COLETÂNEA DE GEOGRAFIA MATO GROSSO DO SUL GEOGRAFIA DE MATO GROSSO DO SUL. Mato Grosso do Sul Estado de Mato Grosso do Sul (Bandeira) (Brasão) Hino: Hino do estado de Mato Grosso do Sul Gentílico: sul-mato-grossense ou mato-grossense-do-sul Localização - Região - Mesorregiões - Microrregiões - Municípios Centro-Oeste Bolívia (NO), Paraguai (OS), GO (NE), MG (L), MT (N), PR (S) e SP (SE) 4 11 78 Capital Campo Grande Governo 2007 a 2011 - Governador(a) - Vice-governador(a) - Deput. federais - Deput. estaduais André Puccinelli (PMDB) Murilo Zauith (DEM) 8 24 Área - Total 357.124,962 km² (6º) População - Estimativa - Censo 2000 - Densidade 2007 2.265.274 hab. (21º) 2.078.001 6,42 hab./km² (20º) Economia - PIB - PIB per capita 2005 R$21.641.772.000,00 (17º) R$9.557,00 (11º) Indicadores - IDH - Esper. de vida - Mort. infantil - Analfabetismo 2000 0,778 (7º) – médio 73,5 anos (6º) 18,5/mil nasc. (5º) 9% (10º) Fuso horário UTC-4 Clima Subtropical, tropical de altitude e tropical Cfa, Cwa, Aw Sigla BR-MS Site governamental www.ms.gov.br - Estados limítrofes 2 Geografia Localização e território Mato Grosso do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no sul da região Centro-Oeste do Brasil e tem como limites Goiás ao nordeste, Minas Gerais ao leste, Mato Grosso ao norte, Paraná ao sul, São Paulo ao sudeste, Paraguai ao oeste e sul e a Bolívia ao noroeste. Ocupa uma superfície de 358.159 km², participando com 22,2% da superfície da região Centro-Oeste e 4,2% da área territorial brasileira (de 8.514.876,6 km²), sendo ligeiramente maior que a Alemanha. Possui ainda 78 municípios, 165 distritos, quatro mesorregiões geográficas e onze microrregiões geográficas, de acordo com o IBGE. Relevo O arcabouço geológico do Mato Grosso do Sul é formado por três unidades geotectônicas distintas: a plataforma amazônica, o cinturão metamórfico Paraguai-Araguaia e a bacia sedimentar do Paraná. Sobre essas unidades, visualizam-se dois conjuntos estruturais. O primeiro, mais antigo, com dobras e falhas, está localizado em terrenos pré-cambrianos, e o segundo, em terrenos fanerozóicos, na bacia sedimentar do Paraná. Não ocorrem grandes altitudes nas duas principais formações montanhosas, as serras da Bodoquena e de Maracaju, que formam os divisores de águas das bacias do Paraguai e do Paraná. As altitudes médias do estado ficam entre 200 e 600 metros. O planalto da bacia do Paraná ocupa toda a porção leste do estado. Constitui uma projeção do planalto Meridional, grande unidade de relevo que domina a região sul do país. Apresenta extensas superfícies planas, com 400 a mil metros de altitude. Já a baixada do rio Paraguai, domina a região oeste, com rupturas de declives ou relevos residuais, representados por escarpas e morrarias. Estendendo-se por uma vasta área de noroeste do estado, a baixada do rio Paraguai é parte da grande depressão que separa, no centro do continente, o planalto Brasileiro, a leste, da Cordilheira dos Andes, a oeste. Sua maior porção é formada por uma planície aluvial sujeita a inundações periódicas, a planície do Pantanal, cujas altitudes oscilam entre 100 e 200m. Em meio à planície do Pantanal ocorrem alguns maciços isolados, como o de Urucum, com 1.160m de altitude, próximo à cidade de Corumbá. Clima Na maior parte do território do estado predomina o clima do tipo tropical, com chuvas de verão e inverno seco, caracterizado por médias termométricas que variam entre 25°C na baixada do Paraguai e 20°C no planalto. A pluviosidade é de aproximadamente 1.500mm anuais. No extremo meridional ocorre o clima subtropical, em virtude de uma latitude um pouco mais elevada e do relevo de planalto. A média térmica é pouco superior a 20°C, com queda de até 0°C nos meses mais frios do ano. A menor temperatura já registrada no estado ocorreu em Ponta Porã, com -6°C em 1975 e ocorrência de neve[carece de fontes?]. As geadas são comuns no sul do estado registrando em média 3 ocorrências do fenômeno por ano. Observa-se o mesmo regime de chuvas de verão e inverno seco, e a pluviosidade anual é, também, de 1.500mm. No estado, percebe-se grande variação de temperaturas, sendo registradas pelo menos uma vez ao ano temperaturas máximas próximas de 40°C e mínimas próximas à 0°C. 3 Hidrografia O território estadual é drenado a leste pelos sistemas dos rios Paraná, sendo seus principais afluentes os rios Sucuriú, Verde, Pardo e Ivinhema; a oeste é drenado pelo Paraguai, cujos principais afluentes são os rios Taquari, Aquidauana e Miranda. Pelo Rio Paraguai escoam as águas da planície do Pantanal e terrenos periféricos. Na baixada, produzem-se anualmente inundações de longa duração. De novembro a março, o Pantanal vive o período das cheias, as depressões são inundadas, formando extensos lagos, reconhecidos como Baías. Alguns desses lagos são alcalinos, apresentando diferentes cores e suas águas, de acordo com as algas que ali se desenvolvem e criam matizes de verde, amarelo, azul, vermelho ou preto. Esses lagos também se interligam ou não por pequenos rios perenes ou periódicos. Nas enchentes ocorre uma interligação entre rios, braços, baías na vazante, a terra enriquecida pelo húmus, se transforma na mais rica fonte de alimentos para sua flora e fauna. Na estação da vazante (de abril a outubro), os rios começam a baixar seus leitos, formando "corixos" ou baías que retém grande quantidade de peixes, fenômeno conhecido pelo nome de "lufada". De julho a setembro a terra é mais seca e a temperatura é amena, chegando a esfriar à noite. No início das chuvas, de outubro a dezembro, o calor é intenso, os rios começam a inundar as terras baixas, os mosquitos proliferam e os mamíferos migram para as terras altas. A linha de divisa com o estado de Mato Grosso segue limites naturais formados por vários rios. Vegetação Os cerrados recobrem a maior parte do estado. Na planície do Pantanal, no oeste do estado, durante o período de cheias do Rio Paraguai , a região vira a maior região alagadiça do planeta, lá se combinam vegetações de todo o Brasil, até mesmo da Caatinga e da Floresta Amazônica, e é um dos biomas com maior biodiversidade do Brasil. Os campos, que constituem cinco por cento da vegetação do estado, ocupam ainda uma pequena área na região de Campo Grande e na região de Bela Vista. Já no extremo leste sul-matogrossense, há resquícios de Mata Atlântica às margens do rio Paraná. História As idéias separatistas de Mato Grosso do Sul tiveram início no começo do século XX, com uma revolta chefiada pelo coronel Mascarenhas, que resultou na derrota dos rebeldes. O norte sempre resistiu, por temer o esvaziamento econômico do Estado. Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, a região sul aderiu ao movimento, sob a condição de que em caso de vitória obteria a divisão. Em 11 de outubro de 1977, Mato Grosso do Sul foi finalmente desmembrado, transformando-se em Estado no 1.º de janeiro de 1979, com a posse do primeiro governador, o engenheiro gaúcho Harry Amorim Costa, e da Assembléia Constituinte. A primeira eleição só ocorreu em 1982. Para justificar o desmembramento, o governo federal argumentou que o antigo Estado dispunha de área muito extensa, que dificultava a administração, além de apresentar claras diferenças ecológicas. O maior evento histórico que ocorreu nas terras do atual estado foi a Guerra do Paraguai, nas quais os exércitos Brasileiro, Argentino e Uruguaio combateram juntos os Paraguaios, esse combate praticamente destruiu o Paraguai, potência econômica durante o período da guerra (Séc XIX). Cultura A cultura inclui a linguagem, as crenças, os costumes, as cerimônias, a conduta, a arte, a culinária, a moda, o folclore, os gestos e o modo de vida de determinado número de pessoas em um período. O local onde se situa, o meio ambiente, a economia e o que cerca um povo influência o seu modo de vida. A cultura local é uma mistura de várias contribuições das migrações ocorridas em seu território: 4 Pratos típicos: Arroz boliviano, Caribeu, Chipa, Farofa de banana, Farofa de carne, Furrundu, Pacu assado, Puchero, Quibebe de mamão, Sopa paraguaia, Saltenha Bebidas típicas: Caldo de piranha, Licor de pequi, Sorvete de bocaiuva e Tereré Símbolos: Viola-de-cocho, Trem do Pantanal Música: Guarânia, Chamamé, Cururu, Siriri, Vanerão, Sertanejo Economia A região onde Mato Grosso do Sul está localizado contribui muito para o seu desenvolvimento econômico, pois é vizinho dos grandes centros produtores e consumidores do brasil: Minas Gerais, São Paulo e Paraná, além de fazer fronteira com dois países sulamericanos (Bolívia e Paraguai), uma vez que se situa na rota de mercados potenciais de toda a zona ocidental da América do Sul e se comunica com a Argentina através da Bacia do Rio da Prata, tamdo também acesso ao oceano Atlântico e ao Pacífico através dos países andinos, como Bolívia e Chile. A principal área econômica do estado do Mato Grosso do Sul é a do planalto da bacia do Paraná, com seus solos florestais e de terra roxa. Nessa região, os meios de transporte são mais eficientes e os mercados consumidores da região Sudeste estão mais próximos. Sua economia está baseado na produção rural (animal, vegetal, extrativa vegetal e indústria rural), indústria, extração mineral, turismo e prestação de serviços. Mato Grosso do Sul possui um dos maiores rebanhos bovinos do país. Além da vocação agropecuária, a infra-estrutura econômica existente e a localização geográfica permitem ao estado exercer o papel de centro de redistribuição de produtos oriundos dos grandes centros consumidores para o restante da região Centro-Oeste e a região Norte do Brasil. Cachoeira Bonito . No estado 44,77% da população residente compõe a população economicamente ativa (PEA). Quanto ao rendimento médio das pessoas de dez anos ou mais (1.366.871 habitantes), 55,85% (763.293 habitantes) têm como renda média mensal até um salário-mínimo. Segundo dados da Secretaria de Estado de Finanças, Orçamento e Planejamento de Mato Grosso do sul (SEFOP), do total de ICMS arrecadado pelo estado, 52,7% provém do comércio, 23.7% da agropecuária, 17,2% de serviços e o restante vem da indústria. O PIB (IBGE-2005) de Campo Grande, a capital do estado, é de cerca de R$ 7 bi. No interior, os três municípios com maior participação na composição do PIB estadual são: Dourados (pólo agropecuário e agroindustrial, comercial e de serviços) com um PIB de R$ 1,8 bilhão, seguido de Corumbá (pólo de pecuária de cria e recria, mineral e turismo) com um PIB de R$ 1,5 bilhão e Três Lagoas (pólo industrial) com um PIB de R$ 1 bi. Nos anos 90 um novo método acabou se aliando ao processo de modernização agropecuária: com o objetivo de aumentar a receita municipal, alguns prefeitos, sem qualquer critério, passaram a usar mecanismos artificiais, como o aumento do perímetro urbano. 5 Setor primário A maior produção agropecuária concentra-se na região de Dourados. Desenvolve-se uma agricultura diversificada, com culturas de soja, arroz, café, trigo, milho, feijão, mandioca, algodão, amendoim e cana-de-açúcar. Nos campos limpos, pratica-se a pecuária de corte, com numeroso rebanho assumindo importância nas áreas agrícolas. Possui rebanhos de bovinos, muares, eqüinos, suínos, caprinos, ovinos, galinhas, coelhos, bubalinos, galos, frangas, frangos, pintos, asininos e codornas. No Pantanal, a oeste, estão as melhores pastagens do estado. Setor secundário A maior parte da energia consumida no estado é produzida pela usina hidrelétrica de Jupiá, instalada no rio Paraná, no estado de São Paulo. As indústrias do Mato Grosso do Sul são responsáveis por vinte por cento desse consumo. O estado conta com importantes jazidas de ferro, manganês, calcário, mármore e estanho. Uma das maiores jazidas mundiais de ferro é a do monte Urucum, situado no município de Corumbá. De modo geral, o solo tem boas propriedades físicas, mas propriedades químicas fracas, o que exige a correção de cerca de quarenta por cento da área total com o emprego de calcário. A principal atividade industrial do Mato Grosso do Sul é a produção de gêneros alimentícios, seguida da transformação de minerais não-metálicos e da indústria de madeira. Os beneficiamentos de carne bovina e de arroz têm seu centro na capital. Até antes do desmembramento, toda a carne produzida no Mato Grosso era beneficiada no atual Mato Grosso do Sul. Corumbá é o maior núcleo industrial do Centro-Oeste, com indústrias de cimento, fiação, curtume, beneficiamento de cereais e uma siderúrgica que trata o minério do Maciço do Urucum. Setor terciário O turismo ecológico também representa uma importante fonte de receita para o estado. A região do pantanal sul mato-grossense atrai visitantes do resto do país e do mundo, interessados em conhecer a beleza natural na região. Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) Ano PIB (R$) PIB per capta (R$) 2000 11.861.168.000,00 5.655,76 2001 13.736.054.569,00 6.448,26 2002 15.153.544.000,00 7.004,00 2003 19.273.681.000,00 8.772,00 2004 21.105.170.000,00 9.461,00 2005 21.641.772.000,00 9.557,00 Turismo Lazer e diversão 6 Cachoira em Bonito Pantanal Possui atrativos naturais e culturais que podem ser vistos ao participar de passeios turisticos. Os cenários são distintos e com belezas peculiares, sendo rico em flora, fauna e exuberância da natureza. A dedicação de seus habitantes o tornaram uma das mais produtivas áreas agrícolas e seus visitantes devem provar sua comida típica. Principais pontos turísticos: Complexo do Pantanal: é a mais extensa área úmida contínua do Planeta e um santuário ecológico que abriga a maior diversidade mundial de fauna e flora. Nele vivem aproximadamente 650 espécies de aves (cabeças-secas, garças e jaburus, o martim-pescador, os biguás, o pato-do-mato, o colhereiro, o jaçanã, o anu-branco, o pica-pau, entre outras), 240 espécies de peixes (piranha, o pintado, o pacu, o curimbatá e o dourado), 50 de répteis, 80 do mamíferos, além de uma imensa diversidade na flora que abriga pastagens nativas, plantas apícolas, comestíveis, taníferas e medicinais. Comércio fronteiriço: para quem busca a opção de compra pelo livre comércio, há as opções das cidades que fazem fronteira com zonas francas como Ponta Porã, Bela Vista, Corumbá e Porto Murtinho. Serra da Bodoquena: onde se localiza Bonito, uma cidade pequena que possui solo calcário é responsável pela cristalinidade dos rios. Região conhecida pelas grutas, cachoeiras e corredeiras. Política O poder político em Mato Grosso do Sul é representado pelo governador, vice-governador e secretários estaduais. Para o governador criar alguma lei, é preciso a aprovação do Poder Legislativo, sendo este composto pela Assembléia Legislativa (AL). A gestão do governador torna-se mais fácil quando recebe apoio dos deputados estaduais. O atual governador de Mato Grosso do Sul é André Puccinelli e a AL estadual possui 24 deputados estaduais. A sede do governo do estado fica dentro do Parque dos Poderes, em Campo Grande. Infra-estrutura Energia O estado é carente de energia elétrica, sendo esse o seu principal obstáculo para a instalação de indústrias na região. A maior parte da eletricidade que o estado consome é comprada de fora, especialmente de São Paulo Gasoduto, a panacéia desenvolvimentista 7 O gasoduto delega um dos maiores investimentos destinados para todas as regiões por onde ele atravessa. Funcionando desde 2001 e tendo contrato inicial de 20 anos, possui potencial para promover vários investimentos públicos. Em Mato Grosso do Sul o gasoduto percorre um total de 702 quilômetros, com previsão de construção de uma usina separadora em Puerto Suárez para a transformação do gás natural em gás seco e este será canalizado até Corumbá para consumo de energia industrial. Com relação ao Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), o projeto acusa problemas ambientais num primeiro momento: a sua construção pode afugentar a fauna e provocar danos à natureza com as escavações e uso de dinamite. Quando começar a funcionar, o gasoduto irá transportar 16 milhões de metros cúbicos/dia, e será necessária segurança necessária para evitar acidentes (vazamentos, acidentes físicos com o duto, entre outros problemas), já que o duto está apenas a um metro de profundidade. Com relação ao impacto social, este empreendimento foi o responsável pela desapropriação de algumas propriedades de pequenos produtores. Meios de transporte Ferrovias: o estado é servido por duas linhas ferroviárias: Estrada de Ferro Noroeste do Brasil: (atual Novoeste e comprada em 2006 pela ALL): sendo a principal e mais antiga ferrovia, corta o Mato Grosso do Sul da divisa com São Paulo, em Três Lagoas, até Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A mesma linha serve as cidades de Campo Grande, Aquidauana e Corumbá (trecho chamado também de Trem do Pantanal), com um ramal em direção a Ponta Porã. Ferronorte: mais recente (construída entre as décadas de 1980 e 1990), sai de Santa Fé do Sul no estado de São Paulo e cruza o rio Paraná até Aparecida do Taboado. Daí segue para o norte do estado, passando por cidades como Inocência e Chapadão do Sul até atingir Alto Taquari, no sul do estado de Mato Grosso. Rodovias: seu sistema viário contribui em boa medida para o escoamento da produção agropecuária. Os principais eixos rodoviários são: BR-163: liga Sonora a Mundo Novo BR-267: liga Porto Murtinho a Porto Quinze de Novembro, no rio Paraná, e a Ourinhos, em São Paulo. BR-060: liga Chapadão do Sul a Bela Vista BR-262: liga Corumbá á Vitória (Espírito Santo) Fluvial: a navegação fluvial, que já teve importância decisiva, vem perdendo a preeminência. O principal porto é os da região de Corumbá (Corumbá, Ladário e Porto Esperança) e Porto Murtinho, todos no rio Paraguai. Aéreo: Mato Grosso do Sul é um estado muito bem servido no que diz respeito a aeroportos: possui 3 internacionais (Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã) e 2 regionais (Dourados e Bonito) Cor/Raça (*)[2] Porcentagem (IBGE/2007) 8 Educação Brancos 51,1% Pretos 5,3% Pardos 41,8 % Amarelos ou indígenas 1,7 % Saúde Esporte Demografia e urbanização Três Lagoas. Crescimento populacional Campo Grande Corumbá - margens do rio Paraguai 1940 238.640 1950 309.395 1960 579.652 1970 980.560 1980 1.369.769 1991 1.780.373 1996 1.927.834 2000 2.078.001 2007 2.265.274 Dourados 9 População A população de Mato Grosso do Sul tem crescido a altos níveis desde a década de 1870, quando o estado passou a ser efetivamente povoado. Entre a década de 1940 e o ano de 2007, a população aumentou quase dez vezes, ao passo em que a população do Brasil, no mesmo período, aumentou pouco mais que quatro vezes. Isso, no entanto, não se dá devido a uma alta taxa de natalidade no estado, mas à grande quantidade de migrantes de outros estados ou imigrantes em Mato Grosso do Sul. Segundo o IBGE, no ano de 2005, 30,2% da população residente no estado não era natural daquela unidade da federação[3], ao passo em que a taxa de fecundidade no estado no ano 2000 era a décima menor do Brasil, com 2,4 filhos por mulher [4]. As migrações de contingentes oriundos dos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo e imigrações de países como Alemanha, Espanha, Itália, Japão, Paraguai, Portugal, Síria e Líbano foram fundamentais para o povoamento de Mato Grosso do Sul e marcaram a fisionomia da região. O estado é, ainda, o segundo do Brasil em número de habitantes ameríndios, de várias etnias. O grande número de descendentes de ameríndios e de imigrantes paraguaios, que em sua maioria têm como ancestrais os índios guaranis, são dois fatores que contribuem para a alta porcentagem dos chamados "pardos" na população do estado de Mato Grosso do Sul. Já a ascendência afro-brasileira desse grupo étnico não é tão numerosa quanto a indígena. A população indigena do estado totaliza em 2008 53.900 pessoas, segundo o IBGE. Apesar disso, o sul matogrossense serviu de refúgio para vários negros fugidos durante o período da escravidão e referências a esta região estão presentes em canções folclóricas, como as utilizadas em práticas de capoeira. A canção Paranauê (Paranauê, Paranauê, Paraná...), por exemplo, alude à liberdade que os escravos encontrariam para além do Rio Paraná, no atual território de Mato Grosso do Sul, onde não seriam caçados por feitores ou bandeirantes. Há, no entanto, uma interpretação desta canção como fazendo referência ao estado do Paraná, o que é uma leitura errônea uma vez que o estado do Paraná somente foi criado em 1853, sendo a canção muito mais antiga – a capoeira em si data de antes de 1770. Portanto, o Paraná da letra é o Rio Paraná, e não o estado, que recebeu seu nome devido ao rio. Outra prova disso é o fato de que o estado de Mato Grosso do Sul também possui uma das maiores quantidades de comunidades quilombolas no Brasil [5]. Esta era a área mais povoada do antigo estado do Mato Grosso, com uma densidade demográfica bastante alta no planalto da bacia do rio Paraná, onde ocorrem solos de terra roxa com topografia regular. Ao ser constituído, no final da década de 1970, Mato Grosso do Sul contava com uma densidade média de 3,9 habitantes por quilômetro quadrado - alguns municípios chegavam a ter mais de cinqüenta habitantes por quilômetro quadrado-, em contraste com o norte, atual Mato Grosso, de menor densidade. Urbanização Mato Grosso do Sul está entre as unidades da federação que apresentam as maiores taxas de urbanização do país, com 85,4%. A população urbana do estado, a partir dos anos 1980, apresenta um acentuado crescimento. Apesar das atividades rurais exercerem forte influência, o crescimento urbano cresce em harmonia com a agropecuária, que é proporcionalmente muito forte, pois se modernizou nos últimos anos e favoreceu a migração do campo para as cidades. Os domicilios compostos por quatro pessoas constituem o maior número de domicílios no estado, sendo esta tendência quase homogênea no País e reflete, na média, o predomínio da chamada família nuclear, ou seja, casal e dois filhos. As taxas de analfabetismo em Mato Grosso do Sul decresceram na última década, com reduções nos níveis de analfabetismo classe etária de 10 anos e mais, passando de 23,37%, em 1980, para 9,5% em 10 2004. E apesar de as reduções serem significativas, os dados da área urbana e rural foram bem distintos. Pelas informações dos sensos de 1991 e 1996, entre 1970 e 1990 houve redução nas migrações interestaduais nas últimas décadas e também queda do saldo migratório em Mato Grosso do Sul. Segundo os dados, em 1991 houve a entrada de 124.045 pessoas de outros estados e a saída de 105.009, resultando no saldo migratório de 19.036. Já em 1996, 87.374 pessoas imigraram para o estado e 73.748 emigraram desse para outros estados, resultando num saldo migratório de 13.626 habitantes. No geral o cenário demográfico e social apresentado em Mato Grosso do Sul se baseia na tomada de decisões das diversas instâncias de atuação da sociedade civil, da academia e dos diversos níveis de governos, possibilitando e adequando o planejamento e ações dentro de uma visão panorâmica real nos níveis desejados de qualidade de vida e com o devido padrão de desenvolvimento sustentável. Cidades Entre as cidades que compõem o Estado, destacam-se as cidades de maior população. Relação e informações das que tem mais de 25 mil habitantes (IBGE 2007) em ordem decrescente: Campo Grande: capital e maior cidade do estado, se localiza no centro geodésico de MS, sendo conhecida pelo seu planejamento, museus, centros culturais, parques, bibliotecas, entre outros. Antes do desmembramento, Campo Grande já era considerada a maior cidade do estado de Mato Grosso. Após a divisão, continua sendo a maior cidade de Mato Grosso do Sul. A capital sul-matogrossense possui 724.524 habitantes e PIB de R$ 6.903.356.000. Dourados: possui 181.869 habitantes e PIB de R$ 1.807.047.000 em 2005 segundo o IBGE. É a maior cidade do interior do estado e a segunda depois da capital, é conhecida por ser um importante centro comercial, industrial e agropecuário do estado; Corumbá: possui 96.373 habitantes e PIB de R$ 1.492.877.000. Fica próxima de Puerto Suarez, na Bolívia (procurada por seu artesanato em cerâmica, couro, lã, prata e tapeçaria, além de eletrônicos e elétrodomésticos) e ás margens do rio Paraguai. Possui vários centros culturais e de exposiões. Importante centro de eventos de Mato Grosso do Sul, seu maior evento é o Festival América do Sul. Em pleno Pantanal, além de ser centro de apoio para a região, a cidade oferece vôos panorâmicos sobre a região e safáris fotográficos; Três Lagoas: possui 85.914 habitantes e PIB de R$ 1.033.744.000. Situada a extremo leste de MS, é conhecida pelo turismo no rio Paraná e hidrelétrica de Jupiá, dentro de poucos anos poderá ser o maior centro industrial de MS; Ponta Porã: possui 72.206 habitantes e PIB de R$ 500.246.000. Situada no cone-sul do estado, também atrai muitos visitantes por ser centro de livre comércio; Aquidauana: possui 44.920 habitantes e PIB de R$ 283.920.000. Está localizada na entrada do Pantanal e entre fevereiro e outubro a pesca é permitida e cada espaço à beira do rio passa a ser disputado pelos que querem pescar seu peixe; Nova Andradina: possui 43.495 habitantes e PIB de R$ 451.236.000. Está situada no sudeste de MS, é fortemente dependente da agropecuária, sendo também um importante pólo de criação e abate de bovinos do Brasil; Naviraí: possui 43.404 habitantes e PIB de R$ 407.941.000. Está situada no cone-sul de MS, sendo um importante centro regional pelo comércio e serviços que oferece. Paranaíba: possui 38.692 habitantes e PIB de R$ 332.839.000. Paranaíba localiza-se estrategicamente numa região de integração das economias do Brasil(Mato Grosso do Sul,Bolívia e Paraguai) e se situa também no entroncamento de três macro-eixos de desenvolvimento econômico estadual (ao lado do eixo aquaviário do rio Paraná; eixo da Ferronorte e eixo do Gasoduto Bolívia-Brasil). É o portal do nordeste de Mato Grosso do Sul e famosa pela ponte metálica. 11 Sidrolândia: possui 38.139 habitantes e PIB de R$ 338.070.000. Está situada próximo a Campo Grande, sendo um importante centro agropecuário. Sidrolândia encontra-se nos campos da Vacaria do Planalto da Serra de Maracajú, seu solo é levemente ondulado e constituído de terras rochas, resultado da decomposição de rochas vulcânicas. Amambai: possui 33.396 habitantes e PIB de R$ 217.030.000. O Município está localizado na região sul do Estado de Mato Grosso do Sul, numa região de relevo levemente ondulado, predominando os Campos de Vacaria e Mata de Dourados. Situada a poucos quilômetros da fronteira com o Paraguai, depende da agropecuária Coxim: possui 31.816 habitantes e PIB de R$ 263.721.000. Principal e mais importante cidade do norte de Mato Grosso do Sul. Conhecido nacionalmente como capital do peixe e terra do pé de cedro. Antigo domínio dos índios Caiapós, é muito procurada pelos que praticam canoagem nas corredeiras do rio Taquari ou que pretendem ver o espetáculo da piracema, de novembro a janeiro; Maracaju: possui 30.912 habitantes e PIB de R$ 484.648.000. Situada no centro-sul de MS, possui um dos maiores PIBs do estado. A única cidade no estado com seu perímetro urbano totalmente asfaltado. É conhecida como a Capital da linguiça onde, todo ano, é realizada a Festa da Linguiça tradicional de Maracaju. Rio Brilhante: possui 26 560 habitantes e PIB de R$ 318.792.000. Fica entre Campo Grande e Dourados, as duas maiores cidades de Mato Grosso do Sul (*) Fonte: PNAD (dados obtidos por meio de pesquisa de autodeclaração). Migração Durante seus quase quinhentos anos de história desde que o primeiro homem branco, Aleixo Garcia, pisou em seu território em 1524, o estado de Mato Grosso do Sul recebeu migrantes de diversas partes do Brasil nas diferentes fases de sua ocupação. Migração paulista Desde o início do século XVII, paulistas eventualmente se estabeleceram na região, a partir das primeiras expedições bandeirantes. O fluxo de migrantes paulistas, no entanto, tornou-se contínuo a partir das últimas décadas do século XVIII, quando da ocupação do oeste, nordeste e centro do estado. Durante o século XX, os paulistas também se fizeram presentes como colonos das companhias colonizadoras e operários dos fundadores das cidades do leste e sudeste sul-matogrossenses. O influxo de paulistas no estado permanece ininterrupto século XXI adentro. Migração gaúcha O início da migração gaúcha deu-se juntamente ao começo do fluxo contínuo de migrantes paulistas no final do século XVIII, quando mais cidades passaram a ser fundadas no sul matogrossense. Esta chegada de gaúchos deu-se, ainda como os paulistas, de maneira constante durante o século XIX e início do século XX. Na década de 1970, no entanto, uma segunda onda de migrantes gaúchos estabeleceu-se em Mato Grosso do Sul, seguindo padrões de colonização notadamente diferentes da primeira. Juntamente com paranaenses, estes gaúchos procuravam se dedicar à cultura mecanizada da soja na região centro-sul do estado [6]. Migração mineira Foi com as expedições realizadas no final da década de 1820 pelo Barão de Antonieta que uma maior quantidade de mineiros passou a adotar o sul matogrossense como seu novo lar, sobretudo com o advento das frentes colonizadoras dos Garcia Leal e dos Lopes, no nordeste e centro do estado. Tal processo continuou durante o século XX e, assim como a migração paulista, a migração mineira continua sendo um fator constante em Mato Grosso do Sul no século XXI. 12 Migração paranaense Diferentemente dos casos das migrações paulista e mineira, a chegada de migrantes paranaenses às terras sul-matogrossenses deu-se em dois momentos históricos mais isolados. Uma grande onda de paranaenses chegou ao estado durante a década de 1940, com a Marcha para o Oeste promovida por Getúlio Vargas e as companhias de colonização, estabelecendo-se nas regiões central e sul do estado, na Colônia de Dourados. A segunda parcela desses migrantes estabeleceu-se em Mato Grosso do Sul nas décadas de 1970 e 1980, à procura de terras onde pudessem se dedicar à produção mecanizada de cereais, sobretudo a soja, na mesma região que a anterior [7]. Migração nordestina A migração nordestina no estado de Mato Grosso do Sul intensificou-se a partir de 1890, uma vez que as frentes colonizadoras mais antigas já se encontravam estabelecidas. Embora tenha permanecido contínua até a década de 1930, no entanto, este fluxo de nordestinos para o sul matogrossense pode ser diferenciado de uma segunda onda de migrantes, que atingiu a região durante a Marcha para o Oeste de Getúlio Vargas. Enquanto o primeiro grupo se distribuiu em diferentes áreas do estado, o segundo concentrou-se no centro e sul do mesmo. Imigração Visando a substituição da mão-de-obra escrava por trabalhadores livres no Brasil, o Governo Imperial passou, a partir da segunda metade do século XIX, a promover mais ativamente a imigração, principalmente européia, para solos tupiniquins. Desta época até o nacionalismo do Estado Novo, que dificultou a imigração, o Brasil recebeu milhões de imigrantes, não só europeus. O sul matogrossense não foi exceção. A partir de 1890, o estado de Mato Grosso – notadamente o sul matogrossense – apresentou uma população de estrangeiros crescente, superior a 6% da população total, até 1920, quando o número decaiu para entre 5 e 3% da população em 1970 [8]. De qualquer maneira, no período entre 1872 e 1970, o Mato Grosso e o sul matogrossense tiveram continuadamente uma população estrangeira acima da média nacional, caso este que somente se repetiu com quatro outros estados e a cidade do Rio de Janeiro. Entre 1920 e 1970, mais de 50% dos estrangeiros que habitavam o Mato Grosso eram paraguaios. Outros 13% eram naturais da Bolívia. Imigração germânica, austríaca, e de europeus do leste Na década de 1920, a Europa ainda sofria as conseqüências da Primeira Guerra Mundial. Fazendo uso das dificuldades econômicas daquela região, principalmente dos países vizinhos à Alemanha, foram várias as empresas que se dedicaram a promover, mediante pagamento, a emigração para países como Estados Unidos e Brasil. A Companhia de Colonização Alemã Hacker foi uma dessas que possibilitou a vinda de imigrantes alemães, búlgaros, poloneses, russos, austríacos e romenos para o Brasil, mais especificamente para o sul matogrossense, a lugares como a Colônia de Terenos, novo núcleo agrícola próximo a Campo Grande. Devido a vários problemas, no entanto, mesmo com a ajuda da Prefeitura de Campo Grande, essa colônia fracassou e muitos dos colonizadores partiram de volta à Europa ou para o sul do Brasil. De qualquer maneira, no ano de 1960, o censo do IBGE registrou 232 alemães em Mato Grosso. A maioria deles se encontrava no sul matogrossense, pois, após a divisão do estado, em 1980, era 176 o número de alemães no Mato Grosso do Sul segundo o IBGE. 13 Imigração espanhola Refletindo o fato de que no Brasil os espanhóis são a terceira etnia de imigrantes europeus mais numerosa, em Mato Grosso do Sul a porcentagem de seus descendentes é comparável àquela do restante do país. Além de ter recebido imigrantes diretamente da Espanha, o estado ainda abrigou imigrantes desiludidos com a situação em estados como São Paulo. O mesmo aconteceu com italianos e japoneses, que muitas vezes passaram por outros estados, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste, antes de se estabelecerem no sul matogrossense. Imigração italiana Embora o sul matogrossense tenha recebido imigrantes italianos, a maior parte dos ítalosulmatogrossenses descende de imigrantes que inicialmente tiveram passagem por estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. Isso se deveu à falta de oportunidades nesses estados, principalmente no sul do Brasil, o que fez com que milhares de sulistas migrassem para a região Centro-Oeste, em especial para o Mato Grosso do Sul. Entre esses migrantes, figuravam milhares de ítalo-brasileiros. A população italiana e ítalo-descendente no estado de Mato Grosso do Sul hoje representa cerca de 5% da população [9]. Imigração japonesa A porcentagem japoneses e descendentes no estado de Mato Grosso do Sul é relativamente alta. No dia 18 de junho de 1908, o navio Kassato Maru chegou ao porto de Santos, trazendo 781 imigrantes. Desses, 26 famílias viriam para o sul matogrossense, atraídos por suas terras férteis, pouco exploradas, e seu clima agradável. A necessidade de mão-de-obra para a construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, com muito boa remuneração para a época, também trouxe imigrantes desiludidos com as fazendas de café de São Paulo e Minas Gerais. Em 1909, um grupo de 75 imigrantes - a maioria de natural de Okinawa - partiu de Santos em um cargueiro fretado pela construtora da ferrovia e vieram pelo estuário do Rio da Prata, até Porto Esperança, na base das obras da ferrovia, já em Mato Grosso. Outros, ainda, vieram pelo Peru. Devido às dificuldades encontradas na construção da ferrovia, como doenças e ataques indígenas, muitos imigrantes japoneses desistiram do trabalho e se concentraram em cidades como Campo Grande e Três Lagoas, onde se dedicaram à produção de hortifrutigranjeiros, seda e ao setor de serviços. Seu sucesso trouxe outros imigrantes japoneses para a região. Imigração paraguaia Os paraguaios são o maior grupo étnico estrangeiro em Mato Grosso do Sul, tendo se estabelecido na região desde a demarcação da fronteira entre o estado e aquele país. Constituíram, por exemplo, a grande parte da mão-de-obra da Companhia Mate Laranjeira. Sua influência cultural é notável, seja pelo consumo de erva-mate, em forma de tereré, seja pelas polcas paraguaias, guarânias e chamamés, ou seja pelas chipas. Foi após uma receita caseira paraguaia que se criou o Hospital Adventista do Pênfigo, hoje referência no tratamento do "fogo selvagem", ou pênfigo. Imigração portuguesa Como é o caso do Brasil, Mato Grosso do Sul tem, desde seus primórdios, recebido imigrantes portugueses. No século XX, uma grande onda migratória se deu entre 1929 e 1961, tendo sido portugueses, por exemplo, os contrutores da primeira estrutura de concreto armado do então Mato 14 Grosso, a “Ponte Velha”, de Coxim. No ano de 2003, a colônia portuguesa em Mato Grosso do Sul possuía aproximadamente dois mil e quinhentos integrantes [10]. Imigração sírio-libanesa Cerca de 5% da população sul-matogrossense é composta de árabes ou árabe-descendentes, porcentagem alta em comparação a outras regiões do Brasil. [11] A partir de 1912, fugindo de conflitos no Oriente Médio, sírios, libaneses, turcos e armênios passaram a chegar ao porto de Santos. Dessa cidade, partiram para o porto de Corumbá, o portal de entrada para o Centro-Oeste e o pólo comercial de Mato Grosso. De lá, dispersaram-se para outras cidades do estado. Muitos outros também chegaram através Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, a qual ajudaram a construir. Mesmo antes de terminada a construção da estrada de ferro, no entanto, já passavam a se dedicar ao comércio, sua principal atividade. Migração para MS (est. 2000) Região/estado Nº de migrantes masculinos Nº de migrantes femininos Total geral Nordeste 57.519 51.278 108.797 Norte 3.705 4.680 8.385 Sudeste 129.781 126.479 256.260 Sul 82.343 81.669 164.012 Mato Grosso 11.167 12.837 24.004 Goiás 5.821 6.012 11.833 563 1.159 36.744 124.466 Distrito Federal 596 Exterior 87.722 Filhos ilustres Administração comercial Henry Maksoud - empresário Ueze Zahran - empresário Artes plásticas Alcides Pereira dos Santos - artista plástico Humberto Espíndola - artista plástico Jorapimo - artista plástico Maria da Glória Sá Rosa - crítica de arte/historiadora 15 Victor Henrique Woitschach (Ique) - cartunista Wega Nery - artista plástica Artes cênicas Andréa Freire - atriz/diretora de teatro Aracy Balabanian - atriz Cândido Alberto da Fonseca - cineasta David Cardoso - cineasta e ator Glauce Rocha - atriz Luciana Pettengill - bailarina Luíza Brunet - atriz/modelo Miguel Horta - cineasta Renato Ribas - músico/artista plástico/diretor teatral Rodolpho Leone - bailarino Rubens Corrêa - ator Siana Subtil -atriz e bailarina Wega Nery - artista plástica Ciências políticas Apolônio de Carvalho - militar comunista Delcídio Amaral - engenheiro, eletrecista e político Jânio Quadros - ex-governador de São Paulo e ex-presidente da República José Fragelli - ex-político Mário Calábria - embaixador Paulo Duarte - político Ramez Tebet - ex-senador e ex-ministro da Justiça Esportes Alberto Luiz de Souza – jogador de futebol Alex Dias - jogador de futebol Elvécio Zequetto - árbitro de futebol Luís Antônio Corrêa da Costa (Müller) - jogador de futebol Hoover Orsi - piloto de competições Zequinha Barbosa - atleta olímpico Lucas Pezzini Leiva - jogador de futebol do Liverpool (ING) Danilo Veron Bairros (Danilinho) - jogador de futebol do Atletico Mineiro Literatura Aline Figueiredo - crítica de arte/escritora Augusto César Proença - escritor Carlos de Castro Brasil- poeta e ex-político José Octávio Guizzo - jornalista Raquel Naveira - poeta Sônia Abrão - jornalista Manoel de Barros - Literario Brasileiro Música - Cantores Geraldo Espíndola - /mpb/regional/cancioneiro popular Helena Meirelles - violonista 16 Lia Mayo - popular Tetê Espíndola - regional Ney Matogrosso - Mpb Almir Sater - Música regional Grupos Bêbados Habilidosos - blues Canto da Terra - chamamé Clandestinos - rock/pop Cueio Limão - hardcore Grupo Acaba - regional/cancioneiro popular Grupo Tradição - maxixe Grupo Zíngaro - maxixe O Bando do Velho Jack - rock/blues Olho de gato - rock e blues The Funfers - rock e pop Referências e notas Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul IBGE – Censo de 2000 IBGE, PNAD 2005 – Mato Grosso do Sul Informações do Palácio do Planalto sobre as comunidades quilombolas de Mato Grosso do Sul. LEVY, Maria Stella Ferreira. The role of international migration on the evolution of the Brazilian population (1872 to 1972). Rev. Saúde Pública., São Paulo. Disponível em: <[1]>. Acesso em: 06 Feb 2007. Pré-publicação. doi: 10.1590/S0034-89101974000500003 TEODORO, Mirian Grasiela e AVELINO JÚNIOR, Francisco José. Tensão no campo: as famílias envolvidas na luta pela terra no Mato Grosso do Sul. 2005. Wikipedia - Imigração Italiana no Brasil http://pt.wikipedia.org/wiki/Mato_Grosso_do_Sul. http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais 2007/indic_sociais2007.pdf http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_sul-mato-grossenses_ilustres. 17 ANEXOS Aspectos naturais de Mato Grosso do Sul Área inundada na planície do Pantanal sul-mato-grossense Mato Grosso do Sul possui uma rica biodiversidade e inúmeras paisagens naturais, para concebê-las foram necessários milhões de anos de transformações evolutivas. Diante da imensa biodiversidade, será abordada a atual configuração da geologia, clima, relevo, hidrografia e vegetação da região. Geologia O território do Estado de Mato Grosso do Sul possui uma formação geológica oriunda de três diferentes unidades geotectônicas, denominadas de plataforma amazônica, cinturão metamórfico Paraguai-Araguaia e bacia sedimentar. Relevo O relevo do Estado não detém grandes altitudes, de uma forma geral a superfície do território é predominantemente plana. Os pontos mais elevados são as serras de Bodoquena e Maracaju, entretanto, com altitudes modestas. Nesse contexto, ao longo do espaço geográfico de Mato Grosso do Sul a média de altitude varia entre 200 a 600 metros acima do nível do mar. No Estado existe ainda uma grande parcela de planícies, nessas a altitude não ultrapassa 200 metros, é nessa área que está presente o Pantanal. A região, nos períodos chuvosos, sofre inundações ocasionadas pelo tipo de relevo. Clima As manifestações climáticas são as mais variadas, porém, o clima predominante é o tropical, com duas estações bem definidas, uma chuvosa (verão) e outra seca (inverno). Nesses locais a temperatura média varia de acordo com o relevo, pois nas partes mais baixas a temperatura média anual é de 26ºC, enquanto que nos planaltos é de 23ºC. Os índices pluviométricos chegam a 1.500 mm ao ano. No extremo sul do Estado o clima que influencia é o subtropical, com temperatura média em torno de 20ºC, podendo, nos períodos de inverno, reduzir a temperatura abaixo de 10ºC. 18 Hidrografia Mato Grosso do Sul têm seu território drenado pelo rio Paraná e seus afluentes (Sucuriú, Verde, Pardo e Ivinhema), esses ao leste do Estado, o oeste é drenado pelo rio Paraguai e seus afluentes (Aquidauana e Miranda). Vegetação A cobertura vegetal apresentada no território muitos pesquisadores como uma área de vegetações como cerrado (esse em maior atlântica, mata seca. Essa complexa fusão diversidade de espécies da fauna e da flora. do Estado não é homogênea, é definida por transição, dessa forma são contempladas parte), floresta amazônica, campos, mata vegetativa proporciona um incremento de Por Eduardo de Freitas Graduado em Geografia Equipe Brasil Escola Mato Grosso do Sul - Região Centro Oeste Geografia do Brasil - Brasil Escola 19 Economia de Mato Grosso do Sul Mato Grosso do Sul possui uma produção diversificada. Mato Grosso do Sul desenvolve diversas atividades econômicas, mas a principal é a pecuária e, em seguida, a pesca. O Estado atua nos três setores da economia: primário, secundário e terciário. Setor Primário Esse setor corresponde às atividades relacionadas à produção agrícola e extrativismo animal, vegetal e mineral. Nesse seguimento econômico o Estado tem sua maior produção na região do município de Dourados, nesse são praticadas uma grande variedade de culturas, tais como: soja, arroz, café, trigo, milho, feijão, mandioca, algodão, amendoim e cana-de-açúcar. Setor Secundário Nesse setor o estado realiza a produção de energia através da Usina Hidrelétrica de Jupia, além disso, atua na extração de minérios em jazidas de ferro, manganês, calcário, mármore e estanho. No município está localizada uma das maiores jazidas de ferro do mundo. Na produção industrial os principais produtos são os do ramo alimentício, processamento de minérios e madeiras, além do beneficiamento de carne bovina e arroz, além disso, na capital concentra ainda um grande núcleo industrial com indústrias de cimento, fiação, curtume, beneficiamento de cereais e uma siderúrgica. Setor Terciário Na atividade de prestação de serviços Mato Grosso do Sul se destaca no turismo ecológico, devido às grandes riquezas naturais presentes em seu território. O PIB do Estado é composto por diversos tipos de produtos ou atividades, desse modo, a agropecuária participa com 31,2%, a indústria com 22,7% e a prestação de serviços com 46,1%. Os principais produtos de exportação e seus respectivos percentuais são: soja e derivados (34,9%), carnes de suínos e frangos (20,9%), carne bovina (13,7%), minérios e suas ligas (8%), couros e peles (7,4%) e madeira (5,1%) Por Eduardo de Freita Graduado em Geografia Equipe Brasil Escola Mato Grosso do Sul - Região Centro-Oeste Geografia do Brasil - Brasil Escola 20 Aspectos da população de Mato Grosso do Sul Os índios compõem a população do Mato Grosso do Sul. A população de Mato Grosso do Sul gerou um grande crescimento a partir da segunda metade do século XIX, período esse que ocorreu um processo de povoamento efetivo do território, nos últimos 47 anos o número de habitantes aumentou 10 vezes. A população é composta por imigrantes nacionais e internacionais, vieram principalmente dos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, e de países como Alemanha, Espanha, Itália, Japão, Paraguai, Portugal, Síria e Líbano. Esse fato contribui para o povoamento, além de estabelecer, em um mesmo território, vários tipos de culturas. No Mato Grosso do Sul existe uma grande concentração de pessoas pardas, devido à junção de ameríndios, imigrantes paraguaios e índios guaranis, no entanto, os negros são superados pela descendência indígena. Divisão da população de acordo com cor e raça. Cor/Raça Brancos Negros Pardos Amarelos ou indígenas Porcentagem 51,2% 5,3% 41,8% 1,7% Por Eduardo de Freitas Graduado em Geografia Equipe Brasil Escola Mato Grosso do Sul - Região Centro-Oeste Geografia do Brasil - Brasil Escola 21 -MATO GROSSO DO SUL- GEOGRAFIA – Área: 357.125 km2. Relevo: pantanal (extremo oeste), planaltos com escarpas a leste e depressão a noroeste. Ponto mais elevado: morro Grande, no morro da Santa Cruz (1.065,4 m). Rios principais: Paraguai, Paraná, Paranaíba, Miranda, Aquidauana, Taquari, Negro, Apa, Correntes. Vegetação: cerrado a leste, Pantanal a oeste, floresta tropical a sul. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Campo Grande (6765.247), Dourados (186.357), Corumbá (101.089), Três Lagoas (87.113), Ponta Porã (68.317), Aquidauana (46.469), Naviraí (41.091), Paranaíba (39.607), Nova Andradina (39.470), Coxim (33.408) - 2006. Hora local: -1h. Habitante: sul-mato-grossense. POPULAÇÃO – 2.297.981 (2006). Densidade: 6,4 hab./km2 (2004). Cresc. dem.: 1,7% ao ano (1991-2006). Pop. urb.: 85,4% (2004). Domicílios: 680.016 (2006); carência habitacional: 93.862 (2006). Acesso à água: 82,0% (2005); acesso à rede de esgoto: 15,7% (2005). IDH: 0,778 (2000). SAÚDE – Mort. infantil: 19,1 por mil nascimentos (2005). Médicos: 11,8 por 10 mil hab. (2005). Leitos hosp.: 2,3 por mil hab. (2005). EDUCAÇÃO – Educ. infantil: 82.973 matrículas (77% na rede pública). Ensino fundamental: 434.449 matrículas (91,3% na rede pública). Ensino médio: 99.861 matrículas (84,9% na rede pública) - todos em 2005. Ensino superior: 64.462 matrículas (33,3% na rede pública - 2004. Analfabetismo: 9,5%; analfabetismo funcional: 25,4% (2004). GOVERNO – Governador: André Puccinelli (PMDB). Senadores: 3. Dep. federais: 8. Dep. estaduais: 24. Eleitores: 1.561.181 (1,2% do eleitorado brasileiro - 2006). Sede do governo: Parque dos Poderes, bloco 8, Governadoria, Campo Grande. Tel. (67) 318-1000. ECONOMIA – Participação no PIB nacional: 1,1% (2004). Composição do PIB: agropec.: 31,2%; ind.: 22,7%; serv.: 46,1% (2004). PIB per capita: R$ 8.945 (2004). Export. (US$ 1,5 bilhões): soja e derivados (34,9%), carnes de suínos e frangos (20,9%), carne bovina (13,7%), minérios e suas ligas (8%), couros e peles (7,4%), madeira (5,1%). Import. (US$ 1,1 bilhões): gás natural (58%), geradores e turbinas (21,2%), carne bovina (7,2%), fertilizantes (2,1%), fios sintéticos (2,1%) 2005. ENERGIA ELÉTRICA – Geração: 15.222 GWh; consumo: 2.835 GWh (2004). TELECOMUNICAÇÕES – Telefonia fixa: 540 mil linhas (maio/2006); celulares: 1,5 milhões (abril/2006). CAPITAL – Campo Grande. Habitante: campo-grandense. Pop.: 765.247 (2006). Automóveis: 269.021 (2006). Jornais diários: 5 (2006). Prefeito: Nelson Trad Filho (PMDB). Nº de vereadores: 16 (2006). Dat de fundação: 26/8/1899. 22 Fatos históricos: A decisão de dividir Mato Grosso em dois estados foi tomada em 1977 e efetivada em 1979 com a criação de Mato Grosso do Sul. Na época, o governo afirmava ser essa a melhor forma de administrar e desenvolver uma região tão extensa, diferenciada e estratégica. Além disso, a região centro-sul de Mato Grosso, com agricultura mais intensiva, distribuída por um número maior de propriedades, tem crescimento econômico e social diferente do da região norte, onde predominam a pecuária extensiva e o latifúndio. Para a região sul chegam muitos migrantes desde o final do século XIX, vindos do Sul e do Sudeste. Esse movimento se fortalece no século XX e cria uma sociedade mais complexa e aberta, além de laços políticos sólidos com os estados vizinhos, especialmente São Paulo. Esse vínculo fica claro com a participação do sul do estado na Revolução de 1924, nas Revoltas Tenentistas e na Revolução Constitucionalista de 1932. Cortado no extremo sul pelo Trópico de Capricórnio, Mato Grosso do Sul está situado na Região Centro-Oeste. A proximidade com a Bolívia e o Paraguai explica a popularidade de alguns pratos daqueles países. Na cozinha do dia-a-dia, os peixes, fartos nos rios, são muito usados, assim como a carne fornecida pelos grandes rebanhos bovinos. No oeste do estado estão dois terços do pantanal mato-grossense, a maior planície alagável do mundo e um dos ecossistemas mais importantes do planeta. Com uma área que abrange 12 municípios, o Pantanal apresenta declividade quase nula, o que favorece as freqüentes inundações. A região possui grande variedade de fauna e flora, com florestas, baixios, savanas, cerrados, campos e matas naturais. Há jacarés, capivaras, sucuris, onçaspintadas e imensa variedade de pássaros. Outra riqueza natural são as grutas e os rios da cidade de Bonito, na serra da Bodoquena, cujas atrações são as cavernas pré-históricas e o mergulho nos pequenos riachos de águas cristalinas e repletas de peixes. Entre as grutas, a mais importante é a do Lago Azul. A partir dos anos 90, o potencial de turismo ecológico, ancorado no Pantanal, começa a ser explorado, criando um desafio para o efetivo controle da caça e da pesca. Problemas ambientais - O aumento no número de queimadas vem transformando a paisagem e o meio ambiente do estado no período das secas, que se estende do final de março a meados de setembro. Outro problema ambiental é o assoreamento do rio Taquari, um dos principais formadores do Pantanal, provocado pela ocupação predatória da região. Em Camapuã, no nordeste do estado, a atividade pecuária dá início a um processo de desertificação, segundo a organização não governamental Ecologia e Ação (Ecoa). Com forte tradição agropecuária, Mato Grosso do Sul é o estado de maior crescimento econômico na Região Centro-Oeste. Entre 1990 e 1998, o estado se desenvolve a um ritmo 25% mais acelerado que a 23 taxa acumulada de crescimento do Brasil, de acordo com o Ipea. Nesse período, Mato Grosso do Sul muda também seu perfil econômico, industrializando-se. Em 1990, a atividade agropecuária correspondia a 24,4% do PIB estadual, enquanto a indústria era responsável por 13%. Em 1998, cada um desses setores tem participação de 22%. Em 2004, respectivamente, 31,2%, 22,7% e, 46,1% para o setor de serviços. Um dos fatores que contribuem para o crescimento industrial são os incentivos fiscais, que se tornam mais abrangentes a partir de 1997, com a aprovação de uma lei autorizando as empresas a pagar apenas 25% do ICMS por prazos de até dez anos. Esse benefício atrai as indústrias de transformação, como as de carne, soja e ração, que migram para o estado para reduzir despesas com fretes na compra da matéria-prima. Na pecuária, o gado bovino ultrapassa o rebanho mineiro, com 20,9 milhões de cabeças, conforme dados do IBGE. A agricultura, desenvolvida principalmente no leste do estado, é favorecida pela proximidade com a agroindústria e com grandes mercados consumidores do Sul e do Sudeste, e também pelo solo fértil - a terra roxa -, sobretudo no planalto do rio Paraná. Desde 1990, as culturas voltadas para os mercados nacional e internacional, em processo de modernização e empregando menos mão-de-obra, registram grande crescimento. A produção de milho, por exemplo, evolui 400%, e a da soja em grão passa a representar 9% da safra brasileira, com 2,79 milhões de t. Porém, há declínio de setores mais tradicionais, principalmente das lavouras de algodão, arroz, feijão e trigo. A estiagem e as enchentes vem castigando constantemente os agropecuaristas do estado. Indicadores sociais e econômicos - Mato Grosso do Sul tem uma das mais baixas taxas de densidade demográfica do país - 6,4 habitantes por km2. Está em quinto lugar entre os estados brasileiros no ranking do índice de desenvolvimento humano (IDH), da ONU. As grandes distâncias, o vazio populacional e o fato de que quase um terço de suas terras sofre inundação periódica dificultam a adoção de políticas de saneamento básico. Apenas 15,7% dos domicílios estão ligados à rede de esgoto ou possuem fossa séptica. Outro problema é a questão fundiária. Mato Grosso do Sul é o estado do Centro-Oeste com o maior número de conflitos. Em 2004 foi o único estado brasileiro a ter decréscimo do PIB (- 0,8%). Outro problema foi em 2005: devido a febre aftosa, em outubro, mais de 50 países adotaram restrições à carne brasileira (o foco foi no Mato Grosso do Sul e milhares de cabeças foram abatidas). Em março de 2006 o fato se repete sendo que em 2007 aparentemente o problema foi controlado com duras medidas fitosanitárias. Programa Pantanal - Com investimentos estrangeiros, intermediados pelo governo federal, está sendo implantado o Programa Pantanal, que deverá durar oito anos, a partir de 2001. Até 2009, deverão ter sido investidos, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), cerca de 200 milhões de dólares. Os principais pontos do programa são a administração de bacias hidrográficas; manejo de bacias críticas; água e saneamento; ecoturismo; apoio ao produtor pantaneiro; e fortalecimento da Polícia Ambiental, intensificando a proteção do meio ambiente. Professores: Os conteúdos pesquisados ajudarão no trabalho sobre o Mato Grosso do Sul. Na internet vocês encontrão dados sobre o seu município. Estarei a disposição para ajuda-los, se precisarem. Meu e-mail [email protected] SED - Técnica pedagógica – Geografia Geni. M. Pessatto da Silva. 24 25