Proposta pedagógica de utilização da informática como

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PROPOSTA PEDAGÓGICA DE UTILIZAÇÃO DA INFORMÁTICA COMO FERRAMENTA
PARA PROMOÇÃO DE APRENDIZAGENS- FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Profª Ms. Griselda Luiza Purini1
Adriana Yara Minozzi2
RESUMO
Desde 1985 Bauru almejou o uso do computador nas unidades escolares. Mas foi somente em 2000
que os computadores começaram a chegar nos laboratórios de aprendizagem de informática, com
uso insignificante ou inexpressivo em razão de falta de conhecimento na utilização das NTIC. Em
2005 iniciou-se na Secretaria Municipal da Educação um processo para dinamisar o uso dos espaços
de aprendizagem, porém muitos obstáculos surgiram, e somente seriam ultrapasados após a
realização de processo licitatório para a contratação de empresa prestadora de serviço que tivesse
como foco o uso das Novas Tecnologias da Infromação e Comunicação voltados para a prática
pedagógica, auxiliando e estimulando a participação, autonomia e autoria tanto dos educadores
como dos alunos. Com a escolha deste modelo foi implantado na Rede Municipal de Ensino de
Bauru, em 16 unidades escolares de Ensino Fundamental o Projeto Click Inclusão, visando uma
escola de qualidade para todos. Concomitante a implantanção do projeto nas Unidades Escolares
Municipai deu-se os cursos modulares de formação continuada,tendo como foco a Informática
como ferramenta de aprendizagens do século XXI.
Palavras-chave: Aprendizagens. Políticas públicas. Informática. Formação de educadores
1. Introdução
O século XXI é marcado pelas inúmeras tecnologias que empreendem velocidade as
informações
e as tornam cada vez mais frágeis no ponto de vista da sua sustentabilidade.
Diariamente somos renovados com pesquisas recentes, descobertas que se contrapõe a preceitos já
estabelecidos anteriormente. Nesse caso o uso das novas tecnologias como ferramenta de apreensão
de um mundo tão veloz em sua constante renovação, tem que pontuar as metas primordiais do
sujeito cognoscente. Conhecer o mundo como forma de humanizar-se e dialeticamente humanizar o
mundo a sua volta.
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Secretaria Municipal da Educação de Bauru, Departamento Pedagógico. Contato: [email protected]
Secretaria Municipal da Educação de Bauru, Departamento Pedagógico. Contato: [email protected]
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No ensino, enquanto proposta de aprendizagem para aqueles que freqüentam as escolas em
busca do Conhecimento necessário a sua humanização e do seu entorno social, não basta oferecer
informação, quer pelos livros didáticos, quer pela Internet ou sofisticados softwares. Para aqueles
que possuem a necessária intencionalidade no ensinar o importante é proporcionar aos diferentes
aprendizes a possibilidade de relacionar e engendrar essas informações através de relações entre as
informações apresentadas, promovendo assim a apreensão do Conhecimento.
(...)Para ser atrativo aos empregadores, um individuo terá que ser altamente instruído,
conciliador, flexível, capaz de resolver problemas e, não menos importante , deve estar pronto
pra mudar de papel, mesmo de profissão no caso da sua posição corrente se tornar
obsoleta.(..) Para se conservarem competitivas num mundo em rápida mudança, as sociedades
terão que fornecer educação de qualidade a uma considerável maioria de seus futuros cidadãos
(GARDNER, 1999, p. 66 )
Na Secretaria Municipal da Educação, desde a propositura de contratação de uma empresa
prestadora de serviço na área de Informática, até o desenvolvimento de um projeto conjunto entre
técnicos da Secretaria e funcionários da empresa, houve a dupla preocupação de:
ƒ Garantir que fossem respeitados os princípios norteadores de uma política de educação que
tem como centro a formação dos educadores técnicos administrativos, professores e alunos
que tenham por base a investigação frente ao Conhecimento,
ƒ Garantir que não se repita no Ensino Fundamental Municipal em Bauru, o freqüente
equívoco de outras instituições de ensino, de transformar a Informática em finalidade em si
mesma ao invés de apresentá-la como ferramenta de aprendizagens, assim como qualquer
outra linguagem presente no cotidiano do século XXI, inclusive a linguagem artística.
A opção por uma educação inclusiva traz a cena o papel do poder público como aquele que
garante igualdade de oportunidades aos indivíduos de uma sociedade política.Ensino de qualidade
para todos , em respeito as diferenças, significa buscar em um espaço de desigualdades marcado por
uma sociedade globalizada, onde esses fatores de desigualdade se agravam e alternativas de
superação dos mecanismos de exclusão social.
Na escola, historicamente gerada por processos de perpetuação de valores burgueses, é ainda
mais desafiador oportunizar mais do que a inclusão digital, significa oportunizar as novas
tecnologias, como ferramentas de apreensão do mundo a sua volta, na diversidade de manifestações
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culturais que permeiam as sociedades globalizadas. Constituir identidades necessárias ao respeito
dessas diferenças e a convivência tolerante e respeitosa entre elas.
A aprendizagem humana se constitui à partir de alguns componentes essenciais como:
ƒ o significado daquilo que se aprende para o sujeito que apreende - como diria Rubem Alves,
”só aprende quem tem fome”;
ƒ a possibilidade de que ocorram recorrentes sinapses, que só acontecem quando os dados
presentes nas informações recebidas se relacionam com tantos outros dados já assimilados
anteriormente - como afirmam os pesquisadores da neurociência;
ƒ a incorporação daquilo que apreendeu o sujeito historicamente constituído da realidade que
o cerca, manifestada na sua forma se ser, estar e existir.
Sem esses componentes básicos é muito difícil defender que a aprendizagem tenha ocorrido
e pela complexidade desses componentes submetidos a cotidianos singulares na vida de cada sujeito
social, o compromisso das escolas é sempre mais desafiador.
No uso da Informática, retrato de uma sociedade veloz na informação e na provisoriedade
dessas informações, a aprendizagem não deve acontecer de forma diferente. Estar em frente a uma
máquina e a competência para operá-la por si só não garante aprendizagem. É obvio que desenvolve
a competência diante de uma linguagem, importante linguagem do século XXI, mas limita-se a
apenas isso e torna mero discurso o uso das novas tecnologias como ferramentas de aprendizagens.
As escolas precisam inserir as tecnologias em seus princípios norteadores de educação, em um
contexto maior do papel da escola como espaço de exercício de cidadania. Aqui entendida além dos
direitos e deveres garantidos nas sociedades democráticas.
O que pretendemos foi desenvolver um Programa de Informática que não caminhasse
paralelo aos conteúdos escolares, mas fosse instrumento de sua apreensão, que complementasse as
fontes, enriquecesse a forma, ampliasse o conteúdo e que se somasse a muitas outras possibilidades
de apreender o Conhecimento.
Dessa forma, garantimos através de edital, como membro da comissão de licitação, que a
empresa contratada para o desenvolvimento desse Programa possuísse uma equipe preparada para
desenvolver projetos de acordo com o andamento da aprendizagem das diversas séries envolvidas,
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durante todo o ano e que em decorrência deles, construíssemos com os professores e alunos a
competência no uso da máquina e no domínio da sua linguagem e jamais o inverso desse processo.
Exemplificamos aqui, através de trecho da peça licitatória, o que define a concepção e os
procedimentos da atual política pretendida:
“(...)segundo uma concepção de educação onde o conhecimento é ferramenta de apreensão do
mundo para aqueles que o constroem, as informações são por intervenção do professor e outros
educadores, devidamente organizadas para atender a resolução de um problema proposto,
como estratégia de aprendizagem. Por isso o edital preocupou-se em garantir equipe
pedagógica capacitada e com carga horária disponível, para atender a construção dos projetos
pedagógicos segundo o andamento dos saberes curriculares de cada grupo de estudantes. A
possibilidade relacional das informações pelo cérebro humano é infindável, muito mais do que
o cérebro eletrônico. Nesse caso, é irrelevante a organização das informações, até porque as
áreas do conhecimento são uma divisão didática, que pode ser reorganizada segundo o objeto
de estudo que se apresente. Cabe ressaltar no entanto, que o acesso as informações é
imprescindível e os mecanismos de acesso a ela devem ser simplificados e claros(...)”
“As empresas apresentam diferentes propostas pedagógicas, que deverão ser , em caso de
vitória na licitação, alinhadas a proposta pedagógica da Secretaria Municipal de Bauru,
conforme consta nas exigências mínimas do edital, caracterizada pela Informática como
ferramenta pedagógica e não simplesmente como atividade com fim em si mesma, para a
Educação. Retomo a preocupação como membro que responde pelas exigências pedagógicas
na prestação de serviço dessas empresas, que deve existir grande ênfase na atuação
competente da equipe pedagógica da empresa contratada, em parceria com os técnicos da
Secretaria de Educação.
Concluímos ratificando, que seja quem for a vencedora do processo licitatório, terá um
trabalho conjunto com os técnicos da Secretaria para alinhamento dessas concepções, para
desenvolvimento de projetos que garantam a Informática como uma das importantes
ferramentas de aprendizagens do Século XXI. Projetos pedagógicos com o uso da Informática
e não simplesmente projetos de informática nas escolas”
2.Objetivo Geral
Implantar Laboratórios de Informática nas escolas municipais de ensino fundamental,
considerando a Informática como instrumento de desenvolvimento de aprendizagens significativas,
para promover mais do que a inclusão digital aos alunos e educadores, promover o domínio de uma
linguagem essencial para a leitura de mundo e formas de participação nas sociedades modernas.
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3.Desenvolvimento:
A implantação da proposta pedagógica deveria cumprir as seguintes ações:
ƒ No mês de fevereiro se realizará uma reunião inicial para apresentação dos membros da
empresa contratada e as linhas bases desse Programa para esclarecimento dos gestores e
professores, que serão multiplicadores dessas informações aos pais e alunos. O
Departamento Pedagógico se disponibilizará para realizar a reunião com os pais nas escolas,
sempre que solicitado.
ƒ Serão previstas reuniões periódicas com o Departamento Pedagógico, coordenadores
pedagógicos e técnicos da empresa para avaliar os passos do Programa e propor, se
necessário,novos caminhos e ajustes.
ƒ Serão adquiridos livros que abordem a temática do Programa-informática como ferramenta
de aprendizagem -para proporcionar estudo e pesquisa aos envolvidos no processo de
formação. Uma seleção de livros que proporcionem o aprofundamento do trabalho pela
reflexão das práticas cotidianas.
ƒ A empresa apresentará a Secretaria da Educação, relatórios mensais sobre o andamento dos
trabalhos desenvolvidos em cada pólo de informática e os resultados de aprendizagem
alcançados.
ƒ Serão realizados exposições dos produtos das aprendizagens resultados do trabalho de
professores e alunos nos Laboratórios de Informática, em eventos promovidos e espaços
disponíveis na SE.
ƒ A Comunidade Escolar, pais e alunos em especial, deverão ser informados do trabalho que
será realizado à partir do início do projeto nas escolas.
ƒ
Cada laboratório contará com um técnico-pedagógico(mediador) formado para auxiliar as
práticas pedagógicas no uso da Informática, orientando professores e alunos;
ƒ
Haverá um período de ajustes no Projeto para que o funcionamento se normalize
completamente em todas as escolas. Algumas ainda apresentam dificuldades técnicas que
serão rapidamente superadas. Os ajustes se estenderão também as questões operacionais e
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as Unidades trocarão as experiências necessárias entre si para encontrar a melhor forma para
constituir a rotina de uso do laboratório;
ƒ
As máquinas que eventualmente apresentarem problemas serão rapidamente consertadas por
um técnico, à disposição da escola, 40 horas por semana, para resolver esses problemas, um
funcionário da empresa contratada causando o mínimo de problemas, ao andamento dos
trabalhos. Caso seja necessário, as máquinas que apresentarem defeitos, serão substituídas
ƒ
Os alunos devem ser informados e motivados sobre a importância dessa atividade na escola,
não meramente como apropriação da linguagem das máquinas, mas como ferramenta para
todos os conteúdos trabalhados em sala de aula, através de desenvolvimento de projetos
individuais e coletivos;
ƒ
Os participantes dessa formação poderão desenvolver projetos individuais de suas turmas de
acordo com sua intenções como educador e do interesse de seus alunos;
ƒ
A agenda de uso do laboratório deverá contemplar a forma mais democrática possível,
atendendo a todos os interessados;
ƒ
Cabe ao trio gestor coordenar os trabalhos desse Projeto dentro da rotina da escola em que
exerce sua função (agendamentos, projetos pedagógicos...), com o apoio direto dos técnicos
pedagógicos da S.E;
4. Metodologia
O Programa se desenvolveu com o acompanhamento direto da responsável pelos projetos de
Informática da SE na Divisão de Ensino Fundamental e pelo acompanhamento inicial e sempre que
necessário do Departamento Pedagógico através de todos os seus especialistas, que articularam
inclusive outros interlocutores, como a Divisão de Ensino Especial, por exemplo, CEJA, ou
coordenadores pedagógicos das escolas.
As turmas para formação de professores e gestores se realizaram logo no início do ano, para
que amparados pelos técnicos começassem a desenvolver os projetos com o uso da Informática, em
suas escolas.
Foram três módulos de formação com 30 horas de carga horária, suficientes para garantir
uma aprendizagem consistente e não meramente funcional.
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Foram construídos um plano de trabalho para cada técnico, para cada escola, segundo suas
particularidades, distribuídas nas oito horas diárias de trabalho contratadas, articulando inclusive o
uso da sala dos computadores.
Foram programadas visitas da Coordenadora Pedagógica da empresa as escolas para
levantamento da realidade de cada uma e acompanhamento do desenvolvimento dos projetos em
andamento.
Foram
sugeridos para início dos trabalhos, antes que os técnicos tivessem tempo de
conhecer a realidade de cada escola, projetos pilotos elaborados pelo Departamento Pedagógico
para otimizar o tempo inicial disponível, os outros que se somaram ou substituíram esses pilotos,
ficaram a cargo da equipe pedagógica da empresa contratada, sempre com a avaliação do citado
Departamento.(Nome de ruas,história em quadrinhos,cartilha de nutrição...)
Foram previstos um dia na semana para uso de alunos e professores com a “Informática
livre”, onde os usuários(alunos e professores) agendaram individualmente o uso de uma máquina e
tiveram
assessoria do mediador da empresa contratada. Podendo nesse dia utilizar como
desejassem o computador (na preparação de aulas, lendo e mandando emails, navegando na
Internet);
Cada professor teve sua autonomia respeitada, ou seja, o professor de cada turma foi o
docente dentro da Sala de Informática, sendo assim, embora presença fundamental, o mediador
representou um auxiliar do professor(para qualquer possível dificuldade), no período em que a
turma que o professor coordena estivesse no Laboratório. Os dividissem as responsabilidades e a
autoridade frente ao grupo. Assim, exceto no dia de “Informática Livre”, a docência da turma
coube ao professor, que paulatinamente foi adquirindo competência no desenvolvimento da
Informática Educacional e realizando sua formação em serviço e fora dele, através de cursos de 90
horas, distribuídos em um ano de trabalho.Como a própria designação para o espaço indicaria,
tratavam-se de laboratórios, portanto espaços destinados a realização de pesquisas e não meras aulas
de informática. Os alunos aprenderiam a linguagem da máquina pela ferramenta que ela representa
dentro de um conhecimento a ser adquirido, planejado e desenvolvido pelo professor da turma;
Fundamental para os professores foi construir com cada turma ou coletivamente, com a
participação direta dos alunos, as regras para uso dos Laboratórios de Informática (comportamentos
desejados, relações de respeito entre todos e conservação do espaço físico);
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5.Resultados
No final de 2007 podemos verificar os resultados das intervenções quanto à formação
continuada de educadores na Secretaria Municipal de Educação, tais como:
• 90% dos educadores que cursaram os cursos de informática educacional, concluíram com
êxito, sendo responsáveis por 250 projetos realizados em suas unidades escolares;
• 60% dos educadores que cursaram em 2007, usam as ferramentas operacionais com
autonomia;
• 76% dos educadores que cursaram em 2007 utilizam dos aplicativos de comunicação à
distância com autonomia;
• 70% dos educadores que cursaram em 2007 utilizam e aprovam as NTICs para a inovação
da prática pedagógica no ambiente da sala de aula;
• Aumento significativo da auto-estima do educador que através de relatos orais e escritos nas
avaliações, exprime sua satisfação pelos resultados alcançados;
• Crescimento e afirmação da prática da pesquisa ampliando e elevando-se a competência
investigativa;
• Aumento do nível de proficiência em leitura e escrita;
• Despertar da atenção, do prazer e o interesse em aprender tanto por parte do educador
quanto do aluno.
6.Conclusões
Todos os esforços foram no sentido de tornar os usuários dos computadores nas escolas
sujeitos autônomos de sua aprendizagem, detentores da competência de domínio da linguagem
presente na Informática, como forma de desenvolvimento da apreensão do mundo social e na
possível intervenção em seus processos de construção da realidade social.
Os efeitos e desdobramentos desse Projeto, ou
melhor dizendo, Programa (pela sua
extensão e possibilidades),foram sentidos diariamente e somados ao longo do processo permitindo
novas metas a curto e longo prazo, mas sempre em respeito a uma educação pública de qualidade
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para todos, obtendo das novas tecnologias a possibilidade do atendimento individualizado, focado e
ajustado a cada necessidade específica de aprendizagem individual e coletiva.
No primeiro ano do Programa tivemos resultados surpreendentes sob o ponto de vista da
qualidade dos trabalhos desenvolvidos, a soma dos mediadores aos professores nos laboratórios
trouxe a segurança necessária para ousar na criação e ampliação das aprendizagens de todos aos
envolvidos, quer no rumo na inclusão digital com professores e gestores que superaram o total
desconhecimento no uso das máquinas, quer no rumo dos instrumentos que a Informática
proporciona como ferramenta de trabalho humano, no mundo moderno.
A base do Programa foi a experiência de alicerçar uma nova cultura, nascida do
questionamento do mero uso das máquinas como aulas de Informática e da proposta da ampliação
do uso das máquinas
e suas inúmeras possibilidades de promoção de aprendizagens. . A
preocupação foi constituir uma política pública de acesso ao mundo da Informática, enxergando os
agentes envolvidos, como sujeitos ativos e não como meros usuários.
Para alguns, caberia ao poder público a compra das máquinas e a contratação de professores
de informática. Essa experiência provou que é preciso mais, é preciso aliar as novas tecnologias ao
bojo de todas as intencionalidades pedagógicas e transpôr o mero acesso as máquinas. Torná-las
instrumentos nas práticas de educadores formados para seu uso intencional e planejado, articulado a
um projeto maior de Educação e Sociedade
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