Ecografia 3D/4D É cada vez maior e melhor, o avanço da tecnologia ao serviço da medicina e do homem. As maravilhas da engenharia biomédica seguem os novos tempos, os da realidade virtual e outras que já permitem por exemplo, “espreitar” e seguir a evolução da vida que cresce dentro do ventre materno e com outras dimensões. Em Portugal esta técnica está em crescente expansão na área da obstetrícia. Um dos factores tecnológicos que mais contribuíram para a possibilidade da prestação de serviços médicos à distância foi o desenvolvimento da Ecografia 3D. Mas esta não é a única vantagem. Fique a saber mais neste dossier especial da Clínica Harmonia dedicado às potencialidades da ultra-sonografia ao serviço da medicina. Vida a 3 dimensões Ultra-som ou ecografia 3D é importante para avaliação da gravidade de uma lesão, a necessidade ou não de uma biópsia, além de poder ser utilizada para guiar a agulha no procedimento de uma punção. A ecografia 3D é uma técnica moderna, que emprega ondas sonoras não captadas pelo ouvido humano, os ultra-sons. Apresenta vantagens sobre o método tradicional, pois permite uma reconstituição mais fiel e mais nítida da imagem. Os novos ângulos de visão favorecem a visualização dos órgãos internos do corpo, ou do feto, no caso do exame obstétrico. Das muitas modalidades imagiológicas existentes a ecografia tem a particularidade de ter baixos custos, ser inócuo e amovível. Na sua forma bidimensional esta técnica necessita de conhecimento especializado para recolher a informação para análise imediata ou posterior e deve ser o médico a manipular este dispositivo. A forma tridimensional vem possibilitar que esta "recolha e análise bidimensional" possa ser efectuada à distância. Um técnico recolhe os dados das zonas físicas em causa que posteriormente podem ser enviadas para outro local seja por e-mail, disco ou até mesmo por sistema de videoconferência. Uma vez transmitidos, e fazendo uso de dispositivos de interacção idênticos aos utilizados para a ecografia 2D (aquela que fornece imagens esquisitas a preto e branco e que só o médico percebe) poderá simular a recolha e análise em 2D com base nos dados 3D num computador pessoal, tal como se estivesse a fazer na presença do paciente presente. Esta técnica tem vantagens, em relação à ecografia convencional, pois em áreas delicadas como os diagnóstico pré-natal, permite mais facilmente descobrir malformações externas e o grau em que estas afectam o feto, através do screening de doenças cromossómicas e genéticas. A ecografia a três dimensões permite ainda ver o esqueleto do feto, tornando transparente a pele e possibilitando detectar problemas de coluna; mostra ainda os ossos do crânio do bebé, e em detalhe podemos ver os traços da cabeça e o rosto. É evidente que as ecografias a três dimensões não substituem as ecografias convencionais, sendo um bom complemento. Nos casos de diagnóstico de órgãos em movimento, a ecografia a três dimensões não funciona porque não pode captá-los. Tal sucede porque as imagens a três dimensões não são em tempo real (o intervalo entre a captação da imagem e a apresentação desta no écran é de cerca de 25 segundos). No caso dos fetos, muitos dizem que a técnica está dependente do comportamento do feto, já que quando este se mexe, não é possível captar a imagem. Por vezes, a mãe tem de suster a respiração porque, o mais pequeno movimento distorce a imagem. Outro pormenor importante, é que mesmo que o feto não se mexa e a mãe permaneça imóvel, é preciso que o bebé se encontre virado com o rosto para a frente. Para finalizar, outra condição importante para captar uma boa imagem é a existência de líquido amniótico suficiente. Muitas vezes o sucesso deste tipo de diagnóstico está dependente da altura em que é realizada a ecografia. Ecografia 4D: mais pormenor Na área da obstetrícia, esta nova técnica, mostrou aos especialistas bebés a bocejar, chuchar no dedo, piscar os olhos e mesmo chorar ou sorrir, dentro do útero. O método permite aos médicos uma análise mais profunda do comportamento intra-uterino e abre um novo mundo de conhecimento sobre doenças como a Trissomia 21. As técnicas são usadas desde o início deste século. No Reino Unidoa inovação foi responsabilidade do obstetra Stuart Campbell do Create Health Centre for Reproduction and Advanced Technology, em Londres. O médico utiliza a ecografia em quatro dimensões que permitem imagens tridimensionais e movimentos em tempo real. Em Portugal, a inovação é recente e só foi revelada há cerca de 2 anos. O método mostrou como os fetos começam a mexer os membros com apenas oito semanas e a bocejar às 18 semanas. Expressões faciais, como sorrir, chorar ou piscar os olhos, acontecem pelas 26 semanas. A ecografia 4D é assim uma ecografia tridimensional que visualiza em tempo real os movimentos do feto e as suas expressões faciais. Em Portugal a inovação deveu-se ao Dr. Ricardo Moreira, médico radiologista e Director Clínico da GRAVIDUS/ Clínica Médica do Bairro, em Almada, e pioneira neste técnica de diagnóstico. Recentemente uma reportagem da TVI destacou as potencialidades da ecografia 3D/4D que está a ser muito procurada essencialmente pelas futuras mães. É possível acompanhar o desenvolvimento do feto desde muito cedo. Em alguns hospitais do país o recurso a ecografia 3D com recurso a ultra-som também é usada com frequência para diagnosticar doenças em vários orgãos dos pacientes. Sem dúvida, o que mais atrai as pessoas neste tipo de tecnologia são os exames prénatais. Os pais já podem montar o álbum de seu bebé desde o início da gestação com fotos bonitas, artísticas, em cores e que qualquer pessoa possa entender. O exame pode ser gravado em fita VHS com cores e som, as fotos podem ser gravadas em disquete, em papel fotográfico e até em CD - para serem manipuladas no seu computador. Recentemente iniciamos a gravação em VídeoCD para ser assistido em equipamento DVD de mesa. É grande a surpresa e satisfação dos futuros pais que podem ver o seu bebé na através do écran da televisão, em sua casa e sentindo maior aproximação com o filho. Fique a saber mais sobre este método de diagnóstico consultando a página da GRAVIDUS/ Clínica Médica do Bairro em www. cmb.com.pt. Ou clique no “link” no final deste texto, para ver a reportagem do telejornal da TVI de Fevereiro de 2004 sobre “as revolucionárias ecografias a 4 dimensões”, que foi efectuada integralmente na GRAVIDUS/CMB. ” Medicina, passado recente: idade da pedra? Quem diria até há pouco mais de 100 anos atrás que seria um dia possível observar os órgãos do interior de um corpo humano e diagnosticar as respectivas doenças, sem necessitar de abrir esse corpo? Tudo começou com a descoberta revolucionária dos Raios X pelo Professor Rontgen em 1895, os quais aplicados à medicina permitiam observar os ossos, as articulações e o tórax, representando um salto médico-científico evolutivo ímpar. A mamografia, digital ou apenas convencional, exame extremamente importante dado que permite diagnosticar o cancro da mama, funciona com Raios X. No início dos anos setenta, através da aplicação dos computadores à medicina surgiram a TAC (tomografia axial computorizada, usa Raios X)) e a Ecografia (utiliza ultra-sons), proporcionando um novo e importante salto médico-científico, quase noventa anos depois. No início dos anos oitenta surgiu a Ressonância Magnética, que funciona através de um campo magnético, não podendo ser usada em pessoas que tenham no seu organismo componentes metálicos magnetizáveis, dado que pode acarretar nalguns desses casos consequências extremamente graves. Já quase há 20 anos que não surgia nenhuma técnica de imagem nova, mas todas hoje em dia as que aparecem revelam uma evolução significativa. As imagens são cada vez mais definidas, e na medicina permite um diagnóstico progressivamente mais precoce. Centremo-nos na Ecografia: os ultra-sons são inofensivos para o corpo humano, o que permite efectuar exames em todas as idades, sem contra-indicações, nem mesmo as situações de gravidez. É essa aliás uma das muitas indicações da Eco, permitindo não só confirmar a gravidez, como segui-la, ir verificando a evolução do bebé quantas vezes se quiser e pesquisando eventuais malformações. Aquele que é considerado o mais elevado “degrau” na ecografia foi a recentemente inventada ecografia em 3/4 dimensões (designada 3D/4D), um exame em que o bebé é observado no útero da mãe grávida como ele verdadeiramente é (ao vivo). A ecografia 3D /4D da gravidez é uma emoção única! Representa a evolução considerada máxima em ecografia obstétrica e fornece uma imagem tridimensional do bebé como na verdade ele é (similar a uma fotografia), da face, das mãos, dos pés e de qualquer outra parte externa do corpo. Estabelece uma ligação precoce mãe-bebé, permite aos pais ver e sentir que o bebé está realmente bem e proporciona-lhes o prazer único de conhecer o filho antes de nascer. Pode ser de grande peso diagnóstico para o médico, permitindo excluir algumas anomalias/malformações sobretudo da face e de outros órgãos externos. O 4D significa 3D em movimento e tempo real.