PRÉ VESTIBULAR SOCIAL PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA GLÓRIA Professor: Leandro B. dos Santos Disciplina: História Geral Aula 02: História Antiga Oriental 1 – Mesopotâmia/Egito 1 – Geografia, povoamento e história A Mesopotâmia situava-se entre o planalto do Irã e o deserto da Arábia, localizando-se entre os rios Tigre e Eufrates, que desaguavam no Golfo Pérsico. Era formada por três regiões: Assíria, Acad e Sumer. Por volta de 3.500 a. C., os sumérios ocuparam esta última região e deram início à civilização mesopotâmica. A Mesopotâmia, aberta às invasões, foi ocupada por inúmeros povos e sua história foi marcada pela existência de quatro grandes impérios: sumério-acadino, amorita (Primeiro Império Babilônico), assírio e caldeu (Segundo Império Babilônico). 2 – As fases da evolução política Sumérios e acádios: os sumérios não possuíam unidade política e se organizavam em cidadesEstados (Ur, Uruk, Nipur, Lagash e Eridu). Sargão I, rei de Acad, conquistou as cidades-Estados sumérias e unifcou a Mesopotâmia. Acad foi destruída pela invasão dos guti e a cidade suméria de Ur dominou todo o sul da Mesopotâmia. Por volta de 2.000 a. C., o Império Sumério foi conquistado pelos amoritas. Amoritas (antigos babilônios): este povo fez da cidade de Babilônia a capital de seu império, cujo apogeu foi marcado pelo governo de Hamurábi, responsável pelo primeiro código escrito da história do Oriente Antigo. O Primeiro Império Babilônico foi destruído pelos cassitas. Assírios: construíram seu império por volta de 1.300 a. C., caracterizando-se por suas tendências militaristas e expansionistas. O Império Assírio foi destruído em 612 a. C. pelos caldeus e medos. Caldeus (neobabilônios): fixaram na Babilônia a capital de seu império, cujo apogeu foi marcado pelo governo de Nabucodonosor (Cativeiro Babilônico e Jardins Suspensos da Babilônia). Em 539 a. C., este império foi conquistado pelos persas. 3 – Civilização e cultura da Mesopotâmia A economia baseou-se principalmente na agricultura de regadio, desenvolvendo também o comércio e o artesanato. A babilônia foi um dos grandes entrepostos comerciais do Oriente Antigo. A sociedade era de castas (sacerdotes, nobres, militares, comerciantes, artesãos, camponeses e escravos) e o regime político formado por impérios teocráticos. As ciências eram controladas pela religião e merecem destaque a medicina, a matemática e a astronomia. A escrita era cuneiforme e na literatura as principais obras foram o “Poema da Criação” e a “Epopéia de Gilgamesh”. A arquitetura foi a mais importante das artes e suas obras-primas foram os zigurates e os Jardins Suspensos da Babilônia. O Código de Hamurábi foi a principal realização no campo do Direito e a religião politeísta tinha em Marduk sua maior divindade. Egito Antigo 1 – Geografia, povoamento e história O Egito antigo localizava-se a nordeste da África, próximo ao Oriente Médio e era banhado pelo Nilo, berço de sua civilização. O povoamento ocorreu no quarto milênio antes de Cristo, quando tribos nômade-pastoris fixaram-se nas terras do Nilo e passaram a desenvolver a agricultura do regadio. Desde então, a história do Egito dividiu-se em cinco períodos: Pré-Dinástico, Antigo Império, Médio Império, Novo Império e Renascimento Saíta. 2 – As fases da evolução política Período Pré-Dinástico: inexistência de Estado e de um governo centralizado. As tribos agruparam-se em nomos e da união destes surgiram os reinos do Alto e do Baixo Egito. Atribuem-se a Menés a unificação dos dois reinos e a fundação do Antigo Império. Antigo Império: Estado pacifista e voltado para o desenvolvimento da agricultura de readio. Nesse período foram construídas as grandes pirâmides de Gizé (Quéops, Quéfren e Miquerinos). O Antigo Império foi destruído pela regressão feudal e pelas invasões núbias e asiáticas. Médio Império: período mais obscuro da história do Egito. Estabelecimento de relações comerciais com Creta, Síria e Fenícia. Este período chegou ao fim com a conquista do Egito pelos hicsos. Novo Império: período de apogeu da civilização egípcia. Caracterizou-se pelo desenvolvimento do militarismo e do expansionismo. Época do governo dos grandes faraós: Tutmés III (Campanhas militares), Akhenaton (reforma monoteísta) e Ramsés II (guerra com os hititas). Renascimento Saíta: obra restauradora de Psaético e Necao. Conquista do Egito pelos persas. 3 – Civilização e cultura egípcia. Economia: baseava-se, fundamentalmente, na agricultura de regadio. Outras atividades econômicas importantes eram o comércio, o artesanato e a manufatura. Sociedade: era formada por castas, entre as quais se destacavam a família real, os sacerdotes, os nobres, os escribas (letrados), os comerciantes, os artesãos, os camponeses (felás) e os escravos. Política: o faraó era considerado o deus-rei e o regime era teocrático, baseando-se na união entre a Igreja e o Estado. Ciências: as que mais se desenvolveram foram a astronomia, a matemática e a medicina. Escrita: os três sistemas básicos eram: o hieróglifo (decifrado por Champolion, em 1822, através da Pedra de Roseta), o hierático (religiosa) e o demótico (popular). Literatura: destacaram-se o Drama menfítico, o Livro dos mortos e o Hino ao Sol. Artes: desenvolvimento da arquitetura, escultura e pintura. Na arquitetura, destacou-se a construção das pirâmides, templos, mastabas e hipogeus. Religião: desenvolveu-se em três fases principais: o zoomorfismo, o antropomorfismo e o antropozoomorfismo. Principais deuses: Amon-Rá (Sol), Osíris e Ísis (deuses agrários e da fertilidade) Fonte: MELLO, Leonel Itaussu A. COSTA, Luiíz César Amad. História Antiga e Medieval: da comunidade primitiva ao Estado Moderno. 3ª Edição. Editora Scipione. 1995. Pp 39, 49, 50.