação na parte de
Deus.
Ainda que a eleição pessoal seja estipulada pelas Escrituras Sagradas, ela pode parecer estranha à
nossa concepção das coisas pela nossa mente finita. Mesmo assim, devemos crer nessa doutrina
da mesma forma que Deus a explicou: "compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei
misericórdia de quem eu tiver misericórdia" (“Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de
quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter
compaixão.” Rm 9:15). Se a aceitação dessa verdade necessita uma fé maior em Deus, nisso
Deus é agradado (“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário
que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos
que o buscam.”Hebreus 11:6) e adorado como convém (“Mas vem a hora e já chegou, em
que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são
estes que o Pai procura para seus adoradores. 24 Deus é espírito; e importa que os seus
adoradores o adorem em espírito e em verdade.” Jo 4:23, 24).
6.2.4 A eleição é: Particular e preferencial
A escolha de Deus, por ser pessoal e individual, pode ser determinada também como sendo
particular e preferencial. Isso quer dizer que entre todos os condenados, Deus, em amor,
particularmente, escolheu alguns para receber as bênçãos da Salvação. Podemos entender essa
particularidade examinando alguns casos de escolha que Deus fez e que são relatados pela Bíblia
nos dando uma prova divina e segura que a eleição particular e preferencial é bíblica:
† Antes do dilúvio, a maldade se multiplicara ao ponto que toda a imaginação dos pensamentos
dos homens era só má continuamente. Todavia, um destes homens achou graça aos olhos de
Deus. Lembramo-nos que este homem não merecia este favor de Deus, ou melhor, que ele era
igual aos homens corruptos. Se este agraciado merecesse o favor que Deus mostrou, não seria
mais graça da parte de Deus e sim uma obrigação (“E, se é pela graça, já não é pelas obras;
do contrário, a graça já não é graça.” Rm 11:6). Mas, entre todos os corruptos, uma escolha
diferenciada foi feita para transformar este homem, Noé, e a sua família, em vasos de benção
(“Viu o SENHOR que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era
continuamente mau todo desígnio do seu coração; 6 então, se arrependeu o SENHOR de
ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. 7 Disse o SENHOR: Farei
desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as
aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito. 8 Porém Noé achou graça diante
do SENHOR.” Gn 6:5-8 RA).
† Entre os três filhos de Noé, Sem foi escolhido para estar na linhagem de Cristo e não o filho Jafé
que era o mais velho. Porque esta distinção foi feita? (“E ajuntou: Bendito seja o SENHOR,
Deus de Sem; e Canaã lhe seja servo.” Gn 9:26); (“Salá, filho de Cainã, Cainã, filho de
Arfaxade, Arfaxade, filho de Sem, este, filho de Noé, filho de Lameque;” Lc 3:36)
† Abraão foi escolhido em vez de Naor ou Harã para ser o pai das nações (“Viveu Tera setenta
anos e gerou a Abrão, a Naor e a Harã. 27 São estas as gerações de Tera. Tera gerou a
Abrão, a Naor e a Harã; e Harã gerou a Ló. 28 Morreu Harã na terra de seu nascimento,
em Ur dos caldeus, estando Tera, seu pai, ainda vivo. 29 Abrão e Naor tomaram para si
mulheres; a de Abrão chamava-se Sarai, a de Naor, Milca, filha de Harã, que foi pai de
Milca e de Iscá. 30 Sarai era estéril, não tinha filhos. 31 Tomou Tera a Abrão, seu filho, e
a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai, sua nora, mulher de seu filho Abrão, e
saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; foram até Harã, onde ficaram.
32 E, havendo Tera vivido duzentos e cinco anos ao todo, morreu em Harã. 9.1 Ora,
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disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai
para a terra que te mostrarei; 2 de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te
engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! 3 Abençoarei os que te abençoarem e
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra. 4
Partiu, pois, Abrão, como lho ordenara o SENHOR, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta
e cinco anos quando saiu de Harã. 5 Levou Abrão consigo a Sarai, sua mulher, e a Ló,
filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as pessoas que lhes
acresceram em Harã. Partiram para a terra de Canaã; e lá chegaram. 6 Atravessou Abrão
a terra até Siquém, até ao carvalho de Moré. Nesse tempo os cananeus habitavam essa
terra. 7 Apareceu o SENHOR a Abrão e lhe disse: Darei à tua descendência esta terra. Ali
edificou Abrão um altar ao SENHOR, que lhe aparecera. 8 Passando dali para o monte ao
oriente de Betel, armou a sua tenda, ficando Betel ao ocidente e Ai ao oriente; ali
edificou um altar ao SENHOR e invocou o nome do SENHOR. 9 Depois, seguiu Abrão dali,
indo sempre para o Neguebe.” Gn 11:26-12:9). Será que Abraão merecia essa preferência?
Não, Abraão, junto com os da sua família, servia outros deuses, fazendo ele coisa tão abominável
quanto os demais (“Então, Josué disse a todo o povo: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel:
Antigamente, vossos pais, Tera, pai de Abraão e de Naor, habitaram dalém do Eufrates e
serviram a outros deuses.” Js 24:2). Todavia, uma distinção foi feita e foi Deus quem fez.
Entre todos os povos, entre quais ninguém merecia tal atenção de Deus, um teve a preferência de
Deus (“Porque tu és povo santo ao SENHOR, teu Deus; o SENHOR, teu Deus, te escolheu,
para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra.” Dt 7:6).
† Jacó, o enganador, foi escolhido a conhecer o arrependimento em vez do seu irmão Esaú que
não era um enganador (“nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um
repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. 17 Pois sabeis também que,
posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar de
arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.” Hb 12:16-17); (“E não ela
somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque, nosso pai. 11 E ainda não
eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito
de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), 12
já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. 13 Como está escrito: Amei
Jacó, porém me aborreci de Esaú. 14 Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus?
De modo nenhum! 15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter
misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois,
não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.” Rm
9:10-16). Se fossemos nós que escolhêssemos, e, especialmente se soubéssemos o futuro, não
escolheríamos dar benção nenhuma a um homem enganador como Jacó. Todavia, Jacó foi
escolhido pela eleição, antes mesmo de ter nascido e feito bem ou mal (“Pois o SENHOR
escolheu para si a Jacó e a Israel, para sua possessão.” Sl 135:4).
† Efraim foi abençoado no lugar de Manassés ainda que não tivesse esse direito (“Vendo José
que seu pai pusera a mão direita sobre a cabeça de Efraim, foi-lhe isto desagradável, e
tomou a mão de seu pai para mudar da cabeça de Efraim para a cabeça de Manassés. 18
E disse José a seu pai: Não assim, meu pai, pois o primogênito é este; põe a mão direita
sobre a cabeça dele. 19 Mas seu pai o recusou e disse: Eu sei, meu filho, eu o sei; ele
também será um povo, também ele será grande; contudo, o seu irmão menor será maior
do que ele, e a sua descendência será uma multidão de nações. 20 Assim, os abençoou
naquele dia, declarando: Por vós Israel abençoará, dizendo: Deus te faça como a Efraim
e como a Manassés. E pôs o nome de Efraim adiante do de Manassés.” Gn 48:17-20).
Porque essa diferenciação foi feita?
† José, o 11º filho, recebeu uma porção dupla na benção (“Dou-te, de mais que a teus
irmãos, um declive montanhoso, o qual tomei da mão dos amorreus com a minha espada
e com o meu arCO” Gn 48:22). Porque não foi o filho mais velho que recebera tal benção? Que
foi uma preferência é claro.
† O patriarca Moisés (“Foi-se um homem da casa de Levi e casou com uma descendente de
Levi. 2 E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que era formoso, escondeu-o
por três meses. 3 Não podendo, porém, escondê-lo por mais tempo, tomou um cesto de
junco, calafetou-o com betume e piche e, pondo nele o menino, largou-o no carriçal à
beira do rio. 4 A irmã do menino ficou de longe, para observar o que lhe haveria de
suceder. 5 Desceu a filha de Faraó para se banhar no rio, e as suas donzelas passeavam
pela beira do rio; vendo ela o cesto no carriçal, enviou a sua criada e o tomou. 6
Abrindo-o, viu a criança; e eis que o menino chorava. Teve compaixão dele e disse: Este
é menino dos hebreus. 7 Então, disse sua irmã à filha de Faraó: Queres que eu vá
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chamar uma das hebréias que sirva de ama e te crie a criança? 8 Respondeu-lhe a filha
de Faraó: Vai. Saiu, pois, a moça e chamou a mãe do menino. 9 Então, lhe disse a filha
de Faraó: Leva este menino e cria-mo; pagar-te-ei o teu salário. A mulher tomou o
menino e o criou. 10 Sendo o menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, da qual
passou ele a ser filho. Esta lhe chamou Moisés e disse: Porque das águas o tirei. Êx 2:110), o salmista Davi (“Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo:
Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido. 7 Porém o SENHOR disse a Samuel:
Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o
SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração.
8 Então, chamou Jessé a Abinadabe e o fez passar diante de Samuel, o qual disse: Nem a
este escolheu o SENHOR. 9 Então, Jessé fez passar a Samá, porém Samuel disse:
Tampouco a este escolheu o SENHOR. 10 Assim, fez passar Jessé os seus sete filhos
diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O SENHOR não escolheu estes. 11
Perguntou Samuel a Jessé: Acabaram-se os teus filhos? Ele respondeu: Ainda falta o
mais moço, que está apascentando as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Manda
chamá-lo, pois não nos assentaremos à mesa sem que ele venha. 12 Então, mandou
chamá-lo e fê-lo entrar. Era ele ruivo, de belos olhos e boa aparência. Disse o SENHOR:
Levanta-te e unge-o, pois este é ele.” 1Sm 16:6-12), o desobediente Jonas (“Jonas se
dispôs, mas para fugir da presença do SENHOR, para Társis; e, tendo descido a Jope,
achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e embarcou nele, para
ir com eles para Társis, para longe da presença do SENHOR.” Jn 1:3) e outros também
podiam ser citados como aqueles com os quais Deus fez uma escolha particular e preferencial
entre outros de igual caráter e situação de vida.
† A escolha preferencial poderia ser entendida até pela consideração dos que não foram escolhidas
desde a fundação do mundo "cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do
mundo" (“a besta que viste, era e não é, está para emergir do abismo e caminha para a
destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no
Livro da Vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é,
mas aparecerá.” Ap 17:8).
† Há outra razão, além da preferência ou discriminação de Deus, que causou o Evangelho de
Cristo de ir eventualmente para Europa em vez de ir para Ásia? (“E, percorrendo a região
frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, 7
defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu. 8 E,
tendo contornado Mísia, desceram a Trôade. 9 À noite, sobreveio a Paulo uma visão na
qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e
ajuda-nos. 10 Assim que teve a visão, imediatamente, procuramos partir para aquele
destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho.” At
16:6-10). Porventura os da Europa tinham mais fé do que os da Ásia?
† Alguns dos anjos, de todos os que foram criados, foram eleitos para não cair (“Conjuro-te,
perante Deus, e Cristo Jesus, e os anjos eleitos, que guardes estes conselhos, sem
prevenção, nada fazendo com parcialidade.” 1Tm 5:21); (“e a anjos, os que não
guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem
guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia;”Jd 1:6). Porque
essa discriminação?
† Existe Salvação para o homem pecador, mas não para os anjos que caíram. O homem é um ser
menor do que os anjos (“antes, alguém, em certo lugar, deu pleno testemunho, dizendo:
Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites? 7 Fizeste-o,
por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste [e o constituíste
sobre as obras das tuas mãos].” Hb 2:6-7), e sendo assim, logicamente teria menos
preferência. Mas, é evidente que uma distinção foi feita soberanamente entre todos os seres
criados que pecaram e ela foi feita para o bem do homem.
Como temos examinado pelos casos citados, essa distinção é puramente pela determinação divina
e não pelo valor que qualquer um dos escolhidos tinham, ou teriam. Nenhum dos homens,
naturalmente, tinha entendimento ou buscou a Deus primeiramente (“Do céu olha o SENHOR
para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. 3
Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há
nem um sequer.” Sl 14:2-3). A escolha particular de uns sobre outros, entre os quais nenhum
merecia uma discriminação favorável, revela que a eleição é particular, preferencial e graciosa.
Pode ser que seja difícil para a mente humana entender por completo esse fato, mas a dificuldade
para o homem o entender não determina que o fato seja menos um característico de Deus ou uma
verdade menos revelada pela Palavra de Deus. Não seriamos os primeiros que duvidaram da
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retidão dessa escolha de Deus (“Sucedeu que, entrando eles, viu a Eliabe e disse consigo:
Certamente, está perante o SENHOR o seu ungido. 7 Porém o SENHOR disse a Samuel:
Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o
SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o
coração.” 1Sm 16:6-7). Somente devemos ter o cuidado de não julgar Deus de injustiça (“Que
diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum!” Rm 9:14). Finalmente, é
necessário que a lógica do homem submeta-se à soberania de Deus e deixe-O fazer o que Ele quer
com o que é dEle (“Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são
maus os teus olhos porque eu sou bom? 16 Assim, os últimos serão primeiros, e os
primeiros serão últimos [porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos].” Mt
20:15-16).
Examinando os exemplos das escolhas preferenciais pela Bíblia podemos entender melhor as
verdades sobre a causa da Salvação anteriormente abordadas neste estudo. Pela natureza da
eleição originando-se principalmente de Deus percebemos o que estudamos em primeiro lugar:
Deus é a primeira causa da Salvação. Pela natureza da eleição, uma doutrina bíblica, sendo
pessoal e individual, podemos ter uma idéia clara da presciência de Deus, pois a eleição é baseada
em quem Ele conhece e não nas ações do pecador. Pela natureza da eleição sendo particular e
preferencial podemos compreender a causa da Salvação sendo pela soberania de Deus, pois
ninguém merecia ser preferido à Salvação.
6.2.5 A eleição é: Graciosa
A natureza da eleição que Deus faz é também descrita biblicamente como sendo graciosa. A
definição da palavra graça em português é: 1. Favor dispensado ou recebido; mercê, benefício,
dádiva. 2. Benevolência, estima, boa vontade (Dicionário Aurélio Eletrônico). Em grego, a palavra
‘graça’ significa: a influência divina no coração e a sua evidência na vida (#5485, Strongs). Não é
novidade que os ‘evangélicos’ crêem que a Salvação é pela graça. Muitas pessoas que freqüentam
igrejas ‘evangélicas’ podem citar Ef 2:8,9 que diz: (“Porque pela graça sois salvos, mediante
a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se
glorie.”). Todavia, é novidade para muitos que a própria eleição para a Salvação, aquela ação de
Deus que precede a própria escolha do homem no processo de Salvação, também é pela graça.
Muitas pensam que Deus foi influenciado na sua escolha por algo que o homem fez, faz ou faria. A
verdade é que a eleição para a Salvação não é baseada em nenhuma obra boa prevista do homem
(pois no homem não habita bem algum, (“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha
carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuálo.” Rm 7:18); (“Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam
abominação; já não há quem faça o bem. 2 Do céu olha o SENHOR para os filhos dos
homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus.” Sl 14:1-2); (“pois
todos pecaram e carecem da glória de Deus,” Rm 3:23). A escolha de Deus do pecador para
a Salvação é somente pelo favor desmerecido e imerecido de Deus. Deus olhou pelos séculos
sobre todos os condenados, e, em amor e graça, entre todos que não O procuravam, Ele colocou a
sua influência divina em alguns (“Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário,
eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto
permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo
conceda.”Jo 15:16); (“Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”1Jo 4:19), Deus não
viu nada naturalmente mais atrativo ou bom nos que Ele escolheu do que nos que Ele não
escolheu. Verificando, pela Bíblia, o testemunho dos Salvos, ninguém louva a sua própria fé, sua
decisão inicial para Cristo, sua oração eficaz, sua intenção espiritual ou outra obra humana ou
espiritual. O testemunho bíblico diz como Paulo, "Mas pela graça sou o que sou" (“Mas, pela
graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã;
antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus
comigo.” 1Co 15:10 RA). Se a eleição fosse baseada na mínima ação que o homem fez, faz ou
faria, a eleição não podia ser determinada uma "eleição da graça" (“Assim, pois, também
agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça.” Rm
11:5) mas uma eleição "segundo a dívida" (“Ora, ao que trabalha, o salário não é
considerado como favor, e sim como dívida.” Rm 4:4).
6.2.6 A eleição é: Justa
A natureza da eleição que Deus faz é descrita biblicamente como sendo justa. O apóstolo Paulo
declarou, pela inspiração divina, que a eleição não é injusta (“Que diremos, pois? Há injustiça
da parte de Deus? De modo nenhum!” Rm 9:14). A eleição é entendida como sendo justa em
que Deus não deve nenhuma ação positiva de nenhum homem. Uns querem dar o entender que
Deus, no mínimo, deve uma “chance” para todos os homens. Todavia, quando considera a
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condição terrível do homem pecador, uma “chance” não é que o homem pecador precisa. Ele
precisa uma ação positiva, regeneradora e graciosa na parte de Deus para ser Salvo. Uma
“chance”, sem a plena capacidade em nada ajudaria os que são mortos em pecados. É pela
eleição, sem nenhuma obrigação pesando sobre Deus para que Ele escolhesse quem Ele quer
influenciar com a Sua operação regeneradora. Deus dá vida (não uma “chance”). A Salvação vem
pelos meios divinos para com estes que Ele escolheu para que tenham a Salvação. E quem está
reclamando disso? (Rm 9:19 “Tu, porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem
jamais resistiu à sua vontade?”) Deve ser considerado também que Deus tem direito e não
uma obrigação para com os homens. Deus é o Criador, o homem é a criatura (Gn 1:27 “Criou
Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os
criou.”); (Gn 2:7 “Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou
nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.”). Deus é tido como o
oleiro e o homem como o barro (Rm 9:21-24 “Ou não tem o oleiro direito sobre a massa,
para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra? 22 Que diremos,
pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com
muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, 23 a fim de que
também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para
glória preparou de antemão, 24 os quais somos nós, a quem também chamou, não só
dentre os judeus, mas também dentre os gentios?”). Se Deus usa o Seu direito de fazer o
que Ele quer segundo o beneplácito da sua boa vontade, e escolhe alguns para conhecer as
riquezas da Sua gloria, entre todos que somente mereciam a Sua ira, quem pode achar injustiça
nisso?
6.2.7 A Eleição e a Proibição de Fazer Acepção de Pessoas
Uma das dificuldades em entender a eleição são as numerosas (no mínimo 17) citações na Bíblia
que toca no assunto que Deus não faz acepção de pessoas e/ou as instruções que nós não
devemos fazer acepção de pessoas (Lv 19:15 “Não farás injustiça no juízo, nem favorecendo
o pobre, nem comprazendo ao grande; com justiça julgarás o teu próximo.”); (Dt 1:17
“Não sereis parciais no juízo, ouvireis tanto o pequeno como o grande; não temereis a
face de ninguém, porque o juízo é de Deus; porém a causa que vos for demasiadamente
difícil fareis vir a mim, e eu a ouvirei.”); (Dt 10:17 “Pois o Senhor, vosso Deus, é o Deus
dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz
acepção de pessoas, nem aceita suborno;”); (Dt 16:19 “Não torcerás a justiça, não farás
acepção de pessoas, nem tomarás suborno; porquanto o suborno cega os olhos dos
sábios e subverte a causa dos justos.”); (2Cr 19:7 “Agora, pois, seja o temor do SENHOR
convosco; tomai cuidado e fazei-o, porque não há no SENHOR, nosso Deus, injustiça,
nem parcialidade, nem aceita ele suborno.”); (Jó 34:19 “Quanto menos àquele que não
faz acepção das pessoas de príncipes, nem estima ao rico mais do que ao pobre; porque
todos são obra de suas mãos.”); (Pv 24:23 “São também estes provérbios dos sábios.
Parcialidade no julgar não é bom.”); (Pv 28:21 ”Parcialidade não é bom, porque até por
um bocado de pão o homem prevaricará.”); (Mt 22:16 “E enviaram-lhe discípulos,
juntamente com os herodianos, para dizer-lhe: Mestre, sabemos que és verdadeiro e que
ensinas o caminho de Deus, de acordo com a verdade, sem te importares com quem quer
que seja, porque não olhas a aparência dos homens.”); (At 10:34 “Então, falou Pedro,
dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas;”); (Rm 2:11
“Porque para com Deus não há acepção de pessoas.”); (Gl 2:6 “E, quanto àqueles que
pareciam ser de maior influência (quais tenham sido, outrora, não me interessa; Deus
não aceita a aparência do homem), esses, digo, que me pareciam ser alguma coisa nada
me acrescentaram;”); (Ef 6:9 “E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles,
deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e
que para com ele não há acepção de pessoas.”); (Cl 3:25 “pois aquele que faz injustiça
receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas.”); (Tg 2:1 “Meus
irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de
pessoas.”); (Tg 2:9 “se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo
argüidos pela lei como transgressores.”); (1Pedro 1:17 “Ora, se invocais como Pai
aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos
com temor durante o tempo da vossa peregrinação,”). Uma escolha diferenciada claramente
mostra uma preferência, mas também é clara a verdade bíblica: “Ter preferência por pessoas no
julgamento não é bom” (Pv 24:23 “São também estes provérbios dos sábios. Parcialidade
no julgar não é bom.”). Mas é verdade tão bíblica que uma escolha pessoal, individual,
particular ou preferencial, em misericórdia e graça, não fere de maneira alguma a verdade que
Deus não faz acepção de pessoas. Não há nenhuma ofensa a este princípio de justiça,
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pois a acepção de pessoas refere-se não ao exercício de misericórdia e amor, mas, ao exercício do
julgamento e dando o que é justo. A eleição não é, de jeito nenhum, o exercício da justiça ou do
julgamento de Deus. A eleição é o exercício do amor e da graça de Deus (Dt 7:7 “Não vos teve
o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer
povo, pois éreis o menor de todos os povos,”); (Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o
SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”). A
frase “porque não há no SENHOR nosso Deus, injustiça, nem parcialidade (acepção de pessoas)”
(2Cr 19:7 “Agora, pois, seja o temor do SENHOR convosco; tomai cuidado e fazei-o,
porque não há no SENHOR, nosso Deus, injustiça, nem parcialidade, nem aceita ele
suborno.”) é referente ao desempenho de julgamento e não se refere à aplicação preferencial do
Seu amor e graça. A ordem de não fazer acepção de pessoas é muitas vezes o conselho dado
como aviso importante aos juízes de Israel para que julguem com consciência e honestidade (2Cr
19:7 “Agora, pois, seja o temor do SENHOR convosco; tomai cuidado e fazei-o, porque
não há no SENHOR, nosso Deus, injustiça, nem parcialidade, nem aceita ele suborno.”);
(Dt 1:17 “Não sereis parciais no juízo, ouvireis tanto o pequeno como o grande; não
temereis a face de ninguém, porque o juízo é de Deus; porém a causa que vos for
demasiadamente difícil fareis vir a mim, e eu a ouvirei.”); (Dt 16:19 “Não torcerás a
justiça, não farás acepção de pessoas, nem tomarás suborno; porquanto o suborno cega
os olhos dos sábios e subverte a causa dos justos.”); (2Cr 19:7 “Agora, pois, seja o
temor do SENHOR convosco; tomai cuidado e fazei-o, porque não há no SENHOR, nosso
Deus, injustiça, nem parcialidade, nem aceita ele suborno.”). As referências bíblicas que
falam que não há acepção de pessoas para com Deus associam-se, na sua plena maioridade, com
o assunto de julgamento, por exemplo: (Lv 19:15 “Não farás injustiça no juízo, nem
favorecendo o pobre, nem comprazendo ao grande; com justiça julgarás o teu
próximo.”); (Rm 2:10-12 “glória, porém, e honra, e paz a todo aquele que pratica o bem,
ao judeu primeiro e também ao grego. 11 Porque para com Deus não há acepção de
pessoas. 12 Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e
todos os que com lei pecaram mediante lei serão julgados.”); (Ef 6:9 “E vós, senhores,
de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor,
tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas.”);
(Cl 3:25 “pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há
acepção de pessoas. RA); (1Pe 1:17 “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção
de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo
da vossa peregrinação,”). Existem poucas referências que mencionam “aceitação de pessoas”
em ambiente outro do que de julgamento (At 10:34 “Então, falou Pedro, dizendo:
Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas;”); (Tg 2:1 ”Meus irmãos,
não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de
pessoas.”). Essas passagens ensinam que não devemos fazer distinção entre todos os que
igualmente merecem um tratamento positivo. Não devemos praticar uma preferência entre a
quem devemos entregar a mensagem de Cristo (At 10:34 “Então, falou Pedro, dizendo:
Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas;”), nem devemos preferir
uma pessoa sobre um outra quando todas merecem igualmente do bem (Tg 2:1 ”Meus irmãos,
não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de
pessoas.”). É verdade bíblica, que no julgamento divino, não há nenhuma acepção de pessoas,
pois cada uma será julgada segundo as suas obras (Ec 12:14 “Porque Deus há de trazer a
juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.”);
(Ap 20:13 “Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os
mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.”). Mas, na
misericórdia, da qual boa ação ninguém tem direito ou merecimento, uma distinção de pessoas
pode existir e existe. Ninguém merece uma distinção positiva, mas todos merecem um julgamento
justo pelos pecados que tem feito. Entre os Salvos esse julgamento justo dos seus pecados se faz
pela pessoa e obra de Cristo. Os não-Salvos conhecerão o julgamento divino e justo no lago de
fogo. A eleição não é uma escolha divina entre os bons e maus, mas uma escolha entre todos que
são maus, ninguém buscando a Deus (Rm 3:10-18 “como está escrito: Não há justo, nem
um sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se
extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.
13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora
está nos seus lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os
seus pés velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria;
17 desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.”).
Quem recebe a misericórdia são os que Deus, soberanamente e segundo o beneplácito da
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Sua vontade, escolheu. Nos exemplos bíblicos, quem já reclamou disso?
Vale uma repetição, pois uma dúvida que insiste em vir à tona, quando a eleição é ensinada, é que
Deus é injusto em fazer uma distinção entre pessoas. É geralmente pensado que todas são
merecedoras da atenção positiva de Deus. A dúvida é eliminada quando é entendida que, entre os
pecadores, não há ninguém que merece qualquer atenção favorável de Deus (Is 59:1-2 “Eis que
a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu
ouvido, para não poder ouvir. 2 Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e
o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não
ouça.”); (Rm 3:10-23 “como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11 não há quem
entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram
inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta deles é sepulcro
aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, 14 a boca,
eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés velozes para derramar
sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17 desconheceram o caminho da
paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos. 19 Ora, sabemos que tudo o que a
lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja
culpável perante Deus, 20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da
lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. 21 Mas agora, sem
lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; 22 justiça de
Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque
não há distinção, 23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,”). É claro que todos
os pecadores necessitam a misericórdia divina, mas também deve ser claro, que não há ninguém
que a mereça. Se, como alguns querem supor, entre todas as pessoas que mereciam uma atenção
positiva, ou entre todas que clamavam em arrependimento e a fé pela Salvação, fosse dada uma
distinção preferencial, assim séria uma terrível injustiça na parte de Deus. Mas, quando todas são
verdadeiramente inimigas e rebeldes (Rm 8:6-8 “Porque o pendor da carne dá para a morte,
mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra
Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que
estão na carne não podem agradar a Deus.”) e condenadas (Jo 3:19 “O julgamento é este:
que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as
suas obras eram más.”), e ninguém está buscando a Deus (Sl 14:1-2 “Diz o insensato no
seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o
bem. 2 Do céu olha o SENHOR para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda,
se há quem busque a Deus.”), a misericórdia pode ser estendida a uma singular e particular
escolha de Deus sem a mínima injustiça. Resumindo: entre pessoas com merecimentos iguais,
uma distinção preferencial séria injusta. Todavia, a eleição foi feita entre pessoas sem quaisquer
merecimentos. Veja: (Tg 2:13 “Porque o juízo é sem misericórdia para com aquele que não
usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o juízo.”).
Deve ser mencionado o fato de Deus fazer uma escolha qualquer entre os pecadores não faz os
pecadores não escolhidos mais ímpios. A eleição também não faz os pecadores não eleitos mais
condenados. Ninguém é condenado pelo fato de não ser escolhido. A condenação é dado por causa
do homem pecar (Gn 2:17 “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não
comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”); (Gn 3:6 “Vendo
a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável
para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele
comeu.”); (Ez 18:20 “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do
pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade
do perverso cairá sobre este.”); (Rm 6:23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o
dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”). Os pecadores não
são culpáveis por não serem escolhidos, mas por não obedecerem os mandamentos de Deus (1Jo
3:4 “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a
transgressão da lei.”). É o pecado, e não a eleição, que condena. A escolha que Deus faz,
somente opera que uns pecadores são Salvos, ou seja, que alguns tenham o fim justo dos seus
pecados colocado em Cristo. Todo o pecador tem a responsabilidade de se arrepender dos pecados
e crer no Filho de Deus, o Jesus Cristo, para ter a remissão dos pecados. Deus fará a Sua obra da
Salvação nos que O buscam com todo o coração (Is 55:6-7 “Buscai o SENHOR enquanto se
pode achar, invocai-o enquanto está perto. 7 Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo,
os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se
para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.”). Então a mensagem é: Busque o
misericordioso Deus pelo Salvador enquanto é dia!
6.2.8 O Tempo da Eleição
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Quando é que Deus decidiu exatamente quem receberia a Sua influência graciosa que não era
segundo a capacidade nem à ação do pecador? Ainda que algumas pessoas possam descordar com
o que já foi estudado até neste ponto, nisso quase todos são unânimes: a eleição foi determinada
na eternidade passada, sim, "antes da fundação do mundo" (Ef 1:4 “assim como nos escolheu
nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e
em amor “).
Queremos entender que a ordenação para crer ou, o propósito divino para os eleitos a serem
Salvos, veio antes de terem a possibilidade de conhecer a Deus (Is 45:5 “Eu sou o SENHOR, e
não há outro; além de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que não me conheces.”),
antes da chamada à Salvação (Rm 8:29-30 “Porquanto aos que de antemão conheceu,
também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele
seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também
chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses
também glorificou.”), antes da própria fé (At 13:48 “Os gentios, ouvindo isto,
regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido
destinados para a vida eterna.”); (Jo 10:16 “Ainda tenho outras ovelhas, não deste
aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um
rebanho e um pastor.”) e bem antes dos eleitos terem nascidos e antes que fizessem bem ou
mal (Rm 9:11 “E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o
mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas
por aquele que chama”)). As Escrituras Divinas são claras que a eleição é desde a eternidade.
A imutabilidade de Deus é tocada neste assunto, pois Deus faz tudo segundo o Seu propósito (Rm
9:11 “propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele
que chama,”); (2Tm 1:9 “que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não
segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi
dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, RA); que é segundo a Sua vontade (Ef
1.11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o
propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,”) que são
partes integrantes dos atributos eternos de Deus. Deus nunca pode ter um novo plano ou
propósito (At “15:18diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos.”),
"Conhecidas são de Deus, desde o princípio do mundo, todas as suas obras"; "com eterno
propósito" (Ef 3:11 “segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso
Senhor,”). Se fosse possível Deus ter um plano novo, este séria para melhorar aquele que veio
antes, ou séria inferior ao que veio primeiro. Mas Deus é perfeito "não conheceu pecado" (Nm
23:19 “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa.
Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?”); (2Co
5:21 “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele,
fôssemos feitos justiça de Deus.”), é eterno (Dt 33:27 “O Deus eterno é a tua habitação
e, por baixo de ti, estende os braços eternos; ele expulsou o inimigo de diante de ti e
disse: Destrói-o.”); "... de eternidade a eternidade, tu és Deus." (Sl 90:2 “Antes que os
montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és
Deus.”), soberano (Is 46:10 “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e
desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho
permanecerá de pé, farei toda a minha vontade;”); "faz todas as coisas segundo a Sua
vontade" (Ef 1:11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados
segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua
vontade,”), e é imutável (Mal 3:6, "Porque eu, o SENHOR, não mudo"); "Rei dos séculos"
(1Tm 1:17 “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos
séculos dos séculos. Amém!”),; "não há mudança nem sombra de variação" (Tg 1:17 “Toda
boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não
pode existir variação ou sombra de mudança.”),. "Conseqüentemente, quando Deus Salva
um homem, Ele sempre o faz intencionado e com propósito de Salvá-lo" (Simmons, p. 221,
português).
Uma observação: A eleição é da eternidade, mas a Salvação da alma está feita em tempo (2Tm
1:9-10 “que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras,
mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus,
antes dos tempos eternos, 10 e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso
Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a
imortalidade, mediante o evangelho,”). A eleição não é Salvação, mas para a Salvação.
Fomos eleitos "desde o principio para a Salvação" (2Ts 2:13-14 “Entretanto, devemos sempre
dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu
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desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, 14 para
o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de
nosso Senhor Jesus Cristo.”). Pela operação do Espírito Santo no coração o eleito é trazido a
ter fé na verdade que é declarada pela pregação em tempo oportuno (2Ts 2:14 “para o que
também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso
Senhor Jesus Cristo.”).; (Tg 1:18 “Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela
palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas”). Antes
que o eleito fosse Salvo, ele estava entre os mortos em pecados, pois estava sem a Salvação
mesmo sendo eleito (Ef 2:1-3 “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e
pecados, 2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o
príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; 3
entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa
carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da
ira, como também os demaIs”). Aquele que foi escolhido na eternidade por Deus
soberanamente será propositadamente operado pelo Espírito Santo para agir com fé, segundo a
responsabilidade do homem, em tempo em resposta à Palavra de Deus ((At 18:10 “porquanto
eu estou contigo, e ninguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade.”);
(Rm 10:13-17 “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 14 Como,
porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada
ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E como pregarão, se não forem
enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!
16 Mas nem todos obedeceram ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem acreditou na
nossa pregação? 17 E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de
Cristo.”); (Jo 15:16 “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos
escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto
permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo
conceda.”); (Ef 2:10 “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras,
as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”).
6.2.9 A Base da Eleição - O Amor de Deus
Para os Salvos, é uma benção tremenda saber que ainda que tenham amado o Senhor Deus por
meio de Cristo, em tempo, o eterno Deus os amou na eternidade. Esse amor eterno também é um
estímulo para os que ainda não são Salvos. Estes são animados ao procurarem esse grande amor
e misericórdia que ultrapassa a impiedade dos seus pecados (Rm 5:20 “Sobreveio a lei para
que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,”), "onde o
pecado abundou, superabundou a graça";(Mt 11:28 “Vinde a mim, todos os que estais
cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.”); (Is 55:7 “Deixe o perverso o seu
caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá
dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.”).
À nação de Israel, Deus empregou o seu amor eterno para a estimular à obediência. Ele mandou
que ela observasse ordens grandes e corajosas. O que devia motivar a sua obediência era o amor
eterno e divino visto pela eleição (Dt 7:7-8 “Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos
escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de
todos os povos, 8 mas porque o SENHOR vos amava ...”);. Nisto entendemos que o amor
estimulou a eleição. O profeta Jeremias nos lembra desse amor eterno que é a base da operação
de Deus quando diz: "Há muito que o SENHOR me apareceu, dizendo: Porquanto com amor eterno
te amei, por isso com benignidade te atraí" (Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR,
dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”). Foi dito que
Jacó foi escolhido "para que o propósito de Deus segundo a eleição, ficasse firme" e nessa
condição de eleito, é dito: "Amei (observe que o verbo está no tempo passado) a Jacó" (Rm 9:11
“E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que
o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que
chama),”); (Rm 9:13 “Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.”); (Ml
1:2 “Eu vos tenho amado, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Em que nos tens amado? Não
foi Esaú irmão de Jacó? —disse o SENHOR; todavia, amei a Jacó,”).
O eleito reage ao amor de Deus e não Deus reagindo ao amor do eleito. O Salvo tem um
relacionamento amoroso com Deus justamente por causa do amor de Deus que agiu primeiro. Por
isso o apóstolo João declara: "Nós O amamos a ele porque ele nos amou primeiro." (1Jo 4:19
”Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”).
Muitas vezes o verbo "conhecer" é usado nas Sagradas Escrituras para mostrar um relacionamento
íntimo de amor. O Marido “conhece” a sua esposa ((Gn 4:16-17 RC “E saiu Caim de diante da
face do SENHOR e habitou na terra de Node, da banda do oriente do Éden. 17 E
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O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II
Operações especiais do Espírito Santo
conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu e teve a Enoque; e ele edificou uma cidade
e chamou o nome da cidade pelo nome de seu filho Enoque.”), Outras vezes como
homossexualismo; os sodomitas “conhecem” um ao outro (Gn 19:4-8 RC ”E, antes que se
deitassem, cercaram a casa os varões daquela cidade, os varões de Sodoma, desde o
moço até ao velho; todo o povo de todos os bairros. 5 E chamaram Ló e disseram-lhe:
Onde [estão] os varões que a ti vieram nesta noite? Traze-os fora a nós, para que os
conheçamos. 6 Então, saiu Ló a eles à porta, e fechou a porta atrás de si, 7 e disse:
Meus irmãos, rogo-vos que não façais mal. 8 Eis aqui, duas filhas tenho, que [ainda]
não conheceram varão; fora vo-las trarei, e fareis delas como bom [for] nos vossos
olhos; somente nada façais a estes varões, porque por isso vieram à sombra do meu
telhado.; (Gn 19:4-8 RA “Mas, antes que se deitassem, os homens daquela cidade
cercaram a casa, os homens de Sodoma, tanto os moços como os velhos, sim, todo o
povo de todos os lados; e chamaram por Ló e lhe disseram: Onde estão os homens que, à
noitinha, entraram em tua casa? Traze-os fora a nós para que abusemos deles. 6 Saiulhes, então, Ló à porta, fechou-a após si 7 e lhes disse: Rogo-vos, meus irmãos, que não
façais mal; 8 tenho duas filhas, virgens, eu vo-las trarei; tratai-as como vos parecer,
porém nada façais a estes homens, porquanto se acham sob a proteção de meu teto.”); e
Deus “conhece” o seu povo (Am 3:2 RC “De todas as famílias da terra a vós somente
conheci; portanto, todas as vossas injustiças visitarei sobre vós.”); (Am 3:2 RA “De
todas as famílias da terra, somente a vós outros vos escolhi; portanto, eu vos punirei por
todas as vossas iniqüidades.”) que é chamado também pelo nome: "minhas ovelhas" (Jo
10:14 “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim,”).
Se o homem não for “conhecido” por Deus dessa maneira íntima amorosa, esse homem não deve
ter nenhuma esperança de gozar a presença eterna divina pela eternidade (Mt 7:23 “Então, lhes
direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a
iniqüidade.”). Em verdade, se alguém tem uma posição Salvadora com Deus é por que Deus o
amou, ou, o conheceu primeiro (1Co 8:3 “ Mas, se alguém ama a Deus, esse é conhecido
por ele.”). O amor de Deus para o pecador vem antes da predestinação, ou a eleição, pois a
ordem bíblica é: conhecer (em amor), a predestinação, a chamada à Salvação, a justificação, e por
último, a glorificação (Rm 8:29-30 “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e
aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também
glorificou.”).
Pelo amor eterno de Deus podemos entender que o Seu amor é maior do que os nossos pecados,
fraquezas, tolices e desobediências. A Sua eleição é baseada no Seu amor somente. A eleição não
é baseada, de maneira nenhuma, nas ações passadas, presentes ou futuras de qualquer homem.
As pessoas são finitas e conhecem o Senhor Deus, em tempo, mas a misericórdia e o amor de
Deus sobre estes que eventualmente O temem é "desde a eternidade e até a eternidade" (Sl
103:17 “Mas a misericórdia do SENHOR é de eternidade a eternidade, sobre os que o
temem, e a sua justiça, sobre os filhos dos filhos,”). Antes do eleito existir como um ser
humano, e, antes de ser temente a Deus, sim, quando ainda era morto em ofensas e pecados, o
amor de Deus era "desde a eternidade" passada , para com o seu povo e ficará sobre estes "até a
eternidade" (Ef 2:1-5 “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e
pecados, 2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o
príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; 3
entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa
carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da
ira, como também os demaIs 4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do
grande amor com que nos amou, 5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida
juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos,”).
Por tudo depender do amor de Deus, a nossa eleição não é a única benção assegurada. A Salvação
eterna também é garantida. A obra que o Seu amor começou, o Seu poder em amor completará
(Fp 1:6 “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de
completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.”); (Rm 8:35-39 “Quem nos separará do amor de
Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou
espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo,
fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Em todas estas coisas, porém,
somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38 Porque eu estou bem
certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas
do presente, nem do porvir, nem os poderes, 39 nem a altura, nem a
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profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que
está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”). Veremos mais deste ponto no último ponto dessas
lições, ou seja, O Efeito Prático da Salvação.
Existe um outro atributo de Deus, além do Seu amor, para estimular-nos a morrermos para as
nossas conveniências e lógicas para O amarmos mais perfeitamente em obediência? (2Co 5:1317 “Porque, se enlouquecemos, é para Deus; e, se conservamos o juízo, é para vós
outros. 14 Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por
todos; logo, todos morreram. 15 E ele morreu por todos, para que os que vivem não
vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16
Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes
conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo. 17 E,
assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que
se fizeram novas.”). Existe um outro atributo de Deus, que não "as riquezas da Sua
benignidade, e paciência e longanimidade" que poderia levar o descrente ao arrependimento
verdadeiro? (Rm 2:4 “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e
longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?”)
Que o descrente venha a Cristo confiando pela fé nesse amor de Deus visto tão claramente em
Cristo é o nosso ardente desejo. E que o Cristão santifique-se a Cristo mais e mais!
6.2.10 Os Reprovados (Os não eleitos)
É puramente natural pensar nas pessoas que não foram eleitas quando do estudo da eleição. Por
Deus fazer o ímpio para o dia do mal (Pv 16:4 “O SENHOR fez todas as coisas para
determinados fins e até o perverso, para o dia da calamidade.”) e odiar Esaú para que o
propósito de Deus ficasse firme (Rm 9:11-13 “E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem
tinham praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição,
prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama), 12 já fora dito a ela: O mais
velho será servo do mais moço. 13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de
Esaú.”); por Deus poder, na Sua soberania, ativamente fazer um vaso para honra e outro para
desonra (Rm 9:21 “Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer
um vaso para honra e outro, para desonra?”) e por isso ser algo que Ele realmente fez (Rm
9:13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.”); por Deus endurecer os
que não foram eleitos (Rm 11:7 “Que diremos, pois? O que Israel busca, isso não
conseguiu; mas a eleição o alcançou; e os mais foram endurecidos,”) e destinar alguns
para a ira (1Ts 5:9 “porque Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a
salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo,”) e para tropeçar na palavra (1Pe 2:8 “e:
Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo
desobedientes, para o que também foram postos.”); por Deus ocultar informações de alguns
(Mt 11:25-26 “Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e
da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos
pequeninos. 26 Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.”) e por fazer alguns para serem
presos e mortos para perecerem na sua corrupção (2Pe 2:12 “Esses, todavia, como brutos
irracionais, naturalmente feitos para presa e destruição, falando mal daquilo em que são
ignorantes, na sua destruição também hão de ser destruídos,”), e, por existir alguns que
antes eram escritos para o juízo(Jd 1:4 “Pois certos indivíduos se introduziram com
dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta
condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e
negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.”) cujos nomes não estão escritos no
livro da vida desde a fundação do mundo (Ap 13:8 “e adorá-la-ão todos os que habitam
sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que
foi morto desde a fundação do mundo.”); (Ap 17:8 “a besta que viste, era e não é, está
para emergir do abismo e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a
terra, cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida desde a fundação do mundo, se
admirarão, vendo a besta que era e não é, mas aparecerá.”) é claro que haja uma
determinação eterna da parte de Deus para que alguns nunca conheçam a Sua graça Salvadora.
6.2.10.1 A Definição
Essa determinação, para fazer que alguns não sejam eleitos, é chamada na teologia, a reprovação.
A doutrina de reprovação é citada por um teólogo como sendo: o decreto eterno, soberano,
incondicional, imutável, sábio, santo e misterioso pelo qual Deus, por eleger alguns à vida eterna,
deixa de escolher outros e condena estes de maneira justa, pelos seus pecados - para Sua própria
glória (Edwin Palmer, citado por Tom Ross, p. 85).
6.2.10.2 Exemplo
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Faraó é um exemplo dessa determinação prévia de Deus para que uma pessoa seja um objeto da
sua ira. Antes de Faraó ter nascido, já eram determinadas as suas ações para com Israel (Gn
15:13-14 “então, lhe foi dito: Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina
em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. 14
Mas também eu julgarei a gente a que têm de sujeitar-se; e depois sairão com grandes
riquezas.”). Em tempo, foi declarado para Faraó que ele foi mantido para mostrar o poder de
Deus nele e por ele o nome de Deus seria anunciado em toda a terra (Êx 9:15-16 “Pois já eu
poderia ter estendido a mão para te ferir a ti e o teu povo com pestilência, e terias sido
cortado da terra; 16 mas, deveras, para isso te hei mantido, a fim de mostrar-te o meu
poder, e para que seja o meu nome anunciado em toda a terra.”); (Rm 9:15-18 “Pois ele
diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecerme-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer
ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia. 17 Porque a Escritura diz a
Faraó: Para isto mesmo te levantei, para mostrar em ti o meu poder e para que o meu
nome seja anunciado por toda a terra. 18 Logo, tem ele misericórdia de quem quer e
também endurece a quem lhe apraz.”). Sabendo tudo disso, Faraó continuou no seu caminho
ímpio. No julgamento pela sua impiedade, Faraó declarou-se pecador e Deus justo (Êx 9:27
“Então, Faraó mandou chamar a Moisés e a Arão e lhes disse: Esta vez pequei; o SENHOR
é justo, porém eu e o meu povo somos ímpios.”). Na conclusão da libertação do povo de
Deus, com Moisés testemunhando toda a operação de Deus tanto no endurecer o coração de Faraó
quanto o seu julgamento, afirmou a santidade de Deus e que Ele é admirável em louvores (Êx
15:11 “Ó SENHOR, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em
santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?”). Este cântico de Moisés
será repetido no céu pelos que tenham sabedoria numa hora da ira de Deus ser consumada (Ap
15:1-4 “Vi no céu outro sinal grande e admirável: sete anjos tendo os sete últimos
flagelos, pois com estes se consumou a cólera de Deus. 2 Vi como que um mar de vidro,
mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome,
que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus; 3 e entoavam o cântico
de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as
tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó
Rei das nações! 4 Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és
santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de
justiça se fizeram manifestos.”).
6.2.10.3 Conclusão
Pelo exemplo de Faraó podemos entender que a soberania de Deus atinge as obras contrárias da
justiça divina. Entendemos, que pelo homem ser responsável a honrar Deus em tudo, o homem é
ímpio e julgado justamente por Deus. Podemos concluir, depois de estudar o exemplo de Faraó,
que Deus não causou o pecado de Faraó. O pecado, a rebelião e a inimizade contra Deus vieram
do coração do Faraó.
Não podemos entender tudo sobre a graça e a reprovação, mas, na realização de diferenças feitas
entre os homens (1Co 4:7 “Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não
tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras
recebido?“), todas delas sendo segundo a vontade de Deus, podemos concluir como Jesus
declarou: "Sim, o Pai, porque assim te aprouve." (Mt 11:26 “Sim, ó Pai, porque assim foi do
teu agrado.”).
Nunca entenderemos todos os pensamentos de Deus (Sl 147:5 “Grande é o Senhor nosso e
mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir.”); (Is 55:8-9 “Porque os meus
pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus
caminhos, diz o SENHOR, 9 porque, assim como os céus são mais altos do que a terra,
assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus
pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.”), mas, podemos entender, nos
assuntos da eleição e da reprovação, que quem é soberano, é Deus. Ele pode agir com o que é
Dele como Ele quer para Sua própria glória. (Dn 4:34-35 “Mas ao fim daqueles dias, eu,
Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse
o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é sempiterno, e
cujo reino é de geração em geração. 35 Todos os moradores da terra são por ele
reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os
moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”);
(Ef 1:11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o
propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,”); (Rm
11:36 “Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a
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glória eternamente. Amém!”).
6.2.11 Apelo
É uma coisa horrenda cair nas mãos de um Deus vivo (Hb 10:31 “Horrível coisa é cair nas
mãos do Deus vivo.”). Cristo foi dado para a Salvação de todo aquele que está cansado e
oprimido pelos seus pecados. A verdade repetida pela Palavra de Deus é: os em Cristo têm vida
eterna com Deus. Pecador venha arrependendo-se dos pecados crendo em Cristo de coração.
Conheça a misericórdia de Deus por Jesus Cristo. Senão, conhecerá a sua justiça na ira eterna (Mt
11:28-30 “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos
aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e
humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. 30 Porque o meu jugo é
suave, e o meu fardo é leve.”); (Jo 3:16-19 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna. 17 Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o
mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. 18 Quem nele crê não é julgado; o
que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. 19 O
julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que
a luz; porque as suas obras eram más.”); (Jo 3:36 “Por isso, quem crê no Filho tem a
vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre
ele permanece a ira de Deus.”).
6.2.12 A Imutabilidade de Deus Considerada
Se tudo é conforme o propósito de Deus, tanto o agradável quanto o desagradável, a condenação
de pecadores não arrependidos é segundo este propósito também (Ec 3:1 “Tudo tem o seu
tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu:”); (Ef 1:11 “nele,
digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele
que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,”); (Is 46:10 “que desde o
princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não
sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade;”).
Se o propósito é eterno para a Salvação, também o é para a condenação. Deus não muda os seus
propósitos em reação às decisões do homem, pois Deus não muda (Ml 3:6 “Porque eu, o
SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.”); (1Tm 1:17
“Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos
séculos. Amém!”); (Hb 13:5 “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as
coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te
abandonarei.”); (Hb 6:17 “Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos
herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento,”);
(Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes,
em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”) e os seus propósitos são
eternos (Is 14:24 “Jurou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá,
e, como determinei, assim se efetuará.”); (Ef 3:11 “segundo o eterno propósito que
estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor,”); (2Tm 1:9 “que nos salvou e nos chamou
com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria
determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,”).
Tanto no homem que vai para o céu quanto no homem que finda no inferno, o propósito eterno de
Deus é feito (Js 11:18-20 “Por muito tempo, Josué fez guerra contra todos estes reIs 19
Não houve cidade que fizesse paz com os filhos de Israel, senão os heveus, moradores
de Gibeão; por meio de guerra, as tomaram todas. 20 Porquanto do SENHOR vinha o
endurecimento do seu coração para saírem à guerra contra Israel, a fim de que fossem
totalmente destruídos e não lograssem piedade alguma; antes, fossem de todo
destruídos, como o SENHOR tinha ordenado a Moisés.”); (Is 46:10 “que desde o
princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não
sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade;”).
Se for justo para Deus fazer algo em tempo, também é justo para Ele fazer o mesmo na
eternidade.
Deus é o Autor do Pecado?
Por Deus fazer o ímpio para o dia do mal (Pv 16:4O “SENHOR fez todas as coisas para
determinados fins e até o perverso, para o dia da calamidade.”), não significa que Deus é o
autor da impiedade do homem, ou o responsável pela sua condenação pecaminosa e nem a causa
do homem pecador ir para o inferno. O homem pecou por querer (Gn 3:6 “Vendo a mulher que
a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar
entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.”); (Ec
7:29 “Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu
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em muitas astúcias.”) e, a condenação vem pela desobediência (Ez 18:20 “A alma que pecar,
essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a
justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.”); (Rm
6:23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna
em Cristo Jesus, nosso Senhor.”); (Rm 9:20-33 “Quem és tu, ó homem, para discutires
com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste
assim? 21 Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um
vaso para honra e outro, para desonra? 22 Que diremos, pois, se Deus, querendo
mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os
vasos de ira, preparados para a perdição, 23 a fim de que também desse a conhecer as
riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão,
24 os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também
dentre os gentios? 25 Assim como também diz em Oséias: Chamarei povo meu ao que
não era meu povo; e amada, à que não era amada; 26 e no lugar em que se lhes disse:
Vós não sois meu povo, ali mesmo serão chamados filhos do Deus vivo. 27 Mas,
relativamente a Israel, dele clama Isaías: Ainda que o número dos filhos de Israel seja
como a areia do mar, o remanescente é que será salvo. 28 Porque o Senhor cumprirá a
sua palavra sobre a terra, cabalmente e em breve; 29 como Isaías já disse: Se o Senhor
dos Exércitos não nos tivesse deixado descendência, ter-nos-íamos tornado como
Sodoma e semelhantes a Gomorra. 30 Que diremos, pois? Que os gentios, que não
buscavam a justificação, vieram a alcançá-la, todavia, a que decorre da fé; 31 e Israel,
que buscava a lei de justiça, não chegou a atingir essa lei. 32 Por quê? Porque não
decorreu da fé, e sim como que das obras. Tropeçaram na pedra de tropeço, 33 como
está escrito: Eis que ponho em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e
aquele que nela crê não será confundido.”); (Jo 3:19 “O julgamento é este: que a luz
veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras
eram más.”). O homem é o único responsável judicialmente pelo resultado da sua ação
pecaminosa. Sem dúvida, o decreto eterno de Deus inclui a queda do homem no pecado, mas não
foi o decreto eterno que causou a queda. Os homens ímpios que crucificaram Cristo fizeram tudo
que Deus já anteriormente determinou que devia ser feito, mas estes homens foram culpados
pelas suas ações (At 4:25-28 “que disseste por intermédio do Espírito Santo, por boca de
Davi, nosso pai, teu servo: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram
coisas vãs? 26 Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma
contra o Senhor e contra o seu Ungido; 27 porque verdadeiramente se ajuntaram nesta
cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com
gentios e gente de Israel, 28 para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito
predeterminaram;”). Não foi Deus culpado pela Sua determinação previa. Deus não julga o
homem conforme a capacidade do homem, mas segundo a sua responsabilidade (Tg 4:17
“Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.”). Deus
não condena o homem por uma determinação prévia, mas, pelas obras pecaminosas do homem
que são feitas em tempo (Ec 12:14 “Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as
que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.”); (Ap 20:13 “Deu o mar os
mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E
foram julgados, um por um, segundo as suas obras.”). É verdade que o homem não tem
capacidade de não pecar, mas, sem a menor dúvida, ele tem a responsabilidade de não pecar (Gn
2:17 “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em
que dela comeres, certamente morrerás.”); (Êx 20:1-26 1 “Então, falou Deus todas estas
palavras: 2 Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da
servidão. 3 Não terás outros deuses diante de mim. 4 Não farás para ti imagem de
escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra,
nem nas águas debaixo da terra. 5 Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou
o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à
terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem 6 e faço misericórdia até mil
gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos. 7 Não tomarás o
nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que
tomar o seu nome em vão. 8 Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. 9 Seis dias
trabalharás e farás toda a tua obra. 10 Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu
Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu
servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro;
11 porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e,
ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o
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santificou. 12 Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que
o SENHOR, teu Deus, te dá. 13 Não matarás. 14 Não adulterarás. 15 Não furtarás. 16
Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. 17 Não cobiçarás a casa do teu
próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva,
nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo. 18
Todo o povo presenciou os trovões, e os relâmpagos, e o clangor da trombeta, e o monte
fumegante; e o povo, observando, se estremeceu e ficou de longe. 19 Disseram a
Moisés: Fala-nos tu, e te ouviremos; porém não fale Deus conosco, para que não
morramos. 20 Respondeu Moisés ao povo: Não temais; Deus veio para vos provar e para
que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeIs 21 O povo estava de
longe, em pé; Moisés, porém, se chegou à nuvem escura onde Deus estava. 22 Então,
disse o SENHOR a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vistes que dos céus eu vos
falei. 23 Não fareis deuses de prata ao lado de mim, nem deuses de ouro fareis para vós
outros. 24 Um altar de terra me farás e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, as
tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas e os teus bois; em todo lugar onde eu fizer
celebrar a memória do meu nome, virei a ti e te abençoarei. 25 Se me levantares um
altar de pedras, não o farás de pedras lavradas; pois, se sobre ele manejares a tua
ferramenta, profaná-lo-ás. 26 Nem subirás por degrau ao meu altar, para que a tua
nudez não seja ali exposta.”), a Lei de Moisés; (Mc 12.29-31 “Respondeu Jesus: O
principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor! 30 Amarás, pois, o
Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento
e de toda a tua força. 31 O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há
outro mandamento maior do que estes.”). Uma vez que o homem pecou, Deus é justo em
condená-lo eternamente segundo a Sua justiça.
6.2.13 O Proveito em Estudar e Pregar a Eleição
O estudo da eleição dá a devida glória a Deus. No homem natural, sem a graça de Deus, não
habita bem algum (Rm 7:18 “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não
habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo”.) e não
pode fazer nenhuma coisa boa que agrade a Deus (Rm 8:8 “Portanto, os que estão na carne
não podem agradar a Deus”.) sendo que a inclinação da carne é apenas morte (Rm 8:7 “Por
isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem
mesmo pode estar”.). O desejo do homem natural não busca Deus (Rm 3:11 “não há quem
entenda, não há quem busque a Deus”) e a sua mente não entende as coisas de Deus (1Co
2:14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são
loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.”). Tudo que
Deus requer para a Salvação, o arrependimento e a fé, não vêm do homem, mas de Deus (Jo
1:12-13 “12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos
de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; 13 os quais não nasceram do sangue,
nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”); (Jo 6:29, 44
“Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi
enviado. 44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o
ressuscitarei no último dia.”); (At 16:14 “Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de
Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o
coração para atender às coisas que Paulo dizia.”); (Ef 2:8-9 “Porque pela graça sois
salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que
ninguém se glorie.”). A eleição incondicional, pessoal, particular e preferencial é atribuída a
Deus, e somente a Deus, e não toda e qualquer obra boa que o homem faz para agradar a Deus.
Tanto a santificação do Espírito quanto a fé na verdade é atribuída a Deus (Ef 2:8-9 “Porque
pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de
obras, para que ninguém se glorie.”) e, por isso, somos incentivados pela Palavra de Deus a
dar graças a Deus por Deus eleger os Seus para a Salvação (2Ts 2:13 “Entretanto, devemos
sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos
escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito fé na
verdade,”). Devemos observar nesse ponto que na Salvação, o homem tem uma
responsabilidade de escolher ao arrependimento e a fé, mas o nosso estudo não é, nesta hora, a
responsabilidade do homem, mas a eleição divina. Na Salvação, o homem tem uma
responsabilidade que exercita em resposta à operação divina, mas na eleição, apenas Deus opera.
O estudo da eleição convém por estar revelada na Palavra de Deus. Toda a Escritura é inspirada e,
portanto, é proveitosa (2Tm 3:16 “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o
ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,”). Os ministrastes
de Deus, que querem ter uma boa consciência, têm responsabilidade de "anunciar todo o
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conselho de Deus" (At 20:27 “porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de
Deus.”). Se a eleição existe na Bíblia é porque ela é proveitosa e, sendo parte do cânon, deve ser
anunciada. Há assuntos que não são revelados a nós, e estes assuntos não são para nós
anunciarmos ou estudarmos, mas, os que são revelados, como é o caso da eleição, são tanto para
nós quanto para nossos filhos e, portanto devem ser estudados. (Dt 29:29 “As coisas
encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a
nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.”).
O estudo da eleição prioriza a fé sobre o raciocínio do homem. É uma verdade que a eleição não é
entendida facilmente. Se não estudássemos os assuntos da eleição por serem difíceis de entender,
mostraríamos uma falta de fé na inspiração das Escrituras e uma confiança maior no raciocínio do
homem. Quando consideramos mais a lógica do homem do que as declarações divinamente
inspiradas, duvidamos que elas são proveitosas para o ensino, a correção e o aperfeiçoamento dos
servos de Deus. O deixar de crer no que a Bíblia claramente revela por não seguir a sua lógica,
séria de dar primazia à lógica do homem e não à fé. A fé não se manifesta naquilo que se pode
racionalizar, mas naquilo que se entenda apenas por ser revelado pela própria Palavra de Deus
(Hb 11:1, 6 “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se
não vêem. 6 De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que
aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que
o buscam.”). Deus não pede que entendamos tudo que é revelada pelas Sagradas Escrituras,
mas espera que os que querem agradá-Lo, creiam, pela fé. naquilo que Ele revela.
O estudo e a proclamação da doutrina da eleição faz parte da adoração verdadeira. A adoração
que Deus aceita é aquela que é segundo o Seu Espírito e a Sua verdade declarada. Deus já se
expressou qual a maneira que convém adorá-Lo. É em espírito e em verdade (Jo 4:24 “Deus é
espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.”). O
próprio coração do homem natural não emana verdade, mas somente a perversidade e o engano
(Jr 17:9 “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente
corrupto; quem o conhecerá?”); (Mt 15:11, 18-20 “11 não é o que entra pela boca o que
contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem. 18 Mas o
que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. 19 Porque do coração
procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos
testemunhos, blasfêmias. 20 São estas as coisas que contaminam o homem; mas o
comer sem lavar as mãos não o contamina.”), mas a verdade é de Deus pois ela é o próprio
Cristo (Jo 14:6 “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém
vem ao Pai senão por mim.”) e é ministrada pelo Espírito Santo (Jo 16:13 “quando vier,
porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si
mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.”);
(1Coríntios 2:14-16 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus,
porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente. 15 Porém o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não
é julgado por ninguém. 16 Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir?
Nós, porém, temos a mente de Cristo.”). Se a verdade importa na adoração verdadeira, e se a
verdade vem de Deus, o estudo da eleição só pode agradar a Deus, pois é a declaração da
verdade. O estudo da eleição é aceita por Ele como aquela adoração que Lhe convém. Se as
verdades da eleição forem ignoradas e não estudadas, a adoração a Deus pela declaração da
verdade será comprometida. Verdadeiramente, pela eleição, um grau imenso do amor de Deus, da
Sua misericórdia, da Sua justiça e dos Seus atributos santos é entendido, e, esse entendimento
agrada a Deus.
O estudo da doutrina da eleição promove crescimento espiritual. A obra do ministrante que é
chamado para anunciar todo o conselho de Deus pela Palavra de Deus, quando exercitada
corretamente, promove conforto na alma, edificação em espírito e conformidade à imagem de
Cristo. (Ef 4.11-16 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas,
outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, 12 com vistas ao
aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do
corpo de Cristo, 13 Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento
do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, 14
para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao
redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que
induzem ao erro. 15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que
é a cabeça, Cristo, 16 de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de
toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento
para a edificação de si mesmo em amor.” ). O que destrói, desestabiliza ou engana alguém
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não é o ensinar a verdade, mas a falta do ensino dela. Jamais aquela que instrui, reprova, corrija e
doutrina seria para a destruição de qualquer membro na igreja. Os rudimentos básicos das
doutrina bíblica é o leite racional que promove crescimento (1Pe 2:2 “desejai ardentemente,
como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja
dado crescimento para salvação”). A doutrina mais avançada, que inclui a doutrina da eleição,
é mantimento sólido que faz os sentidos, nos que por ela é exercitada, crescerem para o
discernimento tanto o bem como o mal. (Hb 4:11-14 “Esforcemo-nos, pois, por entrar
naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de
desobediência. 12 Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que
qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas
e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. 13 E não há
criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão
descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas. 14 Tendo,
pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus,
conservemos firmes a nossa confissão.”).
O estudo da eleição produz evangelismo bíbliCO Nem todos que dizem: "Senhor, Senhor" agradam
ao Senhor Deus, mas somente os que fazem a vontade do Pai (Mt 7:21 “Nem todo o que me
diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu
Pai, que está nos céus.”). Nem tudo que pode encher uma igreja ou arrumar seguidores é de
Deus (At 5:35-37 “e lhes disse: Israelitas, atentai bem no que ides fazer a estes homens.
36 Porque, antes destes dias, se levantou Teudas, insinuando ser ele alguma coisa, ao
qual se agregaram cerca de quatrocentos homens; mas ele foi morto, e todos quantos
lhe prestavam obediência se dispersaram e deram em nada. 37 Depois desse, levantouse Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e levou muitos consigo; também este
pereceu, e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos.”); (2Tm 4:3-4 “Pois haverá
tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres
segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; 4 e se
recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.”). A eleição direciona e
impulsiona os ânimos evangelizadores ao uso dos meios bíblicos, quais são a pregação de Cristo e
a oração zelosa (Tg 5:16 “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns
pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.”);
(2Tm 2:1-10 “Tu, pois, filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus. 2 E o
que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a
homens fiéis e também idôneos para instruir a outros. 3 Participa dos meus sofrimentos
como bom soldado de Cristo Jesus. 4 Nenhum soldado em serviço se envolve em
negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou. 5
Igualmente, o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas. 6 O lavrador que
trabalha deve ser o primeiro a participar dos frutos. 7 Pondera o que acabo de dizer,
porque o Senhor te dará compreensão em todas as coisas. 8 Lembra-te de Jesus Cristo,
ressuscitado de entre os mortos, descendente de Davi, segundo o meu evangelho; 9 pelo
qual estou sofrendo até algemas, como malfeitor; contudo, a palavra de Deus não está
algemada. 10 Por esta razão, tudo suporto por causa dos eleitos, para que também eles
obtenham a salvação que está em Cristo Jesus, com eterna glória.”). Um entendimento da
operação de Deus pela eleição faz que o evangelista não se contenta naquilo que é meramente
visível, mas naquele crescimento que vem somente de Deus (1Coríntios 3:6-7 “Eu plantei,
Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. 7 De modo que nem o que planta é
alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.”). A pregação bíblica inclui
a eleição (Mt 11:25-26 “Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor
do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste
aos pequeninos. 26 Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.”); (Jo 6:37, 44, 65 “37
Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o
lançarei fora. 44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o
ressuscitarei no último dia. 65 E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito:
ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido.”); (Jo 10.26 “Mas vós não
credes, porque não sois das minhas ovelhas.”) e é uma boa mensagem pois destrói qualquer
esperança que o pecador possa ter em si mesmo ou numa obra humana ou religiosa. Pela
pregação da eleição o pecador é incentivado a clamar ao Deus soberano para ter misericórdia na
face de Jesus Cristo (Rm 2:4 “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e
longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao
arrependimento?”); (Is 55:6-7 “Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o
enquanto está perto. 7 Deixe o perverso o seu
caminho,
o
iníquo,
os
seus
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pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o
nosso Deus, porque é rico em perdoar.”). Esta é evangelização bíblica (1Coríntios 2:1-5
“Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz
com ostentação de linguagem ou de sabedoria. 2 Porque decidi nada saber entre vós,
senão a Jesus Cristo e este crucificado. 3 E foi em fraqueza, temor e grande tremor que
eu estive entre vós. 4 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em
linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, 5
para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus. “).
7. O Preço Pago na Salvação
Se Deus, na eternidade, escolheu homens em particular para os Salvar, os pecados destes devem
ser pagos. É lógico que o assunto do preço pago na Salvação siga o assunto da escolha que Deus
fez na Salvação.
A postura que devemos ter em relação os pontos que seguem deve ser a mesmo que temos neste
estudo inteiro. Não devemos esperar entender o que a Bíblia ensina nessa área doutrinária
dependendo somente da lógica humana. A lógica do homem é bem inferior aos princípios divinos
(Pv 14:12 “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de
morte.”); (Is 55:8 “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem
os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR,”); (Rm 11:33 “Ó profundidade da
riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os
seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!”); (1Coríntios 1:19-25 “Pois está
escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos. 20
Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não
tornou Deus louca a sabedoria do mundo? 21 Visto como, na sabedoria de Deus, o
mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem
pela loucura da pregação. 22 Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos
buscam sabedoria; 23, mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus,
loucura para os gentios; 24, mas para os que foram chamados, tanto judeus como
gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. 25 Porque a loucura de
Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os
homens.”). Se esperamos entender algo da Palavra de Deus devemos exercitar a mente de Cristo
que o crente tem (1Co 1:18 “Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se
perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.”); (1Co 2:14-16 “Ora, o
homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não
pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. 15 Porém o homem
espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém. 16 Pois
quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de
Cristo.”); (Hb 5:14 “Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela
prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas
também o mal.”). Devemos exercitar a fé, pois somente por ela podemos aceitar o que a Bíblia
ensina (Rm 1:17 “visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como
está escrito: O justo viverá por fé.”); (Hb 11:1, 6 “1 Ora, a fé é a certeza de coisas que
se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. 6 De fato, sem fé é impossível
agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que
ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.”). Também qualquer tentativa de
explicar o mistério do preço pago exclusivamente com lógica humana seria fútil e igual a virar da
luz às trevas.
Convém enfatizar novamente o primeiro ponto deste estudo: o desígnio da Salvação, em todas as
suas partes, é a glória de Deus na face de Jesus Cristo. Mesmo que os assuntos abordados nesta
parte do assunto afetem o homem em várias maneiras, o preço pago não foi em benefício primário
ao homem, mas para Cristo fazer a vontade do Pai e assim receber a glória (Jo 6:38, 39 “Porque
eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que
me enviou. 39 E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os
que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia.”).
Convêm termos um temor adicional nesta parte do estudo, pois estamos abordando um assunto
que excede qualquer outra obra que pode ter no céu ou na terra. Múltiplas profecias de Gn 3:15 a
Malaquias 4:6 tratam repetidas vezes Àquele que viria pagar o preço do pecado. Por ter tanta
ênfase pela profecia pelo Antigo Testamento, uma atenção deve ser dada. Não foi somente no
Antigo Testamento que a atenção sobremaneira foi dada, mas no Novo Testamento também. Pelo
Novo Testamento sinais indiscutíveis foram apresentados na concepção (Lc 1:30-35 “Mas o anjo
lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. 31 Eis que
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conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. 32 Este será
grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu
pai; 33 ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. 34
Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum?
35 Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te
envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será
chamado Filho de Deus.), no nascimento (Lc 2:8-14 “Havia, naquela mesma região,
pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da
noite. 9 E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao
redor deles; e ficaram tomados de grande temor. 10 O anjo, porém, lhes disse: Não
temais; eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: 11 é
que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. 12 E isto vos
servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura.
13 E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a
Deus e dizendo: 14 Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a
quem ele quer bem.), durante o crescimento (Lc 2:46-52 “Três dias depois, o acharam no
templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. 47 E todos os
que o ouviam muito se admiravam da sua inteligência e das suas respostas. 48 Logo que
seus pais o viram, ficaram maravilhados; e sua mãe lhe disse: Filho, por que fizeste
assim conosco? Teu pai e eu, aflitos, estamos à tua procura. 49 Ele lhes respondeu: Por
que me procuráveis? Não sabíeis que me cumpria estar na casa de meu Pai? 50 Não
compreenderam, porém, as palavras que lhes dissera. 51 E desceu com eles para
Nazaré; e era-lhes submisso. Sua mãe, porém, guardava todas estas coisas no coração.
52 E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens.), e
durante o ministério público deste Cristo que pagou o preço (Lc 4:17-21 “Então, lhe deram o
livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: 18 O
Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres;
enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para
pôr em liberdade os oprimidos, 19 e apregoar o ano aceitável do Senhor. 20 Tendo
fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga tinham os
olhos fitos nele. 21 Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que
acabais de ouvir.”). Também foram sinais abundantes na Sua morte (Lc 23:44-47 “Já era
quase a hora sexta, e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até à hora
nona. 45 E rasgou-se pelo meio o véu do santuário. 46 Então, Jesus clamou em alta voz:
Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou. 47 Vendo o centurião o
que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Verdadeiramente, este homem era
justo.”); (Mt 27:50-55 “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o
espírito. 51 Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu
a terra, fenderam-se as rochas; 52 abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos,
que dormiam, ressuscitaram; 53 e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de
Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. 54 O centurião e os que com ele
guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de
grande temor e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus. 55 Estavam ali
muitas mulheres, observando de longe; eram as que vinham seguindo a Jesus desde a
Galiléia, para o servirem;”), na Sua ressurreição (Lc 24:1-7 “Mas, no primeiro dia da
semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo, levando os aromas que haviam
preparado. 2 E encontraram a pedra removida do sepulcro; 3 mas, ao entrarem, não
acharam o corpo do Senhor Jesus. 4
Aconteceu que, perplexas a esse respeito,
apareceram-lhes dois varões com vestes resplandecentes. 5 Estando elas possuídas de
temor, baixando os olhos para o chão, eles lhes falaram: Por que buscais entre os
mortos ao que vive? 6 Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos
preveniu, estando ainda na Galiléia, 7 quando disse: Importa que o Filho do Homem
seja entregue nas mãos de pecadores, e seja crucificado, e ressuscite no terceiro dia.”);
(1Co 15:4-8 “e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. 5 E
apareceu a Cefas e, depois, aos doze. 6 Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos
de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. 7
Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos 8 e, afinal, depois de
todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo.”), na ocasião da
Sua ascensão (At 1:9-11 “Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles,
e uma nuvem o encobriu dos seus olhos. 10 E, estando eles com os olhos fitos no céu,
enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado
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deles 11 e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse
Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.”), pelo Seu
ministério agora com o Pai (Hb 7:25 “Por isso, também pode salvar totalmente os que por
ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.”), e pelos ministrantes
Teus na terra que pregam a Sua mensagem (Mc 16:16,17 “Quem crer e for batizado será
salvo; quem, porém, não crer será condenado. 17 Estes sinais hão de acompanhar
aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas;”).
Nenhuma outra pessoa ou ser tem tanto destaque quanto aquela atenção dada pela Palavra de
Deus à pessoa e a obra de Jesus Cristo. Por isso devemos ter um cuidado extra quando entramos
neste assunto. Quando estudamos o preço pago estamos examinando a obra Daquele sobre Quem
foi estabelecida a Sua igreja (Mt 16:18 “Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta
pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”),
Aquele que tem todo o poder no céu e na terra (Mt 28:18 “ Jesus, aproximando-se, faloulhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.”), que aniquilou quem
tinha o império da morte (Hb 2:14 “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de
carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte,
destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo,”) e tem as chaves da morte
e do inferno (Ap 1:18“e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos
séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.”). Por isso devemos dar a
dignidade merecida a este assunto. Não existe outro tema como o tema deste estudo, pois é a
mensagem única para ser anunciada pelos séculos (Mt 28:19, 20 “Ide, portanto, fazei
discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo; 20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que
estou convosco todos os dias até à consumação do século.”); (1Co 2:1-5“Eu, irmãos,
quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com
ostentação de linguagem ou de sabedoria. 2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a
Jesus Cristo e este crucificado. 3 E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive
entre vós. 4 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem
persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, 5 para que a
vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.”) e é aquela
eternamente declarada nas alturas (Ap 5:12 “ proclamando em grande voz: Digno é o
Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e
glória, e louvor.”). Por ter superioridade de tal medida sobre qualquer outra matéria convém que
tenhamos o temor de Deus em consideração neste estudo do preço pago na Salvação.
No decorrer deste estudo definiremos a causa do preço a ser pago (o pecado), exaltaremos quem
pagou o preço necessário (Cristo) e entenderemos por quem o preço foi pago (os eleitos).
7.1 A Causa do Preço Ser Pago
É necessário entender o que necessitou um preço a ser pago na Salvação. Menos entendido o que
necessitou o preço a ser pago, menos valor será dado a Quem pagou o preço. É importantíssimo
entender o que provocou que convinha (próprio e útil - Lc 24:26 “Porventura, não convinha
que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?”) o Filho de Deus "a entristecer-se e
angustiar-se muito" (Mt 26:37 “e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu,
começou a entristecer-se e a angustiar-se.”); ter as suas costas feridas, os cabelos da sua
face arrancados e para Ele receber a afronta e cuspe dos atormentadores (Is 50:6 “Ofereci as
costas aos que me feriam e as faces, aos que me arrancavam os cabelos; não escondi o
rosto aos que me afrontavam e me cuspiam.”). A beleza do preço pago é vista somente
quando é examinado, com detalhes, aquilo que fez que fosse importante (um dever - Jo 3:14, 15
“E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho
do Homem seja levantado, 15 para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.”) o
Santo e Eterno Deus Pai ferir, oprimir, moer e desamparar o Seu Único e Amado filho (Sl 22:1
“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que se acham longe de minha
salvação as palavras de meu bramido?”); (Mt 27:46 “Por volta da hora nona, clamou
Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus
meu, por que me desamparaste?”); (Zc 13:7 “Desperta, ó espada, contra o meu pastor e
contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos; fere o pastor, e
as ovelhas ficarão dispersas; mas volveria a mão para os pequeninos.”); (Is 53:4-5
“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre
si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado
pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a
paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”). Somente percebendo a
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razão do desprezo constante dos pagãos, dos religiosos (Is 53:1-3 “Quem creu em nossa
pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR? 2 Porque foi subindo como renovo
perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamolo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. 3 Era desprezado e o mais rejeitado
entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os
homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.”), das aflições e
inimizade de Satanás (Gn 3:15 “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua
descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o
calcanhar.”); (Mt 4:1-11 “A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser
tentado pelo diabo. 2 E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. 3
Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas
pedras se transformem em pães. 4 Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de
pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. 5 Então, o
diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo 6 e lhe disse: Se és
Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu
respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares
nalguma pedra. 7 Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor,
teu Deus. 8 Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos
do mundo e a glória deles 9 e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.
10 Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu
Deus, adorarás, e só a ele darás culto. 11 Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram
anjos e o serviram.”) podemos admirar o preço que foi pago. Pode ser que algo diferente do
sacrifício tão cruel do Filho de Deus fosse possível a Deus ("todas as coisas te são possíveis", Mc
14:36“E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja
o que eu quero, e sim o que tu queres.”), mas nada menos do que a completa humilhação e a
afronta da morte maldita na cruz pudera satisfazer o que era proposto pela vontade de Deus (Hb
12:2 “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da
alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está
assentado à destra do trono de Deus.”; Mc 14:36“E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível;
passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.”).
A opinião do homem sobre o preço que precisa ser pago pelo pecado é mínima. O preço
necessário a ser pago é comparado, pelo homem, a uma fonte doce na qual ele pode beber
quando precisa refrescar-se do tormento que o pecado provoca à sua consciência (Gn 3:11-13
“Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te
ordenei que não comesses? 12 Então, disse o homem: A mulher que me deste por
esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. 13 Disse o SENHOR Deus à mulher: Que é isso
que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.”; “Gn 4:9 “Disse o
SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele respondeu: Não sei; acaso, sou eu tutor
de meu irmão?”; Rm 2:14 “Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por
natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si
mesmos.”).). Ele (o homem) medita um pouco no mal que fez, e ele determina um ato, um
pensamento ou uma intenção mínima de retribuição para apaziguar a sua consciência. Para o
homem, aquilo que causou o preço a ser pago na Salvação foi apenas uma fraqueza moral que foi
herdada de Adão. É um mal que pode ser resolvido facilmente por um jeito esperto agora ou no
fim da vida. Infelizmente a opinião do homem do preço necessário a ser pago pelo pecado não é a
mesma Daquele que julga o pecado segundo as suas obras de cada um deles (Ap 2o.13 “Deu o
mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles
havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.”).
O que é pecado e o que é que causou um preço a ser pago por ele é entendido pelas descrições
claras do pecado que a Bíblia fornece. Na Bíblia o pecado é descrito como sendo ausência de
justiça ou bem (Sl 14:1-3 “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e
praticam abominação; já não há quem faça o bem. 2 Do céu olha o SENHOR para os
filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. 3 Todos se
extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um
sequer.”);(Sl 53:1-3 “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e
praticam iniqüidade; já não há quem faça o bem. 2 Do céu, olha Deus para os filhos dos
homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus. 3 Todos se
extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem
sequer um.”); ( Rm 3:10-18 “como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11
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não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se
fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta deles é
sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, 14
a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés velozes para
derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17 desconheceram o
caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.”); toda a imundícia e
superfluidade de malícia (Tg 1:21 “Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo
de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa
para salvar a vossa alma.”). O pecado é descrito como um recém nascido abandonado na sua
imundícia (Ez 16:4, 6 “Quanto ao teu nascimento, no dia em que nasceste, não te foi
cortado o umbigo, nem foste lavada com água para te limpar, nem esfregada com sal,
nem envolta em faixas.”; “Passando eu por junto de ti, vi-te a revolver-te no teu sangue
e te disse: Ainda que estás no teu sangue, vive; sim, ainda que estás no teu sangue,
vive.”); um corpo morto (Rm 7:24 “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do
corpo desta morte?”), um enfermo com doenças abertas e imundas (Is 1:5, 6 “Por que
haveis de ainda ser feridos, visto que continuais em rebeldia? Toda a cabeça está
doente, e todo o coração, enfermo. 6 Desde a planta do pé até à cabeça não há nele
coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas,
nem atadas, nem amolecidas com óleo. 6 Além disso, a linguagem deles corrói como
câncer; entre os quais se incluem Himeneu e Fileto.”), a gangrena ou o câncer (2Tm 2:17
“Além disso, a linguagem deles corrói como câncer; entre os quais se incluem Himeneu
e Fileto”) e um sepulcro aberto (Rm 3:13 “A garganta deles é sepulcro aberto; com a
língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios,”). O desprezo de Deus pelo
pecado é compreendido em que a Bíblia descreve-o como não tendo nenhuma verdade nele (Jo
8:44 “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi
homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade.
Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da
mentira.”), sendo comparado ao vomito de cães e à Lama dos porcos (2Pe 2: 22 “Com eles
aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A
porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal.”) e até a um trapo ou pano imundo (Is 30:22
“E terás por contaminados a prata que recobre as imagens esculpidas e o ouro que
reveste as tuas imagens de fundição; lançá-las-ás fora como coisa imunda e a cada uma
dirás: Fora daqui”; Lm 1:17”Estende Sião as mãos, e não há quem a console; ordenou o
SENHOR acerca de Jacó que os seus vizinhos se tornem seus inimigos; Jerusalém é para
eles como coisa imunda.”). A Bíblia abertamente diz que o pensamento do tolo é pecado (Pv
24:9 “Os desígnios do insensato são pecado, e o escarnecedor é abominável aos
homens.”) nos dando a entender que o pecado é tolice. A Bíblia revela que qualquer coisa sem a
fé é pecado (Rm 14:23 “Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o
que faz não provém de fé; e tudo o que não provém de fé é pecado.”) nos ensinando que o
pecado é o oposto da fé. A Bíblia ensina que o não fazer o bem que se sabe e deve fazer é pecado
(Tg 4:17 “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está
pecando.”) nos ensinando que a maldade do pecado é desobediência. Somos instruídos pela
Palavra de Deus que o pecado é claramente descrito como sendo "iniquidade" (1Jo 3:4 “Todo
aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão
da lei.”; 5:17“Toda injustiça é pecado, e há pecado não para morte.”) nos ensinando que o
pecado é contra a lei de Deus. Para ninguém ter dúvida sobre este assunto, o Apóstolo João diz,
pela inspiração do Espírito Santo, que quem peca "é do diabo" (1Jo 3:8 “Aquele que pratica o
pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se
manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.”) nos convencendo
claramente que o pecado, em todas as suas considerações, é terrível, abominável e diabóliCO
Pelas descrições claras e marcantes da Palavra de Deus entendemos bem o que causou o preço
divino a ser pago para que a Salvação fosse uma realidade.
O que é pecado e o que é que causou um preço a ser pago por ele pode ser mais bem entendido
pela observação dos frutos podres dele. Jesus disse: pelos frutos conhecerá a árvore, pois "não
pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons" (Mt 7:16, 18 “16 Pelos
seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos
abrolhos? 18 Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir
frutos bons.”)
. Tiago pergunta: "Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água
amargosa?" e também, "pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos?" Na
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face da evidente clareza da lógica, Tiago resume: "Assim tampouco pode uma fonte dar água
Salgada e doce?". (Tg 3:11, 12 “Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e
o que é amargoso? 12 Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a
videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce.”). Em face de tais
verdades podemos examinar os frutos podres e as obras vergonhosas do pecado e, com isso,
entender melhor a sua natureza e o tipo de preço que foi pago por ele. As obras do pecado estão
listadas varias vezes na Bíblia (Gl 5:19-21 “19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são:
prostituição, impureza, lascívia, 20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes,
iras, discórdias, dissensões, facções, 21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas
semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni,
que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.”; Ap 21:8, 27 “Quanto,
porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos
feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que
arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte. 27 Nela, nunca jamais penetrará
coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os
inscritos no Livro da Vida do Cordeiro.”; 22:15 “Fora ficam os cães, os feiticeiros, os
impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira.”) nos
dando um entendimento da podridão que é o pecado. Aquele ser que foi feito pela própria mão de
Deus na Sua própria imagem (Gn 1:27 “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à
imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”; 2:7 “Então, formou o SENHOR
Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem
passou a ser alma vivente.”), superior a tudo que se achava na terra (Hb 2:7, 8 “7Fizeste-o,
por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste [e o constituíste
sobre as obras das tuas mãos]. 8 Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés. Ora,
desde que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém,
ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas;”) é agora, em conseqüência do pecado, um
adúltero e homicida (2Sm 11:4, 17 “Então, enviou Davi mensageiros que a trouxessem;
ela veio, e ele se deitou com ela. Tendo-se ela purificado da sua imundícia, voltou para
sua casa. 17 Saindo os homens da cidade e pelejando com Joabe, caíram alguns do
povo, dos servos de Davi; e morreu também Urias, o heteu”; 12:4, 7 “Vindo um viajante
ao homem rico, não quis este tomar das suas ovelhas e do gado para dar de comer ao
viajante que viera a ele; mas tomou a cordeirinha do homem pobre e a preparou para o
homem que lhe havia chegado. 7 Então, disse Natã a Davi: Tu és o homem. Assim diz o
SENHOR, Deus de Israel: Eu te ungi rei sobre Israel e eu te livrei das mãos de Saul;”) e
naquele que achou uma alegria entregar o Filho Unigênito de Deus por dinheiro (Zc 11:12“Eu
lhes disse: se vos parece bem, dai-me o meu salário; e, se não, deixai-o. Pesaram, pois,
por meu salário trinta moedas de prata.”; Mt 26:15 “Que me quereis dar, e eu vo-lo
entregarei? E pagaram-lhe trinta moedas de prata.”). O pecado trouxe este ser glorioso (o
homem) a ser uma vergonha (Pv 14:34“A justiça exalta as nações, mas o pecado é o
opróbrio dos povos.”) e a não ter nenhum traço da glória de Deus (Is 64:6 “Mas todos nós
somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós
murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos arrebatam.”; Rm
3:23“pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”, "destituídos estão da glória de
Deus"). Aquela criação criada pela mão divina na imagem de Deus, que gozava da voz do
SENHOR que passeava no jardim pela viração do dia (Gn 3:8 “Quando ouviram a voz do
SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do
SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim.”; Pv 8:31
“regozijando-me no seu mundo habitável e achando as minhas delícias com os filhos
dos homens.”), por causa de um só pecado (Gn 3:6 “Vendo a mulher que a árvore era boa
para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomoulhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.”), tornou-se um ser inimigo
abominável contra este mesmo benigno e poderoso Deus, chegando a negá-Lo (Jó 21:14 “E são
estes os que disseram a Deus: Retira-te de nós! Não desejamos conhecer os teus
caminhos.”; Sl 10:4 “O perverso, na sua soberba, não investiga; que não há Deus são
todas as suas cogitações.”; 14:1“Diz o insensato no seu coração: Não há Deus.
Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem.”; Pv 1:25 “antes,
rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão”; Rm 1:21, 28
“porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe
deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-selhes o coração insensato. 28 E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o
próprio Deus os entregou a uma disposição mental
reprovável,
para
praticarem
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coisas inconvenientes”) e se tornou impossibilitado a agradá-Lo, nem de entender a Sua
palavra (Rm 8:6-8 “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a
vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito
à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem
agradar a Deus.”; 1Co 2:14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de
Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente.”). Aquela criação nobre em cujo coração foi escrita a lei de Deus (Rm 2:14,
15 “Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade
com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. 15 Estes mostram a norma
da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus
pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se”), agora, por causa do pecado,
vive diante de Deus sem lei (Os 8:12 “Embora eu lhe escreva a minha lei em dez mil
preceitos, estes seriam tidos como coisa estranha.”; Rm 1:21, 28 “porquanto, tendo
conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se
tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração
insensato. 28 E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os
entregou
a
uma
disposição
mental
reprovável,
para
praticarem
coisas
inconvenientes,”), fazendo somente o que se acha correto aos seus próprios olhos (Dt 12:8
“Não procedereis em nada segundo estamos fazendo aqui, cada qual tudo o que bem
parece aos seus olhos”; Jz 17:6 “Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada qual fazia
o que achava mais reto.”; Pv 21:2 “Todo caminho do homem é reto aos seus próprios
olhos, mas o SENHOR sonda os corações.”). O homem que o digno Deus fez à Sua própria
imagem (Gn 1:27 “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou;
homem e mulher os criou.”) agora, pelo fruto do pecado, resiste ao Espírito Santo (At 7:51
“Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao
Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis.”; Rm 7:21-23 “21
Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no
tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus
membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da
lei do pecado que está nos meus membros.”; Gl 5:17 “Porque a carne milita contra o
Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o
que, porventura, seja do vosso querer.”), é contra a soberania de Deus (Rm 9:18-20 “18
Logo, tem ele misericórdia de quem quer e também endurece a quem lhe apraz. 19 Tu,
porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua vontade?
20 Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto
perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?”; Ap 16:21 “também desabou do céu
sobre os homens grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento; e,
por causa do flagelo da chuva de pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o
seu flagelo era sobremodo grande.”) e resiste a mensagem de Cristo (Dt 32:15 “Mas,
engordando-se o meu amado, deu coices; engordou-se, engrossou-se, ficou nédio e
abandonou a Deus, que o fez, desprezou a Rocha da sua salvação.”; Pv 1:25 “antes,
rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão”; Jr 32:33
“Viraram-me as costas e não o rosto; ainda que eu, começando de madrugada, os
ensinava, eles não deram ouvidos, para receberem a advertência.”; At 7:54 “Ouvindo
eles isto, enfureciam-se no seu coração e rilhavam os dentes contra ele.”; At 13:50 “Mas
os judeus instigaram as mulheres piedosas de alta posição e os principais da cidade e
levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, expulsando-os do seu território.”) e
resiste até ao próprio Cristo (Sl 2:3 “Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas
algemas.”; Mt 27:20-26“20 Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram o
povo a que pedisse Barrabás e fizesse morrer Jesus. 21 De novo, perguntou-lhes o
governador: Qual dos dois quereis que eu vos solte? Responderam eles: Barrabás! 22
Replicou-lhes Pilatos: Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo? Seja crucificado!
Responderam todos. 23 Que mal fez ele? Perguntou Pilatos. Porém cada vez clamavam
mais: Seja crucificado! 24 Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário,
aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo:
Estou inocente do sangue deste [justo]; fique o caso convosco! 25 E o povo todo
respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos! 26 Então, Pilatos lhes
soltou Barrabás; e, após haver açoitado a Jesus, entregou-o para ser crucificado.”). Foi
por causa de pecado que o homem, que Deus fez reto e bom, tornou-se maldito e cheio de
astúcias (Gn 1:31 “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e
manhã, o sexto dia.”; Ec 7:29 “Eis o que tão- somente achei: que Deus fez o homem
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reto, mas ele se meteu em muitas astúcias.”). O homem, por ser criado por Deus, tem um
dever de temer, honrar, obedecer e dar glória a Deus (Ec 12:13 “De tudo o que se tem
ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever
de todo homem.”; Ap 4:11 Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a
honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade
vieram a existir e foram criadas.”), mas, agora, por causa do pecado, é servo de Satanás e da
sua própria concupiscência (Jo 8:44 “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis
satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na
verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é
próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”; Rm 6:16 ”Não sabeis que daquele a
quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois
servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?”; 2Tm 2:26 “mas
também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos
cativos por ele para cumprirem a sua vontade.”). Em vez de dar ao Criador toda a honra que
lhe é divida, o homem pecador anda em auto-suficiência (Gn 11:4 “Disseram: Vinde,
edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo tope chegue até aos céus e tornemos
célebre o nosso nome, para que não sejamos espalhados por toda a terra.”; Dn 4:30
“falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com
o meu grandioso poder e para glória da minha majestade?”; 1Jo 2:16 “porque tudo que
há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da
vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.”).
Uma conseqüência do pecado na criação de Deus feita para O glorificar é entendida, pois agora
essa criação anda em uma completa estupidez, pois tal criação gloriosa de Deus ridiculariza a
mensagem da Salvação (1Co 1:23 “mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para
os judeus, loucura para os gentios”) e de tudo o que é santo (1Pe 4: 4 “Por isso, difamandovos, estranham que não concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão”). O efeito
do pecado é visto em que aqueles que o Deus Santo criou, matam os que eram santos (At 7:54
“Ouvindo eles isto, enfureciam-se no seu coração e rilhavam os dentes contra ele.”; At
9:1, 2 “1 Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiuse ao sumo sacerdote 2 e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que,
caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse
presos para Jerusalém.”) e menosprezam as misericórdias e benignidades divinas (Rm 2:4 “Ou
desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a
bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?”). O pecado trouxe ao homem desejar
mais as trevas (Jo 3:19 “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens
amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.”) a podridão e a
imundícia (2Pe 2:22 “Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou
ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal.”) do que a
gloriosa luz. Foi o pecado que fez aquele que foi feito para gozar a presença de Deus com a vida
eterna, chegar a conhecer a morte e a separação de Deus (Gn 2:17 “mas da árvore do
conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres,
certamente morrerás.”; Gn 3:22, 23 “22 Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se
tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e
tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente. 23 O SENHOR Deus, por
isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado.”; Rm
6:23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna
em Cristo Jesus, nosso Senhor.”) e causou que este homem se tornasse uma afronta à
santidade de Deus (Jd 14,15 “Quanto a estes foi que também profetizou Enoque, o sétimo
depois de Adão, dizendo: Eis que veio o Senhor entre suas santas miríades, para exercer
juízo contra todos e para fazer convictos todos os ímpios, acerca de todas as obras ímpias
que impiamente praticaram e acerca de todas as palavras insolentes que ímpios
pecadores proferiram contra ele”). O que é o pecado é claramente entendido quando os efeitos
do pecado são examinados. Estes efeitos deploráveis do pecado não são reservados para alguns
homens, mas afeta integralmente todos os homens do mundo todo (Rm 3:23 “pois todos
pecaram e carecem da glória de Deus”; Rm 5:12 “Portanto, assim como por um só homem
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos
os homens, porque todos pecaram”). Se pelos frutos a árvore é conhecida, pelas conseqüências
que o pecado causou, a sua natureza abominável é entendida.
O que é pecado e o que causou um preço a ser pago por ele pode ser entendido melhor pelo estudo
do fim terrível do pecado. Aquilo que é contra a justiça e a santidade divina; aquilo que opera
ativamente contra o onipotente Deus pode apenas provocar o antagonismo do justo e
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poderoso Deus (Ez 18:24 “Mas, desviando-se o justo da sua justiça e cometendo
iniqüidade, fazendo segundo todas as abominações que faz o perverso, acaso, viverá? De
todos os atos de justiça que tiver praticado não se fará memória; na sua transgressão com
que transgrediu e no seu pecado que cometeu, neles morrerá.”). É esse fim que o pecado
gera: a ira do eterno e santo Deus. Aquele que é amigo do mundo tornou-se automaticamente o
inimigo de Deus (Tg 4:4 “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de
Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”). É esse
o fim do pecado: a "inimizade contra Deus" (Rm 8:6 “Porque o pendor da carne dá para a
morte, mas o do Espírito, para a vida e paz.”). Aquele que resiste a justa autoridade de Deus
será, sem misericórdia, reduzido a pó (Mt 21:44 “Todo o que cair sobre esta pedra ficará em
pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.”; Lc 20:18 “Todo o que cair
sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.”).
Esse "pó" é nada mais do que uma afrontosa morte para os maus (Mt 21:41 “Responderam-lhe:
Fará perecer horrivelmente a estes malvados e arrendará a vinha a outros lavradores que
lhe remetam os frutos nos seus devidos tempos.”). Quando o pecado é consumado, a morte é
gerada (Tg 1:15 “Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o
pecado, uma vez consumado, gera a morte.”). Não deve pegar ninguém de surpresa, pois o
resultado, ou fim, do pecado é conhecido desde o começo (Gn 2:17, "no dia em que dela
comeres, certamente morrerás”.). A lei avisou do perigo do pecado (Lv 5:17, "E, se alguma
pessoa pecar, e fizer, contra algum dos mandamentos do SENHOR... será ela culpada, e
levará a sua iniquidade”; Tg 2:10, "Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em
um só ponto, tornou-se culpado de todos”.). Os profetas repetiram o aviso (Is 3:10, 11, "Ai
do ímpio! Mal lhe irá; porque se lhe fará o que as suas mãos fizeram”.). O Novo Testamento
não deixou o povo menos avisado (Rm 6:23, "Porque o Salário do pecado é a morte"; 1Co
15:56, "o aguilhão da morte é o pecado"). Somente os que negam o que declara a Bíblia, o
testemunho dado pela natureza (Rm 1:19, 20 “porquanto o que de Deus se pode conhecer é
manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. 20 Porque os atributos invisíveis de
Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se
reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que
foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;”) e pela lei escrita no coração de
todo homem (Rm 2:14, 15 “14 Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por
natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. 15
Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a
consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se”) é que
estão em dúvida ainda hoje sobre o que merece todo pecado. A verdade resumida é: "A alma que
pecar, essa morrerá" (Ez 18:20 “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a
iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a
perversidade do perverso cairá sobre este.”). O homem tem responsabilidade em agradar o
seu criador, o Supremo Deus, o infinito (Ec. 12:13 “De tudo o que se tem ouvido, a suma é:
Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem.”). O
pecado é contra este Deus. Deus é o eterno e infinito ser (Rm 11:33-36 “33 Ó profundidade da
riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os
seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! 34 Quem, pois, conheceu a mente do
Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? 35 Ou quem primeiro deu a ele para que lhe
venha a ser restituído? 36 Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A
ele, pois, a glória eternamente. Amém!”). Por ser contra Deus, a morte é mais do que uma
cessação de existência. A morte, o fim do pecado, é uma eterna e infinita separação de Deus. O
primeiro pecado praticado por Satanás resultou em separação imediata da benção de estar aceito na
presença de Deus com alegria (Is 14:11-15 “11 Derribada está na cova a tua soberba, e,
também, o som da tua harpa; por baixo de ti, uma cama de gusanos, e os vermes são a
tua coberta. 12 Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado
por terra, tu que debilitavas as nações! 13 Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu;
acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me
assentarei, nas extremidades do Norte; 14 subirei acima das mais altas nuvens e serei
semelhante ao Altíssimo. 15 Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais
profundo do abismo.”; Ez 28:17 “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura,
corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos
reis te pus, para que te contemplem.”). Essa separação continua até hoje e será para toda a
eternidade. Quando o homem pecou pela primeira vez ele foi lançado fora do jardim onde ele
gozava a presença contínua e abençoada de Deus (Gn 3:8, 23 “Quando ouviram a voz do
SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença
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do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim. 23 O SENHOR
Deus, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora
tomado.”). Quando a época da graça findar, entenderemos, conforme exposto nas Escrituras, o
eterno fim do pecado. Para todo pecador que não tem os pecados lavados pelo sangue de Cristo, o
seu fim é: ser lançado fora da presença misericordiosa de Deus no lago de fogo (Ap 20:12-15 “12
Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se
abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados,
segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. 13 Deu o mar os
mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E
foram julgados, um por um, segundo as suas obras. 14Então, a morte e o inferno foram
lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. 15 E, se
alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de
fogo.”). Estes nunca poderão entrar na cidade celestial (Lc 16:26 “E, além de tudo, está posto
um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós
outros não podem, nem os de lá passar para nós.”; Ap 21:27 “Nela, nunca jamais
penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas
somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro.”). Essa separação é uma separação da
misericórdia e da benignidade de Deus, que agora está no mundo (Rm 2:4 “Ou desprezas a
riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus
é que te conduz ao arrependimento?”; Is 48:22 “Para os perversos, todavia, não há paz,
diz o SENHOR.”.). Essa separação é será uma existência eterna conhecendo somente a ira eterna,
a maldição e o juízo justo de Deus. A eterna e infinita ira de Deus é "sobre toda a impiedade e
injustiça dos homens” (Rm 1:18“A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e
perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça;”; Ef 5:6 “Ninguém vos engane
com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da
desobediência.”). A eterna e infinita maldição de Deus é “para todo aquele que não permanecer
em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para praticá-las" (Gl 3:10 “Todos quantos,
pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo
aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las.”).
O juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que fazem a abominação do pecado (Rm 2:1,2 “1
Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no
que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que
condenas. 2 Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade contra os que
praticam tais coisas.”). Pelo fim terrível do pecado podemos entender o que é o pecado e o que
necessitou um preço a ser pago por ele.
Resumo: Tendo uma percepção clara do que é o pecado, e, entendendo que o homem
voluntariamente se tornou um pecador, a Salvação de tal pecado, em um único pecador, nunca
pode ser vista como qualquer obrigação de justiça na parte de Deus. Contrariamente, a
misericórdia e a graça de Deus, em Jesus Cristo, são exaltadas por Ele Salvar até um único
pecador qualquer. Se você não conhece essa misericórdia e graça de Deus, olhe para Jesus Cristo.
Deus Salva todos os que venham a Ele pelo Seu Filho (Mt 11:28-30 “28 Vinde a mim, todos
os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu
jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso
para a vossa alma. 30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.”; Jo 5:24“Em
verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou
tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.”; Jo 14:6
“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai
senão por mim.”; At 4:12 “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu
não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos
salvos.”).
7.2 O Preço Pago Pelo Pecado
Pelo estudo das descrições do pecado, o seu fruto e o seu fim, podemos entender o que o pecador
merece. Aos pecadores, Deus não deve a Sua misericórdia, a Sua graça, o Seu perdão ou a Sua
presença bondosa e eterna. O pecado merece somente a justiça divina. Todo o pecado merece
aquela justiça de Deus que julga o pecador à morte e à maldição eterna. É a justiça de Deus que
prescreve que o pecador seja separado da Sua presença misericordiosa eternamente (Gn 2:17
“mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que
dela comeres, certamente morrerás.”; Ez 18:20 “A alma que pecar, essa morrerá; o filho
não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará
sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este.”; Rm 6:23 “porque o salário do
pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus,
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nosso Senhor.”; Jó 36:17 “mas tu te enches do juízo do perverso, e, por isso, o juízo e a
justiça te alcançarão.”).
Entendendo que o pecado não é apenas um defeito na personalidade humana ou somente uma
simples insuficiência de esperteza espiritual, o preço que deve ser pago pelo pecado tem que ser
muito mais do que somente uma “ajuda”, “chance”, ou “jeito” divino para o pecador. Pelo estudo
da Bíblia podemos entender melhor, não somente o que é que causou um preço a ser pago pelo
pecado, mas o próprio preço pago. Entenderemos esse preço pelo estudo de 2Co 5:21 “Aquele
que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos
justiça de Deus.”.
a. "Aquele" – característicos da pessoa dada como preço do pecado, são apontados pela palavra
"aquele" usada em 2Co 5:21. Não foi qualquer pessoa dada como preço do pecado, mas um em
particular. Os títulos daquele que foi dado como o sacrifico pelo pecado revela muito. Quem foi
dado foi "o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu" (Ap 5:5 “Todavia, um dos
anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu
para abrir o livro e os seus sete selos.”; Is 11:1, 2 “1 Do tronco de Jessé sairá um
rebento, e das suas raízes, um renovo. 2 Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o
Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito
de conhecimento e de temor do SENHOR.”), o "Rei dos reis, e Senhor dos senhores" (Ap
19:16 “Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR
DOS SENHORES.”), o "Raboni” (Jo 20:16 “Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, lhe
disse, em hebraico: Raboni (que quer dizer Mestre”), o "Cordeiro de Deus" (Jo 1:29 “No
dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que
tira o pecado do mundo!”). Quem pagou o preço do pecado é determinado pela simbologia da
pedra rejeitada que Deus colocou por "pedra angular" (At 4:11 “Este Jesus é pedra rejeitada
por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular.”). Este é “comida espiritual”
(Jo 6:54, 63 “54 Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e
eu o ressuscitarei no último dia. 63 O espírito é o que vivifica; a carne para nada
aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.”) e “água viva” (Jo
7:37, 38 “37 No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se
alguém tem sede, venha a mim e beba. 38 Quem crer em mim, como diz a Escritura, do
seu interior fluirão rios de água viva.”). "Aquele’ que foi dado é nada menos do que o eterno
Verbo" (Jo 1:1 “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus.”; Jo 8:58 “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que
Abraão existisse, EU SOU.”), Que é "um" com o Pai (Jo 10:30 “Eu e o Pai somos um.”), o
"Deus conosco" (Mt 1:23 “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será
chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco”), o "SENHOR" (Jeová) do
Antigo Testamento revelado no Novo Testamento (Jl 2:28-32 “28 E acontecerá, depois, que
derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão,
vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; 29 até sobre os servos e sobre as
servas derramarei o meu Espírito naqueles dias. 30 Mostrarei prodígios no céu e na
terra: sangue, fogo e colunas de fumaça. 31 O sol se converterá em trevas, e a lua, em
sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR. 32 E acontecerá que todo
aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque, no monte Sião e em
Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o SENHOR prometeu; e, entre os
sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar.”; At 2:16-21 “16 Mas o que ocorre é o
que foi dito por intermédio do profeta Joel: 17 E acontecerá nos últimos dias, diz o
Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas
profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; 18 até sobre os
meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e
profetizarão. 19 Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra: sangue,
fogo e vapor de fumaça. 20 O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes
que venha o grande e glorioso Dia do Senhor. 21 E acontecerá que todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo.”; At 16:31“Responderam-lhe: Crê no Senhor
Jesus e serás salvo, tu e tua casa.”). O preço pago pelo pecado não foi um preço qualquer. O
preço pago foi o próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo (Jo 1:18 “Ninguém jamais viu a
Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.”; Jd 25 “ao único
Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império
e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!”).
O sacrifício dado pelo pecado deve ser homem/Deus. Essa maneira é representada pela Bíblia em
maneiras diferentes: um “parente” (Lv. 25:25-27 “25 Se teu irmão empobrecer e vender
alguma parte das suas possessões, então, virá o seu resgatador, seu parente, e
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resgatará o que seu irmão vendeu. 26 Se alguém não tiver resgatador, porém vier a
tornar-se próspero e achar o bastante com que a remir, 27 então, contará os anos desde
a sua venda, e o que ficar restituirá ao homem a quem vendeu, e tornará à sua
possessão.”) e um “remidor” bem chegado (Rt 3:12 “Ora, é muito verdade que eu sou
resgatador; mas ainda outro resgatador há mais chegado do que eu.”; Rt 4:7, 8 “7 Este
era, outrora, o costume em Israel, quanto a resgates e permutas: o que queria
confirmar qualquer negócio tirava o calçado e o dava ao seu parceiro; assim se
confirmava negócio em Israel. 8 Disse, pois, o resgatador a Boaz: Compra-a tu. E tirou o
calçado.”). Cristo é este sacrifício homem/Deus (Gl 3:20 “Ora, o mediador não é de um, mas
Deus é um.”; I Tm 2:5,6 “5 Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os
homens, Cristo Jesus, homem, 6 o qual a si mesmo se deu em resgate por todos:
testemunho que se deve prestar em tempos oportunos.”; 1Co 15:21 “Visto que a morte
veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos.”; Hb
2:11,17 “11 Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um
só. Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos, 17 Por isso mesmo,
convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser
misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer
propiciação pelos pecados do povo.”, "semelhante aos irmãos") que pode morrer no lugar
do homem e satisfazer todas os requisitos divinos. Somente Cristo é o representante qualificado
dado no lugar do homem, o verdadeiro parente e o remidor bem mais chegado. A representação
de Cristo sendo o "último Adão" (Rm 5:14 “Entretanto, reinou a morte desde Adão até
Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão,
o qual prefigurava aquele que havia de vir.”; 1Co 15:45 “Pois assim está escrito: O
primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito
vivificante.”; Hb 2:11-15 “11 Pois, tanto o que santifica como os que são santificados,
todos vêm de um só. Por isso, é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos, 12
dizendo: A meus irmãos declararei o teu nome, cantar-te-ei louvores no meio da
congregação. 13 E outra vez: Eu porei nele a minha confiança. E ainda: Eis aqui estou eu
e os filhos que Deus me deu. 14 Visto, pois, que os filhos têm participação comum de
carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte,
destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, 15 e livrasse todos que,
pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida.”) indica que somente
Ele é o único que pode ser o sacrifício ideal pelo pecado do homem. Além dEle, não há outro (At
4:12 “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum
outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.”; 1Co 3:11
“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus
Cristo.”).
b. "Que não conheceu pecado" – a divindade de Cristo é apontado por esta frase: "que não
conheceu pecado" em 2Co 5:21 “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por
nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”. Cristo é sem pecado. Ele é o
"Santíssimo" (Dn 9:24 “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a
tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para
expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para
ungir o Santo dos Santos.”; Is 53:9 “Designaram-lhe a sepultura com os perversos,
mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se
achou em sua boca.”; Lc 1:35 “Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo,
e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo
que há de nascer será chamado Filho de Deus.”; Hb 7:26 “Com efeito, nos convinha um
sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e
feito mais alto do que os céus”; Hb 9:13, 14 “13 Portanto, se o sangue de bodes e de
touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam,
quanto à purificação da carne, 14 muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito
eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de
obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!”; 1Pe 2: 22,23 “22 o qual não cometeu
pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; 23 pois ele, quando ultrajado, não
revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele
que julga retamente,”), aquele em quem "não há pecado" (1Jo 3:5 “Sabeis também que
ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado.”), o "Justo" (1Pe 3:
18 “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos,
para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito”; 1Jo 2:1
“Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia,
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alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;”). Pela qualidade de
Cristo ser imaculado (1Pe 1: 18,19 “18 sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis,
como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais
vos legaram, 19 mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem
mácula, o sangue de Cristo”), Ele é chamado "Luz” (Jo 8:12 “De novo, lhes falava Jesus,
dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário,
terá a luz da vida.”; Jo 9:5“Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.”; Jo 12:46
“Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não
permaneça nas trevas.”), “a Verdade, e a Vida” (Jo 11:25 “Disse-lhe Jesus: Eu sou a
ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá;”; Jo 14:6
“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai
senão por mim.”; 1Jo 5:12 “Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o
Filho de Deus não tem a vida.”). A Sua qualidade de divindade é apontada por Ele ser o “filho
de Deus” que não nasceu, mas foi dado (divindade). O que nasceu foi o “menino" (humanidade,
Is 9:6 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os
seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz;”). A divindade de Cristo é entendido por Ele ser “eterno” (Lc
1:32,35 “32 Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe
dará o trono de Davi, seu pai; 35 Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito
Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente
santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.”; Jo 1:1 “No princípio era o Verbo,
e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.”; Ap 21:6 “Disse-me ainda: Tudo está
feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça
da fonte da água da vida.”, "o Alfa e o Ômega"; Ap 22:16 “Eu, Jesus, enviei o meu anjo
para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a
brilhante Estrela da manhã.”), um atributo do divino. Cristo não foi criado mas é o
Criador (Cl 1:16,17 “16 pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a
terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer
potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. 17 Ele é antes de todas as coisas.
Nele, tudo subsiste.”; Jo 1:3 “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem
ele, nada do que foi feito se fez.”). Outros atributos de Cristo que revelam a Sua divindade
são: onipotência (Sl 2:9“Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso
de oleiro.”; Mt 28:18 “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade
me foi dada no céu e na terra.”; Jo 10:18 “Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu
espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la.
Este mandato recebi de meu Pai.”), onisciência (Mc 2:8 “E Jesus, percebendo logo por
seu espírito que eles assim arrazoavam, disse-lhes: Por que arrazoais sobre estas
coisas em vosso coração?”; Jo 2:24,25 “24 mas o próprio Jesus não se confiava a eles,
porque os conhecia a todos. 25 E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a
respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana.”; Jo 16:30
“Agora, vemos que sabes todas as coisas e não precisas de que alguém te pergunte;
por isso, cremos que, de fato, vieste de Deus.”) e onipresença (Mt 18:20 “Porque, onde
estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.”; Mt 28:20
“ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou
convosco todos os dias até à consumação do século.”). Por Cristo não conhecer pecado, Ele
é exaltado (Sl 89:27“Fá-lo-ei, por isso, meu primogênito, o mais elevado entre os reis da
terra.”; Dn 7:14 “Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e
homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não
passará, e o seu reino jamais será destruído.”; At 2:36 “Esteja absolutamente certa,
pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor
e Cristo.”; Cl 1:18,19“18 Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o
primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, 19 porque
aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude”; Fp 2:7-11 “7 antes, a si mesmo
se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e,
reconhecido em figura humana, 8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à
morte e morte de cruz. 9 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o
nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de Jesus se dobre todo
joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua confesse que Jesus Cristo
é Senhor, para glória de Deus Pai.”; Hb 7:26 “Com efeito, nos convinha um sumo
sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito
mais alto do que os céus,”; Ap 19:16 “Tem no seu manto e na sua coxa um nome
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inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.”) e designado como soberano (Jo 3:35
“O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos.”; Jo 13:3 “sabendo
este que o Pai tudo confiara às suas mãos, e que ele viera de Deus, e voltava para
Deus”; Jo 17:2 “assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que
ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.”; At 10:36 “Esta é a palavra que
Deus enviou aos filhos de Israel, anunciando-lhes o evangelho da paz, por meio de
Jesus Cristo. Este é o Senhor de todos.”, "o Senhor de todos"; 1Co 15:57 “Graças a
Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.”; 1Pe 3:22“o
qual, depois de ir para o céu, está à destra de Deus, ficando-lhe subordinados anjos, e
potestades, e poderes.”). O preço que foi dado pelo pecado foi o próprio Deus na pessoa de
Jesus Cristo. Cristo é o único nome dado entre os homens pelo qual devamos ser Salvos (At
4:12 “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum
outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.”; 1Co 3:11
“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus
Cristo.”). Se misturarmos a Salvação com qualquer outra obra, angelical ou humana, ou com
outra pessoa qualquer, a não ser unicamente a pessoa de Cristo, desprezamos "Aquele que não
conheceu pecado" que o Pai deu (Jo 3:16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna.”).
c- "o fez pecado" – a humanidade de Cristo é apontado por este frase: o fez pecado" (2Co
5:21“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele,
fôssemos feitos justiça de Deus.”). Ainda que Cristo tenha sido gerado pelo Espírito Santo (Mt
1:20 “Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do
Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que
nela foi gerado é do Espírito Santo.”), ele nasceu de mulher, sob a lei (Is 9:6 “Porque um
menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu
nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;”;
Lc 2:7,11 “7 e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa
manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. 11 é que hoje vos nasceu,
na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor..”; Gl 4:4 “vindo, porém, a
plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,”).
Cristo tinha uma mãe humana e também irmãos na carne (Mt 13:55,56 “55 Não é este o filho
do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e
Judas? 56 Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto?”;
Lc 8:19 “Vieram ter com ele sua mãe e seus irmãos e não podiam aproximar-se por
causa da concorrência de povo.”) e cresceu em estatura e conhecimento como qualquer outro
menino (Lc 2:40,52 “Crescia o menino e se fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a
graça de Deus estava sobre ele. 52 E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça,
diante de Deus e dos homens..”). Ele submeteu-se aos seus pais humanos (Lc 2:51 “E
desceu com eles para Nazaré; e era-lhes submisso. Sua mãe, porém, guardava todas
estas coisas no coração.”), caminhou (Jo 4.3-6 “3 deixou a Judéia, retirando-se outra vez
para a Galiléia. 4 E era-lhe necessário atravessar a província de Samaria. 5 Chegou,
pois, a uma cidade samaritana, chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu
filho José. 6 Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à
fonte, por volta da hora sexta.”) e se cansou pelo caminho. Cristo mostrou-se humano por ter
fome (Mt 4:2 “E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome.”), sentir
sede (Jo 19:28 “Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a
Escritura, disse: Tenho sede!”), experimentar tristeza (Jo 11:33 “Jesus, vendo-a chorar, e
bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se.”), a ira
(Mt 21:12 “Tendo Jesus entrado no templo, expulsou todos os que ali vendiam e
compravam; também derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam
pombas.”; Jo 2:17 “Lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua
casa me consumirá.”), o desprezo (Mt 13:57 “E escandalizavam-se nele. Jesus, porém,
lhes disse: Não há profeta sem honra, senão na sua terra e na sua casa.”) por chorar (Jo
11:35”Jesus chorou.”) e por alegrar-se no Espírito Santo (Lc 10:21 “Naquela hora, exultou
Jesus no Espírito Santo e exclamou: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos.
Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.”). Por ser homem Cristo foi tentado em tudo (Hb
4:15 “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem
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pecado.”) e foi limitado no conhecimento das coisas de Deus (Mt 24:36 “Mas a respeito
daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai.”; Mc
13:32 “Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem
o Filho, senão o Pai.”). A prova maior que Cristo foi homem é entendido em que Ele foi feito
pecado (2Co 5:21“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que,
nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”; Is 53:4-6 “4 Certamente, ele tomou sobre si as
nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito,
ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e
moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas
suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada
um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós
todos.”), em conseqüência de tal, foi pendurado corporalmente na cruz (Mt 27:38, 42 “E
foram crucificados com ele dois ladrões, um à sua direita, e outro à sua esquerda. 27
Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. É rei de Israel! Desça da cruz, e
creremos nele.”; Jo 19:31“Então, os judeus, para que no sábado não ficassem os corpos
na cruz, visto como era a preparação, pois era grande o dia daquele sábado, rogaram a
Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados.”), furado por lança (Jo 19:34
“Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.”; Jo
20:27 “E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão
e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.”) de cuja ferida saiu água e sangue
(Jo 19:34 “Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e
água.”). O sofrimento de Cristo foi até a morte (Fp 2:7, 8 “7 antes, a si mesmo se esvaziou,
assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido
em figura humana, 8 a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e
morte de cruz.”; Jo 19:30 “Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado!
E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito.”) depois foi sepultado (Jo 19:38-42 “38 Depois
disto, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, ainda que ocultamente pelo receio
que tinha dos judeus, rogou a Pilatos lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. Pilatos lho
permitiu. Então, foi José de Arimatéia e retirou o corpo de Jesus. 39 E também
Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus à noite, foi, levando cerca de
cem libras de um composto de mirra e aloés. 40 Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o
envolveram em lençóis com os aromas, como é de uso entre os judeus na preparação
para o sepulcro. 41 No lugar onde Jesus fora crucificado, havia um jardim, e neste, um
sepulcro novo, no qual ninguém tinha sido ainda posto. 42 Ali, pois, por causa da
preparação dos judeus e por estar perto o túmulo, depositaram o corpo de Jesus.”). O
preço pago pelo pecado não foi pouco, mas foi a vida do próprio Filho de Deus, o homem, Cristo
Jesus.
Ai daquele que rejeita tal sacrifício pelos pecados. Se você ainda não é Salvo, não espere por um
outro maior sacrifício ser dado pelos pecados. Não há maior sacrifício do que o filho dado por Deus
e o menino nascido por mulher que é chamado Jesus Cristo. Venha a Ele já.
7.3 Por Quem este Preço foi Pago
"Por nós" – por quem o preço do pecado foi pago é entendido pelas palavras "por nós" de 2Co
5:21 “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele,
fôssemos feitos justiça de Deus.”. Cristo é "aquele" que representa os "seus". Os pecadores
são feitos pecadores por serem em Adão (Rm 5:12 “Portanto, assim como por um só homem
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a
todos os homens, porque todos pecaram.”). Os Salvos são feitos santos por estarem em
Cristo, antes da fundação do mundo (Rm 5:19 “Porque, como, pela desobediência de um só
homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um
só, muitos se tornarão justos.”; Ef 1:4 “assim como nos escolheu nele antes da
fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor”).
Como Adão representa todos os homens, sem exceção de nenhum, assim Cristo representa todos
"os que são de Cristo", sem exceção de nenhum (1Co 15:22, 23 “22 Porque, assim como, em
Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. 23 Cada um,
porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua
vinda.”; 2Co 5:14, 15 “14 Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um
morreu por todos; logo, todos morreram. 15 E ele morreu por todos, para que os que
vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e
ressuscitou.”). A obra de Cristo foi uma substituição legal para os seus em particular (Hb 2:11
“Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso,
é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos”).
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A Bíblia claramente mostra por quem o preço pelo sacrifício do Divino/humano Cristo Jesus foi
pago usando várias terminologias específicas. Os que foram salvos para receberem as bênçãos do
sacrifício de Cristo são aqueles por quem Deus decidiu compadecer-se e pelos quais Ele quis ter
misericórdia (Rm 9:15, 16 “15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me
aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16
Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua
misericórdia.”). Estes crêem no Evangelho por serem os que são "ordenados para a vida eterna"
(At 13:48 “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor,
e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”). Estes ordenados ou,
como já temos visto, os escolhidos ou os eleitos, são anteriormente determinados por Deus (Ef
1:4 “assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis perante ele; e em amor”; 2Ts 2:13 “Entretanto, devemos sempre dar
graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o
princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,”) e são nomeados
"povo seu" (Tt 2:14 “o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda
iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas
obras.”), "seu povo" - os judeus (Mt 1:21 “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de
Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.”; Sl 110:3 “Apresentar-se-á
voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como o
orvalho emergindo da aurora, serão os teus jovens.”), "os seus" – seus discípulos (Jo 13:1
“Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar
deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao
fim.”) ou "meu povo" – os judeus (Êx 8:23 “Farei distinção entre o meu povo e o teu povo;
amanhã se dará este sinal.”; 2Co 2:15,16 “15 Porque nós somos para com Deus o bom
perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem. 16 Para com
estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida. Quem,
porém, é suficiente para estas coisas?”). São particularmente por estes que Cristo veio
Salvar (Mt 1:21 “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará
o seu povo dos pecados deles.”). Os homens que serão Salvos são chamados "ovelhas", e são
estas ovelhas somente pelas quais Cristo deu a Sua vida (Jo 10:11 “Eu sou o bom pastor. O
bom pastor dá a vida pelas ovelhas.”; Jo 10.14-16 “14 Eu sou o bom pastor; conheço as
minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, 15 assim como o Pai me conhece a mim, e
eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. 16 Ainda tenho outras ovelhas, não
deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá
um rebanho e um pastor.”; Is 53:4-6,8 “4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de
Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas
nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um
se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. 8
Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi
cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido.”).
Estes homens que hão de crer, que são os do mundo que o Pai deu a Cristo, são estes, pelos
quais Cristo se santificou e orou particularmente e ainda ora (Jo 17:6, 9, 11, 19, 21
“Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos
confiaste, e eles têm guardado a tua palavra. 9 É por eles que eu rogo; não rogo pelo
mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus; 11 Já não estou no mundo,
mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo, guardaos em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós. 19 E a favor
deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na
verdade. 21 a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti,
também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.”; Hb 7:25 “Por
isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre
para interceder por eles.”). Este, pelos quais Cristo se deu, em outras passagens são
chamados "amigos" (Jo 15:13, 14 “13 Ninguém tem maior amor do que este: de dar
alguém a própria vida em favor dos seus amigos. 14 Vós sois meus amigos, se fazeis o
que eu vos mando.”), "meus irmãos" (Hb 2:12“12 dizendo: A meus irmãos declararei o
teu nome, cantar-te-ei louvores no meio da congregação.”) e os "filhos que Deus me deu"
(Hb 2:13 “13 E outra vez: Eu porei nele a minha confiança. E ainda: Eis aqui estou eu e
os filhos que Deus me deu.”; 1Jo 3:1 “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a
ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa
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razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo”) enfatizando
ainda mais a relação particular que têm os que foram dados pelo Pai ao Filho. São estes mesmos
que são os "chamados" (Hb 9:15 “Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim
de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira
aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados”.) que
foram conhecidos intimamente e predestinados antes (Rm 8:28-30 “Sabemos que todas as
coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segundo o seu propósito. 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e
aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também
glorificou.”). Estes predestinados, uma vez Salvos pela mensagem da pregação da Palavra de
Deus e pela obra do Espírito Santo, quando ajuntados em obediência pública, são chamados o
"corpo de Cristo" ou a Sua "igreja" (Ef 5:23, 25 “23 porque o marido é o cabeça da mulher,
como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. 25
Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se
entregou por ela,”). É neste sentido de coletividade dos que serão Salvos e ajuntados no céu
que entendemos um sacrifício particular, pois é dito que é "Ele próprio o Salvador do corpo" (Ef
5:23“porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja,
sendo este mesmo o salvador do corpo.”) e que pela igreja "a si mesmo se entregou por ela"
(Ef 5:25 “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo
se entregou por ela”). É determinado biblicamente que foi por estes ajuntados que "Ele
resgatou com seu próprio sangue" e não os fora do seu ajuntamento [o ajuntamento futuro no
céu de todos os Salvos de todas as épocas e o ajuntamento dos salvos que estiverem na terra
quando da vinda do Senhor] (At 20:28 “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual
o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele
comprou com o seu próprio sangue.”). Foi o propósito de Cristo cuidar particularmente do Seu
"pequeno rebanho" (Lc 12:32 “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se
agradou em dar-vos o seu reino”). Um propósito que Ele efetua na Salvação pelo Seu sangue
e na santificação pelas Suas igrejas (Ef 4:11-16 “11 E ele mesmo concedeu uns para
apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e
mestres, 12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu
serviço, para a edificação do corpo de Cristo, 13 Até que todos cheguemos à unidade da
fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da
estatura da plenitude de Cristo, 14 para que não mais sejamos como meninos, agitados
de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha
dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. 15 Mas, seguindo a verdade em
amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, 16 de quem todo o corpo, bem
ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada
parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.”). Estes,
que o Pai concede vir a Cristo (Jo 6:65 “E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho
dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido.”), pela obra do Pai e
do Espírito Santo (Jo 6:45 “Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus.
Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim.”; Is
54:13 “Todos os teus filhos serão ensinados do SENHOR; e será grande a paz de teus
filhos.”) e pela Palavra de Deus (Rm 10:17 “E, assim, a fé vem pela pregação, e a
pregação, pela palavra de Cristo.”; 1Pe 1: 23 “pois fostes regenerados não de semente
corruptível, mas de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é
permanente.”) são os que recebem Cristo pela fé (Jo 1:12“12 Mas, a todos quantos o
receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no
seu nome;”). Estes mesmos "que crêem no Seu nome" são, os que passivamente "o receberam"
(Jo 1:12“12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos
de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;”), os que nasceram espiritualmente da
vontade de Deus (Jo 1:13”13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da
carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”) e não por qualquer esforço do homem
(Rm 9.16 “Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus
a sua misericórdia.”). Por estes Cristo se santificou (Jo 17:19 “E a favor deles eu me
santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade.”). Não há
dúvida nenhuma que Cristo foi feito pecado por certas pessoas em particular (2Co 5.21“Aquele
que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos
justiça de Deus.”). Foi por somente estes que Ele morreu (Rm 5:8 “Mas Deus prova o
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seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda
pecadores.”; Tt 2:14 “o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda
iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas
obras.”) e todos os pecados que Ele levou sobre si serão verdadeiramente cobertos no dia do
julgamento (Hb 9:12 “não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu
próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna
redenção.”; Ap 5:9 “e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de
abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que
procedem de toda tribo, língua, povo e nação”).
Exatamente o que Cristo fez "por nós" é entendido por várias palavras na Bíblia, tais como
redenção, propiciação, Salvação e expiação. Um estudo detalhado sobre cada uma destas
palavras, considerando as suas naturezas, qualificações, contextos e usos, ensinará claramente
tanta a natureza da obra Salvadora de Cristo quanto por quem a Sua obra foi feita.
A obra de Cristo "por nós" é uma obra federal ou representativa. Como na aliança do Antigo
Testamento era englobado o povo de Deus pelas promessas, os eleitos são representados por
Cristo na Sua obra de Salvação (Gl 2:20 “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em
mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me
amou e a si mesmo se entregou por mim.”, "Já estou crucificado com Cristo"). Como o
primeiro Adão representava todo homem na humanidade (Rm 5:12 “Portanto, assim como por
um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a
morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”; 1Co 15:47 “O primeiro
homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu.”), assim o Segundo
Adão (Cristo) representa todos os Salvos (1Co 15:22, 23 “22 Porque, assim como, em Adão,
todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. 23 Cada um, porém,
por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.”,
"os que são de Cristo"). Por Cristo ser feito "semelhante aos irmãos" (Hb 2:17 “Por isso
mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser
misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer
propiciação pelos pecados do povo.”) "contado com os transgressores" (Is 53:12 “Por isso,
eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo,
porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo,
levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.”) porém “espírito
vivificante” (1Co 15:45 “Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma
vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante.”), Ele, junto com Seu povo,
identificou-se como uma unidade diante da ira de Deus. Por Cristo representar todos os seus é
dito que os seus são "crucificados com Cristo" (Gl 2:20 “logo, já não sou eu quem vive, mas
Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de
Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”), mortos com Ele (Rm 6:8 “Ora,
se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos,”), sepultados com
Ele (Rm 6:4 “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como
Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós
em novidade de vida.”), vivificados com Ele (Cl 2:13 “E a vós outros, que estáveis mortos
pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida
juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos;”), ressuscitados juntamente com
Ele (Ef 2:6 “e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares
celestiais em Cristo Jesus;”) e os fez assentar nos lugares celestiais Nele (Ef 2.6 “e,
juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo
Jesus”). A obra que Cristo fez, verdadeiramente representa "os salvos".
A obra de Cristo "por nós" também foi vicária ou, em substituição (1Pe 3: 18, “Pois também
Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a
Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito,” "o justo pelos injustos"). Cristo
não fez algo simplesmente bom para o beneficio de um outro, mas Ele tornou-se um ser em
semelhança de homem, no tempo e lugar próprio (Gl 4:4 “vindo, porém, a plenitude do
tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,”; Fp 2:7 “antes, a si
mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de
homens; e, reconhecido em figura humana,”). Cristo, sendo feito como nós diante da lei ficou
sujeito à pena da justiça de Deus. Cristo, sendo feito "pecado por nós" (2Co 5:21 “Aquele que
não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça
de Deus.”), foi sujeito à morte. Sendo feito "semelhante aos irmãos" (Hb 2:17 “Por isso
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mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser
misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer
propiciação pelos pecados do povo.”) a Sua obra nos absolveu da lei do pecado e da morte
(Rm 8:3, 4 “3 Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne,
isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no
tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, 4 a fim de que o
preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o
Espírito.”). Deus moeu Cristo, pois Ele era "o castigo que nos traz a paz" (Is 53:4-6 “4
Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre
si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado
pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a
paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos
desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair
sobre ele a iniqüidade de nós todos.”). Portanto, não há mais nenhuma condenação para os
que estão em Cristo (Rm 8:1 “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão
em Cristo Jesus.”). A obra de Cristo para a Salvação verdadeiramente foi em substituição "por
nós".
A obra de Cristo "por nós" foi penal. Cristo, como nosso representante e sendo "feito pecado por
nós" tem que sofrer as conseqüências da transgressão do Seu povo (Is 53:4-8 “4 Certamente,
ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o
reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas
nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos
desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair
sobre ele a iniqüidade de nós todos. 7 Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a
boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus
tosquiadores, ele não abriu a boca. 8 Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua
linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da
transgressão do meu povo, foi ele ferido.”; Mt 1:21 “Ela dará à luz um filho e lhe porás o
nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.”; Jo 17:9 “É por eles
que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus;”).
Entendemos isso pela Sua morte. Cristo foi obediente em tudo (Fp 2:7 “antes, a si mesmo se
esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e,
reconhecido em figura humana,”), e, portanto, não devia ser castigado. Cristo foi sem pecado
(2Co 5:21 “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele,
fôssemos feitos justiça de Deus.”), e, portanto, não devia morrer. Cristo é justo (1Pe 3: 18
“Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para
conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito,”), e, portanto, não
devia ter sido desamparado pelo Pai. Todavia, era necessário que Cristo fosse castigado, morto e
desamparado por Ele ter sido "feito pecado" pelos Seus como figuradamente era feito com o
“bode expiatório” no Antigo Testamento (Lv 16:21 “Arão porá ambas as mãos sobre a
cabeça do bode vivo e sobre ele confessará todas as iniqüidades dos filhos de Israel,
todas as suas transgressões e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode
e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem à disposição para isso.”; Is 53:6, 12
“6Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho,
mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. 12 por isso, eu lhe darei
muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto
derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou
sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.”; Hb 9:28 “assim
também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de
muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.”).
Pela vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, os que estão Nele são feitos justos diante de Deus
(Rm 8:1, 2 “1 Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus. 2 Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da
morte.”). Verdadeiramente, a obra Salvadora de Cristo foi penal "por nós".
A obra de Cristo "por nós" foi sacrificial (1Co 5:7 “Lançai fora o velho fermento, para que
sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso
Cordeiro pascal, foi imolado.”, “... Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós"). Cristo
foi a expiação do próprio pecado (Is 53:10 “Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendoo enfermar; quando der ele a sua alma como oferta
pelo
pecado,
verá
a
sua
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posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas
mãos.”) e, isso, voluntariamente (Jo 10:18 “Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu
espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la.
Este mandato recebi de meu Pai.”; Hb 7:27 “que não tem necessidade, como os sumos
sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados,
depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se
ofereceu.”). Cristo fez essa obra sacrificial como o Pai propôs (Rm 3:25 “a quem Deus
propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça,
por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente
cometidos;”) pela obra do Espírito Santo (Hb 9:14 “muito mais o sangue de Cristo, que,
pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa
consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!”; Is 61:1) “O Espírito do
SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos
quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação
aos cativos e a pôr em liberdade os algemados;”). Essa obra sacrificial de Cristo foi uma obra
redentora, uma compra de um “rebanho em particular” com Seu próprio sangue (At 20:28
“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu
bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio
sangue.”; 1Co 6:19, 20 “19 Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito
Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?
20 Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.”).
Também foi tanto uma obra sacrifical como sacerdotal. Como os sacerdotes no Antigo Testamento
ministravam diante de Deus para homens em particular, Cristo ministrou diante de Deus para
todo os Seus (Hb 9.11-15 “11 Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens
já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer
dizer, não desta criação, 12 não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo
seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido
eterna redenção. 13 Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma
novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da
carne, 14 muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se
ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para
servirmos ao Deus vivo! 15 Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de
que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira
aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados.”; Hb
9.25-28 “25 nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo
sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. 26 Ora, neste caso,
seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo;
agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para
aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. 27 E, assim como aos homens está
ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, 28 assim também Cristo,
tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá
segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.”; Hb 10:12-18 “12
Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados,
assentou-se à destra de Deus, 13 aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos
sejam postos por estrado dos seus pés. 14 Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou
para sempre quantos estão sendo santificados. 15 E disto nos dá testemunho também o
Espírito Santo; porquanto, após ter dito: 16 Esta é a aliança que farei com eles, depois
daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as
inscreverei, 17 acrescenta: Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e
das suas iniqüidades, para sempre. 18 Ora, onde há remissão destes, já não há oferta
pelo pecado.”). Não há dúvida nenhuma que a obra de Cristo como Salvador "por nós" foi
sacrificial.
Portanto, todos em Cristo são feitos, mais cedo ou mais tarde, justos diante de Deus. A todos os
homens (sem a exceção de nenhum) deve ser declarada publica e zelosamente a mensagem do
Evangelho que Cristo é o Salvador de todos os pecadores arrependidos e crentes Nele (Jo 3:16
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”). Portanto, se você está
convencido dos seus pecados e entende que merece somente a ira e o julgamento de Deus, a
mensagem é: Venha a Deus pela fé na obra completa de Cristo. Por Cristo, Deus é grande em
perdoar (Is 55:7 “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos;
converta-se
ao
SENHOR,
que
se compadecerá dele, e volte-se para o
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nosso Deus, porque é rico em perdoar.”). Venham, tome de graça da água da vida, todos que
querem (Ap 22:17 “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele
que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida”), todos que tenham
sede (Is 55:1-3 “1 Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não
tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem
preço, vinho e leite. 2 Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor,
naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis
com finos manjares. 3 Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá;
porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias
prometidas a Davi.”), e, todos que sejam oprimidos e cansados dos seus pecados (Mt 11:2830 “28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de
coração; e achareis descanso para a vossa alma. 30 Porque o meu jugo é suave, e o meu
fardo é leve.”).
7.4 Objeções
Existem as pessoas que querem dizer que Cristo morreu por todo e qualquer homem no mundo
sem uma exceção de nenhum. Creio que há versículos que aparentemente ensinem essas
doutrinas. Todavia, se o que eles aparentam for correto, todos os versículos já citados como
prova, que Cristo veio Salvar e morrer por alguns em particular ficarão sem explicação alguma.
Os versículos que aparentam a fornecer um entendimento para uma expiação geral para todo a
humanidade por Cristo podem ser entendidos melhor se o contexto de cada um fosse levado em
consideração e não apenas o que aparentam ensinar.
2Pe3: 9 “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo
contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que
todos cheguem ao arrependimento.” é um versículo usado geralmente para provar que Deus
quer que todos os homens de todo lugar no mundo e todos os tempos venham ao
arrependimento. Se o próprio versículo fosse lido com calma e sem uma emoção exaltada, seria
entendido por quem Deus é desejoso. O desejo de Deus é para "conosco", os a quem Pedro
escreve a sua epístola ("aos que igualmente alcançaram fé igualmente preciosa", 2Pe 1: 1
“Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé
igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo,”). São estes em
particular que Deus não quer perder e pelos quais Ele é desejoso que venham ao arrependimento.
Adicionalmente, ao versículo 2Pe 3: 9, podemos estabelecer o fato que a palavra "todos" não
significa a absoluta totalidade das pessoas que podem existir. Existe na definição do pronome
indefinido "tudo" no Dicionário Eletrônico Aurélio o sentido: 4. Todas as pessoas de quem se
trata; todos: "e os amigos sem nome (tantos), / em alegria companheira, / tudo se junta,
oferecendo-se, / numa rosa, a Manuel Bandeira." (Carlos Drummond de Andrade, José & Outros,
p. 111). Os léxicos do grego permitem o mesmo sentido (#3956, individualmente, cada um, ou,
coletivamente, uns de todos, Strong’s). Esse sentido cabe bem com o "todos" de 2Pe 3: 9 “Não
retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é
longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem
ao arrependimento.”. O "todos" trata com os "alguns" que tem ligação com aqueles
representados com o pronome "conosco". Quer dizer, Deus tem os Seus entre quais alguns são
Salvos já e outros que ainda não são. Os que ainda não são, Deus não quer que nenhum destes
se percam senão que todos estes venham a arrepender-se.
Os versículos 1Jo 2:1, 2 “1 Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não
pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;
2 e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas
ainda pelos do mundo inteiro.” que parecem enfatizar uma expiação geral, em verdade não
ensina isso. O apóstolo João está escrevendo aos judeus e ele relata a verdade que a Salvação
por Cristo não é somente entre os judeus, mas para os de "todo o mundo". Quer dizer: os gentios
podem ser Salvos também. O apóstolo João, pela revelação em Apocalipse, revela que de "todo o
mundo" há Salvação, sim, ‘uns de todos’ (Strong’s) ou, quer dizer, "homens de toda tribo, e
língua, e povo, e nação" (Ap 5:9 “e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o
livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para
Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação”). O versículo Romano 3:9 usa
os dois, "tantos judeus como gregos" no sentido de "todos" (Rm 3.9 “Que se conclui? Temos
nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que
todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado;”); da mesma forma
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que (1Jo 2:1, 2 “1 Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se,
todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; 2 e ele é a
propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos
do mundo inteiro.”). Na verdade, poucas são as vezes, entre os 1.234 usos da palavra “todos”
no Novo Testamento (#3956 no Strong’s, Concordância Fiel), que a palavra "todos" significa a
totalidade das pessoas. Geralmente o próprio texto torna evidente a sua limitação.
João 3.16 é um outro versículo usado por muitos para estabelecer o pensamento que Deus ama
igualmente todos os homens e se empenha de igual forma a Salvar todos eles de igual forma (Jo
3:16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”). Essa premissa
fundamenta-se na suposição que quando a palavra "mundo" é usada, quer significar ‘todo mundo’
sem a exceção de nenhuma pessoa. Uma consideração de Jo 1:10 revelará três maneiras
diferentes de usar essa única palavra (o "mundo" na terra em oposição ao céu; o "mundo" como o
universo; o "mundo" apontando aos homens que não creram nEle (Jo 1.10 “O Verbo estava no
mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.”)). A
palavra "mundo" pode ser usada para representar o universo (At 17:24 “O Deus que fez o
mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em
santuários feitos por mãos humanas.”), a terra (Jo 13; 1 “Ora, antes da Festa da Páscoa,
sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo
amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim”; Ef 1:4 “assim como nos
escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis
perante ele; e em amor”), o sistema mundano (Jo 12:31; “Chegou o momento de ser
julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso.”; 1Jo 5:19 “Sabemos que
somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno.”), toda a raça humana (Rm
3:19“Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale
toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus,”), toda a humanidade exceto os
crentes (Jo 5:22-24 “22 E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento,
23 a fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o
Filho não honra o Pai que o enviou. 24 Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a
minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas
passou da morte para a vida.”; Jo 15:18 “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do
que a vós outros, me odiou a mim.”; Rm 3:6 “Certo que não. Do contrário, como julgará
Deus o mundo?”), e os gentios em contraste com os judeus (Rm 11:12 “Ora, se a
transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento, em riqueza
para os gentios, quanto mais a sua plenitude!”). A palavra "mundo" também pode ser usada
para representar os crentes (Jo 1:29 “No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para
ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”; Jo 3:16, 17 “16
Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Porquanto Deus enviou o
seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo
por ele.”; Jo 6:33 “Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo.”; Jo
12:47 “Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo; porque eu
não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo.”; 1Co 4:9 “Porque a mim me parece
que Deus nos pôs a nós, os apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à
morte; porque nos tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens.”; 2Co
5:19 “a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não
imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da
reconciliação.”). Portanto, quando a palavra "mundo" for aplicada para ensinar a doutrina,
devem ser levados em consideração esses usos também. O estudo bíblico não deve ser baseado
numa suposição criada da lógica humana.
Em resumo, é necessário lembrar o que a doutrina declarada pelas palavras "eleição" e os seus
derivativos, juntamente com as evidências múltiplas e bíblicas que apontam para uma expiação
particular, ensinam quando é determinado o significado das palavras "todos" e "todo o mundo".
Com estudo bíblico será entendido que Cristo, que não conheceu pecado, foi feito pecado por
todos que o Pai anteriormente deu a Cristo, e somente por estes.
7.5 O Efeito do Preço Pago
"Para que Nele fossemos feitos a justiça de Deus" – Aqueles por quem Cristo pagou o preço dos
pecados são verdadeiramente feitos a "justiça de Deus" (2Co 5:21 “Aquele que não conheceu
pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”).
Como Cristo foi feito semelhante aos seus "irmãos" (Hb 2:17 “Por isso mesmo,
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convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser
misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer
propiciação pelos pecados do povo.”) os "Seus" são feitos membros do "seu corpo, da Sua
carne, e dos Seus ossos" (Ef 5:30 “porque somos membros do seu corpo.”). Deus é
satisfeito pelo trabalho da alma de Cristo (Is 53:11 “Ele verá o fruto do penoso trabalho de
sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a
muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.”). Sendo "por nós" que Cristo trabalhou
e ainda intercede (Rm 8:33, 34 “33 Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É
Deus quem os justifica. 34 Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes,
quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.”), estes
mesmos (os membros do corpo de Cristo) estarão todos junto com Cristo à direita de Deus. Não
há nenhum eleito, por quem Cristo morreu, que não se apresentará justo diante de Deus no dia
do julgamento final. Os que são chamados (Rm 8:28, 29 “28 Sabemos que todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo
o seu propósito. 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou
para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre
muitos irmãos.”) são os mesmo que são perdoados (Sl 85:2-10 “2 Perdoaste a iniqüidade
de teu povo, encobriste os seus pecados todos. 3 A tua indignação, reprimiste-a toda,
do furor da tua ira te desviaste. 4 Restabelece-nos, ó Deus da nossa salvação, e retira
de sobre nós a tua ira. 5 Estarás para sempre irado contra nós? Prolongarás a tua ira
por todas as gerações? 6 Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se
regozije o teu povo? 7 Mostra-nos, SENHOR, a tua misericórdia e concede-nos a tua
salvação. 8 Escutarei o que Deus, o SENHOR, disser, pois falará de paz ao seu povo e
aos seus santos; e que jamais caiam em insensatez. 9 Próxima está a sua salvação dos
que o temem, para que a glória assista em nossa terra. 10 Encontraram-se a graça e a
verdade, a justiça e a paz se beijaram.”; Is 1:18 “Vinde, pois, e arrazoemos, diz o
SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos
como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã.”),
reconciliados (2Co 5:20 “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se
Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos
reconcilieis com Deus.”), sarados (1Pe 2: 24 “carregando ele mesmo em seu corpo,
sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos
para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.”; Is 53:4-7, 11 “4 Certamente, ele
tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o
reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas
nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos
desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair
sobre ele a iniqüidade de nós todos. 7 Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a
boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus
tosquiadores, ele não abriu a boca. 11 Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e
ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos,
porque as iniqüidades deles levará sobre si.”), libertos (Ap 1:5 “e da parte de Jesus
Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra.
Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados,”; 1Pe 1:
8,18,19 “8 a quem, não havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo,
exultais com alegria indizível e cheia de glória, 18 sabendo que não foi mediante coisas
corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento
que vossos pais vos legaram, 19 mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem
defeito e sem mácula, o sangue de Cristo,”) lavados e regenerados (Tt 3:5 “não por obras
de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o
lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,”). Pelo poder de Deus estes são desejosos
a virem a Cristo (Sl 110:3 “Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu
poder; com santos ornamentos, como o orvalho emergindo da aurora, serão os teus
jovens.”) e serão feitos vivos quando vêm a Cristo (1Jo 5:12 “Aquele que tem o Filho tem a
vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.”; Ef 2:1“Ele vos deu vida,
estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,”; Jo 5:24 “Em verdade, em verdade
vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna,
não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.”) e justificados (Is 53:11 “Ele verá
o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o
seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre
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si.”; Rm 3:24-26 “24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a
redenção que há em Cristo Jesus, 25 a quem Deus propôs, no seu sangue, como
propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua
tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; 26 tendo em vista a
manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o
justificador daquele que tem fé em Jesus.”; Rm 8:1“Agora, pois, já nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”; Rm 10:4 “Porque o fim da lei é
Cristo, para justiça de todo aquele que crê.”; Fp 3:9 “e ser achado nele, não tendo
justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que
procede de Deus, baseada na fé;”). Todo aquele que o Pai tem dado a Cristo, em tempo
oportuno, virá a Cristo (Jo 6:3, 39, 45 “3 Então, subiu Jesus ao monte e assentou-se ali
com os seus discípulos. 39 e a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca
de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. 45 Está escrito
nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do
Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim.”) e serão intrépidos (2Tm 1:7 “Porque Deus
não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.”),
guardados (Jd 1 “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados, amados
em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo,”; Jd 24, 25 “24 Ora, àquele que é poderoso
para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante
da sua glória, 25 ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso,
glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os
séculos. Amém!”; Jo 10:27,28 “27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as
conheço, e elas me seguem. 28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém
as arrebatará da minha mão.”), feitos aceitáveis a Deus (Ef 1:6 “para louvor da glória de
sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado,”) protegidos (1Jo 2:1
“Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém
pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;”) e, sem a menor dúvida,
glorificados (Jo 6:44 “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e
eu o ressuscitarei no último dia.”; Jo 17:2 “assim como lhe conferiste autoridade sobre
toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.”; Rm 8:30
“E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também
justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”). A certeza disso é tão firme
quanto à vontade de Deus (Jo 6:38 “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha
própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.”; Sl 115:3 “No céu está o
nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.”; Sl 135:6 “Tudo quanto aprouve ao SENHOR,
ele o fez, nos céus e na terra, no mar e em todos os abismos.”). Não há limitação nenhuma
para a vontade de Deus (Dn 4:35 “Todos os moradores da terra são por ele reputados em
nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da
terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”). Os que estavam
longe estão agora perto (Ef 2:13“Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis
longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo.”; Hb 7:25 “Por isso, também pode
salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por
eles.”); os que eram filhos da ira praticando todo e qualquer pecado, são agora, em Cristo, feitos
filhos de Deus (Ef 2:2 “nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo,
segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da
desobediência;”; 1Jo 3:2 “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se
manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos
semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”; Rm 8:14, 15 “14 Pois todos
os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. 15 Porque não recebestes o
espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o
espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”); os que eram inimigos agora
são embaixadores da verdade pela obra de Cristo (Rm 8:6-8 “6 Porque o pendor da carne dá
para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é
inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8
Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”; 2Co 5:20 “De sorte que
somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio.
Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.”). O que tem acontecido
no passado com os "em Cristo" continuará a acontecer para os "seus" que ainda não nasceram,
pois "todo o que o Pai" tem dado a Cristo "virá a Ele" (Jo 6:37, 39 “37 Todo aquele que o Pai
me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. 39 E a
vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me
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deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia.”; Jo 17:2 “assim como lhe
conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos
os que lhe deste.”; Mt 24:24 “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando
grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.”).
Que Deus tenha misericórdia dos Seus, trazendo todos os Seus eleitos à Salvação por Cristo (2Ts
2.13 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo
Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação
do Espírito e fé na verdade,”). É o nosso desejo e oração que estes mesmos creiam e sejam
trazidos a tais posições de benção espiritual em lugares celestiais por Cristo. Também é o nosso
desejo que todos estes Salvos vivam em todo o santo trato e piedade diante de um mundo em
trevas por ter tal Salvação (2Tm 2:19 “Entretanto, o firme fundamento de Deus
permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se
da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor.”).
8. A Chamada à Salvação
1Pe 1:18-20 “18 sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro,
que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, 19 mas
pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo,
20 conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos
tempos, por amor de vós”
O fato que Cristo, o Filho de Deus, tornou-se homem,
representando os eleitos, no lugar deles, recebendo a pena que recairia sobre eles, e dando a Sua
vida em sacrifício por eles não faz que estes eleitos sejam automaticamente Salvos. Estes têm um
"tempo de amor" que particularmente acontece em seu tempo oportuno segundo o calendário
divino (Ez 16:8 “Passando eu por junto de ti, vi-te, e eis que o teu tempo era tempo de
amores; estendi sobre ti as abas do meu manto e cobri a tua nudez; dei-te juramento e
entrei em aliança contigo, diz o SENHOR Deus; e passaste a ser minha.” Este texto de
Ezequiel trata da eleição de Jerusalém como cidade santa). Aqueles por quem Cristo morreu
precisam ser trazidos a ouvir a mensagem de Cristo, terem os corações vivificados para que
possam entender a mensagem, e, eles necessitam receber a fé para que possam crer em Jesus o
Salvador eficaz que é apresentado pelo Evangelho. O processo que transforma o eleito em um
ouvinte com entendimento e fé será tratado na seção do estudo: os Meios que Deus usa, ou A
Chamada à Salvação.
É fato que os eleitos de Deus serão chamados (Rm 8:29, 30 “29 Porquanto aos que de
antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que
predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e
aos que justificou, a esses também glorificou.”). Em ordem cronológica, o que veio primeiro
foi o conhecimento de Deus dos Seus, que determinou a predestinação deles. Seguindo essa fase
da obra da Salvação vem a própria chamada de Deus ao pecador eleito para que ele seja
integrado ao plano salvífico de Deus.
8.1 Deus Usa Meios para Cumprir a Sua Vontade
Os que Deus elegeu não são Salvos no ato da sua eleição (na eternidade) simplesmente por
serem eleitos. Estes serão Salvos em um tempo futuro em conseqüência dos meios que Deus
determina. A eleição não é a própria Salvação, mas conduz "para a Salvação" (2Ts 2:13
“Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor,
porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do
Espírito e fé na verdade,”). Não há nenhuma dúvida que a eleição resultará na Salvação de
todos os eleitos em seu tempo propício. Essa eleição para a Salvação acontecerá pela operação
dos meios que Deus ordena.
É claro que Deus usa meios para completar, em tempo próprio, o que Ele determinou na
eternidade passada. Um exemplo de meio usado para fazer a Sua vontade é a própria morte de
Cristo. É dito que Cristo "foi morto desde a fundação do mundo" (Ap 13:8 “e adorá-la-ão todos
os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida
do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.”). Esta ação foi completa na
eternidade passada já na mente de Deus. Mas, em tempo propício, no mundo, diante dos homens,
Cristo foi preso, crucificado e morto pelas mãos de injustos (At 2:23 “sendo este entregue
pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por
mãos de iníquos;”; At 4:27, 28 “27 porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade
contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e
gente de Israel, 28 para fazerem tudo o que a
tua
mão
e
o
teu
propósito
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predeterminaram;”). Também, a obra de eleição foi feita na eternidade, mas o seu efeito, a
própria Salvação, somente é visto em tempo como conseqüência da operação e a cooperação dos
meios divinamente programados (1Pe 1: 20,21 “20 conhecido, com efeito, antes da
fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós 21 que,
por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu
glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus.”). Ainda que as obras de
Deus relativas à eleição estivessem concluídas "desde a fundação do mundo" (Hb 4:3 “Nós,
porém, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus tem dito: Assim, jurei na
minha ira: Não entrarão no meu descanso. Embora, certamente, as obras estivessem
concluídas desde a fundação do mundo.”), elas virão a serem realizadas entre os homens em
tempo por meios que Deus usa (Rm 10:13-15 “13 Porque: Todo aquele que invocar o nome
do Senhor será salvo. 14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como
crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E
como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés
dos que anunciam coisas boas!”).
Os meios da chamada de Deus na Salvação podem ser diferenciados se forem contemplados os
alvos da chamada (os Salvos ou os não Salvos), o efeito da chamada (a convicção somente ou a
regeneração) e a maneira que a chamada é dada (interna ou exteriormente). Os meios que Deus
usa para trazer os Seus a Ele freqüentemente cooperam entre si. Por crermos que Deus antecede
qualquer obra humana, listamos os meios internos primeiros. Estes meios internos são às vezes
nomeados "a chamada interna". A chamada interna ou os meios internos são aquelas obras
invisíveis que Deus opera suave e eficazmente no coração dos Seus.
8.1.1 Os Meios Internos ou A Chamada Interna
Os meios internos são aqueles meios invisíveis empregados por Deus no interior do homem antes
mesmo que o homem perceba qualquer ação nele em prol da sua Salvação.
8.1.1.1 A Graça de Deus – 2Tm 1:9 “que nos salvou e nos chamou com santa vocação;
não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que
nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,”
Por necessidade é importante listar a graça em primeiro lugar destes meios que Deus usa na
chamada à Salvação, pois Deus é a primeira causa de qualquer obra boa (1Tm 1:17“Assim, ao
Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos.
Amém!”). A graça é aquele maravilhoso atributo de Deus que é manifesto quando Deus derrama
bênçãos em quem não as merece. Pela Palavra de Deus, pode ser observado que há dois tipos de
graça: a comum que é dada a todos os homens, mas não Salva ninguém e a especial que opera
eficazmente nos eleitos trazendo-os seguramente à Salvação por Jesus Cristo.
8.1.1.1A Graça Comum ou Geral
A graça comum é manifestada a todos indistintamente (Sl 136:25 “e dá alimento a toda
carne, porque a sua misericórdia dura para sempre.”; Sl 145:9 “O SENHOR é bom para
todos, e as suas ternas misericórdias permeiam todas as suas obras.”; At 17:24-26 “24
O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra,
não habita em santuários feitos por mãos humanas. 25 Nem é servido por mãos
humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida,
respiração e tudo mais; 26 de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a
face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua
habitação;”) incluindo bênçãos ao estrangeiro dando-lhes pão e vestimenta (Dt 10:17-19 “17
Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus
grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno; 18
que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e vestes. 19 Amai,
pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito.”); à natureza suprindo
todas as suas necessidades (Sl 104:11-22 “11 dão de beber a todos os animais do campo;
os jumentos selvagens matam a sua sede. 12 Junto delas têm as aves do céu o seu
pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. 13 Do alto de tua morada, regas
os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. 14 Fazes crescer a relva para os
animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, 15
o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o
alimento, que lhe sustém as forças. 16 Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros
do Líbano que ele plantou, 17 em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a
sua casa é nos ciprestes. 18 Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas,
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o refúgio dos arganazes. 19 Fez a lua para marcar o tempo; o sol conhece a hora do seu
ocaso. 20 Dispões as trevas, e vem a noite, na qual vagueiam os animais da selva. 21 Os
leõezinhos rugem pela presa e buscam de Deus o sustento; 22 em vindo o sol, eles se
recolhem e se acomodam nos seus covis.”; Lc 12:6 “Não se vendem cinco pardais por
dois asses? Entretanto, nenhum deles está em esquecimento diante de Deus.”; Mt 6:2830 “28 E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os
lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. 29 Eu, contudo, vos afirmo que nem
Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 30 Ora, se Deus veste
assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós
outros, homens de pequena fé?”). A graça comum se estende tanto aos justos e injustos como
aos bons e maus dando-lhes sol, chuva e tudo para viver bem (Dt 29:5 “Quarenta anos vos
conduzi pelo deserto; não envelheceram sobre vós as vossas vestes, nem se gastou no
vosso pé a sandália.”; Mt 5:43-45 “43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e
odiarás o teu inimigo. 44 Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que
vos perseguem; 45 para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz
nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.”; Lc 6:35
“Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga;
será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para
com os ingratos e maus.”; Lc 16:25 “Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que
recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui,
ele está consolado; tu, em tormentos.”). Essa graça comum é dada aos homens em geral
dando-lhes um governo civil que é um instrumento de Deus (Rm 13:3, 4 “3 Porque os
magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal.
Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, 4 visto que a
autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque
não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para
castigar o que pratica o mal.”; 1Pe 2:14 “quer às autoridades, como enviadas por ele,
tanto para castigo dos malfeitores como para louvor dos que praticam o bem.”). A graça
comum faz parte das coisas minuciosas ("até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados",
Lc 12:7 “Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais! Bem mais
valeis do que muitos pardais.”) até as coisas impossíveis de medir, a preservação do mundo e
tudo que nele há (Ne 9:6 “Só tu és SENHOR, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu
exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto há neles; e tu os
preservas a todos com vida, e o exército dos céus te adora.”; Cl 1:16, 17 “16 pois, nele,
foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam
tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio
dele e para ele. 17 Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.”). Conjuntamente
com estas bênçãos Deus também dá a mensagem de Salvação a muitos que nunca serão Salvos
(Mt 13:19-22 “19 A todos os que ouvem a palavra do reino e não a compreendem, vem o
maligno e arrebata o que lhes foi semeado no coração. Este é o que foi semeado à beira
do caminho. 20 O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a
recebe logo, com alegria; 21 mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca
duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se
escandaliza. 22 O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os
cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera.”;
At 14:15-17 “15 Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós,
sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas
coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há
neles; 16 o qual, nas gerações passadas, permitiu que todos os povos andassem nos
seus próprios caminhos; 17 contudo, não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo,
fazendo o bem, dando-vos do céu chuvas e estações frutíferas, enchendo o vosso
coração de fartura e de alegria.”; Rm 2:4 “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e
tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao
arrependimento?”; I Tm 4:10 “Ora, é para esse fim que labutamos e nos esforçamos
sobremodo, porquanto temos posto a nossa esperança no Deus vivo, Salvador de todos
os homens, especialmente dos fiéis.”). Essa graça comum pode ser resistida (Mt 23:37
“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados!
Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos
debaixo das asas, e vós não o quisestes!”) e é resistida por todos que vão para o inferno.
Que essa graça geral não é Salvadora é entendida pela observação que os maus continuam mal
depois da manifestação de tal graça mesmo que tal graça e bênçãos sejam Maravilhosas (Rm
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2:4 “Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando
que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?”).
8.1.1.2A Graça Especial ou Particular
A graça especial de Deus é exercitada para com aqueles que Deus ama particularmente (Dt 7:7,
8 “7 Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos
do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, 8 mas porque o SENHOR
vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou
com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do
Egito.”; Dt 9:6 “Sabe, pois, que não é por causa da tua justiça que o SENHOR, teu Deus,
te dá esta boa terra para possuí-la, pois tu és povo de dura cerviz.”; Jr 31:3 “De longe
se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com
benignidade te atraí.”; Ef 1:5 “nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por
meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,”; Ef 2:4 “Mas Deus, sendo
rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou). A graça especial de
Deus age em casos além da Salvação também. Essa graça particular é revelada em vários casos
pela Palavra de Deus. Não existe outra explicação, a não ser a graça especial, que enviou Elias à
viúva de Sarepta de Sidom e Eliseu ao profeta Naamã, o siro (Lc 4:25-27 “25 Na verdade vos
digo que muitas viúvas havia em Israel no tempo de Elias, quando o céu se fechou por
três anos e seis meses, reinando grande fome em toda a terra; 26 e a nenhuma delas foi
Elias enviado, senão a uma viúva de Sarepta de Sidom. 27 Havia também muitos
leprosos em Israel nos dias do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão
Naamã, o siro.; 1Re 17:8-13 “8 Então, lhe veio a palavra do SENHOR, dizendo: 9 Dispõete, e vai a Sarepta, que pertence a Sidom, e demora-te ali, onde ordenei a uma mulher
viúva que te dê comida. 10 Então, ele se levantou e se foi a Sarepta; chegando à porta
da cidade, estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; ele a chamou e lhe disse:
Traze-me, peço-te, uma vasilha de água para eu beber. 11 Indo ela a buscá-la, ele a
chamou e lhe disse: Traze-me também um bocado de pão na tua mão. 12 Porém ela
respondeu: Tão certo como vive o SENHOR, teu Deus, nada tenho cozido; há somente
um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui,
apanhei dois cavacos e vou preparar esse resto de comida para mim e para o meu filho;
comê-lo-emos e morreremos. 13 Elias lhe disse: Não temas; vai e faze o que disseste;
mas primeiro faze dele para mim um bolo pequeno e traze-mo aqui fora; depois, farás
para ti mesma e para teu filho.”; 2Re 5:1-17 “1 Naamã, comandante do exército do rei
da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muito conceito, porque por ele o
SENHOR dera vitória à Síria; era ele herói da guerra, porém leproso. 2 Saíram tropas da
Síria, e da terra de Israel levaram cativa uma menina, que ficou ao serviço da mulher de
Naamã. 3 Disse ela à sua senhora: Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta
que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra. 4 Então, foi Naamã e disse ao seu
senhor: Assim e assim falou a jovem que é da terra de Israel. 5 Respondeu o rei da
Síria: Vai, anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. Ele partiu e levou consigo dez
talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez vestes festivais. 6 Levou também ao rei
de Israel a carta, que dizia: Logo, em chegando a ti esta carta, saberás que eu te enviei
Naamã, meu servo, para que o cures da sua lepra. 7 Tendo lido o rei de Israel a carta,
rasgou as suas vestes e disse: Acaso, sou Deus com poder de tirar a vida ou dá-la, para
que este envie a mim um homem para eu curá-lo de sua lepra? Notai, pois, e vede que
procura um pretexto para romper comigo. 8 Ouvindo, porém, Eliseu, homem de Deus,
que o rei de Israel rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as
tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel. 9 Veio, pois, Naamã
com os seus cavalos e os seus carros e parou à porta da casa de Eliseu. 10 Então, Eliseu
lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne
será restaurada, e ficarás limpo. 11 Naamã, porém, muito se indignou e se foi, dizendo:
Pensava eu que ele sairia a ter comigo, por-se-ia de pé, invocaria o nome do SENHOR,
seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso. 12 Não são,
porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de
Israel? Não poderia eu lavar-me neles e ficar limpo? E voltou-se e se foi com
indignação. 13 Então, se chegaram a ele os seus oficiais e lhe disseram: Meu pai, se te
houvesse dito o profeta alguma coisa difícil, acaso, não a farias? Quanto mais, já que
apenas te disse: Lava-te e ficarás limpo. 14 Então, desceu e mergulhou no Jordão sete
vezes, consoante a palavra do homem de Deus; e a sua carne se tornou como a
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carne de uma criança, e ficou limpo. 15 Voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua
comitiva; veio, pôs-se diante dele e disse: Eis que, agora, reconheço que em toda a terra
não há Deus, senão em Israel; agora, pois, te peço aceites um presente do teu servo. 16
Porém ele disse: Tão certo como vive o SENHOR, em cuja presença estou, não o
aceitarei. Instou com ele para que o aceitasse, mas ele recusou. 17 Disse Naamã: Se
não queres, peço-te que ao teu servo seja dado levar uma carga de terra de dois mulos;
porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses,
senão ao SENHOR.”).
Essa graça especial é gloriosamente notada nos que Ele chama particularmente à Salvação (Sl
65:4 “Bem-aventurado aquele a quem escolhes e aproximas de ti, para que assista nos
teus átrios; ficaremos satisfeitos com a bondade de tua casa—o teu santo templo.”; Rm
8:28, 29 “28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a
Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porquanto aos que de
antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”; 1Co 1:24 “mas para os
que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e
sabedoria de Deus.”; Gl 1:15, 16 “15 Quando, porém, ao que me separou antes de eu
nascer e me chamou pela sua graça, aprouve 16 revelar seu Filho em mim, para que eu
o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue,”). Pela graça
particular Deus escolheu Salvar os homens e não os anjos (2Pe 2: 4 “Ora, se Deus não poupou
anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de
trevas, reservando-os para juízo;”), a abençoar Israel para ser o Seu povo e não qualquer
outra nação existente naquela época (Gn 12:1-3 “1 Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua
terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; 2 de ti
farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!
3 Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão
benditas todas as famílias da terra.”), a levar o evangelho a Macedônia e não a Ásia (At
16:6-10 “6 E, percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito
Santo de pregar a palavra na Ásia, 7 defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o
Espírito de Jesus não o permitiu. 8 E, tendo contornado Mísia, desceram a Trôade. 9 À
noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e lhe
rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos. 10 Assim que teve a visão,
imediatamente, procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia
chamado para lhes anunciar o evangelho.”), aos pobres e não aos ricos (Tg 2:5 “Ouvi,
meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem
ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam?”), aos simples e não
aos cultos (Mt 11:25, 26 “25 Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai,
Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as
revelaste aos pequeninos. 26 Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.”) e aos
demasiadamente ímpios e não aos justos (Mt 21:32 “Porque João veio a vós outros no
caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes
creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes
nele.”). A graça especial de Deus é sempre eficaz em trazer todos os Seus à Salvação plena (Jo
6:44 “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o
ressuscitarei no último dia.”; 1Jo 4:19 “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”; At
13:48 “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e
creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”; Ef 2:4-5, 8-9 “4 Mas
Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 5 e
estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela
graça sois salvos, 8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós;
é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”; 2Ts 2:13 “Entretanto,
devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus
vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na
verdade,”).
Por Deus pensar favorável para com os Seus antes de operar qualquer outra obra dEle, listamos a
Sua graça primeira entre as obras internas. Entendemos que somente os "Seus" podem vir a
Cristo (Jo 1:12, 13 “12 Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem
feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; 13 os quais não nasceram do
sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.; Jo 6:44
Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no
último dia.”; Jo 6:65 “E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito:
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ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido.”) e estes vêm por serem
capacitados pela Sua graça especial (2Co 3:5 “não que, por nós mesmos, sejamos capazes
de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência
vem de Deus,”; Gl 1:15 “Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me
chamou pela sua graça, aprouve”; Ef 2:8, 9 “8 Porque pela graça sois salvos, mediante a
fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se
glorie.”). "O teu povo Apresentar-se-á voluntariamente no dia do teu poder;" (Sl 110:3
“Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos
ornamentos, como o orvalho emergindo da aurora, serão os teus jovens.”)
8.2 A Obra do Espírito Santo
Os eleitos estão como todos os outros não eleitos também mortos em seus delitos e pecados (Ef
2:1-3 “1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2 nos quais
andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar,
do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; 3 entre os quais também todos
nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da
carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os
demais.”). Portanto os eleitos, como qualquer incrédulo, são cegos no entendimento (1Co 1:18
“Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que
somos salvos, poder de Deus”.; 1Co 2:14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do
Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se
discernem espiritualmente.; 2Co 4:4 “nos quais o deus deste século cegou o
entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da
glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.”; Ef 4:18 “obscurecidos de entendimento,
alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu
coração”) não podendo ver o reino de Deus (Jo 3:3 “A isto, respondeu Jesus: Em verdade,
em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de
Deus.”); surdos de coração, não podendo ouvir a Palavra de Deus (Jo 8:43, 47 “43 Qual a
razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a
minha palavra. 47 Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais
ouvidos, porque não sois de Deus.”); adormecidos no conhecimento (Ef 5:14 “Pelo que diz:
Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.”), não
podendo ser atenciosos a vinda de Cristo (Mt 25:2, 3 “2 Cinco dentre elas eram néscias, e
cinco, prudentes. 3 As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite
consigo;”; Is 56:8-12 “8 Assim diz o SENHOR Deus, que congrega os dispersos de
Israel: Ainda congregarei outros aos que já se acham reunidos. 9 Vós, todos os animais
do campo, todas as feras dos bosques, vinde comer. 10 Os seus atalaias são cegos, nada
sabem; todos são cães mudos, não podem ladrar; sonhadores preguiçosos, gostam de
dormir. 11 Tais cães são gulosos, nunca se fartam; são pastores que nada
compreendem, e todos se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância,
todos sem exceção. 12 Vinde, dizem eles, trarei vinho, e nos encharcaremos de bebida
forte; o dia de amanhã será como este e ainda maior e mais famoso.”). Portanto os
eleitos, antes de serem levados à Salvação, estão espiritualmente mortos (Ef 2:1, 5 “1 Ele vos
deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 5 e estando nós mortos em
nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos,”; Cl 2:13
“E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da
vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos;”; Ap
3:1 “Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete
Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives
e estás morto.”) não podendo reagir pelas suas próprias forças à mensagem da vida. Para que
qualquer homem pecador chegue à fé verdadeira, este precisará de uma obra de Deus na sua
vida. Essa obra divina é feita pela graça de Deus através de uma operação do Espírito Santo.
O Espírito Santo claramente opera nos corações dos homens mesmo que essas obras não sejam
sempre nitidamente observadas por todos os homens. Essas obras do Espírito Santo são o
despertar, iluminação, a convicção e a regeneração.
8.2.1 O Despertar
No despertar do pecador, o Espírito de Deus impressiona a mente sobre a realidade da
eternidade e do juízo. O pecador torna-se consciente de que está perigosamente sob a ira de
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Deus. Os assuntos espirituais tornam-se importantes" (Crisp, p. 45).
Por causa da obra de despertar do Espírito Santo não ser o mesmo que a regeneração o despertar
nem sempre resulta na Salvação da alma. A impressão na mente do pecador que ele está sob a
ira de Deus pode ser somente momentânea como nos exemplos do jovem rico (Mc 10:17-22 “17
E, pondo-se Jesus a caminho, correu um homem ao seu encontro e, ajoelhando-se,
perguntou-lhe: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? 18 Respondeu-lhe
Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus. 19 Sabes os
mandamentos: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho,
não defraudarás ninguém, honra a teu pai e tua mãe. 20 Então, ele respondeu: Mestre,
tudo isso tenho observado desde a minha juventude. 21 E Jesus, fitando-o, o amou e
disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um
tesouro no céu; então, vem e segue-me. 22 Ele, porém, contrariado com esta palavra,
retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades.”) e do poderoso Félix (At
24:25-26 “25 Dissertando ele acerca da justiça, do domínio próprio e do Juízo vindouro,
ficou Félix amedrontado e disse: Por agora, podes retirar-te, e, quando eu tiver vagar,
chamar-te-ei; 26 esperando também, ao mesmo tempo, que Paulo lhe desse dinheiro;
pelo que, chamando-o mais freqüentemente, conversava com ele.”), e, simbolizada na
ocasião da sementeira sobre pedregais e entre espinhos na parábola do semeador (Mc 4:16-19
“16 Semelhantemente, são estes os semeados em solo rochoso, os quais, ouvindo a
palavra, logo a recebem com alegria. 17 Mas eles não têm raiz em si mesmos, sendo,
antes, de pouca duração; em lhes chegando a angústia ou a perseguição por causa da
palavra, logo se escandalizam. 18 Os outros, os semeados entre os espinhos, são os que
ouvem a palavra, 19 mas os cuidados do mundo, a fascinação da riqueza e as demais
ambições, concorrendo, sufocam a palavra, ficando ela infrutífera.”).
O despertar do Espírito Santo pode trazer à Salvação quando outras obras de Deus são presentes.
Pelo filho pródigo cair em si e entender a sua situação, entendemos a presença da obra eficaz do
despertar do Espírito Santo (Lc 15:17-24 “17 Então, caindo em si, disse: Quantos
trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! 18 Levantarme-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; 19 já
não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores. 20
E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e,
compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou. 21 E o filho lhe disse: Pai, pequei
contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. 22 O pai, porém,
disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no
dedo e sandálias nos pés; 23 trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e
regozijemo-nos, 24 porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi
achado. E começaram a regozijar-se.”). Uns exemplos que ensinam que o despertar pode
trazer à Salvação são: os gentios em Antioquia da Písidia (At 13:42-48 “42 Ao saírem eles,
rogaram-lhes que, no sábado seguinte, lhes falassem estas mesmas palavras. 43
Despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos piedosos seguiram Paulo e
Barnabé, e estes, falando-lhes, os persuadiam a perseverar na graça de Deus. 44 No
sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus. 45 Mas os
judeus, vendo as multidões, tomaram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que
Paulo falava. 46 Então, Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Cumpria que
a vós outros, em primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus; mas, posto que a
rejeitais e a vós mesmos vos julgais indignos da vida eterna, eis aí que nos volvemos
para os gentios. 47 Porque o Senhor assim no-lo determinou: Eu te constituí para luz
dos gentios, a fim de que sejas para salvação até aos confins da terra. 48 Os gentios,
ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que
haviam sido destinados para a vida eterna.”) e os verdadeiros Salvos (Ef 2:5) “e estando
nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois
salvos,”. Por Abraão praticar a adoração dos deuses falsos e depois vir a seguir o verdadeiro
Deus entendemos que ele foi despertado da sua antiga condição de adorador de outros deuses
(Gn 12:1-3
“1 Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da
casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; 2 de ti farei uma grande nação, e te
abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! 3 Abençoarei os que te
abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as
famílias da terra.”; Js 24:15 “Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei,
hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do
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Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa
serviremos ao SENHOR.”; Is 51:1,2 “1 Ouvi-me vós, os que procurais a justiça, os que
buscais o SENHOR; olhai para a rocha de que fostes cortados e para a caverna do poço
de que fostes cavados. 2 Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz;
porque era ele único, quando eu o chamei, o abençoei e o multipliquei.”) O despertar do
Espírito Santo é claramente entendido pela visão de Ezequiel do vale dos ossos secos (Ez 37:510 “5 Assim diz o SENHOR Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e
vivereis. 6 Porei tendões sobre vós, farei crescer carne sobre vós, sobre vós estenderei
pele e porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que eu sou o SENHOR. 7 Então,
profetizei segundo me fora ordenado; enquanto eu profetizava, houve um ruído, um
barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso. 8
Olhei, e eis que havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes, e se estendeu a pele
sobre eles; mas não havia neles o espírito. 9 Então, ele me disse: Profetiza ao espírito,
profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Vem dos quatro
ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. 10 Profetizei como ele
me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército
sobremodo numeroso.”).
Em todos estes casos citados, se foi uma obra eficaz ou não, os pecadores foram levados a serem
conscientes da realidade terrível de uma eternidade sem Cristo. O ensinar de Cristo ao coração é
obra do Espírito Santo (Jo 14:26 “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai
enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o
que vos tenho dito.”; 15:26 “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da
parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim;”).
Chamamos essa consciência de uma realidade de juízo, a obra do despertamento.
Se você conhece essa obra de despertar do seu coração, peça que Deus seja misericordioso em
trazer você a confiar em Cristo que te Salva por Seu poder.
Se já fostes Salvo, lembrai-vos da misericórdia de Deus em vivificar-vos e pela Sua graça. LouvaiO com uma vida santa de obediência à Palavra de Deus em amor pela Salvação. Seja uma
testemunha vivificada e luz para outros que ainda estão mortos espiritualmente (Ef 5:14 “Pelo
que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te
iluminará.”).
8.2.2 A Iluminação
O pecado prende nos laços do diabo (2Tm 2:26 “mas também o retorno à sensatez,
livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a
sua vontade.”; Hb 3:13 “pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o
tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do
pecado.”), e, o coração do homem é depravado (Jr 17:9 “Enganoso é o coração, mais do
que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”; Pv 28:26 “O
que confia no seu próprio coração é insensato, mas o que anda em sabedoria será
salvo.”). Por essas razões o pecador precisa ser iluminado e despertado do perigo do pecado e
da gravidade de uma eternidade sem a Salvação. É somente o Espírito Santo que provoca essa
iluminação e nunca é produzida pelos homens por mais sinceros ou bem intencionados que sejam.
Os homens não eleitos em geral podem receber um grau de iluminação a ponto de serem movidos
a temer as conseqüências eternas do pecado (At 26:28 “Então, Agripa se dirigiu a Paulo e
disse: Por pouco me persuades a me fazer cristão.”; Hb 6:4-6 “4 É impossível, pois, que
aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram
participantes do Espírito Santo, 5 e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do
mundo vindouro, 6 e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para
arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus
e expondo-o à ignomínia.”; Hb 10:20, 32, 33 “20 pelo novo e vivo caminho que ele nos
consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, 32 Lembrai-vos, porém, dos dias anteriores,
em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos; 33 ora expostos
como em espetáculo, tanto de opróbrio quanto de tribulações, ora tornando-vos coparticipantes com aqueles que desse modo foram tratados.”). Todavia são somente os
eleitos que são "renovados para o conhecimento" (Cl 3:10 “e vos revestistes do novo homem
que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;”; Hb
10:38, 39 “38 todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz
a minha alma. 39 Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos,
entretanto, da fé, para a conservação da alma.”) a ponto de serem capacitados a crerem no
Evangelho (Jo 10:27 “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e
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elas me seguem.”; At 2:42 “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão,
no partir do pão e nas orações.”, "de bom grado receberam a palavra"; At 13:48 “Os
gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram
todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”).
8.2.3 A Convicção
O despertar e a iluminação revelam o perigo do pecado, a convicção aponta a causa do perigo.
Quando assim o Espírito Santo opera nos Seus, o homem é convencido do seu pecado, da justiça
de Deus e do juízo de Deus sobre toda a impiedade (Jo 16:8-11 “8 Quando ele vier,
convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: 9 do pecado, porque não crêem
em mim; 10 da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; 11 do juízo, porque
o príncipe deste mundo já está julgado.”).
Pela obra eficaz e completa do Espírito Santo na convicção os por ela atingidos reconhecem as
suas culpas (Sl 51:4 “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os
teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar.”; Lc
15:18 “Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e
diante de ti;”; Lc 18:9-14 “9 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em
si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: 10 Dois homens
subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. 11 O
fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou
porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda
como este publicano; 12 jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto
ganho. 13 O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos
ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! 14 Digo-vos
que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta
será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.”; At 2:37 “Ouvindo eles estas
coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos:
Que faremos, irmãos?”,”compungiu-se-lhes o coração” no grego significa agitar violentamente
(At 16.29 “Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e,
trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas.”); deixam o seu egoísmo (Is 64.6 “Mas todos
nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos
nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento, nos
arrebatam.”; Lc 18.9-14 “9 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si
mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: 10 Dois homens
subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. 11 O
fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou
porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda
como este publicano; 12 jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto
ganho. 13 O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos
ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! 14 Digo-vos
que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta
será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.”) e são guiados a crerem em Cristo
somente (2Co 7:10 “Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a
salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte.”; Mc 9:24
“E imediatamente o pai do menino exclamou [com lágrimas]: Eu creio! Ajuda-me na
minha falta de fé!”). Pode ser que os atingidos pela convicção não venham a Salvação (At
26:28“Então, Agripa se dirigiu a Paulo e disse: Por pouco me persuades a me fazer
cristão.”; Mt 19:21, 22 “21 Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende os teus
bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me. 22 Tendo,
porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas
propriedades.”). Pode ser que essa obra da convicção não seja agradável (Rm 8:15 “Porque
não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas
recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”), mas é
necessária (Mt 5:3-6 “3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino
dos céus. 4 Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. 5 Bemaventurados os mansos, porque herdarão a terra. 6 Bem-aventurados os que têm fome
e sede de justiça, porque serão fartos.”).
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8.2.4 A Regeneração
A regeneração é absolutamente necessária para a Salvação (Jo 3:3, 5 “A isto, respondeu Jesus: Em
verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de
Deus. 5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do
Espírito não pode entrar no reino de Deus.”). A mudança radical na alma do homem que o
capacita a entrar no reino de Deus é o que chamamos a regeneração.
8.2.4.1 A Origem da Regeneração
A regeneração não é da vontade humana (Jo 1:12, 13 “12 Mas, a todos quantos o
receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no
seu nome; 13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da
vontade do homem, mas de Deus.”; Rm 9:16 “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em
verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”). É
verdade que o homem, pela força de sua vontade, pode se reformar, mascarando assim as
evidências da sua natureza pecaminosa. Pode ser também que o homem reprima as
manifestações visíveis do seu coração ímpio. Todavia o homem não tem capacidade de dar início a
uma natureza radicalmente diferente daquela que lhe é própria (Rm 8:6-8 “6 Porque o pendor
da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da
carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode
estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”). Se não tiver uma
renovação da própria natureza, que é fonte de todas as ações morais (Pv 4:23“Sobre tudo o
que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.”), o
homem, mesmo se fazendo ‘bom’ diante de si e diante dos homens, não pode escolher a
santidade nem desejar a Salvação verdadeira (Jr 13:23, “Pode, acaso, o etíope mudar a sua
pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando
acostumados a fazer o mal.”; Jo 5:40, "não quereis vir a mim para terdes vida"; 1Co
2:14, "o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus ... não pode
entendê-las porque elas se discernem espiritualmente"; Jo 6:63, “O espírito é o que
vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e
são vida.”). Tal escolha seria contra a sua própria natureza pecaminosa. A regeneração é pela
vontade de Deus, não do homem (Fp 2:13 ”porque Deus é quem efetua em vós tanto o
querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”).
Devemos enfatizar que o homem, no estado natural, não pode cooperar positivamente com
qualquer influência divina que possa ser aplicada por meio da verdade antes que a nova natureza
seja nascida de Deus. Os homens naturais, que sempre procuram benefícios próprios pela religião,
verdadeiramente, não vêem em Deus, ou na genuína santidade, nada desejável. Mesmo que um
homem religioso buscasse a santidade e a verdade divina, tal busca não viria de um desejo
sincero para glorificar somente a Deus (Rm 1:18, "detêm a verdade em injustiça"; Rm 1:25,
"honraram e serviram mais a criatura do que o Criador"; 3:18, "Não há temor de Deus
diante de seus olhos.") Qualquer busca de aparência de santidade seria para agradar a si
mesmo de uma maneira ou outra (1Jo 2:16, "tudo o que há no mundo, a concupiscência da
carne, ... dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo."; Jo 3:19, "os
homens amaram mais as trevas do que a luz"; Mt 23:37, "quantas vezes que eu ajuntar
os teus filhos ... e tu não quiseste!"). Por causa da impiedade da natureza dele, não pode ser
esperado que o homem cooperasse para dar início à santidade verdadeira no seu coração.
Há os que dizem que uma apresentação favorável de várias verdades pode causar a nova
natureza no homem. Pensam alguns que os fatos importantes da Bíblia podem ser
mecanicamente impressionados na mente do homem a ponto de comovê-lo a que o seu coração
seja feito novo. Todavia, a vontade do homem, expressada pelas decisões da mente, não é
independente do seu próprio coração. Do coração vem as ações e não são as ações que modificam
o coração (Mt 15:19 “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios,
adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias.”; Mc 7:21-23 “21
Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a
prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, 22 a avareza, as malícias, o dolo, a
lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. 23 Ora, todos estes males vêm de
dentro e contaminam o homem.”; Gn 6:5; “Viu o SENHOR que a maldade do homem se
havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu
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coração;”; Pv 4:23 “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele
procedem as fontes da vida.”; Rm 3:10-18 “10 como está escrito: Não há justo, nem um
sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram,
à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A
garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está
nos seus lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus
pés velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17
desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.”; Gl
5:19-21 “19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza,
lascívia, 20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias,
dissensões, facções, 21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a
respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o
reino de Deus os que tais coisas praticam.”). Não mudamos o coração pela mente, mas
mudamos a mente por termos um coração novo. Mudando a natureza do homem é o único meio
para o homem ter uma disposição nova para amar a verdade (Ez 36:26“Dar-vos-ei coração
novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei
coração de carne.”; Jo 3:3, “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo
que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” )
Quando existe a obra do Espírito Santo de regeneração, existe uma nova natureza que tanto
deseja quanto pode ser santa e obediente a Deus por Jesus Cristo (Tt 3:5-7 “5 não por obras
de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o
lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, 6 que ele derramou sobre nós
ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, 7 a fim de que, justificados por
graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.”; Fp 4:13
“tudo posso naquele que me fortalece. “; Jo 3:3-5 “3 A isto, respondeu Jesus: Em
verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino
de Deus. 4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho?
Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? 5 Respondeu Jesus:
Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode
entrar no reino de Deus.”). Essa mudança radical na alma do homem que o capacita a entrar
no reino de Deus é o que chamamos a regeneração e ela é do Espírito Santo somente. Você a
tem?
8.2.4.2 Os Nomes da Regeneração
Essa obra instantânea do Espírito Santo, que faz o eleito ter uma disposição santa, tem vários
nomes na Bíblia. É biblicamente chamada a regeneração (Tt 3:5 “não por obras de justiça
praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar
regenerador e renovador do Espírito Santo,”), "nascer de novo" (Jo 3:3 “A isto, respondeu
Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode
ver o reino de Deus.”) ou ser "nascido do Espírito" (Jo 3:6“O que é nascido da carne é
carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.”). Todas as partes do homem são afeitadas
pela regeneração. As afeições são renovadas, a mente é iluminada para o entendimento do reino
espiritual e o estilo da vida passa a ser novo (2Co 5:17 “E, assim, se alguém está em Cristo,
é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”).
8.2.4.3 A Natureza da Regeneração
A natureza da regeneração é entendida pelas palavras bíblicas usadas para simbolizá-la:
1. Criação – Ef 2:10 “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas
obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”
2. Novo nascimento – Jo 3:3 “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade
te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.”
3. Renovação – Cl 3:10 “e vos revestistes do novo homem que se refaz para o
pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;”
4. Nova natureza -2Co 5:17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova
criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”
5. Novo coração – Ez 36:26 “Darvos-ei coração novo e porei
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dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei
coração de carne.”
6. Ressurreição – Ef 2:1, 5 “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos
delitos e pecados, 5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida
juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos”
7. Uma árvore boa – Mt 7:17 “Assim, toda árvore boa produz bons frutos,
porém a árvore má produz frutos maus.”
8. Resplendor com luz – 2Co 4:6 “Porque Deus, que disse: Das trevas
resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para
iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo”
9. As Leis de Cristo escritas no coração – Hb 8:10 “Porque esta é a aliança que
firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua
mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei;
e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”
10. Translado – Cl 1:13 “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou
para o reino do Filho do seu amor,”
8.2.4.4 O Fruto da Regeneração
O Espírito Santo faz uma nova disposição no coração do homem. Até este momento, o homem é
passivo.
Com a nova disposição no coração o homem passa a ser ativo. A nova naturezas nascida pela
obra do Espírito Santo evidencia-se. Chamamos as evidências dessa natureza o "fruto" da
regeneração. O fruto da regeneração é:
•
•
•
•
•
fé (1Jo 5:4, 5 “4 porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a
vitória que vence o mundo: a nossa fé. 5 Quem é o que vence o mundo, senão
aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?”; Hb 12:2 “olhando firmemente para o
Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava
proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à
destra do trono de Deus.”; 1Pe 1:3 “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva
esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos”);
arrependimento (2Tm 2:25 “disciplinando com mansidão os que se opõem, na
expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem
plenamente a verdade,”);
amor a Deus (1Jo 4:19 “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”);
amor aos outros (1Jo 4:7“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor
procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.”;
3:14“Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os
irmãos; aquele que não ama permanece na morte.”);
perseverança (Fp 1:6 “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa
obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.”; 1Jo 5:4,5 “4 porque
todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o
mundo: a nossa fé. 5 Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê ser
Jesus o Filho de Deus?”).
observação
Nem todos os que são despertados, iluminados ou trazidos à convicção vêm eficazmente a Cristo
(Mt 20:16, "muitos são chamados, mas poucos escolhidos"; At 7:51, "vós sempre
resistis ao Espírito Santo"; Jo 10:26, "Mas vós não credes porque não sois das minhas
ovelhas"). Todavia, todos os que são regenerados vêm eficazmente a Cristo para todo o sempre
(Jo 10:27-29, "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me
seguem"; Fp 1:6, "aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de
Jesus Cristo"; I Ts 5:24, "Fiel é o que vos chama, o qual também o fará"). Os regenerados
passam pelas obras de despertar, da iluminação e da convicção.
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Pensando nessas verdades, ninguém deve ficar satisfeito porque está convicto da sua condição
pecaminosa ou que está despertado a ponto de considerar o juízo eterno. Tudo isso não é
Salvação mesmo que possa ser envolvido no processo de Salvação de todos os Salvos. O que é
necessário para a Salvação é a regeneração. Portanto, clame a Deus que Ele tenha misericórdia
das almas e que as modifiquem a ponto de que manifestem o arrependimento dos pecados e a fé
em Cristo!
8.2.5 Os Meios Externos
8.2.5.1 A Chamada Externa
Todos os meios sejam internos ou externos, são controlados por Deus que é e está sobre tudo (Is
45:7“Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas
estas coisas.”). Não minimizando o poder de Deus nem da Sua soberania, os meios externos
são de responsabilidade do homem. Os meios externos, de responsabilidade do homem, devem
ser empregados com todo o esforço enquanto imploramos que Deus use os Seus meios internos,
que são da Sua responsabilidade, nos corações de todos daqueles a quem pregamos (Ez 37:1-10
“1 Veio sobre mim a mão do SENHOR; ele me levou pelo Espírito do SENHOR e me
deixou no meio de um vale que estava cheio de ossos, 2 e me fez andar ao redor deles;
eram mui numerosos na superfície do vale e estavam sequíssimos. 3 Então, me
perguntou: Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos? Respondi: SENHOR
Deus, tu o sabes. 4 Disse-me ele: Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi
a palavra do SENHOR. 5 Assim diz o SENHOR Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o
espírito em vós, e vivereis. 6 Porei tendões sobre vós, farei crescer carne sobre vós,
sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que eu sou o
SENHOR. 7 Então, profetizei segundo me fora ordenado; enquanto eu profetizava, houve
um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao
seu osso. 8 Olhei, e eis que havia tendões sobre eles, e cresceram as carnes, e se
estendeu a pele sobre eles; mas não havia neles o espírito. 9 Então, ele me disse:
Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus:
Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. 10
Profetizei como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em
pé, um exército sobremodo numeroso.”).
Deve ser enfatizado que Deus não é limitado em nada (Dn 4:35, “Todos os moradores da
terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o
exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe
dizer: Que fazes?”). Se de pedras Deus quiseste suscitar filhos a Abraão, Ele poderia (Mt 3:9
“e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos
afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.”; Lc 3:8 “Produzi, pois,
frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por
pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a
Abraão.”), pois nada há que a Deus seja demasiado difícil (Jr 32:17 “Ah! SENHOR Deus, eis
que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; coisa
alguma te é demasiadamente maravilhosa.”). Porém, o que Deus manda o homem fazer, é o
que o homem é responsável para fazer. Ao homem é mandado a pregar a Verdade, orar que Deus
abençoe a Sua Palavra e viver uma vida exemplar diante todos. Se não houver obediência no que
somos responsáveis para fazer, não veremos as bênçãos de Deus no nosso ministério (Ez 33:6-8
“6 Mas, se o atalaia vir que vem a espada e não tocar a trombeta, e não for avisado o
povo; se a espada vier e abater uma vida dentre eles, este foi abatido na sua iniqüidade,
mas o seu sangue demandarei do atalaia. 7 A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por
atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca e lhe darás
aviso da minha parte. 8 Se eu disser ao perverso: Ó perverso, certamente, morrerás; e
tu não falares, para avisar o perverso do seu caminho, morrerá esse perverso na sua
iniqüidade, mas o seu sangue eu o demandarei de ti.”; 2Co 4:3, 4 “3 Mas, se o nosso
evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, 4 nos
quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.”; At
20:26,27 “26 Portanto, eu vos protesto, no dia de hoje, que estou limpo do sangue de
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todos; 27 porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus.”).
8.2.5.2 A Pregação da Palavra de Deus
Deus quer usar a pregação da Palavra de Deus na chamada dos seus eleitos à Salvação. Dessa
vontade somos informados pelo exemplo de Cristo e dos Seus discípulos, pelo Seu mandamento
aos discípulos e pelo raciocínio inspirado na Bíblia (2 Ts 2.12-14 “13 Entretanto, devemos
sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos
escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na
verdade, 14 para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para
alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.”).
Cristo é o próprio Verbo que Deus usa para chamar os Seus eleitos à Salvação (Jo 1:1, 14 “1 No
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 14 E o Verbo se
fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória
como do unigênito do Pai.”; 2Co 4:6 “Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá
a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da
glória de Deus, na face de Cristo.”). Cristo empregava a pregação de toda parte da Palavra de
Deus no Seu ministério publico (Mc 2.2, " Muitos afluíram para ali, tantos que nem mesmo
junto à porta eles achavam lugar; e anunciava-lhes a palavra.”; Lc 5:1 “Aconteceu que,
ao apertá-lo a multidão para ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de
Genesaré;”; Lc 24:27, 44, “27 E, começando por Moisés, discorrendo por todos os
Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras. 44 A
seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco:
importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e
nos Salmos”; Jo 12:48 “Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o
julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia.”; Jo 14:24
“Quem não me ama não guarda as minhas palavras; e a palavra que estais ouvindo não
é minha, mas do Pai, que me enviou.”; Jo 15:3, "Vós já estais limpos, pela palavra que
vos tenho falado."). Como Cristo é feito "Espírito vivificante" Ele vivifica os Seus pela Palavra de
Deus (1Co 15:4 “e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as
Escrituras.”; 1Pe 1: 23-25 “23 pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas
de incorruptível, mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente. 24 Pois toda
carne é como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a sua
flor; 25 a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a palavra que
vos foi evangelizada.”; Tg 1:18 “Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra
da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas.”). O exemplo do
próprio Cristo em usar a Palavra de Deus na sua evangelização é uma forte lição para nós.
Os discípulos nos dão exemplo do uso da Palavra de Deus também. Os discípulos eram "ministros
da Palavra" anunciando "o evangelho de Deus" em todo lugar que foram (Lc 1:2 “conforme nos
transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e ministros da
palavra,”; 1 Ts 2:2 “mas, apesar de maltratados e ultrajados em Filipos, como é do
vosso conhecimento, tivemos ousada confiança em nosso Deus, para vos anunciar o
evangelho de Deus, em meio a muita luta.”; At 8:4 “Entrementes, os que foram
dispersos iam por toda parte pregando a palavra.”; At 11:19 “Então, os que foram
dispersos por causa da tribulação que sobreveio a Estêvão se espalharam até à Fenícia,
Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus.”;
At 14:7 “onde anunciavam o evangelho.”; At 20:27 “porque jamais deixei de vos
anunciar todo o desígnio de Deus.”). Não foram "palavras persuasivas de sabedoria humana"
que compunha o conteúdo das pregações (1Co 2:4“A minha palavra e a minha pregação não
consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e
de poder,”), mas a mensagem de Jesus Cristo "segundo as Escrituras" (1Co 2:1-5 “1 Eu,
irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com
ostentação de linguagem ou de sabedoria. 2 Porque decidi nada saber entre vós, senão
a Jesus Cristo e este crucificado. 3 E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu
estive entre vós. 4 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem
persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, 5 para que a
vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.”; 1 Co 15:3-4
“3 Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos
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pecados, segundo as Escrituras, 4 e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia,
segundo as Escrituras.”). A pregação da Palavra de Deus basta. Pela pregação da Palavra de
Deus os discípulos alvoroçaram o mundo (At 17:6 “Porém, não os encontrando, arrastaram
Jasom e alguns irmãos perante as autoridades, clamando: Estes que têm transtornado o
mundo chegaram também aqui,”), testemunharam de Cristo (At 1:8 “mas recebereis
poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em
Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”) e pelo o Espírito
Santo usando a Palavra pregada, todos quantos estavam ordenados para a vida eterna creram
(At 13:48“Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor,
e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”). Se quisermos ter o
poder de Deus operando entre nós, devemos restringir-nos ao uso exclusivo da Palavra de Deus.
Ela é o poder de Deus para a Salvação (Rm 1:16“Pois não me envergonho do evangelho,
porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e
também do grego;”).
O mandamento de Cristo para que os seus preguem é prova que Deus quer usar a pregação da
Palavra de Deus na chamada dos seus eleitos à Salvação. Cristo mandou os seus pregarem o
evangelho a toda a criatura (Mt 28:18-20 “18 Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo:
Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. 19 Ide, portanto, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e o Filho, e do Espírito Santo; 20
ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco
todos os dias até à consumação do século”) , "vos tenho mandado" – Jo 14:26“mas o
Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas
as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.”; Jo 15:15 “Já não vos chamo
servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos,
porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.”; Mc 16:15 “E disse-lhes:
Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.”; Lc 24:47 “e que em seu
nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações,
começando de Jerusalém.”). Essa comissão aos que formaram a igreja primitiva é a comissão
para todos os pertencentes ao mesmo tipo de igreja, que querem ser obedientes ainda hoje (Mt
28:20 “ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou
convosco todos os dias até à consumação do século.”, "até a consumação dos séculos"; 2Tm
2:2 “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo
transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros.”; 2Tm 4:2-5 “2 prega a
palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a
longanimidade e doutrina. 3 Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo
contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo
coceira nos ouvidos; 4 e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas.
5 Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um
evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério.”). Devemos sempre nos relembrar que
Cristo é declarado pela pregação e é a pregação que Deus usa para Salvar os Seus (1Co 1:21-24
“21 Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria
sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação. 22 Porque tanto
os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; 23 mas nós pregamos a Cristo
crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; 24 mas para os que foram
chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de
Deus.”; Tt 1:3 “e, em tempos devidos, manifestou a sua palavra mediante a pregação que
me foi confiada por mandato de Deus, nosso Salvador,”). Não devemos pensar, nem um
pouco, que são nossas invenções, idéias, promoções ou transpirações que devemos aprimorar para
a declaração da Palavra de Deus, mas contrariamente é exclusivamente a pregação da Palavra de
Deus que somos mandados a pregar. Se querem ver os ‘seus’ virem a Cristo, preguem a Palavra.
O raciocínio inspirado da Bíblia prova que Deus quer usar a pregação da Palavra de Deus na
chamada dos seus eleitos à Salvação. É a palavra que testifica de Cristo (Jo 5:39“Examinais as
Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de
mim.”) e que leva a vida ao terreno antes preparado por Deus (Mt 13:23 “Mas o que foi
semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a
cem, a sessenta e a trinta por um.”; 1Co 3:6 “Eu plantei, Apolo regou; mas o
crescimento veio de Deus.”). Não há fé sem ouvir a Palavra de Deus (Rm 10:13-14, 17 “13
Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 14 Como, porém,
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invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram?
E como ouvirão, se não há quem pregue? 17 E, assim, a fé vem pela pregação, e a
pregação, pela palavra de Cristo.”; Ef 1:13, “em quem também vós, depois que ouvistes
a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes
selados com o Santo Espírito da promessa;” "depois que ouvistes a palavra da verdade"; Tg
1:18“Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que
fôssemos como que primícias das suas criaturas.”). Quando o rico se interessava que os
seus cinco irmãos não viessem ao inferno, a Palavra de Deus foi dada como suficiente para isso.
Ela é superior até a um ressuscitado voltando ao mundo (Lc 16:29-31 “29 Respondeu Abraão:
Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. 30 Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se
alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. 31 Abraão, porém, lhe
respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir,
ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.”). Há uma incumbência para pregarmos o
evangelho, não somente pelo mandamento de Cristo, mas pelo perigo pessoal e social da verdade
ser encoberta se ela não for pregada (1Co 9:16 “Se anuncio o evangelho, não tenho de que
me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o
evangelho!”; 2Co 4:3 “Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se
perdem que está encoberto,”).
Os que querem usar a doutrina da eleição para não pregar (já que os eleitos serão salvos) aos que
nunca ouviram não estão manejando bem a palavra da verdade. A eleição não é Salvação, mas
"para a Salvação" e essa Salvação é pela fé na verdade que é apresentada pela Palavra de Deus
(2Ts 2:13, 14, “13 Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados
pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela
santificação do Espírito e fé na verdade, 14 para o que também vos chamou mediante o
nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.” "para o que pelo
nosso evangelho vos chamou"; Rm 10:13-14 “13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do
Senhor será salvo. 14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como
crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?”, "como
crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?"). Não precisamos
entender como Deus usa a Sua Palavra para dar vida. Somente devemos entender a nossa
responsabilidade em pregá-la a toda criatura e pedir que Deus nos dê o Seu crescimento por ela
(1Co 3.6 “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus”).
8.2.5.3 A oração dos Santos
É verdade que há meios que funcionam somente em conjunto com outros meios e nunca
sozinhos. A oração é assim. Ela é útil na aplicação pelo Espírito Santo da Palavra de Deus pregada
nos corações dos homens segundo a vontade de Deus. A oração é um meio tão importante quanto
necessário. É tanto uma obra divina quanto uma responsabilidade do homem (Ez 37:9,10 “9
Então, ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim
diz o SENHOR Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos,
para que vivam. 10 Profetizei como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e
viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso.”).
A Bíblia claramente afirma que Deus usa as orações dos Seus santos na chamada dos seus eleitos
à Salvação. A oração é útil na aplicação da Palavra de Deus ao coração dos que Deus chama.
Somos animados a orar pelo exemplo de Cristo e dos seus discípulos e pelos mandamentos
inspirados pelo Espírito Santo na Palavra de Deus. A oração nunca pode mudar Deus, pois Ele não
muda (Ml 3:6 “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois
consumidos.”; Tg 1:17 !Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do
Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”), mas ela
verdadeiramente é um meio eficaz que Deus estimula e usa para fazer a Sua vontade (Mt 7:7-11
“7 Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. 8 Pois todo o que
pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. 9 Ou qual dentre vós
é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? 10 Ou, se lhe pedir
um peixe, lhe dará uma cobra? 11 Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas
aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que
lhe pedirem?”; Lc 18:1-8 “1 Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar
sempre e nunca esmorecer: 2 Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem
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respeitava homem algum. 3 Havia também, naquela mesma cidade, uma viúva que
vinha ter com ele, dizendo: Julga a minha causa contra o meu adversário. 4 Ele, por
algum tempo, não a quis atender; mas, depois, disse consigo: Bem que eu não temo a
Deus, nem respeito a homem algum; 5 todavia, como esta viúva me importuna, julgarei
a sua causa, para não suceder que, por fim, venha a molestar-me. 6 Então, disse o
Senhor: Considerai no que diz este juiz iníquo. 7 Não fará Deus justiça aos seus
escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? 8
Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem,
achará, porventura, fé na terra?”; Ef 1:11 “nele, digo, no qual fomos também feitos
herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o
conselho da sua vontade,”; Rm 8:26 “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste
em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito
intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.”).
O efeito que a oração tem como meio no chamamento dos eleitos à Salvação é entendido pelo uso
da oração por Jesus. Mesmo Jesus sendo Deus, e, portanto onisciente e onipotente, Ele
freqüentemente foi encontrado na prática de oração. Nas suas orações Ele expressava os desejos
do Seu coração clamando que tudo seja segunda à vontade do Pai (Mt 26:39 “Adiantando-se
um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe
de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres.”). Entre
outras razões por orar Jesus também orava pelos que, no momento da oração, ainda não estavam
Salvos. Ele orou pelos que iriam ouvir o Evangelho e seriam Salvos (Jo 17:9-11, 20 “9 É por
eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são
teus; 10 ora, todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e, neles, eu
sou glorificado. 11 Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que
eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles
sejam um, assim como nós. 20 Não rogo somente por estes, mas também por aqueles
que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra;”). Se Jesus ocupava-se na
oração intercedendo por aqueles, que naquele momento em que Ele orava, eram transgressores
(Is 53:12 “Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá
ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os
transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores
intercedeu.”; Hb 7:25 “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se
chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.”), podemos também ser
animados a empregar tal meio orando pelos que amamos e ainda não estão Salvos. Podemos
sinceramente implorar pela Salvação dos transgressores. Se a oração não fosse um meio pelo
qual Deus chama os seus eleitos a Salvação, não teria propósito nenhum essa oração de Jesus por
aqueles que ainda seriam convertidos pela Palavra de Deus. Não sabemos quem são os eleitos,
mas sabemos que a oração é um meio usado por Cristo para interceder pelos transgressores para
que sejam Salvos. Podemos ser semelhantes a Cristo quando empregamos este meio eficaz
orando pela Salvação dos transgressores, de todos aqueles que o Pai deu a Cristo e que ainda não
conhecem a salvação em Cristo.
O uso de oração pelos discípulos nos ensina que Deus usa a oração dos santos para chamar os
seus eleitos à Salvação. O apóstolo Paulo também se ocupava no exercício deste meio. Ele orou
pelos incrédulos para que fossem Salvos (Rm 10:1-3 “1 Irmãos, a boa vontade do meu
coração e a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos. 2 Porque lhes
dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento. 3
Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria,
não se sujeitaram à que vem de Deus.”). Muitos destes por quem Paulo orou não vieram a
Cristo, mas a sua oração era correta mesmo assim. Não foi somente um único apóstolo que
praticava compaixão pela oração pelos incrédulos, mas também os irmãos em Coríntios se
exercitaram na oração em prol dos que seriam recipientes do evangelho. Os irmãos de Corinto
foram agradecidos por Paulo pela ajuda que empregavam em orar pelos ministros do Evangelho
no seu trabalho de evangelização (2Co 1:11“ajudando-nos também vós, com as vossas
orações a nosso favor, para que, por muitos, sejam dadas graças a nosso respeito, pelo
benefício que nos foi concedido por meio de muitos.”). As suas participações na missão dele
pela oração e sacrifício financeiro foram a esperança dos missionários que muitos outros, que
naquele momento não estavam Salvos, chegassem à fé. A participação dos irmãos na obra
missionária pela ajuda dada pelas orações e ofertas missionárias era uma esperança forte que
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novos convertidos dariam gratidão por essas participações. Também entendemos que a ajuda no
evangelismo, que a oração da igreja em Filipos trouxe, foi um estímulo ao apóstolo Paulo (Fp
1:19 “Porque estou certo de que isto mesmo, pela vossa súplica e pela provisão do
Espírito de Jesus Cristo, me redundará em libertação,”). Entendendo a ajuda que a oração
foi para o Apóstolo Paulo e que motivava uma esperança viva que outros ainda creriam em Cristo,
podemos ser resolutos em orar pelo sucesso do evangelho. Nunca devemos nos esquecer da
verdade que diz: "a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos." (Tg 5:16
“Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes
curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.”). É um estímulo orar sabendo
que pelas obras de pregação e de oração nos tornamos "cooperadores de Deus" (1Co 3:9
“Porque de Deus somos cooperadores; lavoura de Deus, edifício de Deus sois vós.”).
Pela Bíblia ser a revelação perfeita de Deus, os que querem glorificar a Deus são estimulados a
obedecer aos Seus mandamentos. Os mandamentos aos santos de orarem sem cessar (1Ts 5:17
“Orai sem cessar.”) e fazerem orações e intercessões por todos os homens (1Tm 2:1-3 “1
Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões,
ações de graças, em favor de todos os homens, 2 em favor dos reis e de todos os que se
acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa, com toda
piedade e respeito. 3 Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador,”) nos
exemplificam a importância da oração na chamada dos eleitos à Salvação. A igreja em Tessalônica
foi animada pela instrução de rogar pelos evangelistas no seu trabalho para que a Palavra de
Deus pregada tivesse efeito (2Ts 3:1 “Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra
do Senhor se propague e seja glorificada, como também está acontecendo entre vós;”).
A mesma instrução foi dada aos irmãos em Colossos (Cl 4:2-4 “2 Perseverai na oração,
vigiando com ações de graças. 3 Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que
Deus nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual
também estou algemado; 4 para que eu o manifeste, como devo fazer.”). Se estes
exemplos das instruções às igrejas neotestamentárias para que orassem pelo desempenho
positivo do evangelho entre os incrédulos foram incluídos na Bíblia, as igrejas hoje que querem
ser iguais àquelas igrejas podem também seguir a instrução no seu dever de orar. Não seja
displicente nas suas orações pelos seus familiares, colegas e até pelos que se não conhece
pessoalmente. Pode ser que as suas orações sejam o instrumento que Deus usa para efetuar, no
coração de alguém, a fé na Sua Palavra para que venham a Cristo.
8.2.5.4 A Vida exemplar diante todos
A presença do Espírito Santo na vida do Cristão faz que ele seja uma testemunha (At 1:8 “mas
recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas
tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.”). Esse
testemunho pode ser realizado de duas maneiras: na pregação da Palavra de Deus, e, por uma
vida diária em submissão à Palavra de Deus. Nem todos os Cristãos são vocacionados pastores e
doutores (Ef 4:11 “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas,
outros para evangelistas e outros para pastores e mestres,”; 1Co 12:29 “Porventura,
são todos apóstolos? Ou, todos profetas? São todos mestres? Ou, operadores de
milagres?”), mas cada Cristão indistintamente é uma testemunha de Cristo pela sua vida de
obediência à Palavra de Deus. Essa vida obediente à Palavra de Deus pode ser usada por Deus no
chamamento do Seu povo à Salvação "por meio de nós" (2Co 2:14 “Graças, porém, a Deus,
que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo
lugar a fragrância do seu conhecimento.”).
Esse testemunho da vida cristã no mundo é simbolizado biblicamente como Sal e luz (Mt 5:13-16
“13 Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor?
Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a
luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 15 nem se
acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a
todos os que se encontram na casa. 16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos
céus.”; Rm 13:11-14 “11 E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de
vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que
quando no princípio cremos. 12 Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois,
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as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. 13 Andemos dignamente, como
em pleno dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em
contendas e ciúmes; 14 mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para
a carne no tocante às suas concupiscências.”) A utilidade da vida cristã em conservar
virtudes no mundo é representada pelo Sal (Mt 5:13 “13 Vós sois o sal da terra; ora, se o sal
vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para,
lançado fora, ser pisado pelos homens.“) O efeito de mostrar publicamente o poder de Cristo
sobre o pecado é manifesto pelo símbolo de luz (Mt 5:14,15“14 Vós sois a luz do mundo. Não
se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 15 nem se acende uma candeia
para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se
encontram na casa.”). Nisto somos instruídos que a obediência à Palavra de Deus é útil e eficaz
em testemunhar de Cristo. O testemunho da Palavra de Deus pela vida do Cristão glorifica Deus
"diante dos homens" (Mt 5:16 “16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”; 2Ts
1:11,12 “11 Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos
torne dignos da sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de
fé, 12 a fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós, nele,
segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.”). Esse testemunho vivo da
Palavra de Deus é usado para enfatizar o que diz as Escrituras de Cristo diante dos não Salvos. A
vida pública do Cristão é um meio que Deus usa para chamar o Seu povo a Salvação. Portanto,
"vede prudentemente como andeis" (Ef 5:13-16 “13 Mas todas as coisas, quando
reprovadas pela luz, se tornam manifestas; porque tudo que se manifesta é luz. 14 Pelo
que diz: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.
15 Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios,
16 remindo o tempo, porque os dias são maus.”).
A importância de uma vida pública no chamamento dos pecadores à Salvação é reforçada pelo
Apóstolo Pedro. No caso de mulheres cristãs tendo Maridos não crentes, estes podem ser ganhos
para Cristo meramente pelo comportamento delas (1Pe 3:1-4 “1 Mulheres, sede vós,
igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à
palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, 2
ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor. 3 Não seja o adorno da
esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de
vestuário; 4 seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de
um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus.”). A vida casta, no
temor de Deus, é um fator importante na evangelização e na chamada à Salvação destes maridos
descrentes.
Deve ser enfatizado que não é isoladamente a moralidade ou a retidão da vida que é o maior
destaque nessa área. A moralidade e uma vida reta somente têm efeito positivo quando
representam submissão à Palavra de Deus. A própria Palavra de Deus é o meio principal que Deus
usa na chamada do Seu povo à Salvação. Juntamente com a Palavra de Deus, sem dúvida, a vida
submissa à Palavra de Deus, fala alto e é usada por Deus na chamada a Salvação. É impossível
separar a utilidade de uma vida em obediência à Palavra de Deus, da própria eficácia e poder das
Escrituras. É indiscutível o fato: se vivermos a Palavra de Deus, Cristo é pregado; se não somos
obedientes a Palavra de Deus, Cristo não é pregado. Por causa dessa convivência de verdades,
existem exortações abundantes para que os Cristãos vigiem bem os seus testemunhos (Jo 13:35
“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.”; Jo
15:8 “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez,
atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba,
Pai.”Rm 13:11-14 “11 E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos
despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando
no princípio cremos. 12 Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras
das trevas e revistamo-nos das armas da luz. 13 Andemos dignamente, como em pleno
dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e
ciúmes; 14 mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no
tocante às suas concupiscências.”; Fp 2:15,16 “15 para que vos torneis irrepreensíveis e
sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na
qual resplandeceis como luzeiros no mundo, 16 preservando a palavra da vida, para
que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei
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inutilmente.”; 1Pe 2:11,12 “11 Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que
sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma, 12 mantendo
exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam
contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras,
glorifiquem a Deus no dia da visitação.”).
A sua vida pode ser a única Bíblia que muitos lêem. Viva em submissão constante à
Palavra de Deus, para que Cristo seja manifesto e Deus glorificado no mundo (1Pe 4:1419 “14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós
repousa o Espírito da glória e de Deus. 15 Não sofra, porém, nenhum de vós como
assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem;
16 mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com
esse nome. 17 Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora,
se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de
Deus? 18 E, se é com dificuldade que o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim,
o pecador? 19 Por isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus
encomendem a sua alma ao fiel Criador, na prática do bem.”).
8.2. 6 A Eficácia da Chamada à Salvação
Os meios internos (a graça e a obra do Espírito Santo) e os meios externos (a Palavra de Deus
sendo aplicada pela pregação, a oração intercessora e pelo testemunho de uma vida Cristã) são
eficazes para que os escolhidos venham, em tempo oportuno, ao arrependimento dos seus
pecados e à fé em Cristo Jesus. A chamada particular é eficaz.
Por causa da graça particular de Deus estar com aqueles a quem Ele amou particularmente na
eternidade, estes virão seguramente a Ele em tempo. Estes eleitos serão conduzidos pela graça e
induzidos a voluntariamente atenderem à chamada de Deus com fé em Cristo. Exemplos disso
são: o Eunuco (At 8:25-40 “25 Eles, porém, havendo testificado e falado a palavra do
Senhor, voltaram para Jerusalém e evangelizavam muitas aldeias dos samaritanos. 26
Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no
caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi. 27
Eis que um etíope, eunuco, alto oficial de Candace, rainha dos etíopes, o qual era
superintendente de todo o seu tesouro, que viera adorar em Jerusalém, 28 estava de
volta e, assentado no seu carro, vinha lendo o profeta Isaías. 29 Então, disse o Espírito
a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o. 30 Correndo Filipe, ouviu-o ler o
profeta Isaías e perguntou: Compreendes o que vens lendo? 31 Ele respondeu: Como
poderei entender, se alguém não me explicar? E convidou Filipe a subir e a sentar-se
junto a ele. 32 Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: Foi levado como
ovelha ao matadouro; e, como um cordeiro mudo perante o seu tosquiador, assim ele
não abriu a boca. 33 Na sua humilhação, lhe negaram justiça; quem lhe poderá
descrever a geração? Porque da terra a sua vida é tirada. 34 Então, o eunuco disse a
Filipe: Peço-te que me expliques a quem se refere o profeta. Fala de si mesmo ou de
algum outro? 35 Então, Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura,
anunciou-lhe a Jesus. 36 Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde
havia água, disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que seja eu batizado? 37 [Filipe
respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que
Jesus Cristo é o Filho de Deus.] 38 Então, mandou parar o carro, ambos desceram à
água, e Filipe batizou o eunuCO 39 Quando saíram da água, o Espírito do Senhor
arrebatou a Filipe, não o vendo mais o eunuco; e este foi seguindo o seu caminho, cheio
de júbilo. 40 Mas Filipe veio a achar-se em Azoto; e, passando além, evangelizava todas
as cidades até chegar a Cesaréia.”), Lídia (At 16:13-15“13 No sábado, saímos da cidade
para junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração; e, assentando-nos,
falamos às mulheres que para ali tinham concorrido. 14 Certa mulher, chamada Lídia,
da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe
abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia. 15 Depois de ser batizada, ela e
toda a sua casa, nos rogou, dizendo: Se julgais que eu sou fiel ao Senhor, entrai em
minha casa e aí ficai. E nos constrangeu a isso.”), o apóstolo Paulo (Gl 1:15,16“15
Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça,
aprouve 16 revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem
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detença, não consultei carne e sangue,”; At 9:1-19“1 Saulo, respirando ainda ameaças e
morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote 2 e lhe pediu cartas
para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do
Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém. 3 Seguindo
ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao
seu redor, 4 e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me
persegues? 5 Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a
quem tu persegues; 6 mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém
fazer. 7 Os seus companheiros de viagem pararam emudecidos, ouvindo a voz, não
vendo, contudo, ninguém. 8 Então, se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada
podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para DamasCO 9 Esteve três dias sem ver,
durante os quais nada comeu, nem bebeu. 10 Ora, havia em Damasco um discípulo
chamado Ananias. Disse-lhe o Senhor numa visão: Ananias! Ao que respondeu: Eis-me
aqui, Senhor! 11 Então, o Senhor lhe ordenou: Dispõe-te, e vai à rua que se chama
Direita, e, na casa de Judas, procura por Saulo, apelidado de Tarso; pois ele está orando
12e viu entrar um homem, chamado Ananias, e impor-lhe as mãos, para que
recuperasse a vista. 13 Ananias, porém, respondeu: Senhor, de muitos tenho ouvido a
respeito desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; 14 e
para aqui trouxe autorização dos principais sacerdotes para prender a todos os que
invocam o teu nome. 15 Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um
instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como
perante os filhos de Israel; 16 pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu
nome. 17 Então, Ananias foi e, entrando na casa, impôs sobre ele as mãos, dizendo:
Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho
por onde vinhas, para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo. 18
Imediatamente, lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e tornou a ver. A seguir,
levantou-se e foi batizado. 19 E, depois de ter-se alimentado, sentiu-se fortalecido.
Então, permaneceu em Damasco alguns dias com os discípulos.”) e os gentios de Antióquia
de Pisídia (At 13:48 “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do
Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”). A obra da
graça particular é uma obra certeira. Por isso Jesus declarou: "Todo o que o Pai me dá virá a Mim;
..." (Jo 6:37, 45 “37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim,
de modo nenhum o lançarei fora. 45 está escrito nos profetas: E serão todos ensinados
por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a
mim.”). Existem os que resistem à operação geral de Deus (At 7:51 “Homens de dura cerviz
e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim
como fizeram vossos pais, também vós o fazeis.”), mas quem pode impedir a mão do
Onipotente na graça particular? (Dn 4:35 “Todos os moradores da terra são por ele
reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os
moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”; Is
46:10 “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as
coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei
toda a minha vontade;”)
Pela regeneração ser feita pela obra do Espírito Santo, o eleito virá sem dúvida ao
arrependimento e à fé em Cristo, que são o fruto da regeneração. A regeneração concede uma
nova natureza espiritual que quer e pode ser obediente à chamada da Palavra de Deus a Jesus
Cristo (Tt 3:5-7 “5 não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua
misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito
Santo, 6 que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso
Salvador, 7 a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo
a esperança da vida eterna.”; Fp 4:13 “tudo posso naquele que me fortalece.”; Jo 3:3-5
“3 A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer
de novo, não pode ver o reino de Deus. 4 Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um
homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer
segunda vez? 5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da
água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.”).
A Palavra de Deus é eficaz na chamada do eleito. Ela é o martelo que esmiúça a penha, o coração
do pecador (Jr 23:29 “Não é a minha palavra fogo, diz o SENHOR, e martelo que esmiúça
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a penha?”). Não há dúvida nenhuma que ela pode efetuar seguramente aquilo para o que ela foi
enviada para fazer: "o poder de Deus para Salvação") (Is 55:11 “assim será a palavra que
sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará
naquilo para que a designei.”; Rm 1:16 “Pois não me envergonho do evangelho, porque
é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também
do grego;”).
Pelos exemplos de Cristo e dos apóstolos e pelos mandamentos da Palavra de Deus que
orássemos, entendemos que pela oração, o propósito da Palavra de Deus é realizado nos corações
dos escolhidos. "A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos", (Tg 5:16 “Confessai,
pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados.
Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.”). As orações dos Cristãos ministradas pelo
Espírito Santo segundo a vontade de Deus, são eternamente lembradas (Ap 5:8 “e, quando
tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante
do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são
as orações dos santos,”; Ap 8:3,4 “3 Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com
um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de
todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; 4 e da mão do anjo
subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.”). Na
plenitude dos tempos, essas orações serão respondidas para a glória de Deus.
O testemunho público do Cristão é eficaz em pregar a Cristo também. A vida do Cristão é como
uma cidade edificada no monte que não pode ser escondida (Mt 5:13-16 “13 Vós sois o sal da
terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais
presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo.
Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 15 nem se acende uma
candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se
encontram na casa. 16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”; 1Pe 4:14-19
“14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós
repousa o Espírito da glória e de Deus. 15 Não sofra, porém, nenhum de vós como
assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem;
16 mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com
esse nome. 17 Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora,
se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de
Deus? 18 E, se é com dificuldade que o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim,
o pecador? 19 Por isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus
encomendem a sua alma ao fiel Criador, na prática do bem.”). A vida dos santos é um
instrumento de Deus para ministrar a todos as verdades da Palavra de Deus até mesmo a própria
Salvação dos escolhidos (1Pe 3:1,2 “1 Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso
próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra
alguma, por meio do procedimento de sua esposa, 2 ao observar o vosso honesto
comportamento cheio de temor.”; At 7:58 “E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram.
As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.”; At 22:20
“Quando se derramava o sangue de Estêvão, tua testemunha, eu também estava
presente, consentia nisso e até guardei as vestes dos que o matavam.”).
Entendendo que Deus é a origem do nosso fiel testemunho (Fp 4:13“tudo posso naquele que
me fortalece.”), a oração eficaz, a obra da regeneração (Jo 6:63“O espírito é o que vivifica;
a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.”)
e a graça Salvadora (2Tm 1:9 “que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não
segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi
dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,”), podemos enfatizar que aquele em quem
tais obras são feitas, virão a Cristo verdadeiramente "Todo o que o Pai Me dá virá a Mim; ..." (Jo
6:37 “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo
nenhum o lançarei fora.”). Aqueles em que Deus opera as Suas obras com a intenção de
Salvação manifestarão tais obras pelo arrependimento dos seus pecados e pela fé em Cristo Jesus
(At 13:48 “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor,
e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.”; Rm 11:29 “porque
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os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.”).
Deus já te convenceu do teu pecado e da tua necessidade da misericórdia de Deus para ser
Salvo? Já recebeu a Sua chamada a Cristo? Saiba que Cristo é o Salvador dos pecadores
(1Tm1:16 “Mas, por esta mesma razão, me foi concedida misericórdia, para que, em
mim, o principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu
de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna.”). Se ouvir a chamada, venha se
arrependendo dos seus pecados com fé na pessoa de Cristo que é revelado pelas Escrituras. Se
está com sede e quer beber da fonte da água da vida (Cristo), venha já (Is 55:1-3 “1 Ah! Todos
vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde,
comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. 2 Por
que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz?
Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares. 3
Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei
uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi.”; Ap 21:6
“Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a
quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.”; Ap 22:17 “O Espírito e a
noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem
quiser receba de graça a água da vida.”). Se os seus pecados estão lhe oprimindo, peça que
Deus seja misericordioso em Salvar mais um pecador (Mt 11:28-30 “28 Vinde a mim, todos
os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu
jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso
para a vossa alma. 30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.”).
Verdadeiramente todos os que vêm a Deus por Cristo serão atendidos gloriosamente "... e aquele
que vem a Mim não terá fome ... nunca terá sede ... de maneira nenhuma o lançarei fora." (Jo
6:35-37 “35 Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais
terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede. 36 Porém eu já vos disse que, embora
me tenhais visto, não credes. 37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que
vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.”). Deus é grande em perdoar (Is 55:6,7 “6
Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. 7 Deixe o
perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se
compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.”) e a Sua
palavra é pura.
9.A Salvação Realizada
A chamada particular efetivada pelos meios bíblicos tanto invisíveis (a graça e o Espírito Santo)
quanto visíveis (a Palavra de Deus, a oração e a vida exemplar) cumprindo o desígnio da vontade
de Deus naqueles que Ele escolheu é a Salvação eterna de uma alma.
Os termos bíblicos que descrevem a realização desse acontecimento são vários. Os termos vários
descrevem em detalhes maiores como a aquisição da Salvação na alma do pecador é realizada.
Estes termos são: a regeneração, a conversão, que inclui o arrependimento e a fé, a
justificação, a adoção, a santificação e a glorificação. Não incluímos nesta lista os outros
termos associados com a Salvação como a eleição ou a predestinação. Não incluímos esses
termos por essas obras de Deus se realizarem antes ato do momento de inicialização do
processo na realização da Salvação da alma. A eleição e a predestinação verdadeiramente
são obras de Deus que precedem o ato da Salvação. Contudo, estamos focalizando não naquele
que precede a Salvação da alma, mas as obras de Deus no próprio ato do início do processo da
Salvação da alma. Tudo o que já estudamos até este ponto foram preparativos "para a Salvação"
(2Ts 2:13 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo
Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação
do Espírito e fé na verdade,”). Agora queremos entrar na realização gloriosa do início do ato
dessa Salvação na alma do pecador.
Por causa da facilidade de confundirem tanto os termos quanto o que eles significam, convém um
entendimento particular de cada termo. Procuraremos colocar os termos na ordem lógica que
acontecem mesmo que essas obras aconteçam simultaneamente no processo da Salvação.
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9.1
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A Regeneração (1Pe 1:3 “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que,
segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança,
mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,”)
No aspecto divino, a regeneração logicamente vem primeiro na lista, pois sem o pecador possuir
uma nova natureza, o homem é impedido de conhecer qualquer outra benção de Deus. É
necessário a regeneração ser primeira no processo da realização da Salvação pois, sem ela
ninguém pode entrar no reino de Deus (Jo 3:3-5 “3 A isto, respondeu Jesus: Em verdade,
em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. 4
Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode,
porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? 5 Respondeu Jesus: Em
verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no
reino de Deus.”). O homem natural está morto nos seus pecados e por isso não entende nada
espiritual (1Co 2:14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus,
porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem
espiritualmente.”), não deseja nada de Deus (Jo 3:19 “O julgamento é este: que a luz veio
ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram
más.”; Jo 5:40 “Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida.”) e não pode agradar a
Deus em nada (Rm 8:6-8 “6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do
Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois
não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na
carne não podem agradar a Deus.”). O homem pecador precisa receber vida espiritual para
cumprir as suas responsabilidades declaradas pela Palavra de Deus. Quem é vivificado são os
mortos (Ef 2:1,5 “1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,5
e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela
graça sois salvos,”; Cl 2:13 “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas
transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele,
perdoando todos os nossos delitos;”). Pelo fato de somente as criaturas feitas filhos de Deus
receberem outras bênçãos especiais de Deus (Rm 8:16,17 “16 O próprio Espírito testifica
com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17 Ora, se somos filhos, somos também
herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também
com ele seremos glorificados.”; Cl 2:13 “E a vós outros, que estáveis mortos pelas
vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com
ele, perdoando todos os nossos delitos;”), a regeneração é primeira.
Pontos positivos e negativos que esclarecem a regeneração
A regeneração não é eliminação da velha natureza. Pelo pecado habitar na carne, a velha
natureza existe enquanto o Cristão possui o tabernáculo de pó chamado o corpo (Rm 7:14-25
“14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à
escravidão do pecado. 15 Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir,
pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. 16 Ora, se faço o que não quero,
consinto com a lei, que é boa. 17 Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado
que habita em mim. 18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita
bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 19 Porque não
faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o que
não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21 Então, ao
querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no tocante
ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus membros, outra
lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que
está nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo
desta morte? 25 Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de
mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do
pecado.”; Gl 5:17 “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne,
porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso
querer.”).
A regeneração é o começo de uma nova natureza. Com a operação da regeneração o Cristão
possui uma nova natureza (Cl 3:10,11 “10 e vos revestistes do novo homem que se refaz
para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; 11 no qual não
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Operações especiais do Espírito Santo
pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo,
livre; porém Cristo é tudo em todos.”) na qual o Espírito Santo habita (1Co 6:19 “Acaso,
não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual
tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?”). Esta nova natureza é chamada
o homem interior e tem prazer na lei de Deus (Rm 7:22 “Porque, no tocante ao homem
interior, tenho prazer na lei de Deus;”).
A regeneração não é a mera aquisição de filosofias religiosas. O homem inventa filosofias
conforme a sua própria mente. As filosofias e vãs sutilezas são segundo as tradições do homem e
dos rudimentos do mundo (Cl 2:8 “Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua
filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do
mundo e não segundo Cristo;”; 1Pe 1:18 “sabendo que não foi mediante coisas
corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento
que vossos pais vos legaram,”). Essas filosofias por se originarem do homem, naturalmente
invalidam os mandamentos de Deus (Mt 15:3-6 “3 Ele, porém, lhes respondeu: Por que
transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição? 4 Porque
Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe
seja punido de morte. 5 Mas vós dizeis: Se alguém disser a seu pai ou a sua mãe: É
oferta ao Senhor aquilo que poderias aproveitar de mim; 6 esse jamais honrará a seu
pai ou a sua mãe. E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa
tradição.”). As filosofias religiosas do homem são vaidades (At 14:13-15 “13 O sacerdote de
Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo para junto das portas touros
e grinaldas, queria sacrificar juntamente com as multidões. 14 Porém, ouvindo isto, os
apóstolos Barnabé e Paulo, rasgando as suas vestes, saltaram para o meio da multidão,
clamando: 15 Senhores, por que fazeis isto? Nós também somos homens como vós,
sujeitos aos mesmos sentimentos, e vos anunciamos o evangelho para que destas
coisas vãs vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há
neles;”) e consideradas meras superstições (At 17:22,23 “22 Então, Paulo, levantando-se
no meio do Areópago, disse: Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente
religiosos; 23 porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei
também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais
sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio.”).
A regeneração é a aquisição de uma nova natureza criada por Deus em Cristo. A nova natureza,
que é adquirida na regeneração, renova-se em santidade e justiça dia a dia para ser mais
semelhante à de Cristo (Rm 8:29 “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os
predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o
primogênito entre muitos irmãos.”; Cl 3:10,11 “10 e vos revestistes do novo homem que
se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; 11 no qual
não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo,
livre; porém Cristo é tudo em todos.”; Tt 3:5-7 “5 não por obras de justiça praticadas
por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e
renovador do Espírito Santo, 6 que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de
Jesus Cristo, nosso Salvador, 7 a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus
herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.”).
A regeneração não é um processo longo que vai aperfeiçoando o homem com meios humanos e
Eclesiásticos até uma provável aceitação diante de Deus.
A regeneração é um ato instantâneo de Deus pelo Espírito Santo na alma do eleito (Jo 1:13 “os
quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem,
mas de Deus.”; 3:8 ”O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde
vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.”). Essa obra purifica a
alma completamente pela verdade de Jesus Cristo (2Pe 1:2-4 “2 graça e paz vos sejam
multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor. 3 Visto como,
pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à
piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória
e virtude, 4’ pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes
promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrandovos da corrupção das paixões que há no mundo,”). Este ato instantâneo capacita o eleito a
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entender, desejar e obedecer a Palavra de Deus em arrependimento e fé.
9.2 A Conversão (I Ts 1:9 “pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que
repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos
convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro”)
A Conversão definida: "Conversão é aquela mudança voluntária na mente do pecador em que ele
se vira do lado do pecado para Cristo, do outro lado. O elemento primário e negativo da
conversão, nomeadamente, virar-se do pecado, denominamos arrependimento. O elemento da
conversão, último e positivo, nomeadamente virar-se para Cristo, denominamos fé." (A. H.
Strong, em Systematic Theology, página 460, citado por T. P. Simmons, Um Estudo Sistemático
de Doutrina Bíblica, p. 335). Podemos dizer que existe uma conversão inicial e única no eleito
regenerado que resulta na sua justificação diante de Deus (Is 6:10 “Torna insensível o
coração deste povo, endurece-lhe os ouvidos e fecha-lhe os olhos, para que não venha
ele a ver com os olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com o coração, e se
converta, e seja salvo.”; Mt 18:3 “E disse: Em verdade vos digo que, se não vos
converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos
céus.”; At 3:19 “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos
pecados,”), e que existe uma mudança subsequente e constante no eleito regenerado que
resulta na sua santificação diante dos homens (Lc 22:32 “Eu, porém, roguei por ti, para que
a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos.”; 1Jo
1:9 “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda injustiça.”; Tg 5:20 “sabei que aquele que converte o pecador do
seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados.” ).
No aspecto humano e também lógico, a conversão, que inclui o arrependimento e a fé, segue e é
resultante da obra divina de regeneração. A conversão é a primeira manifestação da nova
natureza no homem regenerado. Por ser a primeira ação feita do lado humano, alguns preferem
dizer que é primeira na lista de acontecimentos na realização da Salvação. Mas, pela conversão
ser o resultado de uma obra divina anterior, colocamos a conversão em segundo lugar na lista de
acontecimentos lógicos na realização da Salvação.
9.2.1 A Necessidade de a Conversão Seguir a Regeneração
† A conversão envolve uma negação do pecado. O homem natural pode modificar a sua vida e
impedir que as manifestações do pecado sejam evidentes na sua vida pública, mas ele não pode
negar o seu amor pelo pecado (Jr 13:23“Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o
leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer
o mal.”; Jr 17:9 “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e
desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”; Pv 27:22 “Ainda que pises o
insensato com mão de gral entre grãos pilados de cevada, não se vai dele a sua
estultícia.”; Mt 19:25,26 “25 Ouvindo isto, os discípulos ficaram grandemente
maravilhados e disseram: Sendo assim, quem pode ser salvo? 26 Jesus, fitando neles o
olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível.”). O
homem natural pode não gostar das conseqüências do pecado, mas, mesmo assim, o próprio
pecado continua sendo desejado e prazeroso para ele. a verdade é: Se não nascer de novo,
ninguém pode entrar no reino de Deus (Jo 3:5 “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade
te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.”).
† A conversão é agradável a Deus. O carne não é sujeita à lei de Deus nem pode agradar a Deus
(Rm 8:7,8 “7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito
à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem
agradar a Deus.”). O que é nascido da carne agrada unicamente a carne (Jo 3:6 “O que é
nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.”) e a carne somente
ceifa corrupção (sujeição do corpo à morte e à dissolução) (Rm 7:5 “Porque, quando vivíamos
segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em
nossos membros, a fim de frutificarem para a morte.”; Gl 6:7,8 “7 Não vos enganeis: de
Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. 8 Porque o
que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para
o Espírito do Espírito colherá vida eterna.”). Sem a fé, um fruto do Espírito Santo, vir
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primeiro é impossível para qualquer um agradar a Deus (Hb 11:6 “De fato, sem fé é
impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus
creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.”).
† A conversão é uma "boa" coisa. No homem natural, sem uma obra prévia e regeneradora
espiritual, não existe "bem algum" habitando nele (Rm 7:18 “Porque eu sei que em mim, isto
é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não,
porém, o efetuá-lo.”). Do homem natural não podemos esperar uma obra boa. As suas obras de
justiça não são aceitáveis diante de Deus (Mc 7:21-23 “21 Porque de dentro, do coração dos
homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os
adultérios, 22 a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba,
a loucura. 23 Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem.”; Is 64:4
“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os
olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera.”; Gl 5:19-21 “19
Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, 20
idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções,
21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu
vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais
coisas praticam.”). Assim como Jó pergunta e responde pela inspiração do Espírito Santo:
"Quem do imundo tirará o puro? Ninguém." (Jó 14:4 “Quem da imundícia poderá tirar coisa
pura? Ninguém!”) nós também podemos resumir. Não há possibilidade do homem
converter-se sem Deus primeiramente o vivificar.
† A conversão é uma submissão à lei de Deus. O homem não regenerado vive segundo o príncipe
das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência (Ef 2:2,3 “2 nos
quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade
do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; 3 entre os quais também
todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade
da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os
demais.”). A mente dos incrédulos é obscurecida pela ignorância que há neles, e, querem por
isso, se entregarem, não a Deus, mas à dissolução (depravação) (Ef 4:18,19 “18 obscurecidos
de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela
dureza do seu coração, 19 os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à
dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza.”). O não regenerado
jamais pode sujeitar-se à lei de Deus, pois a inclinação da sua carne é inimizade contra Deus (Rm
8:7 “Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de
Deus, nem mesmo pode estar.”). Não é o homem natural que deseja nem é capaz de sujeitarse a Deus, mas é o homem regenerado que quer e pode agradar a Deus(Jo 15:5 “Eu sou a
videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto;
porque sem mim nada podeis fazer.”; Fp 4:13 “tudo posso naquele que me fortalece.”)
porque Deus opera nele tanto o querer quanto o efetuar segundo a Sua boa vontade (Fp 2:13
“porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa
vontade.”).
† A conversão envolve o entendimento das coisas espirituais. A velha natureza do homem não
pode discernir coisas espirituais. Qualquer fato espiritual, para o homem não crente, é loucura e
um escândalo (1Co 1:23 “mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os
judeus, loucura para os gentios;”; 1Co 2:14 “Ora, o homem natural não aceita as coisas
do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se
discernem espiritualmente.”). O entendimento da obra Salvadora de Cristo, e o
convencimento do pecado, da justiça e do juízo, numa pessoa espiritual, são obras do Espírito
Santo nos que Deus quer ensinar essas verdades (Jo 16:7,8 “7 Mas eu vos digo a verdade:
convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se,
porém, eu for, eu vo-lo enviarei. 8 Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da
justiça e do juízo:”; Mt 11:26,27 “26 Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. 27 Tudo
me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece
o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.”). O que antecede o
entendimento espiritual é uma obra divina que é eficaz para fazer o homem pecador conhecer
Cristo. Essa obra prévia é a regeneração.
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† A conversão envolve a fé. A fé é o fruto do Espírito Santo (Gl 5:22 “Mas o fruto do Espírito
é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,”). Os que crêem
têm o poder de crer na evidência que a fé é dada previamente por Deus (Fp 2:13 “porque Deus
é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”). O
poder que ressuscitou Cristo dos mortos é o mesmo poder que Deus opera nos que crêem em
Cristo (Ef 1:19,20 “19 e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos,
segundo a eficácia da força do seu poder; 20 o qual exerceu ele em Cristo,
ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares
celestiais,”). Portanto, o poder de crer é antes da ação da fé. Nisso entendemos que a conversão
é causada pela obra divina de regeneração
† A conversão é uma ressurreição espiritual. "A conversão está representada em Ef 2:4-6 como
uma ressurreição espiritual, que diz: ‘Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo Seu
muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos
vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois Salvos), e nos ressuscitou juntamente
com Ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;’. O ressuscitar aqui
representa a conversão. Assim, a questão que estamos considerando quanto ao que é primeiro, o
vivificar ou o ressuscitar. Não pode haver dúvida razoável que o vivificar é o primeiro num sentido
lógiCO" (T. P. Simmons, p. 339). Veja Cl 2:12 “tendo sido sepultados, juntamente com ele,
no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus
que o ressuscitou dentre os mortos.”.
† A conversão envolve a ação de vir a Cristo. O que impede um pecador qualquer de vir a Cristo é
a sua condição de estar morto em pecado. Isso impede que ele queira vir a Cristo (Jo 5:40
“Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida.”). Por causa do pecador estar morto no
pecado ele não vem a luz, mas, a odeia (Jo 3:19 “O julgamento é este: que a luz veio ao
mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram
más.”). O pecador não precisa de uma chance ou uma ajuda geral de Deus, um pregador
sorridente, um culto animado ou uma estória emocional (Jo 8:43 “Qual a razão por que não
compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra.”).
Ele precisa nova vida para poder vir a Cristo com arrependimento e a fé. É Deus Quem traz os
Seus a Cristo, dando-lhes vida (regeneração). Tendo vida, venham a Cristo (conversão). Se Deus
não trouxer, ninguém pode vir a Cristo (Jo 6:44, 65 “44 Ninguém pode vir a mim se o Pai,
que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. 65 E prosseguiu: Por
causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for
concedido.”; Jo 12:37-40 “37 E, embora tivesse feito tantos sinais na sua presença, não
creram nele, 38 para se cumprir a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu
em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? 39 Por isso, não podiam
crer, porque Isaías disse ainda: 40 Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração,
para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e
sejam por mim curados.”). Pela conversão envolver a ação de vir a Cristo, sabemos que Deus
age antes em trazer os Seus em amor (Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR,
dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”).
A Manifestação da Conversão
1. O Arrependimento
A manifestação da conversão é pelo arrependimento e a fé. O arrependimento é uma manifestação
da conversão. No antigo Testamento os vocábulos “arrepender-se” e arrependimento (naham) são
raramente usados com referência aos homens (Êx 13.17 “Tendo Faraó deixado ir o povo,
Deus não o levou pelo caminho da terra dos filisteus, posto que mais perto, pois disse:
Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e torne ao Egito.”; Jó
42.6 “Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.”; Ez 14.6 “Por isso, diga
aos israelitas que eu, o Senhor Eterno, estou dizendo o seguinte: "Arrependam-se e
abandonem os seus ídolos nojentos.(BLH)"; Ez 18.30 “Agora, eu, o Senhor Eterno, estou
dizendo a vocês, israelitas, que vou julgar cada um pelo que tem feito. Arrependam-se de
todo mal que estão praticando e não deixem que os seus pecados os destruam.(BLH)”),
porém são mais freqüentemente usados para Deus (Gn 6.6-7 “6 então, se arrependeu o
SENHOR de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou no coração. 7 Disse o SENHOR:
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Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e
as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito.”; Êx 32.14 “havia de fazer ao
povo. Então, se arrependeu o SENHOR do mal que dissera”; Jr 18.8,10 “8 se a tal nação
se converter da maldade contra a qual eu falei, também eu me arrependerei do mal que
pensava fazer-lhe. 10 Se ele fizer o que é mal perante mim e não der ouvidos à minha
voz, então, me arrependerei do bem que houvera dito lhe faria”; Jn 4.2 “E orou ao
SENHOR e disse: Ah! SENHOR! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra?
Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus clemente, e
misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do
mal.”). O termo mais usado para o arrependimento humano (shuv) que significa girar ou retornar,
e é aplicado ao tornar do pecado para voltar-se para Deus, consiste em voltar-se para o Senhor de
todo coração, alma e forças (2Rs 17.13 “O SENHOR advertiu a Israel e a Judá por
intermédio de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Voltai-vos dos vossos
maus caminhos e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, segundo toda a
Lei que prescrevi a vossos pais e que vos enviei por intermédio dos meus servos, os
profetas.”; 2Rs 23.25 “Antes dele, não houve rei que lhe fosse semelhante, que se
convertesse ao SENHOR de todo o seu coração, e de toda a sua alma, e de todas as suas
forças, segundo toda a Lei de Moisés; e, depois dele, nunca se levantou outro igual.”; 2Cr
6.26 “Quando os céus se cerrarem, e não houver chuva, por ter o povo pecado contra ti,
e ele orar neste lugar, e confessar o teu nome, e se converter dos seus pecados,
havendo-o tu afligido, ;2Cr 30.6 “Partiram os correios com as cartas do rei e dos seus
príncipes, por todo o Israel e Judá, segundo o mandado do rei, dizendo: Filhos de Israel,
voltai-vos ao SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, para que ele se volte para
o restante que escapou do poder dos reis da Assíria.”; Jr 3.12,14,22 “12 Vai, pois, e
apregoa estas palavras para o lado do Norte e dize: Volta, ó pérfida Israel, diz o SENHOR,
e não farei cair a minha ira sobre ti, porque eu sou compassivo, diz o SENHOR, e não
manterei para sempre a minha ira. 14 Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o SENHOR;
porque eu sou o vosso esposo e vos tomarei, um de cada cidade e dois de cada família, e
vos levarei a Sião. 22 Voltai, ó filhos rebeldes, eu curarei as vossas rebeliões. Eis-nos
aqui, vimos ter contigo; porque tu és o SENHOR, nosso Deus.”; Ez 33.11,14 “11 Dizelhes: Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, não tenho prazer na morte do
perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos,
convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer, ó casa de
Israel?!4 Quando eu também disser ao perverso: Certamente, morrerás; se ele se
converter do seu pecado, e fizer juízo e justiça,”; Jn 3.10 “Viu Deus o que fizeram, como
se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes
faria e não o fez.”; Ml 3.7 “Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus
estatutos e não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros,
diz o SENHOR dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?”)
No Novo Testamento os termos “arrepender-se” (metanoeo) e “arrependimento” (metanoia) se
referem basicamente a uma mudança de mente. É importantíssimo observar esse significado. Pois
o arrependimento consiste de uma radical transformação de pensamento, atitude e direção que
ocorre na regeneração por ação do Espírito Santo. Nesse sentido o arrependimento bíblico consiste
de um abandono ao pecado e de um voltar-se para Deus e seu serviço. (At 3.19 “Arrependeivos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados,”; At 26.20 “mas
anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, por toda a região da Judéia, e
aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas
de arrependimento.”; 1Ts 1.9 “pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que
repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos
convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro”; 1Pe 2.25 “Porque
estáveis desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo da
vossa alma.”).
A bíblia nos mostra a relação do arrependimento com a tristeza, o ódio ao pecado e o abandono do
pecado. Quando essa tristeza é segundo Deus é para a salvação em contraste com a tristeza,
segundo o mundo, que opera para a morte (2Co 7.10 “Porque a tristeza segundo Deus
produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do
mundo produz morte.”; exemplificada em Judas e em Esaú Mt 27.3-5 “3 Então, Judas, o
que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta
moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: 4 Pequei, traindo
sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo. 5 Então,
Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se.”;
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Hb 12.17 “Pois sabeis também que, posteriormente, querendo herdar a bênção, foi
rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse
buscado.” ). Essa tristeza para a salvação é assinaladamente manifesta nos exemplo de
arrependimento que a bíblia nos provê (Sl 51 1-17 “1 Compadece-te de mim, ó Deus,
segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as
minhas transgressões. 2 Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do
meu pecado. 3 Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre
diante de mim. 4 Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus
olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar. 5 Eu nasci na
iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe. 6 Eis que te comprazes na verdade no
íntimo e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria. 7 Purifica-me com hissopo, e
ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve. 8 Faze-me ouvir júbilo e alegria,
para que exultem os ossos que esmagaste. 9 Esconde o rosto dos meus pecados e apaga
todas as minhas iniqüidades. 10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro
de mim um espírito inabalável. 11 Não me repulses da tua presença, nem me retires o
teu Santo Espírito. 12 Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um
espírito voluntário. 13 Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os
pecadores se converterão a ti. 14 Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha
salvação, e a minha língua exaltará a tua justiça. 15 Abre, Senhor, os meus lábios, e a
minha boca manifestará os teus louvores. 16 Pois não te comprazes em sacrifícios; do
contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos. 17 Sacrifícios agradáveis a Deus
são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.”;
Lc 22.62 “Então, Pedro, saindo dali, chorou amargamente.”).
O arrependimento evangélico é evidenciado de três maneiras: 1- quando o pecado é reconhecido;
2- quando o pecado é lamentado e aborrecido; 3- quando o pecado é abandonado. Esses três
elementos se vêem na Salvação de Zaqueu (Lc 19:1-9 “1 Entrando em Jericó, atravessava
Jesus a cidade. 2 Eis que um homem, chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico, 3
procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de
pequena estatura. 4 Então, correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo,
porque por ali havia de passar. 5 Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima,
disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa. 6 Ele desceu
a toda a pressa e o recebeu com alegria. 7 Todos os que viram isto murmuravam,
dizendo que ele se hospedara com homem pecador. 8 Entrementes, Zaqueu se levantou
e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se
nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais. 9 Então, Jesus lhe
disse: Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. ”). Pela
pregação da Palavra de Deus o Espírito Santo convence da natureza do pecado e a sua culpa.
O senso evangélico do arrependimento é entendido quando o pecado é reconhecido. Quando o
pecado é visto como rebelião contra Deus, contra a sua santidade, e como uma ofensa a Deus, o
senso evangélico do arrependimento é entendido. Quando o pecado é reconhecido o elemento
intelectual do arrependimento está em ação (Rm 2:4 “Ou desprezas a riqueza da sua
bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te
conduz ao arrependimento?”). A pregação da Palavra de Deus e o Espírito Santo falam do fim
do pecado e impressiona o que está em tal situação contra Deus.
O senso evangélico do arrependimento é entendido quando o pecado é Lamentado e
aborrecido. Quando a tristeza divina pelo pecado é presente e é lamentada e aponta a sua
situação fora de Deus o senso evangélico do arrependimento é entendido. Quando o pecado é
Lamentado e aborrecido o elemento emocional do arrependimento está na ação. A nossa pregação
deve incluir a chamada à tristeza pela culpa de ter pecado e ao abandono do pecado (Lc 24:4 “e
que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as
nações, começando de Jerusalém.” 7).
O senso evangélico do arrependimento é entendido quando o pecado é abandonado. Nessa fase
do arrependimento evangélico a conduta do pecador arrependido muda (Mt 3:8 “Produzi, pois,
frutos dignos de arrependimento;”; Lc 3:8 “Produzi, pois, frutos dignos de
arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão;
porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.”, "obras
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dignas de arrependimento"; 2Co 7:11 “Porque quanto cuidado não produziu isto mesmo
em vós que, segundo Deus, fostes contristados! Que defesa, que indignação, que temor,
que saudades, que zelo, que vindita! Em tudo destes prova de estardes inocentes neste
assunto.”). Quando o pecado é abandonado o lado volitivo ou voluntário do arrependimento está
em ação. A chamada do evangelho é para uma ação e não particularmente para uma decisão
intelectual. Essa ação de abandonar o pecado é baseada na convicção e na obra prévia de Deus
no coração do homem pela Palavra de Deus.
O arrependimento evangélico é também interno. O arrependimento evangélico age na mente e no
coração e por ser interna na mente e no coração, as ações evidenciam a mudança (2Tm 2:25,26
“25 disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes
conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, 26 mas
também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos
cativos por ele para cumprirem a sua vontade.”).
O arrependimento evangélico é também um dom de Deus (At 5:31 “Deus, porém, com a sua
destra, o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a
remissão de pecados.” AT 11:18 “E, ouvindo eles estas coisas, apaziguaram-se e
glorificaram a Deus, dizendo: Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o
arrependimento para vida "; 2Tm 2:24,25 “24 Ora, é necessário que o servo do Senhor
não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir,
paciente, 25 disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus
lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade,”).
Devemos entender que o arrependimento evangélico, ou aquele que faz parte da Salvação, não é
penitência. A penitência, segundo os católicos, faz parte do arrependimento. A penitência envolve
a punição dos pecados passados pelo jejum e por outros exercícios que possam expressar
exteriormente um remorso interno (confissão, rezar, autoflagelação, observar quaresma, etc.).
O arrependimento verdadeiro é uma mudança interna que não é imposta por castigos externos. O
fruto do arrependimento não é o próprio arrependimento! O fruto do arrependimento
verdadeiro é fé na obra suficiente de Cristo no lugar do pecador (At 5:31 “Deus, porém,
com a sua destra, o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o
arrependimento e a remissão de pecados.”; At 20:21 “testificando tanto a judeus como
a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus [Cristo].”; Hb
6:1 “Por isso, pondo de parte os princípios elementares da doutrina de Cristo, deixemonos levar para o que é perfeito, não lançando, de novo, a base do arrependimento de
obras mortas e da fé em Deus,” (fazem parte dos rudimentos da doutrina o
arrependimento e a fé em Deus); 2Tm 2:25 “disciplinando com mansidão os que se
opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para
conhecerem plenamente a verdade,”). O sacrifício de Cristo basta para Salvar o pecador (Rm
4:7,8; Rm 10:4, "Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê."; Hb
10:14, "com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados."; 1Jo
1:7, "o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos e purifica de todo o pecado."). Atos
temporais do homem nunca podem expiar nenhum pecado (Jó 14:4 “Quem da imundícia
poderá tirar coisa pura? Ninguém!”; Is 40:6 “Uma voz diz: Clama; e alguém pergunta:
Que hei de clamar? Toda a carne é erva, e toda a sua glória, como a flor da erva;”; Is
64:6 “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da
imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades, como um vento,
nos arrebatam.”). A Bíblia é silenciosa sobre o homem expiando o seu próprio pecado, mas
abunda em exemplos de Cristo ser o substituto suficiente pelos pecados (2Co 5:21“Aquele que
não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça
de Deus.”; Lc 19:1-6 “1 Entrando em Jericó, atravessava Jesus a cidade. 2 Eis que um
homem, chamado Zaqueu, maioral dos publicanos e rico, 3 procurava ver quem era
Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura. 4 Então,
correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque por ali havia de passar. 5
Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce
depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa. 6 Ele desceu a toda a pressa e o
recebeu com alegria.”;).
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2. A Fé
"Como a descrença era preeminente do pecado do primeiro Adão assim também a fé é
preeminente da redenção pelo segundo Adão. A fé é interligada com cada ação e condição da
Salvação. É pela fé que os homens entram numa união vital com Cristo, pela fé que são
justificados, pela fé que adoram corretamente, pela fé vive o cristão, pela fé que a sua
santificação progride e, pela fé ser o meio de vencer o mundo e de ter a esperança no futuro, ela
é o meio pelo qual o Cristão se torna mais e mais identificado com Cristo no seu reino espiritual
agora e no porvir " (Boyce, p. 385). A fé é crença e confiança. É crença, pois crê em fatos e em
declarações ou na sinceridade de uma pessoa. É confiança, pois, confia na veracidade do fato, da
declaração ou na pessoa. A crença está num fato, numa declaração ou numa pessoa, mas, a
confiança evidencia-se em tornar digno aquele fato, declaração ou pessoa como base das ações. O
fruto do Espírito Santo que é a fé faz que creiamos em Deus por Cristo e confiemos na sua palavra
ao ponto que obedecermos a ela.
Como tudo o que se diz evangélico não é da verdade, também toda e qualquer fé não é a
verdadeira. Existem imitações da fé verdadeira. Existe muita fé falsa. Há os que têm a sua fé em
espíritos, em idolatria, em filosofias, em sinais, em emoções, em coincidências, na astrologia, etc.
A fé verdadeira, porém é dom de Deus (Ef 2:8,9 “8 Porque pela graça sois salvos, mediante
a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se
glorie.”), pelo Espírito Santo (Gl 5:22 “ Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,”) e é única (Ef 4:5 “ há um só Senhor,
uma só fé, um só batismo;”). As imitações da fé verdadeira incluem a fé histórica, a fé
intelectual, a fé implícita, e a fé temporária. Para melhorar nosso entendimento desse fruto do
Espírito Santo queremos examinar um pouquinho as imitações da fé verdadeira.
A fé histórica é uma simples crença que existiu um homem chamado Cristo no passado. Os
demônios crêem em Deus, sabem que ele existiu e existe, mas esta crença não é Salvadora (Tg
2:19 Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem.”), pois
não tem confiança nos fatos. Em At 8:13-24 temos o caso de Simão, o mágico Ele creu e foi
batizado, mas, com tempo, revelou que não tinha "parte nem sorte nesta palavra" pois o seu
coração não era reto diante de Deus At 8.13-24 “13 O próprio Simão abraçou a fé; e, tendo
sido batizado, acompanhava a Filipe de perto, observando extasiado os sinais e grandes
milagres praticados. 14 Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria
recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João; 15 os quais, descendo para lá,
oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo; 16 porquanto não havia ainda
descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em o nome do Senhor
Jesus. 17 Então, lhes impunham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo. 18 Vendo,
porém, Simão que, pelo fato de imporem os apóstolos as mãos, era concedido o Espírito
[Santo], ofereceu-lhes dinheiro, 19 propondo: Concedei-me também a mim este poder,
para que aquele sobre quem eu impuser as mãos receba o Espírito Santo. 20 Pedro,
porém, lhe respondeu: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois julgaste adquirir,
por meio dele, o dom de Deus. 21 Não tens parte nem sorte neste ministério, porque o
teu coração não é reto diante de Deus. 22 Arrepende-te, pois, da tua maldade e roga ao
Senhor; talvez te seja perdoado o intento do coração; 23 pois vejo que estás em fel de
amargura e laço de iniqüidade. 24 Respondendo, porém, Simão lhes pediu. : Rogai vós
por mim ao Senhor, para que nada do que dissestes sobrevenha a mim. O mesmo pode
ser dito de Judas. Um soldado presente na hora da crucificação de Cristo foi empolgado pelos
fatos históricos e declarou: "que verdadeiramente este era Filho de Deus" (Mt 27:54 “O
centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se
passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram: Verdadeiramente este era
Filho de Deus.”). Esta poderia ser uma declaração baseada somente na fé histórica. Há muitos
hoje também que aceitem Cristo como uma pessoa boa na história, mas devemos entender que
este tipo de fé não tem valor Salvador.
A fé intelectual é parecida com a fé histórica e com a fé verdadeira. A fé intelectual reconhece
que os fatos bíblicos são verdadeiros. A fé intelectual não tem dúvida que Cristo nasceu de uma
virgem, era o Filho de Deus, morreu no lugar dos pecadores, ressuscitou, foi ao céu e voltará
novamente à terra pois a bíblia manifesta estes fatos e tudo é lógico As multidões clamavam na
ocasião da entrada de Cristo em Jerusalém: "Hosana ao filho de Davi; bendito o que vem em
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nome do Senhor. Hosana nas alturas!" (Mt 21:1-11 “1 Quando se aproximaram de
Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao monte das Oliveiras, enviou Jesus dois discípulos,
dizendo-lhes: 2 Ide à aldeia que aí está diante de vós e logo achareis presa uma
jumenta e, com ela, um jumentinho. Desprendei-a e trazei-mos. 3 E, se alguém vos
disser alguma coisa, respondei-lhe que o Senhor precisa deles. E logo os enviará. 4 Ora,
isto aconteceu para se cumprir o que foi dito por intermédio do profeta: 5 Dizei à filha
de Sião: Eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de
animal de carga. 6 Indo os discípulos e tendo feito como Jesus lhes ordenara, 7
trouxeram a jumenta e o jumentinho. Então, puseram em cima deles as suas vestes, e
sobre elas Jesus montou. 8 E a maior parte da multidão estendeu as suas vestes pelo
caminho, e outros cortavam ramos de árvores, espalhando-os pela estrada. 9 E as
multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam: Hosana ao
Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas! 10
E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, e perguntavam: Quem é
este? 11 E as multidões clamavam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia!”).
Porém, quando Cristo foi crucificado "todo o povo" disse: "o seu sangue caia sobre nós e sobre
nossos filhos." (Mt 27:25 “E o povo todo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre
nossos filhos!”). Aparentemente a fé da multidão era uma crença intelectual somente, pois, se
fosse uma fé verdadeira confiariam em Cristo para a Salvação e não pensariam que Ele fosse
digno de crucificação. A mesma coisa pode ser dita dos muitos judeus que creram nEle em
Jerusalém. Tinham uma fé que gostou das palavras de Cristo, mas não no significado delas, pois,
quando entenderam o que ele quis dizer "pegaram pedras para lhe atirar" (Jo 8:30-59 “30 Ditas
estas coisas, muitos creram nele. 31 Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido
nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos;
32 e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. 33 Responderam-lhe: Somos
descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis
livres? 34 Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete
pecado é escravo do pecado. 35 O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para
sempre. 36 Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. 37 Bem sei que
sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não
está em vós. 38 Eu falo das coisas que vi junto de meu Pai; vós, porém, fazeis o que
vistes em vosso pai. 39 Então, lhe responderam: Nosso pai é Abraão. Disse-lhes Jesus:
Se sois filhos de Abraão, praticai as obras de Abraão. 40 Mas agora procurais matar-me,
a mim que vos tenho falado a verdade que ouvi de Deus; assim não procedeu Abraão. 41
Vós fazeis as obras de vosso pai. Disseram-lhe eles: Nós não somos bastardos; temos
um pai, que é Deus. 42 Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso pai,
certamente, me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de
mim mesmo, mas ele me enviou. 43 Qual a razão por que não compreendeis a minha
linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra. 44 Vós sois do diabo, que
é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e
jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira,
fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira. 45 Mas, porque eu digo a
verdade, não me credes. 46 Quem dentre vós me convence de pecado? Se vos digo a
verdade, por que razão não me credes? 47 Quem é de Deus ouve as palavras de Deus;
por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus. 48 Responderam, pois, os
judeus e lhe disseram: Porventura, não temos razão em dizer que és samaritano e tens
demônio? 49 Replicou Jesus: Eu não tenho demônio; pelo contrário, honro a meu Pai, e
vós me desonrais. 50 Eu não procuro a minha própria glória; há quem a busque e julgue.
51 Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá a
morte, eternamente. 52 Disseram-lhe os judeus: Agora, estamos certos de que tens
demônio. Abraão morreu, e também os profetas, e tu dizes: Se alguém guardar a minha
palavra, não provará a morte, eternamente. 53 És maior do que Abraão, o nosso pai,
que morreu? Também os profetas morreram. Quem, pois, te fazes ser? 54 Respondeu
Jesus: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória nada é; quem me glorifica é meu
Pai, o qual vós dizeis que é vosso Deus. 55 Entretanto, vós não o tendes conhecido; eu,
porém, o conheço. Se eu disser que não o conheço, serei como vós: mentiroso; mas eu o
conheço e guardo a sua palavra. 56 Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia,
viu-o e regozijou-se. 57 Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinqüenta
anos e viste Abraão? 58 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo:
antes que Abraão existisse, EU SOU. 59 Então, pegaram em pedras para atirarem nele;
mas Jesus se ocultou e saiu do templo.”). Na hora de Jesus curar, saíam muitos demônios
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oi clamavam: "Tu és o Cristo, o Filho de Deus." (Lc 4:41 “Também de muitos saíam
demônios, gritando e dizendo: Tu és o Filho de Deus! Ele, porém, os repreendia para que
não falassem, pois sabiam ser ele o Cristo.”). Porém, apesar da declaração e crença, não
foram convertidos estes. É manifestado que eles tinham somente um reconhecimento intelectual e
não uma fé verdadeira.
A fé implícita é definida melhor pelo ditado, "fé na fé". A fé implícita crê simplesmente para crer.
É de crer em algo sem prova nenhuma. Os católicos dizem que a fé deve ser na igreja, ou melhor,
simplesmente crer nas suas doutrinas pela autoridade dela mesma e não por causa do
reconhecimento de nenhuma verdade (Boyce, p. 389). Seria a mesma coisa dos evangélicos
dizerem: "crê na Bíblia somente para a Salvação" sem primeiramente ensinar o que ela diz. O
cristão verdadeiro não crê em Cristo simplesmente por crer nEle, mas, por Ele ser revelado ao seu
coração pelo Espírito Santo e assim, confia na Sua obra, segundo as Escrituras, como tudo
suficiente para o tornar aceitável diante de Deus.
A fé temporária é uma fé enganosa. Essa fé recebe intelectual e alegremente os fatos históricos
da verdade. Essa fé entendemos pela parábola do semeador (Mc 4:1-20 “1 Voltou Jesus a
ensinar à beira-mar. E reuniu-se numerosa multidão a ele, de modo que entrou num
barco, onde se assentou, afastando-se da praia. E todo o povo estava à beira-mar, na
praia. 2 Assim, lhes ensinava muitas coisas por parábolas, no decorrer do seu
doutrinamento. 3 Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear. 4 E, ao semear, uma parte
caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram. 5 Outra caiu em solo rochoso,
onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. 6 Saindo, porém,
o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. 7 Outra parte caiu entre os
espinhos; e os espinhos cresceram e a sufocaram, e não deu fruto. 8 Outra, enfim, caiu
em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu, produzindo a trinta, a sessenta e a cem
por um. 9 E acrescentou: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. 10 Quando Jesus ficou só,
os que estavam junto dele com os doze o interrogaram a respeito das parábolas. 11 Ele
lhes respondeu: A vós outros vos é dado conhecer o mistério do reino de Deus; mas, aos
de fora, tudo se ensina por meio de parábolas, 12 para que, vendo, vejam e não
percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam; para que não venham a converter-se, e
haja perdão para eles. 13 Então, lhes perguntou: Não entendeis esta parábola e como
compreendereis todas as parábolas? 14 O semeador semeia a palavra. 15 São estes os
da beira do caminho, onde a palavra é semeada; e, enquanto a ouvem, logo vem
Satanás e tira a palavra semeada neles. 16 Semelhantemente, são estes os semeados
em solo rochoso, os quais, ouvindo a palavra, logo a recebem com alegria. 17 Mas eles
não têm raiz em si mesmos, sendo, antes, de pouca duração; em lhes chegando a
angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam. 18 Os outros, os
semeados entre os espinhos, são os que ouvem a palavra, 19 mas os cuidados do
mundo, a fascinação da riqueza e as demais ambições, concorrendo, sufocam a palavra,
ficando ela infrutífera. 20 Os que foram semeados em boa terra são aqueles que ouvem
a palavra e a recebem, frutificando a trinta, a sessenta e a cem por um.”). É simbolizada
pela semente que caiu sobre pedregais (Mc 4:5,16,18 “5 Outra caiu em solo rochoso, onde a
terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra., 16 Semelhantemente,
são estes os semeados em solo rochoso, os quais, ouvindo a palavra, logo a recebem
com alegria., 18 Os outros, os semeados entre os espinhos, são os que ouvem a
palavra”). A parábola nos ensina que a terra não era boa. Isto quer dizer que esta não caiu em
um coração regenerado. Com tempo é entendida que essa fé era falsa por ser temporária. Essa fé
enganosa é evidenciada por não continuar a confiar em Cristo nem ter uma crescente devoção e
serviço a Ele. A fé temporária é manifesta como falsa por não crescer na graça e no conhecimento
de Cristo. O amor da Palavra de Deus, e a responsabilidade de ouvi-la pregada e obedecê-la logo
torna cansativo para os com essa fé traiçoeira. O amor do povo de Deus e a santidade de Deus
que pede uma crescente distância do pecado não é uma realidade nos que conhecem apenas essa
fé pérfida.
A fé verdadeira e Salvadora, apesar da mente participar nela, é do coração também (Rm
10:9,10 “9 Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração,
creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10 Porque com o coração
se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação.”). É um conhecimento
experimental da verdade de Deus e do poder de Cristo. Esta fé não é uma empolgação emocional
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ou um mero convencimento mental, mas é o dom de Deus no coração dos Seus que leva o Cristão
a confiar inteiramente nas Suas palavras para tudo que precisa para ser apresentado agradável
diante de Deus. (Mt 16:16,17 “16 Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho
do Deus vivo. 17 Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque
não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” ; Jo 6:37,6469 “37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo
nenhum o lançarei fora. 64 Contudo, há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia, desde o
princípio, quais eram os que não criam e quem o havia de trair. 65 E prosseguiu: Por
causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for
concedido. 66 À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não
andavam com ele. 67 Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós
outros retirar-vos? 68 Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens
as palavras da vida eterna; 69 e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de
Deus.”; Ef 1:19,20 “19 e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que
cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; 20 o qual exerceu ele em Cristo,
ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares
celestiais,”) É manifesta por um arrependimento e repúdio ao pecado e um amor por tudo que
agrada o Salvador.
A fé verdadeira tem o pai, na qualidade de Deus, como objetivo dela. Crê e confia que Deus é
santo e um juiz justo que julgará o mundo por Jesus Cristo (At 17:31 “porquanto estabeleceu
um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e
acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos.”). Sabe e espera na sua
misericórdia e amor manifestos no seu Filho (Rm 5:8 “Mas Deus prova o seu próprio amor
para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”). A fé
verdadeira tem a confiança que Deus pode e vai assegurar a Salvação final do Seu povo (Fp 1:6
“Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completála até ao Dia de Cristo Jesus.”; 1Pe 1:5 “que sois guardados pelo poder de Deus,
mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.”).
A fé verdadeira tem Deus, na qualidade de Pai, o seu alvo. A verdadeira fé descansa no Pai que
nos amou primeiro (2Ts 2:16 “Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai,
que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça,”; 1Jo 4:19“Nós
amamos porque ele nos amou primeiro.”) e nos adotou como filhos (1Jo 3:1,2 “1 Vede que
grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e,
de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não
o conheceu a ele mesmo. 2 Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se
manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos
semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”; Rm 8:17 “Ora, se somos
filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com
ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”). A fé verdadeira põe a sua confiança
no Pai como Aquele que nos deu a graça (Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são
lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de
mudança.”) e grandíssimas e preciosas promessas (2Pe 1:4 “pelas quais nos têm sido
doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no
mundo,”; 2Co 1:20); 2Co 1:20 “Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm
nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso
intermédio.”
A fé verdadeira tem a pessoa e obra de Cristo como o seu alvo. A fé verdadeira tem por certo a
divindade de Cristo (At 8:37 “[Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E,
respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.]”), sem esquecer que
Cristo também é homem e nos representou completamente levando em Si os nossos pecados na
Sua morte para nossa Salvação (2Co 5:21 “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez
pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”). A fé verdadeira aceita
completamente o desejo amoroso de Cristo que pecadores arrependidos venham a Ele para o seu
descanso espiritual (Mt 11:28-30 “28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e
sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,
porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. 30
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Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.”).
A fé verdadeira olha para Cristo (Is 45:22 “Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os
limites da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.”; Jo 3:14,15 “14 E do modo por
que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja
levantado, 15 para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.”), vem a Cristo (Is 55:1
“Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro,
vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.”;
Mt 11: 28 “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos
aliviarei.”; Jo 6:37, 44,45,65 “37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que
vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora. 44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que
me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. 45 Está escrito nos
profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai
tem ouvido e aprendido, esse vem a mim. 65 E prosseguiu: Por causa disto, é que vos
tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido.”), ponha o seu
refúgio nEle (Hb 6:18 “para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível
que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de
lançar mão da esperança proposta;”), come e bebe dEle (Jo 6:51-58 “51 Eu sou o pão
vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu
darei pela vida do mundo é a minha carne. 52 Disputavam, pois, os judeus entre si,
dizendo: Como pode este dar-nos a comer a sua própria carne? 53 Respondeu-lhes
Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e
não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. 54 Quem comer a minha
carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55
Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. 56 Quem
comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele. 57 Assim
como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim
se alimenta por mim viverá. 58 Este é o pão que desceu do céu, em nada semelhante
àquele que os vossos pais comeram e, contudo, morreram; quem comer este pão viverá
eternamente.”) e O recebe e anda nele (Cl 2:6 “Ora, como recebestes Cristo Jesus, o
Senhor, assim andai nele,”).
A fé verdadeira tem evidências importantes. Essas evidências de uma fé verdadeira incluem a
purificação do coração (At 15.9 “E não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles,
purificando-lhes pela fé o coração.”; "Bem aventurado os limpos de coração" Mt 5:8, “Bemaventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.” ; 1Pe 1:22 “Tendo purificado
a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não
fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente,”). O coração onde reside a fé
verdadeira se limpa de todos os seus ídolos impuros para servir o Santo (1Ts 1:9 “pois eles
mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso
meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e
verdadeiro”); obediência em amor (Gl 5:6 “Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão,
nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor.”). Pela fé verdadeira o
cristão agrada Deus, resiste e o diabo e mortifica a carne, tudo isso não como um pesado
mandamento, mas, pelo amor (1Jo 5:3 “3 Porque este é o amor de Deus: que guardemos
os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos,”); vitoriosa (1Jo
5:44 porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o
mundo: a nossa fé.”). Sendo "nascido de Deus" o cristão verdadeiro tem uma mente iluminada
e por isso sabe que as coisas do mundo são vãs e que as coisas espirituais são as únicas coisas
que podem satisfazer completamente (Lm 3:24“A minha porção é o SENHOR, diz a minha
alma; portanto, esperarei nele.”).
Considerando essas verdades, podemos entender que a fé verdadeira não é uma mera aceitação
mental de história ou de fatos importantes. É o fruto do Espírito de Deus (Gl 5:22 “Mas o fruto
do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,”) no
coração dos Seus. Esta fé não se manifesta somente em conhecimento intelectual e declarações
verbais, mas manifesta-se em obras de obediência à Palavra de Deus em amor (Gl 5:6 “Porque,
em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que
atua pelo amor.”; Ef 2:10 “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas
obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”; Tg 2:17
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“Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta.”; I Ts 1:9 “pois eles
mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso
meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e
verdadeiro”). Aquele que tem essa fé verdadeira pode declarar de seu coração como Pedro:
"Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo." (Jo 11:27
“Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que
devia vir ao mundo.”; Mt 16:16 “Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho
do Deus vivo.”; Mc 8:29 “Então, lhes perguntou: Mas vós, quem dizeis que eu sou?
Respondendo, Pedro lhe disse: Tu és o Cristo.”); como o eunuco: "creio que Jesus Cristo é o
Filho de Deus" (At 8:37 [Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E,
respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.]); como Natanael: "Rabi,
tu és o Filho de Deus: tu és o Rei de Israel." (Jo 1:49 “Então, exclamou Natanael: Mestre, tu
és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!”), e, como Paulo pregava de Cristo que este "é o
Filho de Deus" (At 9:20 “E logo pregava, nas sinagogas, a Jesus, afirmando que este é o
Filho de Deus.”). Essa fé verdadeira e Salvadora vem pela Palavra de Deus tanto no Antigo
Testamento (Gl 3:8 “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os
gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos.”;
Hb 4:2 “Porque também a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles;
mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé
naqueles que a ouviram.”) quanto no Novo Testamento (Rm 10:11-17 “11 Porquanto a
Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido. 12 Pois não há distinção
entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os
que o invocam. 13 Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. 14
Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem
nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E como pregarão, se não
forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas
boas! 16 Mas nem todos obedeceram ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem
acreditou na nossa pregação? 17 E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela
palavra de Cristo.”).
Se você conhece essa fé verdadeira, tem muitos motivos para louvar ao Senhor eternamente pois
o que Ele começou, aperfeiçoará até o dia perfeito (Fp 1:6 “Estou plenamente certo de que
aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.”).
Temos motivos para perseverar na fé cristã e lutar contra o pecado, pois essa fé vence o mundo
(1Jo 5:4 “porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que
vence o mundo: a nossa fé.”). Temos motivo para avançar na causa de Cristo com confiança
na obediência, pois Aquele que nos chamou, também fará o que Ele prometeu (Hb 10:23
“Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é
fiel.”; I Ts 5:24 “Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.”; Mt 16:18 “Também eu
te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do
inferno não prevalecerão contra ela.”). Os que conhecem a fé verdadeira têm uma mensagem
viva e transformadora vindo de Deus, e não um produto dos homens, para pregar com ousadia ao
mundo em trevas.
Observação: o arrependimento e a fé são graças inseparáveis. Onde uma é mencionada a outra
é compreendida. "Quando um homem é vivificado para a vida, não pode haver um lapso de tempo
depois dele arrepender-se, nem pode haver qualquer antes que ele creia. De outra maneira
teríamos a nova natureza em rebelião contra Deus e em incredulidade. Assim não pode haver
ordem cronológica em arrependimento e fé." (T.P. Simmons, p. 351).
A Justificação (Rm 3:24-26, “24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça,
mediante a redenção que há em Cristo Jesus, 25 a quem Deus propôs, no seu sangue,
como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua
tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; 26 tendo em vista a
manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o
justificador daquele que tem fé em Jesus.”)
Por causa do pecador escolhido por Deus ser regenerado, a qual manifestou-se na sua conversão,
não existe nada neste pecador o que impede que ele seja declarado judicialmente justo diante de
Deus. Quando tratamos da Salvação e falamos da parte dela chamada justificação tratamos dessa
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posição judicial do pecador convertido diante do tribunal divino (At 13:38, 39 “38 Tomai, pois,
irmãos, conhecimento de que se vos anuncia remissão de pecados por intermédio deste;
39 e, por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não
pudestes ser justificados pela lei de Moisés.”).
O significado da justificação é a absolvição de culpa do pecador regenerado e convertido. É a
libertação do poder do pecado e da sua condenação pela graça e da vontade de Deus por Cristo
(William Rogers). É "o meio pelo qual o pecador é aceito por Deus" (Abraham Booth, Reign of
Grace, citado por A. W. Pink).
O autor dessa justificação é Deus (Rm 8:33, “Quem intentará acusação contra os eleitos de
Deus? É Deus quem os justifica”; Rm 3:24-26, “24 sendo justificados gratuitamente, por
sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, 25 a quem Deus propôs, no seu
sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus,
na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; 26 tendo em
vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o
justificador daquele que tem fé em Jesus.”; Rm 1:17 “visto que a justiça de Deus se
revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.”; Tg 1:17,
“Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em
quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”). A obra da justificação é uma
obra da trindade. O Pai decretou o meio e o método (Rm 3:22, “justiça de Deus mediante a
fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção”;
2Co 5:19 “a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não
imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da
reconciliação.”). O Filho é o mediador da justificação (1Co 6:11, “Tais fostes alguns de vós;
mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do
Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”; Fp 3:9, “e ser achado nele, não tendo
justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que
procede de Deus, baseada na fé”). O Espírito Santo é quem faz a obra de convencer da justiça
e de revelar Cristo. Ele traz a fé pela qual o cristão é justificado (1Co 6:11, “Tais fostes alguns
de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o
nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus"; Jo 16:8, “Quando ele(o
Espírito Santo) vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”). Observando
biblicamente quem é o autor da justificação podemos entender claramente que a justificação não
vem de homem algum.
Os alvos da justificação são os pecadores. São os condenados que precisam ser declarados justos
diante de Deus (Mt 9:12, 13 “12 Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de
médico, e sim os doentes. 13 Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero
e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores [ao
arrependimento].”). O juízo veio sobre todos os homens para a condenação, assim também por
um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homem para a justificação de vida (Rm 5:18
“Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para
condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os
homens para a justificação que dá vida.”). Os que Confiam em si mesmos, crendo que são
justos pela suas obras de justiça não são os que são verdadeiramente justificados, porém, os
verdadeiramente justificados são aqueles que reconhecem serem o principal dos pecadores (Lc
18:9-14. “9 Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se
considerarem justos, e desprezavam os outros: 10 Dois homens subiram ao templo com
o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. 11 O fariseu, posto em pé, orava
de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os
demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; 12
jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. 13 O publicano,
estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no
peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! 14 Digo-vos que este desceu
justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado;
mas o que se humilha será exaltado; 1Tm 1:15 “Fiel é a palavra e digna de toda
aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o
principal.”). Os alvos da justificação são os pecadores que são predestinados e chamados por
Deus (Rm 8:30 “E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a
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esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”). Para serem
justificados diante de Deus entendemos que não é necessário apresentar a Ele a nossa própria
justiça ,mas, como pecadores buscar a Sua justificação.
A natureza dessa justificação é Maravilhosa.
A justificação do pecador diante do tribunal de Deus não é um processo que se desenvolve em
várias etapas, como é a chamada para a Salvação ou a santificação do cristão diante dos homens.
A justificação é um ato instantâneo e quando ocorre, está completo. "Não admite graus ou fases"
(T. P. Simmons, p. 353). Quando o publicano foi convertido ele desceu para sua casa já
justificado (Lc 18:14 “Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele;
porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.”). A
justificação é eterna. A firmeza da verdade da eternidade da justificação é entendida pela
pergunta de Deus, "Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os
justifica." (Rm 8:33 “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem
os justifica.”). Pelo preço da justificação ser paga inteiramente por Cristo "uma única vez" (Hb
10:10 “Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de
Jesus Cristo, uma vez por todas.”) o cristão resgatado por Cristo "tem a vida eterna, e não
entrará em condenação, mas passou da morte para a vida" (Jo 5:24 “Em verdade, em
verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida
eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.”). A justificação diante de
Deus por Cristo é tida como eterna porque a base da condenação do pecador, o pecado, foi
eliminado por Cristo,. A justificação é graciosa. Ainda que a justificação seja revelada
exteriormente mediante as obras (Tg 2:20-26 “20 Queres, pois, ficar certo, ó homem
insensato, de que a fé sem as obras é inoperante? 21 Não foi por obras que Abraão, o
nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? 22 Vês
como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé
se consumou, 23 e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso
lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus. 24 Verificais que uma
pessoa é justificada por obras e não por fé somente. 25 De igual modo, não foi também
justificada por obras a meretriz Raabe, quando acolheu os emissários e os fez partir por
outro caminho? 26 Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a
fé sem obras é morta.”) a obtenção da justificação diante de Deus nunca é pelas obras de
homem algum (Rm 3:20 “visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei,
em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.”; Rm 4:2-8 “2 Porque,
se Abraão foi justificado por obras, tem de que se gloriar, porém não diante de Deus. 3
Pois que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. 4
Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida. 5 Mas,
ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída
como justiça. 6 E é assim também que Davi declara ser bem-aventurado o homem a
quem Deus atribui justiça, independentemente de obras: 7 Bem-aventurados aqueles
cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; 8 bem-aventurado o
homem a quem o Senhor jamais imputará pecado.”; Tt 3:4,5 “4 Quando, porém, se
manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, 5 não
por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou
mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,”). Então, se não é pelas
obras, é pela graça (Rm 11:6 “E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a
graça já não é graça.”). Deus não deve a Salvação ao inimigo dele mas, sim, o juízo. Se Deus
quer justificar alguém na base da obra meritória de Cristo isso é um desejo e um ato plenamente
movido pela Sua graça. A justificação é pela imputação (Rm 4:6 “E é assim também que Davi
declara ser bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente
de obras:”). A justificação nos é dada pela obra de um outro que nos torna livres de qualquer
dívida (Rm 5:18,19 “18 Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os
homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre
todos os homens para a justificação que dá vida. 19 Porque, como, pela desobediência
de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da
obediência de um só, muitos se tornarão justos.”; Fp 3:8,9 “8 Sim, deveras considero
tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu
Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar
a Cristo 9 e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que
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é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé;”; 2Co 5:21
“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos
feitos justiça de Deus.”). A justificação é dada pela fé. A fé é um efeito da justificação e não
uma causa. Por sermos regenerados, temos o dom do Espírito Santo que é a fé (Gl 5:22 “Mas o
fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade,”). Por isso confiamos em Cristo como nosso Salvador. A graça vem primeira e causa
a fé que opera em nós para nossa justificação (Ef 2:8 “Porque pela graça sois salvos,
mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;”). Então pela natureza gloriosa dessa
justificação somos incentivados a louvar Deus por uma "tão grande Salvação" (Hb 2:3 “como
escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido
anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram;”).
E sendo justificados por uma justificação tão Maravilhosa somos incentivados a procurar aplicarnos "às boas obras" (Tt 3:7,8 “7 a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus
herdeiros, segundo a esperança da vida eterna. 8 Fiel é esta palavra, e quero que, no
tocante a estas coisas, faças afirmação, confiadamente, para que os que têm crido em
Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas
aos homens.”) para a glória de Deus pelo Salvador.
As bênçãos da justificação
(1Jo 1:7 “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns
com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”; Hb 10:1214 “12 Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados,
assentou-se à destra de Deus, 13 aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos
sejam postos por estrado dos seus pés. 14 Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou
para sempre quantos estão sendo santificados.”; Rm 8:1 “Agora, pois, já nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”; Gl 3:13 “Cristo nos resgatou da
maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito:
Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro)”).
Pela justificação temos a bênção de ter paz com Deus (Is 53:5 “Mas ele foi traspassado pelas
nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”; Rm 8:1 “Agora, pois, já
nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”). Por não termos mais a
culpa do pecado não há mais nenhum impedimento para a nossa comunhão com Deus e termos
plena aceitação da nossa pessoa por Deus e a possibilidade de uma adoração verdadeira (Ef 1:6
“para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado,”;
Hb 10:19-22 “19 Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo
sangue de Jesus, 20 pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é,
pela sua carne, 21 e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 aproximemo-nos,
com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má
consciência e lavado o corpo com água pura.”; Jo 4:24 “Deus é espírito; e importa que
os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.”). Por sermos absolvidos de culpa
somos abençoados na terra e na eternidade, pois a justificação e a glorificação andam juntos (Rm
8:28 “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”; 1CO 2:9 “mas, como está
escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração
humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.”; Ap 1:5,6 “5 e da parte
de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da
terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, 6 e nos
constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos
séculos dos séculos. Amém!”); (Rm 5:8,10 “8 Mas Deus prova o seu próprio amor para
conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. 10 Porque,
se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho,
muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida”; Rm 8:30 “E aos
que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também
justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”).
Um resumo (BANCROFT, Elemental Theology, p. 206):
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1. Somos justificados judicialmente por Deus, Rm 8:33 “Quem intentará acusação contra
os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica.”.
2. Somos justificados por causa da graça, Rm 3:24 “sendo justificados gratuitamente, por
sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus”.
3. Somos justificados meritória e manifestamente por Cristo. Meritoriamente pela sua morte,
Rm 5:10 “Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante
a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua
vida”; manifestamente pela sua ressurreição Rm 4:25 “25 o qual foi entregue por
causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação.”).
4. Somos justificados instrumentalmente pela fé, Rm 5:1. “1 Justificados, pois, mediante a
fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”
5. Somos justificados visivelmente aos outros pelas obras, Tg 2:14-24. “14 Meus irmãos,
qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso,
semelhante fé salvá-lo? 15 Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa
e necessitados do alimento cotidiano, 16 e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em
paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo,
qual é o proveito disso? 17 Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está
morta. 18 Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé
sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé. 19 Crês, tu, que Deus é
um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem. 20 Queres, pois, ficar certo, ó
homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante? 21 Não foi por obras que
Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho,
Isaque? 22 Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi
pelas obras que a fé se consumou, 23 e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora,
Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de
Deus. 24 Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente.”
A Adoção
(Rm 8:12-17 “12 Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se
constrangidos a viver segundo a carne. 13 Porque, se viverdes segundo a carne,
caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo,
certamente, vivereis. 14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos
de Deus. 15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez,
atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba,
Pai. 16 O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17
Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com
Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”)
"Esta benção da graça é ainda mais grandiosa do que a justificação. Embora um juiz possa
absolver totalmente a alguém que esteja sendo acusado de crime, não pode, contudo, conferir ao
que foi absolvido nenhum dos privilégios que o filho tem. Mas o crente em Jesus Cristo tem o
privilégio de poder considerar Deus não apenas como um juiz e justificador, mas como um Pai
amoroso com quem se reconcilia. O problema de como colocar o pecador justificado na família de
Deus foi resolvido (Jr 3:19 “As cidades do Sul estão fechadas, e ninguém há que as abra;
todo o Judá foi levado para o exílio, todos cativos.”). Uma vez distante, ele agora é trazido
para perto de Deus mediante o sangue de Cristo, e tornado o membro da família de Deus (Ef
2:13, 19 “13 Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes
aproximados pelo sangue de Cristo. 19 assim, já não sois estrangeiros e peregrinos,
mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus.”)" - Dagg, p. 220.
O significados da adoção. Existem duas maneiras de entender a palavra "adoção". Uma é do
ponto de vista do mundo natural, ou seja, alguém que de uma família é desejado e colocado
legalmente numa outra. Um exemplo disso é Moisés quando a filha de Faraó o adotou (Êx 2:10
“Sendo o menino já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, da qual passou ele a ser filho.
Esta lhe chamou Moisés e disse: Porque das águas o tirei.”; Hb 11:24 “Pela fé, Moisés,
quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,”). Por estarmos
nos laços do diabo (2Tm 2:26 “mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos
laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade.”) e
sermos por natureza filhos da ira (Ef 2:3 “entre os quais também todos nós andamos
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outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos
pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.”) e que
em tal situação éramos estrangeiros e sem Deus do mundo (Ef 2:12 “naquele tempo, estáveis
sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa,
não tendo esperança e sem Deus no mundo.”), pode ser dito que somos, pela obra de Cristo
na cruz e a operação do Espírito Santo em nossos corações com o fruto da fé, tirados de uma
família e feitos filhos de Deus legalmente com todas as bênçãos de Cristo (Rm 8:16,17 “16 O
próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17 Ora, se
somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se
com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”).
Uma outra maneira de entender a adoção é pelo ponto de vista da lei Romana, ou seja, o filho da
família Romana, numa certa idade, é legal e formalmente adotado. Essa cerimônia faz que o filho
seja colocado na posição de um filho legítimo e, assim, dado todos os privilégios de um filho. A
participação do filho não o trouxe para a família (pois ele já estava na família), mas o reconheceu
como filho diante da lei Romana. Um exemplo disso entendemos pelo escrito de Paulo em Gálatas
4:1-7 “1 Digo, pois, que, durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de
escravo, posto que é ele senhor de tudo. 2 Mas está sob tutores e curadores até ao
tempo predeterminado pelo pai. 3 Assim, também nós, quando éramos menores,
estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo; 4 vindo, porém, a plenitude
do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, 5 para resgatar
os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. 6 E, porque vós
sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! 7
De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por
Deus.”. Por nós sermos tornados, pela regeneração, "filhos de Deus" agora, pela adoção, nos
tornarmos legal e formalmente um filho com todas as bênçãos do Pai (Bancroft, p. 240).
A adoção é diferente da justificação. Muitos acham que a adoção é a mesma coisa da justificação.
Existem várias razões que enfatizamos que a adoção é distinta da justificação mesmo que sejam
inter-relacionadas.
† Existem duas palavras distintas na Palavra de Deus: justificação e a adoção. Se essas duas
palavras fossem iguais no significado seriam conhecidas pela mesma palavra.
† As duas doutrinas, justificação e adoção, falam de mudança de relacionamentos com Deus,
mas, os relacionamentos não são iguais. Na justificação, Deus, como rei e juiz, aceita o pecador
como um cidadão e um justo. É um relacionamento legal baseada na justiça de Cristo. Na adoção,
Deus, como pai, recebe o Salvo como filho. É um relacionamento familiar baseada no amor (1Jo
3:1 “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados
filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos
conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo.”).
† A justificação é um ato do Pai somente na qualidade de rei e juiz. A adoção é um ato tanto do
Pai quanto do Filho (Jo 1:12“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome”).
† Pela justificação passamos a ter paz com Deus (Rm 5:1“1 Justificados, pois, mediante a fé, temos
paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”; Rm 8.1-2 “1 Agora, pois, já nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus. 2 Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo
Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.”). Pela adoção passamos a ter um relacionamento de
amor com Deus (Rm 8:15 “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra
vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”).
†Pela justificação a pena e o poder do pecado são eliminados. Pela adoção a presença do pecado
na vida do cristão é tratada com a correção paternal (Hb 12:5-11 “5 e estais esquecidos da
exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a
correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; 6 porque o
Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. 7 É para disciplina que
perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? 8 Mas,
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se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos
e não filhos. 9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam,
e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual
e, então, viveremos? 10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes
parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos
participantes da sua santidade. 11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece
ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos
que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.”).
A origem da adoção não vem do homem, mas de Deus. O homem convertido e justificado não
tem direito diante de Deus para ser adotado. O homem não pode pensar que ele tem um direito
natural diante de Deus por ser uma criação superior de toda a criação natural. Se o homem
tivesse direito por ser originalmente criado a imagem de Deus, todo e qualquer homem teria
direito à adoção. O homem regenerado e feito vivo espiritualmente também não tem direito
diante de Deus de ser adotado. O homem regenerado e convertido não é mais condenado, mas,
mesmo assim, não tem direito ao amor de Deus. O amor de Deus pelo cristão não é por
merecimento algum. Por isso a adoção não é um direito do homem espiritual.
A origem da adoção é um dom de amor de Deus àqueles que têm a união com Cristo, o unigênito
filho. A verdade é que a adoção vem, não de qualquer direito de homem algum, mas pelo
"beneplácito de Sua vontade", a vontade de Deus (Ef 1:5 “nos predestinou para ele, para a
adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade”). A
adoção é merecida somente pela obra de Cristo e dada em amor a todos que venham a Cristo
pela fé (Jo 1:12 “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos
filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome”). A adoção é herdada no começo da
carreira cristã quando ainda não há mérito nenhum pelas obras da obediência do cristão (1Co
1:26-29 “26 Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados
muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre
nascimento; 27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para
envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as
fortes; 28 e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas
que não são, para reduzir a nada as que são; 29 a fim de que ninguém se vanglorie na
presença de Deus.”).
A natureza da adoção é revelada em que ela é uma escolha de Deus em aceitar os que eram
estrangeiros e peregrinos "como concidadãos dos santos, e da família de Deus" (Ef 2:19 “Assim, já
não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de
Deus,”). A adoção faz que o cristão participe da natureza santa de Cristo, pela união com Seu
Próprio Filho (Jo 17:21-23 “21 a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e
eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. 22 Eu
lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos;
23 eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o
mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.”; 2Pe 1:4
“pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que
por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das
paixões que há no mundo”
O tempo da adoção é de eternidade a eternidade: A adoção é eterna na sua concepção (Ef 1: 4,5
“4 assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis perante ele; e em amor 5 nos predestinou para ele, para a adoção de
filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” "antes da fundação
do mundo ... E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo"). A adoção começa
literalmente no ato da Salvação (Jo 1:12 “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o
poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome”; Gl 3:26 “Pois
todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus”). A adoção é futuramente
eterna, pois ela passa pela morte e a transformação do corpo, para eternidade (Rm 8:23 “E não
somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos
em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.”, "e
esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo"; 2Co 5:10 “Porque importa que todos
nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem
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ou o mal que tiver feito por meio do corpo.”; 1Jo 3:1-3 “1 Vede que grande amor nos tem
concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de
Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo.
2 Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de
ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque
haveremos de vê-lo como ele é. 3 E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta
esperança, assim como ele é puro.”). É entendida que a adoção é eterna pois ela não depende
da obra de nenhuma criatura mas completamente da obra santa do Criador (1Co 1:30 “Mas vós
sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e
santificação, e redenção,”; Rm 9:11 “E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham
praticado o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse,
não por obras, mas por aquele que chama)”; Rm 11:5,6 “5 Assim, pois, também agora, no
tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça. 6 E, se é pela
graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.”).
As bênçãos de adoção são inúmeras e gloriosas. Por sermos adotados na família de Deus temos:
o nome da família (1Jo 3:1 “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de
sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o
mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo.”; Ef 3:14,15 “14 Por
esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, 15 de quem toma o nome toda família,
tanto no céu como sobre a terra,”); a identidade da família (Rm 8:29“Porquanto aos que
de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”); o amor da família (Jo
13:35 “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos
outros.”; 1Jo 3:14 “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque
amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte.”); o espírito da família (Rm
8:15“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez,
atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba,
Pai.”; Gl 4:6 “E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu
Filho, que clama: Aba, Pai!”), e, a responsabilidade da família (Jo 14:23, 24, “23
Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e
viremos para ele e faremos nele morada. 24 Quem não me ama não guarda as minhas
palavras; e a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai, que me enviou.”; Jo
15:8“Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez,
atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba,
Pai.”). Outras bênçãos ainda poderiam ser listadas, quais sejam:
1. A confraternidade íntima com Cristo e Deus (Gl 4:7“De sorte que já não és escravo, porém
filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus.”; Jo 15:15 “Já não vos chamo servos,
porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos,
porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.”). Essa relação íntima é
percebida pelos termos com qual o filho adotivo chama Deus de Pai: "Aba Pai". Cristo chamou Seu
Pai pelo mesmo título (Mc 14:36“E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este
cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres.”), e o filho adotivo situase na mesma posição do unigênito Filho de Deus para com o Pai, e assim também O chama pelo
mesmo título amoroso (Rm 8:15 “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para
viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no
qual clamamos: Aba, Pai.”; Gl 4:6 “E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso
coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!”).
2. A presença verdadeira e segura do Espírito Santo - Rm 8:16. Rm 8:15 “Porque não
recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas
recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.” não quer dizer
que somente recebemos uma adoção espiritual, mas ensina que recebemos o próprio "Espírito de
adoção" que indica uma nova natureza espiritual e possessão do próprio Espírito Santo (Matthew
Henry, V. III, p. 963.
3. A orientação do Espírito Santo (Rm 8:4,14 “4 a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós,
que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito., 14 Pois todos os que são guiados
5:16 “Digo, porém: andai no Espírito e
pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.”; Gl
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jamais satisfareis à concupiscência da carne.”). O mesmo Espírito que nos convenceu do pecado,
e da justiça e do juízo (Jo 16:8 “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e
do juízo:”) é o mesmo que continua conosco assegurando-nos na fé, pois temos muita oposição interna e
externa dessa confiança de sermos filhos de Deus.
4. Uma consciência real da nossa posição como filhos de Deus (Rm 8:15 “Porque não
recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas
recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”, "Aba Pai"; Gl
4:6 “E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que
clama: Aba, Pai!”). A expressão, "Aba Pai", é uma expressão reservada, entre os judeus, para
ser usada somente por pessoas livres. Nenhum escravo poderia chamar o seu senhor, "Aba", ou a
sua senhora, "Imma". O uso dessa expressão por Paulo relata o privilégio livre e familiar que
temos para com Deus pela adoção (Haldane, p. 358). A consciência dessa posição real desfruta
um acesso aberto para com o Pai (Ef 3:12 “pelo qual temos ousadia e acesso com
confiança, mediante a fé nele.”; Hb 10:19-23 “19 Tendo, pois, irmãos, intrepidez para
entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, 20 pelo novo e vivo caminho que ele
nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, 21 e tendo grande sacerdote sobre a
casa de Deus, 22 aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo
o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura. 23 Guardemos
firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.”)
5 Somos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo (Rm 8:17 “Ora, se somos filhos, somos
também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos,
também com ele seremos glorificados.”; 1Pe 1:3-5 “3 Bendito o Deus e Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma
viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, 4 para uma
herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros 5
que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para
revelar-se no último tempo.”; Ap 21:7 “O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei
Deus, e ele me será filho.”; 1Co 3:21-23 “21 Portanto, ninguém se glorie nos homens;
porque tudo é vosso: 22 seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida,
seja a morte, sejam as coisas presentes, sejam as futuras, tudo é vosso, 23 e vós, de
Cristo,e Cristo, de Deus.”).
6. As bênçãos indizíveis da glória futura (1Jo 3:2 “Amados, agora, somos filhos de Deus, e
ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se
manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”). A
correção paternal (Hb 12:5-11 “5 e estais esquecidos da exortação que, como a filhos,
discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem
desmaies quando por ele és reprovado; 6 porque o Senhor corrige a quem ama e açoita
a todo filho a quem recebe. 7 É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como
filhos); pois que filho há que o pai não corrige? 8 Mas, se estais sem correção, de que
todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. 9 Além disso,
tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não
havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos? 10
Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém,
nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. 11
Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de
tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela
exercitados, fruto de justiça.”) e cuidado constante e amoroso (Mt 6:32 “Porque os gentios
é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas
elas”; Lc 12:27-33 “27 Observai os lírios; eles não fiam, nem tecem. Eu, contudo, vos
afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 28 Ora,
se Deus veste assim a erva que hoje está no campo e amanhã é lançada no forno,
quanto mais tratando-se de vós, homens de pequena fé! 29 Não andeis, pois, a indagar
o que haveis de comer ou beber e não vos entregueis a inquietações. 30 Porque os
gentios de todo o mundo é que procuram estas coisas; mas vosso Pai sabe que
necessitais delas. 31 Buscai, antes de tudo, o seu reino, e estas coisas vos serão
acrescentadas. 32 Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em
dar-vos o seu reino. 33 Vendei os vossos
bens e dai esmola; fazei para vós
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outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o
ladrão, nem a traça consome”; Jo 17:22-23 “22 Eu lhes tenho transmitido a glória que
me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; 23 eu neles, e tu em mim, a fim
de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste
e os amaste, como também amaste a mim.”; Jo 16:27 “Porque o próprio Pai vos ama,
visto que me tendes amado e tendes crido que eu vim da parte de Deus.”).
1. Seria bom diferenciar a adoção dos homens e a adoção de Deus. O homem ao escolher um filho
adotivo pensa nas suas qualidades reais ou supostas que podem ser agradáveis e meritórias,
porém Deus, na adoção do seu povo, produz as qualidades por Si mesmo naqueles que Ele
escolha. O homem pode dar bens e o seu próprio nome a quem ele adota, mas ele não pode
mudar a descendência de quem ele adota, nem transformá-lo na sua própria imagem; porém
Deus faz que os que Ele adota não só participam do Seu nome e das Suas benção celestiais, mas
da Sua própria natureza, mudando e transformando-os na Sua própria imagem (Haldane, p. 357).
Concluindo o estudo entendemos como a adoção é graciosa e gloriosa. Tanto mais que ao
estudarmos o assunto da Salvação percebemos melhor do grande amor que tem nos concedido o
Pai que fôssemos chamados filhos de Deus (1Jo 3:1 “Vede que grande amor nos tem
concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de
Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele
mesmo.”). Os que têm tais bênçãos, tanto pelo conhecimento delas quanto pela operação da
nova natureza, estarão incentivados a serem puros como é puro Aquele que os chamou a tais
bênçãos (1Jo 3:3, “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim
como ele é puro.”). As bênçãos dadas pela adoção são muito além de um dever seco de uma
religião com cerimônias, tradições, filosofias ou emoções esforçadas. Essas qualidades não têm
nenhuma posição abençoada para com Deus, pois dependem das ações e intenções do homem e
nem um pouco na obra graciosa de Cristo. Se você se acha somente religiosa o aviso é: deixem
as suas obras de justiça que procuram ganhar a graça e a misericórdia de Deus. Lance-se aos pés
de Deus clamando pela Salvação dEle que vem somente por Cristo em amor e confie naquela
Salvação que é completa nEle.
A Santificação (Hb 12.14 “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém
verá o Senhor,”)
A palavra "santificar", como usada na Bíblia, significa, principalmente, separar algo para um uso
especial. Um exemplo disso é a santificação do sábado, uma separação do sétimo dia dos demais
dias da semana para um propósito especial (Êx 20:8-11 “8 Lembra-te do dia de sábado,
para o santificar. 9 Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. 10 Mas o sétimo dia é
o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho,
nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro
das tuas portas para dentro; 11 porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o
mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o
dia de sábado e o santificou.”; Dt 5:12-15 “12 Guarda o dia de sábado, para o santificar,
como te ordenou o SENHOR, teu Deus. 13 Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra.
14 Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem
tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi,
nem o teu jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro das tuas portas para
dentro, para que o teu servo e a tua serva descansem como tu; 15 porque te lembrarás
que foste servo na terra do Egito e que o SENHOR, teu Deus, te tirou dali com mão
poderosa e braço estendido; pelo que o SENHOR, teu Deus, te ordenou que guardasses
o dia de sábado.!).
Mas a santificação não é apenas uma separação. Significa também uma separação para a
santidade (Nm 6:5-8 “5 Todos os dias do seu voto de nazireado não passará navalha
pela cabeça; até que se cumpram os dias para os quais se consagrou ao SENHOR, santo
será, deixando crescer livremente a cabeleira. 6 Todos os dias da sua consagração para
o SENHOR, não se aproximará de um cadáver. 7 Por seu pai, ou por sua mãe, ou por seu
irmão, ou por sua irmã, por eles se não contaminará, quando morrerem; porquanto o
nazireado do seu Deus está sobre a sua cabeça. 8 Por todos os dias do seu nazireado,
santo será ao SENHOR.”; Hb 7:26 “Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como
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este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os
céus”; 2Tm 2:19-21 “19 Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece, tendo
este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo
aquele que professa o nome do Senhor. 20 Ora, numa grande casa não há somente
utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra;
outros, porém, para desonra. 21 Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes
erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado
para toda boa obra.”). A palavra "santificação" também tem a idéia de purificação ou de uma
lavagem (Hb 9:13-14 “13 Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma
novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da
carne, 14 muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se
ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para
servirmos ao Deus vivo!”; Ef 5:26 “para que a santificasse (a igreja), tendo-a purificado
por meio da lavagem de água pela palavra”).
O léxico de Thayer’s consta o significado da palavra "santificar": dar o reconhecer por venerável,
honrar, separar de coisas profanas e dedicar-se a Deus; consagrar; purificar (Simmons, p. 361).
Como o pecado nos tornou culpados e nos sujou na nossa natureza, Deus, por Cristo, na
Salvação nos justifica, tirando a culpa; nos adota, oficializando nossa posição de filho; e nos
santifica, nos dando uma natureza santa (Rm 5:17 “Se, pela ofensa de um e por meio de um
só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da
justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.”; Rm 6.19 “Falo
como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos
membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei,
agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.”). A justificação
tira a nossa culpa legal diante de Deus. A adoção nos dá uma relação familiar. A santificação nos
faz andar moralmente limpos diante de Deus e dos homens. Na justificação recebemos o título da
inocência. Na adoção é dado o título da nossa herança. Na santificação somos feitos capazes a
desfrutar e usufruir daquela herança (Fp 4:13 “tudo posso naquele que me fortalece.”; 1Co
1:30 “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus,
sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção,”; 1Co 6:11“Tais fostes alguns de vós;
mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do
Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”; 1Jo 1:9 “Se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça.”).
Definindo melhor, a santificação é aquela operação que muda o nosso caráter e a nossa conduta.
Ela opera em nós um amor a Deus, uma capacidade para adorá-lo corretamente e nos qualifica
para gozar o céu. A santificação faz que sejamos feitos na imagem de Cristo, o propósito da
Salvação (Rm 8:29 “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou
para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre
muitos irmãos.”).
O tempo da santificação
A santificação é tanto imediata quanto um processo. A santificação é imediata quando
focalizamos na posição do cristão, pela Salvação, diante de Deus. A santificação é um processo
quando consideramos a posição do cristão, pela Salvação, diante dos homens. Queremos tratar
do tempo da santificação primeiramente diante de Deus.
Diante de Deus
Na hora da Salvação, o regenerado, que mostra a sua nova vida pela conversão, é justificado
diante do juiz e adotado na família de Deus. Imediatamente e eternamente é lavado de todo seu
pecado. Essa santificação imediata é entendida em duas maneiras.
Primeiramente o cristão, pela santificação, é legalmente puro. Cristo é a nossa santificação legal
(1Co 1:30 “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus,
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sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção”). Cristo se entregou a si mesmo para
purificar os seus (Ef 5:25,26, "... Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,
para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,"). Por causa de
Cristo entregar o seu próprio corpo para os pecadores arrependidos, os crentes são santificados
eternamente diante de Deus (Hb 10:10, "na qual vontade temos sido santificados pela
oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez."; Hb 13:12, "E por isso também Jesus,
para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta."). O cristão, pela
morte de Cristo, não tem mais nenhum pecado entre ele e Deus. Nos lavados pelo sangue de
Cristo, Deus não mais nos condena (Jr 31:34, "e nunca mais me lembrarei dos seus
pecados"; Rm 5:1 “1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de
nosso Senhor Jesus Cristo”). Os lavados pelo sangue de Cristo, sao purificados (1Co
6:11“Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas
fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”; Ap
1:5 “e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o
Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos
nossos pecados”; AP 7:14 “Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse:
São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no
sangue do Cordeiro”). Os que são Salvos por Cristo não têm mais maldição (Gl 3:13, "Cristo
nos resgatou da maldição da lei, fazendo se maldição por nós; porque está escrito:
maldito todo aquele que foi pendurado no madeiro;"). Não existindo mais condenação,
sujeira ou maldição no Salvo para com Deus, entendemos que o cristão é legalmente puro. Pela
santificação legal somos postos numa posição santa diante de Deus.
Em segundo lugar o cristão, pela santificação, é moralmente puro. Pela regeneração, o espírito do
homem foi feito vivo para com Deus. Este espírito novo no homem é a nova natureza criada nele
e pelo Espírito Santo fazer o Salvo estar em Cristo "nova criatura é" (2Co 5:17 “E, assim, se
alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se
fizeram novas.”). Essa nova natureza não vive pecando (1Jo 5:18 “Sabemos que todo
aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o
guarda, e o Maligno não lhe toca.”). Essa nova natureza tem prazer na lei de Deus, a
declaração moral de Deus (Sl 1:2 “Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei
medita de dia e de noite.”; Sl 40:8 “agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro
do meu coração, está a tua lei.”; Sl 119:72 “Para mim vale mais a lei que procede de
tua boca do que milhares de ouro ou de prata.”; Rm 7:22 “Porque, no tocante ao
homem interior, tenho prazer na lei de Deus”). Tendo essa nova natureza o santificado é
feito como Cristo (Jo 4:34 “Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a
vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.”), e, por Cristo, estes cumprem toda
a lei moral (Rm 2:29 “Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é
do coração, no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens,
mas de Deus.”). Essa nova natureza é alimentada pela Palavra de Deus (1Pe 2:2 “desejai
ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por
ele, vos seja dado crescimento para salvação”), e fortalecida pelo Espírito (Ef 3:16 “para
que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder,
mediante o seu Espírito no homem interior”), e pela qual o santificado "vê" Deus (Mt 5:8
“Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.”). Pela santificação o
Cristão é feito santo imediatamente, em sua natureza, diante de Deus.
Diante dos Homens
Diante de Deus, o Salvo não têm mais maldição da lei, porém, diante dos homens, o cristão
cresce na santificação (Pv 4:18, "mas a vereda do justo é como a luz da aurora, que vai
brilhando mais e mais até ser dia perfeito"). Para entender melhor a santificação diante dos
homens convém entender o que ela não é em comparação ao que é.
Devemos entender que esta santificação diante dos homens, não é o melhoramento da carne.
Mesmo que haja no processo da santificação diante dos homens uma manifestação cada vez
menor da carne, a própria carne não melhora. A carne sempre tem o pecado habitando nela (Rm
7:14-24“14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido
à escravidão do pecado. 15 Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de
agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. 16 Ora, se faço o que não quero,
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consinto com a lei, que é boa. 17 Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado
que habita em mim. 18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita
bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 19 Porque
não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o
que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21 Então,
ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no
tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus
membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da
lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me
livrará do corpo desta morte?”). A carne sempre milita contra o Espírito (Gl 5:17 “Porque a
carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si;
para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.”). O pecado da carne
manifesta-se, mas, pela santificação, aprendemos a morrer para a carne, porém a carne nunca
fica livre do pecado. A impiedade essencial da carne é sempre latente (Simmons, p. 365).
A santificação diante dos homens também não é uma a eliminação gradual do pecado na alma.
Moralmente, o cristão já é puro diante de Deus alegrando-se, pelo homem interior, na lei de Deus
(Rm 7:22 “Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus”). A alma
não tem mais pecado, pois ela foi Salva pelo sacrifício suficiente de Cristo. É a carne que continua
com o pecado.
O processo da santificação diante dos homens também não é a interrupção total dos ataques de
Satanás. Enquanto Satanás viver, ele lutará contra tudo o que está em prol da glória de Deus.
Temos que ainda lutar "contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das
trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" (Ef 6:12
“porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e
potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais
do mal, nas regiões celestes.”; 1Pe 5:8 “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso
adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;”).
Pela santificação não nos tornamos um alvo menos importante ao Satanás. Pode ser que o
contrário é verdadeiro (isto é, o crente também é tentado por satanás).
O processo da santificação diante dos homens é a alma do cristão fortalecendo-se mais e mais na
santidade. Hb 10:14 “Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos
estão sendo santificados.”; Cl 3.10 “e vos revestistes do novo homem que se refaz para
o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;”. A alma fortalecendo-se
mais e mais na santificação, o propósito da Salvação de conformar nos a imagem de Cristo é
atingido, (Rm 8:29 “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou
para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre
muitos irmãos.”). Pela santificação somos mais e mais vistos como "irmãos" de Cristo (Hb 2:11
“Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. Por isso,
é que ele não se envergonha de lhes chamar irmãos,”).
Santificação diante dos homens é prática. O processo da santificação acontece no interior do
cristão pelo Espírito Santo, mas se revela externamente diante do mundo pela vida cristã do
cristão. A santificação exterioriza-se na pregação de Cristo pelo viver da vida cristã publicamente
(Hb 12:14 “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o
Senhor,”; Mt 5:14-16 “14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade
edificada sobre um monte; 15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do
alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. 16 Assim
brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”). A santificação diante dos homens não é uma
opção, mas uma conseqüência normal daquela nova natureza nascida no cristão.
A santificação diante dos homens é experimental. O próprio cristão reconhece a obra da
santificação na sua vida. O próprio cristão nota as mudanças nos seus desejos para com Deus, à
Palavra de Deus, à oração, à santidade e à obediência (2Co 3:18 “E todos nós, com o rosto
desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos
transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o
Espírito.”). O Cristão não pensa que já alcançou toda a perfeição, mas reconhece que felizmente
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não é o que era e ainda deseja mudar mais (Fp 3:12-14 “12 Não que eu o tenha já recebido
ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também
fui conquistado por Cristo Jesus. 13 Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo
alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e
avançando para as que diante de mim estão, 14 prossigo para o alvo, para o prêmio da
soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”).
A santificação diante dos homens é incompleta. O cristão sempre crescerá até o dia perfeito onde
não há mais pecado presente, ou seja, no céu (Pv 4:18 “Mas a vereda dos justos é como a
luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.”; Fp 3:12 “Não que eu
o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo
para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.”). Nesta vida terrestre, com o pecado
na carne e mesmo com uma crescente manifestação na vida da nova natureza com as suas
vitórias sobre a carne, nunca chegaremos à perfeição completa. Essa perfeição completa-se
somente na glorificação.
Os Meios da Santificação
Diante de Deus
A santificação diante de Deus vem por Deus mesmo (Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom
perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação
ou sombra de mudança.”). Foi Deus que começou a boa obra em nós (Fp 1:6 “Estou
plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até
ao Dia de Cristo Jesus.”; Ef 1:3 “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que
nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em
Cristo,”).
A santificação diante de Deus vem pela obra do Espírito Santo. (1Co 6:11 “Tais fostes alguns
de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o
nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”; 2Ts 2:13 “Entretanto,
devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus
vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na
verdade,”; 1Pe 1:2 “eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do
Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos
sejam multiplicadas.”).
A santificação diante de Deus tem a morte de Cristo como base pela qual o Espírito Santo opera
(1Co 6:11“Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados,
mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso
Deus.”; Gl 3:13 “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio
maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado
em madeiro),”; Ap 1:5 “e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito
dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos
libertou dos nossos pecados”; Ap 7:14 “Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele,
então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e
as alvejaram no sangue do Cordeiro,”).
A santificação diante de Deus tem a fé como o meio pelo qual a alma se purifica (At 15:9“E não
estabeleceu distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração.”; At
26:18 “para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade
de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre
os que são santificados pela fé em mim.”; 1Pe 1:22 “Tendo purificado a vossa alma,
pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amaivos, de coração, uns aos outros ardentemente,”).
A santificação diante de Deus tem na Palavra de Deus um meio pelo qual a fé opera (Rm 10:17
“E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.”).
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Diante dos Homens
A santificação do cristão diante dos homens vem de Deus (Jo 17:17 “Santifica-os na verdade;
a tua palavra é a verdade.”; 1Ts 5:23 “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e
o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de
nosso Senhor Jesus Cristo.”).
A santificação diante dos homens vem pela obra do Espírito Santo (Rm 15:16 “para que eu
seja ministro de Cristo Jesus entre os gentios, no sagrado encargo de anunciar o
evangelho de Deus, de modo que a oferta deles seja aceitável, uma vez santificada pelo
Espírito Santo.”). Ele nos guia (Rm 8:14 “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de
Deus são filhos de Deus.”), nos transforma (Rm 12:2 “E não vos conformeis com este
século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis
qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”), nos fortifica (Ef 3:16 “para que,
segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder,
mediante o seu Espírito no homem interior”), e, faz-nos ter o fruto que agrada Deus (Gl
5:22 “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fidelidade,”).
A santificação diante dos homens tem a vitória de Cristo sobre o pecado, a morte e sobre Satanás
como a base pela qual o Espírito Santo opera (1Co 6:11“Tais fostes alguns de vós; mas vós
vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor
Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”; 1Co 15:55-57 “55 Onde está, ó morte, a tua
vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? 56 O aguilhão da morte é o pecado, e a
força do pecado é a lei. 57 Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso
Senhor Jesus Cristo.”; Gl 3:13 “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele
próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for
pendurado em madeiro),”; Ap 1:5 “e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o
Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo
seu sangue, nos libertou dos nossos pecados”; Ap 7:14 “Respondi-lhe: meu Senhor, tu
o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas
vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro,”).
A santificação diante dos homens tem a Palavra de Deus como instrumento que Espírito Santo
usa (Jo 17:17 “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.”). A Palavra de Deus
promove a obediência, previne e purifica-nos do pecado, nos reprova do pecado e causa-nos a
crescer na graça (2Tm 3:16-17 “16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o
ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 17 a fim de
que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”; Sl
119:9 “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o
segundo a tua palavra.”, 11 “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar
contra ti.”, 34 “Dá-me entendimento, e guardarei a tua lei; de todo o coração a
cumprirei.” , 43- 44 “43 Não tires jamais de minha boca a palavra da verdade, pois
tenho esperado nos teus juízos. 44 Assim, observarei de contínuo a tua lei, para todo o
sempre.”, 50 “O que me consola na minha angústia é isto: que a tua palavra me
vivifica.”, 93 “Nunca me esquecerei dos teus preceitos, visto que por eles me tens
dado vida.”, 104 “Por meio dos teus preceitos, consigo entendimento; por isso, detesto
todo caminho de falsidade.”; Hb 5:12-14 “12 Pois, com efeito, quando devíeis ser
mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém
que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus;
assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido. 13 Ora, todo
aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança.
14 Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas
faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.”; 1Pe
2:2“desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual,
para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação”).
A santificação diante dos homens tem a fé como meio pelo qual a palavra de Deus é eficiente (Gl
5:22 “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade,
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bondade, fidelidade,”; Rm 10:17 “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela
palavra de Cristo.”).
A santificação diante dos homens tem a nossa própria obediência como meio para nos santificar
(Rm 6:19 “Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como
oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a
maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a
santificação.”). Como o exercício físico desenvolve o apetite para o alimento, pelo qual
recebemos os elementos para produzir crescimento, o exercício espiritual desenvolve apetite para
a Palavra de Deus, pela qual recebemos os elementos para o crescimento na graça (Sl 1:2,3 “2
Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. 3 Ele é
como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto,
e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido.”). A nossa
obediência envolve a oração, a freqüência à igreja onde Deus tem o Seu ministério pelos seus
ministrantes (Ef 4.11-12 “11 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para
profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, 12 com vistas ao
aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do
corpo de Cristo,”), a observação das ordenanças do batismo e da ceia, o castigo e também as
providências de Deus (a tribulação, a nossa personalidade, os nossos relacionamentos, as
circunstâncias da vida, etc.). Essas coisas promovem a nossa santificação diante dos homens,
não porque elas em si têm uma virtude, mas, como os outros meios, trazem-nos ao encontro
com a verdade divina. Estando na presença do Divino somos fortalecidos a termos uma
apreciação elevada de Deus e uma obediência mais completa. Essas atividades mostram as
glórias de Deus em Cristo pela nossa vida. Deve ser lembrado: Os atos da obediência não têm
graça neles separadamente, mas são meios pelo qual conhecemos melhor a Deus, e conhecendo
Ele melhor, somos santificados diante dos homens.
Os Frutos Da Santificação
A santificação do cristão não é algo prático ou neutro. A santificação produz evidências no interior
do próprio cristão e também exteriormente diante o mundo.
A santificação na vida do cristão produz interiormente uma consciência real da impureza latente
na carne. Muitos são os santos na bíblia que Lamentaram da sua impiedade mostrando-nos a
realidade que mais santo que sejamos mais impuros sentimos (Jó 38:1,2 “1 Depois disto, o
SENHOR, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: 2 Quem é este que escurece os
meus desígnios com palavras sem conhecimento? ”; Jó 40:3,4 “3 Então, Jó respondeu
ao SENHOR e disse: 4 Sou indigno; que te responderia eu? Ponho a mão na minha
boca.”; Jó 42:5,6 “5 Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. 6
Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.”; Is 6:3-5 “3 E clamavam uns
para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra
está cheia da sua glória. 4 As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a
casa se encheu de fumaça. 5 Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou
homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus
olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!”; Ef 3:8 “A mim, o menor de todos os
santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis
riquezas de Cristo”; Fp 3:12-15 ”12 Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a
perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por
Cristo Jesus. 13 Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa
faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de
mim estão, 14 prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em
Cristo Jesus. 15 Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento; e, se,
porventura, pensais doutro modo, também isto Deus vos esclarecerá.”).
A santificação na vida do cristão produz interiormente um desgosto crescente ao pecado. Com o
processo da santificação, o cristão torna-se mais e mais como Cristo. Aquilo que o senhor odeia,
o cristão santificado também odeia. Por isso o cristão odeia olhos altivos, a língua mentirosa, as
mãos que derramam sangue inocente, o coração que máquina pensamentos perversos, pés que
se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e aquele que semeia
contendas entre irmãos (Pv 6:16-19 “16 Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua
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alma abomina: 17 olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue
inocente, 18 coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o
mal, 19 testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre
irmãos.”; Zc 8:17 “nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu próximo, nem
ame o juramento falso, porque a todas estas coisas eu aborreço, diz o SENHOR.”). Pelo
processo da santificação o cristão cresce mais no temor de Deus. O temor de Deus odeia o mal, a
soberba e a arrogância, o mau caminho e a boca perversa (Pv 8:13 “O temor do SENHOR
consiste em aborrecer o mal; a soberba, a arrogância, o mau caminho e a boca
perversa, eu os aborreço.”). Quanto mais somos como Cristo mais odiamos o mal (Sl 97:10
“Vós que amais o SENHOR, detestai o mal; ele guarda a alma dos seus santos, livra-os
da mão dos ímpios.”). O crescimento no entendimento dos mandamentos do Senhor Deus faz
que o cristão desgoste qualquer evidência de falso caminho (Sl 119:104 “Por meio dos teus
preceitos, consigo entendimento; por isso, detesto todo caminho de falsidade.”). Com a
santificação, o cristão vê o pecado verdadeiramente pelo que é: inimizade contra Deus (Rm 8:6
“Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz.”; 1Jo
3:4 “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a
transgressão da lei.”).
A santificação na vida do cristão produz interiormente um crescimento na graça e numa
apreciação maior das coisas celestiais (Pv 4:18 “Mas a vereda dos justos é como a luz da
aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.”; Sl 119:101-113 “101 De
todo mau caminho desvio os pés, para observar a tua palavra. 102 Não me aparto dos
teus juízos, pois tu me ensinas. 103 Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar!
Mais que o mel à minha boca. 104 Por meio dos teus preceitos, consigo entendimento;
por isso, detesto todo caminho de falsidade. 105 Lâmpada para os meus pés é a tua
palavra e, luz para os meus caminhos. 106 Jurei e confirmei o juramento de guardar os
teus retos juízos. 107 Estou aflitíssimo; vivifica-me, SENHOR, segundo a tua palavra.
108 Aceita, SENHOR, a espontânea oferenda dos meus lábios e ensina-me os teus
juízos. 109 Estou de contínuo em perigo de vida; todavia, não me esqueço da tua lei.
110 Armam ciladas contra mim os ímpios; contudo, não me desvio dos teus preceitos.
111 Os teus testemunhos, recebi-os por legado perpétuo, porque me constituem o
prazer do coração. 112 Induzo o coração a guardar os teus decretos, para sempre, até
ao fim. 113 Aborreço a duplicidade, porém amo a tua lei.”). Aquilo que Deus ama, o cristão
santificado ama também. Por isso ele imerge-se mais e mais na oração, na Palavra de Deus, nos
cultos públicos de adoração, na conformidade a Cristo no lar, nos pensamentos, nos estudos, no
emprego, e na vida particular. Verdadeiramente o padrão moral de Deus é o que o cristão
santificado ama mais continuamente (Sl 119:113, "113 Aborreço a duplicidade, porém amo
a tua lei").
A santificação na vida do cristão produz boas obras exteriormente diante do mundo (Ef 2:10
“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de
antemão preparou para que andássemos nelas.”). Com uma nova natureza, o cristão tornase o Sal da terra e a luz do mundo pelas suas boas obras (Mt 13-16 “13 Vós sois o sal da
terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais
presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo.
Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; 15 nem se acende uma
candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se
encontram na casa. 16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.”). Essas obras
são boas, não por causa da sinceridade do cristão, mas porque elas vêm do coração regenerado
(Mt 12:33 “Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau;
porque pelo fruto se conhece a árvore.”; Mt 7:17,18 “17 Assim, toda árvore boa produz
bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. 18 Não pode a árvore boa produzir
frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.”; Jo 15:5 “Eu sou a videira, vós, os
ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim
nada podeis fazer.”); de amor para realizar a vontade de Deus (Dt 6:2 “para que temas ao
SENHOR, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos que eu te
ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias
sejam prolongados.”; 1Sm 15:22 “Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR
tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis
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que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de
carneiros.”; Jo 14:15 “Se me amais, guardareis os meus mandamentos.”; 1Jo 5:3
“Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus
mandamentos não são penosos,”); de desejo de glorificar somente a Deus (Jo 15:8 “Porque
não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas
recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”; Rm 12:1
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo
por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.”; 1Co 10:31
“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a
glória de Deus.”; Cl 3:17,23 “17 E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação,
fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. 23 Tudo quanto
fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens,”); de um
coração cheio de gratidão (1Co 6:20 “Porque fostes comprados por preço. Agora, pois,
glorificai a Deus no vosso corpo; Hb 13:15 “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a
Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome.”)
e, de uma fé verdadeira (Tg 2:14,17,20-22 “14 Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém
disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? 17 Assim,
também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. 20 Queres, pois, ficar certo, ó
homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante? 21 Não foi por obras que
Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho,
Isaque? 22 Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas
obras que a fé se consumou,”). Como o cristão, quando ainda estava na carne, usou os seus
membros para toda a imundícia, agora, com a nova natureza, usa os seus membros para servir à
justiça para santificação (Rm 6:19 “Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa
carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da
maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à
justiça para a santificação.”; Rm 12:1,2 “1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias
de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus,
que é o vosso culto racional. 2 E não vos conformeis com este século, mas transformaivos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável
e perfeita vontade de Deus.”).
Reconhecendo que os frutos da santificação são muito além do que o homem pode produzir pelos
esforços da carne, convém que a nossa espiritualidade seja examinada e provada pelo Senhor (Sl
26:2 “Examina-me, SENHOR, e prova-me; sonda-me o coração e os pensamentos.”; Sl
139:23,24 “23 Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os
meus pensamentos; 24 vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho
eterno.”; 2Co 13:5 “Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a
vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais
reprovados.”). Ai de nós se somos satisfeitos com aquilo que só agrada aos homens.
Existem estes frutos na sua vida Cristã?
O Perfeccionismo
Há muitos que crêem que o cristão pode ser santificado diante dos homens nesta vida terrestre a
ponto de não ter mais pecado nenhum nas suas vidas. Os católicos, os pentecostais, os
Wesleyanos, os Quakers, entre outros, crêem dessa forma (Berkhof).
Os que pregam o perfeccionismo crêem que Deus quer que o cristão seja perfeito, pois Ele
mandou os Seus à perfeição (1Pe 1:16 “porque escrito está: Sede santos, porque eu sou
santo.”; Mt 5:48 “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.”; Tg
1:4 “Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros,
em nada deficientes.”) e, Ele nos dá o perfeito exemplo de Cristo para nós seguirmos (1Pe
2:21 “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em
vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos,”). TODAVIA, por Deus
pedir à perfeição do cristão não quer dizer que o homem tem a capacidade disso. A Lei de Moisés
foi dada por Deus e pediu obediência perfeita mesmo quando a carne era fraca pelo pecado para
obedecer completamente a Lei de Moisés (Rm 7:12-24 “12 Por conseguinte, a lei é santa; e
o mandamento, santo, e justo, e bom. 13 Acaso o bom se me tornou em morte? De
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modo nenhum! Pelo contrário, o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma
coisa boa, causou-me a morte, a fim de que, pelo mandamento, se mostrasse
sobremaneira maligno. 14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou
carnal, vendido à escravidão do pecado. 15 Porque nem mesmo compreendo o meu
próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. 16 Ora, se faço o
que não quero, consinto com a lei, que é boa. 17 Neste caso, quem faz isto já não sou
eu, mas o pecado que habita em mim. 18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha
carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o
efetuá-lo. 19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.
20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que
habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em
mim. 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas
vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me
faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem
que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”; At 15:10 “Agora, pois, por que
tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais
puderam suportar, nem nós?”). A Lei de Moisés foi dada ao homem ainda no seu pecado
quando o homem não poderia entender coisas espirituais (1Co 2:15 “Porém o homem
espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém.”) nem
estava com a capacidade a agradar Deus (Rm 8:8 “Portanto, os que estão na carne não
podem agradar a Deus.”). Deus ao pedir a perfeição do homem revela o desejo de Deus para o
homem, não a capacidade do homem para com Deus. O que é destacado pelos mandamentos
bíblicos para o homem ser perfeito é a sua responsabilidade de viver uma vida reta, não a sua
capacidade de viver tal vida.
Os que pregam o perfeccionismo crêem que o perfeccionismo é possível, pois a santidade e a
perfeição são atributos dos cristãos nas Escrituras (1Co 2:6 “Entretanto, expomos sabedoria
entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos
desta época, que se reduzem a nada;”; 2Co 5:17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é
nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”; Ef 5:27 “para
a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante,
porém santa e sem defeito.”; Hb 5:14 “Mas o alimento sólido é para os adultos, para
aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não
somente o bem, mas também o mal.”; Fp 4:13 “tudo posso naquele que me fortalece.”;
Cl 2:10 “Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e
potestade.”). Todavia, a santidade e a perfeição nem sempre querem significar que o cristão
seja sem nenhum pecado. Como temos visto já na definição da palavra santificação, a
santificação pode significar meramente separação para o serviço de Deus. Essa separação pode
ser de dias (Gn 2:3 “E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou
de toda a obra que, como Criador, fizera.”); de moveis (Êx 40:11 “Então, ungirás a bacia
e o seu suporte e a consagrarás.”); de pessoas (Êx 13:2 “Consagra-me todo
primogênito; todo que abre a madre de sua mãe entre os filhos de Israel, tanto de
homens como de animais, é meu.”; Êx 19:10 “Disse também o SENHOR a Moisés: Vai ao
povo e purifica-o hoje e amanhã. Lavem eles as suas vestes”); de sacrifícios (Êx 29:27
“Consagrarás o peito da oferta movida e a coxa da porção que foi movida, a qual se
tirou do carneiro da consagração, que é de Arão e de seus filhos.” “Consagrarás o peito
da oferta movida e a coxa da porção que foi movida, a qual se tirou do carneiro da
consagração, que é de Arão e de seus filhos.”) ou de lugares (Êx 19:23 “Então, disse
Moisés ao SENHOR: O povo não poderá subir ao monte Sinai, porque tu nos advertiste,
dizendo: Marca limites ao redor do monte e consagra-o.”; Êx 29:43 “Ali, virei aos filhos
de Israel, para que, por minha glória, sejam santificados,”) para o serviço de Deus. Pelas
pessoas serem separadas para o uso exclusivo do serviço a Deus não quer dizer que a vida moral
delas era perfeita. A verdade é: diante de Deus, por causa do sangue de Cristo pela operação do
Espírito Santo, o cristão é santo e perfeito, sem mancha ou ruga. Todavia, diante dos homens, o
cristão tem lutas com a carne (Gl 5:17 “Porque a carne milita contra o Espírito, e o
Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que,
porventura, seja do vosso querer.”). O apóstolo Paulo usa a palavra "santos" para
referenciar-se aos cristãos (Fp 1:1 “Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os
santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos que vivem em Filipos,”). Todavia, ele
exorta-os de fazer todos as coisas sem murmurações ou contendas visando o desejo de Deus que
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os Seus vivam testemunhos irrepreensíveis no mundo (Fp 2:14,15 “14 Fazei tudo sem
murmurações nem contendas, 15 para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos
de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual
resplandeceis como luzeiros no mundo,”). Se os cristãos já eram santíssimos, não seriam
exortados a serem fiéis (Fp 3:16-21 “16 Todavia, andemos de acordo com o que já
alcançamos. 17 Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam segundo o
modelo que tendes em nós. 18 Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas
vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo.
19 O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua
infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas. 20 Pois a nossa pátria está
nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, 21 o qual
transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória,
segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.”; Cl 2:18 “1 Gostaria, pois, que soubésseis quão grande luta venho mantendo por vós, pelos
laodicenses e por quantos não me viram face a face; 2 para que o coração deles seja
confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a riqueza da forte
convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus,
Cristo, 3 em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos. 4
Assim digo para que ninguém vos engane com raciocínios falazes. 5 Pois, embora
ausente quanto ao corpo, contudo, em espírito, estou convosco, alegrando-me e
verificando a vossa boa ordem e a firmeza da vossa fé em Cristo. 6 Ora, como
recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, 7 nele radicados, e edificados, e
confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças. 8 Cuidado
que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição
dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo;”). A palavra
"perfeição" pode também significar: crescimento (1Co 2:6 “Entretanto, expomos sabedoria
entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste século, nem a dos poderosos
desta época, que se reduzem a nada;”; Hb 5:14 “Mas o alimento sólido é para os
adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para
discernir não somente o bem, mas também o mal.”). Neste significado os santos devem
zelar para a perfeição, pois seu crescimento na imagem de Cristo é o alvo da Salvação (Rm 8:29
“Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem
conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos
irmãos.”; 2Pe 3:18 “antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.”). A palavra
"perfeição" pode também significar: ser prontos ou preparados para o serviço. Neste significado
os santos devem zelar para a perfeição, amadurecidos na prontidão para viver por Ele (2Tm
3:17 “a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda
boa obra.”).
Os que pregam o perfeccionismo crêem que a bíblia mostra exemplos de santos que eram
perfeitos (Gn 6:9 “Eis a história de Noé. Noé era homem justo e íntegro entre os seus
contemporâneos; Noé andava com Deus.”; 1Re 15:14 “os altos, porém, não foram
tirados; todavia, o coração de Asa foi, todos os seus dias, totalmente do SENHOR.”; Jó
1:1 “Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; homem íntegro e reto, temente
a Deus e que se desviava do mal.”). Todavia, as próprias vidas destes "santos" revelam
imperfeições e fraquezas na fé (Noé, "embebedou-se" Gn 9:20,21 “20 Sendo Noé lavrador,
passou a plantar uma vinha. 21 Bebendo do vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de
sua tenda.”,; Rei Asa “deixou de cumprir as ordenanças de Deus”, 1Rs 15:14 “os altos,
porém, não foram tirados; todavia, o coração de Asa foi, todos os seus dias, totalmente
do SENHOR.”; Jó "amaldiçoou o seu dia", Jó 3:13 “Porque já agora repousaria tranqüilo;
dormiria, e, então, haveria para mim descanso,”,). Aquele que Deus disse que tinha um
coração fiel para com o Senhor (Davi), 1 Rs 11:4 “Sendo já velho, suas mulheres lhe
perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era de todo fiel
para com o SENHOR, seu Deus, como fora o de Davi, seu pai.”) e os "santos" mais notáveis
na bíblia caíram (Abraão, Gn 12:13 “Dize, pois, que és minha irmã, para que me
considerem por amor de ti e, por tua causa, me conservem a vida.”; Pedro, Mt 26:6975“69 Ora, estava Pedro assentado fora no pátio; e, aproximando-se uma criada, lhe
disse: Também tu estavas com Jesus, o galileu. 70 Ele, porém, o negou diante de todos,
dizendo: Não sei o que dizes. 71 E, saindo para o alpendre, foi ele visto por outra
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criada, a qual disse aos que ali estavam: Este também estava com Jesus, o Nazareno.
72 E ele negou outra vez, com juramento: Não conheço tal homem. 73 Logo depois,
aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: Verdadeiramente, és também
um deles, porque o teu modo de falar o denuncia. 74 Então, começou ele a praguejar e
a jurar: Não conheço esse homem! E imediatamente cantou o galo. 75 Então, Pedro se
lembrou da palavra que Jesus lhe dissera: Antes que o galo cante, tu me negarás três
vezes. E, saindo dali, chorou amargamente.”, Gl 2:14 “Quando, porém, vi que não
procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença
de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os
gentios a viverem como judeus?”), e alguns gravíssimos (Davi, 2 Sm 11:3,4 “3 Davi
mandou perguntar quem era. Disseram-lhe: É Bate-Seba, filha de Eliã e mulher de
Urias, o heteu. 4 Então, enviou Davi mensageiros que a trouxessem; ela veio, e ele se
deitou com ela. Tendo-se ela purificado da sua imundícia, voltou para sua casa.”;
Salomão, 1Rs 11:2,3 “2 mulheres das nações de que havia o SENHOR dito aos filhos de
Israel: Não caseis com elas, nem casem elas convosco, pois vos perverteriam o
coração, para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão pelo amor. 3 Tinha
setecentas mulheres, princesas e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe
perverteram o coração.”). Quando Deus olhou desde os céus para o mundo para ver se havia
algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus, Ele viu que não houve quem fizesse o bem,
nem sequer um (Sl 14:2,3 “2 Do céu olha o SENHOR para os filhos dos homens, para ver
se há quem entenda, se há quem busque a Deus. 3 Todos se extraviaram e juntamente
se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.”; Rm 3:10 “como
está escrito: Não há justo, nem um sequer,”). É uma verdade que não há ninguém que não
peque (1Jo 1:8 “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos
enganamos, e a verdade não está em nós.”; Ec 7:20“Não há homem justo sobre a terra
que faça o bem e que não peque.”; 1 Rs 8:46“Quando pecarem contra ti (pois não há
homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares às mãos do
inimigo, a fim de que os leve cativos à terra inimiga, longe ou perto esteja;”). Quando o
Cristão morre, ele semeia o seu corpo "em corrupção", ignomínia e fraqueza como qualquer outro
homem (1Co 15:42-44 “42 Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o
corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em
glória. 43 Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. 44 Semeia-se corpo natural,
ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.”). Todos os
cristãos reconhecem o fato: "tropeçamos em muitas coisas" (Tg 3:2 “Porque todos
tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz
de refrear também todo o corpo.”; Pv 4:18 “Mas a vereda dos justos é como a luz da
aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.”) e são instruídos a
confessarem os seus pecados (1Jo 1:8 “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a
nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.”). Por causa dos santos terem
imperfeições, tropeços e pecados, são disciplinados com a correção de Deus, da qual não teriam
se fossem já perfeitos sem nenhum pecado (Hb 12:5-11 “5 e estais esquecidos da
exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a
correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; 6 porque o
Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. 7 É para disciplina que
perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? 8
Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois
bastardos e não filhos. 9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos
corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai
espiritual e, então, viveremos? 10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo
melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos
participantes da sua santidade. 11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece
ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos
que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.”). Deve ser notado que a correção não
produz uma vida sem pecado, mas produz "um fruto pacífico de justiça", ou seja, uma vida que
vive menos na carne e mais separada para o Senhor.
Os que pregam o perfeccionismo crêem que os “nascidos de Deus" não pecam (1Jo 3:6-9 “6
Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o
viu, nem o conheceu. 7 Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que
pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. 8 Aquele que pratica o pecado procede
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do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o
Filho de Deus: para destruir as obras do diabo. 9 Todo aquele que é nascido de Deus
não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse
não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.”; 1Jo 5:18 “Sabemos que todo
aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o
guarda, e o Maligno não lhe toca.”). Todavia, nessas passagens, as duas naturezas estão
sendo comparadas. Está sendo ensinado que a natureza nova não peca e que a natureza velha
ainda peca e vem do diabo. Nessas passagens de 1Jo também está sendo ensinado que as duas
naturezas continuam no Cristão. O diabo sempre continua no pecado (Jo 8:44 “Vós sois do
diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o
princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele
profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”; 1Jo
3:8 “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde
o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo.” e
o pecado ainda continua na carne do cristão (Rm 7:18-24 “18 Porque eu sei que em mim,
isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não,
porém, o efetuá-lo. 19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero,
esse faço. 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado
que habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside
em mim. 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas
vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me
faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem
que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”; Fp 3:10-14 “10 para o conhecer, e o
poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com
ele na sua morte; 11 para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos.
12 Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para
conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. 13 Irmãos,
quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das
coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, 14 prossigo
para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”). Deus
sempre continua santo (Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto,
descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de
mudança.”; 1Jo 5:18 “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em
pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca.”) e Deus
habita no Cristão pelo Espírito Santo, (1Co 6:19 “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é
santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não
sois de vós mesmos?”; Cl 1:27 “aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza
da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória;”).
No homem Cristão, o pecado habita nele e faz ele pecar (Rm 7:17,21,23 “17 Neste caso,
quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. 21 Então, ao querer
fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 23 mas vejo, nos meus
membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da
lei do pecado que está nos meus membros.”). Pelos exemplos bíblicos das vidas dos cristãos
(Jó 42:5,6 “5 Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. 6 Por isso,
me abomino e me arrependo no pó e na cinza.”; Sl 51:1-4 “1 Compadece-te de mim, ó
Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga
as minhas transgressões. 2 Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me
do meu pecado. 3 Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está
sempre diante de mim. 4 Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante
os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar.”) e
pelos ensinamentos de doutrina somos assegurados que existe uma luta constante entre estas
duas naturezas e sabemos que o cristão perde algumas das lutas (Berkhof, p. 539) (Rm 7:18-24
“18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o
querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 19 Porque não faço o bem que
prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não
sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o
bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no tocante ao homem
interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que,
guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está
nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta
morte?”; Gl 5:17 “Porque a carne milita
contra o Espírito, e o Espírito, contra a
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carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do
vosso querer.”),. Por isso o cristão é ensinado a confessar os seus pecados (Mt 6:12 “e
perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos
devedores;”; 1Jo 1.9 “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”) como esses santos confessaram
(Jó: Jó 9:3,20 “3 Se quiser contender com ele, nem a uma de mil coisas lhe poderá
responder. 20 Ainda que eu seja justo, a minha boca me condenará; embora seja eu
íntegro, ele me terá por culpado.”; Davi: Sl 32:5 “Confessei-te o meu pecado e a minha
iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e
tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado.”; Sl 130:3 “Se observares, SENHOR,
iniqüidades, quem, Senhor, subsistirá?”; Sl 143:2“Não entres em juízo com o teu servo,
porque à tua vista não há justo nenhum vivente.”; Daniel: Dn 9:16 “Ó Senhor, segundo
todas as tuas justiças, aparte-se a tua ira e o teu furor da tua cidade de Jerusalém, do
teu santo monte, porquanto, por causa dos nossos pecados e por causa das iniqüidades
de nossos pais, se tornaram Jerusalém e o teu povo opróbrio para todos os que estão
em redor de nós.”; Paulo: Rm 7:14 “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu,
todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado.”). A perfeição é uma realidade diante
de Deus por Cristo. Diante dos homens, nesta vida na terra, a perfeição absoluta é nosso alvo
supremo, e isso, para a glória de Deus.
Os que pregam o perfeccionismo inventaram a idéia que os pecados "involuntários", os movidos
pelas emoções e desejos, não são pecados. Muitos querem ignorar as ações do pecado pelo corpo
culpando os outros, ou seu passado, ou as circunstâncias no seu presente ou outra coisa
qualquer, até as próprias emoções que temos. Como Adão e Eva reconheceram as suas ações
erradas e jogaram a culpa das ações em outros como muitos querem fazer ainda hoje (Gn
3:12,13 “12 Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da
árvore, e eu comi. 13 Disse o SENHOR Deus à mulher: Que é isso que fizeste?
Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.”). TODAVIA, mesmo que Davi
tenha sido manipulado pelos seus desejos pecaminosos a quebrar a lei, ele foi responsabilizado e
culpado pessoalmente pelas suas ações de adultério e de homicídio (2 Sm 12:7 “Então, disse
Natã a Davi: Tu és o homem. Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eu te ungi rei sobre
Israel e eu te livrei das mãos de Saul;”). Posteriormente, David Lamentou seus atos e
confessou que tinha pecado contra Deus nessas coisas (Sl 51:1-5 “1 Compadece-te de mim, ó
Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga
as minhas transgressões. 2 Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me
do meu pecado. 3 Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está
sempre diante de mim. 4 Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante
os teus olhos, de maneira que serás tido por justo no teu falar e puro no teu julgar. 5
Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe.”).
Jesus ensinou que os desejos e pensamentos não condizentes com a retidão são pecado (Mt
5:28 “Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura,
no coração, já adulterou com ela.”). Devemos lembrar: Deus há de trazer a juízo toda a obra,
e tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau (Ec 12:14 “Porque Deus há de
trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam
más.”; Ap 20:12,13 “12 Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé
diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E
os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito
nos livros. 13 Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os
mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.”).
Se você desiste de procurar um viver para a glória de Deus por pensar que nunca chegará ao
grau de viver resistindo ao pecado, ou, se você pensa que é melhor viver no pecado em vez de
prosseguir para o alvo de glorificar o Salvador como Ele é digno de ser, você está manifestando
uma atitude não Cristã. O verdadeiro convertido reconhece o fato do pecado estar sempre
presente, mas não desiste de participar na sua santificação por causa disso. O verdadeiro Cristão
é miserável por ter o pecado tão perto dele (Rm 7:24 “Desventurado homem que sou! Quem
me livrará do corpo desta morte?”). O verdadeiro Cristão, quando vê que não alcançou a
santificação desejada, prossegue para o alvo, "pelo prêmio da soberana vocação de Deus em
Cristo Jesus" (Fp 3:13,14 “13 Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas
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uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as
que diante de mim estão, 14 prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação
de Deus em Cristo Jesus.”). Não se acomode com o pecado! Resista a ele! "Portanto, se já
ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra
de Deus. Pensar nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; por que já estais
mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus." (Cl 3:1-3 “1 Portanto, se fostes
ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive,
assentado à direita de Deus. 2 Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da
terra; 3 porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em
Deus.”).
Pode ser que ainda não sejamos o que queremos ser, mas, graças a Deus não somos o que
éramos.
A Glorificação
O fim glorioso de todo o processo da Salvação é para sermos feitos como Cristo para a glória de
Deus (Rm 8:29,29 “28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que
amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porquanto aos
que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de
seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos). Este fim inclui a
realidade de termos vida eterna na presença de Deus ao redor do trono (1Ts 4:17 “depois, nós,
os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens,
para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.”).
Este fim inclui também a nossa habitação eternamente nas mansões celestiais que estão sendo
agora preparados (Jo 14:1-3 “1 Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede
também em mim. 2 Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo
teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. 3 E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei
e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.”). A
realização desse Maravilhoso fim da Salvação chama-se teologicamente: a glorificação.
A glorificação não é a presença somente da alma regenerada com Deus. A glorificação trata
também da ressurreição e da transformação do corpo mortal em corpo imortal, o que é
corruptível em incorruptibilidade, aquilo que é ignóbil em glória, aquilo que é fraco em vigor,
aquilo que é natural em espiritual (1Co 15:42-44 “42 Pois assim também é a ressurreição
dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em
desonra, ressuscita em glória. 43 Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. 44
Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também
corpo espiritual.”). Pela doutrina da glorificação tratar daquilo que é futuro, entendemos como
classificar as passagens da bíblia que tratam da vida eterna como algo ainda a ser recebido no
futuro (Mt 25:46 “E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida
eterna.”; Mc 10:30; Tt 1:2 “na esperança da vida eterna que o Deus que não pode
mentir prometeu antes dos tempos eternos”; Tt 3:7 “a fim de que, justificados por
graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.”). Essas
passagens estão tratando dessa fase da Salvação chamada “glorificação”.
Na morte terrestre, o cristão é livrado da presença do pecado. Porém o corpo dele vê a
corrupção, que é o fim do pecado (Rm 6:23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o
dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”; Gn 3:19 “No
suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado;
porque tu és pó e ao pó tornarás.”). Quando a alma despede-se do corpo na morte, a alma
goza da presença de Deus imediatamente sem mais lutar com o pecado (Lc 23:43 “Jesus lhe
respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.”; Ap 14:13 “Então,
ouvi uma voz do céu, dizendo: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora,
morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as
suas obras os acompanham.”; 1Co 5:5 entregue a Satanás para a destruição da carne, a
fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus].; 2Co 5:6,8 “6 Temos,
portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do
Senhor. 8 Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar
com o Senhor.”). Todavia, na ressurreição do corpo, a glorificação é completa, tanto da alma
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quanto do corpo. A glorificação fala da redenção do corpo do cristão, ou na ocasião da sua
ressurreição ou na ocasião do seu arrebatamento (1Co 15:52-56 “52 num momento, num
abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. 53 Porque é necessário que
este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista
da imortalidade. 54 E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e
o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está
escrita: Tragada foi a morte pela vitória. 55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde
está, ó morte, o teu aguilhão? 56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é
a lei.”; 1Ts 4:16,17 “16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem,
ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos
em Cristo ressuscitarão primeiro; 17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos
arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e,
assim, estaremos para sempre com o Senhor.”).
Podemos comparar tudo que temos estudado até agora sobre a realização da Salvação de vários
ângulos. T. P. Simmons explica (p. 380-382):
† A justificação fala da condição da alma do eleito Salvo – Lc 7:50 “Mas Jesus disse à mulher:
A tua fé te salvou; vai-te em paz.” ; Ef 2:8 “Porque pela graça sois salvos, mediante a
fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;”; 2Tm 1:9 “que nos salvou e nos chamou com
santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria
determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,”; Tt
3:5 “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos
salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,”. Este ângulo referese da Salvação efetuada no tempo passado, naquela hora que fomos Salvos.
† A santificação refere-se à condição da vida do eleito Salvo – Fp 2:12 “Assim, pois, amados
meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora,
na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor;”; Rm 6:12-19
“12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às
suas paixões; 13 nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como
instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os
mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. 14 Porque o
pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. 15 E
daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo
nenhum! 16 Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para
obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte
ou da obediência para a justiça? 17 Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do
pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes
entregues; 18 e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. 19 Falo
como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos
membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei,
agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação.”; Gl 2:19,20 “19
Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou
crucificado com Cristo; 20 logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e
esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si
mesmo se entregou por mim.”; 2Co 3:18 “E todos nós, com o rosto desvendado,
contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória
em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.”. Este aspecto fala da
Salvação sendo efetuada no tempo presente, nessa hora que vivemos agora.
† A glorificação refere-se à condição do corpo do eleito Salvo – Rm 5:9,10 “9 Logo, muito mais
agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. 10 Porque, se
nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho,
muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;”; Rm 6:22 “Com
efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de
Deus, alcanceis a promessa.”; Rm 8:23,24 “23 E não somente ela, mas também nós,
que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando
a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. 24 Porque, na esperança, fomos salvos.
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Ora, esperança que se vê não é esperança; pois o que alguém vê, como o espera?”; Rm
13:11 “E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes
do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio
cremos.”; 1Co 5:5 “entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o
espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus].”; Ef 1:13,14“Graças a Deus, que nos dá a
vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.”; 1Ts 5:8 “Nós, porém, que somos
do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como
capacete a esperança da salvação;”; Hb 9:28 “assim também Cristo, tendo-se oferecido
uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem
pecado, aos que o aguardam para a salvação.”; Hb 10:36 “Com efeito, tendes
necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a
promessa.”; 1Pe 1:5 “que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a
salvação preparada para revelar-se no último tempo.”; 1Jo 3:2,3 “2 Amados, agora,
somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos
que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo
como ele é. 3 E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como
ele é puro.”. Este aspecto da Salvação fala do que será efetuado no tempo futuro, daquela hora
que estaremos presentes, corpo e alma, diante de Deus no céu
A. W. Pink explica (Doctrine of Salvation, p. 128-130):
† Salvação do prazer do pecado é efetuada quando Cristo vem habitar no coração do arrependido
– Gl 2:20 “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que,
agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se
entregou por mim.”; 2Co 5:17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as
coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”. Com Cristo habitando no coração
do arrependido, o mau não é mais desejado, e, quando o mal aparecer, faz o arrependido sentirse miserável (Gl 2:20 “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse
viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si
mesmo se entregou por mim.”). Esse ângulo da Salvação chama-se regeneração e mostra o
milagre da graça.
+ Salvação da pena do pecado é efetuado por Cristo na sua morte de cruz – Jo 19:30 “Quando,
pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o
espírito.”. Jo 3:16“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”; Rm 5:1
“1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor
Jesus Cristo” ; Rm 8:1 “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus.”. Esse ângulo da Salvação chama-se justificação e mostra a grandeza da graça.
† Salvação do poder do pecado é efetuada pela operação do Espírito Santo no cristão – Rm 8:9
“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita
em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele." Fp 4:13 “tudo
posso naquele que me fortalece.”; 1Jo 3:3 “E a si mesmo se purifica todo o que nele
tem esta esperança, assim como ele é puro.”, Esse ângulo da Salvação chama-se
santificação e mostra o poder da graça.
† Salvação da presença do pecado será efetuada quando Cristo voltar – Fp 3:20-2120 “ 20
Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor
Jesus Cristo, 21 o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao
corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si
todas as coisas.”; 1Jo 3:2 “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se
manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos
semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”. Os que não são Salvos não
entrarão no céu, mas, o cristão tem a esperança de não estar mais na presença do pecado (Ap
21:8,27 “8 Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos
assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte
que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte. 27
Nela (na Nova Jerusalém), nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o
que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do
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Cordeiro.”; Ap 22:3 “Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de
Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão,”). Esse ângulo da Salvação chama-se
glorificação mostrando o alcance eterno da graça.
O alvo da glorificação
O propósito de toda a Palavra de Deus, da obra do Espírito Santo, da igreja e da providência na
vida do cristão é fazê-lo mais e mais como Cristo para Deus receber a glória (Rm 8:29
“Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem
conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos
irmãos.”) Portanto a glorificação, sendo parte deste Maravilhoso propósito é especificamente
fazer-nos perfeitos na imagem de Cristo à medida da estatura completa de Cristo (Ef 4:13“Até
que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à
perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo,”).
Deus é sempre glorificado no Seu Filho (Mt 3:17 “E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o
meu Filho amado, em quem me comprazo.”; Mt 17:5 “Falava ele ainda, quando uma
nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu
Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi.”; Jo 12:28 “Pai, glorifica o teu nome.
Então, veio uma voz do céu: Eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei.”). O homem perdeu
a imagem espiritual de Deus quando o homem pecou no jardim do éden (Gn 2:17 “mas da
árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela
comeres, certamente morrerás.”; Gn 3:6 “Vendo a mulher que a árvore era boa para se
comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do
fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.”; 1Co 2:14 “Ora, o homem natural
não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendêlas, porque elas se discernem espiritualmente.”; Ef 2:1,2 “1 Ele vos deu vida, estando
vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2 nos quais andastes outrora, segundo o
curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua
nos filhos da desobediência;”). Pela fé na obra de Cristo, o pecador arrependido vê a sua
regeneração e volta a ter a vida espiritual para com Deus. Todavia, até que ele tenha a última
vitória sobre a morte, o pecador Salvo habita num mundo amaldiçoado. O pecador Salvo também
é preso num corpo onde habita o pecado (Rm 7:23,24 “23 mas vejo, nos meus membros,
outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do
pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me
livrará do corpo desta morte?”). Este tempo no corpo é uma vivência de lutas (Gl 5:17
“Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são
opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.”), de
muitas tentações (1Co 10:13 “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas
Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário,
juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.”)
e de constantes tristezas (Rm 7:23,24 “23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que,
guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está
nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo
desta morte?”). Mas, um glorioso dia, na transformação do seu corpo mortal para um corpo
imortal, os Salvos serão feitos como Cristo na sua perfeita glória. Aquela glória que foi
testemunhada no monte da transfiguração (Mt 17:1-6 “1 Seis dias depois, tomou Jesus
consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte. 2
E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes
tornaram-se brancas como a luz. 3 E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando
com ele. 4 Então, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, farei
aqui três tendas; uma será tua, outra para Moisés, outra para Elias. 5 Falava ele ainda,
quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia:
Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi. 6 Ouvindo-a os
discípulos, caíram de bruços, tomados de grande medo.”; 2Pe 1:17,18 “17 pois ele
recebeu, da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi
enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. 18 Ora, esta
voz, vinda do céu, nós a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo.”); aquela
glória que cegou Paulo no caminho para Damasco (At 9:3-8 “3 Seguindo ele estrada fora, ao
aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, 4 e,
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caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? 5
Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu
persegues; 6 mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer. 7
Os seus companheiros de viagem pararam emudecidos, ouvindo a voz, não vendo,
contudo, ninguém. 8 Então, se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada podia
ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco.”; At 22:6-11 “6 Ora, aconteceu
que, indo de caminho e já perto de Damasco, quase ao meio-dia, repentinamente,
grande luz do céu brilhou ao redor de mim. 7 Então, caí por terra, ouvindo uma voz que
me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? 8 Perguntei: quem és tu, Senhor? Ao que
me respondeu: Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu persegues. 9 Os que estavam
comigo viram a luz, sem, contudo, perceberem o sentido da voz de quem falava comigo.
10 Então, perguntei: que farei, Senhor? E o Senhor me disse: Levanta-te, entra em
Damasco, pois ali te dirão acerca de tudo o que te é ordenado fazer. 11 Tendo ficado
cego por causa do fulgor daquela luz, guiado pela mão dos que estavam comigo,
cheguei a Damasco.”); aquela glória que fez João cair aos pés dAquele semelhante ao Filho do
homem como um morto (Ap 1:17 “Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs
sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último”), é aquela
glória que espera o cristão na sua glorificação. No momento da glorificação, todos os cristãos
serão feitos semelhantes a Cristo na Sua glória (1Jo 3:2,3 “2 Amados, agora, somos filhos
de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele
se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. 3 E a
si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.”).
Nessa condição o Salvo será como Cristo na Sua glória cumprindo assim o propósito inicial da
Salvação: Deus ser glorificado em Cristo. Nessa condição, o Salvo sendo como Cristo, glorificará
Deus eternamente sem barreira nenhuma.
O proveito de estudar essa doutrina
Mesmo que não haja inúmeros versículos que tratam do assunto da glorificação pela Palavra de
Deus em relação a outras doutrinas, há bom proveito em estudar o que a Palavra de Deus diz
dessa doutrina.
† Sabendo como será o glorioso fim de todos os Salvos, a fé do Cristão é alimentada (1Pe 2:2
“desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para
que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação”);
† Sabendo como será o futuro para o Cristão, a sua esperança é fortificada (Rm 5:2 “por
intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual
estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.”; Rm 8:23-25 “23 E
não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente
gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.
24 Porque, na esperança, fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança; pois
o que alguém vê, como o espera? 25 Mas, se esperamos o que não vemos, com
paciência o aguardamos.”; Tt 1:2 “na esperança da vida eterna que o Deus que não
pode mentir prometeu antes dos tempos eternos”; Tt 3.7 “a fim de que, justificados por
graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.”)
† Sabendo como Deus tratará eternamente o cristão, imenso conforto é dado (1Ts 4:17,18 “17
depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles,
entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre
com o Senhor. 18 Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.”; Jo 14:1 “Não
se turbe o vosso coração; credes em Deus credes também em mim”
† Sabendo das glorias futuras em Cristo o amor do cristão para com Deus por Cristo é
amadurecido (1Jo 3:1 “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de
sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o
mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo.”; 1Jo 4:19 “Nós
amamos porque ele nos amou primeiro.”;
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† Sabendo como será o glorioso fim das nossas lutas, a nossa responsabilidade de santificar-nos
nas lutas é lembrada (Rm 13:11 “E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é
hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do
que quando no princípio cremos.”; 1Jo 3:3 “E a si mesmo se purifica todo o que nele
tem esta esperança, assim como ele é puro.”
+ Sabendo do alvo glorioso de Deus para o cristão, a sua perseverança é estimulada (Hb 12:1
“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de
testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos
assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,”);
† "Todo o conselho de Deus" (At 20:27 “porque jamais deixei de vos anunciar todo o
desígnio de Deus.”) inclui essa abençoada doutrina da glorificação, dando uma forte razão de
aproveitar um tempo estudando as bênçãos dessa doutrina da glorificação.
Tenha o cuidado de examinar-se a si mesmo. Tenha certeza de que a sua esperança de vida no
além não esteja baseada na sua sinceridade intensa, numa religião qualquer, numa obra boa de
um homem estimado, ou numa confiança inteira em algo que Deus não prometeu.
Deus se glorifica somente na pessoa e obra de Cristo. Arrependa-se dos seus pecados e tenha a
sua fé na obra de Cristo somente. Assim a sua fé estará segura eternamente como Cristo é
eterno.
Resumo:
São estes os seis processos envolvidos na Salvação: a regeneração, a conversão, a justificação, a
adoção, a santificação, e a glorificação.
Não existe um tempo perceptível entre o primeiro processo, a regeneração, e os outros três
processos: a conversão, a justificação, e a adoção. Estes todos acontecem simultaneamente.
Mesmo que não haja um tempo perceptível entre os primeiros quatro processos envolvidos na
Salvação, existe um espaço perceptível de tempo entre o princípio do processo da santificação
até o seu final na glorificação. Mas, mesmo assim, trata-se de uma pessoa regenerada,
convertida, justificada e adotada.
Portanto, não existe uma pessoa que é regenerada que não conheça os graus crescentes de
santificação. A idéia que haja um espaço de tempo entre a experiência de conhecer Cristo como
Salvador e a experiência de conhecer Cristo como o Senhor, é estranha aos ensinos da Palavra de
Deus. Seria difícil achar no Novo Testamento um regenerado que não fosse santificado. Os
relatórios das pessoas convertidas no Novo Testamento chamaram imediatamente o seu Salvador
de "Senhor", uma prova de santificação (a mulher cananéia, Mt 15:21-28 “21 Partindo Jesus
dali, retirou-se para os lados de Tiro e Sidom. 22 E eis que uma mulher cananéia, que
viera daquelas regiões, clamava: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha
filha está horrivelmente endemoninhada. 23 Ele, porém, não lhe respondeu palavra. E
os seus discípulos, aproximando-se, rogaram-lhe: Despede-a, pois vem clamando atrás
de nós. 24 Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de
Israel. 25 Ela, porém, veio e o adorou, dizendo: Senhor, socorre-me! 26 Então, ele,
respondendo, disse: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos. 27
Ela, contudo, replicou: Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que
caem da mesa dos seus donos. 28 Então, lhe disse Jesus: Ó mulher, grande é a tua fé!
Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento, sua filha ficou sã.”; os dois
cegos de Jericó, Mt 20:29-34 “29 Saindo eles de Jericó, uma grande multidão o
acompanhava. 30 E eis que dois cegos, assentados à beira do caminho, tendo ouvido
que Jesus passava, clamaram: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de nós! 31 Mas a
multidão os repreendia para que se calassem; eles, porém, gritavam cada vez mais:
Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós! 32 Então, parando Jesus, chamou-os e
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O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II
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perguntou: Que quereis que eu vos faça? 33 Responderam: Senhor, que se nos abram
os olhos. 34 Condoído, Jesus tocou-lhes os olhos, e imediatamente recuperaram a vista
e o foram seguindo.”; o pai do endemoninhado, Mc 9:24 “E imediatamente o pai do
menino exclamou [com lágrimas]: Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!”; o publicano
Zaqueu, Lc 19:8 “Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo
dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém,
restituo quatro vezes mais.”; o malfeitor crucificado com Cristo, Lc 23:42 “E acrescentou:
Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino.”; Saulo, At 9:6 “mas levanta-te e
entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer.”; At 22:10 “Então, perguntei: que
farei, Senhor? E o Senhor me disse: Levanta-te, entra em Damasco, pois ali te dirão
acerca de tudo o que te é ordenado fazer.”). Esses poderiam chamar Cristo de "Senhor" pelo
respeito da Sua pessoa sim, mas as suas vidas posteriores mostraram o fruto de ter conhecido
Jesus como Senhor desde o primeiro instante do processo da conversão.
A idéia que existe uma segunda benção mais tarde na vida do cristão quando uma pessoa crente
atinge um alto nível de amadurecimento espiritual, tornando-se cheio do Espírito Santo é
estranha aos ensinos da Palavra de Deus (Rm 8:9 “Vós, porém, não estais na carne, mas no
Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito
de Cristo, esse tal não é dele.”).
Devemos afirmar que existe o crescimento na vida do cristão pelo qual é amadurecida a sua vida
em Cristo. Este crescimento chama-se a santificação. O crescimento não deve ser confundido
com a regeneração, a conversão, a justificação, ou a adoção. O crescimento é prova do processo
da santificação.
Devemos também afirmar que sempre existe o pecado na vida do cristão apesar do seu grau de
santificação (Rm 7:18-24 “18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não
habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 19
Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu
faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21
Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. 22 Porque, no
tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus
membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da
lei do pecado que está nos meus membros. 24 Desventurado homem que sou! Quem me
livrará do corpo desta morte?”). A doutrina da santificação não quer ensinar que o cristão
cesse de pecar antes de conhecer a glorificação. A santificação não deve ser confundida com a
glorificação.
Os primeiros quatro processos da Salvação, a regeneração, a conversão, a justificação, adoção,
acontecem simultaneamente. Assim que estes quatro processos acontecem, o quinto processo, a
santificação do cristão diante do mundo, começa. Este processo continua até o processo da
glorificação se revelar no céu. Não existe a possibilidade de uma pessoa ser regenerada, mas não
convertida; uma pessoa convertida, mas não justificada; uma pessoa justificada, mas não
adotada ou uma pessoa adotada que não conhece a santificação. Todos que conhecem a
regeneração, conhecerão a santificação. Todos que conhecem a santificação conhecerão a
glorificação (Rm 8:28-30 “28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem
daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29
Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem
conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos
irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses
também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”; Fp 1:6 “Toda boa
dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não
pode existir variação ou sombra de mudança.”; 2Ts 2:13-14 “13 Entretanto, devemos
sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos
escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na
verdade, 14 para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para
alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.”; Sl 138:8 “O que a mim me
concerne o SENHOR levará a bom termo; a tua misericórdia, ó SENHOR, dura para
sempre; não desampares as obras das tuas mãos.”)
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O oposto também é correto. Se não conhecer a santificação na sua vida Cristã, é por não ser
adotado ainda; se não conhece a adoção, é por não ser justificado; se não conhece a justificação,
é por não ser convertido; se não foi convertido, é por necessitar a regeneração.
Se estiver faltando a regeneração, clame a Deus ter misericórdia em Salvar mais um pecador!
Procure ver a sua responsabilidade a arrepender-se dos seus pecados e crer no Senhor Jesus
Cristo como seu Salvador. Somente os que entram em Cristo pelo arrependimento e a fé
conhecerão a Salvação que finda com Cristo no céu (Jo 14:6 “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o
caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”).
Como vai a sua obediência à Palavra de Deus? Está sendo feito conforme a imagem de Cristo
continuamente? O Espírito Santo está guiando você em toda a verdade da Palavra de Deus?
Examine-se, pois se têm o processo da santificação acontecendo na sua vida (2Co 13:5
“Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou
não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.”; Hb
12:14 “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,”). Se
você já conhece a regeneração, procure cumprir a sua responsabilidade e santifique-se a si
mesmo pelo poder do Espírito Santo à obediência da sua fé diante dos homens mais e mais para
a glória de Deus em Cristo.
10. O Efeito Prático da Salvação
Também chamado:A Perseverança e a Preservação dos Santos; A Constância e a Conservação
dos Santos; A Fidelidade e a Confirmação dos Santos
Sl 37:24-28 “24 se cair, não ficará prostrado, porque o SENHOR o segura pela mão. 25
Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua
descendência a mendigar o pão. 26 É sempre compassivo e empresta, e a sua
descendência será uma bênção. 27 Aparta-te do mal e faze o bem, e será perpétua a
tua morada. 28 Pois o SENHOR ama a justiça e não desampara os seus santos; serão
preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada.”
Hb 10:14 “Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão
sendo santificados.”.
Temos estudado na última parte sobre a Salvação Realizada, o fato do Cristão verdadeiro
passando por um processo diante dos homens que manifesta Cristo mais e mais na sua vida, a
santificação. Queremos agora tratar da garantia divina que esse processo de santificação
continuará até a sua glorificação no céu. A certeza que os Cristãos verdadeiros continuarão se
santificando na terra, chama-se na teologia, a perseverança dos Santos. A certeza que os
Cristãos verdadeiros terminarão glorificados no céu chama-se, na teologia, a preservação dos
Santos. A perseverança dos santos é da inteira responsabilidade do próprio Cristão (Hb 6:11-12
“11 Desejamos, porém, continue cada um de vós mostrando, até ao fim, a mesma
diligência para a plena certeza da esperança; 12 para que não vos torneis indolentes,
mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas.; Hb
10:35-36 35 Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. 36
Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de
Deus, alcanceis a promessa.”). A preservação dos Santos é atuada somente pelo poder de
Deus.
Essas doutrinas são duas e são gêmeas, sempre andando de mãos dadas. Isso quer dizer que
não pode existir a perseverança do Cristão sem a preservação de Deus. Também não pode existir
a preservação de Deus sem a perseverança do Cristão. Essas doutrinas também podem ser
descritas como sendo os dois lados de uma mesma moeda. Um lado mostra a responsabilidade
do povo de Deus para com o SENHOR da sua Salvação. O outro lado mostra o poder de Deus
para cumprir as Suas promessas para com seu Povo.
A bíblia não deixa dúvidas que Deus conserva fielmente o seu povo, pois Ele não pode perder
nenhum dos Seus verdadeiros filhos (Rm 8:29,30 “29 Porquanto aos que de antemão
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conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim
de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses
também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a
esses também glorificou.”; Jo 13:1 “Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que
era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que
estavam no mundo, amou-os até ao fim.”). Porém, a Salvação que Deus opera no eleito, tem
a natureza de provocar o próprio Cristão a perseverar na graça de Deus (2Co 12:9,10 “9 Então,
ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa
vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de
Cristo. 10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas
perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é
que sou forte.”; Ef 2:8,9 “8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem
de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”).
Por serem doutrinas gêmeas, existem perigos destrutivos se tentamos crer em apenas uma parte
dessas duas doutrinas. Se existir a crença da responsabilidade do Cristão perseverar sem o poder
de Deus, criará um Cristão, que fica intensamente preocupado de manter-se Salvo pelos seus
próprios esforços. Se ele conseguir, amem. Se ele não conseguir, ai! Se existir a crença no poder
de Deus preservando os Seus sem a responsabilidade da perseverança dos santos, fará um
Cristão que de nenhuma maneira preocupa-se do seu testemunho ou das suas responsabilidades
de andar digno da chamada da Salvação. Este desequilíbrio doutrinário incentivaria pensamentos
e práticas loucas como: "Nada importa o que eu faço no mundo, sou Salvo do mesmo jeito." Para
evitar desequilíbrio doutrinário, essas duas verdades devem ser tratadas em conjunto. Por isso
trataremos essas duas em um mesmo capítulo.
Definição
A perseverança é a manutenção de uma profissão de fé verdadeira que é vista num andar
obediente contínua à Palavra de Deus e às doutrinas de Cristo (Jo 8:31 “Disse, pois, Jesus aos
judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois
verdadeiramente meus discípulos;”), à manutenção de princípios santos (Mt 5:1-12 “1
Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os
seus discípulos; 2 e ele passou a ensiná-los, dizendo: 3 Bem-aventurados os humildes
de espírito, porque deles é o reino dos céus. 4 Bem-aventurados os que choram, porque
serão consolados. 5 Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra. 6 Bemaventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. 7 Bemaventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8 Bem-aventurados os
limpos de coração, porque verão a Deus. 9 Bem-aventurados os pacificadores, porque
serão chamados filhos de Deus. 10 Bem-aventurados os perseguidos por causa da
justiça, porque deles é o reino dos céus. 11 Bem-aventurados sois quando, por minha
causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós.
12 Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim
perseguiram aos profetas que viveram antes de vós.”), à manutenção de boas obras (Ef
2:10 “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus
de antemão preparou para que andássemos nelas.”; Jd 1:20,21 “20 Vós, porém,
amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo, 21 guardaivos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a
vida eterna.”), uma manutenção capacitada por Deus (Fp 1:6 “Toda boa dádiva e todo dom
perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação
ou sombra de mudança.” – Pink, Eternal Security, p.28-35).
A confissão de fé de westminster de 1647 apresenta o cap XVII sobre a perseverança dos santos
CAPÍTULO XVII
DA PERSEVERANÇA DOS SANTOS
I. Os que Deus aceitou em seu Bem-amado, os que ele chamou eficazmente e santificou pelo seu
Espírito, não podem decair do estado da graça, nem total, nem finalmente; mas, com toda a
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certeza hão de perseverar nesse estado até o fim e serão eternamente salvos.
Fp 1: 6 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes,
em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”; Jo 10: 28-29 “28 Eu lhes
dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. 29 Aquilo
que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.”;
1Pe 1:5,9 “5 que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação
preparada para revelar-se no último tempo . 9 obtendo o fim da vossa fé: a salvação da
vossa alma.”; 1Jo 2:19“Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos;
porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se
foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.”
II. Esta perseverança dos santos não depende do livre arbítrio deles, mas da imutabilidade do
decreto da eleição, procedente do livre e imutável amor de Deus Pai “II Tim. 2:19 “Entretanto,
o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe
pertencem. E mais: Aparte-se da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor.”
; Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei;
por isso, com benignidade te atraí.”; da eficácia do mérito e intercessão de Jesus Cristo João
17:11, 24 “11 Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu
vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles
sejam um, assim como nós. 24 Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam
também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste,
porque me amaste antes da fundação do mundo.”; Hb 7:25 “Por isso, também pode
salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por
eles.”; Luc. 22:32 “Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois,
quando te converteres, fortalece os teus irmãos.”; Rm 8:33, 34, 38-39 “33 Quem
intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. 34 Quem os
condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à
direita de Deus e também intercede por nós. 38 Porque eu estou bem certo de que nem
a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem
do porvir, nem os poderes, 39 nem a alura, nem a profundidade, nem qualquer outra
criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso
Senhor.”; da permanência do Espírito e da semente de Deus neles Jo 14:16-17 “16 E eu
rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre
convosco, 17 o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê,
nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.”; I Jo
2:27 “Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não
tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a
respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como
também ela vos ensinou.” ; 1Jo 3:9 “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na
prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode
viver pecando, porque é nascido de D eus.”; e da natureza do pacto da graça Jr 32:40
“Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei
o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim.”; de todas estas coisas
vêm a sua certeza e infalibilidade Jo 10:28 “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e
ninguém as arrebatará da minha mão.”; 2 Ts 3:3 “Todavia, o Senhor é fiel; ele vos
confirmará e guardará do Maligno.”; 1 Jo 2:19 “Eles saíram de nosso meio; entretanto,
não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido
conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos
nossos.”
III. Eles, porém, pelas tentações de Satanás e do mundo, pela força da corrupção neles restante e
pela negligência dos meios de preservação, podem cair em graves pecados Mt 26:70-74 “70
Ele, porém, o negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes. 71 E, saindo para o
alpendre, foi ele visto por outra criada, a qual disse aos que ali estavam: Este também
estava com Jesus, o Nazareno. 72 E ele negou outra vez, com juramento: Não conheço
tal homem. 73 Logo depois, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro:
Verdadeiramente, és também um deles, porque o teu modo de falar o denuncia. 74
Então, começou ele a praguejar e a jurar: Não conheço esse homem! E imediatamente
cantou o galo.”; e por algum tempo continuar neles Sl 51:14 “Livra-me dos crimes de
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sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua exaltará a tua justiça.”; 2Sm
12:9, 13 “9 Por que, pois, desprezaste a palavra do SENHOR, fazendo o que era mal
perante ele? A Urias, o heteu, feriste à espada; e a sua mulher tomaste por mulher,
depois de o matar com a espada dos filhos de Amom. 13 Então, disse Davi a Natã:
Pequei contra o SENHOR. Disse Natã a Davi: Também o SENHOR te perdoou o teu
pecado; não morrerás.”; incorrem assim no desagrado de Deus Is 64:7, 9 “7 Já ninguém há
que invoque o teu nome, que se desperte e te detenha; porque escondes de nós o rosto
e nos consomes por causa das nossas iniqüidades. 9 Não te enfureças tanto, ó SENHOR,
nem perpetuamente te lembres da nossa iniqüidade; olha, pois, nós te pedimos: todos
nós somos o teu povo.”; 2Sm 11:27 “Passado o luto, Davi mandou buscá-la e a trouxe
para o palácio; tornou-se ela sua mulher e lhe deu à luz um filho. Porém isto que Davi
fizera foi mal aos olhos do SENHOR.”; entristecem o seu Santo Espírito Ef. 4:30 “E não
entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.”; e de
algum modo vêm a ser privados das suas graças e confortos Sl 51:8, 10, 12 “8 Faze-me ouvir
júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste. 10 Cria em mim, ó Deus, um
coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. 12 Restitui-me a alegria
da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário.”; Ap 2:4 “Tenho, porém,
contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.”;; têm os seus corações endurecidos Is
63:17 “Ó SENHOR, por que nos fazes desviar dos teus caminhos? Por que endureces o
nosso coração, para que te não temamos? Volta, por amor dos teus servos e das tribos
da tua herança.”; Mr 6:52 “porque não haviam compreendido o milagre dos pães; antes,
o seu coração estava endurecido.”; e as suas consciências feridas Sl 32:3-4 “3 Enquanto
calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos
todo o dia. 4 Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou
em sequidão de estio.”; prejudicam e escandalizam os outros 2Sm 12:14 “Mas, posto que
com isto deste motivo a que blasfemassem os inimigos do SENHOR, também o filho que
te nasceu morrerá.”; e atraem sobre si juízos temporais Sl 89:31-32 “31 se violarem os
meus preceitos e não guardarem os meus mandamentos, 32 então, punirei com vara as
suas transgressões e com açoites, a sua iniqüidade.”; I Co 11:32 “Mas, quando julgados,
somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.”.
.Pela história, os batistas têm se manifestado sobre essas doutrinas.
Uma confissão dos Anabatistas de 1644 diz:
“Tocante ao Seu reino, Cristo, sendo ressurreto dos mortos, subiu ao céu, sentou-se na destra do
Deus-Pai, tendo todo o poder no céu e na terra, dado a Ele, Ele espiritualmente governa a sua
Igreja, exercitando o Seu poder sobre todos os anjos e os homens, tanto os bons quanto os
maus, da preservação e Salvação dos eleitos, até a conquista e destruição dos Seus inimigos, que
são os reprovados, comunicando e aplicando os benefícios, a virtude, e o fruto da Sua Profecia e
Sacerdócio ao Seu Eleito, ou mais perfeitamente dizendo, até o vencer e destruição dos seus
pecados, até a sua justificação e adoção de filhos, regeneração, santificação, preservação e
fortalecimento em todos os seus conflitos contra Satanás, o mundo, a carne, e as suas tentações
destes, continuamente estando neles, governando e guardando os seus corações na fé e temor
amoroso de filhos por Seu Espírito, o qual sendo dado, Ele nunca se retira deles, mas por Ele gera
e nutre neles a fé, o arrependimento, o amor, o gozo, a esperança, e toda a luz celeste até a
imortalidade, não obstante que pelo nossa própria incredulidade, e as tentações de Satanás, a
sensibilidade desta luz e amor podem ser ofuscados por um tempo... " (The CONFESSION OF
FAITH Of those CHURCHES which are commonly(though falsely) called ANABAPTISTS; London,
1644 - The Old Faith Baptist Church, Rt. 1, Box 517, Magazine, Arkansas, 72943, p. 19, tradução
livre pelo Pastor Calvin). (1Co 15:4; 1Pe 3:21,22; Mt 28:18,19,20; Lc 24:51; At 1:2; 5:30,31; Jo
19:36; Rm 14:17. Mc 1:27; Hb 1:14; Jo 16:7,15. Jo 5:26,27; Rm 5:6, 7, 8; Rm 14:17. Gl
5:22,23; Jo 1:4,13; Jo 13:1; Jo 10:28,29, Jo 14:16,17; Rm 11:29; Sl 51:10,11; Jó 33:29,30;
2Co 12:7,9. Jó 1 e 2; Rm 1:21 Rm 2:4,5,6, Rm 9:17,18; Ef 4:17,18; 2Pe 3)
Uma confissão de fé Batista de 1689 diz assim:
"Os que Deus aceitou no Amado, aqueles que foram chamados eficazmente e santificados por seu
Espírito, e receberam a fé preciosa (que é dos seus eleitos), esses não podem decair totalmente
nem definitivamente do estado de graça. Antes, hão de perseverar até o fim e ser eternamente
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Salvos, tendo em vista que os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis, e Ele continuamente
gera e nutre neles a fé, o arrependimento, o amor, alegria, a esperança e todas as graças que
conduzem a imortalidade (Jo 10:28,29 “28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e
ninguém as arrebatará da minha mão. 29 Aquilo que meu Pai me deu é maior do que
tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.”; Fp 1:6 “Toda boa dádiva e todo dom
perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação
ou sombra de mudança.”; 2Tm 2:19 “Entretanto, o firme fundamento de Deus
permanece, tendo este selo: O Senhor conhece os que lhe pertencem. E mais: Aparte-se
da injustiça todo aquele que professa o nome do Senhor.”; 1Jo 2:19“Eles saíram de
nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos,
teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que
nenhum deles é dos nossos.”). Ainda que muitos tormentos e dilúvios se levantem e se dêem
contra eles, jamais poderão desarraigá-los da pedra fundamental em que estão firmados, pela fé.
"Não obstante, a visão perceptível da luz e do amor de Deus pode, para eles, cobrir-se de nuvens
e ficar obscurecida, por algum tempo, por causa de incredulidade e das tentações de Satanás.
Mesmo assim, Deus continua sendo o mesmo (Ml 3:6 “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por
isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.”), e eles serão guardados pelo poder de
Deus, com toda certeza, até a Salvação final, quando entrarão no gozo da possessão que lhes foi
comprada; pois eles estão gravados nas palmas das mãos do seu Senhor, e os seus nomes estão
escritos no livro da vida, desde toda a eternidade." (Fé para Hoje, p. 36,37).
Uma confissão de fé Batista de 1853 relata as doutrinas dessa maneira:
A PERSEVERANÇA DOS SANTOS. Cremos que as Escrituras ensinam que aqueles que são
verdadeiramente regenerados tendo nascido do Espírito, não cairão nem perecerão finalmente,
mas perseverarão até o fim; que seu apego perseverante a Cristo é o grande sinal que os
distingue dos professos superficiais; que uma Providencia especial vela por seu bem-estar; o que
são guardados pelo poder do Deus, mediante a fé, para a Salvação. (Ponto Nmero onze da
Confissão de Fé de Nova Hampshire, 1853)
A Preservação Prometida
"As promessas de Deus são imutáveis e indisputáveis em todo instante. Porque então devemos
duvidar da sua promessa deste assunto da Salvação? Quando Deus prometeu passagem segura a
Noé e a sua família, ninguém foi perdido. Quando Ele prometeu a vitória ao Gideão e o seus 300
homens, aconteceu como foi prometida. Quando Deus prometeu a ajuntar o Israel disperso,
aconteceu. Quando Deus prometeu que o Seu Filho seria nascido de uma virgem ... Ele foi.
Quando Deus prometeu um substituto para os pecadores para arrependimento, o Seu filho
tornou-se o Substituto, e deu a Sua vida pelos pecados do Seu povo. Examine a bíblia toda, e
verá que nenhuma promessa de Deus falhou.
"Sendo isso verdadeiro, porque Deus falhará de cumprir as Suas promessas acerca da
preservação dos Seus santos? Não é Deus o Deus do universo, O Onipotente, O Criador de todas
as coisas e O que sustenta tudo pelo poder da Sua palavra? Não tem Este o poder de guardar os
que confiam em Cristo?" (Oldham, p. 120,121 - tradução livre).
Esses versículos enfatizam a promessa da preservação de Deus para com os Seus:
Sl 37:24-28 “24 se cair, não ficará prostrado, porque o SENHOR o segura pela mão. 25
Fui moço e já, agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua
descendência a mendigar o pão. 26 É sempre compassivo e empresta, e a sua
descendência será uma bênção. 27 Aparta-te do mal e faze o bem, e será perpétua a
tua morada. 28 Pois o SENHOR ama a justiça e não desampara os seus santos; serão
preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será exterminada.”.
Is 51:6 “Levantai os olhos para os céus e olhai para a terra embaixo, porque os céus
desaparecerão como a fumaça, e a terra envelhecerá como um vestido, e os seus
moradores morrerão como mosquitos, mas a minha salvação durará para sempre, e a
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minha justiça não será anulada.” ;
Mt 24:24 “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e
prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos.”;
Jo 3:16,36 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 36 Por isso, quem
crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não
verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”;
Jo 4:14 “aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo
contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.”;
Jo 5:24 “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele
que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a
vida.”;
Jo 6:37 “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo
nenhum o lançarei fora.”;
Jo 10:27-29 “27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me
seguem. 28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da
minha mão. 29 Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai
ninguém pode arrebatar.”;
Rm 8:29,30 “29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para
serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre
muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou,
a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”;
Rm 8:35-39 “35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou
perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36 Como está escrito: Por amor
de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o
matadouro. 37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio
daquele que nos amou. 38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida,
nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os
poderes, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá
separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”;
Rm 11:29 “porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.”;
1Co 1:8,9 “8 o qual também vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no
Dia de nosso Senhor Jesus Cristo. 9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão
de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.”;
2Ts 3:3 “Todavia, o Senhor é fiel; ele vos confirmará e guardará do Maligno.”;
1Ts 5:24 “Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.”;
1Pe 1:3-5 “3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua
muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição
de Jesus Cristo dentre os mortos, 4 para uma herança incorruptível, sem mácula,
imarcescível, reservada nos céus para vós outros 5 que sois guardados pelo poder de
Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.”
1Jo 5:2,4,5, “2 Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a
Deus e praticamos os seus mandamentos. 4 porque todo o que é nascido de Deus vence
o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé. 5 Quem é o que vence o
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mundo, senão aquele que crê ser Jesus o Filho de Deus?”;
Jd 1:24 “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos
apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória,”.
A Preservação Efetuada
A vitória da preservação não está no homem, mas está em Cristo (1Co 15:57, “Graças a Deus,
que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.”; 2Co 2:14, “Graças,
porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós,
manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento.” ; 2Co 12:9, “Então, ele me
disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa
vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de
Cristo.” ).
Deus opera a sua graça perseverante nos seus filhos com meios divinos. Estes meios são: O
Espírito Santo; a Palavra de Deus; a oração intercessora de Cristo; a correção; o poder de Deus;
o amor de Deus; a graça de Deus; a sabedoria de Deus; a imutabilidade de Deus e as promessas
de Deus. Essa graça divina da perseverança que é dada ao Cristão não é baseada em algum
esforço da carne, mas unicamente na obra expiatório de Cristo, na promessa da Nova Aliança e
segundo o propósito eterno de Deus.
Os Meios Que Deus Usa Para Estimular a Perseverança dos Santos e Efetuar a Sua Preservação
O Espírito Santo
Ef 1:13,14 “13 em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo
Espírito da promessa; 14 o qual é o penhor da nossa herança, ao resgate da sua
propriedade, em louvor da sua glória.” Deus julga o valor do penhor dado para cumprir a
Sua promessa. Pelo Espírito Santo ser o próprio Deus, é indiscutivelmente garantida a possessão
adquirida: a Salvação completa das almas que Cristo comprou pelo Seu sangue.
Gl 4:6 “E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho,
que clama: Aba, Pai!”. O Espírito Santo em nós faz que queiramos aproximar-nos do Pai e O
agradar mais e mais. Pela presença do Espírito Santo em nós, tanto a nossa preservação quanto
a nossa perseverança estão asseguradas (Rm 8:15,16 “15 Porque não recebestes o espírito
de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de
adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.”).
Gl 5:22 “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fidelidade,” - O Espírito Santo opera em nós o fruto que agrada o Pai. O Espírito
Santo ajuda nas nossas fraquezas e intercede pelo santos (Rm 8:26,27 “26 Também o
Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar
como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos
inexprimíveis. 27 E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito,
porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.”). Deus examina os
corações dos Cristãos e vê a obra do Espírito Santo neles. Deus sabe da intenção do Espírito
Santo e por isso tudo coopera para o eterno bem daqueles que estão em Cristo Jesus, até a
glorificação deles (Rm 8:28-30 “28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem
daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29
Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem
conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos
irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses
também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”).
Fp 1:6 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes,
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em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”. Deus, na Sua mente,
começou a boa obra. Porém, a intenção de Deus veio a nós pela obra do Espírito Santo
manifestando Cristo pelo ministério da Palavra de Deus em nós (Jo 16:8-14 “8 Quando ele
vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: 9 do pecado, porque não
crêem em mim; 10 da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; 11 do juízo,
porque o príncipe deste mundo já está julgado. 12 Tenho ainda muito que vos dizer,
mas vós não o podeis suportar agora; 13 quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele
vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver
ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. 14 Ele me glorificará, porque há de
receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.”). Por Ele operar em nós, chegamos a querer
o que Deus deseja, a fé em Cristo. Pela obra do Espírito Santo, atualmente temos tudo o que é
necessário para ser completo todo o desejo de Deus (Fp 2:13 “porque Deus é quem efetua
em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”). Não existe dúvida
nem falha na obra do Espírito Santo. Por isso, a Sua obra findará com o Cristão aperfeiçoado.
O Espírito Santo é um meio divino que Deus usa para estimular a perseverança dos Cristãos para
garantir e efetuar a Sua preservação.
A Palavra de Deus
"A continuidade do Cristão no caminho da piedade é um milagre, e sendo assim, necessita a
imediata operação divina." (A.W. Pink, Eternal Security, p. 51). A Palavra de Deus é um meio
divino nessa operação divina. As Escrituras nos mostram a nossa responsabilidade na nossa
perseverança pelos avisos solenes e os seus mandamentos importantes para que a preservação
de Deus seja revelada. A Palavra de Deus nos anima à nossa perseverança pelas promessas
gloriosas e pelos exemplos dos santos contidos nela para que a preservação dos Santos seja uma
realidade.
A Palavra de Deus efetua a vontade de Deus em estimular o homem à sua responsabilidade.
Atos 27:22-24 é um exemplo como Deus estimula o homem à sua responsabilidade pela Sua
divina comunicação At 27:22-44 “22 Mas, já agora, vos aconselho bom ânimo, porque
nenhuma vida se perderá de entre vós, mas somente o navio. 23 Porque, esta mesma
noite, um anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, 24 dizendo:
Paulo, não temas! É preciso que compareças perante César, e eis que Deus, por sua
graça, te deu todos quantos navegam contigo. 25 Portanto, senhores, tende bom
ânimo! Pois eu confio em Deus que sucederá do modo por que me foi dito. 26 Porém é
necessário que vamos dar a uma ilha. 27 Quando chegou a décima quarta noite, sendo
nós batidos de um lado para outro no mar Adriático, por volta da meia-noite,
pressentiram os marinheiros que se aproximavam de alguma terra. 28 E, lançando o
prumo, acharam vinte braças; passando um pouco mais adiante, tornando a lançar o
prumo, acharam quinze braças. 29 E, receosos de que fôssemos atirados contra
lugares rochosos, lançaram da popa quatro âncoras e oravam para que rompesse o dia.
30 Procurando os marinheiros fugir do navio, e, tendo arriado o bote no mar, a
pretexto de que estavam para largar âncoras da proa, 31 disse Paulo ao centurião e
aos soldados: Se estes não permanecerem a bordo, vós não podereis salvar-vos. 32
Então, os soldados cortaram os cabos do bote e o deixaram afastar-se. 33 Enquanto
amanhecia, Paulo rogava a todos que se alimentassem, dizendo: Hoje, é o décimo
quarto dia em que, esperando, estais sem comer, nada tendo provado. 34 Eu vos rogo
que comais alguma coisa; porque disto depende a vossa segurança; pois nenhum de
vós perderá nem mesmo um fio de cabelo. 35 Tendo dito isto, tomando um pão, deu
graças a Deus na presença de todos e, depois de o partir, começou a comer. 36 Todos
cobraram ânimo e se puseram também a comer. 37 Estávamos no navio duzentas e
setenta e seis pessoas ao todo. 38 Refeitos com a comida, aliviaram o navio, lançando
o trigo ao mar. 39 Quando amanheceu, não reconheceram a terra, mas avistaram uma
enseada, onde havia praia; então, consultaram entre si se não podiam encalhar ali o
navio. 40 Levantando as âncoras, deixaram-no ir ao mar, largando também as amarras
do leme; e, alçando a vela de proa ao vento, dirigiram-se para a praia. 41 Dando,
porém, num lugar onde duas correntes se encontravam, encalharam ali o navio; a proa
encravou-se e ficou imóvel, mas a popa se abria pela violência do mar. 42 O parecer
dos soldados era que matassem os presos, para que nenhum deles, nadando, fugisse;
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43 mas o centurião, querendo salvar a Paulo, impediu-os de o fazer; e ordenou que os
que soubessem nadar fossem os primeiros a lançar-se ao mar e alcançar a terra. 44
Quanto aos demais, que se salvassem, uns, em tábuas, e outros, em destroços do
navio. E foi assim que todos se salvaram em terra.”. Os homens quiseram, pela sua lógica
e emoção, fazer uma atividade. Essa atividade seria prejudicial a eles e não de acordo com a
vontade de Deus. Pela Palavra de Deus, os homens foram estimulados às ações que realizaram a
vontade de Deus. A promessa da preservação é acoplada a perseverança do Cristão. Pela
obediência do Cristão da própria Palavra de Deus, a preservação de Deus é evidenciada, pois
"todos chegaram à terra a Salvo." Deus usou o aviso solene, o mandamento sério e a promessa
gloriosa da Palavra de Deus para que os homens perseverassem em fazer o que era necessário
para a sua preservação.
Os Avisos Solenes da Palavra de Deus operam para a nossa perseverança para que a preservação
de Deus seja manifesta
Existem avisos solenes na Palavra de Deus que parecem dar uma margem para a doutrina falsa
que diz que o Cristão pode perder a sua Salvação. Não são nada mais do que avisos solenes para
nos admoestar a perseverar para que a preservação de Deus seja manifesta. Os avisos solenes
enfatizam unicamente a respeito da responsabilidade do homem. Agrada a Deus promover a
nossa obediência voluntária para que a Sua preservação seja evidente.
Mt 7:21, “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas
aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”
Lc 14:26-33, “26 Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e
filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. 27 E
qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo. 28 Pois
qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a
despesa e verificar se tem os meios para a concluir? 29 Para não suceder que, tendo
lançado os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem zombem dele, 30
dizendo: Este homem começou a construir e não pôde acabar. 31 Ou qual é o rei que,
indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil
homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil? 32 Caso contrário,
estando o outro ainda longe, envia-lhe uma embaixada, pedindo condições de paz. 33
Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem não pode ser
meu discípulo.”
Jo 14:23 “Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o
amará, e viremos para ele e faremos nele morada.”,
Rm 8:13“Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo
Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis.”
1Co 5:5 “entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja
salvo no Dia do Senhor [Jesus].”,
Gl 5:24 “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e
concupiscências.”;
Tt 2:11,12, "Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências
mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa e piamente,"
Tg 2:20, “Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é
inoperante.
1Jo 2:4,5,15, “4 Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é
mentiroso, e nele não está a verdade. 5 Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra,
nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que
estamos nele: 15 Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar
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o mundo, o amor do Pai não está nele;”
1Jo 3:3, “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele
é puro.”
1Jo 4.15, “Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e
ele, em Deus.”
A Palavra de Deus, pelos seus avisos solenes, é um meio divino que Deus usa para animar a
preservação dos Santos para garantir e efetuar a Sua preservação neles.
Os Mandamentos Importantes das Escrituras operam para a nossa perseverança e preservação
Pelos mandamentos importantes das Escrituras, os Cristãos são estimulados às ações que
operam a vontade de Deus. Pela obediência do Cristão à Palavra de Deus, a preservação de Deus
é evidenciada. Deus usa os mandamentos importantes das Escrituras para que os homens façam
o que é necessário para a sua preservação. Os mandamentos das Escrituras enfatizam
unicamente a responsabilidade do homem. Agrada a Deus promover a nossa obediência
voluntária para que a Sua preservação seja evidente.
Mt 16:24 “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si
mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.” ;
Rm 6:12 “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que
obedeçais às suas paixões;”;
Gl 5:16,25, “16 Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da
carne. 25 Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.”
Fp 2:12 “Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha
presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação
com temor e tremor;”,
Tg 2:18 “Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as
obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé.”;
2Pe 1:5-10 “5 por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a
vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; 6 com o conhecimento, o domínio
próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; 7 com
a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. 8 Porque estas coisas, existindo
em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos
no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. 9 Pois aquele a quem estas
coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação
dos seus pecados de outrora. 10 Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez
maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não
tropeçareis em tempo algum.”;
Jd 1:21 “guardai-vos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor
Jesus Cristo, para a vida eterna.”;
A Palavra de Deus, pelos seus mandamentos importantes, é um meio divino que Deus
eficazmente usa para animar os seus à perseverança e garantir a Sua preservação até o fim.
As Promessas Gloriosas da Palavra de Deus operam para a nossa perseverança e preservação
Pelas promessas gloriosas da palavra de Deus, o Cristão é estimulado a procurar a graça para
perseverar até o fim. Tudo isso opera para a glória de Deus. A promessa da preservação é
acoplada a perseverança do Cristão. Pelas promessas gloriosas o Cristão é animado para com a
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sua responsabilidade e a preservação de Deus é evidenciada. Deus usa as promessas gloriosas
das Escrituras para que os homens perseverarem no necessário para a sua preservação. Agrada a
Deus de promover a nossa obediência voluntária para que a Sua preservação seja evidente.
Nestes versículos parece que a preservação é condicional à nossa perseverança. Mas a verdade é:
o Cristão é estimulado a buscar a graça de Deus que é suficiente para levar os Seus até o fim.
Mt 10:22 “Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que
perseverar até ao fim, esse será salvo.”; Mt 24:13“Aquele, porém, que perseverar até o
fim, esse será salvo.”;
Rm 2:6-10 “6 que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento: 7 a vida eterna
aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade; 8
mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à
injustiça. 9 Tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal,
ao judeu primeiro e também ao grego; 10 glória, porém, e honra, e paz a todo aquele
que pratica o bem, ao judeu primeiro e também ao grego.”;
Gl 6:9 “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não
desfalecermos.”;
Hb 3:14 “Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos
firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos.”;
Tg 1:12 “Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação;
porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor
prometeu aos que o amam.”;
Ap 2:7 “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei
que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.”;
Ap 2:17 “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lheei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha
escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe.”;
Ap 2:26-28 “26 Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei
autoridade sobre as nações, 27 e com cetro de ferro as regerá e as reduzirá a pedaços
como se fossem objetos de barro; 28 assim como também eu recebi de meu Pai, darlhe-ei ainda a estrela da manhã.”
Ap 3:21 “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também
eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.”,
Muitas das promessas dão o entender que o fim é condicional ao desempenho do homem. Num
sentido espiritual, o fim é condicional aos esforços do homem: do homem novo. O homem velho
segue a lei do pecado e não pode agradar a Deus (Rm 7:18-25 “18 Porque eu sei que em
mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em
mim; não, porém, o efetuá-lo. 19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que
não quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e
sim o pecado que habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de
que o mal reside em mim. 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei
de Deus; 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da
minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24
Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? 25 Graças a
Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente,
sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.”). Porém, o homem
interior, tem prazer na lei de Deus, e, por ter esse prazer, ele busca a agradar Deus mais e mais
até o fim. Entendemos com isso que as promessas alimentem a responsabilidade do homem
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interior a batalhar com a graça de Deus para ter a vitória final que Deus promete.
A Palavra de Deus, pelas suas promessas gloriosas, é um meio divino que Deus usa para
estimular a perseverança do Cristão para garantir e efetuar a Sua preservação neles.
Os Exemplos dos Santos relatados nas Escrituras, operam para a nossa preservação.
Mesmo que não estejamos no tempo do Velho Testamento, ou com a Lei de Moisés sobre nós, os
exemplos daqueles que serviram aquele Deus que nunca muda, procurando a Sua graça para
ficarem firmes na obediência, podem muito nos estimular à nossa perseverança. Com a nossa
perseverança estimulada, a graça da preservação será manifesta.
Quando o nosso caminho for espinhoso e evidente a fraqueza da nossa carne, podemos lembrar
que os antigos alcançaram testemunho pela fé (Hb 11). Em diversas situações de perseguições
familiares, satânicas, e políticas a graça de Deus foi suficiente para eles. As suas perseguições
vieram de gigantes e de reis pagãos, mas não foram maiores do que o único e verdadeiro Deus.
As suas aflições vieram do ódio, do engano, do fogo e dos animais selvagens provocados pelos
seus inimigos. A graça de Deus foi suficiente para que todos estes alcançassem testemunho. Eles
foram estimulados a vencer reinos, praticar justiça e alcançar promessas. Pelo poder de Deus,
tiraram forças da fraqueza e puseram em fuga os exércitos dos estranhos. As mulheres foram
guiadas com sabedoria e os perseguidos não dobraram na hora de grande aflição. O poder e a
graça de Deus que deu a vitória em vida a estes santos é a mesma para hoje, pois Deus não
muda (Ml 3:6 “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois
consumidos.”; Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo
do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”). Sabendo
que Deus não muda e entendendo que temos uma tão grande nuvem de testemunhas vitoriosas,
somos exortados a deixarmos todo o embaraço e o pecado que tão perto de nós rodeia para
perseverarmos na carreira que nos está proposta (Hb 12:1-3 “1 Portanto, também nós, visto
que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de
todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a
carreira que nos está proposta, 2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da
fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não
fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. 3 Considerai,
pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si
mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.”).
Estes exemplos do Velho Testamento foram escritos para que conheçamos a consolação das
Escrituras e que tenhamos esperança (Rm 15:4 “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para
o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras,
tenhamos esperança.”). Nas horas da nossa aflição, quando lembramo-nos do que é relatado
sobre a graça de Deus que capacitou estes a alcançarem o testemunho, somos estimulados a
buscar a mesma graça para podermos alcançar o mesmo testemunho virtuoso.
Quando o Cristão é tentado a si entregar e culpar Deus de injustiça pelas situações amargosas,
somos ajudados a perseverar na fé por lembrar da graça de Deus na vida de Jó. Pelo seu
exemplo aprendemos que Deus é justo e merecedor de confiança total apesar das aparências (Jó
2:10 “Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de
Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus
lábios.”; "receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal?"). Aprendemos pela sua vida
também que Deus abençoa ricamente os que perseveram na fé. Contemplando esse exemplo da
soberania e misericórdia de Deus, somos consolados a termos paciência com esperança.
Quando vier a traição dos amigos e a morte, é proveitoso lembrar do exemplo de Cristo (Jo
16:33 “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais
por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.”; Hb 12:1-3 “1 Portanto,
também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas,
desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos,
com perseverança, a carreira que nos está proposta, 2 olhando firmemente para o
Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta,
suportou a cruz, não fazendo caso da
ignomínia, e está assentado à destra do
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trono de Deus. 3 Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição
dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa
alma.”; 1Pe 2:21-25 “21 Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que
também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus
passos, 22 o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; 23 pois
ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia
ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente, 24 carregando ele mesmo em
seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados,
vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados. 25 Porque estáveis
desgarrados como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo da vossa
alma.”). Cristo venceu a morte, o mal e as contradições de pecadores com o poder de Deus
nele. Portanto, quando consideramos o exemplo dEle, teremos bom ânimo para perseverarmos
pelo mesmo poder. As obras de Cristo foram escritas para o nosso proveito para que creiamos
que Ele é o Cristo, o Filho de Deus, e crendo, termos o que é necessário perseverar até aquela
vida eterna dada em seu nome (Jo 20:31 “Estes, porém, foram registrados para que
creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu
nome.”).
Quando existe forte oposição social a nossa mensagem, o exemplo de Estêvão é animador.
Aquela mesma graça de Deus que fez Estevão ser ousado a pregar a verdade na face de grande
oposição, e morrer com uma vitória é a mesma que pode nos aperfeiçoar a sermos fieis na
vontade de Deus (At 7:1-60 “1 Então, lhe perguntou o sumo sacerdote: Porventura, é isto
assim? 2 Estêvão respondeu: Varões irmãos e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a
Abraão, nosso pai, quando estava na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, 3 e lhe
disse: Sai da tua terra e da tua parentela e vem para a terra que eu te mostrarei. 4
Então, saiu da terra dos caldeus e foi habitar em Harã. E dali, com a morte de seu pai,
Deus o trouxe para esta terra em que vós agora habitais. 5 Nela, não lhe deu herança,
nem sequer o espaço de um pé; mas prometeu dar-lhe a posse dela e, depois dele, à
sua descendência, não tendo ele filho. 6 E falou Deus que a sua descendência seria
peregrina em terra estrangeira, onde seriam escravizados e maltratados por
quatrocentos anos; 7 eu, disse Deus, julgarei a nação da qual forem escravos; e, depois
disto, sairão daí e me servirão neste lugar. 8 Então, lhe deu a aliança da circuncisão;
assim, nasceu Isaque, e Abraão o circuncidou ao oitavo dia; de Isaque procedeu Jacó, e
deste, os doze patriarcas. 9 Os patriarcas, invejosos de José, venderam-no para o Egito;
mas Deus estava com ele 10 e livrou-o de todas as suas aflições, concedendo-lhe
também graça e sabedoria perante Faraó, rei do Egito, que o constituiu governador
daquela nação e de toda a casa real. 11 Sobreveio, porém, fome em todo o Egito; e, em
Canaã, houve grande tribulação, e nossos pais não achavam mantimentos. 12 Mas,
tendo ouvido Jacó que no Egito havia trigo, enviou, pela primeira vez, os nossos pais.
13 Na segunda vez, José se fez reconhecer por seus irmãos, e se tornou conhecida do
Faraó a família de José. 14 Então, José mandou chamar a Jacó, seu pai, e toda a sua
parentela, isto é, setenta e cinco pessoas. 15 Jacó desceu ao Egito, e ali morreu ele e
também nossos pais; 16 e foram transportados para Siquém e postos no sepulcro que
Abraão ali comprara a dinheiro aos filhos de Hamor. 17 Como, porém, se aproximasse o
tempo da promessa que Deus jurou a Abraão, o povo cresceu e se multiplicou no Egito,
18 até que se levantou ali outro rei, que não conhecia a José. 19 Este outro rei tratou
com astúcia a nossa raça e torturou os nossos pais, a ponto de forçá-los a enjeitar seus
filhos, para que não sobrevivessem. 20 Por esse tempo, nasceu Moisés, que era
formoso aos olhos de Deus. Por três meses, foi ele mantido na casa de seu pai; 21
quando foi exposto, a filha de Faraó o recolheu e criou como seu próprio filho. 22 E
Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras.
23 Quando completou quarenta anos, veio-lhe a idéia de visitar seus irmãos, os filhos
de Israel. 24 Vendo um homem tratado injustamente, tomou-lhe a defesa e vingou o
oprimido, matando o egípcio. 25 Ora, Moisés cuidava que seus irmãos entenderiam que
Deus os queria salvar por intermédio dele; eles, porém, não compreenderam. 26 No dia
seguinte, aproximou-se de uns que brigavam e procurou reconduzi-los à paz, dizendo:
Homens, vós sois irmãos; por que vos ofendeis uns aos outros? 27 Mas o que agredia o
próximo o repeliu, dizendo: Quem te constituiu autoridade e juiz sobre nós? 28 Acaso,
queres matar-me, como fizeste ontem ao egípcio? 29 A estas palavras Moisés fugiu e
tornou-se peregrino na terra de Midiã, onde lhe nasceram dois filhos. 30 Decorridos
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quarenta anos, apareceu-lhe, no deserto do monte Sinai, um anjo, por entre as chamas
de uma sarça que ardia. 31 Moisés, porém, diante daquela visão, ficou maravilhado e,
aproximando-se para observar, ouviu-se a voz do Senhor: 32 Eu sou o Deus dos teus
pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Moisés, tremendo de medo, não ousava
contemplá-la. 33 Disse-lhe o Senhor: Tira a sandália dos pés, porque o lugar em que
estás é terra santa. 34 Vi, com efeito, o sofrimento do meu povo no Egito, ouvi o seu
gemido e desci para libertá-lo. Vem agora, e eu te enviarei ao Egito. 35 A este Moisés, a
quem negaram reconhecer, dizendo: Quem te constituiu autoridade e juiz? A este
enviou Deus como chefe e libertador, com a assistência do anjo que lhe apareceu na
sarça. 36 Este os tirou, fazendo prodígios e sinais na terra do Egito, assim como no mar
Vermelho e no deserto, durante quarenta anos. 37 Foi Moisés quem disse aos filhos de
Israel: Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim. 38 É
este Moisés quem esteve na congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no
monte Sinai e com os nossos pais; o qual recebeu palavras vivas para no-las transmitir.
39 A quem nossos pais não quiseram obedecer; antes, o repeliram e, no seu coração,
voltaram para o Egito, 40 dizendo a Arão: Faze-nos deuses que vão adiante de nós;
porque, quanto a este Moisés, que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe
aconteceu. 41 Naqueles dias fizeram um bezerro e ofereceram sacrifício ao ídolo,
alegrando-se com as obras das suas mãos. 42 ¶ Mas Deus se afastou e os entregou ao
culto da milícia celestial, como está escrito no Livro dos Profetas: Ó casa de Israel,
porventura, me oferecestes vítimas e sacrifícios no deserto, pelo espaço de quarenta
anos, 43 e, acaso, não levantastes o tabernáculo de Moloque e a estrela do deus Renfã,
figuras que fizestes para as adorar? Por isso, vos desterrarei para além da Babilônia. 44
O tabernáculo do Testemunho estava entre nossos pais no deserto, como determinara
aquele que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto. 45 O qual
também nossos pais, com Josué, tendo-o recebido, o levaram, quando tomaram posse
das nações que Deus expulsou da presença deles, até aos dias de Davi. 46 Este achou
graça diante de Deus e lhe suplicou a faculdade de prover morada para o Deus de Jacó.
47 Mas foi Salomão quem lhe edificou a casa. 48 Entretanto, não habita o Altíssimo em
casas feitas por mãos humanas; como diz o profeta: 49 O céu é o meu trono, e a terra, o
estrado dos meus pés; que casa me edificareis, diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu
repouso? 50 Não foi, porventura, a minha mão que fez todas estas coisas? 51 ¶ Homens
de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito
Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis. 52 Qual dos profetas
vossos pais não perseguiram? Eles mataram os que anteriormente anunciavam a vinda
do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e assassinos, 53 vós que recebestes
a lei por ministério de anjos e não a guardastes. 54 ¶ Ouvindo eles isto, enfureciam-se
no seu coração e rilhavam os dentes contra ele. 55 Mas Estêvão, cheio do Espírito
Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, 56
e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus. 57
Eles, porém, clamando em alta voz, taparam os ouvidos e, unânimes, arremeteram
contra ele. 58 E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram. As testemunhas deixaram
suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. 59 E apedrejavam Estêvão, que
invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! 60 Então, ajoelhando-se, clamou
em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu.”
Quando temos limitações físicas, podemos lembrar das limitações que atrapalharam a vida de
Paulo, impedindo-o em várias maneiras. Neste exemplo entendemos a ocasião da graça suficiente
de Deus. Somos animados a levarmos e também alegremente perseverar até o fim regozijandonos da providência perfeita de Deus (2Co 12:7-9 “7 E, para que não me ensoberbecesse
com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de
Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. 8 Por causa disto, três vezes
pedi ao Senhor que o afastasse de mim. 9 Então, ele me disse: A minha graça te basta,
porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas
fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.”).
Se tivermos anos de aflição, é edificante lembrar-nos do exemplo do apóstolo João. Mesmo
quando ele foi perseguido e exilado por anos na ilha de Patmos, ele não foi desamparado por
Deus. Mesmo no exilo ele foi visitado por Deus (Ap 1:9,10 “9 Eu, João, irmão vosso e
companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha
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chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. 10 Achei-me
em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de
trombeta,”). Pela força desta revelação divina temos uma profecia muito abençoada (Ap 1:3
“Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e
guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.”). A presença do Senhor com
este discípulo obediente é a mesma presença abençoadora que está com os discípulos obedientes
hoje (Hb 13:5 “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes;
porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.”).
Sendo confiantes de tal presença somos estimulados a não temermos as aflições e continuar a
avançar na fé.
Pelo exemplo da vitória de Cristo e pelo exemplo dos santos na Bíblia, somos provocados a
perseverarmos na fé. Nessa perseverança, a preservação de Deus é manifesta. Em nisso tudo,
aprendemos como a Palavra de Deus é usada para nosso bem espiritual e para a glória de Deus.
Se olharmos somente aos desafios que venham a nós, sem lembrar do poder de Deus, nem dos
Seus mandamentos, seremos tomados pelo medo e pelo tremor a ponto de desistir de avançar na
vida Cristã (Nm 13:28-33 “28 O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as
cidades, mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos de Anaque. 29 Os
amalequitas habitam na terra do Neguebe; os heteus, os jebuseus e os amorreus
habitam na montanha; os cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão. 30
Então, Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a
terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela. 31 Porém os homens que com
ele tinham subido disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais
forte do que nós. 32 E, diante dos filhos de Israel, infamaram a terra que haviam
espiado, dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra que devora os
seus moradores; e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura. 33
Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e
éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos
seus olhos.”). Na hora do aperto é melhor lembrar da vitória prometida, o Deus que nos deu
responsabilidades sérias e dos exemplos da Sua graça que foi suficiente para todos os seus
servos verdadeiros. Assim perseveraremos até ao fim e a preservação de Deus dos Seus será
manifesta para a Sua glória.
A Palavra de Deus, pelos seus exemplos dos santos, é um meio divino que Deus usa para garantir
e efetuar a preservação dos Seus.
A Oração Intercessora De Cristo
A confiança na oração é tida quando oramos segundo a vontade de Deus (1Jo 5:14,15 “14 E
esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a
sua vontade, ele nos ouve. 15 E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe
pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.”). Jesus tinha
esta confiança na oração. Ele sabia que o Pai sempre O ouvia (Jo 11:42 “Aliás, eu sabia que
sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam
que tu me enviaste.”). Portanto, quando Jesus ora pelos que o Pai lhe deu que "sejam um" (Jo
17:11 “Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou
para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam
um, assim como nós.”), que "tenham a alegria de Cristo completa neles" (Jo 17:13 “Mas,
agora, vou para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham o meu gozo
completo em si mesmos.”), que sejam santificados pela verdade (Jo 17:17 “Santifica-os na
verdade; a tua palavra é a verdade.”), que estejam com Ele aonde quer que estejam para
que vejam a glória dEle (Jo 17:24 “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam
também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste,
porque me amaste antes da fundação do mundo.”), Ele pediu com confiança. Ele sabia que
o Pai O ouvia. As petições de Cristo diante Seu Pai só podem ser completas em todos os Seus,
estando estes com Ele e vendo a Sua glória para todo o sempre. Portanto a oração intercessora
de Cristo é um poderoso meio que Deus usa para preservar os Seus até o fim.
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"A oração feita por um justo pode muito em seu efeito" (Tg 5:16 “Confessai, pois, os vossos
pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por
sua eficácia, a súplica do justo.”). Quem está orando para os próprios Cristãos verdadeiros é
Cristo. Este é "Aquele que morreu, ou antes, Quem ressuscitou dentre os mortos, O qual está à
direita de Deus, e também intercede" pelos Seus (Rm 8:34 “Quem os condenará? É Cristo
Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e
também intercede por nós.”). Portanto a oração deste Justo pode muito em seu efeito.
Aquele que faz a vontade do Pai é aceito por Deus (Mt 7:21 “Nem todo o que me diz: Senhor,
Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está
nos céus.”; Sl 34:15,17 “Os olhos do SENHOR repousam sobre os justos, e os seus
ouvidos estão abertos ao seu clamor. Clamam os justos, e o SENHOR os escuta e os
livra de todas as suas tribulações.”). Sendo Cristo obediente em tudo a Sua pessoa, junto
com a Sua oração pelos seus, são verdadeiramente aceitas por Deus (Jo 17:4 “Eu te glorifiquei
na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer”; Fp 2:8 “a si mesmo se
humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.”),
Quando Jesus rogou por Pedro para que Satanás não destruísse a sua utilidade no reino de Deus,
Jesus estava confiante que o Pai o atenderia. Por isso ele aconselhou a Pedro: quando te
converteres, fortalece os teus irmãos (Lc 22:31,32 “31 Simão, Simão, eis que Satanás vos
reclamou para vos peneirar como trigo! 32 Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé
não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos.”). Cristo orava
com confiança. Os dons e a vocação de Deus na vida de Pedro eram irrevogáveis, pois Cristo
rogou por ele (Rm 11:28,29 “28 Quanto ao evangelho, são eles inimigos por vossa causa;
quanto, porém, à eleição, amados por causa dos patriarcas; 29 porque os dons e a
vocação de Deus são irrevogáveis.”). Por Cristo rogar por nós, os dons e a vocação de Deus
na nossa vida também são irrevogáveis sem nenhum arrependimento da parte de Deus. Os
verdadeiros Cristãos serão fieis também, mesmo que caiam às vezes, pois Cristo fez toda a obra
por eles, e, Ele intercede pelos Seus diante do Pai perfeitamente (Rm 8:34“Quem os
condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à
direita de Deus e também intercede por nós.”; Hb 7:25 “Por isso, também pode salvar
totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por
eles.”; Hb 9:24-26 “24 Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do
verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; 25
nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano
entra no Santo dos Santos com sangue alheio. 26 Ora, neste caso, seria necessário que
ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se
cumprirem os tempos, se manifestou). Nessas verdades e exemplos entendemos que a
oração intercessora de Cristo é um meio qual Deus usa para garantir e efetuar a preservação dos
Seus.
A Correção do Senhor
A perseverança é um assunto que segue a realização da Salvação, ou seja, a perseverança é um
assunto somente para os que já são feitos filhos de Deus. Sendo filhos, existe o aperfeiçoamento
na santificação até a glorificação. Uma atividade neste caminho é a correção do Pai para com
Seus filhos. "que filho há quem o pai não corrija?" (Hb 12:7 “É para disciplina que
perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?”)
O propósito da correção que vem ao Cristão enquanto ele trilha este caminho terrestre é para seu
aperfeiçoamento (Fp 1:6 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo
do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”); para a
sua santificação (Hb 12:10 “10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor
lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos
participantes da sua santidade.”); para a produção nele do fruto pacífico de justiça (Hb
12:11“11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria,
mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela
exercitados, fruto de justiça.”), e para o seu bem, ou seja, para ele não ser condenado com o
mundo (1Co 11:32 “Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não
sermos condenados com o mundo.”). Pela correção ser como a correção de pai ao filho, ou
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seja, para corrigir e não para condenar ou destruir, ela é um meio eficaz que Deus usa para levar
os Seus a perseverar até o fim.
Essa correção saudável vem pela Palavra de Deus (Ef 5:26 “para que a santificasse, tendo-a
purificado por meio da lavagem de água pela palavra”; 2Tm 3:16,17 “16 Toda a
Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção,
para a educação na justiça, 17 a fim de que o homem de Deus seja perfeito e
perfeitamente habilitado para toda boa obra.”), a obra da igreja e a obra dos seus oficiais
(Ef 4:12 “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço,
para a edificação do corpo de Cristo,”; Hb 10:24,25 “24 Consideremo-nos também uns
aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. 25 Não deixemos de
congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais
quanto vedes que o Dia se aproxima.”), e pelas circunstâncias da vida, tanto física quanto
espiritual (2Co 12:7 “E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das
revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me
esbofetear, a fim de que não me exalte.”; Rm 8:28 “Sabemos que todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo
o seu propósito.”). Essa correção é tida como sendo "a correção do Senhor" (Hb 12:5,6 “5 e
estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não
menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és
reprovado; 6 porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe.’;
Pv 3:11,12 “11 Filho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua
repreensão. 12 Porque o SENHOR repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a
quem quer bem.”). Portanto essa correção é sábia, justa e eficaz (Rm 11:35,36 “35 Ou
quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? 36 Porque dele, e por
meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”).
Por Cristo corrigir os santos corretamente, a preservação deles até o fim é assegurada (Ap 3:19
“Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.”). Pela
correção de Deus trazer ao Cristão a maior fidelidade, o livro de Jó dedara: "Eis que bemaventurado é o homem a quem Deus repreende." (Jó 5:17 “Bem-aventurado é o homem a
quem Deus disciplina; não desprezes, pois, a disciplina do Todo-Poderoso.”).
Portanto não despreza a correção do Senhor, mas, contrariamente, torna a levantar as mãos
cansadas, e os joelhos desconjuntados e anda corretamente na santificação. É nessa maneira que
a preservação eficaz do Senhor será manifesta (Hb 12:12-14 “12 Por isso, restabelecei as
mãos descaídas e os joelhos trôpegos; 13 e fazei caminhos retos para os pés, para que
não se extravie o que é manco; antes, seja curado. 14 Segui a paz com todos e a
santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,”).
O Poder De Deus
O poder de Deus não é dependente da fidelidade do homem, mas, contrariamente, a fidelidade
do homem é dependente no poder de Deus (Fp 4:13 “tudo posso naquele que me
fortalece.”; Gl 2:20 “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse
viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si
mesmo se entregou por mim.”). Por ser um Cristão não quer dizer que não é mais um vaso de
barro (2Co 4:7; Rm 7:18 “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita
bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo.”) e um
incapacitado na sua própria força (Rm 7:24 “Desventurado homem que sou! Quem me
livrará do corpo desta morte?”. É Deus que capacita os Seus com o Seu poder (2Co 3:5 “não
que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de
nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus,”; 1Co 1:26-31 “26 Irmãos,
reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo
a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; 27 pelo contrário,
Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as
coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; 28 e Deus escolheu as coisas
humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as
que são; 29 a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. 30 Mas vós sois
dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e
santificação, e redenção, 31 para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se
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no Senhor.”). Portanto, este poder de Deus é o mesmo que Deus implementa para preservar os
Seus até o fim).
O que Deus quer, Ele faz (Sl 115:3 “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe
agrada.”; Sl 135:6 “Tudo quanto aprouve ao SENHOR, ele o fez, nos céus e na terra, no
mar e em todos os abismos.”), e ninguém pode impedir a Sua mão de fazer o Seu eterno
desejo (Dn 4:35 “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e,
segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não
há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?”). A vontade expressa de Deus
por Cristo é que os que foram dados a Cristo estejam onde Ele está eternamente (Jo 17:24
“Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste,
para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação
do mundo.”). Deus quer que os que crêem em Cristo tenham uma vida eterna (Jo 3:16
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”). Por Deus poder fazer tudo que
quer, os em Cristo nunca hão de perecer, e ninguém os arrebatará da mão de Cristo ou do Pai,
que é maior de que todos (Jo 10:28,29 “28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e
ninguém as arrebatará da minha mão. 29 Aquilo que meu Pai me deu é maior do que
tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.”). É o poder de Deus que cumpre o Seu
desejo para com Seus assim garantindo a preservação deles até o fim.
O mesmo Deus que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos
corações para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo (2Co 4:6
“Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em
nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de
Cristo.”). O mesmo Deus que sustenta todas as coisas criadas na terra e no céu pela palavra do
Seu poder (Hb 1:3 “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser,
sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação
dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,”) é quem aperfeiçoa aquela
boa obra espiritual começada por Ele no Cristão. Essa obra será aperfeiçoada até ao dia de Jesus
Cristo (Fp 1:6 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das
luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”). Nisso entendemos
que o poder de Deus sempre preserva o filho de Deus.
Mesmo a carne cobiçando contra o Espírito, e estes se opondo um ao outro (Gl 5:17 “Porque a
carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si;
para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.”), e, mesmo Satanás e as
hostes de maldade nos lugares celestiais lutando contra o Cristão (Ef 6:12 “porque a nossa
luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra
os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas
regiões celestes.”; 1Pe 5:8 “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda
em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;”), o Cristão possui O
maior poder (1Jo 4:4 “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas,
porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.”). Esse poder
de Deus faz com que ele possa resistir os ataques de Satanás ao ponto que o velho inimigo foge
(Tg 4:7 “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.”). Pelo
poder de Deus, o Cristão não será separado do amor de Cristo, mas será mais do que um
vencedor. Ele é mais do que um vencedor, pois ele não somente triunfará sobre Satanás no
último dia (Ap 17:14 “Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o
Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis
que se acham com ele.”), mas ele também cresce espiritualmente pela tribulação, a angústia,
a perseguição e, a fome, a nudez, o perigo e pela espada que venham na sua vida (Rm 8:35-39
“35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou
perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36 Como está escrito: Por amor
de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o
matadouro. 37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio
daquele que nos amou. 38 Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida,
nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os
poderes, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá
separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”; Tg 1:2-4 “2
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Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, 3
sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. 4 Ora,
a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada
deficientes.”). Pelo poder de Deus o Cristão persevera na obediência e é preservado.
O relatório bíblico dos santos revela como o poder de Deus é eficaz tanto estimulando a
perseverança na obediência quanto a sua preservação até o fim. Mesmo sendo sozinhos e fracos,
Noé e os seus entraram na arca e foram preservados (Gn 7:13 “Nesse mesmo dia entraram
na arca Noé, seus filhos Sem, Cam e Jafé, sua mulher e as mulheres de seus filhos;”; Gn
8:18 “Saiu, pois, Noé, com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos.”).
Podemos também mencionar a vitória no meio da oposição nas vidas de Jó (Jó 1:9-11 “9
Então, respondeu Satanás ao SENHOR: Porventura, Jó debalde teme a Deus? 10 Acaso,
não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos
abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra. 11 Estende, porém, a mão, e
toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.”), Josué (Zc
3:1 “Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do
SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor.”), Davi (1Cr 21:1
“Então, Satanás se levantou contra Israel e incitou a Davi a levantar o censo de
Israel.”), Daniel (Dn 6:4 “Então, os presidentes e os sátrapas procuravam ocasião para
acusar a Daniel a respeito do reino; mas não puderam achá-la, nem culpa alguma;
porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa.”), Pedro (Lc 22:31
“Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo!”) e Paulo
(1Ts 2:15 “os quais não somente mataram o Senhor Jesus e os profetas, como também
nos perseguiram, e não agradam a Deus, e são adversários de todos os homens,”).
Nenhum destes se acharam fortes na carne e foram todos fortemente perseguidos, mas foram
todos levados à fidelidade pelo poder de Deus. Nisso entendemos que o poder de Deus é um
meio que Deus usa para garantir e efetuar a preservação dos Seus.
Portanto. Não confie em qualquer força da carne nem das suas filosofias, mas descansa no poder
de Deus para completar o que Ele mesmo começou (Fp 1:6 “Estou plenamente certo de que
aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.”)
enquanto procura ser obediente em toda a boa obra (Ef 2:10 “Pois somos feitura dele,
criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que
andássemos nelas.”). Deus nos preserva para perseverarmos na obediência.
O Amor De Deus
Uma causa da nossa Salvação é o amor de Deus (2Co 8:9 “pois conheceis a graça de nosso
Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua
pobreza, vos tornásseis ricos.”; 1Jo 4:19 “Nós amamos porque ele nos amou
primeiro.”). Este é um amor especial que faz parte da presciência de Deus (Jr 31:3 “De longe
se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com
benignidade te atraí.”; 1Pe 1:2 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por
vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a
salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,”). O amor particular de Deus, de
primeira mão, traz os pecadores à Salvação (Dt 7:7-9 “7 Não vos teve o SENHOR afeição,
nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o
menor de todos os povos, 8 mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o
juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos
resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito. 9 Saberás, pois, que o
SENHOR, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil
gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos;” Rm 9:9-16 “9 Porque a
palavra da promessa é esta: Por esse tempo, virei, e Sara terá um filho. 10 E não ela
somente, mas também Rebeca, ao conceber de um só, Isaque, nosso pai. 11 E ainda
não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal (para que o
propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que
chama), 12 já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. 13 Como está
escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú. 14 Que diremos, pois? Há injustiça da
parte de Deus? De modo nenhum! 15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem
me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter
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compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar
Deus a sua misericórdia.”; 1Jo 4:19 “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.”). O
Salvo, porém, nunca é perfeito enquanto trilha nessa carne nessa terra. O pecado que habita na
sua carne (Rm 7:18,23 “18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não
habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 23 mas
vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me
faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.”) cobiça contra o novo
homem, aquele homem espiritual que tem prazer na lei de Deus, que nasceu dEle na hora da
regeneração (Gl 5:17 “Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a
carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do
vosso querer.”). Pelo Cristão ter o pecado na carne, ele não é perfeito, não faz tudo o que
deseja para agradar a Deus (Rm 7:19-21 “19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o
mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem
o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a
lei de que o mal reside em mim.”). Mas, mesmo que os erros e fraquezas tragam a correção,
que por sua vez conforma o Cristão mais e mais na imagem de Cristo (Hb 12:5-12 “5 e estais
esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não
menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és
reprovado; 6 porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe.
7 É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o
pai não corrige? 8 Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado
participantes, logo, sois bastardos e não filhos. 9 Além disso, tínhamos os nossos pais
segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em
muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos? 10 Pois eles nos
corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina
para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. 11 Toda
disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza;
ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto
de justiça. 12 Por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos;”), a
benignidade de Deus não é retirada totalmente do filho (Sl 89:30-33 “30 Se os seus filhos
desprezarem a minha lei e não andarem nos meus juízos, 31 se violarem os meus
preceitos e não guardarem os meus mandamentos, 32 então, punirei com vara as suas
transgressões e com açoites, a sua iniqüidade. 33 Mas jamais retirarei dele a minha
bondade, nem desmentirei a minha fidelidade.”). Este amor especial de Deus que começou
a Salvação é instrumental na preservação dos Salvos até o fim, pois não há possibilidade de
existir nada mais poderoso do que este amor (Rm 8:35-39 “35 Quem nos separará do amor
de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo,
ou espada? 36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo,
fomos considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Em todas estas coisas, porém,
somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38 Porque eu estou bem
certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as
coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, 39 nem a altura, nem a
profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que
está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”). Somos vencedores por Aquele que nos amou!
Devemos lembrar que o amor de Deus é eterno como Deus o é (Jr 31:3 “De longe se me
deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade
te atraí.”). Sendo eterno, não tem começo, nem tem fim! Nessa verdade podemos entender que
o amor de Deus é um meio que Deus usa para garantir e efetuar a preservação dos Seus. O amor
de Deus pode ser manifesto em um menor grau por um determinado período que ele é revelado
em outras ocasiões, mas isso não quer dizer que a natureza do próprio amor ou a sua
perpetuidade são diminuídas. Este amor continua eterno apesar das fraquezas dos Salvos. Sim,
podemos afirmar que as próprias fraquezas do Cristão, mesmo fazendo ele envergonhado e
miserável (Rm 7:24 “Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta
morte?”), provocam o Cristão a amar e a servir mais a Deus, o Salvador, até o fim (Lc 7:40-43
“40 Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele
respondeu: Dize-a, Mestre. 41 Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia
quinhentos denários, e o outro, cinqüenta. 42 Não tendo nenhum dos dois com que
pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? 43 Respondeu-lhe
Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem.”; Rm
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5:3-5 “3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações,
sabendo que a tribulação produz perseverança; 4 e a perseverança, experiência; e a
experiência, esperança. 5 Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é
derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.”; 1Pe 1:6-9 “6
Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais
contristados por várias provações, 7 para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé,
muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em
louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; 8 a quem, não havendo visto,
amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de
glória, 9 obtendo o fim da vossa fé: a salvação da vossa alma.”). Pela certeza do amor de
Deus continuar até o fim, Paulo podia despedir à igreja em Corintos com uma benção, uma igreja
por sinal que tinha a sua própria porção de erros graves. Essa benção incluía o amor de Deus
estando com todos eles (2Co 13:14 “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e
a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.”). Nisso entendemos que o amor de
Deus é um meio pelo qual o Cristão é provocado a perseverar até o fim e pelo qual ele é
preservado na fé.
O amor de Deus pelos Seus é igual aquele amor que Deus tem para com Cristo (Jo 17:23 “eu
neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo
conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.”). Tão
inseparável, eterno, imutável o amor de Deus Pai para com Deus Filho, é o amor de Deus para
com os que são feitos filhos de Deus por Jesus Cristo! A preservação é entendida pelo fato que
este amor garante que nenhum destes será perdido (Jo 10:27,28 “27 As minhas ovelhas
ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. 28 Eu lhes dou a vida eterna;
jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.”; Jo 13:1 “Ora, antes da
Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo
para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.”). A
perseverança é entendida pelo fato que este amor incentiva os filhos a amarem o Salvador até a
hora que eles são glorificados (Gl 4:4-6 “4 vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus
enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, 5 para resgatar os que estavam
sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. 6 E, porque vós sois filhos,
enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!”; Rm 8:1517 “15 Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez,
atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba,
Pai. 16 O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. 17
Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com
Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”).
Tão importante quanto a presença do Espírito Santo, a utilidade da palavra de Deus, a oração
intercessora de Cristo, a correção e o poder de Deus na perseverança e a preservação dos Santos
é o amor de Deus para com os Seus.
Que tal amor imenso traz os pecadores a se renderem ao Salvador hoje mesmo é a nossa oração.
Que tal amor de Deus também incentiva os Seus à conformidade mais e mais na imagem de
Cristo. Somos devedores ao amor de Deus que excede todo o entendimento.
A Graça De Deus
A graça de Deus é uma ação gloriosa ou maneira gloriosa em geral. Mais precisamente é a
influência divina sobre o coração e a sua manifestação em vida. Essa influência pode ser literal,
figurativa ou espiritual (Strong’s, # 5485).
A mesma ação gloriosa e influência divina que superabunda, onde o pecado abunda, para fazer o
pecador arrependido idôneo para participar da herança do santos na luz (Rm 5:20 “Sobreveio a
lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,”;
Cl 1:12 “dando graças ao Pai, que vos fez idôneos à parte que vos cabe da herança dos
santos na luz.”) é a mesma maneira gloriosa de Deus sobre o Cristão para estimulá-lo a andar
digno da vocação a qual foi chamado (Ef 4:1 “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor,
que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados,”). A graça trouxe a
implantação da semente incorruptível na alma do
Cristão ao ponto que esta nova natureza
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Operações especiais do Espírito Santo
não pode viver pecando (1Jo 3:9 “Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática
de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver
pecando, porque é nascido de Deus.”; 1Jo 5:18 “Sabemos que todo aquele que é
nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o
Maligno não lhe toca.”) e tem prazer na lei de Deus (Rm 7:22 “Porque, no tocante ao
homem interior, tenho prazer na lei de Deus”). Mesmo enfrentando limitações físicas e
oposições espirituais, essa influência divina basta (2Co 12:9 “Então, ele me disse: A minha
graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais
me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.”). Essa graça
basta no sentido que ela é mais forte que qualquer oposição contra o cristão ou qualquer
operação contra a vontade de Deus. A graça de Deus é suficiente, ela nos contenta plenamente
(Jo 14:8 “Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta.”, Strong’s, #
714). É por ela que o cristão persevera até o fim.
Quando considera a natureza do pecado com a sua enganosa inimizade contra Deus (Rm 8:6-8
“6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7
Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus,
nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a
Deus.”), a sua concupiscência mundana (1Jo 2:16 “porque tudo que há no mundo, a
concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede
do Pai, mas procede do mundo.”), a sua incapacidade e ignorância espiritual (1Co2:14 “Ora,
o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e
não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.”) e a sua longevidade
(Rm 7:21“Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim.”),
pelo cristão resistir a este pecado continuamente e sendo perseverante na obediência é
testemunho de como essa graça de Deus é suficientemente eficaz na preservação dos Seus
santos no caminho da retidão (1Co 15:10 “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua
graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que
todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo.”; Is 26:12 “SENHOR,
concede-nos a paz, porque todas as nossas obras tu as fazes por nós.”). Verdadeiramente
a ação preciosa vinda de Deus sobre o coração é eficazmente suficiente (Sl 119:117,
“Sustenta-me, e serei salvo e sempre atentarei para os teus decretos.”).
Aquele que confia no seu próprio coração é insensato (Pv 28:26 “O que confia no seu próprio
coração é insensato, mas o que anda em sabedoria será salvo.”), pois este está confiando
meramente num braço de carne (2Cr 32:8 “Com ele está o braço de carne, mas conosco, o
SENHOR, nosso Deus, para nos ajudar e para guerrear nossas guerras. O povo cobrou
ânimo com as palavras de Ezequias, rei de Judá.”). Porém, aquele que espera no Senhor,
conhecerá a contínua influência divina sobre a sua vida e renovará as suas forças a ponto de não
desfalecer, mas ser fiel até o fim (Is 40:28-31 “28 Não sabes, não ouviste que o eterno
Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode
esquadrinhar o seu entendimento. 29 Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que
não tem nenhum vigor. 30 Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos
caem, 31 mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas
como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.”).
Existem muitas provações na vida do Cristão (Js 2:20-23 “20 Também, se tu denunciares
esta nossa missão, seremos desobrigados do juramento que nos fizeste jurar. 21 E ela
disse: Segundo as vossas palavras, assim seja. Então, os despediu; e eles se foram; e
ela atou o cordão de escarlata à janela. 22 Foram-se, pois, e chegaram ao monte, e ali
ficaram três dias, até que voltaram os perseguidores; porque os perseguidores os
procuraram por todo o caminho, porém não os acharam. 23 Assim, os dois homens
voltaram, e desceram do monte, e passaram, e vieram a Josué, filho de Num, e lhe
contaram tudo quanto lhes acontecera;”; Rm 5:3-5 “3 E não somente isto, mas também
nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;
4 e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. 5 Ora, a esperança não
confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo,
que nos foi outorgado.”; Tg 1:2-4 “2 Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o
passardes por várias provações, 3 sabendo que a provação da vossa fé, uma vez
confirmada, produz perseverança. 4 Ora, a perseverança deve ter ação completa, para
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que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.”) que venham para nossa correção
(Hb 12:5-11 “5 e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco:
Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por
ele és reprovado; 6 porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem
recebe. 7 É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho
há que o pai não corrige? 8 Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado
participantes, logo, sois bastardos e não filhos. 9 Além disso, tínhamos os nossos pais
segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em
muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos? 10 Pois eles nos
corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina
para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. 11 Toda
disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza;
ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto
de justiça.”), para nosso bem (Rm 8:28 “Sabemos que todas as coisas cooperam para o
bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu
propósito.”) e para a glória de Deus (Rm 11:36 “Porque dele, e por meio dele, e para ele
são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”; Jo 9:1-3 “1 Caminhando
Jesus, viu um homem cego de nascença. 2 E os seus discípulos perguntaram: Mestre,
quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? 3 Respondeu Jesus: Nem ele
pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.”). Todavia
delas todas, pela graça que basta, o Cristão é mais do que vencedor (Rm 8:37“Em todas estas
coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.”; 2Co
4:15-18 “15 Porque todas as coisas existem por amor de vós, para que a graça,
multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para glória
de Deus. 16 Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem
exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. 17
Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória,
acima de toda comparação, 18 não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que
se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são
eternas.”). No meio de todas as aflições, Deus não desvia a Sua misericórdia e com a Sua
influência opera que não sejam abalados os pés do Seu povo (Sl 66:8-12,20 “8 Bendizei, ó
povos, o nosso Deus; fazei ouvir a voz do seu louvor; 9 o que preserva com vida a nossa
alma e não permite que nos resvalem os pés. 10 Pois tu, ó Deus, nos provaste;
acrisolaste-nos como se acrisola a prata. 11 Tu nos deixaste cair na armadilha;
oprimiste as nossas costas; 12 fizeste que os homens cavalgassem sobre a nossa
cabeça; passamos pelo fogo e pela água; porém, afinal, nos trouxeste para um lugar
espaçoso. 20 Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a sua
graça.”). Pela Sua obra, o coração do Cristão é consolado e confirmado a ponto de ser ativo em
toda a boa palavra e obra perseverante (2Ts 2:16,17 “16 Ora, nosso Senhor Jesus Cristo
mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa
esperança, pela graça, 17 consolem o vosso coração e vos confirmem em toda boa obra
e boa palavra.”). Pela obra de Deus, pela graça que basta, o Cristão é aperfeiçoada em toda a
boa obra continuando naquele que é agradável a Deus até o fim (Hb 13:20,21 “20 Ora, o Deus
da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor
das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, 21 vos aperfeiçoe em todo o bem, para
cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus
Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém!”). A graça é nos dada como
ferramenta na nossa vida Cristã, mas precisamos da Sua graça para usá-la (Pink, Gleanings Paul,
p. 409).
A graça de Deus é suficiente na sua natureza, mas o Cristão precisa crescer nesta graça na sua
vida diária "acrescentai à vossa fé a virtude ... ciência ... temperança ... paciência ... piedade ...
amor fraternal"; (2Pe 1:5-7 “5 por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência,
associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; 6 com o
conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a
perseverança, a piedade; 7 com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o
amor.”, "Antes crescei na graça";"frutificando em toda a boa obra e crescendo no conhecimento
de Deus" Cl 1:10 “a fim de viverdes de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado,
frutificando em toda boa obra e crescendo no pleno conhecimento de Deus;”, ). O Cristão
cresça na graça por exercitar-se na obediência da Palavra de Deus. Uma destas atividades
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espirituais é a oração. Cristo achou necessário a orar pela preservação do Seu povo (Jo 17:11
“Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou para
junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um,
assim como nós.”,Jo 17:15-17 “15 Não peço que os tires do mundo, e sim que os
guardes do mal. 16 Eles não são do mundo, como também eu não sou. 17 Santifica-os
na verdade; a tua palavra é a verdade. “). Paulo achou conveniente orar pelos Cristãos
Tessalonicenses para que crescessem na graça em toda a boa obra de fé com poder (2Ts
1:11,12“11 Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos
torne dignos da sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de
fé, 12 a fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós, nele,
segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.”). Podemos também achar
proveitosos em orar por nós mesmos e pelos outros Cristãos para que frutifiquemos em toda a
boa obra. Este fruto vem quando abundamos com toda suficiência (graça) em toda a boa obra de
fé (2Co 9:8 “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre,
em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra,”). Nessa perseverança
crescente a graça de Deus para nos preservar é manifesta (1Co 15:10 “Mas, pela graça de
Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes,
trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus
comigo.”).
Pela graça de Deus ser um instrumento de vivificar e Salvar o Cristão (Ef 2:8,9 “8 Porque pela
graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras,
para que ninguém se glorie.”), aperfeiçoando-o pelas tribulações, para operar aquilo que é
agradável a Deus por Jesus Cristo, entendemos que a preservação dos santos é uma
conseqüência lógica das perfeições divinas (Pink, Eternal Security, p. 51).
Reconhecendo que têm sido derramados sobre nós tais bênçãos eficazes (Lm 3:22 “As
misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas
misericórdias não têm fim;”), somos estimulados a procurarmos essa graça suficiente para
sermos fortes na perseverança da nossa responsabilidade segundo a eficácia que opera em nós
poderosamente (Cl 1:27-29 “27 aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza
da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória;
28 o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em
toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo; 29 para
isso é que eu também me afadigo, esforçando-me o mais possível, segundo a sua
eficácia que opera eficientemente em mim.”).
A Sabedoria de Deus
Is 40:28, "Não sabes, não ouvistes que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da
terra, nem se cansa, nem se fatiga? É inescrutável o seu entendimento." O Dicionário
Aurélio Eletrônico define a palavra inescrutável como sendo insondável ou impenetrável. A
palavra hebraica traduzida para inescrutável significa algo que não sustenta investigação (#2714,
Strong’s). A sabedoria de Deus é imensa, além do poder de ser enquadrado em qualquer relatório
de fato. Não pode ser conhecida as suas medidas. A Palavra de Deus, com outras referências,
menciona essa mesma verdade usando expressões como: "Como as alturas dos céus é a sua
sabedoria ... é mais profunda do que o inferno ... mais comprida é a sua medida do que a terra, e
mais larga do que o Mar." (Rm 11:33,34 “33 Ó profundidade da riqueza, tanto da
sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão
inescrutáveis, os seus caminhos! 34 Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou
quem foi o seu conselheiro?”; Jó 9:10 “quem faz grandes coisas, que se não podem
esquadrinhar, e maravilhas tais, que se não podem contar.”); (Jó 11:7-9 “7 Porventura,
desvendarás os arcanos de Deus ou penetrarás até à perfeição do Todo-Poderoso? 8
Como as alturas dos céus é a sua sabedoria; que poderás fazer? Mais profunda é ela do
que o abismo; que poderás saber? 9 A sua medida é mais longa do que a terra e mais
larga do que o mar.”); "o Seu entendimento é infinito" (Sl 147:5 “Grande é o Senhor nosso
e mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir.”); "a loucura de Deus é mais
sábia do que os homens" (1Co 1:25 “Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os
homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.”); "Para que agora, pela
igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida", (Ef 3:10 “para que, pela igreja, a
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multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades
nos lugares celestiais,”) e "ao único Deus sábio" (1Tm1:17 “Assim, ao Rei eterno, imortal,
invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!”). Sem dúvida
nenhuma podemos ser contentes que a sabedoria de Deus é um meio eficaz para nos perseverar
até o fim das nossas responsabilidades e pela qual somos preservados eternamente.
Podemos entender como essa sabedoria infinita é um meio para garantir a preservação dos
santos e a perseverança deles quando entendemos que o homem sábio não apenas tem um
excelente objetivo desejado mas juntamente com o desejo prepara tudo o que é necessário para
obter tal alvo. Deus não é como o homem que começou a edificar algo, mas, por falta de
conselhos e capacidades, deixa de cumprir o seu desejo. Contrariamente, Deus é como o sábio
rei que assenta primeiro e toma conselho para saber do que ele precisa para vencer aquele que
venha contra ele (Lc 14:28-32 “28 Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre,
não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a
concluir? 29 Para não suceder que, tendo lançado os alicerces e não a podendo acabar,
todos os que a virem zombem dele, 30 dizendo: Este homem começou a construir e não
pôde acabar. 31 Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta
primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele
com vinte mil? 32 Caso contrário, estando o outro ainda longe, envia-lhe uma
embaixada, pedindo condições de paz.”). E Deus sabe dos ardis daquele que vem contra Ele.
Sem dúvida Deus sabia da cruz que Cristo tinha de levar para ser o substituto da condenação dos
pecados de todos os Seus. A sabedoria de Deus considerou a fragilidade da carne, do ódio que as
trevas têm contra a luz, dos ataques e dos dardos inflamados de Satanás e que os justos seriam
poucos entre muitos injustos. Sabendo de tudo, Deus providenciou tudo o que é necessário para
atingir o Seu alvo grandiosamente para ter todos os Seus com a vitória com Ele eternamente. A
sabedoria de Deus garante isso.
Na menção da realização de uma obra divina na Bíblia, freqüentemente tal obra é associada com
aquela sabedoria e poder necessários para sustentar essa obra (Hb 1:2,3, “2 nestes últimos
dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual
também fez o universo. 3 Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu
Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a
purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,” ; Nm 23:19
“Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa.
Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?”). No
assunto da Salvação, a sabedoria de Deus é vista não somente no fato que nos dá vida, mas que
nos guarda para que nunca pereçamos (Jo 10:28 “Eu lhes dou a vida eterna; jamais
perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.”; 1Pe 1:3-5 “3 Bendito o Deus e Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou
para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, 4
para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós
outros 5 que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação
preparada para revelar-se no último tempo.”; Jd 1:1 “Judas, servo de Jesus Cristo e
irmão de Tiago, aos chamados, amados em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo,”).
Então entendemos aquela ciência de Deus, que é mais alto do que os céus, faz que a obra
iniciada por Deus na nossa Salvação seja seguramente aperfeiçoada no dia de Jesus Cristo (Fp
1:6 “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de
completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.”).
A sabedoria de Deus na Salvação é manifesta em que Ele escolheu a loucura da pregação para
Salvar os crentes (1Co 1:17-21 “17 Porque não me enviou Cristo para batizar, mas para
pregar o evangelho; não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de
Cristo. 18 Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para
nós, que somos salvos, poder de Deus. 19 Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos
sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos. 20 Onde está o sábio? Onde, o
escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a
sabedoria do mundo? 21 Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu
por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da
pregação.”). O entendimento infinito de Deus é visto em que Ele usa as coisas loucas, fracas,
vis, desprezíveis, e as que não são para operar Sua grande obra em nós e no mundo para Sua
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glória (1Co 1:26-31 “26 Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram
chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre
nascimento; 27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para
envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as
fortes; 28 e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas
que não são, para reduzir a nada as que são; 29 a fim de que ninguém se vanglorie na
presença de Deus. 30 Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte
de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, 31 para que, como está
escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.”). A Sua força é manifesta em nossa
fraqueza fazendo os loucos, fracos, vis, desprezíveis, e os que não são, mais do que vencedores
(1Co 12:9 “a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de
curar;”; Rm 8:35-37 “35 Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou
angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? 36 Como está
escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como
ovelhas para o matadouro. 37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que
vencedores, por meio daquele que nos amou.”). Pelos juízos de Deus serem impenetráveis,
a Sua obra foi, está e será completa. As portas do inferno não prevaleceram, não prevalecem e
não prevalecerão contra os Seus objetivos (Mt 16:18 “Também eu te digo que tu és Pedro, e
sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela.”). A sabedoria de Deus garante isso.
Pela sabedoria de Deus, Deus deu aos Seus tanto o desejo quanto a capacidade de fazer toda a
sua santa vontade (Fp 2:13 “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o
realizar, segundo a sua boa vontade.”). Pelo Seu inescrutável entendimento, temos O
Salvador exaltado que intercede por nós por quem olhamos tanto como o autor da nossa fé
quanto o consumador dela (Hb 12:2 “olhando firmemente para o Autor e Consumador da
fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não
fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.”). Pelos
conselhos altos de Deus, O Espírito Santo nos guia em toda a verdade (Jo 14:26 “mas o
Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará
todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.”; Jo 15:26 “Quando,
porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade,
que dele procede, esse dará testemunho de mim;”) e intercede por nós ajudando-nos com
as nossas fraquezas (Rm 8:26 “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em
nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito
intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.”). Por Deus saber das
nossas lutas Ele sabiamente nos deu As Escrituras puras e perfeitas para que tenhamos avisos
solenes, mandamentos importantes, promessas gloriosas e exemplos dos santos para nos animar
a perseverarmos até o fim (Pv 30:6 “Nada acrescentes às suas palavras, para que não te
repreenda, e sejas achado mentiroso.”). Pelos insondáveis conselhos de Deus o Cristão tem
toda a armadura de Deus com qual pode resistir Satanás e ter a vitória completa (Sl 34:19
“Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de todas o livra.”; Ef 6:12-20 “12
porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e
potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais
do mal, nas regiões celestes. 13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que
possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.
14 Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça.
15 Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; 16 embraçando sempre o
escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. 17
Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;
18 com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando
com toda perseverança e súplica por todos os santos 19 e também por mim; para que
me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido
o mistério do evangelho, 20 pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo,
eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo.”). Pelo insondável conselho, Deus tem
limitado as tentações que venham na vida Cristã para que elas não sejam mais do que podem ser
suportadas (1Co 10:13 “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é
fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário,
juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.”).
Pela infinita ciência, Deus nos deu a igreja e os seus devidos ministrantes para nos aperfeiçoar
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até que cresçamos em tudo em Cristo (Ef 4:11-16 “11 E ele mesmo concedeu uns para
apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e
mestres, 12 com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu
serviço, para a edificação do corpo de Cristo, 13 Até que todos cheguemos à unidade da
fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da
estatura da plenitude de Cristo, 14 para que não mais sejamos como meninos, agitados
de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha
dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. 15 Mas, seguindo a verdade em
amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, 16 de quem todo o corpo,
bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de
cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.”).
Pelos juízos impenetráveis Deus nos deu a oração eficaz pelo qual chegamos a Deus e achamos
graça em tempo oportuno (Hb 4:14-16 “14 Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como
grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão.
15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem
pecado. 16 Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de
recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.”; Tg
5:16 “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para
serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.”). Pelos caminhos sábios
de Deus que são além de medida, os pobres de espírito têm o reino dos céus, os que choram são
consolados, os mansos herdam a terra, os que têm fome e sede de justiça são fartos, os
misericordiosos alcançam a misericórdia, os limpos de coração vejam a Deus, os pacificadores
são chamados filhos de Deus e os perseguidos por causa da justiça têm um grande Galardão nos
céus (Mt 5:3-12 “3 Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos
céus. 4 Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados. 5 Bem-aventurados
os mansos, porque herdarão a terra. 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de
justiça, porque serão fartos. 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão
misericórdia. 8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus. 9 Bemaventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. 10 Bemaventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. 11
Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e,
mentindo, disserem todo mal contra vós. 12 Regozijai-vos e exultai, porque é grande o
vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de
vós.”). Portanto concluímos que os Seus não são somente preservados mas capacitados a
perseverarem até o fim. Pela sabedoria de Deus, tudo coopera para o bem (Rm 8:28,29 “28
Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29 Porquanto aos que de
antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”).
Sabendo destas verdades não devemos andar ignorantes ou esquecidos. De outra maneira
seremos repreendidos por Cristo como foram os discípulos quando não tinham o pão suficiente
(Mc 8:17-21 “17 Jesus, percebendo-o, lhes perguntou: Por que discorreis sobre o não
terdes pão? Ainda não considerastes, nem compreendestes? Tendes o coração
endurecido? 18 Tendo olhos, não vedes? E, tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais
19 de quando parti os cinco pães para os cinco mil, quantos cestos cheios de pedaços
recolhestes? Responderam eles: Doze! 20 E de quando parti os sete pães para os quatro
mil, quantos cestos cheios de pedaços recolhestes? Responderam: Sete! 21 Ao que lhes
disse Jesus: Não compreendeis ainda?”).
A Imutabilidade de Deus
A imutabilidade de Deus é uma doutrina bem estabelecida pelas Escrituras (Sl 102:25-27 “25
Em tempos remotos, lançaste os fundamentos da terra; e os céus são obra das tuas
mãos. 26 Eles perecerão, mas tu permaneces; todos eles envelhecerão como uma veste,
como roupa os mudarás, e serão mudados. 27 Tu, porém, és sempre o mesmo, e os teus
anos jamais terão fim.”; Hb 13:8 “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para
sempre.”; Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai
das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.”). A imutabilidade
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de Deus é ligada aos Seus outros atributos divinos. A sua perfeição e eternidade fazem com que
a imutabilidade seja tanto uma necessidade quanto uma realidade. Se Deus é perfeito, ele não
pode mudar para melhor. Se Deus é eternamente perfeito, é certo que não pode mudar para o
pior. Assim entendemos a Sua imutabilidade. Quaisquer doutrinas que ofenderiam esses atributos
de Deus devem ser mal vistas e tratadas como falsas. Não somente o ser de Deus não muda
como também não muda o Seu decreto (Sl 148:6 “E os estabeleceu para todo o sempre;
fixou-lhes uma ordem que não passará.”; Mc 13:31 “Passará o céu e a terra, porém as
minhas palavras não passarão.”).
Aplicando essa perfeição de Deus à Salvação faz a doutrina de soteriologia ter valor e conforto.
Deus não só planejou Salvar o pecador arrependido mas também é firme e constante neste
propósito. Sabemos que Deus faz o que Ele quer (Sl 115:3 “No céu está o nosso Deus e tudo
faz como lhe agrada.”; Sl 135:6 “Tudo quanto aprouve ao SENHOR, ele o fez, nos céus e
na terra, no mar e em todos os abismos.”). Este plano é reforçado pelo fato que nem o
desejo nem o poder de Deus podem mudar. Deus sempre terá o Seu amor para com os Seus e o
Seu poder será sempre exercitado para o eterno bem deles. O homem muda os seus valores, o
seu amor enfraquece, e a sua fidelidade é falha. Todavia, Deus não muda. Por causa da Sua
imutabilidade, Deus não muda o Seu amor e plano pelos Seus, mesmo que os objetos do Seu
amor falham (Ml 3:6 “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó,
não sois consumidos.”). Por Deus não mudar, o desejo para que os Seus adquirissem a
Salvação, é cumprido (1Ts 5:9 “porque Deus não nos destinou para a ira, mas para
alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo,”; Fp 1:6 “Estou plenamente
certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de
Cristo Jesus.”). Deus faz tudo o que Ele quer até com respeito à Salvação do homem (Jó 23:13
“Mas, se ele resolveu alguma coisa, quem o pode dissuadir? O que ele deseja, isso
fará.”; Is 14:24 “Jurou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim sucederá,
e, como determinei, assim se efetuará.”). A nossa Salvação é tão segura quanto a
imutabilidade do desejo de Deus para com os Seus.
É horroroso pensar como seria se Deus não fosse imutável. Se o Cristão não fosse estimulado
para perseverar no caminho da retidão pelos meios que já estudamos, e, se o Cristão não fosse
preservado pela eterna virtude de Deus, aquele a quem Deus eternamente amou, por quem foi
ao céu preparar um lugar no céu, por quem enviou Seu Filho unigênito para o substituir na cruz,
para quem trouxe o Filho de volta dos mortos e O exaltou nas alturas e por qual eternamente
intercede, este eleito, em vez de ser preservado, cairia e tornaria a ser o objeto do ódio de Deus
e seria separado dEle no inferno para todo o sempre. Mas, felizmente, os dons e a vocação de
Deus são sem arrependimento (Rm 11:29“porque os dons e a vocação de Deus são
irrevogáveis.”). Verdadeiramente, o que a Sua vontade quer, a Sua imutabilidade pedirá. A
nossa perseverança na fé e a preservação dos Seus nela são asseguradas pela Sua imutabilidade.
Às vezes, parece que Deus muda o Seu tratamento e é infiel às Suas promessas. Todavia,
pesquisando o assunto mais de perto, entendemos que é o homem infiel e não Deus. Deus
sempre abençoa a retidão e pune a desobediência. Se o homem obediente torna ser
desobediente, Deus é fiel a tratar Ele conforme as suas obras. Todavia, para com o Cristão, esse
tratamento condicional é aplicada somente no aspeto dos seus Galardoes e nunca no aspeto se
ele receberá o eterno fim prometido da sua Salvação. Mesmo que, por desobediência grossa, o
corpo seja entregue a satanás, a alma do Cristão será preservada pela obra de Cristo (1Co 5:5
“entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no
Dia do Senhor [Jesus].”; 2Tm 2:13“se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de
maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.”). A Salvação, passada, presente ou futura,
nunca se baseia na obra de qualquer homem, mas na pessoa fiel e imutável de Cristo. Os que
conhecem Deus por Cristo podem testemunhar, como Josué, que tudo que foi prometido, veio a
ser cumprido (Js 23:14 “Eis que, já hoje, sigo pelo caminho de todos os da terra; e vós
bem sabeis de todo o vosso coração e de toda a vossa alma que nem uma só promessa
caiu de todas as boas palavras que falou de vós o SENHOR, vosso Deus; todas vos
sobrevieram, nem uma delas falhou.”). Por Deus ser imutável todo demais é "sim e amem"
por Cristo (2Co 1:20 “Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim;
porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio.”).
Quem na Bíblia podia testemunhar que Deus mudou os Seus princípios ou vontade?
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Por Deus ser imutável, também são as nossas responsabilidades de perseverar na fé. Ele deseja
que sempre sejamos obedientes, puros, amáveis e fielmente crescidos na graça e conhecimento
de Cristo (1Pe 2:2 “desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno
leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação”; 2Pe 3:18
“antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A
ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.”). Temos uma eterna obrigação a
perseverar naquela fé uma vez dada aos santos (Jd 1:3 “Amados, quando empregava toda a
diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado
a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que
uma vez por todas foi entregue aos santos.”). Por Deus ser imutável, Ele é fiel de nos
preservar. Sempre temos a graça disponível para nos ajudar em tempo oportuno e é constante a
presença da Sua mão para nos guardar de tropeçar (Hb 4:15,16 “15 Porque não temos
sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele
tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. 16 Acheguemo-nos,
portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e
acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.”; Jd 1:24,25 “24 Ora, àquele que é
poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação,
imaculados diante da sua glória, 25 ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus
Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e
agora, e por todos os séculos. Amém!”; Jo 10:27-29 “27 As minhas ovelhas ouvem a
minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. 28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais
perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. 29 Aquilo que meu Pai me deu é
maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.”; 1Ts 5:25 “Irmãos, orai
por nós.”). Pela imutabilidade de Deus, a nossa perseverança é sempre pedida e a nossa
preservação é sempre assegurada.
A Salvação que tu dizes que possui tem essa qualidade de te incentivar a crescer na santidade
junto com o conforto de ser guardada eternamente por seu Salvador? Se não tiver, venha se
arrependendo dos seus pecados e creia em Cristo pela fé. Deus não mudou. Ele ainda quer que
todos os oprimidos pelo pecado venham a Ele por Cristo. E os que venham a Ele por Cristo de
maneira nenhuma serão lançados fora por Ele (Jo 6:38 “Porque eu desci do céu, não para
fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.”). Se já tens
essa Salvação, louve a Deus pelo Seu amor eterno que te faz participante de um reino eterno e
procura a Sua graça eterna que te capacita à santidade crescente. E que Deus seja exaltado por
Cristo em tudo disso.
As Promessas de Deus
As promessas de Deus reveladas pela Palavra de Deus são as promessas que o Pai fez com Cristo
Jesus na eternidade para com aqueles que Ele amou eternamente (Hb 10:7 “Então, eu disse:
Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua
vontade.”). Essas promessas são conhecidas a nós pela Palavra de Deus para que o cristão
saiba das suas responsabilidades para com a sua perseverança. Também elas são o meio que
saibamos que a preservação divina não falhará. Essas promessas são tidas como "grandíssimas e
preciosas" pelas quais somos feitos participantes da natureza divina (2Pe 1:4 “pelas quais nos
têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos
torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que
há no mundo”).
As promessas de Deus para com o Cristão estão asseguradas por Cristo. Todas as promessas de
Deus são "nEle sim, e por Ele o Amem, para a glória de Deus por nós" (2Co 1:20 “Porque
quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é
o amém para glória de Deus, por nosso intermédio.”). As promessas de Deus de preservar
os Seus para sempre (Sl 37:28 “Pois o SENHOR ama a justiça e não desampara os seus
santos; serão preservados para sempre, mas a descendência dos ímpios será
exterminada.”), de estar com eles mesmo pelo vale da sombra da morte (Sl 23:4 “Ainda que
eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás
comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.”), de estar ao redor destes para a sua
proteção (Sl 125:1,2 “1 Os que confiam no SENHOR são como o monte Sião, que não se
abala, firme para sempre. 2 Como em redor de Jerusalém estão os montes, assim o
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SENHOR, em derredor do seu povo, desde agora e para sempre.”), guiando e sustentando
com a Sua mão direita até o dia de os receberem em glória (Sl 73:23,24 “23 Todavia, estou
sempre contigo, tu me seguras pela minha mão direita. 24 Tu me guias com o teu
conselho e depois me recebes na glória.”) são asseguradas sim pelo grande Amem, Cristo
Jesus. Não é a lei (Gl 3:18 “Porque, se a herança provém de lei, já não decorre de
promessa; mas foi pela promessa que Deus a concedeu gratuitamente a Abraão.”) nem
nas obras de qualquer homem nascido de mulher (Ef 2:8,9 “8 Porque pela graça sois salvos,
mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que
ninguém se glorie.”) que confirma isso, mas o próprio Cristo. Cristo é a Nossa Paz (Ef 2:14
“Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da
separação que estava no meio, a inimizade,”; Sl 85:10 “Encontraram-se a graça e a
verdade, a justiça e a paz se beijaram.”). Tendo paz com Deus por Cristo não há mais
condenação (Rm 8:1 “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus.”), e, sem a condenação, não há nada que impedirá as promessas de Deus serem
cumpridas para aquele lavado no sangue de Cristo. As promessas de Deus asseguram a
preservação dos Seus e estimulam a perseverança na fé pelos Seus. “Ó SENHOR, tu és o meu
Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens
executado os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros.”
As promessas de Deus para com o cristão são asseguradas pela verdade e firmeza de Deus. A
verdade e a firmeza andam juntas nas Escrituras (Is 25:1 “Ó SENHOR, tu és o meu Deus;
exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu nome, porque tens feito maravilhas e tens executado
os teus conselhos antigos, fiéis e verdadeiros.”). Por Deus prometer algo, a verdade dEle
garante a confiança que a promessa será cumprida. Não temos a promessa de que seremos
confirmados até o fim em Cristo sem logo termos a afirmação que Deus é fiel (1Co 1:8,9 “8 o
qual também vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso
Senhor Jesus Cristo. 9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho
Jesus Cristo, nosso Senhor.”). Pela fidelidade de Deus, é firme a nossa confiança que não virá
a nós nenhuma tentação forte demais sem um escape pelo qual possamos suportar a tentação
(1Co 10:13 “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não
permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a
tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar.”). Temos a promessa
que os justificados serão glorificados (Rm 8:29,30 “29 Porquanto aos que de antemão
conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim
de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses
também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a
esses também glorificou.”), e a firmeza dessa promessa é a própria fidelidade de Deus (1Ts
5:23,24 “23 O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e
corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo. 24 Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.”; 2Ts 3:3 “Todavia, o Senhor é
fiel; ele vos confirmará e guardará do Maligno.”). As promessas de Deus asseguram tanto a
Sua preservação de nós quanto estimulam a nossa perseverança para com Ele (Hb 10:23
“Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é
fiel.”; Rm 4:20,21 “20 não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela
fé, se fortaleceu, dando glória a Deus, 21 estando plenamente convicto de que ele era
poderoso para cumprir o que prometera.”).
As promessas de Deus para com o Cristão são tão eternas quanto o Deus que as deu. As
promessas de Deus fazer que os Seus O conheçam de todo o coração (Jr 24:7 “Dar-lhes-ei
coração para que me conheçam que eu sou o SENHOR; eles serão o meu povo, e eu
serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu coração.”), de Deus
carregar os Seus até a velhice e até as cãs (Is 46:4 “Até à vossa velhice, eu serei o mesmo
e, ainda até às cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vosei e vos salvarei.”), de os livrar de toda a má obra e os guardar para o Seu reino celestial
(2Tm 4:18 “O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o
seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!”) são garantidas, pois
Deus é o mesmo para todo o sempre (Is 54:10 “Porque os montes se retirarão, e os
outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti, e a aliança
da minha paz não será removida, diz o SENHOR, que se compadece de ti.”). As
promessas de Deus asseguram tanto a Sua preservação dos Seus quanto estimulam a
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perseverança deles para com Ele.
Sabendo que as promessas de Deus são confirmadas e afirmadas unicamente por Cristo, somos
seriamente incentivados a ter a certeza que a nossa vocação e eleição estejam nEle. Somente
dessa maneira temos a certeza que jamais tropeçaremos (2Pe 1:10 “Por isso, irmãos,
procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição;
porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.”).
Sabendo que as promessas de Deus são tão firmes quanto a Sua verdade, somos consolados
enquanto trabalhamos firmemente em vista da bem-aventurada esperança (Tt 1:2 “na
esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos
eternos”; Tt 2:13 “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso
grande Deus e Salvador Cristo Jesus,”).
Sabendo que as promessas de Deus são tão eternas quanto à existência de Deus somos
animados a sermos sempre abundantes na obra do Senhor, porque, pelo que saibamos, a nossa
obra de obediência à Palavra de Deus não é vã (1Co 15:58 “Portanto, meus amados irmãos,
sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no
Senhor, o vosso trabalho não é vão.”).
Também existem promessas para com aqueles que não conhecem Deus unicamente por Cristo.
Os que não estão em Cristo somente conhecerão a ira de Deus sobre eles eternamente (Jo 3:3536 “35 O Pai ama ao Filho, e todas as coisas tem confiado às suas mãos. 36 Por isso,
quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho
não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”). Isso é uma promessa tão fiel e
sombria quantas as outras. Portanto, se estais fora de Cristo, corre a Cristo já, arrependendo-se
dos seus pecados e confiando de todo o seu coração em Cristo Jesus!
A Base da Preservação do Cristão
Temos estudado que a Salvação efetuada por meios visíveis e invisíveis tem um efeito prático: a
perseverança e a preservação dos Santos. Essa perseverança não é somente exigida pelas
Escrituras e a própria natureza nova, mas é assegurada por Deus. A perseverança é a
responsabilidade dos Salvos e a obra da preservação é divina. Nessas obras de preservação,
Deus usa como meios à obra do Espírito Santo, a Palavra de Deus, a oração eficaz de Cristo, a
correção do Senhor para todos os Seus, o Seu poder em amor tanto quanto a Sua sabedoria, Sua
imutabilidade e as Suas promessas.
A base da obra preservadora eficaz de Deus para com os Seus, não é provocada de algo
originalmente no homem. A obra expiatória de Cristo, a promessa da Nova aliança e o propósito
eterno de Deus é a base pelo qual Deus opera para segurar o Seus eternamente. Queremos
examinar essas três áreas desta base individualmente.
A obra expiatória de Cristo – 2Co 5:18-21 “18 Ora, tudo provém de Deus, que nos
reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,
19 a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando
aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação. 20 De
sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso
intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus. 21 Aquele
que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos
justiça de Deus.”
Deus, pela obra vicária de Cristo, restaura para com Ele todos os Seus. A condenação do pecado
de todos os que venham a confiar em Cristo, foi posta em Cristo e paga pela Sua obra na cruz, a
Sua ressurreição e a Sua exaltação. A justiça pura de Cristo então foi imputada nestes que
confiam em Cristo e assim estes são reconciliados a Deus para todo o sempre. Essa obra de
Cristo chama-se a Sua obra expiatória.
A palavra expiação significa no hebraico cobrir (especialmente com betume, como na arca de
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Noé); cancelar, purificar (Lv 1:4 “E porá a mão sobre a cabeça do holocausto, para que
seja aceito a favor dele, para a sua expiação.” e outras, #3722, Strong’s). Essa mesma
palavra, no grego, significa trocar, ajustar ou restaurar ao favor divino (Rm 5:11 “e não
apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por
intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação.”; Rm 11:15 “Porque, se o fato
de terem sido eles rejeitados trouxe reconciliação ao mundo, que será o seu
restabelecimento, senão vida dentre os mortos?”; 2Co 5:18,19 “18 Ora, tudo provém de
Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da
reconciliação, 19 a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo,
não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da
reconciliação.”, #2643, Strong’s).
Rm 8:31-39 “31 Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem
será contra nós? 32 Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o
entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? 33 Quem
intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. 34 Quem os
condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à
direita de Deus e também intercede por nós. 35 Quem nos separará do amor de Cristo?
Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?
36 Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos
considerados como ovelhas para o matadouro. 37 Em todas estas coisas, porém, somos
mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38 Porque eu estou bem certo
de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do
presente, nem do porvir, nem os poderes, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem
qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus,
nosso Senhor.” mostra enfaticamente que qualquer condenação contra os que foram dantes
conhecidos (v. 29), foi apagada pela obra completa de Cristo como de um Salvador perfeito. A
inimizade contra a santidade de Deus, que separou o pecador do Santo, foi desfeita pela morte
de Cristo (Rm 8:34 “Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem
ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.”; "na sua carne
desfez a inimizade" Ef 2:15 “aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de
ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz,”;
"Cristo padeceu, mortificado, na verdade, na carne” 1Pe 3:18 “Pois também Cristo morreu,
uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto,
sim, na carne, mas vivificado no espírito,”). Pela ressurreição de Cristo, os chamados são
“vivificados juntamente com Cristo" (Ef 2:5,6 “5 e estando nós mortos em nossos delitos,
nos deu vida juntamente com Cristo, pela graça sois salvos, 6 e, juntamente com ele,
nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;”) para que
pela "lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus" os livra da lei do pecado e da morte (Rm 8:1,2 “1
Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. 2 Porque a
lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.”) para
serem eternamente justificados e Salvos (Rm 4:24 “mas também por nossa causa, posto
que a nós igualmente nos será imputado, a saber, a nós que cremos naquele que
ressuscitou dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor,”; Rm 5:10 “Porque, se nós,
quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito
mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida;”; Jo 11:25 “Disse-lhe
Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá;”).
Pela exaltação de Cristo, com Cristo agora assentado na destra de Deus (Rm 8:34 “Quem os
condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à
direita de Deus e também intercede por nós.”; Ef 2:9 “não de obras, para que ninguém
se glorie.), toda a obra feita por Ele para como os Seus é garantida eternamente. Pela Sua obra
ser terminada com êxito, a lei de mandamentos contra os eleitos é desfeita (Ef 2:15 “aboliu, na
sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse,
em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz,”), os pecados deles são depositados longe
da onisciência de Deus (Hb 8:12 “Pois, para com as suas iniqüidades, usarei de
misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei.”; Hb10:17 “acrescenta: Também
de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para
sempre.”) e colocados num lugar longe da onipresença dele (Is 38:17 “Eis que foi para
minha paz que tive eu grande amargura; tu, porém, amaste a minha alma e a livraste
da cova da corrupção, porque lançaste para trás de ti todos os meus pecados.”) para
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que a justiça e a verdade se beijam eternamente (Sl 85:10 “Encontraram-se a graça e a
verdade, a justiça e a paz se beijaram.”; Ef 1:20-23 “20 o qual exerceu ele em Cristo,
ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares
celestiais, 21 acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo
nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. 22 E
pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à
igreja, 23 a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as
coisas.”). Pela vitoriosa obra expiatória de Cristo, os eleitos são feitos filhos, nunca para se
tornarem órfãos (Gl 4:6 “E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o
Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!”; 1Jo 3:2 “Amados, agora, somos filhos de
Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se
manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”),
herdeiros, nunca para serem deserdados (Rm 8:17 “Ora, se somos filhos, somos também
herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também
com ele seremos glorificados.”) e feitos reis e sacerdotes, nunca para serem destituídos (Ap
1:6 “e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio
pelos séculos dos séculos. Amém!”).
Deus o Pai, verá o fruto do trabalho da alma de Cristo em ser o Substituto para pecadores
particulares, e, baseado neste trabalho, "ficará satisfeito" (Is 53:11“Ele verá o fruto do
penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu
conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.”).). É
verdade que a satisfação efetiva do Pai não é para com o pecador até que este esteja em Cristo.
Alguns querem dizer que a satisfação do Pai é feita através do pecador fazendo a escolha de crer
em Cristo. Todavia, a ação de crer em Cristo não vem originalmente da natureza do pecador,
mesmo que seja sua inteira responsabilidade. O trabalho de crer é dependente na implantação de
uma nova natureza. Essa obra de regeneração é feita por Deus através de meios particulares que
já estudamos. Essa obra de regeneração é feita dentro aqueles por quem o Filho foi ferido e
moído e por quem as Suas pisaduras sararam (Is 53:4,5 “4 Certamente, ele tomou sobre si
as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por
aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões
e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas
suas pisaduras fomos sarados.”). A base da satisfação do Pai e a Sua justificação de muitos,
é baseado na obra de Cristo em levar sobre Si as iniqüidades destes muitos (Is 53:11“Ele verá
o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o
seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.”).).
Portanto, a satisfação plena do Pai não é baseada em alguma ação agradável feita pelo pecador,
mas completamente pela obra do Filho no lugar do pecador eleito. E, se o Pai é satisfeito com
Cristo, a preservação daquele em Cristo é assegurada. Cristo, pela sua obra expiatória, opera
plena redenção, e sendo assim, merece toda a glória (1Co 1:30,31 “30 Mas vós sois dele, em
Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e
santificação, e redenção, 31 para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se
no Senhor.”).
É responsabilidade de todo pecador se arrepender e confiar inteiramente na obra expiatória de
Cristo para conhecer essa restauração plena e eterna com Deus (At 17:30 “Ora, não levou
Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos,
em toda parte, se arrependam;”). Se você está oprimido pelo seu pecado, o próprio Deus, e
os que conhecem essa obra, avisam e rogam que você venha a se reconciliar com Deus por
Cristo. Por Ele você terá todo o necessário para vencer o pecado, servir o seu Salvador e ser
preservado para todo o sempre. Deus se satisfaz completamente com a obra de Cristo. Vocês se
satisfazem com ela?
A promessa da Nova aliança
Deus tem um eterno desejo: ser o Deus do seu povo e ter o Seu povo servindo e amando-O
como seu Deus. Pelo menos vinte vezes pela Bíblia este desejo é manifestado (Gn 17:8 “Dar-teei e à tua descendência a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em
possessão perpétua, e serei o seu Deus.”; ÊX 6:7 “Tomar-vos-ei por meu povo e serei
vosso Deus; e sabereis que eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos tiro de debaixo das
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cargas do Egito.”; Êx 29:45 “E habitarei no meio dos filhos de Israel e serei o seu
Deus.”; Lv 26:12 “Andarei entre vós e serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo.”; Jr
7:23 “Mas isto lhes ordenei, dizendo: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus,
e vós sereis o meu povo; andai em todo o caminho que eu vos ordeno, para que vos vá
bem.”; Jr 11:4 “que ordenei a vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, da
fornalha de ferro, dizendo: dai ouvidos à minha voz e fazei tudo segundo o que vos
mando; assim, vós me sereis a mim por povo, e eu vos serei a vós outros por Deus;”; Jr
24:7 “Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o SENHOR; eles serão o
meu povo, e eu serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu
coração.”(; Jr 30:22 “Vós sereis o meu povo, eu serei o vosso Deus.”; Jr 31:33 “Porque
esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR:
Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei
o seu Deus, e eles serão o meu povo.”; Jr 32:38 “Eles serão o meu povo, e eu serei o
seu Deus.”; Ez 11:20 “para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos,
e os executem; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.”; Ez 34:24 “Eu, o
SENHOR, lhes serei por Deus, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu, o
SENHOR, o disse.”; Ez 36:28 “Habitareis na terra que eu dei a vossos pais; vós sereis o
meu povo, e eu serei o vosso Deus.”; Ez 37:23,27 “23 Nunca mais se contaminarão com
os seus ídolos, nem com as suas abominações, nem com qualquer das suas
transgressões; livrá-los-ei de todas as suas apostasias em que pecaram e os purificarei.
Assim, eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. 27 O meu tabernáculo estará com
eles; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”; Zc 8:8 “eu os trarei, e habitarão
em Jerusalém; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus, em verdade e em
justiça.”; 2Co 6:16 “Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós
somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre
eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”; Hb 8:10 “Porque esta é a aliança que
firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente
imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu
Deus, e eles serão o meu povo.”; Ap 21:3,7 “3 Então, ouvi grande voz vinda do trono,
dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão
povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. 7 O vencedor herdará estas coisas, e eu
lhe serei Deus, e ele me será filho.“). Se este é o desejo de Deus, o poder de Deus o efetuará
(Jó 23:13 “Mas, se ele resolveu alguma coisa, quem o pode dissuadir? O que ele deseja,
isso fará.”; Sl 135:6 “Tudo quanto aprouve ao SENHOR, ele o fez, nos céus e na terra,
no mar e em todos os abismos.”). Pode ser confortante para Seu povo que eles são assim
pelo eterno desejo de Deus (Jr 31:3 “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com
amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”).
Para que este desejo seja conhecido e efetuado, Deus fez alianças com o homem. Uma aliança é
um contrato sério como uma confederação ou pacto (Hebraica #1285, Strong’s). O homem faz
alianças com o homem (Gn 21:27 “Tomou Abraão ovelhas e bois e deu-os a Abimeleque; e
fizeram ambos uma aliança.”; 1Sm 18:3 “Jônatas e Davi fizeram aliança; porque
Jônatas o amava como à sua própria alma.”; 2Sm 5:3 “Assim, pois, todos os anciãos de
Israel vieram ter com o rei, em Hebrom; e o rei Davi fez com eles aliança em Hebrom,
perante o SENHOR. Ungiram Davi rei sobre Israel.”; 1Reis 5:12 “Deu o SENHOR
sabedoria a Salomão, como lhe havia prometido. Havia paz entre Hirão e Salomão; e
fizeram ambos entre si aliança.”; 1Rs 20:34 “Ben-Hadade disse-lhe: As cidades que
meu pai tomou a teu pai, eu tas restituirei; monta os teus bazares em Damasco, como
meu pai o fez em Samaria. E eu, disse Acabe, com esta aliança, te deixarei livre. Fez
com ele aliança e o despediu.”; 2Cr 23:16 “Joiada fez aliança entre si mesmo, o povo e
o rei, para serem eles o povo do SENHOR.”; Ne 10:29 “firmemente aderiram a seus
irmãos; seus nobres convieram, numa imprecação e num juramento, de que andariam
na Lei de Deus, que foi dada por intermédio de Moisés, servo de Deus, de que
guardariam e cumpririam todos os mandamentos do SENHOR, nosso Deus, e os seus
juízos e os seus estatutos;”; Jr 34:8 “Palavra que do SENHOR veio a Jeremias, depois
que o rei Zedequias fez aliança com todo o povo de Jerusalém, para lhes apregoar a
liberdade:”), e com Deus (ÊX 24:7 “E tomou o Livro da Aliança e o leu ao povo; e eles
disseram: Tudo o que falou o SENHOR faremos e obedeceremos.”: Js 24:24 “Disse o
povo a Josué: Ao SENHOR, nosso Deus, serviremos e obedeceremos à sua voz.”; 2Rs
11:17 “Joiada fez aliança entre o SENHOR, e o rei, e o povo, para serem eles o povo do
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SENHOR; como também entre o rei e o povo.”; 2Rs 23:3 “O rei se pôs em pé junto à
coluna e fez aliança ante o SENHOR, para o seguirem, guardarem os seus
mandamentos, os seus testemunhos e os seus estatutos, de todo o coração e de toda a
alma, cumprindo as palavras desta aliança, que estavam escritas naquele livro; e todo o
povo anuiu a esta aliança.”; 2Cr 15:12 “Entraram em aliança de buscarem ao SENHOR,
Deus de seus pais, de todo o coração e de toda a alma;”) e Deus faz pactos e acordos com
o homem (Gn 17:2 “Farei uma aliança entre mim e ti e te multiplicarei
extraordinariamente.”; ÊX 6:4 “Também estabeleci a minha aliança com eles, para darlhes a terra de Canaã, a terra em que habitaram como peregrinos.”; Nm 25:12
“Portanto, dize: Eis que lhe dou a minha aliança de paz.”; Jz 2:1 “Subiu o Anjo do
SENHOR de Gilgal a Boquim e disse: Do Egito vos fiz subir e vos trouxe à terra que, sob
juramento, havia prometido a vossos pais. Eu disse: nunca invalidarei a minha aliança
convosco.”; 2Sm 7:12 “Quando teus dias se cumprirem e descansares com teus pais,
então, farei levantar depois de ti o teu descendente, que procederá de ti, e
estabelecerei o seu reino.”; Sl 89:28 “Conservar-lhe-ei para sempre a minha graça e,
firme com ele, a minha aliança.”; Is 59:21 “Quanto a mim, esta é a minha aliança com
eles, diz o SENHOR: o meu Espírito, que está sobre ti, e as minhas palavras, que pus na
tua boca, não se apartarão dela, nem da de teus filhos, nem da dos filhos de teus filhos,
não se apartarão desde agora e para todo o sempre, diz o SENHOR.”). Essas alianças de
Deus para como o homem foram dadas em épocas distintas e podemos chamá-los pela suas
épocas e em que foram dadas (a aliança do Éden, Gn 3:15 “Porei inimizade entre ti e a
mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe
ferirás o calcanhar.”; com Noé, Gn 9:9 “Eis que estabeleço a minha aliança convosco, e
com a vossa descendência,”; de Abraão, Gn 15:18 “Naquele mesmo dia, fez o SENHOR
aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egito até
ao grande rio Eufrates:”; do Sinai, ÊX 19:5 “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a
minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar
dentre todos os povos; porque toda a terra é minha;”; com os Levitas, Nm 25:12,13 “12
Portanto, dize: Eis que lhe dou a minha aliança de paz. 13 E ele e a sua descendência
depois dele terão a aliança do sacerdócio perpétuo; porquanto teve zelo pelo seu Deus
e fez expiação pelos filhos de Israel.”; de Davi, 2Sm 23:5 “Não está assim com Deus a
minha casa? Pois estabeleceu comigo uma aliança eterna, em tudo bem definida e
segura. Não me fará ele prosperar toda a minha salvação e toda a minha esperança?”; a
nova pela graça, Jr 31:33,34 “33 Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de
Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis,
também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 34
Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo:
Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles,
diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me
lembrarei.”; Hb 8:6-13 “6 Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais
excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em
superiores promessas. 7 Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de
maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda. 8 E, de fato,
repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa
de Israel e com a casa de Judá, 9 não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia
em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não
continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor. 10 Porque esta
é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na
sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu
serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 11 E não ensinará jamais cada um ao seu
próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me
conhecerão, desde o menor deles até ao maior. 12 Pois, para com as suas iniqüidades,
usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei. 13 Quando ele diz
Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido
está prestes a desaparecer.”).
Todas as alianças têm pontos em comum. Existem o testador, os herdeiros, aquilo que efetua o
pacto, umas condições ou qualificações, e o benefício do pacto. Geralmente o testador é um e nas
alianças mais importantes entre Deus e o povo dEle exige a morte do testador, literal ou
simbolicamente. Nas alianças divinas existe uma promessa séria, uma herança eterna e uma
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confirmação dada por um sinal (Exemplo: o arco de Deus, Gn 9:12,13 “12 Disse Deus: Este é
o sinal da minha aliança que faço entre mim e vós e entre todos os seres viventes que
estão convosco, para perpétuas gerações: 13 porei nas nuvens o meu arco; será por
sinal da aliança entre mim e a terra.”). O homem tem responsabilidades na maior parte
dessas alianças. Essas responsabilidades são vistas pelas condições imutáveis. Essas condições
são a fé e a obediência. A aliança, para ser em pé, precisa da fé (Gn 15:6 “Ele creu no
SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça.”; Dt 6:5 “Amarás, pois, o SENHOR, teu
Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.”; Hb 11:6 “De
fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se
aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.”)
e da obediência. Essa obediência tem que ser moral, do coração, (Gn 17:1 “Quando atingiu
Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o SENHOR e disse-lhe: Eu sou o
Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito.”; Mt 7:24 “Todo aquele,
pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem
prudente que edificou a sua casa sobre a rocha;”) e cerimonial (Gn 17:10-14 “10 Esta é a
minha aliança, que guardareis entre mim e vós e a tua descendência: todo macho entre
vós será circuncidado. 11 Circuncidareis a carne do vosso prepúcio; será isso por sinal
de aliança entre mim e vós. 12 O que tem oito dias será circuncidado entre vós, todo
macho nas vossas gerações, tanto o escravo nascido em casa como o comprado a
qualquer estrangeiro, que não for da tua estirpe. 13 Com efeito, será circuncidado o
nascido em tua casa e o comprado por teu dinheiro; a minha aliança estará na vossa
carne e será aliança perpétua. 14 O incircunciso, que não for circuncidado na carne do
prepúcio, essa vida será eliminada do seu povo; quebrou a minha aliança.”).
Entenderemos melhor essas condições pelo decorrer deste estudo.
Se as condições do homem não são preenchidas, a aliança é, por falha de um dos lados, anulada,
ab-rogada, desfeita, prestes a perecer. Para Deus ser o Deus do Seu povo e para o Seu povo ter
Deus como seu Deus, Deus fez essas alianças com o homem, alianças bilaterais e condicionais
que dizem: se obedecer viverá; se desobedecer, morrerá (Gn 2:17 “mas da árvore do
conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres,
certamente morrerás.”; Lv 26:3-13 “3 Se andardes nos meus estatutos, guardardes os
meus mandamentos e os cumprirdes, 4 então, eu vos darei as vossas chuvas a seu
tempo; e a terra dará a sua messe, e a árvore do campo, o seu fruto. 5 A debulha se
estenderá até à vindima, e a vindima, até à sementeira; comereis o vosso pão a fartar e
habitareis seguros na vossa terra. 6 Estabelecerei paz na terra; deitar-vos-eis, e não
haverá quem vos espante; farei cessar os animais nocivos da terra, e pela vossa terra
não passará espada. 7 Perseguireis os vossos inimigos, e cairão à espada diante de vós.
8 Cinco de vós perseguirão a cem, e cem dentre vós perseguirão a dez mil; e os vossos
inimigos cairão à espada diante de vós. 9 Para vós outros olharei, e vos farei fecundos,
e vos multiplicarei, e confirmarei a minha aliança convosco. 10 Comereis o velho da
colheita anterior e, para dar lugar ao novo, tirareis fora o velho. 11 Porei o meu
tabernáculo no meio de vós, e a minha alma não vos aborrecerá. 12 Andarei entre vós e
serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo. 13 Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos
tirei da terra do Egito, para que não fôsseis seus escravos; quebrei os timões do vosso
jugo e vos fiz andar eretos.”, Lv 26:14-39 “14 Mas, se me não ouvirdes e não
cumprirdes todos estes mandamentos; 15 se rejeitardes os meus estatutos, e a vossa
alma se aborrecer dos meus juízos, a ponto de não cumprir todos os meus
mandamentos, e violardes a minha aliança, 16 então, eu vos farei isto: porei sobre vós
terror, a tísica e a febre ardente, que fazem desaparecer o lustre dos olhos e definhar a
vida; e semeareis debalde a vossa semente, porque os vossos inimigos a comerão. 17
Voltar-me-ei contra vós outros, e sereis feridos diante de vossos inimigos; os que vos
aborrecerem assenhorear-se-ão de vós e fugireis, sem ninguém vos perseguir. 18 Se
ainda assim com isto não me ouvirdes, tornarei a castigar-vos sete vezes mais por
causa dos vossos pecados. 19 Quebrantarei a soberba da vossa força e vos farei que os
céus sejam como ferro e a vossa terra, como bronze. 20 Debalde se gastará a vossa
força; a vossa terra não dará a sua messe, e as árvores da terra não darão o seu fruto.
21 E, se andardes contrariamente para comigo e não me quiserdes ouvir, trarei sobre
vós pragas sete vezes mais, segundo os vossos pecados. 22 Porque enviarei para o
meio de vós as feras do campo, as quais vos desfilharão, e acabarão com o vosso gado,
e vos reduzirão a poucos; e os vossos caminhos se tornarão desertos. 23 Se ainda com
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isto não vos corrigirdes para volverdes a mim, porém andardes contrariamente comigo,
24 eu também serei contrário a vós outros e eu mesmo vos ferirei sete vezes mais por
causa dos vossos pecados. 25 Trarei sobre vós a espada vingadora da minha aliança; e,
então, quando vos ajuntardes nas vossas cidades, enviarei a peste para o meio de vós,
e sereis entregues na mão do inimigo. 26 Quando eu vos tirar o sustento do pão, dez
mulheres cozerão o vosso pão num só forno e vo-lo entregarão por peso; comereis,
porém não vos fartareis. 27 Se ainda com isto me não ouvirdes e andardes
contrariamente comigo, 28 eu também, com furor, serei contrário a vós outros e vos
castigarei sete vezes mais por causa dos vossos pecados. 29 Comereis a carne de
vossos filhos e de vossas filhas. 30 Destruirei os vossos altos, e desfarei as vossas
imagens do sol, e lançarei o vosso cadáver sobre o cadáver dos vossos deuses; a minha
alma se aborrecerá de vós. 31 Reduzirei as vossas cidades a deserto, e assolarei os
vossos santuários, e não aspirarei o vosso aroma agradável. 32 Assolarei a terra, e se
espantarão disso os vossos inimigos que nela morarem. 33 Espalhar-vos-ei por entre as
nações e desembainharei a espada atrás de vós; a vossa terra será assolada, e as
vossas cidades serão desertas. 34 Então, a terra folgará nos seus sábados, todos os
dias da sua assolação, e vós estareis na terra dos vossos inimigos; nesse tempo, a terra
descansará e folgará nos seus sábados. 35 Todos os dias da assolação descansará,
porque não descansou nos vossos sábados, quando habitáveis nela. 36 Quanto aos que
de vós ficarem, eu lhes meterei no coração tal ansiedade, nas terras dos seus inimigos,
que o ruído de uma folha movida os perseguirá; fugirão como quem foge da espada; e
cairão sem ninguém os perseguir. 37 Cairão uns sobre os outros como diante da
espada, sem ninguém os perseguir; não podereis levantar-vos diante dos vossos
inimigos. 38 Perecereis entre as nações, e a terra dos vossos inimigos vos consumirá.
39 Aqueles que dentre vós ficarem serão consumidos pela sua iniqüidade nas terras dos
vossos inimigos e pela iniqüidade de seus pais com eles serão consumidos.”; Ez 18:20
“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai, a
iniqüidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso
cairá sobre este.”).
Pelas condições dadas por Deus ao homem nas alianças, entendemos muito sobre a
responsabilidade do homem. O homem é responsável por que Deus o mandou fazer algo. Se o
homem não fizer a sua parte, ele é castigado severamente até que venha a se arrepender ou até
mesmo a morte. O homem é culpado porque ele é responsável. Mesmo que o homem seja
responsável, a responsabilidade do homem não quer dizer que ele é capaz de preencher o que ele
deve. Quem pode guardar toda a Lei de Moisés? Mas todos são responsáveis em guardá-la toda.
Os que tropeçam em um ponto somente são culpados dela toda (Tg 2:10 “Pois qualquer que
guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos.”). Pelo
pecado habitar na carne, o homem é fraco e incapaz de fazer o bem que deve (Jr 17:9
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto;
quem o conhecerá?”; Rm 3:10-23 “10 como está escrito: Não há justo, nem um sequer,
11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma
se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta
deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus
lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés
velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17
desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos. 19
Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda
boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, 20 visto que ninguém será justificado
diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do
pecado. 21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e
pelos profetas; 22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre
todos] os que crêem; porque não há distinção, 23 pois todos pecaram e carecem da
glória de Deus”; Rm 7:18-21 “18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não
habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. 19
Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. 20 Mas, se eu
faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. 21
Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim.”). Por isso
entendemos que as alianças bilaterais e condicionais à obediência do homem são fracas pela
incapacidade do homem, e, tais alianças, são mais cedo ou mais tarde anuladas. Todavia o
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desejo de Deus continua sendo o mesmo.
Deus, que criou o homem, que responsabilizou o homem, que fez um pacto com o homem, sabe
o que está no homem. Para a glória de Deus e para atingir o Seu desejo eterno, Deus fez uma
aliança nova e definitiva: a da graça.
Nessa aliança da graça Deus faz a obra toda e por isso ela é eterna. Por ela ser eterna essa
aliança da graça é a eterna base da preservação de todos que estão nela. Nessa aliança da graça
Deus é o Testador pelo Filho que dá a Sua própria vida (Hb 9:14,15 “14 muito mais o sangue
de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus,
purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo! 15 Por
isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para
remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da
eterna herança aqueles que têm sido chamados.”). Os herdeiros dessa aliança são os
chamados pelo Seu poder (Rm 8:28-30 “28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o
bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem
conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos
irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses
também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”; Hb 9:15 “15 Por
isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para
remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da
eterna herança aqueles que têm sido chamados.”). Esse pacto é efetuado pela morte
vitoriosa do Testador (Rm 5:8 “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato
de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”; Ef 2:14-16 “14 Porque ele é
a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que
estava no meio, a inimizade, 15 aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma
de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a
paz, 16 e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz,
destruindo por ela a inimizade.”; Hb 9:16 “Porque, onde há testamento, é necessário
que intervenha a morte do testador;”). A qualificação ou condição de lealdade é preenchida
perfeitamente por Cristo (Jo 17:4 “Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me
confiaste para fazer;”; Hb 9:28 “assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para
sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o
aguardam para a salvação.”; Fp 2:8-11 “8 a si mesmo se humilhou, tornando-se
obediente até à morte e morte de cruz. 9 Pelo que também Deus o exaltou
sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, 10 para que ao nome de
Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, 11 e toda língua
confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.”) com qual lealdade o
benefício do pacto é garantida seguramente: a Salvação eterna de todo aquele que crê em Cristo
(Hb 9:15,28 “Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que,
intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança,
recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados. 28 assim
também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de
muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação.”).
Essa aliança nova é caracterizada pela graça soberana de Deus, algo que não inclui nenhuma
obra do homem (Ef 2:8,9 “8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem
de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que ninguém se glorie.”). Foi o próprio Deus
que propôs pôr nos corações a Sua lei e a escrever no seu interior sem a intermediação ou
qualificação de uma obra do homem qualquer (Jr 31:33 “Porque esta é a aliança que
firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes
imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e
eles serão o meu povo.”). A morte do Testador foi preenchida satisfatoriamente por Cristo (Hb
9:18-26 “18 Pelo que nem a primeira aliança foi sancionada sem sangue; 19 porque,
havendo Moisés proclamado todos os mandamentos segundo a lei a todo o povo, tomou
o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, e lã tinta de escarlate, e hissopo e
aspergiu não só o próprio livro, como também sobre todo o povo, 20 dizendo: Este é o
sangue da aliança, a qual Deus prescreveu para vós outros. 21 Igualmente também
aspergiu com sangue o tabernáculo e todos os utensílios do serviço sagrado. 22 Com
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efeito, quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e, sem
derramamento de sangue, não há remissão. 23 Era necessário, portanto, que as figuras
das coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias
coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores. 24 Porque Cristo não entrou em
santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer,
agora, por nós, diante de Deus; 25 nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas
vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio.
26 Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a
fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez
por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado.”; Is 53:11“Ele verá o
fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o
seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.”).,
"ficará satisfeito") fazendo que a promessa desta aliança ser cumprida. Por isso é garantido que
os Salvos serão o povo dEle e Ele será o Deus deles (Jó 23:13 “Mas, se ele resolveu alguma
coisa, quem o pode dissuadir? O que ele deseja, isso fará.”; Ap 21:3,7 “3 Então, ouvi
grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus
habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. 7 O
vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.”). Essa aliança é
eterna, pois é Cristo Quem os preserva (Lv 2:13 “Toda oferta dos teus manjares
temperarás com sal; à tua oferta de manjares não deixarás faltar o sal da aliança do teu
Deus; em todas as tuas ofertas aplicarás sal.”, "o Sal da aliança"; Jd 1:24 “Ora, àquele
que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação,
imaculados diante da sua glória,”), e o sinal da confirmação é o sinal da sua ressurreição
(Rm 1:4 “e foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade
pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor,”; At 17:31
“porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de
um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os
mortos.”; Ef 1:19,20 “19 e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que
cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; 20 o qual exerceu ele em Cristo,
ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares
celestiais,”).
A qualificação de quem entra nessa aliança continua sendo a fé e obediência mas com uma
diferença importante. A fé necessária na parte do homem não é a obra do homem em quem não
habita bem algum, mas daquela fé que é fruto do Espírito Santo (Gl 5:22 “Mas o fruto do
Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,”)
operado eficazmente nos escolhidos. A obediência moral necessária para qualificar os recipientes
desta aliança da graça vem de um coração novo dado por Deus (Jr 31:31-34 “31 Eis aí vêm
dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de
Judá. 32 Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela
mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não
obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. 33 Porque esta é a aliança que firmarei
com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as
minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o
meu povo. 34 Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu
irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até
ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados
jamais me lembrarei.”; Fp 2:13 “porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer
como o realizar, segundo a sua boa vontade.”). A obediência cerimonial desejada por Deus é
celebrada pela manifestação do homem novo na vida diária e pela participação na Sua
organização Eclesiástica, a igreja, e declarada publicamente pelas ordenanças: o batismo e a Ceia
do Senhor. Cristo vivendo nos Cristãos faz tudo necessário para que a aliança seja completa e
perfeita.
Essa aliança nova da graça é firme por ser feita por Deus do começo até ao fim. Ele põe a Sua lei
no coração dos Seus e isto faz que Ele seja o Deus deles e opera que eles querem ser o Seu povo
(Jr 31:33 “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles
dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas
inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”). Mesmo que a promessa foi
dada especificamente à casa de Israel, os gentios foram enxertados nela pela eleição da graça
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O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II
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(Rm 11:11-19 “11 Pergunto, pois: porventura, tropeçaram para que caíssem? De modo
nenhum! Mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios, para pô-los em
ciúmes. 12 Ora, se a transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu
abatimento, em riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude! 13 Dirijo-me a
vós outros, que sois gentios! Visto, pois, que eu sou apóstolo dos gentios, glorifico o
meu ministério, 14 para ver se, de algum modo, posso incitar à emulação os do meu
povo e salvar alguns deles. 15 Porque, se o fato de terem sido eles rejeitados trouxe
reconciliação ao mundo, que será o seu restabelecimento, senão vida dentre os mortos?
16 E, se forem santas as primícias da massa, igualmente o será a sua totalidade; se for
santa a raiz, também os ramos o serão. 17 Se, porém, alguns dos ramos foram
quebrados, e tu, sendo oliveira brava, foste enxertado em meio deles e te tornaste
participante da raiz e da seiva da oliveira, 18 não te glories contra os ramos; porém, se
te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz, a ti. 19 Dirás, pois:
Alguns ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado.”) para que agora todo e
qualquer que crê em Cristo será Salvo (Rm 1:16 “Pois não me envergonho do evangelho,
porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e
também do grego;”; Rm 10:9-13 “9 Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor
e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10
Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da
salvação. 11 Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido.
12 Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de
todos, rico para com todos os que o invocam. 13 Porque: Todo aquele que invocar o
nome do Senhor será salvo.”). Por Deus prometer, sabemos que esse acordo é para sempre
(Tt 1:2 “na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes
dos tempos eternos”; Hb 6:18 “para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é
impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio,
a fim de lançar mão da esperança proposta;”. Todo aspecto desta aliança da graça
estabeleça o fato da eterna preservação dos santos.
Talvez você queira saber se está incluído nessa aliança nova que preserva os Seus até o fim pela
obra de Cristo. Essa aliança é para todos em Cristo. Você está em Cristo? Essa aliança é
qualificada pela fé. Você crê de todo o coração? Essa aliança nova da graça efetua um novo
coração com as leis de Deus escritas nele para que tenha novos pensamentos para amar e servir
Deus mais e mais como Deus. A sua vida tem essas evidências? Tendo as evidências, pode saber
que você está incluído nessa aliança da graça. Estando nessa aliança você pode ser consolado. É
baseada na promessa do Deus que não pode mentir e assegurada pela obra satisfatória da alma
de Cristo, o Filho de Deus. Se quiser Deus como seu Deus e se quiser ser o povo dEle, venha a
crer em Cristo de todo o coração.
Todas as alianças anteriores com os homens foram fracas na medida em que dependiam do
homem. A aliança da graça é forte e eterna, pois Deus se satisfaz com o trabalho da alma de
Cristo (Is 53:11“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o
meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as
iniqüidades deles levará sobre si.”). Ele "lembrar-se-á sempre da Sua aliança" (Sl 111:5
“Dá sustento aos que o temem; lembrar-se-á sempre da sua aliança.”).
A nossa preservação de ser povo de Deus tem como base a promessa da aliança nova e graciosa
feita por Deus, efetuada por Cristo e aplicada pelo Espírito Santo. Portanto ela é firme e eterna. A
aliança não está baseada em nenhum dos nossos esforços, mas somente na graça soberana de
Deus. Pela escolha dEle, pela obra completa de Cristo ministrada pelo Espírito Santo pela Palavra
de Deus essa aliança é efetuada. Que a verdade da sua preservação ser baseada na promessa da
aliança nova, que é pela graça, incentive a sua perseverança para com o seu Salvador e Deus até
Ele vier!
O propósito eterno de Deus
Eclesiastes 3:14 “Sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe pode
acrescentar e nada lhe tirar; e isto faz Deus para que os homens temam diante dele.”
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Por Deus ser divino, Ele é completo em todas as Suas partes. Se falhasse em apenas um único
ponto, Ele tornaria a ser menos do que um outro ser nesta área. O outro ser, com menos falhas,
tornaria a ser maior do que Deus neste único ponto, e, portanto, dominaria Deus. Mas, Deus é
completo em toda e qualquer parte. Ninguém pode convencer o Filho dEle de pecado, ou falha em
motivo ou ação. Se o Filho é assim, também o Pai (Jo 8:46 “Quem dentre vós me convence
de pecado? Se vos digo a verdade, por que razão não me credes?”; Jo 10:30 “Eu e o Pai
somos um.”). Deus é perfeito em todos as Suas obras (Dt 32:4 “Eis a Rocha! Suas obras
são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há
nele injustiça; é justo e reto.”; 2Sm 22:31 “O caminho de Deus é perfeito; a palavra do
SENHOR é provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam.”; Sl 18:30 “O
caminho de Deus é perfeito; a palavra do SENHOR é provada; ele é escudo para todos
os que nele se refugiam.”; Mt 5:48 “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o
vosso Pai celeste.”).
Podemos conhecer Deus pelos atributos dEle revelados pelas Escrituras Sagradas. O propósito de
Deus é assegurado pelo Seu ser (Is 46:9-11 “9 Lembrai-vos das coisas passadas da
antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante
a mim; 10 que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade,
as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei
toda a minha vontade; 11 que chamo a ave de rapina desde o Oriente e de uma terra
longínqua, o homem do meu conselho. Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este
propósito, também o executarei.”) e confirmado pelos seus atributos. Vamos examinar alguns
destes atributos:
A qualidade da soberania de Deus é motivo pelo qual todas as providências nos exércitos do céu
e da terra operam segundo a Sua vontade (Dn 4:34-37 “34 Mas ao fim daqueles dias, eu,
Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, tornou-me a vir o entendimento, e eu
bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é
sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. 35 Todos os moradores da terra são
por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu
e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?
36 Tão logo me tornou a vir o entendimento, também, para a dignidade do meu reino,
tornou-me a vir a minha majestade e o meu resplendor; buscaram-me os meus
conselheiros e os meus grandes; fui restabelecido no meu reino, e a mim se me ajuntou
extraordinária grandeza. 37 Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalço e glorifico
ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos,
e pode humilhar aos que andam na soberba.”; At 4:26-28 “26 Levantaram-se os reis da
terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido; 27
porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao
qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, 28 para fazerem
tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram;”; At 13:48 “Os gentios,
ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que
haviam sido destinados para a vida eterna.”).
O poder de Deus garante que seu decreto seja cumprido (Dn 4:35, "Não há quem possa
estorvar a Sua mão, e lhe diga: Que fazes?"; 1Pe 1:5 “que sois guardados pelo poder de
Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.”,).
A verdade de Deus garante seu decreto ser preenchido perfeitamente (Nm 23:19 “Deus não é
homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura,
tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?”).
A imutabilidade de Deus garante que a Sua vontade não mude para conosco (Ml 3:6 “Porque
eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.”; Rm
11:29“porque os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis.”).
A eternidade de Deus garante que o que Ele diz será verdadeiramente realizado em tempo (Sl
33:11 “O conselho do SENHOR dura para sempre; os desígnios do seu coração, por
todas as gerações.”; Mt 5:18 “Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra
passem, nem um i ou um til jamais passará
da Lei, até que tudo se cumpra.”; 1Pe
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1:23 “pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível,
mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente.”).
A perfeição e a sabedoria de Deus fazem que o Seu desejo seja perfeito e sábio, e assim sendo, é
sem nenhum ponto fraco nem nada que pode frustrar os seus planos eternos (Sl 19“1 Os céus
proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. 2 Um dia
discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. 3 Não há
linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; 4 no entanto, por toda a
terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. Aí, pôs uma
tenda para o sol, 5 o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como
herói, a percorrer o seu caminho. 6 Principia numa extremidade dos céus, e até à outra
vai o seu percurso; e nada refoge ao seu calor. 7 A lei do SENHOR é perfeita e restaura
a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices. 8 Os preceitos do
SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os
olhos. 9 O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR
são verdadeiros e todos igualmente, justos. 10 São mais desejáveis do que ouro, mais
do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. 11
Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa.
12 Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas.
13 Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei
irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão. 14 As palavras dos meus lábios e o
meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e
redentor meu!”.
A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma ... os juízos do SENHOR são verdadeiros e justos
juntamente."; (Rm 11:33-36 “33 Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do
conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os
seus caminhos! 34 Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu
conselheiro? 35 Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? 36
Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória
eternamente. Amém!”).
Examinando os atributos divinos entendemos que o seu decreto é influenciado pelo Seu ser e
pelas Suas qualidades divinas. Portanto, Deus decretando a nossa preservação, podemos estar
tranqüilos com respeito ao seu inteiro e perfeito cumprimento. Ao mesmo tempo em que frisamos
o eterno propósito de Deus que nos preserva não esquecemo-nos dos meios que Ele usa para
nossa participação nela (a nossa perseverança na obediência á Palavra de Deus, a santificação,
etc.).
É confortante considerar que o decreto de Deus não emana de uma pressão de fora dEle como se
fosse uma necessidade; nem por Ele reagir a uma situação desesperadora. O decreto de Deus
vem da sua própria vontade livre e soberana (Ef 1:5 “nos predestinou para ele, para a
adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade”; Ef
1:9 “desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que
propusera em Cristo,”). Entendemos que essa vontade não é movida por nenhum capricho,
mas pelo amor, "mas porque o SENHOR vos amava"; , "Há muito que o SENHOR me apareceu,
dizendo: Porquanto com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí."; , "Mas Deus,
que é riquíssimo em misericórdia, pelo Seu muito amor com que nos amou (...) nos vivificou
juntamente com Cristo"; , "Nós O amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro."). Portanto,
como é imensurável o amor de Deus, na mesma medida é confirmada a nossa preservação, nada
"nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.”.
O próprio decreto divino é que os Seus sejam aceitos no Amado (Ef 1:6 “para louvor da glória
de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado,”); novas criaturas
espirituais (2Co 5:17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas
antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”); serem Seus próprios filhos, e assim
sendo, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo (Rm 8:17 “Ora, se somos filhos, somos
também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos,
também com ele seremos glorificados.”; 1Jo 3:2 “Amados, agora, somos filhos de Deus,
e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se
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manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”). É
vontade explícita pelo decreto que todos que fossem chamados particularmente pelo seu Espírito
Santo pelo Evangelho, sejam justificados por Cristo e glorificados na Sua imagem (Rm 8:29,30
“29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem
conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos
irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses
também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”). O decreto envolve
que Deus seja plenamente satisfeito pela obra de Cristo pelos Seus (Is 53:11“Ele verá o fruto
do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu
conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si.”). Pelo
decreto ser tão exato, é prometido que os que vêm a Ele por Cristo, de nenhuma maneira serão
lançados fora (Jo 6:37 “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a
mim, de modo nenhum o lançarei fora.”). Os em Cristo têm a segurança que tudo que vêm a
acontecer nas suas vidas contribuirá para seu bem. Se todas as coisas operam para o seu bem, é
claro que nada operará para a sua condenação (Rm 8:28 “Sabemos que todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo
o seu propósito.”). Portanto, tendo o Seu decreto feito na eternidade e revelado em tempo,
podem descansar no amor e poder de Deus todos que estão em Cristo. Esse descanso é pelo
decreto sendo dado, e por ele não ser condicional no homem, mas parte da Sua aliança da graça
é assegurada o seu cumprimento exatamente como foi decretado.
Todas as promessas divinas reveladas pelas Escrituras Sagradas, tanto para os justos quanto aos
injustos, detalham para os estudiosos os vários aspectos do Seu eterno decreto. O propósito de
Deus é assegurado pelo Seu ser (Is 46:10 “que desde o princípio anuncio o que há de
acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu
conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade;”) e revelado pelas Suas
promessas. Por exemplo: Deus deseja e, por isso, decretou a Sua permanência para com o Seu
povo ajuntado corretamente na terra. Sabemos desse decreto e desejo pela Sua promessa
referente a este ajuntamento. A Sua promessa reflete esse decreto (Mt 28:20 “ensinando-os a
guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os
dias até à consumação do século.”). Se Deus prometeu algo em tempo é porque o fato já foi
decretado na eternidade. Existem muitas providências externas que mudam na vida do Cristão,
mas nenhuma mudança concernente aos pensamentos de Deus para com os Seus (Is 46:9-11
“9 Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro,
eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; 10 que desde o princípio anuncio o que
há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o
meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade; 11 que chamo a ave de
rapina desde o Oriente e de uma terra longínqua, o homem do meu conselho. Eu o
disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei.”). É
prometida a preservação dos santos. É promessa de Deus que os em Cristo tenham a vida eterna
(Jo 6:39,40 “39 E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos
os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia. 40 De fato, a vontade
de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o
ressuscitarei no último dia.”). A promessa de Deus é que os Seus nunca perecem (Jo
10:28,29 “28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da
minha mão. 29 Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai
ninguém pode arrebatar.”). As promessas de Deus nos ensinem o intento do Seu decreto e é
esse eterno decreto qual faz parte da base da nossa preservação.
Estamos tão confiantes na preservação eterna de Deus de todos os Seus quanto somos firmes na
Sua soberania e poder que garantem que aquilo que Ele deseja não será invalidado (Jó 23:13
“Mas, se ele resolveu alguma coisa, quem o pode dissuadir? O que ele deseja, isso
fará.”,; Sl 115:3 “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.”; Sl 135:6
“Tudo quanto aprouve ao SENHOR, ele o fez, nos céus e na terra, no mar e em todos os
abismos.”; Is 14:24 “Jurou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Como pensei, assim
sucederá, e, como determinei, assim se efetuará.”). Se o decreto que é revelado pelas
promessas é firme então o que foi prometido também o é.
Os em Cristo têm muito para se confortarem com respeito ao efeito prático da Salvação. A
aliança pela graça que os inclui, e, assegurada pela obra expiatória de Cristo é tão firme quanto o
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propósito eterno de Deus. Mas saiba disso, somente os crentes em Cristo podem ter essa certeza
e descanso de alma. Todos que se arrependem e crêem em Cristo estão seguros, mas qualquer
fora de Cristo é condenado para receber o justo juízo dos seus pecados. Isso também faz parte
do decreto eterno (1Jo 5:12 “Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o
Filho de Deus não tem a vida.”). Se você é um pecador oprimido pelo seu pecado, venha a
confiar em Cristo já! É promessa de Deus que todos que venham a Cristo, terão Salvação. Estes
serão preservados para todo o sempre. A base dessa preservação é o propósito eterno de Deus
revelado pela Palavra de Deus.
Resumindo, o Cristão é reconhecido no mundo pela sua perseverança na fé. Porém a sua
perseverança desejada é somente conseguida pela obra de Deus preservando-o. O Cristão deseja
perseverar. O Cristão se esforça em perseverar, mas a capacidade de cumprir esse desejo e
responsabilidade vem do próprio Deus (Fp 2:13 “porque Deus é quem efetua em vós tanto o
querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.”; 2Co 3:4-6 “4 E é por intermédio
de Cristo que temos tal confiança em Deus; 5 não que, por nós mesmos, sejamos
capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa
suficiência vem de Deus, 6 o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova
aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica.”).
11. Um Resumo da Doutrina da Salvação
Hb 10:5-7 “5 Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes,
um corpo me formaste; 6 não te deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado. 7
Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer,
ó Deus, a tua vontade.”
O Velho Testamento fala tanto da Salvação por Jesus Cristo quanto fala o Novo Testamento. O
que o Velho Testamento revela por símbolos, tipos, enigmas e mistérios, o Novo Testamento
revela abertamente. Entendemos melhor os ensinos do Novo Testamento se consideramos as
profecias e mistérios do Velho Testamento. Entendemos melhor os mistérios do Velho
Testamento se consideramos os ensinos do Novo Testamento. O que sobreveio como figuras no
Velho Testamento foi escrito para nosso aviso (1Co 10:11 “Estas coisas lhes sobrevieram
como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os
fins dos séculos têm chegado.”) e para nosso ensino (Rm 15:4 “Pois tudo quanto,
outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela
consolação das Escrituras, tenhamos esperança.”). Fazemos bem quando tomamos as
Escrituras do Velho Testamento e do Novo Testamento como todos proveitosos para fazer-nos
perfeitos e perfeitamente instruídos para toda a boa obra (2Tm 3:15-17 “15 e que, desde a
infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé
em Cristo Jesus. 16 Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 17 a fim de que o homem de
Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”).
Por Deus ser imutável (Ml 3:6 “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de
Jacó, não sois consumidos.”; Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do
alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de
mudança.”), e por Ele ter somente um eterno propósito em Cristo Jesus (Ef 3:11 “segundo o
eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor,”), convém examinar
todas as Escrituras para sermos instruídos bem nesta doutrina gloriosa da Salvação. Pelo Espírito
de Cristo estar nos profetas (1Pe 1:10-12 “10 Foi a respeito desta salvação que os
profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros
destinada, 11 investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias
oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão
testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os
seguiriam. 12 A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros,
ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito
Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam
perscrutar.”; Ap 19:10 “Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me
disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o
testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da
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profecia.”), o que foi escrito, mesmo desde o princípio, no Velho Testamento, fala da obra
expiatória de Cristo (Hb 10:5-7 “5 Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta
não quiseste; antes, um corpo me formaste; 6 não te deleitaste com holocaustos e
ofertas pelo pecado. 7 Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a
meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade.”).
Para resumir muitos aspectos da Salvação vistos claramente no Novo Testamento, o Velho
Testamento pode ser bem útil. O caso do arco de Noé, com a sua pregação a todos por mais de
que cem anos, a exclusividade da graça de Deus sobre a família de Noé, a preservação e
perseverança destes até a obtenção da terra nova, pode ser mencionado para resumir essa
doutrina de Salvação. Pode ser considerado também o tabernáculo com as suas ofertas,
sacerdócio, tipos como claras apresentações de todos os aspectos de Salvação. O tempo esgotará
se mencionamos também as vidas de Abraão, José, filho de Jacó, Josué, Rute e Ester, pois essas
vidas manifestam claramente a graça e misericórdia de Deus no assunto de soteriologia. Não
correremos para todos esses casos, mas queremos estudar um único caso do Velho Testamento e
assim fazendo, com as bênçãos de Deus, entenderemos melhor esse assunto importante.
Queremos observar o tratamento do rei Davi para com o Mefibosete (2Sm 9:1-13 “1 Disse
Davi: Resta ainda, porventura, alguém da casa de Saul, para que use eu de bondade
para com ele, por amor de Jônatas? 2 Havia um servo na casa de Saul cujo nome era
Ziba; chamaram-no que viesse a Davi. Perguntou-lhe o rei: És tu Ziba? Respondeu: Eu
mesmo, teu servo. 3 Disse-lhe o rei: Não há ainda alguém da casa de Saul para que use
eu da bondade de Deus para com ele? Então, Ziba respondeu ao rei: Ainda há um filho
de Jônatas, aleijado de ambos os pés. 4 E onde está? Perguntou-lhe o rei. Ziba lhe
respondeu: Está na casa de Maquir, filho de Amiel, em Lo-Debar. 5 Então, mandou o rei
Davi trazê-lo de Lo-Debar, da casa de Maquir, filho de Amiel. 6 Vindo Mefibosete, filho
de Jônatas, filho de Saul, a Davi, inclinou-se, prostrando-se com o rosto em terra.
Disse-lhe Davi: Mefibosete! Ele disse: Eis aqui teu servo! 7 Então, lhe disse Davi: Não
temas, porque usarei de bondade para contigo, por amor de Jônatas, teu pai, e te
restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu comerás pão sempre à minha mesa. 8
Então, se inclinou e disse: Quem é teu servo, para teres olhado para um cão morto tal
como eu? 9 Chamou Davi a Ziba, servo de Saul, e lhe disse: Tudo o que pertencia a Saul
e toda a sua casa dei ao filho de teu senhor. 10 Trabalhar-lhe-ás, pois, a terra, tu, e
teus filhos, e teus servos, e recolherás os frutos, para que a casa de teu senhor tenha
pão que coma; porém Mefibosete, filho de teu senhor, comerá pão sempre à minha
mesa. Tinha Ziba quinze filhos e vinte servos. 11 Disse Ziba ao rei: Segundo tudo
quanto meu senhor, o rei, manda a seu servo, assim o fará. Comeu, pois, Mefibosete à
mesa de Davi, como um dos filhos do rei. 12 Tinha Mefibosete um filho pequeno, cujo
nome era Mica. Todos quantos moravam em casa de Ziba eram servos de Mefibosete.
13 Morava Mefibosete em Jerusalém, porquanto comia sempre à mesa do rei. Ele era
coxo de ambos os pés.”).
O designo da restauração de Mefibosete foi a glória do rei. O caso Bíblico da restauração de
Mefibosete trouxe um incapaz e desprezível à mesa do rei, uma ação que redundou para a glória
da graça do rei. Assim entendemos o designo da Salvação é trazer um morto em pecados e
ofensas à gloriosa luz da presença de Deus para a Sua glória (Rm 11:36 “Porque dele, e por
meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”; Ef
1:6 “para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no
Amado,”).
A causa da restauração de Mefibosete foi o desejo, o poder e a graça do rei. A procura da
descendência da casa de Saul foi iniciada pelo rei (v. 1). O rei quis buscar o Mefibosete. Nisso
entendemos que a Salvação é operada pelo seu beneplácito, ou seja, o bom prazer da Sua
vontade (Ef 1:11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados
segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua
vontade,”). O rei podia deixar de procurar este aleijado tão facilmente que podia o procurar.
Ninguém e nada o forçaram a fazer isso como também ninguém o impediu. Isso mostra a
soberania de Deus na Salvação (Sl 135:6 “Tudo quanto aprouve ao SENHOR, ele o fez, nos
céus e na terra, no mar e em todos os abismos.”; Dn 4:35 “Todos os moradores da terra
são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do
céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que
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fazes?”; Rm 9:15,16,21 “15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me
aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. 16
Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua
misericórdia. 21 Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer
um vaso para honra e outro, para desonra?”). Graças à boa vontade e soberania do rei, o
Mefibosete foi restaurado. Graças à boa vontade e soberania de Deus, pecadores hoje são Salvos
(Ef 1:11 “nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o
propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,”).
O necessitado da restauração foi Mefibosete. O nome Mefibosete significa coisa vergonhosa
(Leaves, Worms, Butterflies & T.U.L.I.P.S., p. 150). O nome do lugar que ele morava era LoDebar, um nome que significa sem pastagem (Leaves ..., p.152). Mefibosete é descrito como
aleijado de "ambos os pés" (v. 3,13) e um "cão morto" (v. 8). Este homem buscado pelo rei não
tinha nada glorioso para merecer a atenção do rei. Ele era descendência do inimigo do rei,
aleijado e desprezível. Externamente, ele era incapaz de viver uma vida real (aleijado de "ambos
os pés"), e, internamente, ele reconhecia que não merecia nenhuma bondade do rei ("cão
morto"). Tudo isso retrata a posição do pecador que Deus busca. O pecador é descendência do
primeiro Adão, e inimigo (Rm 5:12 “Portanto, assim como por um só homem entrou o
pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os
homens, porque todos pecaram.”; Rm 8:6-8 “6 Porque o pendor da carne dá para a
morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade
contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os
que estão na carne não podem agradar a Deus.”) como também é terrivelmente aleijado
espiritualmente (Rm 5:6,8 “6 Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a
seu tempo pelos ímpios. 8 Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato
de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”; Ef 2:1 “Ele vos deu vida,
estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,”). Além disso, o pecador habita
contentemente nas trevas (Jo 3:19 “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os
homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.”) onde a
morte reina (Rm 6:23 “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de
Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”) não merecendo nada senão a justa
condenação de Deus. Se o rei Davi não buscasse em graça e misericórdia, Mefibosete não teria
sido restaurado. Assim é a condição do pecador hoje (Rm 3:10-18 “10 como está escrito:
Não há justo, nem um sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus;
12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há
nem um sequer. 13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano,
veneno de víbora está nos seus lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de
amargura; 15 são os seus pés velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há
destruição e miséria; 17 desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus
diante de seus olhos.”; Rm 5:12 “Portanto, assim como por um só homem entrou o
pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os
homens, porque todos pecaram.”). Sem Deus buscar em graça e amor, nenhum pecador será
Salvo (Rm 5:8 “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo
morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”; Ef 2:8,9 “8 Porque pela graça sois
salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que
ninguém se glorie.”).
Como o Mefibosete era um aleijado (incapaz), morador de Lo-Debar (lugar sem pastagem) e
reconhecia seu estado de baixeza ao ser trazido na presença do Rei (2Sm 9:6 “Vindo
Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, a Davi, inclinou-se, prostrando-se com o
rosto em terra. Disse-lhe Davi: Mefibosete! Ele disse: Eis aqui teu servo!”), assim o
pecador é incapaz (Rm 8:6-8 “6 Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do
Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois
não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na
carne não podem agradar a Deus.”), morto em pecado (longe da santidade de Deus, Rm
3:23 “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,”), e reconhece o seu estado de
baixeza quando é trazido na presença do Deus "Senhor, que queres que faça?" (At 9:6 “mas
levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer.”,; At 16:29-31 “29
Então, o carcereiro, tendo pedido uma luz, entrou precipitadamente e, trêmulo,
prostrou-se diante de Paulo e Silas. 30 Depois, trazendo-os para fora, disse: Senhores,
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que devo fazer para que seja salvo? 31 Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás
salvo, tu e tua casa.”; At 17:30 “Ora, não levou Deus em conta os tempos da
ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se
arrependam;”).
Notamos que a incapacidade de Mefibosete, mesmo sendo total, pois era aleijado de ambos os
pés, não o impediu do poder de escolha. Ele era livre a escolher segundo a sua capacidade.
Todavia notamos também o fato que a sua livre escolha não o capacitou a andar. Assim
entendemos que o pecador, mesmo sendo um agente livre e com poder de livre escolha, não tem
por isso, a capacidade de fazer nada agradável a Deus (Rm 8:6-8 “6 Porque o pendor da
carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. 7 Por isso, o pendor da
carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode
estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.”). O poder de livre
escolha não sobrepuja a natureza pecaminosa do homem.
Notamos também que a incapacidade de Mefibosete não o fez menos responsável de vir ao rei
quando o rei o buscou. Mefibosete era inteiramente responsável de usar todos os meios possíveis
para obedecer ao desejo do rei Davi. De maneira nenhuma Mefibosete devia usar a sua
incapacidade como uma desculpa de continuar longe do rei. Contrariamente, a sua incapacidade
devia fazê-lo clamar pela misericórdia do rei para tê-lo em misericórdia e em capacitá-lo a
obedecer. Nisso entendemos a responsabilidade de todo o pecador de se arrepender e crer em
Cristo Jesus (At 17:30 “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora,
porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam;”) apesar da sua
triste incapacidade.
Entendemos, diante da incapacidade de Mefibosete e da soberania de Deus, que o rei Davi fez
uma escolha sem depender das condições do escolhido nem considerar o que este pensava do
assunto. Essa escolha do rei Davi foi pessoal e individual (v. 5, "mandou o rei Davi, e o tomou da
casa de Maquir, filho de Amei, de Lo-Debar.") e particular e preferencial. A escolha do rei foi
dirigida somente para com Mefibosete (v. 5) e não para qualquer outro aleijado na cidade. Essa
escolha do rei para com Mefibosete foi primeira e antes de mencionar qualquer desejo ou ação de
Mefibosete (v. 1-3). Assim também é a eleição. É pessoal e individual (Jr 31:3 “De longe se me
deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade
te atraí.”; Rm 9:11-13 “11 E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado
o bem ou o mal (para que o propósito de Deus, quanto à eleição, prevalecesse, não por
obras, mas por aquele que chama), 12 já fora dito a ela: O mais velho será servo do
mais moço. 13 Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.”; Gl 1:15
“Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça,
aprouve”), particular e preferencial e antes de qualquer desejo do homem para com Deus (Jo
1:13 “os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do
homem, mas de Deus.”; Rm 9:15,16 “15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de
quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter
compaixão. 16 Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar
Deus a sua misericórdia.” "Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia
de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois isso não depende do que quer, nem de que corre, mas
de Deus, que se compadece.").
O preço pago para a restauração de Mefibosete foi totalmente pago pelo rei Davi (v. 3-5). Assim
também o preço da Salvação é pago por Deus. A Salvação das nossas almas requer a obediência
de um justo no nosso lugar e este Justo foi dado pelo Pai (Is 9:6 “Porque um menino nos
nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será:
Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;”; Is 53:4-6 “4
Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre
si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado
pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a
paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos
desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair
sobre ele a iniqüidade de nós todos.”). Cristo é este Justo no lugar dos injustos (1Pe 3:18
“Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para
conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito,”; Rm 5:8 “Mas
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Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós,
sendo nós ainda pecadores.”). O que foi pago pelo rei Davi para trazer Mefibosete foi
expendido não para trazer todos os aleijados à casa real, mas somente aquele que foi incluso na
sua aliança. São estes também pelos quais Cristo morreu (Mt 1:21 “Ela dará à luz um filho e
lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.”; Jo
10:11,14-16 “11 Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas. 14 Eu sou
o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim, 15 assim como o
Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas. 16 Ainda
tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a
minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor.”; Is 53:4-6,8 “4 Certamente, ele
tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o
reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 5 Mas ele foi traspassado pelas
nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós andávamos
desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair
sobre ele a iniqüidade de nós todos. 8 Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua
linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa
da transgressão do meu povo, foi ele ferido.”), estes que são chamados, justificados e
glorificados "segundo o seu propósito" (Rm 8:28-30 “28 Sabemos que todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo
o seu propósito. 29 Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou
para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre
muitos irmãos. 30 E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou,
a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.”,).
A base desta escolha foi o amor e fidelidade de Davi à aliança que ele fizera com Jônatas (v. 1,7,
"por amor de Jônatas"). Essa aliança foi feita entre Davi e Jônatas antes mesmo que Mefibosete
foi nascido (1Sm 20:14-17,23,42 “14 Se eu, então, ainda viver, porventura, não usarás
para comigo da bondade do SENHOR, para que não morra? 15 Nem tampouco cortarás
jamais da minha casa a tua bondade; nem ainda quando o SENHOR desarraigar da terra
todos os inimigos de Davi. 16 Assim, fez Jônatas aliança com a casa de Davi, dizendo:
Vingue o SENHOR os inimigos de Davi. 17 Jônatas fez jurar a Davi de novo, pelo amor
que este lhe tinha, porque Jônatas o amava com todo o amor da sua alma. 23 Quanto
àquilo de que eu e tu falamos, eis que o SENHOR está entre mim e ti, para sempre. 42
Disse Jônatas a Davi: Vai-te em paz, porquanto juramos ambos em nome do SENHOR,
dizendo: O SENHOR seja para sempre entre mim e ti e entre a minha descendência e a
tua. (20-43) Então, se levantou Davi e se foi; e Jônatas entrou na cidade.”). Esse
acontecimento representa a fidelidade de Deus à Sua aliança feita em amor com Cristo antes da
fundação do mundo (Hb 10:5-7 “5 Por isso, ao entrar no mundo, diz: Sacrifício e oferta
não quiseste; antes, um corpo me formaste; 6 não te deleitaste com holocaustos e
ofertas pelo pecado. 7 Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a
meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade.”; Ef 1:3-6 “3 Bendito o Deus e Pai de
nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual
nas regiões celestiais em Cristo, 4 assim como nos escolheu nele antes da fundação do
mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor 5 nos predestinou
para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de
sua vontade, 6 para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente
no Amado,”) para com todos o que o Pai tem dado ao Filho (Jr 31:3,31-33 “3 De longe se
me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com
benignidade te atraí. 31 Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança
com a casa de Israel e com a casa de Judá. 32 Não conforme a aliança que fiz com seus
pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles
anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR. 33
Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o
SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas
inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”; Jo 6:37 “Todo aquele que o
Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.”; Jo
17:9 “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste,
porque são teus;”).
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O efeito do preço pago é entendido, pois o preço pago pela restauração de Mefibosete
eficazmente cumpriu o desejo do rei Davi. É observado que ele verdadeiramente "veio a Davi" (v.
6). Depois disto, foi posto em lugares abençoados (v. 9-11). Todos pelos quais Cristo morreu,
virão a Ele (Jo 6:37 “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim,
de modo nenhum o lançarei fora.”; Jo 10:27 “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu
as conheço, e elas me seguem.”; 2Pe 3:9 “Não retarda o Senhor a sua promessa, como
alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não
querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.”).
É edificante notar o fato quando Mefibosete veio à presença do rei ele disse: "Eis aqui teu servo"
(v. 6). Assim, ele mostrou seu reconhecimento da senhoria do rei sobre a sua vida. Assim
entendemos que todos os Seus que venham a se arrepender, reconhecem a Sua senhoria sobre
as suas vidas (Rm 8:15 “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes,
outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual
clamamos: Aba, Pai.”; 1Co 1:1,2 “1 Paulo, chamado pela vontade de Deus para ser
apóstolo de Jesus Cristo, e o irmão Sóstenes, 2 à igreja de Deus que está em Corinto,
aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo
lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:,”).
Os meios da chamada de Mefibosete para a restauração exemplificam os meios que Deus
emprega para chamar os Seus hoje. O Ziba, como servo do rei, representa todos esses meios. O
Ziba representa o Espírito Santo e os pregadores da Palavra de Deus. O Ziba foi enviado a dar a
mensagem do rei Davi ao Mefibosete. Nisso entendemos que é o Espírito Santo que ilumina,
desperta, convence e regenera o pecador (Jo 16:7-13 “7 Mas eu vos digo a verdade:
convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros;
se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei. 8 Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado,
da justiça e do juízo: 9 do pecado, porque não crêem em mim; 10 da justiça, porque vou
para o Pai, e não me vereis mais; 11 do juízo, porque o príncipe deste mundo já está
julgado. 12 Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora; 13
quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não
falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão
de vir.”). O Espírito Santo faz essa obra magnificente pela Palavra de Deus sendo ministrada por
seus servos (Rm 1:16 “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus
para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;”; Rm
10:14,15 “14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão
naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E como
pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos
que anunciam coisas boas!”). Essas duas representações dadas ao Ziba mostram a realidade
que existe tanto a chamada interna quanto a chamada externa para trazer os pecadores à
obediência e santificação (Gl 1:15 “Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer
e me chamou pela sua graça, aprouve”; 2Ts 2:14 “para o que também vos chamou
mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.”).
Na hora certa, a vontade do rei Davi, a obra do servo Ziba e a responsabilidade de Mefibosete,
fizeram que a restauração desejada viesse a ser efetuada. A escolha do rei Davi não era a
restauração, mas ‘para ela’. Assim também a eleição não é a própria Salvação, mas "para a
Salvação" (2Ts 2:13 “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos
amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela
santificação do Espírito e fé na verdade,”). O envio de Ziba não era a restauração, mas um
meio eficaz a ela. A restauração foi manifesta quando Mefibosete veio ao rei Davi em obediência.
Isso mostra que a eleição ou a predestinação não é a Salvação nem unicamente a obra do
Espírito Santo pela Palavra de Deus pregada, mas tudo junto operando pela fé, o dom de Deus
para o pecador, efetua um fim glorioso: a Salvação do pecador (Jo 14:6 “Respondeu-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”;
2Ts 2:13,14 “13 Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos
amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela
santificação do Espírito e fé na verdade, 14 para o que também vos chamou mediante o
nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.”).
Notamos que a restauração de Mefibosete na casa do rei Davi não eliminou a sua invalidez física
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(v. 13). Na mesma maneira a Salvação também não elimina a natureza pecaminosa da nossa
carne antes que morramos (Rm 7:21-24 “21 Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei
de que o mal reside em mim. 22 Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na
lei de Deus; 23 mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da
minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. 24
Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos
7:21-24 RA). Todavia, a restauração de Mefibosete deu a ele uma vida completamente nova que
ele humildemente viveu na presença do rei Davi. Isso representa a Salvação nos dando uma nova
natureza que faz tudo "novo" (2Co 5:17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova
criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”; Cl 3:10,11 “10 e vos
revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem
daquele que o criou; 11 no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem
incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos.”), uma vida
vivida em constante arrependimento e fé (Cl 2:6 “Ora, como recebestes Cristo Jesus, o
Senhor, assim andai nele,”; Hb 11:6 “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus,
porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que
se torna galardoador dos que o buscam.”), uma natureza nova que nos traz mais e mais na
imagem de Cristo que a criou (Cl 3:10 “10 e vos revestistes do novo homem que se refaz
para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;”).
Consideramos outra vez como a restauração de trouxe Mefibosete representa tanto a realização
da Salvação quanto os efeitos práticos da Salvação:
1 - Mefibosete foi dada uma disposição nova que causou ele a não mais querer fugir (2Sm 4:4
“Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado dos pés. Era da idade de cinco anos
quando de Jezreel chegaram as notícias da morte de Saul e de Jônatas; então, sua ama
o tomou e fugiu; sucedeu que, apressando-se ela a fugir, ele caiu e ficou manco. Seu
nome era Mefibosete.”) e o motivou a desejar ser submisso à palavra do rei. Essa disposição
nova é uma representação de regeneração. Essa obra divina dá um novo coração aos que são
buscados por Deus, e faz que entendam as coisas espirituais (1Co 2:14,15 “14 Ora, o homem
natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode
entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. 15 Porém o homem espiritual
julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém.”). Ela capacita os
escolhidos a crer na Palavra do Senhor e vir em obediência a Jesus Cristo (Tt 3:5 “não por
obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou
mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,”; 2Ts 2:13 “Entretanto,
devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus
vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na
verdade,”; Jo 15:3,5, "Sem Mim nada podeis fazer"; Ef 2:8,9 “8 Porque pela graça sois
salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; 9 não de obras, para que
ninguém se glorie.”, "Porque pela graça sois Salvos ...").
2 - A operação do rei para com Mefibosete trouxe uma conversão nítida na vida de Mefibosete (v.
8,11). Essa mudança é uma representação da conversão na vida do Salvo. Essas mudanças
radicais manifestam-se inicialmente na hora da Salvação no arrependimento do pecado e a fé no
Senhor Jesus Cristo (2Co 5:17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as
coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”). Depois da Salvação são
manifestas por uma vida que continua não desejando voltar à vida velha (Cl 2:6 “Ora, como
recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele,”; Rm 7:24 “Desventurado homem
que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”; Gl 2:20 “logo, já não sou eu quem
vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no
Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”).
3 - A restauração trouxe Mefibosete a ser posto na casa do rei Davi (v. 11). Essa verdade
representa a justificação. Na justificação o pecador é feito justo e é posto diante de Deus com
plena aceitação (Rm 5:1 “1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por
meio de nosso Senhor Jesus Cristo”; Rm 8:11 “Agora, pois, já nenhuma condenação há
para os que estão em Cristo Jesus.”).
4 - A restauração trouxe Mefibosete a ser posto como filho amado do rei (v. 11, "comerá à minha
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mesa como um dos filhos do rei"). Isso representa a verdade de adoção. A Salvação traz os
justificados à relação amorosa e posição privilegiada de filhos de Deus (Gl 4:6 “E, porque vós
sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!”.
1Jo 3:1,2 “1 Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos
chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não
nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. 2 Amados, agora, somos filhos
de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele
se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.”;
Rm 8:16,17 “16 O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de
Deus. 17 Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coherdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados.”).
5 - A restauração trouxe Mefibosete a viver bem diferente daquela vida que ele antes vivia no LoDebar (no lugar sem pastagem), para viver na cidade de Jerusalém (cidade de paz). Isso
representa a santificação. A Salvação santifica os em Cristo tanto diante de Deus quanto diante
dos homens (Pv 4:18 “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando
mais e mais até ser dia perfeito.”; 1Co 1:1 “Paulo, chamado pela vontade de Deus para
ser apóstolo de Jesus Cristo, e o irmão Sóstenes,”; 2Co 6:14 “Não vos ponhais em jugo
desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a
iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?”).
6 - A restauração trouxe Mefibosete a uma eterna posição diante do rei (v. 13, "sempre"). Isso
representa a glorificação. Todos os adotados viverão para sempre na presença do seu Deus e
Salvador (1Ts 4:17 “depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados
juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim,
estaremos para sempre com o Senhor.”).
7 - A restauração fez que Mefibosete "sempre comia à mesa do rei" (v. 12). Nisso entendemos
não somente a provisão do rei em sustentar o Mefibosete (preservar ele), mas também a
responsabilidade de Mefibosete a estar à mesa do rei e a comer (sua perseverança). Isso
representa a preservação divina para com os Seus Salvos, pois Deus sustenta e guarda os seus
(Jd 24, “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos
apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória,”). Também representa a
perseverança dos Salvos para com o Salvador, pois os Salvos procuram ser apresentados ao
Salvador irrepreensíveis (1Jo 3:3, “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta
esperança, assim como ele é puro.”).
Assim temos um resumo da obra da Salvação. Espero que sejamos abençoados a entendermos
como no "princípio do livro está escrito" de Cristo (Hb 10:5-7 “5 Por isso, ao entrar no
mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste; antes, um corpo me formaste; 6 não te
deleitaste com holocaustos e ofertas pelo pecado. 7 Então, eu disse: Eis aqui estou (no
rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade.” ). Pelo
Velho Testamento, essa passagem aparentemente obscura e somente histórica, exemplifica
aberta e gloriosamente as grandezas da Salvação quando vista pela lupa das doutrinas
claramente ensinadas no Novo Testamento. São as doutrinas explicadas no Novo Testamento que
nos revela como Cristo e a Sua obra da Salvação é presente no Velho Testamento. Que Deus
abra os nossos olhos a regozijarmos na presença de Cristo em cada página da Palavra de Deus.
Conclusão
Espero e oro que as verdades deste Maravilhoso assunto, com as bênçãos de Deus tragam os
pecadores ao Salvador, confirmem os ânimos dos Salvos e glorifiquem o Senhor Deus Pai das
luzes de Quem vem toda e boa dádiva e dom perfeito (Tg 1:17 “Toda boa dádiva e todo dom
perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação
ou sombra de mudança.”).
Se você se considera um "cão morto" e está ouvindo a voz do Salvador, venha hoje mesmo a Ele
para a Salvação da sua alma. Venha se arrependendo do pecado crendo pela fé nas revelações
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Igreja Presbiteriana do Grajaú
Estudos Bíblicos
O Conhecimento do Deus Consolador - Parte II
Operações especiais do Espírito Santo
divinas do Filho de Deus, Jesus Cristo.
Se você já foi posto na mesa do rei, vive humildemente ao serviço dele crescentemente para a
Sua glória.
Alterado e corrigido
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