William Paixão – Professor Língua Portuguesa / Interpretação de Textos / Redação DICAS, VÍDEO AULA, EXERCÍCIOS COM GABARITO... Site: http://williampaixao.webnode.com.br/ E-mail: [email protected] Tel: (021) 8566.8968 ESTRUTURA SINTÁTICA A ORAÇÃO Todo enunciado que apresenta verbo é uma oração. Logo, o verbo é o núcleo de qualquer estrutura oracional. Por conseguinte, a análise sintática de uma oração exige que partamos do verbo. Ora os verbos apresentam complementos verbais, ora não apresentam complementos verbais. São complementos verbais: objeto direto e objeto indireto. O estudo dos complementos verbais é chamado de predicação verbal. Os auditores analisaram os balancetes. O exemplo acima é uma oração, pois foi empregado o verbo analisar. É a expressão de uma ação. Está flexionado no pretérito perfeito simples do modo indicativo. Contextualiza-se, portanto, a prática de uma ação, o tempo em que essa ação ocorreu, o agente da ação e o referente passivo à ação executada pelo sujeito agente. O fiscal está apurando as denúncias. Temos também uma oração. Trata-se do verbo apurar na forma composta. “está” é o seu auxiliar. E “apurando” é o verbo principal no gerúndio. Trata-se de uma locução verbal. Os relatórios que foram analisados comprometem a candidatura de Luíza. Cada verbo é uma oração. Temos acima duas orações. Os termos grifados constituem a primeira oração, com um verbo na forma simples. O termo em negrito constitui a segunda oração. Nesta, o verbo analisar está na forma composta, ou seja, verbo auxiliar + verbo principal no particípio. A oração em negrito integra o sujeito do verbo “comprometem”. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO Sujeito e predicado são, no geral, os termos essenciais da oração. No geral, pois existe oração sem sujeito. Ao sujeito se atribui a prática da ação, na maioria das vezes. O predicado é tudo menos o sujeito. SUJEITO a) Sujeito determinado simples – Quando empregado na oração, apresentando um núcleo. Ex.: Antônio continua inquieto. b) Sujeito determinado composto – Há mais de um núcleo. Ex.: Regina e Roberto estão inquietos. c) Sujeito indeterminado – verbo na 3ª pessoa do plural sem referenciar o sujeito; verbo no infinitivo referenciar o sujeito; v.t.i. + se / v.i. + se / v. de ligação + se Exs.: sem Estudam Matemática e Língua Portuguesa, todos os dias. * Verbo na 3a pessoa do plural, sem indicar quem pratica a ação espelha um sujeito indeterminado. Contudo, se o contexto comunicar ou revelar o sujeito, passamos a ter um sujeito implícito. Ou seja, em “Lúcia e Paula foram à praia. Beberam água de coco.” Para o verbo BEBER o sujeito está implícito . Aspira-se a cargos públicos. [ verbo transitivo indireto + índice de indet. do sujeito ] Está-se orgulhoso. [ verbo de ligação + índice de indeterminação do sujeito ] Trabalha-se bastante, naquele escritório. [ verbo intransitivo + índice de indet. do sujeito ] 1 William Paixão – Professor Língua Portuguesa / Interpretação de Textos / Redação DICAS, VÍDEO AULA, EXERCÍCIOS COM GABARITO... Site: http://williampaixao.webnode.com.br/ E-mail: [email protected] Tel: (021) 8566.8968 * Nos três exemplos acima, o sujeito está indeterminado. Cuidado com os concursos públicos, pois é comum flexionarem os verbos em negrito s, pondo-os na 3a pessoa do plural. Verbo intransitivo, transitivo indireto ou verbo de ligação seguido do pronome “se” não recebe flexão verbal. Flexioná-los seria erro de concordância verbal. Reviver boas ações é oportuno ao homem. “Reviver boas ações” é o sujeito oracional do verbo SER “boas ações” é o objeto direto do verbo REVIVER. “Reviver boas ações”, por ser uma oração com o verbo no infinitivo sem referenciar o agente da ação traz um sujeito indeterminado. d) Sujeito acusativo – Quando o sujeito exerce a função de objeto direto, também. Ocorre apenas com os verbos MANDAR, DEIXAR, FAZER, OUVIR, SENTIR e VER + o termo que será o sujeito acusativo + verbo no infinitivo ou no gerúndio. Mandar Deixar Fazer + Ouvir Sentir Ver Substantivo ou pronome + verbo no infinitivo ou no gerúndio Exs.: Vi o rapaz cantar (vi-o cantar) * O termo grifado é o sujeito acusativo, pois exerce a função de objeto direto do verbo VER e a função de sujeito do verbo CANTAR. Não o deixei dormindo. * o termo grifado é sujeito acusativo oracional. Ouvi pessoas trabalhar. * O sujeito acusativo é representado pronominalmente por pronomes pessoais do caso oblíquo. Assim, o pronome em negrito ao lado representa o substantivo grifado “pessoas”. Se usássemos “Ouvi elas trabalhar” haveria erro quanto ao emprego de pronomes. Ouvi-as trabalhar. Percebi eles chegando à porta [ correto ] Percebi-os chegando à porta [ errado, pois não temos sujeito acusativo ] * O sujeito acusativo, ou seja, o sujeito objetivo direto só ocorre com os verbos selecionados acima [ mandar/deixar/fazer/ouvir/sentir/ver ]. Em latim, o nosso objeto direto é chamado de acusativo. Logo, sujeito acusativo é o sujeito do infinitivo ou do gerúndio que exerce a função do objeto direto dos verbos selecionados acima. Sua representação pronominal é com os oblíquos. Não havendo sujeito acusativo, o termo referenciado ( o substantivo contextualizado ) deve ser substituído por pronome pessoal do caso reto. e) Sujeito oracional – Quando o núcleo do sujeito for constituído por um verbo. Exs.: Estudar todo o programa é necessário. 2 William Paixão – Professor Língua Portuguesa / Interpretação de Textos / Redação DICAS, VÍDEO AULA, EXERCÍCIOS COM GABARITO... Site: http://williampaixao.webnode.com.br/ E-mail: [email protected] Tel: (021) 8566.8968 Quem estuda edifica castelos. * CUIDADO: O uso de vírgula entre o sujeito oracional e seu verbo diretamente empregados é comum. Logo, “Quem estuda, edifica castelos” apresenta erro de pontuação. Comunicar os fatos que nos circundam aos leitores que nos acompanham proporciona conforto. f) Todo o termo em negrito acima é o sujeito oracional do verbo “proporciona”. Os dois termos grifados são respectivamente objeto direto e objeto indireto. Existem orações subordinadas adjetivas ( adjuntos adnominais oracionais ) integrando os complementos verbais. Só o ponto final no período estaria correto. Todavia, se o emissor quiser, pode tornar as orações subordinadas adjetivas restritivas em orações subordinadas adjetivas explicativas. Para tanto, bastaria pontuar com vírgulas ou travessões as orações adjetivas. Vejamos: 1) Comunicar os fatos, que nos circundam, aos leitores, que nos acompanham, proporciona conforto; 2) Comunicar os fatos - que nos circundam - aos leitores – que nos acompanham – proporciona conforto; 3) Comunicar os fatos, que nos circundam, aos leitores que nos acompanham proporciona conforto ( apenas a primeira oração subordinada adjetiva é explicativa ); 4) Comunicar os fatos que nos circundam aos leitores , que nos acompanham, proporciona conforto. ( apenas a segunda oração adjetiva é explicativa). Sujeito Inexistente São estruturas que não apresentam sujeito: - Verbo “haver” no sentido de “existir”. - Verbo “fazer” indicando tempo. - Verbos que expressam fenômenos naturais. - Verbo “ser” indicando tempo / hora. Exs.: Haveria reuniões, se... Há de haver dificuldades. O verbo HAVER no sentido de existir é impessoal, ou seja, a oração é sem sujeito. Deve ser empregado sempre na 3a pessoa do singular. Os concursos públicos geralmente solicitam a concordância verbal. Logo, é oportuno ressaltar que o verbo HAVER nesse caso ( no sentido de EXISTIR ) não se flexiona. Quanto à predicação, deve ser lido como transitivo direto. Em “Haveria reuniões, se...”, “reuniões” é objeto direto. Como verbo não concorda com complemento verbal, use o verbo na 3 a pessoa do singular, sempre. Em “Há de haver dificuldades”, observe que o verbo auxiliar da locução verbal permanece na 3a pessoa do singular. Portanto, também está correta a concordância verbal, não havendo impropriedade gramatical na estrutura frasal. São quatro horas. * Trata-se de uma oração sem sujeito. Mesmo assim, o verbo está com propriedade no plural. É que o verbo SER deve manter concordância com o núcleo do adjunto adverbial de tempo. Sintaticamente, “quatro horas” é adjunto adverbial de tempo, sendo “horas” o núcleo do adjunto adverbial de tempo, e “quatro” é adjunto adnominal do adjunto adverbial de tempo. Embora haja literaturas dizendo que “quatro horas” é predicativo, leia “quatro horas” como adjunto adverbial de tempo. Outrossim, ressaltemos que o verbo SER não está concordando com o número de horas. Em verdade, o verbo SER está concordando com o núcleo do adjunto adverbial de tempo, visto que o substantivo tem precedência, sendo o numeral seu adjunto adnominal. Assim, se encontrar em uma prova a afirmação de que em “São quatro horas” não há impropriedade gramatical, pois o verbo SER está concordando com o número de horas, julgue como incorreta tal argumentação. 3 William Paixão – Professor Língua Portuguesa / Interpretação de Textos / Redação DICAS, VÍDEO AULA, EXERCÍCIOS COM GABARITO... Site: http://williampaixao.webnode.com.br/ E-mail: [email protected] Tel: (021) 8566.8968 Faz duas semanas, apenas. * FAZER, indicando tempo, também é impessoal. Deve ser empregado na 3 a pessoa do singular. Cuidado para não confundir com o verbo FALTAR. Este é pessoal. Assim, devemos escrever, por exemplo, “FALTAM DUAS SEMANAS, APENAS” e FAZ DUAS SEMANAS, APENAS. Na primeira estrutura, “DUAS SEMANAS” é sujeito, enquanto na segunda oração, de fato, “DUAS SEMANAS” é adjunto adverbial. Choveu pouco, ontem. Choveram conflitos durante o jantar. * Os verbos que expressam fenômenos naturais apresentam oração sem sujeito, permanecendo na 3 a pessoa do singular. Contudo, em “Choveram conflitos durante o jantar”, temos a flexão na concordância, pois está no sentido figurado. Faz / Fazem dois anos, deixando-nos convictos que os amamos, os gêmeos. ( Use o verbo no plural, pois “os gêmeos”é o sujeito do verbo FAZER. Exercícios de Fixação Tipos de Sujeito 01- Qual a oração sem sujeito? • Falaram mal de você. • Ninguém se apresentou. • Precisa-se de professores. • A noite estava agradável. • Vai haver um campeonato. 02- Onde há sujeito indeterminado? • Comecei a estudar muito tarde para o exame. • Em rico estojo de veludo, jazia uma flauta de prata. • Soube-se que o proprietário estava doente. • Houve muitos feridos no desastre. • Julgaram-no incapaz de exercer o cargo. 03- Há crianças sem carinho. / Disseram-me a verdade. / Construíram-se represas. Os sujeitos das orações apresentadas são, respectivamente: • Inexistente, indeterminado, simples • Indeterminado, implícito, indeterminado • Simples, indeterminado, indeterminado • Inexistente, inexistente, simples • Indeterminado, simples, inexistente 04- Em 1949 reuniram-se em Perúgia, Itália, a convite da quase totalidade dos cineastas italianos, seus colegas de diversas partes do mundo. O núcleo do sujeito de reuniram-se é: • cineastas • convite • colegas • totalidade • se 05- Onde há sujeito indeterminado? • Compram-se jornais velhos. • Confia-se em suas palavras. • Chama-se José o sacerdote. 4 William Paixão – Professor Língua Portuguesa / Interpretação de Textos / Redação DICAS, VÍDEO AULA, EXERCÍCIOS COM GABARITO... Site: http://williampaixao.webnode.com.br/ E-mail: [email protected] Tel: (021) 8566.8968 • Choveu muito. • É noite. 06- O sujeito é simples e determinado em: • Há somente um candidato ao novo cargo, doutor? • Vive-se bem ao ar livre. • Na reunião de alunos, só havia pais. • Que calor, filho! • Viam-se eleitores indecisos durante a pesquisa. 07- Preencha a segunda lacuna conforme o código estabelecido na primeira e assinale a alternativa de acorde com essa relação: (1) sujeito determinado simples (2) sujeito indeterminado (3) sujeito desinencial (implícito na terminação verbal) (4) sujeito paciente (5) sujeito inexistente -----------( ) Era um mistério curioso aquela vida. ( ) No auge da rebelião, houve um tiroteio de quinze minutos entre policiais e bandidos. ( ) Quando se dispõe de força interna, vive-se melhor. ( ) Corrigiram-se os artigos após a última emenda do jornalista. ( ) Nem quererá despejá-lo imediatamente. ----------• 5 – 3 – 2 – 1 -4 • 5 – 3- 2 – 4 – 1 •1–5–2–4–3 •1–3–5–2–4 •1–5–3–2–4 08- Quando a oração não tem sujeito, o verbo fica na terceira pessoa do singular. Esta afirmação pode ser comprovada em: • Chegou o pacote de livros. • Existe muita gente amedrontada. • Ainda há crianças sem escola. • Não procede a acusação contra ele. • É proibida a entrada. 09- Onde não há sujeito? • Precisa-se de empregados. • Chamaram-nos às pressas. • Precisamos permanecer atentos. • Vai fazer dois anos que ele partiu. • Chegaram notícias do exterior. 10- Onde há sujeito composto? • Deus, Deus, que farei? • Os livros contemplei, os quadros e as outras obras. • Nós, homens do futuro, venceremos. • Foram João e Maria. • Ontem foi João e José, hoje. GABARITO 1 1 - O verbo haver não terá sujeito quando significar existir, acontecer ou ocorrer ou quando indicar tempo decorrido: Vai acontecer um campeonato = Vai haver um campeonato. ------------------------ 5 William Paixão – Professor Língua Portuguesa / Interpretação de Textos / Redação DICAS, VÍDEO AULA, EXERCÍCIOS COM GABARITO... Site: http://williampaixao.webnode.com.br/ E-mail: [email protected] Tel: (021) 8566.8968 2 - Há duas possibilidades de se construir uma oração com sujeito indeterminado: a- Conjugando-se o verbo na terceira pessoa do plural (Eles) de qualquer tempo do indicativo ou do subjuntivo, sem que haja clareza quanto a quem seja o sujeito na oração ou em orações anteriores. b- Conjugando-se o verbo na terceira pessoa do singular de qualquer tempo do indicativo ou do subjuntivo, acrescentado-se o pronome se, índice de indeterminação do sujeito. Os verbos têm de ser os seguintes: verbo transitivo indireto acompanhado de objeto indireto; verbo de ligação acompanhado de predicativo do sujeito; verbo transitivo direto acompanhado de objeto direto preposicionado; verbo intransitivo sem sujeito expresso. - A frase que apresenta sujeito indeterminado é a seguinte: Julgaram-no incapaz de exercer o cargo: O verbo está na terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo e não há clareza quanto a quem o julgou incapaz. -----------------------3 - - O verbo haver não terá sujeito quando significar existir, acontecer ou ocorrer ou quando indicar tempo decorrido: Há crianças sem carinho = Existem crianças sem carinho. - Verbo na terceira pessoa do plural (Eles) de qualquer tempo do indicativo ou do subjuntivo, sem que haja clareza quanto a quem seja o sujeito na oração ou em orações anteriores tem sujeito indeterminado: (Eles) Disseram a verdade. - Oração com verbo transitivo direto acompanhado de objeto direto seguido do pronome se tem a seguinte estrutura sintática: o pronome se é denominado de partícula apassivadora; o objeto direto transforma-se em sujeito paciente; o verbo passa a concordar com o sujeito paciente. Em Construíram-se represas ocorre isso. O sujeito é, portanto, simples: represas. -----------------------------04 - Quem é que se reuniu? Resposta: seus colegas de diversas partes do mundo. O núcleo do sujeito é o substantivo colegas. -----------------------05- Há duas possibilidades de se construir uma oração com sujeito indeterminado: a- Conjugando-se o verbo na terceira pessoa do plural (Eles) de qualquer tempo do indicativo ou do subjuntivo, sem que haja clareza quanto a quem seja o sujeito na oração ou em orações anteriores. b- Conjugando-se o verbo na terceira pessoa do singular de qualquer tempo do indicativo ou do subjuntivo, acrescentado-se o pronome se, índice de indeterminação do sujeito. Os verbos têm de ser os seguintes: verbo transitivo indireto acompanhado de objeto indireto; verbo de ligação acompanhado de predicativo do sujeito; verbo transitivo direto acompanhado de objeto direto preposicionado; verbo intransitivo sem sujeito expresso. - A frase que apresenta sujeito indeterminado é a seguinte: Confia-se em suas palavras, pois o verbo é transitivo indireto acompanhado de objeto indireto e há o pronome se. - Em Compram-se jornais velhos, o se é partícula apassivadora, e jornais velhos, sujeito simples. - Em Chama-se José o sacerdote, o se é partícula apassivadora, e o sacerdote, sujeito simples: O sacerdote é chamado José. - Em Choveu muito e É noite, não há sujeito por haver indicação de fenômeno da natureza. ----------------------------06 - O verbo haver fica na terceira pessoa do singular quando for impessoal. Isso acontece quando significar existir, acontecer ou ocorrer ou quando indicar tempo decorrido: Há somente um candidato = Existe somente um candidato; ...só havia pais = só existiam pais. - Na frase Que calor, filho! não há sujeito por não haver verbo. - É partícula apassivadora o pronome se junto a verbo transitivo direto acompanhado de objeto direto, que se transforma em sujeito paciente. O verbo concordará com o sujeito: Que é que se viam? Resposta: eleitores indecisos. Como o sujeito paciente está na terceira pessoa do plural, o verbo ver tem de ficar na terceira pessoa do plural: Viamse. Como o sujeito é representado por um núcleo só, o sujeito é simples determinado. - É índice de indeterminação do sujeito o pronome se junto a verbo transitivo indireto acompanhado de objeto indireto; verbo de ligação acompanhado de predicativo do sujeito; verbo transitivo direto acompanhado de objeto direto preposicionado; verbo intransitivo sem sujeito expresso. O verbo ficará na terceira pessoa do singular: A oração Vive-se bem ao ar livre contém um verbo intransitivo sem sujeito expresso junto do pronome se, que é denominado, portanto, de índice de indeterminação do sujeito. -----------------------07- A ordem direta da primeira oração é Aquela vida era um mistério curioso. O sujeito do verbo ser é aquela vida; determinado simples. (1) - O verbo haver fica na terceira pessoa do singular quando for impessoal, ou seja, quando não houver sujeito, ou o sujeito for inexistente. Isso acontece quando significar existir, acontecer ou ocorrer ou quando indicar tempo decorrido: “...houve um tiroteio” = aconteceu um tiroteio. (5) 6 William Paixão – Professor Língua Portuguesa / Interpretação de Textos / Redação DICAS, VÍDEO AULA, EXERCÍCIOS COM GABARITO... Site: http://williampaixao.webnode.com.br/ E-mail: [email protected] Tel: (021) 8566.8968 - É índice de indeterminação do sujeito o pronome se junto a verbo transitivo indireto acompanhado de objeto indireto; verbo de ligação acompanhado de predicativo do sujeito; verbo transitivo direto acompanhado de objeto direto preposicionado; verbo intransitivo sem sujeito expresso. O verbo ficará na terceira pessoa do singular: A oração Quando se dispõe de força interna contém um verbo transitivo indireto acompanhado de objeto indireto junto do pronome se, que é denominado, portanto, de índice de indeterminação do sujeito. O sujeito é, então, indeterminado. (2) - É partícula apassivadora o pronome se junto a verbo transitivo direto acompanhado de objeto direto, que se transforma em sujeito paciente. O verbo concordará com o sujeito: Que é que se corrigiram? Resposta: os artigos. Como o sujeito paciente está na terceira pessoa do plural, o verbo corrigir tem de ficar na terceira pessoa do plural: Corrigiram-se. (4) - Na última oração, o sujeito não está expresso, mas sabe-se de quem se trata: ele ou ela. O sujeito é, portanto, desinencial (implícito na terminação verbal). ----------------------08- Encontra-se o sujeito de um verbo perguntando-se a ele Que(m) é que .....?. A resposta a essa pergunta é o sujeito. - Que é que chegou? Resposta: o pacote de livros. - Que é que existe? Resposta: muita gente amedrontada. - Que é que há? Resposta: crianças sem escola. Observe que essa última frase apresenta algo diferente das demais: o verbo concorda com o sujeito, mas, nessa frase, isso não ocorre: crianças está no plural, e há, no singular. Isso ocorre porque crianças não é o sujeito de há. O verbo haver não tem sujeito quando significa existir ou acontecer ou ainda quando indicar tempo decorrido. Ainda existem crianças sem escola. O verbo haver é, portanto, impessoal. Aquilo que parece ser o seu sujeito é objeto direto, uma vez que o verbo é transitivo direto. - Que é que não procede? Resposta: a acusação contra ele. - Que é que é proibida? Resposta: a entrada. ----------------09- O verbo fazer não terá sujeito quando indicar tempo decorrido ou fenômeno da natureza. Na frase Vai fazer dois anos há a indicação de tempo decorrido, por isso não há sujeito. - Precisa-se de empregados: O pronome se se denomina índice de indeterminação do sujeito, por acompanhar verbo transitivo indireto com seu objeto indireto. O sujeito é, portanto, indeterminado. - Chamaram-nos às pressas: O sujeito é indeterminado, pois o verbo está na terceira pessoa do plural, e não há sujeito expresso na oração. - Precisamos permanecer atentos: O sujeito é oculto, nós. - Chegaram notícias do exterior: Que é que chegou? Resposta: notícias. Sujeito simples, portanto. -------------------10- Sujeito composto é aquele que possui dois ou mais núcleos. Isso ocorre na frase Foram João e Maria. - Deus, Deus, que farei: O sujeito é oculto, eu. - Os livros contemplei...: O sujeito é oculto, eu. - Nós, homens do futuro, venceremos: O sujeito é simples, nós. - Ontem foi João e José, hoje: Há duas orações, portanto há dois sujeitos. Primeira oração: Ontem foi João; segunda: José foi hoje. Ocorreu a elipse do verbo ir para evitar sua repetição. Há, porém, um equívoco na frase apresentada: falta uma vírgula antes da conjunção e: Ontem foi João, e José, hoje. Quando houver sujeitos diferentes antes e depois da conjunção e, haverá vírgula separando as duas orações. Obs.: Os exercícios abaixo foram retirados de diversas sites da Internet e juntados em um material só em meu computador. Quando percebi a quantidade de materiais notei que não havia guardado a fonte, ou seja, os sites que os publicaram. Peço desculpas por não colocar as fontes e declaro que o material publicado não é meu. William Paixão – Professor. 7