A força inglesa do rock alternativo

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Teatro na programação
QUINTA-FEIRA, 2 de outubro de 2008 | [email protected]
MONTAGEM VIVIANE SCHAAK
A força inglesa do rock alternativo
A seminal The Cult faz única apresentação na noite de hoje, no Pepsi On Stage
OPINIÃO PRODUTORA / DIVULGAÇÃO / CP
A
tico, lapidando sua música entre Led Zeppelin,
AC/DC, pelo próprio Doors e pelas vertentes do
pós-punk. A nova turnê marca a terceira volta
da banda às atividades. Eles se separaram em
1995 e em 2002 e agora chegam ao Brasil para
mostrar o recente trabalho, “Born Into This”.
Além disso, o The Cult vem com sua formação
original, tendo, além de Astbury nos vocais, Billy Duffy na guitarra, Chris Wise no baixo e John
Tempesta na bateria, além do apoio, na outra
guitarra, de Mike Dimkich. A banda já esteve no
Brasil em outras três ocasiões (1991, 1995 e
2000), Na última, com Matt Sorum na bateria,
ADRIAN ROD / DIVULGAÇÃO / CP que já tinha tocado com
o Cult antes, mas deixou o grupo para se juntar ao Guns’n’Roses. Ian
também esteve no Brasil
em 2004 com o projeto
do The Doors.
A estréia do Cult em
disco foi em 1984, com
“Dreamline”, que já
apontava o tom revolucionário da banda, que
chegou a ser classifica- No show, canções de ‘Born Into This’
da como “muito gótica
para o público em geral, Rubin, considerado um disco mais pesado e que
muito heavy para os gó- trazia, entre outras, as faixas “Love Removal Maticos e muito progressi- chine” e “Aphrodisiac Jacket”. “Sonic Temple”
va para os punks”. Um veio em 1989 e ficou entre os álbuns mais vendiano depois, o álbum dos daquele final de década, tudo por conta da
“Love” consolidava o es- canção “Edie (Ciao Baby)”. A banda ainda lançatilo e era catapultado às ria “Cerimony” e “Beyond Good and Evil”, mas
paradas por conta do sem mais empolgar público e crítica. O show
hit “She Sells Sanctua- desta noite terá abertura dos gaúchos do Rosa
ry”. Em 1987, veio “Ele- Tattooada, que, em breve, deve lançar seu pritric”, produzido por Rick meiro álbum ao vivo, gravado no Opinião.
O The Cult retorna aos palcos com sua formação original
palavra inglesa cult seguiu praticamente
toda a carreira musical do vocalista Ian
Astbury. Antes de se firmar com o The
Cult, que faz hoje única apresentação, às 22h,
no Pepsi On Stage (Severo Dullius, 1995), Ian liderou as bandas Southern Death Cult e Death
Cult. Quando deixou o grupo, contabilizou uma
breve passagem pelo projeto The Doors of The
21st Century (revival do Doors com o guitarrista
Robby Krieger e o tecladista Ray Manzarek), não
por acaso, uma das maiores influências do Cult.
O The Cult, como se conhece hoje, passou
pelo heavy metal inglês, pelo punk e até pelo gó-
Livro é estréia de inglesa
Uma despedida
em grande estilo
“Antes de Morrer” (Ed. Agir) é a
estréia da inglesa Jenny Downham,
que já tem versões em 22 idiomas.
Na obra, Tessa tem apenas alguns
meses de vida. Aos 16 anos, é portadora de leucemia, em estágio terminal. Sabendo que irá morrer, lista dez tarefas a fazer antes disso.
Entre elas, sexo, aprender a dirigir,
encontrar um namorado e cometer
alguma pequena infração. Ela vive
intensamente, apesar da fragilidade física. Liberada das amarras de
uma “vida normal”, ela persegue
seus objetivos mesmo quando o
corpo ameaça não resistir. Ao seu
redor, as pessoas se esforçam para
tentar compreender.
ANA STEWART / DIVULGAÇÃO / CP
A música e a dança
em diálogo
Hoje, a partir das 19h, no Salão de Atos da Ufrgs
(Paulo Gama, 110) o multi-instrumentista Carlos
Malta se apresenta ao lado da bailarina Gisela Saldanha, num espetáculo onde música e dança dialogam. A entrada é um quilo de alimento, que dá direito à retirada de uma senha no Museu da Ufrgs, no
campus central, ou através de solicitação pelo site
www.difusaocultural.ufrgs.br/agendamento.
O espetáculo é inspirado no conto “A Sedução”,
de Domingos de Oliveira. A adaptação para o palco
traz diferentes cenas que passam pela música e pela
dança. Os papéis se trocam a todo instante, entre sedutor e seduzido, criando uma inesperada dinâmica
entre som e movimento. Com músicas originais e arranjos de Carlos Malta (também conhecido como
“escultor do vento”, pela habilidade com o saxofone e
as flautas), o repertório do espetáculo passeia ainda
por grande compositores da música nacional, como
Pixinguinha, Gilberto Gil e Chico Buarque.
Gisela Saldanha e Carlos Malta
Manual de
ironias e dramas
Os quatro destaques
musicais do dia
“Manual de Anti-Ajuda” (Editora
Nova Roma), de autoria de Dois Santos dos Santos, ganha sessão de autógrafos, nesta quinta, às 19h, na Livraria Nova Roma (General Câmara,
394). O livro transita do político ao
existencial, explorando por meio de
frases divertidas, ácidas, às vezes,
politicamente incorretas, o que há de
dramático, de tragicômico e de nonsense na condição humana. O autor
já publicou dois livros de poemas,
“Sobre Corpos e Ganas” (Mercado
Aberto) e “Cidade Noturna” (Petit
Poa). Entre suas frases estão: “O
Brasil tem um longo passado de país
do futuro” e “O anonimato é o túmulo do homem comum”.
A noite de hoje tem shows musicais em vários ritmos. O projeto Clube do Choro terá como atração, a
partir das 21h, no Ypiranga Futebol
Clube (Princesa Isabel, 795), o Regional Doce de Coco. O show do Bossa
50 será no Ocidente (João Telles, esquina Osvaldo Aranha), às 22h. No
repertório, clássicos como “Água de
Beber” e “Tarde em Itapoã”.
No Pé Palito (João Alfredo, 577),
às 22h, tem show com a banda Pentefyno, com muito samba-rock. E a
partir das 23h, no Porão do Beco (Independência, 936), Júpiter Maçã
apresenta o novo álbum, “Uma Tarde
na Fruteira”. Abrindo a noite, Daniel
Rosa e Saturno Experiment.
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