O FENÔMENO DOS MOVIMENTOS RELIGIOSOS NA ESFERA DOS

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O FENÔMENO DOS MOVIMENTOS RELIGIOSOS NA ESFERA DOS CONFLITOS
SOCIAIS
Devair Gonçalves Sanchez1
Eixo Temático: CONFLITOS E MOVIMENTOS SOCIAIS
RESUMO: O presente artigo visa provocar uma reflexão acerca da atuação de alguns dos movimentos
religiosos contemporâneos mais influentes na esfera dos conflitos sociais ideológicos. O fenômeno
religioso na pós-modernidade exerce sobre o individuo um poder de influência complexo e intenso.
Pessoas de todas as classes sociais são influenciadas incisivamente por discursos fundamentalistas,
onde o tema do sagrado torna-se o único fator que atesta autenticidade. O grande entrave se dá a partir
do momento em que tais movimentos se opõem publicamente a grupos minoritários emergentes que
atuam na defesa de novas concepções. A intenção dessa pesquisa é demonstrar qual a postura dos
movimentos religiosos de destaque no Brasil, mediante a insurgência desses conflitos, tais como a
iminência de movimentos de reforma agrária, grupos em defesa da livre opção sexual e entidades que
defendem a legalização do aborto. Ademais, o trabalho pretende contribuir reflexivamente para uma
tomada de consciência acerca da importância do debate em torno da problemática do
fundamentalismo, seja religioso ou moral, no âmbito das ciências humanas e sociais.
PALAVRAS-CHAVE: Fenomenologia; Religião; Conflitos; Movimentos;
1 INTRODUÇÃO
Esta exposição pretende enfocar o caráter conflituoso do que se convencionou chamar
de “fenômeno religioso2”, com base no entendimento de que a referida questão não é una,
1
Acadêmico da Unioeste. E-mail [email protected]
O fenômeno religioso é uma realidade que se apresenta no espaço tempo do cotidiano que nos permite estudálo à escala das Ciências Humanas. O sagrado como conceito-chave torna este estudo operacional, porque
perpassa as várias instâncias do fenômeno religioso. Muito embora, na sua origem grega, fenômeno signifique
aparência sensível que se opõe à realidade, no sentido moderno, a partir do século XVIII, o termo passa a ser
considerado com objeto do conhecimento humano de modo específico. Em Hobbes, fenômeno guarda o sentido
de qualquer objeto submetido ao conhecimento humano e, em Kant, possui um caráter de relação sujeito-objeto
2
objetiva e universal, como pretende certo ecumenismo de organismos centralizados. Ao
contrário, o demasiado sincretismo religioso provocou uma extrema fragmentação de crenças,
gerando certo conflito ideológico em vez de pacificar as instâncias sociais. Ultimamente, o
mecanismo religioso é entrecortado por sujeitos sociais que elaboram projetos distintos de uso
e significação do espaço facilitado juridicamente, a saber, igrejas e templos isentos de
impostos e modelam ao bel prazer uma recomposição da religião sob novas formas, mas com
a perda de controle dos grandes sistemas religiosos que abarcava o todo social. A promessa de
solução rápida para problemas existenciais gera uma busca irrefletida por soluções em curto
prazo. Neste sentido, (SILVA, 1995, p. 14) menciona que
As promessas de salvação instantânea, intimidade com o dinheiro, tolerância
em relação aos costumes dos fiéis, organização empresarial sofisticada,
exploração dos meios de comunicação de massa e técnicas de persuasão
enérgicas fazem dos neo-evangélicos o Mc´Donald‟s da religião
contemporânea.
Neste sentido, considera-se que tais perspectivas na sociedade permitem que alguns
movimentos religiosos manipulem os indivíduos, alienando-os da realidade e controlando
suas opiniões em prol do benefício próprio.3 Tal conduta não permite que o sujeito enxergue a
liberdade do outro indivíduo, induzindo-o a um fundamentalismo cego, que num grau
exacerbado acaba incitando a outrem ou até mesmo protagonizando situações de conflitos
violentos ou não. O outro que convive com o sujeito também é partidário de outra crença ou
religião. Ademais, percebe-se que essa conduta de respeito pelo pensamento e opção do outro
só obterá resultado a partir de uma modificação de paradigmas na sociedade mundial no que
toca ao respeito às diferenças e o reconhecimento do denominado “Outro”:
O “Outro” é por nós compreendido como aquele que nunca antes esteve
presente ao nosso encontro, ou seja, aquele que inelutavelmente rompe meu
solipsismo, na medida em que chega de fora, fora do âmbito dilatado do meu
poder intelectual e de sua tendência de considerá-lo nada mais do que uma
representação lógica do meu intelecto.[...] O que o outro representa
originalmente frente a mim é um problema não apenas filosófico, mas um
acontecimento incisivamente traumático; eu não posso de forma nenhuma,
determinar aquilo que o outro é enquanto tal; o único enunciado que posso
ousar é determinado justamente pelo Outro; que ele é de outro modoque é uma representação. Mas, em Husserl, o fenômeno é algo que se manifesta em si mesmo na sua essência, o
que pressupõe um criticismo na análise a partir de um método.
3
Cf. PIERUCCI, 1997. A laicização do Estado, a separação das esferas civil e religiosa, a laicização do Direito,
do lazer, da música, das artes e, particularmente, da ciência, fizeram com que a religião se deslocasse de seu
centro irradiador de impacto de influência e poder de coesão totalizante sobre a vida social e cultural, e, portanto,
sobre a vida e as escolhas do indivíduo.
outramente - que eu, ou seja, que entre nós uma verdadeira e irredutível
diferença tem lugar. (SOUZA, 1994. p. 120-121)
2 OS MOVIMENTOS RELIGIOSOS ENTENDIDOS COMO FENÔMENOS DE
ORDEM SOCIAL
Quando se fala em conflito social4, tem-se presente a caracterização filosófica da
capacidade cognitiva humana de compreender ou fantasiar, dependendo da circunstância.
Numa época onde o vinculo5 entre as pessoas se encontra em estado de falência, o fenômeno
religioso vem suprir a necessidade do transcendente, Conhecido como o “Pai da filosofia
moderna”, Descartes menciona o Sagrado/Deus de modo a contribuir de maneira relevante
dizendo que:
[...] resta tão somente à idéia de Deus, na qual é preciso considerar se há algo
que não possa ter vindo de mim mesmo? Pelo nome de Deus entendo uma
substância infinita, eterna, imutável, independente, onisciente, onipotente e
pela qual eu próprio e todas as coisas que são foram criadas e produzidas.
(DESCARTES, 1996, p. 107).
Até bem pouco tempo atrás a influência católica era proveniente de suas lutas de
classes, seu envolvimento com o operariado, fruto das "comunidades eclesiais de base" e sua
adesão à Teologia da Libertação. Os tempos passaram e este enfoque mudou. Todavia, do
catolicismo tradicional podia-se perceber a insistência no culto de imagens, idolatria,
4
A expressão "conflito social" não designa um fenômeno uno. Falar de conflito social significa falar de
circunstâncias que podem envolver ou não violência física e que podem ser ou não reguladas por normas
acordadas entre as partes em competição. Grande parte dos sociólogos do final do século XIX e início do século
XX preocupou-se com o tema do conflito nas sociedades, como foi o caso de Karl Marx. Já em meados do
século XX, concretamente com o florescimento do funcionalismo, o conflito social foi visto por muitos
sociólogos como causa de bloqueio ou mau funcionamento da vida em grupo e em sociedade. Para esses autores,
o conflito tinha uma conotação negativa, pois seria um sintoma de alguma falha na organização social. Reagindo
contra essa ênfase no consenso, de que T. Parsons foi um representante, surgiram autores a partir do final dos
anos 50 que deram outro significado ao conflito na vida social. Lewis Coser, baseado na obra de G. Simmel,
defendeu que, em certas situações, o conflito pode contribuir para preservar a ordem social ao funcionar como
válvula de escape, e assim fortalecer a organização social. R. Dahrendorf pretendeu explicar a formação de
grupos de conflito e identificar a ação através da qual esses grupos de conflito provocam mudanças de estrutura
no sistema social. Situou o eixo dos conflitos não na propriedade dos meios de produção, mas no seu controlo e
na repartição da autoridade. D. Lockwood sublinhou a importância da existência de conflitos sociais e de
contradições de sistema a par da integração social e da integração de sistema.
5
Cf. WOLTON 2000, p. 247-8. “A crise do vínculo social é o resultado da dificuldade em encontrar um novo
equilíbrio no seio deste modelo de sociedade. As relações primárias, vinculadas à família, ao município, à
profissão desapareceram; e as relações sociais, vinculadas às solidariedades de classe e de pertença religiosa e
social também decaíram”.
condenada pela Bíblia (tudo isto, ferindo frontalmente as recomendações bíblicas conforme
demonstrado pelos textos bíblicos. Segundo Pierre Sanchis,
Quando se olha para o campo religioso brasileiro contemporâneo, um
primeiro fato chama a atenção: a transformação introduzida nele pelo fim da
hegemonia – quase que monopólio – católica, (...) Aceleradamente as
diferenças – e cruzamentos – se manifestam. Diversificação ativa, que a
Igreja Católica, as instâncias de referências identitárias, os sistemas de
atribuição de sentido, as famílias de espírito reagrupadas em torno de visões
de mundo e etos institucionalizados... (SANCHIS, 1997, p. 103-104).
A outra influência que queremos analisar é a que vem das seitas espíritas. Este
segmento religioso é muito forte no Brasil, onde encontrou no catolicismo um aliado
importante para desenvolver-se. Muitos brasileiros que se dizem católicos são assíduos
freqüentadores de terreiros de macumba e centros espíritas. Este sincretismo religioso
encontrado em larga escala no país é nocivo a qualquer religião6 que se preza e revelador do
afastamento do homem de Deus. Tecendo considerações acerca desta performatização, Santos
(1996, p. 111) comenta que:
Pretensos adeptos, até então, de seitas espíritas e, principalmente, de seitas
afro-brasileiras, são induzidos pelo pastor a encarnarem em seus corpos o
demônio que lhes vinha atormentando a vida. Perante a audiência, o
demônio manifesta e o pastor irá tratar de dobrá-lo, de submetê-lo à sua
autoridade, em nome de Jesus. Em cem por cento dos casos o sucesso é total:
o endiabrado termina de joelhos aos pés do pastor.
O que torna o diálogo improfícuo é justamente o fundamentalismo de alguns
movimentos que surgem como protesto ou até mesmo por propulsão de indivíduos
interessados em sucesso financeiro.
Elementos comuns às tendências fundamentalista e conservadora são o
doutrinismo, na medida em que a leitura é feita a partir de um conjunto de
doutrinas (dogmas) já reconhecido como verdadeiros e que sempre o
confirma, estabelecendo dessa maneira a divisão entre verdadeiros e falsos
cristãos; o moralismo, na medida em que é uma leitura que parte de e reforça
o ideário moral da classe média interiorana americana; espiritualismo, na
6
Para uns, a religação é um retorno ampliado a uma comunhão cósmica e telúrica. Para outros, o surgimento da
vida, o encantamento com o céu estrelado e com a consciência interior de cada qual inspiram postular a
passagem do universo terreno ao universo da transcendência ou, em outros termos, no encontro do outro com o
Outro. Esta passagem – para uns, uma questão de argumento lógico, para outros um salto na fé – significou o
aparecimento de múltiplas modalidades de expressar a religação do homem com o Transcendente. Ao mesmo
tempo, tal religação foi a oportunidade para que muitos também expressassem um humanismo radical no âmbito
exclusivo da terrenalidade e da temporalidade. (Cf. Cury, 2004, p. 188)
medida em que os textos são vistos como inspirados diretamente pelo
Espírito Santo e por isso inerrantes, presos não ao contexto histórico, mas à
vontade de Deus que permanece a mesma até hoje; e o individualismo,
porque apesar de afirmar que o sentido do texto depende da intenção do
autor, em última análise é a intenção do leitor que prevalece na
interpretação, na sua busca de encontrar o sentido da Palavra de Deus para
si. (ZABATIERO, 2009, p. 144-145).
3 APLICANDO A FENOMENOLOGIA RELIGIOSA NA ANÁLISE DOS FATOS
SOCIAIS CONFLITUOSOS
Lançando um olhar fenomenológico sobre o tema, podemos auferir que as religiões
fazem parte da cultura humana, e, portanto, cada religião é peculiar, por expressar diferentes
linguagens, diferentes formas de acreditar, de celebrar, de rezar, e de relacionar-se com
alteridade e de simbolizar de formas diferentes esses fenômenos religiosos vivenciados pelos
membros de cada cultura. Dentro dessa perspectiva, na sociedade brasileira, estão presentes
inúmeras religiões, advindas justamente da diversidade cultural presente no Brasil, que
precisam ser conhecidas e respeitadas dentro da sua especificidade. Essa diversidade religiosa
não produz guerras, “entretanto o preconceito existe e se manifesta pela humilhação imposta
àquele que é diferente, outras vezes o preconceito se manifesta pela violência” (URI, 2007, p.
4).
O fenômeno do movimento religioso no Brasil engloba uma gama de seitas e
denominações, sendo necessário muito espaço para falar de todas. Oriundas das
denominações históricas, que surgiram exatamente para preservar o cristianismo em sua
forma bíblica, elas são frutos de cisões, rachas, a partir de visões, revelações tidas por alguém,
um líder geralmente, que então, parte para um novo movimento. Passam a ter esse
enquadramento pela impropriedade de entendimento do que seja profecia, já que associam ao
termo ideias de adivinhação, vidência, futurismo, que não estão presentes em sua origem
bíblica. A fé renasce e avança no mundo contemporâneo, apesar das suas ambigüidades,
afirma Tillich (1967, p. 467):
Já que religião é a autotranscendência da vida no reino do espírito, é na
religião que o homem começa a busca da vida sem ambigüidade e é na
religião que ele recebe a resposta. Mas, a resposta não se identifica com a
religião, já que a própria religião é ambígua. A realização da busca da vida
sem ambigüidade transcende qualquer forma ou símbolo religioso no qual
ela se expressa. A autotranscendência da vida nunca atinge
incondicionalmente aquilo rumo ao qual transcende, embora a vida possa
receber sua automanifestação na forma ambígua de religião.
A religião deve ter fundamental importância7 no sentido de que se torna um
imperativo categórico aos moldes kantianos. Ora, tanto o modelo aristotélico quanto o do
grande Immanuel Kant, parecem perfeitamente condizentes com as prescrições do Alcorão,
do Torá e dos Evangelhos, isso ocorre porque as religiões quando analisadas sob a ótica de
seus fundamentos, funcionam como eficientes códigos de conduta moral a despeito de suas
diferenças técnicas. Desta forma, é possível também testemunhar que os encaminhamentos
éticos tão freqüentemente estudados pelos grandes filósofos da história, também encontram
paralelos nos preceitos religiosos, conforme já indicava o filósofo francês Henri Bergson em
sua obra As Duas Fontes da Moral e da Religião.
Segundo ele, “todas as religiões, no início, são dinâmica, revolucionárias, criativas,
transformadoras. (...) Mas, conforme o tempo passa, a religião cria instituições, regras rígidas,
poderes... e aí se torna conservadora, estagnada e até contrária ao progresso”. (INCONTRI.
2002, p.87)
Por outro lado, Gramsci em seus escritos mais importantes sobre religião, contidos nos
Cadernos do Cárcere, apesar de sua natureza fragmentária, pouco sistêmica e alusiva, faz
observações penetrantes. Sua irônica crítica às formas conservadoras de religião –
particularmente o ramo jesuítico do catolicismo, pela qual sente sincera aversão – não lhe
impediu de perceber também a dimensão utópica das ideias religiosas:
[...] a religião é a utopia mais gigante, a mais metafísica que a história jamais
conheceu, desde que é a tentativa mais grandiosa de reconciliar, em forma
mitológica, as reais contradições da vida histórica. Afirma, de fato, que o
gênero humano tem a mesma „natureza‟, que o homem […] como criado por
Deus, filho de Deus, é, portanto, irmão de outros homens, igual a outros e livre
entre e como outros homens [...]; mas também afirma que tudo isto não
pertence a este mundo mas sim a outro (a utopia). Desta forma, as idéias de
igualdade, fraternidade e liberdade entre os homens […] estiveram sempre
presentes em cada ação radical da multidão, de uma ou outra maneira, sob
formas e ideologias particulares (GRAMSCI, 1971).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
7
Cf. OLIVEIRA, 1995, p. 117. Além desse aspecto subjetivo, vê-se que, ao longo dos tempos, a religião
também caracteriza a sociedade em que as pessoas vivem. Desde as antigas civilizações, percebe-se o culto ao
sobrenatural como algo muito importante, mostrando que o espírito de religiosidade acompanha o homem desde
os primórdios. Cada povo tem sua cultura própria, tem o culto ao sobrenatural como motivo de estabilidade
social e de obediência às normas sociais. As religiões, as liturgias variam, mas o aspecto religioso é bem
evidente. O homem procura algo sobrenatural que lhe transmita paz de espírito e segurança; A religião sempre
desempenha função social indispensável.
Dentro desse contexto, verifica-se que as atitudes de rejeição e exclusão de alguns
grupos em relação a outros se dá porque as pessoas não aprendem a ver as culturas diferentes
das suas, e as julgam do seu ponto de vista, desconhecendo o outro, como afirma Montaigne
(1961, p.261): “Na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica na sua terra”.
Como a própria palavra exprime, o preconceito é um conceito a priori, pré-estabelecido antes
de análise, estudo e reflexão. O medo do diferente, discriminações socialmente propagadas e
opiniões distorcidas podem formar, em nossa mente, julgamentos apressados e rigidez de
pensamento. Toda sociedade deve estar pautada por um segmento religioso, no entanto sem
desrespeitar o direito alheio de liberdade de opção.
Uma sociedade estabelecida sobre um sistema religioso equilibrado,
especialmente com base e fundamentação cristã é comprovadamente mais
ajustada principalmente no que diz respeito ao comportamento ético do ser
humano, pois “(...) toda religião comporta uma ética e toda ética desemboca
numa religião, na mesma medida em que a ética se orienta pelo sentido do
transcendente da vida humana" (CATÃO, 1995, p. 63).
É notável a importância da religião e todo esse contexto de evolução das ideias a
respeito das liberdades dos cidadãos, que acabaram por estimular o desejo e a exigência da
liberdade religiosa por eles. A liberdade religiosa consiste na livre escolha, pelo indivíduo, da
sua religião. Segundo CATÃO (1995),
Dentre os inúmeros instrumentos de que dispõe a sociedade para alcançar tão
elevado objetivo está a religião, pois somente quando se coloca a questão da
transcendência, a que se denomina Deus, encontra a comunidade humana e
cada uma das pessoas individualmente, respostas às perguntas fundamentais
que todos se colocam diante da vida.
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